51
Aspectos Gerais da Cultura da Bananeira Eng Agr Elcio Félix Rampazzo Instituto Emater – 43 3305-1421 [email protected] Certificação Fitossanitária de Origem

Aspectos Gerais da Cultura da Banana - adapar.pr.gov.br€¦ · 2011 Fruticultura = 70.782 ha Banana = 11.392 ha . Evolução da área, produção e VBP da banana no Paraná

  • Upload
    vodang

  • View
    218

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Aspectos Gerais da Cultura da Bananeira

Eng Agr Elcio Félix Rampazzo

Instituto Emater – 43 3305-1421 [email protected]

Certificação Fitossanitária de Origem

Aspectos gerais da cultura da banana: Produção

Aspectos morfológicos

Planejamento dos pomares Cultivares Implantação Nutrição Condução

Foto: Rampazzo

Produção agropecuária

VBP Agropecuário do Paraná

Ano Bilhões de reais

2010 50,4

2011 53,4

2012 54,0

Importância econômica do no Paraná

VBP Agropecuário agricultura, pecuária e floretas.

Agropecuário PR 53,4 54,0

Fonte: SEAB/ Deral

Ano % Fruticultura no VBP Agropecuário

% Banana no VBP fruticultura

2011 2,05 10,95

2012 2,10 9,71

2011 Fruticultura = 70.782 ha Banana = 11.392 ha

Evolução da área, produção e VBP da banana no Paraná – 2000 a 2011

Fonte: SEAB/DERAL

Evolução da área, produção e VBP da banana no Paraná – 2000 a 2011

Principais regiões produtoras no Paraná – 2000 a 2011

Fonte: SEAB/DERAL

Classificação botânica

Classificação botânica

Plantas da classe das monocotiledôneas

Ordem Scitaminales

Família Musacea

Sub-família Heliconioidease

Strelitzioidease

Musoidaea Ensete

Musa Australimusa Textil

Callimusa Não comestíveis

Rhodochlamys

Eumusa Comestíveis

Sub-gênero Espécies Genoma

Eumusa Musa acuminata Colla AA

Musa balbisiana Colla BB

Classificação botânica

As espécies M. acuminata e M. balbisiana cruzaram entre si na

natureza e também em laboratório, produzindo híbridos:

Diplóide AB com 2n = 2x = 22 cromossomos,

Triplóide AAB e ABB com 2n = 2x = 33 cromossomos,

Tetraplóide ABBB, AABB e AAAB com 2n = 2x = 44

cromossomos.

Espécies Genoma Cultivar

Grupo diplóide acuminata AA Ouro

Grupo triplóide acuminata AAA Caipira, S. Tomé

Sub-grupo AAA Cavendisch - Nanica, Nanicão, Grande Nine.

Grupo triplóide AAB Maçã, Mysore, Tap Maeo.

Sub-grupo AAB Prata – Prata Anã, Prata Zulú, Terra

Grupo triplóide ABB Figo, Pão.

Grupo tetraplóide AAAA Bucanero, FHIA-17, FHIA-18

AAAB Pioneira, Ouro da Mata, Platina, Maravilha Princesa, Conquista.

Dessa forma, pode-se compor as seguintes fórmulas genômicas:

• Diplóides .............. AA, AB e BB

• Triplóides .............. AAA, AAB, ABB e BBB

• Tetraplóides .......... AAAA, AAAB, AABB, ABBB e BBBB

Aspectos morfológicos

Descrição Morfológica

Planta herbácea típica das regiões tropicais úmidas com:

raiz, tronco, folhas, flores, frutos e sementes.

Botanicamente, as touceiras de bananeiras são formadas por rebentos

com denominações de “Mãe”, “Filho”, “Neto”.

Mãe - planta mais velha da touceira, com inflorescência, perde a denominação

de “mãe” após a colheita.

Filho - rebento originário da gema lateral de brotação localizada no rizoma da

planta “mãe”.

Neto - rebento originário do rizoma de um “filho”.

Família

- É um conjunto de rizomas interligados e

descendentes, representados pela “mãe”, um “filho” e

um “neto”, onde todos os demais

rebentos (“filhos” e “netos”) foram

eliminados..

Filho Mãe

Neto

Foto: Oliveira, F.T.

Sistema radicular fasciculado

Raízes primárias (grupos de 2 a 4) – 200 a 500 raízes.

- Espessura predominante < 0,5mm

- Espessura máxima até 8,0 mm

- Até 5,0m de comprimento horizontal – mais comum 1 a 2 m

- Cerca de 30% de 0-10cm profundidade

80% de 0-50cm profundidade

Raízes

Caule subterrâneo - Rizoma

Inflorescência

Implantação dos pomares

Mercado

Condições climáticas Tipos de solo

Cultivares Manejo dos solos

Espaçamento Plantio

Nutrição Tratos culturais

• Demandas do consumidor. • Meu cliente ? • Logística de distribuição. • Condições de pagamento.

Mercado

Condições climáticas

Foto: Rampazzo, E.F

Foto: Oliveira, F.T

Tipos de Solos Fonte: Epagri/SC

Parâmetros Adequados Inadequados

Topografia declividade % < 8 > 30

Inundação Não

Drenagem Moderada

Textura/estrutura Diversas Diversas

Profundidade (m) > 0,75 < 0,25

Relação K:Ca:Mg 0,3 a 0,5:3,0 a 4,0:1,0

Relação K:Mg 0,2 a 0,6

Relação Ca:Mg 3,5 a 4,0

CTC (cmol dm³) > 16

Saturação de bases (%) > 35

Matéria orgânica 0 a 20 cm (g/kg) > 25

Condutividade elétrica < 2 >12

Na trocável < 4 > 12

Preparo e conservação dos solos

• Coleta de amostra do solo

• Práticas de controle da erosão

• Correção da acidez

Escolha de Cultivares

Sub-grupo Genótipo Cultivares

Ouro AA Ouro

Cavendish

AAA

Nanica, Nanicão, Grande Naine, Willians, IAC-2001, Nanicão corupá, Nanicão jangada.

“Maçã” AAB Maçã

Prata AAB Prata comum, Prata Anã, Branca, Prata Catarina, Mysore, Terra, Thap Maeo

ABB Figo, Prata Zulu,

Híbridos

AAAB

FHIA-1, FHIA-18, Maçã Bahia, Ouro da Mata, Platina, Pioneira, Tropical, Conquista, Princesa

CULTIVARES SIGATOKA

AMARELA

SIGATOKA

NEGRA

MAL DO

PANAMA

MOKO BROCA NEMAT. RESIST.

DESPENC.

CICLO ALT. PESO/

CACHO

SUBGRUPO

MYSORE AAB RESIST. RESIST. RESIST. SUSC. TOLER. TOLERANTE MUITO ALTA 300 3,5-5,0 15 a 30 PRATA E *(MAÇÃ)

THAP-MAEO AAB RESIST. RESIST. RESIST. SUSC. TOLER. TOLERANTE MUITO ALTA 300 3,5-5,0 15 A 30 PRATA E (MAÇÃ)

YANGAMBI KM 5 –

CAIPIRA AAARESIST. RESIST. RESIST. SUSC. TOLER.

TOLER. - SUSC.

RadopholusALTA 260 2,5-4,0 10 A 30

PRATA H**

(OURO)FRUTO

FIGO RESIST. RESIST. RESIST. SUSC.BAIXA

TOLER.MÉDIA TOLER. MÉDIA 250 3,0-4,0 12 A 18 FIGO C

OURO AA SUSCET. TOLER. RESIST. SUSC.MÉDIA

TOLER.MÉDIA TOLER. MÉDIA 200 2,5-4,0 8 A 15 OURO C

FHIA 1 AAAB RESIST. RESIST. TOLER. SUSC.MÉDIA

TOLER.TOLERANTE

BAIXA TOLERA

FRIO250 2,5-4,0 20 A 30 PRATA H**

FHIA 2 AAAA RESIST. RESIST. RESIST. SUSC.BAIXA

TOLER.BAIXA TOLER. BAIXA 250 2,5-3,5 20 A 30

CAVENDISH H**

NANICÃO

FHIA18 AAAB MODER. SUSCET. RESIST. TOLER. SUSC.MÉDIA

TOLER.MÉDIA TOLER. BAIXA 353 2,5-4,0 20 A 40 PRATA H**

PELIPITA (PACOVAN)

AABBRESIST. RESIST. RESIST. SUSC.

BAIXA

TOLER.MÉDIA TOLER. MUITO ALTA 350 3,0-4,0 20 A 40 FIGO C H**

PRATA KEN

(PACOVAN) AAABRESIST. RESIST. TOLER. SUSC.

MÉDIA

TOLER.BAIXA TOLER. ALTA 421 3,0-5,0 15 A 30

PRATA H**

(PACOVAN)

GALIL 18 AAAB MODER. SUSCET. RESIST. TOLER. SUSC.MÉDIA

TOLER.MÉDIA TOLER. BAIXA - 2,5-4,0 20 A 40 PRATA H**

SH 3640 AAAB SUSCET. SUSCET. TOLER. SUSC.MÉDIA

TOLER.TOLERANTE BAIXA 200 3,5-4,0 15 A 20 PRATA H**

PV 0344 AAAB RESIST. SUSCET. TOLER. SUSC.MÉDIA

TOLER.TOLERANTE - 200 3,0-5,0 15 A 20

PRATA H**

PACOVAN

PIONEIRA AAAB RESIST. NÃO DETERM. TOLER. SUSC.MÉDIA

TOLER.TOLERANTE BAIXA - 2,5-4,0 10 A 30 PRATA H**

PRATA ZULU AAB RESIST. RESIST. SENSIV. SUSC.MÉDIA

TOLER.TOLERANTE MUITO ALTA 300 3 ,0-4,0 20 A 25 PRATA

NANICÃO – IAC 2001 RESIST. TOLER. RESIST. SUSC.BAIXA

TOLER.BAIXA TOLER. MÉDIA - 2,5-4,0 20 A 45

CAVENDISH

NANICÃO

FHIA 21 AAAB RESIST. RESIST. RESIST. SUSC. SUSC. TOLERANTE ALTA 258 3,0 A 5,0 15 A 30 TERRA H**

MARAVILHA AAAB RESIST. RESIST. TOLER. SUSC.MÉDIA

TOLER.- ALTA - 2,5-4,0 20 A 30 PRATA H**

PRECIOSA AAAB RESIST. RESIST. TOLER. SUSC.MÉDIA

TOLER.- MÉDIA - 3,0-5,0 15 A 25

PRATA H**

(PACOVAN)

TROPICAL AAAB RESIST. RESIST. TOLER. SUSC.MÉDIA

TOLER.- MÉDIA - 2,5-4,0 MAÇÃ H**

Cultivares

Nanicão Jangada

Foto: Rampazzo, E.F

BRS Platina

Foto: Rampazzo, E.F

BRS Princesa

Foto: Rampazzo, E.F

Prata Anã

Foto: Rampazzo, E.F

Cultivares

Preparo do solo

Gradagem

Escarificação

Carreadores

Sulcamento

Espaçamento

Coveamento

Fotos: Embrapa

Foto: Rampazzo, E.F

Espaçamento de plantio

Cultivar

Espaçamento metros

Distância entre plantas

(m)

Distância entre linhas

(m)

N° plantas/ ha

Grande Naine Nanicão

2,00 x 2,50 2,00 2,50 2.000

2,00 x 3,00 2,00 3,00 1.666

2,50 x 2,50 2,50 2,50 1.600

Maçã

2,50 x 3,00 2,50 3,00 1.333

3,00 x 3,00 3,00 3,00 1.111

2,50 x 3,50 2,50 3,50 1.143

Prata

3,00 x 3,00 3,00 3,00 1.111

3,00 x 3,50 3,00 3,50 952

3,00 x 4,00 3,00 4,00 833

4,00 x 4,00 4,00 4,00 625

Mudas

Mudas de meristemas Mudas do produtor

Adubação de plantio

Relações de equilíbrio K – Ca – Mg no solo para bananeiras

Relação Faixa de normalidade

Ca/Mg 3,5 – 4,0

Ca/K 17,0 - 25,0

Mg/K 8,0 - 15,0

Ca + Mg / K 20,0 – 38,0

100 K / Ca + Mg + K 3,0 – 5,0 Fonte: Epagri/SC

Adubação de correção

Calagem Ca + Mg V= 70%

Nitrogenada Valores definidos

Fosfatada “Teores médios”

Potássica “Altos”

Micronutrientes Bo e Zn

Efeitos físicos

Maior penetração radicular, maior aeração e maior movimentação d’água

Maior movimentação de N, P e S

Melhor drenagem

Redução impacto gotas de chuva

Efeitos químicos

Aumento de CTC

Fornece Enxofre (S) e Boro (B)

Armazena e libera lentamente macro e micronutrientes

Redução toxicidade de Fe e Al

Efeitos biológicos Alimento para diversos organismos (minhocas)

Substrato alimentício para mesofauna e microorganismos

Efeitos da matéria orgânica

Fonte: Malburg, J.

Extração de alguns nutrientes pela bananeira

Nutriente Cacho % Resto da planta %

Total %

Nitrogênio (N) 49 51 100

Fósforo (P) 56 44 100

Potássio (K) 54 46 100

Cálcio (Ca) 45 55 100

Magnésio (Mg) 39 61 100

Enxofre (S) 32 68 100

Boro (B) 55 45 100

Cobre (Cu) 54 46 100

Zinco (Zn) 12 88 100 Fonte: Epagri/SC

Nutriente Quantidade/ tonelada de cachos

Nitrogênio (N) 1,75 kg Fósforo (P) 0,30 kg Potássio (K) 6,70 kg Cálcio (Ca) 0,25 kg Magnésio (Mg) 0,30 kg Boro (B) 2,20 g Cobre (Cu) 0,90 g Zinco (Zn) 1,90 g

Exportação de nutrientes

Fonte: Epagri/SC

Análise foliar • Importância • Época e idade das plantas

Folha escolhida • Envio p/ laboratório • Partes da folha

Adubação de produção

Comparar sempre a quantidade recomendada com a produção obtida.

pH CaCl2 V% K Ca Mg K/Mg K+Ca+Mg K% (K+Ca+Mg) Mg/K Ca/Mg Ca/K P

5,73 82,22 0,36 17,3 4,49 0,08 22,15 1,6 12,4722 3,85301 48,0556 13,14

5,35 60,57 0,33 5,44 1,15 0,28 6,92 4,76 3,48485 4,73043 16,4848 2,19

5,24 71,11 0,31 9,02 2,02 0,15 11,35 2,73 6,51613 4,46535 29,0968 9,42

4,67 56,69 0,48 5,73 1,82 0,26 8,03 5,98 3,79167 3,14835 11,9375 6,53

5,10 54,00 0,41 5,06 1,55 0,26 7,02 5,84 3,78049 3,26452 12,3415 12,00

5,06 60,26 0,21 6,5 2,36 0,09 9,07 2,32 11,2381 2,75424 30,9524 38,47

5,21 77,55 0,64 14,23 2,66 0,24 17,53 3,65 4,15625 5,34962 22,2344 29,49

5,37 73,60 1,62 9,06 2,26 0,72 12,94 12,52 1,39506 4,00885 5,59259 18,01

5,24 59,73 0,33 4,99 1,67 0,20 6,99 4,72 5,06061 2,98802 15,1212 1,43

5,00 64,61 0,17 6,53 1,71 0,10 8,41 2,02 10,0588 3,81871 38,4118 3,79

5,26 66,82 0,20 6,56 1,6 0,13 8,36 2,39 8,00 4,10 32,80 3,33

4,97 53,74 0,24 4,94 1,72 0,14 6,9 3,48 7,16667 2,87209 20,5833 2,80

4,95 59,39 0,38 6,62 1,95 0,19 8,95 4,25 5,13158 3,39487 17,4211 2,65

4,85 56,70 0,28 5,68 2 0,14 7,96 3,52 7,14286 2,84 20,2857 4,78

4,93 61,19 0,46 7,35 1,92 0,24 9,73 4,73 4,17391 3,82813 15,9783 5,99

5,46 70,54 0,34 7,42 1,54 0,22 9,3 3,66 4,52941 4,81818 21,8235 6,68

Plantio

Foto: Embrapa Foto: Rampazzo, E.F

Foto: Rampazzo, E.F Foto: Rampazzo, E.F

Tratos culturais

Manejo plantas daninhas

Desbastes dos perfilhos

Desfolha

Escoramento

Despistilagem e limpesa do cacho

Poda do coração

Poda das pencas

Ensacamento

- aumento do peso - frutos mais longos - diâmetro maior dos frutos - melhor coloração - encurtamento da colheita - menor dano nos frutos

Tratos culturais

Fotos: Oliveira, F.T Fotos: Rampazzo, E.F

Foto: Oliveira, F.T

Foto: Rampazzo, E.F

Foto: Rampazzo, E.F

Ensacamento

Foto: Oliveira, F.T

Foto: Oliveira, F.T

Foto: Oliveira, F.T

Foto: Oliveira, F.T

Foto: Rampazzo, E.F Foto: Rampazzo, E.F

Foto: Rampazzo, E.F

Colheita e embalamento

Foto: Oliveira, F.T

Foto: Oliveira, F.T

Foto: Rampazzo, E.F

Casa de embalagem

Foto: Oliveira, F.T

Transporte

Foto: Oliveira, F.T

Obrigado.

Eng Agr Elcio Félix Rampazzo Instituto Emater - 43 3305-1421