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1 ARTIGOS DIVERSOS SOBRE MEDIUNIDADE Material do livro não editado de Dalton Campos Roque Pérolas Conscienciais – www.consciencial.org Índice 1. Mediunidade, Meu Fardo, Minha Bênção ............................................................................................ 2 2. Aparelho, modesto aparelho................................................................................................................. 5 3. Psicografia Intuitiva ............................................................................................................................. 6 4. Comunicação Espiritual ....................................................................................................................... 7 5. O Médium e o Médio ........................................................................................................................... 9 7. À Disposição ..................................................................................................................................... 12 8. Culto à Humildade ............................................................................................................................. 13 9. O Médium ......................................................................................................................................... 14 10. Experiências Mediúnicas que a Projeção não te propicia x Experiências Projetivas que a Mediunidade não te propicia. ...................................................................................................................................... 16 11. Médium Confiável ........................................................................................................................... 18 12. Bate Papo Mediunidade e Projetabilidade ........................................................................................ 19 13. Intelectualidade x Discernimento Consciencial ................................................................................ 23

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ARTIGOS DIVERSOS SOBRE MEDIUNIDADE

Material do livro não editado de Dalton Campos Roque Pérolas Conscienciais – www.consciencial.org

Índice 1. Mediunidade, Meu Fardo, Minha Bênção ............................................................................................2

2. Aparelho, modesto aparelho.................................................................................................................5

3. Psicografia Intuitiva.............................................................................................................................6

4. Comunicação Espiritual .......................................................................................................................7

5. O Médium e o Médio...........................................................................................................................9

7. À Disposição .....................................................................................................................................12

8. Culto à Humildade.............................................................................................................................13

9. O Médium .........................................................................................................................................14

10. Experiências Mediúnicas que a Projeção não te propicia x Experiências Projetivas que a Mediunidade

não te propicia. ......................................................................................................................................16

11. Médium Confiável ...........................................................................................................................18

12. Bate Papo Mediunidade e Projetabilidade ........................................................................................19

13. Intelectualidade x Discernimento Consciencial ................................................................................23

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2 1. Mediunidade, Meu Fardo, Minha Bênção Dalton C. Roque – www.consciencial.org “Morri”, renasci... No plano espiritual, renasci e, bem-acolhido, descobri tantas e quantas coisas maravilhosas! O amor, a paz e o trabalho construtivo em prol da vida como um todo. “O amor é cósmico!”, percebi. Recuperei-me com o tempo e recebi muito acalento. Empolguei-me com as obras, conheci o amor e me apaixonei por Deus. Pense numa criança de frente a uma vitrine cheia de doces e balas coloridas: “Paiê, eu quero!” Foi o que eu falei a mim mesmo diante dos trabalhos espirituais que poderiam ser desenvolvidos. Não se escolhe qualquer coisa e nem se pode fazer qualquer coisa. Cada um tem um mérito, um karma e um potencial. Ponderando-se todos os atenuantes e agravantes, nossos arrependimentos e a vontade sincera de melhorar, poderão se definir trabalho específico, projeto para a reencarnação seguinte. “Bem, em alguma vida já havia tido um quê de escritor, que tal tentar de novo agora? Mas agora, para o bem!” Fascinado pela Matemática e pela Física de Deus, pelo karma, pela poesia e pelos princípios espirituais mais elevados, que minha modesta mente e coração poderiam conceber naquele momento, eu escolhi e assumi um trabalho. Mas nem tudo são flores. Eram grandes os medos e as preocupações. Os erros e vícios antigos, fardos do passado ainda pesavam em meus ombros e uma preocupação até justificável de saber que poderia errar de novo, esquecer minhas tarefas e me acovardar diante de novas dificuldades desafiadoras. Pois é! Não há fuga, não existem atalhos, ninguém foge do karma e muito menos da evolução. Os dois (karma e evolução) são a mesma coisa. O que eu poderia fazer era calcular bem as possibilidades de erro e acerto, dentro de meus talentos e fraquezas, e criar o Plano A, o Plano B e o Plano C, com várias possibilidades de readequação e reaproveitamento no meio do caminho. Sabemos (alguns de nós) que as possibilidades de desvios nas tarefas espirituais são da ordem de 70%, quantia muito alta, e que os 30% restantes também não representam rendimento pleno. Muitos dos que se dispõem a serviços mediúnicos, quando realizam 10% de suas tarefas, já se dão por satisfeitos. Pois, muito bem, enfrentei a “fera”, fui estudar e trabalhar para aprender tudo que precisava para realizar bem minhas tarefas. Fiz inúmeros amigos. Alguns desses assumiram comigo este trabalho. Tenho uma vaga recordação de um diálogo no plano espiritual (antes de reencarnar neste corpo) com alguém de meu grupo evolutivo ou, se preferir, grupo espiritual de trabalho afim. Conversando comigo, ele me parecia jovem e de cabelos curtos e negros. Pôs a mão em meu ombro esquerdo. Percebendo meus medos falou: “Eu confio em você!” Essa lembrança é uma dádiva, uma bênção que me leva às lágrimas sempre que a recordo. Assim uma modesta tarefa mediúnica que se chama psicografia intuitiva (na realidade esta expressão tem sido aperfeiçoada para psicografia inspirada). Esse possível mestre ou orientador evolutivo (ou, ainda, o nome que preferir) e toda sua equipe de supervisores, gerentes e colaboradores não trabalha com médiuns mecânicos. A sistemática é dura e exige bastante de nós. O candidato à tarefa tem de estudar e conhecer bem todos os assuntos a que se propõe a divulgar na intrafisicalidade. Deve treinar muito a veiculação de idéias em nível de corpo mental (mentalsoma), enquanto traça e vivencia paralelos emocionais correspondentes a essas idéias, para que fiquem mais fortes, nítidas, identificáveis no ato da “transfusão mediúnica”. Por outro lado, esses espíritos amigos fazem do médium laboratório consciencial vivo, com diversas finalidades evolutivas didáticas. Nele é “enxertado” idéias contraditórias, vários pontos de vista a respeito de um mesmo conceito e ele “tem que se virar” para chegar a uma conclusão e escrever. Com

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3 vistas a elaborar uma síntese conclusiva, é “minado” com idéias paradoxais, vários pontos de vista contraditórios, mas todos corretos cosmoética e conceitualmente. Quando digno, é exemplo vivo para espíritos desencarnados candidatos a médiuns. Desenvolve seu discernimento a partir do corpo mental. Fomenta sensibilidade sadia via corpo emocional (psicossoma). Produz trabalhos de equipe. Escreve, fala, erra, corrige-se, recicla-se, fica com dúvidas, “quebra a cara” e “bate cabeça”. Conseqüentemente, empenha-se no dharma (missão de vida) e evolui. Quando se volta para cá, “para baixo”, não é tão fácil assim. Muitos médiuns bons e talentosos se transformam em médiuns das trevas. Somos canais abertos aos amparadores, assim como aos assediadores (ou obsessores, se preferir). Muito é exigido daquele que se dispõe a ser médium. Somos radares, antenas parabólicas de idéias. Os amparadores nos jogam as idéias em blocos. Podem ser blocos grandes ou pequenos. Os grandes exigem alta rapidez no escrever. São idéias mais técnicas e menos emocionais. Já os blocos pequenos transmitem idéias menos técnicas e mais emocionais e poéticas. O médium vivencia todas as emoções, enquanto as escreve. Quando “incorpora” a idéia, “incorpora” os respectivos sentimentos inerentes a ela, “incorpora” imagens, sons, olfatos e o que existir para complementá-la e a reforçar. Quanto mais experiências intra e extrafísicas afins às idéias veiculadas, melhor (transdisciplinaridade multidimensional). Nos casos de erros e desvios do médium na mesma vida em relação à qual se propôs ao trabalho mediúnico, esses erros podem e devem ser utilizados como experiência pessoal e veiculados ao público, a fim de evitar que as “multidões” de espiritualistas incorram no mesmo erro. Deus é tão bom quanto didático, pois que utiliza o próprio mal para o bem, o erro para o acerto. Desta forma, os desvios na programação existencial (reencarnatória ou cármica, se preferir) podem ser compensados, se o médium for corajoso e despojado, a ponto de expor “de peito aberto” essas vivências pessoais – proposta desta obra. Às vezes, encostamos para relaxar e não desejamos pensar em nada e se desligar um pouco de tudo. Mas coitado do médium: vem um turbilhão de idéias muitas vezes descontrolada na mente (não ocorre com todos), um fluxo de imagens incontidas que as pessoas não podem imaginar. Se existisse um botão de “liga” e “desliga”, seria ótimo. O médium mentalista está sempre ligado de dia e de noite, dentro e fora do corpo. Não sei se é impressão minha, mas mesmo quando temos uma projeção menos lúcida (viagem astral ou viagem fora do corpo físico), ainda dá para trazer as impressões das vivências extrafísicas, devido à intuição mediúnica aberta e às rememorações patrocinadas através do amparador que as vivenciou com você, em face da sua facilidade de contato e comunicação com o mesmo. Neste aspecto o chacra coronário aberto facilita muito as rememorações. É claro que em absolutamente todas as pessoas qualquer evento é sempre registrado em sua memória consciencial (memória integral, espiritual, holomemória ou registro memorial individual). Porém, esse tipo de médium acessa tal memória com um pouquinho mais de facilidade. Um detalhe é importante lembrar, o médium não deve estar intoxicado com energias deletérias, sob pena de não acessar nada sadio, assim como aconteceria com qualquer pessoa. É demasiado exigida a conduta cosmoética do trabalhador espiritual sério. Quaisquer coisas, lugares, eventos, grupos, pensamentos, sentimentos e energias negativas devem ser evitadas.

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4 A comida, a bebida, o local de trabalho, a moradia, a música, as companhias (intra e extrafísicas), as demais características da sua rotina de reencarnado bem assim a forma como lida com elas, devem ser as mais refinadas, sutis, sadias e positivas possíveis, dentro das possibilidades financeiras e intelectuais do agente, considerando as condicionantes do karma e do projeto reencarnatório. Trabalho ingrato este! Se você escreve e assina o nome de algum espírito conhecido, dizem que é mentira e que é o ego. Se você assina seu nome, dizem que está copiando o estilo de escrever daquele espírito. Ainda não se aceita que um grande espírito ou mestre possa se manifestar em médium modesto e desconhecido, igual a mim ou ao “Sô Zé” da esquina. Maiores serão os grandes de coração. E mais: nós somos imperfeitos, cheios de erros e problemas naturais. Claro, podemos dar desvirtuada anímica na mensagem daquele amparador bacana, mas eu lhe pergunto: O que podemos fazer? Cruzar os braços e não fazer nada? Não existe médium sem animismo! E eu me valho muito da pangrafia que é uma mistura de trabalhos conscientes anímicos e trabalhos lúcidos mediúnicos. Nos dispomos a vir, a trabalhar pelo amor, pela paz e pela espiritualidade. Trazemos os nossos defeitos juntos. Não dá para separar! Você, que nos critica, faça melhor! Por que você não veio como médium, então? Pior que o leigo falando do médium, é um médium falando do outro ou o “porco falando do toucinho”. Embora nossos escritos sejam baseados em experiências pessoais, correspondendo a fatos que as pessoas podem não acreditar, estas não têm o direito de negá-los. Não existe padrão em nada, nem em ninguém, muito menos em médium. Cada um traz características, talentos e defeitos personalíssimos. Mais um motivo para não nos criticar. Vamos dar as mãos, respeitar erros e defeitos. As virtudes e talentos não necessitam ser perdoadas. Ser médium não é tão fácil por natureza. Ajudemo-nos uns aos outros. Para atrapalhar já temos nossos “amigos”, os assediadores.

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5 2. Aparelho, modesto aparelho Dalton C. Roque – www.consciencial.org Tenho boas idéias, fluem bons sentimentos. A caneta flui no papel com ímpetos de emoção. Invadem-me em rompantes cenas celestiais. Cores fulgurantes, energias brilhantes e a mão escreve... Sinto uma gostosa e amiga presença espiritual. Os banhos de energia são incontáveis Os arrepios são inúmeros Os bocejos e as lágrimas também. Rolam emoções indescritíveis e sentimentos elevados. Sei que ainda não consigo manter o fluxo de pensamentos oriundo de meu amigo espiritual elevado. O aparelho trabalha fluente e a caneta faísca o papel, mas as idéias ainda se deturpam. Os sentimentos elevados não são controlados, vão e vêm, Mas a vontade é infinita e a modéstia procura discernir. “O quanto eu escrevo? O quanto eu deturpo? “Por que não sei quem é que escreve? Por que não sei seu nome?” “Mas sei que não sou eu! Antes tinha dúvidas, mas agora tenho certeza. Obrigado meus amigos espirituais, sei que vocês não são anjos de asas, pois são muito mais que isso: são trabalhadores do céu.” Sua modéstia é verdadeira e não fazem questão de aparecer. Aí vem o aparelho, modesto aparelho, termina o trabalho. Escreve montes e não sabe quem de fato escreveu. Alguém tem de assinar o trabalho e ele não pode assumir o que não é seu. Fica entre o fogo e a frigideira. Se assinar, pode ser o ego da vaidade predominando e se apropriando das idéias alheias. Se disser que não é seu, pode ser o ego da vaidade dizendo que recebe idéias de espíritos celestiais. Aparelho, modesto aparelho!

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6 3. Psicografia Intuitiva Dalton C. Roque – www.consciencial.org Em relação aos médiuns de psicometria que têm de escrever rápido e, para tanto, têm de pensar rápido, a fim de não perderem o fio da meada da idéia, acabam tendo em sua rotina pequenos transtornos na escrita. Acabam trocando letras e sílabas, sempre antes escrevendo as seguintes e depois as que deveriam estar antes. Assim fazem de forma automática, reação aos pensamentos rápidos que precisam captar e registrar. Prejudicam a ortografia em face da prática da escrita veloz, ante a pressão pensênica1 da idéia que o “embriaga” energeticamente, tornando-o instrumento impetuoso que deseja realizar bem seu trabalho espiritual e produzir ao máximo. Pequenos transtornos da escrita mediúnica: O hábito de pensar rápido ao escrever é diferente de escrever rápido, pensando rápido; O hábito de adiantar sílabas e letras devido à velocidade dos pensamentos, ou seja, a escrita não acompanha os pensamentos; O hábito de trocar consoantes “simétricas” devido a hábitos projetivos e mediúnicos, que chamaremos rebatimento consciencial2. Exemplos: “R” por “L” e “P” por “B”. Uma espécie de dislexia mediúnica. As vivências comuns na dimensão extrafísica durante o sono e a interação mediúnica com os espíritos desencarnados que veiculam as idéias, trazem o problema do rebatimento consciencial e acabam por causar um rebatimento na escrita, distorcendo-a, resultando, inclusive, na troca de consoantes simétricas.

1 Pensene: Pensamento + sentimento + energias conscienciais. 2 Eis aí questão a ser pesquisada pelos interessados.

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7 4. Comunicação Espiritual Dalton C. Roque – www.consciencial.org Vivenciamos sensação relativa de comunicação com a extrafisicalidade, manifestada em intervalo dimensional de tempo e espaço. Essas camadas dimensionais ou dimensões conscienciais são planos sobrepostos interativos que contêm enorme quantidade de vida. A vida vai muito além da simplista dimensão física. O ponto de vista físico serve apenas para os olhos e o respectivo corpo físico. A imersão naquelas camadas dimensionais é gradativa, em função da sutilização consciencial ou evolução do ego para o sentido do não-ego. A sutilização consciencial gera depuração energética ou bioenergética (como queira) nos veículos de manifestação da consciência, sejam eles quais forem e nas respectivas dimensões que habitarem. Não mistifiquem esses processos, que já são por si só altamente complexos às mentes cotidianas, de difícil exposição linear e temporal a qualquer cérebro físico. Ao se migrar de uma dimensão para outra, modifica-se o ponto de vista consciencial, a ótica bioenergética e o contexto do espaço-tempo, que, por sua vez, não acaba de repente: vai gradualmente se diluindo “para cima”, isto é, “subindo-se” cada vez mais uma dimensão ou N=N+1. “Subir” significa habitar-permear-interagir com a dimensão em questão. A evolução natural de todos os seres, sejam eles conscientes, sejam inconscientes, ocorre nesse idêntico sentido. O ser humano procura a unidade, o eu e o ego, mas a evolução tende para o zero, ou seja, para o cosmos ou universo. O problema mais difícil é trazer as idéias de “cima” para “baixo”. Em outras palavras, o desafio radica em conseguir decodificar os pensamentos para se manifestarem em dimensão mais densa, de natureza espaço-temporal, linear e seqüencial. Essas idéias e pensamentos transcendem o tempo e o espaço e têm de ser traduzidas em expressão ou linguagem altamente limitada e tridimensional. É preciso criar um rebatimento, uma espécie de espelhamento, um reflexo para trazer as idéias para “cá embaixo3”. Muitos médiuns de psicometria intuitiva e projetores astrais sofrem em demasia tais processos. Às vezes, a idéia se perde totalmente por um tênue “fio de energia”. É como se a idéia ainda estivesse ali e houvesse perdido o contato. Ou como se houvesse luz e por um momento ocorresse a escuridão total. Mesmo se eficiente o “rebaixamento” de idéia evoluída, sendo ela oriunda de camada dimensional maior, o processo de sua manifestação redunda em resultado quase desastroso. Utilizamos pessoas (projetores e médiuns) com boas habilidades (chamaremo-la neurolinguística consciencial), que saibam “pensar bem” e, por conseqüência, engendrar eficaz processo de comunicação verbal, escrita e bioenergética, a fim de nos comunicarmos com o lado material da vida, ou seja, vocês/nós (intrafisicalidade). A idéias passam a parecer contraditórias, paradoxais em vários sentidos. As imagens se deformam em padrões de cores, perspectivas e padrões de energias e a escrita, então, é a vítima mais fatal de interpretações limitadas de leitores curiosos e impressionados. As boas comunicações dos espíritos emissores são uma conjugação de energias de várias freqüências ou padrões bioenergéticos, carregando várias camadas intelectuais (corpo mental) e várias camadas de sentimentos (corpos mental e emocional) muito bem ponderados entre si, almejando-se causarem o efeito

3 É este processo que cria as dislexias mediúnicas e a troca de consoantes simétricas.

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8 ideal, levando-se em conta as previstas distorções naturais dos processos, em decorrência da dimensão densa, que vão manifestar mais a influência do médium de perfil já conhecido. Daí a importância da disciplina emocional e física, total, geral de espiritualistas que desejam se doar humildemente à Luz, à Vida e à Espiritualidade, a fim de evoluirmos em conjunto. Poderíamos, grosso modo, recorrer ao exemplo do espelho que rebate a imagem real, gerando a imagem virtual, Porém, o espelho está escuro, trincado, desbotado e ondulado. Por isso, propicia vaga idéia nublada do objeto original. É interessante e curioso observar os médiuns tentando decodificar as idéias, seu processo físico-químico cerebral e sua manifestação verbal. O médium pára e sente toda a idéia, completa, perfeita e em bloco, mas na hora de falar ou escrever, é como se fosse uma bolha de fumaça que se dispersa. Assim, pedimos a todos os médiuns e projetores astrais que se habilitem, não às regras severas yogues ou a qualquer autoflagelação, a fim de não violentarem suas limitações fisiológicas e existenciais, mas à adequação sadia da espiritualidade no seu dia-a-dia. O resto é conseqüência. Os demais são: comam boa comida, ouçam boa música, freqüentem bons ambientes, andem com boas companhias, vistam boas roupas, cultivem bons sentimentos e pensamentos, leiam e estudem bastante, pensando em seus amparadores e alimentando o sonho diário de realizar ardentemente o que desejam, contanto que desejem praticar o bem. Acreditem em vocês, vivam bem e amem a vida! Paz e Luz Autor espiritual Ramatís, por Dalton - Para o Grupo Voadores da Internet, mensagem de Ramatís, via Dalton Campos Roque, em Curitiba, PR, 2 de fevereiro de 2002. OBS.: quando postei esta mensagem na lista Voadores da Internet não assinei Ramatís, coloquei como se fosse minha, só agora estou revelando este fato.

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9 5. O Médium e o Médio Dalton C. Roque – www.consciencial.org Ele não participa de nada, Não está em nenhuma religião, Não participa de grupos de estudo, Nem lê muitos livros, Tem projeções assistenciais e não se lembra, Não freqüenta cursos ou rodas espiritualistas. Às vezes vai ao cinema, Às vezes compra pão, Com certeza, no fim do mês, paga seu aluguel. Sorri com alegria, sempre diz “bom dia!”. Não freqüenta a Umbanda, nem a Mesa Branca. Pouco lê e nada escreve. Beija a esposa e ama os filhos. Bom funcionário. com apreço do patrão, Não faz força, já é simpatia, Sabe contar piadas e não liga para futebol. Doa uma esmola ao mendigo idoso e doente, Toda semana é voluntário numa instituição, mas não conta a ninguém. Consciência tranqüila, contas pagas, vivência digna. Na fila do banco até coloca “panos quentes” nos mais irritados, No mercado, cede a vez à senhora idosa, No trânsito, dirige com calma e deixa passar. Não admite o aborto, Não é preconceituoso, Nunca tem pressa, Sempre solícito às informações dos estranhos na rua. Este é o médio melhor que o médium. Este é o verdadeiro espiritualista espiritualizado, prático, verdadeiro e concreto.

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10 6. Humilde Médium Dalton C. Roque – www.consciencial.org Quero fazer o mais correto; A fim de me redimir; Mais divino, bondoso e reto; Independente de onde ir. Do mal que ontem causei; Abençoar aonde eu for; Um dia direi que amei; Que atenuei imensa dor. Reduzir-me a pó ante os meus; Dobro-me, humilde e me curvo; Entrego-me aos Ventos de Deus; Errar não mais, não sou turvo. Embalo-me nas ondas da evolução; Enlevo-me aos Ventos do Bem; Aprendendo a estender a mão; Ao que foi, voltou ou que vem. Solto-me, deixo fluir; Minhas energias e emoção; A caneta sabe onde ir; Quem guia é meu coração. Já não penso mais em nada; Relaxo meu pensamento; Deixo a caneta cravada; Servir é meu intento. Faça de mim um capacho; Humilde “prá” servir; De mim sei que não escracham; Amparadores do porvir. São amigos do bem; Mensageiros de Cristo e das Almas; Medo ninguém tem; São carteiros do além e da calma. Faço a caneta correr, Sigo as instruções; Faço sentir o amor, Sinto premonições. Assim fluente é tão bom, Só quero lhes agradar; Sinto um timbre de som; Energia para amar. Assim vivendo e levando;

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11 Sem medo de estar errado; Com dignidade tentando; Importante é não ser levado. Se você está com dúvida; E corre ao lado certo; Fuja do abstrato; Procure o lado concreto. O povão segue “pro” norte; Caminhe você “pro” leste; Evite a sua “morte”; A vida é para ti um teste. Viver sempre é tão bom; Tão poucos sentem isso; Da vida não entoa o tom; Caem em poço movediço. Bem viver é servir; Não há para onde correr; Isso te torna feliz; No momento de morrer. Que tenha tido vida boa; Faça serena passagem; Estaremos te esperando; Mesmo sem bagagem. Não economize amor; Gaste as “moedas” todas; Se voltares delas cheio; É que tens a mente tola. Amor a melhor moeda; Compensa sempre gastar; Guardar não rende juros; É prejuízo não amar. Cuidado com a inflação; Daqueles que economizam amor; Não soltam seu coração; Sujeitos a imensa dor. Vida imaculada; É o que vale a pena; É uma grande empreitada; Quando calma e serena. Esquentar não adianta; É grande prejuízo; É um auto-engano; É perder o juízo.

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12 7. À Disposição Dalton C. Roque – www.consciencial.org Que eu seja um tapete para a paz; Que eu seja o capacho do amor; Que eu seja a faísca para a luz; Que eu seja o gatilho do bem. Às ordens e à disposição dos amigos espirituais que desejam trazer algumas linhas de esclarecimento e acalento aos seres humanos, cansados de seus erros, dores e descaminhos, sedentos de luz. Faço-me caneta à disposição incondicional do Alto, como filho de Deus e irmão de Cristo, sem escolher, limitar ou filtrar qualquer assunto. Disponho-me humilde, abrindo-me, no limite máximo de minha competência mediúnica, projetiva, parapsíquica, bioenergética e espiritual, a fim de disponibilizar todos os meios pelos quais possa servir, servir e servir. Não procuro grandes obras, não desejo aparecer, mas, sim, ser feliz e realizado dentro de meu maior compromisso e sonho espiritual: muitos livros de qualidade consciencial, por muitas e muitas vidas! Abro-me ao ecumenismo, ecletismo, holismo e ao universalismo incondicionais, tentando compreender os homens e mulheres, suas dores e problemas, procurando perdoar a mim mesmo e ao mundo. Como livre-pensador, pesquisador, espiritualista e descomprometido com qualquer interesse, linha ou instituição, ofereço meu coração e minha mente aos “anjos” e seres humanos que desejam progredir e ajudar, procurando se conscientizar das manifestações do ego e procurando transformá-lo em amor. A todos os amigos espirituais da Terra e do Céu, estou às ordens, humildemente às ordens. Faço-me capacho do bem!

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13 8. Culto à Humildade Dalton C. Roque – www.consciencial.org Um dia você já foi uma montanha, quase um vulcão. Outro dia já foi uma fogueira. E ainda bem, hoje é um braseiro se apagando. Já empunhei a espada da morte e o escudo do egoísmo. Já cavalguei com a armadura da vaidade e o elmo do orgulho. Com hipocrisia e ignorância, já matei e morri em nome de Deus. Hoje os tempos são outros. Renasci com as bênçãos do esquecimento. Sentia algo estranho e novo em minha mente e meu coração. Parecia que ouvia os anjos de Deus. Eles me tiraram do corpo, sussurrando coisas doces em meus ouvidos, enquanto me mostravam meu passado. Eu, já maduro e preparado, assistia a mim mesmo com equilíbrio. Assim, aos poucos fui me conhecendo. Oh, quantas almas, quantas vidas, quantos corações! Quantas coisas, vivências e conhecimentos há por trás de cada uma! Nada me importa mais, só o caminho do amor, da paz, do bem e da luz. Hoje trafego com minha “alma gêmea”, mas solitários no caminho de uma silenciosa espiritualidade iluminada. Se no passado escrevi bobagens, hoje escrevo em nome de Deus, da paz, do bem, do amor e incentivo a fraternidade e a assistencialidade. Sei o que faço, o que fiz, o quero e o que posso. Pelo caminho, encontrei muitos espiritualistas competentes, mas, de todos, apenas um me incentivou a escrever. Apenas um! Sou-lhe grato! Quantas críticas, mas nenhum elogio ou incentivo! Hoje, aqui e agora presto culto à humildade solitária de meus pensamentos. Me pergunto: porque somos tão ignorantes e custamos tanto a aprender o caminho do bem? Quantas vidas desperdicei? E quantos erros ainda não cometemos? É hora de aprendermos a nos curvar ao bem e a paz. A arrogância, o orgulho e a vaidade destroem o homem! Se cada um de nós tivesse um espelho consciencial, veria uma imagem feia, escura e distorcida e teria vergonha de si próprio. Não precisamos nos curvar perante ninguém, mas temos que nos curvar diante de nossos erros, diante do bem e diante de Deus a fim de sermos felizes. É muito mais difícil e duro portar o orgulho e a vaidade do que a humildade e o bem, mas é preciso coragem para assumi-los. Que a luz e a humildade inundem os corações dos homens. Paz e Luz

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14 9. O Médium Dalton C. Roque – www.consciencial.org O médium é o Office boy da espiritualidade e existem muitos. Uns trabalham nas empresas de luz e trazem as respectivas mensagens, outras trabalham nas empresas da escuridão e também respectivamente as trazem travestidos de líderes espirituais com objetivos materiais negros. O médium consciente sabe que é médium, é mais lúcido, reconhece e admite a presença dos amigos espirituais e se assume médium mesmo perante a crítica dos fundamentalistas “espumantes” que são capazes de morder a própria língua para ofender e perpetrar àqueles que não comungam com as suas idéias estreitas. O médium é a última milha do telefone sem fio interdimensional. O que antes fez como brincadeira de criança hoje faz como responsabilidade de adulto. O médium não é evoluído e nem melhor, aliás, muito pelo contrário, a mediunidade na maioria das vezes é apenas oportunidade kármica (dharma) de resgatar os erros do passado que pode se manifestar como fardo, como bênção ou como ambos dependendo da situação e “n” variáveis conscienciais intervenientes. Cada médium tem um trabalho, uma tarefa ou obrigação consciencial que lhe foi gentilmente cedido pelo Alto em face de seu arrependimento e vontade de mudar, mas muitos “perecem” no meio do caminho e se atolam na repetição de erros do passado. Outros tantos se estagnam e efetuam pequena fração de suas tarefas que antes tanto se entusiasmaram por fazer acreditando que seria fácil. A mediunidade não é brincadeira, é tarefa séria e de alta responsabilidade que independe de hora, idade, local, doutrina, religião, intelectualidade ou situação financeira. Cada médium programou para si adstrito a orientação de seus mentores o quê seria melhor para si dentro do contexto evolutivo. Mediunidade não é tarefa para os fracos e covardes, mas para os abnegados e persistentes. O Alto necessita de cada alma que se dispõe a retornar ao bem e a assumir sua tarefa de minipeça cósmica consciente frente ao Universo regido pelas leis de Deus. A mediunidade é uma associação de vontade, mais talento, mais oportunidade, mais responsabilidade, mais renúncia a fim de ajudar a muitos outros para no fim estar ajudando a si próprio. O médium vaidoso só o é porque não é lúcido e não se lembra, ou melhor, não deseja se lembrar dos erros do passado e hoje custa a admitir que sua mediunidade-trabalho-tarefa-obrigação foi implorada por ele ao Alto no período intermissivo. Ser médium não é bonito e nem vantagem, mas é obrigação por opção voluntária endossada pelo Alto ao fim de autoburilar a conduta íntima, quitar karma no atacado, superar um novo degrau nesta íngreme escalada evolutiva da vida. Deus não joga dados e a vida não é brincadeira, muito menos o trabalho e a mediunidade. O amor é um direito de todas as criaturas e nos parece que não temos outra opção senão ter coragem de enfrentá-lo. Dá trabalho? Sim! Mas ser feliz é um trabalho que compensa. Não existe fuga para você, tu sejas médium ou não.

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15 O médium pulou de pára-quedas no meio da guerra, admitiu a autoluta em princípio e pôs a cara à tapa na reencarnação a que se propôs e no meio do caminho não há como desistir. É como uma represa que ruiu, nada segura a força da água e nada segura o fluxo de energias conscienciais na vida dos seres. Aos médiuns sugerimos, abandonem as brincadeiras irresponsáveis e assumam seus serviços, nós precisamos de vocês. Percam a vergonha de assumir sua mediunidade tanto na frente dos ignorantes tridimensionais, como aos invejosos espiritualistas ou aos parapsiquistas multidimensionais e confiem em si. Auto-estima para o médium é fundamental, mas sem vaidade. Não respondam as críticas maldosas, elas merecem ser desprezadas, a melhor resposta é o resultado de seu trabalho que só irá obter trabalhando. Mãos a obra, a espiritualidade não dorme!

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16 10. Experiências Mediúnicas que a Projeção não te propicia x Experiências Projetivas que a Mediunidade não te propicia. Dalton Campos Roque - http://www.consciencial.org - http://www.ramatis.org - http://www.websitearte.com A rigor não há uma separação estanque nos tipos de mediunidade. O que é anímico é efetuado pela própria vontade sem interferência de outra consciência (seja intrafísica ou extrafísica). O mediúnico é uma predisposição relativa (em maior ou menor grau) a soltura do duplo etérico (ou energossoma) descoincidência dos veículos de manifestação da consciência e características desenvolvidas nos chacras e parachacras (chacras do corpo astral). Por isto a mediunidade é tão complexa, além de se misturar ao animismo (algo inseparável) da própria pessoa, o medianeiro. Há parapercepções que são anímicas como a clarividência, que pode ser utilizada e ampliada por um momento mediúnico. As saídas do corpo, também são talento anímico, mas podem após esta, serem mediúnicas também, amparada por amigos espirituais. No entanto as experiências conscienciais de ambos os processos se reforçam, se auxiliam e se misturam, dando margem a uma abrangente gama de interpretações e dúvidas. Se já é difícil separar os tipos de mediunidade na teoria (conceitos) é impossível na prática. Já caiu por terra a velha idéia espírita ortodoxa de que o anímico não presta e também a nova idéia conscienciológica ortodoxa que apenas a projeção da consciência (viagem astral) presta. Um valoriza o motor, o outro a lataria e ainda outro os bancos, mas o conjunto forma o carro. A ortodoxia e o fundamentalismo facciosos sempre tentam puxar a sardinha para seu ledo, enquanto a tal ciência que todos dizem que têm fica de lado. Fazer religião, glossário ou grupúsculo é fácil, mas fazer ciência é difícil. Lembramos ainda que não deve-se analisar a ferramenta isoladamente (o que é importante: o martelo ou a chave de fenda?) deve-se analisar o conjunto dentro de um contexto. Para uma determinada tarefa / missão / dharma / karma, a mediunidade poderá ser melhor indicada, para outro será a projeção consciente e ainda para outro deverão ser ambos. O melhor é conseguir fazer render a missão / dharma e não ostentar rótulo de melhor ferramenta. Vamos traçar um paralelo entre Mediunidade (sempre acima) e Projeção (sempre abaixo): 1. Mediunidade: sujeita a animismo (com ressalvas) Projeção: sujeita a onirismo 2. Mediunidade: não necessita de rememoração Projeção: necessita de rememoração 3. Mediunidade: qualidade se modifica com a sintonia Projeção: qualidade se modifica com a sintonia 4. Mediunidade: metabolismo alto ou baixo Projeção: metabolismo baixo 5. Mediunidade: vários tipos Projeção: vários graus de lucidez 6. Mediunidade: necessita de uma presença espiritual 7. Projeção: não necessita de uma presença espiritual

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17 8. Mediunidade: pré-dispõe a projeção Projeção: não pré-dispõe a mediunidade 9. Mediunidade: acoplamento áurico na entrada Projeção: autodesacoplamento áurico na saída 10. Mediunidade: descoincidência parcial e pequena do psicossoma Projeção: descoincidência total do psicossoma 11. Mediunidade: não realça o cordão de prata Projeção: com ressalvas realça o cordão de prata 12. Mediunidade: se vale e utiliza do animismo parcialmente Projeção: se vale e utiliza do animismo em grande parte 13. Mediunidade: pode haver acoplamento múltiplo, várias consciências extrafísicas e o médium Projeção: pode haver auxílio múltiplo, várias consciências extrafísicas – projeção mediúnica 14. Mediunidade: funciona como agente passivo (maior parte) e ativo (menor parte) do ponto de vista muscular e motor Projeção: funciona como agente passivo motor total e ativo consciencial 15. Mediunidade: passividade relativa e parcialmente Projeção: inicia na passividade, prossegue na atividade e retorna a passividade mental / consciencial 16. Mediunidade: limitada a intelectualidade, cultura e discernimento do percipiente Projeção: limitada a intelectualidade, cultura e discernimento do percipiente 17. Mediunidade: comunicação intraconsciencial Projeção: comunicação extraconsciencial 18. Mediunidade: sintonia pelos chacras de cima Projeção: lastro pelos chacras de baixo Evidente que não pretendemos esgotar o assunto, mas tão somente iniciá-lo de forma a levantar paralelos, divergentes e convergentes. Que os pesquisadores tenham boa sorte e mente aberta, sem a velha ortodoxia, neofobia e facciosismo. Mais vale o discernimento afiado do indivíduo não parapsíquico (não médium e não projetor), do que o discernimento tacanho do projetor consciente e o médium ostensivo. Dalton Campos Roque - http://www.consciencial.org - http://www.ramatis.org - http://www.websitearte.com

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18 11. Médium Confiável Por Dalton Campos Roque http://www.consciencial.org O médium confiável é aquele em quem confio. Em quem eu confio é coisa minha, individual, de foro íntimo, primeira pessoa do singular. Para outrem o “médium confiável” pode mudar, pois ele confia em outro e desconfia do que escolhi para confiar. Estes são casos isolados, mas existe uma coisa chamada MAIORIA e outra chamada ESTATÍSTICA. Se há consenso de “médium confiável” em determinado grupo, o consenso vale apenas dentro do grupo, seja pequeno ou grande. Uma pesquisa estatística metódica ou mesmo uma pesquisa estatística empírica poderia pesquisar em dada amostragem às indicações a quem seria “médium confiável”. Descartados os desvios padrão então teríamos o “médium confiável” em dado público alvo analisado. Maioria não é LEI e achismo não é CIÊNCIA. Se você mudar o público alvo, o “médium confiável” muda de nome, o “achismo” é o mesmo e o dogma também. Para o católico, “o Papa é infalível”, ou seja, é o seu “médium confiável”, apenas se modifica o público alvo, na mesma categoria do “achismo” de outros grupos. Portanto, pimenta no dogma dos outros é refresco, é considerado “dogma ignorante”, mas “meu dogma” é achismo justo, porque é meu, e ainda chamo de “ciência”, ainda de “filosofia” e de “religião” justa, evoluída e inteligente. É hora de rever as posturas fundamentalistas, radicais, intransigentes, néscias e começar a raciocinar um pouco. Cada um acha que possui “discernimento” e considera o discernimento dos outros é incipiente. Então lhe resta defender posição até a morte e brigar com o “inimigo” que pensa e cutuca seu dogma, qual a pontada que explode a frágil bexiga cheia de ar. Se meu justo e claro raciocínio “ofende” seu dogma, problema seu, estou bem fundamentado em lógica simples e inteligível. Prefiro o RACIOCÍNIO SEM FÉ mais do que a “fé raciocinada”, cuja fé mal utilizada se transforma em ignorância e fundamentalismo. Prefiro eliminar a fé COMO SE CONHECE e viver pelo ângulo mais sadio de minha vivência pessoal onde incidem minhas percepções e parapercepções. Não desprezo a fé popular, a devoção, a reverência e o louvor, que inclusive respeito e até admiro sob certo ângulo relativo. Mas não me furto a raciocinar e a esclarecer para os que “mais evoluídos” se valem da “fé raciocinada” mal utilizada. Paz e Luz, Dalton Campos Roque – 02/02/2008 – Curitiba – PR, sábado de carnaval. Enquanto alguns requebram os três chacras de baixo nessa festa tão insana e idiota, eu expando os quatro chacras de cima na “festa da consciência” o ano inteiro. www.consciencial.org

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19 12. Bate Papo Mediunidade e Projetabilidade OI galera! Oi Fulano! Dalton C. Roque – www.consciencial.org Ainda há muita distorção e muito misticismo em relação a mediunidade. É que tem muita gente achando, muito teórico falando, e mesmo os práticos, possuem um tipo de mediunidade e não todos. Um psicografa mecânica, outro psicografa intuitiva, outro mesclado, outro psicofoniza mecânica, outro psicofoniza intuitiva, o outro é clarividente e o outro clariaudiente, enquanto outro sai do corpo e fica teti a teti com os espíritos. Então é realmente complexo e subjetivo, pois estas denominações são didáticas, mas não são exatamente reais. Real só a onisciência, a percepção através das expansões de consciência que dispensam as palavras limitadas e a comunicação racional, linear, seqüencial incipiente e limitada. A rigor todos somos teóricos, até Wagner Borges, Waldo Vieira e Chico Xavier também, mas uns são mais práticos e possuem um conjunto maior de percepções que outros, e isto não resta dúvidas que estes nomes citados são "feras". Então o mínimo que precisamos ter ao tratar deste assunto é tato, parcimônia e humildade, para já do ponto de partida saber que mal sabemos. Imagine a possibilidade de nuances de cada mediunidade? Imagine a possibilidade de permutações destas nuances de todas as mediunidades em conjunto? Dá no mínimo maior que infinito! Então depois de toda esta introdução para eu descrever sutilmente e de modo elegante minha ignorância, vamos lá. As definições dos tipos de mediunidade, (na verdade deve-se começar a substituir esta expressão por fenômenos psi para não ,carregar de energias religiosas já que até parapsiquismo tende a cair em desuso) são naturais e humanas e como eu já disse, todos as possuem em determinado grau. As características gerais do agente parapsíquico (entenda-se médium) são fluidez do holochacra (duplo etérico) que possibilita facilidade de descoincidência do psicossoma (corpo astral ou corpo das emoções). Mas então o que propicia os efeitos psi nos agentes parapsíquicos? Regulagens nos chacras, nos parachacras e nas telas búdicas e as (também infinitas) combinações e permutações entre estas. Falarei mais disto no livro sobre Dharma que "um dia" sairá. Daí as infinitas possibilidades de tudo. Então é uma combinação de bioenergética (efeitos mais práticos e menos subjetivos) com psiquismo (efeitos mais psíquicos ou conscienciais mais subjetivos). O trem é complicado mesmo! Daí vai o agente psi Dalton, que não tem clarividência de rotina falar da clarividência de rotina de outro agente, por exemplo. Mas como a gente pratica um pouco, mas também lê um pouco e nas listas e pessoalmente, em cursos e com amigos troca experiências um pouco, se mete a besta a falar do que não têm. Risos! Mas escritor é um bicho metido a besta mesmo! Acha que sabe tudo! Risos! Mas sendo besta, sem querer ser besta, eu vou falando. Mais risos...

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20 Então nenhuma parapercepção é infalível, porque nós os medianeiros ou aparelhos não somos infalíveis, e então qualquer um de nós, em algum momento, com algum espírito, em algum tipo de mediunidade, pode falhar. Daí porque é incorreto endeusar médiuns ou espíritos. Aliás há falhas que são verdadeiros paradoxos, ou seja, o médium não falha, o espírito também não, mas a sintonia falha! Chega a ser engraçado. É questão de sintonia! A emissora emite direito, sinal forte, claro, nítido e bom. A estação receptora recebe bem, está bem ajustada, com boa energia e na escuta, mas está numa sintonia diferente, pois o espírito comunicante, que não faz milagre e nem é Deus, não consegue vibrar na sintonia do receptor. Se fosse assim qualquer espírito poderia passar mensagem a qualquer um! Trabalhos mais efetivos, que possuem certo grau de esclarecimento valoroso, pública e reconhecidamente sadio em meios também sadios em questão, vem de treinamento em curso intermissivo recente. O agente é treinado numa sintonia e o amparador treina junto com ele a sintonia de transmissão, para que possa render um bom trabalho. Isto é o óbvio! Mas vamos falar das mediunidades em geral. Tem alguns médiuns que devido a este treinamento no período intermissivo possuem um grau de comunicação claro e bom com seus parceiros (não são nada menos que parceiros que deve derrubar os sentimentos religiosos piegas). Conforme os talentos destes agentes psi, esta mediunidade poderá ser mais ou menos ampla, o que não afeta a qualidade do trabalho. Explicando melhor, se o Zé possui apenas um tipo de mediunidade e o João possui duzentas delas, não significa que João tenha qualidade e o Zé não a tenha. Paradoxo! Já que a tendência de se possuir vários canais simultâneos de comunicação tende a melhorar o processo como um todo. Voltando ao caso do Zé, gente boa, esforçado quer fazer um bom trabalho, gente simples e baixa cultura. O interessante é que mesmo nestas condições sociais limitantes (que em minha hipótese não são negligência dele) pode ser um excelente comunicante que fala até o que não sabe, nunca leu e nem ouviu, até mesmo das mediunidades de outros que ele não possui. Por isto alguns caras parecem metidos a besta! Eles falam do que não são práticos com muito boa propriedade! Risos, milhões deles! Aí o teórico fala do prático e o prático fala do teórico, todos estão certos, mas todos estão errados... Bom, já que não consigo sair desta parte subjetiva, paradoxal e ingrata vou dar um salto. A clarividência pura pode ser enganada por espíritos negativos que plasmam outras formas, até mesmo luminosas. A clariaudiência pura pode ser enganada por espírito negativo intelectualizado que fala bem. Já a intuição ou os talentos parapsíquicos que são mesclados e possuem carga intuitiva, como a psicografia intuitiva são mais difíceis de enganar a nível de comunicação, os enganos se dão a nível de ego do médium - outra coisa. Quem percebe com a mente (intuição), a despeito destes canais bioenergéticos (clarividência, clarividência viajora, clariaudiência, clariaudiência viajora, etc) está mais sujeito a erros. É claro que a pureza e qualidade de cada canal conta muito, mas a qualidade do médium como pessoa (moral, caráter, ética, cosmoética, escovar os dentes todas as noites, práticas diárias, leitura, caridade, universalismo, etc) é o que mais conta e o que purifica estes canais.

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21 Como um espírito ruim que plasma uma falsa aparência vai enganar um médium intuitivo? O intuitivo não vê com o chacra frontal, ele "vê" / "lê" através de um microcanal de onisciência, uma micro-supra-parapercepção (puxa 3 prefixos - juro que não é coisa de Waldo Vieira!). Explico: micro porque é pequena, todos nós temos um potencial de onisciência, Supra: pois é uma percepção além de toda e qualquer definição que tentemos dar, Para: pois além da matéria e da energia, do tempo e do espaço. Ufa! Espero que tenha conseguido explicar! Não posso me esquecer de falar das saídas do corpo, viagem astral, projeção da consciência. A condição de sair do raio da psicosfera - em torno de 4 m de diâmetro num volume elipcial do meio do peito do percipiente - espaço mais denso onde o cordão de prata é mais vigoroso e visível - é mais fácil para quem é médium, pois estes, como já disse possuem energias mais fluidas, holochacra mais solto, o que propicia as descoincidências de psicossoma que favorecem a mediunidade, e também as projeções. Dizem os craques no assunto que a projeção é totalmente anímica, mesmo que amparadores te tirem do corpo, pois te tiram a partir de suas condições originais multimilenares. Traduzindo para o mais coloquial, eles tiram quem já têm condição de sair. Não vão aparecer para tirar crente ou materialista radical do corpo para fazer assistência. Esta condição, soltura, flexibilidade bioenergética vem de exercícios, prática racional, anímica, consciente, disciplinada através de vidas e vidas. Aliás sem perder a oportunidade de fazer esta megapropaganda de meus/nossos "excelentes" CDs de Práticas Bioenergéticas - http://www.consciencial.org - , é para isto que eles (os CDs) contribuem. O indivíduo que não tem disciplina, não consegue visualizar, não pratica nada, precisa de uma força, um empurrão, adquire o CD e começa a visualizar, a fazer alguma coisinha, mostra para a família, que começa a abrir a mente também, e quanto mais fizer as práticas, mais está se preparando para sair do corpo consciente nesta e noutras vidas, além de se predispor a mediunidade tb. Fim da propaganda sincera, voltamos ao assunto, então o cara que sai do corpo está mais sujeito ainda a "n" variáveis que as combinações possíveis das nuances das mediunidades referidas no início deste. Não estou nem entrando no mérito de interferência obsessiva, tanto na mediunidade, como aqui na condição projetiva, isto dá um livro e eu já estou escrevendo demais. Quem chegou até aqui já ganhou um doce! Venha aqui em Curitiba me cobrar, vai ser um prazer! A força de vontade é que controla todo o organismo, as bioenergias e os veículos sutis de manifestação da consciência. Então o cara que faz Yoga, Tai Chi, Aikidô, e qualquer coisa que beneficie o corpo, a respiração e as bioenergias está praticando animismo, força de vontade, disciplina, investindo a longo prazo do ponto de vista multimilenar e multi-existencial. A rigor, sair do corpo é fácil, mesmo para além dos limites da psicosfera (principalmente entre espiritualistas e em listas como esta), o difícil é ficar lúcido, é se controlar, é vivenciar experiências sadias e se rememorar com qualidade. Então mesmo o Dr. Waldo Vieira desdenhando as mediunidades e louvando a projetabilidade, esta última é realmente mais difícil, menos comum, pois exige mais disciplina e força de vontade que as mediunidades que podem vir programadas pelos orientadores evolutivos de certos tarefeiros espiritualistas. E há ainda o Dr. Samael Aum Weor da Gnose e os Ocultistas, que louvam o animismo e desdenham a mediunidade. Samael, um grande e respeitável cara, como Waldo também o é, mas radicais e xiitas eles são, está registrado na literatura, nem são minhas palavras. Samael diz que toda mediunidade é condenável, que todos os médiuns são submissos e não possuem força de vontade ou liderança. É algo tão imbecil que refuto num triz (esta e outras refutações avançadas vão

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22 sair no livro Manual do Espiritualista, subtítulo Desvendando os Caminhos). Refutação: há vários médiuns líderes de comunidades, centros espíritas, grupos de estudos, tarefas assistenciais várias, há vários médiuns empresários de sucesso, líderes natos, com severa e contundente força de vontade!!! Contra os fatos não há argumentos! Como alguém pode dizer que estes médiuns são submissos, sem autocontrole, irracionais, fracos, fáceis de serem manipulados, se eles é q guiam grandes grupos? Risadas! Mas há também os espíritas, que louvam a mediunidade (um dom do papai do céu - Jesus, Jesus, Jesus...) numa subserviência, humildade ridícula, piegas, tola e sim submissa e religiosa e que desdenham a própria projeção que está bem grande no livro dos espíritos e onde há um capítulo inteiro dedicado, até mesmo a quem não sabe ler! As coisas podem até possuir um lado negativo (e costumam possuir de forma relativa), mas também possuem o lado positivo (percebe quem se afiniza), e tudo é ferramenta evolutiva. A mediunidade e projetabilidade, o mediunismo e o animismo, a rigor não existem separados, se interfundem, se interpermeiam, se misturam, se combinam formando nuances conscienciais infinitas, e é pouco inteligente quem renega e desdenha um lado em detrimento ao outro. Isto sim, revela imaturidade consciencial, falta de visão de conjunto e universalismo. Paz e Luz, Dalton - http://www.consciencial.org

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23 13. Intelectualidade x Discernimento Consciencial Dalton Campos Roque – www.consciencial.org Tenho ouvido falar em muitos grupos de pesquisadores e espiritualistas sobre idéias, mestres, caminhos e opiniões (inteligentes e bem formadas por bons intelectuais e sensitivos) sobre a condição de sempre questionar tudo e nunca “puxar saco” de algum mestre. Tenho observado muitas condutas e pretensos universalistas carregados, muito mais pelo orgulho e vaidade do que por qualquer outra coisa. Através das palavras e do intelecto, pode-se argumentar e questionar tudo, mesmo sem qualquer razão ou base sólida, mas a condição intelectual de questionamento não é exatamente proporcional à competência no exercício do discernimento consciencial. Enquanto o ego é porta de acesso para os obsessores, a humildade é a porta de acesso aos amparadores, amplia o discernimento consciencial e nos aproxima da verdade. Às vezes, o silêncio do lixeiro é mais lúcido que a eloqüência do filósofo. Já testemunhei um bom argumentador defendendo até mesmo seus defeitos. Aqueles que em outros tempos eram mestres, hoje se apresentam em novos corpos físicos, como professores, instrutores e palestrantes, usando jeans e calçando tênis. Eram respeitados e ouvidos em silêncio. Hoje são desafiados pelos egos mais teimosos e recalcitrantes, que, além de não aceitarem os argumentos, ainda desejam impor os seus próprios. O respeito é, no mínimo, inteligente, diante daqueles que possuem um pouco mais de experiência do que nós em algum ponto. A humildade inteligente é um grande conhecimento, pouco exercido nos dias de hoje. Através dela, não só a intelectualidade e o parapsiquismo (paranormalidade) limitados se ampliam, mas, também, o discernimento consciencial. Vivenciamos uma época de competição de idéias, onde cada um deseja dar sua palavra, de preferência um último verbo ou linha com o nome bem destacado em baixo. A distorção prevalece sobre os valores. A literalidade suplanta o conteúdo. As letras têm primazia sobre a essência. E o “careta” é lançado fora como ultrapassado. A honestidade, a sensibilidade e a humildade são motivos de chacota para os moderninhos (atiradores egóicos) espiritualistas da “Nova Era”. O questionamento, se não é uma crítica construtiva, é apenas vaidade intelectual e vazia de conteúdo, sem essência consciencial. As pessoas trocam o antigo por um rótulo novo e se perdem no vazio. É melhor eu me “calar” e me reduzir à minha própria insignificância, pois prefiro ser o silêncio do lixeiro a ser o ego do filósofo. Prefiro ser a mão que limpa a vida, mesmo se sujando, a ser o limpo que vive sujando a vida. Cada um tem a melhor idéia, o melhor ponto de vista ou a melhor argumentação e, também, o melhor ego. Aquele ego do tipo “xícara cheia”, onde não entra mais chá de sabedoria, pois a válvula que regula o conteúdo já não está mais presente: a humildade. Quer aprender? Seja humilde! Deseja paz? Seja humilde! Quer evoluir? Seja humilde! A humildade vem antes do esforço e da vontade, para que se façam valer as novas experiências. Sem ela, uma vontade e inteligência firmes podem se tornar tolas e com experiências perdidas.

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24 Sem a humildade, você não reconhecerá ninguém à sua frente. Podemos aprender até com quem sabe muito menos do que nós. Somos partes do Todo, mas não toda a totalidade. Precisamos uns dos outros, pois a caminhada é longa e dolorosa. Se não dermos as mãos, a dor será maior. Mais longo será o caminho.

Livros inspirados espiritualmente por Ramatís

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