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Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE Escola Nacional de Ciências Estatísticas Coordenação de Treinamento e Aperfeiçoamento Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos Programa Anual de Treinamento Rio de Janeiro

Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos · espacial empreendida pelo intérprete do mapa, mas isto não faz dele, em absoluto, um SIG. Complicando ainda mais, o desenvolvimento

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Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE

Escola Nacional de Ciências Estatísticas Coordenação de Treinamento e Aperfeiçoamento

Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos

Programa Anual de Treinamento Rio de Janeiro

2010

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IB GE Av. Franklin Roosevelt, 166 – Centro – 20021 – 120 – Rio de Janeiro, RJ - Brasil

Programa Anual de Treinamento – PAT/2010

Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos

Coordenação de Treinamento e Aperfeiçoamento - ENCE/CTA

Sandra Furtado de Oliveira – Coordenadora

Adilson Ribeiro da Silva – gerente EAD

Luciene Ribeiro Galart – Gerente de Treinamento

Rita de Cássia Macedo Villas Boas – Gerente do CDHP

Coordenação de cursos

Bruno Taranto Malhieors

Luiz Felipe D’Alberto Louzada

Silvana Teresa T. Britto Ramos

Teresinha Milanez Pinheiro

Impressão

Centro de Documentação e Disseminação de Informações – CDDI

Capa

Coordenação de Marketing – CDDI/COMAR

Pesquisa e elaboração do material didático

Claudio João Barreto dos Santos DGC/CCAR)

Luís Antônio Xavier (DGC/CCAR)

Márcia de Almeida Mathias (DGC/CCAR)

Rafael Balbi Reis (DGC/CCAR)

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Índice – Sessão 1

Capítulo 1: Introdução 4

1.1 Sistema de Informação Geográfica (SIG) 4

1.2 SIGxCAD 5

1.3 Open Source / Software livre 6

Capitulo 2: Quantum GIS (QGIS) 7

2.1 Sobre o QGIS 7

2.2 Baixando o QGIS 7

Capitulo 3: Iniciando o QGIS 8

3.1 Configurações do Projeto 8

3.2 Opções do Projeto 10

Capitulo 4: Camada Vetorial 12

4.1 Abrindo uma camada vetorial. 12

4.2 Ligando, desligando e removendo a camada vetorial 13

4.3 Tabela de Atributo 15

4.4 Propriedades da camada vetorial 17

4.4.1 Simbologia 18

4.4.2 Rótulos 21

Capitulo 5: Camada Raster 24

5.1 Abrindo uma camada raster. 24

5.2 Propriedades da camada raster 25

5.2.1 Simbologia 25

5.2.2 Transparência 26

5.2.3 Pirâmides 28

Capitulo 6: Edição 29

6.1 Digitalizando um novo arquivo vetorial 29

6.2 Abrindo a edição 30

6.3 Selecionando, movendo e excluindo na edição vetorial 31

Capitulo 7: Trabalhando com GPS no QGIS 35

7.1 GPS BABEL 35

7.2 GPS Trackmaker 38

7.2.1 Baixando waypoints 40

7.2.2 Baixando trilhas 41

7.2.3 Salvando em GPX 42

Capitulo 8: ADGV e EDGV na escala 1:250.000 47

Referência Bibliográfica 60

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CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO

A cartografia vem passando por uma série de transformações nos últimos anos. A

principal mudança ocorrida foi a inserção de novas tecnologias na produção de mapas, com o

advento da cartografia digital. Surgem ferramentas importantes como o Sensoriamento

Remoto, o GPS, o Geoprocessamento, o Modelo Digital de Elevação (MDE), entre outras que

passam a ser conhecidas como geotecnologias. Estas tecnologias vêm influenciando de

maneira crescente diversas áreas de estudo, principalmente as referentes à análise de recursos

naturais, monitoramento costeiro, cartografia, transporte, comunicação, energia e

planejamento urbano e regional. Com o potencial crescente pela redução de custos,

ampliação de bases e conhecimentos específicos e a estrutura de armazenamento de dados

1. 1 SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG)

As ferramentas computacionais para Geoprocessamento, chamadas de Sistemas de

Informação Geográfica (SIG), permitem a realização de análises complexas, ao integrar dados

de diversas fontes e ao criar bancos de dados georreferenciados, possibilitando ainda, a

geração de documentos gráficos, cartográficos e/ou temáticos. Estes sistemas possuem a

particularidade de armazenar e tratar a informação geográfica, ou seja, que se encontra

posicionada no espaço geográfico através de coordenadas referenciadas a um sistema

cartográfico conhecido.

A necessidade de se armazenar não só a geometria dos elementos geográficos, mas

também seus atributos não-gráficos (características gerais), é plenamente atendida pelas

estruturas de armazenamento disponíveis nestes sistemas. Os bancos de dados geográficos

criados para este fim possuem desta forma, funções de armazenamento e de recuperação da

informação espacial, seja através da efetuação de consultas do banco para o mapa, como do

mapa para o banco.

Para que a base gerada possa de fato atender às necessidades levantadas, é

extremamente importante Construir modelo de organização das informações a serem

incorporadas ao SIG de modo a permitir uma ótima correspondência entre os objetos

geográficos coletados e os atributos relevantes para entendimento do espaço geográfico.

Neste processo, parte-se do levantamento cuidadoso das entidades e relacionamentos mais

importantes do mundo real, a serem modeladas nos universos conceitual, de representação e

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de implementação, considerando sempre as especificidades de cada sistema e usuário final. O

mercado está repleto de opções variadas, que devem ser consideradas ponderadamente, diante

das necessidades reais e projetadas de cada usuário.

1.2 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS & CADD

Na cartografia, os primeiros sistemas automatizados, que permitiam o tratamento de

dados espaciais, se limitavam à reprodução de mapas. Era o surgimento dos sistemas CADD

(Projeto e Desenho Assistido por Computador), que revolucionaram o processo de produção

de projetos gráficos muito utilizados nas áreas de Engenharia e Arquitetura.

O conceito de SIG, desenvolvido originalmente nos anos 60, surgiu como algo muito

mais abrangente do que se conhecia até então. A proposta era a de não se limitar à

automatização das funções de desenho, como nos CADD, mas permitir sobreposições,

combinações e análises topológicas de diversos tipos de dados sobre uma área; associando

ainda, atributos gráficos e não-gráficos de recursos cartográficos.

Não há dúvidas de que um sistema de automação de mapeamentos facilita a

manipulação de elementos da representação cartográfica, e por conta disto, otimiza a análise

espacial empreendida pelo intérprete do mapa, mas isto não faz dele, em absoluto, um SIG.

Complicando ainda mais, o desenvolvimento dos SIG ao longo destas décadas, passou

por vários estágios de evolução, conforme a ciência computacional também foi evoluindo, e

oferecendo maiores facilidades para a implementação de sistemas mais complexos. Acontece

que estas mudanças ocorrem muito mais rapidamente que a aceitação e compreensão da

comunidade de usuários, a nível científico, empresarial ou governamental.

Desta forma, quando conceituamos o termo SIG, em toda a sua plenitude, considerando

suas atuais potencialidades, nos deparamos com sérios problemas de caracterização dos

sistemas em uso. Isto é, em muitos casos, já não é tão clara a distinção entre SIG e CADD,

que por sua vez, também vem sofrendo evoluções.

Mas, o que distingue e caracteriza os SIGs? Esta pergunta deve ser respondida à luz do

fato de que as informações são de natureza geográfica e que nos fundamentos da ciência

geográfica, deve-se buscar o sentido de um SIG como uma poderosa ferramenta da análise

espacial. O espaço, questão tão cara à ciência geográfica, encerra o elemento que faz dos

SIGs sistemas particulares de informação.

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As análises espaciais e espaço-temporais, capazes de depreender e explicar os

mecanismos que definem a interação espacial do binômio sociedade-natureza, a partir da

integração de diversos dados, geográficos e alfanuméricos, das mais variadas origens,

qualificam os SIGs. A visão holística dos problemas, a possibilidade de promover avaliações

e diagnósticos, simulações e previsões, em suma, a condução dos processos de tomada de

decisão que implicam nas alterações do espaço geográfico faz dos SIGs poderosos e

multiperspectivos sistemas de informações.

1.3 OPEN SOURCE OU SOFTWARE LIVRE

O mercado está repleto de opções variadas de softwares e produtos, que devem ser

consideradas ponderadamente, diante das necessidades reais e projetadas de cada usuário. O

custo de um produto SIG atualmente é muito elevado, o que pode comprometer todo um

orçamento de um projeto de pesquisa. Em contrapartida, hoje temos a difusão do chamado

software livre.

Software livre ou Open Source são aqueles que o código fonte do software é distribuído

e os termos de licença permitem que o software seja modificado e redistribuído com as

mesmas liberdades do software original.

Além do custo baixo, ou quase nulo, os softwares livres apresentam as seguintes

vantagens:

- Acesso dos usuários as ferramentas SIG

- No caso do IBGE, disseminação das técnicas de reambulação nas unidades

descentralizadas.

- Disponibilidade cada vez maior de insumos

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CAPITULO 2: Quantum GIS

2.1 SOBRE O QGIS

O Quantum GIS (QGIS) é um amigável sistema de informação geográfica open

source. O QGIS é um projeto ofical da Open Source Geospatial Foundation (OSGEO). É um

software que roda em diferentes sistemas operacionais (Linux, Windows, Mac,etc) e suporta

arquivos vetoriais, do tipo raster, banco de dados e possui várias funcionalidades QGIS

fornece um continuo número de atualizações e funcionalidades através de plugins e

downloads.

No QGIS podemos visualizar, manusear, editar, analisar arquivos e montar mapas par

impressão.

O QGIS é um projeto voluntário que funciona com a contribuição de usuários

informando sobre problemas que possam ocorrer durante o processo de utilização do

software.

2.2 BAIXANDO O QGIS

O software pode ser encontrado no site www.qgis.org. No site você encontra a opção para

download, além de informações e discussões sobre o programa. A figura 1 abaixo mostra o

site no seu layout atual.

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CAPITULO 3: INICIANDO O QGIS

3.1 CONFIGURAÇÕES DO PROJETO

Para iniciar o QGIS no Windows XP basta clicar no Ícone do programa

ou ir em Iniciar/ Todos os Programas/ Quantum Gis Tethis/ Quantum Gis 1.5.0, que é a

ultima versão disponível para download.

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Tela inicial do QGIS

As barras de ferramentas que aparecem na tela inicial podem ser editadas, para isso

basta clicar com o botão direito no mouse sobre a parte superior do programa. As barras de

ferramentas são importantes para manusear dos dados.

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3.1 OPÇÕES DO PROJETO

Antes de iniciar um projeto é importante ajustar suas configurações para entrada e

edição dos dados. Para acessar as configurações do projeto: ir à aba Configurações/

Propriedades do Projeto localizado na parte superior da tela inicial

Ao clicar nas propriedades do projeto a seguinte janela de interface irá se abir:

Nesta Janela podem ser configurados o nome do projeto, definição de cores para

seleção de elementos, sistema de referência de coordenadas, unidades de medidas do mapa,

tolerâncias para edição.

Outra forma de ajustar as configurações é através das opções –

Configurações/Opções.Onde encontramos separados por sessões

• Geral

• Restituição & SVG

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• Ferramentas de Mapa

• Sobrepõe

• Digitalizar

• SRC

• Região

• Rede & Proxy

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CAPITULO 4: CAMADA VETORIAL

A camada vetorial é um tipo de arquivo digital para representação da informação

espacial, onde a primitiva geométrica pode ser representada por pontos, linhas e polígonos.

4.1 ABRINDO UMA CAMADA VETORIAL.

Para abrir uma camada vetorial no QGIS o usuário deve clicar no ícone na

barra de ferramentas gerenciado de camadas ou ir na aba Camada/Adicionar camada vetorial

(CTRL+SHIFT+V), localizada na parte superior do programa.

Ao clicar no ícone a seguinte janela irá se abrir:

Selecione a opção de arquivo, para adicionar uma camada do tipo shapefile basta

clicar no botão Exibir .Lembrando que este procedimento serve para pontos, linhas e

polígonos.

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Existem inúmeros tipos de arquivos que são suportados pelo QGIS selecione o

arquivo desejado e clique em Abrir

4.2 LIGANDO, DESLIGANDO E REMOVENDO, A CAMADA VETO RIAL

A) Ligando e desligando

Para habilitar ou desabilitar uma camada que esteja inserida no projeto. Clique no

quadrado ( ) ao lado do nome da camada.

Outra opção é ir pela aba Camada/Mostrar todas as camadas ou Camada/Ocultar

todas as camadas

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B) Remover

Para remover uma camada vetorial do projeto, clique com o botão direito sobre o

nome do arquivo que deseja remover ou clique no ícone na barra de gerenciar camadas

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Ou ainda pela aba Camada/Remover camadas (Ctrl+D)

4.3 TABELA DE ATRIBUTOS

A tabela de atributos é onde fica armazenada toda a informação da camada vetorial.

Ela é responsável pelas informações geográficas contidas na camada vetorial e na

representação de diferentes tipos de mapas.

Existem 3 formas de acessar a tabela de atributos da camada vetorial.

• O primeiro é através do ícone na barra de ferramentas ATRIBUTOS.

• A segunda opção é clicando com o botão direito do mouse sobre o nome da

camada que você deseja consultar a tabela de atributos.

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• A terceira é acessando a aba Camada/Abrir tabela de atributos

Como dito anteriormente, no SIG podemos trabalhar com uma relação entre o mapa e o

banco de dados. Na tabela de atributos vamos encontrar algumas informações que nos ajudam

a perceber essas interações. Através da tabela podemos, observar o total de feições, fazer

consultas, apagar feições etc.

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Tabela de Atributos

4.4 PROPRIEDADES DA CAMADA VETORIAL

A propriedade da camada vetorial contém as funções para alterar a simbologia e suas

características gerais, rotular, consultar metadados e atributos, entre outros.

Para acessar as propriedades clique com o botão direito sobre a camada ou aplique um

duplo clique sobre a camada.

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4.4.1 Simbologia

Na simbologia podemos alterar o tipo de representação do arquivo (espessura, largura,

cor, etc) além de acessar e adicionar as informações contidas na tabela de atributos e usá-la na

representação da camada vetorial. No tipo de legenda observa-se quatro maneiras de

classificar de um dado espacial:

1) Símbolo Simples – é a representação única para todos os elementos da camada

vetorial

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2) Símbolo Graduado – Usado para dados quantitativos. Utiliza modelos estatísticos na

classificação.

3) Cor Contínua – Utiliza dados quantitativo na classificação. Divide os dados em duas

classes: Valor Máximo e Valor Mínimo

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4) Valor Único – Utiliza dados quantitativos e qualitativos. Este tipo classificação aplica uma

cor /valor único para cada registro da sua tabela.

Existe ainda a possibilidade de se criar uma nova simbologia. Nesta opção, o usuário pode

criar novos símbolos para representar a camada vetorial.

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4.4.2 Rótulos

A função de rótulos é utilizada para colocar no mapa as informações contidas na tabela

de atributos. Os rótulos, no caso atributos, podem ser alocados no mapa com diferentes tipos

de fonte, cor, tamanho e posição

Esta função pode ser acessada na propriedade da camada:

Ou ainda clicando no ícone encontrada na barra de atributos. Ao clicar no ícone

uma nova janela de interface vai estar disponível para o usuário. Para rotular uma camada

vetorial o usário deve marcar a opção Rorular esta camada e escolher qual campo, dentro da

tabela de atributo, o usuário quer que apareça no mapa – Campo com rótulos

Exemplo: Nome, código, etc.

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Cabe ressaltar que, tanto atributos qualitativos, como atributos quantitativos podem ser

rotulados.

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Exemplo: Nome dos Trecho de Drenagem aparecendo no mapa

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CAPITULO 5: CAMADA RASTER

O raster é um arquivo matricial, isto é, significa que a forma do objeto é construída a

partir de um conjunto de pontos num grid. O posicionamento dos objetos geográficos é dado a

partir do cruzamento das linhas e colunas que ocupam. Cada célula armazena um valor ou

atributo, que classifica o tipo do objeto representado. Adequado para armazenar e manipular

imagens de sensoriamento remoto e modelos digitais de elevação (MDE), por exemplo.

5.1 ABRINDO UMA CAMADA RASTER.

Para abrir uma camada raster no QGIS clique no ícone na barra de gerenciamento,

ou pelo caminho Camada/Adicionar camada raster..(CTRL+SHIFT+R).

Ao clicar na opção a seguinte janela se abrirá

Selecione um arquivo com extensão de imagem (*.Tiff, *.Geotiff, *.Img, etc) e clique

em abrir.

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5.2 PROPRIEDADES DA CAMADA RASTER

Da mesma forma como a camada vetorial, a camada raster também possui uma caixa de

propriedades. A lógica de acesso para essas propriedades é a mesma da camada vetorial, ou

seja, clicando com o botão direito sobre o nome da imagem ou dando um duplo clique sobre o

mesmo.

Nas propriedades da camada raster podemos alterar:

• Simbologia e contraste da imagem;

• Transparência;

• Mapa de cores;

• Características gerais do arquivo como metadados;

• Construir pirâmides e mexer no histograma.

5.2.1 Simbologia

Na parte da simbologia o usuário tem a capacidade de alterar o sistema de cores de

uma imagem, optando em representar na forma de composição colorida ou em escalas de

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cinza. O usuário pode alterar o contraste de imagens que apresentem tonalidades e brilho que

dificultam a identificação de feições na imagem

5.2.2 Transparência

Como o próprio nome já diz, esta parte serve para deixar a camada raster transparente

com relação a outras camadas, esta ferramenta é muito utilizada quando existe sobreposição

entre camadas distintas. Também serve para retirar os valores de fundo da imagem (back

ground value). Para retirar os valores de fundo, basta digitar 0 (zero) no espaço Sem valores

de dados localizado no canto esquerdo superior.

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Exemplo de imagem com e sem valores de fundo

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5.2.3 Pirâmides

Rasters de alta resolução podem tornar lenta a navegação no QGIS Ao criar cópias de

baixa resolução (pirâmide) poderá haver um ganho em desempenho, pois o QGIS selecionará

a resolução de acordo com o nível de aproximação. Você deve ter acesso de escrita na pasta

onde está a imagem original para criar pirâmides.

Para construir as pira,ides, basta escolher a resolução desejada e clicar na opção

Construir pirâmides

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CAPITULO 6: EDIÇÃO

6.1 DIGITALIZANDO UM NOVO ARQUIVO VETORIAL

Para criar um novo arquivo vetorial o usuário deve clicar no ícone , este ícone

possibilita a criação de um novo arquivo shape (*.shp). Antes de digitalizar a nova camada é

necessário definir alguns parâmetros como:

• Tipo de primitiva geométrica (ponto/linha/polígono);

• O sistema de coordenada do arquivo;

• E informar os atributos que irão compor esta nova camada. Lembrando que os

atributos podem ser números, textos ou alfanuméricos

Definidas as configurações, clique em OK dar um nome de saída e Gravar o arquivo na

pasta desejada

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6.2 ABRINDO A EDIÇÃO

Para abrir a edição de uma camada vetorial clique no ícone da barra digitalizar. A

edição só pode realizada camada a camada. Com a edição aberta clicar no ícone de captura de

ponto , linha ou polígono e digitalizar a feição desejada. Outra opção

para digitalizar é através da aba Editar/Capturar Ponto (Ctrl+.), Linha (Ctrl+/), Polígono

(Ctrl+ Shift+/), essa opção só vai funcionar com a edição aberta .

Para editar os pontos:

• Clicar com o botão esquerdo do mouse na posição desejada

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• preencher os atributos

Para editar linhas e polígonos:

• digitalização com o botão esquerdo

• aplicar duplo click no botão direito para finalizar a digitalização.

• preencher os atributos do campo

6.3 SELECIONANDO, MOVENDO E EXCLUINDO NA EDIÇÃO VE TORIAL

A) Selecionar

Para selecionar um arquivo clicar no ícone .Com a ferramenta selecionada basta

clicar em cima da feição desejada. Para deselecionar as feições clicar no ícone ou

clicando fora da área da camada. Outro caminho para executar a função é pela aba

Exibir/Selecionar Feições e Exibir/ Deselecionar feições de todas as camadas.

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Exemplo

B) Mover

Para poder mover/ deslocar uma camada vetorial, a edição do arquivo deve estar aberta

( ), Clique no botão ou Editar/ Mover feições.

Com a ferramenta selecionada basta clicar em cima da feição, segurar e arrastar para

posição desejada.

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C) Excluir

Para excluir uma camada vetorial, a edição do arquivo deve estar aberta ( ) e a

feição deve estar selecionada ( ), clique no botão ou Editar/ Excluir seleção.

Obs1: As ferramentas de exclusão também podem ser acessadas pela tabela de atributos

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Obs2: O comando DESFAZER é dado pela tecla de atalho Ctrl+Z e o comando

REFAZER pelas teclas Ctrl+Shift+Z ou Editar/ Desfazer - Editar /Refazer

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CAPITULO 7: TRABALHANDO COM GPS NO QGIS

O QGIS possui muitos plug-ins que podem ser baixados gratuitamente na internet. Uma

das opções para se trabalhar com GPS no QGIS é baixando um desses plug-in. O GPSBABEL

é o programa recomendado, pelos criadores do software, para se trabalhar com GPS no QGIS.

7.1 GPS BABEL

Para baixar o GPSBABEL, o usuário deve acessar o site www.gpsbabel.org ir na opções

de download e baixar o aplicativo.

O aplicativo pode ser usado dentro ou fora do QGIS, ele funciona como um conversor

de dados de diferentes modelos de GPS.

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Tela Inicial do GPS Babel

Para que o QGIS consiga enxergar a ferramenta é necessário instalar o caminho do

aplicativo no sistema no Windows.

O usuário deve ir em MEU COMPUTADOR clicar com botão direito propriedades do

sistema.

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Procurar a aba Avançado/Variáveis de Ambiente/ Variáveis do sistema/ Path/ Editar

Na opção de editar digitar C:\Arquivos de programas\GPSBabel e aplicar OK.

Para abrir a ferramenta de GPS no QGIS clique no ícone da barra de gerenciar

camadas ou pelo caminho Complementos/GPS/ Ferramenta de GPS

A janela Ferramenta de GPS irá se abri

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Nesta janela de interface o usuário poderá:

• Carregar um aqruivo GPX

• Importar outro tipo de arquivo GPS

• Descarregar os dados do GPS - em fase de teste

• Carregar os dados dentro do GPS - - em fase de teste

• Converter o Arquivo GPX

7.2 GPS trackmaker

Devido a facilidade das equipes de campo em manusear e trabalhar com este software e

a falta de comunicação, até o memento, com os GPS Magellan, foi pensando em uma solução

para utilização da versão grátis (gpstrackmaker 13.7) encontrada disponível para download no

site www.trackmaker.com

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Na versão grátis pode ocorrer de não estar disponível alguma versão ou modelo de GPS,

ou ainda, não ter a possibilidade de realizar a interface com os aparelhos por falta de um cabo

serial, nestes dois casos os dados podem ser baixados como um pen-drive.

Exemplo:

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7.2.1 Baixando waypoints

Para baixar os Waypoints do Magellan Explorist, acesse disco removível/ os meus

POIs/ *.upt

Esta opção irá habilitar apenas os pontos contidos no GPS

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7.2.2 Baixando trilhas

Para baixar as trilhas do Magellan Explorist, acesse disco removível/ registro dos

traçados/ *.log

Esta opção irá habilitar apenas as trilhas contidos no GPS

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7.2.3 Salvando em GPX Para abrir os arquivos do GPS no QGIS é necessário salvar os dados em *.GPX. O GPS

trackmaker consegue salvar as trilhas e os pontos em único arquivo GPX. Após abrir uma das camadas clique em Arquivo/Unir Arquivos (Ctrl+M);

As duas camadas deverão estar ligadas na tela para transformação para o formato GPX

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Com as duas camadas abertas clicar opção Arquivo/Salvar Arquivo Como/*.GPX

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Depois do arquivo GPX salvo, para abri-lo no QGIS o usuário poderá abrir o arquivo de

duas maneiras:

• 1) Como uma camada vetorial, usando o mesmo procedimento do capitulo 4

Neste caso, o usuário deverá escolher qual o tipo de camada que ele quer abrir –

waypoint, tracks, routes track_points ou route_points. Conforme ilustração abaixo

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• 2) Abrir o arquivo GPX pela Ferramenta de GPS,

Complemneto/GPS/Ferramenta de GPS/ Carregar arquivo GPX

Neste caso, ao selecionar o arquivo, antes de dar OK o usuário pode selecionar qual

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Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos

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CAPITULO 8: ADGV E EDGV NA ESCALA 1:250.000

Classes de objetos geoespaciais de possível ocorrência nas escalas do mapeamento sistemático terrestre

1- Hidrografia

CLASSE PRIMITIVA GEOMÉTRICA

1:250.000 CRITÉRIO/ OBS

- - - - - -

Oceano

Polígono X Área ≥ 5 X 5mm - - - - - -

Baía

Polígono X Área ≥ 5 X 5mm - - - - - -

Enseada

Polígono X Área ≥ 5 X 5mm - - - - - -

Meandro Abandonado

Polígono X Área ≥ 5 X 5mm - - - - - -

Lago/Lagoa

Polígono X Área ≥ 5 X 5mm - - - - - -

Massa_ Dagua

Represa/Açude

Polígono X Área ≥ 5 X 5mm - - - - - -

Rio

Polígono X Largura ≥ 0,8 mm - - - - - -

Canal

Polígono - Largura ≥ 0,8 mm - - - - - -

Represa/Açude

Polígono X Área ≥ 5 X 5mm - - - - - -

Trecho_ Massa_ Dagua

Laguna

Polígono X Área ≥ 5 X 5mm

- -

Linha

X

Limite_Massa_

Dagua

- -

-

- - -

Linha

X

Todos trechos drenagem

permanentes devem ser

adquiridos e os temporários

só deverão quando possuírem:

comprimento ≥ 2 cm, possuir nome próprio ou obra-

de-arte construída que deva ser representada

Trecho_Drenagem

- - -

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Ponto_Drenagem

Ponto - -

Ponto X -

Linha

X Largura ≤ 0.40 mm na escala

Barragem

Polígono

- Largura ≥ 0.40 mm na escala

Ponto

-

Largura do Trecho_Massa_Da

gua ≤ 0,80 mm

Linha -

Largura do Trecho_Massa_D Agua ≥ 0,80 mm

Comporta

- - - Ponto -

- -

Sumidouro_ Vertedouro

- -

-

Ponto

X

Largura do Trecho_Massa_Da

gua ≤ 0,80 mm

Linha

X Largura do

Trecho_Massa_Da gua ≥ 0,80 mm

Queda_Dagua

Polígono - Área ≥ 0.8 X 5mm Ponto -

- -

Fonte_Dagua - -

Válido para qualquer

tipoFonteDagua Ponto X

- -

Ponto_Inicio_ Drenagem

- -

-

Ponto X -

Linha

X Comprimento ≥ 5 mm

Foz_Maritima

Polígono X Área ≥ 5 X 5mm Ponto X

- -

Confluencia - -

-

Ponto

X

Largura do Trecho_Massa_Da

gua ≤ 0,80 mm

Linha

X Largura do

Trecho_Massa_Da gua ≥ 0,80 mm

Corredeira

Polígono X Área ≥ 0,8 X 5mm Ponto - Linha -

Natureza_Fundo

Polígono -

-

Ponto X -

Linha

X Largura ≤ 5 mm e Comprimento > 5

mm

Ilha

Polígono X Área ≥ 5 X 5mm Ponto X -

- - -

Rocha_Em_

Agua Polígono

X

Conjunto de objetos adquiridos

em escala

Ponto X -

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Linha

X

Largura < 0,4mm e Comprimento >

2cm Polígono X Área ≥ 5 X 5mm - - -

Linha

X Largura < 0,4mm e Comprimento >

2cm

Banco_Areia

Polígono - Área ≥ 5 X 5mm - - -

Linha

X Largura < 0,4mm e Comprimento >

2cm

Quebramar_Molhe

Polígono - Área ≥ 5 X 5mm - - - - - -

Terreno_Sujeito_

Inundacao

Polígono

X Área ≥ 10 X 10mm

- - - - - -

Area_Umida

Polígono

X Área ≥ 10 X 10mm

- - - - - -

Polígono

X

Desde que o Trecho_Massa_Da gua correspondente

seja adquirido

Linha X

Reservatorio_ Hidrico

Polígono X

2- Relevo

CLASSE PRIMITIVA GEOMÉTRICA

1:250.000 CRITÉRIO/ OBS

- - Linha X

Curva_Nivel

- -

-

- - Linha X

Curva_Batimetrica

- -

-

Ponto X - -

Ponto_Cotado_Altimetrico

- -

-

Ponto X - -

Ponto_Cotado_Batimetrico

- -

-

Ponto X -

Linha

X Comprimento ≥ 5 mm

Elemento_Fisiografico_Natural

Polígono

X Área ≥ 10 X 10mm

Ponto - - - - -

Dolina

Polígono

- Área ≥ 10 X 10mm

Ponto X -

Duna - - -

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Polígono

X Área ≥ 10 X 10mm

Ponto - - -

Gruta_Caverna

- -

-

Ponto X - -

Pico

- -

-

Ponto - - - - -

Rocha

Polígono

- Área ≥ 10 X 10mm

- - - - - -

Terreno_Exposto

Polígono

X Área ≥ 10 X 10mm

- - - Linha X -

Alteracao_Fisiografica_

Antropica

Polígono

- Área ≥ 10 X 10mm

3- Vegetação

Os elementos de vegetação existentes dentro de áreas edificadas, destruídas e abandonadas devem ser omitidos, exceto nas escalas de 1:25.000 e 1:50.000.

4- Sistema de Transportes

CLASSE PRIMITIVA GEOMÉTRICA

1:250.000 CRITÉRIO/ OBS

- - Linha X

Trecho_Rodoviario

- -

Largura ≥ 3 mm

Ponto X - -

Identificador_ Trecho_Rodoviario

- -

-

Ponto X - -

Ponto_Rodoviario

- -

-

Ponto X -

Linha

X Comprimento ≥ 5 mm

Travessia

Polígono - Ponto X -

Linha

X Comprimento ≥ 5 mm

Tunel

- - - Ponto X -

Linha

- Comprimento ≥ 5 mm

Galeria_Bueiro

- - - Ponto X

- -

Entroncamento - -

-

Ponto X -

Linha

X Comprimento ≥ 5 mm

Ponte

- - - Ponto X -

Passagem_ Elevada_Viaduto

Linha

X Comprimento ≥ 5 mm

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- - - - -

- - -

Area_Estrut_ Transporte

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm Ponto X -

- - -

Patio Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

Ponto - - - - -

Edif_Rodoviaria

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

- -

Linha

X

Trilha_Picada

-

-

Largura ≤ 3 mm e

Comprimento ≥ 10 mm – exceto em

áreas pouco densas de rede viária

- - Linha -

Ciclovia

- -

Comprimento ≥ 5

mm

- Linha -

Arruamento

- -

Comprimento ≥ 5

mm

Ponto - -

Linha - Comprimento ≥ 5 mm

Travessia_ Pedestre

- - - -

Linha X

Trecho_ Ferroviario

- -

Comprimento ≥ 5 mm

Ponto X - -

Ponto_ Ferroviario

- -

-

Ponto X - -

Girador_ Ferroviario

- -

-

Ponto - - - - -

Edif_Metro_ Ferroviaria

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm - -

Linha X

Caminho_Aereo - -

Comprimento ≥ 5 mm

Ponto X -

Linha

- Comprimento ≥ 5 mm

Funicular

- - - Ponto X -

Linha

- Comprimento ≥ 5 mm

- - - - -

Cremalheira

- -

- - Linha X

Trecho_Duto

- -

Comprimento ≥ 5 mm

Ponto - - -

Ponto_Duto

- -

-

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- - - - - -

Area_Duto

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm Ponto X -

Linha

X Comprimento ≥ 5 mm

Local_Critico

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm - - -

Linha

X Comprimento ≥ 5 mm

Condutor_Hidrico

- - Ponto X -

Linha

X Comprimento ≥ 5 mm

Pista_Ponto_Pouso

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm Ponto X -

- - - Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

- -

Edif_Constr_Aeroportuaria

- -

- Linha X

Trecho_Hidroviario

- -

A ser fornecido pela ANTAQ

Ponto - - -

Ponto_Hidroviario

- -

-

Ponto X -

Linha

- Comprimento ≥ 5 mm

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm - -

Eclusa

- -

Ponto X - - - -

Edif_Constr_Portuaria

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm Ponto X -

Linha

X Comprimento ≥ 5 mm

Atracadouro

Polígono - Área ≥ 10 x 10mm Ponto X -

Linha

X Comprimento ≥ 5 mm

Fundeadouro

Polígono - Área ≥ 10 x 10mm Ponto X -

Linha

X Comprimento ≥ 5 mm

Obstaculo_Navegacao

Polígono - Área ≥ 5 x 5m Ponto X

- -

Sinalizacao - -

-

- - - - - -

Faixa_Seguranca

Polígono X Área ≥ 5 x 5m Ponto - -

- - -

Passagem_Nivel - - -

Ponto X - - - -

Posto_Combustivel

Polígono - Área ≥ 5 x 5m

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Linha X Polígono X

5- Energia e Comunicações

CLASSE PRIMITIVA GEOMÉTRICA

1:250.000 CRITÉRIO/ OBS

- -

- -

Area_Energia_Eletrica

Polígono X Área ≥ 5 x 5mm

Ponto - -

- - -

Edif_Energia Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

Ponto X -

Linha

X Comprimento ≥ 5 mm

Est_Gerad_Energia_Eletrica

Polígono X Área ≥ 5 x 5mm

Ponto X -

Linha

X Comprimento ≥ 5 mm

Hidreletrica

Polígono X Área ≥ 5 x 5mm

Ponto X -

- - -

Termeletrica

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm - - - -

Subest_Transm Distrib_Energia_Eletrica

- -

Agregador

Ponto - - -

Ponto_Trecho Energia

- -

-

- - -

Linha

X Comprimento ≥ 5 mm

Trecho_Energia

- - -

- - -

- - -

Zona_Linhas

Energia_Comunicacao Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

Ponto - - -

Torre_Energia

- -

-

- - -

- - -

Area_Comunicacao

Polígono X Área ≥ 5 x 5mm

- - Ponto - -

- - -

Edif_Comunic Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

Ponto X - -

Antena_Comunic

- -

-

Ponto X - -

Torre_Comunic

- -

-

Ponto - - - - -

Grupo_Transformadores

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

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Linha X Polígono X

6- Abastecimento de Água e Saneamento Básico

CLASSE PRIMITIVA GEOMÉTRICA

1:250.000 CRITÉRIO/ OBS

- - - - - -

Area_Abast_Agua

Polígono -

Área ≥ 5 x 5mm

Ponto - -

- - -

Edif_Abast_Agua

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm Ponto - -

- - -

Dep_Abast_Agua Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

- - - -

Complexo_Saneamento

- -

Agregador

- - -

- - -

Area_Saneamento

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm Ponto - -

- - -

Edif_Saneamento Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

Ponto - - - - -

Dep_Saneamento

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

Ponto X - - - -

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm Linha X

Cemiterio

Polígono X

7- Educação e Cultura

CLASSE PRIMITIVA GEOMÉTRICA

1:250.000 CRITÉRIO/ OBS

- - - - -

- - -

Area_Ensino

Polígono X Área ≥ 5 x 5mm

Ponto - -

- - - Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

- -

Edif_Ensino

- -

- - - -

Area_Religiosa

Polígono X Área ≥ 5 x 5mm

Ponto - -

- - - Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

- -

Edif_Religiosa

- -

- - Area_Lazer - -

Área ≥ 5 x 5mm

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Polígono X Ponto - -

- - -

Edif_Const_Lazer Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

- - - -

Piscina

Polígono -

Área ≥ 5 x 5mm

Ponto - - - - -

Campo_Quadra

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm Ponto - -

- - -

Edif_Const_Turistica Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

- - - - - -

Area_Ruinas

Polígono X Área ≥ 5 x 5mm Ponto -

- -

Ruina Polígono -

Área ≥ 5 x 5mm

- -

Linha

- Comprimento ≥ 5 mm

Pista_Competicao

- -

Ponto - - - - -

Arquibancada

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm Ponto - -

- - -

Coreto_Tribuna Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

8- Estrutura Econômica

CLASSE PRIMITIVA GEOMÉTRICA

1:250.000 CRITÉRIO/ OBS

- - - - - -

Area_Comerc_Serv

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm Ponto - -

- - -

Edif_Comerc_Serv Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

Ponto - -

- - - Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

- -

Deposito_Geral

- -

- - - - - -

Area_Industrial

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm Ponto - -

- - - Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

- -

Edif_Industrial

- -

- - - - - -

Area_Ext_Mineral

Polígono X Área ≥ 5 x 5mm Ponto X -

Ext_Mi neral - - -

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Polígono X Área ≥ 5 x 5mm Ponto - -

- - -

Edif_Ext_Mineral Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

Ponto X - - - -

Plataforma

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

- - - - - -

Area_Agropec_Ext_Vegetal_ Pesca

Polígono X

Área ≥ 5 x 5mm

Ponto - - - - -

Edif_Agropec_Ext_Vegetal_ Pesca

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm Ponto -

Linha

- Comprimento ≥ 5 mm

Equip_Agropec

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

9- Localidades

CLASSE PRIMITIVA GEOMÉTRICA

1:250.000 CRITÉRIO/ OBS

- - - -

Cidade

- -

Agregador

- - - -

Capital

- -

Agregador

- - - -

Vila

- -

Agregador

- - - - - -

Area_Urbana_ Isolada

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm - - - -

Aglomerado_Rural_De_ Extensão_Urbana

- -

Agregador

- - - -

Aglomerado_Rural_Isolado

- -

Agregador

- - - - - -

Area_Edificada

Polígono X Área ≥ 5 x 5mm - - - -

Aldeia_Indigena

- -

Agregador

Ponto X - - - -

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm - -

Hab_Indigena

- -

- - -

- - -

Area_Habitacional Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

Ponto - - - - -

Edif_Habitacional

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

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Ponto X - -

Nome_Local

- -

-

Ponto X - -

Posic_Geo_Localidade

- -

A ser fornecido pelo IBGE

Ponto - - - - -

Edificacao

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm 10- Pontos de Referência

11- Limites

CLASSE PRIMITIVA GEOMÉTRICA

1:250.000 CRITÉRIO/ OBS

Ponto X - -

Marco_De_Limite

- -

-

- - Linha X

Linha_De_Limite

- -

-

- - Linha X

Limite_Politico_ Administrativo

-

-

A ser fornecido pelo IBGE ou

CBDL (se internacional).

- - Linha X

Limite_Intra_Municipal_

Administrativo - -

A ser fornecido pelos Órgãos competentes

- - Linha X

Limite_Operacional

-

-

A ser fornecido pelos Órgãos competentes,

exceto para “Costa visível da carta”,

que será obtido na aquisição

- - Linha X

Outros_Limites_Oficiais

- -

A ser fornecido pelos Órgãos competentes

- - -

Linha

- Comprimento ≥ 5 mm

Limite_Particular

- - - - - - - - -

Area_De_Propriedade_ Particular

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm - -

Linha X

Limite_Area_Especial - -

A ser fornecido pelos Órgãos competentes

- - - -

Pais

Polígono

X

A ser fornecido pelo IBGE ou

CBDL (Internacional) ou criado com base na

classe Limite_Politico_ Administrativo .

- - -

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- - - Polígono X Área ≥ 5 x 5mm

- - - - - -

Municipio

Polígono X Área ≥ 5 x 5mm - - - -

Distrito

Polígono X

A ser fornecido pelos Órgãos competentes.

- - - -

Sub_Distrito

Polígono -

A ser fornecido pelos Órgãos competentes.

- - - -

Regiao_Administrativa

Polígono -

A ser fornecido pelos Órgãos competentes

- - - -

Bairro

Polígono -

A ser fornecido pelos Órgãos competentes

- - - - - -

Area_De_Litigio

Polígono X Área ≥ 5 x 5mm - - -

Linha

- Comprimento ≥ 5 mm

Delimitacao_Fisica

- - - Ponto X

- -

Unidade_Uso_Sustentavel Polígono X

A ser fornecido pelos Órgãos competentes

Ponto X - -

Unidade_Protecao_Integral

Polígono X

A ser fornecido pelos Órgãos competentes

Ponto X - -

Unidade_Conservacao_Nao_ Snuc

Polígono X

A ser fornecido pelos Órgãos competentes

Ponto X - -

Outras_Unid_Protegidas

Polígono X

A ser fornecido pelos Órgãos competentes

Ponto X - -

Terra_Publica

Polígono X

A ser fornecido pelos Órgãos competentes

Ponto X - -

Area_Uso_ Comunitario

Polígono X

A ser fornecido pelos Órgãos competentes

Ponto X - -

Area_Desenvolvimento_ Controle

Polígono X

A ser fornecido pelos Órgãos competentes

Ponto X - -

Terra_Indigena

Polígono X

A ser fornecido pelos Órgãos competentes

12- Administração Pública

CLASSE PRIMITIVA GEOMÉTRICA

1:250.000 CRITÉRIO/ OBS

- - - - - - - -

Area_Pub_Civil

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm Ponto - -

- - -

Edif_Pub_Civil Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

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Ponto - - - - -

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm - -

Posto_Fiscal

- -

- - - - - -

Area_Pub_Militar

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm Ponto - -

- - -

Edif_Pub_Militar Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

Ponto - - - - -

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm Linha X

Posto_Pol_Rod

Polígono X

13- Saúde e Serviço Social

CLASSE PRIMITIVA GEOMÉTRICA

1:250.000 CRITÉRIO/ OBS

- - - -

- - - - - -

Area_Saude

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm Ponto - -

- - - Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

- -

Edif_Saude

- -

- - - - - -

Area_Servico_ Social

Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

Ponto - -

- - -

Edif_Servico_

Social Polígono - Área ≥ 5 x 5mm

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60

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

CRUZ, Carla B M., Apostila de Geoprocessamento In:Curso de Geografia da Universidade

Federal do Rio de Janeiro 2000.

DIRETORIA DE SERVIÇO GEOGRÁFICO DO EXÉRCITO - DSG. Especificação Técnica para a Aquisição de Dados Geoespaciais Vetoriais (ET-ADGV v1.0). 2009

GPS BABEL. Manual. In www.gpsbabel.org , ultimo acesso em 14/09/2010

GPS TRACKMAKER . Manual. In www. http://www.trackmaker.com, ultimo acesso em 14/09/2010

/MARANHÃO. Marcelo R de A., Possibilidades de uso de software livre para retificação de imagens. In: XXIV Congresso Brasileiro de Cartografia/II Congresso Brasileiro de Geoprocessamento/XXIIExposicarta, Aracaju, Sergipe, 2010

QUANTUM GIS , Manual, In: www.qgis.org ultimo acesso em 14/09/2010

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61

ÍNDICE- Sessão 2

INTRODUÇÃO À PADRONIZAÇÃO DE NOMES GEOGRÁFICOS..........................................................62

NOMES GEOGRÁFICOS/TOPÔNIMOS/TOPONÍMIA/NOMES CARTOGRÁFICOS............................86

UM POUCO DE SEMÂNTCA...........................................................................................................................88

QUESTÕES DE LINGUÍSTICA....................................................................................................................... 90

COMPOSIÇÃO DOS NOMES GEOGRÁFICOS.......................................................................................................... 90

GRAFIA DOS TOPÔNIMOS OFICIAIS......................................................................................................... 91

EMPREGO DAS INICIAIS MAIÚSCULAS ................................................................................................... 91

A GRAFIA DOS NOMES COMPOSTOS........................................................................................................ 92

ABREVIAÇÃO.................................................................................................................................................... 94

NOMES PRÓPRIOS........................................................................................................................................... 95

APÓSTROFO...................................................................................................................................................... 95

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................................................96

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62

PADRONIZAÇÃO DOS NOMES GEOGRÁFICOS E CONCEITOS Claudio João Barreto dos Santos

CURSO ENCE

IBGE DGC – COORDENAÇÃO DE CARTOGRAFIA AGOSTO 2010

Fonte: Curso ONU - Ormelling

Justificativa

� Os nomes geográficos

� patrimônio cultural; � refletem o histórico dos padrões de ocupação; � diversidade linguística; � qualidade para as informações cartográfica; � carecem de padronização.

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63

Fundamentação Teórica

• O conceito de Lugar: locação, referenciamento geográfico,

individualização, parte de uma rede, componente histórico, semântica.

• O conceito de Padronização (estabelecer o padrão, servir

de modelo): Normalização (retorno a uma situação normal), Normatização (de que se tiram regras ou preceitos). HOUAISS

(1995). Escolhido padronização porque a ONU usa standartization. • O conceito da Tradição: Transmissão ou entrega de valores de

uma geração à outra. Deve ser utilizado de forma criteriosa. • O conceito da Identidade: Seja local ou não, trata-se de uma

construção. O nome geográfico é uma materialização da identidade de um lugar.

Fundamentação Teórica

• Topônimo ? • Nome Geográfico ? • Geônimo ? • Nome de Lugar (Place Name) ?

Fundamentação Teórica

Onomástica

Antropo nímia

Toponí mia

Onomástica, estudo dos nomes próprios. Antroponímia estudo dos

nomes das pessoas Toponímia o

estudo dos nomes dos lugares

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64

Fundamentação Teórica

Topônimo - radicais gregos – Tópos ( Lugar) + Ónyma (Nome) “Toponímia: Estudo dos nomes de sítios, povoações, nações, e bem assim os rios, montes, vales, etc., - isto é os nomes geográficos.” (FURTADO, 1956)

“A Toponímia se propõe a procurar a origem dos nomes dos lugares e também a estudar as suas transformações”. (ROSTAING, 1948)

O Grupo de Especialistas da ONU em Nomes Geográficos – The United Nations Group of Experts on Geographical Names – define Nome Geográfico como um nome aplicado a qualquer feição sobre a superfície terrestre.

Fundamentação Teórica

Houaiss (1973) considera:

“A noção de topônimo strictu sensu, ‘nome de lugar’, deve ser ampliada, ... dando-lhe, ademais, as coordenadas geográficas de identificação, mesmo daqueles que, pela escala e densidade dos nomes inscritos, não constem dos mapas”.

O termo geônimo nesse estudo fica então conceituado como: os nomes geográficos identificadores de quaisquer feições geográficas naturais ou antropizadas recorrentes sobre a superfície terrestre e passíveis de serem georreferenciados. (Menezes e Santos, 2006)

O georreferenciamento dos geônimos das feições lineares ainda suscita dúvidas.

Fundamentação Teórica Reconhece-se, portanto, a sinonímia existente entre os termos toponímia, nomes de lugares, nomes geográficos e geonímia, respeitando-se a aplicação de cada um, de acordo com o contexto científico enfatizado.

“Um dos desafios neste campo, portanto, é desenvolver termos e definições consistentes, universalmente aceitos, pelos atores envolvidos com a temática dos nomes geográficos.” Randall (2001)

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Padronização dos Nomes Geográficos Estrangeiros Exônimo, na terminologia empregada pela ONU é o nome geográfico estrangeiro escrito de forma diferente da grafia oficial do país de origem. Em português, Nova York como grafam alguns ou Nova Iorque, como grafam outros, é o exônimo de New York.

Endônimos são aqueles nomes geográficos estrangeiros, que quando grafados em publicações nacionais obedecem à sua grafia original. Por exemplo, em português grafa-se o endônimo Buenos Aires, e não o exônimo Bons Ares. Da mesma forma a cidade de Sttutgart em português é grafada da mesma maneira como no idioma alemão. Torna-se um endônimo em português da grafia da referida cidade.

Métodos de Conversão de NG estrangeiros

• Transliteração: Definida como o procedimento de conversão das letras de vários alfabetos escritos, para outras letras equivalentes, associadas com outros alfabetos escritos. Conversão letra por letra.

• Romanização: Caso singular de transliteração. Mudanças de conversão das letras de alfabetos não romanos para letras do alfabeto romano. Alguns países adotaram sistemas de transliteração romanizados: China, Japão, Bulgária e Rússia. •Beijing e não Pequim.

Métodos de Conversão de NG estrangeiros

• Transcrição: Converte o som dos elementos de uma linguagem ágrafa (não escrita) para um sistema de signos de uma linguagem escrita, que usa um sistema convencional de caracteres e símbolos. Ex: Tupi para o Português

•Tradução: Converte as formas escritas das palavras, de um idioma para outro idioma. Ex:Português para o inglês.

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A grafia dos Nomes Geográficos Estrangeiros

Kyev Kiev Kyiv Kyyev

New Zealand Aotearoa

Sidney

Sydney

Mumbai Bombay

Athens Baffin

Island

Île

Baffin

Athenai Athína

Île de Baffin

Kaapstad Kapstadt

IBGE X NOMES GEOGRÁFICOS

� O IBGE, como órgão oficial do Estado brasileiro, tem, entre outras, a missão de levantar, padronizar e divulgar os nomes geográficos, e neste sentido,

participou de diversos encontros com países afiliados da ONU para discutir questões envolvendo o trabalho com nomes geográficos no mundo.

ONU X NOMES GEOGRÁFICOS

DESDE 1948 - Cartografia e padronização de NG

UNGEGN - 1973 - DIVISÃO DE ESTATÍSTICA

CRIAÇÃO DE AUTORIDADES NACIONAIS

NG - INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS

APLICAÇÃO EM SOCORROS A POPULAÇÕES

FUNÇÃO DE MONITORAMENTO AMBIENTAL, METAS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO ....

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Autoridades Nacionais no M undo – Jan 2006

Países com Autoridade em N G Países sem A utoridade em NG

Situação desconhecida

NOMES GEOGRÁFICOS NAS NAÇÕES UNIDAS PAPEL DA ONU

� DESDE 1948 A ONU PREOCUPA-SE COM A PADRONIZAÇÃO DOS NG;

� FORMAÇÃO DO GRUPO DE PERITOS EM NOMES GEOGRÁFICOS DA ONU;

� ESTABELECIMENTO DE CONFERÊNCIAS QUINQUENAIS PARA DEBATER A

PADRONIZAÇÃO DOS NG;

� FORMAÇÃO DE DIVERSOS GRUPOS DE TRABALHO SOBRE A

PADRONIZAÇÃO DOS NG;

� REALIZADAS OITO CONFERÊNCIAS QUE GERARAM 197 RESOLUÇÕES

SOBRE PADRONIZAÇÃO NOS DIVERSOS GRUPOS DE TRABALHO.

GRUPOS DE TRABALHO DA ONU EM NOMES GEOGRÁFICOS

1. NOMES DOS PAÍSES: DISPONÍVEL EM SITE, NOMES ABREVIADOS, COMPLETOS, FORMAIS, CÓDIGO ISO DOS ESTADOS MEMBROS DA

ONU, ATUALIZADOS SISTEMATICAMENTE;

2. ARQUIVOS DE DADOS TOPONÍMICOS E GAZZEETERS: DESENVOLVE E MANTÉM ARQUIVOS DE DADOS TOPONÍMICOS DIGITAIS E BANCO DE DADOS, PARA PUBLICAÇÃO;

3. PUBLICIDADE E FINANCIAMENTO: DISSEMINA INFORMAÇÕES SOBRE A PADRONIZAÇÃO DOS NG ATRAVÉS DE FOLHETOS INFORMATIVOS, MANUAIS SOBRE SISTEMAS DE ROMANIZAÇÃO, FORMATOS E PADRÕES PARA TROCA DE DADOS;

4. SISTEMAS DE ROMANIZAÇÃO: OBJETIVA A RECOMENDAÇÃO DE SISTEMAS ÚNICOS DE ROMANIZAÇÃO BASEADO EM MÉTODOS CIENTÍFICOS PARA LÍNGUAS DE ALFABETOS NÃO ROMANOS.

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GRUPOS DE TRABALHO DA ONU EM NOMES GEOGRÁFICOS

5. TERMINOLOGIA TOPONÍMICA: DIVULGA EM SEIS LÍNGUAS GLOSSÁRIO DE TERMINOLOGIA TÉCNICA DOS TERMOS UTILIZADOS NA PADRONIZAÇÃO DOS NG PARA ENTENDIMENTO COMUM ENTRE OS ESTADOS MEMBROS;

6. CURSOS DE TREINAMENTO EM TOPONÍMIA: INFORMA SOBRE OS CURSOS DE TOPONÍMIA OFERECIDOS AO PÚBLICO INTERNACIONAL DESDE 1982 – PADRONIZAÇÃO NACIONAL E INTERNACIONAL PONTO CENTRAL DOS CURSOS;

7. AVALIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO: AVALIAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DO GRUPO DE PERITOS, IMPLEMENTAÇÃO DAS RESOLUÇÕES, ENVOLVER ESTADOS MEMBROS NÃO ATIVOS E EXAMINAR NECESSIDADES DE PAÍSES DESENVOLVIDOS PARA PADRONIZAÇÃO DOS NG NACIONAIS;

8. EXÔNIMOS: TRABALHA O TRATAMENTO, USO E REDUÇÃO DOS EXONIMOS E O USO CONSISTENTE DOS ENDÔNIMOS ENTRE OS ESTADOS MEMBROS.

GRUPOS DE TRABALHO DA ONU EM NOMES GEOGRÁFICOS

9. PRONÚNCIA: FORNECER GUIA PARA A CORRETA PRONÚNCIA DOS NG´S APÓS A TRANSLITERAÇÃO COMO A ROMANIZAÇÃO, PARA AQUELES QUE NÃO CONHECEM A LÍNGUA FONTE; 10. PROMOÇÃO DE NOMES GEOGRÁFICOS DE GRUPOS NATIVOS E MINORIAS: FORMADO EM 2004 PARA TRATAR DAS ATIVIDADES DE NOMES GEOGRÁFICOS NO CONTEXTO DOS GRUPOS NATIVOS E MINORIAS. .

OUTRAS ATIVIDADES DA ONU EM NOMES GEOGRÁFICOS

1. DIRETRIZES TOPONÍMICAS PARA MAPAS E OUTRAS PUBLICAÇÃO: ESTUDO PARA QUE CADA PAÍS UTILIZE UM FORMATO COMUM, EM PARTICULAR NO TRATAMENTO DE NOMES GEOGRÁFICOS PARA A CARTOGRAFIA;

2. PUBLICAÇÕES E OUTRAS INFORMAÇÕES: DISSEMINA DOCUMENTAÇÃO DO GRUPO DE PERITOS E DAS CONFERÊNCIAS NA FORMA DE RELATÓRIOS, VOLUMES IMPRESSOS E EM MEIO DIGITAL;

3. SITE DO GRUPO DE PERITOS: DOCUMENTOS E INFORMAÇÕES SOBRE O GRUPO DE PERITOS PODEM SER ACESSADOS. http://unstats.un.org/unsd/geoinfo/

4. FOLHETO PREPARADO PELO GRUPO DE PERITOS CHAMADO “USO CONSISTENTE DE NOMES DE LUGARES”: O folheto explica os programas do Grupo de Peritos sobre o uso consistente de nomes geográficos precisos em todo o mundo e os benefícios sociais e econômicos da padronização de nomes geográficos. Ele é dirigido principalmente para aqueles tentando interessar seus próprios governos no trabalho das Nações Unidas neste campo.

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OUTRAS ATIVIDADES DA ONU EM NOMES GEOGRÁFICOS

5. GLOSSÁRIO DE TERMOS PARA A PADRONIZAÇÃO DE NOMES GEOGRÁFICOS: PUBLICAÇÃO ORIGINADA DO GT EM TERMINOLOGIA TOPONÍMICA, ATUAL PUBLICAÇÃO CONTEM 375 TERMOS.

Padronização dos Nomes Geográficos Estrangeiros Falkland x Malvinas ? Mar do Japão x Mar da Coréia ? Estreito de Çanakalle (Grécia) ou Estreito de Istambul (Turquia) ?

Beijing x Pequim ? New York x Nova York x Nova Iorque ? Amsterdã x Amsterdam ? Singapura x Cingapura ? Caxemira x Cachemira ? Vietnã x Viet Nam ? Moscou x Moscovo ? Iuguslávia x Juguslávia ? Grand Canyon x Grande Canhão (Portugal)?

Padronização dos Nomes Geográficos Estrangeiros

Birmânia ===========> Myanmar, Mianma ? Saigon ============> Cidade de Ho Chi Minh (desde 1975) Paquistão Oriental====> Bangladesh ( a partir de 1971) Bombaim, Bombay====> Mumbai ( para evitar nomes que lembram colonialismo inglês) Bangalore==========> Bengaluru

Rodésia ( Cecil Rhodes)> Zimbábwe, Zimbábue ? Filipinas ( Filipe II rei da Espanha)==> tenta mudar para Maharlika (precolonial = guerreiro)

República Socialista Soviética da Tadjíquia ==> Tadjiquistão República Socialista Soviética da Quirguízia ==> Quirguízia, Quirquistão ou Quirguizistão

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Padronização dos Nomes Geográficos Estrangeiros

Camboja===========> Kampuchea ( de 1979 até 1989) Ilhas Gilbert ========> Kiribati Ilhas Hébridas=======> Vanuatu ( a partir de 1980) Zaire ( 1971 a 1997)===> República Democrática do Congo ( desde 1997 e antes de 1971)

Bielo-Rússia, Belorrússia, Bielorússia, Bielorrússia ====> Belalarus ?

Camarões =======> Cameroon

Costa do Marfim =====> Côte D’Ivoire ?

Padronização dos Nomes Geográficos Estrangeiros

Porque Amsterdam

e não Amsterdã ou Amsterdão !

Os nomes geográficos na legitimação do poder político Invasão de Paris pelos alemães na segunda Guerra Mundial

Modificam-se as relações de Poder no território, modificam-se os Nomes Geográficos.

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Os nomes geográficos como marcos históricos através da cartografia

• O nome da localidade também assumiu o antigo nome da estação (Nilo Peçanha), assim como o nome do logradouro, segundo informantes locais, se chama Rua Leito da Estrada de Ferro. Foi-se o trem “Maria Fumaça”, foram-se os trilhos: ficou o nome geográfico. •FÓSSIL LINGUÍSTICO

Os nomes geográficos como marcos históricos através da cartografia

• Em 1943 o Prof. Leo Waibel conseguiu surpreendentes resultados em estudos para a determinação da vegetação original de Cuba, a partir da pesquisa de nomes geográficos, publicando um artigo intitulado: Place Names as an Aid in the reconstruction of The Original Vegetation of Cuba

• Se acaso esses nomes sobrevivem onde já não há vestígios daquilo de que dão idéia, convém que se investigue a autenticidade da sua origem e conexão pregressa com os objetos denominados.

Taxeonomia da Motivação Toponímica. (Dick, 1990)

A – Taxeonomias de Natureza Física

1 – Astrotopônimos: topônimos relativos aos corpos celestes em geral. 2 – Cardinotopônimos: topônimos relativos às posições geográficas em geral 3 – Cromotopônimos: topônimos relativos à escala cromática. 4 – Dimensiotopônimos: topônimos relativos às características dimensionais das feições geográficas como extensão, comprimento, largura, grossura, espessura, altura e profundidade. 5 – Fitotopônimos: topônimos relativos à índole vegetal, espontânea, em sua individualidade; em conjuntos da mesma espécie; em conjuntos de espécies diferentes; formações não espontâneas individuais e em conjunto. 6 – Geomorfotopônimos: topônimos relativos às formas topográficas: elevações; depressões do terreno e formações litorâneas. 7 – Hidrotopônimos: topônimos resultantes de feições hidrográficas em geral. 8 – Litotopônimos: topônimos de índole mineral, relativos também à constituição do solo, representados por indivíduos e conjuntos da mesma espécie. 9 – Meteorotopônimos: topônimos relativos à fenômenos atmosféricos. 10 – Morfotopônimos: topônimos que refletem o sentido de forma geométrica. 11 – Termotopônimos: topônimos que refletem estados físicos referentes

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Taxeonomia da Motivação Toponímica. Dick (1990) A – Taxeonomias de Natureza Antropo-Cultural 1 – Animotopônimos ou Nootopônimos – topônimos relativos a vida psíquica, à cultura espiritual, abrangendo a todos os produtos do psiquismo humano, cuja matéria prima fundamental, e em seu aspecto mais importante como fato cultural, não pertence à cultura física. 2 – Antropotopônimos – topônimos relativos aos nomes próprios individuais das espécies seguintes: prenome; hipocorístico; prenome + alcunha; apelidos de família; prenome + apelido de família. 3 – Axiotopônimos – topônimos relativos aos títulos e dignidades de que se fazem acompanhar os nomes próprios individuais. 4 – Corotopônimos – topônimos relativos aos nomes de cidades, países, estados, regiões e continentes. 5 – Cronotopônimos – topônimos que encerram indicadores cronológicos, re, representados, em Toponímia, pelos adjetivos novo/nova, velho/velha. 6 – Ecotopônimos – topônimos relativos às habitações de um modo geral. 7 – Etnotopônimos – topônimos relativos aos elementos étnicos, isolados ou não. 8 – Ergotopônimos – topônimos relativos aos elementos da

Análise da Padronização dos NG dos Municípios

Fluminenses

Gráfico da Motivação dos nomes dos municípios do RJ:

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Análise da Padronização dos NG dos Municípios Fluminenses

Município: Itaguaí

Origem Histórica: Povoamento inicia no século XVII com os silvícolas que se dirigiam de Ilha Itacuruçá para o continente, seguindo os missionários que iniciaram o povoamento. Em 1818 passou-se a chamar Vila de São Francisco Xavier. Terras férteis prosperou até final do século XIX.

Origem Etno-linguística (Europa, Povos Originários, Africano e Híbrido)

Etimologia: Tupi- TAGUA= pedra ou argila de cores. Diferentes TAGUAHY- TAGUA-Y- RIO do TAUÁ= Rio dos Barreiros

Motivação: Hidrotoponímo

Algumas Controvérsias nos Geônimos Fluminenses

Parati x Paraty (ABL, ABF)

Paty de Alferes x Pati de Alferes (ABL, ABF)

Campos dos Goytacazes x Campos dos Goitacases (ABL,ABF)

Magé x Majé (ABL, ABF)

Belford Roxo x Belfort Roxo (ABL, ABF)

Quissamã x Quissama (ABL) x Quiçamã (ABF)

Comendador Levy Gasparian x Comendador Levi Gaspariã (ABL)

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Algumas Controvérsias nos Geônimos Fluminenses

Estima-se que 300 nomes de municípios podem não estar padronizados no Brasil.

Sem contabilizar distritos, povoados, nomes locais, nomes de rios, montanhas, vales, vias de comunicação, assim como todas as feições cartográficas passíveis de nominação.

Contabilizando-os, cerca de 202.500 nomes geográficos podem não estar padronizados no Brasil.

O Papel da Comissão de Nomes Geográficos do Brasil

A missão principal da Comissão de Nomes Geográficos no Brasil seria uniformizar a nomenclatura geográfica, orientando através de suas normas não apenas a grafia nos mapas e cartas, mas também os textos em que os mesmos aparecem.

A padronização dos nomes geográficos resume-se em procurar obedecer a lei áurea da Geonímia que é a seguinte:

A cada nome geográfico deve corresponder uma e apenas uma identificação, fonética e uma única grafia.

PRODUTOS CARTOGRÁFICOS COM QUALIDADE APRIMORADA

O conjunto de 8 picos que formam o Maciço do Marumbi é conhecido entre os montanhistas por Abrolhos, Torre dos Sinos, Esfinge, Ponta do Tigre, Gigante, Olimpo, Boa Vista e Facãozinho. Entre a população em geral o conjunto todo é chamado simplesmente de Pico do Marumbi.

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PRODUTOS CARTOGRÁFICOS COM QUALIDADE APRIMORADA

Município de Conceição do Jacuípe / BA

APROXIMAÇÃO INICIAL DO QUANTITATIVO DO PASSIVO DE NG A SER INCORPORADO NO BNGB POR ESCALA DE MAPEAMENTO SISTEMÁTICO

CARGA ATUAL

BCIMD

55.000 NG

QUANTIDADE DO PASSIVO A SER INCORPORADO NO BNGB – folhas de cartas impressas

• 1: 250.000 - 250.650 NG

• 1: 100.000 - 1.442.210 NG

• 1: 50.000 - 1.396.450 NG

• 1: 25.000 - 286.970 NG

• TOTAL - 3.376.280 NG

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O assentamento dos NG nos espécimes cartográficos

Topônimos coletados Evolução da Reambulação

Relatório dos topônimos 08/Jun/00

Projeto Escala .000 Quadricula sg22-v-b-v-3

Rea mbulador SILEIMANN C. LEMOS C onferente SILEIMANN C. LEMOS N da

Faixa 03 N da Foto 007 D ata Reambulação Abr/98

Item Topônimo Elemento Comentário 1 ARROIO MANDAÇAIA RIO_PERMANENTE

2 SÍTIO SÃO MARTINHO EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO

3 RI O SAN TA MARIA RIO_PERMANENTE

4 FAZ. SÃO LUIZ EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO

5 ARROIO ARAÇÁ RIO_PERMANENTE

6 CÓRR. D A PEDRA RIO_PERMANENTE

7 FAZ. SANTA MARIA EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO

8 ARROIO DA PACA RIO_PERMANENTE

9 FAZ. CAROLI NA EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO

10 CAPELA DE N.S. APARECIDA IGREJA_SEM_REPRES

11 ESCOLA ESCOLA_SEM_ REPRESENTAÇÃO DESATIVADA

12 CEMITÉRIO CEMITERIO_SEM_ REPRESENTAÇÃO

13 RI O FEIO ELEMENTO NÃO PREVI STO NOME L OCAL

14 RI O FEIO RIO_PERMANENTE

15 SÍTIO SÃO JOSÉ EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO

16 SÍTIO N.S. DE FÁTIMA EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO

17 RI O DAS PEDRAS RIO_PERMANENTE

18 RI O SAN TO ANTON IO RIO_PERMANENTE ÍTENS 14 E 17

19 FAZ. N.S.APARECIDA EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO

20 FAZ. SANTA MARIA EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO

21 SANTA MARIA DO OESTE ELEMENTO NÃO PREVI STO

22 IGREJA DE SANTA MARIA IGREJA_SEM_REPRES MATRI Z

23 PREFEITURA MUNICI PAL EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO

24 CÂMARA MUNICIPAL EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO

25 CENTRO DE SAÚDE EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO

26 IGREJA DE N.S. DA NATI VIDADE IGREJA_SEM_REPRES

27 ESCOLA MUN IC. BALBINO ALMEIDA DE ESCOLA_SEM_ REPRESENTAÇÃO 1a a 4a série

SOUZA

28 TORRE TELEPAR ELEMENTO NÃO PREVI STO 85m alt. c/sinalização

29 COLÉGI O EST. JOSÉ DE ANCHIETA ESCOLA_SEM_ REPRESENTAÇÃO 1a a 4a série

30 CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL IGREJA_SEM_REPRES

31 VILA RICA ELEMENTO NÃO PREVI STO NOME L OCAL

32 CHÁCAR A SÃO JOSÉ EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO

33 ARROIO DO POTÃO RIO_PERMANENTE

34 RESERVADO ELEMENTO NÃO PREVI STO NOME L OCAL

35 CEMITÉRIO CEMITERIO_SEM_ REPRESENTAÇÃO

DET ALHE FOT O RE AMB ULADA CO M

A DE S CRIÇÃO DO S E LEME NTO S

coleta

Dificuldades na operação de Reambulação

Técnicas

- Nomes diferentes para um mesmo elemento geográfico;

- Pronúncia, regionalismos, grafia (Constância, Croa, Ebenézia);

- Falta de informantes;

- Duração da campanha insuficiente para esclarecer dúvidas.

Logísticas

- Acesso a áreas remotas a pé, de moto ou “lombo de animal”, devido às péssimas condições das estradas;

- Abrangência geográfica determinando o pernoite de equipes no trecho de levantamento (fora de sua base operacional);

-Impossibilidade de acesso a áreas por não autorização dos responsáveis/proprietários;

- Inexistência ou impossibilidade de acesso a determinadas regiões geográficas (florestas, cabeceira de rios, serras).

Nossos Informantes

Maranhãozinho/MA

Centro Novo do Maranhão/MA

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Cândido Mendes/MA S.Gabriel da Cachoeira/AM

Rio Paruá/MA

Resende/RJ

Arame/MA

Rio Içana/AM

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Algumas Ocorrências

Rio de Janeiro

Algumas Controvérsias nos Geônimos – Rios no Ceará

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Algumas Controvérsias nos Geônimos – Mesmo rio com nomes diferentes

Escala 1:50.000

Escala 1:25.000

ALMIRANTE TAMANDAR É – RIO BRANCO DO SUL

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ALMIRANTE TAMANDAR É – RIO BRANCO DO SUL

Diário Oficial 205 de 1.11.1947.

Dispõe sobre a divisão territorial do Estado para o quinquênio de

1948/1952.

XXI – Timoneira, com a mesma denominação e com os limites seguintes: com o Município de Colombo: começa na foz do Arroio Cachoeira, no Rio Atuba, subindo por este até a sua cabeceira de onde vai em reta à cabeceira mais próxima de um afluente do Rio Morro Grande, descendo pelo mesmo até sua foz;

com o município de Rio Branco do Sul: da foz do afluente citado sobe pelo Rio Morro Grande até sua cabeceira mais próxima do Morro da Tranqueira, seguindo pela cumieira da Serra da Betara até as cabeceiras do Arroio Olho D'Água, descendo por este até sua foz no Rio Tacaniça e por este até

ALMIRANTE TAMANDAR É – RIO BRANCO DO SUL

ALMIRANTE TAMANDAR É – RIO BRANCO DO SU

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PADRONIZAÇÃO DOS NOMES GEOGRÁFICOS

POR QUE PADRONIZAR ? � POUPAR TEMPO E DINHEIRO;

� OPERAÇÕES DE CENSO;

� DEFESA NACIONAL;

� COMUNICAÇÃO TERRESTRE, AÉREA, MARÍTIMA;

� EFICIENCIA OPERACIONAL EM TODOS OS NÍVEIS DE GOVERNO;

� PESQUISAS AQUÁTICAS E MINERAIS;

� ENTREGAS POSTAIS E FRETES;

� SEGURANÇA POR TERRA, MAR E AR;

� CONTROLE DESASTRES AMBIENTAIS;

� BUSCA E SALVAMENTO;

� PREPARAÇÃO DE EMERGENCIAS.

REPRESENTANTES

� O CNGB deverá ter representantes das seguintes estruturas:

� Ministério do Planejamento – IBGE

� Ministério das Relações Exteriores – Itamaraty

� Ministério da Defesa – DSG DHN ICA

� Ministério da Cultura

� Ministério da Educação - Universidades

� Academia Brasileira de Letras

� Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI

� Outros organismos envolvidos com os nomes geográficos

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ESTRUTURA DE PESSOAL DO CNGB

� Peritos em Nomes Geográficos;

� Peritos em Línguas Nacionais;

� Peritos em letras, direito, relações internacionais,

antropologia, cultura, cartografia, segurança nacional, geografia, história, entre outros (a serem consultados quando necessário pelo Comitê)

O aspecto econômico dos NG - A Indicação Geográfica

A lei que regulamenta é a Lei da Propriedade Industrial, número 9279 de 14 de maio de 1996.

O INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL – INPI- estabelecerá as condições de registro das indicações geográficas brasileiras.

“Art. 177. Considera-se indicação de procedência o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que se tenha tornado conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço.

Art. 178. Considera-se denominação de origem o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que designe produto ou serviço cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos.”.

O aspecto econômico dos NG - A Indicação Geográfica AS ATUAIS INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS BRASILEIRAS:

Todas Indicações de Procedência

1) Vale dos Vinhedos - RS

2) Região Mineira do Cerrado - MG

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O aspecto econômico dos NG - A Indicação Geográfica

AS ATUAIS INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS BRASILEIRAS:

Todas Indicações de Procedência 3) Pampa Gaúcho da Campanha Meridional - RS

O aspecto econômico dos NG - A Indicação Geográfica

AS ATUAIS INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS BRASILEIRAS:

Todas Indicações de Procedência 4) Cachaças de Paraty - RJ

O Papel da Comissão de Nomes Geográficos do Brasil

A missão principal da Comissão de Nomes Geográficos no Brasil seria uniformizar a nomenclatura geográfica, orientando através de suas normas não apenas a grafia nos mapas e cartas, mas também os textos em que os mesmos aparecem.

A padronização dos nomes geográficos resume-se em procurar obedecer a lei áurea da Geonímia que é a seguinte:

A cada nome geográfico deve corresponder uma e apenas uma identificação oficial, e uma única grafia, admitindo-se nomes alternativos.

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INFRAESTRUTURA DE DADOS ESPACIAIS (INDE)

O marco legal da IDE brasileira (INDE)

Decreto Presidencial nº 6.666

de 27/11/2008

(publicado no DOU em 28/11/2008)

O MARCO LEGAL DA INDE Art. 1º Fica instituída, no âmbito do Poder Executivo federal, a Infra-Estrutura Nacional de Dados Espaciais - INDE, com o objetivo de:

I - promover o adequado ordenamento na geração, no armazenamento, no acesso, no compartilhamento, na disseminação e no uso dos dados geoespaciais de origem federal, estadual, distrital e municipal, em proveito do desenvolvimento do País; II - promover a utilização, na produção dos dados geoespaciais pelos órgãos públicos das esferas federal, estadual, distrital e municipal, dos padrões e normas homologados pela Comissão Nacional de Cartografia - CONCAR; III - evitar a duplicidade de ações e o desperdício de recursos na obtenção de dados geoespaciais pelos órgãos da administração pública, por meio da divulgação dos metadados relativos a esses dados disponíveis nas (...) esferas federal, estadual, distrital e municipal.

Art. 2º Para os fins deste Decreto, entende-se por: I -

Dado ou informação geoespacial: aquele que se distingue (...) pela componente espacial, que associa a cada entidade ou fenômeno uma localização na Terra, traduzida por sistema geodésico de referência, em dado instante ou período de tempo, podendo ser derivado, entre outras fontes, das tecnologias de levantamento, inclusive as associadas a sistemas globais de posicionamento (...) por satélites, bem como de mapeamento ou de sensoriamento remoto;

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O MARCO LEGAL DA INDE Art. 2º Para os fins deste

Decreto, entende-se

por: I - Dado ou

informação

geoespacial: aquele que se distingue (...) pela componente espacial, que associa a cada entidade ou fenômeno uma localização na Terra, traduzida por sistema geodésico de referência, em dado instante ou período de tempo, podendo ser derivado, entre outras fontes, das tecnologias de levantamento, inclusive as associadas a sistemas globais de posicionamento (...) por satélites, bem como de mapeamento ou de sensoriamento remoto;

II - Metadados de informações geoespaciais:

conjunto de informações descritivas sobre os dados, incluindo as características do seu levantamento, produção, qualidade e estrutura de armazenamento, essenciais para promover a sua documentação, integração e disponibilização, bem como possibilitar a sua busca e exploração;

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TRATAMENTO LINGUÍSTICO DOS NOMES GEOGRÁFICOS

Nomes Geográficos/ Topônimos/ Toponímia/ Nomes Cartográficos O Grupo de Peritos das Nações Unidas em Nomes Geográficos define um nome geográfico como um nome aplicado a uma feição na Terra (Glossário, 216). Em geral, um nome geográfico é o nome próprio (uma palavra específica, combinação de palavras ou expressões) usado consistentemente na língua para se referir a um lugar, feição ou áreas específicas, tendo uma identidade reconhecível na superfície da Terra. As principais feições incluem:

(1) Lugares habitados (por exemplo, cidades, vilas) (2) Divisões administrativas (por exemplo, estados, municípios, distritos, bairros) (3) Feições naturais (por exemplo, cursos de água, montanhas, cabos, lagos, mares) (4) Feições construídas (por exemplo, barragens, aeroportos, auto-estradas) (5) Lugares sem limites precisos ou áreas com significado local específico (quase sempre religioso), como, por exemplo, pastagens, áreas de pesca, lugares sagrados. Um nome geográfico pode também ser referido como um nome topográfico ou topônimo (termo que num contexto mais amplo pode também incluir nomes extraterrestres, como nomes aplicados a feições da Lua ou de outros planetas). Nome Geográfico - Topônimo padronizado acrescido de atributos que o caracterizam como um conjunto etnográfico, etimológico e histórico, referenciado geograficamente e inserido em contexto temporal. Os nomes geográficos constituem um patrimônio cultural de valor inestimável para uma nação, porque, além de refletir seus padrões de ocupação e sua diversidade linguística, caracterizam a nomenclatura consistente associada aos acidentes geográficos. O topônimo é concebido como a denominação de acidentes naturais e culturais que são representados em documentos cartográficos, em diversas escalas. Nome Cartográfico - Adicionalmente, um documento cartográfico recebe nomes de valor explicativo que visam adicionar entendimentos ou melhorar as informações sobre elementos (feições) numa carta impressa; a esses denominamos nomes cartográficos, que são formados, principalmente, por termos genéricos. (Mathias e Santos, 2007)

Exemplos: Corredeira, Curral, Estação de captação de água, Galpão, Viveiro, etc.

Topônimos - Nomes próprios de lugares ou acidentes geográficos. (Mattoso Câmara, 1998) - Nome geográfico próprio de região, cidade, vila, povoação, lugar, rio, logradouro público etc. (Houaiss, 2006) Toponímia

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- Parte da onomástica que estuda os nomes próprios de lugares. - Lista, relação de topônimos. (Houaiss, 2006) - Estudo linguístico ou histórico da origem dos topônimos. (Holanda Ferreira, 2004)

Padronização de nomes geográficos A palavra padronização, como aplicada aos nomes geográficos/ topônimos, é definida pelo Grupo de Peritos (Glossário 311) como: a) O estabelecimento, por uma autoridade apropriada, de um conjunto específico de padrões ou normas, por exemplo, para a interpretação uniforme dos topônimos; b) A interpretação de um item como um topônimo de acordo com tais normas. Um nome padronizado é definido (Glossário, 228) como: Um nome sancionado por uma autoridade em nomes como o nome preferido dentre um número de alônimos [nomes variantes] por uma dada feição. Entretanto, uma única feição pode ter mais de um nome padronizado. Exemplo: Bálsamo e Bela Vista (mas não Belavista).

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Um pouco de semântica

Motivação Toponímica

A motivação toponímica e a terminologia onomástica

Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick (USP) A motivação dos nomes estudados pelas ciências onomásticas, em sua repartição toponímica (nomes de lugares) e antroponímica (nomes de pessoas), sempre foi objeto de interesses das populações. Desde tempos imemoriais, inscritos nas narrativas míticas ou na cartografia mais antiga, o dar nomes e o receber nomes cercava-se de uma aura até certo ponto incompreensível, porque beirando o imponderável, o divino, o sagrado. Temor e respeito, obediência e poder eram sentimentos que animavam condutas ou dificultavam o (re)conhecimento das formas linguísticas, em seu significado original. No período a-histórico do dado onomástico, as interferências de forças espirituais eram comuns na organização dos grupos étnicos ditos animistas. A sistematização desses estudos, a partir do século XIX, tornou científico o que, antes, se definia pelo imaginário popular, ligado ao inconsciente coletivo do grupo. Hoje, os nomes se conformam, linguisticamente, às características das camadas lexicais da língua regional, em sua dinâmica constitutiva; no caso do Brasil, aos estratos do português, das línguas indígenas e africanas e aos falares estrangeiros, estes mais comuns nos antropônimos que nos topônimos. Entretanto, todos são marcados por diferentes estilos pessoais de motivação (Dick, 1997) (descritos físicos e antrópicos, de natureza fitonímica, zoonímica, geomorfonímica, hidronímica, p.sc., ou hieronímica, hagronímica, coronímica, entre outros). Introjetados no objeto de estudo (um rio, um morro, um caminho, uma rua, um homem...), conferem-lhes, por isso mesmo, uma dimensão social própria e personalista, de fundo geográfico e etno-histórico.

Principal classificação da motivação: • de natureza física: - geomorfotopônimos, litotopônimos, fitotopônimos, hidrotopônimos, zootopônimos. • de natureza antropocultural: - antrotopônimos e hierotopônimos.

Questões de linguística

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Nomes geográficos x parte do mapeamento topográfico

O mapeamento topográfico é composto pelas representações cartográficas do espaço geográfico onde está inserido o nosso país, porém não só graficamente (desenho), mas pelos nomes que a maioria destas representações recebem. Portanto, assim como a crítica efetuada na fase de reambulação dos elementos, os nomes geográficos também necessitam de um tratamento especial, de uma revisão, a fim de que os mesmos sejam escritos de acordo com as normas ortográficas da língua portuguesa e a tradição do uso coletivo, que são os princípios básicos para a padronização de nomes geográficos, conforme orienta a ONU. Neste sentido, a Coordenação de Cartografia conta com uma área responsável pela revisão e correção toponímica.

Alguns aspectos linguísticos

Composição dos nomes geográficos

Nomes geográficos são, na maioria dos casos, formados por um termo genérico e um termo específico, sabiamente assim classificados como sintagmas toponímicos pela Prof. Dr.ª Maria Vicentina Dick, USP.

NG = Sintagma Toponímico

Termo Genérico Termo Específico

Sintagma - conjunto binário constituído de um elemento determinado e um elemento determinante.

Neste contexto, como identificamos um nome geográfico?

Sintagma livro e caderno (coordenação) – não existe um sintagma. Ex.: Calaça (Nome Local)

termo específico (determinado) ll iivvrroo de português (subordinação) – quando existe uma subordinação, há um sintagma. livro - determinado | de português - determinante Ex1: Igr. de São Pedro

TG TE (ddo.) (dte.)

Ex2: Rio Tenente Noronha

TG TE (ddo.) (dte.)

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Integram os nomes geográficos:

Conectivos: de, da(s), do(s) Conjunção: ou Variante – demais nomes para o termo específico Exemplo: Serra dos Coroados ou São Lourenço Gen. Conec. Específico Conj. Variante Letras x Fonema x Significado

Córr. da Pata ou Córr. da Bata?

Estes termos específicos têm o mesmo significado? Como distingui-los? Quais os fonemas que se diferem? Fonética e Fonologia - estudo da cadeia falada. Fonema - menor elemento sonoro capaz de estabelecer distinção de significado.

consoante

Fonema vocálico

Fonema é o feixe ou conjunto de traços distintivos. Exemplos:

distinção O traço distintivo que estabelece a distinção entre formas é chamado de traço pertinente. Exemplo: pata x bata

/p/ consoante oclusiva bilabial /b/ consoante oclusiva bilabial

surda sonora

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traço pertinente

Fonética – se refere a todo e qualquer som da cadeia falada, a parte da realização acústica da palavra. (parte física) Fonologia – estuda o sistema de sons, os fonemas do ponto de vista de sua função na língua, quando estabelecendo distinção de formas, formando uma nova palavra. Exemplos:

sabia, sabiá, sábia

Grafia dos topônimos oficiais Topônimos oficiais, aqui, são aqueles que denominam as nossas unidades político-administrativas, tais como nomes de: país, regiões, estados, municípios, distritos, bairros, reservas ambientais, terras indígenas, bem como outras localidades que possuam Leis ou Decretos de Criação. Portanto, será respeitada a grafia constante na documentação legal.

Exs.: Lages – grafia da Lei de Criação dos Municípios

Lajes – grafia recomendada pelas Normas Ortográficas da Língua Portuguesa

Emprego das iniciais maiúsculas Os nomes geográficos constantes dos mapeamentos seguirão as mesmas regras de emprego

das iniciais maiúsculas existentes nas normas ortográficas da língua portuguesa, tais como algumas destacadas abaixo:

1) Nos substantivos próprios de qualquer espécie – antropônimos, topônimos, patronímicos, cognomes, alcunhas, tribos e castas, designações de comunidades religiosas e políticas, nomes sagrados e relativos a religiões, entidades mitológicas e astronômicas, etc.: José, Maria, Macedo, Freitas, Brasil, América, Guanabara, Tietê, Atlântico, Afonsinhos, Conquistador, Magnânimo, Coração de Leão, Sem Pavor, Deus, Jeová, Alá, Assunção, Ressurreição, Júpiter. Baco, Cérbero, Via Láctea, Canopo, Vênus, etc.

2) Nos nomes de vias e lugares públicos: Avenida Rio Branco, Beco do Carmo, Largo da Carioca, Praia do Flamengo, Praça da Bandeira, Rua Larga, Rua do Ouvidor, Terreiro de São Francisco, Travessa do Comércio, Rodovia Washington Luís, Túnel Noel Rosa, etc.

3) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, políticos ou nacionalista: Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Nação, Estado, Pátria, Raça, etc. OBSERVAÇÃO: Esses nomes se escrevem com inicial minúscula quando são empregados em sentido geral ou indeterminado.

4) Nos nomes que designam artes, ciências ou disciplinas, bem como nos que sintetizam,

em sentido elevado, as manifestações do engenho e do saber: Agricultura, Arquitetura,

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Educação Física, Filologia Portuguesa, Direito, Medicina, Engenharia, História do Brasil, Geografia, Matemática, Pintura, Arte, Ciência, Cultura, etc. OBSERVAÇÃO: Os nomes idioma, idioma pátrio, língua, língua portuguesa, vernáculo, e outros análogos escrevem-se com inicial maiúscula quando empregados com especial relevo.

5) Nos nomes que designam altos cargos, dignidades ou postos: Papa, Cardeal, Arcebispo,

Bispo, Patriarca, Vigário, Vigário Geral, Presidente da República, Ministro da Educação, Governador do Estado, Embaixador, Almirantado, Secretário de Estado, etc.

6) Nos nomes de repartições, corporações ou agremiações, edifícios e estabelecimentos públicos ou particulares: Diretoria Geral do Ensino, Ministério das Relações Exteriores, Academia Paranaense de Letras, Circulo de Estudos “Bandeirante”, Presidência da República, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Tesouro do Estado, Departamento Administrativo do Serviço Público, Imprensa Nacional, Teatro de são José, Museu de Arte moderna, etc.

7) Nos nomes de escolas de qualquer espécie ou grau de ensino: Faculdade de Filosofia, Escola Superior de Comércio, Ginásio do Estado, Colégio Pedro II, Instituto de Educação, Grupo Escolar de Machado de Assis, etc.

8) Nos nomes comuns, quando personificados ou individualizados, e de seres morais ou fictícios: a Capital da República, a Transbrasiliana, moro na Capital, o Natal de Jesus, o Poeta (Camões), os habitantes da Península, a Bondade, a Virtude, o Amor, a Ira, o Medo, o Lobo, o Cordeiro, a Cigarra, a Formiga, etc. OBSERVAÇÃO: Incluem-se nesta norma os nomes que designam atos das autoridades da República, quando empregados em correspondência ou documentos oficias: A Lei de 13 de maio, o Decreto-Lei n° 292, o Decreto-Lei n° 20.108, a Portaria de 15 de junho, o Regulamento n° 737, o Acórdão de 3 de agosto, etc.

9) Nos nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: os povos do Oriente; o falar

do Norte é diferente do falar do Sul; a guerra do Ocidente, etc. OBSERVAÇÃO: Os nomes dos pontos cardeais escrevem-se com iniciais minúsculas quando designam direções ou limites geográficos: Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste. 10) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais ou nacionalmente reguladas com maiúsculas, iniciais ou mediais ou finais ou o todo em maiúsculas: FAO, NATO, ONU; HP; Sr., V. Ex.ª.

A grafia dos nomes compostos Dentre os processos de formação de palavras, dois se destacam como os principais processos em português do ponto de vista da expressão ou da sua constituição material:

a) composição b) derivação

A composição consiste na criação de uma palavra nova de significado único e constante, sempre e somente por meio de dois radicais relacionados entre si. Estes radicais podem ser livres, isto é,

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usados independentemente na língua (como guarda-chuva) ou presos, isto é, não são usados isoladamente (como agrícola = agr+i+cola). Nas palavras compostas com radicais livres, do tipo guarda-chuva, persiste, como é fácil de observar, a individualidade de seus componentes. Esta individualidade se traduz: a) na escrita, pela mera justaposição de um radical a outro, normalmente separados por hífen; b) na pronúncia, pelo fato de ter cada radical seu acento tônico, sendo o último o mais forte e o que nos orienta na classificação da posição do acento nas palavras compostas (por isso que couve-flor é oxítono e guarda-chuva é paroxítono). Em tais casos dizemos que as palavras são compostas por justaposição. Chamamos aglutinação o processo de formar palavras compostas pela fusão ou maior integração dos dois radicais: planalto, fidalgo, agrícola. Esta maior integração traduz-se pela perda da delimitação vocabular decorrente: 1) da existência de um único acento tônico; 2) da troca ou perda de fonema; 3) da modificação da ordem mórfica. Portanto, a associação dos correspondentes das palavras compostas se pode dar por:

a) justaposição: guarda-roupa, mãe-pátria, vaivém. b) aglutinação: planalto, auriverde, fidalgo.

A derivação consiste em formar palavras a partir de outra primitiva por meio de afixos. De modo geral, especialmente na linguagem literária e técnica, os derivados se formam dos radicais de tipo latino em vez dos de tipo português quando este sofreu a evolução própria da história da língua: áureo (e não ouro), capilar (e não cabelo), aurícula (e não orelha). Os afixos se dividem, em português, em prefixos (se vêm antes do radical) ou sufixos (se vêm depois). Daí a divisão em derivação prefixal e sufixal Derivação sufixal: livraria, livrinho, livresco. Derivação prefixal: reter, deter, conter Destacaremos, aqui, apenas a derivação sufixal, muito empregada na formação dos nomes geográficos, nosso principal objeto de estudo. Emprego dos sufixos diminutivos São sufixos diminutivos: -inho, -zinho, -im, zim → livrinho, livrozinho, dormindinho, florzinha, espadim, bodim, valzim1 Observação: Nem sempre é indiferente a opção por -inho ou -zinho. Não toleram -inho (e -ito), mas -zinho (e zito) os nomes terminados em nasal, ditongo e vogal tônica: cãozinho, cãozito, irmãzinha, albunzinho, raiozinho, bonezinho, urubuzinho.Também se incluem os

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terminados em -r, embora aí haja alguns em -inho, facultativamente: serzinho, cadaverzinho, caraterzinho; colher admite colherinha, ao lado de colherzinha. Os terminados em -s e -z só toleram -inho (-ito): tenisinho, lapisinho, rapazinho. -ito, zito: copito, amorzito -ico: namorico, veranico -isco: chuvisco -eta, -ete, -eto: saleta, diabrete, livreto, saberete -eco: livreco, padreco -ota, -ote, -oto: ilhota, caixote, perdigoto -ejo: lugarejo, animalejo -acho: riacho, fogacho -el, -ela, -elo (ora com e aberto, ora fechado): cabedelo, magricela, donzela, donzel -iola: arteríola -ola: camisola (também tem sentido aumentativo quando designa a camisa longa de dormir); rapazola (cf. -iola) -ucho: gorducho, papelucho -ebre: casebre _____ 1 Se a palavra é masculina e termina em –a, este a reaparece quando se lhe acrescenta o sufixo -inho. O mesmo acontece se é feminino em -o ou singular em -s: Jarbas - Jarbinhas; Carmo (João do) – Carminha; Maia – o Mainha. (Nota de Martinz de Aguiar). Note-se ainda que os diminutivos -inho, -zinho podem assumir valor patronímico, quando pais e filhos têm o mesmo nome: Pacheco (o pai), Pachequinho (o filho), Diva (a mãe), Divinha (a filha).

Abreviação A abreviação consiste no emprego de uma parte da palavra pelo todo. É comum não só no falar coloquial, mas ainda na linguagem cuidada, por brevidade de expressão: extra por extraordinário ou extrafino. A forma abreviada passa realmente a constituir uma nova palavra e, nos dicionários, tem tratamento à parte, quando sofre variação de sentido ou adquire matriz especial em relação àquela da qual procede. Fotografia e foto são sinônimos porque designam a mesma coisa, embora a sinonímia não seja absoluta. Foto, além de ser de emprego mais corrente, ainda serve para títulos de casas do gênero, o que não se dá com o termo fotografia. Pode-se incluir como caso especial da abreviação o processo de se criarem palavras, com vitalidade no léxico, mediante a leitura (isoladas ou não) das letras que compõem siglas, como, por exemplo: ONU (Organização das Nações Unidas) PUC (Pontifícia Universidade Católica) UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) USP (Universidade de São Paulo) PT (Partido dos Trabalhadores)

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Destas abreviaturas se derivam, mediante sufixos: puquiano, uerjiano, uspiano, petista, etc.

Nomes próprios Os nomes próprios personativos, locativos e de qualquer natureza, sendo portugueses ou aportuguesados, estão sujeitos às mesmas regras estabelecidas para os nomes comuns. Para salvaguardar direitos individuais, quem o quiser manterá em sua assinatura a forma consuetudinária. Os topônimos de tradição histórica secular não sofrem alteração alguma na sua grafia, quando já esteja consagrada pelo consenso diuturno dos brasileiros. Sirva de exemplo o topônimo Bahia, que conservará esta forma quando se aplicar em referência ao estado e à cidade que têm esse nome.

Apóstrofo Limita-se o emprego do apóstrofo aos seguintes casos: 1º) Indicar a supressão de uma letra ou letras no verso, por existência da metrificação: c’roa, esp’rança, of’recer, ’star, etc. 2º) Reproduzir certas pronúncias populares: ’tá, ’teve, etc. 3º) Indicar a supressão da vogal, já consagrada pelo uso, em certas palavras compostas ligadas pela preposição de: copo-d’água (planta, lanche), galinha-d’água, mãe-d’água, olho-d’água, pau-d’água (árvore, ébrio), pau-d’alho, pau-d’arco, etc. 4º) Nas ligações das formas santo e santa a nomes do hagiológico, quando importa representar a elisão das vogais finais o e a: Sant’Ana, Sant’Iago, etc.

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