Artigo-Extração Do LCC Natural

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  • 7/24/2019 Artigo-Extrao Do LCC Natural

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    ISSN 18088449 1

    XXI Encontro de Iniciao PesquisaUniversidade de Fortaleza19 23 de Outubro de 2015

    Estudo da Ex trao do LCC Natur al

    Jos lvaro Dantas de Almeida Gonalves 4 (IC), Letcia Brustulin de Carvalho Lima 1 (IC), Renata Cardoso

    Tabosa de Sousa 2 (IC), Thayanne Lima Araujo 3* (IC); Hermes Fernandes de Souza 5 (PQ), Oyrton

    Azevedo de Castro Monteiro Jnior 5 (PQ), Rosa Ferreira de Arajo Abreu 5 (PQ).

    1. Universidade de Fortaleza PIBIC/CNPQ

    2. Universidade de Fortaleza PAVIC

    3. Universidade de Fortaleza FUNCAP

    4. Universidade de Fortaleza PIBITI/CNPQ

    5. Universidade de Fortaleza PQ

    [email protected]

    Palavras-chave: LCC natural, Cardol, cardanol, Cajueiro.Resumo

    No beneficiamento das amndoas da castanha de caju so gerados dois subprodutos, as cascas e o Lquido

    da Castanha de Caju LCC. Ambos costumam ser utilizados como fonte de energia atravs de sua

    combusto na prpria indstria beneficiadora, no entanto, quando o LCC de boa qualidade ele pode ser

    utilizado para obteno de resinas fenlicas. O LCC pode ser classificado com Natural ou Tcnico. A

    diferena se d pela forma de separao do LCC das cascas da castanha de caju que, termina

    influenciando consideravelmente a composio qumica e fsica do LCC. O objetivo deste trabalho foi

    estudar da composio gravimtrica dos produtos de um processo de extrao do LCC Natural, utilizando

    uma mquina projetada para pequenos produtores rurais, incentivado a utilizao produo de LCC Natural

    para obteno de novos materiais. Para obteno do LCC Natural, todo o processo foi realizado a frio, em

    temperatura ambiente. Os resultados mostraram melhor rendimento na extrao do LCC Natural, como

    tambm um LCC de melhor qualidade com relao ao teor de umidade.

    Introduo

    O cajueiro (Anacardium occidentale L.) uma das culturas de alto valor econmico, social e cultural da

    regio Nordeste do Brasil (Johnson, 1973). Entre muitos produtos, a castanha de caju o que tem maior

    valor agregado, sendo exportada para diversos pases. No beneficiamento das amndoas das castanha de

    caju so gerados dois subprodutos, as cascas e o Lquido da Castanha de Caju LCC. Ambos costumam

    ser utilizados como fonte de energia atravs de sua combusto, no entanto, quando o LCC de boa

    qualidade ele pode ser utilizado para obteno de resinas fenlicas. O LCC pode ser classificado com

    Natural ou Tcnico.

    O primeiro considerado de melhor qualidade para produo de resinas fenlicas. A diferena se d pela

    forma de separao do LCC das cascas da castanha de caju que, termina influenciando consideravelmente

    a composio qumica e fsica do LCC (Mazzetto, et al., 2009). O LCC Natural obtido diretamente das

    cascas por duas tcnicas, prensagem e extrao por solvente. J o LCC Tcnico normalmente extrado

    em maior escala na indstria de beneficiamento da castanha de caju, onde envolve um processo deaquecimento na extrao do LCC, por isso chamado de LCC Tcnico.(GEDAM & SAMPATHKUMARAN,

    1986).

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    Fonte: Acervo Pessoal, 2014.

    O processo de extrao do LCC Natural foi realizado utilizado uma pequena mquina do modelo expelle

    Segundo seu fabricante, esse modelo apresenta timo rendimento. A prensa do tipo descontnuo, pois so

    dotadas de um dispositivo de aperto gradual, por meio de um eixo helicoidal (tipo parafuso) ou por presso

    mecnica ou hidrulica que operam por lotes ou bateladas. Desenvolvida pela empresa Mecol (Metalrgica

    Cobica LTDA), projetada para pequenos produtores rurais, com capacidade operacional de 350 litros pordia. Conforme a Figura 4.

    Figura 4. Prensa Expelle

    Fonte: Acervo Pessoal, 2015

    A determinao do percentual de umidade nas cascas prensadas foi obtida por diferena de peso antes e

    depois aquecimento da amostra na estufa a 90C por 24 horas.

    Resultados e Discusso

    Na Tabela 1, esto citados os resultados gravimtricos dos produtos do processo de extrao do LCC

    Natural e seus percentuais correspondentes.

    Tabela 1: Gravimtria do LCC e da Casca, aps a prensa.

    Castanhas Massa (KG) Percentual (%)

    LCC 23,8 44,24

    Cascas prensadas 30 55,76

    Total 53,8 100

    A Tabela 2 mostra os percentuais obtidos no processo e o percentual esperado relatado pelo fabricante damquina extratora do LCC natural.

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    Tabela 2: Massas do LCC e da Casca, aps a prensa.

    Castanhas Percentual Obtido (%) Percentual Esperado (%)

    LCC 44,24 30

    Cascas prensadas 55,76 70

    Como observado na Tabela 2, o rendimento do processo apresentado neste trabalho foi bem superior ao

    esperado. Mostrando que, quando se controla o processo desde a matria-prima at os produtos finais

    possvel obter melhores rendimentos na extrao do LCC Natural que pode influenciar na qualidade dos

    produtos finais de obteno de resinas.

    A Tabela 3 mostra os resultados da determinao de umidade nas cascas prensadas, que foram obtidas

    durante a extrao do LCC Natura. O resultado mostra um baixo teor de umidade nas cascas, 4,55%,quando comparado com o encontrado nas literaturas, 9 e 13%, confirmando que as amostras foram

    coletadas e armazenadas de forma correta para obteno de um LCC Natural de qualidade. Em

    processamentos industriais as castanhas so umedecidas antes da extrao do LCC Tcnico.

    Tabela 3: Determinao da Umidade nas cascas prensadas

    Amostras Cascas midas Cascas Secas % H2O

    Amostra 1 4,0059 3,8222 4,59

    Amostra 2 4,0047 3,8209 4,59

    Amostra 3 4,0174 3,8382 4,47

    Mdia 4,0093 3,8271 4,55

    Desvio- Padro 0,0070 0,0096 0,0734

    Concluso

    Devido o controle adequado na coleta, armazenamento e processamento das castanhas e cascas das

    castanhas, o rendimento percentual de LCC Natural extrado, 44,25%, foi bem superior ao esperado, 30%

    relatado pelo fabricante da mquina. O teor de umidade baixo encontrado nas cascas, 4,55%, inferior aos

    encontrados nas literaturas, de 9% a 13%, mostra que o LCC Natural aqui obtido de melhor qualidade para

    sntese de novos materiais.

    Referncias

    GEDAM, P. H.; SAMPATHKUMARAN, P. S. 1986. Cashew nut shell liquid: extraction, chemistry andaplications. Progress in Organic Coatings, 14, 115-157.

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    JOHNSON, D.V. The botany, origin and spread of cashew (Anacardium occidentale L.). Journal of

    p lantat ion crop s, Kasaragod, v.1, n.1, p.1-7, 1973.

    MAZZETTO, Selma Elaine; LOMONACO, Diego and MELE, Giuseppe. leo da castanha de caju:

    oportunidades e desafios no contexto do desenvolvimento e sustentabilidade industrial. Qum. Nova.

    2009, vol.32, n.3, pp. 732-741. ISSN 0100-4042.

    MOTH C. G.; CORREIA, D. Z.; SILVA, T. C. Potencialidades do Cajueiro: Caracterizao Tecnolgica

    e Aplicao. Rio de Janeiro: Publit Solues Editoriais, 2007

    RESENDE, N.S. (1985) Estudo Cintico da hidrogenao cataltica do cardanol. Dissertao. (mestrado

    em Engenharia Qumica), COPPE: UFRJ, Rio de Janeiro, 129p.

    AgradecimentosAgradecemos primeiramente a Universidade de Fortaleza pela oportunidade e a disponibilizao dos

    laboratrios para a realizao da pesquisa, ao Coordenador Oyrton Monteiro pelo tempo e a sabedoria

    investidos no projeto, a orientadora Rosa Ferreira que tambm nos auxiliou e a empresa Mecol responsvel

    pela extrao do LCC por meio da utilizao de sua mquina (prensa expelle), alm disso agradecemos a

    FUNCAP e CNPQ pelo investimento realizado no meio cientfico da instituio.