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As águas do Rio São Francisco conduzem os engenheirandos da FEFAAP ao sertão de Pernambuco, descortinando um conjunto de obras de engenharia civil. Na semana de 22 a 25 de maio de 2011 uma comitiva da FEFAAP - Faculdade de Engenharia Civil da Fundação Armando Alvares Penteado formada pelos alunos dos cursos de Engenharia – Alexandre Zacharias Khalil, Gabriel Negrão Mangabeira Albernaz, Marlon Ceni, Alexandre Miranda Paschoal, Amanda Luiz Marcondes, Ana Cláudia Massa Nunes, Andressa Carvalho Ascino, André Martini, Bernardo Bastos Pereira dos Santos, Carlos Albert Kamilos Filho, Bruna Luiz Kamilos, Hanine Ziad Mahmoud, Fatat Yasmin Ahmad, Eduardo Zarzur Alberto, Ergon de Abreu Jansen, Fabricio Mofarrej Recchia, Felipe Seide Anagusko, Gabriel Teixeira Ferreira, Giuliano Silva de Oliveira, Ivan Waldomiro Chohfi Cury Zarzur, Leonardo Barril Casado, Luiz Felipe Ranieri Murat, João Otávio Vechiato Padovani, Thomas Hering Garreta, Kaue Ramos Cardoso de Moraes, Iliana Stiefelmann, Lorena Garcia Borges, Stella Marys Della Flora, Max Stiefelmann, Sérgio Lima Gratival Filho, Mohamed Ali Osman, Paulo Octávio de Moura Ribeiro Cortese, Pedro Rodrigues Torres de Freitas Coelho, Rodrigo Ordacowski Duarte e, pelo professor Pedro José da Silva (Coordenador do Curso de Engenharia Civil), visitou as obras de Transposição das Águas do Rio São Francisco, também conhecida Obras de Integração do rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional. Vale destacar que, por se tratar de uma visita técnica, a operação de logística que compreendeu desde o transporte até a estadia da comitiva nas cidades Juazeiro do Norte – CE e Salgueiro - PE, ficou sob a responsabilidade do centro iNOVA de Tecnologia da FAAP, e mais, todo o processo de viabilização da visita esteve a cargo do professor Francisco Carlos Palleta (Diretor das Faculdades de Engenharia e de Computação e Informática). A comitiva da FEFAAP expressa todo o seu agradecimento ao Sr. José Osmar Ferreira. Comitiva da FEFAAP em visita obras de Transposição das Águas do Rio São Francisco.

As águas do Rio São Francisco conduzem os engenheirandos

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Page 1: As águas do Rio São Francisco conduzem os engenheirandos

As águas do Rio São Francisco conduzem os engenheirandos da FEFAAP ao sertão de Pernambuco, descortinando um conjunto de obras de

engenharia civil.

Na semana de 22 a 25 de maio de 2011 uma comitiva da FEFAAP - Faculdade de Engenharia Civil da Fundação Armando Alvares Penteado formada pelos alunos dos cursos de Engenharia – Alexandre Zacharias Khalil, Gabriel Negrão Mangabeira Albernaz, Marlon Ceni, Alexandre Miranda Paschoal, Amanda Luiz Marcondes, Ana Cláudia Massa Nunes, Andressa Carvalho Ascino, André Martini, Bernardo Bastos Pereira dos Santos, Carlos Albert Kamilos Filho, Bruna Luiz Kamilos, Hanine Ziad Mahmoud, Fatat Yasmin Ahmad, Eduardo Zarzur Alberto, Ergon de Abreu Jansen, Fabricio Mofarrej Recchia, Felipe Seide Anagusko, Gabriel Teixeira Ferreira, Giuliano Silva de Oliveira, Ivan Waldomiro Chohfi Cury Zarzur, Leonardo Barril Casado, Luiz Felipe Ranieri Murat, João Otávio Vechiato Padovani, Thomas Hering Garreta, Kaue Ramos Cardoso de Moraes, Iliana Stiefelmann, Lorena Garcia Borges, Stella Marys Della Flora, Max Stiefelmann, Sérgio Lima Gratival Filho, Mohamed Ali Osman, Paulo Octávio de Moura Ribeiro Cortese, Pedro Rodrigues Torres de Freitas Coelho, Rodrigo Ordacowski Duarte e, pelo professor Pedro José da Silva (Coordenador do Curso de Engenharia Civil), visitou as obras de Transposição das Águas do Rio São Francisco, também conhecida Obras de Integração do rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional. Vale destacar que, por se tratar de uma visita técnica, a operação de logística que compreendeu desde o transporte até a estadia da comitiva nas cidades Juazeiro do Norte – CE e Salgueiro - PE, ficou sob a responsabilidade do centro iNOVA de Tecnologia da FAAP, e mais, todo o processo de viabilização da visita esteve a cargo do professor Francisco Carlos Palleta (Diretor das Faculdades de Engenharia e de Computação e Informática). A comitiva da FEFAAP expressa todo o seu agradecimento ao Sr. José Osmar Ferreira.

Comitiva da FEFAAP em visita obras de Transposição das Águas do Rio São Francisco.

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A idéia do Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do

Nordeste Setentrional existe desde a época de D. Pedro II, e naquela época já se

previa a construção de dois canais, com um total de 700 km de extensão para levar

a água do maior rio do Nordeste para as áreas de Pernambuco, Paraíba, Ceará e

Rio grande do Norte.

Mapa demonstrativo da trajetória do Rio São Francisco.

Page 3: As águas do Rio São Francisco conduzem os engenheirandos

Os desafios e arrojo tecnológico do projeto e, da implantação da obra de engenharia

civil de Transposição das Águas do Rio São Francisco despertou, inicialmente no Prof.

Me. Paulo Afonso Cerqueira Luz, Professor da disciplina Mecânica dos Solos e

Fundações, e no Prof. Dr. Pedro José da Silva, Coordenador do Curso de Engenharia

Civil, a adoção de procedimentos para a realização da referida visita, onde está

sendo construído o maior túnel, para transporte de água da América Latina, o

Cuncas 1, com 15 quilômetros de extensão, localizado na zona rural de São José das

Piranhas, no alto sertão paraibano.

Modelo Físico das Obras de Transposição das Águas do Rio São Francisco

O São Francisco é um dos maiores e mais importantes rios do País e símbolo de

integração nacional. Ligas as regiões Sudeste e Centro-Oeste ao Nordeste. Das suas

nascentes, na serra da Canastra, em Minas Gerais, até a sua foz, na divisa de Sergipe

com Alagoas, o rio percorre 2.700 quilômetros, banhando cinco estados brasileiros,

desempenhando papel socioeconômico fundamental para os municípios que o

margeiam. É por estas razões que qualquer projeto do governo que envolva o Velho

Chico gera expectativas, dúvidas e, em muitos casos, protestos (Guinoza, 2011).

Page 4: As águas do Rio São Francisco conduzem os engenheirandos

Objetivos do Projeto das Obras de Transposição das Águas do Rio São Francisco.

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Projetos de Transposição das Águas, em alguns, rios de diferentes países.

Page 6: As águas do Rio São Francisco conduzem os engenheirandos

Visita ao EIXO NORTE

Bacias Hidrográficas Atendidas pelo Projeto, e as Áreas de influência do Empreendimento.

Page 7: As águas do Rio São Francisco conduzem os engenheirandos

Desde o início, a transposição, chamada por muitos de “megalomaníaca”, causou polêmica. Para aqueles que se opõem, o rio não irá resistir

a mais essa agressão: existiam soluções mais baratas e eficientes; não foram realizados estudos sérios sobre os impactos ambientais; e as

populações ribeirinhas e indígenas da região seriam prejudicadas. As mais diferentes queixas vindas de diferentes partes do Brasil, e inclusive

de Organizações Não Governamentais internacionais não foram suficientes para convencer o Governo Federal a recuar (Guinoza, 2011).

Em junho de 2007, cinquenta homens deslocados do 2o Batalhão de Engenharia do Exército deram início à obra, na cidade de Cabrobó.

O projeto de transposição das águas do São Francisco é composto por dois eixos, a saber:

Eixo Norte (Eixo Visitado) – a captação de água ocorre próximo à cidade de Cabrobó, em Pernambuco, e dali a água percorrerá 426 km

até rios Salgado e Jaguaribe, no Ceará; Apodi, no Rio Grande do Norte; e Piranhas-Açu, na Paraíba e no Rio Grande do Norte. Ao cruzar

Pernambuco, o eixo irá fornecer água para os municípios inseridos em três sub-bacias do rio São Francisco: Brígida, Terra Nova e Pajeú. Para

atender a região de Brígida, no oeste de Pernambucano, será construído um ramal de 110 quilômetros de comprimento que levará parte da

vazão do Eixo Norte para os açudes Entre Montes e chapéu. O Eixo Norte conta com 45% de execução (Guinoza, 2011).

Eixo Leste – a captação de água acontece a partir do lago da barragem de Itaparica, no município pernambucano de Floresta (Trecho

Visitado pela Comitiva da FEFAAP). A água seguirá por 286 km até o rio Paraíba, após deixar parte da vazão nas bacias do Pajeú e

Moxotó. Para abastecer a região agreste de Pernambuco, o projeto ainda prevê a construção de um ramal de 70 km que interligará o Eixo

Leste à bacia do rio Ipojucá. O Eixo Leste está com 70% de avanço (Guinoza, 2011).

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Perfil Longitudinal das Obras do Eixo Norte

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Os canais abertos de secção trapezoidal, 6 m de profundidade e 24 m de largura, são

impermeabilizados com uma geomembrana e protegidos por uma camada de 5 cm

de concreto. Para enfrentar os obstáculos da natureza, serão construídos túneis nas

regiões de maior altitude e nove estações de bombeamento para elevar a água nas

barreiras impostas pelo relevo.

Vista do de dois instantes de um mesmo canal artificial; um deles margens e fundo sem revestimento, o outro margens e fundos revestidos.

Vista parcial de um trecho do Rio São Francisco.

Page 10: As águas do Rio São Francisco conduzem os engenheirandos

Localização da tomada d’ água, no Rio São Francisco, para alimentação do canal artificial captação de água, próxima à cidade de Cabrobó, em Pernambuco.

Início das obras de corte do solo para execução do canal artificial.

Page 11: As águas do Rio São Francisco conduzem os engenheirandos

Revestimento do canal artificial, margens e fundo, com geomembrana e colchão reno.

Detalhe da geomembrana e do colchão reno.

Page 12: As águas do Rio São Francisco conduzem os engenheirandos

Vista aérea do Rio São Francisco e, de um trecho do canal artificial referente ao Eixo Norte.

Trecho canal artificial, referente ao Eixo Norte, pronto para receber as águas do Rio São Francisco.

Page 13: As águas do Rio São Francisco conduzem os engenheirandos

Trecho da Implantação das Obras de Transposição – Eixo Norte

Obra de Transposição das Águas do Rio São Francisco – Aqueduto. Nos dois eixos serão construídos 50 km de túneis e 16 km de aquedutos, permitindo que a

água atravesse serras e vales. Estão previstas ainda as construções de seis hidrelétricas, 26

barragens para regularizar a vazão de água e 11 estações de bombeamento, com objetivo de

fornecer energia para a água, de modo a tornar possível o vencimento de elevações até

300m de altura.

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Vista Geral das escavações da estação elevatória EB – VI situada no Eixo Leste A transposição – ou integração do rio São Francisco com bacias hidrográficas do

Nordeste Setentrional – e umas das principais obras do Programa de Aceleração do

Crescimento (PAC). Inicialmente, a conclusão das obras de transposição do São

Francisco seria em 2010, porém as construtoras e consórcios responsáveis pelas

operações pediram majoração e ampliação de prazos. Os resultados dessas ações

foram: um salto do custo total de R$ 5 bilhões para R$ 7 bilhões, e os prazos para a

finalização das obras foram estendidos. O Eixo Leste deverá ser concluído em

dezembro de 2012; e o Eixo Norte, em dezembro de 2013. As obras de transposição

das águas do rio São Francisco, que compreende os Eixos Norte e Leste, contemplam

catorze lotes de obras (Guinoza, 2011).

Page 15: As águas do Rio São Francisco conduzem os engenheirandos

Encerramento da Visita Técnica - Comitiva da FEFAAP

Comitiva da Faculdade de Engenharia da Fundação Armando Alvares Penteado em Visita a Imagem do Padre Cícero, Juazeiro do Norte/CE

Page 16: As águas do Rio São Francisco conduzem os engenheirandos

Na realização da Visita Técnica as Obras de Transposição das Águas do Rio São

Francisco existe a aprendizagem de um conteúdo não técnico, mas sim social. Aquele

conhecimento que nos ensina a ser uma pessoa melhor, aquele conhecimento oriundo

de uma gente que com olhos de ver, enxerga para a sua região a conquista concreta

da economia, as potencialidades de desenvolvimento, a capacidade empreendedora

da sua população, a riqueza cultural e a exuberância da natureza. Entender esse

conhecimento é se colocar aos pés da imagem do Padre Cicero e descortinar outra

realidade.

Texto: Prof. Dr. Pedro José da Silva

Fotos: Alunos do 5o ano da FEFAAP; Prof. Me. Paulo Afonso Cerqueira Luz.

Texto – trechos referenciados – GUINOZA, M. (2011). O velho Chico em

obras. O Empreiteiro: Amazônia, a última fronteira hidrelétrica do país, Edição

Especial – 500 Grandes da Construção & Ranking da Engenharia Brasileira, n

499, p. 176 – 177.