Seleção Sabor.club Produtos que você precisa conhecer
Dolce& Gabanna Grife lança vinho da moda
Assados que acolhem
para uma mesa de comfort food
Raspadinha para maiores O drinque elegante e sensual para dias de
festa vinhos com 90 pontos
ou mais, por menos de... R$ 100!
50
desde dez’ 2016
desde dez’ 2016
DIRETORA DE OPERAÇÕES Christiane Burgos –
[email protected]
ARTE DIRETOR DE ARTE Ricardo Torquetto –
[email protected]
ASSISTENTE DE IMAGENS Lucas Burgos
REDAÇÃO ESTAGIÁRIA Natalli Oliveira
COLABORADORES Pedro Landim (texto)
RIO GRANDE DO SUL/SANTA CATARINA Sônia Machado –
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INTERNATIONAL SALES Estados Unidos Inner Publishing –
[email protected] Marketing –
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FINANCEIRO
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Revista SABOR.CLUB é uma publicação mensal da INNER Editora
Ltda.
A Inner Editora não se responsabiliza por opiniões, ideias e
conceitos emitidos nos textos publicados e assinados na revista
Sabor.club, por serem de inteira responsabilidade de seu(s)
autor(es).
WWW.SABOR.CLUB
, o manifesto:
• Nós comemos • Nós bebemos • Nós cozinhamos • Nós viajamos (para
comer) • Nós conversamos (também sobre comida) • Nós acreditamos
que comer é uma das grandes
maravilhas da vida – e viva a boa mesa!
= EDITORIAL =
ESTAMOS DIANTE DE UM FIM DE ANO diferente. Menos festa, menos
abraços, menos pessoas, menos alegria. Mas não menos afeto, não
menos esperança, não menos sonhos, não menos desejos.
Na busca por um produto que protagonizasse a nossa página de “Para
Amar”, não é que encontramos um pote, em três partes, cada uma
representando os conceitos acima? Fofo, né? Bom para dar de
presente, com balinhas, bombons, amendoas glaceadas, jujubas
etc
E a brincadeira é: toda vez que algo for para boca, vale um
pensamento positivo (para você, para quem você que bem, para o
mundo), vale um pedido, vale uma reflexão que se transformará em
realização.
Por aqui, nós temos tanto o que realizar em 2021! Embora jovem, a
marca Sabor.club está construída, tem valor, tem reconhecimento e
admiração de quem valoriza o que é feito com responsabilidade,
esmero e talento. São esses os critérios que utilizamos para
escolher e nos relacionar com pessoas e produtos.
Com base nesses conceitos, lançamos aqui o selo Seleção Sabor.club.
Ele atesta a nossa curadoria de produtos e deixa claro as nossas
recomendações para a sua mesa.
Mais uma vez, modéstia às favas, apresentamos uma nova ideia no
mundo gastronômico, absolutamente alinhada, aliás, com a essência
do nosso Sabor Clube, o 1º Clube de Descobertas Gastronômicas do
Brasil, lançado a dois anos.
Com ou sem pandemia, sabemos, é vital estar conectado com o
presente, pronto para o futuro. Feliz ano novo!
Saúde para todos.
Robert Halfoun e Christian Burgos
Vale Cada Momento O sabor e a qualidade do Suco de Uva Integral
agora vem com selo de garantia.
Puro, vegano, premiado e saudável para vivenciar cada
momento.
Massimo Ferrari A lenda da nossa gastronomia faz um panettone
que é simplesmente o... máximo!
9
passeio de sabores na sua boa
13
na Serra da Mantiqueira
e crocante, entre os biscoitos de Natal?
15
Paella da montanha Em Campos do Jordão, chef Anderson
Oliveira
faz uma sugestão incrível para comida de celebração
16
N E S T A E D I Ç Ã O
Fácil de gostar Assim é a vinícola no Uruguai, admirada por ninguém
menos do que Francis Mallmann
22
que é sinônimo de conforto
38
e bem gostoso de beber
51
Vinhos best buy 50 rótulos com 90 ou mais pontos
que custam até... R$ 100!
54
feitas com as sobras do pão italiano
62
Tabasco Sriracha O molho de pimenta ganha um toque todo
especial
com o envelhecimento em barris de carvalho
69
Esperança, sonhos, desejos Pote fofo em três partes traz tudo
o que precisamos agora
Sabor. club [ ed. 48 ] | 9
Perfeito e ponto Impossível evitar o trocadilho: o panettone do
gigante
Massimo Ferrari é simplesmente o... máximo!
por Robert Halfoun
Delicatessen
O lendário e queridíssimo Massimo Ferrari talvez seja a pessoa mais
adorável da nossa gastronomia. Quem não ama aquele sorriso largo e
o abraço com aquele corpanzil que nos envolve? Junto com tanta
formosura, no entanto, está um perfeccionismo na hora de trabalhar,
como poucas vezes vi na vida. Não à toa, o seu saudoso restaurante
Massimo marcou época e foi uma grandes referências de boa cozinha
no Brasil, especialmente nos anos 1980.
De lá para cá, o ele tem de dedicado a uma joia da gastronomia em
São Paulo, a rotisserie Felice e Maria, batizada com o nome dos
pais dele.
Lá estão, entre outros, as melhores massas, molhos e assados do
mundo, feitos sob encomenda e embalados num capricho, como pouco se
vê (o Massimo é um perfeccionista, lembra?). Agora soma-se a lista
o panettone mais perfeito da cidade,
tipicamente italiano, feito a partir da receita da D. Maria, a mãe
do Massimo.
Ele, diz, não gosta de “invencionices” e coloca na massa de
fermentação natural apenas frutas cristalizadas e uma crosta
açucarada de amêndoas. Além dos segredo da matriarca, que garante
umidade e elasticidade incomparáveis, além de uma leveza em boca,
fruto de uma atenção especial na maneira como o pão cresce no
forno.
O panettone Felice e Maria é vendido apenas na casa, feito em
edição limitadíssima. Vale a briga para conseguir um. E fica a
sugestão: por mim, o Massimo faria edições especiais durante o ano
todo. Pronto, falei.
Felice e Maria – Rua Helion Póvoa, 45, Vila Olímpia, São Paulo –
SP. Tel.: (11) 3849-2504
Felice e Maria: as melhores massas, molhos e assados do mundo,
feitos sob encomenda
Saudade do Massimo, o resturante? A rotisserie do mestre gaurda um
segredo no seu subterrâneo
O Felice e Maria tem um lindo salão no subsolo, com uma belíssima
cozinha no centro dele. No lugar, com até 40 lugares, serve-se a
mais tradicional cucina italiana, com o toque de perfeição do
mestre Massimo Ferrari. “Aqui é um ninho de gastronomia pura, de
respeito às raízes, à família e à tradição”, diz. A casa funciona
com reservas, seja para eventos ou comemorações, seja para um
almoço de domingo, data concorridíssima. Ainda por lá, no térreo,
olha que legal: Massimo apresenta a sua inigualável biblioteca
gastronômica, com mais de 16 mil livros e revistas do mundo
todo.
Panettone, a origem Ele surgiu para conquistar um pai
ciumento
No século 15, em Milão, um jovem de uma família nobre enamorou-se
por uma plebeia, filha de um modesto padeiro. O pai da moça,
temendo que a filha passasse decepções, foi contra a relação entre
os dois. O rapaz, determinado a conquistar sua amada, disfarçou- se
de aprendiz de padeiro e conseguiu um emprego com o pai dela. Tão
logo aprendeu o ofício e resolveu criar um pão diferente, capaz de
impressionar o patrão. O produto fez tanto sucesso que,para
conquistar definitivamente o futuro sogro, o jovem padeiro deixou
que todos acreditassem que o novo e delicioso pão doce era uma
invenção do Sr. Toni, pai da moça. Daó vem o nome: o “pane del
Toni”.
Panettone chocolate Carlos Bakery,
R$ 85 (550 g)
Os preferidos da casa
Panettone Prosseco La Pastina,
R$ 131 (750 g)
R$ 199 (950 kg)
Panettone laranja cristalizada Braz,
R$ 82 (1 kg)
Sabor. club [ ed. 48 ] | 11
12 | Sabor. club [ ed. 48 ]
2 O aperitivo, com sua inconfundível cor laranja e sabor que
mistura doçura, amargor e toques herbais, foi lançado numa feira
internacional realizada na cidade, em 1919.
7 A popularidade do aperitivo na Itália deslanchou de vez depois
que ele virou estrela de comercial na TV, nos anos 60. A frase do
ator Tino Buazzelli, que batia na testa e dizia “ah, Aperol!”
virou bordão nos bares do país.
– Almanaque –
1 Sete anos de
pesquisas e testes: foi esse o tempo dedicado pelos irmãos
italianos Luigi e Silvio Barbieri, donos de uma destilaria em
Pádua, na região do Vêneto, para chegar na fórmula do Aperol.
4 Nome de remédio? Que nada! Aperol é uma referência às palavras
francesas apéritif e apéro. Ou seja, ele já chegou com a intenção
de ser aquele alegria no fim de tarde.
8 Mas o grande salto ainda estava por vir: em 2003, a marca foi
comprada pelo Grupo Campari. Era a hora de o Aperol ganhar o
mundo!
5 Por ter um teor alcoólico relativamente baixo (11%), o Aperol era
apresentado como uma bebida para quem se preocupava com a boa
forma. Mulheres também eram o público alvo: “Aperol mantém a
linha”, dizia um anúncio dos anos 30.
3 O mix de ervas e raízes e outros ingredientes que compõem a
bebida é segredo de Estado. Mas alguns são conhecidos, entre eles,
laranja- amarga, ruibarbo, genciana e quina. A fórmula usada hoje é
a mesma criada pelos Barbieri há um século.
O bitter com espírito de dolce far niente espalha a dolce vita
italiana pelo mundo
Gosto de festa
6 Na década de 50, a bebida dos irmãos Barbieri encontrou sua
combinação perfeita: Aperol, prosecco, água com gás, gelo e uma
rodela de laranja. Surgia o Aperol Spritz!
11 O maior brinde com Aperol Spritz foi realizado em 2012, em
Veneza. Cerca de 2.600 pessoas se reuniram
na Piazza San Marco e ergueram suas taças com o coquetel laranja.
Juízes do Guinness Book estiveram lá para registrar o recorde
mundial.
10 O sucesso do Aperol Spritz foi tão grande que,
em 2011, a Campari lançou uma versão do drinque pronta para beber.
A versão em garrafinhas, disponível em países como Áustria, Holanda
e Itália, só pede gelo e uma rodela de laranja.
9 A multinacional de bebidas começou uma série de ações para
divulgar a bebida italiana, entre elas, apresentar o Aperol Spritz
aos bartenders de vários países. No Brasil, a marca foi lançada em
2006.
A polêmica
Recentemente, a editoria de gastronomia do jornal The New
York
Times fez uma longa reportagem alegando que o Aperol Spritz não
passa de um drinque ordinário que virou fenômeno no Instagram. A
The New York Times Magazine, a revista
do mesmo veículo, retrucou logo depois, em outra reportagem,
pedindo desculpas ao preciosismo dos editores de comida, e
colocando o drinque como um dos mais divertidos e gostosos de todos
os
tempos.
Arte em garrafa O reprtório é enorme: de HQs à instalações na
rua
Algumas garrafas têm ilustrações criadas pelo artista italiano
Lorenzo Mattotti para a marca, feitas nos anos 1990.
Na praça central de Pádua, cidade natal da bebida, há sofás
customizados por artistas com temas que remetem ao Aperol.
Até HQ a bebida tem: os quadrinistas Tito Faraci e Sergio Gerasi
contam a história do drinque que conquistou o mundo num livro
ilustrado.
Três vezes azeitona Azeite trivarietal proporciona um passeio de
sabores da sua boca
Salada de lentilhas Com pancetta e agrião (4 porções)
INGREDIENTES
500 g de lentilha 200 g de pancetta fatiada ¼ de cebola 1 xíc. de
cebolinha em lâminas ½ xíc. de pimenta dedo-de- moça sem semente e
fatiada finamente
2 maços de agrião baby 6 col. de azeite extravirgem 2 col. de suco
de limão Sal e pimenta-do-reio a gosto
PREPARO
Deixe a lentilha de molho por 3 horas
Cozinhe até ficar al dente, em água abundante com a cebola e uma
pitada de sal
Espere esfriar depois que estiver cozido
Prepare uma emulsão com limão, azeite e sal
Adicione a cebolinha verde, a dedo-de-moça e a emulsão sobre a
lentilha
Misture delicadamente e ajuste o sal
Espalhe as fatias de pancetta no fundo de um refratário e leve ao
forno quente por 2 minutos
Retire do forno e coloque sobre papel toalha
Volte as lâminas de pancetta para o refratário, virando o
lado
Leve ao forno quente por mais 2 minutos
Repita o processo mais uma vez Deixe as fatias esfriarem sobre
papel toalha até que fiquem secas e crocantes
Corte as lâminas com a faca até que formem uma “farinha” de
pancetta
MONTAGEM
Disponha a lentilha temperada em uma tigela, polvilhe com os
crispies de pancetta e sirva com agrião baby também regado com a
emulsão de limão, azeite e sal
Sabor. club [ ed. 48 ] | 13
É bem interessante provar o Colinas Garzón Trivarietal (World
Wine). Aos olhos, ele é dourado como um pôr do sol; no nariz traz
fruta fresca, de forma marcante. Na boca mostra amargor na entrada,
vai ganhando corpo, revela grande frescor e, enfim, chega a
garganta apimentando, sem agredí-la.
Sensações demais? Sim, de fato. E elas fazem parte, no entanto, de
uma degustação mais técnica (que você pode fazer também, veja
quadro). No prato, porém, o trivarietal ganha outras cores. A sua
intensidade permite que ele levante os sabores de pratos igualmente
marcantes, como carnes, frutos do mar robustos, peixes de rio e
misturas étnicas.
Definitivamete não é um azeite para regar uma saladinha. Ele
atropelaria folhas e legumes frescos.
O produto é um dos quatro da linha do Colinas Garzón, feitos com
inspiração italiana, num terroir de
respeito, no Uruguai (leia mais em reportagem ainda nesta edição).
Tudo a partir de uma enorme variedade de oliveiras, advindas da
Itália, Espanha, França, Israel e Argentina.
O Trivarietal é composto de Coratina, Branca e Picual, com extração
do oleo feita com equipamentos de última geração e grande
capacidade de moagem por dia. Isso significa que as azeitonas são
processadas fresquíssimas, pouco depois da colheita, o que faz toda
a diferença num azeite de qualidade superior.
Como degustar em casa
14 | Sabor. club [ ed. 48 ]
Suíça lusitana Campos do Jordão, na verdade, nasceu pelas mãos de
um portuga
Quando se pensa na gastronomia de Campos do Jordão, vale a
lembrança de que a história da cidade passa pela ‘Terrinha’, desde
que o português Matheus da Costa Pinto subiu a serra, em 1874,
comprando terras à beira do rio Imbiri, onde montou uma venda e uma
pensão para viajantes, levantou uma Capela em honra de São Matheus
e construiu a primeira escola.
Do norte de Portugal ao sopé da Serra da Mantiqueira, a tradição
queijeira secular exibe relíquias a caminho de Campos do Jordão,
histórias de sabor e delicadeza que precisam ser contadas (e
degustadas).
“Minha avó fazia no tear os panos de linho onde o queijo era
produzido e espremido, pois não havia moldes e formas”, conta
Manuel Barroso, integrante de família lusitana de produtores de
queijo da região que lhe dá o sobrenome.
É a história do queijo Bica, considerado um dos melhores
portugueses de mistura, tradicionalmente utilizando os queijos de
vaca e cabra.
Na Queijaria de Jordão, porém, instalada na região de
Pindamonhangaba pela presença do gado Jersey, apenas o leite das
vacas da raça é utilizado, com a gordura necessária para a
qualidade do produto final. “Campos do Jordão, a Suíça brasileira,
já tinha o chocolate, faltava o queijo. Então fomos chamados para a
região. Nossa família faz queijos há 280 anos em Portugal”, diz
Manuel.
Na Fazenda do Rancho Dourado, ele e o filho começaram a produção
criando um
cremoso no estilo do célebre Serra da Estrela, atraindo a atenção
para
o produto batizado de Queijo do Jordão. Em seguida, e
mantendo a tradição, o Bica surgiu com sua massa dura e oito meses
de cura, o que lhe confere presença
e personalidade, mantendo certa
suavidade e o sabor amanteigado que encanta.
O nome Bica surgiu pela semelhança que o formato do queijo tem com
um pão transmontano assim chamado. Ele é feito e espremido no pano,
para escorrer o soro, e assume o formato de seu invólucro. Segundo
Manuel, é um queijo excelente para acompanhar geleias de frutas
silvestres, com alguma acidez, e um vinho tinto frutado, ou uma
delícia chamada vinho do Porto.
No restaurante Dona Chica, uma das maiores atrações gastronômicas
da região, ambientado na natureza da serra e com repertório
culinário construído ao redor dos produtos locais, o chef Anderson
Oliveira utiliza os dois queijos citados em seu fondue. E comenta:
“O Bica entra para dar intensidade de sabor, com sua maturação, e o
do Jordão dá cremosidade”. @queijariadojordao
O português da nossa serra
Queijo Bica é uma joia rara feita por aqui com o know how de quem
vem da famosa Serra da Estrela, na Terrinha
por Pedro Landim
Sabor. club [ ed. 48 ] | 15
Biscoito de panetone Para o fim de ano, surge o cookietone – claro,
com chocolate na massa
Os clientes da Biscotteria também se derramam por itens como os
damascos banhados em chocolate, e a palha italiana de nozes. “Nesse
Natal estamos oferecendo a ceia completa, com diversos pratos
salgados, e uma linha bem variada de doces, panetones e
chocolates”.
Biscoito de Natal De origem escandinava, o ginger spritz
tem mistura que “vale por muitas”
“Certo, Biscoito?” Quem já passou dos 40 vai lembrar do personagem
Tavares, de Chico Anysio, contracenando com Zezé Macedo. O bordão
do humorista genial persiste no amor pelas guloseimas, porque tem
gente que não troca por nada uma boa e bem feita bolacha, como
diriam os paulistas. Há quem tenha, inclusive, mudado de profissão
e abandonado carreira pelo desejo de viver sentindo aquele aroma de
aconchego na porta do forno. A ponto de cuidar de detalhes como
produzir os biscoitos de laranja no tamanho certo para caber no
pires ao lado da xícara de café, porque o sabor cítrico muito
combina com o torrado da bebida.
Estamos falando da Adriana Pincherle, apaixonada desde criança
pelas delícias de açúcar, manteiga, farinha, ovos e outros
segredinhos. Ela é uma ex-publicitária do ramo imobiliário que um
belo dia se cansou de apenas levar seus cookies para o escritório e
matriculou- se em curso de confeitaria para viver deles.
“Meu amor pelos biscoitos é de criança. Com nove anos eu já fazia
na fazenda com o livro de receitas do açúcar União, de espiral
verde, que todas as avós tinham na cozinha”, recorda Adriana.
Depois de fazer a alegria do pessoal em
feiras corporativas onde testou seus produtos, ela
abriu a primeira loja de São Paulo especializada nos
pequenos, amados e crocantes: a Biscotteria.
Hoje não tem só biscoito no cardápio de bolos, caramelos e
outras
gostosuras temáticas que mudam de acordo com a data: São João,
Halloween, Namorados... E (viva ele!) Natal. Para data, o ginger
spritz brilha na tradição dos amanteigados com o perfume de
especiarias, tradição que vem de países europeus como a Alemanha e
os escandinavos.
“Os spritz tem esse nome porque são massas aeradas, muito batidas
na batedeira, e com máquina especial para moldar que espirra os
biscoitos para fora. Em formato de árvore, o Ginger leva canela,
cravo, gengibre e pimenta da jamaica, uma especiaria que vale por
muitas”, conta Adriana.
No mesmo estilo, há delícias de formatos e sabores diferentes como
canela, baunilha, laranja, limão e queijo, com direito a lindas
latinhas para servi-los. Elas, aliás, devem ser escondidas se e
intenção é que sobre algum biscoito para contar a história na noite
da ceia.
Pedidos pelo perfil no Instagram @biscotteriaoficial.
por Pedro Landim
16 | Sabor. club [ ed. 48 ]
Apenas com os ingredientes da Serra da Mantiqueira, ela é uma
homenagem a um grande cozinheiro que viveu e marcou a sua passagem
pelos fogões a lenha de lá
por Robert Halfoun
Paella da montanha
Foi num vale belíssimo, diante de um lago repleto de trutas, que o
saudoso Mané Young desenvolvia pratos com os ingredientes da região
onde estava, especialmente os peixes de água fria, que abundam por
ali. Isso, há quase 20 anos, quando não se falava em cozinha de
produto no Brasil.
Agora, inspirado pelo mestre, Anderson Oliveira, chef e professor
do Senac, reproduz um dos grandes pratos do Mané, a paella da
montanha, com arroz negro do Vale do Paraíba, pinhão, cogumelos
locais e, claro, trutas. Tudo de fornecedores que estão a até 30
quilômetros da porta do seu restaurante, o Dona Chica.
Muito agradável de sentar e ficar, ele fica dentro do Horto
Florestal, em Campos do Jordão, num dos lugares mais belos e ricos
da Mantiqueira.
Simples assim
Não só pela localização, mas também por filosofia, Anderson faz o
que chama de ecogastronomia, na qual
preza a sustentabilidade absoluta no seu trabalho. O Dona Chica, no
estilo rústico e gostoso, não tem
toalhas nas mesas, não usa plástico de forma alguma, aquece a água
com o calor dos fogões. E o melhor: serve uma comida confortável
maravilhosa, sempre em travessas, num belo trabalho de cozinha de
resgate. “Quero ouvir um cliente dizer para o outro: ‘Me passa
o
arroz?’”, defende o chef. Mas pode ser também o feijão dos deuses
que ele faz. Ou a linguiça
flambada com cachaça. E, claro, a paella do Mané, prato tão leve
quanto saboroso e fácil de fazer, como o Anderson mostra nas
páginas a seguir.
Dona Chica – Av. Pedro Paulo, S/N, Horto Florestal, Campos do
Jordão – São Paulo, SP. Tel.: (12) 3663-3953.
Sabor. club [ ed. 48 ] | 17
Esquente uma paellera, coloque azeite
e refogue a cebola picada, até ficar bem douradinha
Coloque o arroz negro, misture e deixe
pegar o gosto. Espalhe de forma uniforme pela panela
Disponha os filés de truta, selados na
frigideira, sobre o arroz e comece a colocar os outros
ingredientes,
iniciando com os cogumelos
1 ½ xícara de arroz negro cozido só com água
4 filés de duas trutas selados na frigideira
1 xícara de cebola picadinha, para refogar
1 xícara de pimentão vermelho picadinho
1 xícara de pinhões inteiros 1 xícara de ervilhas 1 xícara de
cogumelo shiitake (ou shimeji)
Azeite para refogar 1 xícara de vinagre de maçã
Sal e pimenta-do-reino a gosto
18 | Sabor. club [ ed. 48 ]
Regue tudo com o vinagre de maçã,
despejando o conteúdo, devagar e de forma circular, por toda
a panela
Cubra a panela com papel-alumínio
e leve para um dos queimadores do fogão, em intensidade baixa
Deixe cozinhar por pouco mais
de 5 minutos e pronto
5
7
6
EMPÓRIO DA SERRA
Além da cozinha e da varanda gostosa, o Dona Chica conta com uma
lojinha onde estão à venda
algumas joias dos produtores locais. Tem o azeite de São Bento do
Sapucaí; a farinha de milho feita em forno a lenha,
de Santa Rita; o Grana Padano, de Cachoeira de Minas; o Limoncello,
de
Santo Antonio do Pinhal; os óleos especiados, de Gonçalves,
entre
outros. Incluindo frutas e verduras fresquinhas.
Incorpore os pinhões e, por último, o pimentão
picado, seguido da ervilha
4
Sirva colocando o arroz com os vegetais num canto do prato e um dos
filés
de truta ao lado dele
8
Muito além do vinho
Mais de um século depois que as primeiras videiras foram
plantadas
pelo patriarca Luiz Valduga, em 1875, a nova geração do grupo
semeou seis
empresas, incluindo importadora e linha de cosméticos à base de
uvas, além
da ótima Cervejaria Leopoldina, com 16 rótulos na linha, um dos
projetos que mais empolgam
Eduardo, neto de Luiz.
Aula na serra As pousadas da Valduga agora têm cursos de
gastronomia
No complexo com seis pousadas da Valduga em Bento Gonçalves, o
primeiro criado na Serra Gaúcha, em 1992, a novidade para 2020
serão os cursos gastronômicos. Quem se hospeda por lá, além da
imersão nas taças com direito a café da manhã nos vinhedos e
colheita (em fevereiro), aprenderá a fazer massas, pães, geleias e
harmonizar vinhos.
Figo, açúcar e só Doce com a fruta conquistou nossos corações, com
a textura e o sabor perfumado da polpa, e as sementinhas
crocantes
“Não tinha como não se lambuzar”. Os doces feitos no tacho da avó
Maria, aquela cujo nome batiza o espumante top da vinícola
familiar, são as melhores lembranças da infância de Eduardo
Valduga. “Era um sanduíche precioso com o pão caseiro torrado, a
geleia de uva feita com casca e tudo, e uma colher de queijo puína,
a nossa ricota”, prossegue o enólogo de 35 anos, diretor de
marketing da Famiglia Valduga e terceira geração do grupo que hoje
vende 5 milhões de litros de vinho por ano, exportando para mais de
10 países.
Os números alcançaram o tamanho dos cânions gaúchos, mas sem
encobrir a memória e o afeto na névoa da serra, como a gente
percebe na mudança de tom da voz quando o assunto é a mesa
posta.
“Nossa família tem o momento místico
do italiano com a comida de casa. Pode estar no verão que vai ter
sopa de capeletti. Sem massa e polenta também é mesa vazia, com
vinho para os adultos e suco de uva para as crianças”.
E foi justamente o “suco para as crianças” que impulsionou a Casa
Madeira, loja e restaurante nascidos no imóvel que foi um porão de
pedra usado nas vindimas, no início do século 20.
Entre conservas, molhos e geleias, a visita ao passado traz joias
como os
doces da linha Invitta, destacando o de figo que virou nossos
corações, com a textura e o sabor perfumado da polpa, e as
sementinhas crocantes.
“É feito só com a fruta fresca e açúcar, como os de
uva que estavam sempre no café da manhã de minha avó”,
diz Eduardo. “Combina com os queijos fortes, e pratos de
carnes
mais intensas. Na sobremesa, vão com gelatos e semifreddos”.
Seleção
Sabor
Sabor. club [ ed. 48 ] | 21
O peru perfeito 10 passos para assar a ave molhada por
dentro e crocante por fora
10 Descanse – Ao tirar o
peru do forno, ele deve descansar por, no mínimo, 15 minutos antes
de ser cortado. A regra que recupera os sucos “perdidos” e deixa a
carne molhadinha, vale para todo tipo de assado. O tempo de
descanso é que vai variar de um para o outro.
1 Compre – É fundamental ter
uma ave de qualidade. E não esqueça de adequá-la ao tamanho do seu
forno. Um peru de 5 quilos serve de 10 a 15 pessoas.
2 Lave – Coloque a ave em água corrente e lave bem,
seja no exterior, seja no interior – entre a pele e a carne. Há
quem use sabão de coco para fazer isso. Ao utilizá-lo, atenção para
o enxague. Não pode sobrar nada.
3 Marine – Há inúmeras receitas para marinar. A mais
tradicional é feita assim: mistures 1 xícara de suco de laranja, 2
xícaras de vinho branco seco, 4 dentes de alho cortados em lâminas,
5 folhas de louro, 1 colher de sopa de sal e ½ colher de sopa de
pimenta-do-reino em grãos. Coloque o peru numa assadeira, cubra com
o caldo e deixe na geladeira (coberto) por uma noite.
4 Recheie – Seja qual for o
recheio, ele não pode ser feito de véspera e deve ser colocado
momentos antes de o peru ir para o forno. Importante: o recheio
altera o tempo de cozimento. A carne recheada demora mais para
assar.
5 Aromatize – Uma dica é fechar
a cavidade do peru com uma cebola espetada com ervas como sálvia,
tomilho e louro (só uma folhinha) e ainda especiarias como pimenta
em grãos e cravo (pouco!).
6 Amarre – Com um barbante, amarre as pernas do peru, não só para
fechar a cavidade recheada, mas também para que ela doures de
maneira uniforme. Mais uma dica, torça as asas para debaixo das
coxas.
7 Antes de ir para o forno – Duas dicas para umedecer a carne:
misture
a manteiga em ponto de pomada com ervas (sálvia, alecrim e tomilho
picados) e coloque entre a pele e a carne da ave, espalhando bem.
Não é difícil descolar uma parte da outra, mas faça com
delicadeza.
8 Asse – Com o forno pré-aquecido
(entre 140ºC e 160ºC) e o peru em temperatura ambiente, a ave deve
assar lentamente entre duas e três horas. Molhe com o próprio caldo
ou com o da marinada regularmente. Para avaliar se está pronto,
basta espetar o peito do peru com uma faca bem fina. Se sair um
líquido rosado e a carne estiver mole, não está pronto. O ponto
ideal é quando o líquido sai claro e a carne está firme e
branquinha. Importante: você pode cobrir o peru com papel alumínio,
para que eles asse sem torrar a casquinha.
9 Para mais crocância – Se usar o papel alumínio, retire-o do peru
e aumente a temperatura do forno para 200ºC, nos últimos 10, 15
minutos do preparo. Fique de olho para determinar o tom da pele que
você quer. Se o seu forno tem salamandra superior, use-a.
22 | Sabor. club [ ed. 48 ]
por Robert Halfoun
Fácil de gostar
Por que o lendário Francis Mallmann fala com tanta empolgação de
vinícola
que é um sonho, no Uruguai
Sabor. club [ ed. 48 ] | 23
É dela onde Heloísa Bacellar, a nossa D. Benta moderna, nos
ensina
a comer e a viver melhor por Robert Halfoun fotos Ana
Bacellar
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Sabor. club [ ed. 48 ] | 25
Eu me lembro bem de umas das últimas vezes que encontrei o Francis
Mallmann. Foi numa apresentação de vinhos e azeites da Garzón (veja
quadro) para jornalistas, num dos restaurantes no terraço do
luxuoso Shopping Cidade Jardim, em São Paulo. No meio de um dos bem
cuidados canteiros do lugar, uma cena chamava a atenção: sobre a
brasa que queimava no chão, havia uma enorme chapa de ferro, na
qual Francis (sim, ele mesmo!) fazia os assados que seriam servidos
no almoço.
Sem qualquer pompa, circunstância ou plateia em torno dele, o chef
cultuado mundialmente por
ser o grande mestre da cozinha de fogo agachava, mexia na comida,
acertava a brasa... Enfim, trabalhava rigorosamente ao seu estilo:
tão low profile que, costumo brincar, chega a ser no profile.
Francis é um doce de pessoa. Sujeito de fala mansa, culto ao
extremo. Gosta de tocar violão, se isolar na sua Patagônia
argentina ou nos cafundós do Andes, de onde, certa vez, fez questão
de conversar comigo, numa ligação telefônica com qualidade sofrível
(também pudera!), à propósito do lançamento do seu Sete Fogos,
obrigatório em qualquer biblioteca gastronômica.
Quando eu o encontrei, quieto e sozinho, tomando uma taça de vinho
branco, lembrei da situação. Rimos juntos. E engatamos um papo
amigável, longe de ser uma entrevista, sobre a vida, recantos
patagônicos
e, claro, o seu, na época, novo momento como embaixador culinário
da Garzón.
Foi bonito ver a empolgação dele ao falar do projeto criado pelo
detalhista Alejandro Bulgheroni. Que, pouco depois, aliás,
receberia o título de “Melhor Vinícola do Novo Mundo”, pela revista
Wine Enthusiast.
O lugar, de fato, é fantástico. Ao norte do Uruguai, perto de Punta
del Este e de José Ignácio, um dos povoados praianos mais charmosos
do mundo, a Garzón ocupa uma área a 160 metros do nível do mar, a
apenas 18 quilômetros dele.
Isso significa que as videiras no terreno belamente
sinuoso recebem o constante sopro da brisa fresca, o que torna o
terroir dali irrepetível.
Fácil falar com empolgação disso, não? Tem mais: mergulhada num
clima temperado, as plantações orgânicas estão sobre um tipo de
geologia que deu origem ao fantástico solo de rocha meteorizada,
formado milhões de anos atrás, no nascimento do planeta.
O Balastro tem, enfim, uma característica muito especial: permite
uma excelente drenagem, quando os múltiplos minerais dali
espalham-se pelo terreno. As videiras, claro, adoram. E são
impactados também por microclimas e uma biodiversidade
louvável.
No bate-papo com o Francis, era disso que ele mais falava, com
tanta animação. Menos da comida que se faz ali e do cenário
arquitetônico que são o máximo.
A 18 quilômetros do oceano, as videiras no terreno belamente
sinuoso recebem o constante sopro da brisa fresca, o que torna o
terroir dali irrepetível
Rosado elaborado exclusivamente a partir de Pinot Noir, sem
passagem por madeira, mas mantido em contato com as borras entre 3
e 6 meses. Sempre consistente, essa é a mais nova edição desse
vinho. Nessa safra, mostra perfil de frutas brancas e vermelhas
mais maduras acompanhadas de notas florais e de ervas, que se
confirmam no palato. Tem acidez refrescante e textura firme e
cremosa, que trazem certo equilíbrio ao conjunto. O final é
agradável, com toques salinos e cítricos, que pedem uma segunda
taça. R$ 118 (World Wine)
Pede uma segunda taça Garzón Estate Pinot Rosé de Corte 2020
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A posição, no alto de uma colina, permite um desenho de construção
escalonado que, por sua vez, possibilita utilizar o sistema de
gravidade para produzir os vinhos
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A Garzón conta com uma área construída de quase 20 mil m2,
inteiramente sustentável, numa aplicação inédita mundialmente
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A Garzón conta com uma área construída de quase 20 mil m2,
inteiramente sustentável, numa aplicação inédita mundialmente. Como
está no alto de uma colina, a posição permite um desenho de
construção escalonado que, por sua vez, possibilita utilizar o
sistema de gravidade para produzir os vinhos. É um show, só estando
lá para ver. E para comer e beber, claro. Além de viver inúmeras
experiências criadas pela envolver ainda mais os visitantes. Uma
delas, recém- criada, nos leva aos recantos da adega e dos
vinhedos,
degustando os vinhos ícones da vinícola. Tem ainda piquenique entre
as videiras, chá da tarde no salão Vip (com uma fascinante
variedade de infusões) e... aula de culinária com a equipe de
Mallmann.
Funciona assim: primeiro são revelados alguns segredos da cozinha
de fogo, depois há visita a adega (onde se fala um pouco da
característica de cada rótulo e sugestões de como harmonizá-los com
comida) e, enfim, chegamos a mesa, para um almoço de 4
cursos.
Ele acontece na sala principal do restaurante, cercado por janelas
enormes, de onde vemos as marolas num oceano de videiras. Aqui, a
cozinha de fogo
(com cantinhos especiais, onde vemos elas acontecer) é servida com
uma elegância irreparável, a partir do conceito de cardápio de
mercado, apenas com os melhores ingredientes do dia ou da
temporada.
Não falei dos vinhos? Bem, seja quando tomamos um Viognier de Corte
(que este escriba adora) ou o Balasto (ícone da Garzón, com uma
irreparável assemblage com Tannat, Cabernet Franc, Petit Verdot,
Merlot e Marselan), percebemos tudo – mesmo! – que foi dito aqui na
boca. Falo do cuidado aos detalhes, da
elegância, da sutileza das notas disso ou daqui, que vão e vem,
como a brisa do mar. O portifólio é robusto e não faz o menor
sentido eleger um rótulo ou outro.
De volta ao encontro com o Francis, eu cheguei até a sugerir que
ele me indicasse um dos seus vinhos favoritos. Ele, no entanto, bem
ao seu sábio estilo, foi perfeito: disse que tudo é uma questão de
momento. O dele, ali, era com o Pinot Noir Rose de Corte (era um
dia quente), com cerejas, morangos e um final mineral que parece
nos transportar para uma tarde morna neste lugar maravilhoso.
www.bodegagarzon.com
Os visitantes exploram os recantos da adega, fazem piquenique nos
vinhedos e fazem aula de cozinha com a equipe de Francis Mallmann.
Claro, seguida de almoço
Os vinhos fermentam em tanques de concreto e maturam nos barris de
madeira: irretocáveis
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Na mesma região da vinícola, com serras e riachos que caem nas
planícies e chegam ao mar, está um verdadeiro jardim varietal de
olivas, com mais de uma dúzia de variedades vindas de Itália,
Espanha, França, Israel e Argentina.
A ideia do Colinas de Garzón foi criar “uma pequena Toscana”, no
Uruguai, uma vez que, apesar da origem diversa das azeitonas, a
produção é feita a partir dos sabores marcados pela herança
Italiana que há por ali.
Num processo meticuloso, cercado de alta tecnologia, são produzidos
quatro tipos de azeite:
o Bivarietal (com Arbequina e Coratina), o Trivarietal (com
Coratina, Barnea e Picual), o Corte Italiano (com Frantoio e
Leccino) e o Olio Novo (com Frantoio, Picual, Picholino,
Manzanilla, Hojiblanca).
Francis Mallmann participa da “afinação” de todos eles e usa
largamente no seu restaurante e hotel Garzon, lugar não só para
fazer refeições inesquecíveis, mas para se hospedar, com o maior
charme, quando se vem para cá, Mas este é assunto para outra
reportagem. www.restaurantegarzon.com
O azeite da colina Além de uvas, há azeitonas também
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Será doce a festa, ó pá! Com direito ao bolo de mel da Ilha da
Madeira,
feito também por aqui
A receita original do arquipélago Português, surgida entre
especiarias nos séculos passados das grandes navegações já fala
melaço de cana, usado para adoçar o bolo.
De lá para cá, vamos parar num casarão histórico de Santa Teresa,
no Rio, onde está a família de mulheres doceiras dos Açores que
vive sua nona geração fazendo maravilhas açucaradas.
Alda Maria, nome consagrado na doçaria conventual lusitana do Rio
de Janeiro, hoje é representada nas panelas pela filha, Simone
Campos, e a família prepara com antecedência a iguaria que é
cortada e servida na noite de Natal, como reza a tradição.
“O bolo de mel é preparado no dia de Nossa Senhora da Conceição, em
8 de dezembro, para chegar perfeito no dia 24. É um bolo muito
resistente, feito com fermentação lenta, melado de cana, nozes e
especiarias”, diz Simone, que está recebendo encomendas desta e
outras iguarias portuguesas para as ceias.
O Natal português da família, que entre os pratos salgados terá
bacalhau “à nossa moda” (com cebolas, batatas, tomates cereja,
pimentões e azeitonas), e arroz de amêndoas com espumante,
destacará também um bolo em forma de pinheiro que resume a
opulência da festa. Repare: ele é feito com amêndoas, pêssegos,
marmelada, goiabada, pedaços de chocolate, passas, laranja e
especiarias. Mais: regado com licores e vinho do Porto.
Para acompanhar tais monumentos, aliás, recomendam-se joias
líquidas da além-mar
como os vinhos fortificados Madeira, naturalmente, e o do Porto.
Quem é de cerveja sentirá estrelas no céu da boca ao abrir uma boa
Quadrupel, ou Dark Strong Ale belga na hora da sobremesa.
O repertório de Simone mantém acesa em Santa Teresa, e atualiza a
chama dos doces feitos na família desde o século 18,
quando casais açorianos foram enviados a Pelotas, dando início ao
movimento de
doçuras portuguesas no Rio Grande do Sul. Há delícias como a torta
de ovos moles e
nozes, a torta de damasco com merengue, e a lampreia coberta dos
fios dourados feitos em funil secular que é peça de
exposição. Literalmente: na mesma sala com janelas para o verde do
bairro onde são servidos cafés da manhã, almoços e chás da tarde,
funciona o Museu do Doce (veja quadro).
Sucesso recente entre as iguarias, todas feitas com gemas caipiras
e açúcar orgânico, as Natas do Céu foram responsáveis pelo troféu
que descansa sobre a vitrine, conquistado no programa Que Seja
Doce.
“Em Portugal é tipo um pavê. Faço no copo, em camadas com o doce de
ovos na receita da minha bisavó, um creme de natas e um biscoito
caseiro quebrado e crocante”, conta Simone.
Pois o doce arrancou um adjetivo raro do rigoroso confeiteiro
Roberto Strongoli, assustando até seus colegas de bancada na
atração do canal GNT: “Esplêndido”. Não vamos discordar.
Marmeladinhas do D.Pedro II
Museu tem os brasões qie adornavam os doces do imperador
O local tem ao centro uma mesa de mármore dos anos 1830, que
naquele tempo já
viviam cobertas de quitutes. Relíquias dos antepassados estão por
toda parte, entre porcelanas e pratas, cadernos de receitas
e fôrmas de flanders com brasões para doces como as marmeladinhas
que
chegaram a ser degustadas pelo Imperador Dom Pedro II.
por Pedro Landim
Terrine de respeito Irmãs paulistanas fazem charcuterie
francesa
como nos rincões da terra de Escoffier
Durante anos houve uma equivocada ideia no Brasil sobre quem eram
os grandes mestres da charcutaria no mundo. Como crescemos
entendendo que ela diz respeito a linguiças e salsichas, a ideia de
que os alemães mandavam nesse assunto ficou muito tempo viva nas
nossas mentes. A verdade, no entanto, é que os franceses também são
as grandes referências mundiais na charcutaria. Arte culinária que
encanta tanta gente, como as irmãs Ana Sampaio e Tiz Dias da Silva,
uma gestora de projetos em bancos, outra diretora de escola. E
ambas grandes amantes da gastronomia francesa. Especialmente dos
patês, terrines e rillettes que sempre exploravam nas viagens para
a França. As experiências foram a grande inspiração para o
nascimento, em 2017, do Atelier de Terrine, que teve como primeiro
produto a mousse de foie, iguaria que Ana já preparava faz tempo.
Mas como era preciso rechear o portfólio da marca que queriam
lançar, as irmãs passaram alguns
meses na cozinha testando receitas, até conseguirem chegar a um
pequeno menu com o autêntico sabor da França. E foi assim que, além
da mousse de foie, que virou o carro-chefe da empresa,
passaram a produzir também as terrines e rilletes de pato e
porco,
o pâté de campagne, e, mais recentemente, incluíram também uma
rillette de salmão e uma versão veggie da terrine batizada de
verrine de mascarpone, receita que ainda leva mel, queijo
gorgonzola e figo turco. Em breve, querem
lançar ainda uma rillete de coelho e outra de vegetais.
Quem prova os produtos não esquece. A partir da experiência
do gosto, de uma mão daquelas para cozinhar e te muita tentativa
erro Ana e Tiz
chegam a um resultado raro de ver por aqui – com característica
legítima da comida feita nos rincões franceses. A Atelier de
Terrine vende em feiras gastronômicas e por encomendas,
principalmente via whatsApp (as pessoas costumam pegar o contato
delas pelo site, facebook e pelo instagram da marca).
Sanduíche de rillette de porc
A rillette é uma charcutaria de gosto marcante e consideravelmente
gordurosa.
Por isso, pede a companhia de pão crocante e acidez. Um belo
sanduíche de rillette é um clássico nos campos
franceses. Facílimo de fazer: basta passar manteiga numa das bandas
do pão, colocar picles em rodelas sobre ela
e depois uma boa quantidade de rillete. Feche com a outra
banda do pão e... nhac!
Mais do que embutidos Linguiças e salsichas são os produtos mais
associados a charcutarie, que vai muito além deles
Pâté de campagne – Feito tradicionalmente com pernil, bacon, fígado
de galinha, com especiarias e pistache
Rillettes – Carnes cozidas por horas na própria gordura até
desfiarem e ficarem com a consistência de um patê
Terrine – Espécie de patê com uma estrutura mais consistente feita
normalmente com uma mistura de carnes processadas e que recebe esse
nome por ser preparado no forno em um recipiente chamado
terrina
Ana Sampaio e Tiz Dias da Silva: em busca da rillete perfeita, pelo
interior da França
Seleção
Sabor
Belas artes As obras que vendiam bebidas no início
do século 20 são objeto de desejo ainda hoje
34 | Sabor. club [ ed. 48 ]
NO FINAL DO SÉCULO 19, ENTRANDO NO século 20, a Europa estava
mergulhada na revolução industrial. As fábricas produziam muito,
queriam vender muito. Mas o povo não sabia o que queria, não sabia
o que comprar.
O conceito de publicidade ainda não era exatamente claro e quem
acabava fazendo esse papel dos publicitários eram os artistas. As
ruas, vielas e esquinas de cidades como Roma, Paris, Amsterdã e
Londres estavam apinhadas de cartazes, o principal veículo de
divulgação em massa da época. Com eles, em segundos, o autor
precisava capturar a atenção do passante e passar uma mensagem
entre o lúdico e objetivo, para convencer os consumidores de que
moda, status e conveniência eram razões suficientes para fazer da
compra algo realmente necessário – incluindo bebidas
alcoólicas.
Como tudo no mundo a arte, o desafio deu origem a peças lendárias
criadas por gênios como Jules Cheret (o precurssor do movimento),
Leonetto Capiello, T.A Steinlen, Alphonse Mucha e, claro,
Toulouse-
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Lautrec. Ainda há os discípulos como René Vincent, Jean D’Ylen e
Marcello Dudovich.
Muitos deles usavam as formas femininas para seduzir o público
masculino, o principal consumidor de destilados e fermentados, na
ocasião. Até os anos 1940, beber era algo rude e indelicado demais
para as mulheres.
É nesse movimento que nascem obras hoje cobiçadíssimas como os
cartazes feitos para Cinzano, Campari, Isolabella, Robette.
Originais são vendidos apenas em leilões e cópias bem feitas,
impressas em litografia, como quando foram lançadas, são igualmente
vendidos a preço de ouro.
A boa notícia é que parte dessas obras já caiu em domínio público,
o que deu origem a páginasna web, que disponibilizam downloads em
alta resolução – de graça! Quando descobrimos esse canal, não
exitamos em criar um espaço lúdico e lindo, para trazer esses
ícones da arte e da gastronomia mundial.
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Há comida mais confortável do que os assados? Aqui, sugerimos
alguns com um toque a mais,
para uma mesa com muito afeto
O calor que vem de dentro
por Robert Halfoun
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FOI UM ANO DIFÍCIL, SABEMOS. Talvez o mais difícil para tanta
gente. E, não à toa, passamos por tantas reflexões, por algumas
mudanças.
Entre a certeza de saber que o que está dentro, vale mais do que
está fora. De que, acima de tudo, precisamos de afeto, precisamos
de conforto. E ele, definitivamente, não se resume a banco de couro
e vidro elétrico no carro.
Conforto, de verdade, vem do abraço, vem do olhar cumplice, vem da
cozinha, do cheirinho da comida feita com cuidado, para alimentar
corpo e alma. É chamada comida de vó, porque ela envolve e
acalenta, antes mesmo, de a gente colocar na boca.
Entre tantos pratos, o mais icônico, sem dúvida, são os assados.
Tudo neles é confortável: o cheiro adocicado que extrapola as
barreiras do forno e perfuma a casa inteira, o formato, normalmente
robusto e orgânico, do alimento que brilha em tons quentes, dentro
da forma.
Tecnicamente, tudo tem explicação: a principal é a já tão falada
reação de Maillard, que é a caramelização das proteínas. Outro
ponto importante, assados cozinham de dentro para fora.
Por isso, é tão importante temperá-los bem, de fora para
dentro.
O calor, então, espalha os temperos por toda a carne, assim como os
aromas que perfumam tudo, dentro e fora do forno.
É por isso que, ao fazer assados, não podemos confiar apenas no que
os olhos vêem ou no que o nariz cheira. O assado perfeito tem uma
temperatura interna da carne muito precisa. E para medí-la, sim!,
você tem de ter um termômetro para espetar as peças.
“Ah, mas os melhores assados do mundo são os da minha avó e ela
nunca usou termômetro!”. Nem a sua nem a minha, mas nós não somos
as nossas avós. Elas, certamente, adotavam outros recursos e,
convenhamos, usariam os termômetros, tendo o acessório à
disposição.
A prova disso é o tal pino enfiado nos perus da Sadia, que fizeram
o maior sucesso quando surgiram, no fim dos anos 1970. Dizia o
anúncio: “O peru que indica quando ficou pronto”.
É por isso que, nas receitas a seguir, você verá a sugestão de usar
o termômetro e, mais do que isso, o ponto correto (temperatura) de
cada carne.
Não tem um termômetro? Existem inúmeros modelos no mercado, para
todos os gostos e bolsos.
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Peru com laranja e sálvia
Sabor. club [ ed. 48 ] | 41
Peru com laranja e sálvia (8 porções)
Purê de couve-flor (6 porções)
INGREDIENTES
1 peru médio (cerca de 4 quilos) 3 col. de sopa de sal marinho 1
1/2 col. de chá de sálvia desidratada
2 xíc. de Chardonnay 12 col. de sopa de manteiga derretida noisette
(doure até espumar, tire do fogo e resfrie)
Casca de 1 laranja 4 col. de sopa de manteiga sem sal, em
temperatura ambiente
6 laranjas bem doces (melhor a Bahia)
PREPARO
Misture o sal marinho com a salvia desidratada
Com peru em temperatura ambiente, seque a ave com papel toalha e
coloque numa assadeira com grelha no fundo
Separe a pele da carne e esfregue a diretamente no peito e nas
pernas do peru. Polvilhe a salmoura também na cavidade da ave.
Deixe o excesso cair sob a grelha
Coloque na geladeira descoberto de 24 a 48 horas
Antes de assar, retire da geladeira até que retorne a temperature
ambiente
Pré-aqueça o forno a 200º C Amarre as pernas da ave e posicione-a
com o peito para cima
Coloque uma mistura de ervas frescas, como sálvia, tomilho e
alecrim, na cavidade da ave
Numa panela, coloque as 12 colheres de sopa de manteiga e com a
casca da laranja. Aqueça até derreter e a manteiga começar a
chiar
Desligue o fogo e deixe descansar por 10 minutos
Em uma tigela grande, misture o Chardonnay e a manteiga derretida
com a casca da laranja. Pegue um pedaço de pano de algodão e
dobre-o até obter um quadrado de 4 camadas e 30 cm
Mergulhe no líquido deixe de molho por 10 minutos
Esfregue o peru todo com a manteiga amolecida. Reserve
Retire o pano do vinho com manteiga, torça e cubra o peito do peru
com ele
Asse por 30 minutos, regando com com o restante da mistura de
manteiga e vinho na tigela
Reduza o forno para para 180º C e asse o peru por quase duas horas,
regando a cada 30 minutos com a manteiga e o vinho na tigela ou com
as gotas do fundo da assadeira
Depois das quase duas horas, remova suavemente o pano e continue
regando o peru com os pingos ou as sobras de manteiga e vinho
Asse por cerca de mais 60 minutos, até que a temperatura na coxa
atinja cerca de 80º (espete um termômetro para verificar)
Assim que o peru estiver pronto, deixe-o descansar por 30 a 60
minutos antes de fatiar
Sirva numa travessa enfeitada com as laranjas cortadas ao meio e em
quatro partes (a sugestão é que cada comensal regue a carne com o
suco da fruta, de vez em quando)
INGREDIENTES
1 folha de louro
PREPARO
Descarte as folhas e a base do talo e corte a couve-flor, incluindo
o talo, em pedaços médios
Transfira para uma tigela, lave bem com água e escorra
Numa panela média, coloque a couve-flor lavada, a água, o leite e a
folha de louro
Tempere com o sal e leve ao fogo médio. Quando ferver, deixe
cozinhar por cerca de 15 minutos, até a couve-flor ficar
macia
Desligue o fogo e reserve 1 xíc. de chá do líquido do
cozimento
Descarte a folha de louro, e transfira a couve-flor sem o líquido
para o liquidificador
Bata até deixar o purê bem liso e cremoso (se necessário,
acrescente, aos poucos, o líquido do cozimento reservado)
Se preferir, use um mixer. Prove, acerte o sal e sirva
Para acompanhar
Legumes assados com azeite, paio ou bacon, e dentes de alho, com
casca
Farofa na manteiga ao limão (derreta a manteiga em fogo baixo.
Quando espumar pingue algumas gotas de suco de limão. Desligue o
fogo, coloque a farinha de mandioca e misture, de forma que fique
bem molhadinha)
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Ancho com osso (prime rib) assado
Sabor. club [ ed. 48 ] | 43
Ancho com osso (prime rib) assado
Purê de batatas especial (6 porções)
INGREDIENTES
1 boa peça de ancho com osso (defina o tamanho pela quantidade de
porções que vai servir)
2 col. de sopa de pimenta preta
2 col. de sopa de sal marinho
2 col. de sopa de ervas da Provence
2 dentes grandes de alho bem picadinhos
Azeite para untar 1 termômetro de espetar, para checar a
temperatura interna da carne
PREPARO
O processo começa no açougue. Se o açougueiro for camarada, peça
para ele tirar o osso, limpar o excesso de gordura e colocar o osso
na volta na peça. É o que os franceses fazem para o côte de
boeuf
Com ou sem o corte, a carne, em temperatura ambiente, deve passar
por uma marinada seca, por, no mínimo, 12 horas, antes de ir ao
forno
Depois de misturar todos os ingredientes secos, unte a carne com um
pouco de azeite e cubra-a com o rub de temperos
Leve à geladeira, sem cobrir
Antes de assar, tire a carne da geladeira e deixa-a ficar em
temperatura ambiente
Pré-aqueça o forno entre 200º C e 250º C
Coloque a carne, com o osso para baixo
Asse por 15 min. E abaixe o fogo para 160º C
Continue a assar a carne por mais 15 minutos e espete um termômetro
dentro dela
A temperatura interna deve estar em torno do 50º C. É o sinal de
que a peça deve sair do forno (se ainda não tiver atingido a marca,
deixe mais tempo)
Retire a peça do forno e deixe descansar por 20 minutos (ela
continuará cozinhando à medida que os sucos internos assentam,
aumentando um pouco a temperatura interna)
O ponto perfeito do ancho assado é cerca de 55ºC
Retire os ossos, corte e sirva
INGREDIENTES
2 kg de batatas Yacon (se não achar, Asterix)
Sal marinho 2/3 de xíc. de creme de leite 2/3 de xíc. de leite
integral 1 ¼ xíc. de manteiga sem sal, cortada em pedaços
½ xíc. de creme azedo (pingue 10 a 15 gotas de limão no creme de
leite fresco e coloque na geladeira por algumas horas. NdoR: para 1
l de creme de leite vão 70 ml de suco de limão)
Pimenta do reino moída na hora
PREPARO
Coloque as batatas (com casca) em uma panela grande e despeje água
fria para cobrir por 1 min.
Adicione um punhado de sal (para a água ficar salgada como a do
mar) e leve para ferver
Reduza o fogo e cozinhe até que as batatas estejam bem macias (uns
30, 40 min.), mas não quebradiças
Escorra e coloque as batatas de volta na panela quente para secar
(fora do fogo)
Enquanto isso, aqueça o creme de leite e o leite em uma panela
pequena em
fogo médio até quase ferver Abaixe o fogo e mantenha aquecido até a
hora de adicionar às batatas
Passe as batatas quentes e a manteiga no espremedor (ajuda a a
misturar rapidamente; a maioria das cascas deve ficar para
trás)
Tempere generosamente com sal
Misture com um garfo a manteiga derreter e incorporar na
batata
Quando chegar a esse ponto, coloque a mistura de leite com creme de
leite, sem parar de mexer
Em seguida, adicione o creme azedo
Prove e tempere com sal e pimenta a gosto
Dica: este purê pode ser feito com até dois dias de antecedência.
Para guardar, deixe esfriar, cubra e ponha na geladeira. Antes
servir, deixe atingir temperatura ambiente, adicione 1/3 xícara de
creme de leite e 1/3 xícara de leite integral e aqueça em fogo
médio- baixo, mexendo sempre
Para acompanhar
Legumes verdes (branqueados) e cenoura bem salteados com alho e
manteiga
Molho gravy
Bacalhau perfumado de forno
Bacalhau perfumado de forno (8 a 10 porções)
Arroz de espinafre e palmito (5 porções)
INGREDIENTES
[pâte brisée] 5 postas de bacalhau demolhado em postas altas
100 ml de leite de coco 1/2 limão espremido (suco)
50 ml de azeite extravirgem
65 g de gergelim preto Pimenta do reino quanto baste
PREPARO
Coloque as postas de bacalhau numa assadeira e regue grosseiramente
com a mistura do leite de coco, suco de limão, azeite e
gergelim
Moa a pimenta sobre tudo e cubra com papel alumínio
Leve ao forno pré- aquecido a 150ºC e asse de 20 a 25 minutos
Retire do forno, separe as postas de bacalhau e reserve
Coloque o molho que restou na assadeira numa panela e emulsione,
com a ajuda de um fuet
Há duas maneiras de servir: na primeira, dê um susto de calor no
bacalhau (só um susto mesmo, para ele não ressecar) e regue com o
molho bem quente
Na segunda, pincele um tico de azeite na parte superior da posta e
leve o bacalhau para o forno bem quente, apenas com a salamandra
acesa. Ela vai dar aquele aspecto tostadinho para o peixe (que vai
ressecar um pouco)
Coloque no prato e regue com o molho bem quente
INGREDIENTES
300 g de arroz carolino (ou arbóreo ou carnaroli)
300 g de espinafre 150 g de palmito laminado (melhor fresco)
100 g de cebola picada 2 dentes de alho laminados 1 colher de sopa
de salsa picada
1 l de caldo de bacalhau 50 ml de azeite extra virgem Sal marinho a
gosto Pimenta do reino a gosto
PREPARO
Dica: É simples fazer caldo de bacalhau ferva os ossos e espinhas
do peixe em água com uma cebola, uma folha de louro e um dente de
alho
Para acompanhar
Pato assado num glorioso tom de marrom
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Pato assado num glorioso tom de marrom (6 porções)
Purê de castanhas (6 porções)
INGREDIENTES
1 pato com cerca de 1,5 kg (sem os miúdos e o pescoço)
¼ de xíc. de molho de soja (shoyu)
Pimenta do reino moída na hora
PREPARO
Pré-aqueça o forno a 200º C
Coloque o pato, com o peito para baixo (asas para cima), em uma
grelha em uma assadeira
Ponha água abaixo da grelha
Polvilhe o pato com pimenta e pincele com um pouco de molho de
soja
Asse por 30 minutos, sem mexer no pato
Risque as costas do pato com a ponta de uma faca afiada e
vire-o
Polvilhe com pimenta e pincele molho de soja novamente
Adicione um pouco mais de água na forma se o suco estiver
respingando
(cuidado - você não quer molhar o pato)
Asse por 20 minutos, depois risque todo o peito com a ponta da faca
e pincele com mais molho de soja
Asse por 10 minutos e pincele com mais um pouco de molho de
soja
Asse mais 5 ou 10 minutos, se necessário, ou até que o pato tenha
um glorioso tom marrom
Espete o termômetro na coxa. A temperatura imediata deve ser de
quase 70ºC
Se estiver na temperatura correta, tire do forno e deixe descansar
5 minutos antes de cortar e servir
INGREDIENTES
[pâte brisée] 1 kg de castanhas portuguesas cozidas e
descascadas
4 col. de sopa de manteiga 200 ml de leite integral (acrescente 100
ml se eferir um purê mais mole)
1 pitada de sal
[pâte brisée]
Coloque as castanhas numa panela, cubra com leite e deixe cozinhar
por aproximadamente 30-40 minutos, até ficarem bem macias e
começarem a se desfazer
Retire tudo da panela e bata com um mixer ou num processador, com a
manteiga
Em todos os casos, o objetivo e chegar em ponto de purê
Tempere com uma pitada de sal e sirva
Dica: Você pode fazer com um ou dois dias de antecedência. Para
isso, cubra depois de esfriar e coloque na geladeira. Antes de
servir reaqueça, usando mais leite, para manter textura
homogênea
Para acompanhar
Purê de maçã
Repolho roxo levemente refogado do bacon e sua gordura, com pouco
de mel
Purê de castanhas
Filé mignon de porco com bacon
Sabor. club [ ed. 48 ] | 49
Filé mignon de porco com bacon
Lâminas de batata doce com harissa (6 porções)
INGREDIENTES
1 boa peça de lombo de porco (cerca de 600 g)
4 fatias de bacon 4 dentes de alho, mais 2 cabeças inteiras
5 raminhos de alecrim 1 col. de sopa de sementes de erva-doce
1 ½ col. de chá de sal marinho
2 col. de sopa de azeite de oliva extra-virgem, dividido em duas
porções
Pimenta do reino moída na hora
PREPARO
Pré-aqueça o forno a 200º C
Descasque e pique os 4 dentes de alho e corte 2 cabeças inteiras de
alho ao meio em cruz
Tire as folhas de 1 raminho de alecrim, descarte o caule e pique as
folhas finamente
Misture o alho picado, o alecrim picado, as sementes de erva-doce
picadas, o sal e 1 colher de sopa de azeite em uma tigela
pequena
Tempere com
pimenta. Esfregue a mistura de alho por toda peça do porco (use uma
uma assadeira com borda).
Coloque para marinar em geladeira, por ao menos 12 horas
Antes de assar, espalhe os 4 ramos de alecrim restantes em uma
assadeira grande e coloque a peça de porco por cima
Enrole as fatias de bacon em torno dela, colocando as pontas por
baixo para que o bacon fique firme
Junte as cabeças de alho cortadas ao meio em volta da peça e regue
com a col. de sopa restante de azeite
Leve ao forno e asse até que a temperatura interna da peça esteja
em torno de 60º (cerca de 30 a 40 minutos)
Retire do forno, transfira para uma tábua e deixe descansar pelo
menos 10 minutos antes de fatiar
INGREDIENTES
2/3 de xícara, mais 2 colheres de sopa de azeite extravirgem
2/3 de xícara, mais 2 colheres de sopa de pasta de harissa
2 col. de sopa de vinagre de vinho branco
3 kg de batata-doce descascada
Sal marinho 3 colheres de sopa de pistache
2 colher de chá de sementes de orégano
1 colher de chá sementes de erva doce
PREPARO
Pré-aqueça o forno a 200º C
Bata 2/3 de xícara de azeite com 2/3 de xícara de harissa e 1 col.
de sopa de vinagre em uma tigela grande
Corte as batatas- doces em fatias finas, como chips (um pouco mais
grossas)
Coloque na tigela com a mistura de harissa e misture bem
Tempere com sal Arrume as batatas-
doces na assadeira, de forma enfileirada
Coloque no forno e asse, espalhando a mistura de harissa acumulado
no prato, a cada 10-15 minutos, até ficar macia e começando a
dourar no topo (cerca de 1 hora)
Enquanto isso, jogue os pistaches, as sementes de gergelim e as
sementes de erva-doce em uma assadeira pequena
Torre até dourar (cerca de 4 minutos)
Deixe esfriar, transfira para o moinho de especiarias ou pilão e
moa grosseiramente. Reserve
Bata as 2 colheres de sopa restantes de azeite com 2 colheres de
sopa de harissa e 1 colher de sopa de vinagre
Retire as batatas- doces do forno e pincele com a mistura de
óleo
Polvilhe com as especiarias trituradas
Para acompanhar
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
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“Elegante buquê de jasmim, com um toque delicado de morangos
silvestre, pêssego e tangerina” Assim é o Rosa, o vinho lançado
pela Dolce&Gabanna, já à venda por aqui
por Robert Halfoun
Vem aí novo rótulo, inspirado no clássico Il Gattopardo
O tinto Tancredi é uma edição limitada da safra 2016, da fazenda
Contessa Entellina. São 8.013 garrafas numeradas individualmente
para enó los.
Ele é um vinho criado em 1990 que foi considerado um blend inovador
para a época, com Cabernet Sauvignon e Nero d’Avola, uma casta
internacional com outra indígena. A safra 2016, além do blend
original, contém também a uva Tannat.
O nome Tancredi se refere a um dos protagonistas de Il Gattopardo,
de Giuseppe Tomasi di Lampedusa, uma fonte inesgotável de
inspiração que denota seu caráter apaixonado e irrefutavelmente
siciliano tanto no romance quanto no filme. Tancredi é o sobrinho
favorito do Príncipe de Salina, capaz de ver a evolução emergente
do mundo aristocrático em que cresceu e isso o leva a abraçar a
classe média em ascensão e a pedir a mão da bela Angélica, filha de
Don Calogero Sedàra.
O filme baseado na obra, de 1963, é premiadíssimo e conta com uma
das maiores e mais instigantes cenas de banquete da história do
cinema.
Poucos meses após ser anunciado o lançamento do Rosa, o vinho
produzido pela vinícola siciliana Donnafugata em parceria com a
marca de luxo Dolce & Gabbana, ele já está presente no Brasil,
trazido pela importadora World Wine.
Rosa é feito com a mistura de duas das mais importantes castas
autóctones do Sul da Itália, a Nerello Mascalese e a Nocera, da
safra 2019.
Elas vêm das encostas ao norte do Monte Etna, entre Randazzo e
Castiglione di Sicilia, onde o solo vulcânico e o microclima
particular dão origem a vinhos com notas minerais atadas com
delicadeza floral. Rosa distingue-se por um bouquet requintado de
jasmim, enriquecido por notas delicadas de morango silvestre,
pêssego e tangerina. Cativante, não? O componente frutado,
vale
dizer, deriva, das uvas Nocera produzidas na Fazenda Contessa
Entellina onde, após anos de experimentação, Donnafugata plantou
esta
casta milenar, quase esquecida, que provou dar excelentes
resultados. Para combinar com
tanto frescor e elegância, o rótulo do Rosa é inspirada nas
icônicas charretes sicilianas (veja quadro),
não só para incorporar a atmosfera da ilha, mas
para reforçar suas cultura e tradição. Elementos, aliás,
dizem
os atores da parceria “tão típicos da herança de ambos, que
preservam o patromônio inestimável do saber fazer artesanal, com
valores de família, convívio e amor”.
Vale ou não vale um brinde?
www.worldwine.com.br
antigos gregos. E atingiram o auge de sua popularidade
na década de 1920, quando era largamente usada. Hoje, virou
elemento
para passeios turísticos ou ocasiões especiais, como
casamentos.
As charretes são tão encantadoras que viraram souvenir, em
miniaturas. Para se aprofundar na história deles, há o
Museo del Carretto Siciliano, em Terrasini, Palermo, é o
lugar
certo para ir.
Sabor. club [ ed. 48 ] | 53
Raspadinha para maiores O Frosé abalou bares de Nova York a Paris
durante o verão de 2016. Agora é a nossa vez
O nome diz a que veio: um frozen de rosé (comumente acrescido de
limão e morangos), com a textura de raspadinha – super cool.
Facinho de beber, é um perigo!
FROSÉ (5 taças) INGREDIENTES
1 garrafa de 750 ml rosé encorpado (pode ser um Malbec, Merlot ou
Pinot Noir)
50 g de açúcar 50 g de água 100 g de morangos cortados em quatro
pelo cumprimento
Suco de um limão Folhas de hortelã a gosto
PREPARO
[base]
Coloque o rosé em uma tigela ou em forminhas de gelo e congele até
ficar quase sólido (não se solidificará completamente devido ao
álcool). Isso leva cerca de 7 horas
Enquanto isso, leve o açúcar e ½ xícara de água para ferver em uma
panela média. Mexa constantemente até dissolver todo o açúcar
Adicione os morangos, retire do fogo e deixe descansar 30 minutos
(assim ele se torna uma espécie de xarope). Passe por uma peneira
de malha fina e não pressione, apenas separe os morangos. Reserve
na geladeira
Bata rapidamente o rosé quase congelado em um liquidificador.
Adicione o suco de limão e o xarope de morango e o gelo e pulse até
ficar homogêneo, como uma raspadinha
Sirva imediatamente
O primeiro a pensar numa versão brasileira foi o chef francês Alain
Poletto, do Bistrot de Paris, em São Paulo: “Eu uso um rosé mais
encorpado, típico do Novo Mundo, porque o vinho vai perder cor e
sabor no processo de congelamento”. Em seu restaurante, o drinque
faz as vezes de aperitivo, acompanha receitas como o brochette de
frutos do mar e até de sobremesa refrescante e etílica.
Bistrot de Paris – R. Augusta, 2542, loja
12, Jardins, São Paulo – SP. Tel.: (11) 3063-1675
54 | Sabor. club [ ed. 48 ]
50 best buy para já
Vinhos com mais de 90 pontos por menos de... R$ 100!
Quem não quer uma boa dica de compra? Aquele vinho cuja relação
qualidade-preço surpreende? Os especialista da revista Adega foram
atrás deles. E chegaram numa lista impressionante com rótulos que
receberam 90 pontos ou mais em suas avaliações e, incrível!, que
custam R$ 100 ou menos.
Eles são as grandes opções deste ano para comprar vinhos de
qualidade superior com valores acessíveis. Os preços foram
pesquisados em novembro de 2020 junto às importadoras, produtores e
também em sites de e-commerce. Lembramos que pode haver variação de
um estado para outro no Brasil.
Sabor. club [ ed. 48 ] | 55
Vivalti Sauvignon Blanc 2019
R$ 73 Branco elaborado exclusivamente a partir de Sauvignon Blanc,
sem passagem por madeira. Mostra notas florais e de ervas
envolvendo toda sua fruta lembrando maracujá. Chama atenção pela
acidez vibrante, pela textura firme e cremosa e pelo final
persistente.
Cappelletti Moscatel Espumante IP Farroupilha
R$ 41 Mostra perfil mais cítrico e de maças ainda mais frescas,
tudo envolto por notas florais e de ervas, e equilibrado por
refrescante acidez e textura cremosa. Uma delícia, perigosamente
fácil de se beber.
Casa Valduga Sur Lie Nature 30 Meses
Rosé R$ 80 Mais novo integrante da família Sur Lie, esse rosado
esbanja frutas vermelhas frescas seguidas de notas florais,
terrosas e de especiarias doces, que se confirmam no palato, tudo
equilibrado por gostosa acidez, textura cremosa e final agradável e
persistente.
L.A. Jovem Rosé 2020
R$ 91 Rosado composto de 50% Pinot Noir e 50% Shiraz, sem passagem
por madeira. Impressiona pela qualidade de fruta, pela textura
firme e cremosa, pelo volume de boca e pela persistência, tudo
envolto por muito morango fresco.
Leone di Venezia
Gewürztraminer 2019 R$ 88 Sem passagem por madeira. Mostra típicas
notas florais, de ervas e de especiarias picantes envolvendo toda
sua fruta lembrando lichias e melões. No palato, chama atenção pela
acidez refrescante, pela textura firme e pelo final saboroso.
Monte Paschoal Moscatel Espumante
R$ 26 Sempre consistente, essa é uma versão mais tensa e austera,
que mostra um perfil cítrico e de frutas brancas frescas, tudo
sustentado por vibrante acidez, notas de ervas e textura firme e
cremosa. Uma delícia.
Miolo Cuvée Giuseppe
Chardonnay 2018 R$ 88 Bem feito nesse estilo de fruta tropical e de
caroço mais madura, tem acidez refrescante e textura firme e
cremosa, que trazem equilíbrio e fluidez ao vinho. De ótimo volume
de boca, tem final persistente.
Villa Cristina Nature
R$ 90 Tenso e vibrante, mostra notas de frutos secos e de
especiarias envolvendo suas frutas cítricas e brancas de perfil
mais fresco. Surpreende pelo equilíbrio do conjunto.
San Michele Brut
Champenoise 48 Meses 2016 R$ 80 Cremoso e cativante, impressiona
pelo equilíbrio do conjunto, tudo em meio a muita fruta branca,
acidez vibrante, textura firme e cremosa.
Rio Sol Gran Reserva Touriga
Nacional 2015 R$ 55 Surpreende pela tipicidade varietal e pela
qualidade de fruta negra madura no ponto certo. Tem acidez
refrescante, taninos firmes e de boa textura e final suculento, com
toques terrosos. Fluido e gostoso de beber.
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Bodega Czarnobay Pedregais Brut
R$ 57 Sempre entre os melhores Charmat do Brasil, essa é mais uma
ótima edição desse espumante, que esbanja frutas brancas e cítricas
seguidas de notas florais, de padaria e de especiarias doces.
7 Colores Gran Reserva Cabernet
Sauvignon Muscat 2017 R$ 98 - Winebrands Suculento e gostoso de
beber, tem refrescante acidez e taninos firmes e de boa textura,
que trazem certo equilíbrio ao conjunto. Ainda jovem, tem final
persistente, com toques terrosos.
Amalaya Blanco de Corte 2018
R$ 96 - Decanter 85% Torrontés e 15% Riesling. Cheio de fruta e de
bom volume de boca, tem gostosa textura, refrescante acidez e final
médio e agradável, pedindo mais um gole. Fluido, nítido, com toques
florais, salinos e de ervas, que conferem certa sedução ao
conjunto.
Aracuri Sauvignon Blanc 2020
R$ 82 Tenso e vibrante, mostra frutas brancas e cítricas seguidas
de exuberantes notas florais e de ervas, tudo equilibrado por
gostosa acidez e textura firme e cremosa. Tem final agradável, com
toques salinos e de limão tahiti.
Bailené Pét-Nat Nature Rosé 2020
R$ 85 Espumante rosado nature pelo método ancestral a partir de
Moscato Bailey e Chardonnay. Fresco e cheio de morangos seguidos de
notas terrosas, especiadas e de ervas, mostra estilo gastronômico e
vinoso, lembrando um clarete com borbulhas.
BellaQuinta Natural Shiraz Cabernet Franc
2020 R$ 92 Fermentação espontânea e sem adição de SO2, esbanja
frutas vermelhas vivas tanto no nariz quanto na boca, tudo
sustentado por taninos de ótima textura, acidez refrescante e final
com toques de ameixas.
Batalha Merlot 2016
R$ 60 Grata surpresa. Chama atenção pelos taninos de fina textura e
pela ótima qualidade de fruta negra de perfil mais fresco,
lembrando ameixas, tudo equilibrado por gostosa acidez. Tem final
médio e agradável, com toques terrosos e de especiarias
doces.
Bico Amarelo 2019
R$ 93 - Qualimpor Essa safra marca o debut desse vinho sob a batuta
da Herdade do Esporão, que comprou a Quinta do Ameal em meados de
2019. Fresco e vibrante, tem ótima acidez.
Bertolini Riserva
Famiglia Tenaz Chardonnay 2017 R$ 89 Num estilo de maior volume de
boca e também de frutas tropicais e de caroço mais maduras, tem
acidez refrescante.
Bellavista Estate Pinot
Noir 2018 R$ 94 Sente-se a presença das frutas que se misturam com
notas de tabaco, que se sustentam com boa acidez e
persistência.
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Freixenet Vintage
Reserva Brut Nature 2015 R$ 100 - Freixenet Sempre consistente,
mostra frutas brancas e de caroço escoltadas por notas florais,
tostadas, de ervas e de especiarias doces, que se confirmam na
boca.
Carvalho Branco Nature
R$ 95 Os mais de 34 meses de contato com as borras aportam
cremosidade e complexidade a esse espumante, que tem bom volume de
boca, refrescante acidez e muita fruta branca e de caroço madura.
Tem final
persistente.
Casa Valduga RSV Moscatel
Espumante 2018 R$ 64 De boa tipicidade, é cheio de frutas brancas
acompanhadas de notas florais e de ervas. Nada enjoativo e muito
gostoso de beber, tem acidez refrescante e final com toques salinos
e cítricos.
Coronas Tempranillo 2017
R$ 93 - Cantu Mostra cerejas e groselhas acompanhadas de notas
florais e de ervas frescas. No palato, tem gostosa acidez, taninos
macios, médio corpo e final agradável, que pede uma segunda taça,
de preferência, na companhia de embutidos.
Críos Red Blend 2017
R$ 85 - Cantu 27% de Cabernet Franc, 25% Malbec, 18% Cabernet
Sauvignon, 17% Petit Verdot e 13% Syrah. Tenso e vibrante, esbanja
frutas vermelhas e negras escoltadas por notas florais, de ervas e
de especiarias doces. Surpreende pelo equilíbrio do conjunto.
Dalton Red Blend R$ 45 - Winebrands
Elaborado pela Norton, este blend tinto encanta pela pureza de sua
fruta (lembrando cereja e framboesa) e pelo seu frescor, tudo bem
integrado às notas florais e de ervas. No palato é ainda mais
cativante, com boa concentração de sabor, acidez vibrante, taninos
macios e final saboroso e frutado.
CS Tempranillo 2018 R$ 76 - La Pastina
Esbanja frutas vermelhas acompanhadas de notas terrosas, florais e
de ervas secas. Franco, direto, gostoso de beber e de perfil
gastronômico, tem taninos de boa textura, acidez refrescante e
final suculento, confirmando o nariz.
Flor de Trois 2018
R$ 100 - Buena Fernão Pires, Arinto e Moscatel Roxo, com maior
predominância das duas primeiras. Agradável intensidade aromática.
No palato, é leve e descomplicado, confirma seu aspecto
floral.
Flor de Maio 2016
R$ 99 - Monvin 40% Trincadeira, 40% Aragonez e 20% Syrah. Mostra a
fruta suculenta e corpulenta tão típica do Alentejo, porém bem
balanceada por ótima acidez e taninos de boa textura.
Flor de Crasto Tinto 2018
R$ 89 - Qualimpor Tinto composto de Tinta Roriz, Touriga Franca e
Touriga Nacional. Aqui menos é mais. Esbanja frutas vermelhas e
negras seguidas de notas florais e de ervas, que pedem uma segunda
taça. Fluido e gostoso de beber.
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Pinot Noir Pét-Nat 2020
R$ 85 Faz uma ótima dupla com o Bailené, mas nesse caso é um rosado
ainda mais austero e vinoso, repleto de notas terrosas, de ervas e
de especiarias, que envolvem sua fruta vermelha.
Goulart T Torrontés 2019
R$ 70 - Evino Exuberante nos aromas, mostra notas florais e de
ervas frescas envolvendo toda sua fruta tropical e branca. No
palato, tem bom volume de boca, textura firme e cremosa e final
suculento, com toques salinos e cítricos, que convidam a uma
segunda taça.
Las Veletas País Rosé 2019
R$ 80 - Edega Frutado e saboroso,
esbanja frutas vermelhas acompanhadas de notas florais e de ervas
frescas, que se confirmam no palato. Tem deliciosa acidez, taninos
firmes e final cativante, pedindo uma segunda taça.
Le Sorbole Rosso 2018
R$ 91 - World Wine 85% Aglianico e 15% Piedirosso. Sempre
consistente safra após safra, mostra frutas vermelhas seguidas de
notas de ervas, de flores e de especiarias doces, tanto no nariz
quanto na boca. Fresco e redondo, tem ótima textura de taninos,
acidez vibrante e final agradável.
Miolo Wild Gamay Nouveau 2020
R$ 52 Esses, digamos, é o outrora Gamay Nouveau da Miolo
repaginado. Fruto de uma safra considerada excepcional, prova isso
na qualidade e nitidez de fruta, que mais parece um suco de amoras
maduras. Tem acidez na medida e taninos macios.
Nova Morada Reserva Merlot 2018
R$ 95 Mostra notas florais, de ervas e de especiarias escoltando
sua fruta. No palato, tem refrescante acidez, taninos de ótima
textura e final agradável, com toques terrosos e da passagem pela
madeira. Impressiona pela fluidez e pela nitidez de fruta.
Monte Castelo Viognier Chardonnay
2019 R$ 62 Grata surpresa, mostra frutas tropicais e de caroço de
perfil mais fresco, seguidas de notas florais, de ervas e de frutos
secos, que se confirmam no palato. Tem vibrante acidez, textura
firme e cremosa e final agradável.
Petit Vervm
Garnacha 2019 R$ 48 - Evino Surpreende pela qualidade de fruta
vermelha de perfil mais fresco, escoltada por notas florais,
terrosas e de ervas, que se confirmam na boca.
Peculiare Moscatel
Espumante R$ 48 Cheio de tipicidade, esbanjando maçã verde tanto no
nariz quanto na boca. As notas florais e os toques cítricos e
salinos dão tempero final, nesse Moscatel Espumante sedutor.
Paulo Laureano Eleição do
Enólogo Tinto 2018 R$ 70 - Adega Alentejana Mais uma ótima safra
desse blend de variedades típicas portuguesas, sem passagem por
madeira. Acessível e gostoso de beber. No palato, é fluido e
redondo, com acidez refrescante e taninos macios e de boa
textura.
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