2
A.IXTLO í '"¦'."¦-"*--,.;.';.* .'' .. ' ¦'' : S'.Z~£*•?'„ .......',¦'-¦-....¦'"--"•''.'*''¦¦• - ¦' * - '- ^"-"^"'vV'.- "•»:.'.'¦'¦ '¦¦':"."""¦¦¦":'..">¦':'"¦ '¦'.-'¦ '¦:'¦¦ ¦'.¦¦'-¦T ~i." 'UjA ."¦'""-¦ *'"¦ ¦ - . . ¦.......- ¦ ¦ -. AS FORÇAS AMERICANAS NAS PHILIPPINAS _ * '.- (OS OFFICIAES SUPERIORES). O* - *§cgÍtigÊ L1 ¦ $^<","""^_U"*¦' sah*<ia <*o Lyrico. .•¦>-r .i".'. "--<'•:-''-"•;?'¦ v ¦¦¦.'¦ ¦ -;'-.-..;:>--v-'í«í|.'--.; ¦.>..'-. :¦• -*- __<?«<<£5SÉ8^ÉÍ|v."' '."• ' " ¦'. •'- - w '¦'¦•" -' :i ¦'¦¦ » J' >^ lkI —Poderei ter a ventura de ? iber onde mora 9 ^^^^ '_.:' r'- '" [':-^,::;''^:"'\r.^^^^jW&-^i^.-'---rà^K VSÊÊÊL'^'-" -í''*-'"." ''&\í-;-&'¦'¦.¦'.'?'¦¦'¦' ••' '.'s':r''¦" i : "V.'V; "•"•?!: .^V.V"f'"'i: !"*!.*/¦ VM^-V^í^'' à A f- f *^ -^^^^^^L I %' - "I —Pois nfio : I>ís\ rua 31 de fevereiro. . . "

AS FORÇAS AMERICANAS NAS PHILIPPINASmemoria.bn.br/pdf/308730/per308730_1898_00006.pdf · 2012. 5. 8. · As nossas famílias estão cheias de pe-quenas Giocondas_, Aidas, Cecys,

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: AS FORÇAS AMERICANAS NAS PHILIPPINASmemoria.bn.br/pdf/308730/per308730_1898_00006.pdf · 2012. 5. 8. · As nossas famílias estão cheias de pe-quenas Giocondas_, Aidas, Cecys,

A.IXTLO í '"¦'." ¦-"*-- ,. ;.';.* .'' .. ' ¦'' : S'.Z~£*•?'„ .......',¦'-¦-.. ..¦'"--"•''.'* • ''¦ ¦• -¦ - ¦' * - '- ^"-"^"'vV'.- "•»:.'.'¦'¦ '¦¦ ':" ."""¦¦¦":'..">¦':'"¦ '¦'.-'¦ '¦:'¦¦ ¦'.¦¦'-¦ T ~i." 'UjA

."¦'""- ¦ *'" ¦ -¦ ¦ - . . ¦.......- ¦ ¦ -.

AS FORÇAS AMERICANAS NAS PHILIPPINAS_ * '. - (OS OFFICIAES SUPERIORES) . * -

*§cgÍtigÊ

1 ¦^<","""^_ "*¦' sah*<ia <*o Lyrico.

.•¦>-r .i".'. "--<'•:-''-"•;?'¦ v ¦¦¦.'¦ ¦ -;'-.-..;:>--v-'í«í|.'--.; ¦.>..'-. :¦• -*- __<?«<<£5SÉ8^ÉÍ|v."' '."• ' " ¦'. •'- - w '¦'¦•" -' :i ¦'¦¦ » • J' >^ lk I —Poderei ter a ventura de ? iber onde mora 9 ^^^^'_.:' r'- '" [':-^,::;''^:"'\r.^^^^jW&-^i^.-'---rà^K VSÊÊÊL'^'-" -í''*-'"."

''&\í-;-&'¦'¦.¦'.'?'¦¦'¦' ••' '.'s':r'' ¦" i : "V.'V; "•"•?!: .^V.V"f'"'i: !"*!.*/¦ VM^-V^í^'' à A f- f *^ -^^^^^^L I ' - "I —Pois nfio : I>ís\ rua 31 de fevereiro. . . "

Page 2: AS FORÇAS AMERICANAS NAS PHILIPPINASmemoria.bn.br/pdf/308730/per308730_1898_00006.pdf · 2012. 5. 8. · As nossas famílias estão cheias de pe-quenas Giocondas_, Aidas, Cecys,

¦¦¦•..

' ¦

"¦" ':¦.'.'¦'¦¦¦

O Ivl E%k#r IWI Ibbi RCURIOJfflOl

. PROPRIEDADE DE

GASTON ALVESREDACÇÃO:

46, Rua da Assembléa, -46

publigaOão diária do magazine: "MERCÚRIO"¦ » l«nl»>i<'

Rio de Janeiro, Sabbado 23 de Julho de 1898.

n-ji.- . ¦-. '..¦.."._ - ,- ¦>-'-"-'¦''¦ •¦'¦¦¦

Numero avulso....... SOO rs.

Numero atrazado 500 rs. H. 6

III¦ ¦-¦¦¦¦

Terra de musica e de política !

Admirável terra !A arte é a musica—a única comprehen-

dida, a única sentida!O patriotismo, o amor nativo, o engran-

decimento nacional é a política, só a política,eternamente a política,—e quem a não fizerquem não se alistar no partido do Sr. com-mendador A, ou no grupo do conselheiro B,ou nas fileiras do Sr. coronel C, não é gente,não ama a pátria, não é nada —é neutro, ébandido, é execrável!

Ou Lyrico ou Congresso; ou os dós doSr. Dimitresco ou as lagrimas e as convicçõesfirmes do Sr. Serzedello ; as notas graves dabella patrícia Maraglíano ou os apartes nãomenos graves do Sr. Seabra.

Nas agitações da vida publica: O Sr.Sanzone e o Sr. Dr. Augusto Belisario ; naimprensa: o Sr. Salamonde e o genial Sr.Luiz de Castro: nos salões: os deputados sol-teiros que valsem bem ou mesmo não valseme os barytonos amadores e os tenorínos de

piano!Virá o dia em que poetas e apreciadores

das madrugadas em vez do clássico desponta aaurora! — dirão simples e arrebatadamentenas paginas de um livro de estréa ou no picoagreste do Corcovado : vai começar a st/m-

phonia—vai ter principio o debate— e issoassim como equivalente do celebre, do famí-

geradissimo, do nunca esquecido: uai começara Inana\. . .

Não será para surprehender se virmos oSr. Rodrigues Barbosa ou o Sr. Oscar Gua-nabarino assignando convictos os artigos doSr. Alcindo Guanabara ou os do Sr. Paulino

Júnior e a essis dois senhores, as criticas d'a-

quelles seus collegas.As nossas famílias estão cheias de pe-

quenas Giocondas_, Aidas, Cecys, Lúcios enão são poucos os Florianos Peíxotos que porahi existem ainda de cueíros e aos collos dasrespectivas amas. Uma senhora admiradoraenthusiasta de Meyerbeer fez baptisar uma íi-lha com o doce e significativo nome de Hu-

guenotta, por causa dos Huguenottes, a sua

opera predilecta e é mais que sabido o facto

de ter sido baptisada no Rio Grande do Sul

uma criança do sexo feminino com o gra-ciosíssimo appellido de Gumercinda Sa-

raiva!

Decididamente são duas verdadeiras ins-

tituições nacionaes; a opera lyrica e a política.Mas, falta uma. Sabem qual é?. .. E' o bicho—o 2510 vinte e cinco é a vacca!

Assim fica o trio completo: — A opera, a

política e a vacca !

Terra adorável!Admirável terra !

JüSEPH Mo.NTAGNARD.

Sem pós nem cabeça...

Um padre em S9o Paulo, isto é, não foi opadre, já íamos errando".. . Alguns membrosde uma irmandade religiosa, em São Paulo,consideraram que festa de igreja é muito bom,mas festa sem comes e bebes é cousa que nãovae...

Reflectindo deste modo, os ditos srs.membros resolveram alugar a sacristia daigreja, em que tinham o seu culto, a um Pas-choal da terra e, por esta forma, quando agente sentisse calor na nave sagrada viriapara as empadas e o chopp da sacristia.

Não concordou, porém, o vigário capi-tular do bispado com esta innovação e semmais aquellas mandou afixar á porta umedital interdictando a entrada de quemquer que fosse, leigo ou tonsurado, n'aquelleprofanado templo.

Realmente, a offensa não é pequena, mas,convenhamos, a idéa é boa. Assistir de fio apavio a uma cerimonia religiosa, numa igrejarepleta de povo, a endoudecer com o latinoriode uns padres encatharrados, mòe um pobrefilho de Christo para dois dias de arnica !

No caso pensado pelos previdentes mem-bros da irmandade paulista o supplicio seriaattenuado com o regalo dos refrescos ou deum lunch e, quando o canto-chFio reboas-se, o crente pautaria tranquillamente osden-tes, recommendando á protecção de Deuso pasteleiro da sacristia.

Contam os telegrammas de procedêncianew-yorkina que os americanos pregaram um

• calote aos cubanos.O general Shafter, tão generoso com os

officiaes hespanhóes, esqueceu-se completa-mente de seus alliados cubanos, cuja causa,dizem elles, defendem.

Pois sim. . .Entrando em Santiago era de esperar que

o primeiro cuidado do general fosse o de en-tregar o governo da cidade aos chefes cubanos,demonstrando que alli fora para forçar oshespanhóes a entregarem o seu a seu dono,mas qual historias... nem carapuças. Shafterentrou, passeiou a cavallo, almoçou regalada-mente e... Ora o Calixto!.. que se arrume.

Foi bem feito, não ha negar. Mas ospovos que precisam de protectorado e esperamapoio de amigos para as suas revoluções, queponham as barbas de molho, porque as doCalixto estão a arder.

Não ha nada para alegrar a gente e fazel-aengraçada como uma boa dôr de cabeça.

O leitor nao acha ?Pois eu garanto-lhe que é o que, neste

momento, me dá toda esta excellente dispo-sição de chronista diário... Ora, esperemosum pouco,... vejamos se a dôr augmenta...

Diabo Vesgo.

Armaram-lhès o laço, em que cahiràm, A physionomia do velho é cheia de ex-

duas francezas sabidas e viajadas, cada qual pressão calma, doce e firme a um tempo ; amais conhecedora do oílicio de vender beijos, mascara conhece a mechanica dos músculos ;

;¦;¦ Escusado é dizer que os .dois primeiros à carna?ao é excellente; a bocca está fendidamezes foram cór de rosa—tudo era animação, .

. , . n um traço de una malícia: os olhos olham eprazer e vida. Ao depois começaram as exigen- *ciap;easduas estreüinhas de café cantante, a flamma que os accende parece emergir das

já raivosas, batiam o pé e diziam coisas feias, profundezas mais intimas do ser. O artistase ao primeiro signal não fosse logo. satisfeito ££ sentado, de mãos cruzadas sobre os joe-o mais extravagante capricho. . ._ ,, . , r • lhos, o corpo muito a vontade e a sua attitudeE d ahi, para passarem o pé, 101 um rpUlo de descuido é surprehendida e fixada hábil-

Mudaram-se com armas e bagagens—a mente. As mãos que como diz HoussayeHenriette cahio nos braços de um inglez ver- (ambem teem a sua physionomia são excellen-melho e apatacado ; Marie, aliás, um bellotypo de mulher hysterica, deitou idylio porum offlcial de marinha.

Seduzio-a,talvez, o brilho dos uniformes...

Os meus dous amigos, como se vê, c<:usmarinheiros de primeira viagem, nunca maisendireitaram a vida. Começaram por tomarhorror ao trabalho e acabaram por exceder-se

tes, magras e nervosas, o caracter magistral-

mente articulado, o desenho sóbrio e cerrado,

o relevo notável de cabeça, modelada com per-feição, a còr luminosa e doce sem ser molle,

fazemd'esta pintura um trecho de psychologia

polychroma.Belmiro é porventura,o único pintor brazi-

leiro que comprehendendo ser indispensável

em bebidas. Uma desgraça ; afogavam suas para crear uma arte com feição própria, re-maguas no álcool. E não tardou um semestre

que os dous se fossem para as bandas dodesconhecido.

E eu levei-os á ultima morada.

Dize-me, agora, leitor queridous amigos foram ou não dous

correr ás fontes nacionaes, exprimir figuras e

costumes typicos, procura orientar nesse sen-

tido o seu esforço.

Prova-o um quadro em que está traba-

lhando, no qual fixa um episódio,impressivo e

^ > de emoção, da vida dos primeiros emi-

ssis<"irites P°rtuguezes na Vera Cruz. No Brazil,mais patetas? Pagaram com aí" . ¦ . >:,. . r^ ,

j.^ ^ _ ^.j*?f 5 e nação-aa mais do que em Portugal, apintura de

f!ft !

V. de AlgeraIV

acreditarem que, em theatro, tud<% .ção —desde as pernas que se vl|' ' *Í£o àtumes e apintura histórica está inteira-

amor das mulheres... mücl2ente por fazer, e comtudo as scenas tão ca-

;- 'racteristicas e os homens tão cheios de perso-nalidade dos seus estados, a vida tão expres-

siva e tão diversa dos seus povos, tendo como

fundo ora a paysagem augusta das serranias

Foi-nos gentilmeute offerecido um exem- de Minas, ora as florestas do Amazonas, os

plar dos Satelletites, versos de Vital Fonte- valles doces de S. Paulo ou as cordilheirasnelle. O livro elegantemente impresso nas trágicas da Serra do Mar; a historia tão dra-

A linha do céo é a própria tela. O verde

è baço, porém, a outra, os Salgueiros, é ao

contrario tão pormenorisada, tão miudinha,

d'uma tal mesquinhez de recortes, tão exage-

radamente detalhada nas ultimas minúcias de

traço, cada haste deherva apercebendo-se aca-

bada com tal nitidez, que irrita.

O campo não foi visto por um pintor mas

olhado por um photographo. Para fazer uma

obra d'arte não basta copiar é preciso inter-

pretar. Obra d'arte è a que reproduz a emo-

ção psychologica experimentada pelo artista

deante da Natureza, emoção que não passa a

maior parte das vezes d'uma sensação produ-

zida por uma determinada symphonia de cò-

res ou particular «harmonia de linhas,

Esta paysagem sobretudo é fria, polar-

mente fria, o que choca n'um artista cujos

olhos foram educados nesse resplandecente

Brazil, de luz quente e de paysagem verde e

biro. Se no Sr. Madruga o desenhista é

excellente, o colorista é gelado. Faltam-lhe os

ardores generosos que fazem do conflicto das

cores e da manobra do pincel um prazer, uma

festa para os olhos. Possue de certo o dom

essencial, o da exactidão e da sinceridade,

não só no levantamento das formas e na trans-

cripção das silhuetas mas na justaposição das

notas coloridas.Precisa porem de commo-

ver-se, ser mais luminoso e menos linear, e

deixar a sua imaginação que, como a de todos

os brazileiros é de certo poderosa, drapejar a

a todos os ventos e bater todos os caminhos.

Sobretudo vá ao calor, á luz, a tudo o que

vibra, palpita, estremece e canta !

Todas as vezes que deparamos com um

lettreiro de barbeiro pensamos logo nos nos-

soslargos.A' primeira vista não se atina com a ana-

logia que possa existir entre uma tabolêta de

barbeiro e uma praça carioca, mas attenden-

do-se a que não ha corredor ou quartinho de

figaro que dispense o titulo de Salão, com-

prehender-se-á a rasão do paralello.Esta mania de grandesas encontrou o me-

lhor dos elementos nesta capital. Se não ha

barbeiro que julgue a suacasinhola desmere-

cedora do pomposo nome de Salão, não ha

também hotel que não seja Grande, por mais

modesto e acanhado.

Queremos acreditar que semelhante presum-

pção tenha sua origem na ironia municipal de

baptisar com o nome de largos umas pobres

praças de cacaracá e uns pedaços de rua entre

quatro paredes. O exemplo vem de cima.

Senão; veja o leitor quantos largos estrei-

tos esta prefeiturial cidade possue e possuírapor toda a eternidade:

O largo da Sé ou largo do Rosário, é um

pedaço de terreno da largura da rua de São

Joaquim, hoje Floriano Peixoto ; o largo da

Batalha, nas proximidades do arsenal, que é

uma cousinha tortuosa capaz de ser quebra na-

rizes, Becco do Cotovello, viélladas encruzi-

lhadas, tudo, menos um largo : o largo de S.

Francisco cujas dimensões não excedem á dez-

oito metros, o largo de São Domingos que é

duas vezes menor que o estreito largo de São

Francisco ! e todos os demais largos que em-

bellezam a capital da Republica.

RECEITAS DO MERCÚRIO

ofíicinas Mont'Alverue, é prefaciado pelo par-nasiano Alberto de Oliveira. Fica para brevea nossa impressão de leitura, mesmo porquesomos contrários aos recebemos e agrade-cemos. ..

"O mCRCaRIO" vNAS ARTES

Mulheres de TheatrosEstas palavras dizem muito ; até servem

para lhes contar uma historia verdadeira:Nós éramos três inseparáveis—o Almeida,

o Gomes e eu. Morávamos juntos e andávamossempre os três.

Os meus dois camaradas apaixonaram-see, de então para cá, o alegre commodo que ha-bitavamos, nas Larangeiras, passou a ter duascamas vasias...

matica dos bandeirantes,o pictoresco jornadeardos tropeiros e a epopéa dos tamoyos, sãouma mina d'agua borbulhante e pura onde

desalterar as sedes dos artistas. Oxalá que o

Estado brazileiro saiba aproveitar faculdades

qne permittem ao artista realizar as grandesdecorações reflectidas, cheias de harmonia e

de poder, que elle sonha e onde vive e se

fixa toda a vida brasileira.

O Sr. Manoel Madruga, que nos dá duas

paysagens, é senão um mestre, pelo menos um

No explendido magazine Revista Moder- virtuose que sabe pintar mas a quem a pro-

na, publicado em Paris sob a direcção do Sr. pria virtuosidade prejudica pois a ella se aban-

Botelho, encontramos um bem lançado artigo dona por completo.

do Sr. Domingos Guimarães sobre os artistas Ancioso por revelar a maestria do seu

portuguezes e brazileiros do Salon de 1898. pincel capaz de com igual primor ir da fa-

Tomamos a liberdade de destacar desse ctura mais cursiva á mais mesquinha e deta-

artigo uma parte que se refere a dois artistas lhada, dá-nos duas paysagens que são verda-

nossos, um-já sanccionado pela critica qu-í deiramente a antithese do processo.sempre o distinguio, outro que agora começa Do seu Bosque, onde um rebanho de car-

e já brilhantemente neiros pascenta, recebe-se uma impressão

«Belmiro de Almeida, expõe uma m.?-y.s- magnífica. A tinta é lançada com tanta lar-

trai cabeça de velho artista que é uma^0 '£?1

Ma porta do I»«i»iz:Um polytechnico para outro ao passar

uma haute-mondaine, notável pela belleza e

pequenez das mãos :—Ah ! Alberto, que mãos deliciosas, que

lindas mãos...(Approximàm-se no momento as praças

da ronda).—... zonas!

Dor de dentes

Se o dente estiver furado introduzir nacavidade uma cabeça de phosphoro (marca«olho») e immediatamente chegar-lhe outro

phosphoro aceso. O effeito é instantâneo.Caso o orilicio da carie seja muito peque-

no convém dilatal-o por meio de uma verru-ma bem enferrujada.

decidida e larga parecendo ter sahidfígna, d*

cto n'um golpe de inspiração artisti£

guèzá de pincel que dir-se-hia o artista estarclàintándo unia aquarella mas sem que isto lhe

ejü dique de qualquer modo a solidez?£hV,

« Em um jornal do norte encontramos o

seguinte remédio para as moças que desejamcasar. As nossas gentilissimas leitoras nãonecessitam desta receita, porque, bonitas e

elegantes, nãolhe-faltam noivos, mas como areceita é engraçada reproduzimol-a, a titulode curiosidade:

Toda a mulher que quizer casar deve sahirde casa e seguir sempre o lado direito das

ruas, entrar em um armarinho, pedir ummetro de fita verde e voltar para casa pelomesmo lado direito. A's 9 horas da noite fitaráos olhos em três estrellas e dirá: .

« Três estrellas no céo vejo eu, e a Jesusquatro ; e esta fita na minha perna ato paraque fulano não possa comer, nem beber, nemdescançar. sem commigo casar.»

Isto repete-se três vezes e vae se dando debada vez um nó na fita verde.»

Alexandre Dumas, pai, assistindo umarepresentação de (Afaria Stuart, sendo o pa-pel da protogonista interpretado pela celebreAdelaide Ristori, pôz-se a exclamar em umadas scenas :

—Bravo !... Bravíssimo!.. . Mas, porDeus, esta é a Mars, a Lecouvreur, a Claíron,a Duchesnsis, Lekaim, Talma, Kean !... Quegrandeza !... Que talento !... Bravo!... Bra-vissimo !...

Um espectador próximo objectou timida-mente:

Queira perdoar, Sr. Dumas, mas aRachel..,

Qual Rachel, exclamou Dumas brus-camente: para apreciar com acerto o gênioda Ristori é necessário conhecer-se a fundo oitaliano... O senhor sabe bem o italiano ?

Sim, senhor!... - Tanto como o senr. ofrancez.

Então, meu amigo — observou Dumascom a maior tranquillidade d'este mundo — osenhor não sabe italiano...

FLOR TRIÜMPHft#«

Maria Martha morava-me em frente, sob

tardes, o seu busto erecto, de uma elegânciafidalga, lembrando as velhas cortes, surdia-me

JKS; r- -A»

: jninos, os quadris amplos e por sob a que-4prouxa do seu vestido, sentia-se-lhe ó dese-'"híío êsbelto, extenso das pernas, desde a tu-

midez branda do cimo até em aíiíamento gra-dual de palmeira invertida, o extremo dos pésnervosos, compridos e seccos. O collò pe-

„ moraya-meem irente, soo queno e tufo e as mãos tinha-as brancas', mui-a telha francesa e os lambrequins chineses de toclaras _ dedos longos. acartuxaHn* " A,

um chalet azul, e, porvezes, na suavidade dastoclaras — dedos longos, acartuxados, deunhas tratadas.

Pela estampa, pela soberbia do olhar,de súbito na aberta daspersianas descerradas Pe^a altivez da bellesa, chamavam-n'a nobair-e alli se ficava, momentos de contemplação—a f°—Rainha—com sarcasmos máos na boccàcabeça loura e linda no encaixe em quadro da invejosa, mas, eu, a mim, chamava-a então—janella escancara—como uma madona de Flor Tnumphal!— E ella o era, e como umFranz-Hall, na talha ramalhosa de uma mol- mysterio sacro e sumptuoso de uma religiãodura flamenga. estranha^/7d/*-ínrea—pelo olhar, pela figura,

Era alta, do contorno plástico de uma es- Pel° espirito : amorphophalla quemata, rosatatua antiga, na linha esguia e nobre de uma <lue extasia e nymphéa que adorna !...cegonha isolada ; a carnação dos trint'annos Entre os assíduos do marido, um havia—

cursista ou lente, diziam uns, de uma academiaqualquer; caixeiro ou sócio, afirmavam ou-tros, de um armazém de modas; deputado,talvez. Sei lá... Usavapolainas brancas.

Uma tarde — tarde aquella !.-._. — ouvigritos agudos través as persianas cerra-das do chalet e que, a meus ouvidos eram, vezem vez, appellos soffregos de soccorro, abafa-dos em garganta supplice pela maldade deuma mão homicida.

Em pouco, dois dos postigos do pavimen-to alto dos dormitórios, ahriram-se impulsa-dos com impeto e se ficou a janella como umabocca que se descerrasse de improviso no des-mesuradamento de um grito, mas, grito inter-rompido, grito que não sahisse e que a deixas-se aberta, na expressão muda de uma surpresaterrível!...

Era a criada, a Florinda, com os cabellosrevoltos, o olhar ainda cheio da assistência deum crime e os gestos desordenados...

—Visinho,- acuda!... O patrão está ma-tando minh'ama !...

Em seguida, recolheu e, instantes depois,vi-a atravessar o jardim, abrir nervosa o portãoe escapar-se aterrorisada para a rua.

Logo se me acudiu o presentimento : —Ah! O caixeiro!... O deputado!... Bem osuspeitava.

O resto pouco importa—entrou na esphe-ra banal dos noticiários. Fez-se o inquérito.Veio o delegado e, com o delegado, a boçali-dade dos agentes e a soldadesca agarotada,de Kepi ánuca e.ares torpes.

Foi pela plangencia de uma A ve-Maria,quando sinos dobravam, que o seu enterro

sahio. O caixão era extenso, de extremo a ex-tramo, e orlado todo d'agaloados d'ouro.

A cauda das carruagens do acompanha-mento, ao primeiro arranco do carro fúnebre,colleou atraz em estrépitos, pela estreitesa darua arborisada. A ultima, um velho calecheda praça—lembra-me agora—tinha o numero—1003—em lettras brancas, já gastas, n'muoval marinho de orlas pretas.

Ao voltar a quina as fitas longas de umagrinalda acenaram átraz uma saudade, umchamado, um ultimo adeus^.';.-

Mezes depois, pelo frçsçof matinái de; umdomingo,levaram-me o acásqie'os passoCsemdestino a enfrentar, de imprevistói urn.põrtãò,,alto, de batentes de ferro e cántarias' pesiadas,com legenda latina no frontal, .x ¦ .: "

^Homens de preto á soleira, /Uiàmáram-me

os olhos. Entravam mulheres com braçadasde flores. Entrei.. .

Era um cemitério. Li-lhe o dístico : o deS. João.

As águas da véspera tinham lavado os tu-mulos e pôr entre o alvejar dos mausuléos aplantação vicejava florida.

Estava alegre, assim, aquelle lugar triste..Aqui um pai, além um irmão, um amigo.

Porvezes, a dôr gravava sincera a saudade nalápide e, porvezes, a vaidade pesava pedreirasde Garrara e diecionarios de epitaphios sobrea corne devorada pela voracidade da larva ou.sobre a carcassa ãmarellecida no fundo dosjazigos. :

Para lá do Cruzeiro era o quadro dos pè-,queninos túmulos. E n'esses, para que a ins-cripção?... Uma só vez sabido, uma só vezmostrado, sem um nome, sem um algarismosiquer, ah ! dos passos que irão certos aliachar-lhes o lugar...

Acima, já na encosta escavada do morro,ficava O novo quadro, acerescido pelos últimosenterramentos.

Os mármores eram ainda poucos e eramainda claros.

Em um, a lettra negra contrastava com obranco da pedra :— Maria Martha.

Quem lhe puzera a lapide, o marido ouo amante, não lhe reunira ao nome o appellidoque, em um dia festivo e de gozo, um pretor eum padre tinham lançado, em bastardo offi-ciai e ecclesiastico, nas paginas solemnes deuns_ livros volumosos, um na immundiciepoeirenta de uma pretoria e o outro na sombrafria de um consistorio.

Maria Martha— só, em gothico largo e,abaixo, em umdosangulos da pedra, a data :— 23-AbriL

Da cruz. de um mármore cinzento comtonancias escuras, pendiam duas grínaldas.

A chuva apagara os dísticos das fitas edesbotara as corollas artificiaes.

Estavam ali como saudades sem palavrasque já se vão amortecendo com o tempo.

A um dos lados do tumuló,uma grande ro-seira irrompia da terra os galhos robustos defolhas. largas e espinhos brutaes, curvos aopróprio peso para sobre o mármore, a ensom-brar o espaço em branco entre o nome e a data.

No extremo- alto dê uma das hastes,. abria-se ao sol da manhã uma rosa enorme epurpura, de calix negro, velludoso e petalos. polpudos, como se feita de cera, revestida de

. pellos e embebida em sangue.À haste a que se prendia, emergia justa-mente èin curva de dentro a cova de Maria

Mártha,-por uma brochado muro, a um bordodo mármore, é, vinda assim da seiva da suacarne, aquella flor exhubere trazia para a luz,n'uma opulencia gloriosa, todo o esplendordo seu corpo de outr'ora e toda a herança dasua belleza. E como ella o fora em vida, naflora feminina^ aquella igualmente era, entreas outras em viço, nos túmulos brancos doquadro:— Flor Triumphal!

E aqui têm, e aqui está, singello e fácil,todo o epílogo de uma mulher adultera, uma,que eu soube, uma que vi, soberba e alta, docontorno plástico de uma estatua antiga, nalinha esguia e nobre de uma cegonha isolada

Maria Martha!...

Lima Campos. ¦-

j^ ^

v:--:<; ¦