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Interação e Contexto: Construindo o sentido na produção textual. Cícera de Souza Pereira
Vanderléia da Silva AlmeidaVânia Lúcia Vianna Dias
Interação e Contexto: Construindo o sentido na produção textual
RESUMO: Analisar a questão da atividade textual como um processo que não ocorre de forma isolada, e sim dentro de um conjunto de ações sociocomunicativas. Neste artigo, abordaremos a concepção de escrita, em seus diferentes aspectos, bem como a escrita com o foco no autor, na língua e na interação, sendo o último de maior relevância, dando ênfase à interação e o contexto que são elementos necessários para a construção de sentido dentro do processamento textual. Ressaltamos, ainda, a leitura como atividade indispensável neste processo. Objetivamos, aqui, enfatizar os aspectos que são necessários para a obtenção de sentido no texto. O estudo feito, a partir de pesquisa bibliográfica, teve como referencial os autores Irandé Antunes, Ingedore V. Koch, Vanda Maria Elias e Izabel C. Soares.
PALAVRAS-CHAVE: escrita, leitura, interação, contexto, construção de sentido
INTRODUÇÃO
Para compreender como a interação e o contexto estão inseridos na produção textual,
para construção de sentidos, é necessário que se faça uma breve abordagem sobre a escrita. O
ato de escrever era antes visto como um processo no qual se resumia o texto a um objeto
único e exclusivamente do seu produtor. Deste modo, seria a escrita uma atividade que
dependia apenas de seus conhecimentos de língua e conhecimentos de mundo.
Esta concepção sobre a escrita diferencia-se do que se acredita atualmente a respeito
de produção textual. Ora, ignorava-se que o ato de escrever vai além de mera codificação da
língua. Pesquisas atuais na área da Linguística Textual vêm mostrar que essa é uma atividade
um tanto complexa, que vai além do meio pelo qual se materializa o que pensa o escritor, o
que consiste em dizer, que depende também da interação, relação inerente aos sujeitos
inseridos em práticas sociais, envolvidos em uma dada situação ou contexto, favorecendo
assim, a construção de sentidos.
Ou ainda, o ato de escrever é o processo que demanda a ativação de conhecimentos
linguísticos, sócio-culturais, além de conhecimentos de mundo; para a escolha de gêneros
textuais, seleção e organização de ideias, de acordo com as práticas sociais para eficiência e
eficácia da comunicação. As autoras Koch e Elias, conceituam de forma apropriada sobre o
texto, dizendo: “O texto é um evento sociocomunicativo, que ganha existência dentro de um
processo interacional. Todo o texto é resultado de uma coprodução entre interlocutores: o que
distingue o texto escrito do texto falado é a forma como tal coprodução se realiza.” (KOCH e
ELIAS, 2012 P.13)
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Vanderléia da Silva AlmeidaVânia Lúcia Vianna Dias
No entanto, cabe ressaltar que a leitura desempenha função imprescindível dentro do
processo da escrita. Entende-se aqui como leitura não apenas decifração de signos
linguísticos, mas sim, aquela em que o leitor é capaz de apreender o objetivo do autor, ou seja,
sua compreensão, sua interpretação, atravessando a superficialidade do texto, se
aprofundando, lendo o explícito e o implícito, o subentendido “nas entrelinhas”.
Destacamos, em especial, que a leitura é o meio de maior aquisição de conhecimentos,
sejam estes linguísticos, textuais ou enciclopédicos; a qual capacita o leitor a obter uma visão
crítica, transformadora e questionadora sobre o mundo e sua realidade, principalmente para
eficiência na compreensão de textos; possibilitando que o leitor faça suas próprias inferências;
permitindo, inclusive, que produza seus próprios textos com igual qualificação. Pois, como
bem definiu Izabel C. Soares: “(...) a leitura pode ser um meio de ampliar horizontes
cognitivos, ideológicos e linguísticos. Por isso, o hábito de ler sempre cultivado, o escrever
poderá vir, sutilmente, por impregnação.” (SOARES, 2000 p.86)
Além destes breves apanhados sobre escrita e leitura, este trabalho, tem como
finalidade analisar as concepções de escrita e produção textual com o foco na língua, no autor
e, posteriormente, de forma mais crítica, na interação. Contudo, destacamos também, a
importância do contexto para a escrita, como fonte de conhecimentos essenciais para as
construções de texto e sentidos.
1. A escrita com o foco no autor:
Nessa concepção, entende-se a escrita como uma atividade que demanda
conhecimentos linguísticos e de mundo unicamente de seu produtor. Por esse ponto de vista,
seria correto afirmar, que o texto é produto das atividades mentais de quem o escreve,
ignorando que este processo requer, tanto da parte de quem o produz quanto da parte de quem
o lê/recebe, conhecimentos e estratégias para o processamento textual e, consequentemente, a
construção de sentidos. Segundo as palavras de Koch e Elias.
“(...) o texto é visto como um produto – lógico – do pensamento (representação mental) do escritor. A escrita, assim, é entendida como uma atividade por meio da qual aquele que escreve expressa seu pensamento, suas intenções, sem levar em conta as experiências e os conhecimentos do leitor ou a interação que envolve esse processo”. (KOCH e ELIAS, 2012 p.33)
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Dessa maneira, podemos dizer, por exemplo, mesmo quando produzimos um diário,
por mais secreto que seja, por mais que ninguém o leia, o fazemos para alguém – o “querido
diário” - não se pode pensar em produção textual sem levar em consideração de que exista um
destinatário, um alguém para quem se escreve, além de si mesmo. Assim, fica evidente que
este foco na concepção de escrita é inadequado, pois afirma que o texto é apenas a
materialização do pensamento de quem o escreve, uma atividade unilateral. Mais adiante,
abordaremos mais profundamente, conforme o que autoras, anteriormente citadas afirmam,
que trata-se esta de uma visão equivocada, quando veremos a escrita com o foco voltado para
a interação e não mais somente no autor.
Na concepção de Koch e Elias, sobre a escrita com o foco no autor, temos: “A escrita,
assim é entendida como uma atividade por meio da qual aquele que escreve expressa seu
pensamento, suas intenções, sem levar em conta as experiências e conhecimentos do leitor ou
a interação que envolve esse processo” (KOCH e ELIAS, 2012 p.33)
2. A escrita com o foco na língua
“Escrever é uma atividade que exige do escritor conhecimento da ortografia, da
gramática e do léxico de sua língua, adquirido (...) de forma sistematizada, na escola.”
(KOCH e ELIAS, 2012 p.37)
No processo de alfabetização, o aprendizado da língua materna, neste caso a nossa
língua portuguesa, em que o aluno, inicialmente, é preparado apenas para codificar e
decodificar os signos linguísticos. E após este, a leitura se torna um ato tão simples quanto
qualquer outra atividade de nosso cotidiano. E por meio desta prática, pode-se dizer que,
embora ainda não o faça de forma dominante, o leitor já é capaz de decifrar produções
escritas, tais como: placas, cartazes, anúncios e tudo o que lhe é mais frequente no contato
visual. Sabemos que o aluno, mesmo acreditando saber ler e escrever, é comum avançar na
carreira escolar com dificuldades referentes a estas práticas, é que esse tipo de formação não é
o suficiente para que se façam alunos escritores/leitores eficientes.
O que significa, que mesmo o aluno tendo sido preparado para escrever textos,
somente esse método não possui eficiência para formar escritores e leitores. A escrita com
foco apenas na língua, não é o único meio eficaz para o ato de escrever bem, pois o que se
defende nessa concepção é que, para tal, o vasto conhecimento de léxico, o domínio da
gramática normativa sejam suficientes para que haja comunicação na relação autor-texto-
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leitor, bastando apenas que o leitor compartilhe dos mesmos conhecimentos linguísticos que o
autor. Como é afirmado por KOCH e ELIAS, assim: “(...) o texto é visto como simples
produto de uma codificação realizada pelo escritor a ser decodificado pelo leitor, bastando a
ambos, para tanto, o conhecimento do código utilizado.” (KOCH e ELIAS, 2012 P.33)
Cabe a nós entendermos que, embora necessário para a construção dos sentidos, o
conhecimento linguístico é apenas mais um conhecimento para o bem escrever. Pois, durante
a produção textual, quando o produtor se utiliza de todos os recursos disponíveis na língua,
num processo cooperativo com o seu receptor, ele demonstra seu interesse colaborativo na
perfeita aceitação do objetivo pretendido. Contudo, essa tarefa torna-se inviável se não tiver
sido definido seu interlocutor. Tomemos como exemplo: como escrever uma carta, se não
sabemos para quem escrevê-la, se um adulto, criança, ou idoso, uma autoridade, um padre ou
namorado? Difícil. Por maior que seja nosso conhecimento de língua, escolher as palavras
nessa circunstância é quase impossível.
Partindo desse princípio, a ideia de escrita, voltada apenas para os conhecimentos
linguísticos é incompleta, pois enaltece o código linguístico em detrimento do processo
interacional que a envolve. Visar somente a codificação é apenas o ponto de partida para um
âmbito muito maior que envolve esse processo.
Acreditava-se inclusive, que nessa concepção, o código linguístico seria o único
necessário para haver comunicação. Porém, passou-se a entender que se faria necessário
também, se além deste, outros fatores como: conhecimentos, estratégias e a importância da
interação entre os sujeitos fossem elementos relevantes no processamento textual.
No entanto, vale ressaltar, que esse conhecimento é de grande relevância para o
processo de produção textual, principalmente no que diz respeito ao autor, quando este utiliza
de seus conhecimentos de léxico e gramática, para viabilizar, de forma cooperativa, a
compreensão do seu leitor. Nas palavras de ANTUNES: “Em síntese, os sinais (palavras e
outros) que estão na superfície do texto são elementos imprescindíveis para sua compreensão,
mas não são os únicos.” (ANTUNES, 2003 P.69)
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3. A escrita com o foco na interação
Sabendo-se que o processo de construção de um texto é produto de um complexo
sistema de estratégias e ativação de conhecimentos, o foco na interação, dentro das
concepções já vistas, é a que melhor se aplica para a construção de sentido. Uma vez que
o texto não é somente produto das intenções do escritor, tão pouco apenas dos seus
conhecimentos linguísticos, e sim uma manifestação verbal, na qual estão inseridos
elementos linguísticos de ordem sociocognitiva que visam a compreensão e interação.
Assim, de acordo com KOCH:
“(...) o texto como uma manifestação verbal constituída de elementos linguísticos
selecionados e ordenados pelos co-enunciadores, durante a atividade verbal, de modo
a permitir-lhes, na interação, não apenas a depreensão de conteúdos semânticos, em
decorrência da ativação de processos e estratégias de ordem cognitiva, como também
a interação (ou atuação) de acordo com práticas socioculturais.” (KOCH, 1992 apud
KOCH, 2010 p.27)
Considerando o texto por estes aspectos, a escrita com foco na interação requer do
produtor a utilização de todos os recursos disponíveis na língua para permitir uma melhor
recepção do texto escrito. No entanto, também se faz necessário pressupor que seu leitor
compartilhe dos mesmos conhecimentos de língua, de texto, de mundo, além de crenças,
culturas, valores. Segundo KOCH e ELIAS (2012)
“Vemos, por tanto, que a escrita é um trabalho no qual o sujeito tem algo a dizer e o
faz sempre em relação a um outro (o seu interlocutor/leitor) com um certo propósito.
Em razão do objetivo pretendido (para que escrever?), do interlocutor/leitor (para
quem escrever?), do quadro espacio-temporal (onde? quando?) e do suporte de
veiculação, o produtor elabora um projeto de dizer e desenvolve esse projeto,
recorrendo a estratégias linguísticas, textuais, pragmáticas, cognitivas, discursivas e
interacionais, vendo e revendo, no próprio percurso da atividade, a sua produção”
(KOCH e ELIAS, 2012 p.36).
Sabendo-se que, tanto o autor quanto os leitores do texto são atores sociais, sujeitos
ativos, que se constroem e são construídos no ambiente textual, numa relação dialógica, ou
seja, o interlocutor não é apenas um destinatário, é aquele que indica e orienta o escritor, para
que ambos alcancem os objetivos pretendidos no processamento textual.
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Vanderléia da Silva AlmeidaVânia Lúcia Vianna Dias
O autor, ao idealizar um texto tem que considerar, antes de tudo, que o faz a um
receptor, e com isso, irá escrever de acordo com suas intenções comunicativas. Essa
afirmativa se confirma através da concepção de que toda produção textual é intencional, desta
forma, um texto não é feito aleatoriamente, quem o faz, faz a alguém, por alguma razão, com
algum objetivo, utilizando-se de todos os recursos para alcançar o êxito.
Ainda nessa concepção, a escrita é entendida como um processo de produção textual
que exige, de quem a realiza, a ativação de conhecimento e mobilizações de várias estratégias,
nas quais não nos aprofundaremos neste artigo.
4. Contexto, processamento textual e sentido
Levando em consideração que o contexto passou por modificações até chegar a sua
atual definição, cabe ressaltar que, num primeiro momento, o contexto era considerado
“apenas (...) o ambiente entorno verbal” (KOCH 2012 p.78), já que ele se encontrava inserido
no próprio texto, em que a coerência estava relacionada a ideias ditas anteriormente, ou seja, o
texto se justificava em si mesmo.
Posteriormente, quando o texto passou a ser entendido como “um lugar de interação
entre os sujeitos” (KOCH 2012 p.79), o contexto, por sua vez, adquiriu caráter de imediato –
quando os elementos constitutivos do texto ficam evidentes; e mediato – quando o leitor
compreende através de suas inferências e o texto produzido apenas com aspectos sócio-
históricos-culturais.
Atualmente, o contexto sociocognitivo engloba todos os aspectos anteriormente
citados, levando em consideração ainda, todo tipo de conhecimentos compartilhados entre os
sujeitos da interação.
De um modo geral, contexto é um conjunto de fatores que orienta a produção textual e
contribui, significativamente, para a construção de sentidos. Podemos dizer que, o produtor
deverá considerar uma determinada realidade, seus interlocutores, além do lugar, o tempo e,
enfatizando, os conhecimentos compartilhados, aspectos sócio-históricos-culturais para
alcançar o objetivo pretendido.
Para enfatizar, Koch e Elias nos dizem que:
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“(...) podemos dizer que, em uma situação de interação, quando levamos em
conta os interlocutores, os conhecimentos considerados compartilhados, o propósito
da comunicação, o lugar e o tempo em que nos encontramos, os papéis socialmente
assumidos e os aspectos históricos-culturais, estamos atuando com base no contexto
em seus elementos constitutivos” (KOCH e ELIAS, 2012 p.76)
Voltando nossa atenção à produção de sentido, no processamento textual, nas
situações interacionais o contexto apresenta algumas funções, como: possibilitar avaliar o que
é adequado ou não adequado do ponto de vista dos modelos interacionais constituídos
culturalmente, isto é, o contexto pode determinar o que o autor poderá colocar em seu texto
dependendo de seu leitor/interlocutor e seu conhecimento sociocogntivo; possibilitar por
saliência o tópico discursivo e o que é esperado em termos de continuidade temática e
progressão textual, ou seja, o contexto faz com que o produtor/leitor em dada situação textual,
consiga apreender o curso do discurso, mesmo tendo este seguido outro rumo, porém sempre
tendo uma progressão textual; possibilita a produção de inferências e de sentido, significa
dizer que, ao assumir essa função, o contexto pode, através dos conhecimentos do leitor, fazer
com que este aceite e apreenda o objetivo do texto; possibilita explicar ou justificar o que é
dito e o que não deve ser dito, nesta função o contexto pode explicar o que está exposto e/ou
implícito no texto, por considerar sempre os conhecimentos do leitor.
Segundo, ainda a autora Vanda Maria Elias:
“(...) o contexto diz respeito a situações de comunicação concretas em que os
discursos se atualizam. Isso significa dizer que não merecem ser analisadas
possibilidades de discurso, mas ocorrências reais de interação. Estudar o contexto
corresponde a entender suas diversas possibilidades de descrição” (ELIAS, 2011 p.17)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do que foi exposto, em todos os aspectos aqui abordados, percebeu-se que,
tanto a leitura quanto a escrita, inseridas no contexto, tornam-se cada vez mais necessárias nas
relações sociocomunicativas. Ficando evidente a importância do estreitamento na relação
entre produtor-texto-leitor, uma vez que, sem a ligação entre esses elementos e, se todos os
fatores sócio-historicos-culturais envolvidos não forem levados em consideração, o objeto
texto, principalmente do ponto de vista do leitor, se tornaria de difícil compreensão ou, até
mesmo, incompreensível.
Interação e Contexto: Construindo o sentido na produção textual. Cícera de Souza Pereira
Vanderléia da Silva AlmeidaVânia Lúcia Vianna Dias
Uma vez que, segundo Antunes “O leitor, como um dos sujeitos da interação, atua
participativamente, buscando recuperar, buscando interpretar e compreender o conteúdo e as
intenções pretendidas pelo autor.” (ANTUNES, 2003 p. 167). E, como já foi dito
anteriormente, sabe-se que quando se escreve, escreve-se para alguém e com uma finalidade
específica, com vistas a alcançar o objetivo da comunicação. A nossa intenção, ao redigirmos
este artigo, foi de dar início ao debate que nós, quanto futuros educadores, não podemos
deixar de lado.
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro e interação. São Paulo:Parábola Editorial,
2003.
ELIAS, Vanda Maria. Ensino da língua portuguesa: oralidade, escrita e leitura. São
Paulo: Contexto, 2011.
KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e Escrever: estratégias de produção
textual. 2ª Ed.1ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2012.
KOCH, I. G. V. O texto e a construção dos sentidos. 9ª Ed. 3ª reimpressão. São Paulo:
Contexto, 2010.
SOARES, Izabel C. A Produção do texto escrito: um progresso linguístico e sociocognitivo.
In: PENHA, José C.C.(org) Pragmática Linguistica e ensino-aprendizagem do português:
reflexão e ação. Belém: UFPA, CLA, 2000.