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UNIVERDIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTOS E POLÍTICAS DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA EDUCACIONAL KATIENE SYMONE DE BRITO PESSOA DA SILVA ARTIGO CIENTÍFICO Indisciplina na Escola ALLEXSON THYOGO BEZERRA DE QUEIROZ JOÃO PAULO ARAÚJO DE LIMA DANIELLE NUNES DE FRANÇA NATHÁLIA GABRIELA SANTOS DA SILVA PIEDADE TOMAZ DO NASCIMENTO

Artigo Indiscíplina

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Artigo Indiscíplina

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UNIVERDIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTOS E POLÍTICAS DA EDUCAÇÃO

FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA EDUCACIONAL

KATIENE SYMONE DE BRITO PESSOA DA SILVA

ARTIGO CIENTÍFICO

Indisciplina na Escola

ALLEXSON THYOGO BEZERRA DE QUEIROZ

JOÃO PAULO ARAÚJO DE LIMA

DANIELLE NUNES DE FRANÇA

NATHÁLIA GABRIELA SANTOS DA SILVA

PIEDADE TOMAZ DO NASCIMENTO

Natal, 03 de Novembro de 2011

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RESUMO

Este trabalho tem como objetivo apresentar os aspectos relevantes à

indisciplina no âmbito escolar, como também, os motivos que a tornam uma das

maiores problemáticas já enfrentadas pela escola. Abordará ainda como o professor, a

escola, a família e principalmente a sociedade influenciam no aumento da mudança de

comportamento do aluno em sala de aula.

Nesse processo, será analisada a postura da escola, da família, da sociedade

e do professor frente a esse desafio e suas práticas na busca de possíveis mudanças na

forma de pensar e atuar, possibilitando assim, elementos favoráveis à transformação do

comportamento na sala de aula e na escola. A partir deste foco o presente estudo será

desenvolvido como uma pesquisa exploratória onde serão realizados levantamentos

bibliográficos desenvolvidos com base em material publicado em livros, revistas,

jornais, redes, com o objetivo de identificar os possíveis motivos da indisciplina

presente no contexto escolar. Iniciaremos conceituando a problemática central, fazendo

uma breve reflexão sobre a indisciplina, em seguida, discutiremos sobre os fatores que

levam a indisciplina, levando em consideração a influência que esse indivíduo recebe da

família, da escola e da sociedade e como esses agentes podem contribuir para uma

mudança real da indisciplina.

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INTRODUÇÃO

São claramente perceptíveis a todos os olhares as mudanças ocorridas no

âmbito escolar nos últimos anos. Mudanças essas que tem levado a escola a se readaptar

e se refazer para tentar se ajustar a essas mudanças sem causar danos ao processo de

ensino-aprendizagem. Dentre essas mudanças, as quais as escolas, de um modo geral,

têm enfrentando, destacamos a indisciplina no contexto escolar que tem sido vivenciada

de forma intensa e apontada como um dos principais alvos de discussões entre os

profissionais da educação. Uma série de fatores tem contribuído para o elevado índice

de indisciplina na escola, e apesar do assunto ser bastante preocupante e sendo

considerado um dos maiores obstáculos pedagógicos como também, uma das causas

mais relevantes no tocante ao aproveitamento escola, não tem sido profundamente

debatido.

Contudo, sabemos que o problema não envolve apenas a questão escolar, na

relação professor-aluno, pois o problema não está apenas em fatores internos à escola,

mas externos também. De modo geral, a indisciplina vem se mostrando um importante

obstáculo no processo educacional, tornando deficientes não apenas o trabalho do

profissional da Educação como também o processo de aprendizagem dos alunos. Esta

tem sido uma preocupação constante entre os educadores e tem mobilizado a

comunidade escolar em geral, tornando-se o principal foco das reuniões de pais e

mestres, conselhos de classe, etc. Sendo assim, o assunto indisciplina é muito relevante,

pois interfere diretamente no processo de ensino-aprendizagem, como um fator

agravante para o aprendizado do aluno e ensino didático do professor.

Deste modo, nosso objetivo principal é discutir sobre a indisciplina na sala

de aula, tentando pensar em formas de combater este problema e compreender as causas

que contribuem para a sua existência. As condutas indisciplinadas se generalizaram, as

crianças já não obedecem mais, a ideia de limites desapareceu, a sociedade se

transformou, as crianças também mudaram e já não sabemos o que é preciso fazer. O

processo não é uma tarefa fácil, pois conquistar a disciplina em sala de aula e na escola

tornou-se uma verdadeira batalha para o ensino atual.

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A partir destes questionamentos o presente estudo será desenvolvido como

uma pesquisa exploratória onde serão realizadas pesquisas bibliográficas desenvolvidas

com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas.

CONCEITUANDO A INDISCIPLINA

Segundo o dicionário Ferreira (1986, p.595), o termo indisciplina pode ser

definido como “procedimento, ato ou dito contrário à disciplina; desobediência;

desordem; rebelião”. Nesse caso indisciplinado é o individuo que vai contra a

disciplina, ou seja, vai contra a ordem imposta ou livremente consentida. Vemos, então,

que a noção de indisciplina como contraposição de disciplina, pode ser associada, por

exemplo, aos sentidos de ausência de conhecimento, ou de conduta contestatória ou

divergente dos esquemas de controle social. Segundo Garcia (1999) A indisciplina não é

algo estático, mais que evolui, pois quando falamos de indisciplinas não estamos

tratando apenas de um único fenômeno inerente a escola apenas, mais a um conjunto de

fatores internos e externos a ela. Para compreendermos de fato a questão da indisciplina

na sala de aula, precisamos nos desfazer de uma velha concepção que a maioria das

pessoas possuem como verdadeira, imaginando que o problema da indisciplina estar

restrito ao comportamento do aluno, mais precisamos entender que essa questão requer

como apontou Oliveira (2004), a necessidade de uma reflexão profunda acerca da

natureza das relações e das interações que a constituem.

Assim, Estrela (2002, p. 17), define a indisciplina como sua negação,

privação ou, ainda, pela desordem proveniente da quebra de regras estabelecidas. Ainda

nessa perspectiva Fortuna (2002, p. 90) aponta como noção o não cumprimento de

regras, de rebeldia contra as regras, de desrespeito de um modo geral, sem uma

justificativa viável, criando transtornos e incapacidade de se organizar e se relacionar de

acordo com as normas estabelecidas por um grupo. Independente do ponto vista do que

é a indisciplina, o fato é que na formação de um cidadão, muitas regras precisam ser

estabelecidas e obedecidas, e a escola fica de certa forma com uma parcela dessa

responsabilidade de trabalhar um pouco a formação cidadã desses indivíduos, buscando

mecanismos para estabelecer parâmetros de conduta e respeito, possibilitando uma

cordialidade no sistema, tanto alunos, professores e profissionais em geral, uma relação

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mutua que só terá sucesso se ambos estabelecerem metas para que cada um seja

respeitado na posição que atua no âmbito escolar, ou qualquer outra.

FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A INDISCIPLINA NO CONTEXTO ESCOLAR

Na década de 50 a escola tinha uma estrutura completamente à escola era

pautada na ordem e no respeito, e tinha seu lugar de destaque na sociedade, porém essa

realidade mudou drasticamente ao logos dos anos, nos dias atuais problemas de natureza

distinta sufocam o contexto escolar que tenta se situar nessa nova realidade em que vive

a escola. Nesse contexto, a indisciplina atualmente é vista como um dos principais

entraves na educação e a escola não tem dado conta para estabelecer normas aos alunos,

deixando a instituição em crise no presente século pela falta de se estabelecer dialogo e

incapacidade de integração entre alunos, escola e família. De acordo com Aquino

(1996), atualmente a indisciplina escolar apresenta expressões mais complexas,

tornando-se mais difícil de compreender e resolver de modo efetivo o problema que

vem ocorrendo constantemente nas escolas. Partindo desse pressuposto podemos

observar que a indisciplina no contexto escolar tem movimentado professores, gestores,

pais e alunos. Mais o que de fato tem levado a escola a esse ponto tão critico que

vivencia. Quem é de fato o responsável por alunos indisciplinados?

A indisciplina pode estar associada a diversos fatores, entre eles, podemos

destacar como principais a família, o próprio aluno, o processo pedagógico da escola,

fatores que não são diretamente ligados ao âmbito escolar, relacionados ao professor,

nas questões em sala de aula, como também a sociedade. Assim a questão da

indisciplina escolar não está associada a uma única ação geradora do problema, mais

reflete um combinação de ações. De acordo com Tiba (2006), as causas da indisciplina

são inúmeras, mais o que destaca é que a autoestima, a auto desvalorização, o excesso

de autoestima, o ego inflado, o ego murcho, o pretender fazer algo e não seguir adiante

conduz à indisciplina. Além da forte influência do meio social que o próprio aluno

vivencia.

Nesse contexto, a escola hoje recebe sujeitos tão heterogêneos, provindos de

diferentes classes sociais, com diferentes histórias de vida e com uma “bagagem” que,

muitas vezes é negada pela escola, gerando problemas de naturezas distintas,

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possibilitando o surgimento da indisciplina. No tocante a isso, podemos destacar como

causas da indisciplina como o relacionamento, Bullyng, agressividade, hiperatividade, e

violência, uns inerentes a escola outros não. Com isso, a indisciplina escolar pode ser

atribuída tanto fatores externos à escola e/ou a fatores que envolvem a conduta do

professor, sua prática pedagógica e até mesmo, práticas da própria escola que podem ser

excludentes a sociedade como um todo.

Em geral, as principais causas desta problemática estão relacionadas com

problemas familiares ou psicológicos, aspectos socioculturais questões de estruturação

escolar e métodos pedagógicos inadequados do professor.

No que diz respeito ao professor, Vasconcellos (2003, p. 58) diz que:

O professor desempenha neste processo o papel de modelo, guia ou referência (seja para ser seguido ou contestado); mas os alunos podem aprender a lidar com o conhecimento também com os colegas. Uma coisa é o conhecimento “pronto”, sistematizado, outro, bem diferente, é este conhecimento em movimento, tencionado pelas questões da existência, sendo montado e desmontado (engenharia conceitual). Aprende-se a pensar, ou, se quiserem, aprende-se a aprender.

Nesta relação o professor deve saber levar bem as relações dentro da sala de aula.

Quando são provocados pelos alunos, o professor não deve perder o controle e agir

conforme seus impulsos, devem ser firmes e não perder jamais o equilíbrio e a calma e

não acreditar que o castigo, de alguma forma, poderá amenizar o problema da

indisciplina do seu aluno, visto que, os fatores que os levam a agir dessa forma podem

ser muito mais complicadas do que ele possa perceber, para Ginott (1978), “Nenhuma

criança se auto-avalia quando está sendo castigadas, elas o vem com uma forma de

vingança de quem esta aplicando, é esse sentimento que passam para os alunos mesmo

sem essa intenção”.

O próprio aluno se mostra muitas vezes como principal fator de indisciplina

no contexto escolar, para OLIVEIRA (1996) atitudes como falar ao mesmo tempo em

que o professor, responder de forma mal educada e grosseira, brigas tanto entre alunos

como com o próprio professor, não atender as ordem em sala como, por exemplo, não

querer realizar as atividades propostas pelo professor, é caracterizado como atos de

indisciplina por parte do aluno. Nesta respectiva o professor precisar estar inteiramente

preparado para lidar com essas reações que podem muitas vezes pode ser causas

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inerentes a escola, outras a família. Sabemos que os tempos mudaram, no entanto, a

escola tem praticado dia após dias às mesmas práticas pedagogias, enquanto esses

alunos viajam pelo mundo, e tem acesso a tanta informação instantânea, professor

desestimulados exercessem seu papel de forma arcaica. Assim, o comportamento

indisciplinado do aluno pode estar mostrando que algo na escola e na sala de aula não

está ocorrendo de acordo com as expectativas principalmente dos alunos.

Do outro lado temos um fator extremamente importante no processo de

indisciplina, e que por muitas vezes é a principal razão do ato indisciplinar dos alunos.

A instabilidade emocional de cada aluno, muitas vezes deriva de problemas familiares.

Jovens que crescem em ambientes problemáticos desenvolvem comportamentos de

agressividade onde muitas vezes é na escola onde expressa com mais agressividade o

que tem vivencia no seio família, alunos que muitas vezes sofrem humilhação em casa e

por muitas vezes tem problemas de relacionamento, tendem por manifestar atos

agressivos como resposta a humilhação sofrida.

A família que possuem grande dificuldade de desenvolver em seus filhos

responsabilidade e estabelecer limites gera neles valores distorcidos, onde pensam que

tudo podem fazer devido à liberdade que lhe é concedida em casa, muitas vezes

passando do limite moral. Nesse caso, a afetividade familiar, dificulta muitas vezes de

se perceber até mesmo acreditar que o filho está faltando com respeito ao professor ou

qualquer outro membro da escola. Não é raro encontramos pais acreditando que não se

pode proibir nada aos filhos, que eles têm que ter liberdade para fazer o que tiverem

vontade e quando tiverem vontade. Dessa forma, geram atitudes que não somente geram

indisciplina, mas que agressividade, desrespeito e muitas vezes atos de violência de

caráter policial.

Nesse processo conflituoso entre os reais papéis de ambas as instituições,

onde ninguém mais conhece de fato o seu papel ou não querem fazer o papel, tem

contribuído significativamente para o crescimento dessa problemática, que tem

descabelado pais, diretores e principalmente professores, porém a questão de

fundamental importância que ambas precisam tomar consciência é o que coloca Aquino

(1998), que a principal função da família é a transmissão de valores morais às crianças.

Já à escola tem o dever de transmitir de forma sistemática o conhecimento histórico,

social, moral. Esse trabalho conjunto possibilitará um grande avanço no combate à

indisciplina escolar.

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No que tange as instituições de Ensino como fator que gera a indisciplina,

sem levar em consideração no momento os fatores externos a ela que colaboram com o

processo, as regras de conduta imposta pela escola, muitas vezes não são claras, é

preciso esclarecer o objetivo de tais práticas para ao bom andamento da instituição.

Escolas que não tem o foco centrado no desenvolvimento do aluno, e que não raras

vezes falta com respeito ao aluno, recebem retaliação por parte dos alunos. À medida

que exige do aluno, deve oferecer subsidio para que ele possa se enquadrar de tais

ordens determinadas. O que não pode ocorrer é voltarmos às velhas praticas da escola

dos anos 50 e 60 que conseguiam fazer com que seus alunos se comportassem de forma

autoritária, com ameaças e castigos e eles não podiam se posicionar, questionar e

refletir, sobre quaisquer que fosse o assunto. Nos nossos dias a realidade é

completamente diferente, influenciados por mudanças politicas, religiões, econômicas e

sociais, assumem posturas diferentes na sociedade. Para (VASCONCELLOS, 2000). O

aluno precisa ser considerado no meio ou momento histórico em que está inserido. Se

ele não está integrado ao processo ensino-aprendizagem passa a apresentar

comportamentos que causam preocupação à escola, são manifestações que surgem na

forma de agitação ou, contrária a ela, comportamentos de apatia e descomprometido.

Manifestações pacíficas, quase estáticas, do silêncio e alienação às regras impostas. Para

Freire (1997), um projeto de escola que busque a formação da cidadania precisa tratar

todos os indivíduos com dignidade, com respeito à divergência, valorizando o que cada

um tem de bom; fazer com que a escola se torne mais atualizada para que os alunos

gostem dela; e, ainda, garantir espaço para a construção de conhecimentos científicos

significativos, que contribuam para uma análise crítica da realidade. Privar os alunos de

opinarem e se expressar torna a escola um alvo de maior repressão por parte dos alunos.

Quanto mais ela focar no controle os alunos de forma a não entrega-los no processo

politico e organizacional da escola, buscando melhores resulta no processo de relação

dos agentes das instituições de ensino.

Diante dos fatores elencados até agora, outro que tem contribuído

fortemente com o crescimento dessa problemática nos últimos são as questões externas

tanto a família, quanto a escola. O espaço social, a sociedade como um todo. Sabemos

que os conflitos externos à escola escapam de suas possibilidades de enfrentamento, os

quais, por sua vez, influenciam o bom andamento da aula. Apesar da violência, drogas,

pobreza e demais mazelas da sociedade influenciarem no ato indisciplinar dos alunos,

esses fatores não são considerados como atos de indisciplina.

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São Inúmeros os fatores que influenciam na indisciplina na sala de aula, mas

temos que perceber que é a interação de todos esses agentes que incentivam esse

comportamento indesejado.

QUEM MAIS SOFRE COM A INDISCIPLINA E O QUE PODE SER FEITO

COMO SOLUÇÕES E INTERFÊNCIAS NA INDISCIPLINA?

Em geral, de uma forma direta ou indireta, todos que fazem parte processo

ensino/aprendizagem são vítimas desta situação. Porém, os professores e principalmente

os que estão no inicio de carreira não tem noção de como lidar com essa problemática

que por muitas vezes tem desestimulado professores em todos os níveis educacionais no

Brasil. Não podemos esquecer que muitos dos alunos que se encontram no contexto da

sala de aula, onde a indisciplina é evidenciada também saem prejudicados, uma vez que

o ambiente da sala de aula torna-se muito desconfortável e tenso, não sendo propício

para o processo de ensino e de aprendizagem.

Como sabemos o ato indisciplina não é algo estático, ela muda de acordo

com que as ações internas e externas a escola mudam também. Não existe receita pronta

para resolver o problema, mais existem ações que bem organização possa gera frutos no

bom comportamento dos alunos. Nesse passo, professores, família, escola e sociedade

precisam procurar o melhor caminha seguir na construção do espaço mais apropriado

para o desenvolvimento dessas ações.

A escola precisa ser um espaço mais humanizado, democrático, pautado no

diálogo e na afetividade, onde os direitos de cada um sejam respeitados. Buscando

integrar os alunos no processo pedagógico da escola, assumindo um papel educativo e

proporcione, através de uma visão sistêmica, a integração de todos os agentes

envolvidos no processo. Para que mudanças apareçam algumas posturas precisam ser

mudadas, sobretudo entre os professores, vontade em cultivar, uma postura de interesse

pelas metas, realizações e problemas dos estudantes. Porém é imprescindível que a

escola apoie os professores, deixando de focar apenas a visão administradora, e buscar

estar presente em todos os aspectos da escola, envolvendo os alunos na construção dessa

nova, integrando-os aos interesses e decisões no que diz respeito às normas.

O professor diante das inúmeras atividades pertinentes ou não a sua função,

tem nesse processo papel fundamental para amenizar a indisciplina em sala.

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Conquistando maior autônima de como lidar com essa problemática, buscando inteirar-

se do assunto e das discursões a respeito. Além do mais, o professor terá de encontrar as

soluções mais adequadas para os problemas com que iram aparecer. Poderá, desta

forma, adotar algumas estratégias para prevenir comportamentos indisciplinados, tais

como refletir sobre as suas atitudes e funções enquanto professor. Preparando suas aulas

de forma mais planificadas é dominar bem o estar a ensinar lhe permitirá mais

segurança no seu desempenho. Essa segurança é transmitida aos alunos que vêm o

professor como um líder e um exemplo a seguir podendo ainda atribuir mais

responsabilidade a seus alunos, os tornando mais participativos no processo da aula.

Ferramenta fundamenta no processo, pois, isto será essencial para que se cultive o

respeito mútuo, uma componente que sabemos ser fundamental para que todo o

processo educativo possa ter sucesso.

No tocante aos alunos não dar para intitular medidas ou propor

procedimentos aos mesmos, visto que, eles são uma turbulência de comportamento e

sentimento o que torna impossível determinar regras a ser seguida na contribuição do

processo. Já a família sendo mais participativa na vida escola dos seus filhos somando

forças com a escola para formular medidas que tornem a escola um ambiente de

afetividade e responsabilidade para que os estudantes pudessem crescer enquanto

pessoas e cidadãos.

Contudo, não existem fórmulas mágicas para contornar a indisciplina. Cabe

cada escola e a todos os participantes do processo ensino/aprendizagem desde

professores, pais, funcionários e os próprios alunos, unir forças e criar estratégias

buscando amenizar a problema almejando assim uma escola que a muito se espera.

Considerações Finais

Diante das analisas bibliograficas feitas no intiuito de entermos os fatores

geradores da indisciplina em sala de aula, assim como, buscarmos contruibuir no

tocante a amenizar essa problematica que como já pontuamos, tem conturbado às

instituições educativas no Brasil. Por isso, a investigação que realizamos veio

comprovar que o processo indisciplinas no ambito escolar tem fomentado no mínimo

três dificuldades seja no relacionamente professor-aluno, seja entre aluno ou mesmo

entre aluno-direção.

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Tais dificuldades são gerados por inumeras ações internas e externas a

escola, deixando-a na maioria dos casos sem pespectivas de supera-las. Procuramos

busca entender os principais motivos que levam o aluno a cometer a indisciplina em sala

de aula e durante o seu processo de ensino-aprendizagem, percebendo assim que os

motivos não são apenas inerentes ao aluno, mas, as principais instituições pela qual

esses alunos estão inseridos na sociedade, entre elas, a propria escola, as família, o

professor e o meio social.

No tocante a busca por possiveis soluções, pontuamos que escola precisa

oferecer ao aluno o desejo de aprender, isto coloca em movimento toda a sua

organização, desde a sua direção até seus funcionários, também há necessidade de fazer

com que o professor interaja mais com seu aluno, existe uma necessidade de tutores em

cada sala de aula, para que possam observar as reais necessidades de cada classe,

também podemos observar a importância de orientação psicológica dentro da escola,

isto se daria através de psicopedagogos ou psicólogos educacionais, permitindo maior

participação dos alunos no processo de construção do processo pedagogico, não

inibindo a participação dos alunos nas decisões mais importantes da escola. A Família

precisa se interir mais com os assuntos escolares dos filhos participando de forma mais

ativa das renuiões escolares contribuindo para um maior relacionamento entre escola e

família, muitos pais são omissos em relação à escola, muitos são geradores de conflitos

para seus filhos e muitos não ensinam a disciplina dentro de casa, fazendo com que este

aluno leve para a sala de aula fatores determinante para a indisciplina. Ainda nessa

busca, percebemos que o professor como agente que atua de forma direta com alunos e

que por decadência da profissão de docente, causada por inúmeros fatores, de entre os

quais destacamos as múltiplas fontes de informação que temos atualmente, além das

duplas jornadas que precisam fazer, desmotivan-o completamente de realizar um boa

atividade. No entanto, é necessário recuperar o prestígio dos professores e mostrar a sua

utilidade à sociedade, pois, um dos motivos da indisciplina na sala de aula é o fato do

professor não se preparar para a aula.

Por fim, percebemos que não é o aluno o aluno o maior causador da

indisciplina, a escola é o principal gerador da indisciplina devido a forma que os

gestores concebem a ordem na sala de aula, bem como a escola ver os seus, pois a

forma com que a escola ver os alunos é como de fato eles seram.

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Em linhas gerais a indisciplina não é um ato instáveis ela se modifica de

acordo com as influencias recebidas e principalmente de acordo com espaços que as

constitui.

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