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o 40 ZEN ENERGY Novembro 2012 Em busca da causa primeira E se lhe dissessem que há uma causa remota para qualquer doença, desequilíbrio, desconforto ou mesmo acidente? Uma causa primeira, até mais além do que é já visto e compreendido como psicossomático. E mais ainda, se soubesse que, na maioria dos casos, a anulação da causa é a única forma de cura definitiva? A metafísica da saúde desvenda essas causas, numa abordagem holística que integra todas as dimensões do ser, desde a física, emocional, mental e da consciência. Descubra as causas que habitam em si e liberte-se dos seus efeitos! Metafísica da saúde que nos bate à porta um dia, trazida pela pouca sorte, por negligências ou por uma pe- sada hereditariedade. Com efeito, estes últimos são fac- tores que constituem causas reais, contudo há causas mais remotas que desvendadas e trabalhadas anularão a neces- sidade de repetição dos seus abordagem holística t princípio da causali- dade subjacente à metafísica da saúde fundamenta-se na noção de conectividade em rede sustentada pelo para- digma holístico, em oposi- ção à crença fundamental de que tudo é separado de tudo. Considerando cada ser como parte de um todo, tudo o que possa acontecer com esse ser terá de ser avaliado à luz dessa premissa. Desta feita, nada pode ser excluído, tudo deve ser integrado: um efeito no nível físico terá sua causa nesse mesmo nível, mas também no nível emocional, mental e, por fim, no nível da consciência, ou seja, no nível kármico. O papel do terapeuta está na descodificação e tratamento das causas, sendo a meta- física da saúde uma ferra- menta fundamental para esse fim. Encarar uma doença Uma doença é sempre en- carada como algo negativo MÓNICA GUIMARÃES *

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o40 ZEN ENERGY Novembro 2012

Em busca da causa primeira

E se lhe dissessem que há uma causa remota para qualquer doença, desequilíbrio, desconforto ou mesmo acidente? Uma causa primeira, até mais além do que é já visto e compreendido como psicossomático. E mais ainda, se soubesse que, na maioria dos casos, a anulação da causa é a única forma de cura definitiva? A metafísica da saúde desvenda essas causas, numa abordagem holística que integra todas as dimensões do ser, desde a física, emocional, mental e da consciência. Descubra as causas que habitam em si e liberte-se dos seus efeitos!

Metafísica da saúde

que nos bate à porta um dia, trazida pela pouca sorte, por negligências ou por uma pe-sada hereditariedade. Com efeito, estes últimos são fac-tores que constituem causas reais, contudo há causas mais remotas que desvendadas e trabalhadas anularão a neces-sidade de repetição dos seus

abordagem holísticat

princípio da causali-dade subjacente à metafísica da saúde fundamenta-se na noção de conectividade em rede sustentada pelo para-digma holístico, em oposi-ção à crença fundamental de que tudo é separado de tudo. Considerando cada ser como parte de um todo, tudo o que

possa acontecer com esse ser terá de ser avaliado à luz dessa premissa. Desta feita, nada pode ser excluído, tudo deve ser integrado: um efeito no nível físico terá sua causa nesse mesmo nível, mas também no nível emocional, mental e, por fim, no nível da consciência, ou seja, no nível kármico. O

papel do terapeuta está na descodificação e tratamento das causas, sendo a meta-física da saúde uma ferra-menta fundamental para esse fim.

Encarar uma doençaUma doença é sempre en-

carada como algo negativo

Mónica GuiMarães *

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efeitos. Pois esta é, na verdade, a única razão da existência dos efeitos negativos nas nossas existências: revelar-nos de-sequilíbrios que pedem para serem tratados. Por exemplo, quando uma dor de cabeça chega, como efeito que é, pode ser tratada com um analgésico que irá, certamente, eliminá-la, contudo a causa terá perma-necido oculta, logo haverá necessidade adiante de repetir o efeito, dor de cabeça, para novamente chamar a atenção sobre a necessidade de tratar a causa. Desde uma simples dor de cabeça, passando por um despedimento do emprego, um furo no pneu do carro, uma multa, uma constipação, problemas nos relacionamentos, deficiên-cias de todo tipo, doenças ou acidentes mais sérios e graves podem ser vistos pela perspectiva da vítima ou pela óptica metafísica de

quem procura a informação que subjaz a ocorrência. Pensar como vítima é o mesmo que considerar que nada pode fa-zer, senão submeter-se a uma fatalidade que o ultrapassa, ou, por outro lado, pode acreditar que a natureza é sábia, por-tanto para todo o efeito have-rá sempre uma causa, e que podemos, com consciência, responsabilidade e coragem aventurarmo-nos na descober-ta dos mistérios encerrados no vasto Universo do nosso Ser. Assim, uma gordura localiza-da é vista como resultado de impulsos contidos e anseios camuflados; um torcicolo, como inflexibilidade; sinu-site, como profunda irritação com alguém próximo; tosse, como repressão de impulsos agressivos; mau hálito, como desejo inconsciente de afastar os outros; obstipação, como apego e recusa na exterioriza-ção dos sentimentos; proble-mas renais, como dificuldades nos relacionamentos e assim por diante… Experimente desafiar a ideia de fatalidade ou injustiça e procure a cons-ciência das verdadeiras causas. Ouse ir mais além do que lhe foi ensinado. Observe o seu corpo, sabendo que ele é o reflexo do seu mundo interior; o seu ambiente, o que cria; as

Sorte ou azar? Acredita que o que lhe acontece na vida depende da sorte ou do azar? Que tudo não passa de casualidades aleatórias? Acredita que a sua vontade nada tem a ver com isso? É verdade que, de um modo geral, o ser humano foi ensinado a crer na fatalidade, no acaso e na negligência, perdendo uma sabedoria de integração que ligava toda e qualquer ocorrência a uma causa maior. Esta postura remeteu-o necessariamente para o cómodo, mas desconfortável papel de vítima das circunstâncias, excluindo qualquer possibilidade de encarar a realidade de outra forma e de assumir verdadeiramente o comando da sua existência. Impediu-o de assumir a derradeira responsabilidade de olhar bem fundo para dentro de si mesmo, avaliar o seu estado de consciência e encontrar os medos que tenta camuflar e transpiram, através do seu corpo que não suporta mais abafá-los. Encontrar a causa para explicar algo, como uma doença, uma fatalidade ou um acidente não é uma tarefa fácil. Compreender o que está por detrás de um acontecimento negativo e, por vezes, extremamente doloroso exige uma grande capacidade de aceitação, em primeiro lugar, mas de sentido de responsabilidade ainda maior, por outra, excluindo definitivamente qualquer tendência à vitimização ou culpabilização de pessoas, circunstâncias ou outros agentes externos, que tendem a serem usados para evitar a verdade, por vezes tão difícil de compreender, de que ‘somos a causa de tudo’. Além disso, esta postura perante os factos exige também uma forte predisposição a aceitar o novo e abandonar velhos conceitos enraizados na humanidade.

suas relações, uma extensão de si. Tudo à sua volta revela-lhe o que efectivamente é.

Abrace o que lhe agra-

da e assuma a responsabi-lidade da mudança daquilo que não é mais harmonioso para si. Assuma-se como cen-

tro da sua vida e criador da sua realidade! O princípio da causali-

dade envolve todos os aspec-tos da existência humana, mas a metafísica da saúde direcciona-se essencialmen-te para a análise das doenças, estabelecendo as seguintes relações entre os sistemas do corpo humano e as áreas da

vida, onde residem as causas metafísicas da doença:

Sistemas: Respiratório: re-lação com as ideias.

•Digestivo: relação com os factos. •Circulatório: fluxo do ser pela vida. •Urinário: parceria e rela-cionamento. •Endócrino: laboratório da alma. •Muscular: capacidade realizadora. •Nervoso: interacção.

(*) Terapeuta e formadorawww.terapiasholisticas.com.sapo.ptwww.ariadne.pt

Pensar como vítima é o mesmo que considerar que nada pode fazer

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