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ASPECTOS GEOLÓGICOS DA FOLHA TAPAIUNA – MIR 298 (SC.21-Y-B) – MEMÓRIA TÉCNICA Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas NÍVEL COMPILATÓRIO DSEE-GL-MT-012

ASPECTOS GEOLÓGICOS DA FOLHA TAPAIUNA · principais estruturas geolÓgicas 10 5. recursos minerais 11 5.1. jazimentos minerais 11 5.2. situaÇÃo legal 12 6. poÇos

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ASPECTOS GEOLÓGICOS DA FOLHA TAPAIUNA – MIR 298 (SC.21-Y-B) – MEMÓRIA TÉCNICA Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas NÍVEL COMPILATÓRIO DSEE-GL-MT-012

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PLANO DA OBRA

PROJETO DE DESENVOLVIMENTO AGROAMBIENTAL DO ESTADO DE MATO GROSSO - PRODEAGRO

ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO: DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO DO ESTADO DE MATO GROSSO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA 2ª APROXIMAÇÃO

Parte 1: Consolidação de Dados Secundários

Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas

Parte 3: Integração Temática

Parte 4: Consolidação das Unidades

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Governo do Estado de Mato Grosso Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral (SEPLAN) Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD)

PROJETO DE DESENVOLVIMENTO AGROAMBIENTAL DO ESTADO DE MATO GROSSO - PRODEAGRO

ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO: DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO DO ESTADO DE MATO GROSSO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA 2ª APROXIMAÇÃO

ASPECTOS GEOLÓGICOS DA FOLHA TAPAIUNA – MIR 298 (SC.21-Y-B) – MEMÓRIA TÉCNICA

Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas NÍVEL COMPILATÓRIO

MÁRIO VITAL DOS SANTOS

CUIABÁ

MAIO, 2000

CNEC - Engenharia S.A.

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GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO Dante Martins de Oliveira

VICE-GOVERNADOR José Rogério Salles

SECRETÁRIO DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL Guilherme Frederico de Moura Müller

SUB SECRETÁRIO João José de Amorim

GERENTE ESTADUAL DO PRODEAGRO Mário Ney de Oliveira Teixeira

COORDENADORA DO ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO Márcia Silva Pereira Rivera

MONITOR TÉCNICO DO ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO Wagner de Oliveira Filippetti

ADMINISTRADOR TÉCNICO DO PNUD Arnaldo Alves Souza Neto

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EQUIPE TÉCNICA DE ACOMPANHAMENTO E SUPERVISÃO DA SEPLAN

Coordenadora do Módulo MARIA LUCIDALVA COSTA MOREIRA (Engª Agrônoma)

Supervisor do Tema JURACI DE OZEDA ALLA FILHO (Geólogo)

Coordenação e Supervisão Cartográfica LIGIA CAMARGO MADRUGA (Engª Cartógrafa)

Supervisão do Banco de Dados GIOVANNI LEÃO ORMOND (Administrador de Banco de Dados)

VICENTE DIAS FILHO (Analista de Sistema)

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EQUIPE TÉCNICA DE EXECUÇÃO

CNEC - Engenharia S.A.

LUIZ MÁRIO TORTORELLO (Gerente do Projeto) KALIL A. A. FARRAN (Coordenador Técnico) MÁRIO VITAL DOS SANTOS (Coordenador Técnico do Meio Físico - Biótico)

TÉCNICA

PAULO CESAR PRESSINOTTI (Geólogo)

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 01

2. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS 03

3. CARACTERIZAÇÃO DAS UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS 04

3.1. COMPLEXO XINGU 05

3.2. GRUPO IRIRI 06

3.3. SUÍTE INTRUSIVA TELES PIRES 07

3.4. FORMAÇÃO DARDANELOS 08

3.5. FORMAÇÃO ARINOS 09

3.6. CORPOS INTRUSIVOS BÁSICOS 10

3.7. ALUVIÕES ATUAIS 10

4. PRINCIPAIS ESTRUTURAS GEOLÓGICAS 10

5. RECURSOS MINERAIS 11

5.1. JAZIMENTOS MINERAIS 11

5.2. SITUAÇÃO LEGAL 12

6. POÇOS TUBULARES PROFUNDOS 13

7. ÁREAS CRÍTICAS E DEGRADADAS 13

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS 14

9. FOTOGRAFIAS 15

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10. BIBLIOGRAFIA 23

ANEXOS

ANEXO I - MAPAS

A001 “PONTOS/ESTAÇÕES GEOLÓGICAS DA FOLHA TAPAIUNA - MIR 298 (SC.21-Y-B) - 1:250.000 (INCLUI A LOCALIZAÇÃO DOS POÇOS TUBULARES PROFUNDOS SELECIONADOS)”

A002 “PRINCIPAIS ASPECTOS GEOLÓGICOS DA FOLHA TAPAIUNA - MIR 298 (SC.21-Y-B) – 1:250.000”

A003 “POTENCIALIDADE MINERAL E SITUAÇÃO LEGAL DA FOLHA TAPAIUNA – MIR 298 (SC.21-Y-B) - 1:250.000”

ANEXO II - RELAÇÃO DAS FICHAS COM DESCRIÇÕES DE CAMPO

ANEXO III - RELAÇÃO DAS FICHAS COM CADASTRO DE JAZIMENTOS MINERAIS E SITUAÇÃO LEGAL

ANEXO IV - RELAÇÃO DAS FICHAS COM CADASTRO DE POÇOS TUBULARES PROFUNDOS SELECIONADOS

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LISTA DE QUADROS

001 RELAÇÃO DOS DADOS FÍSICOS REFERENTES À QUANTIFICAÇÃO DAS INFORMAÇÕES SECUNDÁRIAS E PRIMÁRIAS. 04

002 QUANTIFICAÇÃO DOS TÍTULOS MINERÁRIOS POR “STATUS” DA SITUAÇÃO LEGAL SEGUNDO AS PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS MINERAIS 13

003 PRINCIPAIS DADOS HIDROGEOLÓGICOS REFERENTES AOS POÇOS TUBULARES PROFUNDOS DA FOLHA TAPAIUNA – MIR 298 (SC.21-Y-B). 13

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LISTA DE FIGURAS

001 COLUNA LITOESTRATIGRÁFICA DA FOLHA TAPAIUNA – MIR 298 (SC.21-Y-B) 05

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LISTA DE FOTOGRAFIAS

001 FAZENDA TRESCINCO (PC-298-48). VISTA GERAL DE TERRENOS DO COMPLEXO XINGU COM SUPERFÍCIE APLANADA, APRESENTANDO BOSSAS COM CONCENTRAÇÕES DE MATACÕES GRANÍTICOS 15

002 MARGEM DIREITA DO RIO JURUENA, ESTRADA FAZENDA TRESCINCO – COTRIGUAÇU (PC-298-53B). LAVAS ÁCIDAS RIOLÍTICAS LIGEIRAMENTE ACAMADADAS EM POSIÇÃO SUB-HORIZONTAL 16

003 MARGEM DIREITA DO RIO DOS PEIXES, PRÓXIMO A TAPAIUNA (PC-298-01). ARENITOS MICROCONGLOMERÁTICOS ARCOSEANOS QUE OCORREM NA PORÇÃO BASAL DA FORMAÇÃO DARDANELOS 17

004 ESTRADA PARA TAPAIUNA (PC-298-04). BLOCOS DE CANGA FERRUGINOSA COMPACTA, DE OCORRÊNCIA RELATIVAMENTE COMUM SOBRE OS SEDIMENTOS DARDANELOS 18

005 ESTRADA PARA PARANORTE (PC-298-61). MORROS AGUDOS DA FORMAÇÃO DARDANELOS COM EXPOSIÇÃO DE ARENITOS SUBAFLORANTES 19

006 ESTRADA PARA PARANORTE (PC-298-61). DETALHE DA FOTO 005, MOSTRANDO NATUREZA SUBAFLORANTE DOS ARENITOS QUE OCORREM EM MORFOLOGIA DE MORROS AGUDOS 20

007 IMEDIAÇÕES DE TAPAIUNA (PC-298-10). PROCESSO DE RAVINAMENTO ORIGINADO POR ÁGUA SERVIDA DE ESTRADA EM ÁREA DE GRADIENTE TOPOGRÁFICO LIGEIRAMENTE MAIS ELEVADO DA FORMAÇÃO DARDANELOS 21

008 IMEDIAÇÕES DE TAPAIUNA (PC-298-13). QUEIMADA COM REMOÇÃO DE MATA CILIAR EM TERRENOS ARENOSOS DA FORMAÇÃO DARDANELOS. É UM FATOR DECISIVO NO DESENCADEAMENTO DE EROSÃO E ASSOREAMENTO DE CABECEIRAS, MESMO EM ÁREAS DE COLINAS SUAVES 22

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LISTA DE MAPAS

001 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA MAPEADA 02

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1. INTRODUÇÃO

A presente Memória Técnica refere-se aos trabalhos de geologia executados na Folha Tapaiuna - MIR 298 (SC.21-Y-B), situada na porção noroeste do Estado, limitada pelos paralelos 10°00’ e 11°00’ de latitude sul e 57°00’ e 58°30’ de longitude oeste de Gr. (Mapa 001). A folha não apresenta centros urbanos em seu interior, a não ser a localidade de Paranorte situada na porção central distrito do município de Juara, cuja sede dista 45 Km do limite sul da folha.

O número de estradas que cortam esta folha é restrito, devido à própria ausência de centros urbanos, no entanto, pode ser acessada através da cidade de Juara que dispõe de boa estrada ligando-a ao antigo povoado de Tapaiuna, atualmente desabitado; de Tapaiuna têm-se estradas secundárias, em boas condições de tráfego, que dão acesso a várias fazendas situadas na porção sudeste da folha. De Juara, através de estrada secundária de boa trafegabilidade, é possível cruzar a Folha Tapaiuna, passando pela Fazenda Trescinco, segundo uma direção geral NNW, até a MT 208. Através da MT-208, que corre paralelamente à latitude de 10° S, pode-se, por estradas vicinais, acessar o norte da Folha Tapaiuna. A borda ocidental da folha é drenada pela bacia dos rios Juruena e Arinos.

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LEGENDA

Código da Base Cartográfica

Área Mapeada Referente a Memória Técnica

Código MIR

FONTE : CNEC,1997

LOCALIZAÇÃO DA ÁREA MAPEADA ( Esquemático )

N

SC 21 ZA SC 21 ZB SC 22 YA SC 22 YB

SC 20 ZD SC 21 YC SC 21 YD SC 21 ZC SC 21 ZD SC 22 YC SC 22 YD

SD 20 XB SD 21 VB SD 21 XA SD 21 XB SD 22 VA SD 22 VB SD 22 XA

SD 20 XD SD 21 VC SD 21 VD SD 21 XC SD 21 XD SD 22 VC SD 22 VD SD 22 XC

SD 20 ZB SD 21 YA SD 21 YB SD 21 ZA SD 21 ZB SD 22 YA SD 22 YB SD 22 ZA

SD 20 ZD SD 21 YC SD 21 YD SD 21 ZC SD 21 ZD SD 22 YC

SE 20 XB SE 21 VA SE 21 VB SE 21 XA SE 21 XB SE 22 VA SE 22 VB

SE 21 XD

SE 22 YA

SC 21 VC

SC 21 VA

SC 21 VD SC 21 XC SC 21 XD SC 22 VC SC 22 VD SC 22 XC

0 50 100 250 Km

63°00'

63°00'

61°30'

61°30'

60°00'

60°00'

58°30'

58°30'

57°00'

57°00'

55°30'

55°30'

54°00'

54°00'

52°30'

52°30'

51°00'

51°00'

7°7°

8°8°

9°9°

10°10°

11°11°

12°12°

13°13°

14°14°

15°15°

16°16°

17°17°

18°18°

19°19°

49°30'

49°30'

246

316

336

353

369

385

401 402 403

417 418 419 420

433

404 405 406 407

386 387 388 389 390 391

370 371 372 373 374 375 376

354 355 356 357 358 359 360

337 338 339 340 341 342 343

317 318 319 320 321 322 323

299 300 301 302 303

272 273 274 275 276 277 278

SE 21 VD

SB 21 YD

220

247

SC 21 VB

SC 20 XD

SC 20 XBSC 20 XA

SC 20 XC

244 245

271270

SC 22 ZA

SC 22 ZC

SD 22 YD

SE 22 VCSE 21 XC

SD 21 VA

SC 22 XC

278

SC 20 ZA SC 20 ZB

295 296

SC 21 YA

297

SC 21 YB

298

Mapa 001

TÍTULO

Engenharia S. A.

ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO ECOLÓGICOProjeto de Desenvolvimento Agroambiental do Estado de Mato Grosso

PRODEAGRO2000

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E

COORDENAÇÃO GERAL

MINISTÉRIO DAINTEGRAÇÃO NACIONAL

BANCO INTERNACIONAL PARA RECONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO

BIRD

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2. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

A metodologia geral que norteou os trabalhos de geologia na escala de 1:250.000, apresentados em 53 Memórias Técnicas que recobrem todo Estado de Mato Grosso, encontra-se detalhadamente descrita no Relatório DSEE-GL-RT-003 “Apresentação Geral das Memórias Técnicas-Geologia”, onde são tratadas as informações gerais do projeto, tais como: a documentação geológica recuperada e analisada, os critérios interpretativos utilizados na identificação de zonas homólogas, os trabalhos de campo efetuados, além dos aspectos temáticos sensu strictu, como a conceituação das unidades litoestratigráficas aflorantes no Estado, os recursos minerais existentes, potencialidade e fragilidade geológica e o cadastro dos poços tubulares profundos.

Destacamos, abaixo, os projetos de cunho regional que abrangem o domínio da Folha Tapaiuna e suas imediações, sendo eles:

− Projeto Apiacás-Caiabis. DNPM/CPRM, 1975 (escala 1:250.000);

− Projeto RADAMBRASIL Folha SC.21 Juruena. DNPM, 1980 (escala 1:1.000.000);

− Projeto Zoneamento das Potencialidades dos Recursos Naturais da Amazônia Legal. IBGE, 1990 (escala 1:2.500.000);

− Projeto Modernização, Racionalização, e Desenvolvimento Sustentado da Mineração na região Norte do Estado de Mato Grosso. METAMAT, 1993; e,

− Programa de Controle Ambiental da garimpagem de ouro para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Tapajós. SECTAM-PA/MMA SEICOM-PA/FEMA-MT/SEICOM-MT/METAMAT-MT/MME-DNPM: jun. 1993.

As imagens de satélite TM 229/67 (17/07/1994), 228/67 (26/07/1994), 229/68 (02/08/1994) e 228/68 (10/07/1994) P&B, banda 4 e falsa cor, bandas 3, 4 e 5; bem como o mosaico de radar SC.21-Y-B (Projeto RADAMBRASIL), todos na escala 1:250.000, foram utilizados na delimitação das zonas homólogas e abrangem totalmente a área da folha estudada.

O Quadro 001 sintetiza os principais dados físicos levantados na Folha Tapaiuna, com um total de 128 afloramentos descritos, 32 pontos de amostragem, 01 jazimento mineral cadastrado, 02 poços tubulares profundos cadastrados e 104 áreas de situação legal analisadas.

Os pontos de afloramentos descritos e os recuperados de outros projetos (fichas com descrição de campo, Anexo II) e os poços tubulares profundos (fichas cadastrais, Anexo IV) encontram-se espacializados no Mapa A001 “Pontos/Estações Geológicas da Folha Tapaiuna”, Anexo I.

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QUADRO 001 RELAÇÃO DOS DADOS FÍSICOS REFERENTES À QUANTIFICAÇÃO DAS INFORMAÇÕES SECUNDÁRIAS E PRIMÁRIAS

DADOS LEVANTADOS

INFORMAÇÕES TEMÁTICAS

DADOS SECUNDÁRIOS

DADOS PRIMÁRIOS (SEPLAN/CNEC)

TOTAL

Afloramentos Descritos 87 41 128 Amostras Coletadas - 32 32 Jazimentos Minerais 01 Poços Tubulares Profundos 02 Situação Legal (no de processos - ref. Jul./95-DNPM) 104

FONTE: CNEC, 1997

3. CARACTERIZAÇÃO DAS UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS

Na Folha Tapaiuna, afloram sete unidades litoestratigráficas (Figura 001), representadas pelo Complexo Xingu, que abrange cerca de 55% da folha; Formação Dardanelos, cobrindo aproximadamente 35% da superfície; os 10 % restantes sendo representado pelas demais unidades, sendo elas o Grupo Iriri, Suíte Intrusiva Teles Pires, a Formação Arinos, Corpos Intrusivos Básicos e as Aluviões Atuais, conforme descritas a seguir e espacializadas no Mapa A002 “Principais Aspectos Geológicos das Folha Tapaiuna”, Anexo I.

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FIGURA 001 COLUNA LITOESTRATIGRÁFICA DA FOLHA TAPAIUNA

FONTE: CNEC, 1997

3.1. COMPLEXO XINGU

Esta unidade foi introduzida por SILVA et al., (1974, In: Projeto RADAM Folha SB.22 Araguaia e parte da Folha SC.22 Tocantins. DNPM, 1974), para reunir as rochas mais antigas do extremo leste do cráton Amazônico, constituídas principalmente por gnaisses, migmatitos, granulitos, anfibolitos, granodioritos e rochas cataclásticas, substituindo designações precedentes e pouco adequadas, como Pré-Cambriano indiferenciado, embasamento cristalino, Complexo Basal etc. O Complexo Xingu reúne quase todos os tipos litológicos colocados estratigraficamente abaixo dos vulcanitos Iriri e que ainda não estão adequadamente delimitados e, até mesmo, bem caracterizados. Neste contexto, a possibilidade de existir vários tipos de unidades vulcano-sedimentares embutidos no Xingu e até hoje não identificados, é muito grande. Adicionalmente, o Complexo Xingu constitui parte do embasamento da porção sul do cráton Amazônico, com idade admitida como Arqueano, com remobilizações no Proterozóico Inferior.

O Complexo Xingu apresenta ampla distribuição nos domínios da folha (cerca de 55%), nas suas porções meridional e setentrional, estando a porção central e oriental da folha recoberta por sedimentos siliciclásticos da Formação Dardanelos.

EON ERA PERÍODO DESCRIÇÃO SUMÁRIA DAS UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS

FAN

ERO

ZÓIC

O

CEN

OZÓ

ICO

QU

ATER

NÁR

IOHa - Aluviões Atuais: areias, siltes, argilas e cascalhos

PMβa - Formação Arinos: basaltos alcalinos e subordinadamente olivina noritos, basaltos amigdaloidais e lamprófiros

PMd - Formação Dardanelos: arenitos arcoseanos médios a grosseiros com lentes de conglomerados, subgrauvacas vulcânicas e arcóseos

PMγtp - Suíte Intrusiva Teles Pires: granitos pórfiros e microgranitos, granitos normais, granófiros, riebeckita granitos e granitos rapakivi.

PMαi - Grupo Iriri: riolitos, riodacitos, andesitos, basaltos, rochas piroclásticas e ignimbritos

pCx - Complexo Xingu: rochas predominantemente ortometamórficas constituídas por granitos, granodioritos, adamelitos, dioritos, anfibolitos, gnaisses ácidos e básicos,

migmatitos, granulitos e, subordinadamente quartzitos, quartzo-mica-xistos e mica-xistos. Grau metamórfico facies anfibolito médio a granulito

GR

UPO

CAI

ABIS

ARQ

UEA

NO

PRO

TER

OZÓ

ICO

MÉD

IO

SUPE

RG

RU

PO U

ATU

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Na folha, o Complexo Xingu está dominantemente representado por biotita granitos-gnaisses (PC-298-43), biotita gnaisses (PC-298-68/69), biotita granitos-gnaisses porfiroblásticos (PC-298-114), granitóides foliados (PC-274-104/111), mais raramente por migmato (PC-274-109). Nos pontos onde foi possível medir-se a foliação (PC-298-110/111/113/114/116 e 117), foi notório o posicionamento segundo o quadrante NW, mais especificamente N30-40W/90° ou subvertical, direção esta onde também desenvolvem-se preferencialmente zonas de cisalhamento e veios de quartzo.

A textura é variável, apresentando no geral granulações médias a grossas; a composição modal varia de granodiorítica a monzogranítica. A presença de biotita é comum, ao redor de 3%; quando seu volume é igual ou superior a 5%, observou-se que o solo tende a ficar avermelhado.

O padrão de imageamento do Complexo Xingu é variável, salientando desde relevos arrasados com formas colinosas e suavemente dissecadas (Foto 001), até relevos em colinas e morros com topos convexos. Apresenta estruturas lineares, tonalidade cinza e textura lisa. As formas de relevo variam, sem refletirem necessariamente um substrato lítico específico.

Os estudos efetuados nas imagens de sensores remotos e os trabalhos de campo realizados, não identificaram processos de erosão concentrada ou assoreamanto de drenagens associadas a esta unidade, podendo ser mencionada a presença de sulcos ao longo de estradas, originados por água servida das mesmas. Os solos derivados desta unidade são, predominantemente, areno-argilosos vermelho-amarelados, com espessuras médias ao redor de 2 m, ou ligeiramente superiores. Nas áreas de relevos mais acidentados, com morros de topos convexos (PC-298-111 a 117) observou-se, nas encostas grande quantidade de matacões, podendo até mesmo apresentar um predomínio de afloramentos rochosos (PC-298-111). Nas áreas entre encostas, é comum o desenvolvimento de solos ferruginosos concrecionários e nas baixadas, solos arenosos.

3.2. GRUPO IRIRI

O Grupo Iriri é uma unidade composta por vulcânicas, ignimbritos e piroclásticas associadas. O nome Iriri foi primeiramente usado pela Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia - SUDAM (1972), com o status de Formação.

SILVA et al., (1974, In: Projeto RADAM Folha SB.22 Araguaia e parte da Folha SC.22 Tocantins, DNPM, 1974), subdividiram o Grupo Uatumã nas formações Iriri e Sobreiro. PESSOA et al., (1977, In: Projeto Jamanxim. DNPM/CPRM, 1977), elevaram o Iriri à categoria de Subgrupo, desmembrando-o em três unidades: Formação Aruri; Formação Salustiano; e Seqüência Híbrida. ANDRADE et al., (1978, In: Projeto Tapajós-Sucunduri; Relatório Integrado DNPM/CPRM, 1978), ao subdividirem o Supergrupo Uatumã, introduziram a denominação de Grupo Iriri, em substituição a Subgrupo.

Estratigraficamente, a unidade Iriri recobre rochas do Complexo Xingu e é sotoposta a coberturas plataformais tipo Beneficente. Granitos Teles Pires, geneticamente associados ao vulcanismo Iriri, estão datados por Rb/Sr em 1.600 Ma. Neste aspecto, o Grupo Iriri é admitido como Proterozóico Médio.

O padrão de imageamento revela relevo aplanado, suavemente dissecado, de topos tabulares, drenagem subdendrítica, em parte controlada por fraturas, tonalidade cinza-clara e textura rugosa. Na Folha Tapaiuna esta unidade aflora em restrita faixa junto à barra do Rio Arinos com o Juruena, sotoposta à Formação Dardanelos.

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Na região mencionada predominam vulcânicas ácidas riolíticas, tendo sido identificadas estruturas fluidais e fraturamento sub-horizontal em PC-298-53/54 (Foto 002). Junto à área de exposição desta unidade, encontram-se associados microgranitos alasquíticos vermelhos a róseos, de composição sienogranítica, conforme identificado em PC-298-58, junto à balsa do Rio Juruena. Com ocorrência localizada, não foi possível delimitar, nesta escala de trabalho, a área de exposição destes granitos finos.

Associados ao Grupo Iriri, também ocorrem pequenos corpos graníticos de cor vermelha, aplíticos, de granulação média, que foram classificados por microscopia ótica como leuco monzogranitos vermelhos (PC-298-58). Aqui também, em virtude da ocorrência localizada destes granitos, os mesmos encontram-se embutidos na unidade Iriri.

Os estudos efetuados nas imagens de sensores remotos e os trabalhos de campo realizados, não identificaram processos notáveis de erosão concentrada ou assoreamento de drenagens associados a esta unidade, podendo ser mencionada a presença de sulcos originados por água servida ao longo de estradas.

Os solos são, predominantemente, argilo-arenosos vermelho-amarelados, com espessuras médias ao redor de 2 m ou ligeiramente superiores. Nas proximidades do Rio Arinos (PC-298-54) ocorrem alguns morros agudos com bordos ligeiramente ressaltados, nos quais rochas vulcânicas encontram-se aflorantes/subaflorantes.

3.3. SUÍTE INTRUSIVA TELES PIRES

SILVA et al., (1974, In: Projeto RADAM Folha SB.22 Araguaia e parte da Folha SC.22 Tocantins, DNPM, 1974), propuseram a denominação Granito Teles Pires, referenciando-se a corpos graníticos, intrusivos, subvulcânicos, quase sempre exibindo feições circulares, tendência alasquítica, anorogênicos e geneticamente relacionados ao Grupo Iriri.

Os dados geocronológicos indicam, de modo geral, que esta suíte granítica sucedeu ao Grupo Iriri e encontra-se sotoposta ao Grupo Beneficente. BASEI (1974) apresentou uma isócrona de referência de 1.590 ± 32 Ma para os granitos subvulcânicos da área da Folha SC.21 Juruena. SILVA et al., (1974 op. cit) relatam idade Rb/Sr de 1.550 Ma, para o granito Teles Pires. BASEI & TEIXEIRA, (1975, In: Projeto RADAMBRASIL Folha SC.21 Juruena, DNPM, 1980), apresentaram um diagrama isocrônico em rocha total, para o que chamaram de vulcanoplutonismo Teles Pires, com idade de 1.552 ± 18 Ma e razão inicial Sr87/Sr86 de 0,742; nesta isócrona incluíram tanto rocha vulcânica, como os plutonitos a elas associadas. BASEI, (1977), apresentou idade de 1.561 Ma em diagrama Rb/Sr, obtido a partir de 23 análises de rochas vulcânicas, que denominou de vulcanismo Teles Pires, ressaltando que a este vulcanismo estão relacionadas rochas subvulcânicas de tendência alasquítica e de forma geralmente circular. BEZERRA et al., (1990, In: Projeto Zoneamento das Potencialidades dos Recursos Naturais da Amazônia Legal), adotaram idade Rb/Sr de 1.585 ± 18 Ma. para a Suíte Intrusiva Teles Pires, valor este situado bem próximo do limite inferior admitido para as vulcânicas do Supergrupo Uatumã.

A Província Estanífera de Rondônia tem suas melhores mineralizações genética e espacialmente associadas com os Younger Granites of Rondônia, com idade compreendida no intervalo de 1.050 a 950 Ma. (SADOWSKI & BETTENCOURT, 1996). Neste contexto, os granitóides mais antigos têm menor chance de estarem mineralizados a Sn.

Na margem esquerda do Rio Juruena, na porção sudoeste da folha, foi interpretado corpo granítico intrusivo correlacionável à Suíte Intrusiva Teles Pires, devido à continuidade de exposição desse granitóide na Folha Aripuanã, adjacente.

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O padrão de imageamento considerou corpos circunscritos, medianamente dissecados, com topos colinosos ou aguçados, drenagem subdendrítica com controle estrutural, fraturas evidentes, tonalidade cinza escura e textura rugosa.

3.4. FORMAÇÃO DARDANELOS

ALMEIDA & NOGUEIRA FILHO (1959) denominaram Formação Dardanelos aos sedimentos heterogêneos que afloram na cachoeira de Dardanelos, no Rio Aripuanã. Correspondem a arenitos arcoseanos médios a grosseiros, com lentes de conglomerados, subgrauvacas vulcânicas e arcóseos.

Na Folha Tapaiuna, a Formação Dardanelos expõe-se numa extensa faixa central (cerca de 35% da folha) com direção geral E-W a WNW-ESE, com bordas estruturadas e estratos escalonados em patamares por erosão diferencial, no seu interior.

Os trabalhos realizados permitiram verificar que a unidade é constituída por sedimentos siliciclásticos, dominantemente representados por arcóseos e arenitos arcoseanos de granulometria média, com variação para termos mais grossos de cores variadas, predominando tons avermelhados de oxidação. A porção basal da formação é marcada por arcóseos grosseiros a microconglomeráticos (PC-298-01/02/03/40) (Foto 003), podendo ocorrer também níveis métricos de conglomerados intraformacionais polimíticos com seixos de quartzo, arenitos, vulcânicas e granitóides, com tamanhos variando de 2 a 7 cm. Estratificação cruzada tabular e acanalada, distribue-se por toda a unidade, não raro apresentando seixos nos planos de fore sets das cruzadas.

No extremo SE da folha, já adentrando na Folha Ilha 24 de Maio (PC-299-08), foi identificado cimento hematítico e níveis de hematita compacta nos planos de laminação, além de estratificação cruzada de baixo ângulo de arenitos arcoseanos de granulação média. Junto a este ponto, também ocorrem pequenos veios e bolsões de quartzo com hematita compacta, evidenciando hidrotermalismo nestes sedimentos.

Ainda nesta porção da folha, nas redondezas do Córrego do Machado (PC-298-06), ocorre um nível de filito avermelhado, praticamente um argilito com foliação penetrativa (blocos deslocados), com lâminas/nódulos de hematita especular, cuja alteração origina um solo argiloso roxo, de maior fertilidade, conforme observado e mencionado por sitiantes locais. A ocorrência de tal horizonte ficou restrita às imediações do ponto supracitado. Aparentemente, trata-se de níveis de argilitos intraformacionais na Formação Dardanelos.

Sobre a Formação Dardanelos, em áreas de relevo tabular foi verificado o desenvolvimento de extensas áreas ferruginizadas (ironstones), que se apresentam ora em formas pisolíticas mais ou menos desmanteladas (tipologia dominante), ora na forma de blocos duros, concrecionais (Foto 004). O desmantelamento químico dessas rochas ferruginosas resulta em solos argilosos, vermelhos, com desenvolvimento de uma vegetação mais exuberante, situação esta que permanece contínua por até uma dezena de quilômetros, ocupando porções cimeiras de interflúvios, conforme observado entre os pontos PC-298-34/35/36/37/38.

A partir do trevo de acesso à fazenda Trescinco e à localidade de Paranorte (coord. 4.22.835E, 88.23.797N), tomando-se rumo à Paranorte, a unidade é caracterizada por um relevo mais movimentado, com pouco ou nenhum desenvolvimento de solo, onde os arenitos tornam-se subaflorantes (PC-298-61, Fotos 005 e 006).

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Não foram identificados processos notórios de erosão concentrada junto à unidade, quando presentes, tratam-se de ravinas localizadas, originadas a partir de água servida por estradas e caminhos (PC-298-10) em relevos de maior declive (Foto 007).

De forma um tanto genérica, o desmatamento para formação de pasto não respeita os limites de proteção da mata ciliar. Este tipo de prática, que ocorre de forma generalizada, acelera os processos erosivos em lençol, que, em curto espaço de tempo, ocasionam assoriamento das cabeceiras de drenagens, conforme verificado em PC-298-13, (Foto 008).

O padrão de imageamento caracteriza relevos fracamente dissecados ou tabulares, de interflúvios amplos de topos ligeiramente convexos. Pode formar patamares escalonados. Os limites da unidade, geralmente, são marcados por uma quebra topográfica positiva. Apresenta textura lisa e é fracamente estruturado, com exceção dos limites onde ocorre adensamento de lineamentos. A densidade de drenagem é baixa a média.

Os solos, provenientes da alteração dos arenitos da Formação Dardanelos, são arenosos, pouco argilosos, com espessuras médias observadas ao redor de 1 a 2 m. Nas imediações de PC-298-33 predominam blocos de arenitos com solo pouco espesso.

3.5. FORMAÇÃO ARINOS

TASSINARI et al., (1978, apud SILVA et al., 1980, In: Projeto RADAMBRASIL Folha SC.21 Juruena, 1980), anunciaram a existência de basaltos intercalados com clásticos grosseiros que sustentam a Chapada dos Caiabis, bem como, apresentaram resultados radiométricos Rb/Sr de duas amostras, uma representando o derrame inferior com idade de 1.400 Ma, e outra, o superior, com 1.200 Ma. SILVA et al., (op. cit), renomearam de Formações Arinos aos dois patamares distintos de basaltos separados por uma camada arenítica, no extremo oeste da Serra dos Caiabis.

A Formação Arinos foi constatada no extremo oeste da Serra dos Caiabis (PC-298-31), nas proximidades da Fazenda Trescinco, tendo sido identificado apenas um dos dois derrames mapeados pelo Projeto RADAMBRASIL, Folha Juruena, SC. 21.

Macroscopicamente trata-se de uma rocha basáltica, afanítica e escura. Afloramentos desta rocha básica ocorrem num intervalo de 1.400 m, numa seção semi-transversal do derrame superior da Formação Arinos, ao longo da estrada que dá acesso à referida fazenda. A largura da faixa mostra que esta unidade tem representação espacial menor do que vem sendo espacializado. Na seção efetuada, não se deparou com os contatos desta unidade que permitissem descrever a natureza efusiva desses magmatitos.

Os trabalhos efetuados não detectaram processos de erosão concentrada ou assoreamento, associados às rochas básicas da Formação Arinos. A exuberância da vegetação na área de ocorrência dos basaltos, é um reflexo de solos mais férteis em relação aos originados a partir dos arenitos da Formação Dardanelos. Os solos são argilosos vermelho escuros, com espessuras médias ao redor de 2 m, ou ligeiramente superiores.

3.6. CORPOS INTRUSIVOS BÁSICOS

Junto ao Rio dos Peixes (PC-298-41/42) foi mapeado um corpo, aparentemente extenso, de rochas básicas cortando o Complexo Xingu e sem relações visíveis com a Formação Dardanelos. Constitui-se de rochas mesocráticas, de cor cinza esverdeada escura, estrutura maciça e textura granular fina a média, classificadas por microscopia, como olivina gabros noritos (PC-298-41) e metadiabásios (PC-298-42). Não se dispõe de dados se estes

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corpos estão no contexto do Complexo Xingú ou estejam inseridas em processo de reativação com participação ativa do manto, de idade eocretácica, conforme correlação com corpos de natureza petrográfica semelhante, encontrados na região de Juína, intrusivos tanto no Complexo Xingu, como no Grupo Parecis. Trata-se de região merecedora de levantamentos geológicos específicos, para elucidar questões estratigráficas, de cartografia e potencialidade mineral. Desenvolvem solos argilosos vermelho escuros, com espessuras médias ao redor de 2 m ou ligeiramente superiores.

3.7. ALUVIÕES ATUAIS

As aluviões atuais são constituídas por areias, siltes, argilas e cascalhos com litificação variável. Representam unidades do Quaternário e conseqüentemente, as litologias mais jovens no âmbito da folha. Em termos de padrão de imageamento, apresentam relevo plano, sendo áreas de acumulação ao longo das drenagens, textura lisa e tonalidade cinza escura.

As aluviões atuais encontram-se bem representadas ao longo dos principais rios, com destaque para os depósitos associados aos rios Arinos, dos Peixes, Santana e, de forma mais segmentada, no Rio Juruena.

4. PRINCIPAIS ESTRUTURAS GEOLÓGICAS

A estrutura de maior abrangência nos limites da folha corresponde a uma megaestrutura deprimida que domina toda a porção central da folha, com direção geral E-W, apresentando bordas tectônicas e no seu interior, abrigando os sedimentos da Formação Dardanelos. Esta estrutura foi denominada de graben dos Caiabis por SILVA et al., (1980, In: Projeto RADAMBRASIL Folha SC.21 Juruena, 1980), que consideraram esta estrutura como "...testemunho das fases de ativação e teve seu determinismo à tectônica de blocos com estabelecimento de falhas novas e/ou movimentações de falhamentos antigos subordinados aos lineamentos Arinos-Aripuanã e Apiacás-Caiabis".

Neste trabalho, supõe-se que a cobertura Dardanelos se estendia por uma extensão muito superior aos limites atuais. Fases de ativação no interior do cráton teriam reativado antigas estruturas lineagênicas, que apresentariam pequenos componentes de rejeito vertical, resultando na formação desta estrutura deprimida, em que os estratos apresentam mergulhos suaves para o centro.

Processos de erosão diferencial seriam responsáveis pelo modelado atual deste planalto onde, nos limites externos, têm-se bordos estruturados e rumo ao interior da estrutura, desenvolvem-se estratos em patamares por erosão diferencial.

5. RECURSOS MINERAIS

Neste ítem serão tratados os jazimentos minerais e a situação legal. Os jazimentos minerais serão abordados do ponto de vista factual, ou seja, o que realmente é conhecido em termos de indícios, ocorrências, depósitos, jazidas, garimpos e minas; bem como do ponto de vista previsional, através do raciocínio analógico comparado com áreas sabidamente

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mineralizadas. Quanto à situação legal, será apresentada uma quantificação dos títulos minerários, relacionando-as com as principais substâncias requeridas.

A espacialização dos jazimentos minerais encontra-se no mapa A003 “Potencialidade Mineral e Situação Legal da Folha Tapaiuna - MIR 298”, Anexo I. A relação das fichas com o cadastro de jazimentos minerais e informações sobre situação legal, encontra-se no Anexo III.

5.1. JAZIMENTOS MINERAIS

Do ponto de vista factual, na folha tem-se apenas o cadastro de 01 jazimento mineral, cuja fonte de dados é o programa MICROSIGA da CPRM, cujos dados cadastrais se referem a um filão aurífero denominado Satélite, porém sem mais informações. Diante das poucas informações disponíveis sobre esta mineralização e por se constituir no único jazimento de ouro, ao que o mapa geológico indica, associado com a Formação Dardanelos, seria conveniente a visita desta mineralização num trabalho específico com classificação tipológica da mineralização.

Quando da execução dos trabalhos de campo, ao se cruzar de balsa o Rio Juruena, imediatamente ao norte da barra com o Rio Arinos, obteve-se relato do barqueiro sobre a existência de uma draga, operando na lavagem de diamante, próximo à barra do Rio Arinos com o Rio dos Peixes. Como não existem dados cadastrais de diamante na região, torna-se conveniente realizar levantamentos específicos, para confirmar ou não a potencialidade da área para diamantes.

Em termos estritamente previsionais, tem-se que as áreas cratônicas podem sofrer regenerações, tanto nas margens, como em seu interior remoto (ativação). No caso de regeneração marginal, com retrabalhamento termal, tectônico e magmático, quando a condição da estabilidade do cráton não subsiste, tem-se orógeno. A situação diz respeito à faixa móvel Alto Paraguai, de idade Neoproterozóico. No caso de ativação, refere-se às fases paraplataformais do Mesoproterozóico com as coberturas cratônicas tipo Uatumã, Beneficente etc. Os processos de regeneração são indutores de mineralizações pois, geralmente, envolvem processos onde o manto tem participação bem evidente (magmatogênese, uplift etc.), fazendo com que ortoplataformas adquiram novas riquezas metalogenéticas. Um exemplo dessa situação, considerando o contexto de ativação, é representado pelas mineralizações filonares de Au que estão encaixadas em granitóides e vulcânicas do Supergrupo Uatumã.

O Complexo Xingu é uma unidade que hospeda mineralizações de ouro em veios de quartzo associados a zonas de cisalhamento em Peixoto de Azevedo, Matupá e Alta Floresta. Grande parte desta unidade é admitida como constituída por terrenos tonalíticos, trondjemíticos e granodioríticos - TTG, que podem assumir o papel de rochas fontes para ouro.

Dentro do contexto apresentado, fica evidente que o Complexo Xingu, em primeira instância, é sempre uma unidade a ser considerada em programas de exploração na Amazônia, quando se enfocar ouro e metais base.

O Grupo Iriri representa o vulcanismo continental da ativação Mesoproterozóica, responsável pela cobertura de plataforma denominada Supergrupo Uatumã. Mineralizações de Au, Sn e Ba, espacialmente associadas a vulcanismo ácido de áreas reativadas no Mesoproterozóico, aparecem na Chapada Diamantina (Ba), no Complexo Rio dos Remédios. A existência de veios auríferos cortando vulcânicas do Grupo Iriri atesta o potencial mineral da unidade Iriri para mineralizações auríferas.

Recentemente, foi noticiado (Brasil Mineral n° 147, jan/fev-1997) que a Mineração Taboco, subsidiária brasileira da canadense Ambrex Mining Corporation, descobriu um

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importante depósito de metais básicos na região de Aripuanã-MT. Trabalhos de campo no local (Morro do Expedito) permitiram visita à área mineralizada, exame de testemunhos de sondagem rotativa, assim como coleta de informações por técnicos daquela empresa. Segundo as informações obtidas, a mineralização se constitui num nível de sulfeto maciço, com 2 m de espessura, intercalada numa seqüência vulcânica cisalhada, portadora de metacherts com até 10 m de espessura, com sulfetos de Cu, Pb, Zn e Au disseminados, pertencentes ao Grupo Iriri.

A mineralização apresenta alta concentração de metais não-ferrosos, com até 17% de Zn, até 3% de Pb e entre 80 a 132 g de Ag por tonelada de minério, além de pequenas quantidades de ouro e cobre. Trata-se da primeira ocorrência dessa natureza no Grupo Iriri e na região Amazônica. Tal descoberta, em muito amplia as possibilidades metalogenéticas do Grupo Iriri, também para metais não-ferrosos.

Em termos previsionais, a Formação Dardanelos, eminentemente siliciclástica, apresenta possibilidades de jazimentos para uma diversidade de substâncias minerais, como Pb, Zn, Cu, Au, U, Sn e diamante, em diferentes tipos de jazimentos minerais como: Cu em red beds (camadas redutoras em seqüências oxidantes); Pb-Zn hospedados em arenitos; Au tipo Carlin; Cu, U, Au tipo Olimpic Dam; Cu, Pb, Zn sedimentares exalativos (SEDEX); Cu, Pb, Zn, Au induzidos por granitos e mineralizações de minerais pesados e resistatos, p. ex. Au, Sn e diamante. No caso de mineralizações de minerais pesados e resistatos, seu aparecimento depende da riqueza da área fonte e a mineralização poderá estar em concentração baixa; nesta situação, concentrações maiores são aguardadas em depósitos sedimentares que representem o retrabalhamento das rochas siliciclásticas; assim, as aluviões atuais correspondem aos indicadores mais imediatos e diretos da potencialidade dessa unidade.

5.2. SITUAÇÃO LEGAL

Segundo o Programa Títulos Minerários do Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM, de julho de 1995, a Folha Tapaiúna - MIR 298 apresenta um total de 104 áreas requeridas.

Esses requerimentos referem-se a 31 autorizações de pesquisa e 73 pedidos de pesquisa, conforme ilustra o Quadro 002 a seguir.

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QUADRO 002 QUANTIFICAÇÃO DOS TÍTULOS MINERÁRIOS POR “STATUS” DA SITUAÇÃO LEGAL SEGUNDO AS PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS MINERAIS

SUBSTÂNCIA STATUS

OURO GRANITO ESTANHO PRATINA TITÂNIO TOTAL

Lavra 0 Lavra Garimpeira 0 Licenciamento 0 Autorização de Pesquisa

27 4 31

Pedido de Pesquisa 46 15 8 2 2 73 Total 73 15 12 2 2 104

FONTE: DNPM, 1995 (modificado)

6. POÇOS TUBULARES PROFUNDOS

Na Folha Tapaiúna - MIR 298 tem-se o cadastro de 02 poços tubulares profundos, conforme apresentado no Quadro 003, que sintetiza as principais informações hidrogeológicas recuperadas referentes a estes poços.

QUADRO 003 PRINCIPAIS DADOS HIDROGEOLÓGICOS REFERENTES AOS POÇOS TUBULARES PROFUNDOS DA FOLHA TAPAIÚNA

Nº SEQ. Nº CADASTRO MUNICÍPIO/

LOCALIDADE PROF.

(M). VAZÃO MÉDIA

(M3/H) VAZÃO ESP.

(M3/H/M) UNIDADE/LITOLOGIA

1 450/02 Juruena 125,00 2,00 0,05 Complexo Xingu (gnaisses/migmatitos)

2 446/03 Juruena 41,00 0,43 0,01 Complexo Xingu (gnaisses/migmatitos)

FONTE: SANEMAT (modificado)

Os poços foram locados no município de Juruena e perfurados em rochas do Complexo Xingu. Os dados mostram baixos valores de vazões média e específica para a área, o que denota a importância da realização de estudos hidrogeológicos, prévios à execução de novas perfurações, no sentido de se identificar os sítios que apresentem melhores potencialidades para a captação de água subterrânea.

7. ÁREAS CRÍTICAS E DEGRADADAS

Nos domínios da folha em questão, não se observaram áreas problemáticas do ponto de vista degradacional por ação garimpeira, erosão concentrada e/ou assoreamento de drenagens.

Paralelamente ao escopo geológico, notou-se que em áreas de sedimentos Dardanelos, a ocupação antrópica, com a prática de queimadas para fazer pasto, sem respeitar os limites de proteção das matas ciliares, acaba por promover desmatamento e conseqüente assoreamento em cabeceiras de drenagens, em curto espaço de tempo. Esta não é uma questão particular da folha e sim de maior abrangência, sendo aqui comentada diante do observado em PC-298-13.

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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os trabalhos efetuados permitiram uma melhor delimitação e caracterização das unidades litoestratigráficas que ocorrem nos domínios da folha.

As áreas de topografia aplanada da Formação Dardanelos apresentam vales de fundo chato. Estes relevos, quando desmatados por queimadas, sem preservação das matas ciliares, deflagram um processo de assoreamento nos talvegues.

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9. FOTOGRAFIAS

FOTO 001 FAZENDA TRESCINCO (PC-298-48). VISTA GERAL DE TERRENOS DO COMPLEXO XINGU COM SUPERFÍCIE APLAINADA, APRESENTANDO BOSSAS COM CONCENTRAÇÕES DE MATACÕES GRANÍTICOS

FONTE: CNEC, 1997

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FOTO 002 MARGEM DIREITA DO RIO JURUENA, ESTRADA FAZENDA TRESCINCO – COTRIGUAÇU (PC-298-53B). LAVAS ÁCIDAS RIOLÍTICAS LIGEIRAMENTE ACAMADADAS EM POSIÇÃO SUB-HORIZONTAL

FONTE: CNEC, 1997

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FOTO 003 MARGEM DIREITA DO RIO DOS PEIXES, PRÓXIMO A TAPAIUNA (PC-298-01). ARENITOS MICROCONGLOMERÁTICOS ARCOSEANOS QUE OCORREM NA PORÇÃO BASAL DA FORMAÇÃO DARDANELOS

FONTE: CNEC, 1997

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FOTO 004 ESTRADA PARA TAPAIUNA (PC-298-04). BLOCOS DE CANGA FERRUGINOSA COMPACTA, DE OCORRÊNCIA RELATIVAMENTE COMUM SOBRE OS SEDIMENTOS DARDANELOS

FONTE: CNEC, 1997

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FOTO 005 ESTRADA PARA PARANORTE (PC-298-61). MORROS AGUDOS DA FORMAÇÃO DARDANELOS COM EXPOSIÇÃO DE ARENITOS SUBAFLORANTES

FONTE: CNEC, 1997

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FOTO 006 ESTRADA PARA PARANORTE (PC-298-61). DETALHE DA FOTO 005, MOSTRANDO NATUREZA SUBAFLORANTE DOS ARENITOS QUE OCORREM EM MORFOLOGIA DE MORROS AGUDOS

FONTE: CNEC, 1997

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FOTO 007 IMEDIAÇÕES DE TAPAIUNA (PC-298-10). PROCESSO DE RAVINAMENTO ORIGINADO POR ÁGUA SERVIDA DE ESTRADA EM ÁREA DE GRADIENTE TOPOGRÁFICO LIGEIRAMENTE MAIS ELEVADO DA FORMAÇÃO DARDANELOS

FONTE: CNEC, 1997

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FOTO 008 IMEDIAÇÕES DE TAPAIUNA (PC-298-13). QUEIMADA COM REMOÇÃO DE MATA CILIAR EM TERRENOS ARENOSOS DA FORMAÇÃO DARDANELOS. É UM FATOR DECISIVO NO DESENCADEAMENTO DE EROSÃO E ASSOREAMENTO DE CABECEIRAS, MESMO EM ÁREAS DE COLINAS SUAVES

FONTE: CNEC, 1997

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10. BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, F.F.M. de. & NOGUEIRA FILHO, J.V. Reconhecimento geológico do rio Aripuanã. B. Div. Geol. Dep. Nac. Prod. Min. Rio de janeiro, n.199, 1959. 44p.

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PROGRAMA DE CONTROLE AMBIENTAL DA GARIMPAGEM DE OURO PARA O DESENVLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA BACIA DO RIO TAPAJÓS. Belém: SECTAM-PA/MMA SEICOM-PA/FEMA-MT/SEICOM-MT/METAMAT-MT/MME-DNPM. Jun. 1993. 76p.

PROJETO APIACÁS-CAIABIS (RECONHECIMENTO GEOLÓGICO). Goiânia: CPRM, 1975. v. 1 (Relatório Final Integrado) 89 p. Convênio: DNPM/CPRM.

PROJETO JAMANXIM; RELATÓRIO FINAL, PARTE II. Manaus, DNPM/CPRM, 1977 v. I-C. Inédito.

PROJETO MODERNIZAÇÃO, RACIONALIZAÇÃO, E DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO DA MINERAÇÃO NA REGIÃO NORTE DO ESTADO DE MATO GROSSO. METAMAT, 1993. 24p. Mapa de Localização (Anexo1), Quadro da Produção de Ouro no Estado de Mato Grosso (Anexo III), Cronograma de execução (Anexo IV) e Cronograma de Desembolso (Anexo V)

PROJETO RADAM FOLHA SB.22 ARAGUAIA E PARTE DA FOLHA SC.22 TOCANTINS, DNPM, 1974.

PROJETO RADAMBRASIL FOLHA SC.21 Juruena. Rio de Janeiro: DNPM, 1980. V.20, 116p. PROJETO TAPAJÓS-SUCUNDURI; RELATÓRIO INTEGRADO. Manaus. DNPM/CPRM, 1978.

v.1. Inédito PROJETO ZONEAMENTO DAS POTENCIALIDADES DOS RECURSOS NATURAIS DA

AMAZÔNIA LEGAL. Rio de Janeiro: IBGE, Dpto. Rec. Nat. Est. Ambien.., 1990. 211p.. Convênio: IBGE/SUDAM.

REVISTA BRASIL MINERAL. Painel. nº 147, jan/fev-97 p. SADOWSKI, G.R. & BETTENCOURT J.S. Mesoproterozoic tectonic correlations between

eastern Laurentia and western border of the Amazon Craton. Precambrian Research, 76, 1996, p 213-227.

SUDAM. Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia – Brasil. Pesquisa Mineral do Iriri/Curuá; Relatório Preliminar. Belém, Divisão de Documentação, 1972. 62p.

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ANEXOS

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ANEXO I - MAPAS

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ANEXO II - RELAÇÃO DAS FICHAS COM DESCRIÇÃO DE CAMPO

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ANEXO III - RELAÇÃO DAS FICHAS COM CADASTRO DE JAZIMENTOS MINERAIS E SITUAÇÃO LEGAL

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ANEXO IV – RELAÇÃO DAS FICHAS COM CADASTRO DE POÇOS TUBULARES PROFUNDOS SELECIONADOS