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ARTIGO PDE 2010: A UTILIZAÇAO DE RÓTULOS E EMBALAGENS … · os alunos no desenvolvimento das aulas. O uso de diferentes recursos para atender ... próximas da realidade do aluno

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_________________________________________________________________________________ ¹ Pós-graduação em Supervisão Escolar, graduação em Letras, Português/Inglês, docente do Colégio Estadual Castelo Branco ² Docente da Unioeste,em Prática de Ensino de Línguas Estrangeiras e Estágio Supervisionado de Línguas, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística DINTER UFBA/UNIOESTE

ARTIGO PDE 2010: A UTILIZAÇAO DE RÓTULOS E EMBALAGENS NAS AULAS

DE LÍNGUA INGLESA.

Autor: Luzia Borghezan Peron Boschi¹

Orientador: Any Lamb Fenner²

EZAN PERON RESUMO

Diante da falta de estímulo por parte dos alunos da escola estadual Castelo Branco de São Miguel do Iguaçu, buscou-se investigar novas estratégias que possibilitem ao aluno uma maior motivação em aprender uma língua estrangeira. Segundo pesquisadores da área, as atividades mais significativas para os estudantes são aquelas que criam em sala situações reais de comunicação e, sobretudo, envolvem os alunos no desenvolvimento das aulas. O uso de diferentes recursos para atender as necessidades das práticas sociais de leitura e escrita e fazer parte delas motivou a escolher rótulos e embalagens de alimentos e outros produtos que aparecem em língua inglesa no cotidiano do aluno, para proporcionar por meio da utilização de textos, um contato maior dos alunos com a língua inglesa. Inicialmente foi realizada uma visita a um supermercado onde o aluno pôde constatar a quantidade de produtos com rótulos em língua inglesa. Foram listados os produtos e fez-se um estudo dos textos: significado/interpretação, pronúncia e influência do vocabulário dos rótulos no cotidiano das pessoas. O estudo estendeu-se também à compreensão e uso de estruturas linguísticas com tempos verbais e advérbios de frequência. Para as atividades desenvolvidas foram utilizados materiais e atividades como: tabelas, TV pen drive, xerox, caderno do aluno, pesquisa na internet e produção de cartazes. Essa experiência que envolveu um contexto real de contato com a língua inglesa propiciou ao aluno o exercício da observação e comparação, do questionamento e desenvolvimento de sua habilidade reflexiva na maneira de pensar e de agir. Concluiu-se que com a elaboração de atividades que estejam mais próximas da realidade do aluno e uma maior discussão sobre a diversidade cultural que o estudo da língua pode proporcionar a ele, é possível tornar as aulas de língua inglesa mais interessantes e mais significativas para o aluno.

PALAVRAS-CHAVE: Língua inglesa. Contexto cotidiano. Rótulos/embalagens.

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_________________________________________________________________________________ ¹ Pós-graduação em Supervisão Escolar, graduação em Letras, Português/Inglês, docente do Colégio Estadual Castelo Branco ² Docente da Unioeste,em Prática de Ensino de Línguas Estrangeiras e Estágio Supervisionado de Línguas, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística DINTER UFBA/UNIOESTE

ABSTRACT

Given the lack of stimulation by the students of Castelo Branco state school, in São Miguel do Iguaçu (Paraná, Brazil), we intended to investigate new strategies to bring students' greater motivation for learning a foreign language. According to researchers, the most significant activities for students are those which create situations of real communication in the classroom and, above all, involve students in the lessons. The use of different resources to meet the needs of social practices of reading and writing and participate in them motivated to choose labels and packaging of food and other products that appear in English in the students’ daily lives, with the purpose to provide, through the use of texts, greater contact with English by the students. Firstly, a visit to a supermarket was done, where the students could see the amount of products with labels in English. The products were listed and then a study of the texts in the labels was carried out: meaning / interpretation, pronunciation and influence of the vocabulary of labels in people’s daily lives. The study was also extended to the understanding and use of linguistic structures with verb tenses and adverbs of frequency. For the activities, several materials and activities were used, such as content-tables, TV Pen Drive, fotocopies, the student’s notebook, search on the internet and creation of posters. This experience, involving a real context of contact with the English language, provided students with the exercise of observation and comparison, questioning and developing their skills in reflective thinking and acting. It was concluded that, with the development of activities that are closer to the students’ reality and further discussions on cultural diversity that the study of language can provide them, it is possible to make the English lessons more interesting and meaningful to the students.

KEYWORDS: The English language. Everyday context. Labels / Packaging.

INTRODUÇÃO

Com o término da 2ª Guerra Mundial, os EUA, tornaram-se uma grande

potência econômica e militar e desde então, a língua inglesa aumentou sua

influência econômica e cultural em vários países do mundo, incluindo o Brasil. A

busca de informação, a necessidade de comunicação a nível global e sua

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_________________________________________________________________________________ ¹ Pós-graduação em Supervisão Escolar, graduação em Letras, Português/Inglês, docente do Colégio Estadual Castelo Branco ² Docente da Unioeste,em Prática de Ensino de Línguas Estrangeiras e Estágio Supervisionado de Línguas, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística DINTER UFBA/UNIOESTE

importância no mundo do trabalho, fizeram com que o ensino e a aprendizagem da

língua inglesa adquirissem uma importância cada vez maior no contexto escolar bem

como na sociedade em geral. Contudo, alunos sentem muitas dificuldades ao

iniciarem seus estudos na língua porque existe uma distância muito grande entre a

língua ensinada dentro e fora do âmbito escolar. A partir dessa situação, surge a

necessidade de se pesquisar com mais critério quais são essas dificuldades e a

partir delas, refletir sobre esta descontextualização e, então propor ações

pedagógicas.

Considerando que a região de São Miguel do Iguaçu, é essencialmente

agrícola, muitas vezes observa-se que para os estudantes aprender uma língua

inglesa, não é considerado importante, o que ocorre também em desenvolver

leituras e estudos em outras áreas do conhecimento. Portanto esse fator deve ser

levado em consideração, pois, gera bastante desestímulo e pouca valorização

formal, acreditando-se que nas áreas agrícolas basta conhecer o trabalho rural como

em tempos passados e sem necessidade de atualização. Diante disso, é preciso

conhecer essa realidade para que os conteúdos, as práticas sociais sejam levadas

em alta conta e a partir daí planejar e organizar o trabalho pedagógico, ação esta,

que desencadeou a realização desta pesquisa.

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação básica (2008), as

sociedades não sobrevivem de modo isolado; elas se relacionam, cruzam fronteiras

geopolíticas e culturais, comunicam-se e buscam entender-se mutuamente.

Possibilitar aos alunos que usem uma língua estrangeira em situações de

comunicação, mesmo que seja de maneira bem básica, é também introduzi-los no

cotidiano como participantes ativos capazes de se relacionar com outras

comunidades e outros conhecimentos.

O ensino de Língua Estrangeira, então, deveria considerar as relações que

podem ser estabelecidas entre a língua estudada e a inclusão social, objetivando o

desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade e o

reconhecimento da diversidade cultural (DIRETRIZES CURRICULARES DA

EDUCAÇÃO BÁSICA DO PARANÁ, 2008).

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O aluno que está envolvido no processo de aprendizagem de uma língua

estrangeira deve usá-la em situações significativas, isto é, que não se limitem ao

exercício de uma mera prática de formas linguísticas descontextualizadas e sem

significado (DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO PARANÁ,

2008).

Além disso, ao conceber uma língua estrangeira como discurso, conhecê-la e

ser capaz de usá-la permite que os alunos se percebam como integrantes da

sociedade, participantes ativos do mundo e entendam melhor a realidade. Dessa

forma, confrontando a sua cultura com a do outro, tornam-se capazes de delinear

sua própria identidade (DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

DO PARANÁ, 2008).

De acordo com o exposto e, percebendo a falta de estímulo por parte dos

alunos da escola Castelo Branco de São Miguel do Iguaçu, sentiu-se a necessidade

de buscar novas estratégias que possibilitem ao aluno uma maior motivação em

aprender uma língua estrangeira. Neste caso, a língua Inglesa pode proporcionar

benefícios na vida do cidadão, ou seja, torná-lo mais participativo da sociedade.

Estudos demonstram que as atividades mais significativas para os estudantes são

aquelas que criam em sala situações reais de comunicação.

Sendo assim, o uso de diferentes recursos para atender as necessidades das

práticas sociais de leitura e escrita e fazer parte delas, nos motivou a escolher

rótulos e embalagens de alimentos e outros produtos que aparecem no cotidiano do

aluno e em língua inglesa, com vistas a uma melhor motivação na aprendizagem e

conhecimento da língua. O presente trabalho pretende proporcionar ao estudante

por meio da utilização de temas/textos, uma relação maior da Língua Inglesa,

utilizando para isso conteúdos/textos (rótulos de diversos produtos) mais próximos

do cotidiano do aluno; promover maior interesse e participação dos alunos através

da utilização de rótulos e embalagens como um recurso de aprendizagem; Utilizar

rótulos para desenvolver a leitura e compreensão de Língua Inglesa e desenvolver

em grupo produções de rótulos e embalagens que propiciem uma leitura crítica.

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Esse conhecimento poderá ampliar sua visão de mundo, levando-o a uma

criticidade maior em analisar melhor os produtos no cotidiano e perceber a

importância da aprendizagem no ambiente escolar, pois é através deste

conhecimento, que os mesmos poderão alcançar seus objetivos profissionais,

propiciando uma maior inserção no seu meio.

Partiu-se então, para a aplicação de recursos pedagógicos e técnicas

alternativas de ensino e aprendizagem de língua estrangeira moderna – inglês, sob

a perspectiva do letramento crítico.

O papel que se espera da escola é que ela possa colaborar na formação do

cidadão, de tal forma que ele ou ela possa, pela mediação do conhecimento

científico, estético e filosófico, compreender a realidade e que seja capaz de nela

intervir. A partir de uma problemática detectada pela vivência e contato com alunos e

professores de inglês do ensino fundamental e médio do Colégio já citado acima,

percebe-se a necessidade de inserção de uma metodologia e a incorporação de

conteúdos vinculados ao seu cotidiano, atendendo às suas necessidades e

contribuindo dessa forma para o processo de construção do conhecimento.

Em síntese, abordam-se questões sociais relacionadas ao ensino da língua

inglesa no contexto social (escolar, familiar e profissional) no qual esta pesquisa foi

realizada. A seguir, questões relacionadas ao currículo na escola pública são

discutidas; (a vida do aluno dentro e fora da escola precisam se aproximar, de modo

que o mesmo se reconheça no espaço escolar). Seguindo, este trabalho, aborda o

papel do professor como intermediário do conhecimento da língua inglesa associada

à inclusão social. O próximo passo é a apresentação da pesquisa realizada, o

contexto onde ocorreu, os sujeitos envolvidos e suas necessidades e dificuldades e

os resultados obtidos. Finalmente, são feitas algumas considerações a respeito dos

resultados da implementação do projeto pedagógico na escola.

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA/ REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

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De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná

(2008), o ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo escolar

sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social, política e

econômica ao longo da história. As propostas curriculares e os métodos de ensino

são induzidos a atender as expectativas e demandas sociais contemporâneas e a

proporcionar a aprendizagem dos conhecimentos.

Conforme Pennycook (1994), a disseminação da língua inglesa no mundo,

estende-se, também, pelo conjunto de dizeres que fazem gerar idéias de

desenvolvimento, democracia, capitalismo, neoliberalismo e modernização.

Segundo Krause-Lemke (2004), a língua é entendida como uma estrutura que

faz intermediação entre o indivíduo e o mundo, ou seja, ela é um elemento de

ligação entre os dois. Nesse sentido é que percebemos o quão importante e

necessário se faz o uso de diferentes gêneros textuais em sala de aula que

propiciem uma maior aproximação do mundo letrado com o cotidiano do aluno.

Desta forma, Giroux (1992), afirma que aprender uma língua estrangeira é um

empreendimento essencialmente humanístico, tarefa essa que deveria ser

proporcionada a todo cidadão e teria que implicar na relevância de sua função

afirmativa, emancipadora e democrática.

Assim, nesse entendimento é preciso vislumbrar uma maior inclusão do nosso

aluno de escola pública na aprendizagem de outras línguas e culturas, afim de

permitir novas leituras e experiências.

Para Moita Lopes (1996), o caráter apaziguador, harmonizador e amigável do

ensino de Inglês, é um meio de conhecer outra cultura e de fazer amigos. O autor

argumenta que a leitura ancorada na suposta motivação instrumental e prática, é

mais apropriada às necessidades dos aprendizes brasileiros que, na sua maioria,

não possuem oportunidade de falar inglês com falantes nativos e precisam de inglês

principalmente para ler. Embora o autor acima proponha maior ênfase na leitura,

não significa que o aluno será privado de ter contato com as demais habilidades

integradoras da língua, conforme é verificado nas DCES, cuja posição pretende ser

também o nosso objetivo.

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Desta forma, pretendemos estudar e aprofundar as leituras que propiciem um

suporte teórico mais condizente com a proposta em desenvolvimento. Serão

caracterizadas a seguir algumas das principais teorias de aquisição de língua

estrangeira, mostrando como a afetividade e o meio, podem influenciar no processo

de aquisição da língua, além de identificar que cada teoria observa pontos diferentes

do processo de aquisição da língua estrangeira (NASCIMENTO; CARVALHO;

COSTA; BASTOS, 2009).

Segundo Vygotsky (1991), os nossos pensamentos são fruto da motivação.

Ao sentirmos necessidades específicas, desejos, interesses ou emoções, somos

motivados a produzir pensamentos. Relacionando isto com a aquisição de uma

língua estrangeira, pode-se perceber que é necessária uma motivação interna para

que o aluno sinta maior afinidade e interesse em aprender determinada área de

estudo.

Ainda nas palavras de Vygotsky (1991), a linguagem é construtora do

pensamento, no entanto, nem toda forma de aprendizado é sinônimo de

desenvolvimento. O aprendizado adequadamente organizado resulta em

crescimento mental e coloca em movimento vários processos de desenvolvimento

que, de outra maneira, dificilmente aconteceriam.

Ainda para o mesmo autor, a motivação é um dos elementos principais não

somente para o sucesso da aprendizagem, como também na aquisição de uma

língua estrangeira.

Existem fatores emocionais que muitas vezes determinam o bom

desempenho ou não de um aluno em determinadas atividades. Esta teoria identifica

quais fatores emocionais podem contribuir para o bom desempenho no processo de

aprendizagem de uma segunda língua (NASCIMENTO; CARVALHO; COSTA;

BASTOS, 2009).

Krashen (1987), ao considerar o aluno e suas diferenças individuais, e a

importância da questão afetiva, formulou sua teoria de aquisição da LE composta

por cinco hipóteses: a diferença entre aquisição e aprendizagem, a ordem natural, o

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monitor, o insumo e o filtro afetivo, sendo as duas últimas hipóteses consideradas

responsáveis para que a aquisição aconteça.

Para esse autor, com relação à distinção entre aquisição e aprendizagem, a

aprendizagem é um processo consciente, é o saber a respeito de uma nova língua,

é o conhecimento do sistema lingüístico. Este conhecimento por si só não garante a

aquisição, o qual é definido como um processo subconsciente de assimilação natural

e intuitivo, resultado de interações em situações reais de convívio humano, em que o

aluno participa como sujeito ativo, desenvolvendo habilidade prático-funcional sobre

a língua.

No que diz respeito à hipótese da ordem natural, o autor diz que a aquisição

de estruturas gramaticais acontece em uma ordem previsível. Algumas estruturas

gramaticais começam a ser adquiridas cedo, outras mais tarde, indiferentemente da

língua nativa do falante. No entanto, isso não significa que a gramática deve ser

adquirida nesta ordem natural de aquisição, na verdade, ele rejeita seqüência

gramatical quando o objetivo é aquisição de língua.

A hipótese do monitor define a relação entre aquisição e aprendizagem,

quando os esforços espontâneos e criativos de comunicação provenientes de nossa

capacidade natural de assimilar línguas são vigiados e disciplinados pelo

conhecimento consciente das regras gramaticais dessa língua e suas exceções.

Tais efeitos sobre as pessoas com diferentes características de personalidade serão

vários, ou seja, as pessoas que tendem à introversão, à falta de autoconfiança, ou

ao perfeccionismo, poderão desenvolver um bloqueio que compromete a

espontaneidade, devido à consciência da alta probabilidade de cometerem erros, já

às pessoas que tendem à extroversão, pouco se beneficiarão da aprendizagem,

uma vez que a função de monitoramento é quase ausente, pois está submetida a

uma personalidade que se manifesta sem maior cuidado (KRASHEN,1987).

Já na hipótese do insumo, que é a amostra de linguagem oferecida ao aluno,

Krashen (1987), explica como o aluno adquire uma segunda língua e, portanto, esta

hipótese refere-se à aquisição e não à aprendizagem. De acordo com esta, o aluno

se desenvolve numa ordem natural quando recebe insumo na segunda língua que

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está um pouco acima do seu estágio atual de competência linguística.

Segundo Krashen, o aluno só aprenderá o que estiver no ponto certo de seu

desenvolvimento de maturidade, não importando a quantidade de vezes com que ele

é exposto, e nem o grau de dificuldade envolvido. Assim, as estruturas que estejam

além de seu desenvolvimento serão apenas memorizadas, sem, contudo, serem

integradas, o que significa que o aluno não terá capacidade de usá-las

corretamente. (KRASHEN,1987).

O filtro afetivo é o primeiro obstáculo com que o insumo se encontra antes de

ser processado e internalizado. Essa parte do processo interno, em que estão

configurados os estados emocionais, as atitudes, as necessidades, a motivação do

aluno ao aprender uma língua, e que regula e seleciona modelos de língua a serem

aprendidos, a seqüência de prioridade na aquisição e a velocidade nesta aquisição

(KRASHEN,1987).

Portanto, a hipótese do filtro afetivo, congrega a visão de que um número de

variáveis afetivas tem um papel facilitador na aquisição de uma segunda língua.

Estas variáveis afetivas incluem: motivação, autoconfiança e ansiedade. Alunos

motivados, confiantes e com baixa ansiedade tendem a ser bem sucedidos no

processo de aquisição de uma segunda língua. Estes alunos possuem um baixo

filtro afetivo e absorvem insumo com mais facilidade, enquanto que alunos tensos,

ansiosos e com baixa estima, elevam o nível de seu filtro afetivo e formam um tipo

de bloqueio mental, diminuindo, assim, sua capacidade de assimilação de insumo

(KRASHEN,1987).

Assim, podemos relacionar a teoria de Krashen com a de Vogotsky. Krashen

utiliza a teoria do insumo +1 e Vigostsky explora o conhecimento que o aluno já

possui e que deve agregar mais, ou seja, deve desenvolver mais o seu potencial, aí

sucede o desenvolvimento.

Segundo Venturi (2006), os alunos apresentam na maioria das vezes,

dificuldades no processo de aprendizagem das regras gramaticais. Já com relação

às estruturas comuns da sua língua materna e a língua estrangeira não há muitos

problemas devido às comparações e adequações possíveis que podem ser feitas.

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Desta forma, é indispensável que as questões de estrutura da língua sejam

trabalhadas freqüentemente, sempre que as explicações venham ao encontro da

melhor compreensão da língua.

“A aquisição de uma segunda língua é bem sucedida quando o aluno é capaz

de evocar ou construir uma identidade que o capacita a impor seu direito de ser

ouvido e assim se torna o sujeito do discurso.” Ellis (1998, p.42).

Segundo a teoria do discurso, Ellis (1998) resume o processo de aquisição

em três situações: (i) o aprendiz de uma língua estrangeira aprenderá como se dá o

desenvolvimento gramatical daquela língua; (ii) os falantes nativos ajustarão sua fala

de modo a estabelecer comunicação ou negociar os significados, com os falantes

não nativos; (iii) as estratégias que vão surgindo por ambas as partes, nativos e

aprendizes, vão fazendo com que o segundo adquira primeiro domínio sob as

sentenças que mais necessita em sua comunicação. Nesta etapa a análise das

palavras não importa tanto e sim se os indivíduos estão estabelecendo

comunicação.

Ainda para a mesma autora, essa teoria liga-se aos princípios de que o

desenvolvimento das regras da gramática se dá naturalmente ao longo do

aprendizado de línguas, que os falantes nativos de uma segunda língua regulam seu

discurso para negociar significado com aqueles que não são nativos, e que as

estratégias de conversação usadas na comunicação proporciona ao aluno adquirir

primeiramente estruturas às quais ele se expõe com mais freqüência apropriando-se

de regras que vão servir de base na construção de seus próprios enunciados

juntamente com a posse de partes do discurso do interlocutor.

O processo de desenvolvimento e aprendizagem da língua estrangeira é dado

através de um processo mental assim como todas as demais habilidades. Este

processo é controlado por parte do aluno que constrói seu conhecimento e o modo

de conseguir esse conhecimento. Neste momento, o aluno é incentivado a utilizar

suas habilidades bem como ter consciência de suas estratégias cognitivas

(CASTRO, 1996).

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Ainda para o autor, as habilidades se tornarão automáticas ou rotineiras após

processos analíticos. Estes processos são o domínio dos conteúdos gramaticais

bem como da escrita, da fala e do entendimento. Castro (1996) observa outra

perspectiva da teoria cognitiva, a qual define que a língua se reestrutura

constantemente, devendo, portanto ser trabalhado também com o aluno esse

aspecto da língua.

Com base no que foi exposto pelos autores já citados, tais como Krashen

(1987) e demais, fatores como afeto, emoção, motivação, identidade e autoestima

são instrumentos fundamentais no processo de aquisição de uma língua estrangeira,

bem como os aspectos interativos, questões socioculturais e sociolingüísticos, além

do controle que o aluno exerce na construção de seu conhecimento. Para estes

autores, não é possível deter-se, apenas, em uma teoria e desconsiderar outra, pois,

é o conjunto que orienta os rumos nos estudos em aquisição de línguas.

Enfatiza-se então, as leituras de estudiosos e a aplicação das teorias na

pratica do professor. Neste estudo em especial, será desenvolvida, principalmente,

a teoria do discurso, como um elemento fundamental para aprendizagem da língua

estrangeira pelos alunos do primeiro ano do ensino médio do Colégio Castelo

Branco de São Miguel do Iguaçu, procurando relacionar os conteúdos formais ao

cotidiano de suas vidas.

2 MATERIAL DIDÁTICO UTILIZADO

O material didático utilizado para desenvolver as atividades propostas na

implementação foi o mais próximo possível da realidade da escola. Foram entregues

cópias aos alunos dos questionamentos que deram início à execução do projeto,

algumas tabelas de alguns exercícios, sugestões e dúvidas constantes do projeto.

Foi realizada uma visita a um supermercado da cidade e os produtos encontrados

em inglês foram fotografados, para posterior uso em sala de aula. A maioria das

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atividades foram copiadas do quadro e desenvolvidas nos cadernos dos alunos.

Usou-se a TV pen drive para visualizar os produtos fotografados no supermercado,

para a realização de algumas atividades. Utilizou-se papel e pinceis atômicos,

fornecidos pela escola e embalagens e rótulos vazios, que os alunos trouxeram de

casa, para a elaboração de cartazes. Realizou-se no laboratório de informática uma

pesquisa sobre produtos de supermercado, cujas embalagens e rótulos, estejam em

inglês.

Para a etapa posterior, priorizou-se a criação de um rótulo em que os alunos,

por meio das anotações feitas em caderno, quadro, explicações do professor,

pesquisas realizadas, discussões e ajudas coletivas, deram vazão à imaginação e

apresentação dos rótulos para as necessárias e apropriadas correções e

adaptações.

3 OBJETIVOS E AÇÕES DESENVOLVIDAS

O presente projeto foi desenvolvido da seguinte forma: a) apresentação do

projeto à direção e equipe técnica pedagógica; b) Reconhecimento sobre os

objetivos do projeto junto aos alunos da 1ª série do ensino médio matutino, do

Colégio Estadual Castelo Branco, (São Miguel do Iguaçu-PR), tendo como objetivo

incentivar os alunos na aprendizagem da língua inglesa através da utilização de

rótulos e embalagens de alimentos e produtos que estão presentes no cotidiano dos

cidadãos da comunidade. Além disso, levá-los a reconhecer que são construtores e

agentes transformadores de seu próprio conhecimento e que isso, pode

consequentemente contribuir para que se insiram na sociedade como participantes

ativos, capazes de se relacionar com outras comunidades e com outros

conhecimentos; c) o trabalho de implementação do material didático-pedagógico que

se desenvolveu ao longo dos meses de setembro e outubro de 2011, incluindo

atividades de sala de aula e extraclasse; d) avaliação por meio de questionário aos

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alunos participantes do projeto; e) elaboração de cartazes com colagens de rótulos e

embalagens identificando as palavras inglesas contidas neles onde foram expostos

para a comunidade escolar e também na feira municipal realizada pelas escolas

municipais da cidade.

4 IMPLEMENTAÇÃO E PROBLEMAS ENFRENTADOS

Com o reinício das aulas no segundo semestre do ano de 2011, dia

19/08/2011(2 aulas), o primeiro assunto trabalhado com a turma, foi uma conversa

com os estudantes sobre a importância da língua inglesa no contexto atual e o

porquê de estudá-la.

Foi solicitado aos alunos que expusessem onde tinham contato com a língua

inglesa e se tinham conhecimento de quais ambientes ou setores ela é usada.

Inúmeros pontos foram relatados: outdoors, revistas e jornais, manuais de eletro-

eletrônicos, vestuário, cinema, TV, mercado de trabalho, gíria e estrangeirismo,

cosméticos, marca e tipos de veículos, vitrines, turismo, placas de informações

turísticas, músicas, produtos encontrados em supermercados.

Também foi discutido sobre o uso da língua inglesa, o porquê de a língua

inglesa ser o idioma escolhido como disciplina principal na grade curricular de língua

estrangeira moderna na escola pública. Os estudantes se mostraram indiferentes ao

assunto e disseram que a língua Inglesa é muito difícil e que não aprendem nada na

escola, que só se aprende inglês na escola de línguas. Diante dessa argumentação

a professora disse a eles que isso é uma questão de cultura, de crença, de pensar

que não se aprende, e que vem de muito tempo, mas que precisamos começar a

pensar diferente, pensar que podemos aprender sim, basta que haja um

comprometimento maior por parte de toda a comunidade escolar, pais e

principalmente dos estudantes. Esta dificuldade apresentada é uma realidade no

contexto sócio-educativo da rede pública de ensino e até mesmo da particular e que

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se torna ainda pior, quando se trata de alunos de escola pública que estão em

contato com o idioma apenas por um curto período de tempo, não tendo condições

que favoreçam o aprendizado de uma segunda língua, encontrando dificuldades

como: salas de aula superlotadas de alunos, ausência de material didático

apropriado e de boa qualidade e até mesmo de professores não muito bem

preparados para ministrar estas aulas. Somando isso ao desestímulo da maioria dos

estudantes em aprender qualquer disciplina, quanto mais à língua inglesa, que para

eles é considerada desnecessária e segundo eles, nunca na vida será utilizada,

tornou-se um grande desafio começar o trabalho.

Foi esclarecido o processo do projeto de pesquisa e os alunos tomaram

conhecimento dos detalhes de como ele aconteceria e que a participação deles seria

muito importante para o desenvolvimento do trabalho e o resultado do mesmo seria

registrado em um artigo e que ficaria para sempre a disposição de quem se

interessasse na área da educação. Isso fez com que eles olhassem com um pouco

mais de interesse as atividades propostas e foi pedido aos alunos que trouxessem

de casa, para a próxima aula, rótulos ou embalagens para serem estudadas na aula

seguinte.

Dia 22/08/2011 (2 aulas) foram encaminhadas as atividades práticas: a turma

foi organizada nos grupos, e utilizando-se das estratégias de leitura: visualização de

imagens associadas ao conhecimento anterior e palavras cognatas fazendo

mediação com a língua portuguesa, os alunos tentam entender o que está sendo

focalizado nos rótulos e embalagens que trouxeram de casa conforme solicitados na

aula anterior. Cada grupo explicitou aos outros grupos as palavras encontradas

juntamente com seus significados, assim todos puderam ter acesso ao léxico

encontrado nas embalagens e rótulos. Houve pouco interesse por parte dos alunos,

poucas embalagens foram trazidas de casa, alguns alunos disseram que se

esqueceram de trazer, outros que se esqueceram de guardar e outros que não

tinham nenhuma embalagem com palavras em inglês para trazer. A apresentação foi

sem envolvimento tanto por parte dos alunos que estavam apresentando como por

parte dos que estavam ouvindo.

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_________________________________________________________________________________ ¹ Pós-graduação em Supervisão Escolar, graduação em Letras, Português/Inglês, docente do Colégio Estadual Castelo Branco ² Docente da Unioeste,em Prática de Ensino de Línguas Estrangeiras e Estágio Supervisionado de Línguas, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística DINTER UFBA/UNIOESTE

Ao final das apresentações, a professora autora desse projeto, fez uma

discussão a respeito do envolvimento de todos os alunos, falou da importância da

participação de cada aluno, da responsabilidade que cada aluno tem que ter com o

seu grupo e com a turma, enfim, procurou fazer com que os alunos levassem o

projeto mais a sério. Ainda nesta aula, para chamar a atenção dos alunos quanto à

facilidade com que podemos encontrar inglês em produtos e alimentos em um

supermercado, foi feito no quadro um exercício onde eles deveriam citar nomes de

produtos de acordo com os itens que a professora ia escrevendo, sendo eles

descritos abaixo:

Produtos alimentícios __________________________________________________

Bebidas ____________________________________________________________

Produtos de higiene pessoal ____________________________________________

Produtos de limpeza __________________________________________________

Alimentos de animais _________________________________________________

Utilidades domésticas _________________________________________________

Outros _____________________________________________________________

A atividade foi feita com certa facilidade, os alunos lembravam-se de produtos

que eles conheciam e iam falando, e, aos pucos iam se interessandoe participando

mais.

Foi combinado com os alunos que na próxima aula, a turma toda iria ao

supermercado fazer uma pesquisa de produtos com embalagens e rótulos escritos

em inglês que podemos encontrar em um supermercado e que fazem parte do

nosso dia a dia. Foi elaborado, junto com os alunos na sala de aula, um modelo de

relatório para ser preenchido por eles, quando fossem levados ao supermercado

para fazer a pesquisa. Para cada produto pesquisado seria feito um formulário onde

os alunos deveriam trazer de casa os formulários prontos. O modelo de relatório

proposto segue abaixo:

Produto pesquisado: ________________________________________________

Gênero: ( ) alimentos humanos ( ) higiene ( ) produto de limpeza ( ) util.

Doméstica ( ) bebida ( ) alimentos de animais ( ) outros

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Palavras encontradas e seus significados:_____________________________

Produto nacional ( ) produto importado ( )

Se o produto for nacional, o uso desta palavra em inglês é relevante?

( ) sim ( ) não

Antes de finalizar esta aula, foi pedido aos alunos que arrumassem uma caixa

e o representante da turma ficou encarregado de guardar lá todas as embalagens

que os alunos iriam trazer daí por diante para a elaboração de cartazes em outro

momento da realização do projeto.

Dia 29/08/2011 (2 aulas) Visita ao supermercado – antes de sair da sala de

aula para ir ao supermercado foi distribuído a cada grupo já formado anteriormente,

a sessão que cada grupo iria pesquisar, para que houvesse mais ordem entre todo o

trabalho de pesquisa e que nenhuma sessão ficasse fora da pesquisa. Assim ficou a

distribuição:

Grupo 1 – alimentos humanos

Grupo 2 – alimentos de animais

Grupo 3 – bebidas

Grupo 4 – produtos dietéticos

Grupo 5 – produtos de higiene pessoal

Grupo 6 – produtos de limpeza doméstica

Grupo 7 – enlatados/embutidos

Grupo 8 – congelados e frios

Grupo 9 – outros

A visita ao supermercado foi feita a pé, pois o mercado fica próximo a escola.

Todos os alunos se envolveram no trabalho de pesquisa exceto três alunos; dois

porque faltaram a aula neste dia e um por falta de interesse. A professora ficou

envolvida em observar o trabalho de todos os grupos, fotografando cada um deles,

não houve nenhum problema com a disciplina dos alunos ou com o supermercado

onde foi feito a visita.

Antes de finalizar esta aula foi explicada aos alunos como seria feita a

apresentação da pesquisa, na próxima aula, para os colegas e para a professora.

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Foi dito que o aluno deveria expor oralmente os produtos encontrados e deveriam

explanar sobre a função alimentar, se o seu consumo é saudável ou não, sobre o

preço, se ele é acessível ou não, quem consome o produto e ainda o que está sendo

focalizado naquela embalagem e seu significado.

Dia 31/08/2011 (1 aula) Nesta aula, os alunos, ainda nos mesmos grupos da

visita ao supermercado, fizeram a exposição oral dos produtos encontrados no

supermercado, dizendo para a turma os itens que haviam sido pedidos na aula

anterior a visita ao mercado. A maioria dos grupos se apresentou de forma muito

desorganizada, sem saber o que cada um dos alunos iria falar, deixando muitos dos

itens solicitados sem comentário. Não souberam apresentar crítica sobre o preço,

relevância do produto e outros. Houve dois grupos que não se apresentaram

alegando falta de tempo para preparar a atividade para ser apresentada. Entretanto,

dois grupos tiveram um desenvolvimento satisfatório, com participação, integração e

conhecimento acerca do assunto por todos os alunos do grupo.

Dia 05/09/2011 (2 aulas). Embora não houvesse a presença de todos os

alunos devido aos dias chuvosos, considerou-se o trabalho em grupo e, de todos os

grupos havia alunos presentes, achou-se por bem uma reapresentação dos

trabalhos. Foi passado no quadro um esquema das informações que os alunos

deveriam enfocar na apresentação da pesquisa. Durante as apresentações

anteriores, percebeu-se a falta do item “preço” no formulário da pesquisa, pois foi

pedido que o aluno fizesse uma avaliação sobre quem pode consumir o produto,

mas o aluno não dispõe do preço de tal produto, e por isso foi dito aos alunos que

quem pudesse voltar ao supermercado e pesquisar o preço do produto ou que

tivesse em suas casas, fizesse a descrição do mesmo caso contrário, na hora da

apresentação que dissesse que não foi pesquisado.

A reformulação do esquema/quadro ficou assim:

● Gênero

● Palavra inglesa encontrada e seu significado em português

● Nacionalidade

● Relevância do uso da palavra naquele produto

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● Porque o uso da palavra em língua inglesa? Não poderia ser a mesma em

português?

● O que a palavra inglesa enfoca no produto?

● Se você acha importante que aquela palavra seja em língua inglesa, explique

por quê?

● Qual é a função do produto pesquisado?

● Seu consumo é saudável ou não?

● Qual é o preço do produto? É caro ou barato?

● É indispensável ou é supérfluo?

● Considerando o preço do produto, é acessível a todo cidadão?

A professora escolheu um produto e elaborou junto com os alunos, um

texto seguindo o questionamento acima, possibilitando assim, ao aluno, um maior

esclarecimento sobre como deveria ser apresentado este trabalho, para servir de

modelo para que os grupos pudessem se preparar melhor para a próxima aula

quando fariam a nova apresentação. Os alunos tiveram tempo nesta aula para

escrever tais textos, porém não houve tempo suficiente para fazer de todos os

produtos, por este motivo levaram para terminar em casa.

Dia 12/09/2011 (2 aulas), na aula de recuperação não houve muito progresso,

pois: quatro grupos não quiseram se apresentar, dois alegaram que não tinham feito,

outro que não tinha trazido, e outro que o colega que estava com o material

preparado, não tinha vindo na aula. Os outros cinco grupos tiveram uma

apresentação um pouco melhor, com mais detalhes, mais comentários e alguma

crítica sobre o produto.

Em seguida foi distribuída a tabela para a classificação dos produtos

encontrados no supermercado, que estejam em língua inglesa (atividade 3.c),

explicando como seria feita a classificação destes produtos. Os alunos trabalhariam

em grupo escrevendo na tabela o produto, preço, data de validade, nacionalidade,

calorias, vitaminas, saudável ou não, utilidade e significado do nome. Cada grupo

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falaria sobre seus produtos pesquisados e os demais iam anotando em suas

tabelas.

NAME OF THE PRODUCT

PRICE

DATE/EXPIRE

MADE FROM

CALORIES

VITAMINS

HEALTHY OR JUNK

FOOD

USEFULL

MEAN OF THE NAME

Este exercício teve uma ótima participação de todos os alunos alcançando

assim o objetivo esperado proposto nesta atividade.

As tabelas da atividade (3.d e 3.e) também foram distribuídas e feitas nesta

aula. Foi feito a leitura, pronúncia e significado das palavras que compõem as

tabelas bem como das que foram utilizadas para seu preenchimento. O trabalho se

desenvolveu com participação da maioria dos alunos.

Products name Expensive/cheap Delicious/not delicious Useful/ unuseful

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People

Food

Drinks Animal

food

Hygiene

products

Clean

products

Domestic

useful

Canned

and in-

built

Frozen

and

cold

Other

OBS: A atividade sobre a elaboração de um cartaz/painel/pôster, foi adiada mais

para o final desta produção porque os alunos ainda não tinham material suficiente

para a elaboração dos mesmos.

No dia 19/09/2011(2 aulas) foram trabalhados os conteúdos relacionados à

gramática (aspectos linguísticos que não são dominados pelos alunos e que

estavam inviabilizando a elaboração de construções frasais/textos). Foi feito uma

revisão sobre o uso do auxiliar Do em perguntas e respostas do tempo presente

simples, do uso do verbo to be também em perguntas e respostas no presente

simples, e dos pronomes interrogativos que apareceriam na atividade proposta,

explicando que nestes casos, a resposta teria que ser mais elaborada, pois exige

uma resposta mais completa. Foi entregue aos alunos as perguntas, conforme a

atividade abaixo (3.f.).

a) Do you like corn flakes? b) Is this food healthy?

c) Do you like ketchup? d) Is this food healthy?

e) Do you usually eat cheetos? f) In your opinion is cheetos good for your health?

g) Do you eat club social? h) What time of a day do you usually eat club social?

i) Do you think is it good for a snack?

k) Do you usually have soft drinks during your meals?

j) What kind of beverages do you usually like to drink? l) Coca cola, sprite, suite, and

pepsi cola are good for your health?

À medida que era realizada a atividade escrita surgiam dúvidas e,

imediatamente era solicitada a atenção da turma para explanar e fornecer exemplos

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sobre as questões. Em seguida foi feito uma prática oral destas perguntas para

fixação da pronúncia e do entendimento do vocabulário. A professora fez as

perguntas e escolhia aleatoriamente alunos para responder, eles estavam muito

tímidos com esta atividade, a maioria não queria falar porque tinham muita

dificuldade em pronunciar as palavras e ficavam com vergonha de praticar, mas aos

poucos alguns se prontificavam e respondiam às perguntas feitas pela professora,

mas, aos poucos, com o incentivo da professora, atenderam às solicitações.

Depois disto, foi desenvolvida a atividade 3.g., onde os estudantes

elaboraram perguntas de acordo com os produtos que eles pesquisaram no

supermercado e completaram na tabela 3.c.. Esta atividade foi realizada

primeiramente apenas na oralidade e sempre com a ajuda da professora.

Exemplos de perguntas elaboradas pelos alunos:

a) Do you like honey nutos? Yes, I do. / No, I don’t.

b) Is this food healthy? Yes, it is. / No, it isn’t.

c) In your opinion is cup neodles good for your health? Yes, it is. No, it isn’t.

Houve muitas dúvidas nesta atividade, tanto na elaboração das perguntas,

com relação ao uso do auxiliar do ou do verbo to be, quanto na oralidade, juntando a

isto também, a dificuldade que os alunos têm na pronúncia das palavras.

Depois de elaboradas as perguntas e respostas oralmente entre os alunos foi

realizada a atividade 3.h., onde os mesmos escreveram as perguntas da atividade

3.g. em uma tabela conforme modelo abaixo. Mais uma vez entrevistaram o colega e

anotaram as suas respostas na tabela, realizando assim uma atividade oral e escrita

simultaneamente.

QUESTION NAME YES NO

Do you like honey nutos? Yes, I do. Janaína X

Is this food healthy? No, it isn’t. Janaína x

In your opinion is cup neodles good for your health? Yes, it is. Janaína x

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Cada aluno escreveu suas perguntas na tabela. Os alunos participaram bem,

sem apresentar muitas dificuldades na hora de entrevistar o colega, porque já

haviam praticado as atividades anteriormente, e também porque eles se sentiram

mais a vontade para perguntar apenas para um colega sem ser ouvido pelos

demais.

Dias 03/10/2011 (1 aula) Depois da entrevista feita, os alunos escreveram

frases afirmativas e negativas no tempo presente simples, a partir dos dados

coletados na entrevista. A professora lembrou aos alunos quanto ao uso do [s] no

verbo em terceira pessoa do singular (atividade 3.I). Exemplos:

Janaína likes popcorns.

In Janaina’s opinion, popcorn is not good for our health.

Janaína usually has soft drinks in her meals.

Dia 05/10 2011 (1 aula) na atividade 3.j. Os alunos receberam perguntas para

responder usando os advérbios de freqüência: (usually - seldom - rarely - always –

never) Antes de fazer esta atividade, a professora explicou a estrutura das perguntas

e respostas com a utilização destes advérbios.

a) How often do you eat hellmann’s in your sandwich?

_______________________________________________________________

b) How often do you buy kellness?

_______________________________________________________________

c) How often do you eat superballs?

_______________________________________________________________

d) How often do you have nesfit or moça flakes at your breakfast?

_______________________________________________________________

e) How often do you have milk shake at your breakfast?

_______________________________________________________________

F) How often do you have nesquik at your snack?

_______________________________________________________________

g) How often do you have looney tunes at you snack?

_______________________________________________________________

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h) How often do you eat ruffles?

_______________________________________________________________

Dia 10/10/2011 (1 aula) Os alunos receberam uma tabela com perguntas

sobre a freqüência com que as pessoas utilizam os alimentos em suas refeições

respondendo as perguntas abaixo (atividade 3.k.)

Ex: How often does João chew trident splash? He always chews trident

splash.

Name Product Always Never Usually Rarely Seldom

Andréia Sal. Bacon X

Antonio Nissin Light X

Fernanda and Betty Cream Cracker X

Patrícia Magic Toast X

João Trident Splash X

Maria Delicate X

Laura and John Nesfits x

The cat Friskies x

How often does Andréa eat bacon ships?

_______________________________________________________________

How often do Fernanda and Betty have cream cracker at their breakfast?

_______________________________________________________________

How often does Antonio have nissin light at his lunch?

_______________________________________________________________

How often does Patrícia have magic toast at her breakfast?

_______________________________________________________________

How often does the cat have friskies?

_______________________________________________________________

How often do Laura and John have nesfits with their breakfast?

_______________________________________________________________

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Dia 19/10/2011(1 aulas) – na atividade 3.l. o aluno deveria responder

perguntas de acordo com o quadro do exercício anterior. A professora lembrou os

alunos sobre estrutura das respostas curtas, afirmativas e negativas, com verbos no

presente simples.

a) Does João always chew trident splash?

_______________________________________________________________

b) Does Maria usually use delicate hygienic paper when she goes to the bathroom?

_______________________________________________________________

c) Do Fernada and Betty always have cream cracker at their breakfast?

_______________________________________________________________

d) Does Andréa never eat bacon ships?

_______________________________________________________________

e) Does Antonio usually eat nissin light at his lunch?

_______________________________________________________________

f) Does the cat always eat friskies?

_______________________________________________________________

g) Do Laura and John always have nesfit in their breakfast?

_______________________________________________________________

h) Does Patricia seldom have magic toast at her breakfast?

_______________________________________________________________

Na mesma aula foi realizada a atividade 3.m. onde o aluno escreveria frases

afirmativas e negativas usando as palavras dadas e também os advérbios

estudados. Foi chamada a atenção dos alunos sobre o uso dos auxiliares “Do e

Does” nas frases negativas e para o uso do “s” nas terceiras pessoas do singular.

a) Laura/Confiance Excellence

_______________________________________________________________

b) Margaret/Plenitud Active

_______________________________________________________________

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c) Antonio and Joana/Milk Shake

_______________________________________________________________

d) John/Close-up

_______________________________________________________________

f) Pluto/Deli dog

_______________________________________________________________

g) Your mother/Vanish Max

_______________________________________________________________

h) Your father/ Skol

_______________________________________________________________

As atividades 3.I, 3.j., 3.k., 3.l., e 3.M., foram explicadas e feitas uma de cada

vez, sempre intercalando a oralidade e a escrita, e os alunos as fizeram cada vez

com mais facilidade e com mais participação, principalmente na parte da oralidade.

OBS: Nesta etapa do trabalho foi mudada a seqüência das atividades. Foi feito

primeiro a pesquisa na internet, e as embalagens foi pedido que fizessem em casa,

e por ultimo a elaboração dos cartazes.

Dia 24/10/2011 (1aula) - Nesta aula os alunos foram levados ao laboratório de

informática para fazer pesquisa no site: Inglês no supermercado

(http://www.inglesnosupermercado.com.br/mapa-do-site).Aqui os alunos ficaram

à vontade para pesquisar os produtos que desejassem. Anotavam em seu caderno o

produto, as palavras inglesas encontradas na embalagem e o significado da mesma.

Os alunos gostaram desta atividade e se surpreenderam com a quantidade de

produtos. Houve dificuldade de proporcionar à cada aluno um computador, pois

muitos estavam com problemas técnicos e sem condições de uso. Os alunos tiveram

que ser dispostos em grupos de três por computador, dificultando assim, a pesquisa

que deveria ser individual. Eles tiveram que entrar num consenso para decidir qual

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item seria pesquisado, porém diantes das situações existentes a atividade foi

realizada a contento, atingindo todos os objetivos propostos.

Dia 26/10/2011 (1 aula) foi feito, pela professora, uma exposição oral de como

poderiam ser elaborados rótulos ou embalagens. Foi feito um planejamento do que

teria que conter neste rótulo, (nome do produto, uma frase ou palavra inglesa que

chamasse a atenção do consumidor, peso, calorias, vitaminas, data de validade,

fabricante, desenhos) e que poderia ser feito com colagens ou desenhos criados

pelo aluno, e que estes deveriam ser montados em uma caixa ou embalagem de

outro produto, trocando o que estaria escrito naquela embalagem pela criação do

aluno. Este trabalho foi realizado fora de sala de aula por motivo de falta de tempo.

Os alunos trouxeram para as aulas os trabalhos prontos. Também nesta aula foi

lembrado aos alunos que estaria na hora de trazer as embalagens guardadas

durante o desenvolvimento da implementação para a elaboração de cartazes e

ficando marcada para a aula seguinte a montagem dos cartazes. O restante do

tempo foi aproveitado para sanar dúvidas sobre a elaboração do rótulo que o aluno

faria em casa. Este trabalho foi muito frustrante para a professora, pois poucos

alunos trouxeram o trabalho e os que trouxeram não estava de acordo com o que

tinha sido pedido na exposição acima. Atribuiu-se ao fato de estarmos no fim do ano

letivo e os alunos já estarem cansados e ainda terem que estudar para provas de

outras disciplinas.

Dia 31/10/2011 (1aula) os alunos se dispuseram em grupos, e receberam um

título para o seu cartaz. O título era o gênero dos produtos que seriam colados nele.

(exemplo: Personal Foods, neste cartaz, tudo o que era alimento humano seria

colado nele), e assim, todos os grupos receberam um gênero contemplando todos

os gêneros estudados. Foram distribuídas as embalagens que tinham sido

guardadas durante toda a implementação e ainda as que os alunos trouxeram para

esta aula. As embalagens foram coladas inteiras no papel embrulho, fornecido pela

escola. Os alunos gostaram de fazer este trabalho, porém não houve tempo para

terminar em sala de aula e os grupos tiveram que levar para casa para terminar e

trazer pronto na próxima aula. Os cartazes foram expostos no mural da escola e

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chamaram bastante atenção de todos os alunos, professores e funcionários do

colégio, pelo fato se terem as embalagens inteiras coladas, e pelo fato de que a

língua inglesa estava presente nas embalagens, o que suscitou muita curiosidade.

Após realizadas todas as atividades acima foram retomadas algumas

questões do início do trabalho para que houvesse uma conclusão das respostas

dadas no início da aplicação do projeto, verificando nesse estágio se o estudante se

sentia mais motivado em aprender a língua inglesa e outros questionamentos

culturais referentes ao tema estudado. Nas respostas dadas pelos alunos pode-se

observar que a maioria deles sentiu-se mais motivados em aprender a língua

inglesa, pois o inglês é a linguagem mundialmente mais falada e com ele pode-se

falar com pessoas do mundo inteiro. Alem disso, facilita na hora de procurar um

emprego, sendo a linguagem da internet e está presente no dia a dia das pessoas

muito mais do que imaginam. Os alunos disseram que antes deste trabalho nem

percebiam a quantidade de palavras inglesas que faziam parte do seu dia a dia e em

produtos de supermercado e que, por isso, usam o inglês em suas vidas, sem nem

perceber que estão utilizando a língua inglesa. Descobriram muitos produtos no

supermercado, cujos rótulos/embalagens estavam em língua inglesa. Muitos desses

produtos são de fabricação nacional, mas é possível que estas palavras inglesas

são usadas para chamar a atenção dos consumidores ou para dar status ao produto

e, assim vender mais. Aproximadamente a metade dos alunos disse que o fato de

saber o significado das palavras inglesas nos rótulos e embalagens dos produtos,

não mudaria sua decisão de compra, pois não se compra pelo nome, mas sim

porque já se conhece o produto e se acha que ele é bom. Outra metade achou que

saber o significado das palavras inglesas contidas ali é importante e poderá

influenciar na decisão da compra porque se a pessoa não souber o que significa a

palavra escrita e não conhece o produto não irá comprá-lo, pois não sabe do que se

trata. Quanto ao uso do inglês em produtos, os alunos pensam que não elitiza as

pessoas, porque os produtos, na maioria das vezes, têm um preço acessível aos

consumidores de todas as classes sociais. E também não é visto, por eles, como

uma forma de exclusão das pessoas que não sabem ler o inglês, porque a maioria

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das pessoas compra o produto porque já conhece, já viu ou porque alguém lhes

disse que é bom.

Ao longo do trabalho pode-se perceber que os alunos não têm uma visão

muito clara ainda sobre valores, pois para eles tudo é barato e tudo eles podem

comprar. Não conseguem ter idéia se seus pais têm condições financeiras para

bancar todos os produtos que estão no mercado para serem consumidos, acham

apenas que é barato. Não percebem a diferença entre comprar porque tem

necessidade do produto e se o mesmo é saudável, entre comprar porque é bom ou

porque está lá para ser vendido então tem que comprar.

A avaliação foi feita no decorrer de todas as atividades propostas, por meio de

observações, desenvolvimento e participação dos alunos nas atividades. As notas

apresentadas no projeto tiveram que ser alteradas devido ao tempo que demorou

em aplicar as atividades do projeto. Esperava-se que seria possível desenvolver

todas as atividades durante o terceiro bimestre, mas estendeu-se até parte do quarto

bimestre, por este motivo, os alunos foram avaliados de forma a cumprir com o PPP

(Projeto Político Pedagógico) da escola, somando 10,0 pontos ao final do terceiro e

quarto bimestre.

5 DISCUSSÕES DO GRUPO DE TRABALHO EM REDE

As discussões de grupo, feitas pelo trabalho em rede, teve a participação de

treze professores que concluíram o curso. Sua participação foi bastante expressiva e

muito importante como incentivo para a aplicação do projeto e da implementação.

Seus comentários e criticas feitos nos debates dos fóruns, contribuíram muito para o

enriquecimento profissional de cada participante e para a prática pedagógica de

todos.

No questionamento feito a eles sobre como o aluno poderá se envolver,

participando e desenvolvendo mais os conhecimentos de uma Língua Estrangeira,

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obteve-se muitas idéias e discussões, onde se conclui que o ensino da língua

inglesa deve ser desafiador e promover a autonomia do aluno por meio do uso de

técnicas e atividades que estimulem as operações intelectuais do educando e se ele

for contextualizado certamente conseguir-se-á atingir estes objetivos. O papel do

professor é fundamental na elaboração do Plano de Trabalho Docente e no

encaminhamento metodológico das atividades, pois são muitas as informações

acessíveis nas mídias, mas quem vai fazer a mediação e auxiliar o estudante na

pesquisa e no aprofundamento dos conteúdos, é sem dúvida o professor. Ele

precisa buscar o "envolvimento" e o engajamento dos alunos nas atividades. Esse é

o grande desafio do educador. É importante trabalhar com atividades que sejam

significativas para eles. Acredita-se que eles podem encontrar motivação através da

análise de rótulos e embalagens de produtos que estão à disposição no mercado, a

partir do momento que ele coloca tais produtos como uma necessidade para a sua

vida. O ser humano necessita perceber a funcionalidade dos objetos que o cercam,

se o aluno conseguir fazer essa conexão ele encontrará por si só razões para

aprender, estudar e interagir com o mundo.

De acordo com o autor, a linguagem é construtora do pensamento, no

entanto, nem toda forma de aprendizado é sinônimo de desenvolvimento. O

aprendizado adequadamente organizado resulta em crescimento mental e coloca

em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra maneira,

dificilmente aconteceriam.

Os comentários feitos a este parágrafo está relacionado a necessidade

constante de motivação para assim produzir conhecimento. O aluno precisa estar

motivado para interagir com colegas e professores sendo recíproco no processo de

ensino-aprendizagem e com isso tornar a aquisição da língua uma tarefa satisfatória

tanto para quem ensina quanto para quem aprende. Uma vez motivado será capaz

de produzir conhecimento e o mesmo de forma sistematizada poderá transformar o

indivíduo.

Verificou-se que é possível enriquecer o ambiente de aprendizagem através

da utilização de mapas, fotografias, filmes, músicas e uma série de outras atividades

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lúdicas que podem estar motivando o aluno para a produção do conhecimento. Além

da motivação é preciso estar ciente da dedicação de um período de tempo bem

maior, pois tudo isso demanda muito preparo e planejamento prévio.

A aprendizagem de uma língua estrangeira é um ato ativo e não passivo na

vida de um indivíduo, é uma habilidade que a pessoa desenvolve segundo seus

próprios interesses que podem ser de ordem interna ou externa. A motivação é um

elemento chave no aprendizado de uma língua estrangeira, portanto, não é apenas

o professor que ensina em nem um único método que será responsável para tornar

um aprendizado mais eficaz, mas é o conjunto todo, alunos que aprende segundo

suas motivações, boas condições para preparo e estudos dos professores, materiais

didáticos, dentre muitos outros fatores.

Pode-se verificar que no ensino e aprendizagem da língua inglesa os alunos

têm contato com a língua diariamente, mas não percebem isso. Aprendem por

exemplo a falar video game sem esforço nenhum, no entanto quando o professor

escreve no quadro a palavra não sabem o significado e muito menos como ler.

Ainda existe uma distância muito grande entre o que se ensina na escola e a

realidade do aluno. Por isso é tarefa do professor demonstrar como a língua está

presente no dia a dia das pessoas e como a usamos. Desta forma as atividades

propostas pela implementação do projeto, foram bem elaboradas, estimulam os

alunos a refletirem, a fazerem suas descobertas e principalmente a fazerem o uso

da informática que eles tanto gostam. As chamadas ao professor são outro recurso,

presente no material, que contribui muito para que o objetivo da produção não se

perca. Acreditamos que a escolha do gênero rótulos, alcançou seus objetivos, pois

considerando o público para o qual o material está endereçado, é relevante que se

trabalhe com esses gêneros. Acredita-se que a produção didática contribuirá e muito

para a formação dos alunos, pelo fato de que proporciona reflexões acerca da

sociedade, assim como o caráter lúdico para que os mesmos percebam a presença

da Língua Inglesa constate no dia a dia dos alunos que não pode ser

desconsiderado.

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_________________________________________________________________________________ ¹ Pós-graduação em Supervisão Escolar, graduação em Letras, Português/Inglês, docente do Colégio Estadual Castelo Branco ² Docente da Unioeste,em Prática de Ensino de Línguas Estrangeiras e Estágio Supervisionado de Línguas, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística DINTER UFBA/UNIOESTE

Na última parte do debate em rede, a autora deste trabalho fez um breve

relato sobre a aplicação da implementação na escola. Os pontos positivos e

dificuldades encontradas. A interação com os professores da rede foi uma mistura

de desabafo e incentivo por parte dos colegas professores, pois todo trabalho

desenvolvido pelos professores em sala de aula tem seus altos e baixos. Há

atividades que o aluno desenvolve perfeitamente e há outras que ele não simpatiza

e, por este motivo não se envolve. Infelizmente, nem tudo que é pensado e

planejado surte em resultados satisfatórios. No entanto, acredita-se que no geral foi

um trabalho de grande valia, considerando-se os objetivos propostos, envolvimento

dos alunos e professores, estes últimos via rede. A cultura, as reflexões

concernentes à formação do cidadão com seus deveres e direitos brotaram durante

as aulas de inglês, que, afinal, não podem ser vistas, apenas, como o ensino da

língua pela língua.

Portanto, observou-se que os alunos entenderam como essa língua está

inserida no cotidiano do cidadão e, assim, desenvolveu-se o lado social dos alunos,

que podem passar a ver a língua inglesa como área de conhecimento muito útil em

suas vidas, motivando-os a participar e aprender mais a língua em questão.

As reflexões propostas no projeto e na implementação pedagógica foram de

suma importância para o trabalho do cotidiano do professor, pois permitiu uma visão

sob diferentes ângulos da aprendizagem como, por exemplo, se expressar mais na

língua inglesa, auxiliados por meio de pesquisas apoiados nos exemplos aqui

expostos. Acredita-se que as atividades foram relevantes para o trabalho, pois

apresentaram formas detalhadas de interação dos conteúdos trabalhados.

Foi possível identificar após a participação dos colegas em rede que essa

seria uma boa atividade para ser aplicada no início do ano letivo, pois é uma

estratégia que incentiva e motiva os alunos a aprender inglês durante todo o ano,

obtendo assim, melhores resultados na aprendizagem e envolvimento dos mesmos

nas aulas de língua inglesa.

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_________________________________________________________________________________ ¹ Pós-graduação em Supervisão Escolar, graduação em Letras, Português/Inglês, docente do Colégio Estadual Castelo Branco ² Docente da Unioeste,em Prática de Ensino de Línguas Estrangeiras e Estágio Supervisionado de Línguas, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística DINTER UFBA/UNIOESTE

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A necessidade encontrada para trabalhar este projeto partiu do objetivo de

tornar a aprendizagem da Língua Inglesa mais significativa, proporcionando por

meio da utilização de temas mais próximos do cotidiano do aluno, uma relação maior

com o estudo da língua inglesa, buscando mostrar a eles que esta disciplina é tão

importante quanto às outras do currículo e buscar através destas aulas não só a

aprendizagem da língua inglesa, mas despertar no aluno atitudes que pudessem

favorecer mais motivação e consequentemente mais participação durante as aulas.

A avaliação deste trabalho apoiou-se na análise das ações de todos os

envolvidos, principalmente dos alunos que são parte essencial neste processo, e

concluiu-se como fator positivo observar as atitudes dos alunos diante de todas as

atividades desenvolvidas, o crescimento e engajamento em executar as tarefas do

início ao fim da implementação. Ao término desta intervenção verificou-se que os

alunos tomaram uma postura diferenciada em relação ao estudo da língua inglesa

quando foram retomadas algumas questões do inicio do trabalho onde se percebeu

que a maioria deles sentiu-se mais motivados em aprender a língua inglesa, pelo

fato de o inglês ser a linguagem mundialmente falada, facilita na hora de procurar

um emprego, é a linguagem da internet e está muito presente no dia a dia das

pessoas.

Vale registrar que os alunos, antes deste trabalho, não se davam conta da

quantidade de palavras inglesas que faziam parte do seu dia a dia e, principalmente

em produtos de supermercado e que, por isso, usam o inglês em suas vidas, sem

nem perceber que estão usando. Descobriram que a maioria dos produtos

encontrados no supermercado e que tem inglês em seus rótulos ou embalagens são

nacionais e que estas palavras inglesas são usadas para chamar a atenção dos

consumidores ou para dar status ao produto e, assim vender mais.

Com essa prática, acredita-se ter despertado nos alunos o importante

exercício da percepção, do questionamento, para que eles verificassem se o uso de

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_________________________________________________________________________________ ¹ Pós-graduação em Supervisão Escolar, graduação em Letras, Português/Inglês, docente do Colégio Estadual Castelo Branco ² Docente da Unioeste,em Prática de Ensino de Línguas Estrangeiras e Estágio Supervisionado de Línguas, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística DINTER UFBA/UNIOESTE

palavras inglesas em produtos nacionais tem alguma intenção ou é apenas uma

estratégia de venda. Desenvolveram suas habilidades reflexivas sobre a razão pela

qual estas palavras estão em inglês e não em português – como supostamente

deveriam, já que são, na grande maioria, produtos nacionais, refletindo sobre o que

se esconde por trás desse recurso lingüístico – o uso da língua inglesa em produtos

comerciais - e sua influencia na maneira de pensar e muitas vezes na maneira de

agir do consumidor. Sabemos que a linguagem não é inocente e nem neutra. Tal

entendimento pode fazer diferença em suas vidas e pode mudar ou não o poder da

decisão de aquisição de produtos.

Entretanto, durante a realização deste trabalho foram encontradas algumas

dificuldades. Primeiramente os alunos estavam desmotivados em relação à

disciplina e mostraram-se bastante resistentes quanto a sua maneira de pensar

sobre o estudo da mesma. Pensavam não ter importância nenhuma em suas vidas e

que por este motivo não era importante estudá-la. O fato de estarmos no segundo

semestre, acredita-se também que tenha sido um ponto importante a ser

considerado, pois nesta etapa do ano os alunos já estão ficando cansados e

desmotivados por si só. A falta de material (xerox das atividades) fez com que o

trabalho demorasse mais tempo do que previsto no projeto, pois algumas atividades

foram fornecidas pela professora e outras os alunos tiveram que copiá-las do

quadro. Se este material fosse pedido para a escola, ela, com certeza o forneceriam,

mas não seria a realidade enfrentada pelos professores da escola. Por este motivo,

não foi solicitado, realizando desta forma, o trabalho de acordo com a realidade do

dia-a-dia da escola.

O trabalho voltado para a oralidade ficou um pouco prejudicado pela

dificuldade dos alunos em falar a língua, pela timidez na hora de se expor diante dos

colegas e da professora e também pela quantidade de alunos existentes na turma

(35 alunos).

Porém, as dificuldades citadas acima não impediram que o trabalho

conseguisse realizar seu intento maior, que era tornar as aulas mais significativas,

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_________________________________________________________________________________ ¹ Pós-graduação em Supervisão Escolar, graduação em Letras, Português/Inglês, docente do Colégio Estadual Castelo Branco ² Docente da Unioeste,em Prática de Ensino de Línguas Estrangeiras e Estágio Supervisionado de Línguas, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística DINTER UFBA/UNIOESTE

motivar os alunos e por meio destas aulas criarem maior consciência crítica perante

o uso da língua inglesa em produtos encontrados no cotidiano do aluno.

Pôde-se constatar que ao término da intervenção os alunos se encontravam

mais motivados e conseguiam perceber a importância de se aprender a língua

inglesa e se mostraram mais participativos e interessadas na disciplina, pois aquela

resistência que existia no inicio do projeto, aos poucos foi diminuindo dando lugar a

uma maior participação e envolvimento no estudo da língua.

Isso tudo, não nos permite pensar que o trabalho de motivação e incentivo ao

estudo da língua inglesa na escola publica se de por encerrado, mas nos permite

concluir, que a elaboração de atividades que estejam mais próximas da realidade do

aluno, e uma maior discussão sobre a diversidade cultural que o estudo da língua

pode proporcionar a ele, possa fazer com que as aulas de língua inglesa se tornem

mais interessantes e mais aceitas pelos alunos.

7 REFERÊNCIAS

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_________________________________________________________________________________ ¹ Pós-graduação em Supervisão Escolar, graduação em Letras, Português/Inglês, docente do Colégio Estadual Castelo Branco ² Docente da Unioeste,em Prática de Ensino de Línguas Estrangeiras e Estágio Supervisionado de Línguas, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística DINTER UFBA/UNIOESTE

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