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1 ------------------------ ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ----------------------- -------------------------------------Mandato 2013-2017 ------------------------------------------ ----- QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA REALIZADA NO DIA CINCO DE SETEMBRO DE DOIS MIL E DEZASSETE.---------------------------------------------- ---------------------ATA NÚMERO CENTO E CINQUENTA E DOIS ------------------ ----- Aos primeiros cinco dias do mês de setembro de dois mil e dezassete, em cumprimento da respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo sétimo e trigésimo do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de setembro, e nos artigos vigésimo quinto e trigésimo sexto do seu Regimento, reuniu a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, nº 14, em Lisboa, em Sessão Ordinária, primeira reunião, sob a presidência da sua Presidente efetiva, Excelentíssima Senhora Maria Helena do Rego da Costa Salema Roseta, coadjuvado pela Excelentíssima Senhora Patrocínia da Conceição Alves Rodrigues Vale César e pela Excelentíssima Senhora Rosa Maria Carvalho da Silva, respetivamente Primeira Secretária e Segunda Secretária, ambas em exercício. ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- (O Senhor Deputado Municipal Rui Paulo da Silva Soeiro Figueiredo, Primeiro Secretário da Mesa da Assembleia, foi substituído nessas funções pela Senhora Deputada Municipal Patrocinia da Conceição Alves Rodrigues Vale) --------------------- ----- (A Senhora Deputada Municipal Margarida Maria Alves da Silva Almeida Saavedra, Segunda Secretária da Mesa da Assembleia, foi substituída nessas funções pela Senhora Deputada Municipal Rosa Maria Carvalho da Silva) ------------------------- -----Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da Assembleia, os seguintes Deputados Municipais: --------------------------------------------- ----- Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana Maria Gaspar Marques, Ana Maria Lopes Figueiredo Páscoa Baptista, Ana Paula da Silva Viseu, Ana Sofia Soares Ribeiro de Oliveira Dias Figueiredo, André Moz Caldas, André Nunes de Almeida Couto, António Modesto Fernandes Navarro, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Augusto Miguel Gama Antunes Albuquerque, Belarmino Ferreira Fernandes da Silva, Carla Cristina Ferreira Madeira, Carlos José Pereira da Silva Santos, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Daniel da Conceição Gonçalves da Silva, Davide Miguel Santos Amado, Deolinda Carvalho Machado, Diogo Feijóo Leão Campos Rodrigues, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Floresbela Mendes Pinto, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, Inês de Drummond Ludovice Mendes Gomes, Isabel Cristina Rua Pires, João Luis Valente Pires, João Manuel Costa de Magalhães Pereira, José Alberto Ferreira Franco, José Luís Sobreda Antunes, José Manuel Marques Casimiro, José Manuel Rodrigues Moreno, José Maximiano Albuquerque Almeida Leitão, José Roque Alexandre, Luís Pedro Alves Caetano Newton Parreira, Mafalda Ascensão Cambeta, Manuel Malheiro Portugal de Nascimento Lage, Margarida Carmen Nazaré Martins, Margarida Maria Moura Alves da Silva Almeida Saavedra, Maria Cândida Rio de Freitas Cavaleiro Madeira, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Simonetta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, Maria Sofia Mourão de Carvalho Cordeiro,

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------------------------ ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ----------------------- -------------------------------------Mandato 2013-2017 ------------------------------------------ ----- QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA REALIZADA NO DIA CINCO DE SETEMBRO DE DOIS MIL E DEZASSETE. ---------------------------------------------- ---------------------ATA NÚMERO CENTO E CINQUENTA E DOIS ------------------ ----- Aos primeiros cinco dias do mês de setembro de dois mil e dezassete, em cumprimento da respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo sétimo e trigésimo do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de setembro, e nos artigos vigésimo quinto e trigésimo sexto do seu Regimento, reuniu a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, nº 14, em Lisboa, em Sessão Ordinária, primeira reunião, sob a presidência da sua Presidente efetiva, Excelentíssima Senhora Maria Helena do Rego da Costa Salema Roseta, coadjuvado pela Excelentíssima Senhora Patrocínia da Conceição Alves Rodrigues Vale César e pela Excelentíssima Senhora Rosa Maria Carvalho da Silva, respetivamente Primeira Secretária e Segunda Secretária, ambas em exercício. ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- (O Senhor Deputado Municipal Rui Paulo da Silva Soeiro Figueiredo, Primeiro Secretário da Mesa da Assembleia, foi substituído nessas funções pela Senhora Deputada Municipal Patrocinia da Conceição Alves Rodrigues Vale) --------------------- ----- (A Senhora Deputada Municipal Margarida Maria Alves da Silva Almeida Saavedra, Segunda Secretária da Mesa da Assembleia, foi substituída nessas funções pela Senhora Deputada Municipal Rosa Maria Carvalho da Silva) ------------------------- -----Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da Assembleia, os seguintes Deputados Municipais: --------------------------------------------- ----- Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana Maria Gaspar Marques, Ana Maria Lopes Figueiredo Páscoa Baptista, Ana Paula da Silva Viseu, Ana Sofia Soares Ribeiro de Oliveira Dias Figueiredo, André Moz Caldas, André Nunes de Almeida Couto, António Modesto Fernandes Navarro, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Augusto Miguel Gama Antunes Albuquerque, Belarmino Ferreira Fernandes da Silva, Carla Cristina Ferreira Madeira, Carlos José Pereira da Silva Santos, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Daniel da Conceição Gonçalves da Silva, Davide Miguel Santos Amado, Deolinda Carvalho Machado, Diogo Feijóo Leão Campos Rodrigues, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Floresbela Mendes Pinto, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, Inês de Drummond Ludovice Mendes Gomes, Isabel Cristina Rua Pires, João Luis Valente Pires, João Manuel Costa de Magalhães Pereira, José Alberto Ferreira Franco, José Luís Sobreda Antunes, José Manuel Marques Casimiro, José Manuel Rodrigues Moreno, José Maximiano Albuquerque Almeida Leitão, José Roque Alexandre, Luís Pedro Alves Caetano Newton Parreira, Mafalda Ascensão Cambeta, Manuel Malheiro Portugal de Nascimento Lage, Margarida Carmen Nazaré Martins, Margarida Maria Moura Alves da Silva Almeida Saavedra, Maria Cândida Rio de Freitas Cavaleiro Madeira, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Simonetta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, Maria Sofia Mourão de Carvalho Cordeiro,

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Miguel Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira, Miguel Nuno Ferreira da Costa Santos, Natalina Nunes Esteves Pires Tavares de Moura, Nuno Ferreira Pintão, Patricia de Oliveira Caetano Barata, Pedro Filipe Mota Delgado Simões Alves, Ricardo Amaral Robles, Ricardo Manuel Azevedo Saldanha, Rita Susana da Silva Guimarães Neves Sá, Rodrigo Nuno Elias Gonçalves da Silva, Rui Paulo da Silva Soeiro Figueiredo, Rute Sofia Florêncio Lima de Jesus, Sérgio Sousa Lopes Freire de Azevedo, Vasco Miguel Ferreira dos Santos, Tiago Maria Sousa Alvim Ivo Cruz, Igor Boal Roçadas, Nuno Gabriel Nabais dos Santos, Fernando Gonçalves, Susana Maria da Costa Guimarães, João Diogo Santos Moura, João Nuno Farmhouse de Castro Athayde de Carvalhosa, Nelson Pinto Antunes, Luis Graça Gonçalves, Gabriel Baptista Fernandes, Sofia Margarida Vala Rocha e Paulo Manuel Bernardes Moreira. ------------ ----- Faltaram à reunião os seguintes Deputados Municipais: -------------------------------- ----- Fábio Martins de Sousa, Hugo Alberto Cordeiro Lobo, José António Cardoso Alves, Miguel Tiago Crispim Rosado e Pedro Miguel de Sousa Barrocas Martinho Cegonho. -------------------------------------------------------------------------------------------- -----Fizeram-se substituir, ao abrigo do disposto no artigo 78º da Lei 169/99, de 18 de Setembro, com a redação dada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, o qual se mantém em vigor por força do disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º1, do artigo 3º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do artigo 8º do Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa, os seguintes Deputados Municipais: -------------------- ----- João Alexandre Henriques Robalo Pinheiro (PS), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Municipal Susana Maria da Costa Guimarães. ----------------- ----- Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado (PSD), Presidente da Junta Freguesia de Santo António, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputado Municipal Paulo Manuel Bernardes Moreira. -------------------------------------------------- ----- Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa (PSD), Presidente da Junta Freguesia de Belém, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputado Municipal João Nuno Farmhouse de Castro Athayde de Carvalhosa. ----------------------------------- ----- Carlos de Alpoim Vieira Barbosa (PSD), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal Sofia Vala Rocha. --------------------------------------------------------- ----- Tiago Miguel de Albuquerque Nunes Teixeira (PSD), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal Luis Graça Gonçalves. ------------------------------- ----- Victor Manuel Dias Pereira Gonçalves (PSD), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Municipal Nelson Pinto Antunes. ---------------------------------------------- ----- Mariana Rodrigues Mortágua (BE), por um dia, tendo sido substituída pelo Deputado Municipal Tiago Ivo Cruz. ------------------------------------------------------------ ----- Telmo Augusto Gomes de Noronha Correia (CDS-PP), no período compreendido entre 4 a 20 de setembro, sendo substituído pelo Deputado Municipal João Diogo Santos Moura. --------------------------------------------------------------------------------------- ----- Maria Luisa Aguiar Aldim (CDS-PP), por um dia, tendo sido substituída pelo Deputado Municipal Gabriel Baptista Fernandes. ---------------------------------------------

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----- Fernando Nunes da Silva (IND), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal Nuno Nabais Santos. ------------------------------------------------------ ----- Ana Regedor (IND), por um dia, tendo sido substituída pelo Deputado Municipal Igor Roçadas. ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- Miguel Graça (IND), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal Fernando Gonçalves. ------------------------------------------------------------------ ----- Através da Ata da Mesa da Assembleia Municipal de Lisboa número 50/2017, de 5 de setembro de 2017, foi deliberado o seguinte a descrever:------------------------------- ----- Justificar as faltas dos Deputados Municipais; Fábio de Sousa (PCP- PJF Carnide) e João Pinheiro (PS) à 149ª reunião da Assembleia Municipal de Lisboa (97ª Sessão Extraordinária), realizada no dia 18 de julho de 2017. ------------------------------- ----- Justificar as faltas dos Deputados Municipais: Diogo Leão Campos Rodrigues (PS), Hugo Xambre Bento Pereira (PS - PJF Beato), José António Cardoso Alves (PS-PJF São Domingos de Benfica), Pedro Miguel Sousa Cegonho (PS – PJF Campo de Ourique), Rodrigo Gonçalves (PSD), António Modesto Navarro (PCP) e Fábio Sousa (PCP – PJF Carnide) à 150ª Reunião da Assembleia Municipal de Lisboa (98ª Sessão Extraordinária), realizada no dia 25 de julho de 2017. ---------------------------------------- ----- Justificar as faltas dos Deputados Municipais: João Pinheiro (PS), Pedro Miguel Sousa Cegonho (PS – PJF Campo de Ourique), Fernando Braamcamp (PSD – PJF Areeiro), António Modesto Navarro (PCP) e Fábio Sousa (PCP – PJF Carnide) à 151ª Reunião da Assembleia Municipal de Lisboa (99ª Sessão Extraordinária), realizada no dia 27 de julho de 2017.---------------------------------------------------------------------------- ----- A Câmara esteve representada pelo Senhor Vice-Presidente Duarte Cordeiro e pelos Senhores Vereadores: João Paulo Saraiva, Carlos Castro, Catarina Albergaria, Paula Marques e Rui Franco. ---------------------------------------------------------------------- ----- Estiveram ainda presentes os Senhores Vereadores da oposição: Carlos Moura, António Prôa, João Gonçalves Pereira e Alexandra Duarte. --------------------------------- ----- Às quinze horas e dez minutos, constatada a existência de quórum, a Senhora Presidente da Assembleia declarou aberta a reunião. ---------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “ Senhores Dirigentes da Câmara, Senhores Jornalistas, creio também que já os vi, vamos iniciar a nossa sessão, peço que assumam os vossos lugares, temos naturalmente uma sessão preenchida, portanto, vamos dar início aos nossos trabalhos mais rapidamente possível. ----------------------------------------------------------------------- ----- Pedia para os Senhores Assessores ou funcionários que estão na sala não estarem na parte reservada aos Senhores Deputados e pedia aos Senhores Deputados para assumirem os seus lugares por favor. ------------------------------------------------------------ ----- Eu não posso começar a Sessão enquanto não estiverem sentados. Senhores Deputados, eu não posso começar a Sessão enquanto não estiverem sentados. ----------- ----- A Senhora Segunda Secretária disse que chegaria um pouco mais cedo, vamos começar a Sessão apenas com a Primeira Secretária, a Senhora Deputada Patrocínia César e antes de dar início aos nossos trabalhos, tenho vários avisos a fazer. -------------

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----- Em primeiro lugar eu vejo que está inscrita uma pessoa da Vila Dias para falar e vamos ouvi-la daqui a pouco, mas tenho que dar uma informação à Assembleia Municipal, que já dei aos Senhores Representantes, mas que agora dou a todos os Senhores Deputados. Foi posta a possibilidade de ter que se agendar para hoje uma Deliberação da Câmara e da Assembleia sobre a necessidade de instauração de um processo judicial para a exercer o direito de preferência sobre os terrenos da Vila Dias, carecendo essa Deliberação de decisão da Assembleia e Câmara. Entretanto, apurámos que não é necessária essa Deliberação da Assembleia e da Câmara, a Vila Dias faz parte de uma zona que foi considerada Área de Reabilitação Urbana Sistemática e, portanto, a Câmara pode desencadear essa essa diligência sem necessidade de Deliberação, razão pela qual não está inscrito aqui na Ordem de Trabalhos esse ponto e eu tinha previsto, caso fosse necessário termos uma Conferência de Representantes, ontem, uma vez que não foi necessário, o processo está todo preparado para poder ser para poder Câmara fazer aquilo que que corresponde às Deliberações da Câmara, ou seja, a Câmara, o Município entende que deve poder exercer o direito de preferência na transmissão de propriedade daquele terreno com as casas que lá estão e as condições que lá estão. Isto é um processo que já se arrasta há muito tempo, vamos ver agora o que é que o morador nos vem dizer, mas queria dar esta informação desde já a todos os que estão presentes. ------------------- ----- Em segundo lugar informar-vos que recebemos um ofício do Ministério Público a dar conhecimento que reencaminhou para o DIAP a denúncia que foi enviada por esta Assembleia Municipal relacionada com os factos aqui relatados relacionados com a obra da 2ª Circular e, portanto, conforme vos tinha indicado foi tudo encaminhado ao Ministério Público que já encaminham para o DIAP, o processo segue os seus trâmites. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Por outro lado dizer-vos ainda que o Senhor Vereador Jorge Máximo desde 1 de setembro está a acumular as funções de Vereador, que terminarão quando o próximo Executivo tomar posse, com as funções de Diretor-adjunto do Departamento de Contabilidade, Consolidação e Fiscalidade do Novo Banco, e esta informação é de publicitação obrigatória neste momento, por isso estou a dar conhecimento. ------------- ----- Finalmente e informar-vos que há uma única proposta da Câmara que é proposta 581/2017, que deu entrada nesta Assembleia e no final do mês de julho ou princípio de agosto, que tem a ver com o Plano de Desenvolvimento de Saúde de Qualidade de Vida e de Bem-estar, eu já tinha falado desta proposta em Conferência de Representantes. ------------------------------------------------------------------------------------- ----- Trata-se de um plano que foi concluído pelos serviços dependentes do Senhor Vereador João Afonso, que não que não se candidata para o próximo mandato, e portanto, entendeu levar a Deliberação de Câmara, o resultado final deste trabalho e foi aprovado. Pela nossa terra nossa parte, Assembleia Municipal, o que ficou assente foi que esta matéria que carece de uma discussão pouco mais alargada e uma preparação de discussão em sede de 6ª Comissão e que não havia condições para o fazer para a Sessão de hoje, pelo que informei a Câmara que, naturalmente esta proposta deu entrada, mas será devolvida quando terminar o Mandato e esperemos

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que o novo Executivo, seja quem for que seja eleito, aproveita este trabalho, volte, enfim, a considerá-lo e a remete-lo para a nova Assembleia Municipal para se poder então discutir eventualmente, com discussão pública também, uma matéria desta relevância, Plano para o Desenvolvimento da Saúde, Qualidade de Vida e Bem-estar de Lisboa. De qualquer maneira, irei disponibilizar a proposta no site para todos terem conhecimento dela, ela foi remetida aos representantes, mas irei disponibilizá-la, mas já não será agendada neste Mandato. ------------------------------------------------------------ ----- Estes eram os avisos que eu tinha para dar os Senhores Deputados.” ----------------- ------------------------- PERÍODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO ---------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Vamos iniciar, naturalmente, os nossos trabalhos com a audição do público. Tenho 5 pessoas inscritas e uma pessoa suplente que eu penso que se todos cumprirmos os tempos poderá usar da palavra. ------------------------------------------------ ----- Vamos começar dando a palavra à 1ª pessoa inscrita o Senhor José António do Espírito Santo Marin, que já cá esteve e eu tenho aqui informação do seu processo, mas vamos ouvi-lo primeiro.” -------------------------------------------------------------------- ----- O Munícipe Senhor José António do Espírito Santo Marin, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------ ----- “Boa tarde Senhora Presidente, queria começar por agradecer a oportunidade que me foi concedida para apresentar aqui um o caso e trouxe cá. ------------------------ ----- Estimada Senhora Presidente, estimada Assembleia Municipal de Lisboa, venho aqui hoje falar de um assunto sobre o qual me inibi de falar antes, porque temia agravar a minha situação atraindo atenções negativas. -------------------------------------- ----- Eu recebo RSI, que foi atualizado recentemente, cerca de pouco mais de 2 euros. E aguardo soluções do Instituto de Emprego há mais de 4 anos. Resido há 54 anos na Rua Cidade de Cardiff, no bairro de Inglaterra, encostado mesmo ali à Rua da Penha de França, pertencente atualmente a Junta de Freguesia de Arroios, num prédio que, desde 1969, não teve quaisquer obras de intervenção. --------------------------------------- ----- Em 2014 após uma vistoria efetuada foram decretadas obras coercivas pelo Departamento de Conservação da Câmara Municipal de Lisboa. Eu fiquei esperançado que fossem feitas obras e que ficasse a pagar a renda à Câmara, conforme, e fosse realojado ali perto, conforme prevê a lei. --------------------------------- ----- Mas sucede que o senhorio se recusou a fazer as obras, recusava-se a passar-me recibo, causou-me diversos transtornos, o mais grave deles todos foi que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa deixou de me atribuir o subsídio que me permitia pagar a renda, em 2015. Também não pude usufruir da conta de serviços mínimos bancários, nem das tarifas sociais da EPAL e da EDP e sucedeu, entretanto, que recebi uma ordem de despejo em maio último e só por aí é que eu fiquei a saber que o prédio tinha sido vendido. ------------------------------------------------------------------------- ----- Aguardo o deferimento do pedido de proteção jurídica e serei brevemente despejado, não tenho para onde ir nem onde guardar os meus pertences. ----------------

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----- A Junta de Freguesia de Arroios diz-me que, através da assistente social, que não podem fazer mais, que é proporcionar-me o acesso ao ‘zero desperdício’ e ao ‘Banco Alimentar contra a Fome’. --------------------------------------------------------------- ----- Eu gostaria de igualmente saber também, portanto, gostaria de saber porque é que a Câmara Municipal não toma posse administrativa dos imóveis quando estas coisas sucedem e gostaria, igualmente, de saber a posição de cada uma das forças políticas aqui representadas, ainda para mais, numa altura em que vem aí as eleições autárquicas. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Eu preciso de uma casa na minha área onde sempre tive a minha vida e, inclusive, tenho soluções para apresentar na zona onde resido, refiro-me a um projeto de empreendedorismo social que elaborei e que, segundo técnicos qualificados, teria todas as condições para subsistir, para além do mais de ser autossustentável, prevê igualmente que receitas. ---------------------------------------------- ----- Não quero passar a ser um sem-abrigo e viver…” -------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra interrompeu: ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Está a terminar o seu tempo, sim!” -------------------------------------------------------- ----- O Munícipe Senhor José António do Espírito Santo Marin, no uso da palavra continuou: -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Eu vou ser sucinto. Há ainda uma outra situação agregada a esta. É que lá no prédio a senhoria como não conseguia lá pôr ninguém, pôs lá umas famílias numerosas, e isto não é só um problema securitário. A Junta diz que não pode fazer nada, mas dispõem de equipas de rua. Depois se eu puder falar, agradecia. Porque isto é um problema lá na rua, eles encheram tudo de lixo, o quintal está cheio de lixo e não consigo dormir, tenho asma e estou a começar a ter outros problemas...” -------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra interrompeu: ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- “ Peço imensa desculpa, mas, na verdade, terminou o seu tempo. --------------------- ----- Oh Senhor José António, a informação que eu tenho aqui é que o Senhor José António tinha feito um pedido de habitação em 2015 que, na altura, depois, não foi conclusivo porque, na altura, depois não acompanhou o resultado do pedido e não deu resultados e fez um novo pedido agora já este ano. Esse pedido ainda está a ser avaliado, foi um pedido feito em Agosto, é a informação que eu tenho aqui, que deu entrada, tenho aqui um processo de Agosto, que está a ser avaliado, mas é preciso verificar se as informações que o senhor a José António aqui trouxe constam corretamente na candidatura que apresentou. --------------------------------------------------- ----- Uma vez que se já tem uma ação de despejo já de si em tribunal e isso tem que ser apurado na candidatura. Eu não sei se essa informação está na candidatura. ---------- ----- Portanto o que vamos fazer é o seguinte: tudo o que o Senhor José António aqui disse vai ser enviado à Vereadora para que os serviços incorporem essa informação no seu processo antes de haver uma decisão. Neste momento ainda não há decisão, não posso adiantar mais, porque não temos decisão. -----------------------------------------------

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----- Quanto à questão, porque é que a Câmara não intervém mais quando há obras coercivas? Infelizmente, nós, durante muitos anos, a Câmara houve centenas e centenas e centenas de casos em que foi necessário intimar o proprietário para fazer as obras e muitas vezes a Câmara não tinha capacidade financeira para se substituir ao proprietário para fazer as obras ela própria. Essa política poderá, eventualmente, modificar-se, agora que a Câmara está melhor financeiramente mas, no seu caso, o que terá acontecido terá sido uma coisa dessa natureza, não houve orçamento, não houve capacidade política para a Câmara intervir. --------------------------------------------- ----- Seja como for, se há uma ação de despejo, é preciso ver em que ponto é que ela se encontra, o seu pedido de apoio judiciário também já foi feito, portanto, isso agora… ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A que entidade fez o pedido? A quem fez o pedido do apoio judiciário?” ----------- ----- O Munícipe Senhor José António do Espírito Santo Marin, no uso da palavra respondeu:-------------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Através da Segurança Social. Mas meteram-se as férias judiciais…” -------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: - -----“Através da Segurança Social. Era importante ver se essa informação também vem para que a pessoa que foi designada para lhe dar o apoio, possa acompanhar estes processos todos e ver o que é que podemos fazer. --------------------------------------------- ----- A nossa parte é só pressionar um bocadinho, uma vez que nós aqui não temos o poder de decisão, mas temos o poder de pressionar para que as coisas andem para a frente. É isso. Muito obrigado Senhor José António.” ---------------------------------------- ----- O Munícipe Senhor José Joaquim Morais Rocha, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Excelentíssima Senhora Presidente da Assembleia Municipal, Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara, Excelentíssimos Senhores Vereadores, Excelentíssimos Senhores Deputados, minhas Senhoras e meus Senhores. ---------------- ----- “Estou aqui como proprietário da Vila Dias, cuja história fará, no próximo ano, 130 anos e que sofreu nas últimas dezenas de anos uma degradação lamentável. ------- ----- A Vila Dias constitui um património que conta com pessoas que têm raízes de várias gerações naquelas habitações o que merece, a nosso ver, ser salvaguardado. --- ----- Até hoje nada foi feito, antes pelo contrário, as famílias foram votadas ao abandono. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Hoje a Vila Dias tem 161 habitações das quais apenas 122 estão ocupadas. ------- ----- Destas 122, 68 têm inquilinos que desde sempre são cumpridores. ------------------- ----- As restantes 54, com contratos mais recentes, muitos de pessoas novas na Vila, pessoas que, face à indefinição de futuro, deixaram de pagar algumas rendas. ---------- ----- Já manifestámos estar abertos a formas de regularização da situação com todos os que estejam de boa-fé e queiram contribuir para o bem-estar da própria Vila. ------- ----- Desde que tomámos conta da Vila Dias, contactámos individualmente os inquilinos para conhecer as suas necessidades e demos prioridade a uma solução imediata de todas as situações de perigo que diziam fundamentalmente respeito a escadas comuns, infiltrações de empenas exteriores e reparação de telhados. -----------

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----- Contactámos de imediato a Junta de Freguesia que considerou não ser oportuno qualquer reunião antes de a Câmara Municipal decidir processo pendente e que ainda hoje ignoramos. ----------------------------------------------------------------------------- ----- A Câmara Municipal notificou-nos para realização de vistoria a todas as casas da vila, as quais promovemos e acompanhámos durante vários dias, até pelo conhecimento pessoal que já tínhamos da situação da maior parte inquilinos e já termos iniciado obras, por forma a salvaguardar no imediato essas questões de conforto e segurança. ------------------------------------------------------------------------------ ----- Porém, realizou-se dia 18 de Agosto uma sessão de esclarecimento na Vila Dias, de que não tivemos conhecimento e que nos surpreendeu ao anunciar uma intervenção da Câmara Municipal nessa propriedade. --------------------------------------- ----- Segundo nos disseram, a Câmara vai instaurar um processo judicial de preferência e se o Juiz voltar a não dar razão seguir-se-á uma expropriação amigável e se não for amigável será litigiosa. ------------------------------------------------------------- ----- Não compreendemos esta atitude, que vai contra tudo o que a Câmara tem dito, no sentido de pretender estimular que a iniciativa privada faça a conservação dos seus imóveis. ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- Inclusive apelando a privados para contribuírem para a recuperação do património da Câmara que não tem meios para o fazer. ------------------------------------- ----- Face a esta situação não seria melhor um esforço conjunto da Câmara, Junta de Freguesia, Associação de Moradores, inquilinos e proprietários da Vila Dias, traçando o melhor caminho de recuperação deste património? Pergunto! ---------------- ----- É isso que, em abaixo-assinado reclama a maioria dos inquilinos da Vila Dias e reclama aqui o proprietário. Todos daremos o nosso contributo.--------------------------- ----- Não pode o interesse público conduzido com base em atuações passadas, de outros proprietários, sem nos conhecer, sem conhecer os nossos propósitos e objetivos, e apenas com base na palavra de alguns, poucos, moradores, e de pessoas estranhas à Vila Dias, cujo interesse desconhecemos. ---------------------------------------- ----- Conseguiu-se finalmente acabar com diversos processos-crime, cíveis e administrativos, estando hoje a Vila liberta finalmente de todos os litígios judiciais. --- ----- Um possível novo processo judicial que venha a surgir por parte da Câmara gerará certamente nova instabilidade, perturbadora do desenvolvimento da recuperação, não se percebendo no interesse de quem, mas certamente contra a vontade desde logo dos inquilinos e em prejuízo do investimento privado. ---------------- ----- É o registo da disposição conciliadora quer dos inquilinos quer do proprietário que gostaríamos de deixar aqui. ------------------------------------------------------------------ ----- E também, da vontade de promover o diálogo construtivo com as entidades oficiais, com a Associação de Moradores, porque todos devem estar empenhados no bem-estar da comunidade da Vila Dias.--------------------------------------------------------- ----- Sabemos que está a terminar o mandato desta Assembleia e do Executivo da Câmara e não será possível qualquer atuação imediata mas entendemos ser nosso dever dizer e estarmos presentes, moradores e proprietários, na busca da melhor solução para a Vila Dias. --------------------------------------------------------------------------

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----- Reconhecemos o desempenho e preocupação dos órgãos autárquicos nos problemas da habitação da cidade, recusamos participar em qualquer politização do assunto, mas estaremos presentes sempre que haja que decidir algo sobre a matéria. Muito obrigado.” ----------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Nós é que agradecemos. As pessoas que estão presentes, naturalmente, podem ouvir, mas não podem manifestar-se, portanto, agradeço o vosso silêncio agradeço o seu contributo e queria esclarecer o seguinte. -------------------------------------------------- ----- Há aqui uma questão prévia, é que o senhor a José Morais Rocha apresenta-se aqui como novo dono daquele território, daquele conjunto de imóveis, acontece que a passagem da propriedade para si não obedeceu a uma coisa fundamental na lei, que é a Câmara ter a possibilidade de exercer o seu direito de preferência, que não exerceu. É essa a razão que leva a Câmara a meter a ação judicial, no sentido de poder exercer o direito de preferência, é uma obrigação legal e, portanto, há aqui uma coisa que não está bem esclarecida. ------------------------------------------------------------------------------- ----- A Câmara, já há muito tempo, que vinha trabalhando no sentido de poder ter um papel muito importante naquela zona, por essa razão esta Assembleia Municipal aprovou a constituição da Área de Reabilitação Urbana Sistemática daquela zona, daquele conjunto de prédios. Eu conheço bem aquela zona, fui lá várias vezes, sei muito bem a situação, muito muito negativa e muito degradada em que algumas daquelas casas estão. Sei muito bem o sofrimento de anos e anos e anos dos moradores da Vila Dias com proprietários anteriores. Também tenho conhecimento deste abaixo-assinado que, aliás, dei conhecimento aos representantes de todos partidos que agora fizeram. ------------------------------------------------------------------------ ----- Mas, uma coisa é certa, a Câmara tem o direito de exercer o seu direito de preferência e não poderia ter passado a propriedade para seu nome sem passarmos por esse processo, o que não aconteceu e, portanto, vamos ver como é que as coisas correm. De qualquer maneira, tomámos devida nota da vossa vontade de cooperação, certamente a Câmara também falará convosco, mas a Câmara tem direitos que tem que exercer e neste caso não foi exercido, oportunamente, e por essa razão foi feita essa reunião com os moradores, em Agosto, e por essa razão, estão as coisas preparadas para ser interposta ação, depois veremos como é que as coisas correm. ------ ----- O facto de se interpor uma ação não significa que não haja diálogo entre as partes, esse diálogo pode prosseguir, mas a câmara não deve prescindir dos seus direitos e, portanto, era isso que eu também queria transmitir, a si e aos moradores que estão a assistir. A Câmara não irá prescindir dos seus direitos e vai acompanhar o processo. Esta câmara e a que vier, que for eleita, certamente, continuará a acompanhar o processo uma vez que este caso da Vila Dias já se arrasta há muitos anos e é do conhecimento dos Senhores Deputados há bastante tempo, muito obrigada. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Vamos prosseguir Senhores Deputados, temos agora o senhor António Augusto da Silva Valério nos vai colocar um problema de venda ambulante de artesanato.” -----

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----- O Munícipe Senhor António Augusto da Silva Valério, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Boa tarde Senhora Presidente, boa tarde meus Senhores e minhas Senhoras. ----- ----- Já é a 2ª vez que me encontro nesta sala, pelo mesmo motivo. Tenho aqui uma apreensão de material que eu faço mais a minha esposa que se passou nesta quinta-feira anterior e o material que aprenderam é muito significativo para a nossa sobrevivência e mais uma vez me encontro aqui pelo mesmo motivo. ---------------------- ----- E o que é que isto quer dizer? Quer dizer que da última vez, o Senhor Vereador ou o Senhor Vice-Presidente, Duarte Cordeiro, contactou comigo e pediu-me para fazer os trâmites todos legais que era permitido nestes casos. ------------------------------ ----- Estive em vários Departamentos da Câmara, fui à Junta da Freguesia, mandaram tirar fotografias do material, localidades, 3 localidades possíveis, e resumindo e concluindo, não me deram alternativas nenhumas, foi indeferido e por este facto, continuou a exercer a minha profissão a criar as minhas coisas e não tenho local, não tenho local para exercer a minha atividade como artesão. -------------- ----- É lamentável, porque eu e a minha esposa sobrevivemos, exclusivamente daquilo que nós fazemos e quase me sinto um refugiado em Portugal por não ter direitos exclusivos nenhuns em relação à minha própria sobrevivência. ---------------------------- ----- Que eu saiba Portugal é uma democracia com direitos, não estamos na Venezuela, não estamos na Síria, estamos em Portugal e há direitos e há uma série de questões que passam pela nossa própria sobrevivência individual. ------------------------ ----- Por este facto, sinto-me um bocado como português quase humilhado dos meus direitos, pelo facto, de que é a única sobrevivência e que eu tenho, em relação àquilo que me acontece, frequentemente, em relação à apreensão de material. ------------------ ------ Isto é o material para reciclável e eu aproveito o material e crio os meus próprios trabalhos para este fim de subsistência, de sobrevivência, porque não tenho qualquer tipo de apoios seja de que parte for. ------------------------------------------------- ----- Portanto, Senhora presidente, a solução é esta que me encontro e agradecia que tomasse conhecimento desta multa que eu tenho aqui.” -------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Senhor António, vou pedir só que fiquemos com uma fotocópia desse momento para podermos diligenciar junto da Câmara é uma cópia, ou é original? Muito bem. ---- ----- Senhor António, diga-me só uma coisa, esta Senhora Dona Helena não tem nada a ver consigo?” -------------------------------------------------------------------------------------- ----- O Munícipe Senhor António Augusto da Silva Valério, no uso da palavra respondeu:-------------------------------------------------------------------------------------------- ----- “É a minha companheira.” ------------------------------------------------------------------ ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: - ----- “Eu talvez pedisse para ouvir também a sua companheira para depois responder aos 2. É capaz de ser melhor do que uma resposta individual. Talvez. É porque tenho a Senhora Dona Helena Maria para falar também sobre o mesmo assunto. ----------------

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----- O senhor pode esperar aí um bocadinho no palco que eu pedia à Senhora Dona Helena Maria para vir também expor a situação e depois tentamos encaminhar as duas, os dois casos, uma vez que se referem a um processo comum.” ---------------------- ----- A Munícipe Senhora Helena Maria Teixeira Barrote, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Boa tarde, Senhoras e Senhores, ou Senhores Doutores, como toda a gente aqui em Portugal gosta de chamar. Eu trouxe uma ampulheta, tem 3 minutos, por acaso é irónico, comprei-a há dias e como só me dão 3 minutos de tempo de antena, portanto eu vou pô-la aqui, virá-la ao contrário. --------------------------------------------------------- ----- Olhem, eu sobrevivo, eu não sobrevivo, eu vivo aqui em Portugal, nasci em Portugal, sou portuguesa, sou obrigada a tirar o Cartão de Cidadão, como me obrigam, como eu tive que juntar dinheiro para tirar o Cartão de Cidadão que isto até é uma vergonha, neste país! Até dá vontade de rir, porque eu não vou contar a história da carochinha. ---------------------------------------------------------------------------- ----- Eu faço artesanato, isto, e podia trazer mais, podia trazer mais coisas, eu faço mais coisas, mas não me deixam trabalhar aqui. Até me faz lembrar um Senhor foi candidato a Primeiro-Ministro e a Presidente várias vezes, que dizia que não o deixavam trabalhar. E isto faz-me lembrar esse Senhor, ele, por acaso, esteve muitos anos no Governo e, até hoje, a cultura não defendeu cultura nenhuma. Qual é a Cultura aqui em Portugal? É os quadros, é os cestos de verga e é o quê mais? É a Renda de Bilros. ------------------------------------------------------------------------------------- ----- Mas não é meus Senhores e vocês sabem tão bem como eu, vocês não andam a dormir nem eu, não andamos nada a dormir. Faz-se artesanato, faz-se pintura, faz-se uma quantidade de coisas e desapareceram artesões aqui de Portugal, artistas, que eu não me considero artesã, eu considero uma joalheira, uma cientista, uma quantidade de situações, eu sou bióloga, eu sou engenheira agrónoma, mas não exerço, porque não me dão oportunidades, não é! -------------------------------------------- ----- Mas até um dia, porque costuma-se dizer que a vida dá muitas voltas. A minha mãe faleceu em janeiro, dia 27. E o meu pai se fosse vivo, que se chamava José Barrotes Sarimba, tinha vergonha de ser português e de ver a filha que ele sempre amou, numa situação destas, a vir aqui uma sala destas, não é, que sou eu também com os meus impostos que pago a todos vocês Senhores Deputados PS, PSD, P… eu não sei quem são não os conheço. --------------------------------------------------------------- ----- Até me obrigarem a votar, eu vou votar, quando não me obrigarem eu não voto, agora eu quero uma situação que seja resolvida, porque eu tenho contas a pagar. Eu tenho que comer, não é, como todos nós, nós comemos, nós temos que ter uma casa. O sol quando nasceu foi para todos, a água é para todos! Não é virem agora Senhoras e Senhores Doutores dizerem isto é meu, isto é… não, não, não! Isto não é assim, se nós queremos entrar numa guerra que já estamos numa guerra, aliás, então se queremos guerra, vamos ter guerra. Pode ser guerra de palavras, há muitas formas de ter atualmente é as guerras dos telemóveis…” ------------------------------------ ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra interrompeu: -----------------------------------------------------------------------------------------

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----- “Oh Senhora Dona Helena, veja lá se sua ampulheta já deu os 3 minutos, porque aqui o nosso computador já deu.” ---------------------------------------------------------------- ----- A Munícipe Senhora Helena Maria Teixeira Barrote, no uso da palavra continuou: -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Já passou, já passou. Mas eu podia trazer uma maior, mas como não me dão, não me dão mais intervenção, eu até posso dizer que esta sala aqui não me diz nada. É que não me diz absolutamente nada. Não! Eu vou acabar! Vou concluir. -------------- ----- Quando 4 indivíduos, eu vou chamar indivíduos, chegam ao pé de mim sem se identificarem como sendo de polícias da Câmara, não se identificam, e que me tiram o meu material todo que é feito. Ainda me batem, mas onde é que eu estou? Eu pergunto onde é que eu estou? E vocês vão-se perguntar todos onde é que estão!” ----- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra interrompeu: ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhora Dona Helena” -------------------------------------------------- ----- A Munícipe Senhora Helena Maria Teixeira Barrote, no uso da palavra continuou: -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Roubaram-me tudo! Não! Eu vou agora dizer por palavras assim, não é paninhos quentes! Roubaram-me tudo isto não vai ficar assim, não!” --------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra interrompeu: ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Senhora Dona Helena, não vai com certeza. “ ------------------------------------------- ----- A Munícipe Senhora Helena Maria Teixeira Barrote, no uso da palavra continuou: -------------------------------------------------------------------------------------------- -----“Senhores Deputados, nós não estamos numa Assembleia, isto não vai ficar assim! Porque enquanto eu for viva e sou portuguesa e não vou sair deste país, vou lutar até ao fim. Porque o material que me roubaram vai ser todo devolvido!” ---------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra interrompeu: ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Senhora Dona Helena, tem que lutar pelos seus direitos.”----------------------------- ----- A Munícipe Senhora Helena Maria Teixeira Barrote, no uso da palavra continuou: -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Vai ser todo devolvido material por material!” ----------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra insistiu: ---- ----- “Oh Senhora Dona Helena, muito obrigada pela sua intervenção, eu gostava de lhe dizer aqui só 2 coisas. -------------------------------------------------------------------------- ----- Em 1º lugar, o material foi apreendido e, portanto, agora tem que se apurar o que é que se passa, o material é seu, não pertence à polícia, nem pertence à câmara, é vosso, não é propriedade pública é vosso, foi apreendido…” -------------------------------- ----- A Munícipe Senhora Helena Maria Teixeira Barrote, no uso da palavra interrompeu: ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Olhe! Desculpe interromper! Eu até podia meter a patente. Mas eu como não tenho possibilidades económicas para registar a patente, se eu fosse uma empresa grande, eu até metia as patentes.” ---------------------------------------------------------------

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----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: - ----- “Senhora Dona Helena, são questões separadas. A patente pode tirá-la tem os seus direitos de autor, são questões separadas. ------------------------------------------------- ----- Vamos tratar cada coisa de sua vez, em 1º lugar, há material apreendido que é vosso e que que é o vosso meio de subsistência, essa é a 1ª preocupação. ----------------- ----- Eu vou apurar junto do Senhor Vereador Duarte Cordeiro e o Senhor Presidente da Câmara, o que é que se passa com este auto e se é possível resolver esta questão a bem, como deve ser resolvida. -------------------------------------------------------------------- ----- Em 2º lugar, eu lembro à Senhora Dona Helena que ninguém a obriga a votar, o voto em Portugal é livre, se não quiser votar, não vota, há países onde o voto é obrigatório, em Portugal não é! Felizmente. Cada pessoa vai votar se quiser, se não quiser, não vai e não tem que prestar satisfações a ninguém. -------------------------------- ----- Em 3º lugar, dizer-vos aos dois. A apreensão, por aquilo que vejo aqui no auto, foi no Largo do Chiado, naturalmente, há regras para a venda em espaço público…” --- ----- A Munícipe Senhora Helena Maria Teixeira Barrote, no uso da palavra interrompeu: ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Mas vocês não dão sítios nenhuns! Desculpe interrompê-la! Mas vocês não dão sítios nenhuns! A ninguém! Vocês só dão sítios pela Internet e tem que se mandar e-mails! Não me venham com paninhos quentes! Eu não tenho computador, nem internet nem nada!” -------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: - ----- “A Senhora Dona Helena, está muito revoltada e tem as suas razões. Oh Senhora Dona Helena. Senhora Dona Helena está muito revoltada. Oiça uma coisa, eu não posso…” ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Munícipe Senhora Helena Maria Teixeira Barrote, no uso da palavra interrompeu: ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Eu acabei de ser operada! Roubaram-me tudo! Quatro indivíduos da vossa polícia!...” ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: - ----- “Oh Senhora Dona Helena desculpe lá! A Senhora também tem que obedecer como os outros obedecem! ------------------------------------------------------------------------ ----- Tenha lá santa paciência, nós vamos responder, eu estou-lhe a responder educadamente. --------------------------------------------------------------------------------------- ----- Eu vou-lhe responder educadamente, mas a Senhora Dona Helena eu sei que está revoltada, mas isso não é razão, não é razão para nos insultar! Não é razão para nos insultar, não é razão para nos insultar, cá estamos, cá estamos para o que é necessário e para apurarmos a sua situação. ------------------------------------------------------------------ ----- Oh Senhora Dona Helena, não é justo! Não é justo o que está a dizer e, portanto, naturalmente agente toma isso à conta da sua revolta. Mas não é justo, não é justo, a Senhora Dona Helena não conhece a vida das pessoas que estão aqui, portanto, não pode fazer essas acusações, não é justo, não está a ser justa. A Câmara pode ter sido muito injusta, eu sei, oh Senhora Dona Helena… ---------------------------------------------

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----- Eu peço aos serviços que conduzam a Senhora Dona Helena, peço aos serviços e ao esposo, ao companheiro, a senhora está muito indignada e precisa de se acalmar que isso faz mal à saúde. Cá estaremos, cá estaremos Senhora Dona Helena.------------- ----- Vamos continuar. A Sessão está a ser transmitida em direto, é bom que as pessoas vejam as revoltas e as oiçam. ----------------------------------------------------------- ----- Vamos prosseguir Senhores Deputados, tenho mais uma inscrição do Senhor José Manuel Sousa Cymbron. Se faz favor. ---------------------------------------------------------- ----- Vamos lá Senhor José Cymbron, eu sei que também está bastante revoltado, mas a sua revolta é de outra natureza, vamos a isto.” ----------------------------------------------- ----- O Munícipe Senhor José Manuel Sousa Cymbron, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Senhora Presidente, Senhoras e Senhores. ---------------------------------------------- ----- Eu tinha pensado ler para não ultrapassar os 2 minutos, mas não vou ler e estou quase certo que não vou chegar aos 3 minutos. ------------------------------------------------ ----- Começado por citar um poeta universal, profundamente enraizada em Lisboa, é lisboeta, Carlos Queiroz dizia que ‘as almas estão cercadas de abismos’ e que, ‘entre elas não é possível construir pontes nem túneis’. ---------------------------------------------- ----- Eu penso que é isto que acontece muito, de facto, eu não quero acreditar em Carlos Queiroz quando ele diz isto, mas acho que na Câmara de Lisboa acontece muito isto e, concretamente, o caso que me traz aqui tem a ver com uma situação que envolve essencialmente a Senhora Presidente da Assembleia Municipal, Arquiteta Helena Roseta, e o Senhor Presidente da Câmara, o Doutor Medina, que eu nunca o vi aqui, dizem-me que ele vem às vezes, estava com esperança hoje, que era a última vez, que a Assembleia se reúne e que o Doutor Medina estaria, não está. ----------------- -----Bom, mas eu apresentei aqui uma queixa e uma proposta em finais de março e que a Senhora Presidente rapidamente mandou um ofício para o Presidente da Câmara e não houve resposta no 1º mês, no 2º mês, 3º mês, e eu telefonei para aqui para a Assembleia Municipal, falei com o Doutor Tito Morais, que terá entrado em contactos com a Senhora Arquiteta Helena Roseta, que, também, rapidamente, manda um 2º ofício para o Senhor Presidente. Estamos a inícios de Setembro e não houve qualquer resposta, portanto, isso levou-me a escrever 2 artigos para o ‘Público’ online, aos quais a chamei ‘esta inquietante Câmara de Lisboa’. -------------------------- ----- Onde eu digo que se um Presidente não responder a um munícipe é estranho. Não responder à Presidente da Assembleia Municipal, repito, o Presidente da Câmara não responder à Presidente da Assembleia Municipal é profundamente inquietante! ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Eu adoro esta cidade, nasci aqui, os meus filhos, os meus netos e, de facto, estou cada vez mais preocupado com o futuro da nossa Câmara. E eu não estou a partidarizar esta minha curta comunicação aqui. Eu, se tivesse que votar neste momento, não votava em nenhum partido. O meu voto seria nulo, iria à Assembleia de Voto, mas seria um voto nulo. ----------------------------------------------------------------- ----- Portanto é um problema que eu tenho, um medo que eu tenho, uma insegurança que eu tenho em relação à Câmara Municipal. ------------------------------------------------

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----- Portanto, termino pedindo, mais uma vez, à Senhora Presidente que faça o favor de contactar o Senhor Presidente. --------------------------------------------------------------- ----- Porque eu acho que referia 2 questões importantes nessa queixa que apresentei aqui e proposta. Uma delas tem a ver com a higiene, a higiene, principalmente dos nossos jardins e passeios, passeios onde os invisuais têm muita dificuldade de andar…” --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: - -----“ Terminou o seu tempo.” -------------------------------------------------------------------- ----- O Munícipe Senhor José Manuel Sousa Cymbron, no uso da palavra terminou: --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- “(…) jardins onde eu, por exemplo, e outros avós não podemos levar os nossos netos para brincar, porque estão cheios de dejetos. E depois uma proposta cultural, mas, pronto não vou tirar mais tempo. Muito obrigado.” ------------------------------------ ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Eu é que agradeço a sua vinda aqui e, naturalmente, também vi os artigos e tenho aqui as cartas que enviei. É um facto que ainda não tenho resposta, hoje mesmo falei com o Senhor Vice-Presidente da Câmara a chamar a atenção, uma vez que é matéria da área dele, esta parte da Higiene Urbana, chamar a atenção para uma série de matérias que não estão respondidas e não são apenas ofícios meus, são também requerimentos dos Senhores Deputados. -------------------------------------------------------- ----- A vida da Câmara é muito intensa, a quantidade de ofícios que vão todos os dias é muito intenso, mas agente insiste, insiste as vezes que forem precisas até ter resposta e, portanto, assim farei até ao final do mandato. Quero ter respondidas todas as cartas que enviei ao Senhor Presidente da Câmara, porque, naturalmente, é essa a minha obrigação, não é favor nenhum. ------------------------------------------------------------------ ----- Quanto ao mais, felizmente, estamos numa democracia, as pessoas podem votar ou não votar, apoiar ou não apoiar, isso é a liberdade de cada um. Agora tem sempre o direito de expor os seus problemas e é por isso que estamos aqui a ouvi-lo muito obrigada. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Vamos prosseguir, temos uma última inscrição do Senhor Joel Jesus.” -------------- ----- O Munícipe Senhor Joel Jesus, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ---- ----- “Boa tarde a todos. Boa tarde Senhora Presidente. ------------------------------------- ----- Pela 3ª vez que eu me desloco a esta Assembleia, para dar um acréscimo à minha situação. Não vou alongar muito a conversa, porque acho que toda a gente que me vê nesta sala, deve-me conhecer um pouco. ------------------------------------------- ----- Eu venho, neste momento, dizer que já tenho, neste momento, 33 anos, tenho uma invalidez de 75%, e recebo uma pensão de 233 euros. ---------------------------------------- ----- Fui ao Ateneu, no dia 2.11.2016, no Beato, consegui-me dirigir ao Senhor Presidente Fernando Medina, aonde foi-me dado o Senhor Doutor Pedro Saraiva, e restantes Presidentes da Gebalis e a direção para conseguirem verificar a minha situação. ----------------------------------------------------------------------------------------------

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----- A minha situação é um pouco longa, eu não a vou alongar, mas a Doutora Helena Roseta tem todo o conhecimento do meu processo, só vou dar o acréscimo do que tem agora acontecido.------------------------------------------------------------------------- ----- O que aconteceu foi que a Santa Casa Misericórdia ajudou-me, neste momento, em que estão a pagar a minha renda. Estou no fim de um contrato de habitação de renda do privado que acaba em novembro. Concorrer agora aos territoriais, à bolsa territorial, disseram que era necessário dar seguimento ao meu processo que ia ser uma situação provisória, está a fazer um ano. O que acontece é que chega à Câmara, por causa das listagens, na sexta-feira, tiraram-me 10 pontos. Na 6ª feira ninguém me deu a justificação porque é que esses 10 pontos me foram retirados. Voltei lá na 2ª feira, voltamos ao mesmo, sem justificação. Mandaram-me fazer por escrito, reportar a situação, reportei. -------------------------------------------------------------------------------- ----- Dirigi-me à Gebalis na segunda-feira, falei com a Senhora Helena, lá, ela disse que ia verificar a situação. ------------------------------------------------------------------------ ----- O que consta é que o meu médico diz que, em breve estarei numa cama, acamado e sem, depois, conseguir-me mexer e sem poder dar desenvolvimento a esta situação. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ------ O que eu peço é, quando e como é que eu posso ter uma habitação segura, onde eu possa ter sossego na minha vida. É a única coisa que eu peço é que me ajudem, estou a chegar ao final de novembro e não quero ir viver na rua.” ------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Senhor Joel Jesus, certo, oiça uma coisa, eu estive a ver o seu processo, mandei pedir informação. Confirma-se aqui que houve uma retirada de pontos, eu tenho muitas dúvidas sobre o critério para esta retirada de pontos. --------------------------------- ----- Como o Senhor também aí disse, tem a ver com a parte da sua capacidade, portanto, da sua invalidez.” ------------------------------------------------------------------------ ----- O Munícipe Senhor Joel Jesus, no uso da palavra, acrescentou: -------------------- ----- “Sim, eu próprio, eu peço desculpa de estar a interromper. --------------------------- ----- Até agora sim, tenho um email de 101.6 Pontos. E ele esteve correto, o porquê é que me meteram nos 91.6…” --------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: - ----- “Sim, oh Senhor Joel, eu ouvi-o. Eu ouvi-o e percebi o problema. -------------------- ----- É precisamente isso que eu estava a dizer. Eu tenho aqui a confirmação daquilo que o Senhor disse, eu própria tenho muitas dúvidas do critério que levou a esta alteração da pontuação.” --------------------------------------------------------------------------- ----- O Munícipe Senhor Joel Jesus, no uso da palavra, acrescentou: -------------------- ----- “Nem eles saberão justificar.” -------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: - ----- “Certamente, portanto, em 1º lugar, o Senhor tem direito a conhecer os elementos do seu processo, em 2º lugar, nós temos também alguma possibilidade de escrutinar a Câmara e de pedir explicações sobre esta situação, portanto, seguramente é isso que o fazer saber o que é que se passa sobre a situação. ---------------------------------------------

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----- Portanto, seguramente, é isso que vou fazer. Saber o que é que se passa sobre essa situação e pedir, naturalmente, urgência no resultado, uma vez que está nessa iminência de, a curto prazo, não ter solução.” -------------------------------------------------- ----- O Munícipe Senhor Joel Jesus, no uso da palavra, acrescentou: -------------------- ----- “Pois, isso era uma situação provisória e já lá vai um ano.” -------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: - ----- “Agora vamos ver isto com muito cuidado porque, efetivamente, temos aqui o seu testemunho vai ser retirado para escrito aquilo que o Senhor disse para poder ficar no seu processo.”------------------------------------------------------------------------------------ ----- O Munícipe Senhor Joel Jesus, no uso da palavra, acrescentou: -------------------- ----- “Doutora, eu tenho aqui alguma documentação do acréscimo daquilo que foi feito desde do ano passado, em relação à Santa Casa até à data de hoje.” -------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: - ----- “Se o Senhor Joel quiser deixar mais alguma documentação ao processo, ela pode ficar aqui. Muito obrigada. E pronto, e tem que continuar a fazer esta luta para conseguir aquilo que é o seu direito e que ainda não conseguiu. Muito obrigado. -------- ----- Senhores Deputados terminámos esta esta parte os nossos trabalhos. Vamos prosseguir. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A nossa 2ª Secretária já está na Mesa. ----------------------------------------------------- ----- Eu pedia aos serviços para me organizarem esta documentação do Período da Intervenção do Público.” --------------------------------------------------------------------------- ---------------------------PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA ------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “E vamos entrar agora no PAOD e a Senhora Segunda-Secretária vai fazer uma leitura muito resumida do Expediente que recebemos desde a última Sessão.” ------------- ----- A Senhora Segunda-Secretária da Mesa, Rosa Carvalho da Silva, fez a seguinte leitura de expediente: ---------------------------------------------------------------------- ----- “Da Assembleia da República, o Grupo Parlamentar do PCP fez, pôs alguns projetos de lei, propostas de projeto de lei, fez perguntas ao Governo. Inclusivamente do Grupo Parlamentar do PEV também entrou com projetos de lei, de resolução e de perguntas ao Governo. ------------------------------------------------------------------------------- ----- A Missão Diplomática da Palestina também dá uma informação ao Senhor Presidente da República. ----------------------------------------------------------------------------- ----- Do Instituto Público de Habitação e da Reabilitação Urbana dá conhecimento de abertura de um período para apresentação de candidaturas. ------------------------------------ ----- Da Câmara Municipal de Lisboa, da Divisão de Apoio à Gestão para a Promoção da Mobilidade, houve informações sobre Belém, São Domingos de Benfica, Ajuda e Lumiar. ------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Houve também um Relatório proveniente o Vereador João Afonso sobre a Lei da Discriminação Racial. --------------------------------------------------------------------------------

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----- Do Vereador João Gonçalves Pereira dá conhecimento de uma mensagem de reconhecimento por FAO/ONU do trabalho que desenvolveu na qualidade de Comissário Municipal. ------------------------------------------------------------------------------- ----- Da Assembleia Municipal de Sesimbra deu conhecimento dos editais 73 e 82. ------- ----- Da Área Metropolitana de Lisboa vieram os editais nºs. 13 e 16 deste ano, do qual deu conhecimento. ------------------------------------------------------------------------------ ----- Das Associações da Plataforma Cívica em Defesa de um Novo Hospital Pediátrico em Lisboa, da Plataforma em Defesa das Árvores. --------------------------------- ----- Do Fórum Cidadania Lx., da Vila Dias a Reabilitação Urbana limitada, houve também informação a esta Assembleia que se encontra no site devido. ---------------------- ----- Dos munícipes a Incher Steinberg Osbi, residente na Noruega envia alguns comentários sobre as touradas. ---------------------------------------------------------------------- ----- João Barreta, Diretor dos Serviços da Direção-geral de Artes também enviou documentos sobre o comércio de proximidade. ------------------------------------------------- ----- João Machado teve algumas críticas às instituições existentes na Freguesia de Campo de Ourique, toda a informação está no site da Assembleia Municipal de Lisboa.” ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigada Senhora Deputada não creio que esteja tudo exatamente no site, mas sim na pasta do experiente, no site fica só este resumo, mas não é grave. -------------- ----- Os Senhores Deputados sabem que é na pasta do expediente que nós temos os originais. ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Muito bem, vamos então passar à aprovação, à apreciação das atas 147, 148 e 149, a 149 tinha uma gralha que já foi corrigida, e 150. ---------------------------------------- ----- APROVAÇÃO DAS ATAS Nº 147, DE 04.07.2017, 148, DE 11.7.2017, 149, DE 18.7.2017 E 150, DE 25.07.2017;------------------------------------------------------------- ----- Pergunto se algum dos Senhores Deputados se quer inscrever sobre alguma destas Atas? Não vejo ninguém a pedir a palavra. Senhores Deputados, vou pôr então à votação. A votação tem que ser uma a uma, uma vez que os Senhores Deputados que não estiveram presentes nalguma destas Reuniões não podem votar na respetiva Ata e vamos pôr à consideração. ------------------------------------------------------------------- ----- Vou pôr à votação Ata 147 de dia 04 de Julho de 2017. Não há votos contra nem abstenções. Está aprovada por unanimidade, não tendo participado na votação os Senhores Deputados que estiveram ausentes na Reunião. ----------------------------------- ----- Vou pôr à votação Ata 148 de dia 11 de Julho de 2017. Não há votos contra nem abstenções. Está aprovada por unanimidade, não tendo participado na votação os Senhores Deputados que estiveram ausentes na Reunião. ----------------------------------- ----- Vou pôr à votação Ata 149 de dia 18 de Julho de 2017. Não há votos contra nem abstenções. Está aprovada por unanimidade, não tendo participado na votação os Senhores Deputados que estiveram ausentes na Reunião. -----------------------------------

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----- Vou pôr à votação Ata 150 de dia 25 de Julho de 2017. Não há votos contra nem abstenções. Está aprovada por unanimidade, não tendo participado na votação os Senhores Deputados que estiveram ausentes na Reunião.” --------------------------------- ----- De forma a dar cumprimento ao disposto no DL. n. º 4/2015, de 07 de Janeiro, que aprova o novo Código de Procedimento Administrativo, mais precisamente no n.º 3 do seu artigo 34.º, não participaram na votação das Atas 147, 148, 149 E 150, os Senhores Deputados Municipais que abaixo se referenciam, em virtude de não terem estado presentes na reunião a que a mesma respeita. ------------------------------------------ ----- Ata n.º 147, Terceira Sessão Ordinária – Terceira Reunião, realizada em quatro de julho de dois mil e dezassete, não estiveram presentes os seguintes Senhores Deputados Municipais: André Moz Caldas (PS), Augusto Miguel Gama (PS), Diogo Feijóo (PS), Ricardo Saldanha (PS), Rute Lima de Jesus (PS), Fernando Braamcamp (PSD), Mafalda Cambeta (PSD), Sérgio Azevedo (PSD), João Athayde Carvalhosa (PSD), Carlos Silva Santos (PCP), Deolinda Machado (PCP), João Diogo Moura (CDS-PP), José Franco (IND), Nuno Nabais Santos (IND), Fernando Gonçalves (IND) e José Moreno (PNPN). -------------------------------------------------------------------- ----- Ata n.º 148, Sessão Extraordinária, realizada em onze de julho de dois mil e dezassete, não estiveram presentes os seguintes Senhores Deputados Municipais: André Moz Caldas (PS), Ana Paula Viseu (PS), Artur Miguel Coelho (PS), José Leitão (PS), Maria da Graça Martins (PS), Mafalda Cambeta (PSD), Sérgio Azevedo (PSD), João Athayde Carvalhosa (PSD), Álvaro Carneiro (PSD), Sofia Vala Rocha (PSD), Deolinda Machado (PCP), Tiago Ivo Cruz (BE), Gabriel Fernandes (CDS-PP), Nuno Nabais Santos (IND), Fernando Gonçalves (IND), e José Moreno (PNPN) ------- ----- Ata n.º 149, Sessão Extraordinária, realizada em dezoito de julho de dois mil e dezassete, não estiveram presentes os seguintes Senhores Deputados Municipais: André Moz Caldas (PS), Rute Lima de Jesus (PS), Artur Miguel Coelho (PS), Susana Costa Guimarães (PS), João Athayde Carvalhosa (PSD), Sofia Vala Rocha (PSD), Isabel Pires (BE), João Diogo Moura (CDS-PP), Nuno Nabais Santos (IND), Fernando Gonçalves (IND) e José Moreno (IND). -------------------------------------------- ----- Ata n.º 150, Sessão Extraordinária, realizada em vinte e cinco de julho de dois mil e dezassete, não estiveram presentes os seguintes Senhores Deputados Municipais: André Moz Caldas (PS), Diogo Feijóo (PS), Rute Lima de Jesus (PS), André Couto (PS), Belarmino Fernandes da Silva (PS), Hugo Xambre (PS), Miguel Teixeira (PS), Nuno Pintão (PS), Sérgio Azevedo (PSD), João Athayde Carvalhosa. ----- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: - ----- “Senhores Deputados como veem o nosso Núcleo das Atas fez um esforço grande para manter isto quase, quase atualizado, temos apenas a Ata 151, que foi a última sessão de Julho para aprovar e a da Reunião de hoje. Vamos ter que fazer uma Sessão já depois das Eleições, depois combinar-se-á com os representantes a data para aprovar as últimas Atas, porque isso é obrigatório, fecharmos o nosso trabalho com as Atas todas aprovadas, serão duas apenas as Atas que ficarão para essa reunião. ------------ ----- Posto, isto, vamos entrar no PAOD. Antes de dar a palavra aos Senhores Deputados inscritos, queria lembrar o seguinte: e mandei um email aos Senhores

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Representantes a alertar que o PAN e o Bloco de Esquerda tinham solicitado que se convocasse a 3ª, 5ª e 8ª. Comissões para ouvir o Engenheiro Luís Machado e mais uma outra pessoa, relacionado com os problemas da obra da 2ª Circular, portanto aquelas 3 Comissões que fizeram acompanhamento da situação da 2ª Circular que voltassem a reunir para fazer pelo menos uma ou duas audições, consoante as duas propostas, o que eu combinei com os Senhores Representantes foi que vamos fazer agora o PAOD, no final do PAOD eu darei 3 minutos aos Senhores Deputados que apresentaram as propostas para apresentarem e se alguém quiser reagir, terá 3 minutos para reagir e faremos a votação, é uma simples matéria procedimental não é uma Deliberação da Assembleia sobre assuntos exteriores à Assembleia, é uma matéria procedimental, faremos essa votação no final do PAOD, portanto, agora vamos dar então início às intervenções dos Deputados, sendo que, no final do PAOD temos então um período, uma grelha de 3 minutos para cada um para discutirmos esta questão de fazer ou não fazer esta reunião adicional que foi solicitada por dois Grupos Municipais. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- INTERVENÇÕES DOS GRUPOS MUNICIPAIS E DOS DEPUTADOS INDEPENDENTES PARA APRESENTAÇÃO DE VOTOS, MOÇÕES E RECOMENDAÇÕES (GRELHA B – MÁXIMO 60M) ------------------------------------ ----- A Senhora Deputada Municipal Margarida Saavedra (PSD), no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------- ----- “Senhora Presidente, Senhoras Secretárias, Senhoras e Senhores Vereadores, Senhores Deputados, Senhoras e Senhores. ------------------------------------------------------- ----- Esta Recomendação dos Verdes é efetivamente transversal a todos os partidos, aparentemente são mais de 50 as perguntas que estão sem respostas por parte da Câmara Municipal de Lisboa. ---------------------------------------------------------------------- ----- Este ano o PSD ainda não obteve qualquer resposta às suas perguntas, como de resto se pode comprovar no site da Assembleia Municipal de Lisboa. ----------------------- ----- Como todos sabem a Assembleia Municipal de Lisboa é o órgão que fiscaliza a Câmara e ao recusar-se as respostas à Autarquia está furtar-se à sua fiscalização, isso não pode ser aceite por nenhum Deputado nesta sala. ------------------------------------------ ----- Entre 2005 e 2009, eu tive o privilégio de assessorar a então Presidente Paula Teixeira da Cruz e habituei-me ao rigor que levou a que esta Assembleia elevasse o nível de fiscalização à Autarquia e que abrisse as portas aos cidadãos, por não admitir à partida que alguém saísse sem resposta, talvez por isso tenha sido a única Presidente que viu aprovado um Voto de Louvor por unanimidade. Na base desta homenagem esteve precisamente a sua capacidade de assumir as funções de árbitro intransigente de um jogo político, de forma isenta e imparcial e também a pressão que sempre exerceu junto da Câmara para que esta respondesse aos Senhores Deputados, a todos. --- ----- Este processo que se tem mantido imparável nos mandatos seguintes não pode ser parado, por isso, numa altura em que estamos encerrar os trabalhos desta legislatura é fundamental que este espírito e que esta cultura iniciada perdure e continue a ser seguida, a ser seguida pelos próximos Presidentes da Assembleia Municipal de Lisboa em nome do interesse público, em nome dos lisboetas. ---------------

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----- Muito obrigada.” ------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigada Senhora Deputada.” ------------------------------------------------------- ----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV), no uso da palavra fez a seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------- ----- “Obrigada Senhora Presidente, Senhoras Secretárias, Senhores Vereadores e Senhores Deputados. --------------------------------------------------------------------------------- ----- Os Verdes apresentam hoje uma recomendação sobre a ausência de resposta por parte do executivo aos requerimentos entregues pelos Grupos Municipais. ----------------- ----- Um dos poderes desta Assembleia Municipal é fiscalizar o executivo, conforme prevê a lei. Uma das formas de nós, enquanto deputados municipais, procedermos a esta fiscalização é através de requerimentos no sentido de obtermos esclarecimentos e até documentação sobre diversas matérias. ------------------------------------------------------- ----- Acontece que muitos dos requerimentos apresentados ficam, pura e simplesmente, sem resposta, ou não são respondidos na sua totalidade, o que nos parece inaceitável e que pode até ser entendido como uma falta de consideração, não só para com os membros desta Assembleia mas também para com os munícipes. São muitos os requerimentos que os Verdes apresentaram no seguimento de contactos com os cidadãos nas várias freguesias da cidade, que resultaram de reuniões e de denúncias e que continuam a aguardar resposta há meses e, nalguns casos há um ano ou até dois, apesar da insistência que temos feito no sentido de obter respostas. -------------------------- ----- Apesar de, neste mandato, se ter incluído no regimento da Assembleia um prazo para a Câmara responder – 30 dias – a verdade é que esse prazo é sistematicamente ultrapassado. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Nesse sentido, o que pretendemos com a recomendação que apresentamos é que, até ao final do mandato, o executivo preste os devidos esclarecimentos e forneça a documentação solicitada nos requerimentos, a bem da transparência e do rigor e do respeito pelos deputados municipais e pelos cidadãos. ----------------------------------------- ----- Não podíamos obviamente abordar este assunto sem referir a posição da Mesa da Assembleia, e concretamente da Senhora Presidente, que tem procedido à frequente monitorização dos requerimentos entregues pelos Grupos Municipais, disponibilizando toda esta informação no site da Assembleia, e que tem insistido no envio das respetivas respostas, não permitindo que o assunto caia no esquecimento. ------ ----- Consideramos portanto que a aprovação e a consequente concretização desta medida são um passo importante para o relacionamento entre estes dois órgãos, que se pretende mais próximo, respeitoso e transparente.” --------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigada Senhora Deputada.” -------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP), no uso da palavra fez a seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

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----- “Senhora Presidente boa-tarde, Senhoras Secretárias, Caros Vereadores, Caros Deputados. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Relativamente a esta Recomendação nº. 2, apresentada pelo PEV, dizer apenas que também temos sido prejudicados em certa parte pela ausência de respostas, obviamente em tempo útil pela Câmara, muitas vezes colocamos a perguntas à Câmara, solicitamos informações e elas nunca chegam ao quando chegam, chegam tarde e a más horas e, portanto, como é óbvio isso coloca em causa o papel fiscalizador desta Assembleia Municipal e também o exercício do nosso mandato e o nosso papel e as nossas competências e, portanto, nessa medida, esperar que, no próximo mandato conseguimos fazer muito mais do que aquilo que fizemos até agora no sentido de poder fiscalizar o executivo, a Mesa e bem tem feito, tem feito nesse sentido, e tem feito os possíveis naquilo que cabe às competências da Assembleia Municipal, mas penso que temos que fazer muito mais, mesmo que isso implique e, aliás, é imperioso que isso implique que a Câmara assuma um compromisso esta Assembleia Municipal, um compromisso cabal e muito claro de nos fazer chegar toda a informação que é solicitada. ----------------------------------------------------------------------- ----- Por outro lado, também seria importante no próximo mandato que a Câmara Municipal, não digo das moções, porque têm sempre um cariz e um teor mais político, mas que nas recomendações nos dissesse porque é que acata ou não acata aquilo que são recomendações desta Assembleia Municipal, eu penso que também seria interessante ter aqui esse feedback que por parte da Câmara. Muito obrigado.” ------------ ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigada Senhor Deputado. Ficam aqui boas sugestões para o próximo mandato poderem eventualmente até afinar o Regimento neste sentido e vamos prosseguir.” -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN), no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Senhora Presidente, Senhores Secretários, Senhores Vereadores, Deputados Municipais, imprensa e público em geral. --------------------------------------------------------- ----- Hoje estão aqui para deliberação duas propostas, uma do PEV e outra nossa. Relativamente à proposta do PEV terá obviamente a nossa aprovação, achamos que a forma como tem sido respondido tem sido deficiente, tem tido atrasos, tem sido incompleta, mas tanto quanto me apercebi também já esteve pior, esperemos que no próximo mandato, isto possa ser melhorado e regimentalmente possa ser aperfeiçoado. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Relativamente à recomendação que trazemos tem a ver com a noção de participação cidadã em geral e uma das coisas que achamos que deve ser incentivada é a participação das organizações de voluntariado, nomeadamente as organizações de voluntariado da Proteção Civil, neste caso junto do Conselho Municipal e, portanto, é mais uma recomendação no sentido de se implementar a participação cidadã de pessoas e organizações que pretendem auxiliar ao desenvolvimento da Cidade. Muito obrigado.” ----------------------------------------------------------------------------------------------

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----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhor Deputado.” --------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal Carlos Silva Santos (PCP), no uso da palavra fez a seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------- ----- “ Muito boa-tarde Senhora Presidente, Membros da Mesa, Senhores Vereadores, Senhores Deputados. --------------------------------------------------------------------------------- ----- O debate nesta Assembleia foi o que foi possível no contexto da correlação de forças existentes. Também nós, o PCP, tem razões de dizer que nos próprios debates e não só no requerimento, os próprios debates da Assembleia, não foi raro que as perguntas tivessem ficado sem resposta ou então a resposta fosse lateralizada, naturalmente que a posição maioritária dos respondentes, o Presidente da Câmara e dos Vereadores do PS determinou conforme o desejavam e queriam responder, por isso não lamentamos a situação em concreto, verificamos, sabemos as razões porque ela existe e terminamos sempre, não só saudando a Senhora Presidente no seu esforço para, mas ter esta ideia: nova vida, novo progresso, nova Assembleia, nova correlação de forças e, eventualmente mais favorável a que o executivo seja fiscalizado verdadeiramente e preste contas nesta Assembleia, tivemos raros momentos em que isso foi possível, quando o Grupo de Independentes resolveu também opinar autonomamente em relação ao PS, foram poucos, mas teria sido muito mais se a correlação tivesse sido outra, teria também sido mais rico o debate e mais efetivo, é isso que desejamos no futuro. Muito obrigado.” ------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal Daniel Gonçalves (PSD), no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Excelentíssima Senhora Presidente da Mesa da Assembleia Municipal de Lisboa Arquiteta Helena Roseta, Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa Doutor Fernando Medina, Excelentíssimo Senhor Vice-Presidente da Câmara Municipal de Lisboa Doutor Duarte Cordeiro, Excelentíssimos Senhores Vereadores, Excelentíssimos Senhores Deputados Municipais, Estimado Público. ----------------------- ----- Quando em 2013 aceitei o desafio de me candidatar à Junta de Freguesia de Avenidas Novas fi-lo com o propósito de tornar a esta freguesia como uma referência na cidade de Lisboa, de não esquecer os que mais necessitavam, e de colmatar as necessidades dos mais carenciados. ---------------------------------------------------------------- ----- Volvidos 4 anos, cumpri aquilo a que me propus. ----------------------------------------- ----- Nas Avenidas Novas criámos, desenvolvemos e colocámos em práticas projetos que visam ajudar os mais idosos. ------------------------------------------------------------------- ----- Nas Avenidas Novas criámos, desenvolvemos e colocámos em práticas projetos que visam ajudar as crianças. ----------------------------------------------------------------------- ----- Nas Avenidas Novas criámos, desenvolvemos e colocámos em práticas projetos que visam ajudar as famílias carenciadas. ---------------------------------------------------------

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----- Nas Avenidas Novas criámos e reformulámos novos espaços desportivos, de recreio e de lazer. ------------------------------------------------------------------------------------- ----- Nas Avenidas Novas ouvimos as inúmeras reclamações sobre operacionalidade dos elevadores da passagem pedonal, que dotavam o Bairro Santos ao Rego ao total isolamento. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Mas caras e caros Deputados Municipais, foi com o apoio da Câmara Municipal, em especial do Excelentíssimo Senhor Presidente, Doutor Fernando Medina e da sua equipa, que colocámos ponto final na “linha que nos separava”, e restituímos ao Bairro Santos ao Rego uma “ponte que nos une”. ----------------------------------------------- ----- Nas Avenidas Novas não descurámos a urgente necessidade de intervenção no Mercado Bairro Santos, o qual estava dotado ao abandono, e com a determinação e diligência do Excelentíssimo Senhor Vice-Presidente da Câmara, Doutor Duarte Cordeiro e da sua equipa, conseguimos que até à data de hoje, esteja em fase de conclusão a esperada requalificação do mercado, a qual permitirá a todos usufruírem de um espaço comercial e de lazer de referência na cidade de Lisboa. ----------------------- ----- Nas Avenidas Novas não fechámos os olhos ao grave problema de prostituição e atividades ilícitas adjacentes que se arrastam há vários anos na zona do Bairro do Alto do Parque e, com a colaboração do Excelentíssimo Senhor Vereador Carlos Castro, conseguimos garantir medidas que reforçam a segurança e que ajudam a disseminar as más práticas que eram recorrentes numa zona habitacional de referência. ------------------- ----- Nas Avenidas Novas demos voz aos fregueses e criámos o Orçamento Participativo de Avenidas Novas, o qual, na sua primeira edição contou com a apresentação de várias propostas que, estou certo, terão um impacto muito positivo na vida de quem vive, trabalha e frequenta a nossa freguesia. ------------------------------------- ----- Nas Avenidas Novas ouvimos as Associações de Moradores, e foi com elas, e principalmente por elas, que construímos nestes 4 anos uma freguesia melhor. ------------ ----- Excelentíssimos Senhores, no próximo dia 2 de Outubro encerra-se um ciclo político nas Avenidas Novas, mas a garantia de futuro é certa. -------------------------------- ----- Deixamos a marca de quem procurou sempre resolver os reais problemas dos nossos fregueses, deixamos a marca de quem, mais do que obras, procurou inaugurar sorrisos… e são esses sorrisos que eu desejo que nunca se apaguem do rosto dos fregueses de Avenidas Novas. ---------------------------------------------------------------------- ----- A todo o Executivo Camarário deixo um sincero e democrático agradecimento público, nestes quatro anos não existiu cor política na relação da Câmara Municipal de Lisboa com a Junta de Freguesia de Avenidas Novas, nestes quatro anos, Câmara e Junta de Freguesia, através da salutar discussão de ideias, colocaram, ao serviço da população, o único fim a que se presta a política… --------------------------------------------- ----- Melhor servir a população que nos elegeu! ------------------------------------------------- ----- Excelentíssimos Senhores, a política faz-se de ideias, e da salutar discussão das mesmas e mesmo na divergência é sempre possível encontrar um consenso e uma solução. -------------------------------------------------------------------------------------------------

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----- Foi, com grande agrado, que constatei a total disponibilidade da Câmara Municipal para a discussão de ideias e a resolução conjunta dos problemas apesar de divergências pontuais. -------------------------------------------------------------------------------- ----- A relação institucional foi um exemplo de como devem funcionar as entidades publicas e como se devem relacionar entre si. ---------------------------------------------------- ----- Conseguimos assim garantir sempre o melhor para os Lisboetas e isso os fregueses de Avenidas Novas nunca esquecerão! ------------------------------------------------ ----- Excelentíssima Senhora Presidente da Mesa da Assembleia Municipal de Lisboa Arquiteta Helena Roseta, Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa Doutor Fernando Medina, Excelentíssimo Senhor Vice-Presidente da Câmara Municipal de Lisboa Doutor Duarte Cordeiro, Excelentíssimos Senhores Vereadores, Excelentíssimos Senhores Deputados Municipais. ---------------------------------------------- ----- Queria aproveitar esta minha última intervenção neste mandato para fazer uma referência e um agradecimento a todos os deputados municipais com quem tive o prazer de trabalhar nesta Assembleia e nas comissões onde participei.----------------------- ----- Queria ainda agradecer a todas e todos os funcionários desta Assembleia por todo o apoio e principalmente pelo respeito e estima que por mim sempre demonstraram. Bem hajam. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Para terminar quero reforçar que em 2013 eu e a minha equipe propusemo-nos a tornar a, então recém-criada, freguesia de Avenidas Novas numa referência de qualidade. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Em 2013 começámos a escrever a história desta nobre freguesia, que jamais será apagada. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Em 2017 encerramos este capitulo fantástico e de referência, da história desta freguesia, com consciência de dever cumprido! -------------------------------------------------- ----- A todos os que ajudaram a este propósito deixo a minha sincera gratidão. ------------ ----- Muito obrigado a todos e bem hajam.” ------------------------------------------------------ ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhor Deputado.” --------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal André Couto (PS), no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “ Obrigada Senhora Presidente, no que diz respeito à Recomendação nº. 1, do Grupo Municipal do PAN dizer que estamos de acordo. O recomendado enquadra-se num processo que, desde 2012 é definido pela Autoridade Nacional de Proteção Civil e o Partido Socialista defende também o enquadramento das organizações de voluntariado nas estruturas autárquicas. ----------------------------------------------------------- ----- Passando depois aqui para a questão que nos tem tomado mais tempo, Senhora Presidente, começaria por me dirigir à Senhora Segunda-Secretária, também Deputada Municipal, Margarida Saavedra, dizer que tomámos nota da sua autocrítica porque, independentemente de ter vindo aqui cima desferir um ataque à Senhora Presidente não deixa de ser Segunda-Secretária, achamos, no entanto, que lhe ficou mal ter saído da Mesa para tomar essa atitude, porque nós no Partido Socialista na somos da escola

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que, quando a num coletivo um falha, falham todos e, portanto, achamos que foi feio e que se houve alguma falha ou se se a Senhora Deputada Municipal acha que houve alguma falha no coletivo, do qual fazia parte, competia-lhe desde logo o dever de auxílio, muito mais do que o dever de vir aqui na última sessão tomar esta atitude que não lhe ficou bem! ------------------------------------------------------------------------------------ ----- No entanto, Senhora Segunda-Secretária, dizer-lhe para sua tranquilidade que o Grupo Municipal do Partido Socialista não acha que, de forma alguma que a Mesa tenha falhado, nem sequer imagino que a Senhora Segunda-Secretária tenha falhado, achamos que neste mandato a Mesa foi exemplar no seu esforço para obtenção de respostas, levando o seu esforço de independência, inclusivamente à parte, ao campo da intervenção política que, aliás, foi também pelo seu Grupo Municipal, muitas vezes aqui destacada! E registamos e saudamos esse esforço que testemunhámos ao longo deste mandato e que é, sem dúvida, um exemplo para o futuro. ------------------------------- ----- Terminar dizendo, Senhora Presidente, relativamente à segunda, à Recomendação nº. 2, do PEV, que o partido do Grupo Municipal do Partido Socialista vai votar obviamente de forma favorável esta Recomendação, nós somos favoráveis ao cumprimento destes prazos, de todos os prazos a que estamos obrigados, mas sabemos também que este mandato foi especialmente fértil em pedidos de esclarecimentos e que na sua esmagadora maioria esses pedidos de esclarecimento foram respondidos. ----------------------------------------------------------------------------------- ----- Na impossibilidade de ter havido algumas respostas, como é óbvio, tem de haver essa justificação, mas nós não podemos deixar de registar e louvar os muitos esclarecimentos que foram prestados ao longo deste mandato, saudando para terminar tanto os Senhores Vereadores, como em especial as suas equipas que, ao longo de dezenas, senão centenas de esclarecimentos, que levaram certamente muitas horas na prestação de contas à nossa Assembleia. Muito obrigado Senhora Presidente.” ------------ ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhor Deputado. ---------------------------------------------------------- ----- Eu pergunto à Câmara, o Senhor Vice-Presidente quer usar da palavra? Tem a palavra.” ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhora Presidente, quero em primeiro lugar dizer também que a Câmara Municipal está confortável com a Moção que foi apresentada e que penso que vai ser aprovada pela indicação das várias dos vários grupos políticos, no que diz respeito às respostas a requerimentos, que teremos que dar até ao final do mês de Setembro. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Eu tive o cuidado de pedir a informação à Senhora Presidente da Assembleia Municipal e não parece também, estou um bocadinho também na mesma linha de intervenção que o Senhor Deputado Carlos Silva Santos, que se possa propriamente dizer que há aqui uma ausência de resposta da Câmara Municipal. Há muitos requerimentos que estão por responder, mas estamos a falar de 81 por centos dos

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requerimentos foram respondidos, se nós formos analisar os que não foram respondidos há aqui bastantes temas que foram mais do que esclarecidos em diversas intervenções na Assembleia Municipal, nas Comissões e, portanto, também poderia existir aqui de forma saudável e democrática o reconhecimento de que nem tudo o que está formalmente respondido na realidade está respondido e, portanto, a com um bocadinho de paciência e cultura democrática de todas as partes chegaríamos à conclusão que realmente faltam respostas da parte da Câmara, mas também não é caso para se fazer o tipo de intervenção que eu ouvi, por exemplo, da Senhora Deputada Margarida Saavedra, mas cá estamos nós, para realmente ser escrutinados nos termos em que devemos e cá estou eu para me comprometer para dar o máximo de respostas possíveis até ao final do mês de Setembro para que aumente temos esta taxa de 81 por cento para 90 e muitos por cento, eu próprio já dei hoje o exemplo, só eu darei a resposta a 9 requerimentos só no dia de hoje, portanto, os meus colegas, com certeza que deram exemplo e nós baixaremos esta taxa não resposta até ao final do dia. ----------- ----- Só para dizer que queria também no fundo ser recíproco em relação ao comprimento que foi feito pelo Senhor Presidente Daniel Gonçalves. Dizer-lhe que foi um prazer trabalhar consigo, em particular em projetos que tivemos em conjunto, no Mercado Bairro de Santos-o-Rego, para nós é sempre muito importante trabalhar em conjunto com as freguesias e penso que, em particular, neste caso foi um trabalho muito profícuo, muito feliz e em que, acima de tudo quem sai beneficiado é comunidade. Muito obrigado e muito obrigado pelo seu empenho. --------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhor Vice-Presidente.--------------------------------------------------- ----- Senhores Deputados, chegámos ao fim desta parte dos nossos trabalhos, vamos para pôr à votação os 2 documentos que estão pendentes de apreciação e depois eu irei abrir um período para serem apresentadas as propostas do Bloco e do PAN sobre a questão da reunião das comissões que foi solicitada. ------------------------------------------- ----- RECOMENDAÇÃO Nº. 1/152 (PAN) – “INTEGRAÇÃO DE ORGANIZAÇÃO DE VOLUNTARIADO DE PROTEÇÃO CIVIL NA COMISSÃO MUNICIPAL DE PROTEÇÃO CIVIL”; ------------------------------------- ----- (A Recomendação nº 1/152 fica anexada à presente Ata, como Anexo I e dela faz parte integrante). ---------------------------------------------------------------------------------- ----- Vamos pôr então à votação a Recomendação nº. 1/152, que é a Recomendação do PAN no sentido de integrar organizações de voluntariado na Comissão Municipal de Proteção Civil. ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Recomendação nº 1/152 foi aprovada por unanimidade, não há votos contra, não há abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN, 6IND. ---------------------------------------------------------------------------------- ----- RECOMENDAÇÃO Nº. 2/152 (PEV) – “REQUERIMENTO SEM RESPOSTA DA CML” ---------------------------------------------------------------------------- ----- (A Recomendação nº 2/152 fica anexada à presente Ata, como Anexo II e dela faz parte integrante). ----------------------------------------------------------------------------------

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----- Vamos pôr à votação a Recomendação 2/152, do PEV, sobre os requerimentos sem resposta. Não há votos contra e nem abstenções. ------------------------------------------ ----- A Recomendação nº 2/152 foi aprovada por unanimidade, não há votos contra, não há abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN, 6IND. ---------------------------------------------------------------------------------- ----- E a Mesa agradece sinceramente esta diligência do PEV para que os meus pedidos de resposta tenham mais força junto da Câmara Municipal de Lisboa. ------------- ----- Terminada esta parte os nossos trabalhos, vamos então a passar a apresentação da primeira proposta que foi apresentada, foi um simples E-mail, que me foi dirigido pelo Senhor Deputado Ricardo Robles ainda no mês de Agosto, mas que só pude tomar notas já mais tarde, mas de qualquer maneira a tempo da nossa Sessão de hoje, no sentido de se fazer uma Reunião imediatamente após o período das férias, as Comissões 3ª, 5ª. e 8ª realizarem uma Reunião Extraordinária para ouvirem o Engenheiro Luís Machado e, portanto, vou desde já dar a palavra ao Senhor Deputado Ricardo Robles para apresentar a sua proposta. -------------------------------------------------- ----- Depois darei a palavra ao Senhor Deputado Miguel Santos para apresentar a sua proposta, que é complementar desta, é neste sentido, mas ainda ouvir mais uma pessoa. -------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Em seguida pedia aos Senhores Deputados, que queiram falar sobre esta matéria que se inscrevam já, cada bancada terá 3 minutos, se assim o desejar, e passaremos imediatamente à votação.” -------------------------------------------------------------------------- ----- PROPOSTA/E-MAIL DO BE NO SENTIDO DE PEDIR UMA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA COM AS 3ª, 5ª. E 8ª. COMISSÕES PERMANENTES, E A AUDIÇÃO DO ENGENHEIRO LUÍS MACHADO SOBRE O PROCESSO DA 2ª. CIRCULAR; --------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta/Email do BE fica anexada à presente Ata, como Anexo III e dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------------- ----- PROPOSTA/CARTA DO PAN NO SENTIDO DE PEDIR UMA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA COM AS 3ª, 5ª. E 8ª. COMISSÕES PERMANENTES, E A AUDIÇÃO DO ENGENHEIRO LUÍS MACHADO E ENGENHEIRO JORGE DE SOUSA SOBRE O PROCESSO DA 2ª. CIRCULAR; --------------------------------- ----- (A Proposta/Carta do PAN fica anexada à presente Ata, como Anexo IV e dela faz parte integrante). ---------------------------------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal Ricardo Robles (BE), no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhora Presidente, boa tarde a todos e a todas. ---------------------- ----- No seguimento do relatório que resultou do inquérito elaborado pela Câmara Municipal de Lisboa ao processo de cancelamento da obra da 2ª Circular, tornou público um dos engenheiros, os elementos do júri deste inquérito, o Engenheiro Luís Machado, o engenheiro indicado pela Ordem dos Engenheiros para participar neste inquérito, tornou público que estaria disponível para prestar as declarações que fossem necessárias, as informações, os esclarecimentos, porque foi visado pelo

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Engenheiro Jorge de Sousa, o projetista sobre quem recaem as acusações de conflito de interesses, de que não seria a pessoa indicada para participar neste júri. ----------------- ----- Alegadamente terão tido conflitos profissionais anteriormente e, portanto, o Engenheiro Jorge de Sousa, o projetista, enviou uma carta ao Presidente da Câmara, ao Presidente Fernando Medina, dizendo que não considerava justo, correto que o Engenheiro Luís Machado fizesse parte do júri. Havendo esta disponibilidade e existindo, entende o Bloco de Esquerda a necessidade de esclarecer por completo este cancelamento da obra da 2ª Circular, enviámos à Senhora Presidente, para que colocasse em Conferência de Representantes a hipótese de ouvirmos ainda durante o mês de Setembro que o Engenheiro Luís Machado. --------------------------------------------- ----- Naturalmente que, entende o Bloco de Esquerda que tivemos 10 meses numa Comissão de Inquérito na Câmara que concluiu que não havia de facto conflito de interesses, não confirma a existência de conflito de interesses e, portanto, o fundamento para o cancelamento da obra evocado pelo Presidente da Câmara em Setembro, no início de Setembro de 2016, não é válido e, por isso, achamos que este assunto é demasiado sério e que deve ter toda a transparência possível, por isso propomos que haja a audição destes dois engenheiros, naturalmente, o Engenheiro Luís Machado primeiro e o Engenheiro Jorge de Sousa, o projetista, depois. --------------- ----- Parece-me de elementar justiça ouvir os dois, mas, sobretudo o Engenheiro Jorge Sousa, recaiu sobre ele a acusação de um conflito de interesses, de que teria atuado de forma errada como projetista, como consultor contratado pela Câmara e, portanto, recaindo sobre ele todas estas acusações é incrível, é incompreensível como é que se fazes um inquérito que dura 10 meses, um relatório com um dezenas de páginas, julgo que 70, e ninguém se lembrou de falar com este engenheiro, portanto, achamos que altura, temos tempo fazer!” -------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhor Deputado. O Senhor Deputado Miguel Santos agora. ------- ----- Tenho duas inscrições sobre esta matéria, do Partido Socialista e do CDS/PP, e pergunto se mais alguém se quer inscrever.” ----------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN), no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhora Presidente, Senhores Vereadores, Senhores Deputados, imprensa. ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Aquilo que foi levantado pela denúncia que nós trouxemos era a existência de que existiam razões para, no fundo, perceber que algo de correto não tinha acontecido.” -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Senhores Deputados, está-se a ouvir algum ruído na Mesa, eu pedia o vosso silêncio para ouvirmos o Senhor Deputado em condições.” ------------------------------------ ----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN), no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------------------------

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----- “E toda a documentação que foi entregue tinha a ver com coisas do passado, que muitas delas até já tinham sido decididas, por isso não entendemos de forma nenhuma que a atitude mais eficaz fosse mandar para o Ministério Público documentação de coisas já tinham sido decididas, portanto, parece-nos que é tão relevante mandar aquilo para o Ministério Público como mandar para a ASAE ou para o Infarmed, aquilo pode ter resposta nenhuma e, portanto, nesse sentido não compreendemos porque é que foi enviado, porque aquilo e o que nos traz aqui, isso sim, é uma questão de Direito Administrativo e, portanto, as questões de Direito Administrativo não são dirimidas no Ministério Público. ------------------------------------------------------------------- ----- O que é que nós temos não temos um conflito de interesses clássico, temos sim, um conflito entre pessoas que como tal deveria levantar um incidente de suspeição que devia imediatamente afastar aquela pessoa, hoje é Luís Machado que não tem culpa nenhuma de ter sido convidado, mas não devia presidir àquela comissão de inquérito! ----------------------------------------------------------------------------------------------- ---- E a parte mais grave de tudo isto é virmos a saber que quer o Senhor Vereador João Paulo Saraiva, quer o Senhor Presidente de Fernando Medina tinham conhecimento pleno dos factos e, portanto, tudo aquilo que que se veio a dizer e no fundo aquilo que nós estávamos a denunciar, acaba por ser confessado na documentação que depois recebemos, portanto sabemos que o Senhor Engenheiro Luís Machado entregou documentação onde dizia que tinha tido aquelas divergências com o projetista e depois vimos a saber, já num e-mail que é encaminhado para a Senhora Presidente que o Senhor Presidente também tinha conhecimento, portanto, o que nós temos aqui é um conflito entre a atuação da Vereação e a as regras básicas de Código de Processo Administrativo. --------------------------------------------------------------- ----- Vou terminar e, portanto, a nossa ideia era que trata-se, uma vez que se trata de uma questão administrativa só esta Assembleia que, supostamente é a fiscalizadora da Câmara, é que poderia ter alguma palavra a dizer e para isso tínhamos que ouvir as partes, e não achamos pela nossa parte que um assunto destes possa ser resolvido por contagem de espingardas. Há uma obrigação de ouvir as pessoas e depois sim, uma deliberação que fosse tomada, devia ser tomada com razões políticas por todos os seus Deputados, até lá devia-se apenas ouvir as pessoas! Ao recusar audição das pessoas estamos a recusar as funções para as quais fomos eleitos. Muito obrigado.” ---------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhor Deputado. ---------------------------------------------------------- ----- Está inscrito o Senhor Deputado André Couto.” ------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal André Couto (PS), no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- -----“Obrigado Senhora Presidente, mais uma vez, Senhora Presidente dizer-lhe que no entendimento do Grupo Municipal do Partido Socialista que não faz sentido, vamos ser claros, há um tempo para o funcionamento desta Câmara, das suas Comissões e há um tempo para a Campanha Eleitoral e para o debate do futuro da Cidade. -------------------------------------------------------------------------------------------------

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----- Esta audição, a ser feita agora, seria nosso entender prolongar artificialmente a vida deste Mandato e nós não concordamos com isso, fazê-lo, pior do que isto seria inquinar a discussão uma vez que achamos que, neste momento não existe clima para e isso e, portanto, não o queremos, depois achamos as perguntas que não se poderá esclarecer esta questão no futuro? Achamos que sim, não se poderá testemunhar ou esta pessoa não poderá testemunhar mais tarde? Achamos que sim, há por isso urgência nesta audição agora? Achamos que não, isto para nós é claro e transparente. ---- ----- No próximo Mandato nós vamos poder fazer essa análise de uma forma calma, de uma forma clara a com a tranquilidade que este assunto delicado merece! -------------- ----- Este é tempo de debate político, saudável confronto programático sobre o futuro da Cidade. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- E se nos permitem, o Grupo Municipal do Partido Socialista gostaria de deixar aqui a nota que estamos bem mais preocupados com a falta de ideias e de debate por parte da oposição do que com assuntos que, como nós mostrámos aqui, não se urgentes e, portanto, deixamos o convite, que deixemos de nos preocupar com assuntos laterais e que se juntem a nós no debate do futuro de Lisboa. Muito obrigado Senhor Presidente.” ----------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhor Deputado. O Senhor Deputado Diogo Moura do CDS/ PP.” ----------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS/ PP), no uso da palavra fez a seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhora Presidente. Sem querer entrar em pormenores sobre aqui a discussão em pormenor daquilo que é o conteúdo dos 2 pedidos da destas 2 bancadas, mas obviamente, vamos manter a postura que tivemos desde o início deste processo e, portanto, concordar com audição das pessoas visadas. --------------------------- ----- Este processo não vai parar agora, sei que estamos no final deste mandato, mas este processo não para com as eleições autárquicas e terá muito mais ainda, muito mais consequências no próximo mandato, porque não me parece que seja um projeto que há de cair, que há de cair a curto prazo e, portanto, nesta medida iremos votar favoravelmente a audição das pessoas aqui visadas.” ------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Obrigado Senhor Deputado. ------------------------------------------------------------------ ----- O Senhor Deputado Vasco Santos pediu a palavra.” -------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal Vasco Santos (MPT), no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhora Presidente, Mesa, Vereadores, Caros Colegas Deputados presentes. --------------------------------------------------------------------------------- ----- Em relação a este assunto que que que o Bloco e o PAN levantaram aqui não há como esclarecer, ao contrário do que o Caro Arquiteto, o Caro Colega Deputado André Couto disse, não há como esclarecer o mais cedo possível com a audição das

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pessoas indicadas pelo Bloco de Esquerda e de outras pessoas indicadas aqui, que fazem parte do projeto com a equipa que já está a equipa na Assembleia, os Deputados da Assembleia que pertencem a estas Comissões, que já estavam a tratar do processo. Por isso o quanto antes só se pode clarificar se se der continuidade ao processo e daí votarmos favoravelmente a audição destas pessoas indicadas. --------------- ----- Em relação a uma hipotética e se calhar plausível hipótese de não ser autoridade e essa Reunião da Comissão, é uma vergonha porque é uma forma de silenciar, de silenciar porque não é a altura indicada porque estamos em altura de eleições, de um processo que já vem anterior às eleições, de silenciar e de esconder um assunto que foi muito grave neste Mandato na cidade de Lisboa. Disse.” ---------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Senhores Deputados, estava só a esclarecer aqui com o Bloco de Esquerda o seguinte: nós temos 2 propostas, uma proposta do Bloco de Esquerda no sentido de se realizar uma reunião da 3ª, 5ª e 8ª Comissões para ouvir o Engenheiro Luís Machado e uma proposta do PAN para o mesmo efeito, mas para ouvir também o Projetista Jorge Sousa, portanto, eu estava a perguntar ao Bloco se concorda que a gente possa fazer uma única votação incluindo os dois nomes. ---------------------------------------------- ----- Portanto, não havendo objeção da parte do Bloco a proposta de digamos, fundindo as duas a proposta será no sentido da Assembleia autorizar a realização de uma reunião da 3ª, 5ª e 8ª Comissões para ouvir o Engenheiro Luís Machado e o Projetista Jorge Sousa. ------------------------------------------------------------------------------- ----- É essa Proposta de fusão das propostas do PAN e Bloco de Esquerda que vamos pôr à consideração. --------------------------------------------------------------------------- ----- A Proposta foi rejeitada, votos contra PS, 6IND, abstenções PCP, votos a favor do PSD, BE, CDS-PP, PEV, MPT, PAN. --------------------------------------------------------- ----- (Não estava presente na votação o PNPN.) ------------------------------------------------- ----- Está então terminado o Período de Antes da Ordem do Dia e agora vamos entrar no Período da Ordem do Dia com a Informação Escrita do Senhor Presidente que vai ser apresentada pelo Senhor Vice-Presidente.” --------------------------------------------------- ----------------------- PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA ------------------------ ----- PONTO 1 - APRECIAÇÃO DA INFORMAÇÃO ESCRITA DO PRESIDENTE DA CÂMARA, AO ABRIGO DA ALÍNEA C), DO Nº 2, DO ARTIGO 25º DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS (RJAL), PUBLICADO EM ANEXO I À LEI Nº 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, NA SUA REDAÇÃO ATUAL, E DA ALÍNEA E) DO N.º 2 DO ART.º 4.º DO REGIMENTO DA ASSEMBLEIA; GRELHA H – MÁXIMO 3H 20M; --------------- ----- (Sobre a matéria, a Câmara enviou a informação escrita que foi distribuída aos Senhores Deputados Municipais e que se encontra, devidamente, arquivada nos Serviços de Apoio à Assembleia Municipal). -------------------------------------------------- ----- (Por ausência do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Doutor Fernando Medina, a Informação Escrita será apresentada pelo Senhor Vice-Presidente Duarte Cordeiro) --------------------------------------------------------------------------------------

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----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, no uso da palavra apresenta a Informação Escrita: ----------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito boa tarde, venho então fazer a apresentação da Informação Escrita correspondente ao período de 1 de junho a 31 de agosto, obviamente, sendo esta a última Informação Escrita do mandato seria impossível quer da minha parte, quer com certeza da parte de cada um dos Grupos Municipais nós desligarmos esta análise da Informação Escrita daquilo que é em muitas matérias, uma avaliação do Mandato da Câmara Municipal de Lisboa. ----------------------------------------------------------------------- ----- E eu quero fazer essa ligação entre aqueles temas essenciais para os lisboetas estão expressos na Informação Escrita e as matérias que ao longo do mandato fomos trabalhando em cada um desses temas. ------------------------------------------------------------ ----- Em primeiro lugar, quero-vos falar da matéria relacionada com a habitação. É do conhecimento de todos que lançámos um ambicioso Programa de Rendas Acessíveis, tendo em vista a oferta de milhares de casas para a classe média, com rendas entre 200 e 400 euros, sim, este o valor de referência quando nós procuramos calcular uma renda para a classe média porque calculamos em função do rendimento médio das famílias e não em função do preço de mercado das rendas. ----------------------------------- ----- Nós pretendemos criar cerca de 7 mil habitações em 15 zonas da cidade com um investimento global de cerca de mil milhões de euros, se nós dividimos entre aquilo que é o valor do património que a Câmara Municipal coloca em terrenos edifícios mais todo o investimento que nós vamos alavancar com o nosso programa. ---------------- ----- Aproveito para dizer que só neste último trimestre foram lançados e estão abertos concursos para 174 fogos na Rua de São Lázaro, 98 fogos na Rua Gomes Freire, portanto, este programa já se iniciou, está neste momento em execução, está em concurso as primeiras habitações no Programa de Rendas Acessíveis, mas não podemos perder de vista todo o trabalho que foi feito na área da habitação, nós entregámos à data cerca de 1350 casas para arrendamento, estamos a executar investimento de 67 milhões de euros em habitação pública, dos quais 25 milhões de euros na requalificação de 21 Bairros Municipais. Estamos a construir mil novas casas nos Bairros Padre Cruz e Boavista e 120 novas casas, iniciámos o processo para a construção de 120 novas casas no Bairro da Cruz Vermelha. --------------------------------- ----- Este não é mais do que o maior investimento que a Cidade conheceu desde o programa Especial de Realojamento, quero também dizer que neste trimestre procedemos à aprovação da operação de loteamento do Bairro São João de Brito, que permite finalmente a legalização das habitações e permite o início do investimento na requalificação daquele espaço público. ------------------------------------------------------------ ----- Estamos a falar de um processo que se arrastava há mais de 40 anos, que em 2005 chegou a estar ameaçado de demolição e que foi possível, porque, finalmente, a Câmara Municipal em conjunto com o atual Governo conseguiu um parecer da ANA que permitiu que a operação de loteamento fosse aprovada. ---------------------------------- ----- Este processo junta-se a muitos processos de regularização que fizemos neste mandato, fizemos no Bairro PRODAC, a Norte e Sul, fizemos, por exemplo, no

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Bairro Fonsecas e Calçada, só para dar alguns exemplos de regularizações muito importantes que nós desenvolvemos durante este mandato. ------------------------------------ ---- Quero-vos também falar da área da mobilidade, seria impossível falarmos da área da mobilidade sem falarmos de uma grande concretização que nós tivemos durante este mandato, que está no Programa do Governo da Cidade, mas que nós não sabíamos se era possível que é, finalmente, a Carris regressou a casa, mas ao contrário de algumas pessoas que acham que a Carris regressou há 2 anos ou há 3 anos e que era possível fazer tudo desde que a Carris chegou à Câmara até ao dia de hoje, eu quero só lembrar que a Carris só chegou em fevereiro deste ano. ---------------------------- ----- Não obstante só ter chegado em fevereiro deste ano já foi possível muita coisa, muita coisa foi possível desde que a Carris chegou em fevereiro deste ano: foi possível criar, no fundo, passes gratuitos para as crianças até aos 12 anos, foi possível criar um desconto de 60 por cento para pessoas com mais de 65 anos, foi possível lançar os concursos para a aquisição 180 novos autocarros e para a contratação de 220 novos motoristas. Só neste trimestre nós conseguimos relançar ao fim de 17 anos a primeira linha, há 17 anos que a Carris não criava uma linha nova! Neste trimestre, nós lançámos 4 novas carreiras, carreiras que inaugurámos com este processo, as novas carreiras de bairro, que serão 21 carreiras do bairro, e criámos, no fundo, a oferta em Marvila, com a nova linha 31 B e 32 B, em Santa Clara e no Lumiar com a linha 40 B e nos Olivais com a linha 29 B, novas linhas ao fim de 17 anos! Recordo: a Carris chegou em fevereiro! ------------------------------------------------------------------------- ----- Também na área da mobilidade nós duplicámos a rede ciclável com mais de 43 quilómetros de expansão da rede. Criámos um sistema de bicicletas partilhadas que terá 140 estações, 1410 bicicletas, das quais 2 terços serão elétricas. Neste trimestre, neste trimestre, nós terminámos o projeto-piloto no Parque das Nações que teve mais de 10 mil viagens cerca de 2800 pessoas a testarem as bicicletas e já estamos como é visível por toda a cidade a alargar e a implementar já que todo o sistema de bicicletas partilhadas, mas também na área de mobilidade eu quero-vos dizer que este foi um trimestre muito produtivo, porque, após o projeto-piloto e após obtidas as necessárias autorizações da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e do IMT e aprovámos por unanimidade, a generalização da implementação da circulação de motas nas faixas Bus da Cidade! Honra seja feita, este é um processo que já existia, era uma proposta que já existia há muito tempo, salvo erro, proposta do Vereador, Rúben de Carvalho em 2010, penso eu, como 1ª proposta na Câmara Municipal, hoje unânime por todos aprovado e alargado! Nós a acompanhar a implementação desta proposta, nós estamos neste momento a criar mais 1450 novos lugares para motos na cidade de Lisboa! --------- ----- Também vos quero falar de espaço público, quero recordar que, durante este mandato nós requalificámos a Frente Ribeirinha, no Cais Sodré, no Largo Corpo Santo e no Campo das Cebolas, que está praticamente a terminar, foram concluídas as obras no Eixo Central nomeadamente no que diz respeito ao Programa Praça em Cada Bairro, um programa essencial, porque há quem ache que investimento em espaço público é desperdício de recursos, há quem ache que investimento espaço público não

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é apostar na qualidade de vida da população, não é apostar na qualidade de vida de bairros em concreto da cidade e acham que é mero embelezamento! Não é! ---------------- ----- Apostar em espaço público é apostar na qualidade de vida dos lisboetas e quero dizer que no âmbito do Praça em Cada Bairro, nós investimos no Eixo Central, já concluímos o Eixo Central, Campolide, Santos e concluímos também o Rossio de Palma. -------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Estamos neste momento, nos últimos 3 meses, peço desculpa, concluímos o Largo da Graça, o Largo da Igreja de Santa Isabel, a Rua de Centeeira, o Largo do Leão e a 1ª fase da Rua Atriz Palmira Bastos que nós agora faremos e entendemos que faz sentido, fazer uma nova discussão com a população antes de lançar a 2ª fase desta Praça, mas quero dizer que, neste momento estão em obra o Largo da Misericórdia, o Calvário, o Largo de Alcântara, o Fonte Nova, a Alameda das Linhas de Torres e Santa Clara, e somado todo este investimento de espaço público de requalificação, da Praça em Cada Bairro nós podemos acrescentar mais de 2500 passadeiras rebaixadas, no âmbito do Programa da Acessibilidade Pedonal. --------------------------------------------- ----- Mas também vos quero falar, porque é importante quando olhamos para esta Informação Escrita e relembrar de falarmos do Património de Relevo, Património Cultural e Histórico que tem vindo a ser recuperado na Cidade ao longo dos últimos anos, há a recuperação já verificada do Museu do Aljube, dos Terraços do Carmo, da Cerca da Graça, do Capitólio, do Pavilhão Carlos Lopes, do Padrão dos Descobrimentos, da Escola Maria Barroso, da Escola do Desagravo, do Convento de Desagravo, do Cinema Europa, nós podemos somar nestes últimos 3 meses, a recuperação de património tão importante e emblemático e simbólico efetivo da Cidade de Lisboa, como é a Biblioteca do Palácio das Galveias ou mesmo a inauguração do Jardim da Quinta de Conde de Arcos ou os Claustros do Convento da Graça ou até mesmo, porque não dizer, que tivemos lá esta semana e fiquei maravilhado com a obra que foi feita, por exemplo, o Palácio Baldaia em Benfica, pela Junta de Freguesia, num contrato de delegação de competências com a Câmara, mas com muito mais do que apenas a verba que estava prevista no contrato de delegação de competências. Foi feito um trabalho extraordinário na recuperação de património afetivo cultural e histórico da Cidade de Lisboa! ---------------------------------- ----- Quero-vos também falar da economia e do emprego, matérias tão importantes na Cidade de Lisboa. Este foi o mandato marcado por uma recuperação económica muito significativa, há 4 anos o País e a Cidade viviam uma recessão profunda. Tínhamos cerca de 20 por cento de desemprego. Lisboa traçou o objetivo de lançar uma política em contraciclo, uma política para puxar o País do ponto de vista da economia, algo que permitisse recuperar a confiança dos lisboetas, que permitisse recuperar um investimento, nós podemos olhar para trás e dizer que grande parte destes objetivos foram cumpridos, hoje a dinâmica económica da Cidade é uma evidência! A pergunta como continuar esta dinâmica económica durante o Mandato, como andar para a frente e não parar com a dinâmica que foi criada! Neste Mandato a economia da Cidade cresceu! Penso que ninguém aqui terá coragem de dizer o contrário, foram criadas 18800 empresas, cerca de 80 mil postos de trabalho só criados no setor do

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turismo, mas não foi só turismo, porque 36 por cento do trabalho foi criado em setores intensivos de conhecimento, foram criados 5700 empregos em Startup, certa de 300 Startup foram avaliadas em cerca de 1.200 milhões de euros, de acordo com o Relatório do Startup Genome, não é pois de estranhar que durante o mês de junho, Lisboa tenha sido distinguida pela Comissão Europeia, pela 1ª vez que foi criado este prémio, com o Prémio Startup Europe Awards, como melhor Município Europeu a nível de Apoio ao Desenvolvimento e no fundo a criar programas de desenvolvimento de Startup, mas enquanto caminhamos para a 2ª edição da WebSummit, que já agora vai ser uma edição marcada por mais recordes de participação, nós lançámos neste trimestre o Hub Criativo do Beato. ----------------------------------------------------------------- ----- O Hub Criativo do Beato não é mais do que o maior a Hub Criativo a nível europeu, 30 mil metros quadrados onde vai existir, se nós trabalharmos de acordo com as nossas ambições, a recuperação de 20 edifícios e vão ser criados 3 mil empregos qualificados, para além de ter um impacto enormíssimo na regeneração da Zona Oriental da Cidade, mas também durante este trimestre, nós tivemos oportunidade de ter presente em parceria o Lisbon Investment Summit, uma das matérias mais importantes que, para o ecossistema empreendedor da cidade de Lisboa é captar a atenção de investidores para as áreas do conhecimento e neste isento nós tivemos mais de 1800 participantes, cerca de 200 empresas ligadas a investimento e cerca de 500 Startup de 35 países. --------------------------------------------------------------------------------- ----- Mas é importante que se diga que os progressos não foram apenas nas áreas do turismo ou nas áreas do conhecimento, houve também decisões muito importantes, projetos muito importantes na área do comércio da cidade. Nós lançámos a Academia do Comércio em conjunto com o AXE, que no fundo vai ser uma entidade muito relevante, não só para dinamizar zonas comerciais da cidade, onde é preciso re-injetar energia e ânimo, onde é possível também através da Academia do Comércio apoiar os comerciantes ligados às Lojas Com História, mas também lançar inovação e lançar novas ideias de comércio para a cidade de Lisboa, porque não há razão nenhuma para que as novas ideias de comércio na cidade de Lisboa não sejam elas próprias conceitos e exportar e a crescer não só em Lisboa como a nível internacional. ------------- ----- Nós neste último trimestre, tivemos oportunidade de terminar a requalificação do Mercado de Alvalade Norte, uma pequena requalificação, mas muito relevante. Uma 1ª fase naquilo que se pretende que venha a ser o Mercado de Alvalade Norte, mas quem hoje for ao Mercado Alvalade Norte não pode dizer que o Mercado Alvalade Norte e o mesmo Mercado de Alvalade Norte antes desta requalificação, porque ter colocado a um espaço onde é possível refeições, onde é possível estar, um espaço lúdico para as crianças, ter melhorado e criado uma copa, melhorado todas as infraestruturas de apoio aos comerciantes faz toda a diferença e potencia todo o comércio que se vive no Mercado Alvalade Norte, mas o Mercado de Alvalade Norte é só um pequeno exemplo de todo um projeto de implementação que está em curso do Plano Municipal de Mercados, nós, neste momento estamos em obra no Mercado do Lumiar para tornar o Mercado do Lumiar o mercado grossista biológica da cidade de Lisboa, estamos em obras no Mercado do Bairro de Santos, como aqui há pouco foi

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dito pelo Senhor Presidente da Junta de Freguesia das Avenidas Novas, onde vamos requalificar e regenerar todo o bairro através do investimento que vai ser feito no mercado; estamos em obra no Mercado de São Domingos de Benfica, onde nós vamos compatibilizar aquilo que é novos conceitos de fábrica, de construção, de makers da Cidade de Lisboa com aquilo que é a vida de o comércio da cidade; temos já contratualizado que o Governo a colocação de Loja do Cidadão no Mercado 31 de Janeiro de uma Unidade de Saúde Familiar no Mercado de Sapadores. ---------------------- ----- Isto só para vos falar de alguns projetos que nós tivemos para não falar da requalificação que fizemos no Mercado de Arroios durante este mandato, bem sei que muito investimento falta nos Mercados da Cidade de Lisboa e nós hoje não temos receio nenhum de dizer que este é um setor de investimento, que nós queremos mais investimento nos próximos 4 anos e entendemos que deve haver com isso um compromisso de investimento nesta área, mas para já foi feito um investimento de 6 milhões de euros, foi feita formação a mais de mil comerciante e hoje não estamos a instalar medidas transversais para todos os mercados e para todos os comerciantes, a formação que eu já falei, mas também a criação de uma marca âncora, que é “Os Mercados de Lisboa”, onde nós promovemos nos jornais, em publicidade a dinamização destes mercados, mas também a instalação de Caixas Multibanco, com também a possibilidade de testar a entrega ao domicílio, que esperemos que em breve arranque no Mercado de Benfica. ------------------------------------------------------------------ ----- Este é um investimento que, no nosso entender, faz todo o sentido, porque os mercados fazem parte de uma cidade de bairros, os mercados fazem parte de um conceito de requalificação do espaço urbano, porque se nós queremos qualidade de vida na cidade de Lisboa, nós temos que investir nos nossos mercados da cidade de Lisboa e temos que investir em tudo o que temos a fazer na lógica de proximidade. ------ ----- Esqueci-me também de falar do Mercado do Levante que também em breve entrará em obra, se não está já mesmo em obra, no que diz respeito à requalificação deste Mercado, que foi também objeto de participação do Orçamento Participativo e que a Junta de Freguesia vai implementar. -------------------------------------------------------- ----- Mas também vos quero falar de preservação da autenticidade do comércio da cidade de Lisboa, quero-vos falar das Lojas Com História. Lisboa e aqui quero fazer uma homenagem à nossa Presidente da Assembleia Municipal, a arquiteta Helena Roseta, que no outro seu chapéu de Deputada se batalhou para a alteração legislativa para equilibrar a Lei das Rendas que na sua conceção ia permitir a expulsão de todo o comércio autêntico, histórico da cidade de Lisboa e porque foi alterado, permite a sua preservação, e porque foi alterado e porque a cidade de Lisboa durante este trimestre, aprovou a reafirmação destas lojas como lojas históricas, as lojas de Lisboa, as 82 Lojas Históricas de Lisboa são as primeiras a estarem protegidas pela nova Lei, a Lei que permite a proteção efetiva das Lojas Históricas da Cidade de Lisboa. ------------------ ----- Criámos um fundo de apoio a estas lojas, mas as lojas hoje sabem que estão protegidas de acordo com a alteração legislativa, são as únicas neste momento no país que estão protegidas e nós temos muito orgulho de ter criado e ter pressionado, ter trabalhado em conjunto para criar este regime de proteção e hoje nós temos esta

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garantia que temos 82 lojas não só tem apoio, podem-se candidatar à Câmara Municipal para iniciativas na área cultural, para me dinamizar comercialmente as suas lojas, para apoiar-se no que diz respeito à preservação do seu património, mas também têm garantias legais que podem continuar a desenvolver a sua atividade onde estão, onde sempre estiveram e, portanto, é para nós um enorme orgulho de ter concluído este processo das Lojas Históricas da Cidade de Lisboa. --------------------------------------- ----- Mas também neste trimestre, lançámos um novo Programa muito importante, que o Programa Criativas da Cidade de Lisboa, é um programa em conjunto da área de economia com área da cultura, nós queremos desenvolver todo o setor das criativas dar-lhes espaços, espaços para experimentação, espaços para exposição, nós vamos e também se interliga com o Plano de Mercados, recuperar o Mercado do Bairro Alto com a Junta de Freguesia da Misericórdia, e se fazer uma parceria com a Junta de Freguesia da Misericórdia e com a Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, para que o Mercado do Bairro Alto seja o mercado dos ofícios, seja um espaço de experimentação para os ofícios, para quem quer aprender ofícios tradicionais, para quem quer recuperar a memória dos ofícios, mas também um espaço que, a partir dali regenere a oferta dos ofícios na cidade de Lisboa! E é com enorme felicidade que nós temos praticamente a finalizar as obras do Mercado Bairro Alto e também a terminar toda a compra dos materiais que eram necessários para em breve inaugurar este Mercado do Bairro Alto, o mercado dos ofícios tradicionais da cidade de Lisboa, mas também o mercado… Eu estou a falar muito rápido, não vos dou espaço! ------------------ ----- Mas também o Mercado de Santa Clara, o Mercado de Santa Clara é o mercado mais antigo da cidade de Lisboa e nós, em conjunto com a Junta de Freguesia de São Vicente e, em conjunto com o Clube de Criativos de Portugal e em conjunto com a Trienal de Arquitetura vamos fazer do Mercado de Santa Clara, no fundo, um espaço de exposição para todos os criativos da cidade de Lisboa. A Trienal de Arquitetura vai fazer um concurso de arquitetura para a reabilitação do Mercado de Santa Clara, o Clube de Criativos vai fazer do Mercado de Santa Clara a sua sede e nós temos experiência de qualidade do Clube de Criativos com a Semana da Criatividade que todos os anos organizam, para ser um pólo cultural junto a uma zona que merece todo o apoio e o desenvolvimento e que seja um espaço de exposição para todos os que queriam e querem espaços para expor os seus produtos. Isto é válido desde a as lojas tradicionais aos jovens criadores, dizer que é com enorme prazer que nós lançámos este programa no último trimestre! ----------------------------------------------------------------- ----- Dizer que o nível do desporto é inegável ter que falar da 3ª Edição das Olissipíadas, recorde de inscrições, 12 mil inscritos, mais de 118 eventos, 132 parcerias feitas no desenvolvimento, mas também desporto dizer que, neste último trimestre nós entregámos o dossier de candidatura para Lisboa Capital Europeia do Desporto 2021 e hoje sabemos que já somos finalistas, em conjunto com a cidade de Haia, a receber esta Capital Europeia estou absolutamente convicto que nós temos uma enorme a candidatura, mais forte do que Haia, e que havemos de vencer, com certeza esta candidatura, mas já somos finalistas da candidatura para Capital Europeia do Desporto. -------------------------------------------------------------------------------------------

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----- Quero-vos também falar de serviços públicos de qualidade, no último trimestre lançámos finalmente o Centro Operacional Integrado, vai ser uma solução muito importante para o futuro da cidade de Lisboa, que nos permitirá receber a informação de todos os serviços públicos que prestamos e através de uma central monitorizar e melhorar a gestão da informação e a gestão da cidade, é um instrumento moderno, relevante que melhora a eficiência e eficácia da cidade de Lisboa, em especial em situações de crise, porque em situações de crise é necessário reforçar as respostas ao nível da informação. Da mesma forma que cada uma das áreas da Câmara vai aumentando a sensorização e recebendo mais informação, temos o Centro Operacional Integrado que permite, é algo que nos permite estar a par das principais cidades a nível de Smart Cities ao nível europeu e mundial. ----------------------------------- ---- Serviços públicos de higiene urbana, que tiveram um investimento de cerca de 32 milhões de euros, só 6 milhões de euros em contentores enterrados que já se veem um pouco por toda a cidade, foram contratados mais de 250 novos trabalhadores e já, no fundo, cerca de 100 viaturas novas na área da higiene urbana, que também já se começam a ver porque são fáceis de ver, porque são brancas e, portanto, é fácil distinguir, até para quem não quer esconder nada, verá quais é que são as novas e quais é que são as outras, quais é que são as mais antigas porque as novas são brancas e são bem visíveis para todos os que quiserem verificar que este investimento começa a notar-se. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Mas também dizer que na Polícia não só tivemos, recebemos a Polícia de Trânsito e temos hoje mais 268 novos polícias, mas também investimos em 209, as novas viaturas para a Polícia Municipal. ---------------------------------------------------------- ----- É inevitável falarmos do Regimento de Sapadores Bombeiros, primeiro dizer, que inauguramos o novo Quartel na Alta do Lumiar. Que também aqui entregámos cerca de 46 viaturas, só no último trimestre cerca de 13 viaturas, que admitimos mais de 50 bombeiros. Hoje temos um Regimento de excelência, nós podemos nos orgulhar dos nossos bombeiros, os bombeiros que nos últimos 3 meses também integraram as equipas de combate aos fogos florestais por todo este país e que merecem a nossa sentida homenagem. Bombeiros que cooperam ao nível de formação com todas as outras cidades do país e, em particular, a referência que é feita no Funchal, bombeiros que se continuam a destacar em tudo o que são Campeonatos Nacionais e Internacionais, que permitem valorizar quais é que são os melhores bombeiros, quais é que são os mais bem preparados e os nossos Bombeiros, o nosso Regimento Sapadores Bombeiros é um Regimento de excelência! ----------------------------------------- ----- Por último dizer-vos que cada um fará as suas conclusões, nós fazemos as nossas e terminei dizendo que é evidente para nós que Lisboa está melhor do que há 4 anos, tem uma dinâmica económica muito assinalável que todos podem constatar, temos hoje momento da nossa atividade porque conseguimos ultrapassar desafios e obstáculos muito complexos, temos hoje um alinhamento da nossa atividade do Município com as principais expectativas dos lisboetas! Conseguimos resolver problemas que tinham décadas e isto com uma saúde financeira, porque melhorámos as nossas contas, porque reduzimos essa dívida, porque reduzimos o prazo de

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pagamento a fornecedores, porque hoje conseguimos ter ao nível da Área Metropolitana o IMI mais baixo, porque conseguimos devolver, ter da devolução mais alta do IRS, porque conseguimos reduzir em 83 milhões de euros, a dívida legal neste mandato e reduzimos o passivo em 291 milhões de euros é possível governar bem, aumentar o investimento, resolver problemas de décadas e ainda assim ter contas saudáveis! ---------------------------------------------------------------------------------------------- ---- Muito obrigado a todos.” ------------------------------------------------------------------------ ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhor Vice-Presidente.--------------------------------------------------- ----- Estamos em condições agora de dar a palavra aos Senhores Deputados que se inscreveram.” ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- O Senhor Deputado Municipal Magalhães Pereira (PSD), no uso da palavra fez a seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhora Presidente da Assembleia Municipal, deixe-me dirigir-me primeiro a si, está ao telefone, não? É porque nós consideramos e eu pessoalmente considero esta situação muitíssimo pouco curial porque vem um Vereador substituir o Senhor Presidente da Câmara, quando estamos a fazer uma Comunicação Escrita do Presidente, que é essa que está escrita e é feita aqui uma outra, ou seja, temos três comunicações sucessivas sobre este mesmo assunto e que têm que ser respondidas de forma repentista, o que aliás, diga-se de passagem, que se coaduna mal com a responsabilidade que tudo isto tem, portanto, consideramos isto muito pouco curial e não nos parece correto, mas eu não deixarei de dizer o que tinha preparado para dizer ao Senhor Presidente, com algumas alterações, porque como ele não está aqui para ouvir o que lhe tinha a dizer pessoalmente, algumas alterações eu tirarei, vamos ver se tirarei todas as que deveria, mas não posso assegurar isso Senhora Presidente. ------------- ---- Senhora Presidente, de cada vez que a chamada Comunicação Escrita é apreciada nesta Assembleia, queixa-se o novel Senhor Presidente, que desta vez não está, com a sua costumada suficiência e até agressividade, neste caso quem aqui veio falar sobre a Comunicação Escrita que não fez, fê-lo em termos de autoelogio e autossatisfação, mas tudo bem! E queixa-se então o Presidente que a nossa força política lhe chama continuadamente a atenção sobre os mesmos assuntos, sobre a mesma forma, e que, bem vistas as coisas é a prova provada que essa sua Comunicação que nos foi transmitida como Comunicação Escrita, como sendo aquela que viria a ser apresentada, não passa de uma repetição sonolenta e disforme, cheia de neologismos, de anglicismos e de outros esquisitíssimos. ------------------------------------------------------- ----- E é também, como temos todos constatado ao longo destes anos de um desinteresse flagrante e de tal forma o é que o próprio Presidente aqui quando faz as suas apresentações, não procura qualquer semelhança entre o que diz e o que manda escrever que faz, sendo mera coincidência qualquer comparação. ---------------------------- ----- Diga-se de passagem que neste caso maior coincidência ainda é porque é de terceiros que vem a apresentação sobre uma Comunicação Escrita, sobre a qual não tem nada a ver. ----------------------------------------------------------------------------------------

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----- Este trabalho de apresentação e de Comunicação Escrita do novel Senhor Presidente da Câmara é feito com desdém e que é, por essas mesmas razões, supinamente inútil! Com toda a riqueza foi-nos muito agradável ouvir a apresentação do Senhor Presidente da Câmara pelo Senhor Vice-Presidente da Câmara, mas que incidiu muito mais sobre os seus próprios pelouros do que sobre o problema geral deste mandato, e não deixando de ser interessante ouvi-lo eu não lhe posso responder diretamente porque, como disse, a minha resposta destina-se ao Senhor Presidente da Câmara e àquilo que ele escreveu e que apresentou a esta Assembleia. ---------------------- ----- A ação camarária e presidencial de 2015 a 2017; e dizer 2015 não é erro, pois só nesse ano herdou o Mandato que lhe deixou o seu espertalhoníssimo antecessor, cargo porém para o qual não foi eleito, e agora o Senhor Presidente também não foi eleito para esse cargo, e essa ação presidencial dizia, ficou marcada pela mais chocante inversão de prioridades que esta cidade teve o desprazer de assistir. ------------------------- ----- Em vez de concorrer para a redução dos problemas habitacionais, por mais que aqui se diga o contrário e por mais até da boa vontade da Senhora Vereadora responsável pelo pelouro, que bem conhecemos, procedeu a alienações desvairadas do património municipal disperso, abrindo assim mão do mais poderoso instrumento social que detém para atenuar o aumento de custo de acesso a uma habitação condigna, acesso esse que é aliás um imperativo constitucional. ------------------------------ ----- E não responda como já se tem feito, que também se adquiriu muito património, Senhora Presidente, só um pequeno parêntesis porque eu tenho que transformar aquilo que eu estava a falar diretamente com esses e com…” ------------------------------------------ ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Senhor Deputado, nós compreendemos isso, prossiga, não tenha problema.” -------- ----- O Senhor Deputado Municipal Magalhães Pereira (PSD), no uso da palavra prosseguiu a sua intervenção: ----------------------------------------------------------------------- ----- “Com certeza, muito obrigado Senhora Presidente. --------------------------------------- ----- Não se responda, portanto, que também se adquiriu muito património até porque a maior parte das aquisições foi destinada a instalar serviços ou equipamentos municipais, se calhar e por acaso, por mero acaso, na zona mais nobre e cara da cidade! É de facto muito rendível, as operações são de facto muito rendíveis para operações desse tipo! --------------------------------------------------------------------------------- ----- Em vez de construir mais habitação social, de que a cidade está tão carente, como o demonstra eloquentemente o desespero com que todas as semanas a população aqui a vem pedir, e ainda hoje de novo, ordenaram-se obras de fachada, enquadradas nas mais radicais ideologias, sacrificando o necessário ao faustoso e assistindo indiferente às dificuldades assim causadas aos lisboetas. ----------------------------------------------------- ----- E Lisboa continua a expulsar os seus filhos. ------------------------------------------------ ----- Em vez de atender às necessidades da população que passou por um momento muito difícil, depois de os desmandos socialistas terem feito falir o seu país, engendrou um sistema contributivo brutal que muito mais depauperou os magros recursos da população. -------------------------------------------------------------------------------

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----- E agora não se desculpe com a Lei, como também já o fez, porque a Lei já existia há anos e a Câmara foi-a descumprindo, nem se recorra também às comparações falseadas com municípios vizinhos, porque é facto insofismável que as taxas de saneamento mais que duplicaram o custo real dos consumos, e só quem não olha para a sua conta de água é que não vê, e outrossim inventou e impôs uma taxa adicional de Proteção Civil, que é uma função essencial do Estado e que já é coberta pelos impostos que pagamos. ------------------------------------------------------------------------------ ----- Ainda hoje tivemos conhecimento do que aconteceu com a Taxa de Proteção Civil da cidade de Gaia. É assim que esta Câmara se enriquece à custa das bolsas dos lisboetas por meios até de legalidade duvidosa e ainda se tem o desplante de anunciar que a sua situação financeira é sólida. ------------------------------------------------------------- ----- Em vez de adotar uma política sã de recuperação do património municipal, como aliás prometeu e quantificou desde o início, vem agora à vigésima quinta hora contratualizar essa importante função com terceiros, com desnecessária externalização e anunciando a proposta como se fosse a sua concretização. Paga a operação com mais e mais relevantes alienações e satisfaz-se com a contemplação do seu próprio umbigo. ------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- E não venha agora dizer que não fez o que disse que faria, mas que o fará depois, porque só acreditam nessas falácias quem quiser acreditar. ------------------------------------ ----- Em vez de proceder com a maior transparência na utilização das verbas públicas, engendrou-se o sistema de recurso à Associação de Turismo de Lisboa que tem porém âmbito distrital e não concelhio, mas que é presidido pela sua própria pessoa do Presidente da Câmara e dirigido internamente à moda familiar, para aí despejar sem fiscalização direta desta Assembleia elevadíssimos montantes, para os mais diversos e exóticos fins, Senhora Presidente, os mais diversos e exóticos fins! Alguns que relevariam de ação governamental a que o Município assim se substitui, no mais claro prejuízo possível para a clareza dos processos e a economia familiar dos lisboetas. ------- ----- E a propósito de contaminação entre o domínio público geral e o municipal, o que tem sido a marca desta administração, é oportuno clarificar a posição nossa quanto à municipalização da Carris. --------------------------------------------------------------- ----- Primeiro, entendemos que a gestão separada dos transportes públicos de superfície e subterrâneos, permite e potencia situações de duplicação desregrada e de concorrência que contrariam a lógica da satisfação prioritária do interesse dos utentes. -- ----- Segundo, consideramos de fundamental importância que as situações de sistemática acumulação de prejuízos gigantes sejam permanentemente erradicadas. ------ ----- Terceiro, verificamos ser essencial, a não permissão de condicionamento das opções estratégicas e da viabilidade empresarial das transportadoras de Lisboa, por qualquer interesse pessoal ou partidário. ---------------------------------------------------------- ----- Quarto, pensamos que o prejuízo acumulado da Carris à data, ou o que ocorra no futuro, não pode nem deve ser transferido do Estado para o Município, de forma direta ou indireta. ------------------------------------------------------------------------------------- ----- Estas são as condições fundacionais que nos conduziram inevitavelmente à solução da concessão, mas não encontramos evidentemente oposição nem à

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municipalização, nem à metropolitanização, nem à manutenção na esfera do Estado, desde que sejam cumpridas escrupulosamente essas condições fundacionais. -------------- ----- Duvidamos porém que assim seja, como está desta forma gizado, nesta forma de municipalização truncada, aprovada e aprovada, até porque quaisquer prejuízos funcionais serão cobertos aparentemente pela EMEL, significando assim mais aturadas e crescentes coimas, mais multas e mais taxas a suportar pelos lisboetas, transferindo-se assim grosseiramente essas custas, do Estado para a cidade, para os bolsos dos lisboetas. ---------------------------------------------------------------------------------- ----- Não é por promessas do novel Presidente da Câmara que a sua gestão, a gestão desta empresa, passa a ser equilibrada e os lisboetas irão deixar de ser prejudicados. ----- ----- Em vez de avançar determinadamente no Plano de Drenagem, vai a Câmara procedendo a umas tímidas obras, ao ponto de até as recentes chuvas de Verão terem causados novas inundações e enormes prejuízos, devido à sistemática impermeabilização dos solos da cidade e falta de manutenção dos condutores. ------------ ----- Em vez de trabalhar para o bem de Lisboa, submetem-se as decisões que importam, a um calendário eleitoral. --------------------------------------------------------------- ----- Em vez de construção social, são bairros de luxo metidos e enfiados numa pedreira, sem qualquer acesso adequado. --------------------------------------------------------- ----- Em vez de obras de manutenção e de interesse público, são intervenções de urgência com contratação de empreitadas valiosíssimas, por ajuste direto, como no Miradouro de S. Pedro de Alcântara, e porquê? Porque eram inesperadas, eram essenciais e eram inadiáveis. ------------------------------------------------------------------------ ----- Terei, Senhor Vice-Presidente, teria o Senhor Presidente se ele estivesse presente, de lhe citar uma obra do Século XIX, nem mais nem menos de Camilo Castelo Branco que na obra A Queda de um Anjo, espero que tenham lido, escreve: “Calisto, (o herói da história), digamo-lo sem refolhos, caiu. Atascou-se Foi de cabeça ao fundo do pego em que deram a ossada, o último rei dos godos e Marco António e o Rei enfeitiçado pela comborça da Leonor Telles e o Simplício Paixão e várias outras personagens minhas conhecidas que experimentaram todos os sistemas de desfazer a vida, desde o muro de S. Pedro de Alcântara até à cabeça dos palitos fosfóricos.” --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Senhora Presidente, veja bem tão urgente e inesperado que foi o caso que já Camilo o referia jocosamente nos idos de oitocentos, veja bem Senhora Presidente! ------ ----- E para seu bem, Senhor Vice-Presidente, para seu bem Senhor Presidente ausente, espero que o título desta novela não seja totalmente premonitório. Mas também o novel Senhor Presidente não é nenhum anjo, como se vê muito bem pela sua flagrante indiferença social. -------------------------------------------------------------------- ----- Muito obrigado Senhora Presidente.” -------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhor Deputado, vamos prosseguir. -----------------------------------

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----- Não sem que me permitam os Senhores Deputados que eu dirija uma palavra muito especial ao Senhor Deputado Magalhães Pereira, creio que será a sua última intervenção aqui na Assembleia Municipal. ------------------------------------------------------ ----- Foi, todos os Senhores Deputados deram aqui o seu melhor, mas não há dúvida nenhuma que o Deputado Magalhães Pereira se distinguiu pela persistência e permanência no trabalho das Comissões e no trabalho do Plenário, portanto, eu não podia deixar de fazer esta singela homenagem, para lá das divergências e de diversa opinião que temos, o Senhor foi um Deputado muitíssimo trabalhador e esta Assembleia deve-lhe por isso mesmo.” ------------------------------------------------------------ -----O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV), no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Ora muito boa tarde a todos. ----------------------------------------------------------------- ----- Analisamos hoje a Informação Escrita do Senhor Presidente para o período de 1 de Junho a 31 de Agosto e, numa 1ª intervenção, pretendemos colocar um conjunto de questões sobre as quais não obtivemos a devida clarificação a partir da sua contextualizada leitura. ------------------------------------------------------------------------ ----- Na página 33, a propósito do Contrato Inominado com a SGAL, são referidas a análise da Conta Corrente e da Conta/Plano Parcelar do Plano de Urbanização do Alto do Lumiar (o PUAL) e de reuniões mensais de uma Comissão Paritária e da Comissão de Monitorização ao Desenvolvimento do PUAL. No entanto, nada se sintetiza sobre as conclusões obtidas ou os eventuais desenvolvimentos entretanto realizados. ----------- ----- Curiosamente, na página 32 da Informação Escrita do anterior período entre Abril e Maio, o balanço apresentado pelo Senhor Diretor Municipal de Gestão Patrimonial é textualmente o mesmo. Aliás, o texto atual não passa de uma mera ação de sucessiva cópia e colagem. Ou seja, até poderão ter sido realizadas as referidas reuniões mensais, porém, está totalmente ausente qualquer eventual evolução na execução do PUAL. --------------------------------------------------------------------------- -----Sabemos que desde há várias Informações Escritas se encontram em estudo as malhas nºs 30, 32 e 33 e que, mais recentemente, foi transferida uma nova malha do território - a nº 28 (p. 52) - para a SGAL, para onde, na Informação Escrita de há um ano, já esteve prevista “uma grande superfície comercial” (p. 112).------------------------ ----- Assim, Senhor Vice-Presidente, considerando tratar-se de uma vasta área geográfica que há muitos anos se encontra em processo de reabilitação, será possível aclarar os grupos municipais sobre a monitorização em curso e se a SGAL tem ou não vindo a cumprir os prazos de execução contratualizados ou se persistem as derrapagens e, por consequência, cedo ou tarde o Município ver-se-á de novo obrigado a rever e prorrogar este já muito famoso Contrato Inominado? E será que se pretende com a transferência desta malha 28 promover nova habitação ou voltar a viabilizar, agora nas mãos dos privados, a referida superfície comercial? ------------------- ----- Nova questão. Agora sobre o recém-inaugurado Posto de Segurança Avançada (PSA) da Rua Vasco da Gama Fernandes e referido na p. 73. Para já, na p. XII da introdução, há uma gralha, pois a inauguração não foi em Julho, mas sim em 16 de

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Junho. Omite-se também que foi inaugurado sem estarem salvaguardadas algumas das condições mínimas para o seu bom funcionamento. --------------------------------------------- ----- No texto … --------------------------------------------------------------------------------------- ----- Senhora Presidente, assim é difícil ouvir as perguntas que eu estou a colocar, acho eu!” ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “O Senhor Deputado tem razão, eu tenho que pedir desculpa mas o Senhor Vice-Presidente, pelo menos, tem que estar atento à intervenção do Senhor Deputado Sobreda Antunes. O Senhor Deputado Sobreda Antunes que também é um esforçadíssimo Deputado! Faça o favor de prosseguir.” ---------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV), no uso da palavra prosseguiu com a sua intervenção: ----------------------------------------------------------------- ----- “Tenho um azar!... Enfim, já não sei onde ia mas… --------------------------------------- ---- Omite-se que foi inaugurado sem estarem salvaguardadas algumas das condições mínimas para o seu bom funcionamento. --------------------------------------------------------- ----- No texto é reconhecido, e bem, todo o mérito do Regimento de Sapadores Bombeiros. Mas deveria ser uma prioridade do executivo pugnar para que os nossos bombeiros tenham todas as condições a que têm direito, para que possam prestar um socorro eficaz e de qualidade junto da população e da cidade de Lisboa. -------------------- ----- ‘Os Verdes’ até já apresentaram um requerimento solicitando esclarecimentos sobre as condições do Quartel do RSB do Alto do Lumiar, que ainda permanecem sem resposta, nomeadamente sobre algumas carências, desde a falta de água quente a utensílios na cozinha, etc. Pelo que gostaríamos de saber se estas detetadas necessidades já foram resolvidas e também, considerando que se prevê que este PSA cubra uma população de cerca de 75 mil munícipes, quantos efetivos desempenham funções neste quartel? -------------------------------------------------------------------------------- ----- Depois, a propósito da Rede de Transportes Públicos, a Direção Municipal de Mobilidade e Transportes refere, na p. 115, um estudo em curso sobre o Interface do Campo Grande e mais à frente, na p. 122, confirma a reformulação deste mesmo Interface, estudo de que já aliás se falava na Informação Escrita de Março (p. 107). ------ ----- Ora, acontece que já em Abril do ano passado ‘Os Verdes’ apresentaram um requerimento, ainda sem resposta, onde se questionava o executivo sobre as deficientes condições de parte deste terminal, por as proteções aéreas se encontrarem a céu aberto, e continuam, da ausência de abrigos seguros ou de não existirem instalações sanitárias para os milhares de utentes, passageiros, taxistas e trabalhadores das empresas de transportes. ------------------------------------------------------------------------ ----- Mas as notícias disponíveis são contraditórias. Já se disse que este Interface iria ser completamente reorganizado e transladado para um terreno adjacente ao Estádio Alvalade XXI, “aproveitando o terreno que ficou liberto por um parque de estacionamento”. Mas mais recentemente a comunicação social referiu que a Câmara pretende fechar o terminal rodoviário do Campo Grande para ali poder erguer mais

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uma torre de escritórios, propondo que os autocarros passem a ter como destino o Senhor Roubado, no concelho de Odivelas. ------------------------------------------------------ ----- Trata-se de um local que fica perto da paragem do Metro, com o inconveniente de só ser servido por uma linha e não por duas como no Interface do Campo Grande. Esta proposta parece não agradar à Rodoviária do Oeste, que terá encomendado um estudo ao Instituto Superior Técnico para saber qual o impacto, junto dos seus clientes, de uma eventual mudança do terminal. Haverá mesmo um número aparentemente residual de utentes que pondera passar a utilizar o automóvel se for alterado o ponto de origem/destino. ---------------------------------------------------------------- ----- Pergunta-se: confirma o Senhor Vice-Presidente o encerramento do Campo Grande como terminal rodoviário ou o assunto estará, entretanto, suspenso até ao desfecho das próximas autárquicas? Em que fase se encontra o referido estudo em curso sobre o Interface do Campo Grande? Em suma, qual a data para a sua apresentação pública? -------------------------------------------------------------------------------- ----- Uma outra situação que lamentavelmente se vem arrastando há vários anos reporta-se às condições de trabalho, ou à falta delas, do Julgado de Paz de Lisboa, em Telheiras, e que sucessivamente, em todas as recentes Informações Escritas se encontra total e incompreensivelmente omissa. A situação está longe de ser nova. -------- ----- Em 12/07/2016, ‘Os Verdes’ colocaram em plenário várias questões sobre este caso e o Senhor Vice-Presidente concordou que, para além da falta de pessoal e de espaço para armazenamento de processos, as próprias condições de trabalho já na altura não eram as melhores. Entretanto, há já um ano a direção do STML reuniu com o Senhor Vereador dos Recursos Humanos e Finanças, onde estiveram também presentes dirigentes da DMRH. E o próprio Vereador, acompanhado pelo Senhor Vice- Presidente, terá efetuado uma visita ao local, sito na Rua Professor Vieira de Almeida. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Parece, assim, ter sido consensual que a loja em Telheiras, onde está instalado o Julgado de Paz, e apesar da sua excelente localização, pois possui estação de Metro ‘à porta’, não tem condições para albergar estes serviços, sendo inadiável equacionar uma expansão da sua localização, incluindo a abertura de um 2º Julgado de Paz em Lisboa. -------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Há poucos dias, e decorrido todo este tempo, ‘Os Verdes’ voltaram a visitar aquele espaço e, auscultados juízes, funcionários e utentes, depararam-se com a imobilidade do executivo PS para encontrar a solução que havia sido prometida neste plenário há mais de um ano. ------------------------------------------------------------------------- ----- As queixas atuais abrangem falta de espaço para utentes, funcionários e para manutenção do arquivo corrente, mobiliário desadequado, fraca iluminação, deficiente renovação do ar, o espaço de trabalho oscila entre um solário e uma câmara frigorífica, climatização, ventilação e extração do ar são inexistentes, fios telefónicos e elétricos espalhados por todo o lado, falta de potência elétrica, equipamento informático totalmente obsoleto, bastidor em local de atendimento ao público, não há fax nem acesso ao email geral da Câmara, partilha de instalações sanitárias entre homens e mulheres, incluindo para o público, em total desrespeito pela lei, falta de

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privacidade no espaço de atendimento, ausência de facilidades para pessoas com mobilidade reduzida, falta de um espaço que permita aos trabalhadores usufruir de uma refeição quente. --------------------------------------------------------------------------------- ----- Não nos digam, Senhor Vice-Presidente e Senhores Vereadores, que desconhecem estas realidades ou as promessas anteriormente assumidas neste plenário. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- A nossa pergunta volta a ser simples: porque tardam em ser tomadas diligências no sentido de dotar este Julgado de Paz, em Telheiras, das condições mínimas necessárias ao seu funcionamento? Que contactos já foram tomados com o Ministério da Justiça, para a abertura de um 2º Julgado de Paz na cidade de Lisboa? ------------------- ----- Obrigado Senhora Presidente.” --------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhor Deputado.” --------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal José Leitão (PS), no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Senhora Presidente, Senhor Vice-Presidente, Senhores Vereadores, Senhores Deputados Municipais, Cidadãos e Cidadãs. ----------------------------------------------------- ----- A análise da última Informação Escrita deste mandato não se pode limitar ao cumprimento ritual de um preceito legal. Teremos em conta, naturalmente, as realizações referidas na informação, mas não podemos deixar de começar por dizer que fazemos um balanço extremamente positivo da gestão da equipa liderada por Fernando Medina. ------------------------------------------------------------------------------------- ----- Lisboa vive um momento de grande desenvolvimento e de afirmação como cidade global. Nada disto é fruto do acaso, é consequência de ser bem governada, de ter à sua frente uma equipa que sabe o que é necessário fazer e que o executa com gosto e eficiência, não esquecemos que há 4 anos a realidade era bem diferente, o país e a cidade enfrentava uma recessão sem precedentes, um tempo de desesperança de partida de muitos dos mais qualificados da nova geração. ------------------------------------- ----- Lisboa não se resignou, seguiu uma política em contraciclo com a do país puxando pelas energias da cidade para a recuperação e o progresso. As políticas públicas promovidas pela equipa liderada por Fernando Medina foram capazes de dinamizar a economia e o investimento, promoveram a solidariedade e os direitos sociais, afirmaram um modelo de desenvolvimento sustentável melhorando simultaneamente as contas da cidade. ------------------------------------------------------------- -----Estes resultados foram possíveis, porque a gestão municipal soube mobilizar os cidadãos, as empresas, as universidades, os agentes culturais, a rede social, em suma, a cidade para enfrentar a crise e os desafios que colocava. ------------------------------------ ----- A participação dos cidadãos teve nesta Assembleia, sob a presidência de Helena Roseta, o elemento essencial contando com condições asseguradas pelo Município que não têm paralelo em qualquer outra do país.------------------------------------------------- ----- Foi também estimulada pela Reforma Administrativa da Cidade que criou condições para a generalidade das freguesias a promoverem de forma eficaz…” ----------

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----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Senhores Deputados, peço imensa desculpa, mas pedia aos Senhores Deputados para não se ausentarem da sala porque estamos no limite do quórum, e se puderem chamar os que estão lá fora eu agradecia. Podemos continuar.” ------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal José Leitão (PS), no uso da palavra prosseguiu a sua intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------- ----- “A Informação Escrita dá conta da legalização do Bairro São João de Brito, habitado por 343 pessoas, num total de 120 famílias, o que constitui um marco muito importante para os moradores, bem como da operação de loteamento da AUGI da Quinta da Assunção. A habitação e da reabilitação urbana têm sido preocupações centrais desta gestão municipal e irão continuar a ser. Não esqueçamos que está em execução, por exemplo, a construção de mil casas dos Bairros do Padre Cruz e Boavista, bem como a maior operação de reabilitação dos bairros municipais dos últimos 30 anos, o Programa de Requalificação Profunda Integrada dos Bairros Municipais, Aqui Há Mais Bairro, com a realização de obras de reabilitação necessárias, qualificação dos espaços equipamentos públicos e melhoria de soluções de mobilidade. ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- Não podemos esquecer o Programa Renda Acessível que pretende disponibilizar mais 6 mil casas a preços acessíveis. Naturalmente que outras medidas serão necessárias, para algumas das quais teremos que pressionar a Assembleia da República e o Governo para que sejam tomadas. Como o Presidente Fernando Medina tem defendido é necessário criar condições para promover a realização de contratos de arrendamento habitacional de duração superior a 10 anos, através da redução, neste caso, da tributação em sede de IRS. ---------------------------------------------------------------- ----- Da mesma forma que a Lei das Rendas de Assunção Cristas colocou muita gente na rua, uma iniciativa legislativa deste tipo daria estabilidade às famílias para organizar as suas vidas. ----------------------------------------------------------------------------- ----- A gestão Municipal tem procurado desenvolver uma economia, a economia da Cidade e esta informação refere várias realizações que participam dessa preocupação. A renovação do Mercado Alvalade Norte, na requalificação da qual a Câmara investiu cerca de 300 mil euros. A renovação do Mercado de Santa Clara, que passará a ser um espaço privilegiado para a divulgação de indústrias culturais e criativas da cidade.-------- ----- No que se refere ao Mercado do Bairro Alto a aprovação de um protocolo entre o Município e a Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, para nele criar um espaço aberto, dinamizador de atividade e de iniciativas no âmbito do Património Cultural Imaterial das Artes e Ofícios Tradicionais. ------------------------------------------------------- ----- Vimos aqui pela intervenção do Senhor Presidente das Avenidas Novas que muito mais poderia ser dito nesta Informação sobre o enorme trabalho que tem sido feito pela Câmara a nível dos Mercados Municipais. ------------------------------------------- ----- No âmbito da nova economia, o trabalho que tem sido desenvolvido, com grande sucesso como aqui foi bem patente, no Debate Temático sobre a Economia da Cidade

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continua a marcar a agenda económica da cidade, como se torna claro nesta Informação Escrita. ----------------------------------------------------------------------------------- ----- Refiram-se, por exemplo, os vários acontecimentos portadores de maior desenvolvimento económico sustentável que que se realizara nos meses anteriores, a apresentação pública da implementação do Hub Criativo do Beato, a realização da conferência Lisbon Investment Summit que reuniu investidores e empresários e executivos todo o mundo para não falarmos da próxima realização do WebSummit ou o trabalho desenvolvido no que se refere à economia da cidade sob a direção do Vice- Presidente Duarte Cordeiro, tem-se traduzido em numerosas iniciativas a criação de empresas geradoras de postos de trabalho qualificado, que têm contribuído para afirmar Lisboa como cidade global. --------------------------------------------------------------- ----- No passado dia 7 de julho o Projeto Lisboa Empreende ganhou, foi aqui recordado pelo Senhor Vereador, o Prémio Best Public Administration for Startups Europe Awards 2016, na categoria de municípios, iniciativa promovida pela Comissão Europeia, apoiada pelo Comité das Regiões e por Membros do Parlamento Europeu que visa valorizar as iniciativas de promoção do empreendedorismo e boas práticas empresariais à escala europeia. ----------------------------------------------------------- ----- É de saudar também o envolvimento da Câmara Municipal de Lisboa na Plataforma de Crowdfunding de Lisboa e para Lisboa, nascida da vontade de um grupo de entidades de referência, para além da Câmara Municipal de Lisboa, a Fundação Calouste Gulbenkian, Startup Lisboa, entre outras, que pertence ser uma forma colaborativa de estar a angariar fundos para ideias e projetos nas áreas do empreendedorismo, empreendedorismo social, ciência e ID Cultura e Cidadania. --------- ----- O período a que se refere esta Informação foi marcado por um conjunto também de iniciativas de realizações por parte da Câmara Municipal de Lisboa noutra área, a área do reforço da segurança e proteção civil, que não poderíamos deixar de sublinhar e de saudar. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Lisboa procura de novas respostas, é o caso da Plataforma de Gestão Inteligente da Cidade de Lisboa, construirá o suporte tecnológico do centro operacional integrado, que dotará o Município de ferramentas inovadoras de gestão colaborativa de ocorrência entre a Proteção Civil, Bombeiros, Polícia Municipal e Serviços Operacionais da Câmara Municipal de Lisboa, integrando também a informação da PSP e diversos operadores de infraestruturas da cidade. ---------------------------------------- ----- Saudamos também a inauguração do novo Quartel da Alta de Lisboa, entregue ao Regimento Sapadores Bombeiros, de 13 viaturas, 900 fatos de treino e de 1800 calções de desporto para o desempenho das suas atividades. ---------------------------------- ----- Não esquecemos também a assinatura do protocolo que visa dar continuidade ao DPIEPH, dispositivo integrado permanente de emergência pré-hospitalar, o aprofundamento da cooperação entre os Sapadores do Funchal e de Lisboa, que o Regimento Sapadores Bombeiros integrou as equipas de reforço do combate aos incêndios florestais no país, com o Regimento de Sapadores Bombeiros revalidou o título de campeão Nacional de Desencarceramento, o que o levou participou no

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Campeonato Mundial na Roménia, em que o Regimento de Sapadores Bombeiros participou nos Jogos Mundiais de Polícia e Bombeiros em Los Angeles. -------------------- ----- Lisboa entregou a sua candidatura à Capital Europeia do Desporto em 2021, como aqui foi referido pelo Senhor Vereador, e a terceira edição das Olissipíadas foi já realizada com esse lema, tendo-se verificado um aumento de 40 por cento de inscrições face ao ano anterior, o que mostra que este Projeto Municipal se tem vindo a consolidar e a mobilizar crianças e jovens. ----------------------------------------------------- ----- Foi também com satisfação que tivemos aqui uma atualização da informação no sentido de que Lisboa é já uma cidade finalista no que diz respeito à Capital Europeia do Desporto, juntamente com Haia e fazemos votos para que venha a sair vencedora dessa candidatura. ------------------------------------------------------------------------------------ ----- Quem acompanha há alguns anos a vida da cidade não ignora as dificuldades que teve no início de enfrentar o Plano Verde. O imenso trabalho que tem sido desenvolvido na estrutura verde, e não pode deixar de apoiar que Lisboa se volte a candidatar a Capital Europeia Verde em 2020. --------------------------------------------------- ----- A realização, em 2019, da Conferência Europeia sobre a adaptação às alterações climáticas é um reconhecimento internacional do trabalho desenvolvido pelo Município nesta área nos últimos anos. Está tudo ligado! Alterações climáticas, estrutura verde, água e resíduos, planeamento, tudo isto contribuirá para uma candidatura que se pretende vir a ser vitoriosa a Capital Europeia Verde para 2020. ----- ----- Senhora Presidente, Senhor Vice-Presidente, Senhores Vereadores, Senhores Deputados, Cidadãos e Cidadãs. A apreciação desta última Informação Escrita não pode em si ignorar a circunstância em que ocorre, estamos num momento de balanço e de traçar um novo horizonte para a Cidade. Pela nossa parte, consideramos que a equipa liderada por Fernando Medina é responsável por Lisboa viver um momento singular de desenvolvimento, mas não ignoramos os novos desafios que esse próprio sucesso engendra, a necessidade de uma sensibilidade social reforçada, de novas respostas para novos problemas, a nova ambição é que Lisboa se afirme como uma Cidade com a melhor qualidade de vida a nível internacional, com mais emprego de qualidade e que não deixe ninguém para trás, é esta nossa aposta e o nosso compromisso. Disse.” -------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “ Muito obrigada Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal Gabriel Fernandes (CDS-PP), no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhora Presidente, reiterar as suas palavras em relação ao elogio que se fez aqui publicamente, em nome do CDS também, ao Deputado Magalhães Pereira. ------------------------------------------------------------------------------------ -----Excelentíssima Senhora Presidente, Senhores Secretários, Senhor Vice-Presidente, o Senhor Presidente não está, Senhores Vereadores, Senhores Deputados. Senhoras e Senhores. ---------------------------------------------------------------------------------

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----- Uma das lutas mais antigas do CDS nesta Câmara tem sido a tentativa de legalização e normalização da situação dos moradores do Bairro São João de Brito. ----- ----- Agora que foi dado parecer favorável por parte da ANA, o CDS quer saber por que razão o Senhor Presidente deixa 22 casas de fora na rua da Mimosa, mesmo junto à Segunda Circular. Na “Informação Escrita” nada consta sobre esta desigualdade e injustiça. Vão indemnizar estes moradores? Vão alojá-los em algumas das 1.600 casas vazias que a Câmara tem? São as perguntas. ----------------------------------------------------- ----- Sobre o tema “Uma Praça em cada Bairro” haveria muito para dizer desde 2014. A Câmara tem feito mais em retificações e propaganda do que em concluir o processo. No Saldanha por exemplo, já desfizeram o que tinham feito para voltar a importunar os lisboetas com correções de obras mal feitas. Algumas das outras obras em curso mais parecem as “Obras de Santa Engrácia”. No que a Câmara tem sido realmente boa é na Propaganda das obras não executadas, e não se coibindo para isso em gastar o dinheiro dos lisboetas numa dita “Publicidade Institucional”, que ainda agora se viu, mas noutra dimensão ao nível da Freguesia, designadamente agora em época eleitoral. ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- Até aos diretores das escolas municipais, foi solicitado “apoio na distribuição” aos alunos do ensino básico da brochura “Lisboa a tua cidade”. ------------------------------ ----- Uma vergonha. ---------------------------------------------------------------------------------- ----- Finalmente um dos “parentes pobres” da mobilidade em Lisboa, as motos, tiveram direito a um “rebuçado” ao fim de longa espera e poderão finalmente circular nas faixas “BUS”. ------------------------------------------------------------------------------------- ----- É um sinal que o Senhor Presidente deveria ouvir mais vezes o CDS e considerar melhor as nossas propostas. Também lhe ficava bem não tomá-las como suas, como já o fez bastas vezes. ------------------------------------------------------------------------------------ ----- Sobre a nova “Associação Calçada Portuguesa”, o CDS entende que esta deve ter um papel fulcral para proteger, promover e valorizar este património cultural e fator de identidade de Portugal que é a Calçada Portuguesa. Vamos ver o que sai daqui, mas pelo menos já se pôs fim à tentativa de destruição deste património tão nosso que é a Calçada à Portuguesa e que se encontra espalhado por todo o Mundo. ------------------ ----- Há notícias que pouco ou nada saem, mas esperemos que a candidatura de Lisboa a Capital Europeia do Desporto em 2021 tenha melhor sorte do que a derrotada Lisboa capital verde em 2017, foi deste ano e quase não saiu notícia nenhuma. ----------- ----- Fernando Medina diz que o problema da Habitação Social em Lisboa está resolvido. Disse-o na Televisão na semana. Nos últimos anos o CDS tem andado no terreno, posso garantir-lhes porque tenho ido, eu tenho ido. E das duas uma: ou o Presidente não vai ao terreno ou então não tem a mínima noção da realidade. Inclino-me para as duas das duas: nem vai ao terreno nem tem a noção. Um dos últimos bairros que visitámos foi na Freguesia de Marvila esta semana que passou. ---------------- ----- O que passou nas televisões não foi o que vimos no local, foram algumas pessoas a chamarem-nos fascistas, vá-se lá saber porquê! Um deles, uma das pessoas que não filmaram virou-se para mim e disse: ---------------------------------------------------------------

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----- “Ó Senhor Deputado venha aqui ver, venha aqui. Está ali a ver? Vivemos com os ratos. Mas isto é só uma amostra.” E estavam os ratos a passarem realmente, eu vi! ------ ----- As condições de salubridade equiparam-se ao 3º Mundo nesta Lisboa escondida. --- ----- Muito mais haveria para dizer sobre esta Lisboa de fachada e bem maquilhada para inglês ver e que esta “Informação” que passou aqui não traduz. ------------------------- ----- Contudo e para finalizar, gostaria de saber a opinião, neste caso do Senhor Vice-Presidente sobre a ilegalidade da Sua Taxa de Proteção Civil que o Tribunal Constitucional declarou hoje ilegal. ---------------------------------------------------------------- ----- Esta já não é necessário ser a primeira medida que iremos tomar após as Eleições. O Tribunal Constitucional encarregou-se de fazer justiça aos lisboetas e a outros munícipes por esse país fora, não é só em Lisboa. -------------------------------------- ----- A criação de impostos não é competência das autarquias mas sim da Assembleia da República, nós já o tínhamos avisado. --------------------------------------------------------- ----- Os proprietários de Lisboa ficaram lesados 18,9 milhões de euros em 2015. E em 2016 foram 21,6 milhões de euros que segundo a Associação Lisbonense de proprietários serviram para financiar “obras faraónicas”. São eles que dizem, não sou eu. ------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Esperamos a devolução imediata desse dinheiro aos proprietários. Disse.” ------------ ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “ Muito obrigada Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal José Franco (IND), no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhora Presidente, Senhores Secretários, Senhor Vice-Presidente da Câmara, Carlos Colegas Deputados. ---------------------------------------------- ----- Esta Informação Escrita do Senhor Presidente da Câmara, referente ao período de 1 de junho a 31 de agosto, constitui naturalmente a última deste mandato, como não pode deixar de ser, portanto, a Informação Escrita segue as regras definidas para a elaboração destes documentos, o qual serve para nos dar conta do trabalho desenvolvido pela Autarquia nesse trimestre. ---------------------------------------------------- ----- Analisar os últimos 4 anos da atividade da Autarquia teria mais interesse do que limitarmo-nos a apenas estes 3 meses, mas para esse efeito, vamos ter um tempo próprio de debate e de avaliação que serão as eleições autárquicas do próximo dia 1de outubro. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Estas são as regras e assim devem continuar, no entanto, permitam-me que aborde nesta nossa intervenção, não tantas as concretizações e os eventos assinalados deste período, mas antes os constrangimentos que se colocam ao quotidiano de uma gestão autárquica, tendo como ponto de partida, o caso que já foi, aliás, comentado por outros oradores anteriores, ou seja, o processo da legalização do Bairro São João de Brito, que está referido logo na parte inicial desta Informação Escrita. ------------------- -----Trata-se de um excelente exemplo sobre as dificuldades com que se defrontam os Executivos Municipais sempre que os problemas a resolver ultrapassam o seu âmbito restrito de competências. Na realidade, só agora se tornou possível ultrapassar um

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problema motivado por um período muito vivo da nossa história recente, mais concretamente as décadas de 60/70 do século XX, quando surgiram na Quinta do Alto, na Quinta do Correio Mor e na Quinta de São João de Brito, um aglomerado de construções abarracadas junto ao Aeroporto. ----------------------------------------------------- ----- Após o 25 de Abril fixaram-se naqueles terrenos os migrantes das antigas colónias portuguesas que foram transformando estas construções ilegais em moradias de alvenaria, armazéns, pequenas oficinas, originando o que hoje é denominado o Bairro São João de Brito. ---------------------------------------------------------------------------- ----- Desde 2001 que a Câmara Municipal de Lisboa deu início aos primeiros estudos sobre este território com vista à sua legalização. No entanto, o parecer obrigatório e vinculativo da ANA, dos Aeroportos de Portugal, que enquadra o Bairro na zona de ocupação e expansão do Aeroporto de Lisboa veio inviabilizar aquele estudo, situação que levou o Executivo Municipal e anunciar em 2005 a demolição deste chamado bairro de autoconstrução, dando lugar a um espaço verde na continuação da Mata de Alvalade. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Apesar do acompanhamento do problema pelos diversos sucessivos Executivos Municipais ao longo dos últimos 15 anos, só em março de 2016 a Autarquia apresentou novo projeto para a requalificação do Bairro, tendo sido nestas circunstâncias solicitado novo parecer à Ana, que emitiu no passado dia 31 de maio, uma a decisão favorável quanto à legalização do Bairro, permitindo finalmente ao Município avançar com a proposta de legalização das construções existentes. ------------- ----- Não temos dúvidas que estamos em presença de um processo de ocupação do solo, de um solo que tem a delicadeza especial de se situar na imediata proximidade do Aeroporto de Lisboa, mas também não temos dúvidas sobre a falta de sentido de ter sido de preciso, portanto, um intervalo de 16 anos, ao qual o Município é alheio, para se resolver um problema desta natureza. --------------------------------------------------- ----- Estamos certos que este não é um caso único, muitos outros poderíamos aqui enumerar todos, penosamente morosos face a uma dinâmica urbana, que cada vez exige respostas rápidas e assertivas que salvaguardem antes de tudo o bem-estar dos munícipes e todos aqueles que utilizam e visitam a cidade. ----------------------------------- ----- A escolha da legalização do Bairro São João de Brito, enquanto tema exclusivo desta nossa intervenção, surge como exemplo da preocupação que estes casos nos suscitam, em particular quando a cidade atravessa um período de dinamismo e crescimento que não se compadece com os morosos processos de deferimento das entidades públicas, principalmente se daqui resultarem longos e desnecessários pedidos de tempo altamente penalizadores para a qualidade de vida das populações. ----- ----- Vivemos um tempo de balanço em cujas contas estas situações não se incluem porquanto escapam às responsabilidades da gestão municipal, incluem-se, isso sim, na capacidade de perseverança das autarquias, dos seus líderes e agentes que ao longo dos anos continuam a sua luta na procura das melhores soluções para a cidade. ------------ ----- Centrámos a nossa preocupação neste caso, por o considerarmos um bom exemplo, do que é o trabalho autárquico no contexto mais alargado dos processos de decisão, onde o estabelecimento de pontes e a capacidade de diálogo são

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imprescindíveis para se estabelecerem os consensos necessários a uma melhor qualidade de vida dos munícipes, Os Cidadãos por Lisboa sempre tiveram no diálogo e no estabelecimento de consensos, uma das suas prioridades no quadro da sua atividade política no município de Lisboa e assim continuará certamente a ser no futuro Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------ ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “ Muito obrigada Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------- ----- A Senhora Deputada Municipal Isabel Pires (BE) no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Obrigada Senhora Presidente, Senhores Deputados, caro Executivo. --------------- ----- Em 1º lugar, gostaríamos, obviamente, de deixar a nota de que, num ponto da Ordem de Trabalhos de Informação Escrita do Presidente, o Senhor Presidente não se encontra presente e, portanto, tomamos a devida nota desse mesmo gesto.---------------- ----- Sobre o conteúdo dessa mesma Informação Escrita, estamos perante na verdade, a continuação da Sessão de 27 de junho e, portanto, estamos no balanço de final de mandato, parte 2, no dia de hoje. Mas, no entanto, tal como já nesse mesmo dia 27 dissemos, o que fica por dizer, são algumas das questões que preocupam e que necessitam de resposta para os cidadãos lisboetas. -------------------------------------------- ----- Em 1º lugar, gostaríamos de focar na parte da informação que se refere ao RSB, ao Regimento Sapadores Bombeiros de Lisboa, porque nos merece uma reflexão e gostaríamos de colocar uma pergunta e uma clarificação sobre a sua situação. ----------- ----- Em 1º lugar, obviamente, o trabalho efetuado por este Regimento é de uma relevância absolutamente indiscutível, seja na cidade, como noutros pontos do país, também. Consideramos importante e valorizamos que tenham sido reforçados meios como os novos equipamentos e as novas localizações físicas de quartéis, no entanto, há um silêncio que tem perpassado esta questão, que nos preocupa e também os próprios operacionais, tem a ver com o quartel, situado na Dom Carlos. É um equipamento com uma história vastíssima para o Município, mas também para o país, tem uma localização que, segundo os próprios, é partes do que permite também uma eficiência tão grande, que está associada aos nossos serviços e ao RSB. ------------------- ----- Mas também é um espaço que, infelizmente, não está a salvo da especulação imobiliária e sobre isto gostaríamos de ter uma segurança e ter um compromisso por parte do executivo, relativamente a uma questão que já se coloca no ar, há algum tempo, que tem a ver com um possível interesse de um grupo hoteleiro para a aquisição daquele local o que, a acontecer, nos pareceria a um verdadeiro atentado, não são à história do RSB, mas também ao próprio local onde ele se coloca. ------------- ----- Portanto, gostaríamos de colocar a questão, se isto tem algum fundamento jurídico ou não, mesmo que não tenha, que possamos ter aqui a garantia de que o quartel da Dom Carlos não sairá dali, não será vendido, muito menos para mais um estabelecimento hoteleiro, é importante que aquele local se mantenha, nem que seja por motivos históricos extremamente importantes. --------------------------------------------

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----- Em 2º lugar, não podemos deixar de levantar uma questão, que está na Ordem do Dia, que tem a ver com a Taxa Municipal de Proteção Civil. -------------------------------- ----- Desde o início deste processo que o Bloco de Esquerda se opôs à sua criação e alertamos para a sua invalidade. Tanto na Proposta 1/BE/2015, que foi rejeitada, como numa Proposta semelhante 1/BE/2017, também ela rejeitada. A argumentação utilizada por nós na altura foi, e continua hoje em dia, a ir ao encontro de acórdãos do Tribunal Constitucional e também ao encontro das preocupações do Provedor de Justiça. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Trata-se, portanto, de um imposto que é competência, obviamente, da Assembleia da República porque, mesmo servindo para financiar prestações públicas, a mesma é independente da solicitação dessas mesmas prestações e chamamos a atenção para o Acórdão 418/2017. --------------------------------------------------------------- ----- A questão que fica é, neste momento, muito simples, onde se encontra agora a certeza absoluta de que o Município se revestiu em todas as discussões que foram tidas nesta Assembleia sobre este assunto. Havia a certeza absoluta de que não havia qualquer invalidade, havia a certeza absoluta de que não havia qualquer inconstitucionalidade, no entanto, todos os indícios até hoje, foram exatamente no sentido contrário, de grandes dúvidas sobre a validade desta Proposta, de grandes dúvidas sobre a constitucionalidade desta mesma Proposta e, portanto, como é que o Executivo, neste caso o Senhor Vice-Presidente, visto que o Presidente não está cá, como é que responde então ao Acórdão que foi a ontem publicado relativamente a uma matéria extremamente semelhante no concelho de Vila Nova de Gaia. -------------- ----- Depois de todos os alertas do Bloco de Esquerda, desta Assembleia, que em março de 2017 foi notificada para se poder pronunciar, em querendo, sobre o pedido do Provedor de Justiça. Existem já outras organizações, também, que têm o pedido de fiscalização sobre esta mesma Proposta, além do Provedor de Justiça. --------------------- ----- O que é que tem, afinal, a dizer aos lisboetas sobre a vossa suposta certeza absoluta sobre este tema que, aparentemente, é só da Câmara de Lisboa, porque mais nenhum órgão reconhece esta certeza absoluta e, já agora, considerando aquilo que está no Acórdão que foi ontem divulgado, como é que pretende então o executivo devolver aos lisboetas, o valor que tem vindo a ser cobrado?” ------------------------------ ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Para vossa informação, Senhores Deputados, com a intervenção do Senhor Deputado Carlos Silva Santos termina a 1ª Ronda. -------------------------------------------- ----- Temos três Senhores Deputados inscritos para a 2ª Ronda.” -------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal Carlos Silva Santos (PCP) no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------ ----- “Excelentíssima Senhora Presidente, membros da Mesa, Excelentíssimos Senhores Vereadores, Senhor Vice-Presidente, Senhores Deputados. ---------------------- ----- Terminámos mais um mandato autárquico penso que, no geral, frutuoso para todos e com uma dinâmica e um conflito natural entre partes e interesses relevante mas frontal e democrático. ------------------------------------------------------------------------------

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----- Nesta Assembleia foram discutidos e analisados os grandes assuntos da cidade desde a democratização, ou dos direitos sociais como a habitação, a saúde e a educação, mas também em áreas como urbanismo, a qualidade de vida na cidade, a mobilidade, os transportes públicos e a economia e o trabalho. ----------------------------- ----- Foram vastos e diversificados os debates, no entanto, foi notória que em algumas questões críticas do urbanismo especulativo e de medidas de investimentos estruturantes para a cidade, prevaleceu a vontade maioritária do PS em prejuízo de Lisboa e dos lisboetas. ----------------------------------------------------------------------------- ----- Em múltiplas questões, o nosso contributo, do PCP, foi determinante ou adjuvante para que as soluções mais favoráveis aos interesses dos lisboetas fossem aprovadas. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Num período dual da direção política do país e também da direção do Município, é de realçar a mudança do clima político económico em melhoria das condições materiais do Município. ---------------------------------------------------------------------------- ----- Na verdade, a mudança política não foi neutra para a mudança, também, no Município e para a defesa dos reais interesses de quem trabalha e vive em Lisboa. Infelizmente as maiores disponibilidades financeiras do Município não foram, no geral, melhor encaminhadas a favor dos lisboetas. -------------------------------------------- ----- Termina o mandato sem ter havido progresso na melhoria e harmonização das condições de vida da cidade, aumentaram as discrepâncias, aumentou o fosso entre os lisboetas do Centro e da periferia da cidade. Não foi invertida a evolução demográfica da cidade. Progrediu, é certo, o turismo e as atividades conexas, mas agravaram-se as contradições sociais. -------------------------------------------------------------------------------- ----- É neste quadro de aceso debate pré-eleitoral que vamos terminar este mandato. --- ----- O PCP, coerente com a consigna trabalho, honestidade e competência, deu o seu contributo para todas as medidas e intervenções na Câmara que considerámos positivas. Fomos críticos com a reorganização administrativa da cidade. Fomos críticos com a alteração das prestações de serviços da Câmara desfavoráveis à cidade, aos trabalhadores camarários e, como exemplo mais flagrante, os serviços de higiene e limpeza. Fomos críticos contra a apatia e falta de intervenção assertiva na defesa dos serviços públicos da responsabilidade do poder central, nomeadamente, a saúde, a educação e a habitação. ---------------------------------------------------------------------------- ----- Mas é tempo de futuro e o PCP, fiel ao passado e consciente da possibilidade de alterar a favoravelmente a relação de forças nesta Assembleia, tem um programa de renovação da cidade em progresso a favor de todos os lisboetas. Para nós, a Assembleia Municipal não fecha para balanço, vai continuar em Outubro com nova composição e novos protagonistas. --------------------------------------------------------------- ----- Desejamos votos de bom trabalho para os novos Deputados.” ------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigada, Senhor Deputado.-------------------------------------------------------- ----- Oh Senhores Deputados, eu chamo novamente à atenção, nós estamos no limite do quórum. Eu vejo alguns Senhores Deputados sentados fora do espaço destinado

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aos Senhores Deputados. Não sei se posso contar com eles ou não. Em princípio não posso. Se puderem dirigir-se aos nossos lugares eu agradecia.” ----------------------------- ----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV) no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------ ----- “Obrigada Senhora Presidente, Senhoras Secretárias, Senhores Vereadores, Senhor Vice-Presidente, Senhores Deputados. ------------------------------------------------- ----- Nesta segunda intervenção sobre a Informação Escrita do Presidente da Câmara, ‘Os Verdes’ gostariam ainda de colocar algumas questões. ---------------------------------- ----- Já aqui trouxemos várias vezes os problemas no edifício do Campo Grande (sobre o refeitório, os elevadores ou o estacionamento, entre outros) e o executivo chegou a dizer que seriam resolvidos. Uma vez que nada se diz sobre isto, poder-se-ia pensar que já estariam resolvidos, mas não estão. Gostaríamos, portanto, de saber o ponto de situação sobre eventuais melhorias neste edifício. ---------------------------------- ----- Sobre o edifício do Entreposto, gostaríamos de saber se já estão disponíveis os resultados dos testes de ruído e qualidade do ar, quais foram esses resultados e se já está a ser implementada alguma medida para resolver os problemas neste espaço. ------ ----- Sobre a limpeza urbana, um dos serviços fundamentais na cidade, e perante a implementação de novos circuitos ao domingo, seria importante saber se houve algum reforço dos meios humanos e se houve alguma consulta prévia aos trabalhadores. Do que temos conhecimento, isso não foi feito e se essa consulta afinal existiu, agradecíamos que o executivo nos informasse sobre o resultado da mesma. Se não foi feita, gostaríamos de saber a razão e por que continuam os trabalhadores a ser ignorados. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Na teoria, é fácil dizer que se pretende valorizar os trabalhadores. Mas é preciso mais, é preciso passar à prática. E não será por acaso que o PS votou contra uma recomendação de ‘Os Verdes’ aqui na Assembleia que propunha o diálogo com os trabalhadores no sentido de promover a participação antes de qualquer tomada de decisão, para que os efeitos na sua vida e na cidade fossem devidamente avaliados e discutidos. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Encontramos também referências, mínimas, sobre reuniões de trabalho para a realização do inventário de solos potencialmente contaminados e, sobre a Carta de Solos Contaminados, é referido o tratamento dos dados disponíveis. Face a um assunto de extrema importância, gostaríamos de saber em concreto o que está a ser feito sobre esta matéria. Convém não esquecermos que esta Assembleia aprovou, por iniciativa de ‘Os Verdes’, um conjunto de propostas sobre os solos contaminados e que o executivo deve prestar, periodicamente, contas do trabalho desenvolvido. --------- ----- Passando ao tema da habitação, nada neste relatório nos indica que a reabilitação urbana promovida na cidade tenha representado, como devia e podia ter sido feito, uma melhoria no acesso à habitação. ------------------------------------------------------------ ----- Em vez de habitação temos especulação imobiliária, facilitada e promovida pelo mesmo executivo que andou a propagandear um programa de renda acessível que, até ao dia de hoje, atribuiu zero casas, número bastante diferente das cinco mil famílias

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que Fernando Medina anunciou na sua tomada de posse. Isto mostra de forma muito clara como este executivo lida com as prioridades das populações. ------------------------- ----- Como seria de esperar, este relatório faz algumas referências a este programa de habitação, mas omitindo que afinal não saiu do papel. ---------------------------------------- ----- Sobre transportes, em vez de uma mobilidade sustentável temos uma situação lastimável…” ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra interrompeu: ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Oh Senhora Deputada tenho que interromper os trabalhos porque creio que estou sem quórum. ---------------------------------------------------------------------------------- ----- Portanto, peço aos Senhores Deputados que chamem os colegas que estão fora, vou fazer uma verificação de quórum, vou fazer uma chamada para verificar. ----------- ----- Eu não posso estar constantemente a verificar se as pessoas estão a entrar e a sair, é muito difícil, é muito difícil assim. ------------------------------------------------------------- ----- Se há Senhores Deputados que estão de pé peço para se virem sentar nos seus lugares se há pessoas que não são Deputadas no espaço dos deputados, peço para saírem. Já deviam ter saído, porque a Mesa tem que estar visualmente, constantemente, a fazer contabilidade. ---------------------------------------------------------- ~ ----- Peço desculpa Senhora Deputada. ---------------------------------------------------------- ----- Mas é a última sessão, nunca tivemos falta de quórum em nenhuma sessão do nosso mandato, portanto peço que, por hoje, não deixemos por aprovar as Propostas que temos aqui pendentes, vamos prosseguir Senhora Deputada.” -------------------------- ----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV) no uso da palavra continuou: -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Obrigada Senhora Presidente. -------------------------------------------------------------- ----- Sobre transportes, em vez de uma mobilidade sustentável temos uma situação lastimável. Não há mobilidade, há cada vez mais carros, trânsito, tempos de espera intermináveis e filas para onde quer que se vá. A vida das pessoas é hoje em dia programada tendo em conta os atrasos e o tempo perdido nas deslocações. O que é agora responsabilidade do município, erradamente no nosso entender, não melhorou e pelo que o próprio executivo tem mostrado, não se vai resolver nos próximos anos. Sobre o que não é responsabilidade direta do município, o executivo não se pode demitir da reivindicação de mais e melhores transportes na cidade, como fez até agora. ------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Mas nada disto parece ser uma prioridade. Estamos perante um conjunto de páginas que pouco ou nada acrescenta à vida das pessoas e que não dá resposta aos seus problemas mais prementes. ------------------------------------------------------------------ ----- A população de Lisboa vive um conjunto de dificuldades que se têm agravado e que o PS não quis ou não soube resolver. Mesmo perante inúmeros debates, recomendações, intervenções do público que ouvimos todas as semanas, este executivo optou por ignorar tudo isso e cada vez mais as pessoas se queixam que é mais difícil andar de transportes e viver em Lisboa. ------------------------------------------

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----- E o que tem afinal o executivo a dizer sobre isto? Que resposta pode dar a estas pessoas que espera, dia após dia, poder ter lugar na cidade que também é sua?” --------- ----- A Senhora Deputada Municipal Sofia Vala Rocha (PSD) no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------ ----- “Boa tarde a todos. Esta Informação Escrita que nos foi trazida aqui pelo Senhor Vice-Presidente Duarte Cordeiro e é no mínimo esquizofrénica porque até se falou de Web Summit. ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- Esta Informação Escrita se nós não vimos mal refere-se o período de 1 de Junho a 31 de Agosto, Web Summit, está quase a ser o próximo já foi e quase há um ano, isto é um disparate, não é? Eu gostaria de, em 1º lugar, falar sobre algumas coisas que o Senhor Vice-Presidente disse. Ele ia falando, eu ia tirando algumas notas e a deixar para o fim o elefante que está no meio da sala e pelos vistos, não tem a dignidade de ser debatido aqui hoje, mas depois o Senhor Vice-Presidente dá dois passos e vai lá fora fazer declarações à imprensa que já está online, se isto não é um total desrespeito por esta Assembleia, não sei o que seja.” ------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra interrompeu: ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Oh Senhor Vice-Presidente, a Senhora Deputada está a usar da palavra faz favor de dizer o que tem a dizer, o Senhor Vice-Presidente responderá.” ------------------------- ----- A Senhora Deputada Municipal Sofia Vala Rocha (PSD) no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------ ----- “Eu vou continuar, vou continuar. ---------------------------------------------------------- ----- Sobre algumas coisas que foram ditas aqui o Senhor Vice-Presidente começou por falar na mobilidade, começou por falar na Carris. Ora que eu tenha dado por ela aquilo que verdadeiramente relevante aconteceu sobre a Carris de 1 de Junho a 31 de Agosto, foi nada mais, nada menos, do que a recusa do Senhor Presidente da República em promulgar aquilo que era a irreversibilidade de a Carris poder vir a ser concessionada a privados, o facto político de monta que se passou nestes 3 meses, ao contrário do que foi feito crer aqui, foi uma intervenção do mais alto magistrado da Nação que vem dizer, eu não quero isto assim, isto assim não está bem, portanto, em termos de mobilidade isto foi aquilo que de relevante se passou. --------------------------- ----- E nós, que debatemos este assunto ao longo de meses e anos, aquilo que nós ouvimos, aliás, o Senhor João Paulo, que está ali, o Senhor Vereador, a falar do número de autocarros, que aumenta sempre de notícia para notícia, os autocarros são sempre mais e os motoristas a mesma coisa. Com certeza, as pessoas estavam a pensar, como sempre foi defendido, que a Carris tinha vindo definitivamente e era essa a pretensão para a Câmara Municipal de Lisboa, e foi isso que o Presidente da República, que não é qualquer um, pôs termo. Dando, de resto, os argumentos que usou, inteira razão ao PSD. ------------------------------------------------------------------------ ----- Portanto, aconteceram coisas na mobilidade, sim Senhor, e foi o Senhor Presidente da República a dizer que o PSD tinha tido sempre razão. ----------------------- ----- Outra coisa que foi dito aqui acerca da mobilidade, sobre as bicicletas, por acaso até está nesta sala, ali ao fundo, um jornalista que escreveu uma coisa sobre bicicletas

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há poucos dias, se eu não estou enganada, e que foi que, depois de já terem sido colocados nos locais para as bicicletas, os moradores ficaram zangados, porque perderam lugares para o estacionamento, isto era notícia do Público da passada sexta-feira, e essas estações para as bicicletas foram removidas para voltarem a pôr lá lugares de estacionamento, porque estamos a um mês das eleições e os eleitores, os cidadãos, estão muito zangados, não querem mais bicicletas, querem locais para estacionar os carros e foram retiradas. Isto também aconteceu ao nível da mobilidade. - ----- Continuemos. Algumas das obras todas que foram aqui anunciadas, nomeadamente, ‘Uma Praça em Cada Bairro’ e todas as obras que foram aqui anunciadas, todas de seguida, eu também tenho uma folha onde diz quais são. ----------- ----- É uma folha que o Tribunal de Contas obrigou a Câmara Municipal de Lisboa, porque a Câmara nunca tinha querido dar, então o Tribunal de Contas mandou e esta Câmara e esta Assembleia, veio aqui, nós tivemos ocasião de nos pronunciar sobre isso, dissesse exatamente para que era o empréstimo ao Banco Europeu de Investimento, e então, obrigados pelo Tribunal de Contas, por causa da necessidade de o visto prévio, a Câmara teve que dizer para onde é que ia o dinheiro. Oh meus amigos, aquilo vem lá tudo! ----------------------------------------------------------------------- ----- É uma Praça em Cada Bairro, são os Mercados todos, são as obras do Eixo Central, portanto, essas coisas fizeram-se, sim, todas! Com recurso ao endividamento. Está no anexo 2 que o Tribunal de Contas obrigou a Câmara a fornecer, fez-se obra, sim! Através de endividamento. Portanto, tudo aquilo que nós vemos no espaço público, havemos nós, cidadãos de Lisboa, de pagar durante 20 ou 30 anos com língua de palmo. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- É com endividamento, é com endividamento e, portanto, deve ser este endividamento que o Senhor Vice-Presidente chamou dinamismo económico, eles bem chamaram ao endividamento, plano de investimento, nós chamamos-lhe aquilo que é, e que o Tribunal de Contas chama também que é endividamento. ------------------ ----- Sobre o lixo e que é o Departamento do Senhor Vice-Presidente, se eu não estou enganada, fez agora em julho um ano, nós aqui na Assembleia também apreciamos umas compras volumosas de recipientes para o lixo, etc. Aprovámos aqui umas Propostas, fez em julho um ano, e de recipientes, etc. ---------------------------------------- ----- Há poucos dias vi uma notícia em que dizia que andavam a pôr contentores na Freguesia, salvo erro, da Misericórdia, mas que não tinha custado nada, porque era um excesso de recipientes que para lá havia. Eu quando vi essa do excesso pensei assim: se eu não estou equivocada, isto foi uma Proposta do ano passado. Eu fiquei com a terrível sensação, espero estar enganada, que se comprou a mais, há coisa de um ano, guardou-se e uma mês e picos das eleições mandou-se instalar. Eu espero estar enganada, porque seria grave. --------------------------------------------------------------------- ----- Portanto, nestes 3 meses e, sobre aquilo que o Senhor Vice-Presidente disse muitas coisas, o PSD considera que, nestes 3 meses, aquilo que verdadeiramente se passou foram 3 derrotas pessoais e políticas do Presidente Medina e desta Vereação, a saber: --------------------------------------------------------------------------------------------------

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----- 1- A Carris com a recusa promulgação do diploma pelo Senhor Presidente da República. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 2- Taxa de Proteção Civil. Eu há pouco comecei por dizer, porque eu estava ali e passei brevemente os olhos nas notícias e vi uma que me chocou que é do Correio da Manhã online, e que diz assim: o Senhor Vice-Presidente, A Câmara já reagiu, é o título da notícia relativamente à Taxa de Proteção Civil, e diz que uma coisa não tem nada a ver com a outra. O Tribunal Constitucional por acaso é o mesmo, é o Palácio Ratton, as taxas é que são diferentes, mas o que me chocou foi, e podem ir à notícia, diz assim: ‘à margem da Assembleia Municipal disse que as taxas eram diferentes’. Ora, eu não consigo compreender como estamos todos nós aqui, se discuta um assunto de uma taxa que foi aprovada aqui, e quanto à qual o PSD sempre se insurgiu e que qualquer notícia sobre isto, e a de hoje é importante, que se discuta lá fora com jornais e à margem. Podemos ter todos entendimentos e termos diferentes sobre isto. Estes assuntos discutem se aqui. ------------------------------------------------------------------------- ----- Em 3º lugar, a 3ª derrota tem que ver com o ponto, não está na Informação Escrita e penso que será a única coisa que deveria lá estar, uma vez que a 31 de agosto, e essa é informação que eu quero e que todos os Senhores Deputados querem, tem que ver com a joia da coroa deste executivo, a saber, a Renda Acessível. ------------ ----- Como todos sabem porque, entretanto, nós tornámo-nos todos um bocado especialistas nisto, a Senhora Vereadora Paula Marques veio cá demasiadas vezes, explicou-nos assunto demasiadas vezes, sabemos todos demasiado bem…” -------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra interrompeu: ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Demasiadas?” -------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Deputada Municipal Sofia Vala Rocha (PSD) no uso da palavra continuou: -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- “São 15 concursos. Então vamos lá fazer contas. O 1º abriu no dia 16 de junho deste ano, está online na plataforma e no sítio indicado, porque eles são faseados, o 1º abriu no dia 16 de junho. As Propostas teriam de ser entregues em 47 dias, ora, estamos no âmbito do Direito Administrativo, saltam-se fins de semana e feriados e, portanto, este concurso encerrou antes do final de agosto, ou seja, está compreendido dentro desta Informação Escrita. Aquilo que eu não vi e quero ver e o PSD exige uma informação do Senhor Presidente, ou de quem esteja aqui hoje para o substituir, é saber porque na plataforma eletrónica nada diz, quantos interessados existem para o 1º concurso na Rua de São Lázaro, até porque já foi aberto um 2º. Portanto, na Informação Escrita tem que estar… Desculpe? ------------------------------------------------ ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra interrompeu: ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Deputada termina a sua intervenção e a Câmara responderá no seu tempo. Tranquilo.” ---------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Deputada Municipal Sofia Vala Rocha (PSD) no uso da palavra continuou: --------------------------------------------------------------------------------------------

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----- “O prazo já terminou e esta Assembleia, não é à margem, é nesta Assembleia, temos o direito todos de saber quantos são os interessados, aquilo é uma plataforma eletrónica, nada diz, deduzimos, neste momento, que hajam bastantes, que haja bastantes interessados na Proposta e gostaríamos de saber. A Informação Escrita não pode estar a dedicar-se à Web Summit que foi uma coisa que se passou há 7 ou 8 meses e nada a dizer sobre a Renda Acessível. ------------------------------------------------- ----- Nós não queremos sequer imaginar, não podemos sequer imaginar que este concurso tenha ficado deserto e que não haja um único interessado. Até porque isso seria um dos maiores fracassos, até porque a Senhora Vereadora Paula Marques, em Dezembro do ano passado deu uma entrevista ao Jornal de Negócios a antecipar o Programa, nessa altura ela dizia que eles seriam abertos no 1º trimestre, não foram, foram no 2º trimestre e agora o último já no 3º trimestre, portanto falhou o prazo, mas disse que o concurso estava muitíssimo bem preparado e que seria, isso estou a citá-la, ‘suicídio político se não aparecesse interessados ou se aquilo não fosse para a frente’. Tendo em conta o peso que a Senhora Vereador lhe atribuiu, do suicídio político, tendo em conta que o prazo já acabou, o PSD, mas certamente esta Câmara também, gostaria muito e teria gostado bastante de ter visto isto na Informação Escrita, de ser devidamente informado sobre o qual o ponto de situação relativamente a este 1º grande concurso para uma PPP para a Renda Acessível. Muito obrigado.” --------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhora Deputada que temos mais uma intervenção neste período da Informação Escrita.” ------------------------------------------------------------------ ----- O Senhor Deputado Municipal José Casimiro (BE) no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- Boa tarde Senhor Vice-Presidente, na ausência do Presidente, Senhora Presidente, Senhor Membros da Mesa, Senhores Deputados, publico presente. ---------- ----- Venho hoje falar sobre a situação na Gebalis. Duas questões que gostaria de abordar sobre este assunto, por um lado, a situação que se passa num importante sector da Gebalis, o Serviço de Sistemas, Tecnologia da Informação e o caso dos Ajustes diretos. -------------------------------------------------------------------------------------- ----- Em relação ao caso da informática, como é vulgarmente conhecido, a atual administração instaurou processos disciplinares aos cinco trabalhadores do Serviço de Sistemas e Tecnologias da Informação (SSTI), num processo que começou por suspeitas de ‘acessos indevidos a computadores do conselho de administração e de elementos que lhe prestam diretamente apoio’. No entanto, a medida mais gravosa (o despedimento por justa causa) manteve-se para apenas três trabalhadores no processo final.--------------------------------------------------------------------------------------------------- ---- Não sabem a violência que significa para a vida de um trabalhador o afastamento por suspensão do trabalhador do seu posto de trabalho. -------------------------------------- ----- O inquérito começou em janeiro e arrastou-se até 5 de abril, altura em que os trabalhadores do Serviço de Sistemas e Tecnologias da Informação enviaram uma carta à Administração da Gebalis, à Autoridade para as Condições do Trabalho

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(ACT), à Comissão de Trabalhadores da Gebalis e aos sindicatos que os representam (STML e STAL) a denunciar ‘coação moral em contexto laboral’ e ainda a ‘necessidade de se acabar com o clima intimidatório, perturbador, constrangedor e de suspeição indesejados que paira indiscriminadamente sobre as pessoas que fazem parte desta equipa’. --------------------------------------------------------------------------------- ----- Todos foram convidados a uma confissão! Em causa estava a salvaguarda dos meios instrutórios, e sem salvaguarda das garantias e meios de tutela expressa e constitucionalmente previstos! -------------------------------------------------------------------- ----- Dois meses depois destas cartas, a 1 de junho os trabalhadores foram suspensos e enviados para casa sem perderem o salário. Entre os cinco trabalhadores há dois precários e três que têm uma longa carreira na empresa (20, 16 e 13 anos de empresa). ----- ‘Dois desses trabalhadores já se retrataram.’ Diz a administração. Mas esses trabalhadores eram precários e nem podiam ser afastados da empresa porque eles, embora tenham passado a efetivos eram também representantes dos trabalhadores, ou seja, da Comissão de Trabalhadores e da subcomissão de Trabalhadores e por isso não podiam ser impedidos de entrar na empresa, e isso foi feito, esses trabalhadores estiveram afastados ilegalmente. ----------------------------------------------------------------- ---- Uma situação gravíssima laboral a que os sindicatos são chamados a resolver mas também a justiça pela suspensão coletiva discricionária de um serviço inteiro que já laborava sem reparos à 22 anos. ------------------------------------------------------------------ ----- Mas, o mais grave é que este serviço foi assegurado, e está a ser assegurado, por elementos da EMEL, ou seja, elementos externos à Gebalis que têm acesso a toda a informação e dados da empresa, dos trabalhadores e da vida dos munícipes e das suas famílias, as suas condições de vida e outras, o que é gravíssimo! --------------------------- ----- Por outro lado, em relação aos ajustes diretos temos o caso do fotógrafo contratado pelo administrador-não executivo que custa 36.900 mil euros por ano, ao qual acresce IVA. ----------------------------------------------------------------------------------- ----- É estranho que seja prioritário o fornecimento e aquisição de serviços de registo, edição e arquivo fotográfico, quando existe uma necessidade urgente e antiga de outros recursos humanos na Gebalis. ------------------------------------------------------------ ----- A média de salários é baixa na Gebalis, por isso é altamente imoral o valor desta aquisição de serviços, que pode chegar aos 110 700 euros, já que o contrato pode ser prorrogado até 36 meses. O fotógrafo custa assim, 3.075 euros mensais à Gebalis. ------ ----- António Azevedo é fotógrafo da Gebalis, mas ao mesmo tempo trabalha também para a candidatura de Mário Patrício (administrador não-executivo da Gebalis) como candidato do PS à junta de freguesia do Parque das Nações. O que se coloca à boca pequena e grande! ----------------------------------------------------------------------------------- ----- Por outro lado, contrata-se um escritório de advogados por 170 mil euros (valores acima da lei para ajustes diretos) ----------------------------------------------------------------- ----- Em causa está também um contrato com a sociedade Macedo Fernandes, Costa Magalhães & Associados, no valor de 170 mil euros (por 1.080 dias) de ‘serviços jurídicos, apoio técnico e exercício do mandato forense’, que se diz ter ligações ao Partido Socialista. -----------------------------------------------------------------------------------

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----- A interrogação é se, se dá cobertura a toda esta situação e se nada se faz. ---------- ----- Não há nenhuma consequência a tirar desta situação. Muito obrigado.” ------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- Muito obrigado Senhor Deputado. --------------------------------------------------------- ----- Tem agora a palavra a Câmara Municipal de Lisboa, o Senhor Vice-Presidente.” - ----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- “Muito obrigado Senhora Presidente, foram colocadas aqui muitas questões. Não serei o único a responder da parte do executivo da Câmara Municipal de Lisboa. Portanto, tentarei responder a algumas das questões que fui diretamente visado, depois os meus colegas vão complementar com as questões concretas relacionadas com as suas áreas. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Eu não posso deixar de começar por responder à Senhora Deputada do PSD, porque acho que a Senhora Deputada fez uma intervenção a pedir isso mesmo e, portanto, eu não quero, obviamente, desiludi-la em relação a essa matéria. Eu para a próxima vou pedir-lhe autorização para falar com a comunicação social, eu não sabia que tinha tutela da sua parte para falar com a comunicação social, lamento que tenha falado de comunicação social sem lhe pedir autorização primeiro. Só lhe queria dizer que falei antes da sessão começar talvez sirva de atenuante para o meu comportamento indevido, o meu mau comportamento enquanto Vereador da Câmara Municipal de Lisboa. ------------------------------------------------------------------------------- ----- Dizer-lhe que aquilo que disse e reafirmo, disse na comunicação social, não faz parte, eu também me baralho com o PSD, porque há dias em que o Senhor Deputado Magalhães Pereira vem-nos dizer: ‘Ai dos Senhores que digam qualquer coisa que não esteja escrita!’ no documento que nós entregamos, que eu saiba não está lá nenhuma palavra relativa à Taxa de Proteção Civil e agora a Senhora Deputada vem dizer: ‘como é que é possível os Senhores não falarem da Taxa de Proteção Civil. ------ ----- Bem, nós não temos problemas de falar do que quer que seja Senhora Deputada, nunca tivemos nem nas apresentações nem, agora, responder às perguntas que são colocadas e, portanto, foi uma pergunta que foi colocada por vários dos Senhores Deputados. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Dizer que a Câmara Municipal tem bem noção que a decisão foi tomada é relativa à Câmara Municipal de Gaia. O regulamento da Câmara Municipal de Gaia, não é um regulamento da Câmara Municipal de Lisboa e, portanto, nós entendemos que nós não temos que inferir nenhuma decisão relativamente a Lisboa com base na decisão foi tomada, e mais! Nós reafirmamos a importância da Taxa de Proteção Civil, porque entendemos que o regime de Sapadores Bombeiros e a Proteção Civil têm de ter qualidade, tem que ter financiamento e esse financiamento é fundamental para a qualidade do serviço prestado pelo RSB e pela Proteção Civil. Lamentamos que haja quem defenda uma redução dos meios disponíveis para a qualidade do serviço prestado ainda para mais na nossa cidade na cidade de Lisboa. Da nossa parte,

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nós não contribuímos para degradar as condições de financiamento do RSB nem da Proteção Civil. --------------------------------------------------------------------------------------- ----- Nós queremos Proteção Civil de qualidade, queremos um RSB profissional, temos que ter condições de financiamento para ter esse serviço na cidade e nós entendemos que a decisão que nós tomámos é uma boa decisão. Reafirmamos aquilo que dissemos lá fora, já foi dito anteriormente, vamos continuar a dizer isso mesmo. --- ----- Dizer por isso que nós não tomamos, nem temos que tomar nenhuma interpretação da decisão que foi tomada, penso que o Senhor Provedor de Justiça fez, colocou uma questão relativamente a esta matéria, pediram-nos para nos pronunciarmos em relação ao tema, nós pronunciamo-nos em relação ao tema, aguardamos serenamente pela pronúncia, se é que existirá, do Tribunal em relação à nossa Taxa.------------------------------------------------------------------------------------------- ----- No que diz respeito à questão que foi colocada pelo Senhor Deputado Sobreda Antunes relativamente ao contrato da SGAL, quero-lhe dar a garantia de que o contrato está a ser cumprido, que existe uma Comissão paritária que reúne uma vez por mês, que relativamente a essa Comissão existem relatórios parcelares e nós temos os relatórios em dia e que a malha 28 já foi transferida e foi feita a escritura no mês de junho. ------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Relativamente ao interface do Campo Grande, quero-lhe dizer que não há nenhuma decisão, nem vai haver da Câmara, no que diz respeito à mudança do interface do Campo Grande. Há, sim, na possibilidade de aprovar o projeto para o Campo Grande relativamente à construção de um edifício, portanto, nas traseiras do edifício que atualmente está a ser usado pela NOS e também no que diz respeito a estacionamento, penso que para o Sporting Clube de Portugal, uma reorganização da forma como interface está, neste momento, definido. ----------------------------------------- ----- Devo dizer, o meu colega falará sobre as condições do Julgado de Paz, o meu colega João Paulo Saraiva, apesar de ser uma matéria que me diz respeito, mas o meu colega falará sobre isso, exatamente porque, como disse e bem, visitou o Julgado de Paz. O meu colega Carlos Castro falará sobre a questão do posto de segurança avançado. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Relativamente à questão que foi colocada pelo Senhor Deputado Batista Fernandes relativamente à Rua da Mimosa e em todas as outras matérias, deixe-me dizer que o fico espantado com a capacidade que o CDS tem de fingir que a sua candidata à Câmara Municipal de Lisboa e a sua líder não teve responsabilidades nenhumas no anterior Governo e que o anterior Governo não podia ter tomado uma decisão sobre, por exemplo, a questão relativa, que permitiu a legalização do Bairro São João de Brito ou, por exemplo, podia ter facilitado a vida nos bairros da cidade de Lisboa, nomeadamente, no que diz respeito à renda condicionada, quando o fez foi o contrário, prejudicando a vida das pessoas, aumentando as rendas e podia ter facilitado a vida das pessoas não criando despejos com a sua lei das rendas, que foi mal feita e que não teve a proteção suficiente, e podia ter facilitado a vida das pessoas sendo reivindicativa, como hoje o é, colocando na altura, como não colocou, o Metro para investimento de fundos comunitários e podia ter sido reivindicativa com o seu

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colega na área dos transportes não colocando a Carris e o Metro a concessão a privados sem ter a mínima preocupação com a expansão ou com a oferta. ---------------- ----- Eu surpreende-me que o CDS venha, de cara lavada, como se nada fosse, não tem responsabilidade nenhuma, o passado não é connosco, agora estamos aqui fresquinhos, a apresentar Propostas novas para a cidade. Lamento! Estamos cá para fazer um exercício de memória, os Senhores tiveram responsabilidade e não fizeram nada, nada! E portanto, estamos aqui nós para tentar resolver o assunto! ------------------ ----- Quero dizer, em relação à questão da Rua das Mimosas nós estamos preocupados com o assunto, neste momento, temos um PDM que nos impede, nomeadamente, de incluir já, da nossa parte, faremos tudo para resolver este assunto. ------------------------- ----- Já agora uma pequena correção, motas em faixas Bus, a autoria da Proposta não é do CDS, é do PCP. Tenho aqui a Proposta se o Senhor quer ver. O CDS, muitas vezes, tem mania de falar que os outros plagiam a nossa Proposta, plagiam a nossa Proposta. Olhe! Os Senhores plagiaram o PCP, uma Proposta do Senhor Vereador Ruben Carvalho em 2010. ------------------------------------------------------------------------- ----- Eu se devo a alguém, ao PCP obrigado por apresentar Proposta na altura, neste momento, estamos todos de acordo, ainda bem para a cidade de Lisboa. E que fique absolutamente claro ao CDS, nesta matéria não tem autoria nenhuma! Só para que o Senhor Deputado Municipal também tenha isso em conta. ----------------------------------- ----- O RSB e a Dom Carlos I, o meu colega Carlos Castro falará sobre o tema, acho que da Proteção Civil já falei. --------------------------------------------------------------------- ----- O PCP, obviamente, foi uma intervenção de fundo feita pelo Senhor Deputado Carlos Silva Santos, sobre a qual nós discordamos, não só no contexto da cidade, o atual clima económico e as decisões que foram tomadas na reforma administrativa, não foi uma questão em concreto, obviamente que respeitamos as posições que o PCP sempre adotou. -------------------------------------------------------------------------------------- ----- No que diz respeito às questões que foram colocadas pela Senhora Deputada Cláudia Madeira, o edifício do Entreposto, o meu colega João Paulo Saraiva responderá. No que diz respeito à limpeza ao domingo dizer que sim, é verdade, em coordenação com os sindicatos, estamos a testar circuitos de, nomeadamente, para os contentores enterrados que colocámos, mas temos o compromisso que não adotaremos nenhuma decisão sem, obviamente, nos entendermos com os sindicatos em relação a circuitos na cidade de Lisboa. --------------------------------------------------------------------- ----- Dizer à Senhora Deputada Sofia Vala Rocha que lamento, a Web Summit faz todo o sentido referir nestes 3 meses, olhe, por exemplo, a Web Summit é um dos primeiros inquilinos do Hub Criativo do Beato. Isto aconteceu nos últimos 3 meses. Por exemplo, Senhora Deputada, lamento a Hub do Beato é um Hub com 30 mil metros quadrados, é o maior Hub da Europa, e teve os primeiros inquilinos, sabe quais foram? Web Summit, a Factory que é uma incubadora alemã, a Unicer só para lhe dar algum exemplo, e a Daimler Mercedes, que vai colocar o seu centro de inovação na cidade de Lisboa, portanto, acho que sim, acho que posso falar da Web Summit relativamente a estes 3 meses e à Informação Escrita. ----------------------------------------

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----- Dizer-lhe também que também lamento a decisão do Senhor Presidente da República, não nos incomoda em relação à Carris, não é nenhuma derrota, nós defendemos uma Carris pública e Municipal, não me parece em que medida é que a decisão do Senhor Presidente da República tomou em relação àquele diploma, evita ou impede uma Carris pública e Municipal, nesse sentido não me parece qual é a franja de conflito que nós temos em relação a essa matéria, obviamente que, no nosso caso em concreto, nós defenderemos sempre uma Carris pública e Municipal e esperemos que haja sempre com consenso na cidade de Lisboa em relação a essa matéria. ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- No que diz respeito às rendas, a minha colega já lhe vai responder mas também lamento, ainda não terminou o prazo do concurso, e porque ainda não terminou o prazo do concurso, a Senhora Deputada, gostaria muito, eu só lhe quero dizer 2 coisas, eu só lamento, eu lamento duas coisas, deixe-me só terminar. --------------------- ----- Eu lamento duas coisas em relação ao PSD, em 1º lugar, deixe-me só dizer, eu lamento duas coisas em relação ao PSD, que o PSD, antes de tempo, se venha vangloriar com o insucesso da cidade. Eu não estava à espera que o PSD se vangloriasse... --------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra interrompeu: ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Deputada tem de deixar o Senhor Vice-Presidente responder, eu peço desculpa Senhores Deputados, estamos ouvir a resposta! Senhor Vice-Presidente faz favor de prosseguir. O Senhor Vice-Presidente tem tempo, faz favor de prosseguir.” --- ----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, no uso da palavra, continuou: ------------- ----- “Só quero terminar para dizer assim, eu lamento que o PSD se vangloriou 2 vezes, em 1º lugar a Senhora Deputada vangloriou-se com o que acha que é negativo para a cidade, eu não entendo isso, eu não entendo que um partido se vanglorie com uma coisa que é negativa para a cidade. Eu não percebo. A Senhora Deputada estava satisfeita, verdadeiramente, com o facto de um concurso potencialmente ficar vazio. --- ----- 2º lugar, deixe-me só terminar Senhora Deputada, eu também lamento que a Senhora Deputada tenha proferido a frase a dizer que nada de relevante na Carris aconteceu a não ser a decisão do Senhor Presidente. Olhe, para mim, a carreira 31 B e 32 B de Marvila é relevante. As carreiras que foram abertas em Santa Clara e no Lumiar são relevantes. As carreiras dos Olivais são relevantes e são muito mais relevantes, Senhora Deputada, muito mais relevantes. ---------------------------------------- ----- E é assim que se vê os verdadeiros interesses do PSD em relação à mobilidade e à Carris na cidade de Lisboa. Muito obrigado Senhora Deputada.” ------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado, Senhor Vice-Presidente, os restantes respostas da Câmara…” --- ----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, no uso da palavra, acrescentou: ----------- ----- “Os colegas ainda irão responder em relação a outras matérias, Senhora Presidente.” ------------------------------------------------------------------------------------------

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----- O Senhor Vereador Carlos Castro, no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- “ Muito obrigado Senhora Presidente, obrigado Senhoras e Senhores Deputados. - ----- Respondendo aos Deputados do PEV do BE. --------------------------------------------- ----- Permitam-me, em 1º lugar, que constate um facto, é que a prioridade do PSD e do CDS é apenas acabar com a Taxa de Proteção Civil, mas mais do que ter esta prioridade, o que o PSD e o CDS não fazem é verificar para que serve e qual a finalidade a Taxa de Proteção Civil e, portanto, só posso concluir que nesta Assembleia Municipal, quer o PSD quer o CDS não têm consideração pelo Regimento Sapadores Bombeiros e pelo Serviço Municipal de Proteção Civil. Se os Senhores consideram que o trabalho, sobretudo, do Regimento Sapadores Bombeiros, a sua formação, o seu equipamento e o seu trabalho é com facilidade, estão muito enganados. Mas há uma coisa que qualquer um aqui sabe e também na cidade sabem, é que o Regimento de Sapadores de Bombeiros não falha, infelizmente, isto foi distribuída por todas as pessoas, Senhora Presidente, eu penso que há lá fora, mas seria bom, também os Deputados do PSD e do CDS terem, para perceberem o que é que o Regimento Sapadores Bombeiros faz na cidade. São 20 mil intervenções por ano, nos mais variados campos e que obriga a que haja uma qualificação elevada dos nossos profissionais. -------------------------------------------------------------------------------- ----- Além do mais nós estamos a concluir aquilo que há muito prometiam. Os quartéis estão a surgir, os equipamentos estão a surgir, as viaturas estão a surgir. Se os Senhores não sabem dos custos associados a estes investimentos, deviam saber e, portanto, é lamentável que numa área como a segurança onde, tradicionalmente a direita era conhecida como uma grande defensora, na cidade de Lisboa, o PSD e o CDS, pura e simplesmente se demitam da sua responsabilidade pública, sobretudo para com os lisboetas. ------------------------------------------------------------------------------ ----- Mas, Senhores Deputados respondendo ao Senhor Deputado Sobreda Antunes e à Senhora Deputada Isabel Pires, referir Senhor Deputado Sobreda Antunes, relativamente ao quartel da Alta de Lisboa, em nenhum momento faltou água quente do quartel, aliás, este é um quartel novo e que surge também no seguimento da implementação da Taxa de Proteção Civil, que a direita faz questão de ignorar, porque era uma das áreas da cidade que há muito que carecia deste tipo de resposta e que nós fizemos o investimento para ter este quartel e, portanto, o único problema que existia e que continua a existir prende-se com a questão da cozinha, mas também nesse âmbito, nós, desde o 1º momento, garantimos as questões da alimentação, desde logo, com o fornecimento de equipamentos para aquecimento no quartel, ou então, deslocação ao quartel de Alvalade para que os bombeiros tivessem o acompanhamento e, portanto, em nenhum dos quartéis do Regimento Sapadores Bombeiros, há falta de condições essenciais e, portanto, o socorro não está em causa. -- ----- Aliás, permitam-me, a propósito a intervenção do Senhor Deputado José Leitão, que agradeço, ainda há 2 dias renovámos na Roménia, uma vez mais, o título de campeões do mundo de desencarceramento rápido e, portanto, os Senhores Deputados do PSD e do CDS ignoram mas nós temos qualidades de socorro na cidade de Lisboa. -

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----- Senhora Deputada Isabel Pires, respondendo às suas questões relativamente aos quartéis, é provavelmente a Senhora Deputada não esteve atenta, ou não tomou conhecimento, daquilo que nós apresentámos em reunião de Câmara e aprovámos, da reorganização e da modernização do Regimento de Sapadores Bombeiros, terei o cuidado de fazer chegar toda esta matéria para que compreenda aquilo que está a ser o trabalho do RSB na cidade de Lisboa. ----------------------------------------------------------- ----- Muito obrigado Senhora Presidente.” ------------------------------------------------------ ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhor Vereador. Senhora Vereadora Paula Marques não sei se há uma resposta, sim? ------------------------------------------------------------------------------ ----- Oh Senhora Deputada, Senhora Deputada! A Senhora Deputada se quer falar, tem de pedir a palavra à Mesa! ------------------------------------------------------------------- ----- Senhores Deputados, Senhora Deputada Sofia Vala Rocha, se quer falar, a Senhora Deputada Sofia Vala Rocha se quer falar, tem de pedir a palavra à Mesa se não se importa, temos este pequeno pormenor, tem que pedir a palavra à Mesa, a Mesa é que lhe dá a palavra.” --------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Vereadora Paula Marques, no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- “Obrigada Senhora Presidente, boa tarde a todas e a todos. ---------------------------- ----- Eu, em 1º lugar, gostava só de acrescentar àquilo que o meu colega Duarte Cordeiro frisou em relação ao CDS, que é: sabe Senhor Deputado, em relação à atuação da Doutora Assunção Cristas nos últimos tempos nos bairros municipais, ela não estava lá há 4 anos, nem há 3, nem há 2, mas eu estava, eu estava. -------------------- ----- Senhor Deputado, eu ouvi-o com toda a atenção e respeito não se importa com respeito democrático ouve-me também! Aliás, como é sempre minha forma de me dirigir esta Assembleia. ---------------------------------------------------------------------------- ----- Mas eu estava e assisti à dificuldade e à aflição de várias famílias, eu e os Deputados que estavam cá no mandato anterior, eu e os Deputados que estavam cá e as Deputadas que estavam cá no mandato anterior, à dificuldade e à aflição das famílias a quem foi aumentada a renda, da renda apoiada, renda social, e que tem um nome, e que tem uma assinatura e que tem uma assinatura e mais! Também assisti à dificuldade e, ainda bem, ao sucesso, e estes Senhores Deputados e Senhoras Deputadas também, porque, felizmente, o aprovaram, as medidas que a Câmara tomou para minimizar esse aumento. ------------------------------------------------------------ ----- E dir-me-á o Senhor Deputado e dir-me-á Senhor Deputado: ah, mas em momento anterior já havia fórmulas de cálculo com o rendimento bruto. Pois havia! Mas a Doutora Assunção Cristas teve a possibilidade de, com a Lei do Arrendamento Apoiado, 1ª Lei do Arrendamento Apoiado, não o fazer incidir sobre o rendimento bruto e fez, Senhor Deputado, e isso é uma coisa que eu não consigo esquecer que é a dificuldade aquelas famílias ao receberem o aumento de renda e a dificuldade que a Câmara teve em, obrigatoriamente e compulsivamente, aplicar a lei. ----------------------

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----- Portanto, não Senhor Deputado não! Pois, pois, não! Não são 5 anos, não são 5 anos, é mais, mas eu estava e assisti à dificuldade dessas famílias e os Senhores e as Senhoras Deputadas também. --------------------------------------------------------------------- ----- Portanto, em relação a matéria de responsabilidade na habitação e na degradação da condição de vida dos nossos concidadãos, o CDS tem uma assinatura, lamento, Senhor Deputado tem uma assinatura! ----------------------------------------------------------- ----- E isto em nada inibe a nossa responsabilidade como Senhorio de fazer a requalificação das habitações e a requalificação dos bairros como estamos a fazer. ----- ----- Em relação à questão colocada pelo Senhor Deputado José Casimiro. Nós teremos toda, quer eu, quer o Conselho de Administração da Gebalis, teremos todo o gosto em esclarecer qualquer força política sobre o processo que aconteceu, ou que acontece ainda, na Gebalis. Mas eu gostava de deixar do a 2 esclarecimentos em relação às várias questões que pôs. --------------------------------------------------------------- ----- Primeiro, perante uma situação de suspeita e confirmação de intrusão indevida em computadores e acesso a informação fundamental, não só nos computadores da administração, mas também de trabalhadores, mas também de trabalhadores, fez todo o sentido que o Conselho de Administração, dentro daquilo que é a sua autonomia, atuasse. Temos toda a preocupação com a situação laboral dos trabalhadores e, por isso é que, mesmo durante o processo, durante a instrução do processo e durante o apuramento, os trabalhadores foram, de facto, suspensos, mas foram suspensos sem o gozo do seu ordenado, porque, de facto, sabemos a importância e a dificuldade que tem por um trabalhador não ter acesso ao seu posto de trabalho e, cumulativamente, não ter o seu rendimento e, portanto, fizemos a suspensão sim, mas mantendo aquilo que é a remuneração dos trabalhadores, porque sabemos o impacto que isso pode ter na vida dos trabalhadores. ------------------------------------------------------------------------- ----- Em relação à aos trabalhadores que foram reintegrados, os trabalhadores fazem parte do quadro, os dois trabalhadores a quem foi cabeça levantada a suspensão fazem parte do quadro não faziam, mas passaram a fazer parte do quadro. Em relação à contratação do fotógrafo, nós temos um acréscimo, e isso o Conselho de Administração tem autonomia absoluta para fazer essa análise, naturalmente, eu própria reuni com a Comissão de Trabalhadores sobre estas várias questões , mas nós tivemos um acréscimo de necessidade na área, especificamente, na área de registo imagem, quer por aquilo que é a requalificação dos bairros municipais, é necessária a reportagem de arquivo que temos, mas também em relação àquilo que nós decidimos em conjunto, até com algumas associações de moradores, que é: fazer uma reportagem fotográfica de todos os fogos quando são entregues às famílias para proteção, naturalmente, da entidade gestora, mas também para proteção das famílias para depois poderem reclamar, e bem, quando alguma coisa na sua casa não está a funcionar. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Mas eu gostava de dizer uma coisa, esta pessoa é freelancer e, portanto, tem um contrato de prestação de serviços com a Gebalis, sim, mas trabalha para a Bola também, portanto, é uma pessoa que é freelancer e, portanto, trabalhará com quem

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entender, com aquilo que é uma contratação correta em cada um dos seus postos de trabalho. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Em relação à questão do sistema de informações. O sistema de informações para o sistema de informação foi garantido pelo Município e, de facto, por elementos que fazem o mesmo tipo de prestação de serviço, portanto, de serviço na EMEL, mas assegurando aquilo que é proteção de dados fundamentais das famílias. Agora aquilo que a Gebalis procurou fazer foi fazer com que a empresa não ficasse prejudicada naquilo que é o seu normal funcionamento, nomeadamente, neste setor. ------------------ ----- Em relação à firma de advogados. As duas advogadas que são sócias da sociedade que se citou trabalham com a Gebalis desde 2002 e, portanto, foi uma renovação de serviço como foi feita noutras alturas. Trabalham desde 2002, queria só deixar… Mas teremos todo o gosto em, a qualquer força política, fazer, naturalmente, o esclarecimento necessário. ---------------------------------------------------------------------- ----- Em relação à minha vinda demasiadas vezes à Assembleia Municipal para explicar o Programa da Renda Acessível, tenho pena que entenda que foi demasiado, não foi, Senhora Deputada, foram as suas palavras que eu respeito. Mas tenho pena que ache que foram demasiadas, ou que fui demasiado exaustiva, eu sempre tive uma relação com esta Assembleia de profundo respeito por qualquer força política e sempre estive à disposição para explicar qualquer programa que estivesse sob minha alçada ou em partilha com outros Vereadores, o mesmo com o Senhor Presidente, tenho pena que ache que foi demasiado, mas, enfim, cada qual a sua análise. ------------ ----- Em relação à questão, pois eu gostava de relembrar que o PSD votou favoravelmente o Programa de Renda Acessível em reunião de Câmara. Queria só deixar isso claro e nas várias reuniões, demasiadas porventura, em que tivemos o prazer conversar, portanto, eu tomei boa nota das críticas mas, também, incorporando algumas das sugestões positivas e produtivas por parte das várias forças políticas em relação a este Programa e, portanto, gostava de deixar claro essa matéria. ---------------- ----- Em relação à questão que pôs. Da minha boca, a bem da transparência e a bem do respeito pela concorrência, enquanto não acabar o prazo deste concurso, enquanto não acabar o prazo deste concurso - eu já lhe leio o decreto-lei - enquanto não acabar o prazo deste concurso não ouvirá da minha boca e nunca à margem, porque nunca o fiz Senhora Deputada, nunca o fiz, com todo o respeito democrático que tenho por esta Assembleia, não haverá da minha boca qualquer informação sobre quem são os candidatos registados e quantos candidatos registados. Não posso! Não posso nem si, Senhora Deputada, ou a qualquer outro Deputado. Não posso, é por carta fechada, não posso dar informação que tanto a Senhora Deputada pediu, não posso! -------------------- ----- O prazo foi prorrogado por deliberação do júri no dia 28/8/2017, foram retificadas as peças de procedimento ao abrigo do disposto no artigo 50º, número 3, do Código de Contratos Públicos, isto está no Diário da República, 2ª série, número 165 de 28 de Agosto 2017. ------------------------------------------------------------------------ ----- E está no site do programa também. Aviso de prorrogação de prazo 1347/2017, página 2. E diz: ‘por deliberação do júri de 28/8/2017’ faz a explicação. Mas eu tenho todo o prazer em mandar a todos os Grupos Municipais o Diário da República. Faz o

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enquadramento, porque é que foi prorrogado o prazo e diz: ‘para cumprimentos do estatuído no artigo 64º, número 2, do CCP, por motivos de prorrogação de prazo’, peço desculpa, eu faço questão de ler porque assim fica toda a gente saber o que é que está no Diário da República. ‘Por motivos de prorrogação, o prazo de apresentação das Propostas termina às 19 horas de dia 12 de Setembro 2017, ficando designado o dia 13/09/2017, pelas 10 horas, para a abertura das Propostas e demais formalidades. Por força do determinado artigo 64º, numero 4 do CCP, publica-se o presente aviso, estando a Ata do júri e os seus anexos acessíveis na plataforma eletrónica acimGov’. -- ----- No dia 13, depois da abertura das Propostas e demais formalidades terei todo o prazer em dar a informação que a Senhora Deputada me pediu. Muito obrigada.” ------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- Muito obrigado Senhora Vereadora. ------------------------------------------------------- ----- Senhores Deputados, não sei se há mais alguma resposta da Câmara? O Senhor Vereador João Paulo Saraiva. --------------------------------------------------------------------- ----- Eu informo que tenho um pedido de palavra para um protesto da Senhora Deputada Sofia Vala Rocha. ---------------------------------------------------------------------- ----- O Senhor Vereador, se faz favor, João Paulo Saraiva, eu creio que a Câmara tem já só um minuto 57, presumo que o Partido Socialista poderá ceder tempo, de qualquer maneira pedia que fossem breves, porque ainda temos assuntos para debater hoje. --------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Câmara tem o seu tempo de resposta. Durante a resposta, sim, Senhor Deputado, a Senhora Deputada vai ter a palavra, não se preocupe.” ------------------------ ----- O Senhor Vereador João Paulo Saraiva, no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- “Muito boa tarde a todos. Eu vou tentar ser rápido, não é fácil, mas vou tentar. ---- ----- Em 1º lugar, em relação ao Julgado de Paz à questão colocada pelo Senhor Deputado Sobreda Antunes, algumas das soluções, algumas das questões que foram levantadas nestas visitas e em todas os processos de reclamação sobre algumas das situações já foram resolvidos, outros ainda não, já devíamos ter sido mais rápidos, é certo, mas já resolvemos algumas situações das que foram elencadas e aqui algumas reproduzidas, como os computadores, a questão do arquivo, a questão do ar condicionado que é mais complexa e essa, de facto, é que é a questão. Aquilo é um prédio, só aquela fração é que é nossa, precisamos de fazer alterações na coluna e, portanto, estamos em projeto, foi preciso a autorização do condomínio, portanto, isto demorou o seu tempo, mas, de facto, já devíamos ter acelerado um pouco mais. --------- ----- Relativamente aos relatórios, ainda nas questões que têm com condições de trabalho. No Campo Grande, há 2 intervenções, uma intervenção já está concluída e os elevadores já funcionam bastante melhor, que tem a ver com a alteração de um conjunto de programações e de substituição de peças, a alteração estrutural que é substituir os elevadores, está a ser preparado um caderno de encargos para submeter a concurso. ---------------------------------------------------------------------------------------------

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----- Portanto, essas questões estão todas em fase de resolução ou de planeamento para futura resolução entre o final deste ano e o próximo ano. ------------------------------------ ----- Eu não posso deixar de reafirmar só aqui, não é refirmar, é só voltar aqui a uma questão sobre a Taxa de Proteção Civil. --------------------------------------------------------- ---- Eu já sabia que esta Sessão não podia ser outra coisa que uma extensão de alguma campanha eleitoral, acho inadmissível que os Senhores Deputados Municipais, certamente, não por desconhecimento, porque não acredito, nomeadamente, alguns com maior formação jurídica e com o apoio jurídico que têm nos gabinetes, que não saibam que aquilo que é uma decisão que apenas releva para uma situação em concreto de um recurso, apresentado por uma empresa, para a situação do regulamento de Vila Nova de Gaia, porque o nosso regulamento é diferente, tem um outro sinalagma, tem uma construção técnica completamente diferente, um conjunto de justificações completamente diferentes e, portanto, só por demagogia, só por chicana política é que este assunto aqui vem hoje, só por isso! Porque todos aqui sabem que este assunto não é igual, não se pode transpor a decisão de uma situação para outra, porque não é legítimo que assim seja e não é legítimo tirar nenhuma conclusão sobre essa matéria, portanto, eu só posso concluir, eu só posso concluir que os Senhores estão aqui a fazer demagogia, chicana política. Não é admissível que isto seja feito nos interesses da Câmara Municipal de Lisboa e da cidade de Lisboa. --------- ----- Depois, aliás, eu espero que os Senhores ainda tenham tempo de emendar a mão sobre esta matéria, aliás, como a esmagadora maioria daqueles que se opunham à Taxa Turística e hoje já apresentam Propostas para resolver imensos problemas do Município utilizando a taxa turística, no seu dobro, no seu triplo, ou até pegando nela e utilizando-a noutros concelhos das vossas preferências políticas e onde são poder. Ela é má aqui e inconstitucional, mas há de ser boa onde os apetecer e para efeitos a da campanha eleitoral. ----------------------------------------------------------------------------- ----- Mas também não gostaria de vos deixar sem resposta, nomeadamente, àquilo que foi a intervenção, quer do Deputado Magalhães Pereira, que vamos ter saudades suas, já agora, no próximo mandato, mas vejo que a sua substituição e o complemento também vai ficar à altura. Admito é que, e a única coisa que lhes queria pedir, é que, de facto, há matérias que são matérias políticas e de discordância política, eu tenho todo o gosto em debate-las, gosto mesmo, aprecio debater com a direita as diferenças, tudo aquilo com o qual não concordo e que gosto de lutar, por opções diferentes. Mas por favor, não falseiem os números, porque tenho visto o PSD e o CDS, a direita deste país, sistematicamente a falsear os números do endividamento. ----------------------------- ----- Deputada Sofia Rocha, o que eu tenho para lhe dizer, divide-se em sobre-endividamento, divide-se em 2 capítulos. O 1º é que eu penso que a memória do PSD ainda dá para aguentar 10 anos, não dá? É que quando nós cá chegámos o endividamento do Município suplantava os mil milhões de euros, podem-se ter esquecido, e sabem quem é que era poder nessa altura? E quem é que, durante um largo período, fez chegar a este endividamento? O PSD com a maioria da responsabilidade e numa determinada fase o PSD e o CDS. ---------------------------------

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---- Portanto, para que percebam, nós conseguimos baixar este endividamento legal para metade a 31 de Dezembro do ano passado. Mas podia um Senhor dizer: ‘não, mas agora, entraram outra vez aí num ciclo de endividamento’. Não Senhora Deputada! Errado novamente! As contas do 1º semestre que viram esta Assembleia no próximo mandato, quando estiverem fechadas e certificadas, vão-vos mostrar que, mais uma vez, o Município diminuiu o seu endividamento em 47 milhões de euros desde um de Janeiro de 2017 até 30 de Junho de 2017. Portanto, não Senhora Deputada! Não Senhores Deputados do PSD e do CDS! Nós não estamos a aumentar o endividamento. ------------------------------------------------------------------------------------ ----- Isto são números, por favor olhem, leiam os números, são números, não são hipóteses, não são medidas, não são opções políticas, são números certificados pela DGAL, são números que todos podemos conhecer e, portanto, o que eu vos pedia é que parassem de mentir aos lisboetas sobre esta matéria, e mentir aos lisboetas, não estou a mentir, não estou a mentir! Acho inacreditável que o Senhor Deputado continue a dizer isso, acho inacreditável! Mais de mil milhões de euros! O Senhor Deputado e o seu partido deixaram esta Câmara com mais de mil milhões de euros de dívidas em 2007 e nós diminuídos para metade e agora em 2017 já baixamos mais 47 milhões de euros e o Senhor Deputado, os Senhores não conseguem é perceber… ------ ----- Oh Senhora Presidente, será que eu posso acabar a minha intervenção.” ------------ ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra respondeu: - ----- “Oh Senhor Vereador, com certeza que pode acabar a sua intervenção, mas se o Senhor Vereador, não interpelar os Deputados será mais fácil.” ---------------------------- ----- O Senhor Vereador João Paulo Saraiva, no uso da palavra, continuou: ----------- ----- “Certo, eu vou tentar não o fazer, mas acho difícil. -------------------------------------- ----- Eu fui questionado, estou a responder a perguntas Senhora Presidente. -------------- ----- Deixem-me dizer que mesmo… ------------------------------------------------------------ ----- Bem! E continua! Vamos lá ver Senhor Deputado se terminamos esta sessão, é a sua última, com toda a elegância possível…” -------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra interrompeu: ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Oh Senhor Deputado Magalhães Pereira desculpe lá, deixe o Senhor Vereador terminar. Não, eu já pedi para ele não interpelar os Senhores Deputados.” ---------------- ----- O Senhor Vereador João Paulo Saraiva, no uso da palavra, continuou: ----------- ----- “Eu gostava só de dizer…” ------------------------------------------------------------------ ----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, no uso da palavra interrompeu: ----------- ----- “Oh Senhora Presidente, deixe-me só fazer um ponto, deixe-me só dizer. ----------- ----- A verdade é que o Senhor Vereador começou por dizer que ia ter saudades do Senhor Deputado Magalhães Pereira.” ---------------------------------------------------------- ----- O Senhor Vereador João Paulo Saraiva, no uso da palavra, continuou: ----------- ----- “Exatamente, exatamente. ------------------------------------------------------------------- ----- Mas deixem-me dizer-vos que também quando falam, portanto, falando em passado e em presente, é mentira o que têm estado a dizer! E é mentira também que, até 2020, nós vamos aumentar o endividamento, apesar da utilização dos 250 milhões

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do empréstimo BEI, porque vamos chegar a 2020, segundo as nossas últimas projeções, com 87 milhões de euros ainda de diminuição acrescida desde a data de hoje até 31 de Dezembro de 2020. --------------------------------------------------------------- ----- Porque nós até à data mobilizámos, de facto, o empréstimo, mobilizámos um plano de investimentos com o BEI, que o BEI validou, que a Comissão Europeia lhe atribuiu o plano Juncker, coisa que nunca tinha acontecido com nenhum Município da Europa e aconteceu 1º com Lisboa, por validade do nosso plano, porque o nosso plano é bom e são investimentos importantes para a cidade. ---------------------------------------- ----- Onde, aliás, os Senhores reivindicam um deles. Que até devia estar a ser acelerado, e é o que estamos a fazer, mas é este plano, é este empréstimo que vai viabilizá-lo que é o Plano Geral de Drenagem que está, aliás, é errado o que disseram, porque o Plano Geral de Drenagem foi colocado, nunca tinha sido colocado, nunca tinha chegado a um momento de ter projeto e de ter um caderno de encargos e de ser colocado a concurso, onde está, neste momento, a concurso esse plano de drenagem. Nunca tinha acontecido. Nós vamos concretizar o Plano de Drenagem que os Senhores andaram a falar durante anos e nunca foram capazes de implementar. --------- ----- Para concluir, eu gostava de dizer ao PSD e ao CDS, uma coisa que já disse aqui, também para citar um autor. ----------------------------------------------------------------------- ----- Mia Couto, há uns tempos atrás numa conferência em Maputo dizia, para a sociedade a moçambicana tomar conta de si, dizia qualquer coisa como: só tem futuro quem conseguir falar verdade para o passado. E os Senhores ainda não conseguiram perceber isto, os Senhores têm que conseguir falar verdade para o presente e para o passado para os Munícipes de Lisboa poderem confiar em vós. Coisa que não vai acontecer nas próximas eleições. Muito obrigado.” ------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Senhores Deputados, a Mesa regista um pedido de palavra da Senhora Deputada Sofia Vala Rocha, suponho que é este. Senhora Deputada se faz favor. “ ----------------- ----- A Senhora Deputada Municipal Sofia Vala Rocha (PSD) no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------ ----- “Eu queria protestar relativamente às palavras do Senhor Vice-Presidente e da Senhora Vereadora Paula Marques e da forma muito pouco cordial como me evitaram responder a uma questão que é muito objetiva e que tem a ver com os contratos, eu não costumo, porque me parece, eu aqui sua política, é dessa forma que costumo falar, mas sucede, sou simultaneamente licenciada em direito por Coimbra com 14 valores em jurídico políticas, o que significa que tive 3 cadeiras de administrativo com pessoas tão importantes como, sei lá, nem vou estar a dizer, como Presidentes de tribunais. Portanto, sinto-me muito à vontade para falar de contratos públicos. Lamento Senhora Vereadora. --------------------------------------------------------------------- ----- A questão é grave e, politicamente, o agora candidato Fernando Medina e ainda Presidente e a Senhora Vereadora disseram sempre que este era o remédio para o problema da habitação em Lisboa, eu quando disse demasiadas vezes, se calhar, expliquei-me mal, o que eu me sinto, atualmente, é muitíssimo capacitada para andar

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em cima destes concursos e ter andado diariamente a ver o andamento especificamente deste concurso da Rua de São Lázaro. E então pus-me a contar prazos porque sei contar prazos, aprendi no 2º ano da faculdade e, portanto, estava fartinha de saber quando é que ele ia terminar. No dia em que terminou, esperei 10 dias, porque todos os dias vinha ao site. Este anúncio, que foi uma prorrogação de prazo, que não sabe com certeza, mas tem assessores que sabem, uma pessoa quando abre um contrato, uma entidade pública quando abre um contrato, ele tem prazo para terminar, chegando ao fim do dia, não prorroga o prazo só porque lhe apetece, prorroga o prazo, porque tem de o prorrogar e é nos fundamentos da lei. Este prazo descontado, fins de semana e feriados, acabava quando acabava e aconteceu alguma coisa, e era sobre isso que eu gostava de ter uma explicação, na Informação Escrita ou aqui hoje, eu gostava de saber o que é que aconteceu, porque aquilo que vem no Diário da República diz assim: foram retificadas as peças do procedimento. O que significa que a entidade pública a Câmara mudou os termos do concurso, porque aquele concurso que abriu a 16 que terminou neste dia, alguma coisa lhe aconteceu para que o júri e dá-se o caso que eu também já ter sido Chefe de Divisão na Administração Pública e membros de um júri e, portanto, quando se abre um concurso, alguma coisa lhe aconteceu quando se abriu as Propostas para que, depois a entidade pública tenha retificado. Aqui o que diz é que foram retificadas as peças do procedimento, então aquilo que eu quero saber, que o PSD quer saber, e que estes Deputados querem saber. -------------------------------------------------------------------------- ----- O que é que aconteceu no concurso da Rua de São Lázaro para que tendo o prazo terminado, tenha sido aberto um outro prazo. A informação no site da renda acessível foi posta, salvo erro, ou ontem ou hoje, a dizer que o novo prazo termina a 12. Mas os Senhores não tiveram sequer o cuidado de, a 28 de Agosto, não tiveram o cuidado de ir a plataforma e de dizer assim: há prorrogação de prazo e que acaba no dia 12. Essa informação vem agora e a única coisa que eu peço e penso que não é pedir muito, é explicar o que é que aconteceu quando se abriram as Propostas para que a entidade, então o que é que aconteceu? Não houve Propostas?” ---------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Oh Senhora Deputada terminou o seu tempo.” ------------------------------------------ ----- A Senhora Deputada Municipal Sofia Vala Rocha (PSD) no uso da palavra continuou: -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Foram revogados os termos do concurso é sobre isso que eu gostaria de ser explicado. Foi prorrogado porquê?” ------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Oh Senhora Deputada eu penso que há aqui um equívoco, porque não há Propostas abertas, mas a Senhora Vereadora irá explicar. ----------------------------------- ---- Terminou o seu tempo Senhora Deputada!” ----------------------------------------------- ----- A Senhora Deputada Municipal Sofia Vala Rocha (PSD) no uso da palavra continuou: --------------------------------------------------------------------------------------------

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----- “Oh Senhora Presidente com o devido respeito, com o devido respeito a Senhora Presidente está a ver o tamanho, a dimensão do problema que aqui estamos eu compreendo o vosso embaraço, mas há uma prorrogação de prazo que foi publicado em Diário da República. O PSD e os restantes Deputados querem saber porque é que houve alteração das circunstâncias.” ------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Senhora Deputada, já compreendemos o seu ponto!” ---------------------------------- ----- A Senhora Deputada Municipal Sofia Vala Rocha (PSD) no uso da palavra continuou: -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Porque é que se prorrogou o prazo?” ----------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra interrompeu: ----------------------------------------------------------------------------------------- ---- “A Mesa compreendeu o seu ponto. --------------------------------------------------------- ----- Terminou o seu tempo! Terminou o seu tempo! Senhora Deputada agradecia que colaborassem com a Mesa na condução dos trabalhos terminou o seu tempo. ------------ ----- A Câmara poderá responder se assim o entender. A Câmara quer responder? Senhor Vereador João Paulo Saraiva.” ---------------------------------------------------------- ----- O Senhor Vereador João Paulo Saraiva, no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- “É uma resposta muito simples. A Senhora Deputada, que é licenciada em Direito, vai percebe-la à 1ª. ------------------------------------------------------------------------ -----Trata-se de perguntas erros e omissões. Foram feitas perguntas, foram detetados ou erros ou omissões e foi feita essa devida correção. Correções de pouca monta e que não foram, por isso, não foi preciso levá-las em nenhuma sessão de Câmara como, aliás, acontece em milhares de concursos todos os dias neste país, portanto, não consigo perceber qual é que é a sua grande que grande dúvida é que lhe está a saltar neste momento.” ------------------------------------------------------------------------------------ ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Senhora Deputados está feita a resposta. ------------------------------------------------- ----- Senhores Deputados, terminámos. Terminámos esta parte os nossos trabalhos.” --- ----- PONTO 2 – DEBATE DE ACTUALIDADE SOBRE MOBILIDADE E TRANSPORTES PÚBLICOS NA CIDADE DE LISBOA, REQUERIDO PELO BE, AO ABRIGO DO N.º 1 DO ARTIGO 49º DO REGIMENTO DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA; GRELHA K - 60 MINUTOS; --------- ----- (A Moção apresentada pelo BE – ‘Pelo reforço do regime de titularidade e gestão pública dos serviços de transportes coletivos de passageiros de lisboa’, fica anexada à presente ata como Anexo V e dela faz parte integrante) ------------------------- ----- (A Recomendação nº 4/152 da apresentada pelo PEV – ‘Por uma Mobilidade Sustentável’ fica anexada à presente Ata, como Anexo VI e dela faz parte integrante). ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

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----- “Senhores Deputados ainda temos um debate de atualidade sobre questões de transportes, embora já tenhamos discutido bastante aqui sobre transportes durante este período, mas temos um debate de atualidade solicitado pelo Bloco de Esquerda, temos apenas 3 inscrições para este debate de atualidade. -------------------------------------------- ----- Eu pedia, para facilitar os trabalhos à Mesa que, quem quisesse inscrever-se que o fizesse agora para podermos gerir da melhor maneira esta fase os nossos trabalhos. -- ----- Lembro, Senhores Deputados, que esta é a nossa última sessão, temos aqui algumas Propostas relativamente simples, mas que nós não gostaríamos que elas ficassem por decidir, portanto, pedia-vos mais um esforço, que ficássemos mais um pouco na sala, que garantíssemos o quórum para podermos levar os trabalhos até ao fim. ---------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- E dou a palavra ao Bloco de Esquerda para abrir o debate de atualidade sobre mobilidade e transportes públicos. --------------------------------------------------------------- ----- Lembro aos Senhores Deputados que há uma moção do Bloco de Esquerda e uma Recomendação do PEV sobre esta matéria. ----------------------------------------------------- ----- É o Senhor Deputado Ricardo Robles que vai usar da palavra. Tem 5 minutos. ----- O Senhor Deputado Municipal Ricardo Robles (BE) no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado, Senhora Presidente. O debate que trazemos hoje é o debate importante sobre a mobilidade na cidade de Lisboa e vem no seguimento das notícias que tivemos no início de Agosto sobre o diploma da Municipalização da Carris. -------- ----- O historial é conhecido, tivemos uma direita que atacou os transportes públicos e que tentou a sua privatização, felizmente, não conseguiu, mas esse ataque e essa destruição conduziram a um estado dos transportes públicos em Lisboa que vemos hoje, é lamentável e, portanto, aumento de preços, desinvestimento, menos 100 autocarros naquele período, menos 400 trabalhadores. --------------------------------------- ----- Quando estávamos a precisar de recuperar a Carris, o ataque afundou mais esta empresa tão importante para a cidade de Lisboa. Anulação de carreiras menos cobertura, rede da madrugada. Sabemos todos o que foi esse período difícil de tentativa de sobrevivência de uma empresa que é tão importante para a cidade de Lisboa. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- E batemo-nos pela municipalização. Desde o dia um de fevereiro a empresa foi entrega à gestão do Município e ainda bem. Faz todo o sentido que assim seja, tem de ser o Município a gerir os transportes da cidade. Quem conhece a cidade é a Câmara Municipal, onde estão as necessidades, onde estão as populações, onde estão os equipamentos, as escolas, os centros de saúde, é a Câmara que conhece isso, é Câmara que gere o espaço público, é a Câmara que gere as vias e, portanto, só poderia ser desta forma e não se compreende, porque é que não foi há mais tempo. ------------------- ----- No início de agosto, tivemos o Presidente da República a fazer uma comunicação ao país sobre o diploma de entrega da Carris ao Município de Lisboa, o diploma da Municipalização. Disse-nos o Presidente da República que devolveu à Assembleia da República esse diploma, não porque tivesse descoberto algum argumento de ordem constitucional, mas porque entende, o Presidente da República, que pode estar a ser

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condicionada a autonomia local, porque não permite esse acordo que o Município venha a privatizar ou optar novamente pela entrega a privados da Carris. ----------------- ----- A posição do Bloco é clara, é coerente e bate com o que sempre defendemos tem de ser assim que o diploma tem que ser redigido não pode ser de outra maneira, é um acordo e, portanto, a autonomia local está garantida quando a Câmara Municipal está nos plenos direitos de decidir se quer ou não aceitar esse acordo. O acordo tem condições, tem de ser assim, a Câmara recebe a Carris, mediante condições, os trabalhadores têm que estar enquadrados desta forma, o património desta, e uma das condições, outra das condições importantes é o seu passivo, a redução do passivo mais de 600 milhões e, portanto, nestas condições, a Carris vai para a Câmara e não pode ser privatizada, não pode ser entregue a privados. Tem de ser o acordo redigido desta forma e, por isso apresentamos este documento, para reforçar esta maioria na Assembleia de Lisboa, e na Câmara já agora, queremos transportes públicos de qualidade na cidade de Lisboa. ------------------------------------------------------------------- ----- O acordo tem de ser assim e pode, tem que garantir esse serviço público de transportes em Lisboa. Porque a garantia de serviço público mantém-se enquanto esta correlação de forças de maioria representada nos órgãos da cidade quiser que assim seja, porque não é uma alteração ao diploma que vai garantir que os serviços públicos de transporte em Lisboa sejam públicos para todo o sempre e, portanto, essa condição que agora existe pode ser alterada, mas, no momento em que é feita um acordo, tem de haver condições. --------------------------------------------------------------------------------- ----- Não podemos assistir mais a estas operações de limpeza de empresas públicas, de limpeza dos seus passivos para, depois, servirem os interesses privados, esse tempo tem de acabar e não pode ser a Carris mais um dos maus exemplos que assistimos no país. --------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- E, por isso, a Proposta que vos propomos, é o documento que têm, é muito simples, é uma deliberação muito simples, que é reforçar a posição da Câmara Municipal e, neste caso da Assembleia Municipal de Lisboa, de que estamos aqui para defender o serviço público de transportes e que o diploma deve ser novamente votado na Assembleia da República nas condições em que está e assim ultrapassar o veto do Presidente.” ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhor Deputado. Vamos dar a palavra, temos 3 Senhores Deputados inscritos.” ------------------------------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal José Leitão (PS) no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Saúdo os membros da Mesa, Senhores Vereadores, Senhores Deputados, cidadãos e cidadãs presentes. --------------------------------------------------------------------- ----- Debater um sistema de mobilidade de transportes públicos da cidade é, acima de tudo, uma oportunidade para falar da visão que temos e que queremos para a cidade de Lisboa. --------------------------------------------------------------------------------------------

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----- Consideramos a existência de uma rede pública de transportes coletivos urbanos, um dos elementos essenciais para a satisfação das necessidades básicas de mobilidade por parte dos cidadãos. A integração da Carris no universo empresarial Municipal veio não só permitir uma gestão de proximidade, dando resposta adequada às necessidades efetivas das populações, mas também possibilitar uma gestão financeira integrada do sistema de mobilidade e transportes da cidade pelo Município possibilitando a realização das compensações adequadas e necessárias entre as suas diversas componentes. ----------------------------------------------------------------------------- ----- Não podemos por isso deixar de saudar a tenacidade e apesar deste executivo, pelo longo e complexo trabalho efetuado nesta matéria. Trabalho esse que possibilitou o resgate da Carris para a esfera Municipal. Sendo que, efetivamente, a Carris, sempre podia ter sido considerada património Municipal. --------------------------------------------- ----- Destaco algumas das mais relevantes medidas a concretizar ou já em implementação que permitirão o reforço da resposta de todo o sistema de mobilidade e transportes da cidade. ---------------------------------------------------------------------------- ----- Ao nível tarifário sublinho, desde logo, a redução de 60% no passe navegante urbano, pelos utilizadores com mais de 65 anos. Em 3 meses, mais de 300 mil idosos tiveram acesso aos transportes públicos. -------------------------------------------------------- ----- Os tarifários gratuitos para as crianças até aos 12 anos em toda a rede da Carris e metropolitano bem como a futura implementação dos tarifários combinados com vista a promover o estacionamento de viaturas privadas nos parques periféricos e a utilização da rede de transportes públicos ao serviço da cidade de Lisboa. ---------------- ----- Neste âmbito refiram-se também os 4 mil novos lugares de estacionamento previstos, parte considerável em parques dissuasores já em execução. --------------------- ----- O nível da recuperação da capacidade operacional da Carris, destaco a contratação prevista, e já iniciada, de 220 novos motoristas, com vista a reequilibrar a normal redução de quadros e renovação das frotas de autocarros com a abertura do concurso para aquisição de pelo menos 180 novos autocarros. ------------------------------ ----- Também a implementação da rede bairros da Carris, cobrindo todas as Freguesias da cidade, as 5 primeiras já em curso, nos territórios do Parque das Nações, Marvila, Santa Clara e Olivais, serão um instrumento fundamental de coesão territorial e inclusão dos territórios, garantido em cada bairro a ligação entre escolas, mercados, centros de saúde, zonas comerciais a rede transportes públicos estruturantes. ------------ ----- A par da rede bairros refira-se ainda a prevista duplicação da rede ciclável numa ótica da rede de mobilidade articulada com a rede de transportes e com os principais equipamentos locais. Implementação já em curso, sistema de bicicletas partilhadas na cidade com 140 estações e 1410 bicicletas. ----------------------------------------------------- ----- Todos estes avanços a par com outras medidas complementares que não dependem exclusivamente da vontade do Município, permitiram, a nosso entender, que a cidade de Lisboa tenha, a prazo, um sistema de mobilidade e transportes devidamente integrado, alicerçado no sistema de transporte público coletivo, garantia essencial do direito à cidade sustentável, solidária e inclusiva. ------------------------------

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----- Duas palavras sobre a Moção apresentada pelo Bloco e a Recomendação apresentada pelo PEV. É regimental fazê-lo como fez o Bloco e o PEV em cima do debate e é regimental, eu considero que não é muito fair, permitam-me este anglicismo porque, efetivamente, impede um debate profundo ou no quadro dos diferentes grupos parlamentares. E é uma questão que, no futuro, realmente, a meu ver, deve ser ponderada. --------------------------------------------------------------------------- ----- De qualquer forma muito rapidamente, diria que nós somos firmemente, e temos sido sempre, contra a privatização da Carris e somos contra a concessão a privados da Carris e somos e seremos firmemente, manteremos firmemente essa posição. De qualquer forma não acompanhamos a Proposta do Bloco porque, efetivamente, pensamos que essa questão deve ser assegurada firmemente a nível do Município e a nível das forças do Município e, portanto, votaremos contra a Proposta apresentada pelo Bloco. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Já a Proposta apresentada pelo PEV, embora possamos dizer que, realmente, só é possível assegurá-lo no futuro, ganhando nós as eleições e, portanto, consideramos que é uma Proposta que faz confiança na nossa vitória nas próximas eleições, não nos merece qualquer reserva e votaremos favoravelmente. Disse.” ------------------------------ ----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ------------------------------------------------------ ----- “Não é segredo que uma das matérias, provavelmente a matéria que está no topo das preocupações dos lisboetas é a mobilidade, nomeadamente os estacionamentos transportes públicos e as dificuldades de circulação. ------------------------------------------ ----- O tempo despendido por cada cidadão quando se desloca pela cidade e as condições em que o faz, tornou-se uma dor de cabeça mesmo em percursos pequenos. E será escusado dizer que o tempo se perde tem impacto direto e importante qualidade de vida todos. ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- Conscientes deste problema há muito que CDS tem vindo a alertar para abordar esta temática, inclusive nesta Assembleia. ------------------------------------------------------ ----- Alternativas viáveis só serão alcançadas através do desenvolvimento da rede de Metro de Lisboa numa solução à escala Metropolitana. -------------------------------------- ----- O Metro deve ser a coluna vertebral dos transportes em Lisboa. Se tomarmos o Plano de Desenvolvimento Operacional de Rede, apresentado pelo Ministério do Ambiente e da Mobilidade, no qual se perspetiva a construção, até 2022, das estações da Estrela e Santos, consideramos que o planeamento da estação do Metro deve fechar a malha no centro da cidade, mas não se pode ficar por aí, sob pena de não ter o efeito dissuasão dos automóveis no centro da cidade. ------------------------------------------------ ----- Lisboa assiste a um fluxo de 125 mil veículos através do IC19, mas 130 mil da A5, com mais 90 mil da A1. Estas vias são a principal causa do congestionamento rodoviária de Lisboa, mas se também considerarmos que, diariamente, entram 54 mil veículos pela Ponte Vasco da Gama, mais algumas dezenas do IC19, A8, IC2, IC22 e também pela Estrada Nacional 6, concluímos que estas vias de comunicação

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totalizam, com a inclusão da Ponte 25 de Abril, um fluxo superior a 711 mil veículos por dia. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Perante este cenário, a resposta deve vir da melhoria e reforço de transportes coletivos. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Entendemos como essencial a expansão do Metro até zonas de Lisboa sem alternativas eficientes de transporte coletivo e com elevado fluxo diário de automóveis. Com efeito, o Metro deverá crescer até às vias com mais elevado fluxo diário e sem alternativa de transporte coletivo competitiva. ---------------------------------- ----- Como meros exemplos, que o tempo concedido não permite mais, é fulcral a construção faseada de uma série de estações, nomeadamente, levando a linha vermelha até Algés, para combater o fluxo de entrada automóvel proveniente da A5 e da Nacional 6 e que incluiria a construção da estação de Campolide, tornando-a num ponto ligação do Metro ao eixo ferroviário Norte-Sul. ---------------------------------------- ----- No que diz respeito ao fluxo com origem no IC19 e IC16 deverá ser empreendida a expressão da linha verde para ligar a estação de Telheiras à estação da Pontinha. ----- ----- Também deve ser realizado o fecho do circuito Ocidente-Oriente, através do desenvolvimento da linha vermelha de forma interligar a estação do Aeroporto à estação do Campo Grande. ------------------------------------------------------------------------ ----- Nestes pontos de elevado fluxo de entrada de automóveis em Lisboa: Benfica, Algés, Belém, Oriente e Moscavide. Deverão ser desenvolvidos parques de estacionamento com capacidade suficiente para promover o serviço ‘Park & Ride’, estacionamento e transporte coletivo. ------------------------------------------------------------ ----- E em matéria de parques dissuasores, discordamos de Fernando Medina, que aposta na construção de parques dentro da cidade, sendo nossa opção parques à entrada da cidade e que faça uma ligação direta aos transportes. Desta forma prevê-se uma redução considerável do congestionamento na 2ª Circular e nas vias principais da cidade, associada a uma oferta mais ampla, intermodal, dos transportes coletivos. ------ ----- Se o Metro é a coluna vertebral, a Carris deve assegurar a capilaridade do transporte coletivo em estreita articulação com o Metro e com o uso dos demais meios de transporte. Tal passa pela modernização da frota e dos serviços da Carris e por uma gestão mais inteligente. ---------------------------------------------------------------------------- ----- As próprias carreiras de bairro, apresentadas recentemente, não terão uma função distribuidora se, nos pontos nevrálgicos, não tiver interseção com carreiras que façam a ligação com outros pontos da cidade. E também aqui é preciso repensar os serviços porta-a-porta promovidos pelas Juntas de modo a evitar duplicações de oferta. ---------- ----- Há que haver uma aposta clara na política de ética, quer no preço, quer na monitorização do seu sistema. Na reestruturação total do Centro de Controlo Operacional da Carris, na melhoria da informação ao cliente em tempo real e investir na descarbonização da frota. ---------------------------------------------------------------------- ----- Falava-se muito à bocado sobre as decisões do anterior Governo, nomeadamente, a concessão, obviamente, que seria mais fácil cruzar os braços e ir aumentando a situação negativa em que encontrámos a Carris e o Metro, mas não encontrámos uma

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solução para os transportes, ainda que ideologicamente alguns, à esquerda, não concordem. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Mas a verdade é que entregaram-nos estas empresas, e não só, todo o estado, em plena bancarrota e em processo de resgate. Preocupa-nos a viabilidade e sustentabilidade dos futuros investimentos com base nas verbas oriundas da EMEL que desvirtua o objeto da empresa e que acaba por funcionar como instituição bancária ou Banqueira da Câmara. --------------------------------------------------------------- ----- A EMEL é outro pilar estruturante da mobilidade, sem termos uma empresa amiga dos lisboetas, ao contrário da estratégia atual perseguida pela empresa e sob orientação da Câmara, os munícipes nunca terão o papel principal na sua missão, o que não é aceitável. No mínimo, deverá suportar a Carris, em 8 milhões por ano, logo terá de aumentar as receitas. Como aumentar? Criando mais lugares tarifados, e quem os ocupa na larga maioria? Os não residentes. É aqui que se percebe, mais uma vez, em coerência desta estratégia do atual executivo. ---------------------------------------------- ----- Ainda nos transportes é importante definir que linhas devem ficar afetas ao turismo, porque, na prática, algumas já o são e reforçar e criar novas linhas nomeadamente na zona ribeirinha Oriental, presente na ligação de Santa Apolónia ao Parque das Nações, e na 1ª circular entre Alcântara e a Praça de Espanha. ---------------- ----- Na mobilidade, não esquecer a substituição do obsoleto sistema de controlo de tráfego ‘Gertrudes’ por um sistema de semáforos inteligente. ------------------------------- ----- Para os motociclos há que apostar fortemente neste modo de transporte menos poluente e mais ágil, aumentando o número de lugares de estacionamento, a parte de bicicletas e a entrada rápida em vigor da circulação de motas na faixa Bus. -------------- ----- Sabemos que há muito a fazer na área da mobilidade, que é preciso verbas, mas o que tem faltado, essencialmente, a este executivo, é uma planificação integrada à escala Metropolitana, em que os fluxos automóveis e os transportes coletivos sejam pensadas e estruturados com os concelhos vizinhos. ------------------------------------------ ----- Vou terminar Senhora Presidente. ---------------------------------------------------------- ----- Urge ainda implementar um novo plano de mobilidade e tráfego para a cidade, seja pelas consecutivas alterações realizadas no espaço viário público, seja pela ineficácia de algumas medidas tomadas. -------------------------------------------------------- ----- Estudos de tráfego que se debruçam de micro sem pensar macro e que dificultam ainda mais a circulação na cidade. Numa matéria essencial e com pouco tempo disponível, ficamos pelas linhas gerais, mas merecemos, obviamente, um debate profundo que não será realizado ainda neste mandato. Fica o compromisso do CDS de trazer esta matéria o início do próximo, afirmando a mobilidade e os transportes coletivos como uma prioridade estratégica de Lisboa e da Área Metropolitana e para a qual temos soluções alternativas e eficazes. Muito obrigado.”------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Temos ainda esta intervenção e mais uma Senhora Deputada inscrita a seguir.” -- ----- A Senhora Deputada Municipal Ana Páscoa (PCP) no uso da palavra fez a seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

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----- “Obrigada Senhora Presidente, Senhoras Secretárias Senhores Vereadores e Deputados Municipais. ----------------------------------------------------------------------------- ----- O PCP tem feito, ao longo de todo o mandato, diversas intervenções nesta Assembleia sobre mobilidade e transportes, e as nossas posições sobre estas matérias são por demais conhecidas. ------------------------------------------------------------------------ ----- Assistimos, com o anterior governo, a uma profunda degradação do transporte público na cidade, com o objetivo da sua privatização. Lembro aqui que o PCP sempre se manifestou contra essa privatização, aliás nesta batalha ao lado da Câmara Municipal de Lisboa. ------------------------------------------------------------------------------- ----- No entanto, quando a posição do PS e do BE foi a de aprovação da municipalização da Carris, o PCP foi contra e votou sempre nesse sentido. --------------- ----- Entendemos que a Carris devia ter continuado na esfera do Estado, no Sector Empresarial do Estado, pelo seu carácter estratégico, devendo por isso ser subsidiada pelo Orçamento de Estado. ------------------------------------------------------------------------ ----- Uma das questões, entre outras, que sempre levantámos tem que ver com o facto de entrarem diariamente em Lisboa milhares de trabalhadores vindos dos concelhos limítrofes, pelo que a gestão da Carris tem que ter em conta os interesses dos outros municípios e dos seus utentes. Daí a nossa proposta de exigência de uma Autoridade Metropolitana de Transportes, onde as autarquias tenham intervenção determinante. --- ----- Em sede de Assembleia da República, o PCP apresentou uma proposta visando o impedimento de qualquer processo de privatização futura da Carris (como é referido no texto de moção que o Bloco de Esquerda traz aqui hoje a esta Assembleia), dado o carácter estratégico desta empresa e dos transportes em geral. Na sequência da apresentação desta proposta, a Assembleia da República aprovou a proibição da alienação do capital da Carris. -------------------------------------------------------------------- ----- Infelizmente, o Senhor Presidente da República, vetou o Decreto 155 contendo essa proibição. O PCP considera extremamente negativo este veto presidencial para o futuro da Carris e dos transportes na cidade, bem como os pressupostos em que o mesmo se baseia. Aliás à bocado o Senhor Vereador Duarte Cordeiro manifestou a esperança que, no futuro, realmente, a cidade vá continuar com esta perspetiva de que a Carris deve ser pública e Municipal. Eu, de qualquer forma, tenho receios em relação a isto e acho que deveria ter ficado já legislado, realmente, a proibição futura da privatização. -------------------------------------------------------------------------------------- ----- Portanto, nesse sentido, votaremos favoravelmente a Moção apresentada pelo Bloco de Esquerda e a Recomendação de Os Verdes. ----------------------------------------- ----- Pela nossa parte vamos continuar a lutar pela proibição de privatizações futuras. -- ----- A Carris é uma empresa fundamental para a área metropolitana, é estruturante da mobilidade nesta área, é fundamental para o bem-estar e qualidade de vida das populações e para a economia, o que só é possível com a salvaguarda do seu carácter público. Obrigada.” --------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

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----- Para já é a última intervenção que temos nesta fase dos nossos trabalhos. Terá o Senhor Deputado do Bloco de Esquerda, não sei se querem usar da palavra novamente? Em princípio, não. Enfim, farão como entenderem. ---------------------------- ----- A Mesa é que está aqui num grande controlo de quórum sistemático, portanto, o meu medo é que quanto mais se arrastam os trabalhos, mais risco há de termos problemas de quórum. ------------------------------------------------------------------------------ ----- Mas os Senhores Deputados, valentes Deputados que ficarão certamente até ao fim.”--------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV) no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------ ----- “Obrigada Senhora Presidente. -------------------------------------------------------------- ----- Nesta fase final do mandato, já muito se debateu nesta Assembleia Municipal sobre transportes e mobilidade. No entanto, os problemas estão muito longe de estarem resolvidos. --------------------------------------------------------------------------------- ----- As queixas continuam a ser diárias e podemos mesmo dizer que os transportes públicos são um serviço que não serve os lisboetas. Os transportes simplesmente não funcionam! ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Depois de vários anos de ataques aos transportes por parte da direita, a que o PS assistiu em silêncio, permitindo a redução de horários, de carreiras e a imposição de um recolher obrigatório em várias zonas da cidade, achou este executivo que tudo se resolveria com a municipalização da Carris. ---------------------------------------------------- ----- Na opinião de Os Verdes a Carris devia manter-se na esfera do Sector Empresarial do Estado e as autarquias dos seis concelhos que são servidos pela empresa deviam ter um papel determinante na gestão deste serviço. É aqui que está a resposta, com a participação das autarquias, da Área Metropolitana, do Governo, dos utentes e dos trabalhadores. ----------------------------------------------------------------------- ----- Não podíamos deixar de referir, também, a decisão do Presidente da República sobre a transferência da Carris para o município. Para Os Verdes era imperioso que se salvaguardasse o carácter público da empresa, proibindo qualquer concessão futura. Infelizmente, são muitos os exemplos dos erros das privatizações de serviços fundamentais e a carris não pode vir a ser mais um desses exemplos. ---------------------- ----- Sobre as questões do financiamento e uma vez que o orçamento para 2017 só tem inscritos 15 milhões para afetar à Carris, era fundamental que o executivo esclarecesse a sério os lisboetas como pretendia financiar os seus custos operacionais que são de 100 milhões de euros. ------------------------------------------------------------------------------ ----- De onde viria ou virá o dinheiro? Achou o executivo que a solução passaria por continuar a vender património ou por sobrecarregar os munícipes com mais taxas, colocando a EMEL ao serviço desse capricho? ------------------------------------------------ ----- Também sobre o Metro este é o mesmo executivo que concorda com uma visão errada para a expansão da rede, menos útil e mais cara, que aposta numa rede circular que não vai trazer mais passageiros e que esquece zonas como Campolide, Campo de Ourique e toda a zona ocidental - Alcântara, Ajuda e Belém - onde 100 mil habitantes continuam mal servidos de transportes. ---------------------------------------------------------

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----- Lisboa e os lisboetas pedem há muito uma política que dê prioridade aos transportes públicos coletivos, ao peão, e à mobilidade suave. ------------------------------ ----- Não se constrói uma cidade sem transportes públicos de qualidade, e para isso é preciso reverter a degradação do serviço prestado pelas várias empresas de transporte, apostar na acessibilidade do transporte público que cubra toda a extensão da cidade, olhando para os diferentes modos de transporte à escala metropolitana, apostando na intermodalidade, promovendo uma bilhética única, social e integrada e nos parques de estacionamento junto aos interfaces. ------------------------------------------------------------- ----- 2017 poderia ter sido o início de uma viragem nas políticas de transportes mas nada vai mudar enquanto não houver outra visão sobre a cidade e sobre a área metropolitana. --------------------------------------------------------------------------------------- ----- Há um longo caminho a percorrer e é lamentável que Lisboa esteja a dar passos atrás nesse caminho. Lisboa não pode continuar de costas voltadas para o transporte público coletivo e para a mobilidade sustentável, sob pena de se agravarem os efeitos negativos a nível de poluição, de saúde pública, de congestionamento e de qualidade de vida. ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Os Verdes insistem, por isso, que é fundamental concretizar este direito fundamental, o direito à mobilidade, que garante, por sua vez, o acesso a tantos outros direitos como a saúde, a educação, o trabalho e os serviços públicos. ---------------------- ----- Só assim, contrariando a degradação qualitativa e quantitativa do serviço de transportes públicos em Lisboa, se conseguirá garantir o direito à mobilidade dos cidadãos, com benefícios ambientais, económicos e sociais.” ------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado, Senhora Deputada. ------------------------------------------------------ ----- Senhores Deputados chegámos ao fim das intervenções. Temos para nossa apreciação uma Moção apresentada pelo Bloco de Esquerda e uma Recomendação apresentada pelo PEV. ----------------------------------------------------------------------------- ----- Peço desculpa. Está por trás. Quem é que é falar? Senhor Vereador João Paulo Saraiva.” ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- O Senhor Vereador João Paulo Saraiva, no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- “Peço desculpa, temos que demorar mais um bocadinho, mas é muito rápido. ------ ----- Eu queria só dizer que nos parece a nós claro, Câmara Municipal, que há aqui uma convergência, nomeadamente, à esquerda, de que é fundamental termos um serviço, que a Carris seja serviço público, que a Carris seja pública, divergimos, de facto, se ela deve ser Municipal ou se deve ser do Estado central. A nós parece-nos claramente, como já é público e notório, que deve ser Municipal. Mas convergimos no essencial que é: a Carris tem que ser pública. -------------------------------------------------- ----- O que nós estamos aqui confrontados é com uma situação de o Senhor Presidente da República resolveu intervir sobre, nas suas competências, dizendo que considera, aliás, como uma parte significativa de nós e, portanto, é isso que vou tentar exprimir aqui que, a possibilidade ou não da Carris ser privatizada não fica melhor defendida se

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estiver na esfera do Estado e que deve estar na esfera Municipal e deve ser esta Assembleia que, se essa questão se colocar, deve decidir e não à Assembleia da República. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Em nome da independência, da legitimidade e da independência do poder local, nas suas competências próprias, não esqueçamos que a Carris era uma Empresa Municipal que foi nacionalizada e que o Município de Lisboa reivindicava-a como sua e que, portanto, no fundo, a Carris voltou a casa, não há aqui nenhuma dádiva, aliás, quando se fala alguns dizem que isto é um excelente negócio. É quase uma prenda para a Câmara Municipal de Lisboa, contradizem-se ao mesmo tempo que dizem que a Câmara Municipal de Lisboa não terá condições para exercer estas funções, portanto, dizem uma coisa manhã e outra à tarde, mas admito, admitamos todos, que esta era algo que penso que gerava um certo consenso nos órgãos municipais, que a Carris é uma empresa Municipal, era uma Empresa Municipal e era da Câmara Municipal e, portanto, o facto de ser esta Assembleia que no futuro decidirá, segundo a nossa opinião se a Carris deve ter algum tipo de concessão ou não, repito e reafirmo, nós consideramos e bater-nos-emos sempre para que a Carris seja uma Empresa Pública Municipal e, portanto, estamos aí de completo acordo! -------------- ----- Mas dizia eu que estará esta posição muito mais defendida na Câmara Municipal em face da proximidade daquilo que são os efeitos e aquilo que são as mais-valias que a Carris vai gerar nesta Cidade, na proximidade que os a municípios vão ter e que já têm e vão ter de forma reforçada nos próximos anos da sua operação, e isso vai defender muito melhor os interesses daqueles da Cidade e do nosso ponto de vista aqueles que defendem que a Carris deve ser uma Empresa Pública vão ter muito mais eco junto da população, daqueles que dia-a-dia necessitam dos seus serviços. -------------- ----- Mas também não queria terminar sem deixar aqui muito claro que o que nós tivemos ao longo dos últimos anos foi a uma organização mal alimentada, com comida deteriorada, contaminada, que uma vida desregrada com vícios, com dependências, foram muitos anos e as culpas são repartidas, não estão só, há alguns insucessos que têm que ser repartidos por todos aqueles que estiveram no poder. --------- ----- Mas chegámos então a um momento crucial na história da Carris e da história desta Cidade, em que a direita aproveita para no estado difícil do doente, para acentuar essas debilidades, para a suspender todos os tratamentos e todas as melhorias que estavam a ser feitas, para cortar a alimentação, ficando cada vez o doente mais débil e anémico e sem força física para a reagir. ------------------------------------------------- ----- Quarenta milhões de quilómetros que tínhamos há 10 anos atrás, ou em 2010, passámos a 29 milhões de quilómetros foram reduzidos cerca de 40 milhões de passageiros, foram diminuídos cerca de 600 trabalhadores e, portanto, foi uma preparação clara, do meu ponto de vista e deliberada, de forma encapotada e que me perdoe Duarte Cordeiro, é o lobo com pele de cordeiro, a tentar resolver….” -------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Senhor Vereador, terminou o seu tempo, agradecia que concluísse.” -----------------

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----- O Senhor Vereador João Paulo Saraiva, no uso da palavra prosseguiu a sua intervenção: -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Vou concluir, dizendo que o que a direita fez sobre a Carris e agora parece um lobo com pele de cordeiro…” ----------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Senhor Vereador conclua!”------------------------------------------------------------------- ----- O Senhor Vereador João Paulo Saraiva, no uso da palavra prosseguiu a sua intervenção: -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Senhora Presidente, tem que me deixar acabar a frase! Aparecendo-nos agora cheia de soluções, e o maior interessado em que a Carris seja um sucesso e sirva os lisboetas, quanto fez tudo para destruir a Carris e destruir o transporte público em Lisboa e agora aparece com um ar ingénuo e cândido!...” -------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Senhor Vereador tem que terminar, peço desculpa, nós estamos no limite do quórum e no limite do tempo, faz favor de terminar.” ------------------------------------------ ----- O Senhor Vereador João Paulo Saraiva, no uso da palavra concluiu a sua intervenção: -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Vou terminar. Muito obrigado Senhora Presidente.” ------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigada.” ------------------------------------------------------------------------------ ----- O Senhor Deputado Municipal Ricardo Robles (BE), no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhora Presidente. -------------------------------------------------------- ---- Ouvimos as forças políticas aqui representadas, ouvimos agora o executivo e confirma-se a que há uma maioria nesta Cidade favorável à defesa intransigente do transporte público, isso é uma boa notícia, já conhecíamos, confirmamo-la agora. -------- ----- Mas o que queríamos era que pudéssemos recolher dessa maioria o voto favorável nesta Moção, porque sabemos que este Veto Presidencial é um Veto Político e, portanto, não há nenhuma dificuldade de ordem jurídica, de ordem constitucional no diploma devolvido pelo Presidente à Assembleia da República, é um Veto Político, é uma posição política, é uma visão que o Presidente da República partilha com a direita de que os transportes públicos, os serviços públicos de transporte, o direito à mobilidade pode ser privatizado e, portanto, não quer fechar essa porta, ou melhor, quer abrir essa porta das traseiras da casa para poder eventualmente no futuro, havendo uma maioria nesta Cidade permitir a privatização dos transportes, tal como foi o seu projeto, enquanto estiveram no Governo! --------------- ---- E, por isso, era importante que esta Assembleia transmitisse essa posição maioritária da Cidade à Assembleia da República, que reforçasse aquilo que essa maioria também na Assembleia da República verteu neste Diploma e, portanto, este Diploma não resulta de nenhuma força política de forma isolada, houve uma maioria

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na Assembleia da República que produziu este Diploma e era bom, era esse o apelo que fazia, que pudessem reforçar essa posição e, portanto, dar esse sinal político da Cidade, a Cidade dizer à Assembleia da República “Nós, neste momento, com esta maioria que existe na Cidade de Lisboa, queremos serviços públicos de transportes de qualidade e isso garante-se com o Diploma, tal como está.”. Porque é um acordo, não está em causa a Autonomia do Poder Local, como disse há pouco, é um acordo, o Município aceita se quiser! -------------------------------------------------------------------------- ----- O espaço para a Incubadora do Beato resultou de um acordo, é uma cedência de espaço do Estado ao Município em determinadas condições, se o Município que agora lá fez um Hub Criativo optasse por fazer lá um hotel de 5estrelas, isso não se consta do acordo, não o poderia fazer e, portanto, a Autonomia do Poder Local não está condicionada, é um acordo, aceitaram que assim fosse! ---------------------------------------- ----- O Município de Lisboa aceita a Carris, a Carris volta à Cidade de Lisboa, como foi dito há pouco, existem direitos históricos sobre a Carris e, portanto, volta à Cidade um instrumento fundamental da mobilidade urbana e, portanto, tem que ser nestas condições! E o Município aceita porque quer que seja assim! Aceitamos uma empresa limpa no seu passivo, porque queremos reforçá-la queremos torná-la melhor, queremos torná-la mais eficiente, queremos prestar um melhor serviço à Cidade e, portanto, apelava novamente que eu pudesse ouvir essa maioria nesta Assembleia.” ------ ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigada Senhor Deputado. ---------------------------------------------------------- ----- Não registo mais pedidos de palavra, agora sim, vamos pôr à votação então a Moção apresentada pelo Bloco de Esquerda e depois a Recomendação apresentada pelos Verdes. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Vamos pôr à votação Moção do BE. ------------------------------------------------------- ----- Voto da Moção do BE – ‘pelo reforço do regime de titularidade e gestão pública dos serviços de transportes coletivos de passageiros de lisboa’ foi rejeitada, votos contra PS, PSD, CDS/PP, MPT, PNPN, 6IND, não há abstenções, votos a favor do PCP, BE, PEV, PAN. ---------------------------------------------------------- ----- Vamos agora pôr à consideração a Recomendação apresentada pelo Partido Ecologista ‘Os Verdes’. ------------------------------------------------------------------------------ ----- Vamos então pôr à votação a Recomendação nº. 4/152 do PEV. ------------------------ ----- Peço desculpa, eu não estava a ouvir há um telefone e eu não percebi que o Senhor Deputado do CDS/PP pede a votação ponto por ponto, peço desculpa, temos que voltar a repetir. ----------------------------------------------------------------------------------- ----- Portanto, são 3 pontos, são os 3 pontos separadamente. ---------------------------------- ----- O Primeiro ponto é “Que defenda um modelo de financiamento público do sistema de transportes na Área Metropolita de Lisboa”. ---------------------------------------- ----- Voto do Ponto 1 da Recomendação nº 4/152 apresentada pelo PEV. O Ponto 1 da Recomendação nº4/152 foi aprovado por maioria, votos contra do PSD, abstenções do CDS-PP, MPT, votos a favor do PS, PCP, BE, PEV, PAN, PNPN, 6IND. ---------------------------------------------------------------------------------------------------

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----- O Segundo ponto “ Pugne pelo alargamento e inspeção do sistema de tarifário intermodal na Área Metropolitana que abranja todos operadores de transporte, incluindo os concessionados e os contratualizados”. -------------------------------------------- ----- Voto do Ponto 2 da Recomendação nº 4/152 apresentada pelo PEV. O Ponto 2 da Recomendação nº4/152 foi aprovado por maioria, votos contra do PSD, não há abstenções, votos a favor do PS, PCP, BE, CDP-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN e 6IND. -- ----- Terceiro ponto “Reivindicam um programa de investimentos a longo prazo a promover pelo Governo na rede de transportes coletivos da Área Metropolitana de Lisboa”. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Voto do Ponto 3 da Recomendação nº 4/152 apresentada pelo PEV. O Ponto 3 da Recomendação nº4/152 foi aprovado por maioria, votos contra do PSD, abstenções do CDS-PP, MPT, votos a favor do PS, PCP, BE, PEV, PAN, PNPN, 6IND. --------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Esta Recomendação nº. 4/152 (PEV) está aprovada por maioria. ------------------- ---- Terminámos assim este ponto da Ordem de Trabalhos. Senhores Deputados, alguém ter uma declaração de voto? É isso? Muito obrigada, o PSD apresentará a Declaração de Voto sobre estes documentos que acabámos de votar, quer fazer oralmente. Muito bem, tem a palavra. ------------------------------------------------------------ ----- O Senhor Deputado Municipal Magalhães Pereira (PSD) no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------ ----- “Muito obrigado Senhora Presidente, era para solicitar à Senhora Presidente que seja considerada a nossa Declaração de Voto a parte da intervenção relativamente à Informação Escrita do Presidente, referente à Carris e ao Metropolitano de Lisboa. Muito obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Foi da sua intervenção? É dessa que estamos a falar? Muito bem. Assim se fará. --- ----- Pedia ao NAPLEN para tomar devida nota da solicitação do Senhor Deputado Magalhães Pereira.” --------------------------------------------------------------------------------- ----- O Grupo Parlamentar do PSD apresentou, posteriormente, a seguinte Declaração de Voto: ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- “E a propósito de contaminação entre o domínio público geral e o municipal, o que tem sido a marca desta administração, é oportuno clarificar a posição nossa quanto à municipalização da CARRIS. ------------------------------------------------------------ ----- Primeiro, entendemos que a gestão separada dos transportes públicos de superfície e subterrâneos, permite e potencia situações de duplicação desregrada e de concorrência que contrariam a lógica da satisfação prioritária do interesse dos utentes. ------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Segundo, consideramos de fundamental importância que as situações de sistemática acumulação de prejuízos gigantes sejam permanentemente erradicadas. ----- ----- Terceiro, verificamos ser essencial, a não permissão de condicionamento das opções estratégicas e da viabilidade empresarial das transportadoras de Lisboa, por qualquer interesse pessoal ou partidário. ---------------------------------------------------------

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----- Quarto, pensamos que o prejuízo acumulado da CARRIS à data, ou o que ocorra no futuro, não pode nem deve ser transferido do Estado para o Município, direta ou indiretamente. ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- Estas condições fundacionais conduziram inevitavelmente à solução da concessão que adotámos, mas não encontramos oposição à municipalização, metropolitanização, ou manutenção na esfera do Estado, se cumpridas escrupulosamente forem essas mesmas condições. ---------------------------------------------- ----- Duvidamos porém que assim seja, nesta forma de municipalização truncada aprovada, até porque quaisquer prejuízos funcionais serão cobertos pela EMEL, significando assim mais aturadas e crescentes coimas, multas e taxas a suportar pelos lisboetas, transferindo grosseiramente essas custas, do Estado para a cidade. ----- ----- Não é por promessas do Presidente da Câmara que a sua gestão passa a ser equilibrada e os lisboetas deixem de ser prejudicados.” --------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Senhores Deputados, vamos entrar agora nas Propostas que temos pendentes. ------ ----- Pergunto à Câmara se quer apresentar a proposta, 549/CML/2017, que é sobre a integração do Município na Associação Calçada Portuguesa, é só o 1º ponto que tem que ser aprovado pela Assembleia Municipal, o restante já está aprovado pela Câmara. ------------------------------------------------------------------------------------------------- ---- Chamo a atenção que para além de ser subscrita por Vereadores da Maioria Camarária também subscrita pelos Senhores Vereadores, nomeadamente o Senhor Vereador António Prôa, que tem estado aqui à espera da votação desta sua proposta pacientemente.” --------------------------------------------------------------------------------------- ----- PONTO 3 – APRECIAÇÃO DO PONTO 1 DA PROPOSTA 549/CM/2017, PONTO 1 - INTEGRAÇÃO DO MUNICÍPIO DE LISBOA NA “ASSOCIAÇÃO CALÇADA PORTUGUESA”, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DAS ALÍNEAS E), K) E O) DO ART.º 23º DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS, PUBLICADO EM ANEXO À LEI Nº 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO E DO N.º 1 DO ART. 53º DA LEI N.º 50/2012, DE 31 DE AGOSTO, APLICÁVEL POR FORÇA DO DISPOSTO DOS N.ºS 2 E 3 DO ART. 56º DO MESMO DIPLOMA LEGAL; GRELHA-BASE – 34 MINUTOS; ---- ----- (A Proposta nº 549/CM/2017 fica anexada à presente Ata, como Anexo VII e dela faz parte integrante). -------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: - ----- “Agora pergunto se alguém quer apresentar a proposta, da Bancada da Câmara? Ninguém quer apresentar a proposta, se não temos intervenções. ----------------------------- ----- O Senhor Deputado Magalhães Pereira quer usar da palavra a propósito da Proposta 549/CM/2017. Faça o favor.” ------------------------------------------------------------ ----- O Senhor Deputado Municipal Magalhães Pereira (PSD), no uso da palavra fez a seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhora Presidente. --------------------------------------------------------

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----- É apenas uma breve nota quanto a esta proposta, que assim nos é agora colocada à consideração da Assembleia Municipal, tendo aliás conhecimento de que a Calçada à Portuguesa e a Candidatura de Lisboa a Património Cultural da Humanidade foi já unanimemente aprovada em resultado da Proposta n.º 725/2016. ----------------------------- ----- Portanto, trata-se apenas da proposta relativamente à Assembleia e a Senhora Presidente respondeu à pergunta que eu lhe iria fazer confirmando que é apenas relativamente ao ponto 1 e não estão, portanto, em causa nem os Estatutos e nem outras circunstâncias que estejam anexas à proposta e, portanto, com a sua autorização primeiro manifestar o nosso apoio entusiástico à constituição da Associação Calçada Portuguesa e dos projetos de concorrer ao merecidíssimo galardão de Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO. ------------------------------------------------ ----- De facto, concordamos muito fortemente com o facto da calçada portuguesa constituir um elemento marcante da identidade de Lisboa, a salvaguardar e valorizar pelo Município e outras Autarquias da cidade e que representa uma expressão material, envolvendo criação artística e técnicas de aplicação assentes em tradição cultural. ------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A calçada portuguesa está espalhada pelo mundo, proveniente da expansão descobridora de Portugal, nomeadamente nos PALOP, mas também de forma singular nos locais onde a presença portuguesa se manifestou, seja na Colónia de Sacramento, na costa oriental de África de Melinde a Mombaça, na península Arábica, no subcontinente indiano, em Malaca, em Macau, em Nagasaki e noutros muitos locais. ---- ----- Verificamos também que esta Proposta representa uma viragem na política cultural camarária que aqui propôs frequentemente a substituição da calçada, pelo dizia ser pavimento mais moderno e confortável. Temos até memória de ter havido pseudo-consultas populares referendárias no sentido dessa substituição urgente, que foram aliás concretizadas em frequentes operações no espaço público, tanto pela Câmara como por outras Autarquias lisboetas mais prosélitas. -------------------------------- ----- Felicitamo-nos com essa alteração de mentalidades, no conhecimento claro das vantagens que daí advêm para a nossa amada Lisboa. ------------------------------------------ ----- Não deixam no entanto de nos preocupar de certo modo, algumas disposições ínsitas na Proposta, como seja a vontade expressa de desenvolvimento de Normas de Aplicação, o que diretamente contraria o reconhecimento das técnicas de aplicação existentes serem a base da tradição cultural que se pretende preservar. ---------------------- ----- Nenhum destes factos diminui porém e de forma alguma o nosso entusiasmo com os termos gerais da Proposta, mas recomendamos no entanto e visto que a Proposta foi por nós estudada, recomendando no entanto uma cuidadosa e criteriosa revisão dos Estatutos que constam da Proposta. ---------------------------------------------------------------- -----Muito obrigado Senhora Presidente.” --------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigada Senhor Deputado. Essa parte não é competência da Assembleia Municipal e, portanto, fica aqui feita a sua sugestão e vamos para a vossa consideração. ------------------------------------------------------------------------------------------

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----- Voto do Ponto 1 da Proposta nº 549/CM/2017. O Ponto 1 da Proposta 549/CM/2017 foi aprovado por unanimidade, não há votos contra, não há abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN, 6IND. --------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Senhores Deputados, vamos passar agora à Proposta 595/CM/2017. É uma adenda a um contrato de delegação de competências entre o Município de Lisboa e Freguesia de Alvalade.” ------------------------------------------------------------------------------ ----- PONTO 4 – APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 595/CM/2017 – ADENDA AO CONTRATO DE DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS ENTRE O MUNICÍPIO DE LISBOA E A FREGUESIA DE ALVALADE, NOS TERMOS DA PROPOSTA E NOS TERMOS DAS DISPOSIÇÕES CONJUGADAS DO ARTIGO 23.º, DA ALÍNEA K), DO N.º 1, DO ARTIGO 25.º E DO ARTIGO 116.º E SEGUINTES DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS, PUBLICADO EM ANEXO À LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO; GRELHA-BASE – 34 MINUTOS; PARECER DA 1ª E 5ª COMISSÕES PERMANENTES; ----------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta 595/CM/2017 foi anexada a esta Ata, como Anexo VIII e dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------------- ----- (O Parecer da 1ª e 5ª Comissão Permanente foi anexada a esta Ata, como Anexo IX e dela faz parte integrante) ------------------------------------------------------------- ----- (A Recomendação nº3/152 da 1ª e 5ª Comissão Permanente foi anexada a esta Ata, como Anexo X e dela faz parte integrante) ------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: - ----- “Pergunto à Câmara se quer apresentar a proposta. Não vejo. --------------------------- ----- Pergunto aos Senhores Deputados Relatores, a Senhora Deputada Sofia Oliveira Dias e Magalhães Pereira se não querem apresentar o Parecer, então nesse caso não temos pessoas inscritas e vamos pôr à consideração a Proposta 595/CM/2017. ------------ ----- Voto da Proposta nº 595/CM/2017 – ‘Adenda ao contrato de Delegação de Competências entre o Município de Lisboa e a Freguesia de Alvalade’. A Proposta 595/CM/2017 foi aprovada por maioria, não há votos contra, abstenções CDS-PP, MPT, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, PEV, PAN, PNPN, 6IND. ----------------------- ----- Há uma Recomendação da 1ª e 5ª. Comissões Permanentes que é a Recomendação nº. 3/152, que vou pôr à vossa consideração. ---------------------------------- ----- Vou pôr à votação a Recomendação nº 3/152. --------------------------------------------- ----- Voto da Recomendação nº 3/152 relativa à Proposta 595/CM/2017. A Recomendação nº 3/152 foi aprovada por unanimidade, não há votos contra, não há abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, CDP-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN e 6IND. ------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Temos agora três Propostas de Repartição de Encargos e vamos pô-las à consideração uma por uma.” ------------------------------------------------------------------------ ----- PONTO 5 – APRECIAÇÃO CONJUNTA DAS SEGUINTES PROPOSTAS DE COMPROMISSOS PLURIANUAIS E REPARTIÇÃO DE ENCARGOS (GRELHA-BASE – 34 MINUTOS): -------------------------------------------------------------

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----- PONTO 5.1 – PONTO 5 DA PROPOSTA 529/CM/2017 – ASSUNÇÃO DE COMPROMISSOS PLURIANUAIS E REPARTIÇÃO DE ENCARGOS PARA REABILITAÇÃO DE ARRUAMENTOS E INFRAESTRUTURAS DE SANEAMENTO NA ZONA OCIDENTAL, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO ARTIGO 6.º DA LEI N.º 8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO, DO ARTIGO 12.º DO DECRETO-LEI N.º 127/2012, DE 21 DE JUNHO E DO ARTIGO 22.º DO DECRETO-LEI N.º 197/99, DE 8 DE JUNHO; ---------------------- ----- (A Proposta 529/CM/2017 foi anexada a esta Ata, com o Anexo XI e dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------------- ----- Vamos pôr à consideração o Ponto 5 da Proposta 529/CM/2017. ----------------------- ----- Voto do Ponto 5 da Proposta nº 529/CM/2017 – ‘Assunção de compromissos plurianuais e repartição de encargos para reabilitação de arruamentos e infraestruturas de saneamento na Zona Ocidental’. O Ponto 5 da Proposta 529/CM/2017 foi aprovado por maioria, votos contra CDS-PP, MPT, não há abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, PEV, PAN, PNPN, 6IND. ----------------------------------------------- ----- PONTO 5.2 – PONTO 5 DA PROPOSTA 530/CM/2017 – ASSUNÇÃO DE COMPROMISSOS PLURIANUAIS E REPARTIÇÃO DE ENCARGOS PARA REABILITAÇÃO DE ARRUAMENTOS E INFRAESTRUTURAS DE SANEAMENTO NA ZONA ORIENTAL, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO ARTIGO 6.º DA LEI N.º 8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO, DO ARTIGO 12.º DO DECRETO-LEI N.º 127/2012, DE 21 DE JUNHO E DO ARTIGO 22.º DO DECRETO-LEI N.º 197/99, DE 8 DE JUNHO; ----------------------- ----- (A Proposta 530/CM/2017 foi anexada a esta Ata como Anexo XII e dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: - ----- Vamos pôr à consideração o Ponto 5 da Proposta 530/CM/2017. ----------------------- ----- Voto do Ponto 5 da Proposta nº 530/CM/2017 – ‘Assunção de compromissos plurianuais e repartição de encargos para reabilitação de arruamentos e infraestruturas de saneamento na Zona Oriental’. O Ponto 5 da Proposta 530/CM/2017 foi aprovado por maioria, votos contra CDS-PP, MPT, não há abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, PEV, PAN, PNPN, 6IND. -------------------------------------------------------- ----- PONTO 5.3 – PROPOSTA 541/CM/2017 - ASSUNÇÃO DE COMPROMISSOS PLURIANUAIS E REPARTIÇÃO DE ENCARGOS PARA AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTO INFORMÁTICO, COM OS SERVIÇOS DE INSTALAÇÃO ASSOCIADOS, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DA ALÍNEA C) DO NÚMERO 1 DO ARTIGO 6º DA LEI 8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO, COM REPARTIÇÃO DE ENCARGOS PARA OS ANOS DE 2017 E 2018, ABRANGIDA PELO ARTIGO 22.º DO DECRETO-LEI N.º 197/99, DE 8 DE JUNHO; ------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta 541/CM/2017 foi anexada a esta Ata como Anexo XIII e dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: - ----- Vamos pôr à votação. ---------------------------------------------------------------------------

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----- Voto da Proposta nº 541/CM/2017 – ‘Assunção de compromissos plurianuais e repartição de encargos para aquisição de equipamento informático, com os serviços de instalação associados’. A Proposta 541/CM/2017 foi aprovada por maioria, não há votos contra, abstenções PSD, CDS-PP, MPT, votos a favor do PS, PCP, BE, PEV, PAN, PNPN, 6IND. ---------------------------------------------------------------------------------- ----- Chegámos ao fim dos nossos Trabalhos. ---------------------------------------------------- ----- Quer fazer agora ou vai apresentar por escrito a Declaração de Voto? Então faça favor.” -------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal Vasco Santos (MPT) fez oralmente a seguinte Declaração de Voto: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigado Senhora Presidente. O sentido de voto nestes 3 últimos pontos tem a ver com a oportunidade de na última sessão plenária, e em fecho de Mandato fazer uma Repartição de Encargos para um período em que já em que já não podemos. ----------------------------------------------------------------------------------------------- ---- Esta Assembleia…” ------------------------------------------------------------------------------ ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Eu pedia aos Senhores Deputados para não se levantarem dos vossos lugares, porque a Sessão ainda não terminou, são mais uns minutos, mais os segundos façam favor de aguardar e ter respeito pelo Colega que está a falar. “ -------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal Vasco Santos (MPT) prosseguiu com a sua Declaração de Voto: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Repetindo, o sentido de votação do MPT tem a ver com o Peru com a ver com a oportunidade, tem a ver com ser votado em fim de Mandato responsabilidades para o Mandato seguinte, não tem lógica. Muito obrigado Senhora Presidente.” ------------------ ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------------- ----- “Muito obrigada Senhor Deputado. ---------------------------------------------------------- ----- Senhores Deputados, vamos terminar os nossos Trabalhos, permitam-me que eu diga muito rapidamente que desejo a todos os Senhores Deputados e a todas as pessoas presentes que seja uma ótima Campanha Eleitoral, que cada um apresenta os seus pontos de vista e que todos os lisboetas possam escolher com toda a liberdade aquilo que mais interessa mais lhes agrada. ------------------------------------------------------- ----- Àqueles que continuam desejo muito boa sorte, àqueles que não continuam cá estaremos na última Sessão, depois das eleições para fazermos as nossas despedidas, portanto, hoje as minhas palavras são apenas “Bom trabalho, boa campanha, boa sorte para todos”. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A sessão terminou, eram dezanove horas e cinquenta minutos. -------------------------- ----- Eu ______________________________, a exercer funções no Gabinete de Apoio à Assembleia Municipal lavrei a presente ata que também assino, nos termos do disposto no n.º 2 do art.º 57.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, do n.º 2 do art.º 90.º do Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa e do despacho da

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Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa exarado em 10 de Setembro de 2014 na folha de rosto anexa à Proposta n.º 1/SMAM/2014. ------------------------------- ---------------------------------------A PRESIDENTE --------------------------------------------