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UNIVERSIDADE CANDIDO DO MENDES IAVM - INTITUTO A VEZ DO MESTRE Aspectos socioambientais e econômicos das emissões de GEE na atmosfera terrestre: O seqüestro de carbono. Aluno: Gustavo Jose Seco Junior Professor: Francisco Carrera Rio de Janeiro Julho de 2010

Aspectos socioambientais e econômicos das emissões de ...atividades humanas no local ou região.” (Barbiere, Jose Carlos. Gestão Ambiental Empresarial. Ed. Saraiva 2010, p37)

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Page 1: Aspectos socioambientais e econômicos das emissões de ...atividades humanas no local ou região.” (Barbiere, Jose Carlos. Gestão Ambiental Empresarial. Ed. Saraiva 2010, p37)

UNIVERSIDADE CANDIDO DO MENDES

IAVM - INTITUTO A VEZ DO MESTRE

Aspectos socioambientais e econômicos das

emissões de GEE na atmosfera terrestre: O seqüestro

de carbono.

Aluno: Gustavo Jose Seco Junior

Professor: Francisco Carrera

Rio de Janeiro

Julho de 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO DO MENDES

IAVM - INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

Aspectos socioambientais e econômicos das emissões

de GEE na atmosfera terrestre: O seqüestro de

carbono.

TRABALHO DE MONOGRAFIA

Curso de Gestão Ambiental

Aluno Gustavo Jose Seco Junior

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todo o corpo docente da UCAM e ao IAVM por essa

oportunidade, e especial ao Professor Doutorando Francisco Carrera que

contribuiu para a criação deste trabalho.

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DEDICATÓRIA

Dedico esta obra a um adolescente que um dia achou que não chegaria

onde chegou. Que um dia achou que uma determinada música não se aplicava

a ele. Que um dia tinha mais dúvidas do que certezas. Esse que um dia queria

respostas mais que hoje já nem mais lembra das perguntas. Também dedico a

minha amada mãe e a meu amado pai que saiu da aqui para ficar que com

Deus.

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RESUMO

O presente estudo fala sobre a questão dos aspectos socioambientais e

econômicos das emissões de gases do efeito estufa ou GEE na atmosfera

terrestre. O seqüestro de carbono. Tendo como justificativa o processo

crescente da industrialização e produção de bens e serviços.

O progresso do mundo moderno vem em ritmo desenfreado, não

mensurado suas conseqüências e impactos ao meio ambiente. Somente

importando o aumento da produção em grande escala de bens e serviços,

áreas para agricultura e pecuária e a especulação imobiliária. Essas atividades

geram a queima de combustíveis fósseis, desmatamentos, queima de

biomassa. Todas as etapas do processo de produção que vai desde a extração

da matéria prima na natureza, industrialização desses insumos, a distribuição

ou logística dos mesmos, gera gases do efeito estufa.

Prevendo um aumento alarmante na emissão de gases do efeito estufa

na atmosfera, a Organização das Nações Unidas ou ONU, se reuniu fez um

documento no qual ficou estabelecido metas para a redução de gases do efeito

estufa (GEE). Nessa reunião foi assinado o Protocolo de Quioto.

Desta forma, o Protocolo de Quioto determina que países desenvolvidos,

reduzam suas emissões de gases de efeito estufa ou GEE em 5,2%, em

média, relativas ao ano de 1990, entre 2008 e 2012. Esse período é também

conhecido como primeiro período de compromisso. Para não comprometer as

economias desses países, o protocolo estabeleceu que parte desta redução de

gases de efeito estufa pode ser feita através de negociação com nações

através dos mecanismos de flexibilização.

Esses mecanismos de flexibilização gerou um mercado em específico

que o Mercado de Carbono. Esse novo tipo de mercado funciona como um

comercio para poluição mundial. Onde se você investe em algum lugar do

mundo em reflorestamento, algum serviço ou mecanismos que faça redução

de GEE, você adquire cotas de poluição na sua produção.

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Este estudo tem por objetivo mostrar o que se vem fazendo para

resolver esse problema mundial, avaliação das atitudes já em andamento e

suas eficazes e onde podem se chegar na pratica.

1- Metodologia

Com base nas pesquisas feitas através de livros e sites, foram

alcançados os objetivos desejados. Foram consultados sites de órgãos não

governamentais, empresas privadas, consultorias de meio ambiente e sites

oficiais. Como um exemplo de sites que foram pesquisado, estão os do

Ministério do Meio Ambiente, Brasil Escola do portal IG, Greenpeace, Carbono

Brasil e Organizações das Nações Unidas (ONU).

As bibliografias utilizadas para coletas de dados estão dentre elas a que

mais contribuiu para o desenvolvimento e complemento deste trabalho foi a de

José Carlos Barbiere com sua obra Gestão Ambiental Empresarial.

O aprendizado adquirido com o trabalho feito, gera inúmeras

possibilidades de atitudes simples que podem fazer toda a diferença em um

futuro próximo. Mudanças de hábitos corriqueiros que mesmo que parecendo

serem normais afetam o clima de amanhã.

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Sumário:

RESUMO_________________________________________________5

1- METODOLOGIA _________________________________________6

2- INTRODUÇÃO __________________________________________9

2.1- Área de Estudo _____________________________________10

3- EFEITO ESTUFA _______________________________________10

3.1- O que são Gases do Efeito Estufa_________________________11

3.1.1- Dióxido de Carbono___________________________________12

3.1.2- Metano_____________________________________________12

3.1.3- Nitrogênio___________________________________________12

3.1.4- CFC’s______________________________________________13

3.2- Conseqüências Atuais__________________________________13

3.3- Conseqüências Futuras_________________________________14

4- CONTROLE DE EMISSÕES_______________________________15

4.1- O Ciclo de Carbono e as Florestas_________________________16

4.2- Protocolo de Quioto_____________________________________17

4.3- Mercado de Carbono____________________________________18

4.3.1- Empresas Usuárias do Mercado de Carbono________________18

4.4-Mercado de Carbono Voluntário____________________________19

4.5- Mecanismos de Desenvolvimento Limpo ____________________20

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4.6- Pegada de Carbono_____________________________________20

5- MERCADO DE CARBONO NO BRASIL______________________21

5.1- Funcionamento no Brasil________________________________21

5.2- Sistema de Leilão de Carbono ____________________________22

6- ECO-NEGÓCIOS _______________________________________23

7- SOLUÇÕES EM ANDAMENTO_____________________________25

7.1- Biocombustíveis____________________________________25

7.2- Eólica____________________________________________27

7.3- Hídrica___________________________________________28

7.4- Solar_____________________________________________29

7.5- Hidrogênio________________________________________30

7.6- Nuclear___________________________________________31

8- CONSIDERAÇÕES FINAIAS ______________________________32

9- BIBLIOGRÁFIA E WEBGRAFIA____________________________33

10- ANEXOS_____________________________________________36

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2 – Introdução

O assunto a ser analisado neste estudo são os aspectos

socioambientais e econômicos das emissões de GEE na atmosfera terrestre e

seus efeitos globais. Para tentar amenizar os efeitos do aquecimento global,

hoje é usado o seqüestro de carbono que é um tipo de projeto de evitar o

agravamento do efeito estufa em uma maior magnitude. Os gases que mais

causam o efeito estufa são o Metano, os CFC’s, Óxido Nitroso entre outros,

porem o grande causador do aquecimento global é Dióxido de Carbono.

“O Ser Humano lança mais de 35,5 bilhões de toneladas de dióxido de

carbono (CO2) por ano na atmosfera, o principal gás causador do aquecimento

global. Para diminuir estes números, foram criados projetos de redução de

emissões de gases do efeito estufa GEE”. (Dados do The Climate Analysis

Indicators Tool – CAIT 2009)

Esses novos projetos, após serem avaliados segundo metodologias

aprovadas pela Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças

Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês), podem gerar créditos de carbono e

serem utilizados por países desenvolvidos integrantes do Protocolo de Quioto

para alcançar suas metas de redução das emissões de gases do efeito estufa.

O Protocolo de Quioto institui o mercado de carbono como um dos

mecanismos para reduzir os custos no corte das emissões, assim como o

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo ou MDL.

As práticas do mercado de carbono também ocorre fora da conjuntura de

Quioto, com vários programas voluntários de redução das emissões, como os

que acontecem nos Estados Unidos. O mercado voluntário abre as portas para

a inovação, já que não tem muitas regras pré-estabelecidas como no Protocolo

de Quioto, e para projetos de menor escala que seriam inviáveis sob Quioto.

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Todas as negociações seguem regras comuns de mercado, podendo ser

efetuadas em bolsas, através de intermediários ou diretamente entre as partes

interessadas. A convenção para a transação dos créditos é o CO2 equivalente.

Hoje em dia o comércio de crédito de carbono está movimentando a

economia de grandes países. O Brasil, que já ocupou o primeiro lugar no

ranking dos principais produtores de projetos, acabou perdendo o lugar para a

China e a Índia. Esses dois países em conjunto com a Austrália, Coréia do Sul

e Japão produzem quase metade dos gases causadores do aquecimento

global. Segundo especialistas, o potencial brasileiro é muito grande, onde há

uma grande expectativa nesse novo seguimento de mercado para o Brasil.

2.1- Área de Estudo

A análise deste estudo abrange todo clima terrestre, pois o aquecimento

global como o próprio nome apresenta é um problema de ordem mundial e não

específico de um determinado pais ou região.

3 – O Efeito Estufa

O efeito estufa é um fenômeno natural para manter o planeta aquecido.

Desta forma é possível a vida na Terra. O problema é que ao lançar muitos

gases de efeito estufa na atmosfera, o planeta se torna cada vez mais quente,

podendo levar à extinção da vida na Terra por causas dessas alterações.

O aquecimento global é uma conseqüência das alterações climáticas

ocorridas no planeta. Diversas pesquisas confirmam o aumento da temperatura

média global e mudanças em algumas regiões do mundo.

“Conforme cientistas do Painel Intergovernamental em Mudança do

Clima (IPCC), da Organização das Nações Unidas, o século 20 foi o mais

quente dos últimos cinco, com aumento de temperatura média entre 0,3c e

0,6c. Esse aumento pode parecer pouco, mas é suficiente para modificar todo

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clima de uma região e afetar profundamente a biodiversidade, desencadeando

vários desastres ambientais”. (www.brasilescola.com.br)

“A radiação solar é o fator determinante do clima. São as condições

térmicas da atmosfera e da superfície do solo que determina as temperaturas

médias e extremas de uma região, as precipitações, os ventos e outros

fenômenos climáticos. Alterações climáticas por motivos antrópicos tem sido

uma constante em todos os tempos. A derrubada de matas para obtenção de

madeira, lenha, espaço para agricultura, indústrias e assentamentos humanos,

sempre provoca alterações no clima local.

Quase sempre, essas mudanças são imperceptíveis a curto prazo, mas

com o passar do tempo, elas podem ser ampliadas a ponto de inviabilizar as

atividades humanas no local ou região.” (Barbiere, Jose Carlos. Gestão

Ambiental Empresarial. Ed. Saraiva 2010, p37)

3.1- Gases do Efeito Estufa

Gases do Efeito Estufa ou GEE são gases que aquecem o planeta, só

que alguns desses gases já existiam na natureza porem não eram gerados nas

quantidades que são hoje, gases como dióxido de carbono, metano, oxido

nitroso. O perfluorometano também faz parte desta lista só que em bem menor

proporção. Esses gases são encontrados de forma natural na natureza porem

hoje também são de fontes antropogênicas, ou seja, por meio do homem.

São esses três primeiros gases os maiores poluentes porem o dióxido

de carbono que é o maior vilão disparado do efeito estufa, mesmo todos os

outro juntos não tem a proporção que tem o CO2.

O progresso desordenado e irresponsável são os principais causadores

desse desequilíbrio. Há gases que são gerados pela produção industrial logo

não existiam antes da industrialização, são estes os clorofluorcarbono e o

hidrofluorcarboneto. Cada gás desse tem um tempo de vida estimado na

atmosfera, confira na tabela a baixo.

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GASES ESTUFAS - GEE e tempo de vida na Atmosfera

GASES ESTUFAS - GEE Tempo de Vida na Atmosfera Dióxido de Carbono (CO2) 5 a 200 anos Metano (CH4) 12 anos Óxido Nitroso (N2O) 114 anos Clorofluorcarbono (CFC-11) 45 anos Hidrofluorcarboneto (HFC-23) 260 anos

(Barbieri, Jose Carlos 2010 p38)

3.1.1- Dióxido de Carbono

Fontes Naturais:

• Naturalmente através da respiração,

• Decomposição de plantas e animais,

• Queimadas naturais de florestas,

Fontes Antropogênicas:

• Queima de combustíveis fósseis (petróleo, gás natural e carvão)

• Mudanças na vegetação (desmatamento)

• Queima de biomassa

3.1.2- Metano

Fontes Naturais:

• Decomposição de plantas e animais,

Fontes Antropogênicas:

• Criação de gado

• Produção de petróleo

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3.1.3- Oxido Nitroso

Fontes Naturais:

• Decomposição do nitrogênio,

Fontes Antropogênicas:

• Indústrias de fertilizantes,

• Combustão de petróleo.

3.1.4- CFC’s

Fontes Naturais:

• Nenhuma.

Fontes Antropogênicas:

• Aerossóis, refrigeradores e ar condicionado,

• Equipamentos eletrônicos,

• Produtos derivados da fundação de alumínio.

3.2- Conseqüências Atuais

O aquecimento global que também pode ser chamado de mudanças

climáticas acontecem quando são lançados mais gases de efeito estufa (GEEs)

do que as florestas e os oceanos são capazes de absorver.

São várias as conseqüências do aquecimento global. Algumas delas já

podem ser sentidas em diferentes partes do planeta como o aumento da

intensidade de eventos de extremos climáticos (furacões, tempestades

tropicais, inundações, ondas de calor, seca ou deslizamentos de terra). Além

disso, os cientistas hoje já observam o aumento do nível do mar por causa do

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derretimento das calotas polares e o aumento da temperatura média do planeta

em 0,8 graus desde a Revolução Industrial.

Acima de 2 graus, efeitos potencialmente catastróficos poderiam

acontecer, comprometendo seriamente os esforços de desenvolvimento dos

países. Em alguns casos, países inteiros poderão ser engolidos pelo aumento

do nível do mar e comunidades terão que migrar devido ao aumento das

regiões áridas.

No Brasil o aquecimento global já mostra seus efeitos através de chuvas

tropicais fora de época, aumento da temperatura média em algumas regiões,

avanço do nível do mar, surgimento de furacões na região sul do pais que até o

século passado era impensável.

3.3 – Conseqüências Futuras

As conseqüências do aquecimento global no futuro podem gerar fatos

climáticos e econômicos que até o antes desse fenômeno pareciam

impensáveis ou teorias desacreditadas. Tai como:

“A Amazônia pode deixar de ser uma floresta tropical para se

transformar em cerrado, devido ao aquecimento global, em pouco mais de 50

anos. A possível mudança de padrão foi observada na conferência “Avoiding

Dangerous Climate Change” (Evitando uma Perigosa Mudança Climática),

realizada no início deste mês em Exeter, no Reino Unido.” (www.akatu.org.br)

“O estudo "Economia das Mudanças do Clima no Brasil", lançado

novembro de 2009 em Brasília e no Rio de Janeiro, prevê que o Brasil poderá

perder R$ 3,6 trilhões do seu PIB até 2050, em conseqüência dos impactos

provocados pelo aquecimento global. O relatório analisa os impactos da

mudança climática no desenvolvimento do país, com perspectivas

macroeconômicas, regionais e setoriais, além de recomendações para

adaptação, mitigação e ações prioritárias.” (www.pnuma.org.br)

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“Os cientistas alertam que a longo prazo importará as escolhas que

estão sendo feitas agora. Os impactos começarão a ser sentidos a partir de

2100, mas alerta que, independente do que façamos hoje, não haverá

variações até 2025. Não há nada que se possa fazer a respeito dos fenômenos

climáticos que já estão em processo, como a queda na quantidade de neve que

já se observa desde 1960, derretimento de geleiras, que desde 1979 perdem

por década 10% de sua cobertura, e o aquecimento dos oceanos e sua

conseqüente elevação, que segundo previsões será de 0,5m em média, o que

é bastante significativo.” (www.mundoquente.com.br)

Por enquanto são previsões de um futuro na agradável para a raça

humana porem pode ser também um presságio do que pode vir a acontecer na

prática caso não seja levado a sério o aquecimento global e sua

conseqüências.

O que se tem visto são ações relaxadas e sem efeito de imediato por

parte de governantes de países e grandes instituições. Pode-se citar como, por

exemplo, o fracasso da COP15 reunião para o clima realizada em Copenhague

em 2009 onde haviam 120 lideres de países de todas as partes do mundo e

que não chegou a conclusão alguma sobre o assunto.

4 – Controle de Emissões

Com a acentuada escalada de emissão de gases do efeito estufa na

atmosfera terrestre desde a industrialização, nota-se mudanças no clima do

planeta. Preocupado com essas mudanças e efeitos sobre o meio ambiente.

Um novo pensamento e ações voltadas para melhorar ou até mesmo manter as

condições de vida no planeta começam a nascer por parte de grandes nações.

Um grande avanço para essas ações foi a ECO92 realizada no Brasil na

cidade do Rio de Janeiro no ano 1992. Essa conferencia inicia o início de um

pensamento mundial voltado para o meio ambiente e sustentabilidade.

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Focando a clima mundial e o aquecimento global houve uma conferencia

na cidade de Quioto no Japão onde se propõem metas para a emissão de GEE

na atmosfera e atitudes para reduzi-las.

4.1- O Ciclo de Carbono e as Florestas

O Ciclo do Carbono consiste na transferência do carbono na natureza,

através das várias reservas naturais existentes, sob a forma de dióxido de

carbono. Para equilibrar o processo de respiração, o carbono é transformado

em dióxido de carbono. Outras formas de produção de dióxido de carbono são

através das queimadas e da decomposição de material orgânico no solo.

Os processos envolvendo fotossíntese nas plantas e árvores funcionam

de forma contrária. Na presença da luz, elas retiram o dióxido de carbono,

usam o carbono para crescer e retornam o oxigênio para atmosfera. Durante a

noite, na transpiração, este processo inverte, e a planta libera CO2 excedente

do processo de fotossíntese. Os reservatórios de CO2 na terra e nos oceanos

são maiores que o total de CO2 na atmosfera.

Pequenas mudanças nestes reservatórios podem causar grandes efeitos

na concentração atmosférica. O carbono emitido para atmosfera não é

destruído, mas sim redistribuído entre diversos reservatórios de carbono, ao

contrário de outros gases causadores do efeito estufa, que normalmente são

destruídos por ações químicas na atmosfera. A escala de tempo de troca de

reservas de carbono pode variar de menos de um ano a décadas, ou até

mesmo milênios.

Este fato indica que a perturbação atmosférica causada pela

concentração do CO2 para que possa voltar ao equilíbrio não pode ser definido

ou descrito através de uma simples escala de tempo constante. Para ter-se

alguns parâmetros científicos, a estimativa de vida para o dióxido de carbono

atmosférico é definida em aproximadamente cem anos. A utilização de uma

escala simples pode criar interpretações errôneas.

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A redução do desmatamento poderá contribuir muito consideravelmente

para a redução do ritmo de aumento dos gases causadores do efeito estufa,

possibilitando outros benefícios, como a conservação dos solos e da

biodiversidade. Esta redução do desmatamento deve estar associada a

alternativas econômicas, para garantir a qualidade de vida das populações das

regiões florestais.

4.2- Protocolo de Quioto

Autoridades de mais de 160 países criaram em 1997 o Protocolo de

Quioto, um tratado internacional que determina metas de redução de emissões

de gases do efeito estufa e estimula o desenvolvimento de tecnologias

sustentáveis. Pelo acordo, que entrou em vigor em 2005, os países

industrializados devem reduzir as emissões de GEE, durante o período de

representa conter 5 bilhões de toneladas de CO2. Onde tem os países no

Anexo1 que tem compromisso legal de redução de GEE e os fora no deste

anexo onde tem um compromisso formal de redução.

Cada país tem uma meta, calculada com base na contribuição de cada

um para as emissões totais de GEE lançadas na atmosfera desde a revolução

industrial.

Por isso, os países pobres e em desenvolvimento não possuem metas,

pois passaram por um processo de industrialização tardio e apenas nos últimos

anos aumentaram significativamente as emissões.

O Protocolo ganhou este nome porque foi criado durante a terceira

Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 3)

realizada na cidade de Quioto, no Japão, e é um complemento à Conferência

das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e desenvolvimento ou ECO 92,

realizada em 1992 na cidade do Rio de Janeiro.

Os países integrantes da Convenção devem seguir os compromissos de

redução listados, com exceção dos países em desenvolvimento, como Brasil,

China e Índia. O principal papel destas nações é diminuir as emissões ou

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mitigá-las através de projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo

(MDL).

O percentual é considerado pouco para resolver o problema. Ainda que

as emissões caíssem pela metade, não seria suficiente para que a temperatura

da Terra deixasse de aumentar. No entanto, este foi o único acordo a que os

países conseguiram chegar em 1997. Justamente por esse resultado, hoje as

Convenções das Partes avançam pouco na discussão pelo acordo que

substituirá o Protocolo de Quioto, após 2012.

4.3 – Mercado de Carbono

Países ou empresas que conseguem reduzir suas emissões abaixo das

metas do Protocolo de Quioto geram créditos por essa redução excedente.

Depois, eles podem vender esses créditos aos países que poluem acima de

suas metas. Quando conseguem reduzir suas emissões em uma tonelada de

CO2, ganha um crédito. Os créditos de carbono são considerados commodities

e podem ser vendidos nos mercados financeiros nacionais e internacionais.

Os lucros vão para os vendedores de créditos (ou seja, aqueles que

reduzem suas emissões de forma mais eficaz) e acabam todos ganhando com

o sistema. Quem ainda não consegue cortar suas emissões é incentivado a

buscar soluções para deixar de gastar com os créditos.

4.3.1- Empresas Usuárias do Mercado de Carbono

Empresas de papel e celulose, usinas de açúcar, madeireiras e fábricas

em geral. O poder público também adquiriu o sistemas, a Prefeitura de São

Paulo também entrou no mercado, que promoveu dois leilões de créditos de

carbono do aterro Sanitário Bandeirantes, na zona norte da cidade, em 2007 e

2008.

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4.4- Mercado Carbono Voluntário

O mercado de carbono voluntário abrange todas as negociações de

créditos de carbono e neutralizações de emissões de gases do efeito estufa

que são realizadas por empresas que não possuem metas sob o Protocolo de

Quioto e, por isso, são consideradas ações voluntárias.

Os esquemas são financiados por organizações e indivíduos que querem

neutralizar o impacto das emissões produzidas pelas suas atividades. Para

isso, investem em projetos que têm como objetivo reduzir as emissões de

GEEs, através da compra de créditos de compensação.

Estes são normalmente instrumentos financeiros negociáveis chamados

Reduções Verificadas de Emissão (VERs - Verified Emission Reductions), os

quais representam uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) reduzida ou

deixada de ser emitida.

O mercado voluntário de carbono vem crescendo dramaticamente nos

últimos anos, passando de US$ 99 milhões em 2006 para US$ 705 milhões em

2008, com o crédito sendo negociado a um preço médio de US$ 7,34/tCO2).

Segundo especialistas, o principal motor é o boom verde que ocorre entre as

empresas norte-americanas.

“Apesar da reação negativa entre alguns veículos da mídia e grupos

ambientais de que as neutralizações de carbono seriam uma forma de ‘comprar

indulgências’, a maioria das empresas envolvidas na pesquisa já começaram

ou planejam compensar as emissões que não conseguem impedir que sejam

produzidas, comentam os organizadores da pesquisa Padrões de

Neutralização de Carbono 2008 (Carbon Offsetting Trends survey 2008),

publicada em setembro de 2008 pela Ecosecurities e ClimateBiz.”

(www.carbonobrasil.com.br)

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4.5- Mecanismo de Desenvolvimento Limpo

Uma das ferramentas criadas pelo Protocolo de Quioto é o Mecanismo

de Desenvolvimento Limpo (MDL), cuja finalidade é auxiliar os países a atingir

suas metas de redução de emissão de gases de efeito estufa definidas aos que

ratificaram. Para entender melhor, o fundamento básico do MDL estabelece

que cada tonelada de CO2 equivalente que não for emitida ou for retirada da

atmosfera por um país em desenvolvimento, poderá ser negociada no mercado

mundial com os países de primeiro mundo.

O MDL é composto por alternativas com o objetivo de assumir a

responsabilidade para reduzir as emissões de poluentes, promovendo assim o

desenvolvimento sustentável. É formado por um mecanismo de investimentos,

por meio do qual os países desenvolvidos podem firmar metas de diminuição

de emissões e aplicarem recursos financeiros em projetos como, por exemplo,

de reflorestamentos e produção de energia limpa. Com isso, as empresas

passariam a utilizar métodos alternativos para o desenvolvimento de seus

produtos e serviços.

4.6- Pegada de Carbono

Pegada de carbono é a medida do impacto das atividades humanas

sobre as emissões de gases do efeito estufa, ou seja, condiz com a quantidade

de dióxido de carbono equivalente liberada na realização de cada atividade.

O ciclo de vida de um produto pode ser usado como exemplo. Durante a

fabricação, várias etapas liberam gases do efeito estufa, como a extração e o

transporte das matérias-primas, a energia utilizada, o transporte do próprio

produto, a estocagem (pode incluir câmaras frias) e finalmente a disposição

(em lixões, aterros sanitários ou incineradores).

Uma das iniciativas mais eficazes para reduzir a pegada de carbono é

diminuir a dependência de combustíveis fósseis que, quando queimados,

emitem toneladas de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.

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Outro fator importante é a economia de energia elétrica. Além de

reduzir os custos com a conta de luz no fim do mês, essa ação colabora com

os esforços globais de mitigação dos impactos do desenvolvimento humano

sobre os recursos naturais.

5- Mercado de Carbono no Brasil

O Mercado Brasileiro de Reduções de Emissões (MBRE) é iniciativa

conjunta da BM&FBOVESPA (Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros

Brasileira) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

(MDIC), que objetiva desenvolver sistema eficiente de negociação de

certificados ambientais, em linha com os princípios subjacentes ao Protocolo

de Quioto. Mais precisamente, a iniciativa BM&FBOVESPA/MDIC consiste em

criar no Brasil as bases de mercado ativo para créditos de carbono que venha

a constituir referência para os participantes em todo o mundo.

5.1- Funcionamento no Brasil

Lançado em meados de setembro de 2005, correspondeu à criação do

Banco de Projetos BM&FBOVESPA. Trata-se de sistema desenvolvido pela

Bolsa para registro de projetos validados por Entidades Operacionais

Designadas (certificadoras credenciadas pela ONU) segundo o rito do

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), ou seja, projetos que deverão

gerar Reduções Certificadas de Emissão (créditos de carbono) no futuro.

O sistema também acolhe para registro o que se convencionou chamar

de intenções de projeto, ou seja, concepções parcialmente estruturadas de

projetos que objetivem a condição futura de projetos validados no âmbito do

MDL.

Projetos e intenções de projetos registrados na Bmf&bovespa encontram

nesse sistema poderoso instrumento de divulgação e eficiente chamariz para

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interessados em oferecer financiamento ou adquirir os futuros créditos de

carbono associados ao projeto.

A esse respeito, cabe mencionar que o Banco de Projetos

BM&FBOVESPA está aberto também ao registro de intenções de compra, ou

seja, um investidor estrangeiro eventualmente interessado em adquirir créditos

de carbono pode registrar seu interesse, descrevendo as características do

projeto procurado.

5.2- Sistema de Leilão de Carbono

Esse trabalho de organização do mercado de carbono consiste no

desenvolvimento e na implantação de sistema eletrônico de leilões de créditos

de carbono. Com lançamento em 2007, esse sistema possibilita a negociação

(no mercado a vista) de créditos de carbono já gerados por projetos de MDL.

Também será criado módulo específico para negociação a termo de créditos

que ainda estejam em processo de geração e certificação.

Os leilões de créditos de carbono serão agendados pela

BM&FBOVESPA, conforme demandado pelos proponentes de projetos de

MDL, podendo ser acessados, via internet, pelos participantes qualificados do

mercado de carbono global.

Essas sessões de negociação serão estruturadas respeitando-se as

práticas internacionais desse mercado e sempre buscando adequação às

necessidades do titular dos créditos a serem leiloados.

Com sua plataforma de negociação de créditos de carbono, a

BM&FBOVESPA objetiva oferecer aos participantes do mercado de carbono

canal de negociação atraente, seguro, com baixos custos de transação e que

possibilite o fechamento de negócios por preços competitivos.

Bolsas que negociam Créditos de Carbono também além do Brasil:

• CCX - Bolsa do Clima de Chicago

• CCFE - Chicago Climate Exchange Futures - Subsidiária da CCX

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• ECX - Bolsa do Clima Européia

• NordPoll (Noruega)

• EXAA - Bolsa de Energia da Áustria

• New Values/Climex (Alemanha)

• Vertis Environmental Finance (Budapeste)

• Bluenext - Antiga Powernext (Paris) - Formada pela bolsa de valores

internacional NYSE Euronext e pelo Banco Público Francês Caisse des Depots

após a compra das atividades de carbono da Powernext.

• MCX - Multi-Commodity Exchange (Índia) - Maior bolsa de commodities

da Índia. Lançou em 21 de janeiro de 2008 contratos futuros para a negociação

de RCEs (Reduções Certificadas de Emissão) com tamanho mínimo de 200

toneladas de CO2e.

• Outras bolsas tem planos quanto às negociações de créditos de

carbono, como: Hong Kong Exchange e EEX (Bolsa de Energia Européia -

Leipizig).

6- Eco-negócios

O assunto meio ambiente não mais só pertence a discussões sobre

biodiversidade ou a preservação, atualmente também é falado em negócios

financeiros como os eco-negócios ou Green Business (negócios verdes). Hoje

com Mercado de Carbono em foco e gerando bons lucros para muitos

empreendedores a ponto de existir uma bolsa de valores só para negócios de

crédito de carbono, muitas empresas estão se preocupando com a

sustentabilidade.

A sustentabilidade proposta por grandes instituições não é por se

preocuparem com a qualidade de vida da sociedade ou com a preservação do

meio ambiente, é uma forma de marketing para instituição.

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Hoje se uma determinada marca não se preocupa com as questões

ambientais, ela não serve para o consumidor que começa já ter noção dos

níveis que estamos de uma alteração no clima do planeta. Aproveitando essa

oportunidade e a força da mídia na questão sócio-ambiental, muitas dessas

instituições fazem projetos ambientais além da redução de GEE’s para usarem

o rótulo de empresas sustentáveis.

Essas empresas sustentáveis que investem em MDL ou através de

fundações ou ONG fazem trabalhos voltados para o eco-sistema, usam esses

projetos para agregarem valor a sua marca e ter alguns créditos a mais com

seus clientes.

Para se ter noção do quanto ser sustentável é lucrativo para uma

empresa, hoje na Bolsa de Valores (BM&FBOVESPA) já existe até um índice

só para acompanha empresas que investem em sustentabilidades além do

mercado de carbono.

“Tais aplicações, denominadas “investimentos socialmente

responsáveis” (SRI), consideram que empresas sustentáveis geram valor para

o acionista no longo prazo, pois estão mais preparadas para enfrentar riscos

econômicos, sociais e ambientais. Essa demanda veio se fortalecendo ao

longo do tempo e hoje é amplamente atendida por vários instrumentos

financeiros no mercado internacional.” (www.bmfbovespa.com.br)

“No Brasil, essa tendência já teve início e há expectativa de que ela

cresça e se consolide rapidamente. Atentas a isso, a BM&FBOVESPA, em

conjunto com várias instituições – ABRAPP, ANBIMA, APIMEC, IBGC, IFC,

Instituto ETHOS e Ministério do Meio Ambiente – decidiram unir esforços para

criar um índice de ações que seja um referencial para os investimentos

socialmente responsáveis, o ISE - Índice de Sustentabilidade Empresarial.”

(www.bmfbovespa.com.br)

“Nesse sentido, essas organizações formaram um Conselho Deliberativo

presidido pela BM&FBOVESPA, que é o órgão responsável pelo

desenvolvimento do ISE. Posteriormente, o Conselho passou a contar também

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com o PNUMA (ONU) em sua composição. A Bolsa é responsável pelo cálculo

e pela gestão técnica do índice.” (www.bmfbovespa.com.br)

7- Soluções em Andamento

A demanda por energia esta sempre aumentado com o progresso da

humanidade. Esse consumo fortalece o ciclo da produção onde se extrai

matéria-prima, industrializa e distribui. Toda essa logística gera um débito no

meio ambiente tanto para produção de GEE’s em especial o CO2, quanto para

a futura escassez dessas matérias primas.

Para conter os efeitos dessa demanda por energias, atualmente já existe

projetos que suprem essa necessidade com baixo impacto ao meio ambiente e

alguns onde nem há impacto.

Através desses novas formas de energia que poderem crescer sem

causar grandes impactos ao meio ambiente. Algumas dessas novas formas de

energia conseguem substituir o CO2 porem geram um outro tipo de impacto no

meio ambiente e até mesmo na economia. Um análise tem que ser feita entes

de colocar essas novas formas de energia para que não se possa resolver um

problema causando outro.

7.1- Biocombustíveis

Os biocombustíveis são materiais de origem biológica que, a partir do

processo de queima, geram energia. Alguns exemplos de matérias-primas para

a produção de biocombustível são: cana-de-açúcar, resíduos de madeira e

alguns tipo de plantas (mamona, soja, pinhão-manso, dendê, colza girassol).

Atualmente, o principal incentivo para o desenvolvimento das tecnologias

de produção dos biocombustíveis são as dúvidas com relação aos

combustíveis fósseis, como a instabilidade do preço do petróleo, a redução das

reservas mundiais, a maior dificuldade de extração (custos e impactos

ambientais maiores) e o corte nas emissões de gases do efeito estufa.

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Porem com o aumento do preço dos alimentos, os biocombustíveis

passaram a ser criticados por estarem competindo no mercado internacional. O

que precisa ficar claro nesta questão é que nem todos os biocombustíveis

entram nesta polêmica, como por exemplo o etanol produzido a partir a cana-

de-açúcar e da celulose. A polêmica maior está em torno das produções feitas

a partir de grãos utilizados para alimentação, como o etanol de milho ou trigo e

o biodiesel de óleo de soja.

Outro fator que precisa ser considerado é a contribuição da expansão da

fronteira agrícola para o desmatamento brasileiro. Na Amazônia este problema

é atenuado pelas condições desfavoráveis do local, como afirma o ex-ministro

da agricultura, Roberto Rodrigues, ao Jornal da Bioenergia. Segundo ele,

"plantar cana na Amazônia é logisticamente idiota e agronomicamente burro",

pois a produção da agroenergia se caracteriza por plantas industriais que

estejam próximas do campo para obtenção de matérias-primas e não muito

longe dos centros consumidores dos combustíveis. Mas, fica em aberto a

discussão relacionada a pressão sob os outros ecossistemas brasileiros, como

o cerrado, uma vez que 86% da produção nacional de cana se concentra na

região centro-sul.

Além disso, Rodrigues também destaca a pequena quantidade de países

produtores e a segurança de abastecimento destes combustíveis.

A questão social também é motivo para muitas discussões, pois as

novas tecnologias e o tamanho da demanda por biocombustíveis, que tudo

indica ser exponencial nos próximos anos, suscitam dúvidas sobre a fatia de

mercado que caberá à agricultura familiar em contraposição com as grandes

monoculturas.

Uma tendência internacional, que está sendo discutida na União

Européia para amenizar os problemas anteriormente descritos é a criação de

padrões para a compra destes combustíveis, onde uma certificação poderia ser

estabelecida para assegurar a procedência. Esta certificação levaria em conta

critérios ambientais e sociais.

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7.2- Eólica

Esse tipo de geração de energia vem dos ventos que ao passarem por

cata-ventos giram suas pás e dento desses cata-ventos onde há uma bobina

interna que produz energia. Quanto mais vento mais o cata-vento gira mais

energia ele gera. É uma forma de obter matéria-prima grátis e sem causar mal

ao meio ambiente.

A geração de energia eólica vem crescendo a um ritmo acelerado nos

últimos anos, principalmente em países como a Alemanha e Espanha. O que

foi a saída para suprir a falta de energia elétrica provocada pela primeira crise

do petróleo nos anos 70, hoje possui tecnologia avançada e já compete com

outras fontes em todo o mundo.

Em 2001, foi desenvolvido pelo CRESESB/CEPEL o “Atlas do Potencial

Eólico Brasileiro”, sinalizando um potencial indicativo promissor para o Brasil de

143 mil MW, em especial nas regiões Nordeste e Sul.

A energia eólica representou a maior fatia da geração de energias

renováveis em 2007, com um crescimento de 28% no mundo, alcançando

estimados 95GW, demonstra o relatório Renewables 2007 Global Status

(Estado global das renováveis em 2007, na tradução livre), produzido pela

Rede de Energias Renováveis para o século 21 (REN21, na sigla em inglês)

em colaboração com Worldwatch Institute.

“O presidente do Instituto Acende Brasil, Cláudio Sales, ressaltou que o

vento gera energia a preço inferior à metade do que é cobrado pela energia

gerada pelas termelétricas movidas a óleo combustível.”

(www.carbonobrasil.com.br)

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7.3- Hídrica

Uma das maneiras mais populares de se gerar energia no Brasil é

através do uso de usinas hidroelétricas. Estas usinas funcionam de maneira a

aproveitar a energia intrínseca ao movimento da água, principalmente em

quedas d’água, naturais ou artificiais.

Geralmente as usinas podem ser construídas de duas maneiras,

dependendo das características do relevo e dos rios. Existem as usinas

encaixadas em vales, onde o impacto ao meio ambiente é atenuado, pois a

força das águas é mais concentrada e a área alagada é menor, e as usinas

baseadas no alagamento de grandes áreas. Estas últimas, além dos enormes

impactos ambientais, geralmente com supressão de vegetação nativa e

deslocamento da fauna, possuem problemas sociais substanciais devido à

necessidade de reassentamento das populações locais e, por vezes, à

eliminação de atividades da cultura tradicional.

As maiores usinas hidroelétricas do mundo alcançam um potencial

instalado enorme, como a Usina de Itaipu com 14 mil megawatts (MW). As

pequenas centrais hidroelétricas são aquelas que possuem potência instalada

de até 30 MW.

Estimativas indicam que 76% do potencial do Brasil ainda não foi

aproveitado, porém ele está localizado em áreas longínquas dos grandes

centros de consumo, o que significa grandes perdas na distribuição da energia

e na destruição de habitats naturais ainda isolados. Cerca de 52% deste

potencial está na Bacia do Amazonas.

Existem contras esse tipo de geração de energia porque as hidroelétricas

emitem gases do efeito estufa através de dois processos conhecidos. Um deles

é a decomposição da biomassa inundada pelo reservatório, que resulta na

emissão de metano e pode ser quantificada. O outro é a decomposição de

outros tipos de matéria orgânica que acabam no reservatório, como esgotos

urbanos, águas residuais e o próprio carbono estocado no solo, sendo estes

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processos complexos e difíceis de serem quantificados. Existem várias

pesquisas sendo desenvolvidas nesta área.

“A hidrelétrica ainda é importante para expansão da geração, porque

ainda é abundante e sai a um preço menor. Há restrições ambientais e que têm

de ser cumpridas. Infelizmente as hidrelétricas emitem gases de efeito estufa, o

que se pensava ser secundário, desprezível, mas não é”, (prof. Luiz Pinguelli

Rosa COPPE/UFRJ.www.carbonobrasil.com.br)

7.4- Solar

A luz solar, além de aquecer o planeta e ser essencial para a

sobrevivência das plantas, é uma grande fonte de energia renovável, que se

bem utilizada é capaz de substituir os velhos derivados fósseis. O sol

proporciona ao Brasil a mesma quantidade de energia que todas as reservas

remanescentes de combustíveis não renováveis a cada dois dias.

Em países como Japão, Alemanha, Holanda, EUA, Espanha, Inglaterra e

Itália, o uso de sistemas fotovoltaicos – geração de energia elétrica a partir da

solar – tem sido uma saída para diminuir a dependência de fontes tradicionais

que já mostram sinais de esgotamento, como é o caso do petróleo.

Na Alemanha, a indústria de energia solar já emprega 170 mil pessoas,

mas com o crescimento previsto, estima-se a necessidade de 510 mil pessoas

em poucos anos. Na União Européia quase todos os países estabeleceram

uma lei para fomentar as energias renováveis.

O Japão é o que mais investe nesta tecnologia, apesar do pouco sol que

incide por lá. Uma cidade como Osaka, por exemplo, onde você vê uma grande

quantidade de telhados azuis (cobertos por painéis fotovoltaicos).

Tecnicamente, a geração de energia a partir do sol já é viável.

Entretanto, ela só será economicamente possível quando atingir uma escala de

produção considerável. Ela hoje vive o ciclo vicioso. Cara por que se produz

pouco e se produz pouco porque não há demanda. De acordo com estudos

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que mostram que se produzida em grande escala, a energia solar pode

competir com as fontes tradicionais.

7.5-Hidrogênio

Com a crise do petróleo, na década de 70 surgiu a preocupação em

desenvolver técnicas alternativas de geração de energia e de combustível.

Uma das opções que começou a despertar interesse foi o uso de cédulas de

hidrogênio.

Com a resolução dos conflitos no oriente médio (origem da crise), foi

deixada de lado a possível alternativa que só viria a ser reconsiderada na

década de noventa, com o alarde das mudanças climáticas e a conseqüente

necessidade de mudança nos padrões energéticos.

A energia gerada a partir do hidrogênio ganhou novamente popularidade

e, a partir de então, vem sofrendo melhorias tecnológicas na sua produção,

distribuição e armazenamento.

É possível a obtenção do hidrogênio através de vários tipos de

combustível, tanto fósseis como renováveis gaseificação do carvão e da

biomassa, reforma a vapor do gás natural, armazenamento e transformação de

energia de fontes como a eólica e solar e eletrólise da água.

O método mais utilizado atualmente é a reforma a vapor do gás natural,

alcançando metade da produção mundial de hidrogênio. O principal fator desta

ampla produção é o seu baixo custo, o que torna as outras possibilidades

pouco competitivas. Uma desvantagem da utilização do gás natural é o fato de

que este emite quantidades consideráveis de CO2. O gás natural é composto

de nitrogênio, hidrogênio, hélio e metano (gás do efeito estufa).

O método da eletrólise da água não é muito utilizado pois consome tanta

energia durante seu processo quanto produz. A forma de energia renovável

mais barata, capaz de competir com o gás natural na geração de hidrogênio é

a eólica.

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Uma das principais barreiras, hoje, para o pleno desenvolvimento do

hidrogênio como fonte de energia (além da falta de estrutura da rede de

abastecimento) é o seu custo que pode ser até 4 vezes mais caro que a

gasolina. Considerando que a célula combustível movida a hidrogênio aumenta

em duas vezes a autonomia dos veículos, o resultado seria o preço duas vezes

maior que o da gasolina.

7.6- Nuclear

Esse tipo de energia é a mais controversa de todas. Ou ela pode ser a

solução para o futuro ou a responsável por não haver um futuro para o planeta.

É a energia que mais causa polemica em todo o mundo a ponte de gerar até

guerras pelo seu manuseio.

A energia nuclear é a responsável por manter os prótons e nêutrons

unidos no interior do núcleo dos átomos, a menor partícula de um elemento

químico. Apesar de a maioria dos átomos terem este núcleo bem estabilizado,

alguns estão instáveis e podem separar suas partes facilmente. Este é o caso

do urânio, do plutônio e do tório, por exemplo.

Em um processo chamado de fissão (quebra, separação), as partículas

liberam energia quando atingidas pelos nêutrons. Os reatores nucleares a

aproveitam para transformar em energia térmica ou energia mecânica.

Após a utilização do urânio no reator, ele fica conhecido como

combustível queimado e apresenta um alto teor radioativo, além de liberar

calor. Eles são armazenados em piscinas especiais, que estão geralmente

localizadas no sítio do reator, de forma a permitir que tanto o seu calor como a

radioatividade diminuam, explicam os autores do livro Energia, Recursos

Naturais e Prática do Desenvolvimento Sustentável. (Energia, recursos naturais

e a prática do desenvolvimento sustentável. Barueri (SP):Manole, 2005.)

Depois disso, o combustível queimado, que possui aproximadamente

96% do urânio original, pode ser reprocessado e o urânio pode ser recuperado,

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para retornar à usina de conversão e ser novamente enriquecido com isso ele

pode ser reaproveitado depois um tempo.

Seu potencial é muito grande e capaz de abastecer países de grande

porte como o próprio Brasil. Mais seu maior passivo ambiental é o lixo que esse

tipo de energia gera, os conhecidos resíduos nucleares.

Esses tipos de resíduos levam muitos anos para não mais gerar radiação

e com o passar dos anos seria um problema de onde armazenar esse tipo de

lixo. Ambientalistas são grandes questionadores dessa forma de energia mais

governos acreditam que possam gerar grande quantidade de energia com

menos custos para o meio ambiente.

Por exemplo, para se fazer uma hidroelétrica destrói uma grande área de

florestas inundando seu territórios e mudam os cursos e quantidade de água

nos rios usados, já uma usina nuclear não precisa de tanto espaço e nem

acabar com áreas tão grandes como as hidroelétricas logo seria um menor

impacto a natureza.

8- Considerações finais

O que foi analisado neste trabalho mostra que o mundo hoje como o

conhecemos pode não ser o mesmo mundo que estaremos amanhã. O efeito

estufa é um grande gerador de mudanças maléficas para o planeta Terra.

O que se mostra é uma alienação por grande parte da sociedade

mundial em não enxergar ou não querer notar as mudanças que já vem

acontecendo no clima mundial. Uma grande passividade ou omissão em tomar

medidas emergências por parte de países industrializados.

Soluções viáveis existem e já fazer uma enorme diferença para quem

adotou, logo é só uma questão de conscientização e colocar em prática essas

medidas. É deixando de lado os interesses financeiros e econômicos de uma

pequena fração da população mundial para pensar num todo onde o ser

humano interaja com o meio ambiente de forma harmônica porque para alguns

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meio ambiente e humanos são coisas distintas porem as pessoas pertencem

ao meio ambiente. Logo se ele esta sendo afetado os humanos também.

Basta começar essas, mudanças dentro das pessoas através de reflexão

do que realmente elas precisam adquirir e do que é supérfluo. Mudanças de

alguns hábitos diários já ajudariam o meio ambiente ou pelo menos daria mais

tempo a ele em se recuperar.

O que se pode ter certeza é que a saída para a não emissão de gases

do efeito estufa na atmosfera em especial o gás carbônico esta justamente no

maior prejudicado por eles, o ser humano com suas atitudes. Se houvesse uma

plena conscientização por parte de todos habitantes do planeta terra e seus

governantes não precisaríamos ter tanto receio do futuro que nos espera.

9- BIBLIOGRAFIA

Barbieri, Jose Carlos. Gestão Ambiental Empresarial- Conceitos, Modelos e

Instrumentos 2ª ed. Editora Saraiva 2010.

Trigueiro, André. Mundo Sustentável – Abrindo Espaço na Mídia para um

Planeta em Transformação. Globo Editora 2009.

Carvalho, Vilson Sergio. Educação Ambiental e Desenvolvimento Comunitário

2ª ed. Editora Wak 2006.

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34

WEBGRAFIA

www.onu.org.br (consulta ao assunto)

www.wwf.org.br (consulta ao assunto)

www.ciflorestas.com.br (consulta ao assunto)

www.arvoresdobrasil.com.br

(http://www.arvoresbrasil.com.br/?pg=reflorestamento_sequestro)

www.akatu.com.br

(http://www.akatu.org.br/central/noticias/2005/02/835/?searchterm=aqueci

mento global*)

www.brasilescola.com.br

(http://www.brasilescola.com/geografia/aquecimento-global.htm)

www.carbonobrasil.com.br

(http://www.carbonobrasil.com/#mercado_de_carbono)

(http://www.carbonobrasil.com/#mercado_de_carbono/mercado_voluntari

o)

(http://www.carbonobrasil.com/#energias)

(http://www.carbonobrasil.com/#mercado_de_carbono/protocolo_de_quio

to)

www.pnuma.com.br

(http://www.unep.org.br/noticias_detalhar.php?id_noticias=105)

www.mundoquente.com.br

(http://www.mundoquente.com.br/geracoes.html)

www.veja.abril.com.br

(http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/creditos-

carbono/protocolo-kioto-emissao-gases-efeito-estufa-venda-co2.shtml)

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ANEXO 1

www.ciflorestas.com.br

23/07/2010

O Futuro dos Créditos de Carbono.

Metas de Kyoto vencem em 2012, o que traz incerteza para o mercado de

créditos de carbono.

A proximidade de 2012 - quando vencem as metas de redução de emissão de

poluentes do Protocolo de Kyoto - e a indefinição sobre o futuro põem o

mercado de créditos de carbono em xeque. Sem novas metas, afinal, o

interesse do setor privado no segmento é ameaçado. A expectativa recai sobre

as decisões dos negociadores internacionais na próxima reunião do clima da

ONU (COP-16), em novembro, no México. O mercado internacional de créditos

de carbono sentiu o baque da crise. Há expectativa de recuperação em 2010?

Eu definiria o mercado de créditos de carbono com otimismo moderado. Todos

estão à espera de sinais claros dos negociadores internacionais, para que haja

confiança e o setor privado possa trabalhar. De toda maneira, o importante é

que a recuperação econômica global vai melhor que o esperado, o que faz

aumentar as emissões das empresas e, consequentemente, a demanda por

créditos de carbono. Não acredito que haverá uma redução do mercado global

de carbono. É importante lembrar, no entanto, que os créditos de carbono

oriundos de projetos são mais dependentes dos sinais emitidos pelos

negociadores internacionais. Nesse segmento, talvez possamos continuar

vendo deterioração enquanto não houver clareza.