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ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO NORMAS CONEXAS AO REGIMENTO INTERNO (Edição revisada e atualizada até março de 2007)

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO · Estabelece, de acordo com o art. 14, § 9º da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação, e determina

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ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO

NORMAS CONEXAS AO REGIMENTO INTERNO

(Edição revisada e atualizada até março de 2007)

ALESP
Nota
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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

I

Sumário

LEGISLAÇÃO FEDERAL

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Art. 5º, X e § 3°; art. 14; art.18, § 3º; art. 25 “caput” e § 3º; art. 27 e §§; art. 28, § 2º; art. 36, I e §§ ; art. 37 “caput”, XI e XII; art. 38, I, IV e V; art. 53; art. 54; art.55; art. 56; art. 61; art. 64; art. 99, §§ 3°, 4° e 5°; art. 102, I, a, q; art. 103, IV e § 2º; art. 150, II; art. 155, art. 235, I e art. 11 do ADCT.

LEIS COMPLEMENTARES FEDERAIS

Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990

Estabelece, de acordo com o art. 14, § 9º da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação, e determina outras providências.

Lei Complementar nº 78, de 30 de dezembro de 1993Disciplina a fi xação do número de Deputados, nos termos do art. 45, § 1º, da Constituição Federal.

Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000Estabelece normas de fi nanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fi scal e dá outras providências.(Artigos 1° ao 6°; 8°; 9°, §§ 3° e 4°; 12; 18; 19; 20 inciso II, a, b, c, d, §§ §1° e 2° inciso I, II, b, §§ 4° e 5°; 21, inciso II; 22/ 23, §§ 3° e 4°; 42, parágrafo único; 44; 45 e parágrafo único; 49; 52; 54 inciso II e parágrafo único; 55, inciso I a,iInciso II, inciso III, a, b 1, 3 e 4; e §§ 1° ao 4°; 56 § 2°; 57§ 2°, 59; 60; 65 inciso II, 67; e 70 a 75.

LEIS ORDINÁRIAS FEDERAIS

Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código PenalArtigos 47, inciso I; 92, incisos I, a e b e 138 a 145)

Decreto-lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 Código de Processo Penal(Artigos 84; 221; 295 e 436)

Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950Define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo de julgamento.

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II

Lei nº 1.579, de 18 de março de 1952Dispõe sobre as Comissões Parlamentares de Inquérito.

Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.(Artigos 1°; 7°, § 2 e 3; 22; 32; 33; 40 ao 46; 81; 82 § 1°; 107 parágrafo único; 11 a 115)

Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências.(Artigo 12, inciso I, h e j.)

Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências.(Artigo 11, inciso I, h e j; art. 55 inciso IV)

Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências.

Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui nor-mas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.(Artigos 1°; 116 e 117.)

Lei nº 8.689, de 27 de julho de 1993Dispõe sobre a extinção do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) e dá outras providências.(Artigos 1°, parágrafo único, e 12.)

Lei nº 8.730, de 10 de novembro de 1993Estabelece a obrigatoriedade da declaração de bens e rendas para o exercício de cargos, empregos e funções nos Poderes Executivo, Le-gislativo e Judiciário, e dá outras providências.

Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995Dispõe sobre partidos políticos, regulamenta os arts. 17 e 14, § 3º, inciso V, da Constituição Federal(Artigos 13; 23 a 26; 29, § 6°; 51 e 57.)

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III

Lei nº 9.506, de 30 de outubro de 1997Extingue o Instituto de Previdência dos Congressistas - IPC, e dá outras providências.(Artigos 1°; 5°; 6°; 10; 13; 15 e 16.)

Lei nº 9.709, de 18 de novembro de 1998Regulamenta a execução do disposto nos incisos I, II e III do art. 14 da Constituição Federal.

Lei nº 9.868, de 10 de novembro de 1999Dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstituciona-lidade e da ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal.

Lei nº 10.001, de 4 de setembro de 2000Dispõe sobre a prioridade nos procedimentos a serem adotados pelo Ministério Público e por outros órgãos a respeito das conclusões das comissões parlamentares de inquérito.

Lei nº 10.028, de 19 de outubro de 2000Altera o Decreto- Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, a Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950, e o Decreto- Lei nº 201, de 27 de fevereiro de 1967.(Artigos 5° e 6°).

Lei nº 10.331, de 18 de dezembro de 2001Regulamenta o inciso X do art. 37 da Constituição, que dispõe sobre a revisão geral e anual das remunerações e subsídios dos servidores pú-blicos federais dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, das autarquias e fundações públicas federais.

LEGISLAÇÃO ESTADUAL

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 1989Art. 9º, § 1º, 2º, 5º, 6º; art. 10, § 1º; art. 11, §§ 1º e 2º; art. 12; art. 13, § 1º, itens 2, 3, 5, 10 e § 2º; art. 14 e §§; art. 16, I a VI e § 2º; art. 17, I, II, §§ 1º e 3º; art. 18 e parágrafo único; art. 19, II e IV; art. 20, I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, XI, XII, XIII, XIV, XVI, XIX, XX, XXII, XXIV e XXV; art. 21; art. 22, §§ 2º, 3º, 4º; art. 23; art. 24, § 1º, 1 e 2, §§ 2º, 3º, 4º e 5º; art. 26 e parágrafo único; art. 27; art. 28, §§ 3º, 4º, 5º, 6º, 7º e 8º; art. 29; art. 31, § 1º, § 2º, 1,2,3 e § 4º; art. 32; art. 33, I, XIV e § 1º; art. 40; art. 44; art. 47, IV, IX, XVII; art. 48, II; art. 70; art. 94; art. 149, §§ 1º e 2º; art. 175, §§ 1º , 2º e 3º e art. 176, III.

LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS

Lei Complementar nº 651, de 31 de julho de 1990Dispõe sobre a criação, fusão, incorporação e desmembramento de

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IV

Municípios e criação, organização e supressão de Distritos

Lei Complementar nº 709, de 14 de janeiro de 1993Dispõe sobre a Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado (Artigos 1°; 2°; 3, incisos III, VIII e IX; 4° ao 7°; 22; 23; 76; 77 e 114 a 119.)

Lei Complementar nº 863, de 29 de dezembro de 1999Dispõe sobre a elaboração, a redação, alteração e a consolidação das leis, conforme determina o item 16 do parágrafo único do artigo 23 da Constituição do Estado, e estabelece normas para a consolidação dos atos normativos que menciona.

Lei Complementar nº 918, de 11 de abril de 2002Dispõe sobre a nomeação dos membros do Conselho Diretor da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo - ARTESP, instituída pela Lei Complementar nº 914, de 14 de janeiro de 2002

LEIS ORDINÁRIAS ESTADUAIS

Lei nº 2.575, de 4 de dezembro de 1980Proíbe a implantação de qualquer programa de planejamento ou educa-ção familiar que vise, direta ou indiretamente, ao controle da natalidade, sem prévia apreciação da Assembléia Legislativa.

Lei nº 4.595, de 18 de junho de 1985Dispõe sobre a fi scalização, pela Assembléia Legislativa, dos atos do Poder Executivo, inclusive os da Administração Indireta

Lei nº 6.544, de 22 de novembro de 1989Dispõe sobre o estatuto jurídico das licitações e contratos pertinentes a obras, serviços, compras, alienações, concessões e locações no âmbito da Administração Centralizada e Autárquica(Artigos 1°; 20, § 1°; 89 e 90.)

Lei nº 7.017, de 4 de fevereiro de 1991Extingue a Carteira de Previdência dos Deputados, criada pela Lei nº 951, de 1976.

Lei nº 7.835, de 8 de maio de 1992Dispõe sobre o regime de concessão de obras públicas, de concessão e permissão de serviços públicos e dá providências correlatas (Artigos 1°; 35; 36; 38 e 39.)

Lei nº 7.857, de 22 de maio de 1992Dispõe sobre a publicação, no Diário Ofi cial do Estado, da relação das compras, bem como das obras e serviços contratados pelos órgãos da Administração Pública Direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes do Estado.

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V

Lei nº 9.128, de 8 de março de 1995Dispõe sobre o livre acesso dos deputados aos órgãos e repartições públicas .

Lei nº 9.168, de 18 de maio de 1995Dispõe sobre a instalação de computador ligando o Tribunal de Contas à Assembléia Legislativa.

Lei nº 9.893, de 15 de dezembro de 1997Disciplina a matéria atinente à inserção dos nomes dos deputados autores de projetos de lei e das respectivas siglas partidárias nas publicações, e dá providências correlatas.

Lei nº 10.218, de 12 de fevereiro de 1999Veda ao Estado a contratação de serviços e obras com empresas nas condições que especifi ca.

Lei nº 10.765, de 19 de fevereiro de 2001Cria o Índice Paulista de Responsabilidade Social - IPRS.

Lei nº 10.845, de 5 de julho de 2001Regulamenta o inciso IV do artigo 19 da Constituição Estadual.

Lei nº 10.881, de 19 de setembro de 2001Declara o Palácio 9 de Julho, edifício-sede do Poder Legislativo Paulista, como patrimônio cultural do Estado.

Lei nº 10.935, de 19 de outubro de 2001Institui o Fundo Especial de Despesa da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo

Lei nº 11.077, de 20 de março de 2002Institui o Fundo Especial de Despesa do Tribunal de Contas do Estado.

Lei nº 11.124, de 10 de abril de 2002Disciplina a atuação das Comissões Parlamentares de Inquérito.

Lei nº 11.328, de 26 de dezembro de 2002Dispõe sobre a remuneração do Deputado Estadual

Lei nº 11.828, de 12 de janeiro de 2005Cria o Prêmio “Parlamentar do Futuro”

DECRETOS ESTADUAIS

Decreto n.º 41.865, de 16 de junho de 1997Dispõe sobre a declaração de bens dos agentes públicos estaduais, bem como de bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos fi lhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante, e estabelece normas relativas à declaração

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VI

pública de bens das autoridades e dirigentes que especifi ca.

Decreto nº 47.807, de 5 de maio de 2003Institui o Sistema de Acompanhamento Legislativo Estadual - SIALE e dá providências correlatas.

LEGISLAÇÃO INTERNA

DECRETOS LEGISLATIVOS

Decreto Legislativo nº 226, de 21 de dezembro de 1994Dispõe sobre o valor da remuneração dos Deputados.

Decreto Legislativo nº 701, de 10 de março de 1999Dispõe sobre a prorrogação do Decreto Legislativo n.º 226, de 21 de dezembro de 1994.

RESOLUÇÕES

Resolução nº 330, de 25 de junho de 1962Institui a “Medalha da Constituição”

Resolução nº 594, de 17 de maio de 1974Dispõe sobre a História do Poder Legislativo do Estado de São Paulo.

Resolução nº 641, de 12 de agosto de 1983Assegura aos ex-Deputados Estaduais os respectivos títulos e trata-mentos.

Resolução nº 746, de 9 de dezembro 1992Dispõe sobre a inserção do nome do Deputado em publicação de Re-solução, Decreto Legislativo e Autógrafo, no caso que especifi ca.

Resolução nº 749, de 15 de abril de 1993Dispõe sobre a divulgação das atividades realizadas no Poder Legisla-tivo e dá providências correlatas.

Resolução nº 750, de 20 de abril de 1993Estabelece normas regimentais para a execução da Lei nº 7.857, de 22 de maio de 1992, e dá outras providências.

Resolução nº 766, de 16 de dezembro de 1994Institui o Código de Ética e Decoro Parlamentar, e dá outras providên-cias.

Resolução nº 780, de 18 de dezembro de 1996Institui Comissão Especial destinada a realizar estudos visando a revi-são e a consolidação das leis estaduais.

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VII

Resolução nº 798, de 2 de setembro de 1999Dispõe sobre a criação, no âmbito da Assembléia Legislativa, do “´Pro-grama Da Cidadania” e dá providências.

Resolução nº 801, de 18 de Outubro de 1999Dispõe sobre o arquivamento de proposições.

Resolução nº 821, de 14 de dezembro de 2001Cria o Instituto do Legislativo Paulista.

Resolução nº 822, de 14 de dezembro de 2001Dispõe sobre a comprovação de despesas com o auxílio instituído pelo artigo 11 da Resolução nº 783, de 1º de julho de 1997 e dá outras providências.

Resolução nº 824, de 15 de março de 2002Institui o Núcleo de Fiscalização e Controle e dá outras providências.

Resolução nº 839, de 14 de dezembro de 2004Institui o Programa “Assembléia Popular” na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo e dá outras providências.

ATOS DA MESA

Ato nº 2, da Mesa, de 13 de março de 2001Dispõe sobre as proposições a serem elaboradas via computador através do programa Autor Elabora.

Ato nº 2, da Mesa, de 15 de fevereiro de 2002Dispõe sobre a aplicação do art. 2° da Resolução n° 822, de 14 de dezembro de 2001- despesa efetuada pelo Gabinete de Deputado.

Ato nº 5, da Mesa, de 12 de março de 2002Para efeito de publicação no “Diário da Assembléia”, os Relatórios Finais das Comissões Parlamentares de Inquérito, os pareceres apro-vados pelas Comissões Permanentes e os exarados por Relatores Especiais deverão ser enviados à Mesa por intermédio do programa “Autor Elabora”, do Sistema do Processo Legislativo - SPL.

Ato nº 25, da Mesa, de 01 de abril de 2002Regulamento Interno do Instituto Legislativo Paulista

Ato nº 32, da Mesa, de 02 de abril de 2003Cria o Centro de Estudos da Democracia Participativa

Ato nº 40, da Mesa, de 02 de abril de 2003Fundo Especial de Despesa da ALESP

Ato nº 84, da Mesa, de 20 de novembro de 2003Cria o Centro de Estudos sobre a integração étnica e racial “PROFES-

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VIII

SOR MILTON SANTOS”, no Instituto do Legislativo Paulista - ILP.

Ato nº 1, da Mesa, de 09 de janeiro de 2004Dispõe sobre a aplicação do limite máximo fi xado no artigo 8º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, no âmbito deste Poder.

Ato nº 4, da Mesa, de 01 de março de 2005Dispõe sobre as atividades do Programa “Assembléia Popular”

Ato nº 223, da Mesa, de 30 de abril de 1980A cessão dos plenários José Bonifácio, Tiradentes e D. Pedro I poderá ser autorizada pela Mesa mediante solicitação escrita de Deputado e desde que os trabalhos a serem realizados se desenvolvam com a presença do requerente durante toda a reunião e sob sua responsabi-lidade.

Ato nº 26, da Mesa, de 21 de novembro de 1990Salão Nobre “23 de Maio-MMDC (Hall Monumental) será cedido a realização de velório em caso de falecimento de Deputado ou Ex-De-putado à Alesp, mediante solicitação da família do falecido.

Ato nº 15, da Mesa, de 09 de setembro de 1991Dispõe sobre a cessão do Auditório “Senador Teotônio Vilela” e dos Plenários.

Ato nº 42, da Mesa, de 12 de dezembro de 2001A cessão de qualquer dependência do edifício-sede do Poder Legis-lativo para a realização de reuniões, palestras e outros eventos de cunho político, social, esportivo, artístico ou cultural, por parte de pes-soas físicas ou jurídicas dependerá de prévia solicitação das partes interessadas e autorização da Egrégia Mesa.

Ato nº 29, da Mesa, de 25 de abril de 2002Dispõe sobre as competências da cessão de quaisquer dependências do edifício-sede da Assembléia (Ato 42/02).

Ato nº 51, da Mesa, de 20 de junho de 2002Dispõe sobre termo de autorização para cessão das dependências da ALESP (anexo ao Ato 42/02).

Ato nº 61, da Mesa, de 29 de agosto de 2002Dispõe sobre autorização de uso de espaço comum da Assembléia Legislativa efetuado em período eleitoral.

PARECERES NORMATIVOS

Parecer nº 875, de 1992, da Comissão de Constituição e Justiça,

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IX

sobre a consulta formulada pelo nobre Deputado Fernando Silveira - Processo R.G. n° 2.980/92Deputado aprovado em concurso público.

Parecer nº 1.024, de 1997, da Comissão de Constituição e Justiça sobre o Processo RG N° 4.154/97Deputado, servidor público, opção por vencimentos.

Parecer nº 51, de 1998, da Comissão de Constituição e Justiça, so-bre o Processo RG n° 132/98Deputado eleito Vice-Presidente de Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Há impedimento constitucional ?

QUESTÕES DE ORDEM

Questão de Ordem nº 11: Deputado VANDERLEI MACRISSessão: 145ª S.O. - Data: 30/05/90 Dispõe sobre a possibilidade de voltar à votação do item 1 da pauta. Dispositivo Regimental: VI CRI

Questão de Ordem nº 13: Deputado BARROS MUNHOZSessão: 147ª S.O. - Data: 31/05/90 Dispõe sobre a admissibilidade de apresentação de emendas às proposições, quando do início da discussão e votação prévia. Se é regimental a apresentação, pelo autor, de proposta de alteração ao projeto. Dispositivo Regimental: artigo 179, parágrafo único e artigo 178, § 2º da VI CRI

Questão de Ordem nº 17: Deputado JOSÉ MENTORSessão: 278ª S.O. - Data: 30/10/90 Dispõe sobre o recebimento de emenda, ao iniciar a discussão, em projetos com pedido de urgência constitucional.Dispositivo Regimental: art. 142 - VI CRIDispositivo Constitucional: art. 26, Parágrafo único - CE

Questão de Ordem nº 48: Deputado CAMPOS MACHADOSessão: 148ª S.O. - Data: 07/08/91Validade dos Atos, Decisões de Mesa e informações assinados por apenas um dos membros da Mesa; substituição em caso de recusa ; revogação por ato administrativo; descumprimento de ato anterior sem ter sido revogado, e ausência de publicação das reuniões de Mesa. Dispositivo Regimental: Art. 10, 16, 18, 21 e 22 - VI CRI

Questão de Ordem nº 68: Deputado CAMPOS MACHADOSessão: 189ª S.O. - Data: 29/06/92. Dispõe sobre a interrupção da sessão legislativa sem aprovação da Lei das Diretrizes Orçamentárias Dispositivo Regimental: VI CRI

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X

Questão de Ordem nº 76: Deputado SYLVIO MARTINISessão: 310ª S.O. - Data: 09/11/92. Dispõe sobre a admissibilidade de destaque em votação de matéria vetada. Dispositivo Regimental: art. 237, §§ 1º e 2º - VI CRI

Questão de Ordem nº 89: Deputado ADILSON MONTEIRO ALVESSessão: 192ª S.O. - Data: 30/06/93. Dispõe sobre o prolongamento da sessão legislativa para votação da Lei das Diretrizes Orçamentárias e a possibilidade de apreciação de outras matérias.Dispositivo Regimental: VI CRIDispositivo Constitucional: art. 9º, § 4° - CE

Questão de Ordem nº 104: Deputado PEDRO DALLARISessão: 48ª S.O. - Data: 09/03/95. Dispõe sobre a admissibilidade de requerimentos de preferência: na hipótese de falta de quorum para deliberar mediante consulta ao Plenário, admite-se, ou não, modifi cação na disposição dos itens da Ordem do Dia? Dispositivo Regimental: art. 225 - VII CRI

Questão de Ordem nº 124: Deputado JOSÉ E. FERREIRASessão: 29ª S.E. - Data: 08/05/96. Dispõe sobre o pedido de “im-peachment” do Senhor Governador de São Paulo, protocolado em 08/05/96, com fundamento na Lei Federal n.º 1079, de 1950, em que recebida a denúncia, será lida no expediente na sessão seguinte e despachada a uma Comissão Especial.Dispositivo Regimental: VIII CRI

Questão de Ordem nº 130: Deputado JAYME GIMINEZDispõe acerca do critério a ser adotado pela Presidência, quando da posse do Suplente de Deputado que, eleito por uma coligação, en-contra-se fi liado a partido diverso da coligação que o elegeu. Dispositivo Regimental: VIII CRI

Questão de Ordem nº 132: Deputado LUIZ CARLOS DA SILVASessão: 20ª S.O. - Data: 06/03/97. Dispõe sobre a suspensão da tra-mitação de projetos de lei, processos, e demais procedimentos legisla-tivos e administrativos, com base na Lei Complementar nº 651, de 31/7/90 ; poderão ser apresentadas novas representações visando à criação, incorporação, fusão e desmembramento de município, sem que seja promulgada lei complementar federal de que trata o § 4º do artigo 18 da Constituição Federal?Dispositivo Regimental: VIII CRIDispositivo Constitucional: art. 18, § 4° - CF (Emenda Constitucional nº 15/96)

Questão de Ordem nº 142: Deputado ERASMO DIAS - SYLVIO MARTINISessão: 190ª S.O. - Data: 12/12/97. Dispõe sobre a inclusão de outras

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

XI

matérias , objeto de apreciação, sem a votação da Lei Orçamentária. Dispositivo Regimental: VIII CRIDispositivo Constitucional: § 4º do Art. 9° - CE

Questão de Ordem nº 157: Deputado ERASMO DIASSessão: 8ª S.O. - Data: 29/12/98. Dispõe sobre a posse do Gover-nador em 1º de janeiro, arrazoando e indagando: aceita por legal a ausência à posse até 11 de janeiro, o impedimento do Governador, “por motivo de força maior” além desse prazo , que duração terá?Dispositivo Regimental: VIII CRI

Questão de Ordem nº 183: Deputado JOSÉ ZICO PRADOSessão: 139ª S.O. - Data: 26/09/00. Dispõe sobre a realização de plebiscito para a privatização do BANESPA.Dispositivo Regimental: IX CRIDispositivo Constitucional: Art. 24 - CEOutros dispositivos: art. 3º da Lei Federal n.º 9709, de 1998

Questão de Ordem nº 190: Deputado CAMPOS MACHADOSessão: 188ª S.O. - Data: 14/12/00. Dispõe sobre a convocação de suplente de Deputado Estadual para assumir a cadeira, sendo deten-tor de mandato de Vereador.Dispositivo Regimental: IX CRIDispositivo Constitucional: § 1º do Art. 17 - CE

LEGISLAÇÃO REFERENTE À PARTICIPAÇÃO DE MEMBROS DO PODER LEGISLATIVO EM ÓRGÃO COLEGIADOS

Lei Complementar nº 846, de 4 de junho de 1998Dispõe sobre a qualifi cação de entidades como organizações sociais, e dá outras providências.(Artigos 1° e 9°, § 3°)

Lei Complementar nº 914, de 14 de janeiro de 2002Cria a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Trans-porte do Estado de São Paulo - ARTESP(Artigos 1° e 18)

Lei Complementar nº 939, de 3 de Abril de 2003Institui o código de direitos, garantias e obrigações do contribuinte no Estado de São Paulo.(Artigos 21 a 25, e disposições fi nais e transitórias, artigo único.)

Lei nº 9.849, de 26 de setembro de 1967Autoriza o Poder Executivo a constituir a Fundação “Padre Anchieta” - Centro Paulista de Rádio e TV Educativa, e dá outras providências.(Artigos 1° e 3°)

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

XII

Decreto nº 25.117, de 6 de maio de 1986Aprova o novo Estatuto da Fundação Padre Anchieta - Centro Paulista de Rádio e TV Educativas.(Artigos 1°; 2°; 6° ao 8° e 10.)

Lei nº 7.576, de 27 de novembro de 1991Cria o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana e dá providências correlatas.(Artigos 1° e 5°.)

Lei nº 7.964, de 16 de julho de 1992Dá nova denominação ao Fundo de Expansão Agropecuária, defi ne seus objetivos, dispõe sobre a aplicação de seus recursos e dá provi-dências correlatas.(Artigos 1° e 7°.)

Lei nº 8.074, de 21 de outubro de 1992Cria o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente e o Fundo Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, e dá providências correlatas.(Artigos 1° ao 3°.)

Lei nº 9.177, de 18 de outubro de 1995Cria o Conselho Estadual de Assistência Social e o Fundo Estadual de Assistência Social, extingue o Conselho Estadual de Auxílios e Sub-venções e dá providências correlatas.(Artigos 1° e 2°.)

Lei nº 10.231, de 12 de março de 1999Reduz, pelo período de 75 (setenta e cinco) dias, a alíquota do Impos-to sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS dos veículos automotores, suspendendo a efi cácia do item 12 do § 1º do artigo 34 da Lei nº 6374, de 1º de março de 1989 (Acordo automotivo).(Artigos 1° e 2°.)

Lei nº 10.355, de 26 de Agosto de 1999Concede isenção do pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA, na hipótese que especifi ca, e dá provi-dências correlatas

Lei nº 10.429, de 2 de dezembro de 1999Dispõe sobre a criação da Campanha Anual de Combate à Violência e Exploração Contra Crianças e Adolescentes no Estado de São Paulo e dá outras providências.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

XIII

Lei nº 10.726, de 8 de janeiro de 2001Dispõe sobre indenização a pessoas detidas sob a acusação de terem participado de atividades políticas no período de 31 de março de 1964 a 15 de agosto de 1979, que tenham fi cado sob a responsabilidade de órgãos públicos do Estado de São Paulo, e dá outras providências.(Artigos 1° e 3°.)

Lei nº 10.776 de 2 de março de 2001Autoriza o Poder Executivo a criar a Comissão de Notáveis para estu-do do salário mínimo estadual.

Lei nº 11.248, de 4 de novembro de 2002Cria o Conselho Estadual de Política Energética - CEPE.(Artigos 1° e 2°.)

Lei nº 11.274, de 3 de dezembro de 2002Dispõe sobre a instituição do Pólo Tecnológico da Indústria Têxtil e de Confecções da região integrada pelos municípios que especifi ca, e dá providências correlatas.

Lei nº 12.548, de 27 de fevereiro de 2007Consolida a legislação relativa ao idoso(Do Programa de Vacinação da Terceira Idade)(Artigo 1°; 14, § 1º, 2º e 3º e 15)

Decreto nº 43.863, de 3 de março de 1999Dispõe sobre os Grupos incumbidos de promover e coordenar as ações de vacinação da terceira idade, e dá providências correlatas.(Artigo 1°.)

Resolução nº 817, de 22 de novembro de 2001Cria o Conselho Estadual Parlamentar de Comunidades de Raízes e Culturas Estrangeiras - CONSCRE.

Resolução nº 829, de 17 de dezembro de 2002Cria o Conselho Parlamentar pela Cultura de Paz.

Decreto nº 40.294, de 1º de setembro de 1995Cria o Conselho Estadual de Políticas para a AIDS - CONEPAIDS e dá providências correlatas

Decreto nº 45.114, de 28 de agosto de 2000Dispõe sobre o Conselho Estadual de Alimentação Escolar de São Paulo - CEAE e dá providências correlatas.(Artigos 1° e 3°.)

Decreto nº 46.591, de 11 de março de 2002Institui Comissão Especial para Assuntos Notariais e de Registros junto à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, e dá provi-

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

XIV

dências correlatas.(Artigos 1° e 4°.)

Decreto nº 47.243, de 22 de outubro de 2002 Institui junto à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania a Co-missão de Implantação do Estatuto da Cidade com o objetivo de coor-denar as medidas de implantação do Estatuto da Cidade no âmbito do Estado de São Paulo, e dá providências correlatas.

LEGISLAÇÃO REFERENTE À DENOMINAÇÃO DO EDIFÍCIO E DE-PENDÊNCIAS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Indicação nº 10, de 1947Dá denominação ao prédio da Assembléia Legislativa

Resolução nº 566, de 30 de outubro de 1967Denomina o edifício Sede da Assembléia Legislativa de “Palácio 9 de Julho”

Resolução nº 587, de 11 de outubro de 1972Denomina “Plenário Tiradentes, Plenário D. Pedro I, Plenário José Bonifácio”, respectivamente o Plenário Vermelho, Plenário Azul e o Plenário Amarelo das Comissões do Palácio 9 de Julho.

Resolução nº 614, de 24 de julho de 1978Dá a denominação de “Salão Nobre 23 de Maio - M.M.D.C” ao Saguão Monumental do Palácio 9 de Julho.

Resolução nº 621, de 2 de agosto de 1979Dá denominação ao Plenário da Assembléia Legislativa

Resolução nº 629, de 31 de março de 1981Dá denominação ao Salão Nobre de acesso ao Plenário

Resolução nº 631, de 22 de abril de 1981Dá a denominação de “Tribuno Ibrahim Nobre” ao Parlatório da As-sembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

Resolução nº 828, de 27 de novembro de 2002Dá a denominação de “Heróis da Revolução de 32 - Setenta Anos”, “Democracia e Cidadania” e “Tancredo de Almeida Neves” aos “halls” de entrada do Palácio “9 de Julho”; e a denominação de “Salão dos Líderes” ao espaço da Assembléia Legislativa conhecido como Salão dos Quadros.

Resolução nº 836, de 19 de dezembro de 2003Dá a denominação de “Deputado José Blota Jr” ao local que especifi ca (O Café dos Deputados localizado no 1° andar do Palácio 9 de julho).

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

XV

Resolução nº 837, de 30 de abril de 2004Dá a denominação de “Deputado Januário Mantelli Neto” ao Serviço Técnico de Creche, da Divisão de Saúde e Assistência ao Servidor, do Departamento de Recursos Humanos, da Secretaria Geral de Admi-nistração da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

Resolução nº 840, de 23 de dezembro de 2004Dá denominação às instalações do Serviço Técnico de Editoração e Produção Gráfi ca da Assembléia Legislativa.

Ato da Mesa nº 1, de 21 de janeiro de 2000Denomina “V Centenário”, o Espaço Cultural no 1º andar da Casa.

Ato da Mesa nº 28, de 14 de dezembro de 2000Denomina “André Franco Montoro” o auditório do 1° andar da Casa.

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

Constituição Federal

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1

Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Promulgada em 05 de outubro de 1988

...........................................................................

TÍTULO II

Dos Direitos e Garantias Fundamentais

CAPÍTULO I

Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos

Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer nature-za, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

...........................................................................

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

...........................................................................

§ 3º - Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (NR)

§ 3° acrescentado pela Emenda Constitucional nº 45, de 08/12/2004

...........................................................................

CAPÍTULO IV

Dos Direitos Políticos

Art. 14 - A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

I - plebiscito;

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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II - referendo;

III - iniciativa popular.

§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:

I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;

II - facultativos para:

a) os analfabetos;

b) os maiores de setenta anos;

c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.

§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:

I - a nacionalidade brasileira;

II - o pleno exercício dos direitos políticos;

III - o alistamento eleitoral;

IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;

V - a fi liação partidária;

VI - a idade mínima de:

a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;

b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;

c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;

d) dezoito anos para Vereador.

§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

§ 5º - O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente. (NR)

§ 5° com redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 04/06/1997.

§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Go-

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

vernadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.

§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afi ns, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:

I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;

II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

§ 9º - Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fi m de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada a vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a infl uência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. (NR)

§ 9° com redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, de 07/06/1994.

§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.

§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.

...........................................................................

TÍTULO III

Da Organização do Estado

CAPÍTULO I

Da Organização Político-Administrativa

Art. 18 - A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.

...........................................................................

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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§ 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmem-brar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territó-rios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

...........................................................................

CAPÍTULO III

Dos Estados Federados

Art. 25 - Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.

...........................................................................

§ 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

...........................................................................

Art. 27 - O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atin-gido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.

§ 1º - Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.

§ 2º - O subsídio dos Deputados Estaduais será fi xado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, 75% (setenta e cinco por cento) daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (NR)

§ 2° com redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 04/06/1998.

§ 3º - Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.

§ 4º - A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.

Art. 28 - A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77. (NR)

Art. 26 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 04/06/1997.

...........................................................................

§ 2º - O subsídio do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fi xados por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (NR)

§ 2° acrescentado pela Emenda Constitucional nº 19, de 04/06/1998.

...........................................................................

CAPÍTULO VI

Da Intervenção

Art. 36 - A decretação da intervenção dependerá:

I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Fe-deral, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário;

...........................................................................

§ 1º - O decreto de intervenção, que especifi cará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legis-lativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas.

§ 2º - Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembléia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas.

§ 3º - Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apre-ciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.

§ 4º - Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal.

...........................................................................

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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CAPÍTULO VII

Da Administração Pública

SEÇÃO I

Disposições Gerais

Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e efi ciência e, também, ao seguinte:(NR)

Art. 37 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 04/06/1998.

...........................................................................

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Fe-deral e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legis-lativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (NR)

Inciso XI com redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, de 19/12/2003.

XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

...........................................................................

Art. 38 - Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: (NR)

Art. 38 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 04/06/1998.

I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, fi cará afas-tado de seu cargo, emprego ou função;

...........................................................................

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse.

...........................................................................

CAPÍTULO I

Do Poder Legislativo

SEÇÃO V

Dos Deputados e dos Senadores

Art. 53 - Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. (NR)

§ 1º - Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. (NR)

§ 2º - Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em fl agrante de crime inafi ançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa res-pectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. (NR)

§ 3º - Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão fi nal, sustar o andamento da ação. (NR)

§ 4º - O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. (NR)

§ 5º - A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. (NR)

§ 6º - Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confi aram ou deles receberam informações. (NR)

§ 7º - A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores,

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva. (NR)

§ 8º - As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida. (NR)

Art. 53, caput e §§ com redação dada pela Emenda Constitucional n. º 35, de 20/12/2000 e § 8º acrescentado pela mesma Emenda.

Art. 54 - Os Deputados e Senadores não poderão:

I - desde a expedição do diploma:

a) fi rmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autar-quia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa conces-sionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;

b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades constantes da alínea anterior;

II - desde a posse:

a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;

b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas enti-dades referidas no inciso I, a;

c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, a;

d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

Art. 55 - Perderá o mandato o Deputado ou Senador:

I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;

II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parla-mentar;

III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;

V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Cons-tituição;

VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.

§ 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos defi nidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas.

§ 2º - Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.

§ 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.

§ 4º - A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos sus-pensos até as deliberações fi nais de que tratam os §§ 2º e 3º. (NR)

§ 4° acrescentado pela Emenda Constitucional de Revisão nº 06, de 07/0/1994.

Art. 56 - Não perderá o mandato o Deputado ou Senador:

I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária;

II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afas-tamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa.

§ 1º - O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias.

§ 2º - Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para pre-enchê-la se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato.

§ 3º - Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá optar pela remuneração do mandato.

...........................................................................

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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SEÇÃO VIII

Do Processo Legislativo

SUBSEÇÃO III

Das Leis

Art. 61 - A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:

I - fi xem ou modifi quem os efetivos das Forças Armadas;

II - disponham sobre:

a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração;

b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;

c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; (NR)

Alínea “c” com redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 05/02/1998.

d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;

e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI; (NR)

Alínea “e” com redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 11/09/2001.

f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de car-gos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva. (NR)

Alínea “f” acrescentada pela Emenda Constitucional nº 18, de 05/02/1998.

§ 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

...........................................................................

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Art. 64 - A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presiden-te da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados.

§ 1º - O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.

§ 2º - Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não se manifestarem sobre a proposição, cada qual sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão todas as demais deliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das que tenham prazo cons-titucional determinado, até que se ultime a votação. (NR)

§ 2° com redação dada pela Emenda Constitucional nº 32 de 11/09/2001.

§ 3º - A apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos Deputados far-se-á no prazo de dez dias, observado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior.

§ 4º - Os prazos do § 2º não correm nos períodos de recesso do Congresso Nacional, nem se aplicam aos projetos de código.

...........................................................................

CAPÍTULO III

Do Poder Judiciário

Seção I

Disposições Gerais

...........................................................................

Art. 99 - Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e fi nanceira.

...........................................................................

§ 3º - Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fi ns de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo.

§ 3° acrescentado pela Emenda Constitucional nº 45, de 08/12/2004.

§ 4º - Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encami-

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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nhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fi ns de consolidação da proposta orçamentária anual.

§ 4° acrescentado pela Emenda Constitucional nº 45, de 08/12/2004.

§ 5º - Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se pre-viamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

§ 5° acrescentado pela Emenda Constitucional nº 45, de 08/12/2004.

...........................................................................

SEÇÃO II

Do Supremo Tribunal Federal

Art. 102 - Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

I - processar e julgar, originariamente:

a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato norma-tivo federal; (NR)

Alínea “a” com redação dada pela Emenda Constitucional nº 03, de 17/03/1993.

...........................................................................

q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamenta-dora for atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal;

...........................................................................

Art. 103 - Podem propor a ação de inconstitucionalidade:

...........................................................................

IV - a Mesa de Assembléia Legislativa;

...........................................................................

§ 2º - Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tor-nar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.

...........................................................................

CAPÍTULO I

Do Sistema Tributário Nacional

SEÇÃO II

Das Limitações Do Poder de Tributar

Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

...........................................................................

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profi ssional ou função por eles exercida, independentemente da denomi-nação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

...........................................................................

SEÇÃO IV

Dos Impostos dos Estados e do Distrito Federal

Art. 155 - Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direi-tos; (NR)

Inciso I com redação dada pela Emenda Constitucional nº 03, de 17/03/1993.

II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; (NR)

Inciso II com redação dada pela Emenda Constitucional nº 03, de 17/03/1993.

III - propriedade de veículos automotores; (NR)

Inciso III acrescentado pela Emenda Constitucional nº 03, de 17/03/1993.

§ 1º - O imposto previsto no inciso I:(NR)

§ 1° com redação dada pela Emenda Constitucional nº 03, de 17/03/1993.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal;

II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal;

III - terá a competência para sua instituição regulada por lei complemen-tar:

a) se o doador tiver domicílio ou residência no exterior;

b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior;

IV - terá suas alíquotas máximas fi xadas pelo Senado Federal.

§ 2º - O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:(NR)

§ 2° com redação dada pela Emenda Constitucional nº 03, de 17/03/1993.

I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada ope-ração relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;

II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da le-gislação:

a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes;

b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;

III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;

IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação;

V - é facultado ao Senado Federal:

a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante reso-lução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;

b) fi xar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver confl ito

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

específi co que envolva interesse de Estados, mediante resolução de inicia-tiva da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros;

VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no inciso XII, g, as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais;

VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor fi nal localizado em outro Estado, adotar-se-á:

a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do im-posto;

b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele;

VIII - na hipótese da alínea a do inciso anterior, caberá ao Estado da lo-calização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual;

IX - incidirá também:

a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pes-soa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua fi nalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço; (NR)

Alínea “a” com redação dada pela Emenda Constitucional nº 33, de 11/12/2001.

b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios;

X - não incidirá:

a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; (NR)

Alínea “a” com redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19/12/2003.

b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrifi cantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica;

c) sobre o ouro, nas hipóteses defi nidas no art. 153, § 5º;

d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodi-

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fusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita; (NR)

Alínea “d” acrescentada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19/12/2003.

XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre con-tribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercia-lização, confi gure fato gerador dos dois impostos;

XII - cabe à lei complementar:

a) defi nir seus contribuintes;

b) dispor sobre substituição tributária;

c) disciplinar o regime de compensação do imposto;

d) fi xar, para efeito de sua cobrança e defi nição do estabelecimento res-ponsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços;

e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, a;

f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias;

g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fi scais serão concedidos e re-vogados.

h) defi nir os combustíveis e lubrifi cantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua fi nalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; (NR)

Alínea “h” acrescentada pela Emenda Constitucional nº 33, de 11/12/2001.

i) fi xar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço. (NR)

Alínea “i” acrescentada pela Emenda Constitucional nº 33, de 11/12/2001.

§ 3º - À exceção dos impostos de que tratam o inciso II, do caput deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro imposto poderá incidir sobre opera-ções relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País. (NR)

§ 3° com redação dada pela Emenda Constitucional nº 03, de 17/03/1993 e com alteração feita pela Emenda Constitucional nº33, de 1/12/2001.

§ 4º - Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte:

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

I - nas operações com os lubrifi cantes e combustíveis derivados de petróleo, o imposto caberá ao Estado onde ocorrer o consumo;

II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e seus derivados, e lubrifi cantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, o imposto será repartido entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre nas operações com as demais mercadorias;

III - nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados, e lubri-fi cantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, destinadas a não contribuinte, o imposto caberá ao Estado de origem;

IV - as alíquotas do imposto serão defi nidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o seguinte:

a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por produto;

b) poderão ser específi cas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem, incidindo sobre o valor da operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma venda em condições de livre concorrência;

c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b (NR)

Alínea “c” acrescentada pela Emenda Constitucional nº 33, de 11/12/2001.

§ 5º - As regras necessárias à aplicação do disposto no § 4º, inclusive as relativas à apuração e à destinação do imposto, serão estabelecidas mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g. (NR)

§ 5° acrescentado pela Emenda Constitucional nº 33, de 11/12/2001.

§ 6º - O imposto previsto no inciso III: (NR)

I - terá alíquotas mínimas fi xadas pelo Senado Federal; (NR)

II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização. (NR)

§ 6º e incisos acrescentados pela Emenda Constitucional nº 42, de 19/12/2003.

...........................................................................

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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TÍTULO IX

Das Disposições Constitucionais Gerais

...........................................................................

Art. 235 - Nos dez primeiros anos da criação de Estado, serão observadas as seguintes normas básicas:

I - a Assembléia Legislativa será composta de dezessete Deputados se a população do Estado for inferior a seiscentos mil habitantes, e de vinte e quatro, se igual ou superior a esse número, até um milhão e quinhentos mil;

...........................................................................

ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS

...........................................................................

Art. 11 - Cada Assembléia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da Constituição Federal, obedecidos os princípios desta.

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

Leis Complementares

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990

Estabelece, de acordo com o art. 14, § 9º da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação, e determina outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1º - São inelegíveis:

I - para qualquer cargo:

a) os inalistáveis e os analfabetos;

b) os membros do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas, da Câmara Legislativa e das Câmaras Municipais, que hajam perdido os respectivos mandatos por infringência do disposto nos incisos I e II do art. 55 da Constituição Federal, dos dispositivos equivalentes sobre perda de mandato das Constituições Estaduais e Leis Orgânicas dos Municípios e do Distrito Federal, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos oito anos sub-seqüentes ao término da legislatura; (NR)

Alínea “b” com redação dada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 81, de 13/04/1994.

c) o Governador e o Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, o Prefeito e o Vice-Prefeito que perderem seus cargos eletivos por infringência a dispositivo da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente e nos 3 (três) anos subseqüentes ao término do mandato para o qual tenham sido eleitos;

d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, transitada em julgado, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem 3 (três) anos seguintes;

e) os que forem condenados criminalmente, com sentença transitada em julgado, pela prática de crime contra a economia popular, a fé pública, a administração pública, o patrimônio público, o mercado fi nanceiro, pelo tráfi co de entorpecentes e por crimes eleitorais, pelo prazo de 3 (três) anos, após o cumprimento da pena;

f) os que forem declarados indignos do ofi cialato, ou com ele incompatíveis,

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

pelo prazo de 4 (quatro) anos;

g) os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se a questão houver sido ou estiver sendo subme-tida à apreciação do Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 5 (cinco) anos seguintes, contados a partir da data da decisão;

h) os detentores de cargo na administração pública direta, indireta ou fundacional, que benefi ciarem a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político apurado em processo, com sentença transitada em julgado, para as eleições que se realizarem nos 3 (três) anos seguintes ao término do seu mandato ou do período de sua permanência no cargo;

i) os que, em estabelecimentos de crédito, fi nanciamento ou seguro, que tenham sido ou estejam sendo objeto de processo de liquidação judicial ou extrajudicial, hajam exercido, nos 12 (doze) meses anteriores à respectiva decretação, cargo ou função de direção, administração ou representação, enquanto não forem exonerados de qualquer responsabilidade;

II - para Presidente e Vice-Presidente da República:

a) até 6 (seis) meses depois de afastados defi nitivamente de seus cargos e funções:

1 - os Ministros de Estado:

2 - os chefes dos órgãos de assessoramento direto, civil e militar, da Pre-sidência da República;

3 - o chefe do órgão de assessoramento de informações da Presidência da República;

4 - o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas;

5 - o Advogado-Geral da União e o Consultor-Geral da República;

6 - os chefes do Estado-Maior da Marinha, do Exército e da Aeronáutica;

7 - os Comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica;

8 - os Magistrados;

9 - os Presidentes, Diretores e Superintendentes de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas e as man-tidas pelo poder público;

10 - os Governadores de Estado, do Distrito Federal e de Territórios;

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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11 - os Interventores Federais;

12 - os Secretários de Estado;

13 - os Prefeitos Municipais;

14 - os membros do Tribunal de Contas da União, dos Estados e do Distrito Federal;

15 - o Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal;

16 - os Secretários-Gerais, os Secretários-Executivos, os Secretários Na-cionais, os Secretários Federais dos Ministérios e as pessoas que ocupem cargos equivalentes;

b) os que tenham exercido, nos 6 (seis) meses anteriores à eleição, nos Estados, no Distrito Federal, Territórios e em qualquer dos poderes da União, cargo ou função, de nomeação pelo Presidente da República, sujeito à aprovação prévia do Senado Federal;

c) (Vetado);

d) os que, até 6 (seis) meses antes da eleição, tiverem competência ou interesse, direta, indireta ou eventual, no lançamento, arrecadação ou fi sca-lização de impostos, taxas e contribuições de caráter obrigatório, inclusive parafi scais, ou para aplicar multas relacionadas com essas atividades;

e) os que, até 6 (seis) meses antes da eleição, tenham exercido cargo ou função de direção, administração ou representação nas empresas de que tratam os arts. 3º e 5º da Lei nº 4.137, de 10 de setembro de 1962, quando, pelo âmbito e natureza de suas atividades, possam tais empresas infl uir na economia nacional;

f) os que, detendo o controle de empresas ou grupo de empresas que atuem no Brasil, nas condições monopolísticas previstas no parágrafo único do art. 5º da lei citada na alínea anterior, não apresentarem à Justiça Eleitoral, até 6 (seis) meses antes do pleito, a prova de que fi zeram cessar o abuso apurado, do poder econômico, ou de que transferiram, por força regular, o controle de referidas empresas ou grupo de empresas;

g) os que tenham, dentro dos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito, ocupado cargo ou função de direção, administração ou representação em entidades representativas de classe, mantidas, total ou parcialmente, por contribuições impostas pelo poder Público ou com recursos arrecadados e repassados pela Previdência Social;

h) os que, até 6 (seis) meses depois de afastados das funções, tenham

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exercido cargo de Presidente, Diretor ou Superintendente de sociedades com objetivos exclusivos de operações fi nanceiras e façam publicamente apelo à poupança e ao crédito, inclusive através de cooperativas e da em-presa ou estabelecimentos que gozem, sob qualquer forma, de vantagens asseguradas pelo poder público, salvo se decorrentes de contratos que obedeçam a cláusulas uniformes;

i) os que, dentro de 6 (seis) meses anteriores ao pleito, hajam exercido cargo ou função de direção, administração ou representação em pessoa jurídica ou em empresa que mantenha contrato de execução de obras, de prestação de serviços ou de fornecimento de bens com órgão do Poder Público ou sob seu controle, salvo no caso de contrato que obedeça a cláusulas uniformes;

j) os que, membros do Ministério Público, não se tenham afastado das suas funções até 6 (seis)) meses anteriores ao pleito;

I - os que, servidores públicos, estatutários ou não, dos órgãos ou entida-des da Administração direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos Territórios, inclusive das fundações mantidas pelo Poder Público, não se afastarem até 3 (três) meses anteriores ao pleito, garantido o direito à percepção dos seus vencimentos integrais;

III - para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;

a) os inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da Re-pública especifi cados na alínea “a” do inciso II deste artigo e, no tocante às demais alíneas, quando se tratar de repartição pública, associação ou empresas que operem no território do Estado ou do Distrito Federal, ob-servados os mesmos prazos;

b) até 6 (seis) meses depois de afastados defi nitivamente de seus cargos ou funções:

1 - os chefes dos Gabinetes Civil e Militar do Governador do Estado ou do Distrito Federal;

2 - os comandantes do Distrito Naval, Região Militar e Zona Aérea;

3 - os diretores de órgãos estaduais ou sociedades de assistência aos Municípios;

4 - os secretários da administração municipal ou membros de órgãos congêneres;

IV - para Prefeito e Vice-Prefeito:

a) no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para

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os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, observado o prazo de 4 (quatro) meses para a desincompatibilização;

b) os membros do Ministério Público e Defensoria Pública em exercício na Comarca, nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito, sem prejuízo dos vencimentos integrais;

c) as autoridades policiais, civis ou militares, com exercício no Município, nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito;

V - para o Senado Federal:

a) os inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da Repú-blica especifi cados na alínea “a” do inciso II deste artigo e, no tocante às demais alíneas, quando se tratar de repartição pública, associação ou em-presa que opere no território do Estado, observados os mesmos prazos;

b) em cada Estado e no Distrito Federal, os inelegíveis para os cargos de Governador e Vice-Governador, nas mesmas condições estabelecidas, observados os mesmos prazos;

VI - para a Câmara dos Deputados, Assembléia Legislativa e Câmara Legis-lativa, no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para o Senado Federal, nas mesmas condições estabelecidas, observados os mesmos prazos;

VII - para a Câmara Municipal:

a) no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para o Senado Federal e para a Câmara dos Deputados, observado o prazo de 6 (seis) meses para a desincompatibilização;

b) em cada Município, os inelegíveis para os cargos de Prefeito e Vice-Pre-feito, observado o prazo de 6 (seis) meses para a desincompatibilização;

§ 1º - Para concorrência a outros cargos, o Presidente da República, os Go-vernadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito.

§ 2º - O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito poderão candidatar-se a outros cargos, preservando os seus mandatos respectivos, desde que, nos últimos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, não tenham sucedido ou substituído o titular.

§ 3º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes, consangüíneos ou afi ns, até o segundo grau ou por adoção,

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do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

Art. 2º - Compete à Justiça Eleitoral conhecer e decidir as argüições de inelegibilidade.

Parágrafo único - A argüição de inelegibilidade será feita perante:

I - o Tribunal Superior Eleitoral, quando se tratar de candidato a Presidente ou Vice-Presidente da República;

II - os Tribunais Regionais Eleitorais, quando se tratar de candidato a Senador, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital;

III - os Juízes Eleitorais, quando se tratar de candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador.

Art. 3º - Caberá a qualquer candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação do pedido de registro do candidato, impugná-lo em petição fundamentada.

§ 1º - A impugnação, por parte do candidato, partido político ou coligação, não impede a ação do Ministério Público no mesmo sentido.

§ 2º - Não poderá impugnar o registro de candidato o representante do Ministério Público que, nos 4 (quatro) anos anteriores, tenha disputado cargo eletivo, integrado diretório de partido ou exercido atividade político-partidária.

§ 3º - O impugnante especifi cará, desde logo, os meios de prova com que pretende demonstrar a veracidade do alegado, arrolando testemunhas, se for o caso, no máximo de 6 (seis).

Art. 4º - A partir da data em que terminar o prazo para impugnação, passará a correr, após devida notifi cação, o prazo de 7 (sete) dias para que o candidato, partido político ou coligação possa contestá-la, juntar documentos, indicar rol de testemunhas e requerer a produção de outras provas, inclusive documentais, que se encontrarem em poder de terceiros, de repartições públicas ou em procedimentos judiciais, ou administrativos, salvo os processos em tramitação em segredo de justiça.

Art. 5º - Decorrido o prazo para contestação, se não se tratar apenas de matéria de direito e a prova protestada for relevante, serão designados os 4 (quatro) dias seguintes para inquirição das testemunhas do impugnante

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e do impugnado, as quais comparecerão por iniciativa das partes que as tiverem arrolado, com notifi cação judicial.

§ 1º - As testemunhas do impugnante e do impugnado serão ouvidas em uma só assentada.

§ 2º - Nos 5 (cinco) dias subseqüentes, o Juiz, ou o Relator, procederá a todas as diligências que determinar, de ofício ou a requerimento das partes.

§ 3º - No prazo do parágrafo anterior, o Juiz, ou o Relator, poderá ouvir terceiros, referidos pelas partes, ou testemunhas, como conhecedores dos fatos e circunstâncias que possam infl uir na decisão da causa.

§ 4º - Quando qualquer documento necessário à formação da prova se achar em poder de terceiro, o Juiz, ou o Relator, poderá ainda, no mesmo prazo, ordenar o respectivo depósito.

§ 5º - Se o terceiro, sem justa causa, não exibir o documento, ou não comparecer a juízo, poderá o Juiz contra ele expedir mandado de prisão e instaurar processo por crime de desobediência.

Art. 6º - Encerrado o prazo da dilação probatória, nos termos do artigo anterior, as partes, inclusive o Ministério Público, poderão apresentar ale-gações no prazo comum de 5 (cinco) dias.

Art. 7º - Encerrado o prazo para alegações, os autos serão conclusos ao Juiz, ou ao Relator, no dia imediato, para sentença ou julgamento pelo Tribunal.

Parágrafo único - O Juiz, ou Tribunal, formará sua convicção pela livre apreciação da prova, atendendo aos fatos e às circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes, mencionando, na decisão, os que motivaram seu convencimento.

Art. 8º - Nos pedidos de registro de candidatos a eleições municipais, o Juiz Eleitoral apresentará a sentença em cartório 3 (três) dias após a conclusão dos autos, passando a correr deste momento o prazo de 3 (três) dias para a interposição de recurso para o Tribunal Regional Eleitoral.

§ 1º - A partir da data em que for protocolizada a petição de recurso, passará a correr o prazo de 3 (três) dias para a apresentação de contra-razões.

§ 2º - Apresentadas as contra-razões, serão os autos imediatamente re-metidos ao Tribunal Regional Eleitoral, inclusive por portador, se houver necessidade, decorrente da exigüidade de prazo, correndo as despesas do transporte por conta do recorrente, se tiver condições de pagá-las.

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Art. 9º - Se o Juiz Eleitoral não apresentar a sentença no prazo do artigo anterior, o prazo para recurso só começará a correr após a publicação da mesma por edital, em cartório.

Parágrafo único - Ocorrendo a hipótese prevista neste artigo, o Corre-gedor Regional, de ofício, apurará o motivo do retardamento e proporá ao Tribunal Regional Eleitoral, se for o caso, a aplicação da penalidade cabível.

Art. 10 - Recebidos os autos na Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral, estes serão autuados e apresentados no mesmo dia ao Presidente, que, também na mesma data, os distribuirá a um Relator e mandará abrir vistas ao Procurador Regional pelo prazo de 2 (dois) dias.

Parágrafo único - Findo o prazo, com ou sem parecer, os autos serão enviados ao Relator, que os apresentará em mesa para julgamento em 3 (três) dias, independentemente de publicação em pauta.

Art. 11 - Na sessão do julgamento, que poderá se realizar em até 2 (duas) reuniões seguidas, feito o relatório, facultada a palavra às partes e ouvido o Procurador Regional, proferirá o Relator o seu voto e serão tomados os dos demais Juízes.

§ 1º - Proclamado o resultado, o Tribunal se reunirá para lavratura do acór-dão, no qual serão indicados o direito, os fatos e as circunstâncias com base nos fundamentos do Relator ou do voto vencedor.

§ 2º - Terminada a sessão, far-se-á a leitura e a publicação do acórdão, passando a correr dessa data o prazo de 3 (três) dias, para a interposição de recurso para o Tribunal Superior Eleitoral, em petição fundamentada.

Art. 12 - Havendo recurso para o Tribunal Superior Eleitoral, a partir da data em que for protocolizada a petição passará a correr o prazo de 3 (três) dias para a apresentação de contra-razões, notifi cado por telegrama o recorrido.

Parágrafo único - Apresentadas as contra-razões, serão os autos imedia-tamente remetidos ao Tribunal Superior Eleitoral.

Art. 13 - Tratando-se de registro a ser julgado originariamente por Tribunal Regional Eleitoral, observado o disposto no art. 6º desta Lei Complementar, o pedido de registro, com ou sem impugnação, será julgado em 3 (três) dias, independentemente de publicação em pauta.

Parágrafo único - Proceder-se-á ao julgamento na forma estabelecida no art. 11 desta Lei Complementar e, havendo recurso para o Tribunal Superior Eleitoral, observar-se-á o disposto no artigo anterior.

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Art. 14 - No Tribunal Superior Eleitoral, os recursos sobre registro de can-didatos serão processados e julgados na forma prevista nos arts. 10 e 11 desta Lei Complementar.

Art. 15 - Transitada em julgado a decisão que declarar a inelegibilidade do candidato, ser-lhe-á negado registro, ou cancelado, se já tiver sido feito, ou declarado nulo o diploma, se já expedido.

Art. 16 - Os prazos a que se referem o art. 3º e seguintes desta Lei Com-plementar são peremptórios e contínuos e correm em secretaria ou Cartório e, a partir da data do encerramento do prazo para registro de candidatos, não se suspendem aos sábados, domingos e feriados.

Art. 17 - É facultado ao partido político ou coligação que requerer o registro de candidato considerando inelegível dar-lhe substituto, mesmo que a de-cisão passada em julgado tenha sido proferida após o termo fi nal do prazo de registro, caso em que a respectiva Comissão Executiva do Partido fará a escolha do candidato.

Art. 18 - A declaração de inelegibilidade do candidato à Presidência da República, Governador de Estado e do Distrito Federal e Prefeito Municipal não atingirá o candidato a Vice-Presidente, Vice-Governador ou Vice-Pre-feito, assim como a destes não atingirá aqueles.

Art. 19 - As transgressões pertinentes à origem de valores pecuniários, abuso do poder econômico ou político, em detrimento da liberdade de voto, serão apuradas mediante investigações jurisdicionais realizadas pelo Corregedor-Geral e Corregedores Regionais Eleitorais.

Parágrafo único - A apuração e a punição das transgressões mencionadas no caput deste artigo terão o objetivo de proteger a normalidade e legitimi-dade das eleições contra a infl uência do poder econômico ou do abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta, indireta e fundacional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Art. 20 - O candidato, partido político ou coligação são parte legítima para denunciar os culpados e promover-lhes a responsabilidade; a nenhum servidor público, inclusive de autarquias, de entidade paraestatal e de sociedade de economia mista será lícito negar ou retardar ato de ofício tendente a esse fi m, sob pena de crime funcional.

Art. 21 - As transgressões a que se refere o art. 19 desta Lei Complementar serão apuradas mediante procedimento sumaríssimo de investigação judi-cial, realizada pelo Corregedor-Geral e Corregedores Regionais Eleitorais, nos termos das Leis nºs 1.579, de 18 de março de 1952, 4.410, de 24 de setembro de 1964, com as modifi cações desta Lei Complementar.

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Art. 22 - Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunica-ção social, em benefício de candidato ou de partido político, obedecido o seguinte rito:

I - o Corregedor, que terá as mesmas atribuições do Relator em processos judiciais, ao despachar a inicial, adotará as seguintes providências:

a) ordenará que se notifi que o representado do conteúdo da petição, entre-gando-se-lhe a segunda via apresentada pelo representante com as cópias dos documentos, a fi m de que, no prazo de 5 (cinco) dias, ofereça ampla defesa, juntada de documentos e rol de testemunhas, se cabível;

b) determinará que se suspenda o ato que deu motivo à representação, quando for relevante o fundamento e do ato impugnado puder resultar a inefi ciência da medida, caso seja julgada procedente;

c) indeferirá desde logo a inicial, quando não for caso de representação ou lhe faltar algum requisito desta Lei Complementar;

II - no caso do Corregedor indeferir a reclamação ou representação, ou retardar-lhe a solução, poderá o interessado renová-la perante o Tribunal, que resolverá dentro de 24 (vinte e quatro) horas;

III - o interessado, quando for atendido ou ocorrer demora, poderá levar o fato ao conhecimento do Tribunal Superior Eleitoral, a fi m de que sejam tomadas as providências necessárias;

IV - feita a notifi cação, a Secretaria do Tribunal juntará aos autos cópia autêntica do ofício endereçado ao representado, bem como a prova da entrega ou da sua recusa em aceitá-la ou dar recibo;

V - fi ndo o prazo da notifi cação, com ou sem defesa, abrir-se-á prazo de 5 (cinco) dias para inquirição, em uma só assentada, de testemunhas arrola-das pelo representante e pelo representado, até o máximo de 6 (seis) para cada um, as quais comparecerão independentemente de intimação;

VI - nos 3 (três) dias subseqüentes, o Corregedor procederá a todas as diligências que determinar, ex offi cio ou a requerimento das partes;

VII - no prazo da alínea anterior, o Corregedor poderá ouvir terceiros, referidos pelas partes, ou testemunhas, como conhecedores dos fatos e circunstâncias que possam infl uir na decisão do feito;

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VIII - quando qualquer documento necessário à formação da prova se achar em poder de terceiro, inclusive estabelecimento de crédito, ofi cial ou pri-vado, o Corregedor poderá, ainda, no mesmo prazo, ordenar o respectivo depósito ou requisitar cópias;

IX - se o terceiro, sem justa causa, não exibir o documento, ou não com-parecer a juízo, o Juiz poderá expedir contra ele mandado de prisão e instaurar processos por crime de desobediência;

X - encerrado o prazo da dilação probatória, as partes, inclusive o Ministério Público, poderão apresentar alegações no prazo comum de 2 (dois) dias;

XI - terminado o prazo para alegações, os autos serão conclusos ao Cor-regedor, no dia imediato, para apresentação de relatório conclusivo sobre o que houver sido apurado;

XII - o relatório do Corregedor, que será assentado em 3 (três) dias, e os autos da representação serão encaminhados ao Tribunal competente, no dia imediato, com pedido de inclusão incontinenti do feito em pauta, para julgamento na primeira sessão subseqüente;

XIII - no Tribunal, o Procurador-Geral ou Regional Eleitoral terá vista dos autos por 48 (quarenta e oito) horas, para se pronunciar sobre as imputa-ções e conclusões do Relatório;

XIV - julgada procedente a representação, o Tribunal declarará a inelegi-bilidade do representado e de quantos hajam contribuído para a prática do ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade para as eleições a se realizarem nos 3 (três) anos subseqüentes à eleição em que se verifi cou, além da cassação do registro do candidato diretamente benefi ciado pela interferência do poder econômico e pelo desvio ou abuso do poder de au-toridade, determinando a remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral, para instauração de processo disciplinar, se for o caso, e processo-crime, ordenando quaisquer outras providências que a espécie comportar;

XV - se a representação for julgada procedente após a eleição do candidato, serão remetidas cópias de todo o processo ao Ministério Público Eleitoral, para os fi ns previstos no art. 14, §§ 10 e 11 da Constituição Federal, e art. 262, inciso IV, do Código Eleitoral.

Parágrafo único - O recurso contra a diplomação, interposto pelo repre-sentante, não impede a atuação do Ministério Público no mesmo sentido.

Art. 23 - O Tribunal formará sua convicção pela livre apreciação dos fatos públicos e notórios, dos indícios e presunções e prova produzida, atentando para circunstâncias ou fatos, ainda que não indicados ou alegados pelas

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partes, mas que preservem o interesse público de lisura eleitoral.

Art. 24 - Nas eleições municipais, o Juiz Eleitoral será competente para conhecer e processar a representação prevista nesta Lei Complementar, exercendo todas as funções atribuídas ao Corregedor-Geral ou Regional, constantes dos incisos I a XV do art. 22 desta Lei Complementar, cabendo ao representante do Ministério Público Eleitoral em função da Zona Eleitoral as atribuições deferidas ao Procurador-Geral e Regional Eleitoral, observadas as normas do procedimento previstas nesta Lei Complementar.

Art. 25 - Constitui crime eleitoral a argüição de inelegibilidade, ou a impug-nação de registro de candidato feito por interferência do poder econômico, desvio ou abuso do poder de autoridade, deduzida de forma temerária ou de manifesta má-fé:

Pena: detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa de 20 (vinte) a 50 (cinqüenta) vezes o valor do Bônus do Tesouro Nacional (BTN) e, no caso de sua extinção, de título público que o substitua.

Art. 26 - Os prazos de desincompatibilização previstos nesta Lei Comple-mentar que já estiverem ultrapassados na data de sua vigência considerar-se-ão atendidos desde que a desincompatibilização ocorra até 2 (dois) dias após a publicação desta Lei Complementar.

Art. 27 - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publica-ção.

Art. 28 - Revogam-se a Lei Complementar nº 5, de 29 de abril de 1970 e as demais disposições em contrário.

Brasília, 18 de maio de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLOR

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Lei Complementar nº 78, de 30 de dezembro de 1993

Disciplina a fi xação do número de Deputados, nos termos do art. 45, § 1º, da Constituição Federal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Proporcional à população dos Estados e do Distrito Federal, o número de deputados federais não ultrapassará 513 (quinhentos e treze) representantes, fornecida, pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística, no ano anterior às eleições, a atualização estatística demo-gráfi ca das unidades da Federação.

Parágrafo único - Feitos os cálculos da representação dos Estados e do Distrito Federal, o Tribunal Superior Eleitoral fornecerá aos Tribunais Regionais Eleitorais e aos partidos políticos o número de vagas a serem disputadas.

Art. 2º - Nenhum dos Estados membros da Federação terá menos de 8 (oito) deputados federais.

Parágrafo único - Cada Território Federal será representado por 4 (quatro) deputados federais.

Art. 3º - O Estado mais populoso será representado por 70 (setenta) de-putados federais.

Art. 4º - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publica-ção.

Art. 5º - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 30 de dezembro de 1993, 172º da Independência e 105º da República.ITAMAR FRANCO

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Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000

Estabelece normas de fi nanças públicas voltadas para a responsa-bilidade na gestão fi scal e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei complementar:

CAPÍTULO I

Disposições Preliminares

Art. 1º - Esta lei complementar estabelece normas de fi nanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fi scal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.

§ 1º - A responsabilidade na gestão fi scal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.

§ 2º - As disposições desta lei complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

§ 3º - Nas referências:

I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos:

a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público;

...........................................................................III - a tribunais de contas estão incluídos: Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do Estado e, quando houver, Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do Município.

Art. 2º - Para os efeitos desta lei complementar, entende-se como:

I - ente da Federação: a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada Município;

II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação;

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III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos fi nanceiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária;

IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribui-ções, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos:

a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determi-nação constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição;

b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;

c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação fi nanceira citada no § 9º do art. 201 da Constituição.

§ 1º - Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os valores pagos e recebidos em decorrência da Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996, e do fundo previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

§ 2º - Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e de Roraima os recursos recebidos da União para atendimento das despesas de que trata o inciso V do § 1º do art. 19.

§ 3º - A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.

CAPÍTULO II

Do Planejamento

Seção I

Do Plano Plurianual

Art. 3º - (VETADO)

Seção II

Da Lei de Diretrizes Orçamentárias

Art. 4º - A Lei de Diretrizes Orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e:

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I - disporá também sobre:

a) equilíbrio entre receitas e despesas;

b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9º e no inciso II do § 1º do art. 31;

c) (VETADO)

d) (VETADO)

e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas fi nanciados com recursos dos orçamentos;

f) demais condições e exigências para transferências de recursos a enti-dades públicas e privadas;

II - (VETADO)

III - (VETADO)

§ 1º - Integrará o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.

§ 2º - O anexo conterá, ainda:

I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;

II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifi quem os resultados pretendidos, comparando-as com as fi xadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional;

III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;

IV - avaliação da situação fi nanceira e atuarial:

a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador;

b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;

V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da

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margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.

§ 3º - A Lei de Diretrizes Orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.

§ 4º - A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo específi co, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas de infl ação, para o exercício subseqüente.

Seção III

Da Lei Orçamentária Anual

Art. 5º - O projeto de Lei Orçamentária Anual, elaborado de forma compa-tível com o plano plurianual, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e com as normas desta lei complementar:

I - conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e metas constantes do documento de que trata o § 1º do art. 4º;

II - será acompanhado do documento a que se refere o § 6º do art. 165 da Constituição, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado;

III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, defi nido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias, destinada ao:

a) (VETADO)

b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fi scais imprevistos.

§ 1º - Todas as despesas relativas à Dívida Pública, Mobiliária ou Contratual, e as receitas que as atenderão, constarão da Lei Orçamentária Anual.

§ 2º - O refi nanciamento da dívida pública constará separadamente na Lei Orçamentária e nas de crédito adicional.

§ 3º - A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refi nancia-da não poderá superar a variação do índice de preços previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias, ou em legislação específi ca.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

§ 4º - É vedado consignar na Lei Orçamentária crédito com fi nalidade im-precisa ou com dotação ilimitada.

§ 5º - A Lei Orçamentária não consignará dotação para investimento com duração superior a um exercício fi nanceiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão, conforme disposto no § 1º do art. 167 da Constituição.

§ 6º - Integrarão as despesas da União, e serão incluídas na Lei Orçamen-tária, as do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios e assistência aos servidores, e a investimentos.

§ 7º - (VETADO)

Art. 6º - (VETADO)

...........................................................................

Seção IV

Da Execução Orçamentária e do Cumprimento das Metas

Art. 8º - Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a Lei de Diretrizes Orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a programação fi nanceira e o cronograma de execução mensal de desembolso.

Parágrafo único - Os recursos legalmente vinculados a fi nalidade específi ca serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.

Art. 9º - Se verifi cado, ao fi nal de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministé-rio Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação fi nanceira, segundo os critérios fi xados pela Lei de Diretrizes Orçamentárias.

...............................................................

§ 3º - No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não promoverem a limitação no prazo estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores fi nanceiros segundo os critérios fi xados pela Lei de Diretrizes Orçamentárias.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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§ 3º suspenso por meio de medida liminar concedida nos autos da ADIN nº 2238-5, aguardando julgamento fi nal pelo STF.

§ 4º - Até o fi nal dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Exe-cutivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fi scais de cada quadrimestre, em audiência pública na comissão referida no § 1º do art. 166 da Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais.

...........................................................................

CAPÍTULO III

Da Receita Pública

Seção I

Da Previsão e da Arrecadação

...........................................................................

Art. 12 - As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.

§ 1º - Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal.

§ 2º - O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de Lei Orçamentária.

§ 2º - suspenso por meio de medida liminar concedida nos autos da ADIN nº 2238-5, aguardando julgamento fi nal pelo STF.

§ 3º - O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo fi nal para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subseqüente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.

...........................................................................

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Seção II

Das Despesas com Pessoal

Subseção I

Defi nições e Limites

Art. 18 - Para os efeitos desta lei complementar, entende-se como despesa total com pessoal: o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quais-quer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fi xas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratifi cações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência.

§ 1º - Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos serão conta-bilizados como Outras Despesas de Pessoal.

§ 2º - A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em referência com as dos onze imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência.

Art. 19 - Para os fi ns do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados:

I - União: 50% (cinqüenta por cento);

II - Estados: 60% (sessenta por cento);

III - Municípios: 60% (sessenta por cento).

§ 1º - Na verifi cação do atendimento dos limites defi nidos neste artigo, não serão computadas as despesas:

I - de indenização por demissão de servidores ou empregados;

II - relativas a incentivos à demissão voluntária;

III - derivadas da aplicação do disposto no inciso II do § 6º do art. 57 da Constituição;

IV - decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior

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ao da apuração a que se refere o § 2º do art. 18;

V - com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima, custeadas com recursos transferidos pela União na forma dos incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e do art. 31 da Emenda Constitucional nº 19;

VI - com inativos, ainda que por intermédio de fundo específi co, custeadas por recursos provenientes:

a) da arrecadação de contribuições dos segurados;

b) da compensação fi nanceira de que trata o § 9º do art. 201 da Constituição;

c) das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal fi nalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem como seu superávit fi nanceiro.

§ 2º - Observado o disposto no inciso IV do § 1º, as despesas com pessoal decorrentes de sentenças judiciais serão incluídas no limite do respectivo Poder ou órgão referido no art. 20.

Art. 20 - A repartição dos limites globais do art. 19 não poderá exceder os seguintes percentuais:

...........................................................................

II - na esfera estadual:

a) 3% (três por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado;

b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;

c) 49% (quarenta e nove por cento) para o Executivo;

d) 2% (dois por cento) para o Ministério Público dos Estados;

...........................................................................

§ 1º - Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera, os limites serão repartidos entre seus órgãos de forma proporcional à média das despesas com pessoal, em percentual da receita corrente líquida, verifi cadas nos três exercícios fi nanceiros imediatamente anteriores ao da publicação desta lei complementar.

§ 2º - Para efeito deste artigo entende-se como órgão:

I - o Ministério Público;

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II - no Poder Legislativo:

...........................................................................

b) Estadual, a Assembléia Legislativa e os Tribunais de Contas;

...........................................................................

§ 4º - Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos Municípios, os percentuais defi nidos nas alíneas a e c do inciso II do caput serão, respec-tivamente, acrescidos e reduzidos em 0,4% (quatro décimos por cento).

§ 5º - Para os fi ns previstos no art. 168 da Constituição, a entrega dos recur-sos fi nanceiros correspondentes à despesa total com pessoal por Poder e órgão será a resultante da aplicação dos percentuais defi nidos neste artigo, ou aqueles fi xados na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

...........................................................................

Subseção II

Do Controle da Despesa Total com Pessoal

Art. 21 - É nulo de pleno direito o ato que provoque aumento da despesa com pessoal e não atenda:

...........................................................................

II - o limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo.

Parágrafo único - Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos cento e oitenta dias ante-riores ao fi nal do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão referido no art. 20.

Art. 22 - A verifi cação do cumprimento dos limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 será realizada ao fi nal de cada quadrimestre.

Parágrafo único - Se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e cinco por cento) do limite, são vedados ao Poder ou órgão referido no art. 20 que houver incorrido no excesso:

I - concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remu-neração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão prevista no inciso X do art. 37 da Constituição;

II - criação de cargo, emprego ou função;

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III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;

IV - provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança;

V - contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no inciso II do § 6º do art. 57 da Constituição e as situações previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Art. 23 - Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido no art. 20, ultrapassar os limites defi nidos no mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas no art. 22, o percentual excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro, adotando-se, entre outras, as providências previstas nos §§ 3º e 4º do art. 169 da Constituição.

...........................................................................

§ 3º - Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente não poderá:

I - receber transferências voluntárias;

II - obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;

III - contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao refi nan-ciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das despesas com pessoal.

§ 4º - As restrições do § 3º aplicam-se imediatamente se a despesa total com pessoal exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato dos titulares de Poder ou órgão referidos no art. 20.

...........................................................................

Seção VI

Dos Restos a Pagar

...........................................................................

Art. 42 - É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja sufi ciente disponibilidade de caixa para este efeito.

Parágrafo único - Na determinação da disponibilidade de caixa serão

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considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o fi nal do exercício.

CAPÍTULO VIII

Da Gestão Patrimonial

...........................................................................

Seção II

Da Preservação do Patrimônio Público

Art. 44 - É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público para o fi nanciamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos.

Art. 45 - Observado o disposto no § 5º do art. 5º, a Lei Orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão novos projetos após adequadamente atendidos os em andamento e contempladas as despesas de conserva-ção do patrimônio público, nos termos em que dispuser a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Parágrafo único - O Poder Executivo de cada ente encaminhará ao Legis-lativo, até a data do envio do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, relatório com as informações necessárias ao cumprimento do disposto neste artigo, ao qual será dada ampla divulgação.

...........................................................................

CAPÍTULO IX

Da Transparência, Controle e Fiscalização

Seção I

Da Transparência da Gestão Fiscal

...........................................................................

Art. 49 - As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo fi carão disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.

...........................................................................

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Seção III

Do Relatório Resumido da Execução Orçamentária

Art. 52 - O relatório a que se refere o § 3º do art. 165 da Constituição abran-gerá todos os Poderes e o Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre e composto de:

I - balanço orçamentário, que especifi cará, por categoria econômica, as:

a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a previsão atualizada;

b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exer-cício, a despesa liquidada e o saldo;

II - demonstrativos da execução das:

a) receitas, por categoria econômica e fonte, especifi cando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada no bimestre, a realizada no exercício e a previsão a realizar;

b) despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando dotação inicial, dotação para o exercício, despesas empe-nhada e liquidada, no bimestre e no exercício;

c) despesas, por função e subfunção.

...........................................................................

Seção IV

Do Relatório de Gestão Fiscal

Art. 54 - Ao fi nal de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos Poderes e órgãos referidos no art. 20 Relatório de Gestão Fiscal, assinado pelo:

...........................................................................

II - Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório equi-valente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Legislativo;

...........................................................................

Parágrafo único - O relatório também será assinado pelas autoridades responsáveis pela administração fi nanceira e pelo controle interno, bem como por outras defi nidas por ato próprio de cada Poder ou órgão referido no art. 20.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Art. 55 - O relatório conterá:

I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar, dos seguintes montantes:

a) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas;

...........................................................................

II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites;

III - demonstrativos, no último quadrimestre:

a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezem-bro;

b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas;

1 - liquidadas;

...........................................................................

3 - empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da dispo-nibilidade de caixa;

4 - não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados;

...........................................................................

§ 1º - O relatório dos titulares dos órgãos mencionados nos incisos II, III e IV do art. 54 conterá apenas as informações relativas à alínea a do inciso I, e os documentos referidos nos incisos II e III.

§ 2º - O relatório será publicado até trinta dias após o encerramento do período a que corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico.

§ 3º - O descumprimento do prazo a que se refere o § 2º sujeita o ente à sanção prevista no § 2º do art. 51.

§ 4º - Os relatórios referidos nos arts. 52 e 54 deverão ser elaborados de forma padronizada, segundo modelos que poderão ser atualizados pelo conselho de que trata o art. 67.

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Seção V

Das Prestações de Contas

Art. 56 - As contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluirão, além das suas próprias, as dos Presidentes dos órgãos dos Poderes Le-gislativo e Judiciário e do Chefe do Ministério Público, referidos no art. 20, as quais receberão parecer prévio, separadamente, do respectivo Tribunal de Contas.

...........................................................................

§ 2º - O parecer sobre as contas dos Tribunais de Contas será proferido no prazo previsto no art. 57 pela comissão mista permanente referida no § 1º do art. 166 da Constituição ou equivalente das Casas Legislativas estaduais e municipais.

...........................................................................

Art. 57 - Os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio conclusivo sobre as contas no prazo de sessenta dias do recebimento, se outro não estiver es-tabelecido nas constituições estaduais ou nas leis orgânicas municipais.

...........................................................................

§ 2º - Os Tribunais de Contas não entrarão em recesso enquanto existi-rem contas de Poder, ou órgão referido no art. 20, pendentes de parecer prévio.

...........................................................................

Seção VI

Da Fiscalização da Gestão Fiscal

Art. 59 - O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de cada Poder e do Ministério Público, fi scalizarão o cumprimento das normas desta lei complementar, com ênfase no que se refere a:

I - atingimento das metas estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentá-rias;

II - limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição em Restos a Pagar;

III - medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao respectivo limite, nos termos dos arts. 22 e 23;

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

IV - providências tomadas, conforme o disposto no art. 31, para recondu-ção dos montantes das dívidas consolidada e mobiliária aos respectivos limites;

V - destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos, tendo em vista as restrições constitucionais e as desta lei complementar;

VI - cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando houver.

§ 1º - Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou órgãos referidos no art. 20 quando constatarem:

I - a possibilidade de ocorrência das situações previstas no inciso II do art. 4º e no art. 9º;

II - que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% (noventa por cento) do limite;

III - que os montantes das dívidas consolidada e mobiliária, das operações de crédito e da concessão de garantia se encontram acima de 90% (noventa por cento) dos respectivos limites;

IV - que os gastos com inativos e pensionistas se encontram acima do limite defi nido em lei;

V - fatos que comprometam os custos ou os resultados dos programas ou indícios de irregularidades na gestão orçamentária.

§ 2º - Compete ainda aos Tribunais de Contas verifi car os cálculos dos limites da despesa total com pessoal de cada Poder e órgão referido no art. 20.

...........................................................................

CAPÍTULO X

Disposições Finais e Transitórias

Art. 60 - Lei estadual ou municipal poderá fi xar limites inferiores àqueles previstos nesta lei complementar para as dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito e concessão de garantias.

...........................................................................

Art. 65 - Na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso da União, ou pelas Assembléias Legislativas, na hipótese dos Estados e Municípios, enquanto perdurar a situação:

...........................................................................

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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II - serão dispensados o atingimento dos resultados fi scais e a limitação de empenho prevista no art. 9º.

Parágrafo único - Aplica-se o disposto no caput no caso de estado de defesa ou de sítio, decretado na forma da Constituição.

...........................................................................

Art. 67 - O acompanhamento e a avaliação, de forma permanente, da políti-ca e da operacionalidade da gestão fi scal serão realizados por conselho de gestão fi scal, constituído por representantes de todos os Poderes e esferas de Governo, do Ministério Público e de entidades técnicas representativas da sociedade, visando a:

I - harmonização e coordenação entre os entes da Federação;

II - disseminação de práticas que resultem em maior efi ciência na alocação e execução do gasto público, na arrecadação de receitas, no controle do endividamento e na transparência da gestão fi scal;

III - adoção de normas de consolidação das contas públicas, padronização das prestações de contas e dos relatórios e demonstrativos de gestão fi scal de que trata esta lei complementar, normas e padrões mais simples para os pequenos Municípios, bem como outros, necessários ao controle social;

IV - divulgação de análises, estudos e diagnósticos.

§ 1º - O conselho a que se refere o caput instituirá formas de premiação e reconhecimento público aos titulares de Poder que alcançarem resultados meritórios em suas políticas de desenvolvimento social, conjugados com a prática de uma gestão fi scal pautada pelas normas desta lei comple-mentar.

§ 2º - Lei disporá sobre a composição e a forma de funcionamento do conselho.

...........................................................................

Art. 70 - O Poder ou órgão referido no art. 20 cuja despesa total com pessoal no exercício anterior ao da publicação desta lei complementar estiver acima dos limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 deverá enquadrar-se no respec-tivo limite em até dois exercícios, eliminando o excesso, gradualmente, à razão de, pelo menos, 50% a.a. (cinqüenta por cento ao ano), mediante a adoção, dentre outras, das medidas previstas nos arts. 22 e 23.

Parágrafo único - A inobservância do disposto no caput, no prazo fi xado, sujeita o ente às sanções previstas no § 3º do art. 23.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Art. 71 - Ressalvada a hipótese do inciso X do art. 37 da Constituição, até o término do terceiro exercício fi nanceiro seguinte à entrada em vigor desta lei complementar, a despesa total com pessoal dos Poderes e órgãos referidos no art. 20 não ultrapassará, em percentual da receita corrente líquida, a despesa verifi cada no exercício imediatamente anterior, acrescida de até 10% (dez por cento), se esta for inferior ao limite defi nido na forma do art. 20.

Art. 72 - A despesa com serviços de terceiros dos Poderes e órgãos re-feridos no art. 20 não poderá exceder, em percentual da receita corrente líquida, a do exercício anterior à entrada em vigor desta lei complementar, até o término do terceiro exercício seguinte.

Art. 73 - As infrações dos dispositivos desta lei complementar serão puni-das segundo o Decreto- Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); a Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950; o Decreto- Lei nº 201, de 27 de fevereiro de 1967; a Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992; e demais normas da legislação pertinente.

Art. 74 - Esta lei complementar entra em vigor na data da sua publica-ção.

Art. 75 - Revoga-se a Lei Complementar nº 96, de 31 de maio de 1999.

Brasília, 4 de maio de 2000; 179º da Independência e 112º da República.FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

Decretos-Leis

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal

...........................................................................

Interdição temporária de direitos

...........................................................................

Art. 47 - As penas de interdição temporária de direitos são: (NR)

Art. 47 com redação dada pelo art. 1° da Lei n.º 7.209, de 11/07/1984.

I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo; (NR)

Inciso I com redação dada pelo art. 1° Lei n.º 7.209, de 11/07/1984.

...........................................................................

Efeitos genéricos e específi cos

...........................................................................

Art. 92 - São também efeitos da condenação:(NR)

Art. 92 com redação dada pelo art. 1° Lei n.º 7.209, de 11/07/1984.

I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo: (NR)

Inciso I com redação dada pelo art. 1° da Lei nº 9.268, de 01/04/1996.

a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública; (NR)

Alínea “a” acrescentada pelo art. 1° da Lei nº 9.268, de 01/04/1996.

b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos (NR)

Alínea “b” acrescentada pelo art. 1° da Lei nº 9.268, de 01/04/1996.

...........................................................................

CAPÍTULO V

Dos Crimes Contra a Honra

Calúnia

Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato defi nido como crime:

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Pena - detenção, de seis (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.

§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos.

Exceção da verdade

§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:

I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;

II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141;

III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.

Difamação

Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.

Exceção da verdade

Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.

Injúria

Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:

Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.

§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:

I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;

II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.

§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natu-reza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes:

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa, além da pena correspondente à violência.

§ 3° - Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de

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defi ciência: (NR)

§ 3º com redação dada pelo art. 110 da Lei nº 10.741, de 01/10/2003.

Pena - reclusão de um a três anos e multa.

Pena acrescentada pelo art. 1° da Lei nº 9.459, de 13/05/1997.

Disposições comuns

Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:

I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estran-geiro;

II - contra funcionário público, em razão de suas funções;

III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria;

IV - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de defi ciência, exceto no caso de injúria. (NR)

Inciso IV acrescentado pelo art. 110 da Lei nº 10.741, de 01/10/2003.

Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro.

Exclusão do crime

Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível:

I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador;

II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científi ca, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar;

III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício.

Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade.

Retratação

Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fi ca isento de pena.

Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difama-

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

ção ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa.

Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede me-diante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal.

Parágrafo único - Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do n.º I do art. 141, e mediante representação do ofendido, no caso do n.º II do mesmo artigo.

...........................................................................

...........................................................................

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Decreto-lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941

Código de Processo Penal

LIVRO I

Do Processo em Geral

...........................................................................

TÍTULO V

Da Competência

...........................................................................

CAPÍTULO VII

Da competência pela Prerrogativa de Função

Art. 84 - A competência pela prerrogativa de função é do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, relativamente às pessoas que devam responder perante eles por crimes comuns e de responsabilidade. (NR)

Atigo 84 com redação dada pelo artigo 1º da Lei 10.268, de 24/12/2002.

...........................................................................

TÍTULO VII

Da Prova

...........................................................................

CAPÍTULO VI

Das Testemunhas

...........................................................................

Art. 221 - O Presidente e o Vice-Presidente da República, os senadores e deputados federais, os ministros de Estado, os governadores de Estados e Territórios, os secretários de Estado, os prefeitos do Distrito Federal e dos Municípios, os deputados às Assembléias Legislativas Estaduais, os membros do Poder Judiciário, os ministros e juizes dos Tribunais de Con-tas da União, dos Estados, do Distrito Federal, bem como os do Tribunal

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Marítimo serão inquiridos em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o juiz. (NR)

Art. 221 com redação dada pelo art. 1° da Lei n.º 3.653, de 04/11/1959.

...........................................................................

TÍTULO IX

Da Prisão e da Liberdade Provisória

CAPÍTULO I

Disposições Gerais

...........................................................................

Art. 295 - Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação defi nitiva:

I - os ministros de Estado;

II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e os chefes de Polícia;(NR)

Inciso II com redação dada pelo art. 1° da Lei n.º 3.181, de 11/06/1957.

III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Na-cional e das Assembléias Legislativas dos Estados;

...........................................................................

SEÇÃO II

Da função do jurado

...........................................................................

Art. 436 - Os jurados serão escolhidos dentre cidadãos de notória idonei-dade.

Parágrafo único - São isentos do serviço do júri:

I - o Presidente da República e os ministros de Estado;

II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do Distrito Federal e seus respectivos secretários;

III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacio-

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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nal, das Assembléias Legislativas dos Estados e das Câmaras Municipais, enquanto durarem suas reuniões;

...........................................................................

...........................................................................

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

Leis Ordinárias

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950

Defi ne os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo de julgamento.

O Presidente da República :

Faço saber que o Congresso Nacional decreta eu sanciono a seguinte Lei:

PARTE PRIMEIRA

Do Presidente da República e Ministros de Estado

Art. 1º - São crimes de responsabilidade os que esta lei especifi ca.

Art. 2º - Os crimes defi nidos nesta lei, ainda quando simplesmente tentados, são passíveis da pena de perda do cargo, com inabilitação, até cinco anos, para o exercício de qualquer função pública, imposta pelo Senado Federal nos processos contra o Presidente da República ou Ministros de Estado, contra os Ministros do Supremo Tribunal Federal ou contra o Procurador Geral da República.

Art. 3º - A imposição da pena referida no artigo anterior não exclui o pro-cesso e julgamento do acusado por crime comum, na justiça ordinária, nos termos das leis de processo penal.

Art. 4º - São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentarem contra a Constituição Federal, e, especialmente, contra:

I - A existência da União;

II - O livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e dos poderes constitucionais dos Estados;

III - O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

IV - A segurança interna do país;

V - A probidade na administração;

VI - A lei orçamentária;

VII - A guarda e o legal emprego dos dinheiros públicos;

VIII - O cumprimento das decisões judiciárias (Constituição, artigo 89).

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TÍTULO I

CAPÍTULO I

Dos Crimes Contra a Existência da União

Art. 5º - São crimes de responsabilidade contra a existência política da União:

1 - entreter, direta ou indiretamente, inteligência com governo estrangeiro, provocando-o a fazer guerra ou cometer hostilidade contra a República, prometer-lhe assistência ou favor, ou dar-lhe qualquer auxílio nos prepa-rativos ou planos de guerra contra a República;

2 - tentar, diretamente e por fatos, submeter a União ou algum dos Estados ou Territórios a domínio estrangeiro, ou dela separar qualquer Estado ou porção do território nacional;

3 - cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a Repú-blica ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade;

4 - revelar negócios políticos ou militares, que devam ser mantidos secretos a bem da defesa da segurança externa ou dos interesses da Nação;

5 - auxiliar, por qualquer modo, nação inimiga a fazer a guerra ou a cometer hostilidade contra a República;

6 - celebrar tratados, convenções ou ajustes que comprometam a dignidade da Nação;

7 - violar a imunidade dos embaixadores ou ministros estrangeiros acre-ditados no país;

8 - declarar a guerra, salvo os casos de invasão ou agressão estrangeira, ou fazer a paz, sem autorização do Congresso Nacional;

9 - não empregar contra o inimigo os meios de defesa de que poderia dispor;

10 - permitir o Presidente da República, durante as sessões legislativas e sem autorização do Congresso Nacional, que forças estrangeiras tran-sitem pelo território do país, ou, por motivo de guerra, nele permaneçam temporariamente;

11 - violar tratados legitimamente feitos com nações estrangeiras.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

CAPÍTULO II

Dos Crimes contra o livre Exercício dos Poderes Constitucionais

Art. 6º - São crimes de responsabilidade contra o livre exercício dos poderes legislativo e judiciário e dos poderes constitucionais dos Estados:

1 - tentar dissolver o Congresso Nacional, impedir a reunião ou tentar impedir por qualquer modo o funcionamento de qualquer de suas Câmaras;

2 - usar de violência ou ameaça contra algum representante da Nação para afastá-lo da Câmara a que pertença ou para coagí-lo no modo de exercer o seu mandato bem como conseguir ou tentar conseguir o mesmo objetivo mediante suborno ou outras formas de corrupção;

3 - violar as imunidades asseguradas aos membros do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas dos Estados, da Câmara dos Vereadores do Distrito Federal e das Câmaras Municipais;

4 - permitir que força estrangeira transite pelo território do país ou nele permaneça quando a isso se oponha o Congresso Nacional;

5 - opor-se diretamente e por fatos ao livre exercício do Poder Judiciário, ou obstar, por meios violentos, ao efeito dos seus atos, mandados ou sentenças;

6 - usar de violência ou ameaça, para constranger juiz, ou jurado, a proferir ou deixar de proferir despacho, sentença ou voto, ou a fazer ou deixar de fazer ato do seu ofício;

7 - praticar contra os poderes estaduais ou municipais ato defi nido como crime neste artigo;

8 - intervir em negócios peculiares aos Estados ou aos Municípios com desobediência às normas constitucionais.

CAPÍTULO III

Dos Crimes Contra o Exercício dos Direitos Políticos, Individuais e Sociais

Art. 7º - São crimes de responsabilidade contra o livre exercício dos direitos políticos, individuais e sociais:

1 - impedir por violência, ameaça ou corrupção, o livre exercício do voto;

2 - obstar ao livre exercício das funções dos mesários eleitorais;

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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3 - violar o escrutínio de seção eleitoral ou inquinar de nulidade o seu re-sultado pela subtração, desvio ou inutilização do respectivo material;

4 - utilizar o poder federal para impedir a livre execução da lei eleitoral;

5 - servir-se das autoridades sob sua subordinação imediata para prati-car abuso do poder, ou tolerar que essas autoridades o pratiquem sem repressão sua;

6 - subverter ou tentar subverter por meios violentos a ordem política e social;

7 - incitar militares à desobediência à lei ou infração à disciplina;

8 - provocar animosidade entre as classes armadas ou contra elas, ou delas contra as instituições civis;

9 - violar patentemente qualquer direito ou garantia individual constante do art. 141 e bem assim os direitos sociais assegurados no artigo 157 da Constituição;

10 - tomar ou autorizar, durante o estado de sítio, medidas de repressão que excedam os limites estabelecidos na Constituição.

CAPÍTULO IV

Dos Crimes Contra a Segurança Interna do País

Art. 8º - São crimes contra a segurança interna do país:

1 - tentar mudar por violência a forma de governo da República;

2 - tentar mudar por violência a Constituição Federal ou de algum dos Estados, ou lei da União, de Estado ou Município;

3 - decretar o estado de sítio, estando reunido o Congresso Nacional, ou no recesso deste, não havendo comoção interna grave nem fatos que evidenciem estar a mesma a irromper ou não ocorrendo guerra externa;

4 - praticar ou concorrer para que se perpetre qualquer dos crimes contra a segurança interna, defi nidos na legislação penal;

5 - não dar as providências de sua competência para impedir ou frustrar a execução desses crimes;

6 - ausentar-se do país sem autorização do Congresso Nacional;

7 - permitir, de forma expressa ou tácita, a infração de lei federal de or-

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

dem pública;

8 - deixar de tomar, nos prazos fi xados, as providências determinadas por lei ou tratado federal e necessário a sua execução e cumprimento.

CAPÍTULO V

Dos Crimes Contra a Probidade na Administração

Art. 9º - São crimes de responsabilidade contra a probidade na adminis-tração:

1 - omitir ou retardar dolosamente a publicação das leis e resoluções do Poder Legislativo ou dos atos do Poder Executivo;

2 - não prestar ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas relativas ao exercício anterior;

3 - não tornar efetiva a responsabilidade dos seus subordinados, quando manifesta em delitos funcionais ou na prática de atos contrários à Cons-tituição;

4 - expedir ordens ou fazer requisição de forma contrária às disposições expressas da Constituição;

5 - infringir no provimento dos cargos públicos, as normas legais;

6 - Usar de violência ou ameaça contra funcionário público para coagí-lo a proceder ilegalmente, bem como utilizar-se de suborno ou de qualquer outra forma de corrupção para o mesmo fi m;

7 - proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decôro do cargo.

CAPÍTULO VI

Dos Crimes Contra a Lei Orçamentária

Art. 10 - São crimes de responsabilidade contra a lei orçamentária:

1 - Não apresentar ao Congresso Nacional a proposta do orçamento da República dentro dos primeiros dois meses de cada sessão legis-lativa;

2 - Exceder ou transportar, sem autorização legal, as verbas do orçamento;

3 - Realizar o estorno de verbas;

4 - Infringir , patentemente, e de qualquer modo, dispositivo da lei

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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orçamentária.

5 - deixar de ordenar a redução do montante da dívida consolidada, nos prazos estabelecidos em lei, quando o montante ultrapassar o valor resultante da aplicação do limite máximo fixado pelo Senado Federal; (NR)

6 - ordenar ou autorizar a abertura de crédito em desacordo com os limites estabelecidos pelo Senado Federal, sem fundamento na lei orça-mentária ou na de crédito adicional ou com inobservância de prescrição legal; (NR)

7 - deixar de promover ou de ordenar na forma da lei, o cancelamento, a amortização ou a constituição de reserva para anular os efeitos de operação de crédito realizada com inobservância de limite, condição ou montante estabelecido em lei; (NR)

8 - deixar de promover ou de ordenar a liquidação integral de operação de crédito por antecipação de receita orçamentária, inclusive os respectivos ju-ros e demais encargos, até o encerramento do exercício fi nanceiro; (NR)

9 - ordenar ou autorizar, em desacordo com a lei, a realização de ope-ração de crédito com qualquer um dos demais entes da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que na forma de novação, refi nanciamento ou postergação de dívida contraída ante-riormente; (NR)

10 - captar recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contri-buição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido; (NR)

11 - ordenar ou autorizar a destinação de recursos provenientes da emissão de títulos para fi nalidade diversa da prevista na lei que a autorizou; (NR)

12 - realizar ou receber transferência voluntária em desacordo com limite ou condição estabelecida em lei. (NR)

Itens 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12, acrescentados pelo art. 1° da Lei nº 10.028, de 19/10/2000.

CAPÍTULO VII

Dos Crimes Contra a Guarda e Legal Emprego dos Dinheiros Públicos

Art. 11 - São crimes de responsabilidade contra a guarda e o legal emprego dos dinheiros públicos:

1 - ordenar despesas não autorizadas por lei ou sem observância das prescrições legais relativas às mesmas;

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

2 - abrir crédito sem fundamento em lei ou sem as formalidades legais;

3 - contrair empréstimo, emitir moeda corrente ou apólices, ou efetuar operação de crédito sem autorização legal;

4 - alienar imóveis nacionais ou empenhar rendas públicas sem autoriza-ção em lei;

5 - negligenciar a arrecadação das rendas, impostos e taxas, bem como a conservação do patrimônio nacional.

CAPÍTULO VIII

Dos Crimes Contra o Cumprimento das Decisões Judiciárias

Art. 12 - São crimes de responsabilidade contra as decisões judiciárias:

1 - impedir, por qualquer meio, o efeito dos atos, mandados ou decisões do Poder Judiciário;

2 - recusar o cumprimento das decisões do Poder Judiciário no que depen-der do exercício das funções do Poder Executivo;

3 - deixar de atender a requisição de intervenção federal do Supremo Tri-bunal Federal ou do Tribunal Superior Eleitoral;

4 - impedir ou frustrar pagamento determinado por sentença judiciária.

TÍTULO II

Dos Ministros de Estado

Art. 13 - São crimes de responsabilidade dos Ministros de Estado:

1 - os atos defi nidos nesta lei, quando por eles praticados ou ordenados;

2 - os atos previstos nesta lei que os Ministros assinarem com o Presidente da República ou por ordem deste praticarem;

3 - a falta de comparecimento sem justifi cação, perante a Câmara dos Depu-tados ou o Senado Federal, ou qualquer das suas comissões, quando uma ou outra casa do Congresso os convocar para pessoalmente, prestarem informações acerca de assunto previamente determinado;

4 - Não prestarem dentro em trinta dias e sem motivo justo, a qualquer das Câmaras do Congresso Nacional, as informações que ela lhes solicitar por escrito, ou prestarem-nas com falsidade.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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PARTE SEGUNDA

Processo e Julgamento

TÍTULO ÚNICO

Do Presidente da República e Ministros de Estado

CAPÍTULO I

DA DENÚNCIA

Art. 14 - É permitido a qualquer cidadão denunciar o Presidente da Re-pública ou Ministro de Estado, por crime de responsabilidade, perante a Câmara dos Deputados.

Art. 15 - A denúncia só poderá ser recebida enquanto o denunciado não tiver, por qualquer motivo, deixado defi nitivamente o cargo.

Art. 16 - A denúncia assinada pelo denunciante e com a fi rma reconhecida, deve ser acompanhada dos documentos que a comprovem, ou da decla-ração de impossibilidade de apresentá-los, com a indicação do local onde possam ser encontrados. Nos crimes de que haja prova testemunhal, a denúncia deverá conter o rol das testemunhas, em número de cinco no mínimo.

Art. 17 - No processo de crime de responsabilidade, servirá de escrivão um funcionário da Secretaria da Câmara dos Deputados, ou do Senado, con-forme se achar o mesmo em uma ou outra casa do Congresso Nacional.

Art. 18 - As testemunhas arroladas no processo deverão comparecer para prestar o seu depoimento, e a Mesa da Câmara dos Deputados ou do Se-nado por ordem de quem serão notifi cadas, tomará as providências legais que se tornarem necessárias para compelí-las a obediência.

CAPÍTULO II

DA ACUSAÇÃO

Art. 19 - Recebida a denúncia, será lida no expediente da sessão seguinte e despachada a uma comissão especial eleita, da qual participem, observada a respectiva proporção, representantes de todos os partidos para opinar sobre a mesma.

Art. 20 - A comissão a que alude o artigo anterior se reunirá dentro de 48 horas e, depois de eleger seu presidente e relator, emitirá parecer, dentro do prazo de dez dias, sobre se a denúncia deve ser ou não julgada objeto de deliberação. Dentro desse período poderá a comissão proceder às dili-

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

gências que julgar necessárias ao esclarecimento da denúncia.

§ 1º - O parecer da comissão especial será lido no expediente da sessão da Câmara dos Deputados e publicado integralmente no Diário do Con-gresso Nacional e em avulsos, juntamente com a denúncia, devendo as publicações ser distribuídas a todos os deputados.

§ 2º - Quarenta e oito horas após a publicação ofi cial do parecer da Co-missão especial, será o mesmo incluído, em primeiro lugar, na ordem do dia da Câmara dos Deputados, para uma discussão única.

Art. 21 - Cinco representantes de cada partido poderão falar, durante uma hora, sobre o parecer, ressalvado ao relator da comissão especial o direito de responder a cada um.

Art. 22 - Encerrada a discussão do parecer, e submetido o mesmo a votação nominal, será a denúncia, com os documentos que a instruam, arquivada, se não for considerada objeto de deliberação. No caso contrário, será re-metida por cópia autêntica ao denunciado, que terá o prazo de vinte dias para contestá-la e indicar os meios de prova com que pretenda demonstrar a verdade do alegado.

§ 1º - Findo esse prazo e com ou sem a contestação, a comissão especial determinará as diligências requeridas, ou que julgar convenientes, e realiza-rá as sessões necessárias para a tomada do depoimento das testemunhas de ambas as partes, podendo ouvir o denunciante e o denunciado, que poderá assistir pessoalmente, ou por seu procurador, a todas as audiências e diligências realizadas pela comissão, interrogando e constestando as testemunhas e requerendo a reinquirição ou acareação das mesmas.

§ 2º - Findas essas diligências, a comissão especial proferirá, no prazo de 10 (dez) dias, parecer sobre a procedência ou improcedência da denúncia.

§ 3º - Publicado e distribuído esse parecer na forma do § 1º do art. 20, será o mesmo incluído na ordem do dia da sessão imediata para ser submetido a duas discussões, com o interregno de 48 horas entre uma e outra.

§ 4º - Nas discussões do parecer sobre a procedência ou improcedência da denúncia, cada representante de partido poderá falar uma só vez e du-rante uma hora, fi cando as questões de ordem subordinadas ao disposto no § 2º do art. 20.

Art. 23 - Encerrada a discussão do parecer, será o mesmo submetido a votação nominal, não sendo permitidas então, questões de ordem, nem encaminhamento de votação.

§ 1º - Se da aprovação do parecer resultar a procedência da denúncia,

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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considerar-se-á decretada a acusação pela Câmara dos Deputados.

§ 2º - Decretada a acusação, será o denunciado intimado imediatamente pela Mesa da Câmara dos Deputados, por intermédio do 1º Secretário.

§ 3º - Se o denunciado estiver ausente do Distrito Federal, a sua intimação será solicitada pela Mesa da Câmara dos Deputados, ao Presidente do Tribunal de Justiça do Estado em que ele se encontrar.

§ 4º - A Câmara dos Deputados elegerá uma comissão de três membros para acompanhar o julgamento do acusado.

§ 5º - São efeitos imediatos ao decreto da acusação do Presidente da Re-pública, ou de Ministro de Estado, a suspensão do exercício das funções do acusado e da metade do subsídio ou do vencimento, até sentença fi nal.

§ 6º - Conforme se trate da acusação de crime comum ou de respon-sabilidade, o processo será enviado ao Supremo Tribunal Federal ou ao Senado Federal.

CAPÍTULO III

Do Julgamento

Art. 24 - Recebido no Senado o decreto de acusação com o processo en-viado pela Câmara dos Deputados e apresentado o libelo pela comissão acusadora, remeterá o Presidente cópia de tudo ao acusado, que, na mesma ocasião e nos termos dos parágrafos 2º e 3º do art. 23, será notifi cado para comparecer em dia prefi xado perante o Senado.

Parágrafo único - Ao Presidente do Supremo Tribunal Federal enviar-se-á o processo em original, com a comunicação do dia designado para o julgamento.

Art. 25 - O acusado comparecerá, por si ou pelos seus advogados, podendo, ainda, oferecer novos meios de prova.

Art. 26 - No caso de revelia, marcará o Presidente novo dia para o julga-mento e nomeará para a defesa do acusado um advogado, a quem se facultará o exame de todas as peças de acusação.

Art. 27 - No dia aprazado para o julgamento, presentes o acusado, seus advogados, ou o defensor nomeado a sua revelia, e a comissão acusadora, o Presidente do Supremo Tribunal Federal, abrindo a sessão, mandará ler o processo preparatório, o libelo e os artigos de defesa; em seguida inqui-rirá as testemunhas, que deverão depor publicamente e fora da presença umas das outras.

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Art. 28 - Qualquer membro da Comissão acusadora ou do Senado, e bem assim o acusado ou seus advogados, poderão requerer que se façam às testemunhas perguntas que julgarem necessárias.

Parágrafo único - A Comissão acusadora, ou o acusado ou seus advoga-dos, poderão contestar ou argüir as testemunhas sem contudo interrompê-las e requerer a acareação.

Art. 29 - Realizar-se-á a seguir o debate verbal entre a comissão acusadora e o acusado ou os seus advogados pelo prazo que o Presidente fi xar e que não poderá exceder de duas horas.

Art. 30 - Findos os debates orais e retiradas as partes, abrir-se-á discussão sobre o objeto da acusação.

Art. 31 - Encerrada a discussão o Presidente do Supremo Tribunal Federal fará relatório resumido da denúncia e das provas da acusação e da defesa e submeterá a votação nominal dos senadores o julgamento.

Art. 32 - Se o julgamento for absolutório produzirá desde logo, todos os efeitos a favor do acusado.

Art. 33 - No caso de condenação, o Senado por iniciativa do Presidente fi xará o prazo de inabilitação do condenado para o exercício de qualquer função pública; e no caso de haver crime comum deliberará ainda sobre se o Presidente o deverá submeter à justiça ordinária, independentemente da ação de qualquer interessado.

Art. 34 - Proferida a sentença condenatória, o acusado estará, ipso facto destituído do cargo.

Art. 35 - A resolução do Senado constará de sentença que será lavrada, nos autos do processo, pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, assinada pelos senadores que funcionarem como juizes, transcrita na ata da sessão e, dentro desta, publicada no Diário Ofi cial e no Diário do Congresso Nacional.

Art. 36 - Não pode interferir, em nenhuma fase do processo de responsabi-lidade do Presidente da República ou dos Ministros de Estado, o deputado ou senador;

a) que tiver parentesco consangüíneo ou afi m, com o acusado, em linha reta; em linha colateral, os irmãos cunhados, enquanto durar o cunhado, e os primos co-irmãos;

b) que, como testemunha do processo tiver deposto de ciência própria.

Art. 37 - O congresso Nacional deverá ser convocado, extraordinariamente,

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pelo terço de uma de suas câmaras, caso a sessão legislativa se encerre sem que se tenha ultimado o julgamento do Presidente da República ou de Ministro de Estado, bem como no caso de ser necessário o início imediato do processo.

Art. 38 - No processo e julgamento do Presidente da República e dos Mi-nistros de Estado, serão subsidiários desta lei, naquilo em que lhes forem aplicáveis, assim os regimentos internos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, como o Código de Processo Penal.

PARTE TERCEIRA

TÍTULO I

CAPÍTULO I

Dos Ministros Do Supremo Tribunal Federal

Art. 39 - São crimes de responsabilidade dos Ministros do Supremo Tri-bunal Federal:

1 - alterar, por qualquer forma, exceto por via de recurso, a decisão ou voto já proferido em sessão do Tribunal;

2 - proferir julgamento, quando, por lei, seja suspeito na causa;

3 - exercer atividade político-partidária;

4 - ser patentemente desidioso no cumprimento dos deveres do cargo:

5 - proceder de modo incompatível com a honra, dignidade e decôro de suas funções.

Art. 39-A - Constituem, também, crimes de responsabilidade do Presidente do Supremo Tribunal Federal ou de seu substituto quando no exercício da Presidência, as condutas previstas no art. 10 desta lei, quando por eles ordenadas ou praticadas. (NR)

Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se aos Presidentes, e respectivos substitutos quando no exercício da Presidência, dos Tribunais Superiores, dos Tribunais de Contas, dos Tribunais Regionais Federais, do Trabalho e Eleitorais, dos Tribunais de Justiça e de Alçada dos Estados e do Distrito Federal, e aos Juízes Diretores de Foro ou função equivalente no primeiro grau de jurisdição. (NR)

Artigo 39-A e parágrafo único, acrescentados pelo art. 3° da Lei nº 10.028, de 19/10/2000.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

CAPÍTULO II

Do Procurador-Geral da República

Art. 40 - São crimes de responsabilidade do Procurador-Geral da Repú-blica:

1 - emitir parecer, quando, por lei, seja suspeito na causa;

2 - recusar-se a prática de ato que lhe incumba;

3 - ser patentemente desidioso no cumprimento de suas atribuições;

4 - proceder de modo incompatível com a dignidade e o decôro do cargo.

Art. 40-A- Constituem, também, crimes de responsabilidade do Procurador-Geral da República, ou de seu substituto quando no exercício da chefi a do Ministério Público da União, as condutas previstas no art. 10 desta lei, quando por eles ordenadas ou praticadas. (NR)

Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se: (NR)

I - ao Advogado-Geral da União; (NR)

II - aos Procuradores-Gerais do Trabalho, Eleitoral e Militar, aos Procu-radores-Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, aos Pro-curadores-Gerais dos Estados e do Distrito Federal, e aos membros do Ministério Público da União e dos Estados, da Advocacia-Geral da União, das Procuradorias dos Estados e do Distrito Federal, quando no exercí-cio de função de chefi a das unidades regionais ou locais das respectivas instituições. (NR)

Artigo 40-A e parágrafo único, acrescentados pelo art. 3° da Lei nº 10.028, de 19/10/2000.

TÍTULO II

Do Processo E Julgamento

CAPÍTULO I

Da Denúncia

Art. 41 - É permitido a todo cidadão denunciar, perante o Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e o Procurador Geral da República, pelos crimes de responsabilidade que cometerem (artigos 39 e 40).

Art. 41-A - Respeitada a prerrogativa de foro que assiste às autoridades a que se referem o parágrafo único do art. 39-A e o inciso II do parágrafo

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único do art. 40-A, as ações penais contra elas ajuizadas pela prática dos crimes de responsabilidade previstos no art. 10 desta lei serão pro-cessadas e julgadas de acordo com o rito instituído pela Lei nº 8.038, de 28 de maio de 1990, permitido, a todo cidadão, o oferecimento da denúncia. (NR)

Artigo 41-A acrescentado pelo art. 3° da Lei nº 10.028, de 19/10/2000.

Art. 42 - A denúncia só poderá ser recebida se o denunciado não tiver, por qualquer motivo, deixado defi nitivamente o cargo.

Art. 43 - A denúncia, assinada pelo denunciante com a fi rma reconhecida, deve ser acompanhada dos documentos que a comprovem ou da decla-ração de impossibilidade de apresentá-los, com a indicação do local onde possam ser encontrados. Nos crimes de que haja prova testemunhal, a denúncia deverá conter o rol das testemunhas, em número de cinco, no mínimo.

Art. 44 - Recebida a denúncia pela Mesa do Senado, será lida no expe-diente da sessão seguinte e despachada a uma comissão especial, eleita para opinar sobre a mesma.

Art. 45 - A comissão a que alude o artigo anterior, reunir-se-á dentro de 48 (quarenta e oito) horas e, depois de eleger o seu presidente e relator, emitirá parecer no prazo de 10 (dez) dias sobre se a denúncia deve ser, ou não, julgada objeto de deliberação. Dentro desse período poderá a comissão proceder às diligências que julgar necessárias.

Art. 46 - O parecer da comissão, com a denúncia e os documentos que a instruírem, será lido no expediente de sessão do Senado, publi-cado no Diário do Congresso Nacional e em avulsos, que deverão ser distribuídos entre os senadores, e dado para ordem do dia da sessão seguinte.

Art. 47 - O parecer será submetido a uma só discussão, e a votação nominal considerando-se aprovado se reunir a maioria simples de votos.

Art. 48 - Se o Senado resolver que a denúncia não deve constituir objeto de deliberação, serão os papeis arquivados.

Art. 49 - Se a denúncia for considerada objeto de deliberação, a Mesa remeterá cópia de tudo ao denunciado, para responder à acusação no prazo de 10 (dez) dias.

Art. 50 - Se o denunciado estiver fora do Distrito Federal, a cópia lhe será entregue pelo Presidente do Tribunal de Justiça do Estado em que se achar. Caso se ache fora do país ou em lugar incerto e não sabido, o que será

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

verifi cado pelo 1º Secretário do Senado, a intimação far-se-á por edital, publicado no Diário do Congresso Nacional, com a antecedência de 60 (sessenta) dias, aos quais se acrescerá, em comparecendo o denunciado, o prazo do art. 49.

Art. 51 - Findo o prazo para a resposta do denunciado, seja esta recebida, ou não, a comissão dará parecer, dentro de 10 (dez) dias, sobre a proce-dência ou improcedência da acusação.

Art. 52 - Perante a comissão, o denunciante e o denunciado poderão comparecer pessoalmente ou por procurador, assistir a todos os atos e diligências por ela praticados, inquirir, reinquirir, contestar testemunhas e requerer a sua acareação. Para esse efeito, a comissão dará aos inte-ressados conhecimento das suas reuniões e das diligências a que deva proceder, com a indicação de lugar, dia e hora.

Art. 53 - Findas as diligências, a comissão emitirá sobre elas o seu parecer, que será publicado e distribuído, com todas as peças que o instruírem, e dado para ordem do dia 48 (quarenta e oito) horas, no mínimo, depois da distribuição.

Art. 54 - Esse parecer terá uma só discussão e considerar-se-á aprovado se, em votação nominal, reunir a maioria simples dos votos.

Art. 55 - Se o Senado entender que não procede a acusação, serão os papeis arquivados. Caso decida o contrário, a Mesa dará imediato co-nhecimento dessa decisão ao Supremo Tribunal Federal, ao Presidente da República, ao denunciante e ao denunciado ser-lhe-á comunicada a requisição que será verifi cado pelo 1º Secretário.

Art. 56 - Se o denunciado não estiver no Distrito Federal, a decisão ser-lhe-á comunicada a requisição da Mesa, pelo Presidente do Tribunal de Justiça do Estado onde se achar. Se estiver fora do país ou em lugar incerto e não sabido, o que será verifi cado pelo 1º Secretário do Senado, far-se-á a intimação mediante edital pelo Diário do Congresso Nacional, com a antecedência de 60 (sessenta) dias.

Art. 57 - A decisão produzirá desde a data da sua intimação os seguintes efeitos contra o denunciado:

a) fi car suspenso do exercício das suas funções até sentença fi nal;

b) fi car sujeito a acusação criminal;

c) perder, até sentença fi nal, um terço dos vencimentos, que lhe será pago no caso de absolvição.

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CAPÍTULO II

Da Acusação e da Defesa

Art. 58 - Intimado o denunciante ou o seu procurador da decisão a que aludem os três últimos artigos, ser-lhe-á dada vista do processo, na Se-cretaria do Senado, para, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, oferecer o libelo acusatório e o rol das testemunhas. Em seguida abrir-se-á vista ao denunciado ou ao seu defensor, pelo mesmo prazo para oferecer a con-trariedade e o rol das testemunhas.

Art. 59 - Decorridos esses prazos, com o libelo e a contrariedade ou sem eles, serão os autos remetidos, em original, ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, ou ao seu substituto legal, quando seja ele o denunciado, comunicando-se-lhe o dia designado para o julgamento e convidando-o para presidir a sessão.

Art. 60 - O denunciante e o acusado serão notifi cados pela forma estabe-lecida no art. 56. para assistirem ao julgamento, devendo as testemunhas ser, por um magistrado, intimadas a comparecer a requisição da Mesa.

Parágrafo único - Entre a notifi cação e o julgamento deverá mediar o prazo mínimo de 10 (dez) dias.

Art. 61 - No dia e hora marcados para o julgamento, o Senado reunir-se-á, sob a presidência do Presidente do Supremo Tribunal Federal ou do seu substituto legal. Verifi cada a presença de número legal de senadores, será aberta a sessão e feita a chamada das partes, acusador e acusado, que poderão comparecer pessoalmente ou pelos seus procuradores.

Art. 62 - A revelia do acusador não importará transferência do julgamento, nem perempção da acusação.

§ 1º - A revelia do acusado determinará o adiamento do julgamento, para o qual o presidente designará novo dia, nomeando um advogado para defender o revel.

§ 2º - Ao defensor nomeado será facultado o exame de todas as peças do processo.

Art. 63 - No dia defi nitivamente aprazado para o julgamento, verifi cado o número legal de senadores, será aberta a sessão e facultado o ingresso às partes ou aos seus procuradores. Serão juizes todos os senadores presentes, com exceção dos impedidos nos termos do art. 36.

Parágrafo único - O impedimento poderá ser oposto pelo acusador ou pelo acusado e invocado por qualquer senador.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Art. 64 - Constituído o Senado em tribunal de julgamento, o presidente mandará ler o processo e, em seguida, inquirirá publicamente as testemu-nhas, fora da presença umas das outras.

Art. 65 - O acusador e o acusado, ou os seus procuradores, poderão rein-quirir as testemunhas, contestá-las sem interrompê-las e requerer a sua acareação. Qualquer senador poderá requerer sejam feitas as perguntas que julgar necessárias.

Art. 66 - Finda a inquirição, haverá debate oral, facultadas a réplica e a tréplica entre o acusador e o acusado, pelo prazo que o presidente deter-minar,

Parágrafo único - Ultimado o debate, retirar-se-ão as partes do recinto da sessão e abrir-se-á uma discussão única entre os senadores sobre o objeto da acusação.

Art. 67 - Encerrada a discussão, fará o presidente um relatório resumido dos fundamentos da acusação e da defesa, bem como das respectivas provas, submetendo em seguida o caso a julgamento.

CAPÍTULO III

Da Sentença

Art. 68 - O julgamento será feito, em votação nominal pelos senadores desimpedidos que responderão “sim” ou “não” à seguinte pergunta enun-ciada pelo presidente: “Cometeu o acusado F. o crime que lhe é imputado e deve ser condenado à perda do seu cargo?”

Parágrafo único - Se a resposta afi rmativa obtiver, pelo menos, dois terços dos votos dos senadores presentes, o presidente fará nova consulta ao plenário sobre o tempo, não excedente de 5 (cinco) anos, durante o qual o condenado deverá fi car inabilitado para o exercício de qualquer função pública.

Art. 69 - De acordo com a decisão do Senado, o presidente lavrará, nos autos, a sentença que será assinada por ele e pelos senadores, que tiverem tomado parte no julgamento, e transcrita na ata.

Art. 70 - No caso de condenação, fi ca o acusado desde logo destituído do seu cargo. Se a sentença for absolutória, produzirá a imediata reabilitação do acusado, que voltará ao exercício do cargo, com direito à parte dos vencimentos de que tenha sido privado.

Art. 71 - Da sentença, dar-se-á imediato conhecimento ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal e ao acusado.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Art. 72 - Se no dia do encerramento do Congresso Nacional não estiver concluído o processo ou julgamento de Ministro do Supremo Tribunal Federal ou do Procurador-Geral da República, deverá ele ser convocado extraordinariamente pelo terço do Senado Federal.

Art. 73 - No processo e julgamento de Ministro do Supremo Tribunal, ou do Procurador-Geral da República serão subsidiários desta lei, naquilo em que lhes forem aplicáveis, o Regimento Interno do Senado Federal e o Código de Processo Penal.

PARTE QUARTA

TÍTULO ÚNICO

CAPÍTULO I

Dos Governadores e Secretários dos Estados

Art. 74 - Constituem crimes de responsabilidade dos Governadores dos Estados ou dos seus Secretários, quando por eles praticados, os atos defi nidos como crimes nesta lei.

CAPÍTULO II

Da Denúncia, Acusação e Julgamento

Art. 75 - É permitido a todo cidadão denunciar o Governador perante a Assembléia Legislativa, por crime de responsabilidade.

Art. 76 - A denúncia, assinada pelo denunciante e com a fi rma reconhecida, deve ser acompanhada dos documentos que a comprovem, ou da declara-ção de impossibilidade de apresentá-los com a indicação do local em que possam ser encontrados. Nos crimes de que houver prova testemunhal, conterá rol das testemunhas, em número de 5 (cinco) pelo menos.

Parágrafo único - Não será recebida a denúncia depois que o Governador, por qualquer motivo, houver deixado defi nitivamente o cargo.

Art. 77 - Apresentada a denúncia e julgada objeto de deliberação, se a Assembléia Legislativa por maioria absoluta, decretar a procedência da acusação, será o Governador imediatamente suspenso de suas funções.

Art. 78 - O Governador será julgado nos crimes de responsabilidade, pela forma que determinar a Constituição do Estado e não poderá ser condenado, senão a perda do cargo, com inabilitação até 5 (cinco) anos, para o exercício de qualquer função pública, sem prejuízo da ação da justiça comum.

§ 1º - Quando o tribunal de julgamento for de jurisdição mista, serão iguais,

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

pelo número, os representantes dos órgãos que o integrarem, excluído o presidente, que será o Presidente do Tribunal de Justiça.

§ 2º - Em qualquer hipótese, só poderá ser decretada a condenação pelo voto de dois terços dos membros de que se compuser o tribunal de julgamento.

§ 3º - Nos Estados, onde as Constituições não determinarem o processo nos crimes de responsabilidade dos Governadores, aplicar-se-á o dispos-to nesta lei, devendo, porém, o julgamento ser proferido por um tribunal composto de 5 (cinco) membros do Legislativo e de 5 (cinco) desembar-gadores sob a presidência do Presidente do Tribunal de Justiça local, que terá direito de voto no caso de empate. A escolha desse Tribunal será feita - a dos membros do legislativo, mediante eleição pela Assembléia; a dos desembargadores, mediante sorteio.

§ 4º - Esses atos deverão ser executados dentro em 5 (cinco) dias contados da data em que a Assembléia enviar ao Presidente do Tribunal de Justiça os autos do processo, depois de decretada a procedência da acusação.

Art. 79 - No processo e julgamento do Governador serão subsidiários desta lei naquilo em que lhe forem aplicáveis, assim o regimento interno da Assembléia Legislativa e do Tribunal de Justiça, como o Código de Processo Penal.

Parágrafo único - Os Secretários de Estado, nos crimes conexos com os dos Governadores, serão sujeitos ao mesmo processo e julgamento.

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 80 - Nos crimes de responsabilidade do Presidente da República e dos Ministros de Estado, a Câmara dos Deputados é tribunal de pronuncia e o Senado Federal, tribunal de julgamento; nos crimes de responsabilida-de dos Ministros do Supremo Tribunal Federal e do Procurador-Geral da República, o Senado Federal é, simultaneamente, tribunal de pronuncia e julgamento.

Parágrafo único - O Senado Federal, na apuração e julgamento dos crimes de responsabilidade, funciona sob a presidência do Presidente do Supremo Tribunal, e só proferirá sentença condenatória pelo voto de dois terços dos seus membros.

Art. 81 - A declaração de procedência da acusação nos crimes de respon-sabilidade só poderá ser decretada pela maioria absoluta da Câmara que a preferir.

Art. 82 - Não poderá exceder de 120 (cento e vinte) dias, contados da

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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data da declaração da procedência da acusação, o prazo para o processo e julgamento dos crimes defi nidos nesta lei.

Art. 83 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 10 de abril de 1950; 129º da Independência e 62º da República.EURICO GASPAR DUTRA

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Lei nº 1.579, de 18 de março de 1952

Dispõe sobre as Comissões Parlamentares de Inquérito.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA:

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - As Comissões Parlamentares de Inquérito, criadas na forma do Ar-tigo 53 da Constituição Federal, terão ampla ação nas pesquisas destinadas a apurar os fatos determinados que deram origem à sua formação.

Parágrafo único - A criação de Comissão Parlamentar de Inquérito depen-derá de deliberação plenária, se não for determinada pelo terço da totalidade dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado.

Art. 2º - No exercício de suas atribuições, poderão as Comissões Parla-mentares de Inquérito determinar as diligências que reputarem necessárias e requerer a convocação de Ministros de Estado, tomar o depoimento de quaisquer autoridades federais, estaduais ou municipais, ouvir os indiciados, inquirir testemunhas sob compromisso, requisitar de repartições públicas e autárquicas informações e documentos, e transportar-se aos lugares onde se fi zer mister a sua presença.

Art. 3º - Indiciados e testemunhas serão intimados de acordo com as pres-crições estabelecidas na legislação penal.

§ 1º - Em caso de não comparecimento da testemunha sem motivo jus-tifi cado, a sua intimação será solicitada ao juiz criminal da localidade em que resida ou se encontre, na forma do artigo 218 do Código de Processo Penal. (NR)

§ 2 º - O depoente poderá fazer-se acompanhar de advogado, ainda que em reunião secreta.” (NR)

§ 2º acrescentado pelo art. 1° da Lei nº 10.679, de 23/05/ 2003, passando o atual parágrafo único a vigorar como § 1º.

Art. 4º - Constitui crime:

I - Impedir, ou tentar impedir, mediante violência, ameaça ou assuadas, o regular funcionamento de Comissão Parlamentar de Inquérito, ou o livre exercício das atribuições de qualquer dos seus membros.

Pena - A do art. 329 do Código Penal.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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II - fazer afi rmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, pe-rito, tradutor ou intérprete, perante a Comissão Parlamentar de Inquérito:

Pena - A do art. 342 do Código Penal.

Art. 5º - As Comissões Parlamentares de Inquérito apresentarão relatório de seus trabalhos à respectiva Câmara, concluindo por projeto de reso-lução.

§ 1º - Se forem diversos os fatos objeto de inquérito, a comissão dirá, em separado, sobre cada um, podendo fazê-lo antes mesmo de fi nda a inves-tigação dos demais.

§ 2º - A incumbência da Comissão Parlamentar de Inquérito termina com a sessão legislativa em que tiver sido outorgada, salvo deliberação da respectiva Câmara, prorrogando-a dentro da Legislatura em curso.

Art. 6º - O processo e a instrução dos inquéritos obedecerão ao que pres-creve esta Lei, no que lhes for aplicável, às normas do processo penal.

Art. 7º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 18 de março de 1952; 131º da Independência e 64º da RepúblicaGETÚLIO VARGAS

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964

Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

Art. 1º - Esta lei estatui normas gerais de direito fi nanceiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municí-pios e do Distrito Federal, de acordo com o disposto no art. 5º, inciso XV, letra b, da Constituição Federal.

...........................................................................

TÍTULO I

Da Lei do Orçamento

CAPÍTULO I

Disposições Gerais

Art. 7º - A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:

...........................................................................

§ 2º - O produto estimado de operações de crédito e de alienação de bens imóveis somente se incluirá na receita quando umas e outras forem espe-cifi camente autorizadas pelo Poder Legislativo em forma que juridicamente possibilite ao Poder Executivo realizá-las no exercício.

§ 3º - A autorização legislativa a que se refere o parágrafo anterior, no tocante a operações de crédito poderá constar da própria Lei de Orçamento.

...........................................................................

TÍTULO II

Da Proposta Orçamentária

CAPÍTULO I

Conteúdo e Forma da Proposta Orçamentária

Art. 22 - A proposta orçamentária, que o Poder Executivo encaminhará ao

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Poder Legislativo nos prazos estabelecidos nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios, compor-se-á:

I - mensagem, que conterá: exposição circunstanciada da situação eco-nômico-fi nanceira, documentada com demonstração da dívida fundada e fl utuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e outros compromis-sos fi nanceiros exigíveis. Exposição e justifi cação da política econômica-fi nanceira do Governo, justifi cação da receita e despesa, particularmente no tocante ao orçamento de capital;

II - projeto de Lei de Orçamento;

III - tabelas explicativas das quais, além das estimativas de receita e des-pesa, constarão, em colunas distintas e para fi ns de comparação:

a) a receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele em que se elaborou a proposta;

b) a receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta;

c) a receita prevista para o exercício a que se refere a proposta;

d) a despesa realizada no exercício imediatamente anterior;

e) a despesa fi xada para o exercício em que se elabora a proposta; e

f) a despesa prevista para o exercício a que se refere a proposta;

IV - especifi cação dos programas especiais de trabalho custeados por do-tações globais, em termos de metas visadas, decompostas em estimativa do custo das obras a realizar e dos serviços a prestar, acompanhadas de justifi cação econômica, fi nanceira, social e administrativa.

Parágrafo único - Constará da proposta orçamentária, para cada unidade administrativa, descrição sucinta de suas principais fi nalidades, com indi-cação da respectiva legislação.

...........................................................................

TÍTULO III

Da elaboração da Lei de Orçamento

Art. 32 - Se não receber a proposta orçamentária no prazo fi xado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente.

Art. 33 - Não se admitirão emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem a:

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

a) alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando pro-vada, nesse ponto a inexatidão da proposta;

b) conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos órgãos competentes;

c) conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja anteriormente criado;

d) conceder dotação superior aos quantitativos previamente fi xados em re-solução do Poder Legislativo para concessão de auxílios e subvenções.

...........................................................................

TÍTULO V

Dos Créditos Adicionais

Art. 40 - São créditos adicionais, as autorizações de despesa não compu-tadas ou insufi cientemente dotadas na Lei de Orçamento.

Art. 41 - Os créditos adicionais classifi cam-se em:

I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;

II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específi ca;

III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.

Art. 42 - Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.

Art. 43 - A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justifi cativa.

§ 1º - Consideram-se recursos para o fi m deste artigo, desde que não comprometidos:

I - o superávit fi nanceiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;

II - os provenientes de excesso de arrecadação;

III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais autorizados em lei; e

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IV - o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridica-mente possibilite ao Poder Executivo realiza-las.

§ 2º - Entende-se por superávit fi nanceiro a diferença positiva entre o ativo fi nanceiro e o passivo fi nanceiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de credito a eles vinculadas.

§ 3º - Entende-se por excesso de arrecadação, para os fi ns deste artigo, o saldo positivo das diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arre-cadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.

§ 4º - Para o fi m de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.

Art. 44 - Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.

Art. 45 - Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício fi nan-ceiro em que forem abertos, salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários.

Art. 46 - O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a espécie do mesmo e a classifi cação da despesa, até onde for possível.

...........................................................................

TÍTULO VIII

Do Controle da Execução Orçamentária

CAPÍTULO III

Do Controle Externo

Art. 81 - O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por objetivo verifi car a probidade da administração, a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e o cumprimento da Lei de Orçamento.

Art. 82 - O Poder Executivo, anualmente, prestará contas ao Poder Le-gislativo, no prazo estabelecido nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios.

§ 1º - As contas do Poder Executivo serão submetidas ao Poder Legislativo, com parecer prévio do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.

...........................................................................

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TÍTULO X

Das Autarquias e Outras Entidades

Art. 107 - As entidades autárquicas ou paraestatais, inclusive de previdência social ou investidas de delegação para arrecadação de contribuições pa-rafi scais da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal terão seus orçamentos aprovados por decreto do Poder Executivo, salvo se dis-posição legal expressa determinar que o sejam pelo Poder Legislativo.

Parágrafo único - Compreendem-se nesta disposição as empresas com autonomia fi nanceira e administrativa cujo capital pertencer, integralmente, ao Poder Público.

...........................................................................

TÍTULO XI

Disposições Finais

Art. 111 - A Secretaria de Planejamento da Presidência da República , além de outras apurações, para fi ns estatísticos, de interesse nacional, organizará e publicará o balanço consolidado das contas da União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e outras entidades, bem como um quadro estruturalmente idêntico, baseado em dados orçamentários.

§ 1º - Os quadros referidos neste artigo terão a estrutura do Anexo n. 1.

§ 2º - O quadro baseado nos orçamentos será publicado até o último dia do primeiro semestre do próprio exercício, e o baseado nos balanços, até o último dia do segundo semestre do exercício imediato àquele a que se referirem.

Art. 112 - Para cumprimento do disposto no artigo precedente, a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal remeterão ao mencionado órgão, até 30 de abril, os orçamentos do exercício, e até 30 de junho, os balanços do exercício anterior.

Parágrafo único - O pagamento, pela União, de auxílio ou contribuição a Estados, Municípios ou Distrito Federal, cuja concessão não decorra de imperativo constitucional, dependerá de prova do atendimento ao que se determina neste artigo.

Art. 113 - Para fi el e uniforme aplicação das presentes normas, a Secretaria de Planejamento da Presidência da República atenderá a consultas, coli-girá elementos, promoverá o intercâmbio de dados informativos, expedirá recomendações técnicas, quando solicitadas, e atualizará, sempre que

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julgar conveniente, os anexos que integram a presente lei.

Parágrafo único - Para os fi ns previstos neste artigo poderão ser promo-vidas, quando necessário, conferências ou reuniões técnicas, com a parti-cipação de representantes das entidades abrangidas por estas normas.

Art. 114 - Os efeitos desta lei são contados a partir de 1 de janeiro de 1964 para o fi m da elaboração dos orçamentos, e a partir de 1º de janeiro de 1965, quanto à demais atividades estatuídas. (NR)

Art. 114 com redação dada pelo art. 1° da Lei nº 4.489, de 19/11/1964.

Art. 115 - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 17 de março de 1964; 143º da Independência e 76º da República.

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Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991

Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências

...........................................................................

CAPÍTULO I

Dos Contribuintes

SEÇÃO I

Dos segurados

Art. 12 - São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:

I - como empregado:

...........................................................................Nota: Alínea “h” suspensa em virtude de Declaração de Inconstitucionalidade em decisão defi nitiva do STF - Recurso Extraordinário nº 351.717-1. (Resolução do Senado Federal nº 26, de 2005).

Texto suspenso:

“h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal,desde que não vinculado a regime próprio de previdência social;(NR)”

Alínea “h” acrescentada pelo § 1° do art. 13 da pela Lei nº 9.506 de 30/10/1997.

j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social; (NR)

Alínea “j” inserida pelo art. 11 da Lei nº 10.887, de 18/06/2004.

Nota: A Lei nº 9.506, de 30/10/1997, incluiu a alínea “h” ao inciso I do art. 12 da Lei nº 8.212, de 24/07/1991. Posteriormente, a Lei nº 10.887, de 18/06/2004, incluiu a alínea “j” ao mesmo inciso, artigo e Lei, com idêntico teor.

...........................................................................

...........................................................................

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Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991

Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências.

...........................................................................

Seção I

Dos segurados

Art. 11 - São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:

I - como empregado:

...........................................................................

h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social;(NR)

Alínea “h” acrescentada pelo § 2° do art. 13 da Lei nº 9.506 de 30/10/1997

j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social;(NR)

Alínea “h” inserida pelo art. 12 da Lei nº 10.887, de 18/06/2004.

Nota: A Lei nº 9.506, de 30/10/1997, incluiu a alínea “h” ao inciso I do art. 11 da Lei nº 8.213, de 24/07/1991. Posteriormente, a Lei nº 10.887, de 18/06/2004, incluiu a alínea “j” ao mesmo inciso, artigo e Lei, com idêntico teor.

...........................................................................

Art. 55 - O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no Regulamento, compreendendo, além do correspondente às atividades de qualquer das categorias de segurados de que trata o art. 11 desta Lei, mesmo que anterior à perda da qualidade de segurado:

IV - o tempo de serviço referente ao exercício de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não tenha sido contado para efeito de aposentadoria por outro regime de previdência social; (NR)

Inciso IV com redação dada pelo § 3° do art. 13 da Lei nº 9.506 de 30/10/1997.

...........................................................................

...........................................................................

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Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992

Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

CAPÍTULO I

Das Disposições Gerais

Art. 1º - Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Mu-nicípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.

Parágrafo único - Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fi scal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.

Art. 2º - Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.

Art. 3º - As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se benefi cie sob qualquer forma direta ou indireta.

Art. 4º - Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.

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Art. 5º - Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.

Art. 6º - No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro benefi ciário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.

Art. 7º - Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa res-ponsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indispo-nibilidade dos bens do indiciado.

Parágrafo único - A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito.

Art. 8º - O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.

CAPÍTULO II

Dos Atos de Improbidade Administrativa

SEÇÃO I

Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam

Enriquecimento Ilícito

Art. 9º - Constitui ato de improbidade administrativa importando enrique-cimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1º desta lei, e notadamente:

I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qual-quer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratifi cação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decor-rente das atribuições do agente público;

II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aqui-sição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1º por preço superior ao valor de mercado;

III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alie-nação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado;

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IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipa-mentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades;

V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfi co, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;

VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público;

VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse sus-cetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;

IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza;

X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indire-tamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;

XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei.

Seção II

Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário

Art. 10 - Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda

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patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patri-mônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das forma-lidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fi ns educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie;

IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integran-te do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado;

V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado;

VI - realizar operação fi nanceira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insufi ciente ou inidônea;

VII - conceder benefício administrativo ou fi scal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente;

IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento;

X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio público;

XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou infl uir de qualquer forma para a sua aplicação irregular;

XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicita-mente;

XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máqui-

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nas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades.

XIV - celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a pres-tação de serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei; (NR)

XV - celebrar contrato de rateio de consórcio público sem sufi ciente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei. (NR)

Incisos XIV e XV acrescentados pelo artigo 18 da Lei nº 11.107, de 06/04/2005.

Seção III

Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública

Art. 11 - Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às ins-tituições, e notadamente:

I - praticar ato visando fi m proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência;

II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;

III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribui-ções e que deva permanecer em segredo;

IV - negar publicidade aos atos ofi ciais;

V - frustrar a licitude de concurso público;

VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;

VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação ofi cial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.

CAPÍTULO III

Das Penas

Art. 12 - Independentemente das sanções penais, civis e administrativas, previstas na legislação específi ca, está o responsável pelo ato de improbi-

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dade sujeito às seguintes cominações:

I - na hipótese do art. 9º, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da fun-ção pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fi scais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;

II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta cir-cunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fi scais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;

III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração perce-bida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fi scais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.

Parágrafo único - Na fi xação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.

CAPÍTULO IV

Da Declaração de Bens

Art. 13 - A posse e o exercício de agente público fi cam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patri-mônio privado, a fi m de ser arquivada no serviço de pessoal competente.

§ 1º - A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações, e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no exterior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos fi lhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso doméstico.

§ 2º - A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

que o agente público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função.

§ 3º - Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

§ 4º - O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens apresentada à Delegacia da Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com as necessárias atualizações, para suprir a exigência contida no caput e no § 2º deste artigo .

CAPÍTULO V

Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial

Art. 14 - Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.

§ 1º - A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualifi cação do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento.

§ 2º - A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho fundamentado, se esta não contiver as formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a representação ao Ministério Público, nos termos do art. 22 desta lei.

§ 3º - Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a imediata apuração dos fatos que, em se tratando de servidores federais, será processada na forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e, em se tratando de servidor militar, de acordo com os respectivos regulamentos disciplinares.

Art. 15 - A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas da existência de procedimento admi-nistrativo para apurar a prática de ato de improbidade.

Parágrafo único - O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Con-tas poderá, a requerimento, designar representante para acompanhar o procedimento administrativo.

Art. 16 - Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão

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representará ao Ministério Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do seqüestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público.

§ 1º - O pedido de seqüestro será processado de acordo com o disposto nos arts. 822 e 825 do Código de Processo Civil.

§ 2º - Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações fi nanceiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais.

Art. 17 - A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Mi-nistério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.

§ 1º - É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações de que trata o caput.

§ 2º - A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações neces-sárias à complementação do ressarcimento do patrimônio público.

§ 3º - No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, aplica-se, no que couber, o disposto no § 3º do art. 6º da Lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965. (NR)

§ 3° com redação dada pelo art. 11 da Lei nª 9.366, de 16/12/1996.

§ 4º - O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fi scal da lei, sob pena de nulidade.

§ 5º - A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. (NR)

§ 5° acrescentado pela Medida Provisória nº 2.180-35, de 24/08/2001.

Emenda Constitucional nº 32, de 2000 – “ Art. 2º As medidas provisórias editadas em data anterior à publicação desta emenda continuam em vigor até que medida provisória ulterior as revogue explicitamente ou até deliberação defi nitiva do Congresso Nacional”.

§ 6º - A ação será instruída com documentos ou justifi cação que contenham indícios sufi cientes da existência do ato de improbidade ou com razões fundamentadas da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas, observada a legislação vigente, inclusive as disposições inscritas

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

nos arts. 16 a 18 do Código de Processo Civil. (NR)

§ 6° com redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 04/09/2001.

§ 7º - Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notifi cação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justifi cações, dentro do prazo de quinze dias. (NR)

§ 7° com redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 04/09/2001.

§ 8º - Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em de-cisão fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita. (NR)

§ 8° com redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 04/09/2001.

§ 9º - Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar contes-tação. (NR)

§ 9° com redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 04/09/2001.

§ 10 - Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de instru-mento. (NR)

§ 10 com redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 04/09/2001.

§ 11 - Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação de improbidade, o juiz extinguirá o processo sem julgamento do mérito. (NR)

§ 11 com redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 04/09/2001.

§ 12 - Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas nos processos regidos por esta Lei o disposto no art. 221, caput e § 1º, do Código de Processo Penal. (NR)

§ 12 com redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 04/09/2001.

Art. 18 - A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamen-to ou a reversão dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.

CAPÍTULO VI

Das Disposições Penais

Art. 19 - Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente

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público ou terceiro benefi ciário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.

Pena: detenção de seis a dez meses e multa.

Parágrafo único - Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.

Art. 20 - A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória.

Parágrafo único - A autoridade judicial ou administrativa competente po-derá determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fi zer necessária à instrução processual.

Art. 21 - A aplicação das sanções previstas nesta lei independe:

I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público;

II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

Art. 22 - Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público, de ofício, a requerimento de autoridade administrativa ou me-diante representação formulada de acordo com o disposto no art. 14, poderá requisitar a instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo.

CAPÍTULO VII

Da Prescrição

Art. 23 - As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:

I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confi ança;

II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específi ca para faltas dis-ciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.

CAPÍTULO VIII

Das Disposições Finais

Art. 24 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

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Art. 25 - Ficam revogadas as Leis nºs 3.164, de 1º de junho de 1957, e 3.502, de 21 de dezembro de 1958 e demais disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 2 de junho de 1992; 171º da Independência e 104º da República.FERNANDO COLLOR

Nota: De acordo com o Art. 2º da Emenda Constitucional nº 32, de 11/09/2001, as medidas provisórias editadas em data anterior à da publicação desta emenda con-tinuam em vigor até que medida provisória ulterior as revoguem explicitamente ou até deliberação defi nitiva do Congresso Nacional.

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Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993

Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

Das Disposições Gerais

Seção I

Dos Princípios

Art. 1º - Esta lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos admi-nistrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

...........................................................................

Art. 116 - Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos con-vênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração.

§ 1º - A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos órgãos ou entida-des da Administração Pública depende de prévia aprovação de competente plano de trabalho proposto pela organização interessada, o qual deverá conter, no mínimo, as seguintes informações:

I - identifi cação do objeto a ser executado;

II - metas a serem atingidas;

III - etapas ou fases de execução;

IV - plano de aplicação dos recursos fi nanceiros;

V - cronograma de desembolso;

VI - previsão de início e fi m da execução do objeto, bem assim da conclusão das etapas ou fases programadas;

VII - se o ajuste compreender obra ou serviço de engenharia, comprovação

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de que os recursos próprios para complementar a execução do objeto estão devidamente assegurados, salvo se o custo total do empreendimento recair sobre a entidade ou órgão descentralizador.

§ 2º - Assinado o convênio, a entidade ou órgão repassador dará ciência do mesmo à Assembléia Legislativa ou à Câmara Municipal respectiva.

§ 3º - As parcelas do convênio serão liberadas em estrita conformidade com o plano de aplicação aprovado, exceto nos casos a seguir, em que as mes-mas fi carão retidas até o saneamento das impropriedades ocorrentes:

I - quando não tiver havido comprovação da boa e regular aplicação da parcela anteriormente recebida, na forma da legislação aplicável, inclusive mediante procedimentos de fi scalização local, realizados periodicamente pela entidade ou órgão descentralizador dos recursos ou pelo órgão com-petente do sistema de controle interno da Administração Pública;

II - quando verifi cado desvio de fi nalidade na aplicação dos recursos, atra-sos não justifi cados no cumprimento das etapas ou fases programadas, práticas atentatórias aos princípios fundamentais de Administração Pública nas contratações e demais atos praticados na execução do convênio, ou o inadimplemento do executor com relação a outras cláusulas conveniais básicas;

III - quando o executor deixar de adotar as medidas saneadoras apontadas pelo partícipe repassador dos recursos ou por integrantes do respectivo sistema de controle interno.

§ 4º - Os saldos de convênio, enquanto não utilizados, serão obrigato-riamente aplicados em cadernetas de poupança de instituição fi nanceira ofi cial se a previsão de seu uso for igual ou superior a um mês, ou em fundo de aplicação fi nanceira de curto prazo ou operação de mercado aberto lastreada em títulos da dívida pública, quando a utilização dos mesmos verifi car-se em prazos menores que um mês.

§ 5º - As receitas fi nanceiras auferidas na forma do parágrafo anterior serão obrigatoriamente computadas a crédito do convênio e aplicadas, exclusi-vamente, no objeto de sua fi nalidade, devendo constar de demonstrativo específi co que integrará as prestações de contas do ajuste.

§ 6º - Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do convênio, acordo ou ajuste, os saldos fi nanceiros remanescentes, inclusive os prove-nientes das receitas obtidas das aplicações fi nanceiras realizadas, serão devolvidos à entidade ou órgão repassador dos recursos, no prazo impror-rogável de 30 (trinta) dias do evento, sob pena da imediata instauração de tomada de contas especial do responsável, providenciada pela autoridade

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competente do órgão ou entidade titular dos recursos.

Art. 117 - As obras, serviços, compras e alienações realizados pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Tribunal de Contas regem-se pelas normas desta Lei, no que couber, nas três esferas administrativas.

...........................................................................

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Lei nº 8.689, de 27 de julho de 1993

Dispõe sobre a extinção do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Fica extinto, por força do disposto no art. 198 da Constituição Federal e nas Leis nºs 8.080, de 19 de setembro de 1990, e 8.142, de 28 de dezembro de 1990, o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps), autarquia federal criada pela Lei nº 6.439, de 1º de setembro de 1977, vinculada ao Ministério da Saúde.

Parágrafo único - As funções, competências, atividades e atribuições do Inamps serão absorvidas pelas instâncias federal, estadual e munici-pal gestoras do Sistema Único de Saúde, de acordo com as respectivas competências, critérios e demais disposições das Leis nºs 8.080, de 19 de setembro de 1990, e 8.142, de 28 de dezembro de 1990.

...........................................................................

Art. 12 - O gestor do Sistema Único de Saúde em cada esfera de governo apresentará, trimestralmente, ao conselho de saúde correspondente e em audiência pública nas câmaras de vereadores e nas assembléias legis-lativas respectivas, para análise e ampla divulgação, relatório detalhado contendo, dentre outros, dados sobre o montante e a fonte de recursos aplicados, as auditorias concluídas ou iniciadas no período, bem como sobre a oferta e produção de serviços na rede assistencial própria, contra-tada ou conveniada.

...........................................................................

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Lei nº 8.730, de 10 de novembro de 1993

Estabelece a obrigatoriedade da declaração de bens e rendas para o exercício de cargos, empregos e funções nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA,

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1º - É obrigatória a apresentação de declaração de bens, com indicação das fontes de renda, no momento da posse ou, inexistindo esta, na entrada em exercício de cargo, emprego ou função, bem como no fi nal de cada exercício fi nanceiro, no término da gestão ou mandato e nas hipóteses de exoneração, renúncia ou afastamento defi nitivo, por parte das autoridades e servidores públicos adiante indicados:

I - Presidente da República;

II - Vice-Presidente da República;

III - Ministros de Estado;

IV - membros do Congresso Nacional;

V - membros da Magistratura Federal;

VI - membros do Ministério Público da União;

VII - todos quantos exerçam cargos eletivos e cargos, empregos ou funções de confi ança, na administração direta, indireta e fundacional, de qualquer dos Poderes da União.

§ 1º - A declaração de bens e rendas será transcrita em livro próprio de cada órgão e assinada pelo declarante:

§ 2º - O declarante remeterá, incontinenti, uma cópia da declaração ao Tribunal de Contas da União, para o fi m de este:

I - manter registro próprio dos bens e rendas do patrimônio privado de autoridades públicas;

II - exercer o controle da legalidade e legitimidade desses bens e rendas, com apoio nos sistemas de controle interno de cada Poder;

III - adotar as providências inerentes às suas atribuições e, se for o caso,

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representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apu-rados;

IV - publicar, periodicamente, no Diário Ofi cial da União, por extrato, dados e elementos constantes da declaração;

V - prestar a qualquer das Câmaras do Congresso Nacional ou às respec-tivas Comissões, informações solicitadas por escrito;

VI - fornecer certidões e informações requeridas por qualquer cidadão, para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou à moralidade administrativa, na forma da lei.

Art. 2º - A declaração a que se refere o artigo anterior, excluídos os ob-jetos e utensílios de uso doméstico de módico valor, constará de relação pormenorizada dos bens imóveis, móveis, semoventes, títulos ou valores mobiliários, direitos sobre veículos automóveis, embarcações ou aeronaves e dinheiros ou aplicações fi nanceiras que, no País ou no exterior, constitu-am, separadamente, o patrimônio do declarante e de seus dependentes, na data respectiva.

§ 1º - Os bens serão declarados, discriminadamente, pelos valores de aquisição constantes dos respectivos instrumentos de transferência de propriedade, com indicação concomitante de seus valores venais.

§ 2º - No caso de inexistência do instrumento de transferência de proprie-dade, será dispensada a indicação do valor de aquisição do bem, facultada a indicação de seu valor venal à época do ato translativo, ao lado do valor venal atualizado.

§ 3º - O valor de aquisição dos bens existentes no exterior será men-cionado na declaração e expresso na moeda do país em que estiverem localizados.

§ 4º - Na declaração de bens e rendas também serão consignados os ônus reais e obrigações do declarante, inclusive de seus dependentes, dedutíveis na apuração do patrimônio líquido, em cada período, discriminando-se entre os credores, se for o caso, a Fazenda Pública, as instituições ofi ciais de cré-dito e quaisquer entidades, públicas ou privadas, no País e no exterior.

§ 5º - Relacionados os bens, direitos e obrigações, o declarante apurará a variação patrimonial ocorrida no período, indicando a origem dos recursos que hajam propiciado o eventual acréscimo.

§ 6º - Na declaração constará, ainda, menção a cargos de direção e de órgãos colegiados que o declarante exerça ou haja exercido nos últimos dois anos, em empresas privadas ou do setor público e outras instituições,

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no País e no exterior.

§ 7º - O Tribunal de Contas da União poderá:

a) expedir instruções sobre formulários da declaração e prazos máximos de remessa de sua cópia;

b) exigir, a qualquer tempo, a comprovação da legitimidade da procedência dos bens e rendas, acrescidos ao patrimônio no período relativo à decla-ração.

Art. 3º - A não apresentação da declaração a que se refere o art. 1º, por ocasião da posse, implicará a não realização daquele ato, ou sua nulidade, se celebrado sem esse requisito essencial.

Parágrafo único - Nas demais hipóteses, a não apresentação da decla-ração, a falta e atraso de remessa de sua cópia ao Tribunal de Contas da União ou a declaração dolosamente inexata implicarão, conforme o caso:

a) crime de responsabilidade, para o Presidente e o Vice-Presidente da República, os Ministros de Estado e demais autoridades previstas em lei especial, observadas suas disposições; ou

b) infração político-administrativa, crime funcional ou falta grave disciplinar, passível de perda do mandato, demissão do cargo, exoneração do emprego ou destituição da função, além da inabilitação, até cinco anos, para o exer-cício de novo mandato e de qualquer cargo, emprego ou função pública, observada a legislação específi ca.

Art. 4º - Os administradores ou responsáveis por bens e valores públicos da administração direta, indireta e fundacional de qualquer dos Poderes da União, assim como toda a pessoa que, por força da lei, estiver sujeita à prestação de contas do Tribunal de Contas da União, são obrigados a juntar, à documentação correspondente, cópia da declaração de rendimentos e de bens, relativa ao período-base da gestão, entregue à repartição competente, de conformidade com a legislação do Imposto sobre a Renda.

§ 1º - O Tribunal de Contas da União considerará como não recebida a documentação que lhe for entregue em desacordo com o previsto neste artigo.

§ 2º - Será lícito ao Tribunal de Contas da União utilizar as declarações de rendimentos e de bens, recebidas nos termos deste artigo, para proceder ao levantamento da evolução patrimonial do seu titular e ao exame de sua compatibilização com os recursos e as disponibilidades declarados.

Art. 5º - A Fazenda Pública Federal e o Tribunal de Contas da União

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poderão realizar, em relação às declarações de que trata esta Lei, troca de dados e informações que lhes possam favorecer o desempenho das respectivas atribuições legais.

Parágrafo único - O dever do sigilo sobre informações de natureza fi scal e de riqueza de terceiros, imposto aos funcionários da Fazenda Pública, que cheguem ao seu conhecimento em razão do ofício, estende-se aos funcionários do Tribunal de Contas da União que, em cumprimento das disposições desta Lei, encontrem-se em idêntica situação.

Art. 6º - Os atuais ocupantes de cargos, empregos ou funções menciona-dos no art. 1º, e obedecido o disposto no art. 2º , prestarão a respectiva declaração de bens e rendas, bem como remeterão cópia ao Tribunal de Contas da União, no prazo e condições por este fi xados.

Art. 7º - As disposições constantes desta Lei serão adotadas pelos Esta-dos, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, no que couber, como normas gerais de direito fi nanceiro, velando pela sua observância os órgãos a que se refere o art. 75 da Constituição Federal.

Art. 8º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 9º - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 10 de novembro de 1993; 172º da Independência e 105º da Re-pública.ITAMAR FRANCO

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Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995

Dispõe sobre partidos políticos, regulamenta os arts. 17 e 14, § 3º, inciso V, da Constituição Federal

...........................................................................

Art. 13 - Tem direito a funcionamento parlamentar, em todas as Casas Legislativas para as quais tenha elegido representante, o partido que, em cada eleição para a Câmara dos Deputados obtenha o apoio de, no míni-mo, cinco por cento dos votos apurados, não computados os brancos e os nulos, distribuídos em, pelo menos, um terço dos Estados, com um mínimo de dois por cento do total de cada um deles.

(*)Vide Adins nºs 1351-3 e 1354-8.

...........................................................................

CAPÍTULO V

Da Fidelidade e da Disciplina Partidárias

Art. 23 - A responsabilidade por violação dos deveres partidários deve ser apurada e punida pelo competente órgão, na conformidade do que disponha o estatuto de cada partido.

§ 1º - Filiado algum pode sofrer medida disciplinar ou punição por conduta que não esteja tipifi cada no estatuto do partido político.

§ 2º - Ao acusado é assegurado amplo direito de defesa.

Art. 24 - Na Casa Legislativa, o integrante da bancada de partido deve subordinar sua ação parlamentar aos princípios doutrinários e programá-ticos e às diretrizes estabelecidas pelos órgãos de direção partidários, na forma do estatuto.

Art. 25 - O estatuto do partido poderá estabelecer, além das medidas disciplinares básicas de caráter partidário, normas sobre penalidades, inclusive com desligamento temporário da bancada, suspensão do direito de voto nas reuniões internas ou perda de todas as prerrogativas, cargos e funções que exerça em decorrência da representação e da proporção partidária, na respectiva Casa Legislativa, ao parlamentar que se opuser, pela atitude ou pelo voto, às diretrizes legitimamente estabelecidas pelos órgãos partidários.

Art. 26 - Perde automaticamente a função ou cargo que exerça, na res-

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pectiva Casa Legislativa, em virtude da proporção partidária, o parlamentar que deixar o partido sob cuja legenda tenha sido eleito.

...........................................................................

Art. 29 - Por decisão de seus órgãos nacionais de deliberação, dois ou mais partidos poderão fundir-se num só ou incorporar-se um ao outro.

...........................................................................

§ 6º - Havendo fusão ou incorporação de partidos, os votos obtidos por eles, na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, devem ser somados para efeito do funcionamento parlamentar, nos termos do art. 13, da distribuição dos recursos do Fundo Partidário e do acesso gratuito ao rádio e à televisão.

...........................................................................

Art. 51 - É assegurado ao partido político com estatuto registrado no Tri-bunal Superior Eleitoral o direito à utilização gratuita de escolas públicas ou Casas Legislativas para a realização de suas reuniões ou convenções, responsabilizando-se pelos danos porventura causados com a realização do evento.

...........................................................................

Art. 57 - No período entre o início da próxima Legislatura e a proclamação dos resultados da segunda eleição geral subseqüente para a Câmara dos Deputados, será observado o seguinte:

I - direito a funcionamento parlamentar ao partido com registro defi nitivo de seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral até a data da publicação desta Lei que, a partir de sua fundação tenha concorrido ou venha a concorrer às eleições gerais para a Câmara dos Deputados, elegendo representante em duas eleições consecutivas:

a) na Câmara dos Deputados, toda vez que eleger representante em, no mínimo, cinco Estados e obtiver um por cento dos votos apurados no País, não computados os brancos e os nulos;

b) nas Assembléias Legislativas e nas Câmaras de Vereadores, toda vez que, atendida a exigência do inciso anterior, eleger representante para a respectiva Casa e obtiver um total de um por cento dos votos apurados na Circunscrição, não computados os brancos e os nulos;

(*)Vide Adins nºs 1351-3 e 1354-8.

...........................................................................

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(*) Decisão Final da Adim 1351 - 3

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 1351 – 3

Decisão Final

O Tribunal, à unanimidade, julgou procedente a ação direta para declarar a incons-titucionalidade dos seguintes dispositivos da Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995: artigo 13; a expressão “obedecendo aos seguintes critérios”, contida no caput do artigo 41; incisos I e II do mesmo artigo 41; artigo 48; a expressão “que atenda ao disposto no art. 13”, contida no caput do artigo 49, com redução de texto; caput dos artigos 56 e 57, com interpretação que elimina de tais dispositivos as limitações temporais neles constantes, até que sobrevenha disposição legislativa a respeito; e a expressão “no art. 13”, constante no inciso II do artigo 57. Também por unanimi-dade, julgou improcedente a ação no que se refere ao inciso II do artigo 56. Votou a Presidente, Ministra Ellen Gracie. Ausente, justifi cadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Falaram, pelos requerentes, Partido Comunista do Brasil - PC do B e outros, o Dr. Paulo Machado Guimarães e, pelo Partido Socialista Brasileiro - PSB, o Dr. José Antônio Figueiredo de Almeida. Plenário, 07/12/2006.

(*) Decisão Final da Adim 1354 - 8

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 1354 - 8

Decisão Final

O Tribunal, à unanimidade, julgou procedente a ação direta para declarar a incons-titucionalidade dos seguintes dispositivos da Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995: artigo 13; a expressão “obedecendo aos seguintes critérios”, contida no caput do artigo 41; incisos I e II do mesmo artigo 41; artigo 48; a expressão “que atenda ao disposto no art. 13”, contida no caput do artigo 49, com redução de texto; caput dos artigos 56 e 57, com interpretação que elimina de tais dispositivos as limitações temporais neles constantes, até que sobrevenha disposição legislativa a respeito; e a expressão “no art. 13”, constante no inciso II do artigo 57. Também por unanimi-dade, julgou improcedente a ação no que se refere ao inciso II do artigo 56. Votou a Presidente, Ministra Ellen Gracie. Ausente, justifi cadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Plenário, 07/12/2006.

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Lei nº 9.506, de 30 de outubro de 1997

Extingue o Instituto de Previdência dos Congressistas - IPC, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Fica extinto o Instituto de Previdência dos Congressistas - IPC, criado pela Lei nº 4.284, de 20 de novembro de 1963, e regido pela Lei nº 7.087, de 29 de dezembro de 1982, sendo sucedido, em todos os direitos e obrigações, pela União, por intermédio da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, os quais assumirão, mediante recursos orçamentários próprios, a concessão e manutenção dos benefícios, na forma estabelecida nesta Lei, preservados os direitos adquiridos em relação às pensões con-cedidas, atualizadas com base na legislação vigente à data da publicação desta Lei, bem como às pensões a conceder, no regime das Leis nº 4.284, de 20 de novembro de 1963, nº 4.937, de 18 de março de 1966, e nº 7.087, de 29 de dezembro de 1982.

...........................................................................

Art. 5º - Para fi ns de contagem de tempo de exercício de mandato é facul-tada ao segurado a averbação do tempo correspondente aos mandatos eletivos municipais, estaduais ou federais.

§ 1º - A averbação somente produzirá efeitos após o recolhimento das con-tribuições ao Plano de Seguridade Social dos Congressistas, diretamente pelo interessado ou mediante repasse dos recursos correspondentes por entidade conveniada na forma do art. 6º.

§ 2º - O valor do recolhimento a que se refere o parágrafo anterior cor-responderá à soma das contribuições prevista nos incisos I e II do art. 12 e tomará por base a remuneração dos membros do Congresso Nacional vigente à época do recolhimento.

Art. 6º - A Câmara dos Deputados e o Senado Federal poderão celebrar convênios com entidades estaduais e municipais de seguridade parlamentar para a implantação de sistema de compensação fi nanceira das contribuições do segurado por tempo de exercício de mandato, tanto àquelas entidades quanto ao Plano instituído por esta Lei, mediante repasse, para habilitação à aposentadoria, dos recursos correspondentes.

...........................................................................

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Art. 10 - Não é devido o pagamento dos proventos da aposentadoria a que se refere esta Lei enquanto o benefi ciário estiver investido em mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, salvo quando optar por este benefício, renunciando à remuneração do cargo.

...........................................................................

Art. 13 - O Deputado Federal, Senador ou suplente em exercício de mandato que não estiver vinculado ao Plano instituído por esta Lei ou a outro regime de previdência participará, obrigatoriamente, do regime geral de previdência social a que se refere a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991.

§ 1º - inciso I do art. 12 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar acrescido da seguinte alínea h:

Art. 12 - ........................................................................

I - ..................................................................................

.......................................................................................

h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social;

§ 2º - O inciso I do art. 11 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar acrescido da seguinte alínea h:

Art. 11 - .............................................................................

I - .......................................................................................

...........................................................................................

h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social;

§ 3º - O inciso IV do art. 55 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 55 - .............................................................................

..........................................................................................

IV - o tempo de serviço referente ao exercício de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não tenha sido contado para efeito de aposentadoria por outro regime de previdência social;

...........................................................................................

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Art. 15 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 16 - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 30 de outubro de 1997; 176º da Independência e 109º da República.FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Lei nº 9.709, de 18 de novembro de 1998

Regulamenta a execução do disposto nos incisos I, II e III do art. 14 da Constituição Federal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - A soberania popular é exercida por sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, nos termos desta Lei e das normas constitucionais pertinentes, mediante:

I - plebiscito;

II - referendo;

III - iniciativa popular.

Art. 2º - Plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo para que delibere sobre matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa.

§ 1º - O plebiscito é convocado com anterioridade a ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido.

§ 2º - O referendo é convocado com posterioridade a ato legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a respectiva ratifi cação ou rejeição.

Art. 3º - Nas questões de relevância nacional, de competência do Poder Legislativo ou do Poder Executivo, e no caso do § 3º do art. 18 da Cons-tituição Federal, o plebiscito e o referendo são convocados mediante de-creto legislativo, por proposta de um terço, no mínimo, dos membros que compõem qualquer das Casas do Congresso Nacional, de conformidade com esta Lei.

Art. 4º - A incorporação de Estados entre si, subdivisão ou desmembramen-to para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, dependem da aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito realizado na mesma data e horário em cada um dos Estados, e do Congresso Nacional, por lei complementar, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas.

§ 1º - Proclamado o resultado da consulta plebiscitária, sendo favorável à

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alteração territorial prevista no caput, o projeto de lei complementar respec-tivo será proposto perante qualquer das Casas do Congresso Nacional.

§ 2º - À Casa perante a qual tenha sido apresentado o projeto de lei com-plementar referido no parágrafo anterior compete proceder à audiência das respectivas Assembléias Legislativas.

§ 3º - Na oportunidade prevista no parágrafo anterior, as respectivas As-sembléias Legislativas opinarão, sem caráter vinculativo, sobre a matéria, e fornecerão ao Congresso Nacional os detalhamentos técnicos concernentes aos aspectos administrativos, fi nanceiros, sociais e econômicos da área geopolítica afetada.

§ 4º - O Congresso Nacional, ao aprovar a lei complementar, tomará em conta as informações técnicas a que se refere o parágrafo anterior.

Art. 5º - O plebiscito destinado à criação, à incorporação, à fusão e ao des-membramento de Municípios, será convocado pela Assembléia Legislativa, de conformidade com a legislação federal e estadual.

Art. 6º - Nas demais questões, de competência dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o plebiscito e o referendo serão convocados de conformidade, respectivamente, com a Constituição Estadual e com a Lei Orgânica.

Art. 7º - Nas consultas plebiscitárias previstas nos arts. 4º e 5º entende-se por população diretamente interessada tanto a do território que se pretende desmembrar, quanto a do que sofrerá desmembramento; em caso de fusão ou anexação, tanto a população da área que se quer anexar quanto a da que receberá o acréscimo; e a vontade popular se aferirá pelo percentual que se manifestar em relação ao total da população consultada.

Art. 8º - Aprovado o ato convocatório, o Presidente do Congresso Nacio-nal dará ciência à Justiça Eleitoral, a quem incumbirá, nos limites de sua circunscrição:

I - fi xar a data da consulta popular;

II - tornar pública a cédula respectiva;

III - expedir instruções para a realização do plebiscito ou referendo;

IV - assegurar a gratuidade nos meio de comunicação de massa concessio-nários de serviço público, aos partidos políticos e às frentes suprapartidárias organizadas pela sociedade civil em torno da matéria em questão, para a divulgação de seus postulados referentes ao tema sob consulta.

Art. 9º - Convocado o plebiscito, o projeto legislativo ou medida administrati-

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va não efetivada, cujas matérias constituam objeto da consulta popular, terá sustada sua tramitação, até que o resultado das urnas seja proclamado.

Art. 10 - O plebiscito ou referendo, convocado nos termos da presente Lei, será considerado aprovado ou rejeitado por maioria simples, de acordo com o resultado homologado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Art. 11 - O referendo pode ser convocado no prazo de trinta dias, a contar da promulgação de lei ou adoção de medida administrativa, que se relacione de maneira direta com a consulta popular.

Art. 12 - A tramitação dos projetos de plebiscito e referendo obedecerá às normas do Regimento Comum do Congresso Nacional.

Art. 13 - A iniciativa popular consiste na apresentação de projeto de lei à Câmara dos Deputados, subscrito por, no mínimo, um por cento do eleito-rado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

§ 1º - O projeto de lei de iniciativa popular deverá circunscrever-se a um só assunto.

§ 2º - O projeto de lei de iniciativa popular não poderá ser rejeitado por vício de forma, cabendo à Câmara dos Deputados, por seu órgão competente, providenciar a correção de eventuais impropriedades de técnica legislativa ou de redação.

Art. 14 - A Câmara dos Deputados, verifi cando o cumprimento das exigên-cias estabelecidas no art. 13 e respectivos parágrafos, dará seguimento à iniciativa popular, consoante as normas do Regimento Interno.

Art. 15 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 18 de novembro de 1998; 177° da Independência e 110° da Re-pública.FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

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Lei nº 9.868, de 10 de novembro de 1999

Dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitu-cionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

Da Ação Direta de Inconstitucionalidade e da Ação Declaratória de Constitucionalidade

Art. 1º - Esta Lei dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal.

CAPÍTULO II

Da Ação Direta de Inconstitucionalidade

SEÇÃO I

Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Direta de Inconstitu-cionalidade

Art. 2º - Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade:

I - o Presidente da República;

II - a Mesa do Senado Federal;

III - a Mesa da Câmara dos Deputados;

IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal;

V - o Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal;

VI - o Procurador-Geral da República;

VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;

IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Parágrafo único - (VETADO)

Art. 3º - A petição indicará:

I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações;

II - o pedido, com suas especifi cações.

Parágrafo único - A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação.

Art. 4º - A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo relator.

Parágrafo único - Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial.

Art. 5º - Proposta a ação direta, não se admitirá desistência.

Parágrafo único - (VETADO)

Art. 6º - O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado.

Parágrafo único - As informações serão prestadas no prazo de trinta dias contado do recebimento do pedido.

Art. 7º - Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade.

§ 1º - (VETADO)

§ 2º - O relator, considerando a relevância da matéria e a representativida-de dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fi xado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades.

Art. 8º - Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos, sucessivamen-te, o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, que deverão manifestar-se, cada qual, no prazo de quinze dias.

Art. 9º - Vencidos os prazos do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento.

§ 1º - Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circuns-tância de fato ou de notória insufi ciência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, designar perito ou

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou fi xar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria.

§ 2º - O relator poderá, ainda, solicitar informações aos Tribunais Superio-res, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma impugnada no âmbito de sua jurisdição.

§ 3º - As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta dias, contado da solicitação do relator.

Seção II

Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade

Art. 10 - Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após a audiência dos órgãos ou autori-dades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias.

§ 1º - O relator, julgando indispensável, ouvirá o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, no prazo de três dias.

§ 2º - No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada susten-tação oral aos representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela expedição do ato, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal.

§ 3º - Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir a medida cautelar sem a audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado.

Art. 11 - Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Ofi cial da União e do Diário da Justiça da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo solicitar as informações à autoridade da qual tiver emanado o ato, obser-vando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I deste Capítulo.

§ 1º - A medida cautelar, dotada de efi cácia contra todos, será concedida com efeito ex nunc, salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe efi cácia retroativa.

§ 2º - A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário.

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Art. 12 - Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da rele-vância da matéria e de seu especial signifi cado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar defi niti-vamente a ação.

CAPÍTULO III

Da Ação Declaratória de Constitucionalidade

Seção I

Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Declaratória de Constitucionalidade

Art. 13 - Podem propor a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal:

I - o Presidente da República;

II - a Mesa da Câmara dos Deputados;

III - a Mesa do Senado Federal;

IV - o Procurador-Geral da República.

Art. 14 - A petição inicial indicará:

I - o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os fundamentos jurídicos do pedido;

II - o pedido, com suas especifi cações;

III - a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória.

Parágrafo único - A petição inicial, acompanhada de instrumento de pro-curação, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato normativo questionado e dos documentos necessários para comprovar a procedência do pedido de declaração de constitucionalidade.

Art. 15 - A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo relator.

Parágrafo único - Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Art. 16 - Proposta a ação declaratória, não se admitirá desistência.

Art. 17 - (VETADO)

Art. 18 - Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação declaratória de constitucionalidade.

§ 1º - (VETADO)

§ 2º - (VETADO)

Art. 19 - Decorrido o prazo do artigo anterior, será aberta vista ao Procu-rador-Geral da República, que deverá pronunciar-se no prazo de quinze dias.

Art. 20 - Vencido o prazo do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento.

§ 1º - Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circuns-tância de fato ou de notória insufi ciência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão ou fi xar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria.

§ 2º - O relator poderá solicitar, ainda, informações aos Tribunais Superio-res, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma questionada no âmbito de sua jurisdição.

§ 3º - As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta dias, contado da solicitação do relator.

Seção II

Da Medida Cautelar em Ação Declaratória de Constitucionalidade

Art. 21 - O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação declara-tória de constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento defi nitivo.

Parágrafo único - Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Ofi cial da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo o Tribunal proceder ao julgamento da ação no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de perda

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de sua efi cácia.

CAPÍTULO IV

Da Decisão na Ação Direta de Inconstitucionalidade e naAção Declaratória de Constitucionalidade

Art. 22 - A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros.

Art. 23 - Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da disposição ou da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo menos seis Ministros, quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade.

Parágrafo único - Se não for alcançada a maioria necessária à declara-ção de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, estando ausentes Ministros em número que possa infl uir no julgamento, este será suspenso a fi m de aguardar-se o comparecimento dos Ministros ausentes, até que se atinja o número necessário para prolação da decisão num ou noutro sentido.

Art. 24 - Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a in-constitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória.

Art. 25 - Julgada a ação, far-se-á a comunicação à autoridade ou ao órgão responsável pela expedição do ato.

Art. 26 - A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstituciona-lidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória.

Art. 27 - Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha efi cácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fi xado.

Art. 28 - Dentro do prazo de dez dias após o trânsito em julgado da decisão, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Ofi cial da União a parte dispositiva do acórdão.

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Parágrafo único - A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucio-nalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, têm efi cácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal.

CAPÍTULO V

Das Disposições Gerais e Finais

Art. 29 - O art. 482 do Código de Processo Civil fi ca acrescido dos seguin-tes parágrafos:

Art. 482 - ...........................................................................

§ 1º - O Ministério Público e as pessoas jurídicas de direito público responsáveis pela edição do ato questionado, se assim o requererem, poderão manifestar-se no incidente de inconstitucionalidade, observados os prazos e condições fi xados no Regimento Interno do Tribunal.

§ 2º - Os titulares do direito de propositura referidos no art. 103 da Consti-tuição poderão manifestar-se, por escrito, sobre a questão constitucional objeto de apreciação pelo órgão especial ou pelo Pleno do Tribunal, no prazo fi xado em Regimento, sendo-lhes assegurado o direito de apre-sentar memoriais ou de pedir a juntada de documentos.

§ 3º - O relator, considerando a relevância da matéria e a representa-tividade dos postulantes, poderá admitir, por despacho irrecorrível, a manifestação de outros órgãos ou entidades.

Art. 30 - O art. 8º da Lei no 8.185, de 14 de maio de 1991, passa a vigorar acrescido dos seguintes dispositivos:

“Art.8º.............................................................................

I - .....................................................................................

........................................................................................

n) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Distrito Federal em face da sua Lei Orgânica;

.......................................................................................

§ 3º - São partes legítimas para propor a ação direta de inconstitucionali-dade:

I - o Governador do Distrito Federal;

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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II - a Mesa da Câmara Legislativa;

III - o Procurador-Geral de Justiça;

IV - a Ordem dos Advogados do Brasil, seção do Distrito Federal;

V - as entidades sindicais ou de classe, de atuação no Distrito Federal, demonstrando que a pretensão por elas deduzida guarda relação de per-tinência direta com os seus objetivos institucionais;

VI - os partidos políticos com representação na Câmara Legislativa.

§ 4º - Aplicam-se ao processo e julgamento da ação direta de Inconstitu-cionalidade perante o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios as seguintes disposições:

I - o Procurador-Geral de Justiça será sempre ouvido nas ações diretas de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade;

II - declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma da Lei Orgânica do Distrito Federal, a decisão será comuni-cada ao Poder competente para adoção das providências necessárias, e, tratando-se de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias;

III - somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou de seu órgão especial, poderá o Tribunal de Justiça declarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do Distrito Federal ou suspender a sua vigência em decisão de medida cautelar.

§ 5º - Aplicam-se, no que couber, ao processo de julgamento da ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Distrito Federal em face da sua Lei Orgânica as normas sobre o processo e o julgamento da ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal.”

Art. 31 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 10 de novembro de 1999; 178º da Independência e 111º da República.FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

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Lei nº 10.001, de 4 de setembro de 2000

Dispõe sobre a prioridade nos procedimentos a serem adotados pelo Ministério Público e por outros órgãos a respeito das conclusões das comissões parlamentares de inquérito.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Os Presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional encaminharão o relatório da Comissão Parla-mentar de Inquérito respectiva, e a resolução que o aprovar, aos chefes do Ministério Público da União ou dos Estados, ou ainda às autoridades administrativas ou judiciais com poder de decisão, conforme o caso, para a prática de atos de sua competência.

Art. 2º - A autoridade a quem for encaminhada a resolução informará ao remetente, no prazo de trinta dias, as providências adotadas ou a justifi -cativa pela omissão.

Parágrafo único - A autoridade que presidir processo ou procedimento, administrativo ou judicial, instaurado em decorrência de conclusões de Comissão Parlamentar de Inquérito, comunicará, semestralmente, a fase em que se encontra, até a sua conclusão.

Art. 3º - O processo ou procedimento referido no art. 2º terá prioridade sobre qualquer outro, exceto sobre aquele relativo a pedido de habeas corpus, habeas data e mandado de segurança.

Art. 4º - O descumprimento das normas desta Lei sujeita a autoridade a sanções administrativas, civis e penais.

Art. 5º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 4 de setembro de 2000; 179º da Independência e 112º da República.FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

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Lei nº 10.028, de 19 de outubro de 2000

Altera o Decreto- Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, a Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950, e o Decreto- Lei nº 201, de 27 de fevereiro de 1967.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

......................................................................

Art. 5º - Constitui infração administrativa contra as leis de fi nanças públi-cas:

I - deixar de divulgar ou de enviar ao Poder Legislativo e ao Tribunal de Contas o relatório de gestão fi scal, nos prazos e condições estabelecidos em lei;

II - propor lei de diretrizes orçamentárias anual que não contenha as metas fi scais na forma da lei;

III - deixar de expedir ato determinando limitação de empenho e movimen-tação fi nanceira, nos casos e condições estabelecidos em lei;

IV - deixar de ordenar ou de promover, na forma e nos prazos da lei, a execução de medida para a redução do montante da despesa total com pessoal que houver excedido a repartição por Poder do limite máximo.

§ 1º - A infração prevista neste artigo é punida com multa de trinta por cento dos vencimentos anuais do agente que lhe der causa, sendo o pagamento da multa de sua responsabilidade pessoal.

§ 2º - A infração a que se refere este artigo será processada e julgada pelo Tribunal de Contas a que competir a fi scalização contábil, fi nanceira e orçamentária da pessoa jurídica de direito público envolvida.

Art. 6º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 19 de outubro de 2000; 179º da Independência e 112º da República.FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

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Lei nº 10.331, de 18 de dezembro de 2001

Regulamenta o inciso X do art. 37 da Constituição, que dispõe sobre a revisão geral e anual das remunerações e subsídios dos servidores públicos federais dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, das autarquias e fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - As remunerações e os subsídios dos servidores públicos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, das autarquias e fundações públicas federais, serão revistos, na forma do inciso X do art. 37 da Constituição, no mês de janeiro, sem distinção de índices, extensivos aos proventos da inatividade e às pensões.

Art. 2º - A revisão geral anual de que trata o art. 1º observará as seguintes condições:

I - autorização na lei de diretrizes orçamentárias;

II - defi nição do índice em lei específi ca;

III - previsão do montante da respectiva despesa e correspondentes fontes de custeio na lei orçamentária anual;

IV - comprovação da disponibilidade fi nanceira que confi gure capacidade de pagamento pelo governo, preservados os compromissos relativos a investimentos e despesas continuadas nas áreas prioritárias de interesse econômico e social;

V - compatibilidade com a evolução nominal e real das remunerações no mercado de trabalho; e

VI - atendimento aos limites para despesa com pessoal de que tratam o art. 169 da Constituição e a Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000.

Art. 3º - Revogado.

Art. 3° revogado pelo art. 3° da Lei nº 10.697, de 02/07/2003.

Art. 4º - No prazo de trinta dias contados da vigência da lei orçamentária anual ou, se posterior, da lei específi ca de que trata o inciso II do art. 2º desta Lei, os Poderes farão publicar as novas tabelas de vencimentos que vigorarão no respectivo exercício.

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Art. 5º - Para o exercício de 2002, o índice de revisão geral das remune-rações e subsídios dos servidores públicos federais será de 3,5% (três vírgula cinco por cento).

Parágrafo único - Excepcionalmente, não se aplica ao índice previsto no caput a dedução de que trata o art. 3º desta Lei.

Art. 6º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 18 de dezembro de 2001; 180° da Independência e 113° da República.FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Constituição Estadual

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CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO Promulgada em 05 de outubro de 1989

...........................................................................

CAPÍTULO II

Do Poder Legislativo

SEÇÃO I

Da Organização do Poder Legislativo

Artigo 9º - O Poder Legislativo é exercido pela Assembléia Legislativa, constituída de Deputados, eleitos e investidos na forma da legislação fe-deral, para uma legislatura de quatro anos.

§ 1º - A Assembléia Legislativa reunir-se-á, em sessão legislativa anual, independentemente de convocação, de 1º de fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro.

§ 2º - No primeiro ano da legislatura, a Assembléia Legislativa reunir-se-á, da mesma forma, em sessões preparatórias, a partir de 15 de março, para a posse de seus membros e eleição da Mesa. (NR)

§ 2° com redação dada pela Emenda Constitucional nº 03, de 11/11/1996.

NOTA: Quando promulgada a Constituição Estadual, em 05/10/1989, a legislatura ini-ciava-se e encerrava-se em 15 de março. Antecipado o início da legislatura para 1º de janeiro, houve uma redução do mandato dos Deputados da legislatura 1991/1994 (ver parágrafo único do artigo 1º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias). Foi ajuizada pelo Procurador Geral da República, Ação Direta de Inconstitucionali-dade nº 1162 -6/600, perante o Supremo Tribunal Federal que, concedendo medida liminar, suspendeu a vigência do § 2º do artigo 9º, e do parágrafo único do artigo 1º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias , da Constituição Paulista. Em conseqüência, foi promulgada a Emenda Constitucional nº 03, de 11/11/1996, restabelecendo o início e término da legislatura em 15 de março.

...........................................................................

§ 5º - A convocação extraordinária da Assembléia Legislativa far-se-á:

1. pelo Presidente, nos seguintes casos:

a) decretação de estado de sítio ou de estado de defesa que atinja todo ou

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parte do território estadual;

b) intervenção no Estado ou em Município;

c) recebimento dos autos de prisão de Deputado, na hipótese de crime inafi ançável.

2. pela maioria absoluta dos membros da Assembléia Legislativa ou pelo Governador, em caso de urgência ou interesse público relevante.

§ 6º - Na sessão legislativa extraordinária, a Assembléia Legislativa somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocada, vedado o pagamento de parcela indenizatória de valor superior ao subsídio mensal. (NR)

§ 6º com redação dada pelo artigo 1º da Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.

Artigo 10 - A Assembléia Legislativa funcionará em sessões públicas, presente, pelo menos, um quarto de seus membros.

§ 1º - Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações da Assembléia Legislativa e de suas Comissões serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros.

...........................................................................

Artigo 11 - Os membros da Mesa e seus substitutos serão eleitos para um mandato de dois anos.

§ 1º - A eleição far-se-á, em primeiro escrutínio, pela maioria absoluta da Assembléia Legislativa.

§ 2º - É vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediata-mente subseqüente.

Artigo 12 - Na constituição da Mesa e das Comissões assegurar-se-á, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos políticos com assento na Assembléia Legislativa.

Artigo 13 - A Assembléia Legislativa terá Comissões permanentes e tem-porárias, na forma e com as atribuições previstas no Regimento Interno.

§ 1º - Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:

...........................................................................

2 - convocar Secretário de Estado para prestar, pessoalmente, no prazo de trinta dias, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justifi cação adequada;

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3 - convocar dirigentes de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, para prestar informações sobre assuntos de área de sua competência, previamente determinados, no prazo de trinta dias, sujeitando-se, pelo não comparecimento sem justifi cação adequada, às penas da lei;

...........................................................................

5 - acompanhar a execução orçamentária;

...........................................................................

10 - fi scalizar e apreciar programas de obras, planos estaduais, regionais e setoriais de desenvolvimento e, sobre eles, emitir parecer.

...........................................................................

§ 2º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de in-vestigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno, serão criadas mediante requerimento de um terço dos membros da Assembléia Legislativa, para apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, quando for o caso, encaminhadas aos órgãos competentes do Estado para que promovam a responsabilidade civil e criminal de quem de direito.

...........................................................................

SEÇÃO II

Dos Deputados

Artigo 14 - Os Deputados são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. (NR)

Art. 14 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 12/03/2002.

§1º - Os Deputados, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Tribunal de Justiça. (NR)

§ 1º com redação dada pelo artigo 1º da Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.

§ 2º - Desde a expedição do diploma, os membros da Assembléia Legis-lativa não poderão ser presos, salvo em fl agrante de crime inafi ançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Assembléia Legislativa, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. (NR)

NOTA: O teor do texto do atual § 2º (redação dada pela Emenda Constitucional nº

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14 de 12/03/2002) corresponde ao § 3º na redação anterior, que foi alterada pela Emenda Constitucional nº 12 . de 28/06/2001.

§ 3º - Recebida a denúncia contra Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Tribunal de Justiça dará ciência à Assembléia Legislativa que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão fi nal, sustar o andamento da ação. (NR)

§ 4º - O pedido de sustação será apreciado pela Assembléia Legislativa no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. (NR)

§ 5º - A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. (NR)

§ 6º - Os Deputados não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confi aram ou deles receberam informações. (NR)

§ 7º - A incorporação às Forças Armadas de Deputados, embora militares e eainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Assem-bléia Legislativa. (NR)

§ 8º - As imunidades de Deputados subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Assembléia Legislativa, nos casos de atos praticados fora do recinto dessa Casa, que sejam incompatíveis com a execução da medida. (NR)

§§ 2º, 3º 4º, 5º, 6º, 7º e 8º , com redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 12/03/2002.

§ 9º - No exercício do mandato, o Deputado terá livre acesso às repartições públicas, podendo diligenciar pessoalmente junto aos órgãos da administra-ção direta e indireta, devendo ser atendido pelos respectivos responsáveis, na forma da lei. (NR)

§ 9° acrescentado pela Emenda Constitucional nº 14, de 12/03/2002.

§ 10 - No caso de inviolabilidade por quaisquer opiniões, palavras, votos e manifestações verbais ou escritas de deputado em razão de sua atividade parlamentar, impende-se o arquivamento de inquérito policial e o imediato não-conhecimento de ação civil ou penal promovida com inobservância deste direito do Poder Legislativo, independentemente de prévia comuni-cação ao deputado ou à Assembléia Legislativa. (NR)

§ 10 acrescentada pela Emenda Constitucional nº 15, de 15/5/2002.

§ 11 - Salvo as hipóteses do § 10, os procedimentos investigatórios e as

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suas diligências de caráter instrutório somente serão promovidos perante o Tribunal de Justiça, e sob seu controle, a quem caberá ordenar toda e qualquer providência necessária à obtenção de dados probatórios para demonstração de alegado delito de deputado. (NR)

§ 11 acrescentado pela Emenda Constitucional nº 15, de 15/05/2002.

...........................................................................

Artigo 16 - Perderá o mandato o Deputado:

I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;

II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamen-tar;

III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça-parte das sessões ordinárias, salvo licença ou missão autorizada pela Assem-bléia Legislativa;

IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;

V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Consti-tuição Federal;

VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado, nos crimes apenados com reclusão, atentatórios ao decoro parlamentar. (NR)

Inciso VI com redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 30/03/2004.

...........................................................................

§ 2º - Nos casos dos incisos I, II e VI deste artigo, a perda do mandato será decidida pela Assembléia Legislativa, por votação nominal e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa ou de partido político representado no Legislativo, assegurada ampla defesa. (NR)

§ 2° com redação dada pela Emenda Constitucional nº 11, de 28/06/2001.

...........................................................................

Artigo 17 - Não perderá o mandato o Deputado:

I - investido na função de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária;

II - licenciado pela Assembléia Legislativa por motivo de doença ou para tratar, sem subsídio, de interesse particular, desde que, neste caso, o afas-tamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa. (NR)

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Inciso II com redação dada pelo artigo 1º da Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.

§ 1º - O suplente será convocado, nos casos de vaga, com a investidura nas funções previstas neste artigo, ou de licença superior a cento e vinte dias.

...........................................................................

§ 3º- Na hipótese do inciso I deste artigo, o Deputado poderá optar pelo subsídio fi xado aos parlamentares estaduais. (NR)

§ 3º com redação dada pelo artigo 1º da Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.

Artigo 18 - O subsídio dos Deputados Estaduais será fi xado por lei de ini-ciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I, da Constituição Federal. (NR)

Art. 18 com redação dada pelo artigo 1º da Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.

Parágrafo único - Os Deputados farão declaração pública de bens, no ato da posse e no término do mandato.

SEÇÃO III

Das Atribuições do Poder Legislativo

Art igo 19 - Compete à Assembléia Legislativa, com a sanção do Governa-dor, dispor sobre todas as matérias de competência do Estado, ressalvadas as especifi cadas no art. 20, e especialmente sobre:

...........................................................................

II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e empréstimos externos, a qualquer título, pelo Poder Executivo;

...........................................................................

IV - autorização para a alienação de bens imóveis do Estado ou a cessão de direitos reais a eles relativos, bem como o recebimento, pelo Estado, de doações com encargo, não se considerando como tal a simples destinação específi ca do bem;

...........................................................................

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Artigo 20 - Compete, exclusivamente, à Assembléia Legislativa:

I - eleger a Mesa e constituir as Comissões;

II - elaborar seu Regimento Interno;

III - dispor sobre a organização de sua Secretaria, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços e a iniciativa de lei para fi xação da respectiva remuneração, observa-dos os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; (NR)

Inciso III com redação dada pelo artigo 1º da Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.

IV - dar posse ao Governador e ao Vice-Governador eleitos e conceder-lhes licença para ausentar-se do Estado, por mais de quinze dias;

V - apresentar projeto de lei para fi xar, para cada exercício fi nanceiro, os subsídios do Governador, do Vice-Governador, dos Secretários de Estado e dos Deputados Estaduais; (NR)

Inciso V com redação dada pela Emenda Constitucional n° 20, de 08/04/2005.

VI - tomar e julgar, anualmente, as contas prestadas pela Mesa da As-sembléia Legislativa, pelo Governador e pelo Presidente do Tribunal de Justiça, respectivamente, do Poder Legislativo, do Poder Executivo e do Poder Judiciário, e apreciar os relatórios sobre a execução dos Planos de Governo;

VII - decidir, quando for o caso, sobre intervenção estadual em Município;

VIII - autorizar o Governador a efetuar ou contrair empréstimos, salvo com Município do Estado, suas entidades descentralizadas e órgãos ou entidades federais;

...........................................................................

XI - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas do Estado, após argüição em sessão pública;

XII - aprovar previamente, após argüição em sessão pública, a escolha dos titulares dos cargos de Conselheiros do Tribunal de Contas, indicados pelo Governador do Estado; (NR)

Inciso XII com redação dada pela Emenda Constitucional nº 12, de 28/06/2001.

XIII - suspender, no todo ou em parte, a execução de lei ou ato normativo declarado inconstitucional em decisão irrecorrível do Tribunal de Justiça;

XIV - convocar Secretários de Estado, dirigentes, diretores e Superintenden-

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tes de órgãos da administração pública indireta e fundacional e Reitores das universidades públicas estaduais para prestar, pessoalmente, informações sobre assuntos previamente determinados, no prazo de trinta dias, impor-tando crime de responsabilidade a ausência sem justifi cativa; (NR)

Inciso XIV com redação dada pela Emenda Constitucional nº 9, de 19/05/2000.

...........................................................................

XVI - requisitar informações dos Secretários de Estado, dirigentes, dire-tores e Superintendentes de órgãos da administração pública indireta e fundacional, do Procurador-Geral de Justiça e dos Reitores das univer-sidades públicas estaduais sobre assunto relacionado com sua pasta ou instituição, importando crime de responsabilidade não só a recusa ou o não atendimento, no prazo de trinta dias, senão também o fornecimento de informações falsas; (NR)

Inciso XVI com redação dada pela Emenda Constitucional nº 9, de 19/05/2000.

...........................................................................

XIX - autorizar ou aprovar convênios, acordos ou contratos de que resultem para o Estado encargos não previstos na lei orçamentária;

XX - mudar temporariamente sua sede;

...........................................................................

XXII - solicitar intervenção federal, se necessário, para assegurar o livre exercício de suas funções;

...........................................................................

XXIV - solicitar ao Governador, na forma do Regimento Interno, informações sobre atos de sua competência privativa;

XXV - receber a denúncia e promover o respectivo processo, no caso de crime de responsabilidade do Governador do Estado;

...........................................................................

SEÇÃO IV

Do Processo Legislativo

Artigo 21 - O processo legislativo compreende a elaboração de:

I - emenda à Constituição;

II - lei complementar;

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III - lei ordinária;

IV - decreto legislativo;

V - resolução.

Artigo 22 - A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

I - de um terço, no mínimo, dos membros da Assembléia Legislativa;

II - do Governador do Estado;

III - de mais de um terço das Câmaras Municipais do Estado, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros;

IV - de cidadãos, mediante iniciativa popular assinada, no mínimo, por um por cento dos eleitores.

...........................................................................

§ 2º - a proposta será discutida e votada em dois turnos, considerando-se aprovada quando obtiver, em ambas as votações, o voto favorável de três quintos dos membros da Assembléia Legislativa.

§ 3º - A emenda à Constituição será promulgada pela Mesa da Assembléia Legislativa, com o respectivo número de ordem.

§ 4º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada não poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

Artigo 23 - As leis complementares serão aprovadas pela maioria absoluta dos membros da Assembléia Legislativa, observados os demais termos da votação das leis ordinárias.

...........................................................................

Artigo 24 - A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Assembléia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Procurador-Geral de Justiça e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

§ 1º - Compete, exclusivamente, à Assembléia Legislativa a iniciativa das leis que disponham sobre: (NR)

1 - criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios; (NR)

2 - regras de criação, organização e supressão de distritos nos Municípios. (NR)

§ 1° e itens 1 e 2 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 2, de 21/02/1995.

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3 - subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I, da Constituição Federal. (NR)

Item 3 acrescentado pelo Art. 1º da Emenda Constitucional n º 21, de 14/02/2006.

§ 2º - Compete, exclusivamente, ao Governador do Estado a iniciativa das leis que disponham sobre:

1 - criação e extinção de cargos, funções ou empregos públicos na admi-nistração direta e autárquica, bem como a fi xação da respectiva remune-ração;

2 - criação e extinção das Secretarias de Estado e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 47, XIX; (NR)

Item 2 com redação dada pelo Art. 1º da Emenda Constitucional n º 21, de 14/02/2006.

3 - organização da Procuradoria Geral do Estado e da Defensoria Pública do Estado, observadas as normas gerais da União;

4 - servidores públicos do Estado, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;(NR)

5 - militares, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, esta-bilidade, remuneração, reforma e transferência para inatividade, bem como fi xação ou alteração do efetivo da Polícia Militar; (NR)

Itens 4 e 5 com redação dada pelo Art. 1º da Emenda Constitucional n º 21, de 14/02/2006.

6 - criação, alteração ou supressão de cartórios notariais e de registros públicos.

§ 3º - O exercício direto da soberania popular realizar-se-á da seguinte forma:

1. a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação de projeto de lei subscrito por, no mínimo, cinco décimos de unidade por cento do elei-torado do Estado, assegurada a defesa do projeto por representante dos respectivos responsáveis, perante as Comissões pelas quais tramitar;

2 - um por cento do eleitorado do Estado poderá requerer à Assembléia Legislativa a realização de referendo sobre lei;

3 - as questões relevantes aos destinos do Estado poderão ser submetidas a plebiscito, quando pelo menos um por cento do eleitorado o requerer ao Tribunal Regional Eleitoral, ouvida a Assembléia Legislativa;

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4 - o eleitorado referido nos itens anteriores deverá estar distribuído em, pelo menos, cinco dentre os quinze maiores Municípios com não menos que dois décimos de unidade por cento de eleitores em cada um deles;

5 - não serão suscetíveis de iniciativa popular matérias de iniciativa exclu-siva, defi nidas nesta Constituição;

6 - o Tribunal Regional Eleitoral, observada a legislação federal pertinen-te, providenciará a consulta popular prevista nos itens 2 e 3, no prazo de sessenta dias.

§ 4º - Compete, exclusivamente, ao Tribunal de Justiça a iniciativa das leis que disponham sobre:

1 - criação e extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços au-xiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fi xação do subsídio de seus membros e dos juízes, incluído o Tribunal de Justiça Militar; (NR)

Item 1 com redação dada pelo Art. 1º da Emenda Constitucional n º 21, de 14/02/2006.

2 - organização e divisão judiciárias, bem como criação, alteração ou su-pressão de ofícios e cartórios judiciários.

§ 5º - Não será admitido o aumento da despesa prevista:

1 - nos projetos de iniciativa exclusiva do Governador, ressalvado o disposto no art. 174, §§ 1º e 2º;

2 - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Assem-bléia Legislativa, do Poder Judiciário e do Ministério Público.

...........................................................................

Artigo 26 - O Governador poderá solicitar que os projetos de sua iniciativa tramitem em regime de urgência.

Parágrafo único - Se a Assembléia Legislativa não deliberar em até quarenta e cinco dias, o projeto será incluído na ordem do dia até que se ultime sua votação. (NR)

Parágrafo único com redação dada pelo Art. 1º da Emenda Constitucional n º 22, de 25/05/2006.

Artigo 27 - O Regimento Interno da Assembléia Legislativa disciplinará os casos de decreto legislativo e de resolução cuja elaboração, redação, alteração e consolidação serão feitas com observância das mesmas normas

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técnicas relativas às leis.

Artigo 28 - Aprovado o projeto de lei, na forma regimental, será ele enviado ao Governador que, aquiescendo, o sancionará e promulgará.

...........................................................................

§ 3º - Sendo negada a sanção, as razões do veto serão comunicadas ao Presidente da Assembléia Legislativa e publicadas se em época de recesso parlamentar.

§ 4º - Decorrido o prazo, em silêncio, considerar-se-á sancionado o pro-jeto, sendo obrigatória a sua promulgação pelo Presidente da Assembléia Legislativa no prazo de dez dias.

§ 5º - A Assembléia Legislativa deliberará sobre a matéria vetada, em único turno de votação e discussão, no prazo de trinta dias de seu recebimento, considerando-se aprovada quando obtiver o voto favorável da maioria absoluta de seus membros.

§ 6º - Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no § 5º, o veto será incluído na ordem do dia da sessão imediata, até sua votação fi nal. (NR)

§ 6º com redação dada pelo Art. 1º da Emenda Constitucional n º 22, de 25/05/2006.

§ 7º - Se o veto for rejeitado, será o projeto enviado para promulgação, ao Governador.

§ 8º - Se, na hipótese do § 7º, a lei não for promulgada dentro de quaren-ta e oito horas pelo Governador, o Presidente da Assembléia Legislativa promulgará e, se este não o fi zer, em igual prazo, caberá ao Primeiro Vice-Presidente fazê-lo.

Artigo 29 - A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá ser renovada, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Assembléia Legislativa. (NR)

Nota: Este artigo teve sua redação alterada pela Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1.546 -0, julgada procedente, em parte, pelo Supremo Tribunal Federal, que, em votação unânime, declarou a inconstitucionalidade da expressão: “Ressalvados os projetos de iniciativa exclusiva”.

...........................................................................

SEÇÃO VI

Do Tribunal de Contas

Artigo 31 - O Tribunal de Contas do Estado, integrado por sete Conselhei-

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ros, tem sede na Capital do Estado, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território estadual, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96 da Constituição Federal.

§ 1º - Os Conselheiros do Tribunal serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos:

1 - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;

2 - idoneidade moral e reputação ilibada;

3 - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e fi nanceiros ou de administração pública;

4 - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profi s-sional que exija conhecimentos mencionados no item anterior.

§ 2º - Os Conselheiros do Tribunal serão escolhidos:

1. dois, pelo Governador do Estado com aprovação da Assembléia Legis-lativa, alternadamente entre os substitutos de Conselheiros e membros da Procuradoria da Fazenda do Estado junto ao Tribunal, indicados por este, em lista tríplice, segundo critérios de antigüidade e merecimento;

Nota: Este item encontra-se atualmente com efi cácia suspensa por meio de liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da Ação Direta de Inconstitu-cionalidade nº 397 - 6, que aguarda seu julgamento fi nal.

...........................................................................

§ 4º - Os Conselheiros, nas suas faltas e impedimentos, serão substituídos na forma determinada em lei, depois de aprovados os substitutos, pela Assembléia Legislativa.

...........................................................................

SEÇÃO VII

Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária

Artigo 32 - A fi scalização contábil, fi nanceira, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado, das entidades da administração direta e indireta e das fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, quanto à lega-lidade, legitimidade, economicidade, aplicação de subvenções e renúncia de receitas, será exercida pela Assembléia Legislativa, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

...........................................................................

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Artigo 33 - O controle externo, a cargo da Assembléia Legislativa, será exercido com auxílio do Tribunal de Contas do Estado, ao qual compete:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Governador do Estado, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias, a contar do seu recebimento;

...........................................................................

XIV - comunicar à Assembléia Legislativa qualquer irregularidade verifi ca-da nas contas ou na gestão públicas, enviando-lhe cópia dos respectivos documentos.

...........................................................................

§ 1º - No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pela Assembléia Legislativa que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

...........................................................................

CAPÍTULO III

Do Poder Executivo

SEÇÃO I

Do Governador e Vice-Governador do Estado

...........................................................................

Artigo 40 - Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governa-dor, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Governança o Presidente da Assembléia Legislativa e o Presidente do Tribunal de Justiça.

...........................................................................

Artigo 44 - o Governador e o Vice-Governador não poderão, sem licença da Assembléia Legislativa, ausentar-se do Estado, por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.

Parágrafo único - O pedido de licença, amplamente motivado, indicará, especialmente, as razões da viagem, o roteiro e a previsão de gastos.

SESSÃO II

Das Atribuições do Governador

Artigo 47 - Compete privativamente ao Governador, além de outras atri-

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buições previstas nesta Constituição:

...........................................................................

IV - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

...........................................................................

IX - prestar contas da administração do Estado à Assembléia Legislativa na forma desta Constituição;

...........................................................................

XVII - enviar à Assembléia Legislativa projetos de lei relativos ao plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, dívida pública e operações de crédito;

...........................................................................

SEÇÃO III

Da Responsabilidade do Governador

Artigo 48 - São crimes de responsabilidade do Governador os que atentem contra a Constituição Federal ou a do Estado, especialmente contra:

...........................................................................

II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos poderes constitucionais das unidades da Federação;

...........................................................................

CAPÍTULO IV

Do Poder Judiciário

...........................................................................

SEÇÃO II

Da Competência dos Tribunais

Artigo 70 - Compete privativamente ao Tribunal de Justiça, por delibera-ção de seu Órgão Especial, propor à Assembléia Legislativa, observado o disposto no art. 169 da Constituição Federal:

I - a alteração do número de seus membros e dos membros do Tribunal de Justiça Militar; (NR)

II - a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fi xação do subsídio de seus membros e dos juízes, incluído o Tribunal de Justiça Militar;(NR)

III - a criação ou a extinção do Tribunal de Justiça Militar;(NR)

Incisos I, II e III com redação dada pelo art. 1º da Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.

IV - a alteração da organização e da divisão judiciária.

...........................................................................

CAPÍTULO V

Das Funções Essenciais à Justiça

SEÇÃO I

Do Ministério Público

...........................................................................

Artigo 94 - Lei complementar, cuja iniciativa é facultada ao Procurador-Geral de Justiça, disporá sobre:

I - normas específi cas de organização, atribuições e Estatuto do Ministério Público, observados, entre outros, os seguintes princípios:

a) ingresso na carreira mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se, do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classifi -cação; (NR)

Alínea “a” com redação dada pelo art. 1º da Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.

b) promoção voluntária, por antiguidade e merecimento, alternadamente, de entrância a entrância, e da entrância mais elevada para o cargo de Procurador de Justiça aplicando-se, por assemelhação, o disposto no art. 93, III, da Constituição Federal;

c) subsídios fi xados com diferença não excedente a dez por cento de uma para outra entrância, e da entrância mais elevada para o cargo de Procu-rador-Geral de Justiça, cujo subsídio, em espécie, a qualquer título, não poderá ultrapassar o teto fi xado nos arts. 37, XI, da Constituição Federal e 115, XII, desta Constituição;(NR)

d) aposentadoria, observado o disposto no art. 40 da Constituição Federal

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e no art. 126 desta Constituição;(NR)

e) o benefício da pensão por morte deve obedecer o princípio do art. 40, § 7º, da Constituição Federal;(NR)

Alíneas “c”, “d” e “e” com redação dada pelo art. 1º da Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.

II - elaboração de lista tríplice, entre integrantes da carreira, para escolha do Procurador-Geral de Justiça pelo Governador do Estado, para mandato de dois anos, permitida uma recondução;

III - destituição do Procurador-Geral de Justiça por deliberação da maioria absoluta da Assembléia Legislativa; (NR)

Inciso III com redação dada pela Emenda Constitucional nº 12, de 28/06/2001.

IV - controle externo da atividade policial;

V - procedimentos administrativos de sua competência;

VI - regime jurídico dos membros do Ministério Público, integrantes de quadro especial, que ofi ciam junto aos Tribunais de Contas;

VII - demais matérias necessárias ao cumprimento de seus fi ns institucio-nais.

§ 1º - Decorrido o prazo previsto em lei, sem nomeação do Procurador-Geral de Justiça, será investido no cargo o integrante mais votado da lista tríplice prevista no inciso II deste artigo.

Nota: Este parágrafo, juntamente com outros dispositivos legais, foi objeto da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2084 -6, julgada procedente em parte pelo Supre-mo Tribunal Federal, não tendo a decisão proferida, ainda pendente de publicação, afetado a redação deste dispositivo.

§ 2º - O Procurador-Geral de Justiça fará declaração pública de bens, no ato da posse e no término do mandato.

...........................................................................

TÍTULO IV

Dos Municípios e Regiões

CAPÍTULO I

Dos Municípios

...........................................................................

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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SEÇÃO II

Da Intervenção

Artigo 149 - O Estado não intervirá no Município, salvo quando:

...........................................................................

§ 1º - O decreto de intervenção, que especifi cará a amplitude, prazo e con-dições de execução e, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação da Assembléia Legislativa, no prazo de vinte e quatro horas.

§ 2º - Estando a Assembléia Legislativa em recesso, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas, para apreciar a Mensagem do Governador do Estado.

...........................................................................

CAPÍTULO III

Dos Orçamentos

...........................................................................

Artigo 175 - Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais, bem como suas emendas, serão apreciados pela Assembléia Legislativa.

§ 1º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifi quem serão admitidas desde que:

1 - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

2 - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;

b) serviço da dívida;

c) transferências tributárias constitucionais para Municípios.

3 - sejam relacionadas:

a) com correção de erros ou omissões;

b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

§ 2º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.

§ 3º - O Governador poderá enviar mensagem ao Legislativo para propor modifi cações nos projetos a que se refere este artigo, enquanto não iniciada, na Comissão competente, a votação da parte cuja alteração é proposta.

...........................................................................

Artigo 176 - São vedados

...........................................................................

III - a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suple-mentares ou especiais com fi m preciso, aprovados pelo Poder Legislativo, por maioria absoluta;

...........................................................................

...........................................................................

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Leis Complementares

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Lei Complementar nº 651, de 31 de julho de 1990

(Projeto de Lei Complementar nº 3/90, do Deputado Edinho Araújo)

Dispõe sobre a criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios e criação, organização e supressão de Distritos

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei complementar:

TÍTULO I

Dos Municípios

CAPÍTULO I

Da Criação

Artigo 1º - A criação de Município far-se-á por lei estadual, precedida de consulta plebiscitária.

§ 1º - O processo de criação de Município terá início mediante representação assinada, no mínimo, por 100 (cem) eleitores domiciliados na área que se deseja emancipar, encaminhada a um Deputado Estadual ou diretamente à Mesa da Assembléia Legislativa.

§ 2º - A criação de Município e suas alterações territoriais só poderão ser feitas anualmente.

§ 3º - A consulta plebiscitária, realizada na área a ser emancipada, só será considerada favorável se obtiver a maioria dos votos válidos, tendo votado a maioria absoluta dos eleitores.

§ 4º - A solicitação ao Tribunal Regional Eleitoral para proceder à realização do plebiscito será feita pelo Presidente da Assembléia, após sua aprovação pelo Plenário da Assembléia Legislativa.

Artigo 2º - Previamente ao plebiscito mencionado no artigo anterior, são condições indispensáveis e cumulativas para a criação de Município:

I - ser Distrito há mais de 2 (dois) anos;

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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II - possuir em sua área territorial, no mínimo 1000 eleitores;

III - ter centro urbano constituído;

IV - apresentar solução de continuidade de três quilômetros, no mínimo, entre o seu perímetro urbano, defi nido pelo competente órgão técnico do Estado e do Município de origem, excetuando-se os Distritos integrantes de Regiões Metropolitanas ou aglomerados urbanos;

V - não interromper a continuidade territorial do Município de origem, bem como preservar a continuidade e a unidade histórico-cultural do ambiente urbano, ouvido o competente órgão técnico do Estado.

§ 1º - Não será permitida a criação de Município, desde que esta medida importe, para o Município ou Municípios de origem, na perda das condições exigidas neste artigo.

§ 2º - A área da nova unidade municipal independe de ser Distrito quando pertencer a mais de um Município, ressalvada a Região Metropolitana de São Paulo, preservada a continuidade territorial.

Artigo 3º - A lei de criação de Municípios mencionará:

I - o nome, que será o da sua sede;

II - as divisas;

III - a comarca a que pertence;

IV - o ano da instalação;

V - os Distritos, com as respectivas divisas.

§ 1º - O nome do novo Município não poderá repetir outro já existente no País, bem como conter designação de datas e nomes de pessoas vivas.

§ 2º - As divisas do novo Município serão defi nidas pelo órgão técnico com-petente do Estado, preferencialmente acompanhando acidentes naturais ou segundo linhas geodésicas entre pontos bem identifi cados.

§ 3º - Para aproveitar os acidentes naturais, deslocar-se-á linha divisória até duzentos metros entre o Município desmembrado e o novo, desde que não acarrete a este prejuízo fi nanceiro apreciável.

§ 4º - Deslocando-se a linha divisória, nos termos do parágrafo anterior, e havendo mais de cem moradores na faixa de terreno acrescida, será realizada consulta plebiscitária posterior à demarcação da linha, cujo resultado não terá infl uência no plebiscito anteriormente realizado no território já emancipado.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

CAPÍTULO II

Da Instalação, Administração e Responsabilidade Financeira

Artigo 4° - A instalação do Município dar-se-á por ocasião da posse do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores.

Artigo 5º - Até sua instalação, o território do novo Município continuará a ser administrado pelo Prefeito do Município de origem.

Parágrafo único - No caso de Município criado com desmembramento terri-torial de dois ou mais Municípios, a sua administração caberá aos Prefeitos dos Municípios de origem , nas respectivas áreas desmembradas.

Artigo 6º - Até que tenha legislação própria, vigorará no novo Município a legislação do Município de origem, vigente à data de sua instalação.

Parágrafo único - No caso de Município criado com desmembramento de dois ou mais Municípios aplicar-se-á a legislação vigente nos Municípios de origem, nas respectivas áreas desmembradas.

Artigo 7º - Enquanto não for instalado o Município, a contabilidade de sua receita e despesa será feita em separado, pelos órgãos competentes do Município ou dos Municípios de origem.

Parágrafo único - Após a instalação do Município, no prazo de quinze dias o Município ou Municípios de origem deverão enviar àquele os livros de escrituração e a competente prestação de contas, devidamente docu-mentadas.

Artigo 8º - Instalado o Município deverá o Prefeito no prazo de quinze dias, remeter à Câmara a proposta orçamentária para o respectivo exercício e o projeto de lei do Quadro de Pessoal.

Artigo 9º - Os bens públicos municipais, situados no território desmem-brado, serão integrados à propriedade do novo Município na data de sua instalação.

Parágrafo único - Os bens referidos neste artigo constituindo parte in-tegrante e inseparável de serviços industriais utilizados pelos Municípios envolvidos, serão administrados e explorados conjuntamente, como patri-mônio comum. Servindo, apenas, ao Município de que se desmembrou, continuarão a pertencer-lhe.

Artigo 10 - O novo Município indenizará o Município ou Municípios de origem da quota-parte das dívidas vencíveis após sua criação, contraídas para execução de obras e serviços que tenham benefi ciado os territórios envolvidos.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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§ 1º - A quota-parte será calculada pela média, obtida nos últimos três exercícios, da arrecadação tributária própria no território desmembrado, em confronto com a do Município ou dos Municípios de origem.

§ 2º - O cálculo da indenização deverá ser concluído dentro de seis meses da instalação do Município, indicando cada Prefeito um perito.

Artigo 11 - Instalado o Município, caberá à Câmara Municipal, no prazo de seis meses, votar a Lei Orgânica respectiva, em dois turnos de discussão e votação, respeitado o disposto na Constituição Federal e na Constituição Estadual.

CAPÍTULO III

Da Fusão, da Incorporação e do Desmembramento

Artigo 12 - A fusão ou a incorporação de Municípios, bem como o desmem-bramento de parte do território de Município para anexação a outro, far-se-ão por lei estadual, precedida de consulta plebiscitária às populações diretamente interessadas, observado, no que couber, o disposto nesta lei complementar.

TÍTULO II

Dos Distritos

CAPÍTULO I

Da criação, Organização e Supressão

Artigo 13 - A criação e supressão de Distrito e suas alterações territoriais far-se-ão anualmente através de lei municipal, garantida a participação popular.

Artigo 14 - A delimitação da linha perimétrica do Distrito será determinada pelo competente órgão técnico do Estado o qual se aterá, no mínimo, à sua específi ca área de infl uência, atendendo às conveniências dos moradores da região e levando em conta, sempre que possível, os acidentes naturais.

Artigo 15 - Esta lei complementar e suas disposições transitórias entrarão em vigor na data de sua publicação.

Disposições Transitórias

Artigo 1º - As áreas territoriais atualmente denominadas subdistritos fi cam equiparadas a Distritos, para os fi ns desta lei complementar.

NOTA:

ADIN nº 390-9 – Julgada prejudicada a ação por decisão unânime, Acórdão publi-cado em 23/05/1997.

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Artigo 2º - Fica assegurada, para os fi ns disposto nesta lei complementar e pelo prazo de cinco anos, a delimitação do Distrito, existente à data da promulgação da Constituição Federal, a não ser que a alteração tenha ocorrido para aumento da área territorial.

Parágrafo único - Excetuam-se do disposto no caput os Distritos que possuam núcleo populacional sob regime de administração especial.

Artigo 3º - As renovações, ainda não efetuadas, das representações com vistas à criação, fusão, incorporação e desmembramento de municípios, poderão ser formalizadas no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data da publicação desta lei complementar.

Palácio dos Bandeirantes, 31 de julho de 1990.ORESTES QUÉRCIA

NOTA:

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 15 , de 12 de setembro de 1996 .Dá nova redação ao § 4 º do a r t . 18 da Const i tu ição Federa l .As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3.º do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitu-cional:

Artigo único - O § 4º do Art. 18 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:

“Artigo 18 - ..................................................................

§ 4º - A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.”

Redação anterior:

§ 4º - A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios preser-varão a continuidade e a unidade histórico-cultural do ambiente urbano, far-se-ão por lei estadual, obedecidos os requisitos previstos em lei complementar estadual, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações diretamente interessadas.

Brasília, 12 de setembro de 1996

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Lei Complementar nº 709, de 14 de janeiro de 1993

Dispõe sobre a Lei Orgânica do Tribunal de Contas do EstadoO GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei complementar:

TÍTULO I

Disposições Preliminares

CAPÍTULO I

Da Competência e das Atribuições

SEÇÃO I

Da Competência

Artigo 1º - O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, órgão destinado à fi scalização contábil, fi nanceira, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado e de seus Municípios, auxiliar do Poder Legislativo no controle externo, tem sua sede na cidade de São Paulo e jurisdição em todo o território estadual.

Artigo 2º - Ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, nos termos da Constituição Estadual e na forma estabelecida nesta lei, compete:

I - apreciar e emitir parecer sobre as contas prestadas anualmente pelo Governador do Estado;

...........................................................................

IV - acompanhar a arrecadação da receita dos Poderes Públicos sobre os quais tenha jurisdição;

...........................................................................

VII - avaliar a execução das metas previstas no plano plurianual, nas dire-trizes orçamentárias e no orçamento anual;

VIII - realizar, por iniciativa própria, da Assembléia Legislativa, de comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditoria de natureza contábil, fi nan-ceira, orçamentária, operacional e patrimonial, nos órgãos dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, do Ministério Público e demais entidades

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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referidas no inciso III deste artigo;

XI - prestar as informações solicitadas pela Assembléia Legislativa ou por comissão técnica sobre a fi scalização contábil, fi nanceira, orçamentária, operacional e patrimonial, bem como sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

XIII- assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verifi cada a ilegalidade;

XIV - sustar, se não atendido nos termos do inciso anterior, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Assembléia Legislativa ou à Câmara Municipal competente;

XV - comunicar à Assembléia Legislativa ou à Câmara Municipal compe-tente qualquer irregularidade verifi cada nas contas ou na gestão públicas, enviando-lhe cópia dos respectivos documentos;

XVI - encaminhar à Assembléia Legislativa ou à Câmara Municipal, con-forme o caso, para sustação, os contratos em que se tenha verifi cado ilegalidade;

...........................................................................

XXVI - expedir instruções gerais ou especiais, relativas à fi scalização con-tábil, fi nanceira, orçamentária, operacional e patrimonial, exercida através do controle externo;

XXVII - representar ao Poder competente do Estado ou de Município sobre irregularidade ou abuso verifi cado em atividade contábil, fi nanceira, orçamen-tária, operacional e patrimonial e nos processos de tomada de contas;

XXVIII - emitir parecer conclusivo, no prazo de 30 (trinta) dias, por solici-tação de comissão técnica ou de inquérito da Assembléia Legislativa, em obediência ao disposto no artigo 34 § 1º da Constituição do Estado; e

XXIX - aplicar aos ordenadores de despesa, aos gestores e aos respon-sáveis por bens e valores públicos as multas e demais sanções previstas nesta lei.

SEÇÃO II

Das Atribuições

Artigo 3º - São atribuições do Tribunal de Contas:

...........................................................................

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

III - propor à Assembléia Legislativa a criação ou a extinção de cargos de seus serviços auxiliares e a fi xação dos respectivos vencimentos;

...........................................................................

VIII - enviar à Assembléia Legislativa relatório circunstanciado da apreciação que fez de suas próprias contas; e

IX - encaminhar à Assembléia Legislativa, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades.

...........................................................................

CAPÍTULO II

Da Composição e da Organização

SEÇÃO I

Da Composição

Artigo 4º - O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo compõe-se de 7 (sete) Conselheiros, nomeados de conformidade com a Constituição do Estado.

SEÇÃO II

Da Organização

Artigo 5º - Junto ao Tribunal de Contas, funcionarão a Procuradoria da Fazenda do Estado e o Ministério Público, nos moldes estabelecidos em lei e segundo as regras do Regimento Interno.

Artigo 6º - O Tribunal de Contas poderá funcionar desconcentradamente, por unidades regionais, consoante disposto no Regimento Interno.

Artigo 7º - O Tribunal de Contas disporá, na forma do Regimento Interno, de serviços de natureza técnica e administrativa.

...........................................................................

CAPÍTULO IV

Dos Conselheiros

SEÇÂO II

Da Substituição de Conselheiro

Artigo 22 - O Tribunal de Contas, de 2 (dois) em 2 (dois) anos, enviará à Assembléia Legislativa, no decorrer da segunda quinzena de março, lista de

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Substitutos de Conselheiro que conterá 14 (catorze) nomes, acompanhada dos respectivos curriculum vitae, que atendam aos requisitos exigidos no § 1º do artigo 31 da Constituição do Estado.

§ 1º - Dos nomes que integrarão a lista a que se refere este artigo, serão indicados 7 (sete) pela Assembléia Legislativa, e os outros 7 (sete), pelo Tribunal de Contas.

§ 2º - Rejeitados, total ou parcialmente, os nomes da lista, o Tribunal de Contas e a Assembléia Legislativa, dentro de 15 (quinze) dias, renová-la-ão na primeira hipótese, e procederão, na segunda, à indicação de outros tantos quantos sejam necessários para completá-la, observada a regra do parágrafo anterior.

§ 3º - Prevalecerá a lista anterior, enquanto não aprovada a de que cuida este artigo.

TÍTULO II

Do Julgamento e da Fiscalização

CAPÍTULO I

Das Contas do Governador do Estado e das Contas da

Administração Financeira dos Municípios

Artigo 23 - O Tribunal de Contas emitirá parecer prévio, no prazo fi xado pela Constituição, sobre as contas que o Governador do Estado apresentar, anualmente, à Assembléia Legislativa.

§ 1º - As contas abrangerão a totalidade do exercício fi nanceiro, compreen-dendo as atividades do Executivo, do Legislativo, do Judiciário, do Ministério Público e do próprio Tribunal de Contas.

§ 2º - O Governador remeterá o balanço das contas, peças acessórias e relatório circunstanciado do Secretário da Fazenda à Assembléia Legislativa e, concomitantemente, cópia do Tribunal de Contas.

§ 3º - O prazo a que se refere este artigo será contado da data do recebi-mento da cópia das contas pelo Tribunal de Contas.

§ 4º - O parecer de que trata este artigo consistirá em uma apreciação geral e fundamentada sobre o exercício fi nanceiro e a execução do orçamento, indicando, se for o caso, as irregularidades, as parcelas impugnadas, as ressalvas e as recomendações.

...........................................................................

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CAPÍTULO II

Da Rescisão de Julgado

Artigo 76 - O Governador do Estado, o Presidente da Assembléia Legis-lativa, os Presidentes dos Tribunais, gestores ou dirigentes de órgãos da administração direta e autarquias, empresas públicas, sociedades de econo-mia mista e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público estadual ou municipal, a Procuradoria da Fazenda do Estado e o Ministério Público poderão requerer ao Tribunal de Contas rescisão de julgado, excluídos os casos em que seja cabível a revisão, quando:

I - tiver sido proferido contra literal disposição de lei;

II - se houver fundado em falsidade não alegada na época do julgamen-to;

III - ocorrer superveniência de documentos novos, com efi cácia sobre a prova produzida ou a decisão exarada.

Parágrafo único - A falsidade de documento será articulada e provada nos termos do parágrafo único, do artigo 73 desta lei.

Artigo 77 - A rescisão será julgada pelo Tribunal Pleno, podendo ser re-querida, uma só vez, até 5 (cinco) anos depois da publicação do julgado rescindendo.

§ 1º - O pedido de rescisão de julgado será considerado pedido autônomo e não suspenderá a execução do julgado rescindendo.

§ 2º - Só diante de julgamento favorável do Tribunal poderá ser revisto, administrativamente, o ato que deu causa ao pedido de rescisão.

...........................................................................

TÍTULO VIII

Das Disposições Finais

Artigo 114 - O Tribunal de Contas do Estado adaptará o seu Regimento In-terno, de forma a assegurar à Assembléia Legislativa, sempre que possível, condições de aplicabilidade do artigo 33, § 1º, da Constituição do Estado.

Artigo 116 - Na falta de lei ou regulamento estadual, aplicar-se-á, su-pletivamente, às matérias disciplinadas por esta lei, a legislação federal pertinente.

Artigo 119 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revo-

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gadas as disposições em contrário em especial a Lei nº 10.319, de 16 de dezembro de 1968.

Palácio dos Bandeirantes, 14 de janeiro de 1993.LUIZ ANTONIO FLEURY FILHO

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Lei Complementar nº 863, de 29 de dezembro de 1999

(Projeto de Lei Complementar nº 2/97, do deputado Dráusio Barreto - PSDB)

Dispõe sobre a elaboração, a redação, alteração e a consolidação das leis, conforme determina o item 16 do parágrafo único do artigo 23 da Constituição do Estado, e estabelece normas para a consoli-dação dos atos normativos que menciona

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei complementar:

CAPÍTULO I

Disposições Preliminares

Artigo 1º - A elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis, decretos e demais atos normativos estaduais previstos no artigo 21 da Constituição do Estado, bem como os atos de regulamentação expe-didos por órgãos do Poder Executivo, obedecerão ao disposto nesta lei complementar.

Artigo 2º - As leis e decretos serão numerados em séries distintas sem renovação anual.

Parágrafo único - Na numeração serão observados ainda os seguintes critérios:

1 - as emendas à Constituição do Estado terão sua numeração iniciada a partir da promulgação da Constituição;

2 - as leis complementares, ordinárias e os decretos terão numeração seqüencial em continuidade às séries iniciadas em 1972.

CAPÍTULO II

Das Técnicas de Elaboração, Redação e Alteração das Leis

SEÇÃO I

Da Estruturação das Leis

Artigo 3º - A lei será estruturada em três partes:

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I - parte preliminar, compreendendo a epígrafe, a ementa e a fórmula de promulgação;

II - parte normativa, compreendendo o texto das normas de conteúdo substantivo relacionadas com a matéria regulada;

III - parte fi nal, compreendendo as disposições pertinentes às medidas necessárias à implementação das normas de conteúdo substantivo, as disposições transitórias, se for o caso, a cláusula de vigência, a cláusula fi nanceira e a cláusula de revogação, quando couberem.

§ 1º - Nos atos normativos de origem parlamentar deverá constar, abaixo da epígrafe, a identifi cação do autor da proposição.

§ 2º - A ementa resumirá com clareza e precisão o conteúdo do ato, devendo, se alterar norma em vigor, fazer referência ao número e ao objeto desta.

Artigo 4º - A fórmula de promulgação indicará a autoridade ou o órgão legiferante e descreverá a ordem de execução, traduzida pelas formas verbais “aprova”, “decreta”, “resolve” e “promulga”.

Artigo 5º - Quando houver cláusula que fi xe o dia da publicação como termo inicial de vigência da lei, deverá ser utilizada a fórmula “... entra em vigor na data de sua publicação.”.

§ 1º - A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subseqüente à sua integral consumação. (NR)

§ 2º - As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar a cláu-sula “..;esta lei entra em vigor após decorridos (o número de) dias de sua publicação ofi cial”. (NR)

§§ acrescentados pelo art. 1° da Lei Complementar nº 944, de 26/06/2003.

Artigo 6º - A cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis ou disposições legais revogadas. (NR)

Art. 6° com redação dada pelo art. 1° da Lei Complementar nº 944, de 26/06/2003.

Parágrafo único - A cláusula de revogação das leis de consolidação adotará a fórmula “são formalmente revogados, por consolidação e sem interrupção de sua força normativa”, seguida da enumeração prevista no caput deste artigo. (NR)

Parágrafo único acrescentado pelo art. 1° da Lei Complementar nº 944, de 26/06/2003.

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SEÇÃO II

Da Articulação e da Redação das Leis

Artigo 7º - A articulação dos textos legais deverá atender aos seguintes princípios:

I - a unidade básica de articulação será o artigo, com numeração ordinal até o nono e cardinal a partir do seguinte;

II - os artigos desdobrar-se-ão em parágrafos ou incisos; os parágrafos, em itens, e os incisos e itens, em alíneas;

III - os parágrafos serão representados pelo sinal gráfi co §, seguido de numeração ordinal até o nono e cardinal a partir do seguinte, utilizando-se, quando existente apenas um, a expressão “parágrafo único” por extenso;

IV - os incisos serão representados por algarismos romanos; os itens, por algarismos arábicos; e as alíneas, por letras minúsculas;

V - o agrupamento de artigos constituirá a Seção, que poderá desdobrar-se em Subseção; o de seções, o Capítulo; o de capítulos, o Título; o de títulos, o Livro; e o de livros, a Parte;

VI - os capítulos, títulos, livros e partes serão grafados em letras maiúsculas e identifi cados por algarismos romanos, podendo estas últimas desdobrar-se em Parte Geral e Parte Especial ou ser subdivididas em partes expressas em numeral ordinal, por extenso;

VII - as subseções e seções serão identifi cadas por algarismos romanos, grafadas em letras maiúsculas e postas em negrito ou caracteres que as coloquem em realce;

VIII - a composição prevista no inciso V poderá também compreender agrupamentos em disposições preliminares, gerais, fi nais e as que não tiverem caráter permanente, que constituirão as disposições transitórias, com numeração própria.

Artigo 8º - As disposições normativas serão redigidas com clareza, pre-cisão e ordem lógica:

I - para obtenção de clareza:

a) usar as palavras e expressões em seu sentido comum, salvo quando a norma versar sobre assunto técnico, hipótese em que se empregará a nomenclatura própria da área em que se esteja legislando;

b) construir as orações na ordem direta, evitando o preciosismo, neologismo

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e adjetivações dispensáveis;

c) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto das normas legais, dando preferência ao tempo presente ou ao futuro simples do presente;

d) usar os recursos de pontuação de forma judiciosa, evitando os abusos de caráter estilístico;

II - para obtenção de precisão:

a) articular a linguagem, técnica ou comum, de modo a ensejar perfeita compreensão do objetivo da lei e a permitir que seu texto evidencie com clareza o conteúdo e o alcance que o legislador pretende dar à norma;

b) expressar a idéia, quando repetida no texto, por meio das mesmas palavras, evitando o emprego de sinonímia com propósito meramente estilístico;

c) evitar o emprego de expressão ou palavra que possibilite duplo sentido ao texto;

d) escolher termos que tenham o mesmo sentido e signifi cado na maior parte do território nacional, evitando o uso de expressões locais ou regionais;

e) usar apenas siglas consagradas pelo uso, observado o princípio de que a primeira referência no texto seja acompanhada de explicitação de seu signifi cado;

f) grafar por extenso quaisquer referências a números e percentuais, exceto data, número de lei e nos casos em que houver prejuízo para a compre-ensão do texto;(NR)

Alínea “f” com redação dada pelo art. 1° da Lei Complementar nº 944, de 26/06/2003.

g) indicar, expressamente, o dispositivo objeto de remissão, preterindo o uso das expressões “anterior”, “seguinte” ou equivalentes; (NR)

Alínea “g”acrescentada pelo art. 1° da Lei Complementar nº 944, de 26/06/2003.

III - para obtenção de ordem lógica:

a) reunir sob as categorias de agregação - subseção, seção, capítulo, título e livro - apenas as disposições relacionadas com o objeto da lei;

b) restringir o conteúdo de cada artigo da lei a um único assunto ou princípio;

c) expressar através dos parágrafos os aspectos complementares à norma

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enunciada no caput do artigo e as exceções à regra por este estabeleci-da;

d) promover as discriminações e enumerações por meio dos incisos, itens e alíneas.

SEÇÃO III

Da Alteração das Leis

Artigo 9º - A alteração da lei será feita: (NR)

I - mediante reprodução integral em novo texto, quando se tratar de alte-ração considerável; (NR)

II - mediante revogação parcial; (NR)

III - nos demais casos, por meio de substituição, no próprio texto, do dispo-sitivo alterado, ou acréscimo de dispositivo novo, observadas as seguintes regras: (NR)

a) é vedada, mesmo quando recomendável, qualquer renumeração de artigos e de unidades superiores ao artigo, referidas no inciso V do artigo 7º, devendo ser utilizado o mesmo número do artigo ou unidade imediatamente anterior, seguido de letras maiúsculas, em ordem alfabética, tantas quantas forem suficientes para identificar os acréscimos; (NR)

b) é vedado o aproveitamento do número de dispositivo revogado, vetado, declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, devendo a lei alterada manter essa indicação, seguida da expressão “revogado”, “vetado”, ou “declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal”; (NR)

c) é admissível a reordenação interna das unidades em que se desdobra o artigo, identifi cando-se o artigo assim modifi cado por alteração de redação, supressão ou acréscimo com as letras “NR” maiúsculas, que signifi cam “nova redação”, entre parênteses, uma única vez ao seu fi nal, obedecidas, quando for o caso, as prescrições da alínea “b”. (NR)

Parágrafo único - O termo “dispositivo” mencionado nesta lei complementar refere-se a artigos, parágrafos, incisos, itens e alíneas. (NR)

Art. 9°, incisos, alíneas e parágrafo único, acrescentados pelo art. 1° da Lei Com-plementar nº 944, de 26/06/2003.

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CAPÍTULO III

Da Consolidação das Leis e Outros Atos Normativos

SEÇÃO I

Da Consolidação das Leis

Artigo 10 - As leis estaduais serão reunidas em codifi cações e consolida-ções, integradas por volumes contendo matérias conexas ou afi ns, consti-tuindo em seu todo a Consolidação da Legislação Paulista. (NR)

§ 1º - A consolidação consistirá na integração de todas as leis pertinentes a determinada matéria em um único diploma legal, revogando-se formalmen-te as leis incorporadas à consolidação, sem modifi cação do alcance nem interrupção da força normativa dos dispositivos consolidados. (NR)

§ 2º - Preservando-se o conteúdo normativo original dos dispositivos con-solidados, poderão ser feitas as seguintes alterações nos projetos de lei de consolidação: (NR)

1 - introdução de novas divisões do texto legal base; (NR)

2 - diferente colocação e numeração dos artigos consolidados; (NR)

3 - fusão de disposições repetitivas ou de valor normativo idêntico; (NR)

4 - atualização da denominação de órgãos e entidades da administração pública; (NR)

5 - atualização de termos antiquados e modos de escrita ultrapassados; (NR)

6 - atualização do valor de penas pecuniárias, com base em indexação padrão; (NR)

7 - eliminação de ambigüidades decorrentes do mau uso do vernáculo; (NR)

8 - homogeneização terminológica do texto; (NR)

9 - supressão de dispositivos declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal; (NR)

10 - indicação de dispositivos não recepcionados pelas Constituições Fe-deral ou Estadual; (NR)

11 - declaração expressa de revogação de dispositivos implicitamente revogados por leis posteriores. (NR)

§ 3º - As providências a que se referem os itens 9, 10 e 11 do § 2º deverão

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ser expressamente fundamentadas e justifi cadas, com indicação precisa das fontes de informação que lhes serviram de base. (NR)

Art. 10, §§, e itens, com redação dada pelo art. 1° da Lei Complementar nº 944, de 26/06/2003.

Artigo 11 - Para a consolidação de que trata o artigo 10 serão observados os seguintes procedimentos:

I - o Poder Executivo ou o Poder Legislativo procederá ao levantamento da legislação estadual em vigor e formulará projeto de lei de consolidação de normas que tratem da mesma matéria ou de assuntos a ela vinculados, com indicação precisa dos diplomas legais expressa ou implicitamente revogados;

II - a apreciação dos projetos de lei de consolidação pela Assembléia Le-gislativa dar-se-á em procedimento simplifi cado na forma prevista em seu Regimento Interno, visando à celeridade de sua tramitação;

III - a Mesa da Assembléia Legislativa adotará as medidas necessárias para, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contado do recebimento dos textos de que tratam os incisos I e II, efetuar a primeira publicação da Consolidação da Legislação Paulista.

§ 1º - A Mesa Diretora, qualquer membro ou Comissão Permanente da As-sembléia Legislativa poderá formular projeto de lei de consolidação. (NR)

§ 2º - Observado o disposto no inciso II, será também admitido projeto de lei de consolidação destinado exclusivamente à: (NR)

1 - declaração de revogação de leis e dispositivos implicitamente revogados ou cuja efi cácia ou validade encontre-se completamente prejudicada; (NR)

2 - inclusão de dispositivos ou diplomas esparsos em leis preexistentes, revogando-se as disposições assim consolidadas nos mesmos termos do § 1º do artigo 10. (NR)

§§ e itens acrescentados pelo art. 1° da Lei Complementar nº 944, de 26/06/2003.

Artigo 12 - Na primeira sessão legislativa de cada legislatura, a Mesa da Assembléia promoverá a atualização da Consolidação das Leis Estaduais Paulistas incorporando às coletâneas que a integram as emendas constitu-cionais, leis, decretos legislativos e resoluções promulgados durante a legis-latura imediatamente anterior, ordenados e indexados sistematicamente.

Parágrafo único - A Imprensa Ofi cial do Estado promoverá a publicação das edições da Consolidação da Legislação Paulista e suas atualizações, bem como manterá disponível pela internet, e atualizada, toda a legislação

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estadual. (NR)

Parágrafo único com redação dada pelo art. 1° da Lei Complementar nº 944, de 26/06/2003.

SEÇÃO II

Da Consolidação de Outros Atos Normativos

Artigo 13 - As Secretarias de Estado e as entidades da administração indireta que lhes são vinculadas adotarão, em prazo estabelecido em decreto, as providências necessárias para, observado no que couber o disposto no artigo 11, proceder ao exame e à consolidação dos decretos de conteúdo normativo e atos normativos inferiores em vigor, vinculados às respectivas áreas de competência, remetendo os textos consolidados ao Governador do Estado, que os examinará e reunirá em coletânea, para posterior publicação.

Artigo 14 - Até 180 (cento e oitenta) dias do início de cada mandato, o Chefe do Poder Executivo promoverá a atualização das coletâneas a que se refere o artigo anterior, incorporando aos textos que as integram os decretos e atos de conteúdo normativo e geral editados no quadriênio anterior.

CAPÍTULO IV

Disposições Finais

Artigo 15 - Eventual inexatidão formal de norma elaborada mediante processo legislativo regular não constitui escusa válida para o seu des-cumprimento.

Artigo 16 - Esta lei complementar entrará em vigor no prazo de 90 (noventa) dias, a partir da data de sua publicação.

Artigo 17 - Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Lei Complementar nº 60, de 10 de junho de 1972.

Palácio dos Bandeirantes, 29 de dezembro de 1999.MÁRIO COVAS

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Lei Complementar nº 918, de 11 de abril de 2002

(Projeto de lei Complementar nº 2/2002, do deputado Rodrigo Garcia - PFL)

Dispõe sobre a nomeação dos membros do Conselho Diretor da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo - ARTESP, instituída pela Lei Complementar nº 914, de 14 de janeiro de 2002

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei complementar:

Artigo 1º - Os membros do Conselho Diretor da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo - ARTESP, serão nomeados pelo Governador do Estado e submetidos à aprovação do Plenário da Assembléia Legislativa após argüição pública pela Comissão de Transportes e Comunicações, em reunião extraordinária, convocada para esse fi m.

§ 1º - A Assembléia Legislativa deliberará em 30 (trinta) dias, após os quais as nomeações serão consideradas aprovadas.

§ 2º - A desaprovação, de um ou mais nomes, implicará a exoneração imediata pelo Governador do Estado, o qual fará nova nomeação, reco-meçando o processo.

Artigo 2º - As despesas decorrentes da execução desta lei complementar correrão à conta de dotações orçamentárias próprias, consignadas no orçamento.

Artigo 3º - Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 11 de abril de 2002GERALDO ALCKMIN

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Leis Ordinárias

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Lei nº 2.575, de 4 de dezembro de 1980

Proíbe a implantação de qualquer programa de planejamento ou educação familiar que vise, direta ou indiretamente, ao controle da natalidade, sem prévia apreciação da Assembléia Legislativa.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO DECRETA E EU, ROBSON MARINHO, na qualidade de seu Presidente, promulgo, nos termos do § 4º do artigo 26 da Constituição do Estado (Emenda Constitu-cional nº 2, de 30 de outubro de 1969), a seguinte lei:

Artigo 1º - É proibida a implantação de qualquer programa de planejamen-to ou educação familiar que vise, direta ou indiretamente, ao controle da natalidade, sem prévia apreciação da Assembléia Legislativa.

Artigo 2º - Esta lei entrará em vigor da data de sua publicação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 4 de dezembro de 1980.ROBSON MARINHO, Presidente

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Lei nº 4.595, de 18 de junho de 1985

Dispõe sobre a fi scalização, pela Assembléia Legislativa, dos atos do Poder Executivo, inclusive os da Administração Indireta

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a se-guinte lei:

Artigo 1º - A Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo fi scalizará os atos do Poder Executivo, inclusive os da Administração Indireta, obedecido o processo estabelecido nesta lei, sem prejuízo da fi scalização exercida com fundamento em outros dispositivos constitucionais.

Artigo 2º - A fi scalização será exercida:

a) quando se tratar de Administração Centralizada, os atos de gestão administrativa;

b) quando se tratar de Administração Indireta, que para os efeitos dessa lei compreende as autarquias, as sociedades de economia mista, as empresas públicas e as fundações, sobre os atos de gestão administrativa.

§ 1º - A fi scalização de que trata esta lei respeitará os princípios de inde-pendência, e harmonia entre os Poderes do Estado, será exercida de modo geral e permanente, e poderá ser objeto de iniciativa de qualquer membro da Assembléia Legislativa.

Artigo 3º - As empresas estatais fi cam obrigadas a encaminhar à Comissão de Fiscalização e Controle até 30 (trinta) dias antes da data marcada para a realização da assembléia geral ordinária, os documentos e informações relacionadas a seguir:

I - o relatório da administração sobre os negócios sociais e os principais fatos administrativos do exercício social fi ndo;

II - cópia das demonstrações fi nanceiras acompanhadas do respectivo parecer dos auditores independentes, se for o caso;

III - suas políticas e diretrizes, notadamente seus programas de investimento e a forma de captação de recursos para sua consecução; seus projetos de expansão, de modernização e de diversifi cação, inclusive a criação de subsidiárias, informações sobre o grau de endividamento da empresa e so-bre sua estrutura patrimonial; informações sobre suas políticas de pessoal,

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salarial e de distribuição de resultados; suas políticas de preços e tarifas; suas políticas de importação e exportação; seus projetos de associação com outras empresas, nacionais e estrangeiras; informações sobre aqui-sição, desenvolvimento e transferência de tecnologia, bem como outras informações que venham a ser solicitadas;

IV - composição do capital social, indicando as espécies, classes e quanti-dades das ações, o capital subscrito e o integralizado por espécie e classe de ações, discriminando o valor nominal, se for o caso;

V - distribuição do capital social, discriminando os acionistas detentores de mais de 5% das ações da companhia ou mais de 5 % com direito ao voto;

VI - indicação das debêntures de sua emissão, informando suas principais características;

VII - indicação do nome dos administradores, suas funções, prazo do man-dato, remuneração e participação nos lucros, se for o caso.

Artigo 4° - A Comissão de Fiscalização e Controle emitirá parecer sobre o desempenho das empresas estatais dentro de 30 (trinta) dias a contar do recebimento dos documentos e informações aludidos no artigo 3º.

Artigo 5° - As empresas estatais encaminharão à Comissão de Fiscaliza-ção e Controle, a proposta orçamentária anual (vetado), antes do início do exercício fi nanceiro seguinte.

Artigo 6º - A Assembléia Legislativa, por deliberação do Plenário e por iniciativa da Comissão de Fiscalização e Controle, quando julgar conve-niente, poderá determinar ao Tribunal de Contas que proceda uma auditoria especial em determinada empresa estatal que não apresente os dados solicitados ou que não venha tendo desempenho considerado satisfatório, de acordo com o parecer a que se refere o artigo 4º desta lei.

Artigo 7º - Os diretores das empresas estatais poderão ser convocados pela Assembléia Legislativa ou pela Comissão de Fiscalização e Controle, a fi m de:

I - prestar contas de sua administração;

II - expor as políticas e diretrizes da empresa, bem como discutir os docu-mentos e informações a que se refere o artigo 3º;

III - submeter à discussão os processos que visem à aquisição do controle ou criação de subsidiárias, sociedades coligadas e controladas, bem como a fusão, cisão ou incorporação de empresas estatais;

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

IV - submeter à apreciação e discussão os contratos e convênios a serem realizados pelas empresas estatais, bem como a constituição de joint-ventures;

V - prestar esclarecimentos sobre os processos de alienação de bens de empresa estatal;

VI - demonstrar que os objetivos estatutários estão sendo cumpridos.

Artigo 7-A- Aplicam-se às fundações, no que couber, as normas prescritas nos artigos 3º a 7º desta lei. (NR)

Artigo 7°- A acrescentado pelo art. 1° da Lei nº 5.318, de 23/09/1986.

Do Órgão Incumbido da Fiscalização

Artigo 8º - Fica instituída, como órgão incumbido de fi scalização, 1 (uma) Comissão Permanente, na Assembléia Legislativa, denominada Comissão de Fiscalização e Controle.

§ 1º - Compete à Mesa da Assembléia Legislativa fi xar o número de in-tegrantes da Comissão de Fiscalização e Controle, obedecendo, na sua composição, o critério da proporcionalidade partidária.

§ 2º - A indicação dos membros dessa Comissão obedecerá às normas regimentais que disciplinam a composição das Comissões Permanentes da Assembléia Legislativa.

Das Atribuições do Órgão de Fiscalização

Artigo 9º - Para cumprimento de suas atribuições a Comissão de Fisca-lização e Controle, obedecidos os preceitos constitucionais e na forma regimental, poderá:

I - solicitar a convocação de Secretários de Estado e dirigentes de entidade da Administração Indireta;

II - solicitar, por escrito, informações à Administração Direta e à Indireta sobre matéria sujeita à fi scalização;

III - requisitar documentos públicos necessários à elucidação do fato, objeto da fi scalização;

IV - providenciar a realização de perícias e diligências.

V - solicitar, mediante convite, o depoimento de cidadão, de ex-Secretário de Estado e de ex-dirigente de entidade da Administração Indireta do Estado sobre matéria sujeita à fi scalização (NR).

Inciso V acrescentado pelo art. 1° da Lei nº 7.965, de 22/07/1992.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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§ 1º - Somente a Mesa da Assembléia Legislativa poderá dirigir-se ao Go-verno do Estado para solicitar informações ou documentos de interesse da Comissão de Fiscalização e Controle.

§ 2º - Serão assinados prazos não inferiores a 10 (dez) dias para cum-primento das convocações, da prestação de informações, requisição de documentos públicos e realização de diligências e perícias.

§ 3º - O descumprimento do disposto no parágrafo anterior ensejará a apuração da responsabilidade do infrator, de acordo com a legislação processual pertinente.

§ 4º - Quando se tratar de documentos de caráter sigiloso, reservado ou confi dencial, serão anunciados com estas classifi cações, as quais deverão ser rigorosamente observadas, sob pena de responsabilidade de quem os violar, apurada na forma da lei.

Artigo 10 - Ao concluir a fi scalização, a Comissão de Fiscalização e Controle fará relatório circunstanciado, com indicação, - se for o caso - dos respon-sáveis e das providências cabíveis, devendo sobre o mesmo manifestar-se, por maioria de votos, o Plenário da Assembléia Legislativa.

Parágrafo único - A matéria que for objeto de apuração da Comissão de Fiscalização e Controle fi ca excluída de apuração simultânea por qualquer instância administrativa.

Artigo 11 - As despesas destinadas ao funcionamento da Comissão de Fiscalização e Controle, ora instituída, correrão à conta das dotações or-çamentárias da Assembléia Legislativa.

Artigo 12 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, fi cando revogadas as disposições em contrário.

Palácio dos Bandeirantes, 18 de junho de 1985.FRANCO MONTORO

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Lei nº 6.544, de 22 de novembro de 1989

Dispõe sobre o estatuto jurídico das licitações e contratos pertinentes a obras, serviços, compras, alienações, concessões e locações no âmbito da Administração Centralizada e Autárquica

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

CAPÍTULO I

Das Obras, Serviços, Compras e Alienações

SEÇÃO I

Das Disposições Gerais

Artigo 1º - Esta lei dispõe sobre o estatuto jurídico das licitações e contratos pertinentes a obras, serviços, compras, alienações, concessões e locações no âmbito da Administração Centralizada e Autárquica do Estado.

...........................................................................

SEÇÃO V

Das Alienações

Artigo 20 - A alienação de bens da Administração centralizada ou autárqui-ca, subordinada à existência de interesse público devidamente justifi cado, será sempre precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:

I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa, avaliação prévia e concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:

a) dação em pagamento;

b) doação;

c) permuta;

d) investidura;

...........................................................................

§ 1º - A Administração, preferentemente à venda ou doação de bens

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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imóveis, contratará concessões de direito real de uso, mediante prévia au-torização legislativa e concorrência. A concorrência poderá ser dispensada quando o uso se destinar a concessionários de serviço público, a entidades assistenciais, ou verifi car-se relevante interesse público na concessão, devidamente justifi cado.

...........................................................................

Artigo 89 - Os convênios e consórcios celebrados pela Administração centralizada e autárquica do Estado com entidades públicas ou particulares regem-se pelo disposto nesta lei, no que couber.

Artigo 90 - As obras, serviços, compras, alienações e locações realizadas pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Tribunal de Contas regem-se pelas normas desta lei, no que couber.

...........................................................................

...........................................................................

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Lei nº 7.017, de 4 de fevereiro de 1991

(Projeto de lei nº 181/90, do deputado Nelson Nicolau)

Extingue a Carteira de Previdência dos Deputados, criada pela Lei nº 951, de 1976

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Fica extinta a Carteira de Previdência dos Deputados prevista na Lei nº 951, de 14 de janeiro de 1976, e suas modifi cações posteriores.

Artigo 2º - Os benefi ciários da Carteira de Previdência dos Deputados terão assegurados todos os seus direitos e passam a integrar o quadro de aposentados e pensionistas do Estado, aplicando-se-lhes, no que couber, as disposições da legislação revogada.

Artigo 3º - Os contribuintes da Carteira de Previdência dos Deputados, que detenham esta condição no dia anterior ao da vigência desta lei, poderão optar pelo ingresso no quadro de aposentados e pensionistas do Esta-do, a que se refere o artigo anterior, garantindo-se-lhes todos os direitos assegurados pela legislação revogada, ou pela devolução das quantias recolhidas à referida Carteira, corrigidas monetariamente até a data do efetivo pagamento.

Parágrafo único - A opção de que trata este artigo poderá ser formalizada dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados da data da vigência desta lei e a devolução das quantias por ele referidas deverá se concretizar no prazo de 120 (cento e vinte) dias, contados da mesma data.

Artigo 4º - Os benefi ciários e contribuintes da Carteira de Previdência dos Deputados, extinta pelo artigo 1º desta lei, que passarem a integrar o quadro de aposentados e pensionistas do Estado terão suspensos os respectivos benefícios enquanto estiverem no exercício de mandatos eletivos.

Artigo 5º - Fica o Poder Executivo autorizado a proceder, no prazo de cento e vinte dias da data da publicação desta lei, à revisão das aposentadorias e pensões já concedidas com fundamento na legislação revogada.

Artigo 6º - As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta das dotações próprias constantes do orçamento.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Artigo 7º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Disposições Transitórias

Artigo 1º - Os contribuintes a que se refere o artigo 3º desta lei, que tenham recolhido a contribuição por prazo superior a sete anos e que não tenham completado o período de carência de que trata a legislação revogada, poderão completá-lo, fi cando responsáveis pelo pagamento integral da contribuição, que passará a ser recolhida diretamente à Fazenda do Esta-do, aplicando-se-lhes, no que couber, as demais disposições da legislação revogada.

§ 1º - Estende-se o disposto neste artigo ao contribuinte que, tendo comple-tado o período de carência, pretender contribuir o tempo necessário para a aprovação de mais 1/20 no valor da pensão, de acordo com o artigo 19 da Lei nº 951, de 14 de janeiro de 1976, com modifi cações posteriores.

§ 2º - O prazo para o recolhimento integral das contribuições a que se re-ferem o caput e o § 1º deste artigo é de 120 (cento e vinte) dias contados da vigência desta Lei.

§ 3º - Os contribuintes com menos de sete anos de contribuição farão jus à devolução a que se refere o artigo 3º desta lei, observadas as condições nele previstas.

§ 4º - Aos atuais deputados estaduais, que se desligarem da Carteira de Previdência e que nenhum benefício dela auferiram, fi ca assegurado o direito à devolução a que se refere o artigo 3º desta lei, observadas as condições nela prevista.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, em 26/02/1991a) TONICO RAMOS – PresidentePublicada na Secretaria da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, em 26/02/1991.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Lei nº 7.835, de 8 de maio de 1992

Dispõe sobre o regime de concessão de obras públicas, de conces-são e permissão de serviços públicos e dá providências correlatas

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

Das Disposições Preliminares

Artigo 1º - A concessão de obras públicas e a concessão e a permissão de serviços públicos reger-se-ão por esta lei e pelo disposto nos regulamentos, editais de licitação e respectivos contratos ou atos de permissão.

...........................................................................

CAPÍTULO XII

Disposições Finais

Artigo 35 - Sem prejuízo dos demais meios e instrumentos de controle e fi scalização, ao Poder Concedente caberá designar comissão especial para realizar auditoria contábil e fi nanceira no concessionário ou permis-sionário, com o objetivo de apurar qualquer matéria de interesse público, previamente defi nida.

Artigo 36 - O regulamento específi co da concessão deverá prever a cons-tituição de uma comissão de acompanhamento e fi scalização, no prazo de 90 (noventa) dias, com caráter opinativo, composta por representantes, em igual número, do Poder Legislativo, do Poder Executivo e dos usuários.

...........................................................................

Artigo 38 - O Poder Executivo submeterá à Assembléia Legislativa, fa-zendo constar da lei de diretrizes orçamentárias as metas e prioridades nos diversos campos da Administração Pública, quanto às concessões de obras e serviços públicos.

Artigo 39 - Esta Lei e suas Disposições Transitórias entrarão em vigor na data de sua publicação.

...........................................................................

...........................................................................

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Lei nº 7.857, de 22 de maio de 1992

(Projeto de Lei nº 26/91, do deputado João Leiva)

Dispõe sobre a publicação, no Diário Ofi cial do Estado, da relação das compras, bem como das obras e serviços contratados pelos órgãos da Administração Pública Direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes do Estado

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacio-nal de qualquer dos Poderes do Estado, farão publicar, no Diário Ofi cial do Estado, até o dia 15 do mês subseqüente, a relação das compras efetuadas, bem como das obras e serviços contratados e respectivos aditamentos, celebrados no mês, com valor superior a 7800 (sete mil e oitocentas) Uni-dades Fiscais do Estado de São Paulo.

§ 1º - A relação das compras deverá enumerar as quantidades e especifi ca-ções suscintas com os preços unitários e totais dos materiais adquiridos.

§ 2º - A relação dos serviços e obras deverá conter os preços unitários, quantidades e preços totais, sua especifi cação suscinta, período de vigência do contrato e os critérios de reajuste.

Artigo 2º - Serão publicadas, de forma resumida, no Diário Ofi cial do Estado, até o dia 15 do mês subseqüente, as relações de pagamentos, de desapropriações amigáveis ou judiciais, de compras e alienações de imóveis, ocorridos no mês, com valor superior a 7800 (sete mil e oitocentas) Unidades Fiscais do Estado de São Paulo.

Parágrafo único - A relação de compras e alienações de imóveis, a que se refere o caput, será acompanhada das características dos bens e dos respectivos preços.

Artigo 3º - Os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacio-nal deverão manter em suas sedes, em locais de fácil acesso e endereço defi nido, núcleos de atendimento com espaço físico, recursos humanos e implementos administrativos compatíveis com o volume de transações por eles efetuadas, para receber, classifi car e ordenar cópias de todos os documentos que compõem os processos de compra de bens e serviços

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

de compra, venda e alienação de imóveis aí compreendidos desde a justifi cativa inicial da necessidade do ato até os procedimentos fi nais de encerramento do caso. (NR)

Art. 3° com redação dada pelo art. 1° da Lei 9.398, de 18/11/1996.

Artigo 4º - Os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fun-dacional de qualquer dos Poderes do Estado comunicarão, por escrito à Assembléia Legislativa, no prazo máximo de 8 (oito) dias contados da concretização, os seguintes atos, relativos a cada uma de suas licitações: anúncio de realização, julgamento e adjudicação, contratação, aditamentos e encerramento do contrato. Deverão constar na comunicação, de forma clara e inequívoca, o número do processo, o número do Convite, Tomada ou Concorrência, o objeto da licitação, o Código da Unidade de Despesa responsável pela transação e o endereço em que os documentos podem ser consultados. (NR)

Art. 4° com redação dada pelo art. 2° da Lei 9.398, de 18/11/1996.

Parágrafo único - Revogado

Parágrafo único revogado pelo art. 2° da Lei 9.398, de 18/11/1996.

Artigo 5º - Revogado.

Art. 5º revogado pelo art. 3° da Lei 9.398, de 18/11/1996.

Artigo 6º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou entidade po-derá encaminhar à Assembléia Legislativa denúncias sobre irregularidades para a devida apuração.

Artigo 7º - O Poder Executivo expedirá instruções aos representantes da Fazenda do Estado nas empresas referidas no artigo 2º inciso II, do Decre-to-lei Complementar nº 7, de 6.11.69, para concretização das providências necessárias à efetivação das medidas de que trata esta lei.

Artigo 8º - As despesas decorrentes da aplicação desta lei correrão à conta das dotações próprias do orçamento.

Artigo 9º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 22 de maio de 1992.LUIZ ANTONIO FLEURY FILHO

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Lei nº 9.128, de 8 de março de 1995

(Projeto de Lei nº 460/91, do deputado Arlindo Chinaglia)

Dispõe sobre o livre acesso dos deputados aos órgãos e repartições públicas

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - No exercício de seu mandato, o Deputado terá livre acesso às repartições públicas, podendo diligenciar pessoalmente junto aos órgãos da administração direta e indireta, devendo ser atendido pelos respectivos responsáveis.

Artigo 2º - O Deputado poderá entrar, livremente, em qualquer dependência do órgão ou repartição pública, e terá acesso imediato a todo e qualquer documento, expediente e arquivo, podendo examinar, vistoriar e copiar no próprio local.

Artigo3º - No caso do responsável não estar presente, no momento da diligência, o Deputado deverá ser atendido por quem, respondendo pelo órgão, puder tornar viáveis os objetivos do parlamentar.

Artigo 4º - A diligência pretendida pelo Deputado não poderá ser difi cul-tada ou impedida em nenhuma hipótese, nem mesmo sob a alegação de ausência do responsável ou de outro servidor do órgão ou repartição.

Artigo 5º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 8 de março de 1995.MÁRIO COVAS

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Lei nº 9.168, de 18 de maio de 1995

(Projeto de Lei nº 343/93, do deputado Luiz Azevedo)

Dispõe sobre a instalação de computador ligando o Tribunal de Contas à Assembléia Legislativa.

O PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo, nos termos do artigo 28, § 8º, da Constituição do Estado, a seguinte lei:

Artigo 1º - Fica a Assembléia Legislativa do Estado obrigada a instalar em suas dependências terminal de computador com acesso ao Sistema de dados informatizados do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Parágrafo único - O Tribunal de Contas assegurará todas as condições necessárias à ligação do terminal em seu sistema.

Artigo 2º - Todos os deputados terão livre e irrestrito acesso ao referido terminal de computador.

Artigo 3º - A instalação dar-se-á no prazo de 90 (noventa) dias a contar da promulgação desta lei.

Artigo 4º - As despesas decorrentes da aplicação desta lei serão cobertas pelas dotações orçamentárias próprias.

Artigo 5º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 18 de maio de 1995.a)RICARDO TRÍPOLI, PresidentePublicada na Secretaria da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 18 de maio de 1995.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Lei nº 9.893, de 15 de dezembro de 1997

(Projeto de Lei nº 324/97, do deputado Milton Flávio - PSDB)

Disciplina a matéria atinente à inserção dos nomes dos deputados autores de projetos de lei e das respectivas siglas partidárias nas publicações, e dá providências correlatas.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - A lei estadual, ao ser sancionada e promulgada pelo Chefe do Poder Executivo, deverá conter, abaixo da epígrafe, o nome do Deputado autor do projeto que lhe deu origem, bem como a sigla do partido político a que pertença.

Artigo 2º - A sigla partidária deverá ser publicada mesmo quando o autor esteja investido nas funções elencadas no inciso I do artigo 17 da Consti-tuição do Estado ou, ainda, no mandato de Prefeito Municipal.

Parágrafo único - Considerar-se-á, para os fi ns do disposto nesta lei, a sigla do partido a que o Deputado estava fi liado à época da apresentação do projeto.

Artigo 3º - O disposto nos artigos anteriores aplica-se às leis promulga-das nos termos dos parágrafos 4º e 8º, do artigo 28, da Constituição do Estado.

Artigo 4º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, especialmente a Lei nº 6.144, de 09 de junho de 1988, a Lei nº 6.253, de 13 de dezembro de 1988 e a Lei nº 9.200, de 30 de novembro de 1995.

Palácio dos Bandeirantes, aos 15 de dezembro de 1997.MÁRIO COVAS

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Lei nº 10.218, de 12 de fevereiro de 1999

(Projeto de Lei nº 272/91, do deputado Jamil Murad - PC do B)

Veda ao Estado a contratação de serviços e obras com empresas nas condições que especifi ca.

O PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo, nos termos do artigo 28, § 8º , da Constituição do Estado, a seguinte lei:

Artigo 1º - É vedada à Administração Centralizada e Autárquica do Estado, aos Poderes Legislativo e Judiciário e ao Tribunal de Contas, a contratação de serviços e obras com empresas que, na qualidade de empregadoras, tenham tido diretor, gerente ou empregado condenado por crime ou con-travenção em razão da prática de atos de preconceito de raça, de cor, de sexo ou de estado civil, ou pela adoção de práticas inibidoras, atentatórias ou impeditivas do exercício do direito à maternidade ou de qualquer outro critério discriminatório para a admissão ou permanência da mulher ou do homem no emprego.

§ 1º - A vedação de que trata este artigo aplica-se pelo prazo de 2 (dois) anos ou da pena privativa de liberdade, a que tiverem sido condenados quaisquer dos agentes indicados no caput, se superior a esse prazo, a contar do trânsito em julgado da sentença condenatória.

§ 2º - O disposto neste artigo estende-se às sociedades de economia mista e empresas públicas estaduais, bem como às fundações instituídas ou mantidas pelo Estado, cujos dirigentes deverão adaptar a vedação de que trata no respectivo regulamento, no prazo de 120 (cento e vinte) dias contados da publicação desta lei.

Artigo 2º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 12 de fevereiro de 1999.VAZ DE LIMA - Presidente

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Lei nº 10.765, de 19 de fevereiro de 2001

Cria o Índice Paulista de Responsabilidade Social - IPRS

O VICE-GOVERNADOR, EM EXERCÍCIO NO CARGO DE GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Fica criado o Índice Paulista de Responsabilidade Social - IPRS.

§ 1º - O IPRS será elaborado a partir de dados fornecidos pelos Municípios e considerará indicadores de resultados, esforços e participação social, especialmente nas áreas de saúde, educação, renda, fi nanças públicas e desenvolvimento urbano.

§ 2º - A Assembléia Legislativa poderá requisitar junto às concessionárias de serviços públicos estaduais de energia, saneamento e telefonia, agências estaduais reguladoras de serviços públicos, fundações públicas e autarquias estaduais outros dados necessários à composição do IPRS.

§ 3º - Os indicadores referidos no § 1º serão divulgados bienalmente pela Assembléia Legislativa, mediante publicação do relatório do IPRS no Di-ário Ofi cial - Poder Legislativo, em março do segundo e quarto anos do mandato dos governos municipais, observados os critérios metodológicos e as atualizações que se fi zerem necessárias.

§ 4º - A Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - SEADE poderá, na forma a ser estabelecida em convênio, providenciar a coleta, a organi-zação e a análise dos dados para elaboração do relatório do IPRS.

§ 5º - A primeira edição do IPRS ocorrerá em março de 2001, observando-se, a partir daí, o disposto no § 3º deste artigo.

Artigo 2º - Os Municípios que omitirem ou não prestarem as informações para a elaboração do IPRS no prazo solicitado poderão ser:

I - incluídos no Cadastro Estadual de Inadimplentes Sociais, criado pela Lei nº 10.475, de 21 de dezembro de 1999;

II - proibidos de fi rmar convênios com o governo estadual.

Artigo 3º - Aos Municípios que, segundo relatório do IPRS, obtiverem sig-nifi cativa evolução em relação ao posicionamento no índice anterior, serão conferidos pela Assembléia Legislativa certifi cados de reconhecimento pelo

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

esforço em prol da causa social, assim como aos que se mantiverem em posição de excelência.

Artigo 4º - As despesas decorrentes da execução desta lei correrão à conta das dotações próprias consignadas no orçamento vigente.

Artigo 5º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 19 de fevereiro de 2001.GERALDO ALCKMIN FILHO

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Lei nº 10.845, de 5 de julho de 2001

(Projeto de lei nº 866/99, do deputado Salvador Khuriyeh - PDT)

Regulamenta o inciso IV do artigo 19 da Constituição Estadual

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo, nos termos do § 7º do artigo 28 da Constituição do Estado, a seguinte lei:

Artigo 1º - Os pedidos de alienação de bens imóveis, formulados à As-sembléia Legislativa do Estado de São Paulo (vetado), terão tramitação se forem atendidas as exigências desta lei.

Artigo 2º - A alienação de bens imóveis terá que ser justifi cada de forma cabal, demonstrando-se sua necessidade, conveniência, oportunidade e interesse público (vetado).

Artigo 3º - Para o fi el cumprimento do disposto no artigo anterior, o pedido deverá estar instruído com os seguintes documentos:

I - prova de propriedade do imóvel, com inscrição ou registro no Cartório de Registro de Imóveis da Comarca onde se localiza o bem;

II - declaração fi rmada pelo Governo do Estado, informando que a área em questão integra o Patrimônio do Estado, não existindo sobre ela qualquer tipo de concessão, permissão ou autorização de uso para terceiros;

III - laudo de avaliação do imóvel a ser alienado, atualizado, onde conste o valor total do imóvel, expresso em reais e em Unidades Fiscais do Estado de São Paulo -UFESPs;

IV - planta do imóvel a ser doado, com localização das divisas, descrição perimétrica, indicação de acidentes geográfi cos, se houver, e nome dos confrontantes;

V - memorial descritivo da área, onde constem todas as informações ne-cessárias à perfeita caracterização do imóvel.

Artigo 4º - Vetado.

Artigo 5º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 5 de julho de 2001.GERALDO ALCKMIN

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Lei nº 10.881, de 19 de setembro de 2001

Declara o Palácio 9 de Julho, edifício-sede do Poder Legislativo Paulista, como patrimônio cultural do Estado

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Fica o Palácio 9 de Julho, edifício-sede da Assembléia Legisla-tiva do Estado de São Paulo, declarado patrimônio cultural do Estado, nos termos do disposto pelo artigo 260 da Constituição Estadual.

Artigo 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação

Palácio dos Bandeirantes, 19 de setembro de 2001GERALDO ALCKMIN

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Lei nº 10.935, de 19 de outubro de 2001 (*)

Institui o Fundo Especial de Despesa da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Fica instituído o Fundo Especial de Despesa da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, vinculado à Unidade de Despesa 010030 - Assembléia Legislativa - Poder Legislativo.

Artigo 2º - Sem prejuízo das dotações consignadas no orçamento, o Fun-do a que se refere o artigo anterior tem por fi nalidade assegurar recursos para a expansão e o aperfeiçoamento das atividades desenvolvidas no âmbito da Assembléia Legislativa, provendo recursos, em especial, para as seguintes atividades:

I - modernização administrativa do Poder Legislativo;

II - aperfeiçoamento profi ssional dos servidores do Poder Legislativo;

III - programas de esclarecimentos à sociedade acerca das atividades desenvolvidas pela Assembléia Legislativa;

IV - aquisição de serviço e material que se fi zerem necessários ao desen-volvimento das atividades do Poder Legislativo.

Artigo 3º - Constituem receitas do Fundo recursos provenientes de:

I - dotações orçamentárias próprias;

II - extração de cópias reprográfi cas em geral;

III - segundas vias de “crachás” dos servidores e de cartões de estacio-namento;

IV - valores cobrados para inscrição em concursos públicos de ingresso no Quadro da Secretaria da Assembléia Legislativa;

V - alienação de bens e materiais que não mais se adeqüem ao uso pela Assembléia Legislativa;

VI - doações, legados e contribuições de pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, de órgãos ou entidades federais, de outros Estados ou de

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Municípios, bem como de entidades internacionais;

VII - aplicações fi nanceiras;

VIII - descontos condicionais e multas contratuais aplicadas no âmbito administrativo da Assembléia Legislativa;

IX - recursos provenientes de convênios, acordos ou contratos;

X - recolhimento de estorno de pagamento e vales-refeição de servidores não aplicados em folha de pagamento;

XI - multas, indenizações e restituições;

XII- garantias retidas dos contratos administrativos; e

XIII- quaisquer outras receitas que legalmente lhe possam ser incorpora-das.

Parágrafo único - O saldo fi nanceiro, apurado em balanço anual, será transferido para o exercício seguinte.

Artigo 4° - As receitas próprias, discriminadas no artigo anterior, serão utilizadas no pagamento de despesas inerentes aos objetivos do Fundo e empenhados à conta das dotações da respectiva Unidade de Despesa.

Parágrafo único - Sempre que o montante das receitas próprias exceder o valor da respectiva previsão, as dotações a elas correspondentes serão automaticamente suplementadas.

Artigo 5º - O Fundo terá escrituração própria, atendidas as normas previs-tas na legislação vigente e estará sujeito à auditoria do Tribunal de Contas do Estado.

Artigo 6º - Compete à Assembléia Legislativa a administração do Fundo, a fi xação de suas diretrizes operacionais e a publicação trimestral de seu relatório e balancete.

Parágrafo único - Atendida a legislação vigente, deverá a Mesa da As-sembléia Legislativa, mediante Ato, fi xar plano de aplicação e utilização dos recursos do Fundo.

Artigo 7º - Fica criado um Conselho Fiscal para fi scalizar a utilização dos recursos do Fundo.

§ 1º - O Conselho será composto de membros indicados pelos partidos políticos com representação na Assembléia Legislativa, na proporção de um por Bancada, escolhidos dentre os servidores do QSAL.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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§ 2º - O Procurador-Chefe da Assembléia Legislativa indicará um Procurador para exercer a função de Presidente do Conselho Fiscal.

§ 3º - Deverá compor o Conselho um servidor com formação em Ciências Contábeis, indicado pelo Departamento de Finanças da Assembléia Le-gislativa.

Artigo 8º - Os equipamentos e materiais permanentes adquiridos com os recursos do Fundo serão incorporados ao patrimônio da Assembléia Legislativa.

Artigo 9º - Para funcionamento do Fundo instituído por esta lei, a Secretaria de Economia e Planejamento e a Secretaria da Fazenda deverão adotar as providências cabíveis no âmbito de suas competências.

Artigo 10 - O Fundo instituído pelo artigo 1º desta lei reger-se-á pelas normas do Decreto-lei Complementar nº 16, de 2 de abril de 1970, regula-mentado pelo Decreto nº 52.629, de 29 de janeiro de 1971 e pelo Decreto nº 52.780, de 22 de julho de 1971.

Artigo 11 - As despesas resultantes da aplicação desta lei correrão à conta das dotações próprias consignadas no orçamento vigente.

Artigo 12 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 19 de outubro de 2001GERALDO ALCKMIN

(*) Vide Ato da Mesa nº 40, de 02/04/2003

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Lei nº 11.077, de 20 de março de 2002

Institui o Fundo Especial de Despesa do Tribunal de Contas do Estado

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Fica instituído Fundo Especial de Despesa vinculado à Unidade de Despesa - Tribunal de Contas, com a fi nalidade de complementar recursos para a modernização técnico-administrativa e para o aperfeiçoamento das atividades desenvolvidas no âmbito do Tribunal de Contas do Estado.

Artigo 2º - Sem prejuízo das dotações consignadas no orçamento, o Fundo a que se refere o artigo anterior complementará recursos para as seguintes despesas:

I - modernização técnico-administrativa do Tribunal de Contas do Estado;

II - desenvolvimento e aquisição de programas e equipamentos de tecno-logia da informatização;

III - aperfeiçoamento profi ssional dos servidores do Tribunal de Contas do Estado;

IV - aperfeiçoamento das atividades desenvolvidas no âmbito do Tribunal de Contas do Estado;

V - custeio da participação em eventos relacionados à sua missão insti-tucional.

Artigo 3º - Constituem receitas do Fundo:

I - dotações orçamentárias próprias;

II - arrecadação de multas, indenizações e restituições;

III - cobrança por informações que venham a ser prestadas por meio ele-trônico;

IV - valores cobrados para inscrição em concursos públicos de ingresso no Quadro do Tribunal de Contas do Estado;

V - extração de cópias reprográfi cas;

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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VI - alienação de material e bens inservíveis;

VII - doações, legados e contribuições;

VIII - recursos provenientes de convênios, acordos ou contratos;

IX - garantias retidas dos contratos administrativos;

X - multas contratuais aplicadas no âmbito administrativo do Tribunal de Contas doEstado;

XI - resultado da aplicação fi nanceira das disponibilidades de caixa;

XII- quaisquer outras receitas que legalmente lhe possam ser incorpora-das.

Parágrafo único - Os saldos fi nanceiros serão transferidos para o exercício seguinte, a crédito do próprio Fundo.

Artigo 4º - As receitas próprias, discriminadas no artigo anterior, serão exclusivamente utilizadas no pagamento das despesas relacionadas com as fi nalidades do Fundo explicitadas no artigo 2º desta lei.

Parágrafo único - Sempre que o montante das receitas próprias exceder o valor das respectivas previsões, as dotações a elas correspondentes serão automaticamente suplementadas.

Artigo 5º - Compete ao Tribunal de Contas do Estado a administração do Fundo e a fi xação de suas diretrizes operacionais.

Parágrafo único - O ordenador da despesa do Fundo é o Presidente do Tribunal de Contas do Estado.

Artigo 6º - O Fundo terá escrituração própria, atendidas as normas pre-vistas na legislação e estará sujeito à auditoria do Tribunal de Contas do Estado.

Artigo 7º - O Tribunal de Contas do Estado publicará, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada mês, relatório contendo as receitas e des-pesas do Fundo, evidenciadas segundo a natureza prescrita nos artigos 2º e 3º desta lei.

Artigo 8º - Os equipamentos e materiais de natureza permanente adquiri-dos com recursos do Fundo serão incorporados ao patrimônio do Tribunal de Contas do Estado.

Artigo 9º - Para funcionamento do Fundo instituído por esta lei, a Secretaria de Economia e Planejamento e a Secretaria da Fazenda deverão adotar

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

as providências cabíveis no âmbito de suas competências.

Artigo 10 - O Fundo instituído pelo artigo 1º desta lei reger-se-á pelas normas do Decreto-lei Complementar nº 16, de 2 de abril de 1970, regula-mentado pelo Decreto nº 52.629, de 29 de janeiro de 1971 e pelo Decreto nº 52.780, de 22 de julho de 1971.

Parágrafo único - Atendida a legislação, poderá o Tribunal de Contas do Estado baixar normas e instruções complementares, bem como fi xar planos de aplicação e de utilização dos recursos do Fundo.

Artigo 11 - As despesas resultantes da aplicação desta lei correrão à conta das dotações próprias consignadas no orçamento vigente.

Artigo 12 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 20 de março de 2002GERALDO ALCKMIN

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Lei nº 11.124, de 10 de abril de 2002

(Projeto de lei nº 575/2001, do deputado Dimas Ramalho - PPS)

Disciplina a atuação das Comissões Parlamentares de Inquérito

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - As Comissões Parlamentares de Inquérito terão poderes próprios de autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno da Assembléia Legislativa, para apuração de fatos determinados que en-sejaram a sua formação.

Artigo 2º - Vetado.

Artigo 3º - São considerados poderes próprios de autoridade judicial para efeitos desta lei, além de outros previstos no Regimento Interno da Assem-bléia Legislativa e na legislação, os seguintes:

I - convidar ou convocar depoentes;

II - tomar depoimentos, sob compromisso se assim entender necessário a Comissão;

III - promover acareações;

IV - requisitar informações e documentos aos particulares, agentes e órgãos públicos federais, estaduais e municipais;

V - efetuar as diligências onde e como se fi zerem necessárias;

VI - vetado;

VII - determinar a órgão estadual a realização de perícia, laudo ou parecer técnico;

VIII - requisitar o auxílio das polícias civil e militar para assessorar seus trabalhos, bem como para exercer a segurança de testemunha, de seus membros ou de terceiros relacionados aos fatos investigados;

IX - requisitar funcionários dos serviços administrativos da Assembléia Legislativa, bem como, em caráter transitório, de órgão ou entidade da administração pública direta, indireta ou fundacional, ou do Poder Judiciário,

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

necessários aos trabalhos da Comissão;

X - determinar busca e apreensão;

XI - demais providências que se fi zerem necessárias às investigações.

Artigo 4º - As medidas investigatórias previstas nos incisos do artigo 3º desta lei que importem em restrição de direitos deverão ser devidamente fundamentadas, indicada sua necessidade, e aprovadas pelo plenário da Comissão Parlamentar de Inquérito, na forma que dispuser o Regimento Interno da Assembléia Legislativa.

Artigo 5º - As Comissões Parlamentares de Inquérito funcionarão na sede da Assembléia Legislativa, podendo, sempre que necessário, funcionar ou efetuar diligências em qualquer outra localidade, justifi cadamente.

Artigo 6º - As reuniões das Comissões Parlamentares de Inquérito serão públicas, reservadas ou secretas.

Artigo 7º - As reuniões serão públicas, salvo se a Comissão deliberar em sentido contrário.

Artigo 8º - As reuniões serão reservadas quando a matéria puder ser discutida na presença de funcionários a serviço da Comissão, membros credenciados e terceiros devidamente convidados.

Artigo 9º - As reuniões serão secretas quando a matéria a ser apreciada somente permitir a presença de Deputados, ressalvada a presença de advogado do depoente, quando de sua oitiva.

Parágrafo único - Nas reuniões secretas servirá como secretário da Comissão, por designação do Presidente, um de seus membros, salvo deliberação em contrário.

Artigo 10 - Havendo necessidade de contratação de serviços especializa-dos que não possam ser prestados por órgãos públicos, qualquer membro da Comissão poderá propor a contratação de pessoa física ou jurídica especializada.

§ 1º - A proposta de contratação será posta à deliberação da Comissão e, sendo aprovada, a Assembléia Legislativa efetuará a contratação, com recursos provenientes do seu orçamento.

§ 2º - Ressalvada a hipótese prevista no parágrafo anterior, às Comissões Parlamentares de Inquérito será destinada verba própria para fazer face às despesas efetuadas por seus membros e respectiva assessoria no exer-cício das atribuições a elas atinentes, bem como para custear eventuais

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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gastos com o deslocamento de testemunhas, convidadas ou convocadas para prestar depoimento na sede da Assembléia Legislativa, desde que residentes fora da Capital e das comarcas a ela contíguas.

Artigo 11 - O roteiro de investigação das Comissões Parlamentares de Inquérito será aprovado, após a eleição de Presidente, Vice-Presidente e a designação de Relator, obedecidos, quanto aos seus atos, as regras previstas nesta lei, no Regimento Interno da Assembléia Legislativa, e, subsidiariamente, no Código de Processo Penal.

Artigo 12 - Toda pessoa pode ser convidada ou convocada a prestar de-poimento perante Comissão Parlamentar de Inquérito.

Parágrafo único - A critério do Presidente da Comissão, os depoentes, independentemente de terem sido convidados ou convocados, poderão ser intimados através de funcionário da Assembléia Legislativa designado, por carta registrada, fac-símile, ou qualquer outro meio idôneo capaz de atingir a sua fi nalidade.

Artigo 13 - Aquele que, regularmente intimado, deixar de atender à con-vocação da Comissão para comparecimento em data, horário e local defi nidos, sem motivo justifi cado, poderá ser coercitivamente conduzido, por determinação do Presidente da Comissão, obedecidas as disposições processuais penais aplicáveis à matéria.

Parágrafo único - A determinação prevista no caput deverá ser fundamen-tada e aprovada pelo plenário da Comissão, na forma prevista no Regimento Interno da Assembléia Legislativa.

Artigo 14 - É de 15 (quinze) dias o prazo máximo para as pessoas indica-das nos incisos IV e VI do artigo 3º desta lei fornecerem as informações solicitadas pelas Comissões Parlamentares de Inquérito, podendo ser prorrogado por igual período.

Artigo 15 - Vetado.

Artigo 16 - Vetado.

Artigo 17 - Todos têm direito a receber informações de seu interesse par-ticular contidas em documentos ou arquivos de Comissão Parlamentar de Inquérito, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível para assegurar o resultado dos trabalhos e investigações, à segurança da sociedade e do Estado, bem como à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas.

Artigo 18 - O Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito encaminha-rá o relatório da Comissão, aprovado na forma regimental, ao Procurador-

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Geral de Justiça e ao Presidente do Tribunal de Justiça e, ainda, conforme o caso, a outras autoridades administrativas ou judiciais com poder de decisão, para a prática dos atos que lhes competirem.

Artigo 19 - A autoridade a quem for encaminhado o relatório deverá informar ao Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito ou ao Presidente da Assembléia Legislativa, caso a Comissão tenha sido extinta, no prazo de 30 (trinta) dias, as providências adotadas ou a justifi cativa pela omissão.

Parágrafo único - A autoridade que presidir o procedimento, administrativo ou judicial, instaurado em decorrência de conclusões de Comissão Parla-mentar de Inquérito, deverá comunicar ao Presidente da Assembléia Legis-lativa, semestralmente, a fase em que se encontra, até a sua conclusão.

Artigo 20 - O procedimento referido no artigo 18 terá prioridade sobre qualquer outro, com exceção, na esfera judicial, dos pedidos de habeas corpus, habeas data e mandado de segurança, conforme previsto em lei federal.

Parágrafo único - O descumprimento do disposto no caput deste artigo e no artigo precedente sujeitará a autoridade às sanções administrativas, civis e penais.

Artigo 21 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário, especialmente as Leis nº 3.642, de 16 de dezembro de 1982 e nº 1.759, de 14 de setembro de 1978.

Palácio dos Bandeirantes, 10 de abril de 2002GERALDO ALCKMIN

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Lei nº 11.328, de 26 de dezembro de 2002 (*)

Dispõe sobre a remuneração do Deputado Estadual

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - A remuneração do Deputado à Assembléia Legislativa é fi xada em 75% (setenta e cinco por cento) do que percebem ou venham a perceber, a igual título, em espécie, os Deputados Federais, inclusive dos valores de-vidos no início e fi nal de cada sessão legislativa, ordinária ou extraordinária; incluindo-se também os valores resultantes da aplicação do Ato nº 104/88, da Mesa da Câmara dos Deputados, e alterações posteriores, recebidos a título remuneratório reconhecido por decisão judicial e assim obrigado nos termos do § 3º, artigo 1º, da Lei Federal nº 10.474 e do § 4º, artigo 1º, da Lei Federal nº 10.477, ambas de 27 de junho de 2002.

Parágrafo único - Pelo comparecimento e participação em sessão extra-ordinária deliberativa, de sessão legislativa ordinária, o Deputado fará jus a 1/30 (um trinta avos) do subsídio mensal.

Artigo 2º - Sobre todos os valores previstos nesta lei, pagos em espécie, incidirá imposto de renda.

Artigo 3º - As despesas decorrentes da execução desta lei correrão à conta das dotações próprias consignadas no orçamento.

Artigo 4º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Palácio dos Bandeirantes, 26 de dezembro de 2002GERALDO ALCKMIN

(*) Vide Ato nº 01, da Mesa, de 09/01/2004, retifi cado pelo Ato nº 24, da Mesa, de 24/11/2004.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Lei nº 11.828, de 12 de janeiro de 2005

(Projeto de lei nº 862/03 - Deputado Gilson de Souza - PFL)

Cria o Prêmio “Parlamentar do Futuro”

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Fica criado o Prêmio “Parlamentar do Futuro”, destinado a desenvolver e incentivar a consciência política nas crianças, adolescentes e jovens, através de pesquisa sobre a dinâmica de funcionamento da As-sembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

Artigo 2º - vetado.

Artigo 3º - vetado.

Artigo 4º - A entrega do prêmio de que trata esta lei deverá ser efetivada durante a realização da Sessão do Parlamento Jovem da Assembléia Le-gislativa do Estado de São Paulo.

Artigo 5º - As despesas decorrentes da aplicação desta lei correrão à conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Artigo 6º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Palácio dos Bandeirantes, 12 de janeiro de 2005GERALDO ALCKMIN

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Decretos Estaduais

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Decreto n.º 41.865, de 16 de junho de 1997

Dispõe sobre a declaração de bens dos agentes públicos estaduais, bem como de bens e valores patrimoniais do cônjuge ou compa-nheiro, dos fi lhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante, e estabelece normas relativas à declaração pública de bens das autoridades e dirigentes que especifi ca

MÁRIO COVAS, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais,

Decreta:

Artigo 1º - A posse e o exercício de agente público estadual fi cam condi-cionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fi m de ser arquivada no Serviço de Pessoal competente.

§ 1º - Para os efeitos deste artigo, reputa-se agente público estadual todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função, na Adminis-tração Direta ou Indireta do Estado, de empresa incorporada ao patrimô-nio público estadual ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário estadual haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual (artigo 2º, da Lei Federal n.º 8.429, de 2 de junho de 1992).

§ 2º - A declaração de bens será atualizada, anualmente, bem como na data em que o agente público estadual deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função (artigo 13, § 2º, da Lei Federal n.º 8.429, de 2 de junho de 1992).

§ 3º - As declarações de bens referidas no parágrafo anterior serão ar-quivadas no Serviço de Pessoal competente, pelo prazo de 5 anos, que será interrompido, em caso de ser instaurado processo administrativo ou sindicância, com refl exos patrimoniais.

§ 4º - As declarações referidas neste artigo compreenderão imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações e qualquer outra espécie de bens e va-lores patrimoniais, localizados no País ou no Exterior, e, quando for o caso, abrangerão os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos fi lhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso doméstico

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

(artigo 13, § 1º da Lei Federal n.º 8.429, de 2 de junho de 1992).

§ 5º - As declarações a que se refere este artigo deverão ser apresentados nos seguintes prazos:

1 - a declaração anual atualizada, até 90 dias úteis após o término do prazo de entrega da declaração anual de bens à Delegacia da Receita Federal, na conformidade da Legislação do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza;

2 - no prazo de 90 dias úteis após o término do mandato ou cessação do exercício;

3 - antes da posse ou do início do exercício para que os mesmos possam se efetivar.

§ 6º - O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens apresentada à Delegacia da Receita Federal, na conformidade da Legislação do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza, com as necessárias atualizações, para suprir as exigências contidas no caput e no § 2º deste artigo (artigo 13, § 4º, da Lei Federal n.º 8.429, de 2 de junho de 1992).

Artigo 2º - As Secretarias de Estado, a Procuradoria Geral do Estado, as Empresas Públicas, as Sociedades de Economia Mista estaduais, as Autarquias e as Fundações instituídas ou mantidas pelo Estado, em seus respectivos âmbitos de atuação, deverão fazer cumprir o disposto no artigo anterior.

§ 1º - A autoridade que der posse ou autorizar o exercício deverá verifi car, sob pena de responsabilidade, se foram satisfeitas as exigências estabe-lecidas neste decreto para a investidura no cargo ou para o exercício na função.

§ 2º - Os representantes da Fazenda do Estado nas Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista de que o Estado participe como acionista majoritário deverão requerer, no prazo de 30 (trinta) dias contados da vigência deste decreto, aos respectivos Conselhos de Administração, se houver, ou às respectivas Diretorias, nos termos do artigo 123 e do artigo 122, inciso I, da Lei Federal n.º 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Ações), a convocação de assembléia-geral extraordinária, visando à alteração dos estatutos sociais para atender às disposições contidas neste decreto.

Artigo 3º - As seguintes autoridades da Administração Direta ou Indireta do Estado e dirigentes de entidades estaduais, sem prejuízo do disposto

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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no artigo 1º deste decreto, apresentarão declaração pública de bens, no início e no término do respectivo mandato ou exercício:

I - o Governador e o Vice-Governador do Estado;

II - os Secretários de Estado, o Chefe da Casa Militar, o Procurador Geral do Estado, o Secretário Particular do Governador e os Assessores Espe-ciais do Governador;

III - os Secretários Adjuntos, o Procurador Geral do Estado Adjunto, os Chefes de Gabinete e os Coordenadores das Secretarias de Estado, bem como o Subchefe da Casa Militar, o Delegado Geral de Polícia e o Coman-dante Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo;

IV - os dirigentes de Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista estaduais, Autarquias e Fundações instituídas ou mantidas pelo Estado.

Artigo 4º - A declaração pública de bens das autoridades ou dirigentes abrangidos pelo artigo anterior, excetuadas as autoridades referidas no seu inciso I, será apresentada ao Secretário da Justiça e da Defesa da Cidada-nia, dentro do prazo de 90 (noventa) dias úteis após a data da posse ou do término do mandato ou exercício, observando-se as seguintes normas:

I - compreenderá os bens imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações, aplicações fi nanceiras e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizados no País ou no Exterior;

II - abrangerá, quando for o caso, os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos fi lhos e de outras pessoas que vivam sob a depen-dência econômica do declarante;

III - descreverá com sufi cientes características identifi cadoras;

a) os bens existentes no dia 31 de dezembro do ano imediatamente anterior ao início do mandato ou do exercício e as variações patrimoniais ocorridas até a data da posse, apontando as respectivas datas e valores de aquisição ou de alienação, bem como as posições das aplicações fi nanceiras; ou

b) os bens existentes no dia 31 de dezembro do ano imediatamente anterior e as variações patrimoniais ocorridas até a data do término do mandato ou do exercício, apontando as respectivas datas e valores de aquisição ou de alienação, bem como as posições das aplicações fi nanceiras.

Artigo 5º - A declaração pública de bens apresentada no início do mandato ou do exercício, por autoridade ou dirigente abrangidos pelo artigo 3º deste decreto, será atualizada anualmente.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Parágrafo único - A declaração anual atualizada deverá ser apresentada no prazo fi xado no item 1 do § 5º do artigo 1º deste decreto.

Artigo 6º - Para os fi ns do artigo anterior, a declaração anual atualizada de bens será apresentada ao Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania, observadas as seguintes normas:

I - as previstas nos incisos I e II do artigo 4º deste decreto;

II - descrição, com sufi cientes características identifi cadoras, dos bens existentes na última declaração apresentada e as variações patrimoniais ocorridas até 31 de dezembro do ano fi ndo, apontando as respectivas datas e valores de aquisição ou de alienação, bem como as posições das aplicações fi nanceiras.

Artigo 7º - As declarações de bens e valores a que se refere este decreto serão entregues conforme formulário que será defi nido por Resolução do Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania.

Parágrafo único - Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo, o declarante poderá, a seu critério, entregar, também, cópia da declaração anual de bens apresentada à Delegacia da Receita Federal, na conformi-dade da legislação do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. (NR)

Art. 7° e parágrafo único com redação dada pelo art. 1° do Decreto n.º 43.199, 18/06/1998.

Artigo 8º - O Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania fará publicar no Diário Ofi cial do Estado, em até 15 (quinze) dias úteis após o término dos respectivos prazos de apresentação fi xados pelo artigo 4º e parágrafo único do artigo 5º deste decreto:

I - as declarações públicas de bens apresentadas no início e no término do mandato ou do exercício;

II - as declarações anuais previstas no artigo 5º deste decreto.

Artigo 9º - Imediatamente após o término do prazo para publicação de que trata o artigo anterior, o Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania comunicará ao Governador do Estado as ocorrências de descumprimento de prazos para apresentação de declaração nos termos deste decreto.

Artigo 10 - Por ato governamental será instituída, junto ao Gabinete do Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania, Comissão Especial, não permanente, composta de servidores públicos estaduais da Administra-ção Direta, destinada a efetuar a análise das declarações de bens e dos

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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demonstrativos de variação patrimonial, apresentados por autoridades ou dirigentes abrangidos pelo artigo 3º deste decreto.

§ 1º - A Comissão Especial de que trata o caput deste artigo será integrada por 3 (três) servidores públicos estaduais, indicados pelo Secretário da Fazenda, com formação profi ssional em contabilidade, nos termos dos artigos 25, alínea “c” e 26 do Decreto-lei Federal n.º 9.295, de 27 de maio de 1946.

§ 2º - Os componentes da Comissão a serem designados prestarão serviços na Comissão Especial no período da manhã, sem prejuízo de suas funções normais no resto do horário normal de trabalho.

Artigo 11 - O Secretário da Fazenda indicará os 3 (três) servidores aludidos no artigo anterior, no prazo de 5 (cinco) dias, ao Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania.

Artigo 12 - A Comissão Especial terá assessoria jurídica da Consultoria Jurídica da Pasta da Justiça e da Defesa da Cidadania.

Artigo 13 - Dentro do prazo de 15 (quinze) dias úteis contados de seu rece-bimento, o Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania encaminhará à Assembléia Legislativa do Estado cópia das declarações públicas de bens apresentadas no início e no término dos respectivos mandatos ou exercício pelos dirigentes das Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista estaduais, Autarquias e Fundações instituídas ou mantidas pelo Estado.

Artigo 14 - Para o adequado cumprimento dos artigos 4º e 6º deste decreto, cabe à Casa Militar do Gabinete do Governador, às Secretarias de Estado, à Procuradoria Geral do Estado, às Empresas Públicas, às Sociedades de Economia Mista estaduais, às Autarquias e às Fundações instituídas ou mantidas pelo Estado, em seus respectivos âmbitos de atuação:

I - organizar e manter os controles necessários;

II - agilizar a apresentação das declarações de acordo com as normas e prazos previstos;

III - fornecer à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania informações para organização e manutenção dos necessários controles centrais.

Artigo 15 - Para cumprimento do disposto no artigo 1º deste decreto, as autoridades da Administração Direta e os dirigentes de entidades da Ad-ministração Indireta do Estado referidos no artigo 3º, encaminharão aos Serviços de Pessoal competentes cópias de suas declarações apresentadas nos termos deste decreto.

Artigo 16 - As autoridades que, anteriormente à vigência deste decreto,

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

tenham apresentado declaração de bens sem a observância do disposto no artigo 4º, poderão complementá-la quando da apresentação, no exercício de 1997, da declaração referida no artigo 5º deste decreto.

Artigo 17 - As autoridades da Administração Direta que, por falta de pre-cedente regra a respeito, ainda não fi zeram declaração pública de bens, deverão apresentá-la ao Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania, nos 90 (noventa) dias úteis subseqüentes à vigência deste decreto.

Artigo 18 - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, fi cando revogados os Decretos n.º 41.046, de 25 de julho de 1996 e n.º 41.214, de 15 de outubro de 1996.

Palácio dos Bandeirantes, 16 de junho de 1997MÁRIO COVAS

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Decreto nº 47.807, de 5 de maio de 2003

Institui o Sistema de Acompanhamento Legislativo Estadual - SIALE e dá providências correlatas

GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais,

Decreta:

Artigo 1º - Fica instituído o Sistema de Acompanhamento Legislativo Es-tadual - SIALE.

Artigo 2º - O Sistema de Acompanhamento Legislativo Estadual - SIALE tem por objetivos:

I - atender às necessidades de assessoramento ao Governador do Estado quanto às atividades do Poder Legislativo relativas a matérias e proposições de interesse do Poder Executivo;

II - coordenar o fl uxo de informações e mensagens do Poder Executivo ao Poder Legislativo, tendo em vista os objetivos gerais e a uniformidade das ações do Governo sobre matéria legislativa;

III - acompanhar as proposições em tramitação na Assembléia Legislativa;

IV - diligenciar quanto ao atendimento de requerimentos de informação, indicações, consultas e outras solicitações formuladas pelos membros do Poder Legislativo ao Poder Executivo.

Artigo 3º - As ações do Sistema de Acompanhamento Legislativo Estadual - SIALE serão orientadas e coordenadas pela Casa Civil.

Artigo 4º - Os Secretários de Estado e o Procurador Geral do Estado designarão um de seus assessores para providenciar a prestação das informações de que trata este decreto, pertinentes às respectivas Pastas ou às entidades a elas vinculadas, observados os seguintes prazos:

I - projetos de leis apresentados por Parlamentares, 15 (quinze) dias;

II - emendas e pareceres de Comissões Técnicas, 5 (cinco) dias;

III - autógrafos, 5 (cinco) dias;

IV - requerimentos, 15 (quinze) dias;

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

V - indicações, 15 (quinze) dias;

VI - solicitações de Deputados Federais e Senadores, 10 (dez) dias.

§ 1º - Será dado conhecimento à Casa Civil das designações de que trata este artigo e de suas alterações, imediatamente após a publicação de cada uma.

§ 2º - Os prazos fi xados por este artigo serão contados a partir da data do protocolamento do processo ou expediente na Secretaria de Estado ou na Procuradoria Geral do Estado.

§ 3º - O Assessor Chefe da Assessoria Técnico-Legislativa poderá, em si-tuações específi cas, não previstas neste artigo, fi xar os respectivos prazos nos processos ou expedientes a serem encaminhados para prestação de informações.

§ 4º - Aprovadas pelo Titular da Pasta, as informações, que deverão ser conclusivas quanto ao mérito, serão transmitidas à Assessoria Técnico-Legislativa.

Artigo 5º - Os Secretários de Estado e o Procurador Geral do Estado encaminharão, mensalmente, à Casa Civil, relatório circunstanciado das audiências concedidas aos parlamentares no âmbito das respectivas Pastas e das entidades a elas vinculadas.

Artigo 6º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, fi cando revogadas as disposições em contrário, em especial:

I - o Decreto nº 26.523, de 5 de outubro de 1956;

II - o Decreto nº 43.008, de 28 de janeiro de 1964.

Palácio dos Bandeirantes, 5 de maio de 2003GERALDO ALCKMINPublicado na Casa Civil, aos 5 de maio de 2003.

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL INTERNA

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL INTERNA

Decretos Legislativos

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Decreto Legislativo nº 226, de 21 de dezembro de 1994

A Mesa da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, no uso da atribuição que lhe confere a alínea “j” do inciso II do artigo 14 da VII Consolidação do Regimento Interno, promulga o seguinte Decreto Legislativo:

Artigo 1º - O valor da remuneração devida mensalmente aos Deputados à Assembléia Legislativa, na 13ª legislatura, pelo exercício do mandato parlamentar será o permitido no § 2º do artigo 27 da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992.

§ 1º - Insubsistente a regra constitucional referida no caput deste artigo, a remuneração será a última que viger naquela conformidade, revista, a qualquer tempo, para determinação do respectivo valor, com índice nunca inferior ao percentual de incremento, no período, da folha de pagamento do funcionalismo público estadual, considerados os índices nominais de reajuste dos vencimentos das diversas categorias, concedidos a qualquer título.

§ 2º - O Deputado que, injustifi cadamente, não comparecer a qualquer sessão ordinária deixará de perceber 1/60 (um sessenta avos) da remu-neração.

§ 3º - Por sessão extraordinária a que comparecer o Deputado perceberá 1/30 (um trinta avos) da remuneração.

Artigo 2º - É devida ao Deputado ajuda de custo, no valor da remuneração, a ser paga:

I - 50% (cinqüenta por cento) no início da cada sessão legislativa.

II - 50% (cinqüenta por cento) no fi nal de cada sessão legislativa, após o comparecimento a 2/3 (dois terços) das sessões.

Artigo 3º - O suplente receberá, a partir da posse, a remuneração e a ajuda de custo a que tiver direito o parlamentar em exercício.

Artigo 4º - A remuneração devida mensalmente ao Governador e ao Vice-Governador, durante o período governamental a iniciar-se em 1º de janeiro de 1995, compor-se-á de subsídio e representação.

§ 1º - O subsídio corresponderá a 3 (três) vezes o valor percebido mensal-mente, como remuneração, a qualquer título, por Secretário de Estado.

§ 2º - A representação corresponderá, respectivamente, a 100% (cem por

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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cento) e a 75% (setenta e cinco por cento) do valor do subsídio.

Artigo 5º - Incidirá imposto de renda sobre todos os valores previstos neste decreto legislativo, pagos em espécie, na forma da lei.

Artigo 6º - As despesas decorrentes deste decreto legislativo correrão à conta das dotações próprias do orçamento.

Artigo 7º - Este decreto legislativo entrará em vigor na data de sua publi-cação, produzindo efeitos a partir do início da próxima legislatura ou do próximo período governamental, revogadas as disposições em contrário.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 21 de dezembro de 1994.a) VITO SAPIENZA, Presidentea) Israel Zekcer, 1º Secretárioa) Sylvio Martini, 2º Secretário

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Decreto Legislativo nº 701, de 10 de março de 1999

A Mesa da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, no uso da atribuição que lhe confere a alínea “j” do inciso II do artigo 14 da IX Consolidação do Regimento Interno, promulga o seguinte Decreto Legislativo:

Artigo 1º - Até a promulgação da lei prevista no artigo 48, XV, da Consti-tuição Federal, fi ca prorrogada para a 14ª legislatura a vigência do Decreto Legislativo nº 226, de 21 de dezembro de 1994.

Artigo 2º - As despesas decorrentes deste decreto legislativo correrão à conta das dotações próprias previstas no orçamento.

Artigo 3º - Este Decreto Legislativo entrará em vigor na data de sua publi-cação, produzindo efeitos a partir de 15 de março de 1999.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 10 de março de 1999. a) VAZ DE LIMA - Presidentea) Cecília PassarellI - 1ª Secretáriaa) Roque Barbiere - 2º Secretário

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL INTERNA

Resoluções

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Resolução nº 330, de 25 de junho de 1962

Institui a “Medalha da Constituição”

A Mesa da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo faz publicar a seguinte Resolução:

A Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, resolve:

Artigo 1º - Fica instituída a medalha denominada “Medalha da Constituição”, com a fi nalidade de condecorar todos aqueles que tomaram parte, tanto na linha de frente como na retaguarda, na Revolução de 9 de julho de 1932, ao lado do Exército Constitucionalista, e também condecorar as entidades que colaboraram na divulgação e incentivo dos ideais constitucionalistas de 1932 ou cujos membros tenham tido participação no Movimento Cons-titucionalista. (NR)

Art. 1° com redação dada pelo inciso I do art. 1° da Resolução nº 826, 23/10/2002.

Artigo 2º- A “Medalha da Constituição” será conferida, a partir de 1962, a todos os participantes da Revolução Constitucionalista que lutaram ao lado de São Paulo, mediante as seguintes condições:

a) terem participado do Movimento Constitucionalista defl agrado pelo Governo e povo paulista em 9 de julho de 1932, na condição de militar ou civil, sem distinção de graduação ou posto, tanto na linha de frente como na retaguarda, desde que provada, por documentos hábeis, devidamente legalizados, sua participação no movimento para a reconstitucionalização do Brasil.;

b) terem prestado serviços, como escoteiros, tanto nos hospitais de sangue na linha de frente e da retaguarda, como nos demais serviços de assistência, quer nos departamentos militares, quer nos civis.

Parágrafo único - Conceder-se-á, também, a “Medalha da Constituição” às entidades civis que participaram ativamente na divulgação e incentivo dos ideais constitucionalistas ou cujos membros tenham tido participação no Movimento Constitucionalista. (NR)

Parágrafo único acrescentado pelo inciso II do art. 1° da Resolução nº 826,de 23/10/2002.

Artigo 3º - A “Medalha da Constituição” será concedida por proposta dos Comandantes Militares do Exército Constitucionalista, dos membros com-ponentes do Governo aclamado pelo povo paulista em 10 de julho de 1932, dos dirigentes civis dos vários serviços do M.M.D.C. ou dos Deputados Estaduais paulistas no exercício do mandato parlamentar. (NR)

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Art. 3° com redação dada pelo inciso III do art. 1° da Resolução nº 826, 23/10/2002.

Artigo 4º - A concessão da “Medalha da Constituição” é de competência exclu-siva do Presidente da Assembléia Legislativa, podendo ser solicitada: (NR)

I - por qualquer veterano de 32 ao Comandante de sua Unidade ou ao dirigente civil sob cujas ordens prestou serviços durante a Revolução Constitucionalista, como integrante do Exército Constitucionalista, que organizará inquérito a respeito, arrecadando a documentação conveniente e ouvindo, se tal se fi zer mister, testemunhas idôneas, às quais serão solici-tadas informações precisas, que fi carão anexadas ao respectivo processo, de forma a estabelecer o histórico completo do interessado na concessão da medalha; (NR)

II - por Deputado Estadual, mediante requerimento fundamentado ao Presidente da Assembléia Legislativa, indicando pessoa ou entidade a ser agraciada com a concessão. (NR)

Parágrafo único - De acordo com a conclusão do inquérito referido no inciso I - o Comandante ou dirigente civil encaminhará a proposta, pelos canais competentes, ao Presidente da Assembléia, a fi m de que seja concedida a condecoração. (NR)

Art. 4°, incisos e parágrafo único com redação dada pelo inciso IV do art. 1° da Resolução nº 826, 23/10/2002.

Artigo 5º - A concessão e o uso da “Medalha da Constituição” obedecerão a seguinte regulamentação:

I - o Presidente da Assembléia nomeará uma Comissão, sob a presidência do 1º Secretário da Mesa, que será o órgão competente para propor a concessão da medalha;

II - incumbir-se-á, igualmente, essa Comissão dos estudos referentes à “Medalha da Constituição”, com determinação de sua forma, dimensões e desenhos, bem como da respectiva fi ta;

III - os Comandantes de corpos do Exército Constitucionalista, ou os dirigentes civis, sob cujas ordens tenham servido os interessados, remeterão à Comissão os processos fé de ofício ou certidões de assentamentos, fazendo acompanhá-los das notas que julgarem apropriadas sobre a conduta civil ou militar dos interessados, devendo, na mesma ocasião, formular o seu juízo;

IV - todas as propostas de concessão da “Medalha da Constituição” de-verão ser encaminhadas por intermédio da Comissão que, após o seu processamento e registro em livros adequados, as enviará ao Presidente da Assembléia, a quem cabe decidir da sua concessão;

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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V - não poderão receber a “Medalha da Constituição”, ou perderão o direito ao uso das que tiverem recebido, os militares e civis que:

a) tenham sido condenados, em decisão irrecorrível, por juízo ou tribunal militar ou civil, pela prática de crime doloso ou infração penal ou disciplinar de caráter infamante, salvo se tiverem sido anistiados ou absolvidos;

b) tenham sido o crime ou o processo extintos por prescrição a que tiverem dado causa;

c) tenham sido denunciados ou processados pela prática de crime doloso ou infração penal ou disciplinar de caráter infamante, enquanto não absol-vidos por sentença irrecorrível, ou extinto a ação por medidas de clemência com força de anistia;

VI - julgado o interessado em condições de ser distingüido com a “Medalha da Constituição”, a mesma lhe será concedida por ato da Mesa da Assembléia e entregue, com o respectivo diploma, em ato solene público, preferivelmente na data comemorativa do aniversário da Revolução Constitucionalista

VII - as medalhas e diplomas e fi tas da “Medalha da Constituição” estarão isentas de qualquer despesa por parte dos agraciados;

VIII - a “Medalha da Constituição” poderá ser usada em solenidades e festas militares e cívicas, sendo obrigatório o seu uso pelos componentes da Força Pública do Estado e da Guarda Civil, e no dia 9 de Julho, quando se comemora a data da Revolução Constitucionalista, ou em atos solenes da vida civil. Em ocasiões de menor rigor , os militares usarão a barreta correspondente

Artigo 6º - Os militares compenentes da Força Pública do Estado e os elementos da Guarda Civil, que ao tempo de sua reforma possuírem a “Medalha da Constituição”, poderão continuar a usá-la.

Artigo 7º - Excepcionalmente, mediante proposta justifi cada, poderá ser concedida a título póstumo a “Medalha da Constituição”.

Artigo 8º - O orçamento do Estado consignará, anualmente, à Assembléia Legislativa, dotação destinada à ocorrer às despesas com a execução da presente Resolução.

Artigo 9º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 25 de junho de 1962.a) Roberto Costa de Abreu Sodré - Presidentea) Aloysio Nunes Ferreira - 1º Secretárioa) Waldemar Lopes Ferraz - 2º Secretário

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Resolução nº 594, de 17 de maio de 1974

A Mesa da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo faz publicar a seguinte Resolução:

A Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo resolve:

Artigo 1° - A Mesa da Assembléia Legislativa mandará escrever a História do Poder Legislativo do Estado de São Paulo.

Parágrafo único - A redação será confi ada a pessoa de notórios conhe-cimentos históricos, políticos, sociológicos ou jurídicos, mediante contrato que assegure sua utilização ainda nesta legislatura.

Artigo 2° - O trabalho será editado em número de exemplares que assegure sua distribuição também, aos principais órgãos públicos do País, do Estado e dos Municípios, bem como às entidades de classe.

Parágrafo único - Far-se-á nova edição, sempre que se fi zer necessário.

Artigo 3º - As despesas decorrentes desta resolução correrão à conta das dotações próprias do orçamento.

Artigo 4º - Esta resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 17 de maio de 1974SALVADOR JULIANELLI - Presidentea) Waldemar Lopes Ferraz - 1º Secretárioa) Francisco Antonio Coelho - 2º Secretário

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Resolução nº 641, de 12 de agosto de 1983

Assegura aos ex-Deputados Estaduais os respectivos títulos e tra-tamentos

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso da atribuição que lhe confere a alínea “j” do inciso II do artigo 14 da III Consolidação do Regimento Interno e nos termos do resolvido pelo Plenário, promulga a seguinte Resolução:

Artigo 1º - Os ex-Deputados Estaduais continuarão a fazer jus aos res-pectivos títulos e tratamentos.

Artigo 2º - A Carteira de Identidade do Parlamentar será a da última legis-latura a que pertenceu.

Artigo 3º - A presente Resolução entrará em vigor na data de sua publi-cação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 12 de agosto de 1983.a) NÉFI TALES, Presidentea) Vanderlei Macris, 1º Secretárioa) Sérgio Santos, 2º Secretário

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Resolução n° 746, de 9 de dezembro 1992

(Projeto de resolução nº 8/88, do deputado Jairo Mattos)

Dispõe sobre a inserção do nome do Deputado em publicação de Re-solução, Decreto Legislativo e Autógrafo, no caso que especifi ca.

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso da atribuição que lhe confere a alínea “j” do inciso II do artigo 14 da VI Consolidação do Regimento Interno e nos termos do resolvido pelo Plenário, promulga a seguinte Resolução:

Artigo 1º - As resoluções, decretos legislativos e autógrafos ao serem pu-blicados pela Mesa da Assembléia Legislativa deverão conter o nome do autor do projeto que lhe deu origem no caso de ser ele Deputado.

Artigo 2º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, em 9/12/92.a) CARLOS APOLINÁRIO, Presidentea) Francisco Nogueira, 1º Secretárioa) Arthur Alves Pinto, 2º Secretário

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Resolução nº 749, de 15 de abril de 1993

(Projeto de resolução nº 8/92, de autoria do deputado Hélio Ansaldo)

Dispõe sobre a divulgação das atividades realizadas no Poder Le-gislativo e dá providências correlatas.

A Mesa da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, no uso da atribuição que lhe confere a alínea “j” do inciso II, do artigo 14 da VI Con-solidação do Regimento Interno e nos termos do resolvido pelo Plenário, promulga a seguinte resolução:

Artigo 1º - A Mesa da Assembléia Legislativa promoverá, nos termos do disposto nesta resolução, a divulgação das atividades desenvolvidas no âmbito do Poder Legislativo.

Artigo 2º - A divulgação das atividades realizadas na Assembléia terá por fi nalidade fornecer informações e esclarecimentos ao povo paulista a respeito da atuação do Poder Legislativo como instituição fundamental na vida pública e democrática do Estado e deverá ser feita acima de interesses partidários ou individuais.

Artigo 3º - A divulgação das atividades do Poder legislativo, a que se re-fere o artigo anterior, será feita através dos meios de comunicação social existentes, ou que venham a ser criados, os quais serão contratados nos termos da legislação vigente reguladora da matéria.

Artigo 4º - Estão compreendidas nas atividades do Poder Legislativo a serem divulgadas, entre outras, as seguintes matérias:

I - As Sessões, de qualquer espécie, reuniões de comissões, proposições, pareceres e matérias de interesse geral.

II - Resenha de debates, palestras, conferências, seminários e outros eventos realizados em dependências da Assembléia.

III - Outras matérias sobre as quais a Assembléia, através de qualquer de seus Membros ou órgãos, tenha se manifestado, ou venha a se manifestar.

Artigo 5º - Para dar cumprimento ao disposto nesta Resolução a Mesa da Assembléia Legislativa deverá criar, no prazo de trinta dias contados da data de sua publicação, o “Grupo de Comunicação da Assembléia Legislativa” a quem caberá coordenar e supervisionar a divulgação das atividades do Poder Legislativo.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

§ 1º - O “Grupo de Comunicação da Assembléia Legislativa” será integrado por um Deputado de cada Partido com representação na Assembléia, os quais serão indicados pelos respectivos Líderes.

§ 2º - O “Grupo de Comunicação da Assembléia Legislativa”, mencionado neste artigo, será subordinado diretamente à Mesa da Assembléia e terá Presidente indicado pelos seus integrantes.

§ 3º - Preferencialmente, em razão de conhecimentos técnicos específi cos, deverão integrar o “Grupo de Comunicação da Assembléia Legislativa” os Deputados que tenham exercido ou exerçam atividades ligadas à área da comunicação social.

Artigo 6º - Fica assegurada ao “Grupo de Comunicação da Assembléia Legislativa” de que trata o artigo anterior, além de outras atribuições rela-tivas à coordenação e supervisão da divulgação das atividades do Poder Legislativo, competência para:

I - Selecionar os temas, assuntos e eventos a serem divulgados.

II - Aprovar e acompanhar os programas de divulgação.

III - Editar publicação, criar programas de rádio, televisão ou audiovisuais cujos espaços poderão ser comercializados para ajudar a custear as des-pesas desta resolução.

Parágrafo único - Fica vedada a publicação de textos em forma jornalís-tica, quando pagos, sem a tarja identifi cadora e a retranca “informação” publicitária.

Artigo 7º - Não deverão participar como apresentadores dos programas de rádio, televisão e audiovisuais criados pelo grupo, profi ssionais ou amadores que tenham mandato eletivo em exercício ou façam parte de lista de suplência.

Artigo 8º - A Mesa da Assembléia destinará ao “Grupo de Comunicação da Assembléia Legislativa” os meios materiais e os recursos humanos indispensáveis ao desenvolvimento das atividades que lhe competem.

Parágrafo único - A designação de servidores do Quadro da Secretaria da Assembléia Legislativa para prestarem serviços ao Grupo poderá ser feita com ou sem prejuízo das funções normais que são inerentes aos respectivos cargos, garantindo-se-lhes, em qualquer caso, os vencimentos e as vantagens.

Artigo 9º - As despesas decorrentes da execução desta resolução corre-rão por conta das verbas próprias consignadas no Orçamento Programa

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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da Assembléia: - Elaboração Legislativa - 01.01.001.2001; Classifi cação Econômica - código 3.1.3.2.0.

Artigo 10 - Esta resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 15 de abril de 1993.a) Vítor Sapienza, Presidentea) Israel Zecker, 1º Secretárioa) Sylvio Martini, 2º Secretário

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Resolução nº 750, de 20 de abril de 1993

(Projeto de resolução nº 21/92, de autoria do deputado João Leiva)

Estabelece normas regimentais para a execução da Lei nº 7.857, de 22 de maio de 1992, e dá outras providências.

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso da atribuição que lhe confere a alínea “j” do inciso II, do artigo 14 da VI Consolidação do Regimento Interno e nos termos do resolvido pelo Plenário, promulga a seguinte resolução:

Artigo 1º - Recebidos e lidos no Expediente das sessões os documentos a que se refere a Lei nº 7.857, de 22 de maio de 1992, serão eles encami-nhados, independentemente de publicação no “Diário da Assembléia”, à Comissão de Fiscalização e Controle, onde serão classifi cados e ordenados, com vistas ao exercício, pelo órgão, das atribuições que lhe são cometidas pela lei e pelo Regimento Interno.

§ 1º - De ofício ou mediante representação de qualquer cidadão, partido político, associação ou entidade, a Comissão promoverá a apuração de toda irregularidade de que tiver ciência.

§ 2º - A Comissão requisitará aos órgãos da administração direta ou indire-ta, inclusive fundacional, além dos que espontaneamente lhe tiverem sido remetidos, quaisquer outros elementos que tenha como necessários ou convenientes ao completo esclarecimento das situações sob seu exame.

§ 3º - A Comissão poderá, respeitadas as disposições legais e regimentais pertinentes e fazendo-as publicar no “Diário da Assembléia”, expedir ins-truções sobre o modo e forma de apresentação dos documentos referidos no caput deste artigo.

Artigo 2º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 20 de abril de 1993.a) VITOR SAPIENZA, Presidentea) Israel Zekcer, 1º Secretárioa) Sylvio Martini, 2º Secretário

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Resolução nº 766, de 16 de dezembro de 1994

Institui o Código de Ética e Decoro Parlamentar, e dá outras provi-dências.

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO,

no uso da atribuição que lhe confere a alínea “j” do inciso II do artigo 14 da VII Consolidação do Regimento Interno, e nos termos do resolvido pelo Plenário, promulga a seguinte Resolução:

CAPÍTULO I

Dos Deveres Fundamentais

Artigo 1º - O Deputado à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo exercerá seu mandato com observância das normas constitucionais e regimentais, dentre estas, as que se contêm neste Código, sujeitando-se aos procedimentos disciplinares nele previstos.

Artigo 2º - São deveres fundamentais do Deputado:

I - Promover a defesa dos interesses populares, do Estado e do País.

II - Zelar pelo aprimoramento da ordem constitucional e legal do Estado e do País, particularmente das instituições democráticas e representativas, bem como pelas prerrogativas do Poder Legislativo.

III - Exercer o mandato com dignidade e com respeito à coisa pública e à vontade popular.

IV - Apresentar-se à Assembléia Legislativa durante as sessões legislativas ordinárias e extraordinárias e participar das sessões de Plenário e das reuniões de Comissão de que seja membro.

CAPÍTULO II

Das Vedações Constitucionais

Artigo 3º - O Deputado não poderá, nos expressos termos da Constituição Federal (artigo 54) e da Constituição Estadual (artigo 15):

I - Desde a expedição do diploma:

a) fi rmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autar-quia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa conces-

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sionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;

b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja demissível ad nutum, nas entidades constantes da alínea anterior.

II - Desde a posse:

a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;

b) ocupar cargo ou função de que seja demissível ad nutum, nas entidades referidas no inciso I, “a”;

c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, “a”;

d) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo;

§ 1º - Consideram-se incluídas nas proibições previstas nas alíneas “a” e “b” do inciso I e “a” e “c” do inciso II, para os fi ns deste Código, as pessoas jurídicas de direito privado controladas pelo Poder Público.

§ 2º - A proibição constante da alínea “a” do inciso I compreende o Depu-tado, como pessoa física, seu cônjuge ou companheira e pessoas jurídicas direta ou indiretamente por eles controladas.

§ 3º - Consideram-se pessoas jurídicas às quais se aplica a vedação re-ferida na alínea “a” do inciso II, para os fi ns deste Código, os Fundos de Investimentos.

CAPÍTULO III

Dos Atos Contrários à Ética e ao Decoro Parlamentar

Artigo 4º - É proibido, ainda, ao Deputado praticar abuso do poder econô-mico no processo eleitoral.

Artigo 5º - Consideram-se incompatíveis com a ética e o decoro parla-mentar:

I - O abuso das prerrogativas constitucionais asseguradas aos membros da Assembléia Legislativa (Constituição Federal, artigo 55, § 1º , e Constituição Estadual, artigo 16, § 1º).

II - A percepção de vantagens indevidas (Constituição Federal, artigo 55,

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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§ 1º, e Constituição Estadual, artigo 16, § 1º), tais como doações, benefícios ou cortesias de empresas, grupos econômicos ou autoridades públicas, ressalvados brindes sem valor econômico.

III - A prática de irregularidades graves no desempenho do mandato ou de encargos dele decorrentes.

Parágrafo único - Incluem-se entre as irregularidades graves, para fi ns deste artigo:

a) a atribuição de dotação orçamentária, sob a forma de subvenções so-ciais, auxílios ou qualquer outra rubrica, a entidades ou instituições das quais participem o Deputado, seu cônjuge, companheira ou parente, de um ou de outro, até o terceiro grau, bem como pessoa jurídica direta ou indiretamente por eles controlada, ou, ainda, que apliquem os recursos recebidos em atividades que não correspondam rigorosamente às suas fi nalidades estatutárias;

b) a criação ou autorização de encargos em termos que, pelo seu valor ou pelas características da empresa ou entidade benefi ciada ou controlada, possam resultar em aplicação indevida de recursos públicos.

CAPÍTULO IV

Das Declarações Públicas Obrigatórias

Artigo 6º - O Deputado apresentará ao Conselho de Ética e Decoro Par-lamentar as seguintes declarações obrigatórias periódicas, para fi ns de ampla divulgação e publicidade:

I - Ao assumir o mandato, para efeito de posse, e 90 (noventa) dias antes das eleições, no último ano da legislatura (Constituição Estadual, artigo 18, parágrafo único): Declaração de Bens e Fontes de Renda e Passivos, incluindo todos os passivos de sua própria responsabilidade, de seu cônjuge ou companheira ou de pessoas jurídicas por eles direta ou indiretamente controladas, de valor igual ou superior à sua remuneração mensal como Deputado.

II - Cópia da sua Declaração de Imposto de Renda e do seu cônjuge ou companheira.

III - Durante o exercício do mandato, em Comissão ou em Plenário, ao ini-ciar-se a apreciação de matéria que envolva diretamente seus interesses patrimoniais: Declaração de Interesse, em que, a seu exclusivo critério, se declare impedido de participar ou explicite as razões pelas quais, a seu juízo, entenda como legítima sua participação na discussão e votação.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Parágrafo único - Caberá ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar diligenciar para a publicação e divulgação das declarações referidas neste artigo, pelo menos no órgão de publicação ofi cial, integralmente.

CAPÍTULO V

Das Medidas Disciplinares

Artigo 7º - As medidas disciplinares são:

I - Advertência.

II - Censura.

III - Perda temporária do exercício do mandato.

IV - Perda do mandato.

Artigo 8º - A advertência é medida disciplinar verbal de competência dos Presidentes da Assembléia Legislativa, do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ou de Comissão, aplicável com a fi nalidade de prevenir a prática de falta mais grave.

Artigo 9º - A censura será verbal ou escrita.

§ 1º - A censura verbal será aplicada pelos Presidentes da Assembléia Legislativa, do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ou de Comissão, no âmbito desta, quando não couber penalidade mais grave, ao Deputado que:

a) deixar de observar, salvo motivo justifi cado, os deveres inerentes ao mandato ou os preceitos do Regimento Interno;

b) praticar atos que infrinjam as regras da boa conduta nas dependências da Casa;

c) perturbar a ordem das sessões ou das reuniões.

§ 2º - A censura escrita será imposta pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e homologada pela Mesa, se outra cominação mais grave não couber, ao Deputado que:

a) usar, em discurso ou proposição, de expressões atentatórias ao decoro parlamentar, assim entendidas, dentre outras, as que constituem ofensa à honra;

b) praticar ofensas físicas ou morais a qualquer pessoa, no edifício da As-sembléia Legislativa, ou desacatar, por atos ou palavras, outro parlamentar,

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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a Mesa ou Comissão, ou os respectivos Presidentes;

c) impedir ou tentar impedir, durante as sessões ou reuniões do Plenário da Assembléia Legislativa, de suas Comissões ou do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, o cumprimento de ordem fundada no exercício do poder de polícia dos respectivos Presidentes.

Artigo 10 - Considera-se incurso na sanção de perda temporária do exercício do mandato, quando não for aplicável penalidade mais grave, o Deputado que:

I - Reincidir nas hipóteses do artigo antecedente.

II - Praticar transgressão grave ou reiterada aos preceitos do Regimento Interno ou deste Código, especialmente quanto à observância do disposto no artigo 6º.

III - Revelar informações e documentos ofi ciais de caráter reservado, de que tenha conhecimento na forma regimental.

IV - Faltar, sem motivo justifi cado, a 10 (dez) sessões ordinárias consecu-tivas ou a 45 (quarenta e cinco) intercaladas, dentro de sessão legislativa ordinária ou extraordinária.

Artigo 11 - Serão punidas com a perda do mandato:

I - A infração de qualquer das proibições Constitucionais referidas no artigo 3º (Constituição Federal, artigo 54, e Constituição Estadual, artigo 15).

II - A prática de qualquer dos atos contrários à ética e ao decoro parlamentar capitulados nos artigos 4º e 5º (Constituição Federal, artigo 55, e Consti-tuição Estadual, artigo 16).

III - A infração do disposto nos incisos III, IV, V e VI do artigo 55 da Cons-tituição Federal e do artigo 16 da Constituição Estadual.

CAPÍTULO VI

Do Processo Disciplinar

Artigo 12 - A sanção de que trata o artigo 10 será decidida pelo Plenário, em escrutínio secreto e por maioria simples, mediante provocação da Mesa, do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ou de Partido Político representado na Assembléia Legislativa, na forma prevista nos artigos 14 e 15, excetuada a hipótese do parágrafo único deste artigo.

Parágrafo único - Quando se tratar de infração ao inciso IV do artigo 10, a sanção será aplicada, de ofício, pela Mesa, resguardado, em qualquer

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

caso, o princípio da ampla defesa.

Artigo 13 - A perda do mandato será decidida pelo Plenário, em escrutínio secreto e por maioria absoluta de votos, mediante iniciativa da Mesa, do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ou de Partido Político representado na Assembléia Legislativa, na forma prevista nos artigos 14 e 15 (Constitui-ção Federal, artigo 55, § 2º, e Constituição Estadual, artigo 16, § 2º).

Parágrafo único - Quando se tratar de infração aos incisos III, IV, V do artigo 55 da Constituição Federal e do artigo 16 da Constituição Estadual, a sanção será aplicada, de ofício, pela Mesa, resguardado, em qualquer caso, o princípio da ampla defesa.

Artigo 14 - Oferecida representação contra Deputado por fato sujeito à perda do mandato ou à pena de perda temporária do exercício do mandato, aplicáveis pelo Plenário da Assembléia Legislativa, será ela inicialmente encaminhada, pela Mesa, ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, ressalvadas as hipóteses do artigo 17, quando o processo tem origem no próprio Conselho.

Artigo 15 - Recebida a representação, o Conselho observará os seguintes procedimentos:

I - O Presidente do Conselho, sempre que considerar necessário, designará três membros titulares dele para compor Comissão de Inquérito, destinada a promover as devidas apurações dos fatos e das responsabilidades.

II - Constituída, ou não, a Comissão referida no inciso anterior, será oferecida cópia da representação ao Deputado, que terá o prazo de 5 (cinco) dias de sessões ordinárias para apresentar defesa escrita e provas.

III - Esgotado o prazo sem apresentação de defesa, o Presidente do Conse-lho nomeará defensor dativo para oferecê-la, reabrindo-lhe igual prazo.

IV - Apresentada a defesa, o Conselho ou, quando for o caso, a Comissão de Inquérito, procederá às diligências e à instrução probatória que entender necessárias, fi ndas as quais proferirá parecer no prazo de 5 (cinco) dias de sessões ordinárias, salvo na hipótese do artigo 19, concluindo pela procedência da representação ou pelo seu arquivamento e oferecendo, na primeira hipótese, o Projeto de Resolução apropriado para a declaração da perda do mandato ou da suspensão temporária do exercício do mandato.

V - Em caso de pena de perda do mandato, o parecer do Conselho de Éti-ca e Decoro Parlamentar será encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça, para exame dos aspectos constitucional, legal e jurídico, o que deverá ser feito no prazo de 5 (cinco) dias de sessões ordinárias.

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VI - Concluída a tramitação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e na Comissão de Constituição e Justiça, será o processo encaminhado à Mesa da Assembléia Legislativa e, uma vez lido no Expediente, será publicado no Diário da Assembléia e distribuído em avulsos para inclusão na Ordem do Dia.

Artigo 16 - É facultado ao Deputado, em qualquer caso, constituir ad-vogado para sua defesa, a este assegurado atuar em todas as fases do processo.

Artigo 17 - Perante o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, poderão ser diretamente oferecidas, por qualquer parlamentar, denúncias relativas aos descumprimento, por Deputado, de preceitos contidos no Regimento Interno e neste Código.

§ 1º - Não será recebida denúncia anônima.

§ 2º - Recebida denúncia, o Conselho promoverá apuração preliminar e sumária dos fatos, ouvido o denunciado e providenciadas as diligências que entender necessárias, dentro do prazo de 30 (trinta) dias.

§ 3º - Considerada procedente denúncia por fato sujeito a medidas previstas nos artigos 8º e 9º, o Conselho promoverá sua aplicação, nos termos ali estabelecidos. Verifi cando tratar-se de infrações incluídas entre as hipóteses dos artigos 10 e 11, procederá na forma do artigo 15.

§ 4º - Poderá o Conselho, independentemente de denúncia ou represen-tação, promover a apuração, nos termos deste artigo, de ato ou omissão atribuída a Deputado.

Artigo 18 - Quando um Deputado for acusado por outro, no curso de uma discussão ou em outra circunstância, de ato que ofenda a sua honorabili-dade, poderá pedir ao Presidente da Assembléia Legislativa, do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ou de Comissão, que apure a veracidade da arguição e o cabimento de sanção ao ofensor, no caso de improcedência da acusação.

Parágrafo único - Igual faculdade é conferida ao Deputado quando a acu-sação partir de pessoa física ou jurídica alheia à Assembléia Legislativa.

Artigo 19 - A apuração de fatos e de responsabilidade previstos neste Código poderá, quando a sua natureza assim o exigir, ser solicitada ao Ministério Público ou às autoridades policiais, por intermédio da Mesa da Assembléia Legislativa, caso em que serão feitas as necessárias adapta-ções nos procedimentos e nos prazos estabelecidos neste Capítulo.

Artigo 20 - O processo disciplinar regulamentado neste Código não será

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

interrompido pela renúncia do Deputado ao seu mandato, nem serão por ela elididas as sanções eventualmente aplicáveis aos seus efeitos.

Artigo 21 - Quando, em razão das matérias reguladas neste Código, forem injustamente atingidas a honra ou a imagem da Casa, de seus órgãos ou de qualquer dos seus membros, poderá o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar solicitar intervenção da Mesa.

CAPÍTULO VII

Do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar

Artigo 22 - Compete ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar zelar pela observância dos preceitos deste Código e do Regimento Interno, atuando no sentido da preservação da dignidade do mandato parlamentar.

Artigo 23 - O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar será constituído por 9 (nove) membros titulares e igual número de suplentes, eleitos para mandato de 2 (dois) anos, observado, quanto possível, o princípio da proporcionalidade partidária e o rodízio entre Partidos Políticos ou Blocos Parlamentares não representados.

§ 1º - Os Líderes partidários apresentarão à Mesa os nomes dos Deputa-dos que pretenderem indicar para o Conselho, na medida das vagas que couberem ao respectivo Partido.

§ 2º - As indicações referidas no parágrafo anterior serão acompanhadas de declarações atualizadas, de cada Deputado indicado, onde constarão as informações referentes aos seus bens, fontes de renda, atividades eco-nômicas e profi ssionais, nos termos dos incisos I e II do artigo 6º.

§ 3º - Acompanhará, ainda, cada indicação, uma declaração assinada pelo Presidente da Mesa, certifi cando a inexistência de quaisquer registros, nos arquivos e anais da Assembléia Legislativa, referentes à prática de quais-quer atos ou irregularidades capitulados nos artigos 8º a 11, independen-temente da legislatura ou sessão legislativa em que tenham ocorrido.

§ 4º - Caberá à Mesa providenciar, durante os meses de fevereiro e março da primeira e da terceira sessões legislativas de cada legislatura, a eleição dos membros do Conselho.

Artigo 24 - Os membros do Conselho deverão, sob pena de imediato desligamento e substituição, observar a discrição e o sigilo à natureza da sua função.

Parágrafo único - Será automaticamente desligado também do Conselho o membro que não comparecer a 3 (três) reuniões, consecutivas ou não, bem

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assim o que faltar, ainda que justifi cadamente, a mais de 6 (seis) reuniões, durante a sessão legislativa.

Artigo 25 - O Corregedor da Assembléia Legislativa participará das deli-berações do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, com direito a voz e voto, competindo-lhe promover as diligências de sua alçada, necessárias ao esclarecimento dos fatos investigados.

CAPÍTULO VIII

Da Corregedoria Parlamentar

Artigo 26 - A Corregedoria Parlamentar constitui-se de um Corregedor e um Corregedor Substituto, os quais serão eleitos na forma pela qual o serão os membros do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

Parágrafo único - Compete ao Corregedor Substituto substituir o Corre-gedor Parlamentar em seus eventuais impedimentos.

Artigo 27 - Compete ao Corregedor Parlamentar:

I - Promover a manutenção do decoro, da ordem e da disciplina no âmbito da Assembléia Legislativa.

II - Dar cumprimento às determinações da Mesa, referentes à segurança interna e externa da Casa.

III - Supervisionar a proibição de porte de arma, com poderes para revistar e desarmar.

IV - Fazer sindicância sobre denúncias de ilícitos no âmbito da Assembléia Legislativa envolvendo Deputados.

Artigo 28 - O Corregedor Parlamentar poderá, observados os preceitos regimentais e as orientações da Mesa, baixar provimentos no sentido de prevenir perturbações da ordem e da disciplina no âmbito da Casa.

Artigo 29 - Em caso de delito cometido por Deputado no âmbito da As-sembléia Legislativa, caberá ao Corregedor Parlamentar, ou ao Corregedor Substituto quando por este designado, presidir o inquérito instaurado para apuração dos fatos.

§ 1º - Serão observados, no inquérito, o Código de Processo Penal e os regulamentos policiais do Estado, no que couber.

§ 2º - O presidente do inquérito poderá solicitar a cooperação técnica de órgãos policiais especializados ou requisitar servidores dos seus quadros para auxiliar na sua realização.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

§ 3º - Servirá de escrivão funcionário estável da Assembléia Legislativa, designado pela Mesa a pedido do presidente do inquérito.

§ 4º - O inquérito será enviado, após sua conclusão, à autoridade compe-tente.

§ 5º - Em caso de fl agrante de crime inafi ançável, realizar-se-á a prisão do agente, que será entregue, com o auto respectivo, ao Presidente da Assembléia Legislativa, atendendo-se, nesta hipótese, o prescrito no arti-go 53, § 3º, da Constituição Federal e no artigo 14, § 3º, da Constituição Estadual.

CAPÍTULO IX

Das Disposições Finais e Transitórias

Artigo 30 - Enquanto não aprovar regulamento específi co, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar observará, quanto à organização interna e or-dem de seus trabalhos, as disposições regimentais relativas às Comissões, inclusive no que diz respeito à eleição do seu Presidente e designação dos Relatores.

Artigo 31 - O Orçamento Anual da Assembléia Legislativa consignará dota-ção específi ca, com os recursos necessários, à publicação das Declarações Obrigatórias previstas no artigo 6º.

Artigo 32 - Esta Resolução, parte integrante do Regimento Interno da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo,aos 16 de dezembro de 1994.VITOR SAPIENZA - PresidenteISRAEL ZEKCER - 1º SecretárioSYLVIO MARTINI - 2º Secretário

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Resolução nº 780, de 18 de dezembro de 1996

(Projeto de resolução nº 36/96, de autoria do deputado Dráusio Barreto)

Institui Comissão Especial destinada a realizar estudos visando a revisão e a consolidação das leis estaduais.

A Mesa da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, no uso da atribuição que lhe confere a alínea “j” do inciso II, do artigo 14 da VIII Con-solidação do Regimento Interno e nos termos do resolvido pelo plenário, promulga a seguinte resolução:

Artigo 1º - Fica instituída uma Comissão Especial, no âmbito da Assem-bléia Legislativa, destinada a proceder à revisão e consolidação das leis estaduais.

Artigo 2º - A Comissão Especial a que alude o artigo 1º, composta por 11 membros, observada a proporcionalidade partidária, terá a duração neces-sária à consecução de seus objetivos.

Parágrafo único - Poderão participar dos trabalhos da Comissão, como membros credenciados e sem direito de voto, técnicos de reconhecida com-petência ou representantes de Instituições que tenham legítimo interesse nos assuntos submetidos à apreciação da mesma.

Artigo 3º - Do resultado, parcial ou total, dos trabalhos da Comissão Especial, dar-se-á ciência à Mesa da Assembléia para as providências necessárias.

Artigo 4º - As despesas decorrentes da aplicação desta Resolução correrão à conta das dotações próprias consignadas no Orçamento vigente.

Artigo 5º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 18 de dezembro de 1996.a) RICARDO TRÍPOLI, Presidente.a) Luiz Carlos da Silva, 1º Secretário.a) Conte Lopes, 2º Secretário.

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Resolução nº 798, de 2 de setembro de 1999

Dispõe sobre a criação, no âmbito da Assembléia Legislativa, do “Programa Da Cidadania” e dá providências.

A Mesa da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, no uso da atribuição que lhe confere a alínea “j” do inciso II, do artigo 14 da IX Con-solidação do Regimento Interno e nos termos do resolvido pelo Plenário, promulga a seguinte Resolução:

Artigo 1º - Fica criado, no âmbito da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, o “Programa da Cidadania”, compreendendo a instituição do Parlamento Jovem Paulista e de outras atividades a eles complementares, de caráter informativo, relativas ao exercício da cidadania e elucidativas do funcionamento do Poder Legislativo.

Artigo 2º - O Parlamento Jovem tem por fi nalidade possibilitar aos alunos de escolas públicas e particulares a vivência do processo democrático me-diante participação em uma jornada parlamentar na Assembléia Legislativa, com diplomação e exercício do mandato.

§ 1º - O exercício do mandato terá caráter instrutivo e ocorrerá todos os anos, no segundo semestre, em data acordada pelo Colégio de Líderes, observada a rotina de trabalhos da Assembléia.

§ 2º - O Parlamento Jovem será constituído, alternadamente, por estudan-tes de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental e do 1º ao 3º ano do ensino médio, devidamente matriculados, em idade própria. (NR)

§ 2° com redação dada pelo art. 1° da Resolução nº 827, de 27/11/2002.

§ 3º - A primeira edição do Parlamento Jovem imediatamente posterior à promulgação da presente Resolução será constituída exclusivamente por estudantes do ensino fundamental, e a subseqüente por estudantes do ensino médio, estabelecendo-se, sucessivamente, essa forma de alter-nância. (NR)

§ 3° acrescentado pelo art. 2° da Resolução nº 827, de 27/11/2002.

Artigo 3º - Observar-se-ão, no decorrer dos trabalhos do Parlamento Jovem, tanto quanto possível, os procedimentos regimentais relativos ao trâmite das proposituras, inclusive quanto à sua iniciativa, publicação, discussão e votação em Plenário, expedição de Autógrafo, onde estará consignado o nome do autor do “projeto de lei” aprovado.

Parágrafo único - A Mesa da Assembléia Legislativa diligenciará no senti-

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

do de que a sessão plenária do Parlamento Jovem transcorra no Plenário “Juscelino Kubitschek” e seja acompanhada por assessoramento técnico compatível com a evolução dos trabalhos, até o seu fi nal.

Artigo 4º - O Parlamento Jovem será composto de, no máximo, 94 (noventa e quatro) deputados estudantes.

§ 1º - Ao tomarem posse, os deputados do Parlamento Jovem prestarão o seguinte compromisso: “Prometo desempenhar fi elmente o meu manda-to, promovendo o bem geral do Estado de São Paulo dentro das normas constitucionais”.

§ 2º - Os trabalhos do Parlamento Jovem serão dirigidos por uma Mesa executiva, eleita pelos estudantes, composta por Presidente, Vice-Presi-dente, 1º e 2º Secretários.

§ 3º - A legislatura terá a duração de um dia, verifi cando-se o seu início com a diplomação, seguida da posse dos deputados e fi ndando-se com a redação de Autógrafos dos projetos aprovados na Ordem do Dia e publi-cação no “Diário da Assembléia”.

Artigo 5º - A Mesa da Assembléia Legislativa, mediante Ato, normatizará a consecução do “Programa da Cidadania” e, especialmente quanto ao Parlamento Jovem:

I - o cronograma das atividades de organização;

II - as orientações relativas aos procedimentos de inscrição e participação dos interessados;

III - a eleição dos jovens parlamentares no âmbito de suas respectivas escolas;

IV - as normas para a eleição da Mesa executiva; e

V - a realização dos trabalhos da sessão plenária.

§ 1º - O Presidente da Assembléia Legislativa nomeará uma Comissão Executiva, composta por Deputados Estaduais, encarregada de implemen-tar todos os procedimentos necessários para a realização da sessão do Parlamento Jovem, na forma do estabelecido neste artigo.

§ 2º - As demais atividades que venham a compor o “Programa da Cidada-nia”, orientar-se-ão para o conhecimento dos procedimentos legislativos, dos Partidos com representação na Assembléia, suas propostas políticas e das funções dos Líderes partidários.

Artigo 6º - O deputado do Parlamento Jovem, no exercício do seu mandato,

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poderá contar com a ajuda de um Estudante-Assessor Parlamentar, prove-niente do mesmo estabelecimento de ensino em que estiver matriculado.

Art. 7º - A Mesa da Assembléia Legislativa, visando ao bom andamento dos trabalhos do Parlamento Jovem e de outras atividades que venham a compor o “Programa da Cidadania”, poderá fi rmar convênios ou parcerias com órgãos públicos ou entidades privadas.

Artigo 8º - As despesas decorrentes desta Resolução correrão à conta de dotações próprias consignadas no orçamento vigente.

Artigo 9º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 2 de setembro de 1999.a) VANDERLEI MACRIS - Presidentea) Roberto Gouveia - 1º Secretárioa) Paschoal Thomeu - 2º Secretário

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Resolução nº 801, de 18 de Outubro de 1999

Dispõe sobre o arquivamento de proposições.

A Mesa da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, no uso da atribuição que lhe confere a alínea “j” do inciso II do artigo 14 da IX Con-solidação do Regimento Interno e nos termos do resolvido pelo Plenário, promulga a seguinte Resolução:

Artigo 1º - Serão arquivados os projetos de lei complementar, de lei ordiná-ria, de resolução e as moções apresentados em legislatura anterior e ainda não deliberados pelo Plenário, excluídos os de autoria do Governador do Estado, dos Tribunais Estaduais e do Procurador-Geral da Justiça.

Parágrafo único - O disposto no caput não prevalecerá, se houver solici-tação do próprio autor ou de Líder, em requerimento específi co para cada propositura, protocolizado perante a Mesa nos 15 (quinze) dias seguintes à publicação desta Resolução.

Artigo 2º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 18 de outubro de 1999.a) VANDERLEI MACRIS - Presidentea) Roberto Gouveia - 1º Secretárioa) Paschoal Thomeu - 2º Secretário

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Resolução nº 821, de 14 de dezembro de 2001 (*)

Cria o Instituto do Legislativo Paulista

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso da atribuição que lhe confere a alínea “j” do inciso II do artigo 14 da X Consolidação do Regimento Interno e nos termos do resolvido pelo Plenário, promulga a seguinte Resolução:

Artigo 1º - Fica criado, sob a denominação de Instituto do Legislativo Paulista, o Instituto de Estudos, Capacitação e Políticas Públicas do Poder Legislativo do Estado de São Paulo vinculado à Mesa Diretora, com sede na Assembléia Legislativa e os seguintes objetivos:

I - realizar estudos, pesquisas e debates para o desenvolvimento e aplicação de políticas públicas no Estado;

II - subsidiar os trabalhos parlamentares, oferecendo suporte técnico-temático à ação legislativa para defi nição de medidas que estimulem o desenvolvimento da sociedade paulista;

III - avaliar os resultados obtidos pela aplicação do Índice Paulista de Res-ponsabilidade Social - IPRS, criado pela Lei nº 10.765, de 19 de fevereiro de 2001, nos Municípios, com o fi m de propor medidas que contribuam para o desenvolvimento e a justiça social;

IV - realizar estudos, atividades e debates sobre o Estado, o Poder Legis-lativo, ética, cidadania e projetos de desenvolvimento, visando ao aprimo-ramento social e da democracia;

V - preparar, elaborar e acompanhar a implantação de convênios e proto-colos de cooperação técnica a serem fi rmados pela Assembléia Legislativa com outros institutos, órgãos públicos e universidades;

VI - propor ações legislativas na área de políticas públicas, objetivando maior interação do Poder Legislativo com a sociedade e o aperfeiçoamento da participação política;

VII - realizar, como atividade preparatória de cada legislatura e durante as sessões legislativas, seminários, cursos e eventos sobre o parlamento, a missão da instituição, o exercício do mandato, processo legislativo, atua-ção fi scalizadora e demais temas que ofereçam subsídios e instrumentos adequados à ação dos Deputados;

VIII - atuar em conjunto com o Departamento de Comissões da Assembléia

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Legislativa, visando ao levantamento de dados técnicos, à elaboração de estudos e pesquisas e à realização de eventos sobre temas de interesse do Poder Legislativo ou sobre projetos de lei em tramitação;

IX - atuar em conjunto com o Departamento de Recursos Humanos da Assembléia Legislativa, visando ao aperfeiçoamento e à capacitação pro-fi ssional dos servidores, através de convênios com instituições que atuem na área de estudos, pesquisas e ensino de políticas públicas e outros temas de interesse do Poder Legislativo;

X - implantar, através de convênios com instituições universitárias, cursos de especialização nas áreas de atuação do Poder Legislativo, destinados à qualifi cação de servidores e profi ssionais nestas áreas;

XI - realizar estudos, seminários, campanhas e debates, para orientar a legislação participativa e a iniciativa popular, capacitando lideranças sociais para acompanhar as ações da Assembléia Legislativa.

Parágrafo único - O disposto nos incisos II, IV, VI, VIII e IX não substituem ou eliminam as competências regimentais e constitucionais das Comissões Permanentes e Temporárias, e nem aquelas dos Departamentos e Divisões da Assembléia Legislativa previstas na Resolução nº 776, de 1996 e nos Atos n° 26, de 1996 e 1, de 1997, da Mesa, que dão suporte ao processo legislativo.

Artigo 2º - O artigo 1º, inciso I, da Resolução nº 776, de 14 de outubro de 1996, fi ca assim acrescido: ‘L - Instituto de Estudos, Capacitação e Políticas Públicas’.

Artigo 3º - O Instituto tem como órgãos de administração uma Diretoria, um Conselho Deliberativo e um Conselho Gestor.

Artigo 4º - A diretoria do Instituto é composta por três membros, sendo 1 (um) Diretor-Presidente e 2 (dois) Diretores-Executivos indicados pela Mesa da Assembléia Legislativa, sendo pelo menos um deles escolhido entre os servidores do Quadro Permanente do QSAL, com prejuízo do de-sempenho das atribuições de seus cargos efetivos, e que possuam nível superior completo.

§ 1º - As deliberações da Diretoria dar-se-ão por decisão colegiada.

§ 2º - A gestão da Diretoria coincidirá com o mandato da Mesa e poderá ser prorrogada até que novas indicações sejam concretizadas, não exce-dendo ao prazo máximo de 60 (sessenta) dias após o término do mandato, podendo haver recondução.

§ 3º - O Instituto terá apoio técnico das unidades administrativas da Assem-

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bléia Legislativa e será secretariado por Grupo de Apoio constituído por servidores do Quadro Permanente do QSAL, sendo permitida a participação de servidores colocados à disposição deste Poder.

Artigo 5º - O Conselho Deliberativo é integrado pelos membros da Diretoria, 1 (um) parlamentar representante de cada Partido Político com assento na Assembléia Legislativa, 1 (um) representante dos funcionários, eleito de forma direta entre seus pares, e 1 (um) membro representante de cada uma das universidades conveniadas com a Assembléia Legislativa.

Artigo 6º - O Conselho Gestor será formado pelos Secretários Gerais de Administração e Parlamentar, pelo Procurador Chefe, pelo Diretor do Departamento de Recursos Humanos e pelo Diretor do Departamento de Comissões, sem prejuízo do desempenho de suas funções.

Artigo 7º - As funções exercidas pelos membros do Conselho Deliberativo ou do Conselho Gestor, atinentes às atividades específi cas do Instituto, serão honorífi cas, consideradas de relevante interesse público e não re-ceberão remuneração de qualquer espécie.

Parágrafo único - A participação de servidor nesses Conselhos será con-siderada nos processos internos de avaliação.

Artigo 8º - A Mesa da Assembléia Legislativa regulamentará esta Resolução no prazo de 60 (sessenta) dias, estabelecendo o Regulamento Interno do Instituto.

Artigo 9º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 14 de dezembro de 2001.WALTER FELDMAN - PresidenteHAMILTON PEREIRA - 1º Secretário DORIVAL BRAGA - 2º Secretário

(*) Vide Ato da Mesa nº 25, de 01/04/2002 . Ato da Mesa nº 32, de 13/03/2003.

Ato da Mesa nº 84, de 20/11/200 .

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Resolução nº 822, de 14 de dezembro de 2001 (*)

Dispõe sobre a comprovação de despesas com o auxílio instituído pelo artigo 11 da Resolução nº 783, de 1º de julho de 1997 e dá outras providências.

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso da atribuição que lhe confere a alínea “j” do inciso II do artigo 14 da X Consolidação do Regimento Interno e nos termos do resolvido pelo Plenário, promulga a seguinte Resolução:

Artigo 1º - A aplicação do Auxílio-Encargos Gerais de Gabinete de Deputado e Auxílio-Hospedagem, devidos mensalmente, destinados a cobrir gastos com o funcionamento e manutenção dos gabinetes, previstos nos artigos 1º, inciso I, alínea “I” e 8º da Resolução nº 776/96, com hospedagem e de-mais despesas inerentes ao pleno exercício das atividades parlamentares, a que se refere o artigo 11 da Resolução nº 783, de 1º de julho de 1997, obedecerá, doravante, o contido na presente Resolução.

Artigo 2º - Toda despesa efetuada pelo Gabinete de Deputado da Assem-bléia Legislativa, de acordo com o artigo 11 da Resolução nº 783, de 1º de julho de 1997, deverá ser individual e adequadamente comprovada sob pena de não ser ressarcida.

Parágrafo único - A comprovação das despesas de que se trata será de responsabilidade do Deputado titular do respectivo Gabinete, ou do ocu-pante de cargo em comissão com lotação no gabinete do Deputado ao qual for atribuída a Gratifi cação de Assessor Chefe de Gabinete de Deputado, nos termos do artigo 92 da Resolução nº 776, de 14 de outubro de 1996, com a redação dada pela Resolução nº 783, de 1º de julho de 1997, ou ainda, de outro servidor designado pelo parlamentar para este fi m, mediante comunicado à Mesa da Assembléia Legislativa.

Artigo 3º - Ato da Mesa da Assembléia Legislativa estabelecerá as espé-cies de despesas a serem ressarcidas, bem como os procedimentos para a comprovação das despesas e o pagamento das mesmas.

§ 1º - Cada despesa efetivada, observada sua natureza, não poderá exce-der, mensalmente, o limite correspondente a 760 (setecentas e sessenta) UFESPs. (NR)

§ 1° com redação dada pelo art. 2° da Resolução nº 824, de 15/03/2002.

§ 2º - As contratações e aquisições realizadas com os recursos de que se trata serão de exclusiva responsabilidade do titular do Gabinete, sendo que a

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inadimplência do contratante com referência a estas despesas, em especial, com referência aos alugueres, encargos trabalhistas, previdenciários, fi scais e comerciais, não transfere à Assembléia Legislativa a responsabilidade sobre o seu pagamento.

Artigo 4º - Não serão objeto de ressarcimento as despesas efetuadas com aquisição de material permanente, assim considerado os de vida útil superior a dois anos.

Artigo 5º - Cabe única e exclusivamente à Mesa da Assembléia Legislativa, em caráter defi nitivo, avaliar e decidir sobre as contas dos Gabinetes dos Deputados e tudo o que a elas diga respeito.

Parágrafo único - Poderá ser delegada às Secretarias da Assembléia Le-gislativa a operacionalização dos procedimentos burocráticos necessários ao cumprimento do contido no caput deste artigo.

Artigo 6º - Esta Resolução será regulamentada por Ato da Mesa da Assembléia Legislativa, no prazo de 60 (sessenta) dias da data de sua publicação.

Artigo 7º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 15 de março de 2002.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 14 de dezembro de 2001. a) WALTER FELDMAN - Presidente a) HAMILTON PEREIRA - 1º Secretário a) DORIVAL BRAGA - 2ºSecretário

(*) Vide Ato da Mesa nº 02, de 15/02/2002.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Resolução nº 824, de 15 de março de 2002

Institui o Núcleo de Fiscalização e Controle e dá outras providências.

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso da atribuição que lhe confere a alínea “j” do inciso II do artigo 14 da X Consolidação do Regimento Interno e nos termos do resolvido pelo Plenário, promulga a seguinte Resolução:

Artigo 1º - Fica criado, vinculado à Mesa Diretora e a ela administrativa-mente subordinado, o Núcleo de Fiscalização e Controle, integrado por servidores do QSAL com atribuições de promover verifi cações, conferências, glosas e outras providências correlatas e necessárias para o processamento da documentação comprobatória apresentada por parlamentar para fi ns de ressarcimento de acordo com a legislação pertinente.

Parágrafo único - Compete à Mesa designar os servidores do Núcleo, inclusive o seu coordenador.

...........................................................................

Artigo 3º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 15 de março de 2002.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 15 de março de 2002.a) WALTER FELDMAN - Presidentea) Hamilton Pereira - 1º Secretárioa) Dorival Braga - 2º Secretário

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Resolução n° 839, de 14 de dezembro de 2004

Institui o Programa “Assembléia Popular” na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo e dá outras providências.(Projeto de Reso-lução n.º 26, de 2003).

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso da atribuição que lhe confere a alínea “j” do inciso II do artigo 14 da XI Consolidação do Regimento Interno e nos termos do resolvido pelo Plenário, promulga a seguinte Resolução:

Artigo 1º - Fica instituído o Programa “Assembléia Popular” na Assem-bléia Legislativa do Estado de São Paulo, que tem por escopo possibilitar ao cidadão locus público para a livre expressão de opinião política sobre assuntos de interesse da cidadania.

§ 1° - O Programa “Assembléia Popular” permitirá a todo e qualquer cidadão fazer uso da palavra às quartas-feiras, no período compreendido entre as 12h00 e 13h00, no Auditório Franco Montoro.

§ 2° - O Programa “Assembléia Popular” ocorrerá nos períodos estabeleci-dos pelo Artigo 9º, § 1º, da Constituição do Estado de São Paulo.

Artigo 2º - O uso da palavra na “Assembléia Popular” será assegurado mediante inscrição efetuada no mesmo dia e local em que se fi zer uso da palavra, obedecendo-se a ordem de chegada dos inscritos.

§ 1° - Cada orador inscrito terá direito a expressar-se durante o período máximo de dez (10) minutos.

§ 2° - É vedado o aparte ao orador, a cessão ou a permuta da palavra.

§ 3° - Transcorridos quinze minutos do horário estabelecido para o início da “Assembléia Popular”, não havendo oradores inscritos, não será ela instalada.

§ 4° - A “Assembléia Popular” será encerrada:

1 - esgotado o tempo destinado a sua duração;

2 - quando não houver mais oradores inscritos.

Artigo 3º - A utilização da tribuna na “Assembléia Popular” deverá obedecer aos princípios éticos e morais instituídos por esta Casa, sendo o orador responsável, civil e criminalmente, por todo e qualquer conteúdo expresso

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por intermédio deste Programa.

Artigo 4º - O Programa “Assembléia Popular” poderá ser transmitido pela TV Assembléia, em horário a ser defi nido.

Artigo 5º - A Mesa Diretora da Assembléia Legislativa baixará os atos necessários à execução desta resolução.

Artigo 6º - As despesas decorrentes da execução desta lei correrão à conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Artigo 7º - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 14 de dezembro de 2004.a) SIDNEY BERALDO - Presidentea) EMIDIO DE SOUZA - 1º Secretárioa) JOSÉ CALDINI CRESPO - 2º Secretário

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL INTERNA

Atos da Mesa

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Ato nº 2, da Mesa, de 13 de março de 2001

A Mesa da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições e considerando:

- Os investimentos efetuados para implementação do Sistema do Processo Legislativo - SPL, a aquisição de novos microcomputadores para os gabi-netes parlamentares, a expansão dos pontos de rede de computadores;

- A necessidade de a Assembléia Legislativa acompanhar os avanços tecnológicos na área gráfi ca, implementados pela Imprensa Ofi cial do Estado - IMESP, encarregada da publicação dos atos ofi ciais do processo legislativo estadual;

- Que a elaboração, pelos parlamentares, de pareceres e proposições já se dá por meio eletrônico e que a Assembléia Legislativa também dispõe de um programa denominado “Autor Elabora”, integrante do Sistema de Processo Legislativo (SPL), que permite a feitura e o envio de proposições à mesa para posterior publicação no “Diário da Assembléia”, também por meio eletrônico, tendo como origem os microcomputadores localizados nos próprios gabinetes parlamentares;

- Os benefícios advindos destas rotinas, notadamente: a) a fi dedignidade absoluta do documento enviado à publicação, que não será digitado de novo, mas impresso na forma originariamente apresentado; b) agilidade nas publicações; c) qualidade no serviço a ser prestado;

Determina:

Artigo 1º - A protocolização de proposições pelos parlamentares continuará sendo feita em papel, perante o “Protocolo da Mesa”, em observância ao artigo 114 da X Consolidação do Regimento Interno e demais fi ns regi-mentais.

§ 1º - Para efeito de publicação no “Diário da Assembléia”, as proposições de autoria parlamentar deverão ser enviadas à Mesa por intermédio do programa “Autor Elabora”, do Sistema do Processo Legislativo - SPL.

§ 2º - As proposições de autoria do Governador do Estado, do Tribunal de Justiça, do Tribunal de Contas e do Procurador-Geral de Justiça deverão ser acompanhadas de disquete contendo o inteiro teor, em meio eletrônico, da mensagem remetida em papel.

Artigo 2º - Os prazos para que os autores se adaptem ao disposto no § 1º do artigo anterior são os constantes do Anexo I deste Ato.

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Artigo 3º - Este Ato entrará em vigor na data de sua publicação.

Assembléia Legislativa, em 13 de março de 2001.

ANEXO I A QUE SE REFERE O ARTIGO 2º DO ATO Nº 2, DE 2001, DA MESA. Proposição Data

Projeto de Lei 31 de março de 2001

Projeto de Lei Complementar 31 de março de 2001

Proposta de Emenda à Constituição 30 de maio de 2001

Projeto de Resolução 30 de maio de 2001

Projeto de Decreto Legislativo 30 de maio de 2001

Moção 30 de maio de 2001

Indicação 30 de maio de 2001

Requerimento 30 de maio de 2001

Emenda 30 de maio de 2001

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Ato n° 2, da Mesa, de 15 de fevereiro de 2002

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições,

RESOLVE:

Artigo 1º - Nos termos do artigo 2º da Resolução nº 822, de 14 de Dezembro de 2001, toda despesa efetuada pelo Gabinete de Deputado da Assembléia Legislativa, de acordo com o artigo 11 da Resolução nº 783, de 1º de julho de 1997, deverá ser individual e adequadamente comprovada sob pena de não ser ressarcida.

Artigo 2º - Para os fi ns do disposto na Resolução nº 822, de 14 de dezembro de 2001, poderão ser ressarcidas despesas das seguintes espécies:

I - reparos de avarias mecânicas, manutenção e conservação, bem como de aquisição de combustível e lubrifi cantes, para o veículo de representação do Gabinete do Deputado;

II - extração de cópias reprográfi cas, digitais e similares;

III - aquisição de materiais de escritório, impressos e outros materiais de consumo para o Gabinete do Deputado e suas projeções;

IV - aquisição de livros e assinaturas de jornais, revistas e serviços de provedores de internet para as projeções de gabinete, inclusive;

V - aluguel de imóveis destinados às instalações das projeções dos Ga-binetes dos Deputados no Estado de São Paulo, previstas no artigo 2º da Resolução nº 806, de 28 de junho de 2000, bem como as despesas ordinárias de condomínio, água, telefones, gás, energia elétrica e tributos concernentes a esses imóveis; material de consumo; locação de móveis e equipamentos;

VI - contratação de pessoa física, desde que seja profi ssional liberal, ou de pessoa jurídica prestadora de consultoria jurídica, contábil e de auditoria para fi ns de apoio ao exercício do mandato parlamentar, tais como pesqui-sas, trabalhos técnicos, jurídicos e de auditoria, bem como outros serviços que guardem relação com o exercício do mandato;

VII - despesas com ligações pelo uso de telefonia móvel, cujos aparelhos sejam de propriedade do titular do Gabinete;(NR)

VIII - locomoção do titular do Gabinete e de seus servidores, compreen-

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dendo a aquisição de passagens, pedágios, combustíveis, lubrifi cantes, inclusive a locação de meios de transporte, desde que inviável a utiliza-ção de veículo de representação e, ainda, hospedagem, alimentação e estacionamento;(NR)

Incisos VII e VIII com redação dada pelo art. 1º do Ato da Mesa nº 04, de 30/01/2003.

IX - despesas efetuadas com expedição de cartas, telegramas e material gráfi co.

X - despesas com telefonia fi xa, a partir da 2ª linha instalada no Gabinete de Deputado.

§ 1º - Cada despesa efetivada, observada sua natureza, não poderá exce-der, mensalmente o limite correspondente a 760 ( setecentos e sessenta) UFESPS.

§ 2º - Não será objeto de ressarcimento qualquer despesa descrita neste ato, da mesma espécie daquela que venha a ser percebida a título remu-neratório pelo parlamentar.

§ 3º - Na locação de bens imóveis, móveis e equipamentos, não poderá ser aplicada a modalidade de “leasing”.

Artigo 3º - Fica instituído, vinculado diretamente à Mesa Diretora, a quem está subordinado administrativamente, o Núcleo de Fiscalização e Controle, integrado por servidores do QSAL, indicados pela Egrégia Mesa.

Parágrafo único - Para coordenar os trabalhos do órgão referido no caput deste artigo, a Mesa designará um dos servidores que integram o referido Núcleo de Fiscalização e Controle.

Artigo 4º - O órgão referido no artigo anterior terá como atribuições pro-mover verifi cações, conferências, glosas e outras providências correlatas e necessárias para o processamento da documentação comprobatória apresentada pelo parlamentar para fi ns de ressarcimento, de acordo com a legislação pertinente.

Artigo 5º - A solicitação de ressarcimento das despesas efetuadas, de-vidamente acompanhada dos documentos comprobatórios, será efetuada por meio de requerimento padrão, protocolizado e endereçado diretamente ao Núcleo de Fiscalização e Controle previsto neste Ato, instruído com a necessária documentação fi scal com a indicação pormenorizada das des-pesas, no qual o Deputado ou o servidor responsável, indicado nos temos do parágrafo único do artigo 2º da resolução objeto da presente regulamen-tação, atestará que as despesas foram realizadas em razão de atividade

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inerente ao exercício do mandato parlamentar e, ainda, que o serviço foi prestado ou o material recebido, assumindo plena responsabilidade pela veracidade e autenticidade da documentação apresentada.

§ 1º - Os pedidos de ressarcimento abrangerão as despesas efetuadas por período, apuradas a partir de 15 de março de 2002.

§ 2º - O primeiro período de apuração de despesas dar -se -á no período de 15 a 31 de março de 2002.

§ 3º - A partir de 1º de abril de 2002, o período de apuração de despesas será mensal, estendendo -se do primeiro ao último dia do mês de compe-tência.

§ 4º - No mês de março do ano do término do mandato parlamentar, o período de apuração para o deputado que deixar o mandato será do dia 1º ao dia 14 desse mês.

§ 5º - O limite do valor das despesas fi xado no artigo 11 da Resolução n.º 783, de 1º de julho de 1997, é mensal, permitida a sua acumulação, desde que o saldo remanescente seja utilizado dentro do mesmo exercício fi nanceiro.

Artigo 6º - O exame, pela Assembléia Legislativa, dos comprovantes de despesa apresentados limitar -se -á à sua regularidade fi scal e contábil, não implicando manifestação quanto à observância de normas eleitorais, tipicidade ou ilicitude.

Artigo 7º - De posse dos documentos comprobatórios das despesas, apre-sentados na forma prescrita pelo artigo 6º, o referido Núcleo de Fiscalização e Controle, no prazo de até 20 (vinte) dias, contados do seu recebimento, após examiná-los sob os aspectos fi scais e contábeis, mediante atestado expresso contendo o nome, cargo e matrícula do servidor e do coordena-dor do Núcleo de Fiscalização e Controle, emitirá relatório de liberação, remetendo -o diretamente ao Departamento de Finanças, para processar e efetuar o respectivo ressarcimento.

Parágrafo único - Os documentos comprobatórios de que trata o caput deste artigo, após constarem do relatório de liberação, permanecerão arquivados nas dependências do Núcleo de Fiscalização e Controle, que fi cará responsável pela sua guarda e conservação, pelo tempo mínimo de 5 (cinco) anos.

Artigo 8º - Os documentos comprobatórios de despesas não aptos ou tidos como em desacordo com as normas e diretrizes constantes deste Ato serão devolvidos pelo Núcleo de Fiscalização e Controle ao respectivo

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Deputado Titular de Gabinete, para as devidas correções e substituições, se e quando for o caso.

§ 1º - No caso de persistirem as divergências ou dúvidas na comprovação dos documentos apresentados, serão os mesmos encaminhados à Mesa Diretora, para os fi ns do disposto no artigo 5º da Resolução nº 822, de 14 de dezembro de 2001.

§ 2º - Os documentos relativos ao mês de competência que tiverem que sofrer correções e não forem reapresentados dentro do prazo previsto no artigo 8º serão incluídos na prestação de contas do mês subsequente, observado o disposto no § 5º do artigo 6º.

Artigo 9º - Será objeto de ressarcimento o documento:

I - pago, relacionado no requerimento padrão;

II - original, em primeira via, quitado com pagamento à vista, em nome do Deputado ou do servidor do Gabinete, nos termos do parágrafo único do artigo 2º da Resolução nº 822, de 14 de dezembro de 2001, ou ainda em nome do servidor lotado nesse Gabinete, emitido por quem prestou o serviço ou forneceu o material; e

III - entregue ao Núcleo de Fiscalização e Controle em até 5 (cinco) dias seguintes ao término dos respectivos períodos de apuração, na confor-midade do contido nos §§ 2º e 3º do artigo 6º deste ato, sob pena do respectivo valor a ser ressarcido ser incluído na prestação de contas do mês subsequente.

Parágrafo único - O documento a que se refere este artigo será:

1 - quando se tratar de pessoa jurídica:

Nota fi scal hábil segundo a natureza da operação, datada, emitida dentro do mês de competência, em nome do Deputado Titular do Gabinete ou do servidor por ele indicado, nos termos do artigo 2º da Resolução nº 822/2001, ou ainda em nome do servidor lotado nesse Gabinete, admitindo -se recibo comum acompanhado da declaração de isenção de emissão de documento fi scal com citação do fundamento legal; ou, ainda, cupom fi scal, desde que esclarecido pelo servidor responsável mencionado pela referida resolução, a origem, natureza discriminação e a quitação da despesa efetuada;

2 - quando se tratar de pessoa física:

Recibo devidamente datado e assinado, em nome do Deputado Titular do Gabinete ou do servidor por este indicado na forma descrita no item ante-rior, constando nome e endereço completos do benefi ciário do pagamento,

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número do CPF e da identidade e discriminação da despesa;

3 - isento de rasuras, acréscimos, emendas ou entrelinhas;

4 - datado e discriminado o serviço prestado ou material fornecido; e

5 - para a comprovação de despesa com contratação de profi ssional autô-nomo, o Recibo de Pagamento a Autônomo - RPA.

Artigo 10 - Não serão objeto de ressarcimento as despesas:

1 - efetuadas com aquisição de material permanente.

2 - cujos documentos, em especial os cupons fi scais emitidos por máquinas registradoras que não contenham todos os elementos que possam identifi car a origem, natureza e discriminação da despesa, devendo neste caso, ser observado o disposto no item 1 do parágrafo único do artigo 10.

Artigo 11 - De posse do relatório de liberação emitido pelo Núcleo de Fisca-lização e Controle, comprovando as despesas efetuadas, individualizadas por Gabinete de Deputado, o Departamento de Finanças terá o prazo de até 5 (cinco) dias, contados do seu recebimento, para processar e efetuar o ressarcimento das respectivas despesas.

Artigo 12 - O 1º pagamento da verba indenizatória será efetuado ao titular do Gabinete de Deputado, até o dia 30 de abril de 2002.

Artigo 13 - O 2º pagamento da verba indenizatória será efetuado, da mesma forma prevista no artigo anterior, até o último dia do mês de maio de 2002 e os demais pagamentos, sucessivamente, nesse mesmo dia dos meses subsequentes.

Artigo 14 - Este Ato entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 15 de março de 2002.

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Ato nº 5, da Mesa, de 12 de março de 2002

A Mesa da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições e considerando - as razões que fundamentaram a edição do Ato nº 2, de 13 de março de 2001, da Mesa, e os excelentes resultados obtidos com a utilização do programa “Autor Elabora” na produção e publicação de proposições; - que já é possível, com este mesmo programa, produzir pareceres; determina:

Artigo 1º - Para efeito de publicação no “Diário da Assembléia”, os Re-latórios Finais das Comissões Parlamentares de Inquérito, os pareceres aprovados pelas Comissões Permanentes e os exarados por Relatores Especiais deverão ser enviados à Mesa por intermédio do programa “Autor Elabora”, do Sistema do Processo Legislativo - SPL.

Artigo 2º - A juntada do parecer à respectiva proposição continuará sendo feita em papel devidamente assinado pelo(s) parlamentar(es).

Artigo 3º - Os prazos para que os autores se adaptem ao disposto no artigo 1º são os constantes do Anexo I deste Ato.

Artigo 4º - Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.

Assembléia Legislativa, em 12 de março de 2002 a) WALTER FELDMAN, PRESIDENTE a) HAMILTON PEREIRA, 1º SECRETÁRIO a) DORIVAL BRAGA, 2º SECRETÁRIO

Anexo I a que se refere o artigo 3º do Ato nº 5, de 2002, da Mesa Docu-mento Data Relatório Final de CPI 15 de março de 2002 Parecer de Relator Especial 31 de março de 2002 Parecer de Comissão Permanente 31 de março de 2002.

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Ato nº 25, da Mesa, de 01 de abril de 2002

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições, e considerando o disposto no artigo 8º da Re-solução n.º 821, de 14 de dezembro de 2001, APROVA o seguinte:

REGULAMENTO INTERNO DO INSTITUTO DOLEGISLATIVO PAULISTA

CAPÍTULO I

Da Instituição E Suas Finalidades

Artigo 1º - O Instituto de Estudos, Capacitação e Políticas Públicas do Poder Legislativo do Estado de São Paulo, denominado Instituto do Legislativo Paulista, criado pela Resolução n.º 821, de 14 de dezembro de 2001, é órgão vinculado à Mesa Diretora com sede na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

Artigo 2º - O Instituto do Legislativo Paulista tem por fi nalidade estudar, pesquisar e dar subsídios para os trabalhos parlamentares e ações legisla-tivas na área de políticas públicas; buscar a integração da sociedade com o Poder Legislativo e propiciar a capacitação e o aprimoramento profi ssional de seus servidores.

Artigo 3º - São objetivos do Instituto:

I - realizar estudos, pesquisas e debates para o desenvolvimento e aplicação de políticas públicas no Estado;

II - subsidiar os trabalhos parlamentares, oferecendo suporte técnico-temático à ação legislativa para defi nição de medidas que estimulem o desenvolvimento da sociedade paulista;

III - avaliar os resultados obtidos pela aplicação do Índice Paulista de Res-ponsabilidade Social - IRPS, criado pela Lei nº10.765, de 19 de fevereiro de 2001,nos Municípios, com o fi m de propor medidas que contribuam para o desenvolvimento e a justiça social;

IV - realizar estudos, atividades e debates sobre o Estado, o Poder Legis-lativo, ética, cidadania e projetos de desenvolvimento, visando ao aprimo-ramento social e da democracia;

V - preparar, elaborar e acompanhar a implantação de convênios e proto-colos de cooperação técnica a serem fi rmados pela Assembléia Legislativa

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

com outros institutos, órgãos públicos e universidades;

VI - propor ações legislativas na área de políticas públicas, objetivando maior interação do Poder Legislativo com a sociedade e o aperfeiçoamento da participação política;

VII - realizar, como atividade preparatória de cada legislatura e durante as sessões legislativas, seminários, cursos e eventos sobre o parlamento, a missão da instituição, o exercício do mandato, processo legislativo, atua-ção fi scalizadora e demais temas que ofereçam subsídios e instrumentos adequados à ação dos Deputados;

VIII - atuar em conjunto com o Departamento de Comissões da Assembléia Legislativa, visando ao levantamento de dados técnicos, à elaboração de estudos e pesquisas e à realização de eventos sobre temas de interesse do Poder Legislativo ou sobre projetos de lei em tramitação;

IX - atuar em conjunto com o Departamento de Recursos Humanos da Assembléia Legislativa, visando ao aperfeiçoamento e à capacitação pro-fi ssional dos servidores, mediante convênios com instituições que atuem na áreas de estudos, pesquisas e ensino de políticas públicas e outros temas de interesse do Poder Legislativo;

X - implantar, mediante convênios com instituições universitárias, cursos de especialização nas áreas de atuação do Poder Legislativo, destinados à qualifi cação de servidores e profi ssionais nestas áreas;

XI - realizar estudos, seminários, campanhas e debates, para orientar a legislação participativa e a iniciativa popular, capacitando lideranças sociais para acompanhar as ações da Assembléia Legislativa.

§ 1º - As competências do Instituto não substituem ou eliminam as com-petências regimentais e constitucionais das Comissões Permanentes e Temporárias, e nem aquelas dos Departamentos e Divisões da Assembléia Legislativa previstas na Resolução n.º 776, de 1996, e nos Atos nºs 26, de 1996 e 01, de 1997, da Mesa, que dão suporte ao processo legislativo.

§ 2º - Poderão assinar convênio com o Instituto, para os fi ns do disposto no inciso X deste artigo, instituições de ensino superior avaliadas positiva-mente pela Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior - CAPES, ou outro órgão que a venha substituir.

CAPÍTULO II

Da Estrutura

Artigo 4º - A estrutura administrativa do Instituto é integrada pelos se-

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guintes órgãos:

I - Conselho Deliberativo;

II - Diretoria;

III - Conselho Gestor.

SEÇÃO I

Do Conselho Deliberativo

Artigo 5º - O Conselho Deliberativo é composto por:

I - todos os membros da Diretoria;

II - um Deputado de cada Partido Político com assento na Assembléia Legislativa;

III - um representante eleito pelos funcionários;

IV - um representante de cada uma das universidades conveniadas com o Instituto.

§ 1º - O Conselho Deliberativo será presidido pelo Diretor-Presidente do Instituto.

§ 2º - As funções dos membros do Conselho Deliberativo serão consideradas de relevante interesse público, não sendo remuneradas.

Artigo 6º - Os Líderes dos Partidos farão a indicação de seus representantes no Conselho Deliberativo dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contados da posse da Diretoria.

Parágrafo único - No caso do Líder de Partido não efetuar a indicação no prazo, a Mesa o fará imediatamente.

Artigo 7º - O representante dos funcionários no Conselho Deliberativo será eleito diretamente pelo voto facultativo do conjunto dos servidores ativos do quadro da ALESP e exercerá a representação sem prejuízo das atribuições de seu cargo.

§ 1º - A eleição do representante dos funcionários será realizada pela Dire-toria do Instituto até o décimo quinto dia após a posse da Mesa.

§ 2º - A Diretoria fará publicar o Edital de Convocação no Diário da Assem-bléia, com antecedência mínima de 10 (dez) dias da data da eleição.

§ 3º - As inscrições serão realizadas junto à Secretaria do Instituto, em

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

data a ser fi xada no Edital de Convocação.

Artigo 8º - O Conselho Deliberativo reunir-se-á bimestralmente e poderá ser convocado extraordinariamente pela Diretoria ou por 1/3 (um terço) de seus membros.

Artigo 9º - Ao Conselho Deliberativo compete:

I - elaborar, com aprovação da maioria absoluta de seus membros, altera-ções ao Regulamento do Instituto e propô-las à Mesa Diretora;

II - estabelecer as diretrizes que deverão orientar a formulação do plano de trabalho do Instituto e suas prioridades;

III - aprovar a programação anual elaborada pela Diretoria do Instituto no prazo de 30 (trinta) dias contados de sua apresentação;

IV - analisar e aprovar relatório anual sobre os resultados obtidos pela aplicação do IPRS e as propostas elaboradas pela Diretoria nos termos do inciso VII do artigo 11;

V - aprovar as propostas elaboradas pela Diretoria para subsidiar os tra-balhos parlamentares;

VI - sustar, por decisão de 2/3 (dois terços) de seus membros, atos pra-ticados pela Diretoria comprovadamente irregulares ou considerados abusivos.

VII - apreciar relatório anual de atividades apresentado pela Diretoria.

Parágrafo único - Na hipótese da programação anual apresentada pela Diretoria não ser apreciada pelo Conselho no prazo estabelecido no inciso III, a proposta será submetida à apreciação e aprovação da Mesa Diretora dentro do prazo de 15 (quinze) dias.

Artigo 10 - As decisões do Conselho Deliberativo serão tomadas por maioria simples de votos, com quorum mínimo de 1/3 (um terço) de seus membros.

SEÇÃO II

Da Diretoria

Artigo 11 - A Diretoria compõe-se de 3 (três) membros, sendo um Diretor-Presidente e dois Diretores-Executivos, indicados pela Mesa.

§ 1º - Os membros da Diretoria devem ter nível de escolaridade superior completo.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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§ 2º - Um dos membros da Diretoria deverá ser indicado obrigatoriamente dentre os servidores efetivos do quadro permanente da ALESP.

§ 3º - Os membros da Diretoria exercerão suas funções com prejuízo das atribuições de seus cargos.

§ 4º - As deliberações da Diretoria dar-se-ão de forma colegiada e por maioria de votos.

Artigo 12 - Compete à Diretoria:

I - elaborar anualmente, até o fi nal do mês de janeiro o plano de atuação do Instituto, detalhando as ações que serão executadas visando à consecução de suas fi nalidades;

II - convocar reuniões extraordinárias do Conselho Deliberativo e do Con-selho Gestor;

III - organizar projetos de estudos, pesquisas, debates e seminários, visando ao desenvolvimento e aplicação de políticas públicas e ao aprimoramento social e da democracia;

IV - coordenar estudos com o objetivo de serem propostas ações legislativas que propiciem maior interação do Poder Legislativo com a sociedade;

V - desenvolver projetos voltados para lideranças sociais com orientação sobre legislação participativa e iniciativa popular;

VI - apresentar ao Conselho Deliberativo propostas que subsidiem os tra-balhos dos parlamentares, voltados ao desenvolvimento social;

VII - coordenar e supervisionar os trabalhos de avaliação dos resultados obtidos pela aplicação do IRPS e a elaboração de relatório anual conten-do as conclusões e apresentando propostas para melhorar o índice de desenvolvimento e justiça social dos municípios, que serão submetidas ao Conselho Deliberativo;

VIII - coordenar e supervisionar a preparação, elaboração e implantação de convênios e protocolos de cooperação técnica a serem fi rmados pela Assembléia Legislativa;

IX - realizar, na primeira quinzena de cada legislatura, seminários destina-dos aos Deputados abordando temas relativos ao exercício do mandato e organizar calendário de seminários e eventos que serão realizados durante toda a legislatura;

X - estabelecer com o Departamento de Comissões, no mês de janeiro

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de cada ano, o plano de atividades que serão desenvolvidas visando ao cumprimento do disposto no inciso VIII do artigo 1º da Resolução nº 821/2001, realizando ainda reuniões mensais para acompanhamento do trabalho conjunto;

XI - estabelecer com o Departamento de Recursos Humanos, no mês de janeiro de cada ano, o plano de atividades que serão desenvolvidas visan-do ao cumprimento do disposto no inciso IX do artigo 1º da Resolução n.º 821/2001, realizando ainda reuniões mensais para acompanhamento do trabalho conjunto;

XII- celebrar convênios, a serem ratifi cados pela Mesa, com instituições universitárias visando à realização de cursos de especialização nas áreas de atuação do Poder Legislativo, supervisionando sua execução;

XIII- indicar ao Departamento de Recursos Humanos os servidores que integrarão o Grupo de Apoio e solicitar ao Conselho Gestor, quando ne-cessário, o apoio técnico de outras unidades administrativas;

XIV - apresentar, ao fi nal de cada ano, relatório detalhado de atividades para apreciação do Conselho Deliberativo;

XV - dar ampla publicidade ao seu plano de trabalho anual e ao relatório de atividades.

Artigo 13 - A Diretoria terá apoio técnico das unidades administrativas da Assembléia Legislativa e será secretariada por Grupo de Apoio consti-tuído por servidores do quadro permanente da ALESP, que serão lotados no Instituto.

Art. 13 com redação dada pelo Ato n° 83, da Mesa, de 11/12/2002.

Parágrafo único - Será permitida a participação no Grupo de Apoio de servidores colocados à disposição do Poder Legislativo.

SEÇÃO III

Do Conselho Gestor

Artigo 14 - O Conselho Gestor compõe-se do:

I - Secretário Geral de Administração;

II - Secretário Geral Parlamentar;

III - Procurador Chefe;

IV - Diretor do Departamento de Recursos Humanos;

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V - Diretor do Departamento de Comissões.

Parágrafo único - Os membros do Conselho Gestor exercerão suas fun-ções sem prejuízo das atribuições de seus cargos e por elas não receberão remuneração de qualquer espécie, sendo essas funções consideradas como de relevante interesse público.

Artigo 15 - Ao Conselho Gestor compete assegurar o apoio técnico das unidades administrativas da ALESP às atividades do Instituto e elaborar propostas que contribuam para o cumprimento de seus objetivos.

Artigo 16 - O Conselho Gestor reunir-se-á ordinariamente por convocação da Diretoria e extraordinariamente por decisão da maioria absoluta de seus membros.

Parágrafo único - As deliberações do Conselho Gestor serão tomadas por maioria simples de votos, presente, pelo menos, a maioria absoluta de seus membros.

CAPÍTULO III

Disposições Gerais

Artigo 17 - A gestão dos órgãos de direção do Instituto coincidirá com o mandato da Mesa e poderá ser prorrogada até que novas indicações sejam concretizadas, não excedendo o prazo máximo de 60 (sessenta) dias após o término do mandato, podendo haver recondução.

Artigo 18 - A participação dos servidores como membros dos Conselhos Deliberativo e Gestor será considerada nos processos internos de avalia-ção funcional, computando-se, uma única vez, a cada ano 1 (um) ponto, que será somado à nota fi nal do servidor nos processos de progressão ou promoção.

Parágrafo único - Se o servidor tiver obtido a pontuação máxima nos referidos processos, terá preferência sobre os demais participantes no caso de empate.

Artigo 19 - Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Artigo 1º - No prazo de 5 (cinco) dias contados da publicação deste Ato, a Mesa designará os integrantes da primeira Diretoria e adotará as pro-vidências para a composição do Conselho Deliberativo e nomeação dos membros do Conselho Gestor.

Artigo 2º - Após tomar posse, a Diretoria indicará os servidores que cons-

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tituirão o Grupo de Apoio, providenciará o suporte técnico das unidades administrativas, necessário para o inicio de suas atividades e fará publicar, no prazo de 3 (três) dias, Edital de Convocação da eleição do representante dos servidores no Conselho Deliberativo.

Parágrafo único - Os candidatos terão prazo de 5 (cinco) dias para inscrição, contados da publicação do Edital de Convocação, devendo a eleição ser realizada pela Diretoria 10 (dez) dias após o encerramento das inscrições.

Artigo 3º - A Diretoria apresentará no prazo de 30 (trinta) dias, contados de sua posse, plano de atuação do Instituto para o ano de 2002.

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Ato da Mesa nº 32, de 13 de março de 2003

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições, considerando o disposto nos incisos IV, VI e XI do artigo 1º da RESOLUÇÃO nº 821, de 14.12.2001 que criou o Instituto do Legislativo Paulista - ILP, DECIDE:

Artigo 1º - Criar no âmbito do Instituto do Legislativo Paulista - ILP o Centro de Estudos da Democracia Participativa, com vistas a promover estudos, seminários, campanhas e debates, para orientar a legislação participativa e a iniciativa popular, a fornecer subsídios aos mecanismos de participação popular, como o orçamento participativo, a capacitar lideranças sociais para acompanhar as ações da Assembléia Legislativa e a ativar a cidadania.

Artigo 2º - No desenvolvimento da atividade prevista no artigo anterior o Instituto do Legislativo Paulista - ILP deverá buscar, através dos instru-mentos adequados, parcerias com a Sociedade Civil, ONG’s, Fóruns de Participação, Entidades Governamentais afi ns e de fomento, bem como com as Universidades.

Artigo 3º - Este Ato entrará em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICATIVA

Reconhecendo a necessidade e a importância do aperfeiçoamento da participação política, da ativação da cidadania e do desenvolvimento das atividades inseridas do contexto da chamada “democracia participativa”, como elementos de complementação e aperfeiçoamento de nosso modelo representativo, o plenário desta Casa, através da Resolução nº 821, de 14.12.2001, estabeleceu dentre os objetivos do Instituto do Legislativo Paulista - ILP, o seguinte:

“Artigo 1º

IV - realizar estudos, atividades e debates sobre o Estado, o Poder Legis-lativo, ética, cidadania e projetos de desenvolvimento, visando ao aprimo-ramento social e da democracia;

VI - propor ações legislativas na área de políticas públicas, objetivando maior interação do Poder Legislativo com a sociedade e o aperfeiçoamento da participação política;

XI - realizar estudos, seminários, campanhas e debates, para orientar a legislação participativa e a iniciativa popular, capacitando lideranças sociais para acompanhar as ações da Assembléia Legislativa.

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Diante disso, e considerando a relevância dessas atribuições a Mesa da Assembléia resolveu criar na organização do Instituto do Legislativo Paulista um núcleo específi co para a implementação e desempenho destas tarefas, do qual participem, com seu acúmulo e inserção na sociedade, entidades e organismos com histórico de atuação no desenvolvimento das atividades de que se trata, bem como a imprescindível contribuição do meio acadêmico com seus estudos relativos ao aprimoramento da democracia.

DE: 13.03.2003(Publicado 14/03/2003) Presidente

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Ato nº 40 da Mesa, de 02 de abril de 2003 (*)

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições, considerando a edição da Lei nº 10.935, de 19 de outubro de 2001, que instituiu o Fundo Especial de Despesa da Assembléia Legislativa, RESOLVE:

Artigo 1º - O Fundo Especial de Despesa da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, instituído pela Lei nº 10.935, de 19 de outubro de 2001, tem por objetivo, independentemente das dotações próprias consig-nadas pela lei orçamentária anual ao Poder Legislativo, assegurar recursos suplementares para a expansão e o aperfeiçoamento das atividades desen-volvidas no âmbito da Assembléia Legislativa, especialmente as atividades de que trata o artigo 2º dessa lei.

Artigo 2º - O Fundo será administrado por Grupo Gestor constituído por 5 (cinco) membros titulares e respectivos suplentes, designados pela Mesa, e sob a coordenação da Secretaria Geral de Administração, na seguinte conformidade:

a) 1 (um) servidor da Presidência, na qualidade de membro efetivo, e respectivo suplente;

b) 1 (um) servidor da 1ª Secretaria, na qualidade de membro efetivo, e respectivo suplente;

c) 1 (um) servidor da 2ª Secretaria, na qualidade de membro efetivo, e respectivo suplente;

d) 1 (um) servidor da Secretaria Geral de Administração, na qualidade de membro efetivo, e respectivo suplente; e

e) 1 (um) servidor da Secretaria Geral Parlamentar, na qualidade de membro efetivo, e respectivo suplente.

§ 1º - Os membros do Grupo Gestor exercerão suas funções sem prejuízo das atribuições de seus cargos e por elas não receberão remuneração de qualquer espécie, sendo essas funções consideradas como de relevante interesse público.

§ 2º - O Grupo Gestor reunir -se -á ordinariamente por convocação da Secretaria Geral de Administração, na pessoa de seu coordenador, e ex-traordinariamente por decisão da maioria absoluta de seus membros.

§ 3º - As deliberações do Grupo Gestor dar -se -ão de forma colegiada

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e serão tomadas por maioria simples de votos, presente, pelo menos, a maioria absoluta de seus membros.

§ 4º - Fica facultado ao Grupo Gestor valer -se de apoio técnico do Depar-tamento de Finanças para subsidiar suas deliberações.

§ 5º - A gestão do Grupo Gestor coincidirá com o mandato da Mesa e poderá ser prorrogada até que novas indicações sejam concretizadas, não excedendo o prazo máximo de 60 (sessenta) dias após o término do mandato, admitindo -se recondução. (NR)

Art. 2º com redação dada pelo Ato da Mesa nº 18, de 24/06/2005.

Artigo 3º - Por proposta do Fundo Gestor, a Mesa da Assembléia Legisla-tiva fi xará o plano de trabalho do Fundo, objetivando a aplicação dos seus recursos.

Artigo 4º - As receitas do Fundo obtidas na forma prevista no inciso V do artigo 3º da Lei nº 10.935, de 19 de outubro de 2001, não poderão ser uti-lizadas para o custeio de despesas correntes, conforme preceitua o artigo 44 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000.

Artigo 5º - Com relação à utilização da despesa, fi cam responsáveis os mesmos descritos na Resolução 776/96, alterada pela 783/97.

Artigo 6º - No prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da publicação deste, a Mesa da Assembléia Legislativa deverá constituir o Conselho Fiscal do Fundo, cujos membros deverão ser indicados na forma prevista no artigo 7º da Lei nº 10.935, de 19 de outubro de 2001.

Artigo 7º - Compete ao Grupo Gestor a elaboração do relatório de atividades e o respectivo balancete do Fundo, bem como sua publicação conforme artigo 6º da referida Lei.

Artigo 8º - Caberá à Mesa da Assembléia Legislativa, apreciar e aprovar previamente as contas do Fundo, após parecer prévio do Conselho Fiscal, submetendo-as ao julgamento do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Artigo 9º - Este Ato entra em vigor na data de sua publicação

(*) vide Decisão da Mesa nº 3856, de 03/09/2003.

(*) vide Ato da Mesa nº 04, de 23/02/2007.

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Ato nº 84, da Mesa, de 20 de novembro de 2003

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições, considerando o disposto nos incisos IV e VI do artigo 1º da RESOLUÇÃO nº 821, de 14.12.2001 que criou o Instituto do Legislativo Paulista - ILP, DECIDE:

Artigo 1º - Criar no Instituto do Legislativo Paulista - ILP o Centro de Estu-dos sobre a integração étnica e racial “PROFESSOR MILTON SANTOS”, denominado “CENTRO DE ESTUDOS PROFESSOR MILTON SANTOS”, com vistas a promover a refl exão, difusão e desenvolvimento das idéias relativas ao respeito pela diversidade e a necessidade de buscar bases comuns entre as civilizações e no seio das civilizações, a fi m de enfrentarem os desafi os comuns à humanidade que ameaçam os valores partilhados, os direitos humanos universais e a luta contra o racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata, através da cooperação, da parceria e da inclusão.

Artigo 2º - No desenvolvimento da atividade prevista no artigo anterior o Instituto do Legislativo Paulista - ILP deverá buscar parcerias com a sociedade civil, em especial com o Grupo de Funcionários Negros da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, com o Poder Executivo, particularmente, com a Secretaria de Estado da Justiça e Defesa da Cida-dania, bem como com as Universidades.

Artigo 3º - Este Ato entrará em vigor na data de sua publicação

SIDNEY BERALDOPresidente

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Ato nº 1, da Mesa, de 09 de janeiro, de 2004

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições, considerando a necessidade de dispor sobre a aplicação do limite máximo fi xado no artigo 8º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, no âmbito deste Poder, RESOLVE:

Artigo 1º - Para fi ns de aplicação do limite máximo fi xado no artigo 8º, da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, considerar-se-á, no âmbito desta Assembléia Legislativa, todas as parcelas remuneratórias que compõem o subsídio do Deputado Estadual, previsto na Lei nº 11.328/2002, a ser apurado em base anual, alcançando-se o valor mensal mediante a di-visão do total da remuneração anual do Deputado Estadual pelos 13 (treze) vencimentos percebidos pelos servidores anualmente. (NR)

Artigo 1º com redação dada pelo Ato nº 24 da Mesa, de 24/11/2004.

Parágrafo único - Para os integrantes da carreira de Procurador da Assem-bléia Legislativa do Estado de São Paulo, na ativa ou aposentados, bem como aos ocupantes de cargo de provimento em comissão privativo daqueles, o valor a ser considerado para fi ns de aplicação do limite máximo fi xado no artigo 8º, da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, é correspondente a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento da maior remuneração do Ministro do Supremo Tribunal Federal. (NR).

Parágrafo único com redação dada pelo Ato nº 24, da Mesa de 24/11/2004

Artigo 2º - Este Ato entrará em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus efeitos a 1º de janeiro de 2004.

SIDNEY BERALDOPresidente

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Ato n° 4, da Mesa de 01 de março de 2005

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais e considerando o disposto no artigo 5º da RESOLUÇÃO nº 839, de 14 de dezembro de 2004, que institui o Programa “Assembléia Popular”, RESOLVE:

Artigo 1º - As atividades do Programa “Assembléia Popular” realizar -se -ão entre 1º de dezembro de 2006 e 15 de dezembro de 2007, exceto nos períodos de recesso parlamentar, às quartas -feiras, das 12h00 às 13h00, no Auditório Franco Montoro.

§ 1º - A instalação do Programa “Assembléia Popular” ocorrerá na primeira quarta -feira do mês de dezembro de 2006

Art. 1º e § 1º com redação dada pelo art. 1º do Ato da Mesa nº 16, de 29/11/2006.

Nota: Art. 1º e § 1 º anteriormente alterados pelos Atos da Mesa nºs 19, de 29/06/2005 e 35, de 21/12/2005.

§ 2º - As atividades do Programa “Assembléia Popular” não ocorrerão nos feriados.

Artigo 2º - Compete ao Departamento de Comissões:I - reservar o Auditório Franco Montoro, nas datas e no horário previstos no artigo 1º; II - efetuar as inscrições dos oradores, dirigir e acompanhar as atividades do Programa “Assembléia Popular”.

Parágrafo único - No caso de haver, na data de publicação deste Ato, reserva realizada no Auditório Franco Montoro para os dias e no horário previstos no artigo 1º, a mesma será alterada, em comum acordo com o solicitante, para outra data ou horário.

Artigo 3º - As inscrições para o uso da palavra serão feitas no Auditó-rio Franco Montoro, nos dias estabelecidos no artigo 1º, das 11h15 às 11h45. (NR)

Art. 3º com redação dada pelo art. 2 º do Ato da Mesa nº 19, de 29/06/2005.

Artigo 4º - O Serviço de Audiofonia da Divisão de Apoio ao Plenário res-ponderá pela instalação de sistema de sonorização adequado para as atividades do Programa “Assembléia Popular”.

Artigo 5º - O uso da palavra no Programa “Assembléia Popular” será asse-gurado mediante inscrição efetuada no mesmo dia e local de sua realização e obedecerá a ordem seqüencial dos oradores inscritos.

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§ 1º - A inscrição será efetuada em formulário impresso confeccionado pelo Serviço Técnico de Editoração e Produção Gráfi ca da Divisão de Impren-sa, segundo o modelo constante do Anexo Único, que é parte integrante deste Ato.

§ 2º - Em cada edição do Programa usarão da palavra, no máximo, 20 (vinte) oradores. (NR)

§ 3º - Caso o número de inscrições ultrapasse a vinte, usarão da palavra, prio-ritariamente, àqueles inscritos pela primeira vez ou que não usaram da palavra no programa anterior, fi cando os remanescentes automaticamente inscritos no programa seguinte, em ordem seqüencial, a partir do número 1. (NR)

§§ 2º e 3º acrescentados pelo art. 3º do Ato da Mesa nº 19, de 29/06/2005, renume-rando-se os parágrafos seguintes.

§ 4º - Do formulário impresso constará declaração em que o inscrito assume total responsabilidade, civil e criminal, por suas palavras, opiniões e atos.

§ 5º - A orador assinará o formulário de inscrição com assinatura igual à da constante na Cédula de Identidade.

Artigo 6º - É vedado conceder a palavra a quem não esteja devidamente inscrito.

Parágrafo único - O preenchimento incompleto do formulário, previsto no § 1º do artigo 5º deste Ato, ou a ausência de assinatura confi gura-se como caso de inscrição indevida.

Artigo 7º - Cada orador inscrito terá direito a expressar-se durante o período máximo de dez minutos na tribuna existente no Auditório Franco Montoro.

§ 1º - Havendo, antes do início das atividades, mais de seis inscritos, o tempo total será igualmente dividido entre os previamente inscritos.

§ 2º - É vedado:

1 - o aparte ao orador;

2 - a cessão ou a permuta da palavra;

3 - a reinscrição do orador no mesmo dia;

4 - nova divisão de tempo após o início do evento, no caso previsto no § 1º deste artigo.

§ 3º - Findo o tempo concedido, o orador deverá se retirar da tribuna.

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§ 4º - Se o orador insistir em permanecer na tribuna, após o decurso do tempo concedido, o microfone será desligado e será convidado a ocupar a tribuna o próximo orador inscrito.

Artigo 8º - Transcorridos quinze minutos do horário estabelecido para o início das atividades do Programa “Assembléia Popular”, não havendo oradores inscritos, não será ela instalada.

Artigo 9º - A “Assembléia Popular” será encerrada:

I - esgotado o tempo destinado a sua duração;

II - quando não houver mais oradores inscritos.

Artigo 10 - Ao fi m de cada “Assembléia Popular” os formulários de inscri-ção serão encaminhados diretamente ao Serviço de Arquivo da Divisão de Protocolo Geral e Arquivo.

Parágrafo único - O Serviço de Arquivo organizará os formulários de inscrição em ordem cronológica e os manterá arquivados pelo prazo de cinco anos.

Artigo 11 - O Programa “Assembléia Popular” será gravado e transmitido pela “TV Assembléia”, no prazo máximo de três dias,obedecendo à con-veniência da programação.

Parágrafo único - Fica a Divisão de Rádio e Televisão autorizada a re-transmitir as atividades do Programa “Assembléia Popular” nos horários de transmissão diária da “TV Assembléia”.

Artigo 12 - Este Ato entra em vigor na data da sua publicação.

Vide Anexo Único ao Ato da Mesa nº 19 de 2005, próxima página.

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Ato nº 19, da Mesa, de 29 de junho de 2005

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais e considerando as atividades realizadas pelo Programa “Assembléia Popular”, no 1º semestre de 2005, resolve alterar o Ato nº nº 4 de 2005 da Mesa, na seguinte conformidade:

...........................................................................

Artigo 4º - A inscrição para o Programa “Assembléia Popular” será efetuada, em formulário impresso confeccionado pelo Serviço Técnico de Editoração e Pro-dução Gráfi ca da Divisão de Imprensa, segundo o modelo constante do Anexo Único, que é parte integrante deste Ato.

ANEXO ÚNICO AO ATO DA MESA Nº 19 DE 2005

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO

“ASSEMBLÉIA POPULAR”

Data: _____/______/2005 Inscrição nº :___________

Nome:__________________________________________ ___________

Entidade:___________________________________________________

E-mail: _____________________________________________________

Endereço:___________________________________________________ Com-plement0:__________________________Cidade ________________

UF ________ CEP____________-_______

Telefone________________________________________________

Doc. Identidade Nº _______________________________Tipo:___________

DECLARAÇÃO

Declaro estar ciente de que são de minha inteira responsabilidade as opiniões, palavras e atos por mim expressos na Tribuna da “Assembléia Popular” da As-sembléia Legislativa do Estado de São Paulo e por eles respondo, nos termos da legislação em vigor, civil e criminalmente.

São Paulo, ___ de ________ de 2005.

_____________________________________________________

(assinatura)

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Ato nº 04, da Mesa, de 23 de fevereiro de 2007

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 14, inciso li, letra a da XII Consolidação do Regimento Interno da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, em vista do disposto no art. 7º da Lei nº 10.935, de 19 de outubro de 2001, que criou o Conselho Fiscal do Fundo Especial de Despesas da Assembléia Legislativa do Estado de

São Paulo, RESOLVE adotar o presente regulamento de funcionamento do Conselho Fiscal, que se conduzirá de acordo com as seguintes regras:

Artigo 1º - A utilização dos recursos do Fundo Especial de Despesas da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo será fi scalizada por um Conselho Fiscal, nos termos do disposto pelo artigo 7º da Lei nº 10.935, de 19 de outubro de 2001.

§ 1º - O Conselho Fiscal será composto por membros indicados pelos par-tidos políticos com representação na Assembléia Legislativa, na proporção de um por Bancada, escolhidos dentre os servidores do QSAL.

§ 2º - As funções de Presidente do Conselho Fiscal serão exercidas por um Procurador da Assembléia Legislativa, indicado pelo Procurador -Chefe.

§ 3º - Comporá o Conselho um servidor com formação em Ciências Con-tábeis, indicado pelo Diretor do Departamento de Finanças da Assembléia Legislativa.

Artigo 2º - Recebidos na Procuradoria da Assembléia Legislativa autos de relatório de despesas e `receitas concernentes ao Fundo Especial de Despesas de que trata a Lei 10.935/2001, serão eles encaminhados pelo Presidente do Conselho ao membro do Conselho indicado pelo Departamen-to de Finanças da Assembléia Legislativa, para instruí-los com manifestação sucinta e conclusiva, sob o aspecto fi nanceiro -contábil, com sugestão de aprovação, rejeição ou solicitação de devolução dos autos à origem, para complementação da instrução.

Artigo 3º - Devidamente instruídos os autos de relatório de despesas e receitas, serão eles submetidos ao plenário do Conselho.

§ 1º - Os membros do Conselho Fiscal do FED-Alesp reunir-se-ão ordinaria-mente em local e horário pré-determinado, convocados p seu Presidente.

§ 2º - Todas as convocações serão realizadas por meio de publicação de edital no Diário Ofi cial da Assembléia Legislativa, com antecedência mínima

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

de cinco dias da data da reunião, em que constarão dia, hora e local, bem como a pauta de assuntos a serem submetidos ao plenário do Conselho.

Artigo 4º - O Presidente do Conselho Fiscal tomará assento à Mesa, à hora designada para o início da reunião e, verifi cada a presença da maioria absoluta de seus membros, declarará abertos os trabalhos.

Parágrafo único - Inviabilizada a abertura dos trabalhos em razão da au-sência de número mínimo de membros do Conselho, aguardar -se -á pelo menos trinta minutos e realizarse -á uma segunda chamada. A persistir a ausência de número mínimo de membros para a abertura dos trabalhos, o Presidente mandará lavrar ata em que constará o nome dos membros presentes e ausentes, e nova reunião será convocada, observado o §2º do artigo 3º.

Artigo 5º - É facultada a qualquer membro do Conselho, previamente ou durante as reuniões, a consulta de autos, bem como requerer cópias de seu conteúdo.

Artigo 6º - O Conselho deliberará por maioria simples de votos, presente, pelo menos, a maioria absoluta de seus membros.

Parágrafo único - Havendo empate, caberá voto de qualidade a seu Presidente.

Artigo 7º - Lavrar -se -á atas das reuniões do Conselho, que serão enca-minhadas pelo Presidente para publicação no Diário Ofi cial da Assembléia Legislativa.

Artigo 8º - Concluídos os trabalhos do Conselho Fiscal, os autos serão enviados à Mesa da Assembléia Legislativa para os fi ns do artigo 8º do Ato da Mesa nº 40/2003.

Artigo 9º - Este Ato entra em vigor na data da sua publicação.

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Cessão de espaço do edifício-sede do Poder Legisltativo

Ato nº 223, da Mesa, de 30 de abril de 1980

A Mesa da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, considerando a necessidade de melhor disciplinar a utilização dos Plenários José Bonifácio, Tiradentes e D. Pedro I, no uso das suas atribuições decide:

A cessão dos Plenários José Bonifácio, Tiradentes e D. Pedro I poderá ser autorizada pela Mesa mediante solicitação escrita de Deputado e desde que os trabalhos a serem neles realizados se desenvolvam com a presença do requerente durante toda a reunião e sob sua responsabilidade.

À Diretoria Geral, para os devidos fi ns.Mesa, em 30 de abril de 1980.Presidente

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Ato nº 26, da Mesa, de 21 de novembro de 1990

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições, DECIDE:

Artigo 1º - O Salão Nobre “23 de Maio” - MMDC (Hall Monumental) do Palácio “9 de Julho” será cedido para a realização de velório em caso de falecimento de Deputado ou ex-Deputado à Assembléia Legislativa, me-diante solicitação da família do falecido.

Parágrafo único - Aplicam-se, no que couber, as normas do cerimonial público da União ao Funeral.

Artigo 2º - A Diretoria Geral, em conjunto com o serviço de Cerimonial e Relações Públicas e com a Assistência Policial Militar, adotará providências para o fi el atendimento do disposto no artigo 1º, inclusive ornamentação fúnebre, colocando à disposição da família do falecido os serviços perti-nentes da Secretaria.

Artigo 3º - As despesas com funeral das autoridades referidas no artigo 1º correrão à conta do orçamento programa da Assembléia Legislativa, salvo se expressamente dispensadas pela família do falecido.

Artigo 4º - Este Ato entrará em vigor nesta data.

Palácio “9 de Julho”, e, 21 de novembro de 1990.TONICO RAMOS Presidente

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Ato nº 15, da Mesa, de 09 de setembro de 1991

A Mesa da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições, considerando a necessidade de disciplinar a cessão de dependências do edifício sede deste Poder, decide:

Artigo 1º - A cessão do Auditório “Senador Teotônio Vilela” e dos Plenários “José Bonifácio”, “Tiradentes” e “D. Pedro I”, observado o disposto no § 1º do artigo 1º da VI Consolidação do Regimento Interno desta Assembléia Legislativa, poderá ser autorizada pela Mesa, somente para utilização nos dias úteis e no período compreendido entre 9 horas (nove) e 23 horas (vinte e três), mediante solicitação escrita do Deputado ou do Líder de Partido Político, desde que os trabalhos se desenvolvam com a presença do reque-rente, durante toda a reunião, e sob sua inteira responsabilidade. (NR)

Art. 1° com redação dada pelo Ato da Mesa nº 34, de 01/12/1995.

§ 1º - Não serão concedidas as cessões aqui previstas em dias e horários em que ocorram reuniões das Comissões Permanentes e Especiais.

§ 2º - A Mesa, ante a demonstrada relevância do pedido poderá autorizar, excepcionalmente, sem observância dos requisitos contidos neste dispo-sitivo, a utilização das dependências citadas no caput deste artigo.

§ 3º - O Parlamentar solicitante deverá formalizar o seu pedido no prazo mínimo de até 5 (cinco) dias úteis anteriores à data da utilização das de-pendências pretendidas.

Artigo 2º - É vedada a cessão:

I - que direta ou indiretamente implique em atos de comércio.

II - que se destine à realização de convenção partidária.

III - do Plenário “Juscelino Kubitschek”, a qualquer título.

Parágrafo único - Observadas as exigências regimentais, o disposto nos incisos II e III deste artigo não se aplica à cessão para realização de evento de caráter estadual de Partido Político ou convenção regional, desde que mediante solicitação do Presidente da Comissão Executiva Regional (NR)

Parágrafo único acrescentado pelo Ato da Mesa nº 34, de 01/12/1995 e modifi cado pelo Ato da Mesa nº 2, de 27/01/1998

Artigo 3º - Este Ato entra em vigor na data da sua publicação, revogado o Ato nº 958/86 e Ato nº 21/89.À Diretoria Geral, para os devidos fi ns.Palácio “9 de Julho”, em 09 de setembro de 1991.CARLOS APOLINÁRIO, Presidente

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Ato nº 42, da Mesa, de 12 de dezembro de 2001 (*)

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO - “ALESP”, no uso de suas atribuições, considerando a necessidade de dar nova disciplina à utilização, por terceiros, das diversas dependências do edifício-sede do Poder Legislativo, RESOLVE:

Artigo 1º - A cessão de qualquer dependência do edifício-sede do Poder Legislativo para a realização de reuniões, palestras e outros eventos de cunho político, social, esportivo, artístico ou cultural, por parte de pessoas físicas ou jurídicas dependerá de prévia solicitação das partes interessadas e autorização da Egrégia Mesa.

Artigo 2º - Os pedidos deverão dar entrada no Gabinete da Presidência, endereçados por intermédio de parlamentar e datados com prazo não infe-rior a dez dias na data marcada para a realização do evento solicitado.

Parágrafo único - Não serão recebidos ou considerados os pedidos cujas datas não respeitem o prazo mínimo contido no caput deste artigo.

Artigo 3º - Na hipótese de aprovação do pedido, será lavrado termo de autorização de uso, a título precaríssimo, cujo conteúdo o parlamentar deverá tomar conhecimento e apor o seu “ciente”, conforme modelo de anexo único que integra o presente Ato.

Artigo 4º - Os pedidos para a realização de eventos que impliquem na montagem ou no manuseio de equipamentos mecânicos, elétricos, sonoros, acústicos, sanitários ou hidráulicos, ou que possam representar potencial de risco de sinistro, ou ainda possam causar interferência no funcionamento das instalações próprias da Assembléia Legislativa deverão ser acompa-nhados do respectivo projeto básico, o qual será submetido ao Grupo de Trabalho/Engenharia - GTE e ao Serviço Técnico de Medicina e Segurança do Trabalho, para análise e aprovação.

Parágrafo único - O interessado pelos eventos de que trata o caput deste artigo, sem prejuízo do disposto no artigo 3º, deverá apresentar à Assem-bléia Legislativa, sempre que solicitado, a respectiva apólice de seguro, cobrindo qualquer risco previsto pelos técnicos da ALESP.

Artigo 5º - A assinatura da autorização de uso, condição para a cessão de espaço, importará em responsabilidade pela observância das disposições deste Ato, especialmente quanto a:

I - assumir inteira responsabilidade pelos danos eventualmente causados

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à ALESP, aos seus servidores, à coisa ou propriedade de terceiro, em decorrência deste Ato, correndo a suas expensas os ressarcimentos e indenizações devidas;

II - assumir inteira responsabilidade pela limpeza e desocupação do espaço físico utilizado, inclusive com a retirada de faixas e cartazes, sem qualquer ônus à Alesp, a serem efetivadas imediatamente após a realização do even-to, de forma que o espaço esteja livre e desimpedido de pessoas e bens;

III - utilizar o espaço ora outorgado somente para os fi ns a que é destinado na autorização de uso, mantendo-o sempre em perfeito estado de uso e conservação;

IV - permitir, por todos os meios ao seu alcance, o mais amplo exercício da fi scalização pela Alesp, que terá livre acesso ao local objeto da autorização de uso, para a verifi cação de sua conformidade com a legislação vigente e as normas técnicas aplicáveis;

V - não utilizar quaisquer informações, dados, conhecimentos e resultados aos quais tenha acesso, nem divulgá-los sem prévia e expressa autorização por escrito da Alesp;

VI - utilizar ferramentas, equipamentos e materiais adequados, assim como pessoal especializado, quando estes se fi zerem necessários;

VII - responsabilizar-se pelo cumprimento das posturas municipais e es-taduais que, em função do evento ou atividade a ser desenvolvida, sejam de observância obrigatória;

VIII - não ceder ou transferir, total ou parcialmente, a presente autorização de uso.

§ 1º - Para o cumprimento das disposições deste artigo, a critério da Admi-nistração, poderá ser exigido do interessado garantia através de cheque-caução, cujo valor deverá ser também por ela estipulado, de acordo com o porte do evento a ser realizado.

§ 2º - Todas as despesas e ônus referentes à instalação, manutenção, fun-cionamento, aquisição de equipamentos, produtos, serviços, contratação de pessoal e outros, referentes aos eventos e atividades a serem desenvolvidas no espaço objeto da autorização de uso, serão de inteira responsabilidade do autorizado, incluídos os encargos trabalhistas, previdenciários, fi scais, comerciais, de transporte e seguro, inclusive aqueles relativos a impostos e taxas, bem como despesas e obrigações fi nanceiras de qualquer natureza, despesas operacionais, mão-de-obra, horas extras e adicionais noturnos de profi ssionais, auxílio-alimentação, auxílio-transporte e transporte local,

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sendo que sua inadimplência em relação a tais encargos não transferirá à Alesp o ônus pelo seu pagamento.

Artigo 6º - Os pedidos de cessão das dependências do prédio da As-sembléia Legislativa que impliquem nos procedimentos citados no artigo 4º, caso sejam autorizados, deverão ser supervisionados por técnicos da Alesp, os quais deverão acompanhar todo o desenvolvimento dos serviços realizados, a fi m de prevenir prejuízos às instalações da Casa.

Artigo 7º - Este Ato entra em vigor na data de sua publicação, aplicando-se as suas disposições também aos pedidos análogos já protocolados e que se encontram em tramitação na Casa, aguardando autorização, fi cando revogado o Ato da Mesa nº 35/2001.

ANEXO ÚNICO DO ATO DA MESA Nº 42/2001

AUTORIZAÇÃO DE USO

Aos —— dias do mês de ————————— do ano de dois mil e —— (——, o Palácio 9 de Julho), situado na Av. Pedro Álvares Cabral, nº 201, Bairro do Ibirapuera, nesta cidade de São Paulo, Capital, a ASSEMBLÉIA LEGIS-LATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, inscrita no CNPJ sob o nº ———, por este instrumento, OUTORGA a ——————————————, deputado pelo partido —————, ocupante do Gabinete sala nº ———, portador do RG nº ——————————— e CPF/MF nº ————————————, adiante denominado AUTORIZADO, a presente AUTORIZAÇÃO DE USO A TÍTULO PRECARÍSSIMO, nos termos do Ato da Mesa nº —————, do espaço localizado ————————, no dia ————, no período compre-endido entre ————————, com vistas à ————————.

————————————— Presidente

————————————— 1º Secretário

————————————— 2º Secretário

Declaro estar ciente das disposições contidas nesta autorização de uso e no Ato da Mesa nº ————, especialmente o seu artigo 5º.

———————————— AUTORIZADO (A) (ATO Nº42/2001)

(*) vide Ato da Mesa nº 61, de 29/08/2002

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Ato nº 29, da Mesa, de 25 de abril de 2002

Dispõe sobre as competências da cessão de quaisquer dependências do edifício-sede da Assembléia (Ato 42/02).

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições,

CONSIDERANDO a edição do Ato nº 42/2001, que permite a cessão, às pessoas físicas e jurídicas, das diversas dependências do edifício-sede do Poder Legislativo para a realização de reuniões, palestras e outros eventos de cunho social, político, esportivo, artístico e cultural,

CONSIDERANDO o grande número de pedidos que têm sido dirigidos à Assembléia Legislativa, os quais muitas vezes, em razão dos procedimen-tos administrativos e das rotinas burocráticas que envolvem à instrução desses expedientes, acarretam retardamento por parte da deliberação da Egrégia Mesa,

CONSIDERANDO, assim, a conveniência de descentralizar os procedimen-tos administrativos que envolvem os pedidos dessa natureza, de modo a agilizar a sua tramitação e decisão, RESOLVE:

I - DELEGAR COMPETÊNCIA para o Senhor Secretário Geral Parlamen-tar DECIDIR sobre as autorizações de uso de que trata o Ato nº 42/2001, quando os pedidos recaírem sobre os Plenários D. Pedro I, Tiradentes e José Bonifácio e os Auditórios Teotônio Vilela e Franco Montoro;

II - DELEGAR COMPETÊNCIA para o Senhor Secretário Geral de Adminis-tração DECIDIR sobre os pedidos de que trata o referido Ato nº 42/2001, quando envolver as demais dependências do Palácio 9 de Julho, não citadas no item anterior;

III - EXCETUAM-SE das delegações de competência referidas nos itens anteriores as autorizações de uso do Plenário Juscelino Kubitscheck, bem como as que envolvam a realização de qualquer procedimento descrito no artigo 4º do Ato nº 42/2001, cujos pedidos só poderão ser autorizados pela Egrégia Mesa.

Esse Ato entra em vigor nesta data.

Palácio 9 de Julho, em 25 de abril de 2002WALTER FELDMANPresidente

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Ato nº 51, da Mesa, de 20 de junho de 2002

Dispõe sobre termo de autorização para cessão das dependências da ALESP (anexo ao Ato 42/02).

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições, considerando a necessidade de coadunar a redação do Termo de Autorização de Uso de que trata o Anexo Único do Ato nº 42/2001, tendo em vista a edição do Ato nº 29/2002, que trata da delegação de competência da Egrégia Mesa para os Senhores Secretários Gerais de Administração e Parlamentar; RESOLVE:

Artigo 1º - Para fi ns do disposto no artigo 3º do Ato nº 42/2001 da Mesa, fi ca aprovado o modelo de Autorização de Uso constante do Anexo Único que integra o presente Ato.

Artigo 2º - Este Ato entrará em vigor na data de sua publicação, fi cando revogadas as disposições em contrário.

ANEXO ÚNICO DO ATO DA MESA Nº 42, DE 2001

AUTORIZAÇÃO DE USO

Aos _______ dias do mês de ______________ do ano de dois mil e _________ (20___), no Palácio 9 de Julho, situado na Av. Pedro Álvares Cabral, nº 201, Bairro do Ibirapuera, nesta cidade de São Paulo, Capital, a ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, inscrita no CNPJ sob o nº 59.952.259/0001-85 , por este instrumento, OUTOR-GA a __________________________________, deputado pelo partido ________, ocupante do Gabinete -sala nº ________, portador do R.G. nº _________________ e CPF/MF nº _______________________, adiante denominado AUTORIZADO, a presente AUTORIZAÇÃO DE USO, A TÍ-TULO PRECARÍSSIMO, nos termos do Ato da Mesa nº __________, do espaço localizado ________________________________, no dia _____, no período compreendido entre ________________________, com vistas à _______________________________.

_________________________

Presidente

_________________________

1º Secretário

_________________________

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2º Secretário

_________________________ ____________________________

Secretário Geral Parlamentar Secretário Geral de Administração

Declaro estar ciente das disposições contidas nesta autorização de uso e no Ato nº 42/2001, especialmente em seu artigo 5º.

______________________________________

Autorizado (a)

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Ato nº 61, da Mesa, de 29 de agosto de 2002

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições, considerando a necessidade de adaptação da Autorização de Uso de Espaço Comum da Assembléia Legislativa efetuada em período eleitoral, RESOLVE:

Artigo 1º - A concessão de Autorização de Uso de Espaço Comum da Assembléia Legislativa, efetuada em período eleitoral, deverá observar, além do teor do Ato da Mesa n.º 42, de 2001, os estritos termos da Lei Federal n.º 9.504, de 30 de setembro de 1997, que veda, em seu artigo 73, inciso I, a utilização de bens públicos em benefício pessoal de candidato, de partido político ou coligação, sem prejuízo das demais disposições de caráter disciplinar, civil, administrativo e penal.

Artigo 2º - A concessão da autorização de que trata este Ato se dará me-diante a lavratura dos competentes termos de Autorização de Uso e de Responsabilidade, conforme modelos em anexo.

Artigo 3º - Este Ato entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Assembléia Legislativa, emWALTER FELDMANPresidente

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL INTERNA

Pareceres Normativos

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Parecer nº 875, de 1992

Da Comissão de Constituição e Justiça, sobre a consulta formulada pelo nobre Deputado Fernando Silveira - Processo R.G. nº 2.980/92.

Deputado aprovado em concurso público

Conforme consta da peça preambular, o nobre Deputado Fernando Silveira prestou Concurso Público de Ingresso à série de Classes de Delegado de Polícia, da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, logrando aprovação e classifi cação, tendo sido em seguida nomeado nos termos da publicação de fl s. 03.

Sem prejuízo de sua nomeação e conseqüente posse no mencionado cargo, é intenção de Sua Excelência resguardar o mandato popular que atualmente exerce.

Diante dessa situação e tendo em vista o que estabelecem os artigos 54, inciso I, letra “b” da Constituição Federal, e 15, inciso I, letra “b”, da atual Carta Paulista, julga conveniente o ilustre parlamentar que esta Comissão de Constituição e Justiça se pronuncie sobre o assunto, como o fez ante-riormente, em casos análogos.

Para tanto, solicita o preclaro consulente a audiência deste órgão técnico, a fi m de opinar a respeito da matéria ventilada, apontando, ao mesmo tempo, o procedimento adequado a ser por ele adotado, sem ofensa aos referidos dispositivos constitucionais.

Por determinação do Senhor Presidente desta Augusta Casa, vem o pre-sente processo a este Colegiado para exame e manifestação.

Esta Comissão no fi nal da última legislatura, teve oportunidade de apreciar pedido semelhante formulado pelo então Deputado Randal Juliano Garcia, tendo aprovado parecer exarado pelo nobre Deputado Roberto Purini.

Considerando os termos daquele bem elaborado parecer, permitimo-nos usar os mesmo argumentos nele contidos para fundamentar o pronun-ciamento deste órgão nesta oportunidade, e o fazemos nos seguintes termos.

Cuida o citado artigo 54 da Constituição Federal, assim como o artigo 15 da Carta Estadual, de Incompatibilidades funcionais dos parlamentares, da seguinte forma:

“Art. 54 - Os Deputados e Senadores não poderão:

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

I - desde a expedição do diploma:

a) fi rmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;

b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego, remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades constantes da alínea anterior;”

Tais incompatibilidades têm a fi nalidade de impedir que os Deputados e Senadores (assim também os Deputados Estaduais) acumulem o exercício do mandato com outras funções públicas ou privadas incompatíveis com o bom desempenho de suas atividades parlamentares.

Decorrem elas do princípio constitucional da independência dos Poderes do Estado, e vêm sendo consignadas, com as necessárias alterações, desde a Constituição do Império.

Sobre esse consagrado princípio, assim se pronunciou Carlos Maximilia-no, citado por Pinto Ferreira - “Curso de Direito Constitucional” - 4ª Edição - Págs. 284/285;

“Arranca os poderosos uma arma de corrupção, outorga ao Parlamento mais um penhor de independência, assegura ao aparelho governamental uma garantia da divisão do trabalho.”

É bem verdade de que ver a norma invocada objetiva, sobretudo, assegurar ao parlamento a plena liberdade de pensar, falar e agir, protegendo-o da indébita interferência de outro Poder.

Atendo-se exclusivamente à sua literalidade, têm-se a impressão, de imedia-to, que a regra constitucional apresenta-se como intransponível barreira.

Essa não é, porém, a realidade.

Como podemos observar, o texto em foco fala em aceitar ou exercer car-go, função ou emprego remunerado da administração pública direta ou indireta.

Ora, aceitar, de acordo com os grandes dicionaristas pátrios, signifi ca receber, induz, portanto, recebimento pacífi co. Aceitar cargo, nessas cir-cusntâncias, pressupõe adesão à oferta de um cargo.

Não é esse, todavia, o caso em exame.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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A nomeação e a posse do nobre Deputado resultam de sua aprovação e classifi cação em Concurso Público. É um direito, não um favor.

São situações bem diferentes. O Concurso Público é da essência do Regime Democrático por assegurar a isonomia entre os candidatos e recrutar os que estão em melhores condições.

Vedar seus efeitos a um cidadão pelo simples fato de possuir um mandato eletivo não passa de odiosa discriminação.

Foi justamente por isso que o constituinte federal abriu exceção aos Governadores, de conformidade com o parágrafo único do artigo 28 da Constituição da República:

“Parágrafo único - Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V.”

O referido artigo 38 trata das disposições relativas ao servidor público em exercício de mandato eletivo:

“Artigo 38 - Ao servidor público em exercício de mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, fi cará afastado de seu cargo, emprego ou função;

...........................................................................

Como é fácil perceber, as normas constitucionais vedam tão-somente o exercício simultâneo do cargo público e do mandato eletivo. Tanto assim, que, uma vez afastado, poderá o parlamentar ser nomeado e tomar posse de seu cargo, sem perda do mandato, já que não se encontra em exercício.

Após a posse, retorna a exercer o mandato. É essa, por sinal, a fórmula preconizada para o Governador, nos termos do art. 28, parágrafo único, da Constituição Federal.

De conformidade com os pronunciamentos anteriores desta Comissão, em casos semelhantes, Processo RG nº 8622/68, Processo RG nº 1141/71 e Processo RG nº 7497/89, nos quais fi guraram como interessados os então Deputados Estaduais Orestes Quércia, Antonio Salim Curiati e Randal Juliano Garcia, respectivamente, permitindo-nos apontar o seguinte pro-cedimento:

1 - o ilustre Deputado consulente deverá licenciar-se desta Assembléia,

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

antes de sua posse;

1 - tomará posse, mas não entrará em exercício, fi cando afastado de seu cargo, nos termos do art. 38, inciso I, da Constituição Federal, re-tornando, ipso facto, a exercer seu mandato eletivo.

Convém registrar, nesta altura, que ao servidor público afastado em con-seqüência do exercício de mandato eletivo, serão aplicados, enquanto durar o afastamento, o que dispõem os incisos IV e V do referido art. 38 da Constituição da República.

É o nosso parecer, s.m.j..

Sala das Comissões, ema) Vicente Botta, RelatorAprovado o parecer do relator, informando sobre as providências neces-sárias.

Sala das comissões, em 13/05/92a) Edinho Araújo, Presidente

Edinho Araújo, Ricardo Trípoli, Vicente Botta, Marcelo Gonçalves, Luiz Carlos da Silva, Roberto Purini

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Parecer nº 1.024, de 1997

Da Comissão de Constituição e Justiça sobre o Processo RG Nº 4.154-97

Deputado, servidor público, opção por vencimentos

O nobre Deputado Carlos Henrique Focesi Sampaio, atualmente afastado do cargo de Promotor de Justiça, em face de sua convocação para o exercício do mandato de Deputado Estadual junto à Assembléia Legislativa do Esta-do de São Paulo, após arrazoar, comunicou ao Presidente da Assembléia Legislativa opção por seus vencimentos no Ministério Público e submeteu a referida opção à análise da Presidência, consignando que a decisão exarada por esta Casa Legislativa será acatada de imediato por S. Exa.

Por determinação do Senhor Presidente desta Augusta Casa, vem o pre-sente processo a este Colegiado para exame e manifestação.

1. O artigo 217 da Lei Complementar nº 734/93 - Lei Orgânica do Ministério Público, disciplinando o afastamento dos seus membros, enuncia hipótese para o exercício de mandato eletivo, conferindo direito à opção pelos ven-cimentos percebidos pela Promotoria de Justiça ou pela remuneração do cargo para o qual foi eleito. Como regra, os afastamentos dar-se-ão sem prejuízo dos vencimentos. A excepcionalidade contempla o direito à opção pelos vencimentos do mandato eletivo.

Referidas disposições legais têm a seguinte redação:

“Artigo 217 - O membro do Ministério Público poderá afastar-se do cargo para:

I - exercer cargo eletivo, nos termos da legislação pertinente;

II - exercer outro cargo, emprego ou função, de nível equivalente ou superior, observado o artigo 29, § 3º do Ato das Disposições Constitu-cionais Transitórias, da Constituição Federal;

III - freqüentar curso ou seminário, no País ou no exterior, de duração máxima de 2 (dois) anos;

IV - exercer cargo de Presidente, 1º Tesoureiro ou 1º Secretário em entidade de representação de classe do Ministério Público que atenda aos seguintes requisitos:

...........................................................................

§ 1º - Os afastamentos previstos neste artigo somente ocorrerão após a expedição do competente Ato do Procurador-Geral de Justiça, observa-do, quanto aos incisos II e III, o procedimento estabelecido nos incisos

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

XII e XVIII, do artigo 36, desta lei complementar.

§ 2º - Os afastamentos dar-se-ão sem prejuízo de vencimentos e demais vantagens do cargo, salvo, nos casos dos incisos I e II, quando o membro do Ministério Público optar pelos vencimentos do cargo, emprego ou função que venha a exercer”.

2 - O Ministério Público, a quem incumbe a defesa da ordem jurídica, teve o projeto de lei de sua Organização aprovado por mais da maioria absoluta dos membros do Poder Legislativo e promulga a sua Lei Orgânica pelo Sr. Governador, em 26 de dezembro de 1993, sem que se tenha inquinado de inconstitucional o estatuído no art. 217, supratranscrito.

3 - Por oportuno, cumpre frisar que a possibilidade de optar pela remune-ração do cargo eletivo é defendida pelos nossos doutrinadores de Direito Público, ao analisar o artigo 38 da Constituição Federal que, em seu inciso I, determina a obrigatoriedade do afastamento do servidor público, para o exercício de mandato eletivo federal, estadual ou distrital.

Celso Bastos assim se manifesta:

“Para os níveis federal, estadual ou distrital, nada é dito, do que se infere que a matéria está inteiramente à disposição do legislador ordinário.”

(Comentários à Constituição do Brasil, 3º vol., tomo III, Saraiva, 1992, p. 189).

Adilson Dallari também remete a disciplina da matéria à legislação ordinária, nestes termos:

“O inciso I estabelece que, em se tratando de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, o servidor fi cará necessariamente afastado de seu cargo, emprego ou função.

Nada diz o texto constitucional a respeito da possibilidade ou não de opção pela remuneração. Entendemos que diante disso a possibilida-de de optar pelos vencimentos ou salários vai depender da legislação a que esteja sujeito o servidor: se houver, aí, autorização para optar, poderá fazê-lo; se não houver tal autorização, deverá receber somente a remuneração correspondente ao exercício do mandato.

Em síntese, dependendo do que estiver disposto na legislação inerente ao servidor, poderá (ou não) haver opção...”

(Regime Constitucional dos Servidores Públicos, cf. Constituição Federal de 1988, Ed. RT, p. 113).

Portanto, à luz da doutrina supramencionada, nenhuma inconstitucionali-dade se vislumbra a eivar o art. 217 da Lei Complementar nº 734/93 - Lei Orgânica do Ministério Público, que permite a opção de vencimentos, sendo

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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certo que tal opção não encontra óbices no texto constitucional.

Por derradeiro, Celso Antônio Bandeira de Mello também sustenta a possi-bilidade de opção, apontando para um outro fundamento: a irredutibilidade de vencimentos, fi xada tanto para o servidor público em geral (art. 37, XV, C.F.) como para o membro do Ministério Público (art. 128, § 5º, I, “c” C.F.). Vale transcrever:

“No caso de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, o texto se limita a determinar o afastamento do servidor sem prever solução al-guma quanto à remuneração, presumindo, certamente, que a do cargo eletivo será maior. E se não for? A hipótese não é impossível perante as regras constitucionais. Cremos que não se lhe poderá negar o direito de opção pois seria absurdo que, para exercer mandato de deputado estadual ou distrital, por exemplo, o servidor devesse sofrer decréscimo em sua remuneração.”

(Regime Constitucional do Servidores da Administração Direta e Indireta, Ed. RT, 1990, ps. 75/76).

Portanto, tendo em vista que o texto constitucional não veda a possibilidade de opção, e que no caso em apreço a legislação de regência (Lei Com-plementar nº 734/93) permite que o membro do Ministério Público faça a opção, mesmo afastado, a conclusão é no sentido de que o requerimento inaugural pode ser atendido.

A partir dessa conclusão, entretanto, forçoso anotar que o nobre Parlamentar não fará jus a qualquer outra remuneração a não ser aquela decorrente do seu cargo no Ministério Público. Vale dizer, ajuda de custo, e compareci-mento a sessões extraordinárias não lhe poderão ser pagas, sob pena de instituir-se um sistema misto de remuneração, incorrendo em comulação, essa sim vedada pelo ordenamento constitucional pátrio.

Em suma: o Deputado optante não poderá receber qualquer parcela remu-nerada daquelas previstas no Decreto Legislativo nº 226/94.

4 - Concernente às faltas, entendemos que se deva proceder observando-se as peculiaridades da disciplina regimental acerca da matéria, e aplicando-se-lhe, para perda do mandato, o disposto no art. 16, III da Constituição do Estado.

a) Flávio Chaves - RelatorAprovado o parecer do relator, favorável ao processo.

Sala das Comissões, em 11/06/97.a) Cândido Galvão - Roberto PurinI - Hatiro Shimomoto - Waldir Cartola - Ferreira Neto - Flávio Chaves - Luiz Carlos da Silva - Duarte Nogueira.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Parecer nº 51, de 1998

da Comissão de Constituição e Justiça, sobre o Processo RG nº 132/98

Deputado eleito Vice-Presidente de Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Há impedimento constitucional ?

O nobre Dep. Pedro Dallari protocolizou no dia 19 de dezembro p. p. ex-pediente, dirigido ao Presidente da Assembléia, comunicando que (a) no pleito para renovação do Conselho Seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil realizado no mês de novembro p. p. fora eleito Con-selheiro, com posse prevista para o dia 2 de janeiro p.f.; (b) o Presidente eleito convidara-o para exercer a função de Vice-Presidente da Comissão de Direitos Humanos da seccional. Em seguida, solicitou ao Presidente da Assembléia consulta “sobre eventual existência de impedimento constitucio-nal ao exercício da atribuição mencionada”, tendo em vista o disposto nos artigos 15 e 54 da Constituição Estadual e da Federal, respectivamente.

Por determinação do senhor Presidente desta Augusta Casa, vem o pre-sente processo a este Colegiado para exame e manifestação com fulcro no artigo 31, § 1º da IX Consolidação do Regimento Interno da Assembléia Legislativa.

Trata-se de saber se a função de Vice-Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP caracteriza-se pela demissibilidade ad nutum e se a entidade está incluída dentre aquelas elencadas na alínea “a” do inciso I do artigo 15 da Constituição Estadual.

É que a norma constitucional prevista no inciso I do artigo 16 pune com a perda do mandato o Deputado que infringir qualquer das proibições es-tabelecidas no artigo que o antecede. Uma das vedações é a de que os parlamentares não poderão, desde a posse, ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades referidas na alínea “a” do inciso I do artigo 15: pessoa jurídica de direito público, autarquia, em-presa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público.

I - Da Demissibilidade ad nutum

1 - “Funcionário ad nutum é aquele que ocupa função de confi ança, de livre provimento e exoneração. Não comporta estabilidade. O funcionário se mantém na função enquanto seu superior hierárquico pode contar com sua lealdade. A perda da confi ança nele depositada determina de pronto seu afastamento. Na verdade, seria uma arma a ser utilizada pela Adminis-

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tração, no sentido de que a não-obtenção de voto favorável do parlamentar acarretaria a sua demissão do cargo ad nutum, é o magistério do jurista Celso Ribeiro Bastos in Comentários à Constituição do Brasil, 4º vol. Tomo I, Saraiva, 1995, p. 208.

Se nos reportarmos ao Regimento Interno da Seccional de São Paulo da OAB, poderemos, à singela leitura do § 3º do art. 102, açodadamente inferir que o Vice-Presidente da Comissão de Direitos Humanos é uma função demissível ad nutum, pois compete sua indicação ao Presidente do Con-selho Seccional. No entanto, no caput do próprio artigo explicita-se que a Comissão é integrada por vinte e sete membros também indicados pelo Presidente do Conselho Seccional, com referendo deste órgão, para exercer mandato (§ 2º ) coincidente com o dos Conselheiros. Portanto, assim como o Vice-Presidente, todos os demais membros da Comissão são indicados pelo Presidente do Conselho Seccional para um mandato.

“Artigo 102 - A Comissão de Direitos Humanos será integrada por vinte e sete membros, Conselheiros ou advogados, com mais de cinco anos de efetivo exercício profi ssional, indicados pelo presidente do Conselho Seccional, a referendo deste órgão.

§ 1º - A Comissão disporá de Secretaria exclusiva, composta por fun-cionários aproveitados do quadro de pessoal.

§ 2º - O mandato dos membros da Comissão coincidirá com o dos Conselheiros Seccionais.

§ 3º - A Presidência da Comissão caberá ao Presidente do Conselho Seccional, que indicará, dentre os membros deste, o Vice-Presidente, a quem competirá a escolha de um Secretário.

§ 4º - Os membros da Comissão exercerão suas funções sem qualquer remuneração, constando no prontuário individual o respectivo exercício, considerado de relevante interesse público.

§ 5º - O Presidente da Comissão será substituído em suas ausências ou impedimentos pelo Vice-Presidente, e este pelo Secretário, cujo substituto será o membro com a inscrição mais antiga na OAB.”

Ora, se se trata de mandato, e mandato coincidente com o dos conselheiros, não há de falar em demissibilidade ad nutum, uma vez que de acordo com o estatuído no artigo 56 do Regimento Interno da Seccional de São Paulo da OAB (Capítulo III, Das Comissões, Seção, Das Normas Genéricas), os membros desta Comissão Permanente, mesmo indicados pelo Presidente do Conselho Seccional, inclusive, portanto o Vice-Presidente, somente serão destituídos pelo voto da maioria absoluta do Conselho Seccional,

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

após prévia audiência e regular defesa. A destituição do mandato, ao contrário da exoneração, não é um ato que pode ser revogado ou anulado pela vontade de uma das partes, sem interferência da outra, vale dizer, ad nutum. Ela enseja prévia audiência, defesa regular e quorum qualifi cado do Conselho.

“Art. 56 - O Conselho e a Diretoria serão auxiliados e assessorados por Comissões Permanentes e Temporárias ou Especiais, integradas por Conselheiros, ou por estes e advogados designados pelo Presidente do Conselho Seccional, e eleitos pelo Conselho Seccional e por este destituíveis a qualquer tempo, pelo voto de sua maioria absoluta, após prévia audiência e regular defesa.”

2 - Mais. Mesmo que se admitisse não se tratar de mandato, mas de cargo ou função demissível ad nutum porque simplesmente é de indicação do Presidente do Conselho, sem tomar em conta os argumentos supra men-cionados, haveria de se registrar que se trata de uma função não criada por lei e com a observância do devido processo legislativo, mas tão-só prevista no Regimento Interno da Seccional de São Paulo da OAB, cuja elaboração e aprovação compete ao Conselho Seccional.

Todos os membros da Comissão de Direitos Humanos, inclusive seu Vice-Presidente, exercem suas funções sem qualquer remuneração.

É oportuno registrar, neste passo, que a OAB não mantém com órgãos da Administração Pública qualquer vínculo funcional ou hierárquico (Lei 8906/94, art. 44, § 1º), descartando-se, portanto, qualquer insinuação de condição que viria a propiciar vantagens para o parlamentar perante a Ad-ministração Pública, ou colocar em risco a liberdade e independência de suas atividades por estar atrelado a função hierarquicamente subordinada à Administração. A fi nalidade das proibições constitucionais - “proporcio-nar ao parlamentar um bom desempenho de suas funções” - não estaria cerceada se o Deputado viesse a exercer a função de Vice-Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP.

Juntamente com os demais membros da Comissão, indicado pelo Presi-dente do Conselho, a função de Vice-Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP afeiçoa-se perfeitamente ao exercício de mandato gratuito, com prazo coincidente com o dos Conselheiros seccionais.

II - Da Natureza Jurídica da Ordem dos Advogados do Brasil

Além dos aspectos já analisados, cumpre verifi car também a própria natu-reza jurídica da Ordem dos Advogados do Brasil.

1. A Lei nº 8906/94, novo Estatuto do Advogado, em seu artigo 44 defi ne

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a OAB como “serviço público, dotado de personalidade jurídica e forma federativa”.

O § 1º do mesmo artigo e Lei fi xou a autonomia da Ordem de modo expres-so, desvinculando-a totalmente da Administração Pública, com a seguinte redação:“A OAB não mantém com órgãos da Administração Pública qualquer vínculo funcional ou hierárquico.”

Este conceito, aliás, não é novo. Já constava da anterior Lei 4.215/63, cujo § 1º do artigo 139 estabelecia “não se aplicarem à Ordem as disposições legais referentes às autarquias ou entidades paraestatais.”

Paulo Netto Lôbo, em seus Comentários ao Estatuto de Advocacia, acentua: “O Estatuto estabelece que a OAB é serviço público, sem vínculo funcional ou hierárquico com órgãos da Administração Pública. Sua independência só encontra limites na subordinação à lei”. (Ed. Brasília Jurídica, 1996, 2ª ed., p. 176).

Em artigo publicado na Revista da OAB, ano XXVII, nº 64, Jan/Jun de 1997, Felicíssimo Sena e Luiz Fortini, respectivamente, Presidente e Assessor Jurídico da OAB-GO afi rmam: “Não é muito lembrar que a Ordem dos Ad-vogados não integra qualquer dos orçamentos da Administração Pública Brasileira, vivendo apenas e tão-somente das contribuições obrigatórias e facultativas daqueles que se acham inscritos em seus quadros... Vê-se, portanto, que à Ordem não se deve dar tratamento de autarquia sob qual-quer aspecto”.

2 - Este entendimento não é recente, e resulta também do próprio orde-namento jurídico. Sob a égide do governo militar, o Decreto-Lei nº 968, de 13 de outubro de 1969, em seu artigo 1º dispunha: “As entidades criadas por lei com atribuições de fi scalização do exercício de profi ssões liberais que sejam mantidas com recursos próprios e não recebam subvenções ou transferências à conta do orçamento da União, regular-se-ão pela respec-tiva legislação específi ca, não se lhes aplicando as normas legais sobre pessoal e demais disposições de caráter geral, relativas à administração interna das autarquias federais”.

3 - Resulta claro, portanto, que a OAB, por sua peculiar natureza jurídica, não se equipara às autarquias ou a qualquer outro ente paraestatal e, em conseqüência, não se inclui no rol das pessoas jurídicas elencadas no ar-tigo 54, I, “a” da Constituição Federal e no artigo 15, I, “a” da Constituição Estadual.

Não havendo nenhuma subordinação da OAB ao Poder Público, visto que se trata de organização não governamental, as vedações constitucionais não incidem sobre o caso em exame.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Ademais, se o escopo dos impedimentos é justamente garantir a indepen-dência dos Poderes e o livre exercício do mandato parlamentar, deixando-o imune a pressões do Executivo, há que se constatar que do exercício do mandato de Vice-Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP, nenhum cerceamento à atividade parlamentar advirá, e nem tampouco lhe propiciará interferências ou injunções em outro Poder, vez que inexiste relação de subordinação da Ordem para a Administração Pública.

É o parecer.

a) Flávio Chaves, RelatorAprovado o parecer do relator, favorável à proposição.

Sala das Comissões, em 11/02/98.

a) Cândido Galvão, Presidente

Cândido Galvão - Maria do Carmo PiuntI - Luiz Carlos Silva - Flávio Cha-ves - José Eduardo Ferreira Netto.

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL INTERNA

Questões de Ordem

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Questão de Ordem n.º 11

Autor: Deputado Vanderlei Macris

145ª Sessão Ordinária – 30/05/90

O SR. VANDERLEI MACRIS – PSDB – Para uma questão de ordem - Sr. Presidente, V.Exa. acaba de levar a votos o item 7, portanto, constando quorum regimental para a aprovação do presente projeto de lei.

Tendo em vista que para o item 1 não constou quorum regimental, V.Exa. tendo votado o último item, entendemos que, regimentalmente, deve ser retomada a votação do item primeiro da pauta.

O SR. PRESIDENTE - VICENTE BOTTA - PTB - Nobre deputado Vanderlei Macris, a Presidência informa que não pode dar razão a V. Exa., infelizmen-te, dado que o mesmo projeto não poderá sofrer duas votações na mesma sessão. Já foi votado, não houve quorum e permanece adiada a votação.

O SR. VANDERLEI MACRIS - PSDB - Sr. Presidente, que V. Exa. invocasse o artigo do Regimento Interno que relata isso, porque V. Exa. sabe tanto quanto nós, ao longo da experiência nesta Casa, que fi cou assentado em todo o tempo de votação nesta Casa que, havendo quorum na votação do último item da pauta, a Presidência necessariamente deve colocar em votação o item anterior que não obteve quorum regimental.

Sr. Presidente, esse é o entendimento desta Liderança.

O SR. PRESIDENTE - VICENTE BOTTA - PTB - A Presidência lamenta discordar novamente de Vossa Excelência. Em primeiro lugar, porque a decisão da Presidência não poderia ser contestada nesta mesma sessão; em segundo lugar, porque houve entendimento entre as lideranças e, nes-sa hipótese, o projeto não voltaria a ser colocado em votação na mesma sessão. A Presidência mantém a decisão e informa a V. Exa. que, tendo decidido, não submeterá mais o problema à discussão em Plenário.

O SR. VANDERLEI MACRIS - PSDB - Sr. Presidente tenho maior respeito por Vossa Excelência; admiro o trabalho de V. Exa. principalmente quando na Presidência da Casa, mas confesso que não fui consultado para o en-tendimento de lideranças que V. Exa. coloca. Evidentemente, gostaria de indagar, em questão de ordem, se essa decisão é da Presidência ou está invocado algum artigo do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE - VICENTE BOTTA - PTB - Nobre Deputado Vanderlei Macris, o mesmo respeito que V. Exa. dedica esta Presidência, dedico-o a

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V. Exa. como Deputado e Líder do PSDB. Mas lembraria a V. Exa. a deci-são adotada em reunião de Líderes e lida pelo Presidente em 25 de abril de 1983: “Nenhuma proposição será submetida a mais de um processo de votação na mesma sessão”. Portanto, fi ca mantida a decisão da Presidência. V. Exa. permitirá que não se discuta mais sobre este problema, eis que o assunto já foi decidido soberanamente pela Presidência.

O SR. VANDERLEI MACRIS - PSDB - Sr. Presidente, peço a palavra, pela ordem.

O SR. PRESIDENTE - VICENTE BOTTA - PTB – Sobre outro assunto V. Exa. terá a palavra.

O SR. VANDERLEI MACRIS - PSDB - Sr. Presidente, apenas para es-clarecimento, quando V.Exa. disse que eu não participei dessa reunião de líderes, V.Exa. pôde constatar que ela foi realizada em 1983; portanto este Deputado não era líder naquela ocasião e não poderia ter participado dessa decisão.

Então, aceito a decisão de V.Exa. como Presidente da Casa e não em função de determinação regimental.

SR. PRESIDENTE - VICENTE BOTTA - PTB - A Presidência agradece V.Exa. e lamenta que V.Exa. não tenha sido líder, àquela época. Eis que V.Exa. é sempre um líder presente.

A Presidência ainda informa a V.Exa. que, posteriormente, houve uma outra decisão, no dia 2 de maio de 1988, a propósito da mesma matéria. V.Exa. continua sendo o mesmo líder e merecendo sempre o mesmo respeito e a consideração desta Presidência.

Esgotado o objeto da presente sessão, esta Presidência passa a anunciar as Ordens do Dia para as sessões ordinárias de amanhã, à hora regimental: para a primeira sessão, das 14 horas, a mesma Ordem do Dia da sessão de hoje; para a sessão das 17 horas: Discussão e votação do Projeto de Lei, n.º 312/89, remanescente da sessão de hoje.

O SR. VANDERLEI MACRIS - PSDB - Sr. Presidente, esta liderança soli-citou uma questão de ordem no início da sessão ordinária, em relação ao momento em que pensa a Presidência inserir na segunda sessão ordinária de amanhã, em aditamento, o Projeto de Lei, n.º 69/90, uma vez que re-gimentalmente consta ele estar com parecer da Comissão de Justiça pela inconstitucionalidade, portanto o entendimento de que haveria necessidade de votação prévia.

Gostaria de indagar de V.Exa. se será ou não aditado, para a sessão ordi-

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nária de amanhã, o Projeto de Lei n.º 69/90.

O SR PRESIDENTE - VICENTE BOTTA - PTB - Esta Presidência informa a V.Exa. que, conforme esclareceu o ilustre Deputado Sylvio Martini, quando exercia a Presidência, é da competência do Presidente efetivo da Casa a decisão desta matéria. Portanto, para que se não pense que a Presidência estaria evitando o cumprimento de uma discussão regimental, a Presidência, antes de encerrar a sessão, suspende-a até as 19 horas e 25 minutos.

Na reabertura dos trabalhos a Presidência deverá dar solução do problema e, na hipótese, aditar o projeto a que se refere V. Exa.

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Questão de Ordem nº 13

Autor: Deputado Barros Munhoz

147ª Sessão Ordinária – 31/05/90

O SR. BARROS MUNHOZ - PTB - Sr. Presidente, o Projeto de lei n.º 69, de 1990, de iniciativa do Egrégio Tribunal de Justiça, mereceu por parte deste Deputado, que foi relator especial, e que se manifestou em substi-tuição à douta Comissão de Constituição e Justiça com parecer contrário quanto aos aspectos que lhe competia opinar. Tendo V.Exa. respondido à questão de ordem do nobre Deputado Vanderlei Macris no sentido de que será colocado na Ordem do Dia para discussão e votação prévia do parecer deste Deputado, outras questões despontam e que, por sua relevância, merecem igualmente interpretação decisiva, são as seguintes:

O artigo 179 do nosso Regimento elenca as oportunidades em que qual-quer proposição poderá receber emenda, entre elas ressalto a do Inciso II do dispositivo que possibilita a apresentação de emenda ao iniciar a discussão. Considerando pois o texto referido, que não é restritivo a início de discussão de proposição com instrução completa e interpretando à luz da nossa sistemática regimental, pergunto:

Entende V.Exa. regimental a admissibilidade de apresentação de emendas ao Projeto de lei n.º 69 de 1990, ao início da discussão e votação prévia desde que condicionado ao cumprimento do § 2º, do artigo 178?

Neste caso, se positiva a resposta anterior, se faz a interpretação de V.Exa. sobre a aplicabilidade do parágrafo único, do artigo 179, ou seja, se regi-mental é a apresentação de proposta de alteração ao projeto pelo autor da iniciativa, o Tribunal de Justiça, já que retorna a matéria a depender de parecer da Comissão de Constituição e Justiça?

São estas Sr. Presidente, as questões que, respeitosamente, suscito.

O SR. PRESIDENTE - TONICO RAMOS - PMDB - Nobre Deputado Barros Munhoz, sendo a questão de ordem relevante e dependendo de interpre-tação, a Presidência responderá oportunamente.

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Resposta da Questão de Ordem n.º 13

Presidente: Tonico Ramos

17ª Sessão Extraordinária – 13/06/90

O SR. PRESIDENTE - TONICO RAMOS - PMDB - Srs. Deputados, o nobre Deputado Barros Munhoz, em sessão realizada no dia 31 de maio próximo passado, suscitou questão de ordem concernente à tramitação do Projeto de lei n.º 69 de 1990, de iniciativa do Tribunal de Justiça.

Indagou o nobre Deputado se, à luz da nossa sistemática regimental é admissível a apresentação de emendas ao início da discussão e votação prévias, desde que condicionado ao cumprimento do § 2º do artigo 178, a assinatura de metade, no mínimo, de membros da Assembléia subscreven-do-as. Em caso positivo, a resposta à indagação reabriria a possibilidade de alteração ao projeto pelo autor, o Tribunal de Justiça.

A Presidência passa a responder as questões de ordem.

O artigo 179, inciso II, da VI Consolidação do Regimento Interno, estabelece: “As proposições poderão receber emendas nas seguintes oportunidades:

(Manifestações nas galerias, o Sr. Presidente faz soar a campainha).

- A Presidência solicita aos senhores presentes, já que este Parlamento os respeita em todos os momentos, que individualmente respeitem cada Deputado. Uma manifestação de vocês dará a oportunidade de fazermos aquilo que o Parlamento não quer. Encarecidamente faze-mos esse apelo.

II - Ao iniciar a discussão, devendo, neste caso, ter o apoio de um quinto pelo menos dos membros da Assembléia e ser comunicado ao Plenário”.

Em 24 de maio de 1988, na 112.ª sessão ordinária, em resposta a uma questão de ordem também do nobre Deputado Barros Munhoz, a Presi-dência assentou algumas premissas:

É ciência geral que os projetos normalmente sofrem uma única discussão, que evidentemente versa tanto sobre a constitucionalidade e legalidade da matéria quanto sobre o seu mérito, isto é, conveniência e oportunidade.

Relativamente aos projetos que recebem parecer contrário da Comissão de Constituição e Justiça, o Regimento Interno, no entanto, em atenção até mesmo ao princípio da economia processual, desdobra a apreciação

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do Plenário sobre a matéria dos projetos em duas fases. A primeira, sobre constitucionalidade e legalidade; a segunda; sobre a sua conveniência e oportunidade, isto porque, diante do parecer contrário da Comissão de Constituição e Justiça quanto à constitucionalidade e legalidade da maté-ria versada no projeto, cumpre desde logo verifi car qual o entendimento do Plenário a respeito desse mesmo assunto, antes de prosseguir na tramitação. O Plenário, portanto, delibera sobre matéria do projeto quanto aos aspectos de constitucionalidade e da legalidade. Se o projeto passar incólume por esse crivo, ele, projeto, prosseguirá em sua tramitação; caso contrário, será arquivado desde logo, rejeitado que foi.

Uma análise meramente gramatical do dispositivo já não recomendaria o recebimento de emendas ao se iniciar a discussão e votação prévia. Se o legislador regimental quisesse prever essa oportunidade de aceitação da emenda, tê-la-ia explicitado e não o fez.

Mas não é só. Na perspectiva de uma interpretação lógico-sistemática, objetivando encontrar o sentido teleológico do dispositivo regimental, evidencia-se que a fi nalidade da apresentação de emendas, ao se iniciar a discussão, não compreende o início da discussão e votação prévia do projeto quanto à constitucionalidade. É que ao se admitir emendas nessa fase, ainda que sob a égide de sanar a inconstitucionalidade do projeto, estar-se-ia criando “tumulto” no processo. “E toda a idéia de processo é essencialmente teleológica, visto que aponta para uma meta de chegada “. Haveria tumulto porque, antes mesmo, de a matéria principal passar pelo crivo de ser aprovada quanto à sua constitucionalidade, admitir-se-iam emendas acessórias que são a matéria principal., desatendendo-se até o princípio da economia processual, pois a discussão do projeto seria adiada, retornando para a Comissão apreciar as emendas.

À luz dessas ponderações, sendo e tendo em vista que esta Presidência não encontrou precedente nesse sentido, entende que não cabe emendas ao se iniciar a discussão e votação prévia quanto à constitucionalidade, mesmo porque as proposições serão apreciadas e decididas pelo Plenário num único turno de discussão e votação. E a excepcionalidade da discussão e votação prévia da constitucionalidade do projeto não prevê expressamente a admissibilidade de emendas na oportunidade em que se iniciar a sua discussão. É prevista a admissão de emendas, e assim tem sido praxe, quando o projeto estiver com sua instrução completa, depois de ter passado por todas as comissões que sobre ele devam se pronunciar.

Uma vez que a Presidência decide pela inadmissibilidade de apresentação de emendas, nesta fase de exclusiva apreciação da constitucionalidade e legalidade dos projetos, fi ca prejudicada a segunda indagação do nobre Deputado Barros Munhoz.

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O SR. VANDERLEI MACRIS - PSDB - Sr. Presidente sob o argumento de que V.Exa. no dia de ontem esteve em outros compromissos, obviamente não poderia estar em plenário, não pude ver respondida a minha questão de ordem com relação à votação do Projeto n.º 69/90, que está em trami-tação nesta Casa. Evidentemente, como a questão de ordem só poderia ter sido respondida pelo Presidente efetivo, esta liderança solicitou ao Sr. Presidente em exercício a possibilidade de, em estando V.Exa. presente, pudesse vir a plenário e responder a questão de ordem que foi formulada por mim ontem. A questão de ordem já está na Mesa, já foi remetida on-tem mesmo. Portanto quero indagar se V.Exa. tem resposta para a minha questão de ordem que contém duas perguntas: quando o Projeto de lei n.º 69/90 seria colocado na Ordem do Dia e assim ser deliberado quanto à constitucionalidade do mesmo?

A outra pergunta é a seguinte: o Projeto de lei n.º 69/90 pode seguir sua tramitação regimental sendo realizada a votação prévia acima referida?

Sr. Presidente, juntamente com esta questão de ordem foi levantada outra questão de ordem, no dia de ontem, pelo nobre Deputado Barros Munhoz: se efetivamente o projeto deve ser discutido previamente em função de seu parecer devido à sua inconstitucionalidade? Esta liderança também tem interesse em ver respondida esta questão de ordem.

Sr. Presidente queremos saber se V.Exa. já tem uma posição acerca das questões formuladas, no tocante a este projeto?

O SR. PRESIDENTE - TONICO RAMOS - PMDB - A Presidência responde à questão de ordem do nobre Deputado Vanderlei Macris. O Projeto de lei n.º 69/90, recebeu na Comissão de Constituição e Justiça parecer contrário do Relator Especial.

Assim, mesmo sendo o parecer de relator especial, esta Presidência enten-de que o Projeto deve ser submetido à discussão e votação prévia quanto à constitucionalidade. Quanto à inclusão do referido Projeto na Ordem do Dia, observe-se que nesta sessão não houve deliberação de seu item úni-co e, pois, inexistindo projeto em regime de urgência, com prazo fatal de apreciação e com sua instrução completa para ser aditado, permanecerá, portanto essa mesma Ordem do Dia.

SR. VANDERLEI MACRIS - PSDB - Pelo entendimento que tive em relação à resposta de V.Exa. à minha questão de ordem, o projeto não pode se aditado ao item único da pauta, uma vez que ele não sofreu deliberação do Plenário.

Gostaria de fazer uma indagação a V.Exa., Sr. Presidente, em adendo à questão anteriormente formulada no seguinte sentido: estando o Projeto

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de lei n.º 69/90 em regime de urgência aprovado por este Plenário e a propositura que está na Ordem do Dia é uma propositura em regime de tramitação ordinária, não é o caso de poder ser aditado, uma vez que o regime de tramitação de urgência tem prevalência sobre o regime de tra-mitação ordinária?

O SR. PRESIDENTE - TONICO RAMOS - PMDB - A Presidência informa ao nobre Deputado que só se permite aditamento de proposição, em regime de urgência, com prazo fatal de apreciação e com a sua instrução completa. Esse projeto não tem prazo fatal de apreciação para ser aditado.

O SR. VANDERLEI MACRIS - PSDB - Esta liderança entende que o projeto está devidamente instruído com um parecer pela inconstitucionalidade dado pela Comissão de Constituição e Justiça através de seu relator especial. O projeto, do ponto de vista de entendimento desta liderança, está devida-mente instruído, habilitado, portanto, em condições de ser aditado a uma Ordem do Dia que tem apenas um item de votação adiada ad referendum em tramitação ordinária.

Sr. Presidente, insisto no sentido de que é perfeitamente possível o adita-mento de um projeto em regime de urgência e com sua instrução devida-mente concluída.

O SR. PRESIDENTE - TONICO RAMOS - PMDB - A Presidência informa a V.Exa. que vai manter a praxe dos Presidentes anteriores.

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Questão de Ordem nº 17

Autor: Deputado José Mentor

278ª Sessão Ordinária – 30.10.90

O SR. JOSÉ MENTOR - PT - Para questão de ordem – Sr. Presidente consta da pauta de hoje um projeto de iniciativa do Executivo para o qual foi pedido urgência constitucional, com base no artigo 26 da Constituição Estadual: “ O Sr. Governador poderá solicitar que os projetos de sua ini-ciativa tramitem em regime de urgência.

Parágrafo único - Se a Assembléia Legislativa não deliberar em até quarenta e cinco dias, o projeto será incluído na ordem do dia até que se ultime sua votação.”

Fui informado de que o projeto cumpriu os quarenta e cinco dias no último dia 2, e está entrando na pauta hoje, cumprindo a norma constitucional.

Não há nenhuma objeção em relação a esse aspecto. Porém o nosso Regimento Interno, no artigo 179 diz que as proposições poderão receber emendas nas seguintes oportunidades:

1 - Quando estiverem na pauta;

2 - Ao iniciar a discussão. Fato que ocorrerá hoje com a pauta, já que consta dela o projeto a que me refi ro.

Sr. Presidente, por este aspecto, a minha questão de ordem vai no sen-tido de levantar de início que a inexistência de adaptação do Regimento Interno desta Casa à nova Constituição tem trazido constantes embaraços ao seu funcionamento. Por outro lado, cada um de nós, Deputados, até 15 de março, não podemos abrir mão dos nossos direitos regimentais e de exercê-los no momento oportuno.

Caso a minha questão de ordem deixe de ser acatada por V. Exa. o que ocorre é que eu, como Deputado, deixo de ter o direito de apresentar emen-da no início da discussão, um direito que me é garantido pelo Regimento Interno da Assembléia Legislativa de São Paulo. Talvez, V. Exa., pensando sobre o assunto, possa até interpretar que seja situação oportuna, de que é possível receber a emenda permanecendo o projeto na pauta e a emenda sendo apreciada no Plenário. Aí, sim, não estaríamos nos contrapondo à Constituição do Estado de São Paulo e, ao mesmo tempo, garantindo aos Deputados Estaduais a possibilidade de apresentar as suas emendas a um projeto que deixou de ser discutido antes de 45 dias. É a minha questão de ordem a V. Exa. Sr. Presidente.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

Resposta da Questão de Ordem n.º 17

Presidente: Tonico Ramos

278ª Sessão Ordinária – 30/10/90

A Presidência passa a responder à questão de ordem formulada pelo nobre Deputado José Mentor .

A Constituição do Estado, no parágrafo único do artigo 26, estabelece: Se a Assembléia Legislativa não deliberar em até 45 dias, o projeto será incluído na ordem do Dia até que se ultime sua votação. O Projeto de lei n.º 519/90 deu entrada na Assembléia Legislativa no dia 12 de setembro e, após transcorridos 45 dias, por força do referido dispositivo constitucional, esta Presidência fez sua inclusão na Ordem do Dia, onde deverá permanecer até que se ultime sua votação. Admitir-se emenda no plenário, fundamentada no artigo 179, inciso II, do Regimento Interno, signifi caria fazer prevalecer norma regimental à constitucional.

Mas é só: como fazer cumprir a Constituição que determina a não retirada do projeto até a sua votação fi nal com a admissão de emenda que o faz retornar às Comissões para que possa receber parecer? A Presidência, portanto, mantém o entendimento de ser inoportuno aceitar emenda nessa fase, mesmo porque contraria o regimento em seu artigo 142.

O SR. JOSÉ MENTOR - PT - Para uma questão de ordem – Sr. Presidente, com todo respeito à decisão de V. Exa. e ao que acaba de fundamentar agora, quero pleitear junto a V. Exa. uma reconsideração da decisão com base em dois argumentos que me parecem importantes. O primeiro deles é que mantida a decisão de V. Exa. – entendo o esforço de interpretar que a norma regimental não pode ser superior à nova norma constitucional – como conseqüência nós estamos nos privando de um direito regimental, que é o de apresentar emendas quando do início da discussão. Por isso me parece um fato relevante. A minha questão de ordem não foi nesse sentido, como também em nenhum momento achamos que V. Exa., como Presidente desta Assembléia, tenha descumprido a Constituição. Lamen-to ainda não termos um regimento já adaptado à nova Constituição, mas quero reiterar que lamento também a decisão de V. Exa., de retirar uma prerrogativa de um Deputado Estadual de apresentar a sua emenda quando do início da discussão.

Sr. Presidente, quando não existem aspectos regimentais consubstancia-dos, pode ser tomada, em alguns momentos, a interpretação da Mesa, que fi rmou analogicamente jurisprudência nesta casa. É nesse sentido

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que peço a sua reconsideração da decisão de não receber a emenda per-mitindo ao Plenário apreciá-la, já que a norma regimental não contempla a hipótese prevista na nova Constituição Estadual. Desta maneira, V. Exa. estaria cumprindo a Constituição não retirando o projeto de lei da pauta e ao mesmo tempo garantindo aos Deputados de São Paulo o seu direito de apresentar emendas. Estaríamos sim, neste caso, talvez arranhando um dispositivo regimental que determina a apreciação das emendas pelas Comissões pertinentes, mas me parece muito menor esse arranhão do que aquele de privar um deputado de apresentar a sua emenda no início da discussão.

Sr. Presidente, reitero o pedido a V. Exa. de reiterar o despacho, reconsi-derar a decisão que tomou agora e deferir o recebimento da emenda nas comissões que acabei de relatar.

SR. PRESIDENTE - TONICO RAMOS - PMB - Esta Presidência vai ler o artigo 142: “ As proposições para os quais o regimento exija parecer não serão submetidas a discussão e votação sem ele, salvo quando ocorrer hi-pótese prevista no parágrafo 2º, do artigo 154. Logo, a Presidência mantém a posição fi rmada e vai colocar em discussão e votação o Projeto de lei n.º 519, de 1990, apresentado pelo Sr. Governador, dispondo sobre ratifi cação dos fundos nos termos do artigo 37, do Ato da Disposição Transitória da Constituição do Estado”.

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Questão de Ordem nº 48

Autor: Deputado Campos Machado

148ª Sessão Ordinária - 07/08/91

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Para uma questão de ordem – Sr. Presidente, estou protocolando uma questão de ordem. Assalta-me uma dúvida: esta Casa é dirigida por uma Mesa, que é um colegiado composto do Sr. Presidente e dos Srs. 1º e 2º Secretários.

Estou formulando algumas indagações, que são as seguintes:

1 - São válidos os Atos, Decisões da Mesa e informações assinados por apenas um dos membros da Mesa?

2 - Na ausência ou na hipótese de um dos membros titulares da Mesa se recusar a assinar um Ato ou Decisão, pode um membro substituto fazê-lo no lugar do titular?

3 - Uma matéria tratada por Ato ou Decisão da Mesa pode ser revogada por ato administrativo praticado apenas por um dos Membros da Mesa?

4 - Pode a mesa nova descumprir Ato ou Decisão da Mesa anterior sem que tenham sido revogados?

5 - Por que razão não estão sendo publicados no Diário da Assembléia os resumos do decidido nas reuniões da Mesa, conforme determina o artigo 16 do Regimento Interno?

Sr. Presidente, as colocações deste parlamentar merecem ser esclarecidos de maneira que esta augusta Casa, pelo menos sob minha óptica e a do PTB, possa funcionar dentro do aspecto legal, e caminhe nos trilhos da legalidade.

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Resposta da Questão de Ordem nº 48

Presidente: Carlos Apolinário

158ª Sessão Ordinária – 13/08/91

O SR. PRESIDENTE - CARLOS APOLINÁRIO - PMDB - Srs. Deputados, a Presidência passa a responder às indagações constantes da questão de ordem levantada pelo nobre Deputado Campos Machado em sessão de sete do corrente, com fundamento na Sessão 1ª, do Capítulo 1º, do Título 8º, da VI Consolidação do Regimento Interno.

1ª Indagação: São válidos os atos e decisões da Mesa e informações assinados por apenas um dos membros da Mesa?

Resposta: Nossa lei interna, no artigo 18, Inciso IV, Alínea b, diz que “é atribuição do Presidente, quanto às reuniões da Mesa: tomar parte nas discussões e deliberações com direito a voto e assinar os respectivos atos.’’ De outra parte, no artigo 21, inciso IV, estabelece como atribuição do 1º Secretário: “assinar depois do Presidente os atos da Mesa.” Finalmente, ao elencar o artigo 22, inciso II, as atribuições do 2º Secretário, inscreve a de “assinar depois do primeiro Secretário os atos da Mesa.” Logo, os atos da Mesa, isto é, os atos propriamente ditos e as decisões para sua validade como tal, devem ser assinados pelo Presidente, bem como pelos 1º e 2º Secretários.

A indagação do nobre Deputado, entretanto, refere-se também à validade das informações com relação a estas. Cumpre observar, que podem ser válidas com apenas uma assinatura, como por exemplo quando prestadas com base no art. 18, inciso IV, alínea d, da VI CRI, que diz que “é atribui-ção do Presidente quanto às reuniões da Mesa: ser órgão das decisões cuja execução não for atribuída a outro de seus membros.” Resumindo: os atos e decisões da Mesa devem ser assinados pelos membros da Mesa. As informações por ela prestadas podem, no entanto, ser assinadas por apenas um deles.

Segunda indagação: na ausência ou na hipótese de um dos membros titulares da Mesa se recusar a assinar um ato ou decisão, pode um membro substituto fazê-lo no lugar do titular?

Resposta: É de se lembrar preliminarmente que, por mandamento regi-mental escrito no Artigo 16, os membros da Mesa deliberam por maioria de votos sobre os assuntos de administração da Assembléia; para que possam ser executadas é que as deliberações devem ser formalizadas conforme o

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caso. A validade desses atos e decisões exige que contenham a assinatura dos membros da Mesa.

Diz o Regimento Interno, no artigo 10, parágrafo 1º, que para substituir o Presidente e os primeiros e segundos Secretários haverá, respectivamente, vice-Presidente e Secretários. No sistema regimental, os membros da Mesa são substituídos nos casos de falta e impedimento, isto é, nas hipóteses de ausência ocasional às sessões, falta ou de ocorrência de fato que não permita ao titular o exercício das suas atribuições e impedimento.

Os artigos 19 e 24 da Lei interna disciplinam os casos de falta nestes ter-mos: “artigo 19: sempre que o Presidente não se achar no recinto à hora regimental do início dos trabalhos, o primeiro vice-Presidente substitui-lo-á no desempenho de suas funções, cedendo-lhe o lugar logo que for ele presente. Parágrafo 1º: o mesmo fará o segundo vice-Presidente em relação ao primeiro vice-Presidente. Parágrafo 2º: Quando o Presidente tiver de deixar Presidência durante a sessão, as substituições processar-se-ão segundo as mesma normas. Artigo 24: Os secretários substituir-se-ão conforme sua numeração ordinal, e nessa mesma ordem substituirão o Presidente nas faltas e impedimentos do vice-Presidente.” O impedimento, por sua vez, está disciplinado no artigo 20 do Regimento Interno, ao dizer que “competirá ainda aos vice-Presidentes desempenhar as atribuições do Presidente quando este lhes transmitir o exercício do cargo, por estar impedido ou licenciado.” O impedimento, fi nalmente, vem disciplinado também, conforme já vimos no artigo 24, ao dizer que “os secretários, de acordo com a sua numeração ordinal, substituirão o Presidente nas faltas e impedimentos dos vice-Presidentes.”

Concluindo, os membros titulares da Mesa podem ser substituídos no exer-cício de suas atribuições nos casos de ausência às sessões ou de impedi-mento. Há que se notar especifi camente que recusa não é impedimento.

Terceira indagação: uma matéria tratada por ato ou decisão da Mesa pode ser revogada por ato administrativo praticado apenas por um dos membros da Mesa:

Resposta: uma vez que regimentalmente a validade de ato ou decisão da Mesa exige assinatura dos seus membros, tornar-se evidente que a sua revogação exige a mesma formalidade.

Quarta indagação: pode a Mesa nova descumprir ato ou decisão da Mesa anterior sem que tenham sido revogados?

Resposta: como regra, não é possível descumprir um ato ou decisão da Mesa. Em vez disso, quando o ato ou decisão se revelar contrário ao inte-resse público, o caminho será o da sua revogação.

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No entanto, até que se chegue à sua revogação, o que fazer ante interesse público não atendido pelo ato ou decisão?

Nesse caso o administrador terá que optar entre esses e aquele, salvo se a lei, expressão maior do interesse público, lhe impuser alguma sanção numa das circunstâncias. Nesse caso, agirá na direção apontada pela lei.

Quinta indagação: por que razão não estão sendo publicados no Diário da Assembléia os resumos do decidido nas reuniões da Mesa, conforme determina o Regimento Interno?

Resposta: a experiência vivida pela Assembléia, não agora mas de longa data, ante suas necessidades acabou por aceitar duas maneiras de a Mesa decidir as questões que reclamam sua atuação: uma em reunião nos termos do Artigo 16 do texto regimental e outra mediante voto colhido nos gabinetes dos titulares. A regra contida no Artigo 16 do Regimento Interno não obriga a Mesa a puramente se reunir; ao contrário, obriga-a a se reunir ao menos quinzenalmente, desde que haja matéria a ser decidida. Se, por qualquer razão, inexiste matéria a ser decidida ou em condições de ser, desde logo, decidida, seria puro e inútil formalismo realizar reuniões. Não havendo reunião não haverá o que ser publicado.

Portanto, está respondida a questão de ordem levantada pelo Deputado Campos Machado.

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Questão de Ordem nº 68

Autor: Deputado Campos Machado

189ª Sessão Ordinária - 29/06/1992

SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, o art. 9º, § 4º da Cons-tituição do Estado estabelece que a sessão legislativa não será interrom-pida sem a aprovação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias e do Projeto de Lei do Orçamento. O § 1º do mesmo artigo defi ne o período de sessão legislativa, quando a Assembléia deverá estar reunida de primeiro de fevereiro a 30 de junho e de primeiro de agosto a 15 de dezembro.

Considerando, Sr. Presidente, que, nos termos constitucionais, a primeira parte da sessão legislativa termina amanhã, dia 30 de junho, e que o nos-so Regimento Interno é omisso na disciplinação da matéria, propomos a presente questão de ordem: “o projeto de lei de Diretrizes Orçamentárias tem prazo de tramitação de 30 de abril a 30 de junho. O prazo inicial é expressamente defi nido no art. 39 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que diz o seguinte: “o projeto de lei de Diretrizes Orçamentá-rias do Estado será encaminhado até oito meses antes do encerramento do exercício fi nanceiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa. O prazo fi nal para apreciação está implícito nas disposições constitucionais transcritas.

Defl ui, Sr. Presidente, tanto das normas constitucionais quanto das regimen-tais a exigência da inclusão do projeto de lei nº 302, de 1992, na primeira sessão que se realizar, possibilitando o cumprimento da Constituição do Estado e do art. 231, inciso I do Regimento Interno da Assembléia.

Esta, Sr. Presidente, é a questão que submeto à decisão de V. Excelên-cia.

O SR. PRESIDENTE - NEWTON BRANDÃO - PTB - Esta Presidência recebe a questão de ordem levantada por V.Exa. Ainda, nesta sessão, ela merecerá do titular da Presidência a oportuna resposta.

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Resposta da Questão de Ordem nº 68

Presidente: Vitor Sapienza

189ª Sessão Ordinária - 29/06/92

SR. PRESIDENTE - VITOR SAPIENZA - PMDB - Esta Presidência inter-rompe o orador para anunciar a Ordem do Dia de amanhã, fi cando ainda V. Exa. com disponibilidade de 24 de minutos para amanhã, para falar a favor.

Para a primeira sessão de amanhã, a Ordem do Dia será a mesma. Para a segunda sessão, a Ordem do Dia será a mesma desta Sessão, aditada com as seguintes proposições:

1 - Por força do dispositivo do art. 28, § 6º da Constituição do Estado de São Paulo, veto ao PL nº 131/91.

2 - Em regime de urgência e prazo constitucional de apreciação, o PL nº 302/92, Projeto de lei e Diretrizes Orçamentárias.

Dentro desse quadro, fi ca assim esclarecida a questão de ordem levantada pelo nobre Deputado Campos Machado.

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Questão de Ordem nº 76

Autor: Deputado Sylvio Martini

310ª Sessão Ordinária - 09/11/92

O SR. SYLVIO MARTINI - PFL - Para questão de ordem – Sr. Presidente, do art. 237, parágrafo 1º, da VI Consolidação do Regimento Interno de-preendemos o seguinte: § 1º “A votação não versará sobre o veto, mas sobre o projeto ou a parte vetada”, isso no caso de veto. Por outro lado, o § 2º do mesmo artigo diz o seguinte: “Na apreciação do veto, não poderá a Assembléia introduzir qualquer modifi cação no texto vetado.”

Nessas condições, levantamos a seguinte questão de ordem: como a vo-tação versa sempre sobre o projeto, e não sobre o veto, é cabível que haja um destaque de votação para o veto, quer dizer, a parte que foi vetada. Poderíamos fazer um destaque para a parte vetada do projeto? É possível destacar a parte vetada?

O § 2º do art. 237, ao dizer “introduzir”, não estaria se referindo à emenda aditiva? A nosso ver, a proibição refere-se tão somente ao acréscimo do texto e não à supressão, uma vez que, o termo “suprimir” não é autorizado naquele dispositivo.

O SR. PRESIDENTE - CARLOS APOLINÁRIO - PMDB - A Presidência recebe a questão de ordem de V.Exa. e oportunamente irá responder.

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Resposta da Questão de Ordem nº 76

Presidente: Carlos Apolinário

317ª Sessão Ordinária - 17/11/92

Srs. Deputados, o nobre Deputado Sylvio Martini, líder do PFL, suscitou em 9 de novembro p.p. uma questão de ordem indagando se “é cabível destaque em votação de matéria vetada”. Ao fazê-lo, fundamentou-se no art. 237, § 1º e 2º, da VI Consolidação do Regimento Interno.

A Presidência passa a responder:

Questão de ordem idêntica foi formulada pelo nobre Deputado José Mentor, então líder do PT, em 19 de fevereiro de 1991, que mereceu da Presidência, à época, a seguinte resposta:

“Esta Casa de Leis, por reiteradas vezes, praticou a votação de matéria vetada seguindo método que contempla o destaque nos termos do § 6º, do art. 213. É o caso, por exemplo, da apreciação do veto ao Projeto de Lei nº 1, de 1989, cujo despacho foi publicado no “Diário Ofi cial” de 26 de abril de 1989, página 63, e do veto ao Projeto de Lei Comple-mentar nº 65, de 1985. A Assembléia apreciando matéria vetada total ou parcialmente, confi rmou-a, em ambos os casos, apenas em parte, isto é: acolheu o veto igualmente em parte. Assim, a Presidência aco-lherá requerimento de método de votação sobre a matéria vetada que contemple também o destaque”.

Isto posto, e em face também da votação referida em 19 de fevereiro de 1991, esta Presidência reitera o entendimento pacífi co nesta Casa, no sentido de caber destaque na votação de matéria vetada.

É a resposta à Questão de Ordem.

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Questão de Ordem nº 89

Autor: Deputado Adilson Monteiro Alves

192ª Sessão Ordinária - 30/06/1993

SR. ADILSON MONTEIRO ALVES - PMDB - Sem revisão do orador - Sr. Presidente, o artigo 9º, § 4º, da Constituição do Estado de São Paulo, diz que a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do Pro-jeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias e do Projeto de Lei do Orçamento. Uma vez que até o momento não aprovamos o Projeto da LDO, gostaria de dirimir uma dúvida e encaminharei por escrito esta questão de ordem à V. Excelência. Prolongando-se a sessão legislativa no mês de julho com o objetivo de votarmos a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a questão é se a Casa pode apreciar outras matérias que se encontram em tramitação ou se pode votar apenas a LDO. No plano federal, o entendimento é de que todas as matérias que se encontram em tramitação, no caso de prorrogação em função da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, também poderão ser apreciadas. Encaminharei por escrito esta questão de ordem à Vossa Excelência e gostaria de receber uma resposta porque estamos exatamente neste caso de prorrogação em função da votação da LDO.

O SR. PRESIDENTE - SYLVIO MARTINI - PFL - Esta Mesa recebe a questão de ordem e passará à Presidência efetiva desta Casa.

O SR. LUIZ CARLOS DA SILVA - PT - Para uma questão de ordem – Sem revisão do orador - Sr. Presidente, posteriormente apresentarei por escrito esta questão de ordem. O art. 9º defi ne claramente a sessão legislativa de 1º de fevereiro a 30 de junho e enquadra numa condição excepcional a não necessidade de suspensão do recesso legislativo, portanto, enquadra no seu § 4º do art. 9º uma exceção de quando não há necessidade de se suspender o recesso legislativo e se considerará a sessão legislativa para aquele problema, no caso a análise da Lei de Diretrizes Orçamentárias e do Orçamento. Esta é a única condição de que não há necessidade da sus-pensão do recesso legislativo. Ele não prorroga todo o processo legislativo, ele enquadra à condição de prorrogação do processo legislativo a LDO e o orçamento. Contraditoriamente obtive a informação hoje à tarde tanto do Senado como da Câmara dos Deputados, que a Mesa da Câmara, junto com o Colégio de Líderes entendem assim esta questão, tanto que a Casa para funcionar nesta questão excepcional, só funcionará com a LDO e os demais projetos que queiram ver votados e convocarão extraordinariamente para análise. De informações contraditórias. Parece-me claro o respeito à Constituição e defi nição do período legislativo de primeiro de fevereiro a 30

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de junho, que nos faz ir até às 24 horas de hoje com os demais projetos e amanhã unicamente a LDO.

O SR. PRESIDENTE - SYLVIO MARTINI - PFL - Nobre Deputado Luiz Carlos da Silva, parece-me que a questão de ordem de Vossa Excelên-cia pôs à contradita é a mesma levantada pelo nobre Deputado Adilson Monteiro Alves. A Presidência efetiva desta Casa deverá responder ainda nesta sessão.

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Resposta da Questão de Ordem nº 89

Presidente: Vitor Sapienza

192ª Sessão Ordinária de 30/06/1993

O SR. PRESIDENTE - VITOR SAPIENZA - PMDB - Srs. Deputados, ten-do em vista a relevância da matéria , este deputado, já no dia de ontem, solicitou à assessoria que a estudasse detidamente e preparasse uma manifestação. Entendíamos que se não surgisse pela situação, acabaria surgindo pela própria oposição.

Passo a responder à questão de ordem levantada pelo nobre Deputado Adílson Monteiro Alves:

Não-votação da LDO até 30/06/1993.

Prosseguimento da sessão legislativa.

Matéria a ser decidida durante o prosseguimento.

Entendimento do art. 9º, § 4º, da CE.

A questão é saber sobre que matéria deverá ou poderá a Assembléia Legislativa deliberar durante o período em que, por força do disposto no art. 9º, § 4º, da Constituição do Estado, não será interrompida a sessão legislativa em conseqüência da falta de aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias até a data em que deveria encerrar-se o primeiro período da sessão legislativa anual (30 de junho).

1 - A Constituição do Estado dispõe no art. 9º, § 4º:

“A sessão legislativa não será interrompida sem aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias e do projeto de lei do orçamento.”

O texto acima transcrito, até o ponto em que se refere ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias, corresponde por inteiro ao que dispõe o art. 57, § 2º, da Constituição Federal. Ou seja: nesta última, prevê-se que o Congresso Nacional não interromperá sua sessão legislativa anual se não aprovado o projeto de lei de diretrizes orçamentárias. A Constituição do Estado foi além. Ligou a mesma conseqüência ao caso de não-aprovação do projeto de lei do orçamento: não será iniciado recesso de dezembro, se não aprovado o projeto de lei orçamentária. Nesta oportunidade, interessa-nos apenas o caso referente ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

2 - Como se verifi cou, tanto na Constituição da República, art. 57, § 2º,

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quanto na Constituição do Estado, art. 9º, § 4º, criou-se a fi gura da não-interrupção da sessão legislativa, como conseqüência da não-aprovação do referido projeto. No entanto, em nenhum dos dois textos foi previsto o que deva ocorrer durante essa nova situação jurídica, isto é, durante a não-interrupção, ou seja, durante o prosseguimento da sessão legislativa.

2.1 - Pergunta-se: O Legislativo poderá, nesse novo período, apreciar todas as matérias que vinham sendo objeto de apreciação no período normal? Ou deverá apreciar exclusivamente o projeto de lei de diretrizes orçamentárias?

2.2 - Em favor de uma resposta positiva à primeira pergunta e, consequen-temente, de uma resposta negativa à segunda, milita a observação de que, quando a Constituição pretende restringir a atividade do Legislativo, faz isso expressamente, como no caso do período de convocação extra-ordinária. Não tendo feito, relativamente ao período de prosseguimento, de prorrogação ou de não-interrupção da sessão legislativa, sinaliza no sentido de que a atividade do Legislativo deve ser ampla, tanto quanto o vinha sendo no período normal.

2.3 - Ao contrário, por uma resposta negativa a essa mesma primeira per-gunta, e, portanto, por uma resposta afi rmativa à segunda, labora a obser-vação de que os vazios da lei, e também os da lei constitucional, hão de ser preenchidos mediante recurso à analogia, quando isso for possível.

2.4 - Por conseguinte, havendo, como há, disposição expressa, na Constitui-ção, sobre o que deva ocorrer em outro período anormal de funcionamento do Legislativo, como é o caso da convocação extraordinária, deverá ser observada essa mesma regra relativamente ao período em que funcione por falta de aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias. Logo, segundo esse entendimento, terá aplicação a regra do art. 57, § 7º, da Constituição Federal, ou a do art. 9º, § 4º, da Constituição Estadual, con-forme se trate do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa. Diz a Constituição Federal:

“Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado.”

Mutatis mutandis, a Constituição do Estado repete a regra.

3 - Como se vê, a aceitação de qualquer dos argumentos acima expostos e, portanto, das respectivas conclusões, se resume a admitir ou não admitir, no caso, o recurso à analogia.

3.1 - Ora, MIGUEL REALE nota com profundidade (*):

“Quando recorremos à analogia, estendendo a um caso semelhante

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a resposta dada a um caso particular previsto, estamos, na realidade, obedecendo à ordem lógica substancial ou à razão intrínseca do sis-tema.”

Mas, juntamente com o consagrado mestre, devemos observar: “É preciso, com efeito, ter muita cautela ao aplicar-se a analogia, pois duas espécies jurídicas podem coincidir na maioria das notas caracterizadoras, mas se diferençarem em razão de uma que pode alterar completamente a sua confi guração jurídica. Essa nota diferenciadora, como a teoria tridimensional o demonstra, pode resultar tanto de uma particularidade fática quanto de uma específi ca compreensão valorativa: em ambos os casos o emprego da analogia não teria razão de ser”.

3.2 - Aliás, como se verá a seguir, as duas fi guras constitucionais, isto é, de um lado, a não-interrupção da sessão legislativa ordinária, e, de outro, a convocação da sessão legislativa extraordinária, nada tem de comum, a não ser o fato de o Legislativo funcionar quando, formalmente, estaria inativo.

3.3 - A convocação extraordinária do Legislativo inaugura sessão legislativa inteiramente nova. Trata-se de criação de situação jurídica que exige ato formal de determinadas autoridades ou de determinado número de subs-critores parlamentares, além da enumeração expressa da matéria a ser tratada. É o que se confi rma à leitura quer do art. 9º, § 5º, da Constituição do Estado, quer do art. 57, § 6º da Constituição da República.

3.4 - A não-interrupção da sessão legislativa ao contrário, não exige ato formal de quem quer que seja nem inaugura nova sessão legislativa, mas produz uma situação jurídica que prolonga a mesma sessão legislativa, por força direta e imediata da própria norma constitucional, ante o fato da não- aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias no período certo.

4 - Fica, desse modo, perfeitamente demonstrado como aquelas fi guras jurí-dicas, da não-interrupção da sessão legislativa e da convocação de sessão legislativa extraordinária, têm natureza jurídica completamente diversa.

5 - Sendo, como são, efetivamente diversas, não há como nem porque o intérprete lhes dar o mesmo tratamento, por analogia, que, por isso mesmo, é logicamente inaplicável.

5.1 - Aliás, dizendo o texto constitucional que não será interrompida a ses-são legislativa, sem dizer mais nada, há de se entender mesmo que ela prosseguirá do mesmo modo como vinha sendo realizada.

5.2 - Em verdade, a fi gura da não-interrupção se identifi ca, sim, é com a velha fi gura da prorrogação, a qual sempre se entendeu que o Legislativo

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prosseguia espalhando todas as matérias que vinham sendo tratadas na sessão legislativa.

6 - Desse modo, pode-se fi rmemente concluir que, deixando de se inter-romper a sessão legislativa por força da não-aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, o que ocorre é tão-somente o prolongamento da mesma sessão legislativa, a sua prorrogação, sem que se modifi que a sua disciplina jurídica e, por isso mesmo, o conjunto de matérias que vinha sendo objeto de apreciação.

7 - Aliás, de outra parte, compreende-se o sentido da regra constitucional que veda a apreciação, em período extraordinário, de matéria estranha à própria convocação. A razão é porque, desse modo, se procura garantir que o Legislativo afi nal acabe por desrespeitar o princípio da publicidade dos atos de governo, pelo qual se há de dar conhecimento à população dos atos que o Poder Público pretende praticar em dada oportunidade, para que ela possa, nessa mesma oportunidade, agir em consonância com os seus interesses e os seus direitos. Ora, se no entanto, o Legislativo já está em atividade, apreciando as matérias em tramitação, o prolongamento da mesma sessão legislativa nenhuma surpresa poderá trazer à população.

8 - Por derradeiro, é de se notar que também no Congresso Nacional é essa a orientação observada.

(*) “Lições Preliminares de Direito”, 1976, 3ª ed. revista, p. 292/293.”

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Questão de Ordem nº 104

Autor: Deputado Pedro Dallari

48ª Sessão Ordinária - 09/03/95

SR. PEDRO DALLARI - PT - Para uma questão de ordem – Com anuên-cia do orador – Sr. Presidente, apenas para fi xar o entendimento, coloco a seguinte questão: havia sido formulada consulta por V.Exa. ao Plenário sobre a admissibilidade ou não de requerimentos de preferência de cir-cunscrever a letra do art. 225 do Regimento. O § 2º, do art. 225, é claro quando diz o seguinte: “Recusada a modifi cação na Ordem do Dia, ou seja, se o Plenário entender que não deve haver modifi cação na Ordem do Dia – considerar-se-ão prejudicados todos os requerimentos de preferência, não se recebendo nenhum outro na mesma sessão.”

V. Exa., com a decisão que tomou, com a interpretação que deu do resulta-do, entendeu que houve recusa à modifi cação na Ordem do Dia. Agora, Sr. Presidente, como não houve quorum para deliberação por parte do plenário, este deputado entende que não houve recusa. O plenário não decidiu sobre a matéria, portanto o plenário não o recusou. Portanto, o entendimento deste deputado, salvo melhor juízo, é que não tendo havido a recusa por parte do plenário, já que não houve quorum, devem ser colocados em votação os requerimentos de preferência. Insisto, não estou aqui querendo discutir a matéria do ponto de vista substantivo, mas do ponto de vista da fi xação de uma interpretação sobre o Regimento.

O SR. PRESIDENTE - VITOR SAPIENZA - PMDB - Nobre Deputado Pedro Dallari, esta Presidência faz três colocações. Primeiro, já houve decisão. Segundo, eu gostaria que V.Exa. fi zesse a consulta por escrito. E, fi nalmente, faria uma pergunta a V.Exa. se ocorresse a recusa nos seis requerimentos, como é que fi caria a Ordem do Dia, nobre Deputado? Se não houvesse deliberação em cima dos seis requerimentos, como é que fi caria a Ordem do Dia, nobre Deputado Pedro Dallari?

O SR. PEDRO DALLARI - PT - V. Exa., Sr. Presidente, dá a este modesto deputado a honra de orientar V.Exa., o que para mim é uma honra enor-me.

O SR. PRESIDENTE - VITOR SAPIENZA - PMDB - É uma honra, nobre Deputado Pedro Dallari. Eu vi, inclusive, e senti a experiência de V.Exa. como parlamentar brilhante.

O SR. PEDRO DALLARI - PT - Eu agradeço, mas aqui a minha questão

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se deve mais a minha ignorância em relação ao Regimento. Estou me baseando apenas na leitura do texto do § 2º, do art. 225. Primeiro, Sr. Presidente, farei por escrito a consulta, porque acho realmente que talvez seja o melhor encaminhamento para que possa haver uma refl exão da assessoria, inclusive sobre esta matéria. Agora, entendo o seguinte, Sr. Presidente, que ao plenário, não recusar a modifi cação, já que não houve quorum, o caminho natural seria votar os requerimentos. Se eles vão ser aprovados ou não, só o futuro dirá, porque eles podem ser aprovados inclusive em votação simbólica. Basta que seja colocado o requerimento de preferência em votação, que a votação seja simbólica. V.Exa. enten-da de dar pelo provimento, e ninguém peça verifi cação de votação, está aprovada a inversão da Ordem do Dia. Agora, se ao fi nal desse processo, ao fi nal da votação dos seis, o plenário, com quorum, soberanamente entender que não há inversão, ela não ocorrerá. Mas isto é algo que nós não podemos pressupor. Aqui o que nós temos de decidir é se o Plenário optou por recusar ou não a apreciação caso a caso dos requerimentos. Este Deputado continua entendendo que ao não ter havido quorum, este plenário não recusou, e portando os requerimentos de autoria dos nobres Deputados Simionato e Roberto Engler deveriam ser votados. Mas eu não quero polemizar, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE - VITOR SAPIENZA - PMDB - Nobre Deputado Pedro Dallari, esta Presidência entende que no momento em que V.Exa. colocar a indagação por escrito, nós teríamos condições de melhor esclarecer pontos de vista de V.Exa. e desta Presidência.

O SR. PEDRO DALLARI - PT - Assim o farei. Eu agradeço a atenção de V. Excelência.

O SR. PRESIDENTE - VITOR SAPIENZA - PMDB - Muito obrigado, nobre Deputado. Restituo a palavra ao nobre Deputado Kal Machado, uma vez que houve aquiescência e a palavra era dele.

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Resposta da Questão de Ordem nº 104

Presidente: Vitor Sapienza

54ª Sessão Ordinária - 14/03/95

SR. PRESIDENTE - VITOR SAPIENZA - PMDB - Senhores Deputados, Senhoras Deputadas.

O nobre Deputado Pedro Dallari suscitou Questão de Ordem ontem, na 48ª sessão ordinária, após decisão desta Presidência concernente à aplicação do artigo 225 da VII Consolidação do Regimento Interno.

Trata-se de matéria cuja disciplina regimental permite, como permitiu, dúvida sobre a sua real aplicação, na hipótese de falta de quorum para deliberar sobre consulta se se admite ou não modifi cação na disposição dos itens da Ordem do Dia.

Quer-nos parecer que a teleologia da norma regimental está a indicar para o Presidente, a quem incumbe o dever de regular os trabalhos da Ordem do Dia, que se trata de dispositivo cuja fi nalidade é evitar o tumulto dos trabalhos na Ordem do Dia, evitando que o Plenário se perca em atalhos, quando a via principal é a discussão e votação de proposições, aliás, ati-vidade-fi m deste Poder.

Pois bem. Se não apresentados cinco ou mais requerimentos de preferên-cia ou inversão dos itens da Ordem do Dia e o Presidente, pretendendo ordenar os trabalhos, consulta o Plenário, não pode a ausência de delibe-ração converter-se em deliberação; vale dizer, não convém que na falta de quorum haja o pressuposto de continuidade do tumulto, pois na sessão permanecer-se-ia sem se adentrar propriamente aos trabalhos da Ordem do Dia, fi cando o Plenário em preliminares.

Neste contexto, observamos decisão da Presidência e Lideranças, que remonta a 25 de abril de 1983, perdurando até hoje na prática diuturna dos trabalhos deste plenário, onde se defi niu que:

Na mesma sessão, a mesma matéria só será submetida à deliberação uma única vez, caso não se tenha alcançado o quorum necessário para sua defi nitiva deliberação. Daí as decisões reiteradas tanto dos Presidentes que me antecederam como deste, no sentido de que permanece inalterada a disposição regimental das proposições na Ordem do Dia, caso não haja quorum para se deliberar sobre requerimentos de preferência. Ora, se a disposição dos itens da Ordem do Dia restará inalterada caso não haja

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quorum para deliberar sobre 5 ou mais requerimentos apresentados, pare-ce-nos também que a mesma interpretação deva merecer amparo quando houver falta de quorum para apreciar consulta sobre se admite ou não modifi cação na disposição dos itens da Ordem do Dia, fi cando prejudicados os requerimentos específi cos que ensejaram, em tese, a consulta.

Esta é a resposta da Presidência à Questão de Ordem suscitada pelo nobre Deputado Pedro Dallari.

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Questão de Ordem nº 124

Autor: Deputado José Eduardo Ferreira Netto

29ª Sessão Extraordinária - 08/05/96

O SR. JOSÉ EDUARDO FERREIRA NETO - PDT - (Para uma questão de ordem) – Sr. Presidente, foi protocolizado o pedido de impedimento do Sr. Governador de São Paulo. Usando esta tribuna de acordo com o artigo 82 do Regimento Interno, quero agradecer aos nobres Deputados Milton Monti, líder do PMDB, e Erasmo Dias, líder do PPB. Assinaram também o impeachment os nobres Deputados Rosmary Corrêa, Abelardo Camarinha, Conte Lopes, Lobbe Neto, Uebe Rezeck, Reynaldo de Barros Filho e o ilustre Deputado Oswaldo Justo.

Há três meses foi protocolizado pedido com a mesma fi nalidade, mas com outra fundamentação. De acordo com a Lei Federal nº 1.079, de 1950, “recebida a denúncia, será lida no expediente da sessão seguinte e des-pachada a uma comissão especial eleita, da qual participem, observada a respectiva proporção, representantes de todos os partidos para opinar sobre a mesma.”

A comissão a que alude o artigo anterior se reunirá dentro de 48 horas e depois de eleger seu presidente e relator emitirá parecer, dentro do prazo de dez dias, sobre se a denúncia deve ou não ser julgada objeto de delibe-ração. Dentro desse período poderá a comissão proceder às diligências que julgar necessárias ao esclarecimento da denúncia. O parecer da comissão especial será lido no expediente da sessão da Câmara dos Deputados e publicado integralmente no “Diário do Congresso Nacional” e em avulso juntamente com a denúncia, devendo as publicações serem distribuídas a todos os deputados.

Sr. Presidente e Srs. Deputados, de acordo com a Constituição Federal e a Constituição do Estado, especifi camente esta, requerido o impeachment é necessário que a Assembléia delibere sobre se vai instaurar ou não o processo. Então, solicito a V.Exa. a gentileza de, não só neste caso, como no anteriormente solicitado, sob pena de V. Exa. incidir em crime de respon-sabilidade, também, em crime de improbidade administrativa, que deve ser apurado pelo Ministério Público – não estou ameaçando porque também não é ameaça o exercício normal de um direito, V. Exa. teve o meu apoio para ser eleito Presidente e quiçá não o tivesse sido se não tivesse tido o meu apoio, que foi decisivo para a sua eleição – solicito a V. Exa. com todo o respeito, a gentileza e o dever de ofício de, dentro dos prazos que a Constituição estabelece, promover a responsabilidade criminal do Sr. Governador.

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Resposta da Questão de Ordem nº 124

Presidente: Ricardo Trípoli

86ª Sessão Ordinária – 12/06/96

O SR. PRESIDENTE – RICARDO TRÍPOLI – PSDB – Senhores Deputados, Senhoras Deputadas, o nobre Deputado José Eduardo Ferreira Netto, líder do PDT, em sessão extraordinária do dia 8 p.p., registrando protocolização, naquela data, de pedido de impedimento do Sr. Governador, de sua autoria, com assinatura de outros deputados suscitou, também, questão de ordem que, em razão da importância e complexidade da matéria, reproduzimos:

“Há três meses foi protocolizado pedido com a mesma fi nalidade, mas com outra fundamentação. De acordo com a Lei Federal nº 1.079, de 1950,” recebida a denúncia, será lida no expediente da sessão seguin-te e despachada a uma comissão especial eleita, da qual participem, observada a respectiva proporção, representantes de todos os partidos para opinar sobre a mesma.

A Comissão a que alude o artigo anterior se reunirá dentro de 48 horas e, depois de eleger seu presidente e relator, emitirá parecer, dentro do prazo de dez dias, sobre se a denúncia deve ou não ser julgada objeto de delibe-ração. Dentro desse período poderá a comissão proceder às diligências que julgar necessárias ao esclarecimento da denúncia. O parecer da Comissão Especial será lido no expediente da sessão da Câmara dos Deputados e publicado integralmente no Diário do Congresso Nacional e em avulso juntamente com a denúncia, devendo as publicações serem distribuídas a todos os deputados.

Senhor Presidente e Srs. Deputados, de acordo com a Constituição Federal e a Constituição do Estado, especifi camente esta, requerido o impeach-ment é necessário que a Assembléia delibere sobre se vai instaurar ou não o processo.

Encerra solicitando à Presidência que, dentro dos prazos que a Constituição estabelece, promova a responsabilidade criminal do Sr. Governador.

1 - De fato, recebida a denúncia, será lida no expediente da sessão seguinte e despachada a uma comissão especial eleita, preceitua o artigo 19 da Lei Federal 1.079, de 10 de abril de 1950.

Todavia, compete ao Presidente da Assembléia, nos termos do artigo 18, inciso II, alínea “b” do Regimento Interno, receber a denúncia.

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É o que se depreende do próprio artigo 19 da Lei 1.079 que, regulamentado no § 2º do artigo 218 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, concernente à mesma matéria na esfera federal, reservou ao Presidente da-quela Casa tal prerrogativa; dispondo, ainda, que do despacho do Presidente que indeferir o recebimento da denúncia caberá recurso ao Plenário.

Nesse sentido, o Presidente tem remetido, preliminarmente, a denúncia à Assessoria Técnico-Jurídica da Presidência e à Comissão de Constituição e Justiça para auxiliá-lo no despacho de recebimento ou indeferimento. Vide pareceres números 1.187 e 1.189, de 1987, da Comissão de Constituição e Justiça, respectivamente, com as seguintes conclusões:

I - “... Destarte, não se encontrando nos autos os elementos tipifi cadores do crime de responsabilidade previsto no artigo 9º, 4, da Lei Federal 1.079, de 1950, na esteira do ensinamento do preclaro e douto jurista José Celso de Mello Filho, somos de opinião que a denúncia deve ser rejeitada limi-narmente.

Em conseqüência, com fundamento no artigo 18, II, b, da Consolidação do Regimento Interno, aplicado analogicamente e em combinação com o artigo 77, primeira parte, da Lei Federal 1.079, de 10 de abril de 1950, e com o artigo 37 da Constituição do Estado (Emenda nº 2, de 30 de outubro de 1969), o Presidente da Assembléia Legislativa não deve admitir a denúncia como objeto de deliberação, uma vez que não fi cou tipifi cado nenhum dos crimes defi nidos na legislação específi ca, consoante fi cou demonstrado”.

II - “... No caso em exame, os fatos trazidos à baila não se amoldam às fi guras elencadas na Lei Federal nº 1.079, de 10 de abril de 1950, e nem tampouco caracterizam ofensa à Carta Magna.

Não estando, portanto, tipifi cado qualquer dos crimes de responsabilidade defi nidos na legislação competente, rejeitamos, liminarmente, a denúncia do ilustre deputado, reconhecendo, todavia, os elevados propósitos que a motivaram.

Todavia, poderia também o Presidente proferir o despacho sem o auxílio da ATJP ou da CCJ.

2 - Na hipótese, pois, de deferido o recebimento da denúncia, será ela lida no expediente da sessão seguinte e despachada a uma comissão especial eleita, da qual participem, observada a respectiva proporção, representantes de todos os partidos para opinar sobre a mesma. Compete a esta comissão especial emitir parecer sobre se a denúncia deve ser ou não julgada objeto de deliberação pelo Plenário.

Transparece, pois, estar a Presidência pautando sua conduta sobre a

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matéria na mais estrita observância da lei. Se ainda não se procedeu à leitura, no expediente, de denúncia contra o Sr. Governador por crime de responsabilidade, deve-se ao fato de, também ainda, não ter sido ela re-cebida pela Presidência, nos exatos termos do artigo 19, combinado com os artigos 76 e 79 da Lei Federal nº 1.079.

Pela oportunidade, registre-se que esse é, também, o fundamento de res-posta à reclamação do nobre Deputado Reynaldo de Barros, formulada quinta-feira p.p., sobre a mesma matéria”.

Assim sendo, esta Presidência entende ter respondido à questão de ordem levantada por ambos os nobres Srs. Deputados.

O SR. JOSÉ EDUARDO FERREIRA NETTO - PDT - Para uma questão ordem – Sr. Presidente, a respeito do processo de impeachment do Sr. Governador do Estado, V. Exa. começou a ler a decisão acerca do recur-so que foi apresentado. Fê-lo, contudo, pela metade. De qualquer forma, Sr. Presidente, de acordo com o Regimento Interno, em se tratando de dúvida com relação à Constituição do Estado, cabe a questão de ordem, que passo a ler:

“Exmo. Sr. Deputado Presidente da Augusta Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo

José Eduardo Ferreira Netto, Deputado Estadual, vem pela presente, res-peitosamente, expor e a fi nal requerer a V. Exa. o seguinte.

O ato de receber ou não a denúncia não é ato político confi ado à discrição prudencial do poder.

A Constituição Federal no artigo 5º, inciso XXXIV dispôs:

“São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder.”

De sua vez a Constituição do Estado no artigo 60:

“Qualquer cidadão, partido político, associação ou entidade sindical poderá denunciar o Governador, o Vice-Governador, e os Secretários de Estado, por crime de responsabilidade, perante a Assembléia Legislativa.”

Temos aí a garantia de um direito subjetivo público, corolário da cidadania. Há sem dúvida um direito subjetivo do indivíduo à legalidade pela qual se deve pautar o Poder Público, por sua imperiosa necessidade de submis-são à ordem jurídica. Embora seja lógico que o direito nessa hipótese só

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possa existir quando o ato atingir cidadão individualmente, não quando a legalidade lhe possa interessar remotamente, o ordenamento jurídico abre ao princípio três exceções:

a) o ajuizamento de ação popular;

b) oferecimento de queixa, em se tratando de crimes funcionais, quando o Ministério Público deixar de acatar representação a ele formulada (C.P.P., arts, 27, 28 e 29); e

c) o oferecimento de denúncia por crime de responsabilidade.

Do exposto se conclui sem muito esforço que:

a) é direito de qualquer cidadão denunciar o Governador por crime de responsabilidade; e

b) ante a denúncia, cabe ao juiz natural, in casu (o Presidente da A. As-sembléia), recebê-la e mandar processá-la ou indeferi-la.

Ao deferi-la, o Presidente emite juizo prévio de que a denúncia está revestida das formalidades legais. Se a indeferir seu ato deverá conter motivação. A decisão deverá ser motivada (Constituição do Estado – artigo 111).

O procedimento de apuração da responsabilidade que emana das dis-posições normativas está adrede disposto em legislação federal (Lei nº 1.079/50) e na Constituição do Estado, sendo omisso o Regimento Interno, e, em conseqüência, inaplicável o disposto no artigo 18, II, alínea “b”, da VIII Consolidação do R.I.A.L.E.S.P.

Em questão de ordem anterior e em recurso manifestado solicitaram-se providências de V.Exa. para ler a denúncia e recebê-la.

Contudo, V.Exa., Sr. Presidente, faz digressões, exaltando, em detrimento da decisão que V. Exa. já deveria ter tomado, as faculdades que subjetiva-mente enumera e enuncia, como de sua prerrogativa e arbítrio e conclui que não decide porque a denúncia ainda não se faz presente em suas mãos.

A denúncia está materialmente formulada. Ante ela cabe a V. Exa. decidir se a recebe ou não.

A manobra de divagar sobre o processo é diversionista e procrastinatória.

Suponha V. Exa. que o Ministério Público apresente ao Juiz da Vara Auxi-liar do Júri denúncia por crime de homicídio e o MM. Juiz exare o seguinte despacho:

- “Oferecida a denúncia, este magistrado poderá recebê-la e designar o

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interrogatório do réu.

- Mas posso também não recebê-la, porque posso entender, nos termos do inquérito policial, que existe em favor do réu a excludente da criminalidade (legítima defesa). Neste sentido há precedente do Tribunal de Justiça.

Nessa hipótese, o representante do parquet poderá manifestar recurso, inconformidade também de que se poderá utilizar o réu em sentido estrito, contra minha decisão também possível de receber a denúncia.

Assim, pois, preliminarmente, decido sobre o processo.

Intime-se.”

Pergunto a V. Exa. se uma decisão neste sentido não seria teratológica.

Posso garantir a V. Exa. que é como o são as que V. Exa. tem proferido neste episódio, de impedimento do Sr. Governador.

Ante o exposto se apura que o processo de impeachment é um processo judicial de julgamento, e por tribunal funcionando em justiça, embora cons-tituído por órgão político. É um Juízo Político no seu aspecto orgânico-fun-cional, mas criminal no seu processo e julgamento. Juízo Político, porque o órgão julgador faz parte dos órgãos políticos do Estado, e o seu objeto principal é o de desalojar o acusado de cargo político e inabilitá-lo para o exercício da função, ou mesmo de alto cargo administrativo ou judicial, que refl ete diretamente na vida política do Estado. Isto sem prejuízo de outras penalidades aplicadas pelo mesmo órgão ou pela Justiça Comum, conforme o sistema adotado, e, ademais, os crimes que constituem a base do julgamento envolveram lesão às instituições políticas, como o mau pro-cedimento, quando abrange também essas faltas, diz respeito a prejuízos causados ao Estado. Criminal no seu processo, porquanto se respeitam as normas procedimentais de acusação e defesa, para apuração da culpa ou inocência do acusado, e criminal, no seu julgamento, porque aplica, apenas, penas não só decorrentes diretamente do Juízo Político, como propicia a aplicação de outras, pelo Juízo Comum, em delegando a este tal compe-tência subsidiária daquela. Aliás, se nos crimes comuns a pena de perda do cargo público e a interdição de nova investidura têm caráter acessório do principal, no Direito Penal moderno, nos crimes de responsabilidade, ela é a principal, da qual as outras são complementares.

Por isso, escreveu, acertadamente, José Frederico Marques: “Embora o impeachment seja prevalentemente um Juízo Político, consubstancia ele também um julgamento penal” (cf. Da Competência da Matéria Penal, págs. 154/155, ano 1953). Aliás, Paulo de Lacerda, em magnífi co estudo sobre o tema, leciona: “É um procedimento político, não de natureza legislativa, mas judiciária; constitui um caso especial do poder extraordinário de julgar, um

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procedimento judicial expressamente atribuído ao Congresso, e, pois, retirado ao Poder Judiciário ” (cf. Princípios de Direito Constitucional Brasileiro, vol. II, pág. 458, s/d). Enfi m, é uma justiça criminal de caráter extraordinário de natureza especial, que se contrapõe à Justiça Criminal, comum e ordinária. Não se confunde, portanto, “jurisdição política”, da órbita do direito criminal, com “responsabilidade política”, da órbita do direito constitucional. Aquela suscita processo e aplicação de penas, mediante julgamento. Esta acarreta simplesmente a queda do Gabinete dos Ministros, por falta de confi ança do Parlamento, que discorda da orientação governamental por ele traçada. Vêm a calhar estas considerações de Pontes de Miranda:

“Não há julgamento político, sensu stricto, do Presidente da República. Há julgamento jurídico. Quer nas preliminares relativas à formação da relação jurídica processual, que se estabelece com a recepção da denúncia, quer na cognição incompleta, superfi cial após à angularização da relação, que é afi rmativa com a decretação de acusação, quer na cognição completa, declarativa da não-responsabilidade ou desconstitutiva-condenativa, com a decisão fi nal, o Poder Legislativo, ou parte dele somente julga: o fato de que resulta a sanção há de ser infração da lei, porque, de regra, os atos anti-regulamentares não são objeto de acusação (Hans Kelsen, Allgemei-ne Staatslehre, 286); o corpo legislativo ou corpos legislativos a que se atribuem a recepção da denúncia, com os seus pressupostos subjetivos e objetivos, a decretação da acusação e a decisão fi nal funcionam como cor-po judiciário, ou corpos judiciários, a cujas regras de julgamento se devem submeter. É a função judicial do Poder Legislativo, que se lhe somou, em virtude de exigências históricas e de política democrática, como existem funções normativas do Poder Executivo e funções executivas do Poder Judiciário.” (cfr. Comentários à Constituição de 1946, págs. 424/425, vol. II, 2ª ed., ano 1953).

Tal conclusão mais se afi rma no Direito Pátrio, em que, por expressa dis-posição constitucional, o impeachment só alcança atos qualifi cados como crimes, por texto da Constituição Federal, nomeados de responsabilidade, desenvolvidos em lei, e o julgamento se efetiva através de processo, tam-bém por lei regulado, portanto, processo penal, para reger o procedimento em que se verifi ca a ocorrência ou não de crime. Na verdade, em longa digressão, se mostrou que na Inglaterra e América do Norte, o mesmo en-tendimento se tem da questão. Em última análise, o impeachment enseja a consideração de crime contra o Estado, processo penal para a sua apuração e órgão político para o seu julgamento. Assim, no direito brasileiro, desde os idos do Império se estabeleceu que o impeachment se restringia aos crimes, defi nidos por lei especial, e segundo processo também legalmente estabelecido, em modo específi co, para esse julgamento. Criaram-se dois tipos de crime funcional: o capitulado no Código Penal e o cogitado na

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Constituição. Aqueles, para os funcionários em geral e os próprios Ministros do Supremo Tribunal Federal, a partir da Constituição de 1891, e os outros para os agentes políticos do governo. Aliás, os crimes de responsabilidade não se cingem ao Presidente e seus Ministros, também apanha os Ministros do Supremo Tribunal Federal. Só que os destes, como já ensinava Pedro Lessa, na vigência da Constituição Federal de 1891, são os capitulados no Código Penal, são os crimes funcionais ordinários (cf. Do Poder Judiciário, pág. 34, ano 1915), enquanto os daqueles são os defi nidos pela própria Constituição e especifi cados em lei especial. Mas, todos eles são crimes. Apenas os crimes funcionais, chamados de responsabilidade desses agen-tes políticos são defi nidos pela Constituição e especifi cados em lei especial juntamente com o processo penal para apuração da sua culpabilidade. Po-lítico é tão-somente o Juízo. Quanto a isso bem explica Rui: “A Constituição não podia dar à justiça comum o poder de depor o Presidente da República. Nos crimes conexos aos que o Presidente praticar no exercício das suas funções, os Ministros não poderiam ser julgados pelo mesmo tribunal que julgasse o Presidente. Para julgar, enfi m, os membros do Supremo Tribunal nos delitos profi ssionais, necessário era buscar fora dele uma judicatura tão alta quanto a sua. Não podia ser senão a do Senado.” (cfr. Comentários à Constituição Federal Brasileira, pág. 426, vol. III, ano 1933).

Não se trata, portanto, de um processo político-administrativo, porém, de um processo penal, para apuração de crime, e condenação, segundo o processo penal, do culpado. Ante o campo restrito reservado para o Juízo Político na aplicação das penalidades, se ressalva a possibilidade de, depois de con-denado por este, se sujeitar, por esses mesmos crimes, à Justiça Comum. Essa duplicidade de julgamento explica porque se cindiu a aplicação da pena entre dois tribunais. Não se adotou o sistema da Inglaterra e do Brasil monárquico, mas seguiram os métodos das Constituições norte-americana e argentina. Então se permitiu que aquele afastado do cargo pudesse ainda se sujeitar a outras penalidades do Direito comum. A teoria da separação dos poderes talvez tenha sido a razão dessa orientação. Entendeu-se que os agentes políticos, enquanto tais, só devem ser submetidos ao julgamento de Tribunal Político, com referência a crimes funcionais, no exercício dos poderes políticos, governamentais, relegado à Justiça comum o julgamento deles, para aplicação de penalidades ademais cabíveis, por esses crimes, depois de despojados do cargos políticos.

De nada vale argumentar com a omissão do Regimento Interno que não prevê o procedimento do impedimento do Sr. Governador e não agasalha a faculdade de recurso ao Plenário no caso de indeferimento da denúncia.

E isto por óbvias e elementares razões:

a) O processo e a defi nição dos crimes de responsabilidade foi cometido

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expressamente à Lei Federal e as Constituições dos Estados, não sendo, portanto, possível aos Regimentos Internos dos Parlamentos senão repro-duzir, sem nada acrescer, o que se contém na lei e na Constituição.

b) Nem sequer a lei estadual poderia dispor algo a respeito.

c) Do não recebimento da denúncia cabe recurso ao Plenário. Isto decorre do disposto no artigo 581 do Código de Processo Penal, segundo o qual:

“Art. 581- Caberá recurso em sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:

I – que não receber a denúncia ou a queixa.”

De outra sorte a justifi car esta conclusão exsurge o disposto no artigo 79 da Lei Federal nº 1.079, de 10 de abril de 1950, que dispõe:

“No processo e julgamento do Governador serão subsidiários desta lei, na-quilo em que lhe forem aplicáveis, assim o Regimento Interno da Assembléia Legislativa e do Tribunal de Justiça, como o Código de Processo Penal”.

Há a respeito de se observar também o que dispõe o artigo 568, alíneas “a” e “b” do R.I.T.J.S.P.

Assim, e em razão dos princípios da legalidade e da razoabilidade suscito a V. Exa. a seguinte questão de ordem:

Oferecida denúncia para a apuração de crimes de responsabilidade do Sr. Governador do Estado em petição que a meu juízo se reveste de todas as formalidades legais, nos termos da legislação de regência, impõe-se a V. Exa. emitir juízo conclusivo e defi nir se recebe ou não a denúncia, motivando a decisão no caso de seu indeferimento.

Em razão dos mesmos princípios roga que a defi nição a que V. Exa. está obrigado não exceda o prazo de 30 (trinta) dias, para evitar que sua omissão frustre a impetração de mandado de segurança.

E por derradeiro, sendo minha faculdade, como cidadão nos termos do artigo 50 da Constituição do Estado, oferecer denúncia por prática de crime de responsabilidade do Sr. Governador, erigido como verdadeiro direito subjetivo público, é possível a postergação, sem violação ao mencionado preceptivo da Lei Maior Paulista, do ato a que V. Exa. está vinculado, de defi nir se recebe ou não a denúncia?

P. Deferimento

São Paulo, 4 de junho de 1996.

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José Eduardo Ferreira Netto

(Deputado Estadual)

Faço um apelo a V. Excelência para que decida sobre a questão de ordem e se recebe ou não a denúncia no prazo de 30 dias, para que eu, no caso de um indeferimento possa, usando do meu direito subjetivo público, como integrante desta legislatura, impetrar mandado de segurança.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE - RICARDO TRÍPOLI - PSDB - Senhores Deputados, Senhoras Deputadas, o nobre Deputado José Eduardo Ferreira Netto, in-conformado com a decisão proferida em questão de ordem “nos autos do processo de impeachment do Sr. Governador do Estado, protocolizado na Egrégia Mesa em 8 de maio de 1996 (protocolo nº 009219)”, ofereceu recurso por escrito ao Plenário, em 16 p.p. (protocolo 011558-Mesa), apoiado por outros senhores deputados, solicitando do presidente o seu recebimento e que seja submetido à apreciação do órgão colegiado. Tudo porque, após arrazoar, pretende que o presidente “se retrate para não incidir na tipifi cação disposta no artigo 11, inciso II da Lei Federal nº 8.429, de 2 de junho de 1992”, pois, “da decisão de Vossa Excelência, se constata que decorrem para os pedidos de impedimento do Exmo. Sr. Governador do Estado duas inequivocadas conseqüências: a) postergação voluntária de prática de ato de ofício; b) imotivado retardamento do processo, sem justifi cativa plausível, com a nítida intenção (mal disfarçada) de albergar na impunidade o agente objeto da denúncia, o que equivale, na prática, ao indeferimento da denúncia”.

Não obstante o ineditismo do assim denominado recurso – fl agrantemente anti-regimental –, mas em razão da relevância da matéria e da série de desatinos cometidos por S. Exa. nas suas razões, esta Presidência irá respondê-lo.

I - Registre-se, de início, que, fundamentalmente, a decisão à questão de ordem referida fi rmou tão-somente o entendimento de que compete ao Presidente da Assembléia receber ou não a denúncia, com o qual, aliás, S. Exa. expressamente concorda: “Não se nega, Sr. Presidente, esta fa-culdade” (sic). Mas não foi além a decisão da Presidência. Decisão, aliás, de natureza soberana, respaldada nos exatos termos do artigo 18, inciso I, alínea “I” do Regimento Interno; mesmo não a admitindo S. Exa., que pre-tende dela recorrer e, ao recorrer, criar normas regimentais. Quem aprova normas regimentais ainda é o Plenário, em dois turnos de discussão e vo-tação, e não o inconformismo de algum deputado quando frustrada alguma pretensão. Bem de lembrar que não é razoável que diga o deputado que pensava que fosse exercer o mandato com outro Regimento – como anota

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S. Exa. observação do professor Dalmo Dallari sobre os governadores e as constituições que encontraram.

Quer o nobre deputado, legislando, aliás, legislando em causa própria, abolir o juízo preambular a respeito da admissibilidade da denúncia, exigindo que seja formal este ato do presidente, como se o presidente fosse um mero homologador de protocolo, a despachar para leitura no expediente qual-quer denúncia protocolizada na Assembléia Legislativa imputando crime de responsabilidade ao Sr. Governador.

O nobre deputado inquina de “deveras hilariante, se não trágica, a conclu-são de que é competência do Presidente da Assembléia receber ou não a denúncia formulada por prática de crime de responsabilidade. ...A denúncia não pode deixar de ser recebida se o pedido estiver formalmente correto”, afi rma S. Exa.

Temos, pois, que de hilariante, se não trágica, é como S. Exa. classifi ca decisão do pleno do Supremo Tribunal Federal, que, sobre a matéria, no mandado de segurança nº 20.941-DF, em 9 de fevereiro de 1990, assim concluiu:

“Competência do Presidente da Câmara dos Deputados, no processo de impeachment, para o exame liminar da idoneidade da denúncia popular, que não se reduz à verifi cação das formalidades extrínsecas e da legitimi-dade de denunciantes e denunciados, mas se pode estender, segundo os votos vencedores, à rejeição imediata da acusação patentemente inepta ou despida de justa causa, sujeitando-se ao controle do Plenário da Casa, mediante recurso, não interposto no caso”.

Do voto vencedor de S. Exa. o ministro Sepúlveda Pertence no referido mandado de segurança extrai-se:

“Não contesta a impetração que toque ao Presidente da Câmara o rece-bimento ou rejeição da denúncia. Aliás, está explícito, no art. 19 da Lei 1.079/50, norma que, data venia, tenho por inteiramente compatível com a nova ordem constitucional – que, só depois de recebida, a denúncia de qual-quer do povo será lida em plenário e despachada à comissão especial.

De outro lado, esse recebimento da denúncia, ato liminar do procedimento, não se reduz a uma tarefa material de protocolo: importa decisão, como o reconhecem os impetrantes, ainda que lhe pretendam reduzir o alcance à verifi cação dos requisitos puramente formais dos arts. 15 e 16 daquela mesma lei, ao passo que a autoridade coatora se sentiu autorizada a avan-çar até o endosso da afi rmação do parecer da assessoria legislativa, que reputou inepta a acusação.

Não é o caso de indagar quem esteja com a razão. Basta-me que se reco-

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nheça ter o Presidente da Câmara, ainda que em tese, o poder de rejeitar liminarmente a denúncia por crime de responsabilidade; reconhecê-lo afi rmar a sua condição de órgão da jurisdição do impeachment, do que se segue, por tudo quanto se expôs, a imunidade da decisão ao controle judicial. (RTJ 142-114).

Em outro momento, interfere o Exmo. Sr. Ministro Sepúlveda Pertence:

“O que eu disse foi o seguinte: os impetrantes, patrocinados por um dos mais respeitáveis publicistas deste País, não negam que é ao Presidente da Câmara que cabe o Poder de receber ou rejeitar a denúncia. Apenas sustentam que o âmbito do seu juízo deveria limitar-se à matéria dos artigos 14, 15 e 16 da Lei nº 1.079; enfi m, o recebimento da denúncia seria um ato de mera verifi cação sobre se o signatário é cidadão brasileiro, se o denun-ciado é alguém sujeito ao impeachment, se a fi rma dos denunciantes está reconhecida, se se juntam documentos ou indicam testemunhas.

Ter-se-ia, assim, Senhor Presidente, o Presidente da Câmara dos Depu-tados reduzido ao papel de homologar uma informação sobre aspectos formais, que esta, sim, deveria tocar a um diligente funcionário do protocolo; a ele se negaria o que não se nega mais, nem os acórdãos da corrente mais rigorosa, a um juiz de primeira instância na instauração de um processo, por uma nonada qualquer: primeiro, a verifi cação da inépcia do stricto sensu da imputação – os fatos narrados hão de constituir crime –, segundo, porque alguns colocam no campo da inépcia, outros colocam na aferição da justa causa do processo.

Se assim é no processo perante o juiz singular; se assim é também no processo perante os Tribunais, seja quem for o acusado, seja qual for a acusação, não posso admitir que, dando a Lei nº 1.079 ao Presidente da Câmara o poder de rejeitar a denúncia, contra o Presidente da República essa rejeição se haja de limitar à verifi cação burocrática do reconhecimento de fi rma ou para saber se fulano ainda é ministro de Estado ou que efeitos terá o status de ministro conferido ao consultor-geral da República, por decreto e coisas assim.

Cuida-se de abrir um processo, de imensa gravidade, é um processo cuja abertura, por si só, signifi ca uma crise. Então nega-se ao Presidente da Câmara saber se o fato, em tese, é crime de responsabilidade?...” (RTJ 142-139/40)

2 - Este é o entendimento da maioria dos membros do Supremo Tribunal Federal sobre o deferimento ou indeferimento da denúncia.

O Presidente não é um autômato, afi rmava o Ministro Paulo Brossard, com monografi a sobre o tema, acerca do ato de receber ou indeferir a denúncia.

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Medra na parcialidade, isto sim, e não se compadece com a ética, aquele que, tendo interesse, pretende impingir aplicação favorável para si de norma legal, sob ameaça de, se a autoridade assim não decidir, estar incorrendo em crime de improbidade administrativa; pouco importando se, digamos, eventualmente, de sua interpretação parcial da lei discorde, por exemplo, o Supremo Tribunal Federal.

Portanto, não se trata de exaltação de virtude da Presidência o fato de ela estar pautando sua conduta na mais restrita observância da lei, como ironiza o recorrente. É dever. No mais, quanto às competências decor-rentes da lei nº 1.079/50, exercê-las-á sem constrangimento e sem medo de ameaças, sejam elas notórias ou veladas, expressas ou sub-reptícias. Competirá à soberania do Plenário, se recurso houver, confi rmar ou não eventual indeferimento de denúncia por crime de responsabilidade contra o Governador do Estado.

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Questão de Ordem nº 130

Autor: Deputado Jayme Gimenez

185ª Sessão Ordinária – 10.12.96

O SR. JAYME GIMENEZ - PMDB - Para questão de ordem – Sr. Presidente, vou fazer a seguinte questão de ordem:

Tendo em vista as eleições municipais realizadas este ano, sete (7) dos deputados estaduais, eleitos em 1994, pela coligação composta pelo PMDB, PL e PSD, sagraram-se prefeitos municipais, devendo deixar defi nitivamente seus mandatos legislativos nesta Casa a partir de 01/01/97, a saber:

- Deputado Mauro Bragato

- Deputado Uebe Rezek

- Deputado Estévam Galvão de Oliveira

- Deputado Abelardo Guimarães Camarinha

- Deputado Antônio Carlos de Oliveira Ribas de Andrade

- Deputado José Carlos Tardelli

- Deputado Gilson Luiz Correia de Menezes

Tendo em vista, ainda, que dentre os sete (7) suplentes que haveriam de assumir, também eleitos por aquela Coligação, dois (2) deles também foram eleitos prefeitos no referido pleito municipal, de forma que ao assumirem seus mandatos executivos deixarão defi nitivamente a condição de suplente não assumindo, portanto, sendo eles: Clemente Manuel de Almeida e Mario Dias Ribeiro.

Ficando desta forma assim composta pela ordem nominal de votação os suplentes daquela coligação.

1 – Sylvio Benito Martini

2 – Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho

3 – Paulo Eugênio Machado Barboza

4 – Nelson Salomé

5 - Salvador George Donizeti Khuriyeh

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6 - Flávio Nelson da Costa Chaves

7 - Vergílio Dalla Pria Netto

Tendo em vista mais que dentre os sete (7) suplentes remanescentes, Salvador George Donizetti Khuriyeh, na condição de suplente, trocou de legenda partidária, fi liando-se ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), que não compunha a Coligação que o elegeu.

Finalmente, tendo em vista as reiteradas decisões lançadas pelo Egrégio Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, no sentido de que o parlamentar que se desliga do partido do qual era suplente, perde essa condição, sendo certo que em resposta a uma consulta, formulada pela Presidência desta Casa, o E. Tribunal assim respondeu:

“O suplente de deputado estadual que se desligar do Partido sob cuja legenda concorreu perde essa condição”.

(Acórdão nº 105.325, relator o Juiz José de Castro Bigi, de 29 de maio de 1990).

Sendo certo, ainda, que na esteira do v. acórdão supracitado, mantém-se o E. Tribunal, quer seja respondendo a consultas, como a formulada por esta Casa, quer seja julgando casos concretos, particularmente relativos ao legislativo municipal neste Estado verbi gratia dos seguintes acórdãos:

Acórdão nº 122.551, de 28 de março de 1995, relator o Juiz Souza José ...omissis...

3 - Vereador – vaga – O suplente não tem direito subjetivo senão mera expectativa de direito de ocupar vaga que venha a ser aberta. A suplência, a teor do que dispõe o art. 122 do Código Eleitoral, constitui a chamada “reserva partidária”. A desfi liação do suplente implica em renúncia à ordem de prelação.

Acórdão nº 109.417, de 04 de abril de 1991, relator o Juiz José de Castro Bigi.

...omissis...

...“vereador que se desliga do Partido do qual era suplente, perde essa condição”.

Acórdão nº 105.443, de 29 de maio de 1990, relator o Juiz Américo Lacombe:

...omissis...

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...“o suplente que mudar de coligação perderá o mandato, ainda que esteja no exercício da vereança”.

Assim, ante tais fatos, e no teor das decisões mencionadas, bem como do disposto no art. 112 do Código Eleitoral, que nos informa ser a suplência das representação partidária, a ser utilizada quando as circunstâncias assim exigirem, como a que se avizinha é que suscita a presente questão de ordem:

Qual o critério a ser adotado por essa Presidência: dará posse ao suplente de Deputado, que embora eleito pela Coligação composta pelo PMDB, PL, PSD, hoje encontra-se fi liado ao PDT, partido, portanto, diverso a coligação que o elegeu?

Sala das Sessões, em

Deputado Estadual e Presidente do Diretório Estadual do PMDB –SP

Sr. Presidente ora em exercício, nobre Deputado Luiz Carlos da Silva, soli-cito a V. Exa. que leve esta questão de ordem ao Presidente efetivo desta Casa, para que a Mesa nos dê uma posição defi nitiva, porque conforme a sua decisão, o PMDB poderá até ir à Justiça, solicitando um mandado de segurança preventivo a fi m de garantir os direitos dos seus suplentes eleitos pela coligação e que se mantiveram no PMDB.

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Resposta da Questão de Ordem nº 130

Presidente Ricardo Trípoli

188ª Sessão Ordinária – 13.12.96

O SR. PRESIDENTE – RICARDO TRÍPOLI – PSDB – Srs. Deputados, Sras. Deputadas, o nobre Deputado Jayme Gimenez, do PMDB e também seu Presidente do Diretório Estadual, formulou questão de ordem em 10 do corrente. Sua Excelência noticiou a eleição, em 3 de outubro pp., como Prefeitos, de 7 senhores Deputados Estaduais da coligação composta pelo PMDB, PL e PSD e afi rmou que estes Deputados deverão deixar defi nitiva-mente seus mandatos legislativos nesta Casa a partir de 1º de janeiro de 1997. Informou, ainda, que dois dos sete suplentes que haveriam de assumir também foram eleitos Prefeitos e, segundo S. Exa., estes dois suplentes ao assumirem seus mandatos executivos deixarão defi nitivamente a condição de suplentes. Noticiou também que, dentre os 7 suplentes, Salvador George Donizeti Khuriyeh trocou de legenda partidária, fi liando-se ao PDT, que não compunha a Coligação que o elegeu (sic).

O nobre suscitante da questão de ordem rememorou as reiteradas decisões lançadas pelo Egrégio Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo entendendo que: o parlamentar que se desliga do partido do qual era suplente perde tal condição. Sua Exa. não deixou de mencionar o Acórdão 105.325, de 29 de maio de 1990, decorrente de consulta formulada pela Presidência desta Casa, onde se concluiu: o suplente de deputado estadual que se desligar do Partido sob cuja legenda concorreu perde essa condição. Citou, ainda, os acórdãos 105.443, 109.417 e 122.551, todos prolatados pelo egrégio Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, e, fi nalizando, indagou:

“Qual o critério a ser adotado por essa Presidência, dará posse ao su-plente de Deputado, que, embora eleito pela Coligação composta pelo PMDB, PL, PSD, hoje se encontra fi liado ao PDT, partido, portanto, diverso da coligação que o elegeu?”

A Presidência passa a responder.

Como se sabe, a questão da perda da condição de suplente daquele que se desvincula do partido ou aliança pela qual tenha sido eleito, não está regulamentada nem no Código Eleitoral nem na Lei Orgânica dos Partidos Políticos. Com o advento da Emenda nº 25, de 15.5.85, à Constituição Federal anterior, a infi delidade partidária deixou de ser hipótese de perda de mandato parlamentar. A Constituição Federal atual, em vigor desde 5 de outubro de 1988, também não elenca no rol taxativo de seu artigo 55, a

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perda de mandato por infi delidade partidária. Remeteu aos estatutos dos partidos políticos a sede para se estabelecerem normas de fi delidade e disciplina partidárias.

Sobre a questão do suplente, o ministro do STF Francisco Rezek afi r-mou:

“Receio não encontrar em nosso Direito positivo o que me autorize a dizer que, pelo abandono do partido – e abstraindo a questão do retorno -, o suplente perde a qualidade que a eleição e o diploma lhe garantem.”

Não obstante, a Constituição Federal estabeleceu como condição de ele-gibilidade a fi liação partidária.

Surgem daí indagações se o mandato parlamentar pertence ao partido político ou ao candidato.

Neste contexto insere-se a consulta do Presidente desta Casa ao Tribunal Regional Eleitoral com acórdão nº 105.325, publicado no Diário Ofi cial do Estado, Seção I, em 20 de junho de 1990, com a seguinte conclusão:

“Na esteira da pacifi cada jurisprudência desta Egrégia Corte, lamentando dissentir da orientação do Colendo Supremo Tribunal Federal, a consulta poderá ser respondida da seguinte forma: o suplente do Deputado Esta-dual que se desligar do Partido sob cuja legenda concorreu, perde essa condição.”

O nobre Deputado Jayme Gimenez esqueceu-se de aduzir em sua pero-ração que o Egrégio Tribunal Regional Eleitoral, no Acórdão nº 105.325, lamentou dissentir da orientação do Colendo Supremo Tribunal Federal. A decisão da Suprema Corte do País sobre a mesma matéria não serviu de orientação para o TRE; a ela este tribunal não fi cou adstrito e, muito embora lamentando dissentir da decisão do Supremo Tribunal Federal, o TRE manteve sua peculiar orientação, aliás na esteira de sua própria e pacifi cada jurisprudência.

Como se nota, a questão do suplente que se desvincula do partido pelo qual tenha sido eleito não está normatizada em nosso Direito positivo, e tem ensejado entendimentos diversos.

O próprio Supremo Tribunal Federal ao enfrentar a matéria no Mandado de Segurança nº 20.916-DF não esteve unânime. Mas o entendimento majoritário é o seguinte:

“Em que pese o princípio da representação proporcional e a representa-ção parlamentar federal por intermédio dos partidos políticos, não perde a condição de suplente o candidato diplomado pela justiça eleitoral que,

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posteriormente, se desvincula do partido ou aliança partidária pelo qual se eleger”.

Em 27 de novembro de 1990, o Presidente da Assembléia manifestou-se sobre esta questão esclarecendo ao Plenário que muito embora respeitasse orientação do Egrégio Tribunal Regional Eleitoral, louvava-se na decisão do Colendo Supremo Tribunal Federal (Mandado de Segurança nº 20.919-DF), e na prática reiterada desta Assembléia, para convocar o 1º suplente do PDT, Dep. Waldemar Raffa, naquela data fi liado ao PMDB, na vaga decorrente da renúncia do Dep. Miguel Martini, do PDT.

No Mandado de Segurança nº 20.919 o Ministro Sepúlveda Pertence, hoje Presidente do Supremo Tribunal argumentava:

........................................

“Dir-se-á: o suplente não é detentor de mandato. É óbvio. Mas o suplente é, evidentemente, titular de uma situação jurídica individual.

Documenta-o, aliás, a prescrição da legislação eleitoral da expedição de diploma também a favor do suplente: diploma que representa, para o titular, título para assunção do mandato; diploma que representa, para o suplente, título para substituir, no exercício do mandato, em caso de falta do titular, ou para suceder ao titular no caso de vaga.

.......................................

Essa impunidade do titular que deserta da legenda pela qual se elegeu – a qual decorre inelutavelmente da Constituição - mostra que não faz sentido, data venia, continuar a dizer que o mandato é também do partido, por amor a princípios que o texto positivo não perfi lou.

E se o mandato não é do partido, senão enquanto a permanência do seu vínculo de origem aprouver ao titular, não vejo como impô-la também ao suplente, até porque a mesma fi delidade não mais lhe seria exigível, desde o momento em que sucedesse ao mandatário.”

E neste mesmo mandado de segurança, são do Ministro Moreira Alves as seguintes conclusões:

..................................

“Se não há mais fi delidade partidária antes da posse ou depois dela, inexiste razão para que, com base exclusivamente na inferência do princípio da representação proporcional e da valorização dada à representação parla-mentar federal dos Partidos, se exija a fi delidade partidária do suplente de Deputado, desde a sua diplomação até o seu empossamento no cargo que

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se vagou e que vinha sendo ocupado por Deputado pertencente ao Partido ou Coligação por que a suplência foi obtida. Esse direito à substituição – que é direito próprio do suplente – decorre exclusivamente de seu diploma de suplente, e para ser exercitado depende apenas da ordem de classifi cação constante do diploma e da vaga de Deputado do Partido ou Coligação por que se obteve a suplência, ainda que o suplente – como ocorre com o eleito diplomado, mas ainda não empossado – tenha mudado de Partido, ou, em caso de Coligação, se fi liado a outro não pertencente a ela.”

Assim, pois, a indagação do nobre Deputado Jayme Gimenez sobre qual o critério a ser adotado por essa Presidência já foi respondida pelo Presi-dente da Assembléia em 1990, como acabamos de relatar. Aliás, esta tem sido também a orientação da Presidência da Câmara dos Deputados, na esteira do entendimento do Supremo Tribunal Federal.

Esta Presidência – certifi cando-se de que a intelecção da matéria ainda não foi alterada pela suprema Corte - havendo vaga, convocará o suplente observando a relação de precedência da Justiça Eleitoral, publicada no Diário Ofi cial, decorrente da diplomação, independentemente da atual fi liação partidária do suplente.

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Questão de Ordem nº 132

Autor: Deputado Luiz Carlos da Silva

20ª Sessão Ordinária – 06.03.97

O SR. LUIZ CARLOS DA SILVA - PT - Sr. Presidente, este deputado está protocolando para análise de V.Exa., uma questão de ordem sobre emancipação, fusão, incorporação e desmembramento de municípios, tendo em vista que a Constituição de 88 dava o poder aos Estados, por lei complementar própria, de organizar todo o processo para a emancipação, fusão, incorporação ou desmembramento.

O Estado não deixou de ter o poder de legislar. Mas, sofremos uma alteração na Constituição do País, promulgada pelas Mesas da Câmara e do Senado, em que há dois pontos que nós consideramos centrais e que provocam, portanto, do nosso ponto de vista – e é essa a nossa questão de ordem – que todos os processos em andamento na Casa sofram um processo de paralisia. Por que, Sr. Presidente? Primeiro, deve haver lei complementar federal, que defi nirá o prazo e o período em que poderão ocorrer tais pro-cessos. Segundo, ele determina obrigatoriamente que o plebiscito se dê com as populações envolvidas. Então, não mais só a parte desmembrada ou anexada ou que venha a sofrer a fusão. Isso, Sr. Presidente, devido à convocação da Comissão de Assuntos Municipais.

Portanto, passo a ler a questão de ordem:

“Senhor Presidente

A Constituinte Federal ao elaborar a Carta Magna de 1988, conferiu aos Estados competência para disporem sobre a fi xação de quadro territorial, administrativo.

Na mesma esteira a Constituição Estadual estabelece competer exclusi-vamente à Assembléia Legislativa a iniciativa de leis que disponha sobre “artigo 24... § 1º...

Item 1 – Criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municí-pios.”

O Regimento Interno desta Casa, por outro lado, em seu artigo 240 es-tabelece:

“artigo 240 – A Criação de municípios e suas alterações territoriais pode-rão ser feitas anualmente, mediante consulta plebiscitária às populações

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interessadas, atendidos os requisitos da legislação Estadual.”

E em seu § 1º, este dispositivo determina que “as representações que atenderão às exigências estabelecidas em lei, deverão ser entregues à Assembléia até o dia 30 de abril de cada ano.”

A legislação estadual que disciplina a matéria, qual seja, a Lei Comple-mentar nº 651, de 31 de julho de 1990, defi ne inclusive, que a criação de municípios e suas alterações deverão ser feitas anualmente.

Ocorre que em 12 de setembro último, a Mesa da Câmara dos Deputados e do Senado Federal promulgaram a Emenda Constitucional nº 15, tendo por fi m conferir nova redação ao § 4º do artigo 18, da Constituição Federal, passando tal dispositivo a vigorar, desde então, com a seguinte redação: “artigo 18...

§ 4º - A Criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municí-pios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei com-plementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos, após divulgação dos Estados de viabilidade municipal, apresentados e publicados na forma da lei.”

Defl ui do novo texto Constitucional em vigor que as iniciativas tendo por fi m a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios, subordina-se agora, não só aos requisitos da legislação estadual que já disciplina a matéria, mas também e principalmente, condicionadas estão à promulgação de lei complementar federal, que irá determinar o período em que as aludidas alterações territoriais poderão ser efetuadas.

Aduzimos que a competência estadual para legislar sobre o assunto restou inalterada.

Entretanto a defl agração do processo legislativo exige, desde então, não somente a observância dos requisitos estabelecidos na legislação esta-dual, como também, encontra-se de forma irrefutável, no nosso entender, condicionada à edição de legislação federal complementar, que fi xará o pedido em que será permitida a efetivação das alterações, pretendidas, após, obviamente, as realizações de consulta plebiscitária às populações interessadas.

E assim inferimos porquanto, como é notório, a Constituição é lei supre-ma, base de ordem jurídica e por isso, todas as leis a ela se subordinam e nenhuma pode contra ela dispor.

Daí resulta serem viciados todos os atos que com ela confl itam, ou seja, dela resulta a inconstitucionalidade dos atos que a contrariam.

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Em face do exposto e com fulcro no artigo 260 da VIII Consolidação do Regimento Interno, levantamos a seguinte questão de ordem:

Tendo em vista a promulgação da Emenda Constitucional nº 15, que dá nova redação ao § 4º do artigo 18 da Constituição Federal. Inquirimos:

1 - Deverão ser suspensas as tramitações dos projetos de lei, processos, e demais procedimentos legislativos e administrativos já em tramitação instaurados com base na lei complementar 651, de 31/07/90?

2 - Poderão ser apresentadas novas representações tendo por fi m a cria-ção, a incorporação, a fusão e o desmembramento de município sem que seja promulgada lei complementar federal de que trata o § 4º do artigo 18 da Constituição Federal?

Gabinete da 1ª Secretaria Em 6 de março de 1997.LUIZ CARLOS DA SILVA1º Secretário”

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Resposta da Questão de Ordem nº 132

Presidente: Paulo Kobayashi

76ª Sessão Ordinária – 03/06/97

Esta Presidência passa a responder à questão de ordem levantada pelo nobre Deputado Luiz Carlos da Silva, pela oportunidade, visto que a questão será levantada na tarde de amanhã na Comissão de Assuntos Municipais.

Senhoras Deputadas, Senhores Deputados: o nobre Deputado Luiz Carlos da Silva suscitou Questão de Ordem, em 6 de março p. passado, onde, após prelecionar acerca da promulgação da Emenda Constitucional nº 15, de 12-09-96, indagou sobre a tramitação de projetos tendentes à criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios, antes da promulgação da lei complementar federal referida no § 4º do artigo 18 da Constituição Federal.

A resposta a esta questão de ordem reveste-se de importância singular, pos-to que, fundamentalmente, delineará os parâmetros legais ensejadores da atuação da Comissão de Assuntos Municipais. Regimentalmente, esta é a Comissão permanente encarregada de instruir as representações tendentes à criação de Municípios; de averiguar se tais representações preenchem os requisitos legais, consubstanciando-as em projeto de resolução solicitando a realização de plebiscito pelo Tribunal Regional Eleitoral; e também é a Comissão competente para, com exclusividade, elaborar o projeto de lei sobre criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios.

Pois bem. Com a promulgação da Emenda Constitucional nº 15 à Consti-tuição Federal, restou clara a intenção do constituinte reformador: tolher a autonomia dos Estados-membros concernente à criação de novos Municí-pios, retrocedendo ao que estava vigendo no período imediatamente anterior à Constituição de 1988; periodicidade e requisitos fi xados por legislação federal. A partir de 12-9-96, lei complementar federal determinará o perío-do para criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios, enquanto lei, também federal, defi nirá os parâmetros dos Estudos de Via-bilidade Municipal. Ou seja, aos Estados-membros restou apenas a lei de criação de novos Municípios, após consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos.

Qualquer entendimento divergente deste importa em desatendimento à técnica de repartição de competências entre os entes componentes da Fede-ração inscrita na Constituição Federal. Assim, quando a própria Constituição

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atribuiu ao Congresso Nacional competência para legislar sobre a matéria mediante lei complementar federal e lei federal, conseqüentemente também afastou a competência estadual para dispor sobre a mesma matéria. E nem mesmo pode-se alegar competência concorrente para, ante inexistência de lei federal, advogar a recepção da lei complementar estadual nº 651, posto que, se concorrente fosse a matéria, deveria necessariamente estar fi gurando no rol taxativo do artigo 24 da Constituição Federal, e não está.

Assim, enquanto se aguarda a legislação federal sobre o assunto, impende suspender a tramitação das representações, salvo as que, antes de 12-9-96, já haviam completado sua instrução.

É a resposta à questão de ordem suscitada pelo Deputado Luiz Carlos da Silva.

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Questão de Ordem nº 142

Autores: Deputados Erasmo Dias e Sylvio Martini

190ª Sessão Ordinária - 12/12/97

O SR. ERASMO DIAS - PPB - Pelo art. 82 - Sr. Presidente e Srs. Depu-tados,

Conta no art. 9º , da Constituição,

A sessão legislativa anual abrange, no segundo semestre, 1º de agosto a 15 de dezembro. (§ 1º, art. 9º)

A sessão legislativa não será interrompida sem “aprovação” da lei do or-çamento. (§ 4º, art. 9º)

Convocação extraordinária pelo Governador, em caso de urgência ou in-teresse público relevante. (§ 5º, art. 9º)

Na sessão legislativa extraordinária, somente será deliberada matéria para a qual foi convocada. (§ 6º, art. 9º)

Em face do texto constitucional, fi ca claro que,

- 15 de dezembro é a data fi nal do ano legislativo normal.

- extraordinariamente poderá ser convocada a Assembléia, pelo Gover-nador, para deliberar sobre matéria específi ca de urgência ou interesse público relevante.

- além de 15 de dezembro, a sessão legislativa anual continuará enquanto não “aprovada” a lei orçamentária.

Pretende esta Assembléia, deliberadamente, não “aprovar” a lei orçamen-tária até 15 de dezembro, inclusive não realizando sessões hoje, 12 e dia 15, numa atitude não recomendada pelo preceitos regimentais. Tal decisão vem sendo alimentada pela Mesa e pela maioria governista, apesar das constantes manifestações deste líder.

Da mesa forma, pretende esta Assembléia, deliberadamente aprovar inú-meros projetos de lei do Executivo que nestes últimos dias de dezembro, a “toque de caixa” vem sendo acumulados na Ordem do Dia, juntamente com o projeto orçamentário. Da mesma forma, tal decisão, com apoio da Mesa e da maioria governista, pretende após o dia 15 a seu livre arbítrio, aprovar esses projetos juntamente com a lei orçamentária!

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Se o funcionamento da Assembléia fora do prazo normal, 15 de dezem-bro, somente pode ser feita por convocação do Governo (ou mesmo da Assembléia) por motivo urgente ou de relevante interesse público, para tratar especifi camente de matéria desse tipo, como poderá esta Assembléia deliberar, após 15 de dezembro, de matéria a seu livre arbítrio, sob a ale-gação de que a sessão legislativa anual continua porque a lei orçamentária não foi “aprovada”?!

Assim sendo, o prazo de 15 de dezembro seria sempre letra morta, bem como “convocação extraordinária de urgência ou de interesse público relevante”?!

A maioria governista sempre poderá proceder de tal maneira, isto é, ne-gligentemente, omissa, procrastinando deliberadamente a aprovação do orçamento e com isso “empurrando”, a seu bel-prazer, além de 15 de dezembro, projetos de interesse particular!

Assim, é insofi smável que:

- após 15 de dezembro, não aprovada a lei orçamentária, apenas esse projeto deverá ser matéria a ser deliberada para realmente se encerrar o ano legislativo, não havendo possibilidade alguma de outras matérias serem apreciadas.

Assim, apresento a seguinte questão de ordem:

- Esta Assembléia Legislativa está pretendendo ultrapassar os limites cons-titucionais a ela imposta, em manifesto abuso de poder, face ao prescrito no art. 9º da Constituição Estadual.

Sr. Presidente, no dia 16, este deputado entrará com um mandado de segurança contra a Mesa da Assembléia Legislativa, caso a prescrição da nossa Questão de Ordem não seja cumprida.

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Resposta da Questão de Ordem nº 142

Presidente: Paulo Kobayashi

191ª Sessão Ordinária - 15/12/97

O SR. PRESIDENTE – PAULO KOBAYASHI – PSDB – Sras. Deputadas, Srs. Deputados, ontem, após constatações dos nobres Deputados Erasmo Dias, Sylvio Martini e Luiz Carlos da Silva, esta Presidência fi rmou entendi-mento de que a Sessão Legislativa não se interrompe com a não aprovação do Projeto de Lei Orçamentária, continuando com todas as matérias que vinham sendo examinadas na Sessão Legislativa.

Hoje, temos notícia de que o nobre Deputado Erasmo Dias ingressou com mandado de segurança contra a decisão de se incluir na Ordem do Dia, após o dia 15 de dezembro, outras matérias que não o orçamento.

Há confl itos de interpretação. E, para a segurança de todos, é bom que o Poder Judiciário se manifeste, dirimindo de vez esta pendência.

Todavia, independente de qual seja a decisão na medida liminar, até que haja o julgamento defi nitivo do mérito, esta situação de incerteza pode pre-judicar o interesse público, por se tratar de matéria de natureza tributária.

Por estas razões, considerando também que houve, no decorrer do dia de hoje, sinalização efetiva de que o Executivo poderá convocar extraordinaria-mente a Assembléia, esta Presidência com fundamento no artigo 18, inciso II, alínea “c” do Regimento Interno retira da Ordem do Dia desta Sessão Ordinária todas as proposições, exceto o Projeto de Lei nº 569/97, Projeto de Lei Orçamentária, e declara, por este motivo, sem efeito o Congresso de Comissões realizado hoje para apreciar o PLC-39/97.

O SR. ERASMO DIAS - PPB - Para questão de ordem – Sr. Presidente, eu falo em questão de ordem justamente para participar a V.Exa. que demos entrada agora, na parte da tarde, no egrégio Tribunal de Justiça de mandado de segurança do qual demos ciência a V.Exa. logo pela manhã.

Eu quero, independentemente de qualquer outra atitude, louvá-lo pela cautela que tem norteado as atitudes de V. Excelência.

Eu só poderia, neste momento, concordar com V. Exa., e aguardar plena-mente a decisão da Justiça. Ela é soberana, e o que ela decidir está decidido. Será jurisprudência de quem realmente deva fazer jurisprudência.

O SR. PRESIDENTE - PAULO KOBAYASHI - PSDB - A Presidência, real-

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mente, quando consultou V.Exa. pela manhã, se daria entrada ao Mandado de Segurança, o fez exatamente dentro desta visão.

Seria ótimo para a Assembléia que o Poder competente deve iniciar de vez esta pendência, mas como ele pode analisar em duas etapas, que era a questão da liminar e depois no mérito, e, na possibilidade óbvia, de no mérito julgar cabível, a interpretação de V.Exa. teria prejudicado o interesse público, na medida que iríamos aprovar projetos de natureza tributária, sem o necessário respaldo legal.

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Questão de Ordem nº 157

Autor: Deputado Erasmo Dias

8ª Sessão Ordinária da Conv. Extr. 29/12/1998

O SR. ERASMO DIAS - PPB - Para questão de Ordem - Sr. Presidente, Srs. Deputados, a imprensa noticia detalhes do que deverá ser a posse do Vice-Governador Geraldo Alckmim, dia 1º de janeiro.

Considere-se o direito legítimo de Mário Covas não comparecer à cerimônia de posse perante a Assembléia Legislativa, eis que:

- Está eleito e com ele o Vice-Governador (Artigo 37 CE)

- A posse ocorrerá dia 1º de janeiro (Artigo 39) perante a Assembléia Le-gislativa (Artigo 43 CE)

- Tem dez dias para tomar posse, tanto o Governador como o Vice-Gover-nador (Artigo 43, Parágrafo Único CE)

- Substitui o Governador, no caso de impedimento, o Vice-Governador, (Artigo 38 CE)

Tudo indica que esta Assembléia Legislativa receberá do Governador eleito participação do seu não comparecimento, dia 1º de janeiro, que, como se disse, tem-se conhecimento apenas pela imprensa.

Reza o Artigo 43 em seu Parágrafo Único:

“Se decorridos dez dias (11/01) da data fi xada para a posse (1º/01) o Go-vernador, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago”.

Se a Constituição concede o direito líquido, sem comprovante que o justifi -que, de adiar ao Governador eleito sua posse por dez dias, exige que além desse prazo exista “um motivo de força maior” que justifi que o não compa-recimento, sob pena de ser declarado vago o cargo, há que se indagar.

- Aceita por legal a ausência à posse até 11 de janeiro, o impedimento do Gover-nador, “por motivo de força maior” além desse prazo, que duração poderá ter?

- Não estando claro no texto constitucional a duração desse possível tempo de impedimento, em virtude de motivo de força maior, impor-se-ia estabe-lecer regras a serem obedecidas a fi m de dirimir dúvidas de legitimidade e constitucionalidade.

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Resposta da Questão de Ordem nº 157

Presidente: Paulo Kobayashi Conferido

8ª Sessão Ordinária da Conv. Ext. 29/12/1998

SR. PRESIDENTE - PAULO KOBAYASHI - PSDB - A Presidência passa a responder a questão formulada pelo nobre Deputado Erasmo Dias.

Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, o Líder do PPB, Deputado Erasmo Dias, tece considerações sobre a posse do Governador e do Vice-Governador, para, em seguida, formular questão de ordem.

- “Considera-se um direito legítimo do Governador eleito Mário Covas não comparecer à cerimônia de posse perante a Assembléia Legislativa, eis que: “está eleito, e com ele o Vice-Governador - art. 37 da Constituição Estadual”. A posse ocorrerá no dia 1º de janeiro - art. 39, perante a Assembléia Legis-lativa - art. 43 da Constituição Estadual”. “Tem 10 dias para tomar posse, tanto o Governador como o Vice-Governador - art. 43, parágrafo único da Constituição Estadual”. “Substitui o Governador, em caso de impedimento, o Vice-Governador - art. 38 da Constituição Estadual”.

Tudo indica que a Assembléia Legislativa receberá do Governador eleito participação de seu não comparecimento no dia 1º de janeiro do que, como se disse, tem-se conhecimento apenas pela imprensa.

Reza o art. 43, em seu parágrafo único: “Se decorridos dez dias - portanto, 11 de janeiro - da data fi xada para a posse - 1º de janeiro - e o Governa-dor, salvo motivo de força maior, não tiver assumido, este será declarado vago.”

Se a Constituição concede direito líquido, sem comprovante, que justifi que adiar a posse do Governador eleito por 10 dias, exige que além desse prazo exista “um motivo de força maior” que justifi que o não comparecimento, sob pena de ser declarado vago o cargo. Após arrazoar, indaga S. Excelência: “Aceita por legal a ausência à posse até 11 de janeiro, o impedimento do Sr. Governador – “por motivo de força maior” - além desse prazo, que duração pode ter?

A Presidência passa a responder:

1 - É público e notório que o Governador reeleito de São Paulo, Sr. Mário Covas, encontra-se convalescendo de uma intervenção cirúrgica destinada à extração de um tumor maligno alojado em sua bexiga.

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2 - A Constituição garante 10 dias ao Sr. Governador para tomar posse, inde-pendentemente de qualquer justifi cativa. Assim, não compete à Assembléia Legislativa impor-lhe a posse nesse período se ele assim não deseja.

3 - A força maior se caracteriza quando fato estranho à vontade da pessoa torna impossível a prática de um ato determinado.

4 - A indagação do nobre Deputado Erasmo Dias: Qual a duração que poderá ter a “força maior”, pela sua própria defi nição, não pode ser res-pondida com exatidão de prazos. Se a partir do décimo primeiro dia o Sr. Governador alegar motivos de força maior, não há prazo fi xado no texto constitucional para a sua cessação. Trata-se de direito à posse do qual o Sr. Governador é o titular e do qual não decairá, não competindo a este intérprete da lei restringi-lo. Assim, se forem alegados motivos de força maior a partir do dia 11 de janeiro, eles poderão perdurar até que o Sr. Go-vernador comunique que foram cessados para, então, poder a Assembléia Legislativa dar-lhe posse. É a resposta à Questão de Ordem do Líder do PPB, nobre Deputado Erasmo Dias.

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Questão de Ordem nº 183

Autor: Deputado José Zico Prado Conferido

139ª Sessão Ordinária - 26/09/2000

O SR. JOSÉ ZICO PRADO - PT - para questão de ordem – Sr. Presidente, Srs. Deputados, passo a ler as seguintes questões de ordem:

Questão de Ordem

“Senhor Presidente,

Formulo a presente questão de ordem para elucidação de dúvidas referen-tes aos artigos 71, § 2º, e 72, da IX Consolidação do Regimento Interno, relacionadas ao artigo 24, § 3º, item 3, da Constituição Estadual.

A Comissão de Constituição e Justiça desta Casa discutiu e aprovou, em reunião do dia 19 de setembro último, parecer do nobre Deputado Milton Vieira sobre o Processo RGL 03911/99. Referido Processo teve como origem ofício datado de 31 de maio de 2000, do Comando Nacional do Banespa, encaminhando a esta Casa cópia de requerimento subscrito por 296.187 (duzentos e noventa e seis mil, cento e oitenta e sete) eleitores, distribuídos pelos 634 municípios do Estado de São Paulo. Reivindicam esses milhares de paulistas, preocupados com o destino da instituição bancária que faz parte de suas vidas há quase um século, que seja submetida a plebiscito a privatização do BANESPA – Banco do Estado de São Paulo.

Em suas conclusões, o nobre Relator sugere “que seja solicitado ao Ex-celentíssimo Senhor Presidente do Egrégio Tribunal Regional Eleitoral, urgentes providências no sentido de, obedecidas as formalidades legais, ser convocado o competente PLEBISCITO, tendo em vista o preenchimento do requisito observado mediante adesão de 296.187 eleitores residentes no Estado de São Paulo, abrangendo os 634 municípios, conforme consta no ofício objeto deste processo.”

A possibilidade de consulta plebiscitária acha-se prevista na Constituição do Estado, art. 24, § 3º, item 3, que assim dispõe:

“3 - as questões relevantes aos destinos do Estado poderão ser submetidas a plebiscito, quando pelo menos um por cento do eleitorado o requerer ao Tribunal Regional Eleitoral, ouvida a Assembléia Legislativa.”

Como, até o momento, não existe legislação estadual que regulamente a realização do plebiscito na hipótese acima prevista, e tendo em vista a

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situação concreta que se nos apresenta, propomos algumas questões cuja elucidação solicitamos a Vossa Excelência:

1 - Para a realização do plebiscito, a Constituição exige que seja ouvida a Assembléia Legislativa. As deliberações da Assembléia Legislativa se dão através da votação de proposições em Plenário, considerando-se propo-sições aquelas elencadas no art. 133 da IX Consolidação do Regimento Interno, não estando incluídos aí os pareceres aprovados nas Comissões. Como deverá, pois, efetivar-se a manifestação da Assembléia Legislativa, se a Comissão de Constituição e Justiça não concluiu seu parecer com a apresentação de qualquer proposição?

2 - No caso de haver necessidade de uma proposição e como o parecer da Comissão de Constituição e Justiça não concluiu pela sua apresenta-ção, será aplicado o disposto no § 2º do artigo 71 da IX Consolidação do regimento Interno?

3 - Que forma deve assumir a proposição que submeta à deliberação da Assembléia Legislativa a realização de plebiscito sobre a privatização do BANESPA: projeto de resolução ou projeto de decreto legislativo?

4 - A quem caberá a iniciativa nesse tipo de proposição: apenas à Comis-são de Constituição e Justiça, que já analisou a matéria e aprovou parecer favorável, à Mesa ou a qualquer parlamentar?

Senhor Presidente, tendo em vista a importância do tema e a premência do tempo, em virtude da iminente realização do leilão de privatização, aguardamos ansiosos a resposta de Vossa Excelência às questões apre-sentadas.”

Eram estas as duas questões de ordem que remeto a V.Exa., para a apre-ciação, para que a Mesa possa orientar a respeito.

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Resposta da Questão de Ordem nº 183

Presidente: Vanderlei Macris

143ª Sessão Ordinária - 02/10/2000

O SR. PRESIDENTE VANDERLEI MACRIS - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de V.Exa. e a ela se associa.

A seguir, vai responder à questão de ordem formulada pelo nobre Depu-tado José Zico Prado, no dia 26 próximo passado: “Senhoras Depu-tadas, Senhores Deputados, o Deputado José Zico Prado formulou, dia 26 p.p., uma questão de ordem para elucidar dúvidas sobre o processo RGL 03911/2000, que dispõe sobre realização de plebiscito para a privatização do Banespa.

Sua Excelência indaga:

“Para a realização do plebiscito, a Constituição exige que seja ouvida a Assembléia Legislativa. As deliberações da Assembléia Legislativa se dão através de votação de proposições em Plenário, considerando-se propo-sições aquelas elencadas no art. 133 da IX Consolidação do Regimento Interno, não estando incluídos aí os pareceres aprovados nas Comissões. Como deverá, pois, efetivar-se a manifestação da Assembléia Legislativa, se a Comissão de Constituição e Justiça não concluiu seu parecer com a apresentação de qualquer proposição?”

I - De fato, em seu parecer de fl s. 21 e 22, a Comissão de Constituição e Justiça não concluiu apresentando proposição, mas sim sugerindo (sic) “que seja solicitado ao Exmo. Sr. Presidente do E. Tribunal Regional Eleitoral, urgentes providências no sentido de, obedecidas as formalidades legais, ser convocado o competente plebiscito, tendo em vista o preenchimento do requisito observado mediante a adesão de 296.187 eleitores residentes no Estado de São Paulo, abrangendo os 634 municípios, conforme consta no ofício objeto deste processo.”

Em seu parecer, pois, a Comissão de Constituição e Justiça atentou para que se obedecesse as “formalidades legais”.

Ora, a primeira formalidade é a que decorre do artigo 6º da Lei Federal nº 9.709, de 18 de novembro de 1998, que regulamentou a execução do dis-posto nos incisos I, II e III, do artigo 14 da Constituição Federal. O referido artigo legal preconiza:

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“Nas demais questões, de competência dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o plebiscito e o referendo serão convocados de con-formidade, respectivamente, com a Constituição Estadual e com a Lei Orgânica.”

Pois bem. O constituinte paulista de 1989, quando ainda se discutia se os Estados-membros da Federação poderiam ou não dispor sobre a iniciativa popular, plebiscito e referendo, pioneiramente enfrentou a questão e disci-plinou assim a matéria na Constituição do Estado de São Paulo:

“Artigo 24 -

§ 3º - O exercício direto da soberania popular realizar-se-á da seguinte forma:

1 -

2 - um por cento do eleitorado do Estado poderá requerer à Assembléia Legislativa a realização do referendo sobre lei;

3 - as questões relevantes aos destinos do Estado poderão ser submetidas a plebiscito, quando pelo menos um por cento do eleitorado o requerer ao Tribunal Regional Eleitoral, ouvida a Assembléia Legislativa;

4 - o eleitorado referido nos itens anteriores deverá estar distribuído em, pelo menos, cinco dentre os quinze maiores municípios, e com não menos que dois décimos de unidade por cento de eleitores em cada um deles;”

Desta maneira, para que o plebiscito ou o referendo sejam convocados de conformidade com a Constituição Estadual, mister se faz que o Tribunal Regional Eleitoral, e não a Comissão de Constituição e Justiça, comprove se os que subscreveram o requerimento são eleitores do Estado de São Paulo e se estão distribuídos em, pelo menos, cinco dentre os quinze maiores Municípios, e com não menos que dois décimos de unidade por cento de eleitores em cada um deles.

Conforme o Código Eleitoral, é competência do juiz expedir título eleitoral (art. 35, IX) e do Tribunal Regional Eleitoral “organizar o fi chário dos eleitores do Estado” (art. 30, inciso XVIII).

Nesta fase do processo, o objeto de deliberação da Comissão de Consti-tuição e Justiça deve ser este: solicitar ao Tribunal Regional Eleitoral se o requerido preenche os requisitos impostos pelo artigo 24, § 3º, itens 3 e 4 da Constituição Estadual.

Entender que o deliberado pela Comissão de Constituição e Justiça (que sugeriu ao TRE a realização de plebiscito) é a própria manifestação da

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Assembléia exigida pela Constituição Estadual, não se coaduna com a soberania do Plenário, este sim, órgão máximo do Poder Legislativo. Aliás, já frisado pelo suscitante da questão de ordem.

II - Se o Tribunal Regional Eleitoral atestar que o abaixo-assinado preenche os requisitos exigidos pela Constituição Estadual sobre a matéria, cabem, então, as outras indagações do nobre suscitante da questão de ordem:

“Que forma deve assumir a proposição que submeta à deliberação da Assembléia Legislativa a realização de plebiscito sobre a privatização do Banespa: projeto de resolução ou projeto de decreto legislativo?”

“A quem caberá a iniciativa nesse tipo de proposição: apenas à Comissão de Constituição e Justiça, que já analisou a matéria e aprovou parecer favorável, à Mesa ou a qualquer parlamentar?”

A Lei Federal 9709/98, em seu artigo 3º, estabelece que se consubstanciará em projeto de decreto legislativo a solicitação de plebiscito ou referendo. For-malmente esta deve ser a espécie legislativa para a manifestação soberana da Assembléia Legislativa, em matéria que vai produzir efeitos externos, qual seja: solicitação ao Tribunal Regional Eleitoral para a realização de plebiscito ou de referendo. E este mesmo preceptivo legal indica que será conjunta, “por proposta de um terço” dos membros do Poder Legislativo, a iniciativa deste projeto de decreto legislativo.

Tal proposição – projeto de decreto legislativo – como qualquer outra que não tenha procedimento especial devidamente regulamentado, obedecerá às normas regimentais de tramitação: publicação, pauta, manifestação das Comissões (Constituição e Justiça, mérito principal e mérito fi nanceiro), discussão e votação.

É a resposta à questão de ordem suscitada pelo líder do PT, Dep. José Zico Prado, esclarecendo que esta Presidência, a teor do disposto no § 2º do artigo 71 do Regimento Interno, retornará o RGL 3911/2000 para que a Comissão de Constituição e Justiça manifeste-se tão-somente como Co-missão, não subtraindo competência exclusiva da Assembléia Legislativa, prevista constitucionalmente , e que à Comissão ainda não foi delegada.”

Está respondida a questão de ordem.

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Questão de Ordem nº 190

Autor: Deputado Campos Machado

188ª Sessão Ordinária - 14/12/2000

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - para questão de ordem – Sr. Presi-dente, passo a ler a questão de ordem:

“Senhor Presidente, tem a presente a fi nalidade de, com fundamento no artigo 260 do Regimento Interno, formular a Vossa Excelência a seguinte Questão de Ordem:

1 - A Constituição Federal, em seu artigo 56, inciso II, estabelece os casos de licença de Deputado ou Senador, de suas respectivas Casas Legislativas, sem a perda do correspondente mandato, ou seja, por motivo de doença ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que este não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa.

2 - Da mesma forma, a Carta Federal aplica idênticas regras para os Deputados Estaduais, consoante prevê o § 1º do artigo 27, assim como para os Vereadores dos Municípios, expresso no inciso IX do artigo 29 do mencionado diploma.

3 - O nosso Regimento Interno também assim disciplina os casos de licença em seu artigo 84.

4 - Por outro lado, a Constituição Federal, na alínea “d” do inciso II do artigo 54, estabelece que os Deputados e Senadores não poderão, desde a posse, ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo, (grifo nosso), o qual é transcrito, para os Deputados Estaduais, na alínea “d” do artigo 15 da Constituição do Estado, que textualmente coloca “ser titulares de mais de um cargo ou mandato eletivo federal, estadual ou municipal.”

Diante das assertivas constitucionais e regimentais ora referidas, submeto a Vossa Excelência a seguinte questão:

“1º) Um Vereador, legitimamente eleito e diplomado, portanto notoriamente detentor do mandato que lhe foi outorgado, tomando posse de seu cargo, pode, em seguida, tomar posse como Deputado Estadual, na condição que detém de suplente e atendendo convocação da Mesa para assumir esse cargo?

2º) Diante dos dispositivos retro citados, e tomando a Mesa ciência de que suplente de Deputado Estadual, convocado a assumir uma cadeira

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no parlamento, é detentor de mandato de Vereador, assim mesmo daria posse ao parlamentar?

3º) Em caso positivo, qual o embasamento legal para tal procedimento?”

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Resposta da Questão de Ordem nº 190

Presidente: Vanderlei Macris

189ª Sessão Ordinária - 15/12/2000

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB - Senhoras Deputa-das, Senhores Deputados, o Dep. Campos Machado, líder do PTB, após arrazoar sobre licença e posse dos Deputados, à luz dos dispositivos cons-titucionais, formulou questão de ordem ontem, tomando como hipótese o seguinte:

“1 - Um Vereador, legitimamente eleito e diplomado, portanto notoriamente detentor do mandato que lhe foi outorgado, tomando posse de seu cargo, pode, em seguida, tomar posse como Deputado Estadual, na condição que detém de suplente e atendendo convocação da Mesa para assumir esse cargo?

2 - Diante dos dispositivos retro citados, e tomando a Mesa ciência de que suplente de Deputado Estadual, convocado a assumir uma cadeira no parlamento, é detentor de mandato de Vereador, assim mesmo daria posse ao parlamentar?

3 - Em caso positivo, qual o embasamento legal para tal procedimento?”

A Presidência passa a responder: Na convocação de suplente importa para a Assembléia Legislativa saber se as situações fáticas ensejadoras da con-vocação se coadunam com o § 1º do artigo 17 da Constituição Estadual. O suplente será convocado nos casos de vaga, decorrente de renúncia, morte ou perda do mandato; de investidura nas funções de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Fede-ral, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária; ou de licença superior a cento e vinte dias por motivo de saúde. Caso ocorra uma dessas situações deverá haver convocação daquele que foi diplomado pela Justiça Eleitoral como suplente e que detém, no diploma, o título da expectativa do direito de exercer o mandato, substituindo; ou de suceder, no caso de vaga.

Na hipótese suscitada pelo Líder do PTB, Dep. Campos Machado, o só fato de se ter conhecimento de que um suplente a ser convocado seja titular de mandato eletivo municipal, não possui o condão de elidir o direito de ele vir a ser convocado. Todavia, se convocado, vier a ser empossado e o ilustre Líder do PTB entender que se trata de infringência ao disposto no artigo 16, inciso I, da Constituição Estadual, poderá o seu partido ingressar com

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representação (art. 16, § 2º, CE) para que todos os Deputados à Assem-bléia Legislativa venham a decidir se o suplente de Deputado, no exercício do mandato, deve perder o mandato – que não detém como titular -, por ser também, concomitantemente, titular de mandato eletivo municipal. É a resposta à questão de ordem.

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL INTERNA

Legislação Referente à Participação de Membros do Poder Legislativo

em Órgãos Colegiados

NSaad
Lápis
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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Lei Complementar nº 846, de 4 de junho de 1998

Dispõe sobre a qualifi cação de entidades como organizações sociais, e dá outras providências

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei complementar:

CAPÍTULO I

Das Organizações Sociais

Seção I

Da Qualifi cação

Artigo 1º - O Poder Executivo poderá qualifi car como organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fi ns lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas à saúde e à cultura, atendidos os requisitos previstos nesta lei complementar.

Parágrafo único - As pessoas jurídicas de direito privado cujas atividades sejam dirigidas à saúde e à cultura, qualifi cadas pelo Poder Executivo como organizações sociais, serão submetidas ao controle externo da Assembléia Legislativa, que o exercerá com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado, fi cando o controle interno a cargo do Poder Executivo.

...........................................................................

Seção IV

Da Execução e Fiscalização do Contrato de Gestão

Artigo 9º - A execução do contrato de gestão celebrado por organização social será fi scalizada pelo Secretário de Estado da Saúde ou pela Secre-taria de Estado da Cultura, nas áreas correspondentes.

...........................................................................

§ 3º - A comissão de avaliação da execução do contrato de gestão das organizações sociais da saúde, da qual trata o parágrafo anterior, com-por-se-á, dentre outros membros, por 2 (dois) integrantes indicados pelo

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Conselho Estadual de Saúde, reservando-se, também, 2 (duas) vagas para membros integrantes da Comissão de Saúde e Higiene da Assembléia Legislativa e deverá encaminhar, trimestralmente, relatório de suas atividades à Assembléia Legislativa.

...........................................................................

...........................................................................

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Lei Complementar nº 914, de 14 de janeiro de 2002

Cria a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo - ARTESP

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei complementar:

Artigo 1º - Fica instituída a Agência Reguladora de Serviços Públicos De-legados de Transporte do Estado de São Paulo - ARTESP, autarquia de regime especial, vinculada à Secretaria de Estado dos Transportes, dotada de autonomia orçamentária, fi nanceira, técnica, funcional, administrativa e poder de polícia, com sede e foro na cidade de São Paulo, e prazo de duração indeterminado, com a fi nalidade de regulamentar e fi scalizar todas as modalidades de serviços públicos de transporte autorizados, permitidos ou concedidos, no âmbito da Secretaria de Estado dos Transportes, a en-tidades de direito privado.

...........................................................................

Artigo 18 - Os membros do Conselho Consultivo, cuja qualifi cação deverá ser compatível com as matérias afetas ao colegiado, serão designados pelo Governador mediante decreto, no prazo máximo de 90 (noventa) dias da instalação da ARTESP, obedecendo às seguintes indicações:

I - o Diretor-Geral da ARTESP, como membro nato;

II - do Poder Executivo: 4 (quatro) Conselheiros;

III - do Poder Legislativo: 2 (dois) Conselheiros;

IV - das entidades de classe das prestadoras de serviços de transportes fi scalizadas: 2 (dois) Conselheiros;

V - das entidades sindicais dos transportadores do Estado de São Paulo: 2 (dois) Conselheiros;

VI - das entidades representativas da sociedade civil: 1 (um) Conselhei-ro;

VII - das entidades representativas dos trabalhadores dos diferentes setores de transportes: 1 (um) membro.

§ 1º - No caso do inciso II, as indicações serão remetidas ao Governador

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

30 (trinta) dias antes da data do término dos mandatos dos respectivos representantes.

§ 2º - No caso do inciso III, as indicações serão feitas pela Comissão de Transportes e Comunicações da Assembléia Legislativa.

§ 3º - As entidades que, enquadrando-se nas categorias a que se referem os incisos IV, V, VI e VII, deverão fazê-lo através de assembléias convoca-das para essa fi nalidade e farão a indicação, no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação do edital convocatório no Diário Ofi cial do Estado, remetendo ao Secretário dos Transportes lista de 3 (três) nomes para cada vaga, acompanhada de demonstração das características da entidade e da qualifi cação dos indicados.

§ 4º - A designação para cada uma das vagas referidas nos incisos IV, V, VI e VII será feita por escolha do Governador, dentre os indicados pela respectiva categoria.

§ 5º - A posse dos novos membros do Conselho Consultivo dar-se-á após as respectivas nomeações e na primeira reunião que se realizar.

§ 6º - Os membros do Conselho Consultivo, cujas funções não serão remuneradas, terão mandato de 3 (três) anos, permitida 1 (uma) única recondução.

§ 7º - A ARTESP arcará com o custeio de deslocamento e estadia dos Conselheiros quando no exercício das atribuições a eles conferidas.

§ 8º - O Presidente do Conselho Consultivo será eleito pelos seus membros e terá mandato de 1 (um) ano.

§ 9º - Os membros do Conselho Consultivo perderão o mandato, por decisão do Governador, de ofício ou mediante provocação do Conselho Diretor da ARTESP, nos seguintes casos:

1 - conduta incompatível com a função;

2 - deixar de comparecer, injustifi cadamente, a 3 (três) reuniões consecu-tivas do Conselho;

3 - deixar de comparecer, injustifi cadamente, a 5 (cinco) reuniões, alterna-damente, do Conselho;

4 - decisão proferida em processo administrativo ou judicial com sentença transitada em julgado.

§ 10 - Na hipótese de vacância, o Governador do Estado nomeará novo

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Conselheiro para cumprir o período remanescente do mandato, respeitada a respectiva forma de indicação.

§ 11 - O Presidente do Conselho Diretor convocará o Conselho Consultivo para reunir-se, ordinariamente, uma vez por ano, para eleição de seu Pre-sidente e apreciação dos relatórios anuais do Conselho Diretor.

§ 12 - Haverá reunião extraordinária do Conselho Consultivo toda vez que este for convocado pelo Presidente do Conselho Diretor.

§ 13 - Por convocação do seu Presidente, ou de um terço de seus membros, o Conselho Consultivo reunir-se-á extraordinariamente para opinar sobre assunto de sua competência.

§ 14 - Os requerimentos formulados pelo Conselho Consultivo, dentro de suas atribuições, serão dirigidos ao Presidente do Conselho Diretor, os quais deverão ser respondidos no prazo máximo de 60 (sessenta) dias.

§ 15 - O Secretário do Conselho Diretor será também o Secretário do Conselho Consultivo.

...........................................................................

...........................................................................

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Lei Complementar nº 939, de 3 de Abril de 2003

(Projeto de lei Complementar nº 81/2000, do deputado Rodrigo Garcia - PFL)

Institui o código de direitos, garantias e obrigações do contribuinte no Estado de São Paulo

...........................................................................

CAPÍTULO IV

Do Sistema Estadual de Defesa do Contribuinte

Artigo 21 - Fica instituído o Conselho Estadual de Defesa do Contribuinte - CODECON, órgão de composição paritária, integrado por representan-tes dos poderes públicos e de entidades empresariais e de classe, com atuação na defesa dos interesses dos contribuintes, na forma desta lei complementar.

§ 1º - Os integrantes do CODECON terão o direito de indicar um membro titular e um membro suplente para a respectiva composição.

§ 2º - Os representantes indicados na forma do parágrafo anterior serão nomeados pelo Governador do Estado.

§ 3º - Os membros do CODECON não serão remunerados e suas funções são consideradas como serviço público relevante.

Artigo 22 - Integram o CODECON:

I - a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo;

II - a Federação do Comércio do Estado de São Paulo - FCESP;

III - a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo -FIESP;

IV - a Federação da Agricultura do Estado de São Paulo - FASP;

V - o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo - SEBRAE;

VI - a Ordem dos Advogados do Brasil - Seção de São Paulo - OAB-SP;

VII - o Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo - CRC-SP;

VIII - a Associação dos Agentes Fiscais de Rendas do Estado de São Paulo - AFRESP;

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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IX - o Sindicato dos Agentes Fiscais de Rendas do Estado de São Paulo - SINAFRESP;

X - a Coordenadoria da Administração Tributária da Secretaria da Fazenda;

XI - a Corregedoria do Fisco Estadual;

XII- a Ouvidoria Fazendária;

XIII- a Escola Fazendária do Estado de São Paulo;

XIV - a Procuradoria Fiscal da Procuradoria Geral do Estado;

XV - a Secretaria da Educação;

XVI - a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania;

XVII - a Casa Civil;

XVIII - a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo - FACESP; (NR)

Art. 22 com redação dada pelo art. 1° da Lei Complementar nº 941, de 27/05/2003.

XIX - a Federação da Empresas de Transporte de Carga do Estado de São Paulo - FETCESP; (NR)

XX - a Diretoria Executiva da Administração Tributária da Secretaria da Fazenda - DEAT. (NR)

Incisos XIX e XX acrescentados pelo inciso III do art. 2° da Lei Complementar n° 970, de 10/01/2005.

Artigo 23 - São atribuições do CODECON:

I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a política estadual de proteção ao contribuinte;

II - receber, analisar e dar seguimento a reclamações encaminhadas por contribuinte;

III - receber, analisar e responder consultas ou sugestões encaminhadas por contribuinte;

IV - prestar orientação permanente ao contribuinte sobre os seus direitos e garantias;

V - informar, conscientizar e motivar o contribuinte, através dos meios de comunicação;

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VI - orientar sobre procedimentos para apuração de faltas contra o con-tribuinte.

Parágrafo único - No prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da data da publicação desta lei complementar, os representantes das entida-des mencionadas neste artigo reunir-se-ão para escolher o Presidente, o Vice-Presidente e o Secretário do CODECON, bem como para elaborar e aprovar o seu regimento.

Artigo 24 - Constatada infração ao disposto neste Código, o contribuinte poderá apresentar ao CODECON reclamação fundamentada e instruída.

§ 1º - Julgada procedente a reclamação do contribuinte, o CODECON, com vistas a coibir novas infrações ao disposto neste Código ou a garantir o direito do contribuinte, representará contra o servidor responsável ao órgão competente, devendo ser imediatamente aberta sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.

§ 2º - O disposto neste artigo aplica-se às entidades de classe, associações e cooperativas de contribuintes, que poderão agir em nome coletivo na defesa dos direitos de seus associados.

Artigo 25 - Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

...........................................................................

CAPÍTULO V

Da Disposição Final e Transitória

Artigo único - São inválidos os atos e procedimentos de fi scalização que desatendam os pressupostos legais e regulamentares, especialmente nos casos de:

I - incompetência da pessoa jurídica, órgão ou agente;

II - omissão de procedimentos essenciais;

III - desvio de poder.

Palácio dos Bandeirantes, 3 de abril de 2003GERALDO ALCKMIN

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Lei nº 9.849, de 26 de setembro de 1967

Autoriza o Poder Executivo a constituir a Fundação “Padre Anchieta” - Centro Paulista de Rádio e TV Educativa, e dá outras providên-cias.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que, nos termos do § 1º do artigo 24 da Constituição Estadual, promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Fica o Poder Executivo autorizado a constituir uma Fundação destinada a promover atividades educativas e culturais através do rádio e da televisão.

Parágrafo único - A Fundação de que trata este artigo, com a denominação de Fundação “Padre Anchieta” - Centro Paulista de Rádio e TV Educativa, terá autonomia administrativa e fi nanceira e seu prazo de duração será indeterminado.

...........................................................................

Artigo 3º - A Fundação terá, como órgãos de administração, um Conselho Curador e uma Diretoria Executiva

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Decreto nº 25.117, de 6 de maio de 1986

Aprova o novo Estatuto da Fundação Padre Anchieta - Centro Pau-lista de Rádio e TV Educativas

FRANCO MONTORO, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais e à vista da exposição do Diretor Presidente da Fundação Padre Anchieta - Centro Paulista de Rádio e TV Educativas.

Decreta:

Artigo 1º - Fica aprovado o novo Estatuto da Fundação Padre Anchieta - Centro Paulista de Rádio e TV Educativas, anexo a este e que vigorará após as providências indicadas nos seus artigos 34 e 35.

Artigo 2º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 6 de maio de 1986.FRANCO MONTOROESTATUTO DA FUNDAÇÃO PADRE ANCHIETA - CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

...........................................................................

CAPÍTULO II

SEÇÃO I

Dos órgãos dirigentes e da administração

Artigo 6º - A Fundação será dirigida por dois órgãos:

I - o Conselho Curador;

II - a Diretoria Executiva.

Artigo 7º - Os membros do Conselho Curador exercerão seus mandatos gratuitamente e seus serviços serão considerados relevantes para o Estado de São Paulo.

SEÇÃO II

Do Conselho Curador

Artigo 8º - O Conselho Curador compõe-se de quarenta e cinco membros distribuídos nas seguintes categorias:

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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I - três vitalícios;

II - vinte natos;

III - um representante dos empregos da Fundação.

Parágrafo único - O exercício do cargo de membro do Conselho Curador, em qualquer de suas categorias, de caráter pessoal e indelegável.

...........................................................................

Art. 10 - São membros natos:

1 - o Presidente da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo;

2 - o Presidente da Comissão de Cultura da Assembléia Legislativa de São Paulo;

3 - o Secretário de Estado da Cultura;

4 - o Secretário de Estado da Educação;

5 - o Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda;

6 - o Secretário da Educação do Município de São Paulo;

7 - o Secretário da Cultura do Município de São Paulo;

8 - o Reitor da Universidade de São Paulo;

9 - o Reitor da Universidade Estadual de Campinas;

10 - o Reitor da Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”

11 - o Reitor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo;

12 - o Reitor da Universidade Mackenzie;

13 - o Presidente do Conselho Estadual de Educação;

14 - o Presidente do Conselho Estadual de Cultura;

15 - o Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo

16 - o Presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência;

17 - o Presidente da União Brasileira de Escritores;

18 - o Presidente da Associação Brasileira das Mantenedoras do Ensino

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Superior, Seção de São Paulo;

19 - o Presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Seção de São Paulo;

20 - o Presidente da União Estadual dos Estudantes.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Lei nº 7.576, de 27 de novembro de 1991

Cria o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana e dá providências correlatas

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Fica criado, nos termos do artigo 110 da Constituição do Estado, o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, com a fi nalidade de investigar as violações de direitos humanos no território do Estado, encaminhar às autoridades competentes as denúncias e repre-sentações que lhe sejam dirigidas, estudar e propor soluções de ordem geral para os problemas referentes à defesa dos direitos fundamentais da pessoa humana.

...........................................................................

Artigo 5º - O Conselho será composto pelos seguintes membros efetivos, nomeados pelo Governador do Estado:

I - um representante do Poder Executivo;

II - dois advogados, indicados pelo Presidente da Secção de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil, dentre os membros de sua Comissão de Direitos Humanos;

III - seis representantes da sociedade civil, indicados por entidades de defesa dos direitos humanos com personalidade jurídica, sede e atuação no Estado de São Paulo há mais de 5 (cinco) anos.

§ 1º - O Conselho poderá contar, ainda, com mais 2 (dois) membros efe-tivos, sendo um representante do Poder Legislativo, indicado pelo Presi-dente da Assembléia Legislativa Estadual, e um representante do Poder Judiciário, indicado pelo Presidente do Tribunal de Justiça do Estado.

§ 2º - Os Conselhos de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra, da Condição Feminina, da Juventude, de Entorpecentes, de Política Criminal e Penitenciária, do Idoso e de Assuntos da Pessoa Defi ciente, assim como a Universidade de São Paulo, a Universidade Estadual de Campinas e a Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, poderão indicar representantes para acompanhar discussões, deliberações, atos e diligências do Conselho.

...........................................................................

...........................................................................

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Lei nº 7.964, de 16 de julho de 1992

Dá nova denominação ao Fundo de Expansão Agropecuária, defi -ne seus objetivos, dispõe sobre a aplicação de seus recursos e dá providências correlatas.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Passa a denominar-se Fundo de Expansão da Agropecuária e da Pesca, o Fundo instituído pelo artigo 3º da Lei nº 5.444, de 17 de novembro de 1959, ratifi cado pela Lei nº 7.001, de 27 de dezembro de 1990, vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, que tem por objetivo prestar apoio fi nanceiro aos agricultores, pecuaristas e pescadores artesanais, em programas e projetos do interesse da economia estadual.

...........................................................................

Artigo 7º - O Conselho de Orientação do Fundo será presidido pelo Secretá-rio de Agricultura e Abastecimento e integrado pelos seguintes membros:

I - 1 (um) representante da Assessoria Técnica da Secretaria de Agricultura e Abastecimento;

II - 1 (um) representante da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral da Secretaria de Agricultura e Abastecimento;

III - 1 (um) representante da Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agro-negócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento;

IV - 1 (um) representante da Coordenadoria de Pesquisa dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento;

V - 1 (um) representante da Coordenadoria de Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura e Abastecimento;

VI - 1 (um) representante da Secretaria da Fazenda;

VII - 1 (um) representante da Secretaria de Economia e Planejamento;

VIII - 2 (dois) representantes da instituição fi nanceira administradora do Fundo;

IX - 1 (um) representante do Instituto de Terras da Secretaria da Justiça e

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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da Defesa da Cidadania;

X - 2 (dois) representantes da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo - FAESP;

XI - 2 (dois) representantes dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São Paulo;

XII- 1 (um) Deputado Estadual, membro da Comissão de Agricultura e Pecuária da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo;

XIII- 2 (dois) representantes das colônias de pescadores do Estado de São Paulo, sendo um representante da pesca marítima e outro da pesca de águas interiores;

XIV - 1 (um) representante dos agricultores assentados no Estado de São Paulo. (NR)

Art. 7° com redação dada pelo art. 2° da Lei nº 10.521, de 29/03/2000.

...........................................................................

...........................................................................

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Lei nº 8.074, de 21 de outubro de 1992 (*)

Cria o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente e o Fundo Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, e dá providências correlatas.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte Lei:

Artigo 1º - Fica criado o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, vinculado ao Gabinete do Governador do Estado.

Parágrafo único - O Conselho de que trata este artigo constituirá unidade de despesa do Gabinete do Governador.

Artigo 2º - Fica criado o Fundo Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, vinculado ao Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Artigo 3º - O Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, órgão deliberativo e controlador das ações da política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente, será composto por 20 (vinte) membros, sendo 10 (dez) representantes do Poder Público e 10 (dez) representantes da sociedade civil, e respectivos suplentes.

§ 1º - Os representantes do Poder Público serão escolhidos pelo Governo do Estado, em listas tríplices apresentadas pelos seguintes órgãos:

1. Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania;

2 - Secretaria da Criança, Família e Bem-Estar Social;

3 - Secretaria da Segurança Pública;

4 - Secretaria da Educação;

5 - Secretaria da Saúde;

6 - Secretaria da Cultura;

7 - Secretaria de Relações do Trabalho;

8 - Secretaria de Esportes e Turismo;

9 - Procuradoria Geral do Estado; e

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10 - Assembléia Legislativa. (NR)

§ 1° com redação dada pelo art. 1° da Lei nº 8.489, de 21/12/1993.

...........................................................................

...........................................................................(* )Artigo 4º §1º do Decreto 39.059, de 16/08/1994, que se refere à composição do conselho.

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Lei nº 9.177, de 18 de outubro de 1995

Cria o Conselho Estadual de Assistência Social e o Fundo Estadual de Assistência Social, extingue o Conselho Estadual de Auxílios e Subvenções e dá providências correlatas.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Fica criado o Conselho Estadual de Assistência Social - CON-SEAS, vinculado à Secretaria da Criança, Família e Bem-Estar Social.

Artigo 2º - O Conselho Estadual de Assistência Social - CONSEAS, órgão deliberativo, coordenador e controlador das ações da política estadual de assistência social, será composto por 24 (vinte e quatro) membros, sendo 12 (doze) representantes do Poder Público e 12 (doze) representantes da sociedade civil, e respectivos suplentes, a saber:

I - 1 (um) representante de cada um dos seguintes órgãos públicos:

a) Secretaria do Governo e Gestão Estratégica;

b) Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania;

c) Secretaria da Criança, Família e Bem-Estar Social;

d) Secretaria da Segurança Pública;

e) Secretaria da Educação;

f) Secretaria da Saúde;

g) Secretaria da Habitação;

h) Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho;

i) Secretaria de Economia e Planejamento;

j) Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo;

l) Assembléia Legislativa;

m) Universidade Pública Estadual;

II - 12 (doze) representantes de entidades da sociedade civil, escolhidos

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em foro próprio sob fi scalização do Ministério Público Estadual e nomeados pelo Governador do Estado, obedecida a seguinte composição:

a) 1 (um) representante de entidade da área jurídica;

b) 1 (um) representante de entidade da área patronal com referência no setor social e/ou educacional;

c) 1 (um) representante da categoria dos profi ssionais da área de assis-tência social;

d) 1 (um) representante da entidade dos dirigentes municipais da área social;

e) 1 (um) representante das Universidades Particulares com sede no Es-tado;

f) 1 (um) representante de moradores de rua;

g) 3 (três) representantes de entidades de assistência social;

h) 1 (um) representante de idosos;

i) 1 (um) representante dos portadores de defi ciência;

j) 1 (um) representante de entidade com atuação na área da criança e do adolescente.

§ 1º - O mandato dos membros do Conselho será de 3 (três) anos; o Con-selho será anualmente renovado pelo terço de seus membros, na forma estabelecida pelo Regimento Interno, admitida a recondução por apenas uma vez e pelo período de 3 (três) anos, ressalvado o disposto no § 4º deste artigo.

§ 2º - Os suplentes substituirão os respectivos titulares em seus impe-dimentos e, em caso de vacância, assumirão o cargo pelo restante do mandato.

§ 3º - O regimento interno especifi cará os requisitos exigíveis dos membros do Conselho e seus suplentes, bem como os casos de impedimentos, pela perda do mandato, de dispensa ou vacância.

§ 4º - Na primeira reunião que se realizará com a maioria absoluta dos membros do Conselho, far-se-á sorteio, para efeito da fi xação dos mandatos de 1 (um), 2 (dois) e 3 (três) anos, de modo a assegurar a renovação anual pelo terço, na forma estabelecida no § 1º deste mesmo artigo.

§ 5º - O Conselho Estadual de Assistência Social - CONSEAS é presidido

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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por um de seus integrantes, eleito dentre seus membros, para mandato de 1 (um) ano, permitida uma única recondução.

...........................................................................

...........................................................................

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Lei nº 12.548, de 27 de fevereiro de 2007

(Projeto de lei nº 546/2006, do Deputado Cândido Vaccarezza - PT e outros)

Consolida a legislação relativa ao idoso

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

CAPÍTULO I

Disposição Preliminar

Artigo 1º - Esta lei consolida a legislação relativa ao idoso no Estado de São Paulo.

...........................................................................

CAPÍTULO II

Da Política Estadual Do Idoso

...........................................................................

SEÇÃO IV

Das Políticas e dos Programas

...........................................................................

SUBSEÇÃO III

Do Programa de Vacinação da Terceira Idade

Artigo 14 - O Programa Estadual de Vacinação da Terceira Idade, previsto na alínea “j”, inciso II do artigo 8º desta lei, promoverá ampla vacinação anual, em período fi xado pela Secretaria da Saúde, preferencialmente acom-panhando o calendário nacional determinado pelo Ministério da Saúde.

§ 1º - O Estado providenciará a aplicação das vacinas antigripal, antipneu-mocócica, antitetânica e antidiftérica, conforme os critérios defi nidos nas normas técnicas publicadas pela Secretaria da Saúde, nas pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos de idade.

§ 2º - Independentemente do período do ano em que for realizada a va-cinação, as vacinas referidas no § 1º deste artigo deverão permanecer

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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disponíveis para aplicação na rede pública de saúde durante todo o ano.

§ 3º - Será fornecida a todos os que forem vacinados, nos termos do caput deste artigo, carteira de vacinação, com as datas de aplicação das vacinas e do retorno para nova aplicação.

Artigo 15 - O Estado promoverá, observado o artigo 37, § 1º, da Consti-tuição Federal, ampla divulgação do programa de vacinação previsto no artigo 14 desta lei.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Decreto nº 43.863, de 3 de março de 1999

Dispõe sobre os Grupos incumbidos de promover e coordenar as ações de vacinação da terceira idade, e dá providências correlatas

MÁRIO COVAS, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais e considerando a necessidade de assegurar ampla mo-bilização comunitária e efetiva participação dos recursos do Estado nas ações de vacinação da terceira idade,

Decreta:

Artigo 1º - Fica constituído o Grupo de Coordenação Estadual para, sob a presidência da Presidente do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo - FUSSESP, coordenar as ações de vacinação da terceira idade, integrado pelos seguintes membros:

I - o Secretário da Saúde, que será o Coordenador Geral;

II - a Secretária de Assistência e Desenvolvimento Social;

III - o Secretário de Agricultura e Abastecimento;

IV - o Secretário de Esportes e Turismo;

V - o Secretário do Governo e Gestão Estratégica;

VI - o Secretário-Chefe da Casa Militar;

VII - o representante da Assembléia Legislativa do Estado;

VIII - o Diretor do Centro de Vigilância Epidemiológica, que será o Coor-denador Executivo;

IX - a Coordenadora de Saúde da Coordenação dos Institutos de Pesqui-sa;

X - o Coordenador de Saúde da Coordenadoria de Saúde da Região Me-tropolitana da Grande São Paulo;

XI - o Coordenador de Saúde da Coordenadoria de Saúde do Interior;

XII - o Presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo;

XIII - o Presidente da Comissão Permanente de Assessoramento em Imunização;

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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XIV - o Presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações;

XV - o Presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia;

XVI - o representante do Conselho Estadual do Idoso;

XVII - o representante do Gabinete do Secretário da Saúde.

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Lei nº 10.231, de 12 de março de 1999

Reduz, pelo período de 75 (setenta e cinco) dias, a alíquota do Impos-to sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS dos veículos automotores, suspendendo a efi cácia do item 12 do § 1º do artigo 34 da Lei nº 6374, de 1º de março de 1989 (Acordo automotivo).

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - A alíquota prevista no item 12 do § 1º do artigo 34 da Lei nº 6.374, de 1º de março de 1989, em relação aos veículos automotores de fabricação nacional, terá sua aplicação suspensa por 75 (setenta e cinco) dias contados da publicação desta lei, vigorando, nesse período, a alíquota de 9% (nove por cento).

Parágrafo único - Esta suspensão não se aplica a veículos automotores de duas rodas.

Artigo 2º - Fica criada a Comissão de Acompanhamento do Acordo Automo-tivo, com a incumbência de avaliar os efeitos da aplicação da presente lei e dos demais dispositivos negociados no âmbito dos entendimentos entre os setores patronais, governamentais e dos trabalhadores.

§ 1º - A Secretaria da Fazenda deverá apresentar mensalmente, à comis-são citada no caput, os valores da arrecadação do ICMS, discriminando aqueles recolhidos no âmbito do setor automotivo.

§ 2º - A comissão citada no caput será integrada por membros do Poder Legislativo Estadual, sendo 1 (um) representante da sua Mesa Diretora e 1 (um) representante de cada uma das seguintes comissões permanentes da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo:

1 - Comissão de Economia e Planejamento;

2 - Comissão de Finanças e Orçamento;

3 - Comissão de Fiscalização e Controle;

4- Comissão de Relações do Trabalho; e

5- Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor.

...........................................................................

...........................................................................

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Lei nº 10.355, de 26 de Agosto de 1999

Concede isenção do pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA, na hipótese que especifi ca, e dá providências correlatas

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Fica o proprietário de veículo automotor novo, movido exclu-sivamente a álcool, adquirido no período compreendido entre a data da publicação desta lei e 31 de dezembro de 1999, isento do pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA, nos exer-cícios de 1999 e 2000.

Parágrafo único - Para efeito de registro e licenciamento, perante as repartições competentes, dos veículos automotores a que se refere este artigo, fi ca o adquirente dispensado da apresentação do comprovante de concessão da isenção, previsto no artigo 14 da Lei nº 6.606, de 20 de dezembro de 1989.

Artigo 2º - Fica criada a Comissão de Acompanhamento e Avaliação do Pacto do Setor Sucroalcooleiro, com a incumbência de avaliar os efeitos da aplicação da presente lei e dos demais dispositivos negociados no âmbito dos entendimentos entre os setores patronais, governamentais e dos trabalhadores.

Parágrafo único - A Comissão será integrada por membros do Poder Legislativo, sendo um representante da Mesa Diretora e um repre-sentante de cada uma das seguintes Comissões Permanentes da Assembléia Legislativa:

1. Comissão de Economia e Planejamento;

2 - Comissão de Finanças e Orçamento;

3 - Comissão de Fiscalização e Controle;

4 - Comissão de Relações do Trabalho;

5 - Comissão de Agricultura e Pecuária; e

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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6 - Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor.

Artigo 3º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 26 de agosto de 1999.MÁRIO COVAS

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Lei Nº 10.429, de 2 de dezembro de 1999

(Projeto de Lei nº 571/96, do deputado Renato Simões - PT)

Dispõe sobre a criação da Campanha Anual de Combate à Violência e Exploração Contra Crianças e Adolescentes no Estado de São Paulo e dá outras providências

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Fica instituída, no Estado de São Paulo, a Campanha Anual de Combate à Violência e à Exploração Contra Crianças e Adolescentes.

Parágrafo único - A campanha de que trata o caput tem por objetivos:

1 - combater toda e qualquer forma de violência contra crianças e adoles-centes, no Estado, principalmente as relacionadas ao trabalho infantil e à exploração sexual;

2 - planejar e adotar medidas efetivas de esclarecimento às crianças e adolescentes sobre os direitos estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente;

3 - inibir a cultura da violência, despertando nas crianças e adolescentes do Estado a consciência da importância da solidariedade humana e do res-peito aos direitos fundamentais da pessoa como pressupostos primordiais da vida em sociedade;

4 - promover atividades de caráter educativo e sócio-culturais, nas esco-las da rede pública e particular de ensino ofi cial do Estado, durante uma semana de cada ano, visando concretizar o que dispõem os itens 1, 2 e 3 deste parágrafo único.

Artigo 2º - O Poder Executivo, no prazo de 60 (sessenta) dias, contados da publicação desta lei, constituirá Comissão Especial, que terá como res-ponsabilidade elaborar, anualmente, a campanha de que dispõe esta lei.

§ 1º - A Comissão Especial será composta pelos seguintes membros:

1 - um representante da Secretaria de Estado de Assistência e Desenvol-vimento Social;

2 - um representante da Secretaria de Estado da Educação;

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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3 - um representante da Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania;

4 - um representante da Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor - FEBEM;

5 - um representante do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente - CONDECA;

6 - um representante do Ministério Público Estadual;

7 - um representante da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa;

8 - um representante da Subcomissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, Secção de São Paulo;

9 - um representante da Pastoral do Menor da Arquidiocese de São Paulo;

10 - um representante do Movimento Nacional de Direitos Humanos - MNDH;

11 - um representante da Associação dos Conselhos Tutelares do Estado de São Paulo;

12 - um representante do Sindicato dos Professores do Ensino Ofi cial do Estado de São Paulo - APEOESP;

13 - um representante da Frente Parlamentar Estadual Pelo Fim de Toda Violência e Exploração Contra Crianças e Adolescentes.

§ 2º - A Comissão Especial poderá requisitar funcionários públicos estaduais para assessorá-la.

§ 3º - A Comissão Especial funcionará junto à Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social, que lhe prestará todo apoio e infra-estrutura necessários.

§ 4º - A Comissão Especial disporá de 60 (sessenta) dias, contados de sua constituição, para concluir os trabalhos.

§ 5º - O Poder Executivo regulamentará a campanha de que trata esta lei, no prazo de 30 (trinta) dias a partir da fi nalização dos trabalhos da Comissão Especial, de acordo com as conclusões estabelecidas por esta.

Artigo 3º - As despesas com a execução desta lei correrão à conta de dotações fi nanceiras próprias, consignadas no orçamento vigente e suple-

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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mentadas se necessário, devendo as previsões futuras destinar recursos específi cos para o seu fi el cumprimento.

Artigo 4º - O Poder Executivo adotará todas as providências cabíveis e necessárias para a publicização do disposto nesta lei, incluindo a afi xação das espécies legais nas escolas da rede pública e privada do Estado, em locais visíveis.

Artigo 5º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.Palácio dos Bandeirantes, 2 de dezembro de 1999.Belisário dos Santos JuniorSecretário da Justiça e da Defesa da Cidadania

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Lei nº 10.726, de 8 de janeiro de 2001 (*)

Dispõe sobre indenização a pessoas detidas sob a acusação de terem participado de atividades políticas no período de 31 de março de 1964 a 15 de agosto de 1979, que tenham fi cado sob a respon-sabilidade de órgãos públicos do Estado de São Paulo, e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Fica o Estado de São Paulo autorizado a efetuar o pagamento de indenização, a título reparatório, às pessoas detidas sob a acusação de terem participado de atividades políticas no período de 31 de março de 1964 a 15 de agosto de 1979, que tenham fi cado sob a responsabilidade ou guarda dos órgãos públicos do Estado de São Paulo ou em quaisquer de suas dependências.

§ 1º -- Terão direito à indenização os que comprovadamente sofreram torturas que causaram comprometimento físico ou psicológico, desde que não tenham obtido, pelo mesmo motivo, ressarcimento por dano moral ou material.

§ 2º - Vetado.

§ 3º - Vetado.

§ 4º - O pedido de indenização deverá ser formulado no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da instalação da Comissão Especial de que trata o artigo seguinte.

§ 5º - Os prazos e condições previstos nesta lei serão amplamente divul-gados pelos meios de comunicação.

...................................................................

Artigo 3º - A Comissão Especial será constituída por 13 (treze) membros, na seguinte conformidade:

I - 2 (dois) representantes de entidades ligadas à defesa de direitos huma-nos, escolhidos pelo Governador do Estado;

II - 2 (dois) representantes da Procuradoria Geral do Estado;

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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III - 2 (dois) representantes da Secretaria da Justiça e da Defesa da Ci-dadania;

IV - 1 (um) representante da Secretaria da Segurança Pública;

V - 2 (dois) membros da Assembléia Legislativa, sendo 1 (um) deles indicado por sua Comissão de Direitos Humanos;

VI - 1 (um) membro indicado pelo Ministério Público do Estado;

VII - 1 (um) membro indicado pela Ordem dos Advogados do Brasil - Seção de São Paulo;

VIII - 1 (um) membro indicado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo;

IX - 1 (um) representante do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana.

Parágrafo único - A Comissão será presidida por um de seus membros, designado pelo Governador do Estado.

...........................................................................

...........................................................................(*) O art 6º do Decreto nº 46.397, de 19/12/2001, que dispõe sobre a composição da Comissão Especial.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Lei nº 10.776 de 2 de março de 2001 (*)

(Projeto de lei nº 183/2000, do deputado Willians Rafael- PL)

Autoriza o Poder Executivo a criar a Comissão de Notáveis para estudo do salário mínimo estadual

O VICE-GOVERNADOR, EM EXERCÍCIO NO CARGO DE GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Fica o Poder Executivo autorizado a criar uma Comissão de Notáveis com a fi nalidade de efetuar estudos técnicos e sócio-econômicos para defi nir os índices do salário mínimo paulista.

Parágrafo único - A Comissão de Notáveis deverá obrigatoriamente vincu-lar-se aos parâmetros prescritos e estabelecidos no inciso IV do artigo 7º, do Capítulo II, da Constituição Federal, onde se defi ne o que deve abrigar o salário mínimo, além de atentar para a realidade econômica paulista.

Artigo 2º - Farão parte da Comissão de Notáveis:

I - as Centrais Sindicais com sede e atividade em São Paulo;

II - a Federação do Comércio do Estado de São Paulo;

III - a Federação da Agricultura do Estado de São Paulo;

IV - a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo;

V - o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo;

VI - um representante da Associação Paulista de Municípios - APM;

VII - três representantes da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo - ALESP.

Parágrafo único - No caso dos incisos VI e VII, a representação será facultativa e a convite do Poder Executivo

Artigo 3º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

GERALDO ALCKMIN FILHO

(*) Vide Decreto 45.766, de 24/04/2001, que cria a Comissão de Notáveis.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

394

Lei nº 11.248, de 4 de novembro de 2002 (*)

(Projeto de lei nº 121/2001, do deputado Arnaldo Jardim - PPS)

Cria o Conselho Estadual de Política Energética - CEPE

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Fica criado o Conselho Estadual de Política Energética - CEPE, com as seguintes fi nalidades:

...........................................................................

Artigo 2º - Integram o CEPE:

I - o Secretário de Energia, que o preside;

II - o Secretário do Governo e Gestão Estratégica, que será o Vice-Presi-dente;

III - o Secretário de Agricultura e Abastecimento;

IV - o Secretário da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo;

V - o Secretário de Economia e Planejamento;

VI - o Secretário do Meio Ambiente;

VII - o Secretário de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras;

VIII - 1 (um) representante da Assembléia Legislativa;

IX - 1 (um) representante da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - FIESP; 1 (um) representante da Federação do Comércio do Esta-do de São Paulo, e 1 (um) representante da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo;

X - 1 (um) representante das Universidades Públicas do Estado, especialista no campo de energia;

XI - 1 (um) representante dos Institutos de Pesquisa;

XII - até 5 (cinco) membros, a serem designados pelo Governador do

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

395

Estado, de notório saber, experiência ou representatividade no campo da energia, e que não tenham vínculos com as empresas concessionárias de energia.

§ 1º - Os Secretários de Estado serão substituídos nos impedimentos pelos respectivos Secretários Adjuntos.

§ 2º - A designação dos membros referidos no inciso XII dependerá de prévia aprovação da Assembléia Legislativa, no prazo de 30 (trinta) dias, contado do recebimento da indicação, que deverá ser instruída com o “curriculum” do candidato.

§ 3º - Decorrido o prazo estabelecido no § 2º sem que a Assembléia Legisla-tiva tenha deliberado sobre a indicação, o Governador do Estado procederá à designação dos membros.

...........................................................................

...........................................................................(*) O art. 3º e o Decreto 47.907, de 24/062003, que dispõe sobre a Composição do Conselho.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

396

Lei nº 11.274, de 3 de dezembro de 2002 (*)

(Projeto de lei nº 440/2001, do deputado Vanderlei Macris - PSDB)

Dispõe sobre a instituição do Pólo Tecnológico da Indústria Têxtil e de Confecções da região integrada pelos municípios que especifi ca, e dá providências correlatas

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Fica criado o Pólo Tecnológico da Indústria Têxtil e de Confec-ções, da região integrada pelos Municípios de Americana, Nova Odessa, Santa Bárbara D’Oeste, Sumaré e Hortolândia.

Artigo 2º - São objetivos desse Pólo:

I - desenvolvimento da atividade produtiva têxtil e de confecções na região, aproveitando seu potencial já existente;

II - geração de empregos e renda para a população;

III - aumento da produção têxtil e de confecções do Estado;

IV - incentivo às atividades de pesquisa científi ca e tecnológica relaciona-das à cadeia produtiva da indústria têxtil e de confecções, inclusive com a criação de centro de capacitação de recursos humanos;

V - compatibilização da atividade produtiva com preservação do meio ambiente.

Artigo 3º - Vetado.

Artigo 4º - Deverá ser criada, no prazo de 30 (trinta) dias, a Comissão de Desenvolvimento do Pólo Tecnológico da Indústria Têxtil e de Confecções, com a fi nalidade de zelar pela efetivação das medidas previstas nesta lei, composta de 11 (onze) membros, sendo:

I - 5 (cinco) representantes dos Municípios que integram o Pólo, cada um indicado pelo respectivo Prefeito;

II - 3 (três) representantes das indústrias têxteis e de confecções instaladas no Pólo, indicados:

a) 1 (um) pelo Sindicato das Indústrias de Tecelagem de Americana, Nova

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

397

Odessa e Santa Bárbara D’Oeste - SINDITEC;

b) 1 (um) pelo Sindicato da Indústria Têxtil - SINDITEXTIL;

c) 1 (um) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - FIESP;

III - 1 (um) representante do Poder Executivo do Estado, indicado pelo Governador;

IV - 1 (um) representante da Assembléia Legislativa do Estado, indicado pela sua Mesa Diretora;

V - 1 (um) representante dos trabalhadores da indústria têxtil e de confec-ções, indicado pelos sindicatos da categoria, com sede no Pólo.

§ 1º - Os membros da Comissão:

1 - deverão reunir -se para eleger o presidente da Comissão e elaborar os regimentos do Pólo e da Comissão, devendo deliberar sempre com presença da maioria absoluta;

2 - terão mandato de 2 (dois) anos, permitida a recondução;

3 - não receberão remuneração, a nenhum título, por essa atividade.

§ 2º - O presidente terá voto nas deliberações da Comissão, além do voto de qualidade, quando for o caso

Art. 4º, incisos e alíneas, §§ 1º e 2º e itens com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 12.275, de 20/02/2006.

§ 3º - Os membros da Comissão não receberão remuneração, a nenhum título, por essa atividade.

§ 4º - O Presidente terá voto nas deliberações da Comissão, além do voto de qualidade, quando for o caso.

Artigo 5º - As despesas decorrentes desta lei correrão à conta das dotações orçamentárias próprias.

Artigo 6º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 3 de dezembro de 2002GERALDO ALCKMIN

(*) O art. 1º do Decreto 48.041, de 21/08/2003, dispõe sobre a composição da Co-missão.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

398

Resolução nº 817, de 22 de novembro de 2001

Cria o Conselho Estadual Parlamentar de Comunidades de Raízes e Culturas Estrangeiras - CONSCRE.

(Projeto de Resolução nº 29, de 2001 )

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso da atribuição que lhe confere a alínea “j” do inciso II do artigo 14 da X Consolidação do Regimento Interno e nos termos do resolvido pelo Plenário, promulga a seguinte Resolução:

Artigo 1º - Fica criado o Conselho Estadual Parlamentar de Comunidades de Raízes e Culturas Estrangeiras - CONSCRE de natureza permanente e deliberativa no âmbito de suas competências.

Artigo 2º - Compete ao Conselho a formulação, coordenação, supervisão e avaliação de ações de preservação da memória e manutenção dos vínculos da imigração, mediante as seguintes atribuições:

I - formular diretrizes e sugerir a promoção de atividades que visem a pre-servar a memória da imigração e possibilitar a plena inserção dos imigrantes e seus descendentes no âmbito social, econômico, político e cultural;

II - sugerir ações governamentais;

III - desenvolver estudos, pesquisas e debates concernentes à preserva-ção da história, memória e infl uência cultural dos imigrantes no Estado de São Paulo;

IV - desenvolver projetos próprios que promovam a participação dos imi-grantes e seus descendentes em todos os níveis de atividades;

V - apoiar realizações das comunidades estrangeiras radicadas no território paulista e promover entendimentos e intercâmbios seus com organizações nacionais e internacionais;

VI - auxiliar o Poder Legislativo, emitindo pareceres opinativos e acompa-nhando a elaboração e execução de ações parlamentares em questões relativas à imigração, com vistas ao intercâmbio entre as diversas comu-nidades de raízes e culturas estrangeiras e o Poder Legislativo, sob os aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais;

VII - elaborar o seu regimento interno.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

399

Artigo 3º - O Conselho será composto por membros e respectivos suplen-tes, escolhidos dentre os representantes de entidades representativas das comunidades de raízes e culturas estrangeiras e um Deputado de cada Partido Político com assento na Assembléia Legislativa, todos nomeados pelo Presidente da Assembléia Legislativa.

§ 1º - A nomeação dos Conselheiros representantes das comunidades de raízes e culturas estrangeiras dar-se-á dentre pessoas eleitas, indicadas por entidades de suas respectivas comunidades, devidamente credencia-das junto à Mesa.

§ 2º - As entidades de que trata o § 1º comprovarão atuação na defesa de direitos de imigrantes e no atendimento às comunidades de raízes e culturas estrangeiras.

§ 3º - Os Conselheiros das entidades serão imigrantes ou descendentes destes e legítimos representantes das suas respectivas comunidades onde reconhecidamente são tidos como atuantes.

§ 4º - A função de membro do Conselho não será remunerada, mas consi-derada como de serviço público relevante.

§ 5º - O Deputado poderá indicar pessoa para representá-lo em atos do Conselho.

Artigo 4º - O mandato dos membros do Conselho será de 2 (dois) anos, permitida uma reeleição.

Artigo 5º - O Presidente do Conselho Estadual Parlamentar de Comuni-dades de Raízes e Culturas Estrangeiras será designado pelo Presidente da Assembléia Legislativa, mediante escolha de um dos três candidatos mais votados.

Parágrafo único - A designação do Presidente recairá sobre um membro de comunidade estrangeira a que se refere o § 1º do artigo 3º.

Artigo 6º - A Mesa promoverá a realização da Conferência Estadual das Comunidades de Raízes e Culturas Estrangeiras para a indicação e eleição dos Conselheiros representantes referidos no artigo 3º.

Artigo 7º - O Poder Legislativo propiciará ao Conselho as condições neces-sárias ao seu funcionamento, especialmente no que concerne a recursos humanos e materiais.

Artigo 8º - A Mesa regulamentará esta Resolução, defi nindo as normas de organização do Conselho e realização da Conferência de que trata o artigo 6º.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

400

Artigo 9º - As despesas decorrentes da execução desta Resolução correrão à conta de dotações orçamentárias próprias.

Artigo 10 - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 22 de novembro de 2001.

a) WALTER FELDMAN - Presidentea) Hamilton Pereira - 1º Secretárioa) DORIVAL BRAGA - 2º Secretário

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

401

Resolução nº 829, de 17 de dezembro de 2002

Cria o Conselho Parlamentar pela Cultura de Paz.

(Projeto de Resolução nº 13, de 2002 )

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso da atribuição que lhe confere a alínea “j” do inciso II do artigo 14 da X Consolidação do Regimento Interno e nos termos do resolvido pelo Plenário, promulga a seguinte Resolução:

Artigo 1º - Fica criado o Conselho Parlamentar pela Cultura de Paz, de natureza permanente e deliberativa, com sede na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

Parágrafo único - Compete ao Conselho a formulação, coordenação, su-pervisão e avaliação da política parlamentar voltada a ações pela cultura de paz, mediante as seguintes atribuições:

1 - formular diretrizes e sugerir a promoção de atividades que visem às manifestações comunitárias e parlamentares pela paz, bem como tomar medidas efetivas na busca deste mesmo objetivo nos cenários sócio-eco-nômico, político, fi losófi co, religioso e cultural;

2 - sugerir ações governamentais;

3 - assessorar o Poder Legislativo, emitindo pareceres e acompanhando a elaboração e execução de ações parlamentares em questões relativas às manifestações da comunidade pela cultura de paz;

4 - desenvolver estudos, debates e pesquisas relativos à persecução de ideais comprometidos com a cultura de paz no Estado e ao cumprimento do disposto nos tratados internacionais;

5 - desenvolver projetos próprios que promovam a participação de toda a sociedade a favor dos ideais de que trata esta resolução;

6 - apoiar realizações mencionadas no caput e no item 5 , bem como promover entendimentos e intercâmbios com organizações e movimentos sociais, nacionais e internacionais, pelos mesmos ideais;

7 - elaborar o seu regimento interno ad referendum da Mesa da Assem-bléia Legislativa.

Artigo 2º - O Conselho será composto de 48 (quarenta e oito) membros

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

402

e respectivos substitutos, escolhidos entre os representantes das organi-zações e movimentos sociais, comprometidos com a cultura de paz, e do Poder Legislativo, nomeados pelo Presidente da Assembléia Legis-lativa, na seguinte proporção:

I - 36 (trinta e seis) representantes das organizações e movimentos sociais referidos no caput;

II - 12 (doze) Deputados.

§ 1º - A nomeação dos conselheiros recairá sobre pessoas indicadas por suas respectivas organizações e movimentos sociais comprometidos com a cultura de paz, devidamente credenciados junto à Mesa da Assembléia Legislativa.

§ 2º - Os Deputados serão indicados pelas Lideranças Partidárias, dentre aqueles que têm afi nidade com o tema, e nomeados pelo Presidente da Assembléia Legislativa, que assegurará, tanto quanto possível, a repre-sentação proporcional dos Partidos.

Artigo 3º - As funções dos membros do Conselho não serão remuneradas, mas consideradas de serviço público relevante.

Artigo 4º - O mandato dos membros do Conselho será de 2 (dois) anos, per-mitida uma recondução consecutiva, nos termos do Regimento Interno.

Artigo 5º - A Mesa Diretora do Conselho Parlamentar pela Cultura de Paz, escolhida entre seus membros, será nomeada pelo Presidente da Assembléia Legislativa.

Artigo 6º - No início de seu mandato, a Mesa Diretora da Assembléia Le-gislativa apresentará aos parlamentares e à comunidade os membros do Conselho Parlamentar pela Cultura de Paz.

Artigo 7º - O Poder Legislativo propiciará ao Conselho as condições ne-cessárias ao seu funcionamento, no que concerne a recursos humanos e materiais.

Artigo 8º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 17 de dezembro de 2002.a) WALTER FELDMAN - Presidentea) Hamilton Pereira - 1º Secretárioa) Dorival Braga - 2º Secretário

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

403

Decreto Nº 40.294, de 1º de setembro de 1995

Cria o Conselho Estadual de Políticas para a AIDS - CONEPAIDS e dá providências correlatas

MÁRIO COVAS, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais,

Decreta:

Artigo 1º - Fica criado, na Secretaria da Saúde, o Conselho Estadual de Políticas para a AIDS - CONEPAIDS, com as seguintes atribuições:

I - assessorar o Governador do Estado na elaboração das diretrizes e po-líticas de governo, relativas a epidemia de AIDS no Estado;

II - promover a articulação das atividades das diversas Secretarias de Estado, outras instâncias governamentais e demais poderes públicos, na implementação das diretrizes e políticas defi nidas no âmbito do governo, para a área;

III - elaborar, quando solicitado, deliberações e proposições sobre questões relevantes acerca da AIDS, no que concerne a diretrizes e políticas de governo, para o enfrentamento da epidemia no Estado.

Artigo 2º - O Conselho Estadual de Políticas para a AIDS - CONEPAIDS será composto dos seguintes membros, designados pelo Governador do Estado:

I - o Secretário da Saúde;

II - 1 (um) representante da Secretaria da Saúde;

III - 1 (um) representante da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cida-dania;

IV - 1 (um) representante da Secretaria da Segurança Pública;

V - 1 (um) representante da Secretaria da Administração Penitenciária;

VI - 1 (um) representante da Secretaria da Criança, Família e Bem-Estar Social;

VII - 1 (um) representante da Secretaria da Educação;

VIII - 1 (um) representante da Secretaria do Governo e Gestão Estratégica;

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

404

IX - 3 (três) indicados por Organizações Não Governamentais que atuam na área.

§ 1º - Serão convidados a participar do Conselho, na qualidade de mem-bros, 1 (um) representante do Ministério Público do Estado de São Paulo, 1 (um) representante do Poder Legislativo e 1 (um) representante do Poder Judiciário.

§ 2º - Os representantes a que se referem os incisos II a VIII deste artigo deverão ser indicados pelos respectivos Secretários de Estado.

§ 3º - A designação dos membros de que tratam os incisos II a IX deste artigo deverá considerar nome de pessoas de comprovada atuação no campo de assuntos referentes a AIDS.

§ 4º - A presidência do Conselho caberá ao Secretário da Saúde, que membro nato.

§ 5º - Os membros designados nos termos dos incisos II a IX deste artigo poderão ser dispensados, a qualquer tempo, a pedido ou a critério do Governador do Estado.

Artigo 3º - As funções de membro do Conselho não serão remuneradas, sendo porém consideradas como de serviço público relevante.

Artigo 4º - A Secretaria da Saúde prestará ao Conselho o necessário suporte técnico-administrativo, sem prejuízo da colaboração dos demais órgãos nele representados.

Artigo 5º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, fi cando revogados os Decretos nº 30.837, de 30 de novembro de 1989, nº 36.818, de 28 de maio de 1993, e nº 37.858, de 17 de novembro de 1993.

Palácio dos Bandeirantes, 1º de setembro de 1995MÁRIO COVAS

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

405

Decreto nº 45.114, de 28 de agosto de 2000

Dispõe sobre o Conselho Estadual de Alimentação Escolar de São Paulo - CEAE e dá providências correlatas

MÁRIO COVAS, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais e com fundamento na Medida Provisória nº 1.979 - 21, de 28 de julho de 2000, na Lei nº 4.021, de 22 de maio de 1984, e no Decreto nº 23.632, de 5 de julho de 1985,

Decreta:

Artigo 1º - Fica criado, junto à Secretaria da Educação, o Conselho Estadual de Alimentação Escolar de São Paulo - CEAE.

...................................................................

Artigo 3º - O Conselho Estadual de Alimentação Escolar de São Paulo será integrado pelos seguintes membros, designados pelo Governador do Estado:

I - um representante do Poder Executivo, indicado pelo Governador;

II - dois representantes dos professores, indicados por órgãos de classe;

III - dois representantes de pais de alunos, indicados por Conselhos Esco-lares, Associação de Pais e Mestres ou entidades similares;

IV - um representante do Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região, indicado pela Presidência desse órgão; (NR)

Inciso IV com redação dada pelo art. 1º do Decreto nº 48.782, de 07/07/2004.

V - mediante convite, um representante do Poder Legislativo, indicado pela Mesa Diretora desse Poder.

Parágrafo único - Cada membro titular do CEAE terá um suplente da mesma categoria representada, indicado simultaneamente.

...................................................................

...................................................................

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

406

Decreto nº 46.591, de 11 de março de 2002 (*)

Institui Comissão Especial para Assuntos Notariais e de Registros junto à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, e dá provi-dências correlatas

GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais,

Considerando o disposto no artigo 236 da Constituição Federal;

Considerando o disposto nos artigos 24, § 2, item 6, 68 e 17 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado de São Paulo;

Considerando o disposto nos artigos 18, 38, 39, § 2º e 44 da Lei Federal nº 8.935, de 18 de novembro de 1994;

Considerando as disposições da Lei Complementar nº 539, de 26 de maio de 1988;

Considerando o decidido em sede liminar pelo Supremo Tribunal Federal, nas ADINs 2.415, 2.419 e 2.476; e

Considerando a necessidade urgente de reformulação de toda a legisla-ção estadual pertinente às atividades notariais e de registros em face dos dispositivos acima elencados;

Decreta:

Artigo 1º - Fica instituída junto à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, Comissão Especial de Assuntos Notariais e de Registros, dire-tamente subordinada ao Secretário da Pasta.

...................................................................

Artigo 4º - A Comissão Especial terá a seguinte composição:

I - 3 (três) membros da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, indi-cados pelo Secretário da Pasta, sendo que 1 (um) presidirá a comissão;

II - 2 (dois) membros da Procuradoria Geral do Estado, indicados pelo Procurador Geral;

III - 3 (três) membros convidados do Poder Judiciário, indicados pelo Pre-sidente do Tribunal de Justiça;

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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IV - 3 (três) membros convidados do Poder Legislativo, indicados pelo Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo;

V - 1 (um) membro convidado de cada natureza notarial e de registro, indicados pela Associação de Notários e Registradores do Estado de São Paulo.

Parágrafo único - Todos os membros contarão com os respectivos suplen-tes e deverão ser indicados ao Secretário da Justiça e da Defesa da Cida-dania, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação deste decreto.

Artigo 5º - Recebida as indicações no prazo estabelecido no parágrafo único do artigo anterior, o Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania encaminhará ao Governador para as devidas designações.

Artigo 6º - A Comissão será instalada no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação das designações de que trata o artigo anterior e terá prazo de 30 (trinta) dias para estabelecer o seu regimento interno e de 180 (cento e oitenta) dias para apresentar o anteprojeto de lei referido no artigo 2º.

Artigo 7º - Os trabalhos da Comissão serão prestados à título gratuito e serão considerados relevantes para o Estado.

Artigo 8º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 11 de março de 2002GERALDO ALCKMIN

(*) Resolução da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania nº 83, de 27/06/2002, cria a Comissão Especial.

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

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Decreto nº 47.243, de 22 de outubro de 2002 (*)

Institui junto à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania a Comissão de Implantação do Estatuto da Cidade com o objetivo de coordenar as medidas de implantação do Estatuto da Cidade no âmbito do Estado de São Paulo, e dá providências correlatas

GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais,Decreta:Artigo 1º - Fica instituída a Comissão de Implantação do Estatuto da Cidade, vinculada à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania para coordenar e implementar as diretrizes gerais da política urbana de que tratam a Lei Federal nº 10.257, de 11 de julho de 2002, e a Medida Provisória nº 2.220, de 4 de setembro de 2001.

Artigo 2º - Compete à Comissão adotar e coordenar todas as medidas necessárias e pertinentes a cargo dos órgãos, entidades e empresas do Estado de São Paulo, para a implantação do Estatuto da Cidade, particu-larmente quanto à aplicação do usucapião especial do imóvel urbano e da concessão de uso especial.

Artigo3º - A Comissão de Implantação do Estatuto da Cidade, tem a se-guinte composição:

I - 2 (dois) representantes da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania e seus respectivos suplentes;

II - 2 (dois) representantes da Secretaria da Habitação e seus respectivos suplentes;

III - 2 (dois) representantes da Secretaria de Economia e Planejamento, sendo um do Conselho do Patrimônio Imobiliário e outro da Empresa Pau-lista de Planejamento Metropolitano S.A. - EMPLASA, e seus respectivos suplentes; (NR)

Inciso III com redação dada pelo art. 1º do Decreto 47.818, de 15/05/2003.

IV - 2 (dois) representantes da Secretaria do Emprego e Relações do Tra-balho e seus respectivos suplentes;

V - 2 (dois) representantes da Secretaria do Meio Ambiente e seus res-pectivos suplentes;

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Normas Conexas ao Regimento Interno da Alesp

409

VI - 1 (um) representante da Procuradoria Geral do Estado e seu respec-tivo suplente;

VII - 2 (dois) representantes de entidades com objetivo social vinculados a promoção de política urbana compatível aos princípios insertos na Consti-tuição Federal e seus respectivos suplentes, escolhidos pelo Governador do Estado;

VIII - como membros convidados:

a) 1 (um) representante do Poder Judiciário e seu respectivo suplente, indicados pelo Presidente do Tribunal de Justiça;

b) 1 (um) representante do Poder Legislativo e seu respectivo suplente indicados pelo Presidente da Assembléia Legislativa do Estado;

c) 1 (um) representante do SINAENCO - Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva e seu respectivo suplente, indicados pelo Presidente do Sindicato;

d) 2 (dois) representantes da Ordem dos Advogados do Brasil e seus res-pectivos suplentes, indicados pelo Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil;

e) 1 (um) representante da Universidade de São Paulo - USP e seu res-pectivo suplente, indicados pelo Reitor da Universidade;

f) 1 (um) representante do Ministério Público Estadual e seu respectivo suplente, indicados pelo Procurador Geral da Justiça.

§ 1º - Os representantes das Secretarias de Estado e da Procuradoria Geraldo Estado, a que se referem os incisos I a VI serão indicados pelos respectivos Secretários de Estado e pelo Procurador Geral do Estado.

§ 2º - As indicações dos representantes bem como a escolha assinalada no inciso VII serão efetuadas no prazo de 5 (cinco) dias, a contar da pu-blicação deste decreto.

§ 3º - Quando da publicação do ato de composição da Comissão de Im-plantação do Estatuto da Cidade, o Governador do Estado designará o Coordenador, escolhido entre os seus membros.

§ 4º - As reuniões da Comissão, na ausência do Coordenador, serão pre-sididas por seu suplente.

§ 5º - O Coordenador da Comissão poderá solicitar a presença de repre-

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sentantes de outras Secretarias, autarquias ou empresas do Estado, para prestarem informações e avaliarem as medidas que lhe serão afetas.

§ 6º - A participação na Comissão de Implantação do Estatuto da Cidade considerada serviço público relevante para todos os fi ns, não ensejando remuneração de qualquer espécie.

Artigo 4º - A Comissão de Implantação do Estatuto da Cidade funcionará nas dependências da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania e se reunirá, ordinariamente, 3 (três) vezes a cada mês, ou, extraordinaria-mente, mediante convocação de seu Coordenador ou a pedido da maioria absoluta de seus membros.

Artigo 5º - Compete ao Coordenador da Comissão de Implantação do Estatuto da Cidade:

I - convocar e presidir as reuniões ordinárias e extraordinárias, orientar os debates, tomar os votos em todos os casos;

II - proferir voto de qualidade nos casos de empates;

III - resolver questões de ordem, de encaminhamento e os pedidos de esclarecimento formulados nos debates;

IV - proclamar os resultados das votações.

Artigo 6º - A Comissão terá as seguintes atribuições:

I - conhecer o universo das áreas públicas estaduais, inclusive de suas au-tarquias e empresas, sujeitas à concessão especial de uso e ao usucapião especial do imóvel urbano;

II - estudar e propor as medidas de salvaguarda do patrimônio público, sujeitas aos instrumentos citados no inciso I;

III - propor as medidas para o destino dos moradores que ocupam, indevi-damente, áreas ou imóveis públicos ou de empresas do Estado, tanto para sua permanência, como para a sua remoção e reassentamento;

IV - propor as medidas que deverão ser adotadas no âmbito do Estado, prin-cipalmente pela Secretaria da Habitação e Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo - CDHU, para urbanização das favelas e loteamentos irregulares ou clandestinos, e recuperação de moradias nessas localidades;

V - propor as medidas de assistência jurídica, de arquitetura e engenharia,

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social, cultural e de trabalho e renda às associações de moradores em favelas e loteamentos populares;

VI - propor medidas de assistência às Prefeituras Municipais para a implan-tação do Estatuto da Cidade;

VII - propor o estabelecimento de diretrizes de empreendimentos urbanís-ticos, aprovação de projetos de parcelamento e de edifi cação, realização de vistorias e expedição de termo de verifi cação e conclusão de obras, de que trata o artigo 49 da Lei Federal nº 10.257, de 11 de julho de 2001.

Artigo 7º - A Comissão poderá utilizar-se de apoio técnico dos órgãos da Pasta à qual se encontra vinculada, assim como das demais Secretarias, entidades autárquicas e empresas públicas, no sentido de obter o suporte necessário ao desempenho de suas atribuições, e, se for o caso, solicitar a contratação de profi ssionais, por tarefa específi ca, atendidos os preceitos da legislação vigente.

Artigo 8º - Como medidas de apoio ao trabalho da Comissão de Implan-tação do Estatuto da Cidade, caberão aos órgãos, entidades e empresas do Estado, as seguintes medidas imediatas:

I - à Empresa Metropolitana de Planejamento - EMPLASA - o levantamento cartográfi co em escala adequada, das favelas e loteamentos irregulares ou clandestinos, das regiões metropolitanas de São Paulo, Baixada Santista e Campinas;

II - à Procuradoria Geral do Estado, o levantamento atualizado de todas as ocupações irregulares em espaços do Estado, com a situação processual atualizada;

III - às autarquias e empresas estaduais o levantamento processual e ca-dastral de todos os seus próprios irregularmente ocupados;

IV - à Secretaria da Habitação o cadastramento sócio-econômico de todos os moradores que ocupam irregularmente espaços públicos ou estaduais ou de suas autarquias e empresas;

V - à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania estabelecer o me-canismo de apoio às associações de moradores de favelas e loteamentos clandestinos ou irregulares, para processar as suas solicitações de regu-larização fundiária;

VI - à Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho, desenvolver pro-gramas de capacitação das associações de moradores de favelas e de

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loteamentos clandestinos ou irregulares, para representarem os moradores nos processos de regularização fundiária.

Artigo 9º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 22 de outubro de 2002GERALDO ALCKMINPublicado na Secretaria de Estado do Governo e Gestão Estratégica, aos 22 de outubro de 2002.

(*) Vide Resolução 174, de 30/09/2004 da Secretaria da Justiça e Defesa da Cida-dania.

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL INTERNA

Legislação Referente à Denominação do Edifício e Dependências da

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo

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Indicação n.º 10, de 1947

Dá denominação ao prédio da Assembléia Legislativa

Considerando que a 9 de julho de 1932, São Paulo se ergueu em armas para exigir, a Constituição para o Brasil,

Considerando que estamos reunidos em Assembléia para restabelecer o regime Constitucional interrompido pelo golpe de 10 de novembro de 1937, e

Considerando que o edifício da Assembléia não tem uma denominação adequada,

Indicamos à Mesa, ad referendum da Assembléia, que seja dado à nossa sede o título de “Palácio 9 de Julho”.

Sala das Sessões, 7 de abril de 1947.a) Rubens do AmaralErnesto Pereira LopesDiogo BastosVicente de Paula LimaOsny SilveiraSylvestre Ferraz EgrejaPublicado no DOE 09/04/1947, pág. 3

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Resolução nº 566, de 30 de outubro de 1967

A Mesa da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo faz pu-blicar a seguinte Resolução:

A Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo resolve:

Artigo 1º - O edifício sede da Assembléia Legislativa, ora em construção no bairro do Ibirapuera, manterá a atual denominação de “PALÁCIO 9 DE JULHO”.

Artigo 2º - Respeitadas as características do estilo arquitetônico do edifício, a denominação referida no artigo anterior será inscrita na parte externa no prédio, de modo a identifi cá-lo.

Artigo 3º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

Artigo 4º - Revogam-se as disposições em contrário.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 30 de outubro de 1967.NELSON PEREIRA, PresidenteGilberto Siqueira Lopes, 1º SecretárioOswaldo Rodrigues Martins, 2º Secretário

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Resolução nº 587, de 11 de outubro de 1972

A Mesa da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo faz publicar a seguinte Resolução:

A Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo resolve:

Artigo 1º - Passam a denominar-se Plenário Tiradentes, Plenário D. Pedro I e Plenário José Bonifácio, respectivamente, o Plenário Vermelho, o Plenário Azul e o Plenário Amarelo das Comissões do Palácio 9 de Julho.

Artigo 2º - Esta resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 11 de outubro de 1972.JACOB PEDRO CAROLO, Presidente Nesralla Rubez,1º Secretário Jayro Maltoni, 2º Secretário

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Resolução nº 614, de 24 de julho de 1978

Dá a denominação de “Salão Nobre 23 de Maio - M.M.D.C.” ao Saguão Monumental do Palácio 9 de Julho

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso da atribuição que lhe confere a alínea “j” do inciso II do artigo 14 da Consolidação do Regimento Interno e nos termos do resolvido pelo Plenário, promulga a seguinte resolução:

Artigo 1º - Passa a denominar-se “Salão Nobre 23 de Maio - M.M.D.C.”, o Saguão Monumental do Palácio 9 de Julho.

Artigo 2º - A Mesa da Assembléia Legislativa providenciará, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, contados da data da publicação desta Resolução, a inscrição, em uma das paredes de mármore da dependência a que se refere o artigo 1º da denominação ora proposta, bem como o nome dos deputados que integram a presente legislatura.

Artigo 3º - As despesas decorrentes desta Resolução correrão por conta das verbas próprias consignadas no orçamento do Poder Legislativo.

Artigo 4º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 24 de julho de 1978.a) NATAL GALE - Presidentea) Jorge Fernandes - 1º Secretárioa) Dulce Salles Cunha Braga - 2ª Secretária

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Resolução nº 621, de 2 de agosto de 1979

Dá denominação ao Plenário da Assembléia Legislativa

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso da atribuição que lhe confere a alínea “j” do inciso II do artigo 14 da II Consolidação do Regimento Interno e nos termos do resolvido pelo Plenário, promulga a seguinte Resolução:

Artigo 1º - Fica denominado “Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira” o Plenário das Sessões da Assembléia Legislativa.

Artigo 2º - Esta Resolução entrará em vigor na data da sua publicação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 2 de agosto de 1979.a) ROBSON MARINHO, Presidentea) Luiz Carlos Santos, 1º Secretárioa) M. A. Castello Branco, 2º Secretário

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Resolução nº 629, de 31 de março de 1981

Dá denominação ao Salão Nobre de acesso ao Plenário

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso da atribuição que lhe confere a alínea “j” do inciso II do artigo 14 da II Consolidação do Regimento Interno e nos termos do resolvido pelo Plenário, promulga a seguinte resolução:

Artigo 1º - É denominado Deputado Waldemar Lopes Ferraz o Salão Nobre de acesso ao Plenário da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

Artigo 2º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 31 de março de 1981.a) JANUÁRIO MANTELLI NETO, Presidentea) Sylvio Martini, 1º Secretáriob) Vicente Botta, 2º Secretário

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Resolução nº 631, de 22 de abril de 1981

Dá a denominação de “Tribuno Ibrahim Nobre” ao Parlatório da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso da atribuição que lhe confere a alínea “j” do inciso II do artigo 14 da II Consolidação do Regimento Interno e nos termos do resolvido pelo Plenário, promulga a seguinte resolução:

Artigo 1º - É denominado “Tribuno Ibrahim Nobre” o Parlatório da Assem-bléia Legislativa do Estado de São Paulo.

Artigo 2º - Esta resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 22 de abril de 1981.a) JANUÁRIO MANTELLI NETO, Presidentea) Sylvio Martini, 1º Secretárioa) Vicente Botta, 2º Secretário

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Resolução nº 828, de 17 de novembro de 2002

Dá a denominação de “Heróis da Revolução de 32 - Setenta Anos”, “Democracia e Cidadania” e “Tancredo de Almeida Neves” aos “halls” de entrada do Palácio “9 de Julho”; e a denominação de “Salão dos Líderes” ao espaço da Assembléia Legislativa conhecido como Salão dos Quadros.

(Projeto de Resolução nº 12, de 2002)

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso da atribuição que lhe confere a alínea “j” do inciso II do artigo 14 da X Consolidação do Regimento Interno e nos termos do resolvido pelo Plenário, promulga a seguinte Resolução:

Artigo 1º - Passam a denominar-se “Heróis da Revolução de 32 - Setenta Anos”, “Democracia e Cidadania” e “Tancredo de Almeida Neves” os “halls” de entrada do Palácio “9 de Julho”, respectivamente, pela avenida Pedro Álvares Cabral, rua Abílio Soares e avenida Sargento Mario Kozel Filho.

Parágrafo único - Nos locais referidos no caput serão afi xadas placas de bronze alusivas às homenagens prestadas.

Artigo 2º - O espaço localizado nas dependências da Assembléia Legis-lativa, conhecido como Salão dos Quadros, passa a denominar-se “Salão dos Líderes”.

Artigo 3º - Fica revogada a Resolução nº 660, de 28 de maio de 1986.

Artigo 4º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 27 de novembro de 2002. a) WALTER FELDMAN - Presidentea) Hamilton Pereira - 1º Secretárioa) Dorival Braga - 2º Secretário

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Resolução nº 836, de19 de dezembro de 2003

(Projeto de Resolução nº 10/2000)

Dá a denominação de “Deputado José Blota Júnior” ao local que especifi ca.

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso da atribuição que lhe confere a alínea “j” do inciso II do artigo 14 da XI Consolidação do Regimento Interno e nos termos do resolvido pelo Plenário, promulga a seguinte Resolução:

Artigo 1º - Passa a denominar-se “Deputado José Blota Júnior” o café dos deputados localizado no primeiro andar do Palácio 9 de Julho.

Artigo 2º - A Mesa da Assembléia Legislativa adotará as providências administrativas cabíveis visando a colocação de uma placa de bronze no local, onde deverão constar o nome do homenageado, data de nascimento e falecimento, e outros dados referentes a sua atuação como Deputado Estadual.

Parágrafo único - O cumprimento do disposto no caput ocorrerá em so-lenidade para a qual deverão ser convidados familiares do homenageado, deputados estaduais e funcionários da Assembléia Legislativa, além de outras autoridades.

Artigo 3º - As despesas decorrentes da execução desta Resolução cor-rerão à conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Artigo 4º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 19 de dezembro de 2003.SIDNEY BERALDO PresidenteEMIDIO DE SOUZA 1º SecretárioJOSÉ CALDINI CRESPO 2º Secretário

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Resolução n.º 837, de 30 de abril de 2004

Dá a denominação de “Deputado Januário Mantelli Neto” ao Serviço Técnico de Creche, da Divisão de Saúde e Assistência ao Servidor, do Departamento de Recursos Humanos, da Secretaria Geral de Administração da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

(Projeto de Resolução nº 19, de 1999)

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso da atribuição que lhe confere a alínea “j” do inciso II do artigo 14 da XI Consolidação do Regimento Interno e nos termos do resolvido pelo Plenário, promulga a seguinte Resolução:

Artigo 1º - Passa a denominar-se “Deputado Januário Mantelli Neto” o Serviço Técnico de Creche, da Divisão de Saúde e Assistência ao Servidor, do Departamento de Recursos Humanos, da Secretaria Geral de Adminis-tração da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

Artigo 2º - A Mesa da Assembléia Legislativa adotará as providências ad-ministrativas cabíveis visando à colocação de uma placa de bronze junto à porta de acesso principal à unidade denominada, da qual deverão constar o nome do homenageado e outros dados a respeito de sua atuação como Deputado Estadual.

Parágrafo único - O cumprimento do disposto neste artigo far-se-á em solenidade para a qual deverão ser convidados familiares do homenage-ado, deputados estaduais e funcionários da Assembléia Legislativa, além de outras autoridades.

Artigo 3º - As despesas decorrentes da execução desta Resolução cor-rerão à conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Artigo 4º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 30 de abril de 2004.a) SIDNEY BERALDO - Presidentea) EMIDIO DE SOUZA - 1º Secretárioa) JOSÉ CALDINI CRESPO - 2º Secretário

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Resolução nº 840, de 23 de dezembro de 2004

Dá denominação às instalações do Serviço Técnico de Editoração e Produção Gráfi ca da Assembléia Legislativa.

(Projeto de Resolução nº 1, de 2004)

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso da atribuição que lhe confere a alínea “j” do inciso II do artigo 14 da XI Consolidação do Regimento Interno e nos termos do resolvido pelo Plenário, promulga a seguinte Resolução:

Artigo 1º - Passa a denominar-se “Jornalista Antonio Carlos Godoi Marti-nez” o prédio onde se encontra instalado o Serviço Técnico de Editoração e Produção Gráfi ca da Assembléia Legislativa.

Artigo 2º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 23 de dezembro de 2004.

a) SIDNEY BERALDO - Presidente

a) EMIDIO DE SOUZA - 1º Secretário

a) JOSÉ CALDINI CRESPO - 2º Secretário

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Ato da Mesa nº 1, de 21 de janeiro de 2000

A Mesa da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições e tendo em vista as comemorações dos 500 anos de Desco-brimento do Brasil a realizar-se em São Vicente, com a transferência da sede do Poder Legislativo para esta localidade, primeira cidade brasileira, resolve denominar “V Centenário”, o Espaço Cultural localizado no 1º andar da Assembléia Legislativa.

São Vicente, em 21/01/2000.

VANDERLEI MACRISPresidente

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Ato da Mesa nº 28, de 14 de dezembro de 2000

A Mesa da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições,

Considerando a importância do ex-Deputado Estadual, ex-Presidente desta Casa de Leis, ex-Deputado Federal, ex-Governador do Estado, ex-Ministro e ex-Senador ANDRÉ FRANCO MONTORO, cidadão inconteste, para o restabelecimento e a consolidação da democracia neste País;

Considerando que tal consolidação se deu, em dado momento, com sua inolvidável atuação neste Parlamento, Casa dos Representantes do ope-roso povo paulista, povo que o elegeu e, em momento algum, lhe negou sua mais sincera admiração;

Considerando que, na defesa das instituições democráticas, tão caras àquela eminente fi gura pública, o auditório recém construído no 1º andar do Edifício-sede deste Poder servirá de palco para os mais diversos even-tos políticos, sociais e culturais a ocorrerem na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo;

Decide denominar “ANDRÉ FRANCO MONTORO” o auditório localizado no 1º andar do Palácio 9 de Julho.

Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio 9 de Julho, em 14 de dezembro de 2000.VANDERLEI MACRIS, Presidente.