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Políticas de Comunicação
As políticas de comunicação no período democrático:
Anos 1990
Luiz Felipe Ferreira StevanimMestrando ECO/UFRJ
[email protected]@luizfstevanim
Políticas de Comunicação
Televisão massiva(broadcasting)
Televisão segmentada
(narrowcasting)
Mudanças históricas: TelevisãoAnos 1980-90
Declínio dos monopólios estatais (Europa, Ásia e África)
Capital estrangeiro
Produção de programas: mais descentralizada
Concentração de operadoras
Políticas de Comunicação
Mudanças históricas: TelevisãoAnos 1980-90
Convergência – Tecnologia, Espaços e Modelos Políticos-Institucionais
Mudança no modelo de negócios: serviço pago
Tecnologia: digitalização
Telecomunicações e Radiodifusão: para onde vão?
Questão emergente: muda o papel do/a telespectador/a?
Políticas de Comunicação
Estado Setor privado
Modelo histórico de políticas de comunicação no Brasil:
(relação solidária)
E a sociedade civil?
Pressão começa antes da Constituição, mas ganha forças a partir dela
Políticas de Comunicação
Antecedentes – Lei do Cabo
1974: Tentativa de implantar a televisão a cabo por decretoAcordo entre empresários da radiodifusão e o ministro
das Comunicações Euclides Quandt de Oliveira
Denúncia do Movimento Nacional de Luta por Políticas Democráticas de Comunicação
Associação para a Proteção da Cultura (APC)Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ)Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa da
Comunicação (Abepec)
Mobilização social – Resistência e Paciência
Políticas de Comunicação
Primeiras regulamentações
Governo Sarney, ministro ACM: regulamentação por portarias
Portaria n. 143 de 1988: Serviço de Recepção de Sinais de TV via Satélite e sua Distribuição por Meios Físicos a UsuáriosPortaria n. 250 de 1989: Distribuição de Sinais de TV por Meios Físicos – DISTV
Governo Collor: 98 outorgasServiço prestado por pequenos e médios empresários1991: interrupção das outorgas
Regulação mínima, laissez-faire máximo
Políticas de Comunicação
Debates públicos sobre a cabodifusão
a) Secretaria Nacional de Comunicações (1991, governo Collor):TV a cabo como serviço “especial” de telecomunicações (não carece de regulamentação própria)
b) Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação: a cabodifusão tem características similares à radiodifusão
Projeto do deputado Tilden Santiago (PT-MG) – debate entre empresários, governo e setores sociais
FNDC/Telebrás x ABTA (Globo/Abril)
Políticas de Comunicação
Lei do Cabo (1995) – Princípios
•Rede única
•Rede pública – acesso não-discriminado (“commom carriage”)
•Participação da sociedade
•Operação privada
•Coexistência das redes privadas e as das concessionárias de telecomunicações
Políticas de Comunicação
Lei do Cabo – Lei 8977 de 1995
“Art. 3º O Serviço de TV a Cabo é destinado a promover a cultura universal e nacional, a diversidade de fontes de informação, o lazer e o entretenimento, a pluralidade política e o desenvolvimento social e econômico do País”
Outorga: cabe ao Executivo (sem passar pelo Congresso), por prazo de 15 anos, com possibilidade de até 49% de capital estrangeiro
30 % dos canais devem ser de programadoras não vinculadas a operadora
Políticas de Comunicação
Sistema de canais – Lei do Cabo
Canais básicos de utilização gratuita
a) Canais abertos (VHF e UHF)b) Canal Legislativo Municipal/Estadualc) Canal da Câmara dos Deputadosd) Canal do Senado Federale) Canal Universitáriof) Canal educativo-culturalg) Canal comunitárioh) Canal Reservado ao Supremo Tribunal Federal
Canais destinados à prestação eventual de serviçoCanais destinados à prestação permanente de serviço
Políticas de Comunicação
Canais básicos de utilização gratuita
Canais Ligação Perfil FinanciamentoGestão
TV Câmara Câmara dos Deputados Divulgação Institucional
Estatal
TV Senado Senado Federal Divulgação Institucional
Estatal
TV Justiça Supremo Tribunal Federal Divulgação Institucional
Estatal
NBR Empresa Brasil de Comunicação
Divulgação Institucional
Estatal
TV das Assembleias Legislativas
Legislativos estadual e municipal
Divulgação Institucional
Estatal
Canal Universitário Universidades públicas, privadas e confessionais
Divulgação Institucional
Universidades
Canal Comunitário Instituições comunitárias, por meio de acordo com a operadora
Divulgação Institucional
Organizações da sociedade civil
Políticas de Comunicação
Tecnologias
CaboLei do Cabo (1995)
MMDS (Serviço de Distribuição Multiponto Multicanal)Decreto 2196 de 1997 (serviços especiais) e Portaria
254 de 1997
TVA (Advanced Television)Decretos 95744 e 95815 de 1988
DTH (Direct to Home)Decreto 2196 de 1997 (serviços especiais) e Portaria
321 de 1997
Políticas de Comunicação
0,4
1,41,8
2,5 2,6 2,83,4 3,6
3,9
4,6
6,3
TV por assinatura (números absolutos - mi)
94 9695 02 04 06 0898 99 0097
Fonte: Anatel
Políticas de Comunicação
0,30,6
1,1
1,5 1,5 1,6
2 2 2,1
2,5
3,3
TV por assinatura (densidade - mi)
94 9695 02 04 06 0898 99 0097
Fonte: Anatel
Políticas de Comunicação
Distribuição do serviço (por localidade)
Fonte: Anatel 2000
513 16 14
44
84
65
110125
50
70 75
13 16 16
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
979899
Políticas de Comunicação
Distribuição dos serviços (por sistema)
Fonte: Anatel
Outorgas
2510
236
73
185
128
34
75
112
39
MMDS Cabo DTH TVA
Total
em operação
em instalação
Operadoras
29
111
14
22
Ano 2000 Ano 2008
TVA
DTH MMDS
Cabo
Políticas de Comunicação
Operadores privados
Dois grandes operadores: NET e Sky Brasil
Globo + News Corporation + Televisa: Sky (DTH)
Grupo Abril + Hughes Communications (GM) + Cisneros + MVS Multivision: DirecTV (DTH)
2005-2006: fusão Sky-DirecTV
TVA (Grupo Abril e Telefônica): Cabo e MMDS
NET: Globo Cabo + Telmex (Carlos Slim)
Políticas de Comunicação
E a velha televisão como fica?
Fragmentação da oferta
Novos negócios, velhas habilidades: Programadora GloboSat (GlobeNews, GNT, Multishow, SportTV, Futura, Canal Brasil e canais associados, como Megapix, Universal ) – além do pay per view (campeonatos de futebol, PFC)
Políticas de Comunicação
Direito à comunicação
Escola de ComunicaçãoUniversidade Federal do Rio de Janeiro
Disciplina: Políticas de Comunicação
Professores:Suzy dos Santos
Luiz Felipe Ferreira Stevanim
Maio de 2010