Artigo Tecnico Resgate Em Altura

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  • 7/31/2019 Artigo Tecnico Resgate Em Altura

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    Rappel e resgate

    Mauricio Vidal de Carvalho

    AVISO IMPORTANTEPara praticar o rappel imprescindvel treinamento

    adequado orientado por profissionais habilitados. O usoincorreto de equipamentos e tcnicas pode acarretaracidentes graves, com srio risco de vida. Este artigo trazapenas informaes bsicas sobre o tema. Em hiptesealguma inicie-se em atividades verticais por sua conta e risco.

    O rappel nada mais do que a tcnica usada para efetuar uma descida vertical com oauxlio de uma corda. Utilizado por escaladores ao final de uma grande escalada, por espelogos, aodescerem em profundas cavernas, por profissionais de resgate, para o salvamento de vtimas eaventureiros que descem viadutos, prdios, pontes, pedreiras, etc...

    O resgatista Augusto Bertora iniciando a descida do vo-central da Ponte Rio-Niteri em situao real de resgate.

    Rappel uma palavra de origem francesa que significa "chamar" ou "recuperar" e foi usada parabatizar a tcnica de descida por cordas, praticada em montanhismo, escalada, canyoning e em outrasatividades fins.

    . A corda "ancorada", ou seja, presa, em algum ponto seguro no topo de onde o rappeleiro iriniciar a descida, o rappeleiro pe a corda em seu freio e comea a descida. O primeiro passo do"rappeleiro" prender uma fita solteira, em seu equipamento e no local onde a corda foi ancorada.Esta vai ser a sua segurana at que ele passe a corda em seu freio e se posicione para comear adescida.

    Tudo pronto, solta-se a solteira da ancoragem e inicia-se a aventura. Existem diferentes freios,portanto, diferentes formas de se controlar a descida. Dependendo de onde se desce, dizemos que adescida negativa ou positiva, ou seja, positiva quando, se tem apoio para os ps, quando se estadescendo por exemplo, um paredo, e conforme vamos descendo, tambm vamos pisando na parede

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    para apoiar os ps, na negativa, descemos no vazio, sem qualquer tipo de apoio, portando s oaventureiro e sua corda.

    O equipamento deve estar sempre em boas condies, devem ser de boa marca e procedncia edevem passar sempre por uma manuteno que simples, podendo ser feita por qualquer pessoa. Asegurana deve estar acima de tudo, inclusive da economia, portanto melhor comprar um bom

    equipamento do que comprar um outro mais barato mas que no se sabe a resistncia, a capacidade eprincipalmente a qualidade.

    EQUIPAMENTOS

    Cabos ou cordas

    A corda o principal no rappel. por ela que se desce e se sobe. Como o mais utilizado, umdos equipamentos que mais sofre desgaste e por isso merece cuidados especiais. Ao amarrar a cordapara comear uma descida, de vital importncia que ela no raspe em nenhum ponto, por isso sousadas protees como mangueiras de incndio, tapetes e ancoragens secundrias contra abraso equinas.

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    Corda esttica:

    Pela definio tcnica americana, uma corda esttica deve ter o coeficiente elstico passivo(carga de 90 kg) de menos de 2% e apresentar um baixo coeficiente de deformao at muito prximoda carga de ruptura.

    A especificao de carga obviamente varia de acordo com o dimetro do material em questo.Para se ter um parmetro comparativo, uma corda de escalada com 11 mm de dimetro possui aelongao passiva da ordem de 7,5% e a deformao mxima prxima da carga da ruptura supera30%.

    Note-se que o parmetro elstico no consegue por si s definir a corda esttica e mesmoaquelas que so virtualmente estticas podem no possuir a aprovao de um rgo oficial, porexemplo a NFPA (National Fire Protection Association - EEUU).

    No Brasil a maioria das pessoas chamam as cordas no dinmicas de estticas. Nsdefendemos a tese de que apenas as cordas com caractersticas definidas tecnicamente comoestticas devem assim ser chamadas. As que no se enquadram nessa categoria devem serchamadas de cordas de baixa elasticidade, principalmente para evitar confuses e o mau uso.

    Cordas estticas so especialmente teis em situaes em que a elasticidade (efeito i-i) perigosa e so recomendadas para todas as situaes em que o risco de impacto inexiste.

    Exemplos de uso: Espeleologia (uso genrico), Rappel, resgate, operaes tticas e seguranaindustrial.

    Pr-Tensionamento: Mesmo as cordas tecnicamente estticas possuem uma pequenaelasticidade. Dependendo do tipo de operao ou comprimento da corda, essa caracterstica pode noser bem vinda. Assim sendo uma prtica relativamente comum pegar uma corda nova e tensionarcom carga de 200 a 300 kg antes do uso. Isso faz com que ela sofra uma esticadela de carterdefinitivo, tornando-a um pouco mais esttica.

    Corda dinmica:

    Pela sua grande capacidade de absorverem os choques, so utilizadas para assegurar aprogresso em escalada, alpinismo etc. O seu alongamento sobre 80 kg anda entre os 8% e os 5,4%,consoante a sua espessura, fabricante etc.

    Corda de impacto:

    Em certas situaes de segurana industrial e mesmo em resgate, existem operaes compossibilidade do sistema sofrer impacto. Na rea industrial comum o emprego de corda esttica emconjunto com lanyards (amortecedor passivo de choque) em operaes que podem envolver carga de

    choque.Os amortecedores de choque no so recomendveis para sistemas tradicionais de resgate como

    iagem e tirolesas, mas podem ser teis para alguns sistemas especficos para minimizar o choque -tanto no pessoal quanto na ancoragem.

    A corda de impacto difere da esttica por possuir o coeficiente elstico mais progressivo podendosofrer elongao superior a 20% prximo carga de ruptura.

    Exemplos de uso: Resgate, operaes tticas e segurana industrial quando existe a possibilidadede impacto.

    Cuidados:

    Cuidadosa e constante reviso das cordas deve ser feita sempre, depois e antes de us-las. Ainspeo deve ser feita com luz suficiente, examinando e apalpando a corda dos dois lados, palmo apalmo. Qualquer defeito encontrado deve ser eliminado, em geral cortando-se o pedao comprometido.Se o defeito no meio da corda, infelizmente de uma corda longa obtm-se apenas duas cordas

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    curtas, mas prefervel sacrificar a corda, do que a segurana que ela fornece. Uma corda muitosofrida, ou j com longo tempo de uso, deve ser retirada de uso e devidamente marcada como tal.Para evitar um rpido desgaste de cordas, com conseqentes despesas de reposio, certas regras deconservao devem ser respeitadas:

    Corda no capacho - no pise em cima. A corda no deve ser arrastado pelo cho. Poeira e

    pequenos cristais de rocha abrem caminho pelas fibras, e aos poucos, internamente, destroem a cordade modo no visvel da superfcie.

    Produtos qumicos: Existem dois grupos de produtos relativamente comuns (principalmente emambientes industriais) que no devem entrar em contato com cordas: cidos e hidrocarbonetos(derivados de petrleo).

    Existem vrios relatos de acidentes por rompimento de corda devido ao enfraquecimento do materialcausados por esses grupos de produtos. E ao mesmo tempo interessante e assustador saber queuma parcela considervel dessas contaminaes ocorreram dentro dos carros. A gua (cido) dasbaterias tem sido um dos viles da histria juntamente com resduos de leo, querosene, gasolina ediesel. Os Hidrocarbonetos ainda so detectveis em maior ou menor grau devido ao cheiro e cor. Masos cidos so extremamente perigosos sendo que muitas vezes a corda se mantm em perfeito estadovisual, mesmo quando consideravelmente degradada.

    Abraso: Causada pelas quinas e arestas rochosas durante uma operao tem sido um problema umavez que normalmente resultam em danos localizados. Muitas vezes a corda est perfeita na suatotalidade exceto num determinado ponto onde acabou abrindo um talho na capa ou coisas assim. Napior das hipteses o dano pode resultar em rompimento da corda durante o uso. A capacidade paraconseguir visualizar os possveis pontos de abraso, evit-los quando possvel e proteg-los quandonecessrio faz parte da habilidade do usurio.

    Choque: As cordas estticas no tm nem de longe o poder de amortecimento de choque das cordasdinmicas. Assim sendo no recomendvel utiliz-la em sistemas de impacto sem a instalao deamortecedores passivos de choque (lanyard). Sem a instalao de lanyards, no caso de choque, no

    apenas o pessoal, mas tambm a ancoragem seria submetida ao impacto.

    Vida til

    Uma corda um instrumento de segurana. Dependendo de sua qualidade, do uso que se d, ede sua conservao, uma corda pode ter uma vida til mais, ou menos longa.

    A vida til de uma corda no pode ser definida pelo tempo de uso. Ela depende de vrios fatorescomo grau de cuidado e manuteno, freqncia do uso, tipo de equipamentos que foram utilizadosem conjunto, velocidade de descida em Rappel, tipo e intensidade da carga, abraso fsica,degradao qumica, exposio a raios ultravioleta, tipo de clima entre outros. H relatos de usuriosque submeteram as cordas PMI a muitos milhares de rapis antes de aposent-las. Mesmo cordasdurveis e resistentes como a PMI esto sujeitas s foras destrutivas. Qualquer corda est sujeita afalha se for mal conservada ou utilizada em condies abusivas ou extremas como ao de arestascortantes ou abrasivas.

    Independentemente do tempo de uso uma corda deve ser posta de lado quando verificada umaao considervel de abraso, sofrer dano localizado na capa, submetida a um severo choque,suspeita de contaminao qumica ou de qualquer outra natureza.

    Alguns termos empregados no manuseio de cabos:

    - Ala: uma volta ou curva em formato de "O" feita com o cabo;

    - Bitola: o dimetro do cabo; pode ser expresso em polegadas ou milmetros;

    - Chicote: So os extremos livres de um cabo;

    - Falcaa: a unio de todos os cordes do chicote de um cabo por meio de um fio com finalidade defazer com que o cabo no se desfaa. Os cabos de fibra sinttica aceitam falcaa queimando-se as

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    extremidades dos chicotes;

    - Seio: a parte central de um cabo.

    Cargas de ruptura das cordas:

    BITOLA CAPACIDADE3 mm 150 Kg4 mm 300 Kg6 mm 600 Kg9 mm 1.500 Kg10 mm 2.400 Kg11 mm 2.700 Kg12 mm 3.200 Kg

    Obs. : Nas cordas nacionais a resistncia cai em aproximadamente 1/3.

    Fitas

    As fitas tubulares so utilizadas nas ancoragens para preservar as cordas da abraso. Elas so

    to ou mais resistentes que as cordas tanto em relao ao peso que agentam quanto em relao resistncia a abraso. So ideais para ancoragens em pedras, rvores, vigas de concreto, enfim, namaioria dos casos uma fita tubular quase indispensvel.

    Caderinhas

    As cadeirinhas so feitas geralmente de fitas planas. o equipamento que o praticante veste,responsvel por sustentar seu peso. Na cadeirinha ficam presos o aparelho de descida, que seracoplado corda, e outros equipamentos que possam ser teis.

    Existem vrios tipos de cadeirinhas. As especficas para verticais so feitas de forma que o centrode gravidade do praticante fique na altura do quadril, para maior facilidade nas manobras, em funodo bom posicionamento.

    Boldrier completo: alm da parte que vai da cintura e nas pernas, composto tambm por fitasque envolvem o tronco do praticante.

    Uma cadeirinha pode ser improvisada com um cabo solteiro, como visto acima direita.

    Molas / mosquetes

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    Em modalidades esportivas, atualmente, os mosquetes mais utilizados so feitos de alumnio dealta qualidade (ligas leves), um material que pesa pouco e resiste a altos nveis de trao. Existemvrios formatos de mosquetes, os mais utilizados so:

    Simtricos: Podem ser encontrados com ou sem trava, possuindo vrias aplicaes.

    Assimtricos: Podem ser encontrados com ou sem travas, possuindo vrias aplicaes.

    Assimtricos com gatilho curvo: So utilizados para clipagens rpidas, sendo ideais paracabos-vida.

    HMS ou Pra: Podem ser encontrados com ou sem travas. So muito utilizados para fecharcadeirinhas, alm de outras aplicaes.

    So fabricados mosquetes de tamanhos variados. Em situaes de segurana, deve-se utilizarmosquetes com resistncia igualou superior a 2.000 Kg. Os menores, de baixa resistncia, soutilizados apenas para prender equipamentos ao praticante e outras finalidades em que no soframaltas traes ou a vida no dependa deles.

    Mosquetes de alumnio ou ao so bastante comuns. Sua construo bastante simples,constituindo-se de um anel com abertura e trava, por onde so presos objetos e cordas. Existem osque tem travas de segurana com molas ou roscas.

    Nos E.U.A., os mosquetes esto sujeitos U.I.A.A. (Union Internacional Association of Alpinists)devendo ter como limites mnimos de resistncia os valores:

    - 1.152 Kgf no eixo principal com trava aberta.

    - 2.190 Kgf no eixo principal com trava fechada.

    - 600 Kgf no eixo menor (tambm para impacto ou choque).

    Os mosquetes devem preferencialmente ter marca de fabricante impresso no eixo maior.

    O formato "D" o mais resistente estruturalmente. A carga mxima sempre calculada sobre oeixo maior. O formato "D" faz com que a carga seja transferida para o eixo oposto da abertura, seuponto mais fraco.

    Dicas de segurana:

    1- Caso necessite utilizar dois ou mais mosquetes em um mesmo ponto de apoio, coloque-osparalelamente com os fechos em roscas invertidos, evitando possveis aberturas num dos lados;

    2- No utilize mais de dois mosquetes em seqncia, num mesmo ponto, pois a ao de atrito poderaplicar fora excessiva nas travas;

    3- mantenha as travas fechadas (rosqueadas quando possvel) para evitar acidentes;

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    4- No aplique carga tridimensional em um mosqueto;

    5- No coloque objetos junto as travas;

    6- Quedas ou impactos podero provocar fraturas capilares (fraturas internas);

    7- No caso de deslize em cabos areos, observar o sentido de fechamento de rosca idntico aosentido do deslize para evitar abertura do fecho;

    8- Condene equipamentos quando apresentarem ferrugem;

    9- Mantenha os equipamentos ligeiramente lubrificados.

    Evite qualquer impacto no material (batidas, quedas e etc.). inspecione seu fecho: haste, pino,eixo, entalhe da trava e alinhamento. Observe a geometria do mosqueto (alongamento / deformao).

    Maillons

    Os maillons so feitos geralmente de ao e possuem uma trava rosquevel. So pouco prticospara abrir e fechar. Sua principal aplicao fechar cadeirinhas e em ancoragens.

    Freio oito

    O aparelho pode ser feito de alumnio de alta qualidade ou de ao. Como o prprio nome indica,possui o formato do nmero oito. o aparelho mais difundido, por ser simples, prtico e barato. Suadesvantagem onerar mais a corda que os outros aparelhos de descida. Pode ser encontrado emvrios modelos que se diferenciam quanto resistncia e velocidade de descida.

    Dressler stop

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    O Stop considerado um dos mais seguros aparelhos de descida por muitos praticantes deverticais. Possui um sistema que trava a corda caso o praticante solte as mos. Tambm chamado deOescendeur Stop.

    Grigri

    O Grigi possui um sistema stop que trava a corda caso o praticante solte as mos de repente. muito utilizado para fazer segurana em escalada.

    Rack

    O Rack considerado o melhor aparelho para descidas longas. Permite ser ajustado para aumentar oudiminuir o atrito em funo de suas barras mveis, no torce a corda, que tambm pode ser utilizadadupla.

    ATC

    Tem a mesma finalidade do oito, apesar de diminuir os danos corda, custa mais que o oito.usado apenas para decidas pequenas, pois sua rea de contato com a corda maior, o que faz comque ele esquente mais rpido.

    Roldanas

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    A roldana um equipamento muito til em vrias situaes, praticamente eliminando o atrito dacorda com outras peas.

    utilizada principalmente na tirolesa, para esticar a corda e para a movimentao na mesma.Outra aplicao para levantar algum peso, onde o uso de duas roldanas diminui sensivelmente afora necessria.

    Aparelhos auto-blocantes

    Os aparelhos so fabricados em alumnio de alta qualidade. Funcionam acoplados corda ondedeslizam somente em um sentido. Quando tracionados, no sentido contrrio, travam. Por serem muitoprticos e seguros, so ideais para tcnicas verticais. Os mais utilizados so o ASCENSION e o

    CROLL.NS

    Os ns so de extrema importncia na prtica de tcnicas verticais. Existe um n especfico paracada finalidade. Tm que ser eficientes e de fcil desmanche.

    Quando existe qualquer interferncia na corda, esta fica com a resistncia reduzida. Os ns, porserem uma interferncia, tiram tambm parte da resistncia da corda. Existem muitos tipos de ns,muitos at com as mesmas aplicaes, e alguns reduzem mais a resistncia da corda do que outros.Assim, pode-se selecionar apenas alguns que atendam melhor s necessidades. Mais vale saber fazerbem feitos e utilizar devidamente uns poucos ns do que conhecer vrios deles sem a certeza de estar

    confeccionando-o e utilizando-o corretamente.

    Alguns tipos de ns

    AZELHA

    utilizado geralmente em sistemas de ancoragens como n amortecedor. Tira aproximadamente50% da resistncia da corda. Quando tracionado acima de 400 Kg, este n corre, podendo chegar,inclusive, a se desfazer .

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    OITO

    utilizado geralmente para ancoragem por ser um n resistente. Tira aproximadamente 40% daresistncia da corda.

    NOVE

    utilizado geralmente para ancoragens que possam sofrer altas traes. Tira apenas 30% daresistncia da corda, aproximadamente. considerado um dos ns mais seguros.

    VOLTA DO FIEL

    utilizado geralmente em ancoragens que vo levar choques. Ele permite que a corda corraquando sofre tenses acima de 400 Kg, amortecendo o choque. N empregado na fixao de cabos aum ponto de amarrao. Esse n pode ser executado pelo seio ou pelo chicote e no esquecer que asua segurana est na confeco do cote ao terminar de execut-lo.

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    N DE FITA

    utilizado geralmente para unir pontas de fitas tubulares para unir pontas de fitas tubulares eplanas de mesma largura. Tira aproximadamente 40% da resistncia da fita.

    PESCADOR DUPLO

    utilizado geralmente para unir cordas do mesmo dimetro e tambm para arremates. Tira

    aproximadamente 40% da resistncia da corda. Por muitos considerado o melhor e mais seguro nde juno.

    PRUSSIK

    utilizado geralmente como blocante em tcnicas de subida. S funciona quando feito comuma corda de dimetro inferior em outra corda de maior dimetro .

    N DE SEGURANA (UIAA)

    utilizado geralmente para fazer segurana de algum ou algo. Em caso de extremanecessidade, pode substituir o aparelho de descida.

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    N D' GUA

    Empregado para unir cabos de mesma bitola. Feito pelas extremidades dos cabos, como seestivesse fazendo um boto (n simples) dentro do outro, observando que suas extremidades ficampara lados opostos.

    LAIS DE GUIA DUPLO OU DE AT TRS ALAS

    Usado para retirada de vtimas inconscientes, praticamente deitadas. O n confeccionado com ocabo duplo, comeando por uma braada e meia e executando com o cabo dobrado, o lais de guiaformando trs alas, sendo que a ltima ala formada tenha aproximadamente 15 (quinze) centmetrosa mais que as outras alas. Essa ala maior a que envolve a regio torcica da vtima, as duasmenores envolvem os membros inferiores (uma ala em cada membro) na altura das dobras(articulao) dos joelhos.

    ANCORAGENS

    So os pontos onde a corda fixada. Devem ser feitas em locais apropriados que suportem astraes que o sistema possa sofrer. Cada corda deve ter duas ancoragens, uma principal e outrareserva, para maior segurana. A ancoragem principal deve ser exclusiva para cada corda; j a reservapode ser compartilhada.

    Para uma ancoragem segura e confivel, o praticante deve dispor e saber como melhor utilizar

    alguns equipamentos, tais como as fitas tubulares, entaladores, pitons, plaquetas, grampos deexpanso, etc.

    A ancoragem principal e reserva devem estar sempre alinhadas e com o mnimo de folga entre sipara evitar abrases e traes excessivas na corda, caso haja uma eventual falha da ancoragemprincipal. Um n amortecedor deve ser feito entre as ancoragens se a folga for inevitvel.

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    As ancoragens podem ser em "Y". So mais seguras por distribuir o peso em dois pontos. Aancoragem principal feita em "Y" pode facilitar tanto a sada para uma descida como a chegada deuma subida. O ngulo de uma ancoragem em "Y" deve ser de aproximadamente 90 graus, e nuncasuperior a 120 graus, pois atrao que os pontos de ancoragem vo sofrer ser maior que a traosofrida pela prpria corda.

    TCNICA DE DESCIDA

    A tcnica de descida por corda conhecida como rappel. O praticante deve se aproximar do localda sada com total segurana, sempre preso ao cabo-vida e procurar o melhor posicionamentopossvel. Os ps afastados garantem uma melhor base. Com calma e sem precipitaes o praticantedeve escolher qual a melhor forma de sada conforme o local. 0 sistema deve estar sem folga entre oaparelho de descida e a ancoragem principal. Quando pronto para comear o rappel, aps tudoconferido, solta-se a segurana do cabo-vida e inicia-se a descida. A mo que controla a descida nopode jamais soltar acorda, a no ser que o equipamento esteja devidamente travado. As pernas soutilizadas para se afastar e caminhar na parede. A mo que ficar livre deve estar pronta paraeventualidades. Nas partes negativas do trajeto, s continuar a descida apenas sentado nacadeirinha. Para maior controle, segura-se a corda atrs das ndegas, criando um atrito extra nocorpo. A velocidade varia conforme o trecho que se transpe, mas considera-se o ideal

    aproximadamente 2 metros por segundo.

    TCNICA DE SUBIDA

    A tcnica de subida por corda to importante quanto a de descida. Existem locais onde opraticante de verticais s tem a corda para retornar ao ponto de onde partiu.

    Para executar uma subida utiliza-se os cabos para blocantes com ns blocantes ou aparelhosauto-blocantes. No caso de utilizao de ns, estes devem ser feitos nos cabos para blocantes, emtorno da corda, de forma que, quando tracionados, travam e quando no tracionados folgam comfacilidade para serem deslocados na corda no sentido desejado. Os procedimentos so os seguintes:

    1. Ergue-se o n blocante da cadeirinha at onde a mo alcanar na corda;

    2. Sentado, com a(s) perna(s) flexionada(s), ergue-se n blocante do estribo at onde a mo alcanarna corda;

    3. Sobe-se no estribo ficando de p, destensionando assim o cabo da cadeirinha, permitindo afrouxar on blocante;

    4. Novamente ergue-se o n blocante do cabo da cadeirinha at onde a mo alcanar e assim pordiante. Esses movimentos so repetidos at o praticante alcanar o local desejado.

    importante ressaltar que o tamanho do cabo da cadeirinha deve ser suficiente para se erguer o

    n blocante at onde a mo alcanar na corda e que o tamanho do estribo deve ser suficiente para seerguer o blocante com a(s) perna(s) flexionada(s), at onde a mo alcanar na corda. Assim h maioraproveitamento dos movimentos. O cabo para blocantes da cadeirinha fica preso na corda acima docabo de estribo.

    A subida, quando se utiliza aparelhos auto-blocantes bem mais simples e confortvel do que asubida com ns. Nesse caso, em vez de utilizar o cabo da cadeirinha. Um auto-blocante fica preso cadeirinha ou ao boudrier completo e outro auto-blocante fica preso ao cabo estribo. Os procedimentosso os seguintes:

    1. Senta-se na cadeirinha e ergue-se o auto-blocante do cabo estribo at onde a mo alcanar nacorda, flexionando a(s) perna(s) ao mximo;

    2. Sobe-se no estribo ficando de p. O auto-blocante da cadeirinha deslizar pela corda subindo juntocom o corpo;

    3. Senta-se novamente e ergue-se o auto-blocante do cabo estribo at onde a mo alcanar na corda

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    e, assim por diante, estes movimentos so repetidos at se alcanar o local desejado.

    TCNICA DE INVERSO DE SISTEMA DE DESCIDA PARA SUBIDA

    necessrio o conhecimento dessa tcnica para quando houver necessidade de subir, antes quese chegue a uma base. Quando o praticante vai jogar uma corda em algum local onde no se possa

    ter certeza se ela alcanar ou no o ponto desejado, deve ser feito um n formando uma ala naextremidade a ser lanada. Isso garantir que o fim da corda ser percebido antes que chegue aoaparelho de descida. Caso haja necessidade de retornar por no poder conseguir, os procedimentospara uma eventual inverso de sistema de descida para subida so os seguintes:

    1. Trave o aparelho de descida;

    2. Coloque os cabos para blocante acima do aparelho de descida ;

    3. Prenda o cabo-vida (de longe) na ala menor do cabo estribo;

    4. Suba um pouco para folgar o sistema;

    Na subida:

    A transposio de ns na subida mais fcil. Basta fazer a segurana com o cabo-vida e passaros blocantes um a um para cima a ser transposto. Depois solta-se o cabo-vida e retoma-se a subida.

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