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1. ÚNICO OBJETIVO: COMUNICAR A expressão comunicação de massa é usada para identicar mídias como a televisão, rádio, jornais impressos, revistas etc. Segundo Charles R. Wright 1  “comunicação de massa é um tipo especial de comunicação envolvendo condições de operações distintas, entre as quais estão, em primeiro lugar, a natureza da audiência, da experiência comunicadora e do comunicador.” Essa tradicional forma de comunicar tem sido a mais usada nos últimos anos pela eciência que até então se acreditava ter, e pela praticidade em veicular um anúcio e o mesmo ser visto por milhões de pessoas em um amplo espaço geográco. A comunicação de massa tem a grande audiência que possibilita atingir como uma de suas características, sendo esta heterogênea e anônima. Além disso, as mensagens são transmit idas publicamente, na maioria das vezes programad as para atingir simultaneamente a maior parte dos membros da audiência. O comunicador tende a operar em uma organização complexa que quase sempre envolve grandes montantes de dinheiro. 2 Isto singulariza a Comunicação de Massa. Samuel Pfromm Netto 3 , em seu livro “Tecnologia da Educação e Comunicação de Massa” publicado em 1976 descreveu os meios de comunicação de massa como “meios democráticos por excelência”. Como percebemos hoje, a mídia de massa já não é tida como a forma mais democrática de comunicação, verdade que ela possibilita a todos ter acesso a informação, mas é taxativa quanto ao que devemos ou não saber, sem termos se quer direito de resposta. Os anúncios publicitários são uma das fontes, e talvez a mais farta delas, de renda das empresas do setor, eis o motivo que muito se fala sobre a quantidade de mensagens que um consumidor médio costuma receber, cerca de 3.225 por dia. Hoje presenciamos uma revolução no que diz respeito aos anúncios publicitários, a mídia de massa está dividindo o seu poderoso poder com a ainda mais poderosa Internet. É fato que, os consumidores estão cansados em dividir a sua novela, com incessantes intervalos comercias exorbitantemente longos. 4   Segundo Joseph Jaffe 5 “há muito que os prossionais de marketing armam que, se martelarem o alvo com a mesma mensagem mundana, os consumidores acabarão se 1 WRIGHT, Charles R. Comunicação de Massa . Rio de Janeiro: Edições Bloch, 1973. p.12 2 WRIGHT, Charles R. Comunicação de Massa . Rio de Janeiro: Edições Bloch, 1973. p.15 3 PFROMM NETTO, Samuel. T ecnologia da Educação e Comunicação de Massa , São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1976. p. 124 4 JAFFE, Joseph. O Decínio da Mídia de Massa . Porque os comerciais de TV de 30 segundos estão com os dias contados. São Paulo: M.Books, 2008. p. 9 5 JAFFE, Joseph. O Decínio da Mídia de Massa . Porque os comerciais de TV de 30 segundos estão com os dias contados. São Paulo: M.Books, 2008. p. 9

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1. ÚNICO OBJETIVO: COMUNICAR

A expressão comunicação de massa é usada para identicar mídias como atelevisão, rádio, jornais impressos, revistas etc. Segundo Charles R. Wright1 “comunicação de massa é um tipo especial de comunicação envolvendo condições deoperações distintas, entre as quais estão, em primeiro lugar, a natureza da audiência, daexperiência comunicadora e do comunicador.”

Essa tradicional forma de comunicar tem sido a mais usada nos últimos anos pelaeciência que até então se acreditava ter, e pela praticidade em veicular um anúcio e omesmo ser visto por milhões de pessoas em um amplo espaço geográco. Acomunicação de massa tem a grande audiência que possibilita atingir como uma de suascaracterísticas, sendo esta heterogênea e anônima. Além disso, as mensagens sãotransmitidas publicamente, na maioria das vezes programadas para atingirsimultaneamente a maior parte dos membros da audiência. O comunicador tende aoperar em uma organização complexa que quase sempre envolve grandes montantes dedinheiro.2 Isto singulariza a Comunicação de Massa.

Samuel Pfromm Netto3, em seu livro “Tecnologia da Educação e Comunicação deMassa” publicado em 1976 descreveu os meios de comunicação de massa como “meiosdemocráticos por excelência”. Como percebemos hoje, a mídia de massa já não é tidacomo a forma mais democrática de comunicação, verdade que ela possibilita a todos teracesso a informação, mas é taxativa quanto ao que devemos ou não saber, sem termos

se quer direito de resposta.Os anúncios publicitários são uma das fontes, e talvez a mais farta delas, de renda

das empresas do setor, eis o motivo que muito se fala sobre a quantidade de mensagensque um consumidor médio costuma receber, cerca de 3.225 por dia. Hoje presenciamosuma revolução no que diz respeito aos anúncios publicitários, a mídia de massa estádividindo o seu poderoso poder com a ainda mais poderosa Internet. É fato que, osconsumidores estão cansados em dividir a sua novela, com incessantes intervaloscomercias exorbitantemente longos.4

Segundo Joseph Jaffe5 “há muito que os prossionais de marketing armam que,se martelarem o alvo com a mesma mensagem mundana, os consumidores acabarão se

1 WRIGHT, Charles R.Comunicação de Massa . Rio de Janeiro: Edições Bloch, 1973. p.12

2 WRIGHT, Charles R.Comunicação de Massa . Rio de Janeiro: Edições Bloch, 1973. p.15

3 PFROMM NETTO, Samuel.Tecnologia da Educação e Comunicação de Massa , São Paulo: LivrariaPioneira Editora, 1976. p. 124

4 JAFFE, Joseph. O Decínio da Mídia de Massa. Porque os comerciais de TV de 30 segundos estão comos dias contados. São Paulo: M.Books, 2008. p. 95 JAFFE, Joseph. O Decínio da Mídia de Massa. Porque os comerciais de TV de 30 segundos estão comos dias contados. São Paulo: M.Books, 2008. p. 9

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resignando ou sucumbindo.” Trata-se de uma doutrinação mascarada que, para osconsumidores de hoje, já não surte mais o mesmo efeito. O resultado disso é a busca deformas alternativas para anúnciar e muitos tem se aproveitado dos adventos da “novaweb”.

2. A NOVA ERA

Por mais que muito tenha se falado deweb 2.0 , pouco se conhece acerca dessanomenclatura, muitos se utilizam do poder do jargão para agregar valor a algo que seutiliza de novas mídias na internet, mas na verdade não possui os pré-requisitos para queseja intitulado como tal. Juliano Spyer6 em seu livro Conectado arma que o termo foicriado em 2004 nos Estados Unidos pela O ʼ Reilly Media , uma editora e empresa decomunicação, para identicar um encontro que acontece anualmente naquele país.

Web 2.0 foi idealizado para identicarsites ou aplicativos com baixo custo dedesenvolvimento, aonde o conteúdo surge de baixo para cima(Bottom-Up) a partir dorelacionamento entre os participantes, ou seja, o conteúdo é lido, feito e continuado pelosusuários da internet, podendo conter soluções e informações de sites para produzir umaexperiência integrada sendo chamada de Mash-Up .7 Estudo realizado em 2008 pelaVignette com executivos de marketing de grandes empresas brasileiras revelou umaevolução das funções da web 2.0 : 61% já trabalham com a interatividade e 71% jápossuem projetos para conquistar novos clientes através daweb .8

A interação advinda da internet tem levado a forma de organização social a umestado de constante mudança e isso se deve ao movimento da comunicação mediada porum computador. É cada vez mais comum o fato de carmos em casa, no trabalho ou atémesmo na universidade conectados sedentos por informação, ampliando a possibilidadede expressão e socialização através de ferramentas virtuais.

3. A SOCIEDADE INFORMATIZADA

As mídias sociais fazem parte desta revolução digital. São plataformas decomunicação on-line , aonde o emissor e o receptor da mensagem se confundem emcapacidades e funções. Os usuários são convertidos em meios de comunicação e sãoeles os editores da própria notícia; se tornam, assim, pessoas inuentes. É comum lernarrativas de experiências positivas ou negativas com marcas, produtos e serviços. Basta

6 SPYER, Juliano. Conectado. O que a internet fez com você e o que você pode fazer com ela. Rio deJaneiro: Zahar, 2007. p. 27

7 SPYER, Juliano. Conectado. O que a internet fez com você e o que você pode fazer com ela. Rio deJaneiro: Zahar, 2007. p. 28

8 EMPRESAS. Mídia Digital, São Paulo, Maio/Junho 2009, p. 12

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infectação (trânsito do produto). Baseia-se na valorização dosconsumidores selecionados, que se orgulham desse papel.”

Quando se tem um consumidor apaixonado por uma marca, a internet se torna omeio mais indicado para que isso se torne viral. Comunicar para um pequeno, mas

poderoso grupo de consumidores para obter o seu apoio é uma prática simples e baratade se chegar a uma grande audiência. A internet se torna um meio fácil para que aspessoas se envolvam com a uma marca.

Trata-se de um processo. Para começar, é necessário que sejam identicadosaquelas pessoas que, além de ter o perl da marca, tem o poder de inuenciar outraspessoas. Não é difícil encontrá-los, basta procurá-los nos locais certo. Nesse sentido, énecessário buscar pessoas independentes, conantes, obstinadas e curiosas. Sãoconsiderados grandes consumidores, não pelo dinheiro que gastam, mas pelas mentesque inuenciam. Este é o primeiro grupo de consumidores em um processo depublicidade viral. “Jornais, revistas, televisão, rádio, Internet, etc., tudo isso essas pessoasconsomem. Recebem a informação e espalham-na de uma forma inédita, criandotendências que não escapam à mídia e induzem os outros a comprar”, explicam osautores de Buzz Marketing .12

O próximo grupo é aquele que se apropria das ideias dos primeiros e traduzem-nasem dados úteis e cabíveis para o grande público. Esse grupo é tido como o maior trunfodo marketing viral, são essas pessoas que levam as informações às massas. Renee Dye,da McKinsey & Company13, explica:

“Os membros da vanguarda apreciam muitíssimo ser os primeiros aconhecer um produto; nisso, revelam exclusividade. Quando outraspessoas começam a adotar o produto, a vanguarda frequentementese desloca para o item seguinte e exclusivo. Em contapartida, umaestratégia mais ampla visa os primeiros a adotar, que tentamconvencer outros a m de transformá-los também em usuários.”

Na verdade, o primeiro e o segundo grupo se completam, ambos sãoprossumidores, ou seja, “uma nova classe de consumidor, mais exigente e melhorconhecedora do mercado. Os prossumidores não hesitam em solicitar informações eopiniões, gostam de partilhar suas ideias e experiências, estão bem a frente em suasatitudes e comportamentos, embora conservem uma visão de massa.” explicam osautores.14

12 SALZMAN, Marian. MATATHIA, Ira. OʼREILLY, Ann.A Era do Marketing Viral.Como aumentar o poderda inuência e criar demanda. São Paulo: Editora Cultrix, 2003. p. 42.

13 SALZMAN, Marian. MATATHIA, Ira. OʼREILLY, Ann.A Era do Marketing Viral.Como aumentar o poderda inuência e criar demanda. São Paulo: Editora Cultrix, 2003. p. 46.14 SALZMAN, Marian. MATATHIA, Ira. OʼREILLY, Ann.A Era do Marketing Viral.Como aumentar o poderda inuência e criar demanda. São Paulo: Editora Cultrix, 2003. p. 220.

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O sucesso do marketing viral depende do conteúdo publicado naweb que aspessoas fazem questão de compartilhar, isso explica a importância dos grupos deconsumidores anteriormente citado. Contudo, as pessoas não vão falar por falar, énecessário “chocar”. As táticas de choque são memoráveis: isso fará com que nuncaesqueçam a marca. E ainda, provocam diversas reações siológicas, como surpresa,satisfação ou até raiva; essas sensações podem dar vida à marca na mente doconsumidor e ainda fazer com que faça questão de comentar.

Além disso, e uma das coisas mais importantes: “Os consumidores gostam demudanças de ritmo e dos momentos de reexão que propiciam”.15 Os consumidoresdevem se sentir valorizados pela marca e isso deve ser feito com criatividade e inovação.

A mídia social é o ambiente perfeito para circular conteúdos devidamenteplanejados e ltrados, em um contexto que faz com que seja completamente útil para aspessoas que estão conectadas com outras pessoas. Uma marca pode tirar daí aoportunidade de criar uma grande comunidade.16 Com tanta interatividade osconsumidores podem escolher quais recursos de informação e entretenimento desejam,quando os querem e sob qual forma.

Já existem empresas que controlam esse tipo de buzz 17 na internet. Uma delas é aE.Life, a função da empresa é, basicamente, controlar o que estão falando sobre umamarca ou produto nas mídias sociais. A empresa monitora, controla e age sobre o boca-a-boca na Internet. Estuda recente da empresa revelou como as marcas são vistas na web e os tipos de mídia que podem inuenciar os consumidores ao pesquisar marcas e

produtos em sites de busca.O estudo mostrou que, em algumas categorias como a dos cartões de crédito, as

redes sociais ou mídias geradas pelo consumidor aparecemem peso na primeira páginade resultados dos buscadores, que demonstra que a opinião de outros consumidores,sejam elogios ou críticas, podem inuenciar possíveis compradores.

4. O VÍRUS NAS MÍDIAS SOCIAIS

4.1 REDES SOCIAIS

Uma rede é denida como um conjunto de dois elementos: os atores e suasconexões. O primeiro, segundo Recuero18, são as pessoas, as instituições ou os grupos.

15 SALZMAN, Marian. MATATHIA, Ira. OʼREILLY, Ann.A Era do Marketing Viral.Como aumentar o poderda inuência e criar demanda. São Paulo: Editora Cultrix, 2003. p. 129.

16 JANTSCH, John.Letʼ s Talk. Social Media for Small Business. Digital Book: Microsoft. p. 4.

17 A expressão Buzz é usada para identicar o boca-a-boca relativo a uma marca. Lembra um zumbido, umruído.

18 RECUERO, Raquel.Redes Sociais na Internet . Porto Alegre: Editora Memorial, 2009. p. 25.

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A democratização da internet possibilita a todos informar e ser informado, são os autoresque repassam fatos ou até mesmo os idealizam possibilitando a interação, tratando demoldar a ferramenta que os intermediam.

A conexão é o fundamento das redes sociais, a criação de laços entre pessoasque, se algo é interessante, ele deseja que as outras pessoas saibam do fato ou da ideia,então essa pessoa conta para a outra pessoa e assim seguem as conexões virtuais.

As redes sociais não se limitam a aproximar desconhecidos com possibilidade derelacionamento, mas também oferecem para as pessoas uma maneira de reconstruíremna internet a sua rede de familiares, amigos e colegas, o que chega a criar valores acercadas informações e, por m, acabam presenteando a nós, publicitários, com umaferramenta simples e barata para a criação de demanda. Em geral, o marketing viral éveiculado por uma fonte conável, no formato interpessoal. A disseminação da mensagemdepende da aceitação de cada ator e conexões.

As redes sociais mais utilizadas no Brasil são o Orkut e o Facebook. O primeiro éum site que alcançou grande popularidade entre os internautas brasileiros. Segundo oE.Life o Orkut é o líder entre as redes sociais utilizadas pelos brasileiros para postardepoimentos sobre marcas e produtos.

Inicialmente, o usuário só podia se registrar nosite através de um convite, o quevalorizava ainda mais a entrada de atores no ambiente virtual. O Orkut funcionabasicamente através de pers e comunidades. Os pers são criados pelas pessoas ao secadastrar, aonde indica também quem são os seus amigos. As comunidades são criadas

pelos usuários e podem agregar grupos, funcionando como fóruns, com tópicos emensagens.

Hoje, uma das mais ativas comunidades no sistema é a “Beyoncé” utilizada comofórum de discussão sobre a cantora pop americana, que hoje é a mais lucrativa noShow Business . A comunidade foi iniciada por um americano, que, devido à popularidade dosistema no Brasil, resolveu repassá-la para um brasileiro. Hoje ela tem como um dosmoderadores o jovem que auto se nomeia “Limão”.

Segundo Limão, que já está a frente da comunidade há 4 anos, no início “tudo [era]

uma real brincadeira, mas depois as coisas cam mais sérias do que você imagina, existeuma grande seriedade e responsabilidade nesse mundo digital, a comunidade é mais queum simples passatempo.” Questionado sobre o motivo das pessoas acessarem tanto acomunidade, ele foi taxativo ao dizer que “o ponto forte mesmo são as informações,porque nem todos que acessam diariamente têm uma participação ativa na comunidade,apenas entram, se atualizam e saem.”

Limão se considera um formador de opinião na rede, arma que gosta deinuenciar certos projetos na comunidade, de induzir as pessoas, de criar um novo

pensamento sobre boatos na imprensa, divulgar novos trabalhos da cantora, organizarmultirões para compra de produtos, para votações de músicas nas rádios e em grandesprêmios da música pop.

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O jovem destaca o trabalho dos fãs, guiados pela comunidade, ao votar em umadas músicas da cantora para torná-la sucesso na Jovem Pan, uma das grandes rádiosbrasileiras. Segundo Limão: “nessa hora você realmente precisa passar uma credibilidadee inuenciá-los da melhor forma, mostrar que isso irá fazê-los se sentirem úteis, que irárealmente ajudar.” Eles fazem, porque são simplesmente apaixonados pela cantora. “Arádio pede que você peça a música, e pedindo você faz com que ela seja executada e sepopularize, quanto mais toca, melhor. É isso que fazemos, incentivamos os membros apedirem através de um simples e-mail ou ligação a música em questão.”

Vários projetos hoje tem em comum o fato de se apoiarem na participação do seusfãs. Ainda em relação à cantora americana, a empresa de chicletes “Trident”, quepatrocinará o seu show em Londres, no nal do ano de 2009, divulgou no site decompartilhamento, YouTube, um vídeo aonde várias mulheres vestidas com roupas iguaisa da cantora reproduziram o clipe da música “Single Ladies” que foi sucesso no mundointeiro. Assim sendo, foi repassado por milhares e milhares de pessoas, divulgando assim,o show de “Beyoncé”, vinculado a marca “Trident”.

Já em relação ao Facebook, a sua ideia inicial era reunir os alunos que iriamestudar na universidade americana de Harvard no ano de 2004, mas a rede derelacionamento acabou se espalhando pelo mundo todo. Hoje em dia é um dos maisreconhecidos mundialmente pelo o que se entende de rede social. Assim como o Orkut, oFacebook é composto por pers e comunidades. Em cada perl, é possivel acrescentarmódulos de aplicativos(jogos, ferramentas etc.). É cada vez mais comum a possibilidade

de empresas criarem aplicativos que utilizem a plataforma, e a liberdade que sejamdesenvolvidos da forma que mais as convier.

Quando estes aplicativos são desenvolvidos com m de divulgação, muitos a temchamado de appvertising .19 Conseguir que milhares de usuários utilizem o aplicativorequer pensar em o que o usuário espera e estaria disposto a recomendar oucompartilhar com membros da sua rede de amigos, tornando-o assim, viral.

Um caso recente de sucesso foi o da rede de fast-food americana Burger King.Através de um aplicativo chamadoWhooper Sacriface , em alusão ao seu sanduíche mais

famoso, a empresa esperava que um usuário deletasse 10 amigos antes que eles odeletassem e, caso isso acontecesse, o usuário receberia um sanduíche Whooper . “Oaplicativo foi adicionado por mais de 80 mil usuários em apenas 10 dias, com quase 234mil amigos “sacricados”. Depois que o Facebook solicitou a remoção da ferramenta, amídia espontânea saltou de 13 para 32 milhões de impressões.”20

19 GODOY, Javier.Redes Sociales y Comunidades. In: SANAGUSTÍN, Eva. (Coord.). Del 1.0 al 2.0:.Claves para entender el nuevo marketing. Madrid: Bubok Publishing, 2009. p. 132

20 <http://www.brainstorm9.com.br/2009/06/29/cannes-lions-2009-whopper-sacrice-burger-king-titanium-integrated/ >. Acesso em: 20 de setembro de 2009.

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4.2 BLOGS

Outra poderosa, porém simples, ferramenta é o blog. Os blogs evoluíram a partirde diários pessoas na web ; hoje se tornou um importante meio de articulação social.Quando trata-se de um público tão cheio de alternativas de informações como ointernauta, o blog sai na frente por exigir o mínimo de atenção do mesmo. Os blogscostumam estar interligados, fazendolinks e referências uns aos outros em seu texto.Essa comunidade ou rede social é chamada de Blogosfera.21

Os blogueiros estão cumprindo uma função informativa, determinando os atos daspessoas de várias formas. A maioria das pessoas lêr um blog porque cona em quem oescreve e não tem tempo ou disposição de selecionar o que quer ou não ler. O público é oeditor.

Segundo Hewitt22, “Os blogueiros são as mesmas pessoas que eram há algunsanos. Mas hoje eles não precisam convencer ninguém a ter o direito de convenceralguém.” Qualquer conhecedor ou apreciador de uma marca ou produto pode daropiniões em seu blog, podendo ser uma oportunidade, às vezes gratuita, de estabelecer edefender uma marca, introduzir novos produtos ou produzir agitação por um tempoindenido.

Hoje em dia, um dos casos de sucesso é o do Blog Petiscos da publicitária JúliaPetit, direcionado ao público feminino. O blog aparece como uma alternativa para estaremsempre na moda. A redatora e editora Petit, dá dicas no blog de como se vestir, de como

se maquear, tudo envolvendo marcas.

4.3 MICROBLOGS

O microblog é mais uma alternativa em mídias sociais, é um serviço simples egratuíto, sendo o Twitter a expressão atual do conceito. Baseia-se emposts curtos erápidos, de no máximo 140 caracteres. O usuário pode se relacionar virtualmente comqualquer um que esteja cadastrado ao sistema. Segundo a revista Mídia Digital23, “quem

faz uma conta pode, a todo momento, informar o que faz e, simultaneamente,acompanhar o que fazem aqueles que lhe interessam.”A praticidade e as diversas possibilidades de uso, seja via celular ou atrelado a

serviços de populares sistemas de mensagem instantânea, zeram com que o Twitter setornasse um poderoso meio de comunicação.

21 SPYER, Juliano.Conectado. O que a internet fez com você e o que você pode fazer com ela. Rio deJaneiro: Zahar, 2007. p. 53.

22 HEWITT, Hugh.Blog. Entenda a revolução que vai mudar o seu mundo. Rio de Janeiro: Thomas NelsonBrasil, 2007. p. 20.

23 TWITTER.Mídia Digital, São Paulo, Maio/Junho 2009, p. 76

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A livrariaon-line Saraiva utilizou-se da ferramenta para efetivar uma recentecampanha viral. Vários prêmios estiveram “escondidos” nas páginas de diferentesprodutos por todo o site da empresa. Dicas foram publicadas no Twitter pelo usuário@saraivaonline24. A primeira pessoa que respondesse ao post 25 com o código do produtoencontrado através das pistas, ganhava o prêmio do dia. A agência idealizadora da ação,iThink, armou que em apenas 3 dias de promoção o usuário da Saraiva no Twitter jáhavia tido um aumento de 4000 seguidores.26

24 O “@” é utilizado para identicar um usuário do Twitter.

25 A palavra em inglês “post” refere-se a uma publicação do usuário.26 <http://www.brainstorm9.com.br/2009/09/11/saraiva-online-faz-achou-ganhou-no-twitter/ >. Acesso em: 08de agosto de 2009.

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WRIGHT, Charles R.Comunicação de Massa . Rio de Janeiro: Edições Bloch, 1973. p.12WRIGHT, Charles R.Comunicação de Massa . Rio de Janeiro: Edições Bloch, 1973. p.15PFROMM NETTO, Samuel.Tecnologia da Educação e Comunicação de Massa , São Paulo: LivrariaPioneira Editora, 1976. p. 124JAFFE, Joseph. O Decínio da Mídia de Massa. Porque os comerciais de TV de 30 segundos estão com osdias contados. São Paulo: M.Books, 2008. p. 9JAFFE, Joseph. O Decínio da Mídia de Massa. Porque os comerciais de TV de 30 segundos estão com osdias contados. São Paulo: M.Books, 2008. p. 9SPYER, Juliano. Conectado. O que a internet fez com você e o que você pode fazer com ela. Rio deJaneiro: Zahar, 2007. p. 27SPYER, Juliano. Conectado. O que a internet fez com você e o que você pode fazer com ela. Rio deJaneiro: Zahar, 2007. p. 28EMPRESAS. Mídia Digital, SãoPaulo, Maio/Junho 2009, p. 12DIZARD JR., Wilson.ANova Mídia. A Comunicação de massa na era da informação. Rio de Janeiro: JorgeZahar Editor, 2000. p. 40.SALZMAN, Marian. MATATHIA, Ira. OʼREILLY, Ann.A Era do Marketing Viral.Como aumentar o poder dainuência e criar demanda. São Paulo: Editora Cultrix, 2003. p. 8.SALZMAN, Marian. MATATHIA, Ira. OʼREILLY, Ann.A Era do Marketing Viral.Como aumentar o poder dainuência e criar demanda. São Paulo: Editora Cultrix, 2003. p. 14.SALZMAN, Marian. MATATHIA, Ira. OʼREILLY, Ann.A Era do Marketing Viral.Como aumentar o poder dainuência e criar demanda. São Paulo: Editora Cultrix, 2003. p. 42.SALZMAN, Marian. MATATHIA, Ira. OʼREILLY, Ann.A Era do Marketing Viral.Como aumentar o poder dainuência e criar demanda. São Paulo: Editora Cultrix, 2003. p. 46.SALZMAN, Marian. MATATHIA, Ira. OʼREILLY, Ann.A Era do Marketing Viral.Como aumentar o poder dainuência e criar demanda. São Paulo: Editora Cultrix, 2003. p. 220.SALZMAN, Marian. MATATHIA, Ira. OʼREILLY, Ann.A Era do Marketing Viral.Como aumentar o poder dainuência e criar demanda. São Paulo: Editora Cultrix, 2003. p. 129.JANTSCH, John.Letʼ s Talk. Social Media for Small Business. Digital Book: Microsoft. p. 4.A expressão Buzz é usada para identicar o boca-a-boca relativo a uma marca. Lembra um zumbido, umruído.RECUERO, Raquel.Redes Sociais na Internet . Porto Alegre: Editora Memorial, 2009. p. 25.GODOY, Javier.Redes Sociales y Comunidades. In: SANAGUSTÍN, Eva. (Coord.). Del 1.0 al 2.0:. Clavespara entender el nuevo marketing. Madrid: Bubok Publishing, 2009. p. 132 < HYPERLINK "http://www.brainstorm9.com.br/2009/06/29/cannes-lions-2009-whopper-sacrice-burger-king-titanium-integrated/ " http://www.brainstorm9.com.br/2009/06/29/cannes-lions-2009-whopper-sacrice-burger-king-titanium-integrated/ >. Acesso em: 20 de setembro de 2009.SPYER, Juliano.Conectado. O que a internet fez com você e o que você pode fazer com ela. Rio deJaneiro: Zahar, 2007. p. 53.HEWITT, Hugh.Blog. Entenda a revolução que vai mudar o seu mundo. Rio de Janeiro: Thomas NelsonBrasil, 2007. p. 20.TWITTER.Mídia Digital, São Paulo, Maio/Junho 2009, p. 76O “@” é utilizado para identicar um usuário do Twitter.A palavra em inglês “post” refere-se a uma publicação do usuário.< HYPERLINK "http://www.brainstorm9.com.br/2009/09/11/saraiva-online-faz-achou-ganhou-no-twitter/ "http://www.brainstorm9.com.br/2009/09/11/saraiva-online-faz-achou-ganhou-no-twitter/ >. Acesso em: 08 de

agosto de 2009.