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1 Curso: Mestrado em Ciências da Educação: Formação Educacional, Interdisciplinaridade e Subjetividade. Turma: Disciplina: Inclusão.... Orientador (a): Local da orientação presencial: Data: 0/0/2015 Nome do aluno (a): Titulo: Avaliação do orientador (a): Data: Conceito: Visto do orientador (a):

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tema sobre inclusão e ensino básico, artigo no nível de mestrado.

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Curso: Mestrado em Ciências da Educação: Formação Educacional, Interdisciplinaridade e Subjetividade.

Turma:

Disciplina: Inclusão....

Orientador (a): Local da orientação presencial: Data: 0/0/2015

Nome do aluno (a): Titulo:

Avaliação do orientador (a):Data:

Conceito:

Visto do orientador (a):

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ALUNOS SURDOS - MUDOS, INCLUSÃO E DIVERSIDADE FRENTE A ESCOLA E

EDUCADORES1

( nome da autoria)2

RESUMO

Este artigo de revisão discute o papel da escola na perspectiva da inclusão e diversidade ao considerar o ensino da linguagem de sinais e o acesso dos surdos-mudos ao ensino regular. Seu público estudado pertence a educação especial fundamental menor, sob foco ao acesso no ensino regular dos portadores de dificuldades auditivas. Neste aspecto o texto propõe teorizar e apontar meios de melhor absorção à aprendizagens dos portadores de necessidades especiais em libra ao se pensar na formação docente. Salienta-se que a inclusão de alunos especiais no ensino regular não deve ser alienada em termos de resultados de aprendizagem em libras. Analisa-se que isto venha a depender da formação e capacitação docente, do papel da escola em sua autonomia, de paradigmas legais e de responsabilidades educativas e políticas na perspectiva da inclusão. As epistemologias sobre educação e diversidade são defendidas por Ada Augusta Celestino Bezerra. E Rita de Cássia Santos Souza, o tema do texto recebe apoio teórico da LDB, Brasil e dos organizadores Helena Vedrúsculo Possari, Élida Maria Loureiro Lino e Adalberto Domingos da Paz. A teoria é relevante em levar conhecimento da necessidade da capacitação para lidar com a inclusão de alunos especiais no ensino regular; de modo específico vem identificar teorizar e descrever características desafios e atributos que envolvem a formação docente para educação especial, considerando a especialização continuada; também levar compreensão, interpretação, análises e sugestões sobre a educação voltada para inclusão e diversidade. Problematizar e trazer soluções para os desafios e problemas que circundam o ensino diante de realidades inclusivas. No contexto há posicionamentos, interpretações e análises em uma dada realidade refletindo o problema aparente da falta de profissionais especializados em libras ou linguagem de sinais no ensino regular que tem como consequência certa negligência à inclusão nas séries iniciais. Os métodos usados foram o de abordagem dialético, dedutivo e hipotético-dedutivo; estes refletem os procedimentos numa proposta para a formação continuada docente com o intuito de qualificar a inclusão e diversidade em prioridade aos surdos- mudos. Por sua utilidade, o texto demonstra que as informações ressaltadas podem tornar possível a qualificação docente para lidar com o ensino da linguagem de sinais.

Palavras- Chave: Inclusão e diversidade. Surdos- Mudos. Formação Continuada

ESTUDIANTES SORDOS - MUDO, INCLUSIÓN Y DIVERSIDAD FRENTE DE LA ESCUELA Y EDUCADORES

CURRÍCULUM

Este artículo discute el papel de la escuela desde la perspectiva de la inclusión y la diversidad al considerar la enseñanza de la lengua de signos y el acceso de las personas sordas a la educación general. Su público estudiados pertenecen a bajar de educación especial clave, se centran en el acceso a la educación general de las personas con dificultades auditivas. En este sentido, el texto propone teorizar y señalar formas de absorber mejor el aprendizaje de los discapacitados en libras la hora de pensar en la formación docente. Tenga en cuenta que la inclusión de los estudiantes especiales en la educación general no debe ser enajenada en términos de resultados de aprendizaje en libras. Se analiza que esto dependerá de la formación capacitación y maestro, el papel de la escuela en su autonomía, paradigmas legales y responsabilidades educativas y políticas desde la perspectiva de la inclusión. La epistemología de la educación y la diversidad están en manos de Augusta Ada Celestino Bezerra. Y Rita Santos Souza, el texto de la asignatura recibe el apoyo teórico de la LDB, Brasil y organizadores Helena Vedrúsculo Possari, Elida María Loureiro Lino y Adalberto Domingos da Paz. La teoría es relevante para tomar conocimiento de la necesidad de formación para hacer frente a la inclusión de los estudiantes especiales en la educación ordinaria; viene específicamente teorizar identificar y describir los retos atributos y características que

1 Artigo apresentado a UNASUR como requisito avaliativo final na disciplina inclusão da especialização de Mestrado Ciências da Educação: Formação Educacional, Interdisciplinaridade e Subjetividade

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? Mestranda em Ciências da Educação: Formação......

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implican la formación de maestros de educación especial, teniendo en cuenta la especialización continua; también conducen a la comprensión, interpretación, análisis y sugerencias sobre la educación se centró en la inclusión y la diversidad. Comenta y aportar soluciones a los retos y las cuestiones relacionadas con la enseñanza sobre realidades inclusivas. En el contexto existen posiciones, interpretaciones y análisis sobre una realidad que refleja la aparente problema de la falta de profesionales cualificados en libras o el lenguaje de signos en la educación general que se traduce en cierta negligencia incluir en la serie inicial. Los métodos utilizados fueron la dialéctica, deductivo y método hipotético-deductivo; Estos procedimientos reflejan una propuesta de formación continuada docente con el fin de calificar para la inclusión y la diversidad en la prioridad al sordomudo. Por su utilidad, el texto muestra que la información resaltada puede hacer posible calificación de la enseñanza para hacer frente a la enseñanza de la lengua de signos.

Palabras-clave: Inclusión y diversidad. Sordomudos. Educación Continua

1- INTRODUÇÃO

Este artigo de revisão discute o papel da escola na perspectiva da inclusão e

diversidade ao considerar o ensino de linguagem de sinais e o acesso dos surdos-mudos ao

ensino regular. Sua defesa remete-se descriminação do processo inclusivo na educação

fundamental menor, com foco ao acesso dos portadores de surdez. Assim o texto vem a

teorizar e apontar meios à aprendizagem dos portadores de necessidades auditivas sob foco a

docência que a estes especiais envolvem. Salienta-se que a inclusão de alunos especiais no

ensino regular não deve ser fictícia em termos de resultados de aprendizagem, principalmente

em libras. Analisa-se que isto venha a depender da formação e capacitação docente, do papel

da escola em sua autonomia, de paradigmas legais e de responsabilidades educativas e

políticas. Para este desenvolvimento as ideias sobre educação e diversidade são defendidas

por Ada Augusta Celestino Bezerra. E Rita de Cássia Santos Souza, o tema do texto recebe

apoio teórico da LDB, Brasil e dos organizadores Helena Vedrúsculo Posari, Élida Maria

Loureiro Lino e Adalberto Domingos da Paz ao subsidiarem questões relativas a formação

pela escola.

A importância do trabalho pessoal da redação está em levar conhecimento da

necessidade da capacitação para lidar com a inclusão de alunos especiais no ensino regular;

neste aspecto observa-se no contexto o identificar teorizar e descrever características e

atributos que envolvem essa formação docente para educação especial, considerando a

especialização continuada; também levar compreensão, interpretação, análises e sugestões

sobre a educação voltada para inclusão e diversidade. Problematizar e trazer soluções para os

desafios e problemas que circundam o ensino diante de realidades inclusivas.

Sob uma metodologia de posicionamentos, a elaboração do artigo está condicionada a

interpretações e análises em uma dada realidade refletindo o problema aparente da falta de

profissionais especializados em libras ou linguagem de sinais no ensino regular que tem como

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consequência certa negligência a uma inclusão significativa nestas séries. A sequência teórica

se resume a teorizar a educação inclusiva voltada para o respeito à diversidade, aos portadores

de limitações auditivas e fonatórias, bem como aqueles de limitações diversas; na perspectiva

da inclusão, apresenta os desafios ao educador moderno apontando o caminho para os

problemas que ao projeto caracterizam e às sugestões para a solução destes. Por fim são

descritos os possíveis obstáculos a adoção de uma prática inclusiva com suas respectivas,

causas e soluções viáveis a serem aplicadas. Os métodos de constituição teórica foram o de

abordagem dialético, dedutivo e hipotético-dedutivo; estes refletem a metodologia geral numa

proposta teórica para a formação continuada docente com o intuito de qualificar a inclusão e

diversidade em prioridade aos surdos mudos. Por sua utilidade, o texto demonstra que as

informações ressaltadas podem tornar possível a qualificação docente para lidar com o ensino

da linguagem de sinais, assumindo a importância em garantir o acesso inclusivo e atender a

demanda do público discente que necessitam serem incluídos no ensino regular.

2- ALUNOS SURDOS - MUDOS, INCLUSÃO E DIVERSIDADE FRENTE A ESCOLA

E EDUCADORES

A inclusão de que se trata nesse trabalho é delimitada a alunos surdos - mudos

inseridos em séries regulares do ensino fundamental maior. Tal restrição condiz com a

realidade expressada na justificativa do artigo no sentido de haver a necessidade de

especialização docente para lidar com este tipo de público especial.

Após a estigmatização histórica dos surdos, que já foram jogados a leões na Grécia,

ditos como sem alma pelo catolicismo, jogados em rios, taxados como demônios e

protagonizados até pouco tempo atrás como incapazes socialmente a educação no mundo

começou a pensar pedagogicamente na especialidade desse público. Em 700 DC se tem

registro de um surdo- mudo que foi ensinado por Johon Deverley. A frança em 1712 foi a

pioneira no ensino de linguagem de sinais. Foi lá que surgiu a primeira escola. Jean Massieu

foi um dos primeiros professores dessa língua.

Sobre inclusão educacional a estes especiais, no Brasil, em 2002, sob a Lei Nº

10.436/04/04/2002, é que a linguagem de sinais passa a reconhecida como meio de

comunicação humana. No seu curso histórico, a luta pelos direitos humanos, cultura e

cidadania geraram ideais que mobilizaram a perspectiva inclusiva na educação. Em 2005 foi

promulgado o decreto 5.626, de 22 de dezembro, que tornou obrigatória a inserção da

inclusão da Língua Brasileira de Sinais como disciplina curricular nos cursos de formação de

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professores para o exercício do magistério em nível médio e superior. No início, o

atendimento a portadores de limitações físicas e intelectuais, assim como de surdos mudos era

feito por médicos. Após o mundo afastar moderadamente a ideia de que aqueles com

necessidades especiais atrapalham o andamento da sociedade, o Brasil assim também o faz.

Nos tempos modernos a segregação e marginalização de crianças e jovens com restrições

sensoriais e articulatórias, e outras, tem diminuído. Um professor que pensa ou tem que atuar

com educação inclusiva não deve ter concepções exclusivas a jovens limitados sensorialmente

ou fonologicamente. Com as convenções sobre negros e índios não serem mais considerados

incapazes, os jovens surdos - mudos, e outros especiais, assim passam a serem vistos, como

capacitados ao ritmo social capitalista. As teorias de segregação racial, como o evolucionismo

o darwinismo dão lugar a genética, a neurociência, psicologia, psiquiatria, psicopedagogia e

neuroaprendizagem. Assim os limitados passam a serem objeto de conhecimento científico

mais apurado. São entendidos em suas capacidades e limitações, assim como em seus

complexos, em sua educação e potencial para aprender, produzir e se socializar. Em uma

concepção humanista, ter concepção de haver incapacitados no ambiente escolar é reflexo da

própria incapacidade de lidar com estes alunos.

As filosofias educacionais evoluíram; Comênio com a educação para todos, Pestalozzi,

com sua acolhida e prática educacional para a saúde; Froobel, com as crianças e jardins de

infância, Vigotsky, Piaget; mais recentemente Gardner com as inteligências múltiplas; todos

evoluíram em suas teorias educacionais; e o professor? E as escolas? E os governantes?

Devem evoluir nas suas responsabilidades, formação e atitudes direcionadas à educação, e,

principalmente à educação especial? Como incluir, não excluir, se obstante não haver essa

evolução? Esta tem que ser cultural, legal, social, intelectual, pedagógica e inclusiva; sem

preconceito, com respeito às diversidades. Mas é no artigo 4º da lei 10.436/2002 que está o

texto associado a este trabalho, considerando a perspectiva legal:

O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente.(BRASIL, 2002, p. 80)

De modo histórico linear é que após a conferência mundial sobre educação para todos

na Tailândia, em 1990, o Brasil prevê uma das garantias básicas para a educação e

diversidade, ou seja, o direito daquela a todos, inclusive aos portadores de necessidades

especiais. Isto acontece com o estatuto da criança e do adolescente. Com a declaração de

Salamanca na Espanha, em junho de 1994, os países latinos têm por lei a viabilizar e aceitar

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sua inclusão de pessoas especiais na escola, independente das condições de suas limitações.

Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases Nacional, LDB, Nº 9394, garante no papel a inclusão no

ensino regular, em seu artigo quatro parágrafo II, sobre o direito e o dever de educar como

atribuído a Estado, Município e Distritos, em oferecer atendimento educacional especializado

gratuito aos educandos portadores de necessidades especiais, preferencialmente na rede

regular de ensino. Isto inclui a surdos - mudos; e dá outros benefícios, entre eles o estímulo a

formação de profissionais pra limitados diversos, bem como pelo FUNDEB, financiamentos e

obrigações políticas para atenção especial a este público vulnerável na perspectiva para

formação e acolhida educacional inclusiva. Um exemplo é a obrigatoriedade de a escola ter

um profissional para lidar com alunos que necessitem de uma aprendizagem especial por

conta de suas limitações à sua aprendizagem comum. A LDB, em seus artigos 58 e 59

garantem estes benefícios. As linhas de preparação para lidar com o fator inclusão no ensino

regular pressupõem a escola em sua autonomia buscar e dar condições para essa finalidade.

Isto implica os professores estarem ou progredirem sua formação para atendimento aos surdos

mudos e a outros especiais. Dos recursos, estes não são por demais difíceis de obter, haja vista

o programa de o livro didático oferecer meios para aquisição de material didático.

A partir de 2001, o PNLD ampliou o atendimento de forma gradativa, atendendo também aos alunos com deficiência visual, distribuindo livros em Braille, Língua Brasileira de Sinais/Libras e áudio, visando à qualidade do processo educacional e à inclusão social. (POSSARI, LINO, PAZ, 2014 p.30).

Com a ampliação e legalização do atendimento a portadores de limitações físicas,

intelectuais e fisiológicas diversas, nas idealizações para realização de uma proposta

inclusiva, a escola poderá encabeçar um bom projeto que atenda as suas necessidades de

adaptação ao atendimento do público especial. Sobre diversidade, no âmbito educacional se

pensa em respeito ao pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, políticas e religiosas; às

diversidades étnicas, sociais, culturais e regionais; à autonomia pedagógica dos

estabelecimentos de ensino; liberdade e o apreço à tolerância social, política, religiosa,

comportamental e educacional. Com este respeito à diversidade, esta implica em atender,

inclusive a singularidades dos alunos surdos- mudos. Atender necessidades singulares de

determinados alunos é estar atento à diversidade, considerar a especificidade do indivíduo,

analisar suas possibilidades, aprendizagem e avaliar a eficácia das medidas adotadas. No

entanto, para isto, há que se ter qualificação, parcerias e incentivos. Com qualificação se pode

formular uma proposta prática adequada que atenda a diversidade. O papel da escola, se não

tem o profissional para lidar com o público educacional estudado, é reivindicar, buscar

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legalmente ou pela sua autonomia a este profissional para atuar cotidianamente se houver

alunos com a especialidade e necessidade em libras. Se já tem, é repensar seus planejamentos

garantindo qualidade na aprendizagem e inclusão cidadã. Mas para muitos educadores, para

as realidades específicas que existem em cada canto do nosso tão oprimido sistema

educacional, isto torna-se em muitos momentos um grande desafio.

2.1 - Desafios ao Professor da Educação Inclusiva

De modo singelo se pode perceber que a trajetória da inclusão e do atendimento em

educação aos falantes em libras, bem como outros portadores de limitações, perpassou

descasos, lutas dores e conquistas; além dos benefícios legais é preciso realizações

intelectuais, práticas, de serviços, do atendimento de acordo com a demanda. O termo - chave

para isto é "qualificação prática". Trabalhar frente à diversidade e inclusão, com realidades

particulares, com limitações sensoriais, articulatórias, motoras, exige empenho, saber, prática

e formação adequada. Mas ao mesmo tempo é uma forma de enriquecimento pessoal. Uma

prerrogativa à formação docente consiste em estar garantindo uma sociedade mais justa e

igualitária na atividade de se comunicar, de viver, proporcionar inclusão.

Outro atenuante da formação e especialização prática, é que o educador de especiais

precisa se posicionar no que seria um dos paradigmas da educação moderna, aprender a

aprender. A LDB 9.394/96 em seu Artigo 59 assegura aos portadores de necessidades

especiais no seu parágrafo terceiro "professores com especialização adequada em nível médio

ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular

capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns." (BRASIL, 1996). Para

isto é importante que as secretarias de educação os gestores municipais, estaduais e distritais

invistam no profissionalismo destes educadores. E isto é garantido por lei na mesma LDB e

através do FUNDEB. Mas a motivação e empenho em se qualificar para a educação que se

assume é peculiar à atitude docente. Outra prerrogativa é que a LDB em seu artigo 67

parágrafo quinto está Garantindo "período reservado a estudos, planejamento e avaliação

incluído na carga horária de trabalho". (BRASIL, 1996). Dadas estas garantias depois de uma

formação específica para lidar com surdos- mudos, o planejamento didático pedagógico para

ministrar meios de desenvolvimento da aprendizagem deste público segundo a citação da lei,

deve estar atrelado inclusive à carga horária do profissional em educação. Isto facilita a

inclusão e exime a omissão dos educadores. Estes que muitas vezes, ao lhes serem propostas

oportunidades de formação dizem não ter tempo, dinheiro para despesas; isto pode ser

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solucionado como será visto posteriormente. Então temos que alguns desafios ao educador de

alunos com limitações especiais consiste previamente na sua formação, nos incentivos para a

continuidade dessa. Há posições que as escolas e secretarias de educação devem tomar para

garantir a inclusão sem apenas integrar alunos nas séries comuns. Ela de modo peculiar pode

garantir profissionais, meios e recursos para professores de surdos- mudos.

Cuidados e respeito à diversidade devem existir para não se tornar o educador um

modelo de descriminação, uma imagem negativa que pode influir no processo inclusivo de

aceitação destes alunos nas classes regulares. Propiciar meios para continuar sua formação

também é favorável a superar os obstáculos da educação inclusiva. Assegurar ou participar no

processo que garanta o acesso a esta educação é sair do comodismo das escolas e atuar junto

com gestores na autonomia para incluir. Neste aspecto a escola se soma ao professor em seu

papel. Buscar novas formas de educar, pedagogias diferentes, aceitar a condição humana,

desenvolver potencialidades, estabelecer aprendizagem progressiva e com relações sociais

igualitárias. Superando estes desafios, não basta somente saber e ter a habilidade em libras,

mas sim saber que

Trabalhar com diversidade não é, portanto, ignorar as diferenças ou impedir o exercício da individualidade e sim favorecer o diálogo, dar espaço para expressão de cada um e para a participação de todos na construção de um coletivo apoiado no conhecimento mútuo, na cooperação e na solidariedade." (BEZERRA; SOUZA, 2007, p. 13).

Pode-se perceber que além de ter a qualificação técnica para inclusão de surdos-

mudos, é preciso ter e proporcionar atitudes humanitárias de cultura social e afetiva, evitar o

preconceito, a segregação e a falta de cooperação.

Ser agente ativo de mudanças implica em atitudes individuais de busca do saber;

coletivas de colaboração e participação no processo político da inclusão e diversidade; buscar

recursos e meios para o aperfeiçoamento pessoal faz parte do libertar-se da cegueira do

conhecimento, a noção de achar que o que se sabe é o bastante, que dominar a linguagem dos

sinais por si só já atenderia as necessidades dos surdos- mudos; no processo educativo não se

pode deixar de explorar as diferenças gerais dos alunos especiais; para isto é preciso ir além

da linguagem em libras. É preciso saber como se aprende, o que é aprendizagem.

2.2 - Propostas para Melhorias da Inclusão em Alunos Portadores de Necessidades

Especiais, Surdos - Mudos

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Declarar propostas oriundas de pesquisas bibliográficas que possam contribuir para

melhor inclusão dos portadores de limitações diversas implica de outro modo relatar que no

contexto inclusivo da educação especial, são as escolas e entidades que tem esta obrigação.

Há em pesquisas das diversas teorias sociais da educação, formas de atitudes e ações que

dificultam, negam este tipo de melhoria. Aqui seguiremos a metodologia por método

dialético, apresentando o problema, ou rebuscando-o na revisão da literatura apresentada, e,

em seguida dando suas causa e apontando caminhos que poderão ser seguidos em um possível

projeto de intervenção.

Uma das principais questões apresentadas na literatura que fundamenta esta parte que

tem um teor mais sugestivo e caracteriza a parte de soluções propostas para garantia do acesso

ao ensino regular dos portadores de limitações especiais, aqui, surdos- mudos, é que o

educador para alunos especiais em destaque ao professor de libras tenha formação específica

para tal fim. Na verdade em diversos municípios interioranos de a exemplo de japaratuba,

Sergipe, com um total de oito escolas municipais e duas estaduais, para o público de surdos-

mudos municipais, só há um professor efetivo que atende aos alunos carentes da linguagem de

sinais no meio sistemático escolar; isto do modo esporádico, uma vez por semana em cada

colégio que tenha alunos com tais características especiais. Esta forma de atendimento se deve

a livre garantia de matrícula por parte dos pais nas entidades que lhes forem convenientes

garantindo certa democracia no processo de inclusão; outra causa dessa forma de atendimento

é da carência de docentes especializados em educação especial de libras é a falta de concurso

público para este fim; quanto à forma de atendimento a matrícula ou inclusão em uma só

entidade, no que diz respeito à cidade, em um sistema multisseriado ou em turnos que

dividissem os alunos por suas competências e idades cronológicas ou mentais, caso fosse

adotado esta unicidade ou reunião dos alunos em uma só entidade, seria a solução para o

modo esporádico de atendimento em libras daquela cidade. Porém o direito estabelecido na

LDB, no FUNDEB, que prever garantia de opções na matrícula seria ferido de acordo com a

lei.

Quanto à formação docente em libras se pode atribuir algumas causas não favoráveis.

Entre elas estão: Escolas que não tem educação especial ou alunos com estas necessidades

não buscam qualificar seus profissionais; então quando aparece um ou outro aluno até que o

município, Estado ou secretarias venham disponibilizar este atendimento, já houve perdas no

tempo de aprendizagem e na necessidade deste discente. Somando-se, há os professores que

não buscam qualificação, não tem interesse em contribuir com a inclusão no ensino regular;

par isto alegam, falta de investimentos por parte da escola, gestores, coordenadores, governos

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municipais e outras fugas; mas sua motivação para a diversidade é limitada. Sua busca pelo

aprender a aprender é sufocada por uma cultura de formação ultrapassada. Uma das

alternativas é buscar profissionais que queiram atender por amor a demanda de alunos

carentes da educação em libras.

Quanto à formação, as alegações de despesas extras, no caso de formação continuada,

além das graduações e pós- graduações ofertadas por algumas faculdades, há entidades

autorizadas pelo MEC, como o SENASP, e plataformas em educação que disponibilizam

gratuitamente aprendizagem na linguagem de sinais; o detalhe é que são cursos de

capacitação, em média com 60 a 120 horas, mas em condições para dar garantias aos

educadores quanto qualificar a inclusão de surdos-mudos.

A escola deve de modo geral, dentro de sua autonomia, reivindicar profissionais para dar o acesso aos carentes em libras. Além disso, acolher, planejar e adaptar materiais e didáticas que envolvam este tipo de diversidade. "Assim, mesmo com os obstáculos a respeito dos movimentos de inclusão, é visível que as escolas e a sociedade continuem caminhando rumo a práticas cada vez mais inclusivas". (BEZERRA; SOUZA, 2007, p. 13).

Ora, se as diretrizes e bases educacionais dão garantias ao acesso a formação

continuada de professores para o ensino de libras, aos alunos estarem incluídos no ensino

regular; se tem ofertas do Governo Federal na aquisição de materiais didáticos, os pais tentam

e querem seus filhos vinculados ao sistema de ensino regular por isso acontecem as

matrículas; então o que há de dificuldade para que essa participação deste público de especiais

na aprendizagem normal se torne da fato efetiva? Formação, já foi citado, respeito a

diversidade, a teoria exposta aponta fragmentos das atitudes que se dever ter diante da ação de

incluir surdos- mudos no contexto educacional moderno.

Compromisso político e social, talvez esse seja o maior entrave as garantias de

qualidade que a inclusão discutida aqui requer. Os gestores públicos pouco se preocupam com

a qualificação para os alunos especiais.

Os índices do IDEB, os repasses do Governo Federal, o enchimento das folhas da

pasta educativa com cargos comissionados, estes sim são fontes de medidas favoráveis a que

estes gestores ditos comprometidos devem ficam alertas. Neste aspecto de negligência das

entidades constituintes representativas do processo de inclusão e diversidade é que a escola

dever buscar de modo legítimo a garantia de profissionalizar seus membros, elaborar planos

de ação que não estejam distantes da realidade de aprendizagem pertencente ao mundo dos

surdos- mudos. Buscar e inserir processos compatíveis com o tempo dos seus discentes para

dar continuidade a sua formação.

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3- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na exposição teórica deste artigo fora visto breve curso ideológico e histórico da

inclusão de portadores especiais no munido e no Brasil. Mostrou-se o caminho para o

reconhecimento social e legal da comunicação por sinais. Neste processo registrou-se algumas

ciências que a ele contribuíram, bem como a necessidade aparente de especialização para a

educação em libras condicionada pela demanda de professores nas escolas. O texto aponta as

garantias que a lei prever para o legítimo acesso ao ensino regular dos portadores de surdez e

mudez. Discorre que para incluir de modo significativo é preciso se atentar a realidade

circundante ao surdo-mudo. De modo a atender a justificativa do artigo afirma a importância

da formação profissional educativa para o atendimento ao público em estudo. Aponta seus

direitos. Trás posicionamentos que a escola dever tomar frente a diversidade, afirma o seu

papel frete a educação inclusiva de deficientes auditivos. Considera requisitos essenciais ao

ensino de libras subsidiado pelo entendimento da complexidade que existe no processo de

ensino-aprendizagem, demonstrando e extensão da prática de libras estar além do domínio da

linguagem de sinais. Por fim, se tem no texto, perspectivas e sugestões para qualificar o

ensino de libras, afirmando a necessidade de atualização e vocação docente para a

qualificação e ensino especial, cientificando o descompromisso doas entidades

governamentais em investir no profissional da comunicação por sinais.

Portanto os sistemas de formação docente devem ser repensados, os governos podem

ter ética educacional em no mínimo cumprir o que a lei estabelece garantindo a inclusão e

buscando investir nos profissionais que se dispuserem a estas demandas. Assim a educação

inclusiva pode ter esperança em atingir o respeito e a diversidade que a sociedade e os

paradigmas educacionais aspiram. O FUNDEB prevê que 52% da verba destinada à educação

municipal deva ser destinada a incentivos e formação profissional a educadores. Mas o que se

vê, é prefeituras com sua folha da educação recheadas de cargos de comissão para atender a

favores e comprometimentos que as campanhas políticas demandam. Quanto os recursos, ou a

falta destes, a regularidade burocrática das escolas pode promover o acesso pelo programa do

livro didático que oferta material direcionado à libras, além de haver mídias que oferecem

amplos acervos para capacitações não só dos profissionais em educação como aos alunos. Por

último, a formação continuada dos professores tende a acompanhar o que de mais instigante

há sobre aprendizagem, associar teorias às práticas; então considerar que a assimilação

cognitiva de surdos - mudos é mais que sinais manuais e gestuais; ser pesquisadora se torna

uma solução para o aperfeiçoamento das metodologias a serem usadas em sala de aula.

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Portanto, a linguagem de sinais, o acesso de seus portadores da surdez e mudez, sua inclusão

no mundo da diversidade educacional requer pouco mais que caráter e atitudes para deixar

estes alunos especiais em pé de igualdade ao ensino normal.

.

Page 13: Artigo Inclusão Doc

REFERÊNCIAS

BEZERRA, Ada Augusta Celestino. SOUZA, Rita de Cássia Santos. Educação e Diversidade. Aracaju. SE: Unit, 2007. BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, 1997.

BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases. Brasília: MEC, 1996.

BRASIL, Fundeb- Fundo Nacional de Desenvolvimento para Educação Básica. Brasília, FNDE, MEC, 2014.

POSARI, Helena Vedrúsculo; LINO, Élida Maria Loureiro; PAZ, Adalberto Domingos Da.

BRASIL, Curso de Formação Pela Escola; Programa do Livro Didático. Brasília, FNDE, MEC, 2014.