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[uma chancela do grupo LeYa]
Rua Cidade de Córdova, n.° 2 – 2610-038 Alfragide
http://twitter.com/editoracaderno
[email protected] :: www.leya.pt
© 2009, Cristina Candeias
Todos os direitos reservados.
1.ª Edição / Outubro de 2009
2.ª Edição / Abril de 2010
SBN: 978-989-23-0621-6
Depósito Legal n.º: 298381/09
Índice
Prefácio :: 11
Introdução :: 13
O tempo, o ser e a dor :: 15
O tempo :: 17
O ser :: 19
A dor :: 23
Porque sofremos? :: 24
Mas, o que causa sofrimento? :: 24
Porque sofrem mais as almas boas? :: 25
Porquê a repetição das mesmas dores? :: 26
O choque das perdas :: 29
O caminho da sublimação :: 31
O luto :: 35
A solidão :: 37
A Chave para a cura da nossa alma: o perdão :: 41
A libertação das nossas dores :: 43
Os sete pecados capitais e as sete chaves da cura :: 45
Ego e pecados :: 47
Preguiça :: 51
O pecado da preguiça :: 53
O caso de André :: 54
A chave para a cura :: 56
Meditação :: 57
Inveja :: 59
O pecado da inveja :: 61
O caso de Filipa :: 61
A chave para a cura :: 65
Meditação :: 66
Ira :: 67
O pecado da ira :: 69
O caso de Edgar :: 70
A chave para a cura :: 72
Meditação :: 73
Avareza :: 75
O pecado da avareza :: 77
O caso de Maria :: 77
A chave para a cura :: 79
Meditação :: 80
Luxúria :: 81
O pecado da luxúria :: 83
O caso de Mariana :: 84
A chave para a cura :: 86
Meditação :: 87
Vaidade :: 89
O pecado da vaidade :: 91
O caso de Carlos :: 92
A chave para a cura :: 94
Meditação :: 95
Gula :: 97
O pecado da gula :: 99
O caso de Margarida :: 99
A chave para a cura :: 103
Meditação :: 104
Questões da Alma :: 105
Como transcender o negativo em positivo :: 111
As coincidências da vida :: 115
Conclusão :: 117
11AS 7 CHAVES DA CURA :: CRISTINA CANDEIAS
Prefácio
Ao longo dos tempos, a humanidade tem-se confron-
tado com tempos conturbados, momentos de bonança,
mas se há algo que se manteve sempre foi a esperança em
dias melhores.
Contudo, atravessamos um momento na história de
todos os povos que, mais do que nos assustar, nos ater-
roriza.
Os avanços da tecnologia tornaram possível ligar
a televisão ou o computador e assistir em directo a um
mundo que parece ruir.
Da economia à saúde, ao desemprego, às grandes ca-
tástrofes naturais, passando por imagens terríveis de vio-
lência, o sentimento que nos assola é o de que o mundo,
tal como o conhecíamos está a desaparecer, a ruir perante
os nossos olhos.
12
Por outro lado, sentimos bem na alma uma avalan-
che de emoções:
O medo, a incompreensão, a terrível solidão que nos
rodeia por todos os lados.
E procuramos respostas, ou apoio, ou algo a que nos
agarrar que possa minorar o nosso desnorte.
É essa ajuda que este livro se propõe dar.
Um guia de sobrevivência, uma mão cheia de pen-
samentos que nos podem levar a olhar para o interior de
nós mesmos e procurar encontrar o caminho certo.
Não existem fórmulas exactas e infalíveis para alcan-
çar a felicidade e a paz de espírito.
Mas Cristina Candeias propõe-nos uma reflexão e
guia-nos pelo caminho da busca da verdade.
E essa verdade é seguramente diferente para cada ser
humano, mas o facto de alguém nos dar a mão e nos acom-
panhar nesta busca é só por si algo que vale a pena.
:: Luísa Castel-Branco
13AS 7 CHAVES DA CURA :: CRISTINA CANDEIAS
Introdução
Ao longo da minha vida tenho tido a grande opor-
tunidade de lidar e de aprender com a grande imensidão
dos sentimentos humanos.
Muitas histórias, muitas vidas, muitas tristezas, mui-
tas lágrimas, assim como alegrias, vão pintando a tela da
minha vida. Mas todas elas me deram sempre uma lição
de vida.
:::::
Este livro nasceu da necessidade que o ser humano
tem de fazer a Alquimia da sua Alma, pois ninguém cura
ninguém. Só o homem, como grande actor da sua própria
vida, poderá mudar o capítulo da sua história.
14
Querer mudar esse capítulo é um acto de inteligência,
de sabedoria e de humildade, pois todo aquele que se põe
em causa, está a caminhar na evolução do universo.
A cura de cada um de nós é um processo único que
só pode acontecer de dentro para fora. Não é fácil, é ver-
dade, mas também não é assim tão difícil. Acima de tudo
é querermos render-nos à vida!
Se começarmos por praticar um pequeno acto de
bondade diariamente, estamos a ajudar quem precisa e,
acima de tudo, ajudamo-nos a nós próprios!
A vida é uma mudança constante. Assim, também o
ser humano precisa de querer mudar a sua energia de modo
a ser mais harmonioso e, por conseguinte, mais feliz.
:::::
Agradeço a todos os meus mestres internos, que no seu exímio papel me deram todas as dores de que a minha
alma precisava, como ser em evolução que sou. Sem eles
jamais, poderia ser quem sou!
Abraço de Luz
17AS 7 CHAVES DA CURA :: CRISTINA CANDEIAS
O Tempo
O tempo corre veloz – cada dia tem uma natureza
própria, ritmos cósmicos. Não há um só dia que seja
igual a outro.
O tempo é irrepetível – por vezes deixamos de apro-
veitar uma oportunidade por uma questão de tempo.
Andamos sempre a correr, passamos pela vida a correr, não
temos tempo de dar uma palavra de conforto a um amigo,
de dar atenção a todos aqueles que nos são queridos.
Nunca temos tempo!
Não temos tempo para observar a vida, para pensar
ou para nos questionarmos.
18
O tempo é o grande mestre
O tempo traz tudo
O tempo resolve tudo
O tempo não se repete
O tempo não se recupera
Não se recupera a pedra atirada…
Não se recupera a palavra proferida…
Não se recupera a ocasião perdida…
Não se recupera o tempo não vivido…
19AS 7 CHAVES DA CURA :: CRISTINA CANDEIAS
O Ser
Há muito tempo, caminhava numa rua, e deparei
com a situação que passo a contar:
:::::
Um homem, sentado num poial, estendia a mão.
O rosto marcado de profunda dor. Os olhos sem brilho,
como alguém que não acredita em nada. A pele já não
sentia o frio nem o calor, estendia a mão, sem força, a
suplicar uma esmola…
20
:::::
Parei! Arrepiei-me.
O que leva um homem a chegar a este ponto, a viver
assim, o que terá acontecido?! Porquê?
Se Deus é bom, generoso e tem uma inteligência infi-
nita, porque dá tudo a uns, e a outros espinhos tão gran-
des, sofrimentos por vezes inimagináveis?!
O porquê foi uma palavra que sempre agitou a minha
mente.
O porquê de uma mãe abandonar um filho?!
Nos mais variados aspectos, a dor e o sofrimento sem-
pre me despertaram os sentidos da Alma. Todos temos de
sofrer, pois a Alma corrompeu a Energia matriz divina,
algures no tempo e no espaço.
O objectivo da existência humana é a evolução espiri-
tual, é chegar ao ponto de rendição total à vida. Enquanto
o homem se julga dono da verdade tem sempre uma pos-
tura muito yang – grita, discute, impõe a sua vontade –
esta atitude é estar contra a vida.
Um dia, todos temos de chegar ao ponto de ilumina-
ção da consciência. Quando atingirmos este estado esta-
mos a dizer sim à vida, seremos yin. Dizer sim à vida é
aceitá-la na totalidade, tal como ela é. Aceitar incondi-
cionalmente tudo aquilo que ela nos dá.
Chegar a este ponto é uma caminhada muito íngreme
e lenta.
O homem só aceita o êxito, o sucesso sobre tudo o
que é bom na vida. O homem de hoje ainda não está pre-