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ASSÉDIO MORAL: Uma Realidade no Local de Trabalho
Conferência sobre Assédio Moral: Uma Realidade no Local de Trabalho?
Ana Paula Viseu – UGT
7 de Março de 2009
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• Conceito – Conduta de carácter sexual,recorrente, indesejável, não bem-vindo, nãosolicitado.
• Objectivo – Intimidar, coagir, humilhar o(a)
Assédio Sexual
• Objectivo – Intimidar, coagir, humilhar o(a)trabalhador(a)
• Meio - Físico, Verbal, não verbal, outros
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Assédio Moral
• «Terror psicológico no trabalho, comcomunicação hostil, exercida por uma ouvárias pessoas, quase sempre sobre umapessoa, que se sente encurralada, numaposição débil e na defensiva» – Psicólogoposição débil e na defensiva» – Psicólogosueco H. Leymann
• «Maus tratos infligidos de maneira reiterada edeliberada a uma pessoa (vítima) por umapessoa (agressor) que deseja controlá-la»
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• «Comportamento irracional repetido dirigidoa um trabalhador ou a um grupo, queconstitui um risco para a saúde e segurança nolocal de trabalho»local de trabalho»
• «Mau uso da autoridade ou abuso dessamesma autoridade, cuja vítima pode terdificuldade em defender-se»
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• «Qualquer comportamento abusivo (gesto,palavra, comportamento, atitude,…) queatente, pela sua sistematização, contra adignidade ou a integridade psíquica ou físicadignidade ou a integridade psíquica ou físicade uma pessoa, pondo em perigo o seuemprego ou degradando o clima de trabalho»- Psiquiatra francesa Marie-France Hirigoyen
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Métodos usados - pode ser exercido por muito tempo -
• Reputação – sujeito(a) a comentáriosinjuriosos atingindo por vezes a família,ridicularizado(a), servindo de chacotaridicularizado(a), servindo de chacotapublicamente, é excluído(a) das relaçõessociais de trabalho (por ex: ida ao café, deconversas com colegas)
• Violência – pode haver confronto físico,provocando acidentes ou até assédio sexual.
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• Trabalho – é lhe dado trabalho em excesso,monótono, repetitivo; trabalho acima ou abaixo das suas qualificações (especialmente seo alvo é a saída do emprego); édesclassificado(a) profissionalmente.
• Comunicação – a informação não chega aotrabalhador(a), não lhe é dirigida a palavra, éostracizado(a), ameaçado(a), é criticado(a)pelo seu trabalho à frente de todos, a sua vidaprivada é comentada, falam com otrabalhador(a) aos gritos, etc.
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Efeitos: imediatos e visíveis
O(A) assediado(a) não sabe como enfrentar a situação de assédio
• Absentismo
Baixa auto estima• Baixa auto estima
• Mudanças bruscas de humor
• Dificuldade no controlo das reacções emocionais
• Grande ansiedade
• Medo acentuado e contínuo
• Stress9
Efeitos: a longo prazo
• Problemas psicológicos
• Baixas prolongadas
• Afastamento psico-social
• Sentimento de ameaça• Sentimento de ameaça
• Sentimento de fracasso, impotência e frustração
• Apatia
• Quadro depressivo grave com tendências paranóicas e suicidas
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Perfil do(a) assediado(a)
• Mulher
• Homem
• Grupo desprotegido• Grupo desprotegido
• Chefias intermédias
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Empresa• Não existe cultura da empresa
• Deficiências na organização do trabalho
• Estruturas autoritárias: deficiência na definição dos papéis e funções de cada um.definição dos papéis e funções de cada um.
• Limitação ou inexistência de participação dos trabalhadores
• Baixa comunicação dentro da empresa
• Ambiente de trabalho muito competitivo
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Individual
• Chefe contra subordinado: pressão para alcançar objectivos, para obrigar a pedir a transferência, para demissão, etc.
• Sempre superior hierárquico• Sempre superior hierárquico
• Mais anos na empresa (entre colegas)
• Mais idade (pressupõe promoção)
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Consequências do Assédio
Custos directos e indirectos
• Para o(a) trabalhador(a) assediado(a)
• Para a empresa
• Para a sociedade
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Para o(a) Trabalhador(a)
• Físicas – aparecimento de diversas patologiaspsicossomáticas: insónias, desmemoriado(a),dores generalizadas, alterações hormonais.
• Sociais – mais susceptíveis e hipersensíveis àcritica, isolamento, agressividade para com oscritica, isolamento, agressividade para com osmais próximos, amargura, pouco contactosocial.
• Laborais – desmotivado(a), sem vontade detrabalhar, insatisfeito(a), encara o local detrabalho associado ao sofrimento.
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Para a empresa
• Contribuição para a deterioração do clima laboral
• Mau ambiente de trabalho
• Dificuldade na organização do trabalho• Dificuldade na organização do trabalho
• Problemas com clientes
• Quebra na produtividade
• Relações laborais difíceis
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Para a sociedade
• Impacto negativo no desenvolvimento económico
• Perda de força de trabalho
• Custos com a assistência médica• Custos com a assistência médica
• Custos nos subsídios
• Aumento de pensões por invalidez
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Motivações para assédio
• Competição – entre colegas
• Tentativa de despedimento – por parte do empregadorempregador
• Silenciamento – caso dos delegados sindicais
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Factores que contribuem para o aparecimento do assédio
• Emprego precário – trabalhadores precários, com contrato a prazo, sem qualquer protecção
sindical → principais vítimas.
• Ritmo de trabalho – trabalhadores sujeitos a • Ritmo de trabalho – trabalhadores sujeitos a ritmos de trabalho alucinantes para cumprirem prazos estipulados e conseguirem
alcançarem objectivos → aumenta a tensão
• Aumento do trabalho feminino → as mulheres sofrem mais assédio do que os homens
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• Reestruturações das empresas –
• Pressão dos clientes –
• Responsabilidade exagerada dos trabalhadores –trabalhadores –
• Excessiva carga horária –
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Medidas PreventivasEmpresa
• Melhoria das condições de trabalho
• Melhoria das condições de atendimento/assistência ao públicoatendimento/assistência ao público
• Formação
• Informação aos trabalhadores
• Gestão de carreiras
• Gestão de conflitos22
Medidas PreventivasIndividual
• Educação/formação
• Denunciar os casos• Denunciar os casos
• Não sofrer sozinho(a)
• Ter orgulho de si mesmo(a) e preservar a auto-estima
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Inquérito Europeu sobre Condições de Trabalho 21.500 trabalhadores de 15 Estados Membros (2000)
• 2% (3 milhões) foram objecto de assédio sexual
• 9% (13 milhões) alvo de acções de intimidação – assédio moral– assédio moral
• 7% foram objecto de discriminação em função da idade, sexo, grupo étnico, deficiência
• Conclusão: 18% (27 milhões) foram vitímas de violência – assédio e discriminação
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Diferenças entre países
15% na Finlândia
14% na Suécia e Reino Unido
12% na Holanda
11% Bélgica11% Bélgica
5% em Espanha
4% em Portugal e Itália
Conclusão: Diferente atitude face a estas questões e ao facto de não ser objecto de debate público
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• Assédio sexual – sector hoteleiro e de restauração (6%);
• Violência física praticada por clientes – sector da administração pública (6%) e sector do comércio (5%)comércio (5%)
• Assédio moral – Administração pública (14%);
hotelaria e restauração (13%); no sector de vendas (13%) – estando as mulheres (10%) mais expostas do que os homens (8%)
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O que queremos
• Mais legislação
• Mais prevenção
• Mais informação
• Mais intervenção• Mais intervenção
• Mais denúncia
• Tipificação do assédio moral como um risco de trabalho
• A implementação do Acordo Quadro da CES
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O que fazer
• Formação para trabalhadores, empregadores, sindicalistas, negociadores, inspectores → conhecer, prevenir, implementar
• Campanhas de informação para empregadores, trabalhadores, inspectores de empregadores, trabalhadores, inspectores de trabalho, pessoal médico, advogados → detectar, diagnosticar, tratar, defender
• Estudos e Estatísticas → conhecimento da dimensão do problema e procura de soluções
• Campanhas junto dos media28
• Sindicatos devem ter capacidade paradenunciar situações e ajudar o(a)trabalhador(a) a resolver o seu problema
• Colocar na mesa da negociação colectiva esteproblema, com cláusulas de prevenção e deproblema, com cláusulas de prevenção e deprocedimentos, como forma de proteger o(a)trabalhador(a) e também o empregador
• Exigir o reforço da ACT em meios, para que afiscalização funcione
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Entidades a que pode e deve recorrer
• Sindicato
• ACT - Autoridade para as Condições de Trabalho
• CITE – Comissão para a Igualdade no trabalho e no Emprego
• CIG – Comissão para a Igualdade e Cidadania de Género
• SOS Mulheres
• APAV 30