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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS 1 ------- ACTA DA 1 ª. REUNIÃO DA 6 ª. SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA ------------------- ------------------ MUNICIPAL DE OEIRAS, REALIZADA A 18 DE OUTUBRO DE 2007 -------------- -------------------------------------------- ACTA Nº. 12/2007 ----------------------------------------------------- ------------- Aos dezoito dias do mês de Outubro de dois mil e sete, no Salão da Associação dos Bombeiros Voluntários de Barcarena, sito em Barcarena, reuniu a Assembleia Municipal de Oeiras sob a Presidência do Senhor José Eugénio Moutinho Tavares Salgado, tendo como Primeiro Secretário, o Senhor Vidal Diogo Fernandes Antão e como Segundo Secretário, a Senhora Maria Celeste Gouveia Saraiva Ferreira Dâmaso.----------------------------------------------- 1. ABERTURA DA REUNIÃO ------------------------------------------------------------------------------------- ------------- Pelas vinte e uma horas, o Senhor Presidente declarou iniciada a Primeira Reunião da Sexta Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de Oeiras, procedendo de imediato à chamada, tendo sido verificada a presença de quarenta e dois Membros (Fernando Victor Beirão Alves, Jorge Manuel de Sousa Vilhena, Luís Filipe Vieira Viana, Carlos Alberto Ferreira Morgado, João dos Santos Aguiam Serra, Salvador António Martins Bastos Costeira, António Ricardo Henriques Costa Barros, Britaldo Normando de Oliveira Rodrigues, Custódio Mateus Correia de Paiva, Maria Carolina Candeias Tomé, Arlindo Pereira Barradas, Alexis Godinho Gonçalves, Maria Celeste Gouveia Saraiva Ferreira Dâmaso, Abílio José da Fonseca Martins Fatela, Luís Filipe Pereira Santos, Luís Miguel Larcher Castela dos Santos Cruz, Maria Teresa Sousa de Moura Guedes, Alda Maria Reis Gouveia Lima, Carlos Jaime Fonseca Santos, César Manuel Calderón, José Eugénio Moutinho Tavares Salgado, António Macieira Coelho, Jorge Manuel Madeiras Silva Pracana, José Jorge Pereira, Paulo José Frischnecht, Eduarda Maria Ribeiro de Matos Godinho, Maria da Graça Rodrigues Tavares, José Manuel Parreira Duarte Meira, António José Viana Basto, Fernando José Lourenço Arrobas da Silva, Marcos Sá Rodrigues, Vidal Diogo Fernandes Antão, Pedro Afonso Nóbrega Moita de Melo e Sá, Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães, Manuel Caetano Félix Roldão, Franklim de Jesus Sobral,

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

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------- ACTA DA 1 ª. REUNIÃO DA 6 ª. SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA -------------------

------------------ MUNICIPAL DE OEIRAS, REALIZADA A 18 DE OUTUBRO DE 2007 --------------

-------------------------------------------- ACTA Nº. 12/2007 -----------------------------------------------------

------------- Aos dezoito dias do mês de Outubro de dois mil e sete, no Salão da Associação dos

Bombeiros Voluntários de Barcarena, sito em Barcarena, reuniu a Assembleia Municipal de

Oeiras sob a Presidência do Senhor José Eugénio Moutinho Tavares Salgado, tendo como

Primeiro Secretário, o Senhor Vidal Diogo Fernandes Antão e como Segundo Secretário, a

Senhora Maria Celeste Gouveia Saraiva Ferreira Dâmaso.-----------------------------------------------

1. ABERTURA DA REUNIÃO -------------------------------------------------------------------------------------

------------- Pelas vinte e uma horas, o Senhor Presidente declarou iniciada a Primeira Reunião da

Sexta Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de Oeiras, procedendo de imediato à chamada,

tendo sido verificada a presença de quarenta e dois Membros (Fernando Victor Beirão Alves,

Jorge Manuel de Sousa Vilhena, Luís Filipe Vieira Viana, Carlos Alberto Ferreira Morgado,

João dos Santos Aguiam Serra, Salvador António Martins Bastos Costeira, António Ricardo

Henriques Costa Barros, Britaldo Normando de Oliveira Rodrigues, Custódio Mateus Correia de

Paiva, Maria Carolina Candeias Tomé, Arlindo Pereira Barradas, Alexis Godinho Gonçalves,

Maria Celeste Gouveia Saraiva Ferreira Dâmaso, Abílio José da Fonseca Martins Fatela, Luís

Filipe Pereira Santos, Luís Miguel Larcher Castela dos Santos Cruz, Maria Teresa Sousa de

Moura Guedes, Alda Maria Reis Gouveia Lima, Carlos Jaime Fonseca Santos, César Manuel

Calderón, José Eugénio Moutinho Tavares Salgado, António Macieira Coelho, Jorge Manuel

Madeiras Silva Pracana, José Jorge Pereira, Paulo José Frischnecht, Eduarda Maria Ribeiro de

Matos Godinho, Maria da Graça Rodrigues Tavares, José Manuel Parreira Duarte Meira,

António José Viana Basto, Fernando José Lourenço Arrobas da Silva, Marcos Sá Rodrigues,

Vidal Diogo Fernandes Antão, Pedro Afonso Nóbrega Moita de Melo e Sá, Maria Hermenegilda

Ferreira e Vasconcelos Guimarães, Manuel Caetano Félix Roldão, Franklim de Jesus Sobral,

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Maria de Fátima Marques Loureiro, Arnaldo António Pereira, Daniel dos Reis Branco, Carlos

Alberto de Sousa Coutinho, António Vieira Grosso e Francisco Manuel Vicente Figueira da

Silva) desta Assembleia Municipal.--------------------------------------------------------------------------

--------------Faltaram os Senhores António José Coutinho Lopes da Costa e José Jorge Pereira,

tendo a Mesa justificado as respectivas faltas. -------------------------------------------------------------

--------------Os Senhores Fernando Augusto Frade dos Santos Ferreira, Nuno Ricardo de Almeida

Neto, António Pita de Meireles Pistacchini Moita, Alberto Augusto Antas de Barros Júnior,

Jorge Paulo de Seabra Roque da Cunha, Ana Maria Andrade Borja Santos de Brito Rocha, Luísa

Maria Diego Lisboa, Joaquim dos Reis Marques, Luís Alberto Lopes e Ana Paula Ribeiro

Aboim Gomes pediram a sua substituição para esta reunião tendo sido substituídos pelos

Senhores, Luís Miguel de Castro Larcher Castela dos Santos Cruz, Maria Teresa Sousa de

Moura Guedes, José Manuel Parreira Duarte Meira, António José Viana Basto, Fernando José

Lourenço Arrobas da Silva, Manuel Caetano Félix Roldão, Franklim de Jesus Sobral, Maria de

Fátima Marques Loureiro e Francisco Manuel Vicente Figueira da Silva. ----------------------------

--------------Representaram a Câmara Municipal de Oeiras, o Senhor Presidente Isaltino Afonso

Morais, o Senhor Vice-Presidente Senhor Paulo César Sanches Casinhas da Silva Vistas e os

Senhores Vereadores Teresa Maria da Silva Pais Zambujo, Emanuel Silva Martins, Maria

Madalena Pereira da Silva Castro, Rui Manuel Marques de Sousa Soeiro, Elisabete Maria de

Oliveira Mota Rodrigues Oliveira, Carlos Alberto Monteiro Rodrigues de Oliveira, Pedro Miguel

dos Anjos Simões e José Ferreira de Matos. ---------------------------------------------------------------

2. ORDEM DE TRABALHOS---------------------------------------------------------------------------------------

--------------Foi estabelecida para a presente Reunião a seguinte Ordem de Trabalhos:--------------

--------------1 - Termos de referência para desenvolvimento do Plano de Pormenor do Espaço de

Articulação Barcarena/Tercena/Queluz de Baixo. --------------------------------------------------------

3. O Senhor Presidente da A.M. disse o seguinte: -------------------------------------------------------

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------------- “Cumprimento todos os presentes. ------------------------------------------------------------

------------- Vamos dar início a esta reunião extraordinária da Assembleia Municipal, em

Barcarena. -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Falta-me a segunda secretária e designo a Senhora Maria Celeste Dâmaso para a

substituir. - -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Nos termos do Regimento o público, nestas sessões, toma a palavra em primeiro

lugar. Já tenho quatro inscrições e, também, nos termos regimentais são cinco minutos para cada

intervenção.”-----------------------------------------------------------------------------------------------------

4. INTERVENÇÃO DO PÚBLICO -------------------------------------------------------------------------------

4.1. O Senhor Hélder Cardoso, morador em Barcarena, disse o seguinte:-------------------------

------------- “As minhas primeiras palavras são de saudação para todos os presentes.----------------

------------- Em trinta anos de Poder Local é a primeira vez que na minha terra se realiza uma

Assembleia Municipal e quero endossar os meus parabéns à Mesa da Assembleia, aos Membros

e a todo o Executivo da Câmara Municipal de Oeiras. ----------------------------------------------------

------------- Vale sempre a pena lutarmos pelo Poder Local.” --------------------------------------------

4.2. A Senhora Sofia Ganhão, moradora em Barcarena, referiu o seguinte:-----------------------

------------- “Moro na Rua D. Manuel I, número cinquenta e oito, na rua atrás pensa-se que irão

ser construídos prédios de quatro andares. Quando construí a minha casa não pude fazer a cave

porque tinha que obedecer a um índice de ocupação. Se, nessa altura, tinha que obedecer a isso,

agora, essas casas também não têm que obedecer a esse índice? ----------------------------------------

------------- As infra-estruturas continuam a ser as mesmas desde que vim morar para Barcarena,

há vinte e seis anos, não mudaram em nada. O muro de minha casa já caiu uma vez, porque atrás

dela passa uma linha de água que de vez em quando está tapada. ---------------------------------------

------------- Os acessos também deixam muito a desejar. Eu, na segunda-feira, para chegar à

rotunda de Barcarena levei vinte e cinco minutos. Se vão construir dois mil fogos na rua atrás da

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minha, como é que se sai de Barcarena? Não vejo estradas, não vejo acessos.------------------------

--------------Desde há vinte e seis anos que a Praça de Barcarena continua a ser a mesma, as

mercearias continuam a ser as mesmas, não temos nada que valorize a terra. O Senhor Presidente

da Câmara há anos, quando fomos ter uma reunião com ele, no sentido de que a Câmara nos

arranjasse a Rua D. Manuel I, disse-nos que nós morávamos no Restelo de Oeiras. Não sei que

Restelo é esse. Eu moro é num sítio do qual tenho sérias dificuldades para sair, porque os

transportes são os mesmos que existiam há vinte e seis anos, pior, retiraram-nos duas carreiras à

noite. Não temos nada que se diga que esta terra esteja a melhorar. Se vão colocar tudo aquilo

que dizem, então não ficamos melhor, ficamos muito pior. ----------------------------------------------

--------------Senhor Presidente não sei como é que é bom viver em Oeiras/Leceia, porque aí não é

de certeza bom viver.” -----------------------------------------------------------------------------------------

4.3. O Senhor José Cardoso Gonçalves, morador em Leceia, fez a seguinte intervenção: ------

--------------“Moro na Rua do Carrascal, número um, em Leceia e sou o Presidente da Comissão

de Moradores do Bairro. ---------------------------------------------------------------------------------------

--------------Sei que há um estudo feito para a reconversão do nosso bairro e gostava que

dissessem qual é o tipo de intervenção que pensam fazer para aquela zona e quando é que vão

começar.” - ------------------------------------------------------------------------------------------------------

4.4. O Senhor António Maia Serôdio, morador em Barcarena, disse o seguinte: ----------------

--------------“O Senhor Presidente da Câmara, Doutor Isaltino Morais, há um bom par de anos,

teve a atenção de ter vindo a Barcarena realizar uma reunião connosco, moradores da Rua

Antero de Quental, para resolver o problema de um dique, que viesse substituir a segurança que

tinha sido instalada para o estaleiro, que foi lá montado. -------------------------------------------------

--------------Acontece que o Senhor Presidente teve, na altura, uma ideia brilhante, que era recuar

o dique e esse assunto iria ser resolvido. -------------------------------------------------------------------

--------------O Senhor Doutor Isaltino Morais continuou a ser Presidente, depois foi Ministro do

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Ambiente, deixou de ter responsabilidades autárquicas, voltou a ser Presidente da Câmara e nós

continuamos com entulho atrás sem nenhuma solução a esse nível. ------------------------------------

------------- Gostava de saber se há algum projecto para, finalmente, resolver esta situação,

porque já lá vão alguns anos sem solução. ------------------------------------------------------------------

------------- Uma vez chamei a atenção para o escândalo que são os preços da água no nosso

Concelho e o Senhor Presidente, na altura, justificou que os Serviços iam ser privatizados, ou

concessionados e que em consequência disso iria haver uma melhor eficácia na gestão das águas.

------------- Se o Senhor Presidente circular na estrada que vai para Caxias verificará que há um

tubo que abastece a água ao bairro onde moro, ainda não houve o azar de nenhum carro lá bater,

porque se isso acontecer o muro vai abaixo, como já foi anteriormente e, depois, vamos ter

novamente a estrada interdita mais um ano, como foi da outra vez, em que ficámos isolados. -----

------------- Li no jornal que há um projecto lançado por esta Câmara, no sentido de propor a

disponibilização da Autarquia para a instalação do IPO em Leceia. Vi, também, que

simultaneamente a esta situação iria haver uma estrada que iria dar acessibilidade ao IPO via

CREL.----- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Do que me apercebi pelo croqui que vi no jornal “Expresso”, colocam-nos,

praticamente, um viaduto em cima das nossas cabeças, por isso, gostaria de ter algumas

explicações a este respeito, no sentido de preservar o mínimo de qualidade de vida, ou se nos

põem uma via rápida com um barulho tremendo em cima das nossas cabeças.” ----------------------

4.5. A Senhora Ermelinda Oliveira, moradora em Barcarena, fez a seguinte intervenção:-----

------------- “Começo por felicitar a Câmara e a Assembleia por esta reunião se realizar na

Freguesia de Barcarena. ----------------------------------------------------------------------------------------

------------- Às vezes interrogo-me se não serei um pouco rabugenta e contestatária, mas cheguei

à conclusão que afinal não o sou. Já ouvi intervenções em que referiram situações que eu

também vou referir. ---------------------------------------------------------------------------------------------

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--------------Habituámo-nos já há uns anos, sem dúvida nenhuma, a ouvir e a ler que em Oeiras

vale a pena viver, Oeiras tem qualidade de vida, Oeiras é um modelo, etc., mas depois chego à

conclusão que o conceito de qualidade de vida não é todo igual, pelo menos o meu não é o

mesmo, porque, de facto, a qualidade de vida pressupõe variadíssimas coisas, pressupõe

equipamentos de saúde, de ensino, de desporto, transportes, mobilidade, ambiente, etc.------------

-------------- O que vemos em termos ambientais, por exemplo, é só chegar em frente ao mercado

e esbarramos com um esgoto a céu aberto, que perfuma toda aquela área. ----------------------------

--------------Passamos para os transportes e, aqui queria pedir à Câmara e não exigir, que se

empenhasse no sentido de demover a VIMECA para repor as camionetas, as que foram retiradas

e as que alteraram o percurso, nomeadamente, a cento e seis. É uma camioneta única que nos

liga à sede do Concelho. --------------------------------------------------------------------------------------

--------------Moro em Tercena e se quiser deslocar-me a Leceia tenho que apanhar dois

transportes, um até à ponte e outro para cima. Levo, no mínimo, meio-dia para deslocar-me a

Leceia e voltar a Tercena. Para além do dinheiro que se gasta, porque se não tiver passe os gastos

são a dobrar. -----------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------As pessoas se quiserem apanhar a camioneta cento e seis têm que vir por uma rua

que nem sequer passeios tem, para além do estacionamento em ambos os lados, o trânsito é

imenso. --- ------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Se quiser vir a pé de Tercena para Barcarena também não o posso fazer porque não

tenho passeios. --------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Quanto às ribeiras são as mais lindas que existem, de facto é verdade até têm flores,

arbustos, árvores, etc., e temos, também, as crianças mais sobredotadas do mundo, que fazem a

primária e saltam para a universidade. Somos um povo feliz aqui na Freguesia. --------------------

--------------Há, de facto, que repensar a qualidade de vida no Concelho de Oeiras e muito

especialmente, em Barcarena.---------------------------------------------------------------------------------

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------------- Barcarena está a crescer para todos os lados e vai continuar, para além de ficarmos

completamente asfixiados, que já estamos, qualquer dia não saímos, sequer, de Barcarena. -------

------------- Para além de tudo, tínhamos aqui um pulmão, que era a zona da Fábrica da Pólvora e

agora já nem um eucalipto, nem uma árvore se vê, é só cimento e a qualidade de vida não

melhora. -- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Penso que não há ninguém que seja capaz de desmentir aquilo que disse. --------------

------------- Sinto-me orgulhosa da Fábrica da Pólvora e vitoriosa pelos autarcas da altura,

quando a fábrica foi posta à venda, terem pressionado o Senhor Presidente e, aí, felicito-o porque

anuiu a comprar a fábrica, porque se não era mais cimento que ali tínhamos.-------------------------

------------- Temos ratazanas que se passeiam por aí. É necessário olhar-se para todos estes

aspectos para termos a qualidade de vida que tão apregoada é.”-----------------------------------------

4.6. O Senhor Presidente da C.M.O. deu os seguintes esclarecimentos: -----------------------------

------------- “Começaria por saudar toda a população que aqui se encontra, no sentido de obter

qualquer esclarecimento.---------------------------------------------------------------------------------------

------------- Foi pedido para se fazer aqui esta Assembleia Municipal, a mesma, como órgão do

Município que é, tem um local próprio para reunir, esse é na sua sede, excepcionalmente pode

reunir nas freguesias. Já reuniu noutras e agora chegou a vez de Barcarena. Até é bom que os

cidadãos possam estar presentes nestas reuniões. ----------------------------------------------------------

------------- Seria importante é que fosse uma reunião normal, isto é, uma reunião com ordem de

trabalhos normal e não uma praticamente sem ordem de trabalhos.-------------------------------------

------------- Gostaria de dizer à Senhora Sofia Ganhão que, terei muito gosto de recebê-la no meu

gabinete, se quiser, e lhe prestar todos os esclarecimentos sobre a urbanização que referiu. Diz

que são dois mil fogos, sabe mais do que eu, porque não estou a ver onde é que são os mesmos. -

------------- Penso estar a referir-se aquela urbanização do Pimenta e Rendeiro, nas traseiras da

Rua D. Manuel I, portanto, está no âmbito do Plano Director Municipal e não tenho presente

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quantos fogos são, mas julgo que nem de trezentos se trata. --------------------------------------------

--------------É por isso que é fácil chegar aqui, dizer uma série de disparates e pensarem que o

Presidente e os Vereadores têm que ouvir tudo. Gostaria de dizer que nós não estamos aqui para

ouvir tudo, temos que ser respeitados e quando se mente desta maneira, quando se procura

instilar animosidade contra a Câmara Municipal, nós não podemos tolerar isso. Portanto, exijo

respeito. Tenho que repudiar tal tipo de afirmações. Não chega a trezentos fogos, quanto mais

dois mil. --- ------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Fazerem prédios de três, quatro ou vinte pisos, não é isso que é relevante, o

importante é que se estão de acordo com o que são as normas do Plano Director Municipal e

terei muito gosto em explicar à Senhora Sofia Ganhão e em a receber no meu gabinete, onde será

mais fácil apresentar e mostrar o processo. -----------------------------------------------------------------

--------------Como calculam não é possível à Câmara, numa Assembleia como esta, poder

responder, tecnicamente, a todos os pormenores que são apresentados.--------------------------------

--------------Recebo os munícipes às terças e às sextas-feiras da parte da manhã, por isso, terei

muito gosto em a receber numa reunião de planeamento, para lhe explicar, qual é a situação. -----

--------------As intervenções que são aqui feitas, dá-me a mim e aos Membros da Assembleia um

alento extraordinário para usarmos da nossa influência, junto de quem de direito, mas, noventa e

nove por cento dos problemas que aqui foram colocados, não dizem respeito à Câmara., mas à

Administração Central. ----------------------------------------------------------------------------------------

--------------Nós não somos uma ilha isolada, pertencemos à Área Metropolitana de Lisboa,

integrada em Portugal. -----------------------------------------------------------------------------------------

--------------Há um Governo, há competências próprias de cada uma das autoridades e nós só

podemos actuar naquelas que são das nossas responsabilidades. Quanto ao resto, insistimos junto

aos órgãos da Administração Central para que resolvam os problemas. -------------------------------

--------------Os moradores de Barcarena sabem muito bem que o problema do tráfego na

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Freguesia de Barcarena tem a ver com tudo o que se passa em concelhos à nossa volta e muito

pouco com o que se passa cá dentro e que as ruas são utilizadas pelos moradores de Sintra,

Massamá, Queluz, etc., que procuram atravessar o Concelho no sentido da A Cinco, fugindo da

IC Dezanove. ----------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Isto não acontece só em Barcarena, porque se nos colocarmos em Carnaxide, junto à

Estrada Militar e verificamos um tráfego brutal que se concentra junto ao cemitério e vai em

direcção à rotunda. A maioria desse trânsito não é deste Concelho, vem de Sintra. ------------------

------------- Acham que às seis horas da tarde, quando há um fila enorme na Duzentos e Quarenta

e Nove Três, junto à rotunda da Quinta da Fonte, é pessoal do Tagusparque? Não é, é pessoal

que vem de Sintra, porque é sabido que Oeiras tem melhores estradas que Sintra e Amadora. -----

------------- Somos um Concelho entalado entre Cascais, Sintra, Amadora e Lisboa e temos as

melhores vias de comunicação do País, porque temos a CREL, a CRIL, a Marginal, a A Cinco. -

------------- O Governo, em parte das suas competências, tem trabalhado bem em Oeiras, porque

o primeiro troço da CRIL fez-se em Oeiras, mérito do Presidente da Câmara que sensibilizou o

Governo para isso. O primeiro troço da CREL fez-se também em Oeiras, precisamente, até

Barcarena, assim como a A Cinco. ---------------------------------------------------------------------------

------------- Em relação a outros Municípios temos acessibilidades extraordinárias, a verdade é

que somos atravessados e para o impedir só se fizermos portagens. ------------------------------------

------------- Na Estrada da Fábrica da Pólvora, colocámos cinquenta e duas lombas, para impedir

as pessoas que vinham de São Marcos, porque essa localidade tem mais população que a

Freguesia toda de Barcarena, depois vêm falar em índices de construção e em qualidade de vida.

------------- A qualidade de vida é sempre é sempre um termo comparativo. Quem viver numa

ilha isolada e s e lá estiver sozinho, tem o expoente máximo de qualidade devida, mas não se

aguenta lá sozinho, porque somos seres sociais e temos que conviver com os outros, se

compararmos a nossa situação com a dos outros, aí, devemos ter algum orgulho na forma como

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vivemos.--- ------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Não imaginam o esforço que a Câmara faz junto à VIMECA para ver se consegue

que alterem alguns percursos.---------------------------------------------------------------------------------

--------------Os transportes não são uma competência da Câmara Municipal de Oeiras, nem de

nenhuma câmara. -----------------------------------------------------------------------------------------------

--------------A simples mudança de uma paragem de autocarro, é da responsabilidade da Direcção

Geral de Viação. Esta é também uma das razões do atraso deste País. ---------------------------------

--------------Há decisões que podiam ser tomadas por uma Câmara Municipal ou por uma Junta

de Freguesia e são por uma Direcção Geral da Administração Central. Sabem lá as pessoas de

uma Direcção Geral de Viação onde é que a paragem deve estar? Mas depois o Presidente da

Câmara ou um Vereador, que está “à mão de semear” é que levam em cima e eu até estou

sempre disponível para levar, desde que se faça a destrinça se o assunto é da responsabilidade da

Câmara ou da Junta, ou se é da responsabilidade da Administração central e aí, será preciso fazer

pressão. ---- ------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Quem concessiona os transportes é a Administração Central, não é a Câmara

Municipal e mesmo assim Oeiras tem ido muito além das suas responsabilidades e está a fazer

muita coisa que nenhuma câmara do País fez.--------------------------------------------------------------

--------------Ouço muita gente falar mal do SATUO e dizer que ela ser deitada abaixo, mas, não

ouço essas mesmas pessoas dizerem para se aprovar uma Moção na Assembleia Municipal e

mobilizar as pessoas para se manifestarem junto ao Ministério das Obras Públicas, a dizer que o

Governo deve dar dinheiro para aquela obra acabar rapidamente até ao Tagusparque, ou para

fazer a ligação de Paço de Arcos ao Cacém.----------------------------------------------------------------

--------------A Câmara através de uma parceria conseguiu que chegasse ao Oeiras Parque, houve

problemas e estamos a tentar resolvê-lo, quando chegar ao Tagusparque, há empresas que se vão

lá instalar, porque dizem que só se instalam lá, quando o SATUO lá chegar, porque sentem esses

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problemas. -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- A Câmara de Oeiras não esconde que tem o problema da mobilidade, mas é certo que

também têm os Concelhos à nossa volta, mas para Oeiras continuar a ser atractiva e competitiva,

temos que melhorar essa situação, razão porque estamos à espera, para que no âmbito do CREM,

se arranje uma comparticipação comunitária para o SATUO, no sentido de rapidamente chegar

ao Tagusparque. -------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- As coisas demoram o seu tempo. Isto faz-me lembrar quando há inundações e as

pessoas dizem que tem que ser resolvido o assunto nesse Inverno. Como é que é possível, se um

concurso público demora um ano e meio para iniciar uma obra. ----------------------------------------

------------- A Câmara não tendo responsabilidades na área dos transportes, aprovou,

conjuntamente com a Assembleia Municipal, um sistema de transportes no Concelho, onde irá

investir um milhão de euros por ano, para colocar um autocarro em cada freguesia, começámos

em Queijas, Carnaxide e Linda-a-Velha, até ao fim de dois mil e oito vai ser alargado a todas as

freguesias do Concelho, precisamente para facilitar aquele tipo de transporte às pessoas idosas

que se queiram deslocar ao Centro de Saúde, a Centro da Terceira Idade, etc.------------------------

------------- Ele será gratuito para asa pessoas que tenham mais de sessenta anos e que tenham

rendimentos iguais ou inferiores ao salário mínimo nacional, para crianças em idade escolar, cujo

agregado familiar tenha rendimentos iguais ou inferiores a dois salários mínimos nacionais e os

restantes pagarão cinquenta cêntimos. -----------------------------------------------------------------------

------------- Este é um esforço que a Câmara Municipal irá fazer em todas as freguesias para

facilitar a mobilidades daquelas pessoas que têm mais dificuldade, mas é u m esforço que vai

para além daquilo que são as suas competências, porque entendeu que todo o sistema de

transportes estão preparados para os fluxos pendulares para Lisboa e para os principais

aglomerados do Concelho.-------------------------------------------------------------------------------------

------------- A verdade é que a VIMECA também tem que se adaptar e nós hoje temos fluxos

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dentro do próprio Concelho, já não é só de Oeiras para Lisboa, mas de Lisboa para Oeiras

também, porque são cerca de quarenta mil pessoas que vêm trabalhar para Oeiras. -----------------

--------------Tudo isto se alterou nos últimos quinze anos, em matéria da relação de

trabalho/emprego.-----------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Como vêm que quem devia resolver o problema e devia responder a uma necessidade

importante, que é a necessidade de satisfazer o transporte das pessoas, a Câmara vai investir

numa área que não é da sua responsabilidade.--------------------------------------------------------------

--------------Em Leceia é um bairro que como sabem, que na sua maior extensão nasceu como

Bairro de Génese Ilegal e, por isso, há pessoas que construíram as casas, mas ainda não são

titulares dos terrenos, porque compraram avos indivisos, construíram as casa e o projecto nunca

chegou a ser aprovado pela Câmara Municipal.------------------------------------------------------------

--------------Ontem estive em Leceia a inaugurar o Gabinete Técnico Local com vista à

recuperação de todo aquele bairro. ---------------------------------------------------------------------------

--------------Vale a pena viver neste Município, porque este Concelho respeita as pessoas e os

seus Autarcas têm sabido definir bem o que são os interesses e as necessidades das pessoas.------

--------------A grande prioridade foi resolver o problema das famílias que viviam em barracas,

eram cinco mil famílias. ---------------------------------------------------------------------------------------

--------------Tenho muito orgulho quando as pessoas na rua me elogiam porque Oeiras tem

muitas empresas de base tecnológica, muitas instituições, etc.. -----------------------------------------

--------------Orgulho-me enquanto pessoa de ter levado a cabo uma política de realojamento e

para quem dizia que se estavam a construir guetos, olhem para os Concelhos à nossa volta que

ainda estão cheios de barracas e olhem para os indicadores de segurança que havia há quinze

anos atrás e os que há hoje. Ainda há factores de insegurança, tanto mais que houve um

homicídio aqui em Barcarena, mas é do tipo de crime que podia acontecer em qualquer lado, mas

os indicadores fornecidos pelo Governo Civil de Lisboa dizem que Oeiras, neste momento, é o

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Município da Área Metropolitana de Lisboa, com mais baixos índices de criminalidade e não era

assim quando tínhamos os bairros de barracas, não era assim quando a Polícia tinha medo de

entrar nos bairros de barracas.---------------------------------------------------------------------------------

------------- Com o realojamento aumentou a taxa do sucesso escolar, porque Oeiras tem taxas de

sucesso escolar das mais elevadas, aumentou os níveis de emprego, porque quando as pessoas

recebem uma casa é um projecto de vida novo, só quem não viveu numa barraca é que não sabe

o que isso é, porque a promiscuidade, a falta de saúde, os problemas de insegurança existiam

nesses bairros e a resolução desses problemas é que criou condições para que Oeiras seja o que é

hoje, mas, a par disso fomos trabalhando nos Bairros de Génese Ilegal: Bairro de Leião, da

Pedreira Italiana, Casal das Chocas, Quinta da Gandarela, assim como nos Centros Históricos, a

Câmara, nos últimos dois anos já se propôs adquirir cerca de vinte edifícios. -------------------------

------------- Ainda na última reunião de Câmara se aprovou a aquisição de três edifícios na Cruz

Quebrada/Dafundo, por um milhão de euros.---------------------------------------------------------------

------------- Foram inaugurados três Gabinetes Técnicos, um em Carnaxide, outro em Leceia,

outro em Algés, porque a prioridade da Câmara para os próximos anos é a resolução dos

problemas desses bairros. --------------------------------------------------------------------------------------

------------- Leceia tem problemas de natureza legal. ------------------------------------------------------

------------- São necessários planos de pormenor, projectos de loteamento para o bairro, que terão

que da iniciativa dos moradores, é claro que a Câmara pode ajudar nisso.-----------------------------

------------- É necessário fazer obras de infra-estruturas, saneamento básico, abastecimento ed

água, iluminação pública e, as obras vão começar já no próximo ano. ---------------------------------

------------- Eu falei no Restelo em sentido figurado, mas vai ser melhor viver em Leceia do que

em Tercena, porque Restelo já foi um bairro de luxo, hoje não se pode andar lá com segurança.--

------------- Sobre o dique da Rua Antero de Quental, quando se fez a obra da SANEST, fez-se

um dique provisório para garantir a segurança das obras que se estavam a realizar e quando a

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Câmara adquiriu a Quinta da Nossa Senhora da Conceição estive no local e provavelmente, a

DRAOT, a CCDR e o INAG, na altura, entenderam que não devia ser feita qualquer alteração,

porque poderia ter consequências de inundações daquelas casas. ---------------------------------------

--------------A Autarquia e sem pressão de ninguém, teve conhecimento que estava à venda a

Quinta da Nossa Senhora da Conceição. --------------------------------------------------------------------

--------------São dezoito hectares, onde só se pode construir dois, os outros dezasseis serão para

fruição da população, ou seja, espaços verdes. -------------------------------------------------------------

--------------O Executivo deu dois milhões de euros por aquela propriedade.--------------------------

--------------Já estava vendida, mas, a Câmara exerceu o direito de preferência, porque

consideramos que era fundamental para o Concelho adquirir aquela propriedade. -------------------

--------------No contexto dos trabalhos que irão ser feitos para a conservação dessa propriedade,

irá ser analisada a questão do dique, até porque todo o rés-do-chão do palacete é inundado com

frequência, com as cheias da ribeira.-------------------------------------------------------------------------

--------------O preço da água vai aumentar. Ela é igual em todos os municípios da Área

Metropolitana de Lisboa com excepção de Lisboa, porque nós compramos a água à EPAL e ela

vende-a mais cara que aos consumidores de Lisboa. ------------------------------------------------------

--------------Quando digo que vai aumentar, não é de imediato, a política da União Europeia a

propósito da Água é no sentido dela ser cada vez mais cara, porque é um bem cada vez mais

escasso e, então, a recomendação é no sentido de que o aumento da água prossiga até que

corresponda à internalização de todos os custos, desde a captação, passando pelo tratamento,

transporte e distribuição e neste momento o preço final da água ainda não traduz a internalização

de todos esses custos. ------------------------------------------------------------------------------------------

--------------A mim nunca me passou pela cabeça a privatização dos SMAS, embora a

determinada altura se tencionasse concessionar. -----------------------------------------------------------

--------------Há uns anos atrás, quando foi criada legislação, que permitia essa abertura, houve

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alguns municípios, foi o que aconteceu com Mafra e julgo que com Cascais também, que

pensaram que aquilo era uma espécie de “galinha dos ovos de ouro” e que se concessionavam as

águas e recebiam à cabeça uns milhões de euros e que a água, eventualmente, baixaria. ------------

------------- No caso de Oeiras, fizemos os estudos necessários e chegámos à conclusão, fase à

rentabilidade dos Serviços Municipalizados, que comparativamente com outros, têm sido,

relativamente, bem geridos e, portanto, entendemos que não fazia sentido estar a concessionar. A

nossa política é esta. --------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Também há municípios que já concessionaram os jardins, a recolha do lixo, mas nós

ainda não o fizemos, porque temos esta experiência: nós temos já a concessão de alguns jardins,

porque não conseguimos arranjar jardineiros no mercado para trabalhar na Câmara. Temos cerca

de duzentos e cinquenta jardineiros e aquilo que sabemos é que, quando passarem na rua, em

qualquer parte do Concelho e virem um jardim muito bem tratado é de cantoneiros da Câmara,

portanto, já chega de dizer mal dos funcionários públicos, porque há certas coisas bem feitas,

quando virem um aspersor torcido a regar para a rua ou árvores raquíticas, possivelmente, é de

um concessionário, porque os concessionários descobriram que o ambiente, agora, era uma

espécie de “negócio da china”, aparecendo vários concorrentes, esmagam os preços para ganhar

os concursos e depois vêem que, afinal, não têm lucro e, então, começam a querer cortar e a

Câmara Municipal, sistematicamente, está a resolver esse tipo de contratos.--------------------------

------------- Quanto ao tubo de abastecimento, irei mandar ver isso, pois o tubo pode rasgar. ------

------------- Quanto ao IPO, surpreende-me essa questão e o problema da estrada, a Câmara não

ia fazer, mas fique descanso, porque parece que o IPO já não vem para cá. A Câmara Municipal

de Lisboa disponibilizou um terreno também e, portanto, parece que vai ficar em Lisboa. ---------

------------- A via que a Câmara pretende fazer não tem nada a ver com o IPO, esta via já está

pensada ainda não era Presidente de Câmara. Há mais de vinte anos que já estava pensada. É a

chamada Via Longitudinal Norte que a Câmara de Oeiras tem vindo a fazer por troços e já tem

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alguns feitos. Ficará concluída em breve até ao Cemitério de Carnaxide. Vai ser inaugurado em

breve um troço na Outurela e, portanto, ficarão para aí três quilómetros desde a Macro até à SIC.

--------------Essa é uma via paralela à auto-estrada, não é bem ao contrário do que disse, porque o

Senhor falou, realmente, noutro aspecto, falou no impacto ambiental, mas, relativamente, a

alguns aspectos, que visa a mobilidade, é a via que pode resolver muitos dos problemas, que nós

temos hoje, em termos de mobilidade no Concelho, porque é uma alternativa à auto-estrada. -----

-------------- Hoje, tudo está canalizado e drena para a auto-estrada, para a A/Cinco e, por

conseguinte, há vários anos que a Câmara de Oeiras tem pensado nisso. ------------------------------

--------------Já passaram sucessivos Governos dos diferentes quadrantes políticos, digo isto para o

Partido Socialista não ficar ofendido comigo, do PSD e do PS e a Câmara de Oeiras pôs sempre

o mesmo problema para que os Governos considerassem como uma prioridade e integrado no

Plano Rodoviário Nacional. Há aqui várias pessoas, que já foram vereadores da Câmara, sabem

da integração desta estrada no Plano Rodoviário Nacional, e, confesso, nunca conseguimos,

porque custa uns milhões, porque tem umas obras de arte sobre as Ribeiras de Barcarena, Lage e

Jamor. Só essas obras de arte são um dinheirão e, portanto, nunca conseguimos. --------------------

--------------No entanto, na terça-feira, mandei preparar uma carta adequada ao nível do

Planeamento, pois recebemos um projecto da BRISA que quer alargar para quatro faixas de

rodagem a A/Cinco. --------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Onde é que querem alargar essas quatro faixas de rodagem? Entre a área de serviços

de Oeiras e o Estádio Nacional, fazendo um viaduto por cima da A/Cinco para quem vem para a

CREL. Em vez de ir ao nó do Estádio Nacional, vira directamente, passando por cima do

viaduto, aí sim, é que vai ter um impacto extraordinário. Estão a ver a altura, que aquilo tem que

ganhar para entrar na CREL, sem ir ao nó. -----------------------------------------------------------------

--------------Nós dizemos que é uma obra importante, pois vai criar ali uma certa flexibilidade,

porque apenas vai fazer com que os carros cheguem mais depressa ao Viaduto de Duarte

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Pacheco e, então, o que nós sugerimos é que esse dinheiro, que vai ser gasto ali, seja entregue à

Câmara Municipal para fazer a Via Longitudinal Norte. Mas isto não interessa à BRISA, porque

quanto mais larga for, mais carros irão para lá a pagar e se nós fizermos a Via Longitudinal

Norte, como não tem portagem, obviamente, que a maioria dos carros deixarão de ir para a

A/Cinco. Estão a ver o que é, entram na Via Longitudinal Norte, em Leião, por exemplo, e vão

por aí fora até ao IC Dezassete, junto ao Pão de Açúcar sem pagar portagem. ------------------------

------------- Portanto, temos tido essa dificuldade. ---------------------------------------------------------

------------- Mas a verdade, é que, com ou sem financiamento, a Câmara Municipal está a fazê-la,

está o projecto a desenvolver-se e, o que iria acontecer, se o IPO viesse para ali, é que a Câmara

Municipal teria que acelerar a construção desse troço da Via. -------------------------------------------

------------- Mais, se o IPO viesse para ali, se calhar o Governo dava-nos algum dinheiro para a

fazer mais depressa, porque o Governo tem também interesse no IPO. --------------------------------

------------- Mas, o IPO não vem e essa Via está prevista há muitos anos e não vai ter o impacto,

pois é uma ponte. Obviamente que a Câmara Municipal irá projectá-la. -------------------------------

------------- Ou queremos resolver o problema dos transportes e das acessibilidades ou não! Para

resolver o problema das acessibilidades só há duas maneiras: é mais infra-estruturas de

transportes e mais veículos para transportes. Ou seja, mais transportes colectivos, mais estradas e

melhores estradas para eles circularem, caso contrário não dá. ------------------------------------------

------------- Mas fique descanso que esse projecto ficará sujeito a discussão pública e,

naturalmente, que as pessoas poderão pronunciar-se. Mas, desde já, posso garantir que o

objectivo da Câmara não é fazer ali um monstro, é fazer uma obra elegante, uma obra que cause

o mínimo de impacto possível.--------------------------------------------------------------------------------

------------- A Senhora Dona Ermelinda Oliveira diz que é rabugenta e contestatária, às vezes é,

mas eu nem sempre a acho. Ainda hoje, numa reunião, que tive, fiz grandes elogios, porque

considero que a Dona Ermelinda, como uma mulher do associativismo, tem preocupações com

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as pessoas e quem a conhece sabe disto. E aí tenho que registar e dar-lhe todo o apoio. Mas, às

vezes exagera. ---------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Ouvi dizer que é bom viver em Oeiras, a grande maioria das pessoas acham que se

vive melhor em Oeiras do que se vive noutros sítios. -----------------------------------------------------

--------------Aliás, não é por acaso, que no grau de satisfação dos cidadãos e não sou eu que o

digo, são as empresas que fazem esses inquéritos de opinião, são os jornais como o Expresso,

como o Público, como o Diário de Notícias, que publicam essas soldagens e que dizem que o

índice de satisfação de Oeiras é o mais elevado a nível da Área Metropolitana de Lisboa. Agora,

estamos satisfeitos? Não. Eu até acho bem que os cidadãos sejam exigentes, porque quanto mais

exigentes forem, mais atentos nós temos que estar e temos que trabalhar e esforçar e,

naturalmente, cada vez desejamos o melhor. Com certeza que não é isso que está em causa. ------

--------------Quanto a pressupor equipamentos, o problema é este e peço-lhes que façam um

exercício, vejam como é que Barcarena se desenvolveu. -------------------------------------------------

--------------Barcarena tem Leceia, Valejas, Tercena, Queluz de Baixo e Barcarena propriamente

dita, faça um exercício e vejam onde é que se vai construir a escola. Aonde é que estão os

terrenos para construir esses equipamentos? Todos esses equipamentos que fazem falta. ----------

--------------Tercena é um bom exemplo, havia uma Sociedade Urbanizadora de Tercena que era

titular de terrenos e foi fazendo. Era a política do “salame”. Apresentavam um projecto de

loteamento e faziam qualquer coisa. Depois apresentavam outro projecto de loteamento e, a dada

altura, uma estrada que devia de seguir num determinado sentido, já não podia ser porque estava

um prédio no meio. Isto não são condomínios privados, mas até parece, sem continuidade,

porque não houve um plano a sério. Não houve cedências ao Município. Portanto, é necessário

que a Câmara Municipal, relativamente àquilo que é o território de Barcarena, faça um plano a

sério, que possa contemplar as necessidades de todos os equipamentos da Freguesia.---------------

--------------No caso de Tercena, esse projecto já tem mais de quarenta anos, portanto, não tem

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nada a ver com os Executivos depois do Vinte e Cinco de Abril, porque é anterior a essa data e,

ainda por mim, em dois mil e um, foi feito uma espécie de ultimato à Sociedade Urbanizadora de

Tercena, dizendo que a Câmara de Oeiras não aprovava nem mais um loteamento enquanto não

apresentassem uma solução global para todos os terrenos de que eram proprietários para a

Câmara Municipal encontrar uma forma de fazer alguma coisa. ----------------------------------------

------------- Foi assim que se obteve uma parcela de terreno, em Tercena, para fazer setenta

fogos de habitação jovem, que vão ser construídos em breve para libertar os terrenos onde está o

Mercado de Tercena e, penso, que mais duas ou três parcelas, que se considerou. Mas tudo isto é

muito pequeno. --------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Estou de acordo que em Queluz de Baixo é necessário fazer todos esses

equipamentos, mas temos que ver onde é que os vamos fazer. Temos que encontrar os terrenos

para o efeito. É preciso planear.-------------------------------------------------------------------------------

------------- A Dona Ermelinda falou em “crianças que saltam do primeiro ciclo para a

universidade”, lamento muito, mas, de facto, devia fazer essa reclamação ao Ministro da

Educação. -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Há muitos anos, a Câmara de Oeiras e as sucessivas juntas de freguesia reclamam

por uma Escola EB Um, Dois, Três. -------------------------------------------------------------------------

------------- Há documentos escritos dos sucessivos Ministros da Educação que diziam que não se

justificava aqui uma escola e, portanto, não a faziam. É uma competência do Ministério da

Educação, não é da Câmara. A Câmara Municipal fartava-se de mandar ofícios para o Ministro

da Educação e para o Primeiro Ministro para construir a escola. ----------------------------------------

------------- A verdade é que face àquilo que é a resolução de problemas em determinadas

situações e porque entendemos que, realmente, as crianças de Barcarena que vão para Queijas e

para outros lados, a Câmara Municipal, na última Carta Educativa aprovada recentemente,

assumiu o compromisso de fazer a Escola EB Um, Dois, Três, em Barcarena. -----------------------

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--------------Nos anos noventa, a Autarquia já fez quartéis de polícia. Quando estávamos com

dificuldades em termos de segurança e para nos mandarem mais polícias e mais GNR, a Câmara

disponibilizou-se a fazer quartéis. Fez os Quartéis de Carnaxide, de Laveiras, ofereceu o terreno

para o Quartel da GNR de Porto Salvo. ---------------------------------------------------------------------

--------------Tínhamos problemas complicados ao nível do desporto, fizeram-se pavilhões

desportivos em todas as escolas, menos na Escola da Quinta do Marquês, porque não se

conseguiu arranjar um terreno.--------------------------------------------------------------------------------

--------------Mas, a responsabilidade não é da Câmara, mas do Ministério da Educação.------------

-------------- Há boas notícias, porque não digo só mal, eu insisto, porque num destes dias tive

uma reunião com o Ministro da Agricultura e fui-lhe pedir se nos dava um terreno para fazer o

último pavilhão, que faltava numa escola do Concelho, que é o da dita Escola Secundária da

Quinta do Marquês.---------------------------------------------------------------------------------------------

--------------O Senhor Ministro recebeu-me e disse-lhe que estava ali por um descargo de

consciência, porque já era o quinto ou o sexto Ministro da Agricultura com quem eu falava

enquanto Presidente da Câmara e levei sempre “sopa”. Aliás, quem devia de estar ali não era eu,

mas a Senhora Ministra da Educação, porque aquilo que eu lhe ia pedir ela é que o devia fazer.

Precisamos de um terreno para fazer o Pavilhão da Quinta do Marquês. ------------------------------

--------------E, extraordinário, o Senhor Ministro da Agricultura disse-me assim: “Ó Senhor

Presidente, finalmente. Então, tem o terreno e até tem a quinta.” ---------------------------------------

--------------De maneira que, até vamos ter a Estação Agronómica Nacional, que vai passar para a

posse da Câmara, onde se irá fazer o Parque Temático da Quinta do Marquês. São cento e trinta

hectares de terreno, que irão ficar ligados ao Parque Municipal. Está tudo resolvido. --------------

--------------Ainda há dias estive com a Senhora Ministra da Educação, que muito contente, me

agradeceu. Eu também lhe disse que agradecesse ao seu Colega da Agricultura que, finalmente,

me tinha resolvido o problema do terreno para o Pavilhão Desportivo da Quinta do Marquês. ----

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------------- Ficaria agradado se a Dona Ermelinda chegasse aqui e dissesse ao Senhor Presidente

da Câmara: “Veja lá, se fala com a Ministra da Educação para ela resolver o problema da

escola.” --- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- A Dona Ermelinda sabe muito bem que essa competência é do Ministro da Educação

e, por isso, é de estranhar vir com este tipo de argumentos para uma Assembleia como esta. Isso

é que eu tenho que rejeitar. Porque uma coisa, é uma pessoa não saber e quem anda nestas coisas

da política há para aí sessenta anos como a Dona Ermelinda, sabe muito bem que essa

competência é do Ministério da Educação e não da Câmara Municipal de Oeiras. Mas mesmo

essa, a Câmara de Oeiras, vai resolvê-la, porque o Executivo e também a Assembleia já

deliberam que era assim. Aprovou-se a Carta Educativa e já temos definido qual vai ser o terreno

da escola, que vai ser construída e é a Câmara, quem vai pagar, porque já que o Governo não a

faz, neste caso vamos ser nós a fazê-la.----------------------------------------------------------------------

------------- Também fico espantado com aquilo que a Dona Ermelinda vê. -------------------------

------------- Ontem contaram-me que havia uma pessoa que conseguia ver à transparência. Parece

que há aí uma ciência em que as pessoas olham ali para aquela parede e vêem se estão lá moedas

do século passado ou conseguem ver para o outro lado. Vêem através das pessoas. Não sei como

é que isto se chama, mas é uma ciência está aí agora na moda. ------------------------------------------

------------- Agora, a Dona Ermelinda consegue ver, na Fábrica da Pólvora de Barcarena, coisas

que eu não vejo e ninguém vê. Não sei onde está a ver o cimento, em São Marco vejo-o, mas isso

já é Sintra. Porque no caso de Oeiras, o Cabanas Golfe tem um índice de construção que não

chega a trinta por cento. A maior parte da construção, que vai lá ter, são moradias, que nem se

vêem.------ -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O que tem dentro da Fábrica da Pólvora é um pequeno aglomerado de moradias e

habitação de um plano colectivo de quatro pisos de uma “pool” de cooperativas que a Câmara

Municipal alienou parte a preço especial às mesmas. -----------------------------------------------------

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--------------Não sabia que a Dona Ermelinda estava contra as cooperativas. Acho isso estranho. -

--------------Esse terreno foi vendido a preço especial às cooperativas para o movimento

cooperativo, mas é uma pequena parcela. A Fábrica da Pólvora tem cinquenta hectares. Estamos

a falar de cinco hectares e sobraram os outros quarenta e cinco. ----------------------------------------

--------------Ninguém pressionou a Câmara ou o Presidente da Câmara para a aquisição da

Fábrica da Pólvora e há aqui pessoas que são testemunhas disso. Ninguém e isso é absolutamente

falso. Pelo contrário. E isso não posso tolerar. A mim ninguém me pressionou. ---------------------

--------------Tive conhecimento que a Fábrica da Pólvora estava naquela situação, negociei com a

INDEP a sua aquisição e, pelo contrário, o que eu ouvi, foi alguns comentários de onde é que a

Câmara iria arranjar os dois milhões de contos para pagar a Fábrica da Pólvora. Portanto, o “seu

ao seu dono”. ----------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Não houve nenhuma pressão de ninguém sobre a Câmara Municipal. aliás, quando a

Câmara Municipal iniciou as negociações, iniciou-as porque sabíamos qual era a situação e,

portanto, eu desafio alguém a mostrar-me uma única carta a dizer à Câmara que comprasse a

Fábrica da Pólvora de Barcarena. ----------------------------------------------------------------------------

--------------Mais, desafio qualquer militante do Partido Comunista a provar-me que fez alguma

intervenção na Câmara ou na Assembleia Municipal antes de eu falar nisso a dizer para

comprarmos a Fábrica da Pólvora. ---------------------------------------------------------------------------

--------------Em matéria de património, a Câmara Municipal de Oeiras tem tido esta política: tudo

o que é património cultural, histórico, neste caso, com preexistências industriais, a Câmara

Municipal de Oeiras compra e é isso que a Câmara tem feito. Portanto, temos comprado sem

pressões de ninguém.-------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Quanto às ribeiras, estas melhoraram muito mercê do trabalho da SANEST e das

Câmaras Municipais. As ribeiras hoje não têm nada a ver com o que eram; as Ribeiras de

Barcarena, do Jamor e da Lage, por exemplo, hoje, em todas elas há patos. Primeiro não os

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havia.------ -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Por conseguinte, quer a fauna, quer a flora dessas ribeiras melhorou

extraordinariamente. --------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O ambiente das ribeiras do Concelho só melhorou e só não vê quem não quer. --------

------------- A Câmara Municipal teve e continua a ter um papel de intervenção na zona

Ribeirinha com a construção de equipamentos, tal como, o Passeio Marítimo, que deve estar a

iniciar-se a segunda fase, que vai da Praia de Santo Amaro à Praia de Paço de Arcos e depois irá

até Algés. - -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- A construção da Marina.-------------------------------------------------------------------------

------------- A construção da Piscina Oceânica, etc.. -------------------------------------------------------

------------- A Câmara tem um plano global para toda a zona Ribeirinha.------------------------------

------------- Na próxima reunião de Câmara será presente uma deliberação, no sentido da

adjudicação ao Instituto Superior Técnico, para um estudo sobre todas as ribeiras do Concelho,

no sentido da sua dignificação.--------------------------------------------------------------------------------

------------- Neste momento, está em curso um projecto para o percurso ribeirinho da Fábrica da

Pólvora de Barcarena para permitir que as pessoas possam circular ao longo das margens da

ribeira. ---- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Vamos fazer um estudo para todas as ribeiras do Concelho. Quer dizer, que o

trabalho que estamos a fazer na zona Ribeirinha do Tejo, vamos fazê-lo também em todas as

ribeiras do Concelho. De maneira que as pessoas de Barcarena possam chegar aqui entrar no

passeio da margem da Ribeira de Barcarena e possam circular, ir daqui, desde o Centro de

Barcarena até à Quinta da Nossa Senhora da Conceição, ou ir até lá acima à Fábrica da Pólvora

sem ir pela estrada, criando percursos pedonais ao longo da ribeira. Vamos fazê-lo também na

Ribeira de Algés. ------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Portanto, esse estudo vai ser adjudicado já na próxima quarta-feira. ---------------------

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--------------Isto significa que todo o território do Concelho está a ser objecto de estudo. Aliás,

neste momento, como sabem, está em fase de revisão o Plano Director Municipal e eu julgo que

até ao primeiro trimestre do próximo ano, teremos oportunidade de submeter algumas propostas

a discussão pública. Em todas as freguesias vai haver a possibilidade de as pessoas se poderem

pronunciar sobre as propostas do Plano Director Municipal. --------------------------------------------

--------------Agradeço as questões, que aqui foram colocadas porque me permitiu prestar alguns

esclarecimentos, mas, também, dizer-lhes que, realmente, muitas destas questões não são da

exclusiva responsabilidade da Câmara Municipal, quer dizer, há aqui questões de conflitos e

competências entre a Câmara e o Governo e, portanto, há coisas que é a Câmara que tem de

resolver, há outras coisas que a Autarquia, dando corpo aos apelos que aqui são feitos,

naturalmente que o transmitirá a quem de direito e procuramos que as coisas se realizem.---------

--------------As coisas não se fazem de repente, nada “cai do céu” e sabem muito bem que o

Concelho tem mudado e a Freguesia de Barcarena também. Aliás, a Dona Ermelinda falou da

Fábrica da Pólvora de Barcarena, que é um bom exemplo. O que seria a Fábrica da Pólvora, se a

Câmara não tivesse feito a intervenção que fez, para não falar de todas as outras melhorias que

aqui foram feitas. -----------------------------------------------------------------------------------------------

--------------De maneira que, o que é importante é que esta Câmara Municipal continue a

trabalhar, tendo objectivos muito bem determinados e vai procurar fazer um esforço e, de facto,

está a fazê-lo, no sentido de os concretizar. Eu sei que isso, às vezes, incomoda algumas pessoas.

Com certeza que, nós não estamos à espera de só receber elogios. -------------------------------------

--------------Agora, há uns que têm uma visão um bocado pessimista e não vêem, às vezes, o que

está à sua frente.-------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Também conheço Barcarena há trinta anos e o conjunto da Freguesia melhorou

muito: a iluminação pública, os arruamentos e vamos fazer, agora, uma grande intervenção em

Queluz de Baixo, em termos de alcatrão, porque tudo isso cria condições de qualidade de vida:

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espaços verdes, equipamentos, equipamentos para a terceira idade, a SIMP’s, que vêm por aí ao

nível da terceira idade ou de infância, etc.. Quem é que financia todos esses equipamentos? É a

Câmara Municipal, portanto, as coisas também não são assim. Barcarena não está como estava,

bem pelo contrário. ---------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Quando digo que Barcarena é uma Freguesia que tem condições de ter grande

qualidade de vida, é que tem mesmo. Porque Barcarena não foi ocupada com a mesma

intensidade por razões que têm a ver, talvez, com algum isolamento, com algum afastamento do

litoral, porque estava afastada das grandes vias, da marginal e do caminho-de-ferro. Não teve nos

anos sessenta/setenta o desenvolvimento, que as outras localidades tiveram e, ainda bem, porque,

neste momento, os instrumentos de gestão do território são diferentes e há uma maior informação

e um melhor conhecimento do território e há erros, que terão sido cometidos, mas, que aqui já

não vão ser cometidos. -----------------------------------------------------------------------------------------

------------- O planeamento que se vai fazer, para a Freguesia de Barcarena, no sentido de cerzir

tudo isto, de criar condições para que os equipamentos que aqui fazem falta, se façam, vai ser de

modo diferente e já não é a “política do salame”. É possível trabalhar em grande escala.-----------

------------- O problema é que durante muito tempo, cada proprietário, que tinha um terreno,

apresentava um projecto de loteamento e depois houve os avos indivisos. ----------------------------

------------- Apesar de toda esta situação, julgo que Barcarena tem condições, de facto, para ser

um território devidamente ordenado e onde as pessoas vão sentir orgulho de viver. É esse o

nosso propósito e é por isso que vamos trabalhar.” --------------------------------------------------------

4.7. Sr. Presidente da A.M. disse o seguinte: -------------------------------------------------------------

------------- “Vamos entrar no Ponto da Ordem do Dia – Termos de Referência para o

Desenvolvimento do Plano de Pormenor do Espaço de Articulação Barcarena/Tercena/Queluz de

Baixo. ----- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Se os Grupos Políticos estivessem de acordo, daria a palavra ao Senhor Presidente

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para apresentar estes termos de referência. -----------------------------------------------------------------

--------------O Senhor Presidente está de acordo?”---------------------------------------------------------

4.8. Sr. Presidente da C.M.O. respondeu o seguinte:----------------------------------------------------

--------------“Senhor Presidente, eu não estou de acordo. -------------------------------------------------

--------------Eu estou aqui para ouvir, porque não tenho nada a apresentar.----------------------------

--------------Sinceramente, a mim não me foi dado nenhum documento para apresentar.” ----------

4.9. Sr. Presidente da A.M. replicou o seguinte: ---------------------------------------------------------

--------------“Não, o Senhor Presidente é que nos deu um documento.” --------------------------------

4.10. Sr. Presidente da C.M.O. respondeu ainda o seguinte: -------------------------------------------

--------------“Não, eu não tenho nada a apresentar, por uma razão muito simples: a Câmara não

submeteu nenhuma proposta à Assembleia Municipal. ---------------------------------------------------

--------------Julgo que alguém da Assembleia Municipal, com certeza que algum Grupo

Parlamentar, agendou, mas não disse ao Presidente da Câmara para quê. -----------------------------

--------------Não recebi nenhum documento da Assembleia Municipal, portanto, quem agendou é

que deve pôr as questões, que tem a pôr, ao Presidente da Câmara e ao Executivo e nós

estaremos aqui para responder. -------------------------------------------------------------------------------

--------------De maneira que, lamento muito, mas eu não tenho nada a apresentar. Não tenho

nenhuma proposta da Assembleia Municipal e nem faço ideia quem é que pediu, pois não me foi

dito nada.-- ------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Lamento muito, mas estou à disposição dos Membros desta Assembleia Municipal

para aquilo que quiserem, mas eu não recebi nenhuma informação da Assembleia Municipal a

dizer que queriam que eu apresentasse o que quer que fosse. -------------------------------------------

--------------De facto, esta é a informação que eu tenho.”-------------------------------------------------

4.11. Sr. António Grosso (BE) fez a seguinte intervenção: ---------------------------------------------

--------------“Antes da entrada na Ordem de Trabalhos, não têm lugar a discussão feita pelos

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Membros das questões colocadas pelo público?” ----------------------------------------------------------

4.12. Sr. Presidente da A.M. disse o seguinte: ------------------------------------------------------------

------------- “Não há discussão, há uma intervenção, se os Membros desta Assembleia Municipal

quiserem, que é diferente. Não há discussão. Há uma intervenção dos Grupos Políticos.”----------

4.13. Sr. António Grosso (BE) referiu o seguinte:--------------------------------------------------------

------------- “Não foi dada essa oportunidade e passou-se imediatamente para a Ordem de

Trabalhos.”-------------------------------------------------------------------------------------------------------

4.14. Sr. Presidente da A.M. disse o seguinte: ------------------------------------------------------------

------------- “Mas posso dar essa oportunidade.-------------------------------------------------------------

------------- Há algum Grupo Político que pretenda intervir, nos termos do Regimento?” -----------

4.15. Sr. Francisco Silva (BE) referiu o seguinte: --------------------------------------------------------

------------- “Queria desde já saudar o esforço feito pela Presidência da Mesa e pelos diversos

Grupos Políticos em trazer aqui esta Assembleia. ---------------------------------------------------------

------------- Pelo que eu vejo, o maior problema que as pessoas puseram aqui foi a questão do

trânsito. É óbvio que não somos uma ilha. É escusado vir com ideias separatistas, já nos basta o

Alberto João, porque não nos podemos isolar desta realidade e dos outros concelhos à volta. Se

eles não funcionam bem, é óbvio que o Senhor Presidente, de certeza, que fará diligências na

relação de mobilidade com o nosso Concelho, mas também a Câmara tem competências no

sentido de não agravar os problemas actuais, quando não há solução para eles. ----------------------

------------- De momento, não há solução para o trânsito que passa por aqui. -------------------------

------------- Por vezes, não me faço entender bem, mas era uma brincadeira, quando eu lhe disse

na Assembleia, quando falamos sobre este Plano, eu perguntei-lhe: “Então, como é que vai

resolver os transportes? Vai pôr lá, com certeza, uma estação do SATU!” ----------------------------

------------- Senhor Presidente, só podia ser brincadeira, porque nós vemos a utilidade que aquilo

tem.-------- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

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--------------Nós temos que resolver o problema de outra maneira que não passa pelo aumento de

estradas, mas passa pelos transportes. -----------------------------------------------------------------------

--------------O aumento da capacidade de transportes para a Freguesia de Barcarena traria,

automaticamente, desenvolvimento. Desenvolvimento que não é sustentado por dois mil e tal

fogos com os transportes que isto tem, de certeza, que incluem à volta de quatro mil carros. Será

que entrará, assim mais ou menos, nas contas? ------------------------------------------------------------

--------------Agora, se o Senhor Presidente passasse aqui às oito da manhã, de certeza que viria

que não cabem aqui esses fogos. -----------------------------------------------------------------------------

--------------Temos que defender a qualidade de vida em Oeiras. É um Concelho onde as pessoas

gostam muito de viver, o que é óptimo porque, quando se pensa em Barcarena não se tem a

imagem de São Marcos. ---------------------------------------------------------------------------------------

--------------Lá por a Casa da Música ter muito betão, a partir daí, generalizou-se a ideia de que

tudo o que é betão é obra de arte, mas não é. Temos de ter um bocado de consciência e ver que

este Vale, em termos de natureza, proporciona uma qualidade de ambiente. Noutros concelhos já

se fazem esses estudos, em termos do alívio da carga de dióxido de carbono e de outros

poluentes. - ------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------É óbvio que tem condicionantes e estar a construir ali, vai alterar todo esse sistema

climático.-- ------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Nós estamos a pensar em pôr ali um acesso pedonal na Ribeira para a Fábrica da

Pólvora, penso que as pessoas de Barcarena estão muito mais interessadas em que lhes ponham

um transporte para Paço de Arcos e Cacém, que lhes dêem um sítio para os jovens estarem sem

ser perdidos por aí, porque, realmente, tive a oportunidade de ter vivido aqui e sei que não há

nada para fazer, como tal, no Concelho de Oeiras não há nada para fazer pelos jovens e o Senhor

tem de pensar nisso. --------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Tem que pensar que o desenvolvimento não passa por mais lojas, porque os

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

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portugueses não têm dinheiro para irem lá gastar. ---------------------------------------------------------

------------- Não passa por mandar para o “ar” que vem para aqui este ou aquele centro, não vem.

Não vem o IPO, tal como o Senhor Presidente disse e nem o Complexo Desportivo. O que é que

vem? Vêm as lojas, os prédios e os carros? -----------------------------------------------------------------

------------- Barcarena precisa de ser desenvolvida, mas não é assim. Sinceramente não é assim e

o Senhor Presidente sabe que não é assim.”-----------------------------------------------------------------

4.16. Sr. Daniel Branco (CDU) fez a seguinte intervenção:---------------------------------------------

------------- “Ia só pegar na primeira intervenção do Senhor Hélder Pedroso que disse aqui que

em trinta anos de Poder Local é a primeira vez que se faz uma sessão da Assembleia Municipal

de Oeiras, em Barcarena. --------------------------------------------------------------------------------------

------------- Tenho discutido diversas vezes a questão da falta de participação das populações na

maioria das questões, que têm a ver com a vida municipal. ----------------------------------------------

------------- Estava muito longe de, numa sessão pública da Assembleia Municipal, ouvir uma

expressão deste género, sem ter sido contestada.-----------------------------------------------------------

------------- Pensei que o Senhor Hélder Pedroso tinha feito uma intervenção que não

correspondia à verdade. Correspondendo à verdade, porque não houve nenhum esclarecimento e

nem nada que se referisse, acho que é, extremamente, negativo e que isto marca de uma forma

muito má o ritmo de Oeiras. -----------------------------------------------------------------------------------

------------- Creio que há muitas coisas que temos de modificar. ----------------------------------------

------------- Eu próprio tenho integrado a Comissão, que está à procura de acompanhar a revisão

do Plano Director Municipal.----------------------------------------------------------------------------------

------------- Há dois anos que procuramos acompanhar uma coisa, que não existe, em termos de

revisão.---- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Participei um pouco naquilo que foram algumas Assembleias feitas sobre a chamada

Revisão do Plano Estratégico de Oeiras Vinte e Um, em que a maioria das pessoas participaram

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nas sessões em que eu estive. Numa delas estiveram sessenta e duas pessoas, se não me falha a

memória. Esse Plano está acabado e deve estar a ser feita a versão definitiva já há uma série de

tempo. ----- ------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Esteve em curso um Plano de Mobilidade e a mobilidade aparece sempre em todas as

sessões; os problemas dos transportes, das acessibilidades e os problemas do que há para fazer.--

--------------A verdade é que esta Assembleia não ouviu falar uma única vez sobre o Plano de

Mobilidade e, isto, em relação à Assembleia é análogo ao que se passa em relação à população

de há trinta anos, sem ver um Órgão destes, reunir aqui nesta Freguesia.------------------------------

--------------Creio que é muito negativo e queríamos modificar rapidamente. Isto é uma

responsabilidade da Assembleia Municipal que, desta vez, veio cá, penso que, de uma forma

muito correcta e devemos de ir a todas as freguesias e até com mais frequência para que as

pessoas tenham a possibilidade de dizerem o que quiserem, pese embora o Senhor Presidente da

Câmara esteja ou não na disposição de os ouvir.-----------------------------------------------------------

--------------Quem é eleito tem de ouvir o que os eleitores nos têm para dizer e, sobretudo, tem de

encarar as coisas, que são ditas, de um modo que não seja arrogante. ---------------------------------

--------------Não nos caracteriza, seguramente, usarmos estas posições em relação a quem nos

coloca questões, porque, de facto, a população sente os problemas. ------------------------------------

--------------A informação e o esclarecimento é muito importante, mas, temos de saber que todos

nós temos direito de levantar todas as questões, temos direito de ser esclarecidos das melhores

maneiras possíveis e temos o direito de querer, efectivamente, com as nossas posições, marcar o

futuro e não permitir que se continue em trinta anos a falar de marcar ritmos sem se falar com as

populações.” -----------------------------------------------------------------------------------------------------

4.17. Sr. Marcos Sá Rodrigues (PS) referiu o seguinte: ------------------------------------------------

--------------“Aos munícipes que fizeram as suas intervenções, as suas preocupações foram

devidamente anotadas pelo Partido Socialista. -------------------------------------------------------------

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------------- Gostaria de deixar uma nota que tem a ver com uma certa piada referente ao poder de

síntese, que foi aqui demonstrado pelo Senhor Presidente da Câmara em relação às respostas que

deu aos munícipes, ou seja, quatro perguntas que corresponderam quase a uma hora e vinte

minutos de respostas do Senhor Presidente. Precisou de dez vezes mais do tempo a utilizar e é

pena, porque, de facto, as perguntas foram simples e directas e só tinham a ver unicamente com

uma coisa e isso é um facto; esta Freguesia de Barcarena nunca foi uma prioridade do Senhor

Presidente da Câmara durante os dezassete anos de existência do seu poder. É uma realidade

aqui, como o é também em Porto Salvo. Nunca foram prioridades e não há nada como assumir

isso. Não perde nada com isso, aliás, para não acusar as outras pessoas de mentira, também podia

ter a hombridade e a humildade de assumir exactamente isso.-------------------------------------------

------------- Sinceramente, deixou-me boquiaberto, o dizer-se, ou pelo menos foi essa a sensação

que ficou aqui, que os problemas da Freguesia de Barcarena são da responsabilidade do Governo

Central. --- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Nós ficamos boquiabertos com isto. -----------------------------------------------------------

------------- Todos os problemas da Freguesia de Barcarena são da responsabilidade do Governo

Central e, neste caso também, do Senhor Primeiro Ministro. Aliás, eu estava a pensar, que logo

que saia desta Assembleia Municipal, ligar ao Senhor Primeiro Ministro para lhe dar esta nota,

porque acho que é importante chamar-lhe a atenção disso. De facto, quando dá jeito, utiliza-se o

Governo para dizer que a A/Cinco, a CREL, as escolas, todas as coisas boas, é tudo das

autarquias, quando é do Governo Central. ------------------------------------------------------------------

------------- E, em relação a algumas dessas medidas, o Senhor Presidente falou, agora, da Carta

Educativa de Oeiras, queria-lhe dizer que a CREN tem responsabilidades nesta matéria, como é

evidente. Mas, quem é que lá mete os funcionários, Senhor Presidente?-------------------------------

4.18. Sr. Presidente da C.M.O. interveio para dizer o seguinte: ---------------------------------------

------------- “Quais funcionários?”----------------------------------------------------------------------------

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4.19. Sr. Marcos Sá Rodrigues (PS) continuou, dizendo o seguinte: ---------------------------------

--------------“Ó Senhor Presidente, os funcionários. -------------------------------------------------------

--------------Quem é que lá mete os funcionários? Quem é que paga?” ---------------------------------

4.20. Sr. Presidente da C.M.O. respondeu o seguinte: --------------------------------------------------

--------------“A responsabilidade é do Governo.” ----------------------------------------------------------

4.21. Sr. Marcos Sá Rodrigues (PS) replicou o seguinte:-----------------------------------------------

--------------“Exactamente, a responsabilidade é do Governo. Então, não é só uma iniciativa do

Senhor Presidente da Câmara.” -------------------------------------------------------------------------------

4.22. Sr. Presidente da C.MO. respondeu o seguinte: ---------------------------------------------------

--------------“Nós vamos construir as escolas.” -------------------------------------------------------------

4.23. Sr. Marcos Sá Rodrigues (PS) disse o seguinte:---------------------------------------------------

--------------“Relativamente às escolas é muito importante, porque o Senhor Presidente até teve a

sua oportunidade, quando foi Ministro do Ambiente. Levou daqui um colega seu, que foi Vice-

Presidente desta Câmara e Ministro da Educação durante dois anos e, efectivamente, não trouxe

a escola para Barcarena quando foi do Governo do PSD. ------------------------------------------------

--------------Queria deixar esta nota para recordar, de facto, a influência que o Senhor Presidente

teve junto dos seus companheiros. ---------------------------------------------------------------------------

--------------De facto Barcarena não foi prioridade e tem de ser, neste momento, uma prioridade.-

--------------Quando nós vemos estes Termos de Referência, que estamos aqui a falar ou que

vamos discutir a partir daqui, é pena verificarmos que, de facto, para termos desenvolvimento

nesta Freguesia e no nosso Concelho, temos que ter investimento dos privados e na construção,

porque a Câmara, durante anos e anos, não ligou nenhuma à Junta de Freguesia de Barcarena.”--

4.24. Sr. Jorge Pracana (PSD) disse o seguinte: ---------------------------------------------------------

--------------“Sou residente em Barcarena há cerca de vinte e seis anos. A minha filha nasceu cá e

os meus pais estão cá enterrados. Significa que, no fundo, Barcarena é para mim a terra, que me

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adoptou e que eu adoptei. --------------------------------------------------------------------------------------

------------- Não posso deixar de salientar o agrado que me trás aqui, na qualidade de Membro

desta Assembleia Municipal e, consequentemente, desejar a todos os residentes desta terra, o

melhor futuro.----------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Foi, igualmente, também, com grande agrado que numa Assembleia Municipal, em

tempos idos, eu, com alguns poucos, que me recorde, que aqui estão presentes, que aprovaram a

compra da Fábrica da Pólvora. --------------------------------------------------------------------------------

------------- Nessa altura, esta unidade industrial, que todos nós conhecíamos, que fazia a

apologia da guerra, se transformou numa unidade, que hoje faz a apologia da cultura. E,

portanto, eu só posso estar muito satisfeito por ter contribuído, na altura, com o meu voto e todos

aqueles que votaram pela aquisição, que foi proposta pela Câmara com as consequências que

todos nós conhecemos. -----------------------------------------------------------------------------------------

------------- Foi, de facto, importante para esta terra e julgo que, foi, no fundo, o princípio

daquilo que eu antevejo para ela.”----------------------------------------------------------------------------

5. PERIODO DA ORDEM DO DIA ----------------------------------------------------------------------

5.1. Apreciação dos Termos de Referência para Desenvolvimento do Plano de Pormenor do

Espaço de Articulação Barcarena/Tercena/Queluz de Baixo, que a seguir se transcreve:-------

“101 - ESPAÇO DE ARTICULAÇÃO BARCARENA / TERCENA / QUELUZ DE BAIXO –

ELABORAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO: ----------------------------------------------------------

------------- I – O Senhor Presidente apresentou à Câmara a seguinte proposta:-----------------------

------------- “A reflexão estratégica permanente, construindo sucessivos cenários do futuro e a

intervenção de planeamento urbano no momento adequado para concretizar os objectivos

estratégicos e captar as “oportunidades de desenvolvimento”, tem sido a essência da metodologia

de planeamento urbanístico que temos vindo a adoptar, com resultados positivos.-------------------

------------- O Departamento de Planeamento de Gestão Urbanística tomando como referência o

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extenso trabalho de reflexão nos domínios social, económico, ambiental e urbano, efectuado no

decurso do Oeiras Vinte e Um, elaborou um relatório Preliminar onde explicita o contexto da

oportunidade e define os termos de referência para elaboração do Plano de Urbanização do

Espaço de Articulação Barcarena / Tercena / Queluz de Baixo. -----------------------------------------

--------------Em conformidade com os números um e dois, do artigo septuagésimo quarto, e

número dois, do artigo septuagésimo quinto, do Decreto-Lei trezentos e oitenta, de noventa e

nove, de vinte e dois de Setembro, proponho que a Câmara delibere: ----------------------------------

--------------a) Determinar a elaboração do Plano de Urbanização da área designada “Espaço de

Articulação Barcarena / Tercena / Queluz de Baixo”, com base nos ternos de referência

indicados no Relatório Preliminar elaborado pelo Departamento de Planeamento de Gestão

Urbanística e no prazo de seis meses.------------------------------------------------------------------------

--------------b) Apresentar o Relatório Preliminar à Assembleia Municipal para conhecimento dos

objectivos estratégicos e termos de referência do Plano de Urbanização a realizar.------------------

--------------c) Solicitar ao Senhor Ministro do Equipamento do Planeamento e da Administração

do Território a nomeação da comissão mista de coordenação para acompanhamento do Plano.”--

--------------II – A Câmara, por unanimidade dos presentes, deliberou aprovar o proposto, bem

como, aprovar em minuta esta parte da acta.” --------------------------------------------------------------

“76 - PROPOSTA Nº. 357/07 – INFº. Nº. 795/06-DP – PROCº. SP 15/00 (3º. VOL) – TERMOS DE

REFERÊNCIA PARA DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE PORMENOR DO ESPAÇO DE

ARTICULAÇÃO BARCARENA/TERCENA/QUELUZ DE BAIXO: --------------------------------------

--------------I – O Senhor Presidente apresentou à Câmara a seguinte proposta: ----------------------

--------------“A Divisão de Planeamento, através da informação supra, entendeu propor à Câmara

Municipal a aprovação de um documento técnico sob a forma de “Termos de Referência”, com

enquadramento no ponto dois, artigo septuagésimo quarto do Decreto-Lei número trezentos e

oitenta, de noventa e nove, de vinte e dois de Setembro, com as alterações introduzidas pelo

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Decreto-Lei número trezentos e dez, de dois mil e três, de dez de Dezembro. ------------------------

------------- A área de intervenção proposta, tem uma dimensão de oitenta e dois vírgula seis

hectares e constitui uma área expectante atravessada ao meio pela CREL e envolvida pelos

aglomerados urbanos de Barcarena, Tercena e Queluz de Baixo e pela Fábrica da Pólvora de

Barcarena. -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O desenvolvimento de um plano municipal de ordenamento do território para aquela

área de intervenção foi já anteriormente assumido sob a forma de Plano de Urbanização – “Plano

de Urbanização do Espaço de Articulação Barcarena/Tercena/Queluz de Baixo”, cujo relatório

preliminar foi aprovado em reunião de Câmara de vinte e oito de Junho de dois mil, através da

proposta de deliberação número mil quatrocentos e cinquenta e três, de dois mil.--------------------

------------- O interesse manifestado por diversos proprietários em vir a desenvolver intervenções

na área em causa e o interesse emergente em vir a consolidar a estrutura urbana dos aglomerados

de Barcarena/Tercena/Queluz de Baixo, numa fase em que se encontra em revisão o Plano

Director Municipal de Oeiras, projectam um contexto de oportunidade para avançar com um

plano para o local.-----------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Face ao que antecede, proponho à Câmara que delibere: -----------------------------------

------------- - Aprovar os “Termos de Referência” para o desenvolvimento do “Plano de

Pormenor do Espaço de Articulação Barcarena/Tercena/Queluz de Baixo” de acordo com a

informação técnica número setecentos e noventa e cinco, de dois mil e seis, do Departamento de

Planeamento Gestão Urbanística/Divisão de Planeamento; ----------------------------------------------

------------- - Revogar a proposta de deliberação número mil quatrocentos e cinquenta e três, de

dois mil; -- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- - Aprovar a reserva de espaço destinado a unidade de saúde pública (terreno com

área mínima de quatro mil metros quadrados).”------------------------------------------------------------

------------- II – Intervindo, o Senhor Vereador Amílcar Campos disse considerar que estes

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Termos de Referência procuram viabilizar uma transformação de grande impacto no vale de

Barcarena com a qual não está minimamente de acordo e, não está de acordo, naturalmente,

tendo em conta os argumentos de um parecer da DRAOTLVT, do qual se permite ler alguns

aspectos mais importantes: …“O PROTAML definiu uma Rede Ecológica Metropolitana (REM)

como instrumento fundamental da Estrutura Metropolitana de Protecção e Valorização

Ambiental e da concretização da sustentabilidade ambiental no território metropolitano… ” e

mais adiante …“No essencial, julga-se estar em presença da transformação de espaços definidos

no PDM como não urbanizáveis (Espaço Multiuso) em espaços urbanizáveis, ainda que integre

espaços de equipamentos importantes para a afirmação da AML. --------------------------------------

--------------Assim, de acordo com as Orientações Estratégicas do PROTAML (sustentabilidade

ambiental) e com as orientações concretas para a área abrangida por este Plano, o sentido desta

intervenção pode ser considerado incompatível com o PROTAML, em particular com as opções

relacionadas com as questões ambientais e urbanísticas. -------------------------------------------------

--------------Acresce ainda o facto do PROTAML conter um conjunto de Normas Orientadoras

para os Instrumentos de Planeamento Territorial, que nos parecem reforçar o sentido da

incompatibilidade do Plano em apreciação com o que o PROTAML propõe. ------------------------

--------------De seguida transpõem-se algumas dessas Normas Orientadoras, que não deverão,

contudo, inviabilizar a consulta da totalidade das disposições normativas do PROTAML….”-----

--------------Continuando, disse que para além das Normas Orientadoras, há todo um conjunto de

argumentação que lhe parece extremamente pertinente e à qual é mais sensível do que a que está

subjacente à proposta em análise. ----------------------------------------------------------------------------

--------------Por outro lado a parte desportiva parece que pretendia contemplar a intenção de

algum investidor que, ao que parece, já não está interessado neste parque desportivo, pois tem

visto, ultimamente, quer na imprensa, quer na televisão esse projecto apontado para a Orla

Ribeirinha do Tejo. Todavia, esta, para si, não é a questão essencial pois o que lhe importa são os

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dois mil e cem fogos, é esta área, são estes comentários que acabou de ler e com os quais se

identifica em absoluto. -----------------------------------------------------------------------------------------

------------- Disse, ainda, pensar que isto não beneficia a zona do Vale de Barcarena e, pelo

contrário, acha até que é bastante mau. ----------------------------------------------------------------------

------------- Usou, de seguida, da palavra a Senhora Vereadora Teresa Zambujo observando

que esta posição da DRAOT foi transmitida à Câmara em Setembro de dois mil e dois, altura em

que era Presidente, tendo tido ocasião de discutir este assunto, por várias vezes, com a Directora

Regional. Numa primeira fase era a situação do documento adequado, como o Senhor Presidente

bem se lembra porque era Ministro na altura e falaram sobre o mesmo, tendo-se gerado uma

discussão (no bom sentido) em torno deste assunto, de que resultou, por parte do Ministério do

Ambiente, continuar a manter uma posição desta natureza. ----------------------------------------------

------------- Entretanto, numa das reuniões que teve com técnicos da Câmara teve oportunidade

de ver uma simulação tendo ficado assustadíssima com o resultado e dito que não poderia ser

assim e que, da sua parte, não iria fazer uma proposta de viabilização. --------------------------------

------------- Acrescentou não ser contra “termos de referência”, até porque são documentos que

são analisados no seio do PDM ou de outro instrumento que seja adequado à área em causa, mas

como a situação é igual à anterior, em que disse não e o assumiu publicamente, não pode votar a

favor desta proposta.--------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Usou, de seguida, da palavra o Senhor Vereador Emanuel Martins dizendo estar-

se perante a fase de criação de instrumentos para a elaboração do Plano de Pormenor ou para em

sede do PDM, que está em revisão, poderem ser acertadas aquilo que são as novas permissas

para uma outra parte do Concelho cujos habitantes se vêm queixando que tem estado esquecida

e, quanto a si, é natural que se queixem quer no plano das acessibilidades, quer da falta de

projectos objectivos e concretos em relação à zona de Barcarena. --------------------------------------

------------- Assim, pensa que a aprovação dos termos de referência para o desenvolvimento deste

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Plano de Pormenor é positiva e é um sinal de que, de facto, a Câmara se preocupa com aquela

zona do Concelho, razão pela qual irá votar favoravelmente esta proposta. ---------------------------

--------------Interveio, o Senhor Presidente observando que, por vezes, a Câmara demora imenso

tempo em discussões de menor importância quando, para si, estas é que são questões

primordiais, já que o desenvolvimento está em propostas como esta. O que está em discussão é

fundamental para o futuro deste Concelho e do da Área Metropolitana de Lisboa. É preciso ter-se

consciência, e a memória é fundamental, que se existem espaços multiuso não é por acaso, pois

lembra que o único Plano Director Municipal que tem espaços multiuso, na Área Metropolitana

de Lisboa, é o de Oeiras, e estes foram considerados a pensar no futuro. Por exemplo, entre os

reservatórios da água do Torneiro e a Quinta da Fonte, a Sul da auto-estrada é um espaço

multiuso e não parece fazer sentido que o seja, assim como a zona das Pedreiras, mas o certo é

que quando se está a discutir em relação ao território não é fácil ter uma ideia concreta para todo

ele e, portanto, tem que se imaginar e antecipar o desenvolvimento de determinados eixos

estratégicos do território, deixando outros como que expectantes mas que a Câmara sabe que têm

potencial, ou seja, as chamadas zonas multiuso são territórios que a Câmara sabe que têm

potencial e que podem ser desenvolvidas, ou não, em função de projectos que lhe sejam

apresentados. As zonas que ficam como multiuso são para impedir que o território seja retalhado,

porque há terrenos com uma determinada dimensão, que têm uma quantidade de proprietários e

se cada um apresentar o seu projecto de loteamento fica uma manta de retalhos e não se faz o

ordenamento do território. Ora os Planos Estratégicos e os Planos de Urbanização, que é o início

da história deste que está em análise, incidem sobre um território que tem uma certa dimensão

para que se possa fazer um ordenamento adequado. Caso contrário é a política do salame que

ainda acontece em muitos municípios mas que em Oeiras se tem procurado impedir. Se não fosse

isso não existia o Tagusparque, que era Reserva Agrícola Nacional, assim como o eram os

terrenos onde está o Lagoas Parque e a Quinta da Fonte, o que significa que tem havido a

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

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capacidade, por parte da Câmara Municipal de Oeiras, de desenvolver determinadas áreas,

naturalmente em função de uma tendência de procura, etc., mas impedindo que o território seja

retalhado de uma forma arbitrária.----------------------------------------------------------------------------

------------- Ora bem, que território é este situado entre Barcarena/Tercena/Queluz de Baixo?

Qualquer uma destas localidades, em termos de desenvolvimento, em termos de qualidade de

vida, nunca deixarão de ter características rurais e pobres, até do ponto de vista arquitectónico, se

não for introduzido um factor de qualificação que, aliás, acontece naturalmente, pois se se

reparar a Câmara intervém nos núcleos antigos e começa por fazê-lo no espaço público e no

património e, depois, os particulares vão uns atrás dos outros, muitas vezes com a ajuda da

Câmara e outras sem ela, o que significa que há aqui um fenómeno de simpatia. --------------------

------------- Por outro lado diz-se que Porto Salvo e Barcarena eram as freguesias mais atrasadas,

abandonadas, mas a verdade é que na freguesia de Barcarena os territórios municipais são a

Fábrica da Pólvora, que foi comprada pela Câmara Municipal, com cinquenta hectares dos quais

quarenta estão disponíveis, a Quinta Nossa Senhora da Conceição, com dezoito hectares,

também comprada pela Câmara. Portanto, ninguém diga desta Câmara Municipal que não está

atenta ao território e que não adquire património, porque tudo aquilo que a Câmara pode adquirir

e que não é susceptível de levar construção tem sido adquirido.-----------------------------------------

------------- No entanto, se a Câmara quiser construir equipamento não tem terrenos para o efeito

nem em Barcarena, nem em Tercena e nem em Queluz de Baixo. Aliás, em Tercena, em dois mil

ou dois mil e um a Câmara teve que fazer uma espécie de ultimato à Fundação do Doutor

Lourenço para apresentar um estudo para toda a zona, já que todo o território era seu, e havia um

plano com mais de quarenta anos que ele ia retalhando, ou seja, à medida que precisava de

dinheiro apresentava um projecto de loteamento e foi assim que Tercena se tornou naquilo que é.

Todavia, foi através desse “ultimato” que deu entrada na Câmara um projecto de loteamento que

foi aqui discutido e que era o tal que tinha edifícios próximos da ribeira, sendo que essa

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proximidade da construção repugnava ao geógrafo José Eduardo Costa como aqui disse, mas a

verdade é que foi aí que a Câmara Municipal, pela primeira vez, conseguiu resolver um

problema que é o de poder vir a acolher ali cem ou cento e vinte casas de habitação social, além

de que o único terreno que tinha recebido foi aquele onde hoje está construído o mercado. --------

--------------Portanto, trata-se de capacidade de antevisão, de imaginar as necessidades daqui a

vinte ou trinta anos e de criar condições para a Câmara Municipal receber os terrenos que tem a

receber. Ora, a única área que existe é esta e daí chamar-se “Espaço de articulação

Barcarena/Tercena/Queluz de Baixo”. Está-se a fazer cidade, o que significa que se estão a criar

condições para que naquele espaço possa haver escolas, etc.. Toda a gente fala na Escola Básica

Integrada de Barcarena, mas onde é que vai ser feita esta célere Escola? Onde é que vai ser

construído o Lar da Terceira Idade? Onde é que vai ser feito o Centro de Saúde? Será no

cubículo junto aos Bombeiros? É óbvio que não. Tem que se optar: ou se faz um Centro de

Saúde e se tira dali os Bombeiros, ou se expandem as suas instalações e o Centro de Saúde terá

que ir para outro lado. ------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Portanto, os equipamentos qualificados que a Câmara quer fazer em todo o Concelho

e, designadamente, naquela freguesia onde é que irão ser feitos? Só pode ser neste espaço. Por

outro lado, Barcarena não tem um pavilhão desportivo coberto, sendo, aliás, a única freguesia do

Concelho que não tem esse equipamento.-------------------------------------------------------------------

--------------Também deve dizer que fica espantado com a afirmação da Senhora Vereadora

Teresa Zambujo quando diz que ficou assustadíssima porque era Vereadora na Câmara de Oeiras

quando foram aprovados os termos de referência e, mais com um plano e um estudo de

volumetrias apresentado em dois mil, mas nessa altura crê que foi aprovado por unanimidade ou,

quando muito terá merecido a abstenção ou o voto contra do Vereador Arnaldo Pereira, porque,

de resto, mereceu voto favorável unânime do então PSD. Admite, todavia, que a Senhora

Vereadora tenha mudado de opinião mas, que tenha ficado assustadíssima por lhe terem

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apresentado o estudo não entende e não sabe porquê, visto que já o tinha aprovado e por

unanimidade.-----------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O que houve, depois, é uma outra questão, ou seja, a Câmara Municipal apresentou

para este espaço um propósito de elaboração de um Plano de Urbanização e, isto, porque um

Plano de Urbanização deixa mais espaço de manobra à Câmara Municipal, mas há um pormenor:

é que, nos termos da lei, um Plano de Urbanização só pode ser feito em zonas urbanizáveis,

porque para as que não o são o instrumento de gestão territorial é outro. ------------------------------

------------- Acrescentou que, na altura, era Ministro, tinha a tutela dessa área e como tinha

estado na origem desta proposta até teve uma reunião com a Doutora Teresa Zambujo, na

qualidade de Presidente da Câmara, e com a Engenheira Fernanda Vara, no sentido de se

encontrar uma qualquer situação ou, até, de se fazer uma alteração legislativa, não para este caso,

mas em abstracto e para a generalidade de casos que aparecessem como este, por se considerar

que o Plano de Urbanização deixa, de facto, mais flexibilidade às Câmaras Municipais no

sentido de fazer ajustamentos. Contudo, a antiga DRAOT não concordou e achou que deveria ser

um Plano de Pormenor, mas o problema deste é que é, realmente, um Plano de Pormenor e, nos

termos da lei, é o único instrumento de gestão territorial que pode alterar o Plano Director

Municipal. -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O certo é que, a Câmara de Oeiras, quando ainda cá estava, andou durante dois ou

três anos a discutir com a DRAOT se era Plano de Pormenor ou Plano de Urbanização. O Plano

de Pormenor, de facto, não deixa qualquer margem de manobra à Câmara Municipal, até porque

após a sua aprovação só pode ser alterado com outro Plano de Pormenor que tem exactamente os

mesmos mecanismos de consulta, de acompanhamento, etc.. --------------------------------------------

------------- A este propósito deu como exemplo o chamado Plano Estratégico do Parque de Santa

Cruz, para onde estava aprovada a Heron City, que é um conceito de Centro Comercial a céu

aberto e que felizmente não é Plano de Pormenor. A Câmara fez a alteração desse projecto de

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loteamento para acolher a Heron City mas os investidores chegaram, posteriormente, à conclusão

que não havia condições para fazer lá esse espaço comercial e desistiram e, neste momento, o

que está lá aprovado é a área comercial correspondente àquilo que a Heron City queria fazer, o

que significa que os promotores podem vir agora à Câmara Municipal dizer que estão

interessados em fazer outra coisa. Ora, como se trata de um projecto de loteamento a Câmara

Municipal pode fazer a alteração, mas se fosse um Plano de Pormenor ter-se-ia que lhes

responder para voltarem daqui a uns anos e, concerteza, que com essa resposta iriam para outro

lado, porque é assim que estas coisas funcionam. ---------------------------------------------------------

--------------Às vezes tem que se “albardar o burro à vontade do dono” e é isso que se está aqui a

fazer, ou seja, a Câmara incapaz de fazer a DRAOT ou a CCDR aceitar um Plano de

Urbanização, o que está a fazer, sem mais nem menos, é a pretender elaborar um Plano de

Pormenor. - ------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Por outro lado, não percebe porquê os dois mil e cem fogos que a Senhora Vereadora

referiu, visto que o Plano de Pormenor é que vai dizer como é, e deve dizer que as orientações

que irá dar já não têm a ver com tanta habitação como estava previsto no Plano de Urbanização,

porque considera que tem que haver ali alguma área comercial por forma a que haja capacidade

de acolhimento de algumas empresas naquela zona, e até mesmo a deslocalização de outras

porque se trata de uma zona que tem empresas com necessidade de expansão.-----------------------

--------------Também deve dizer que todos falam em competitividade e, por acaso, é interessante

que às vezes é só aqui que se diz mal. Pessoalmente já não diz bem do Concelho de Oeiras

perante outros Presidentes de Câmara para que não fiquem com “inveja”. Limita-se, apenas, a

dar as boas-vindas e, ainda, recentemente, houve a conferência das Cidades Criativas, no Lagoas

Parque, onde, curiosamente, aquilo que mais se ouviu foram elogios ao Município de Oeiras e

até o próprio Secretário de Estado, no final, lhe veio dizer que já há muito tempo que não vinha a

Oeiras e estava encantado com o que tinha visto.----------------------------------------------------------

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------------- Portanto, este modelo de desenvolvimento é bom, mas lá dirão os “Velhos do

Restelo” que faltam transportes, etc.. Não deixam de ter razão e também há que tentar combater

essa lacuna, mas a verdade é que não se pode adormecer, porque não há dúvida que Oeiras tem

que continuar a ser um Concelho competitivo. -------------------------------------------------------------

------------- A este propósito referiu que, muito brevemente, trará à Câmara um estudo

relativamente ao IPO e pergunta: Será que os Senhores Vereadores o vão rejeitar? A verdade é

que o IPO vai ficar numa área muito próxima da dimensão desta, além de que a Câmara não

pode fazer desertos e há coisas que têm que se mudar. Por exemplo, em relação aos parques

empresariais, o modelo que se seguiu até agora foi o de ocuparem o núcleo central, com coroas

periféricas com habitação e outras coisas. É o caso do Tagusparque e do Lagoas Parque,

existindo, até, neste último habitação social no topo norte e embora ainda não tenha avançado irá

ter também habitação à volta. Tem infra-estruturas de grande qualidade mas que, à noite, a não

ser o Restaurante “O Lago”, não são aproveitadas, embora se trate de um espaço de

contemplação e de lazer. Assim, há que aprender a lição, porque apesar de ser um exemplo que

encanta todos os estrangeiros que por ali passam, a verdade é que a Câmara pode fazer melhor, o

que significa que nos próximos parques empresariais a habitação já não ficará na periferia e, sim,

dentro do próprio parque, para usufruir do investimento e da mais-valia que é feita pelas

empresas. - -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Referiu, de seguida, ir ler alguns extractos dos antecedentes que deram origem a esta

proposta e que considera importantes. Assim, começou pelo “Modelo de Estruturação da Rede

Urbana do Concelho proposto no Plano Estratégico”: “O Oeiras Vinte e Um, Plano Estratégico

para o Desenvolvimento Sustentável é, na sua essência, uma metodologia integrada e participada

projectando um cenário de futuro e de definição de objectivos estratégicos. --------------------------

------------- Os resultados deste processo de trabalho não têm as características de um Plano de

Ordenamento do Território, não actuando portanto directamente como instrumentos reguladores

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da estruturação urbana.-----------------------------------------------------------------------------------------

--------------A informação sistematizada no âmbito do Oeiras Vinte e Um e as suas propostas de

objectivos estratégicos têm constituído o quadro de referência das reflexões que vão sendo

realizadas no Departamento de Planeamento e Gestão Urbanística. ------------------------------------

--------------O Oeiras Vinte e Um, identificou o modelo tendencial de estruturação urbana do

Concelho e propôs o conceito de Espaço Cidade Multipolar (ou Policêntrica), como referência

para o desenvolvimento urbano futuro.----------------------------------------------------------------------

--------------O modelo definiu cinco “sub-unidades urbanas” em diferentes estágios de

estruturação, polarizadas por dois “eixos de centralidade”. ----------------------------------------------

--------------Sub-Unidades Urbanas:--------------------------------------------------------------------------

--------------a) Sub-Unidade Oriental Sul: -------------------------------------------------------------------

--------------- Cruz Quebrada/Dafundo, Algés e Linda-a-Velha; -----------------------------------------

--------------b) Sub-Unidade Ocidental/Sul: -----------------------------------------------------------------

--------------- Oeiras/Paço de Arcos e Caxias/Laveiras; ---------------------------------------------------

--------------c) Sub-Unidade Oriental Norte: ----------------------------------------------------------------

--------------- Carnaxide, Outurela-Portela e Queijas;------------------------------------------------------

--------------d) Sub-Unidade Ocidental/Norte: --------------------------------------------------------------

--------------- Porto Salvo e a área abrangida pelo Plano Integrado do Parque de Ciência e

Tecnologia, incluindo a Fábrica da Pólvora de Barcarena; -----------------------------------------------

--------------e) Sub-Unidade Central Norte: -----------------------------------------------------------------

--------------- Barcarena, Tercena e Queluz de Baixo (incluindo Valejas).”----------------------------

--------------Quanto aos “Eixos de Centralidade” leu o seguinte: “O “Eixo Oriental” ligando os

centros tradicionais de Oeiras e Paço de Arcos à nova centralidade em consolidação na zona do

nó de Oeiras/Porto Salvo da A-Cinco e ao Parque de Ciência e Tecnologia. --------------------------

--------------O “Eixo Ocidental”, ligando a baixa de Algés a Linda-a-Velha, através de

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Miraflores, desenvolvendo-se para Norte pela Avenida Professor Reinaldo dos Santos e

inflectindo para Poente até ao Centro Cívico de Carnaxide e para Nascente até à zona do Parque

de Santa Cruz e das grandes superfícies comerciais situadas a Sul (Jumbo, Aki e Makro). ---------

------------- A articulação funcional entre as sub-unidades urbanas e os “eixos de centralidade”

concretiza-se através dos canais de mobilidade que integram a rede de transportes públicos e dos

espaços de articulação, enquadrados pela estrutura verde global do “Espaço-Cidade”.--------------

------------- Estes espaços de articulação constituem áreas urbanas polarizadas por actividades

lúdicas de contacto com a natureza e por actividades desportivas de ar livre. -------------------------

------------- Estes serão tendencialmente os espaços privilegiados de sociabilização da cidade real

(interacções pessoais directas), na era da cibercidade e das interacções virtuais (teletrabalho,

telecompras, telebanca…).-------------------------------------------------------------------------------------

------------- A dinâmica de estruturação urbana em direcção a padrões de desenvolvimento

sustentável, baseada no modelo proposto no Oeiras Vinte e Um, pressupõe:--------------------------

------------- - A consolidação dos “eixos de centralidade” orientados Norte/Sul.----------------------

------------- - A reabilitação e revitalização da frente ribeirinha.-----------------------------------------

------------- - A criação de um eixo Nascente/Poente a Norte, do Parque de Ciência e Tecnologia

à Serra de Carnaxide/Parque de Santa Cruz. ----------------------------------------------------------------

------------- - A progressiva concretização do Parque Urbano Global do “Espaço Cidade” criando

condições para a recuperação biofísica dos Vales do Jamor, Barcarena e Lage e sua utilização

como espaços de contacto com a natureza e de actividades lúdicas e desportivas. -------------------

------------- - A ligação de todo o sistema de eixos que estabelece o equilíbrio funcional do

conjunto das sub-unidades urbanas por um sistema de transporte público de elevada eficácia e

baixo impacte ambiental. --------------------------------------------------------------------------------------

------------- - A utilização da estrutura verde principal como espaço de articulação entre as sub-

unidades urbanas, contendo actividades desportivas e potenciadoras do contacto com a natureza,

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constituindo novos espaços de sociabilidade.” -------------------------------------------------------------

--------------Acrescentou que este plano vai permitir, não só a articulação entre estas localidades,

mas a ligação ao Tagusparque, a Porto Salvo, à A Cinco, à CREL, à Variante da Duzentos e

Quarenta e Nove-Três, ou seja, vai retirar do isolamento toda aquela zona, porque vai criar

condições de acessibilidade que, hoje, não existem. Assim, passou a ler o texto referente ao

“Espaço de Articulação Barcarena/Tercena/Queluz de Baixo”: “A agregação funcional destes

três aglomerados urbanos constitui a “sub-unidade Central Norte” que é identificada na reflexão

estratégica do Oeiras Vinte e Um, como uma área isolada das restantes sub-unidades já

consolidadas ou em processo planeado de consolidação, por razões de encaixe físico

(orográfico). -----------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------A articulação desta área com centralidades externas ao território municipal é também

dificultada pelo “limite” criado a Norte pelo IC Dezanove, com as correspondentes restrições à

mobilidade não motorizada e, com ligações pouco eficientes mesmo no caso das deslocações

rodoviárias. ------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------A reserva evidenciada no Oeiras Vinte e Um em relação ao papel desta área do

Concelho na dinâmica global de estruturação do “Espaço-Cidade” e as dúvidas quanto à

existência de condições que permitam potenciar a criação de uma centralidade própria,

justificaram a reflexão sobre as medidas e iniciativas que possam contribuir para dotar o

conjunto dos aglomerados de Barcarena/Tercena/Queluz de Baixo/Valejas, ou seja, a “Sub-

Unidade Central Norte” do Oeiras Vinte e Um, da acessibilidade e do conjunto de equipamentos

e funções urbanas complementares capazes de induzir a articulação urbana, a formação de uma

centralidade local, e a requalificação urbana desta área. --------------------------------------------------

--------------Alguns factores contribuem de forma evidente para a debilidade da rede urbana nesta

área do Concelho:-----------------------------------------------------------------------------------------------

--------------- A CREL enquanto acessibilidade de nível regional atravessa a área sem lhe

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proporcionar ligações eficientes (a ligação existente obriga à entrada no IC Dezanove e

atravessamento de Queluz de Baixo). ------------------------------------------------------------------------

------------- - O território afecto aos aglomerados urbanos encontra-se quase totalmente

comprometido, não sendo fácil introduzir novos equipamentos e novas funções urbanas. ---------

------------- No caso específico de Queluz de Baixo, cerca de cinquenta por cento de área do

aglomerado tem uso industrial. -------------------------------------------------------------------------------

------------- - Estão identificadas carências de equipamento: ---------------------------------------------

------------- Escolar Básico e Secundário --------------------------------------------------------------------

------------- Apoio à Terceira Idade---------------------------------------------------------------------------

------------- Apoio à Infância ----------------------------------------------------------------------------------

------------- Actividades Desportivas -------------------------------------------------------------------------

------------- Zonas Verdes --------------------------------------------------------------------------------------

------------- A Fábrica da Pólvora de Barcarena veio introduzir nesta área uma nova dinâmica ao

criar um complexo de equipamento cultural e uma área de parque urbano de que a população

pode usufruir. ----------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Os efeitos na melhoria da qualidade de vida resultantes da disponibilização de

equipamento na Fábrica da Pólvora de Barcarena, são já claramente visíveis e positivos. Estes

equipamentos não constituem no entanto um catalisador suficiente para a consolidação e

requalificação global da “Sub-Unidade Central Norte”. --------------------------------------------------

------------- No contexto da reflexão efectuada sobre as perspectivas de integração desta área na

dinâmica de desenvolvimento das sub-unidades urbanas mais consolidadas surgiu o conceito de

“Eixo Lúdico/Desportivo Longitudinal”, ligando o Golfe de Cabanas, a Fábrica da Pólvora, o

Espaço de Articulação Barcarena/Tercena/Queluz de Baixo, a Serra de Carnaxide e o Parque de

Santa Cruz (onde está proposta a localização de um grande espaço de entretenimento, a “Heron

City”).----- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

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--------------O “Eixo Lúdico/Desportivo Longitudinal”, estabelecendo uma “ponte” a Norte entre

os dois “eixos de centralidade” definidos no Oeiras Vinte e Um, permite revitalizar a zona Norte

do Concelho através do desporto, do contacto com a natureza, dos eventos culturais e do

entretenimento, funções que se prevê venham a constituir no futuro um suporte essencial da

sociabilidade urbana.”------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Sobre a “Área de Intervenção” leu o seguinte: “Um – Características Genéricas e

Potencialidades – A área de intervenção para a qual se propõe a elaboração de um Plano de

Pormenor, tem cerca de oitenta e dois vírgula seis hectares e constitui uma área expectante

atravessada ao meio pela CREL e envolvida pelos aglomerados urbanos de Barcarena, Tercena e

Queluz de Baixo e pela Fábrica da Pólvora de Barcarena. -----------------------------------------------

--------------Com um grande potencial de acessibilidade, e um posicionamento central na “Sub-

Unidade Central Norte”, tem condições para a instalação de um complexo desportivo de alta

competição e área disponível para a localização de um conjunto de equipamentos de âmbito local

que respondam às carências já detectadas. ------------------------------------------------------------------

--------------Este espaço fica localizado no cruzamento do “Eixo Lúdico/Desportivo

Longitudinal”, com o Vale de Barcarena, que constitui um “eixo transversal de natureza

ambiental, lúdica e desportiva”, integrado na estrutura principal de espaços verdes e

equipamentos do “Espaço-Cidade”.--------------------------------------------------------------------------

--------------O Vale de Barcarena inicia-se no Forte de São Bruno, integra a Quinta Real de

Caxias e o Convento da Cartuxa, a reabilitação da antiga Pedreira de Laveiras, o Castro de

Leceia e a Fábrica da Pólvora de Barcarena. ---------------------------------------------------------------

--------------No cruzamento de dois eixos de articulação urbana de grande potencialidade futura, a

área em análise precisa de fixar um equipamento âncora com potencialidade para induzir a

dinâmica de requalificação da rede urbana articulando Barcarena/Tercena/Queluz de Baixo e

para consolidar a estrutura axial de centralidades que assegure a vitalidade das sub-unidades

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urbanas do Concelho, no seu percurso para evoluir de uma periferia suburbana para um Espaço-

Cidade policêntrico e sustentável.”---------------------------------------------------------------------------

------------- “Dois – Classificação no PDM – O PDM classifica esta área como “Espaço

Multiuso”, identificando no seu interior uma zona de REN e uma área de RAN.---------------------

------------- A área de REN é constituída pela encosta sobre o Vale de Barcarena e a Fábrica da

Pólvora, resulta do declive, e tem as características ambientais e paisagísticas adequadas para

que constitua uma área arborizada. ---------------------------------------------------------------------------

------------- Na área incluída no PDM na RAN não existem solos da classe A, com maior aptidão

agrícola. Os solos existentes são predominantemente das capacidades do uso das sub-classes Bs

e Cs e da sub-classe Ce. ----------------------------------------------------------------------------------------

------------- A elevada perigosidade do solo, o facto de se tratar de solos pouco espessos e a

reduzida dimensão da área considerada no PDM numa perspectiva de efectiva exploração

agrícola, tornaram de facto esta área num espaço abandonado e expectante. --------------------------

------------- A integração desta área no regime de RAN teve certamente uma função mais

orientada para a natureza de uma medida preventiva do que a preservação de uma área com

condições de efectiva exploração agrícola. -----------------------------------------------------------------

------------- A classificação de “Espaço Multiuso” aponta já para uma utilização com usos

compatíveis com o modelo de desenvolvimento do Concelho. O artigo quinquagésimo quarto do

Regulamento do PDM de Oeiras indica as condições para a definição de “Programas de

Desenvolvimento” para as “Áreas de Multiuso” estabelecendo que: -----------------------------------

------------- “O desenvolvimento e a definição de qualquer área de multiuso deve fazer-se através

de instrumento urbanístico assente em unidades operativas de planeamento e gestão e implica a

aceitação prévia por parte da Câmara do seu programa devidamente fundamentado e articulado

em relação ao PDM…”.” --------------------------------------------------------------------------------------

------------- Quanto ao “Enquadramento no PROT-AML” leu o seguinte: “De acordo com o

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Esquema do Modelo Territorial adoptado no PROT-AML, a área de intervenção insere-se na

unidade territorial “Espaço Metropolitano Poente” – Alcabideche/Ranholas/Barcarena, e em

particular em território identificado como uma “Área Urbana a Estruturar e Ordenar” (interior do

Espaço Metropolitano Poente). ------------------------------------------------------------------------------

--------------A área de intervenção proposta encontra-se ainda inserida, em sede do PROT-AML,

em Área Vital da Rede Ecológica Metropolitana (REM), sendo ainda atravessada diagonalmente

por uma Ligação/Corredor Vital. -----------------------------------------------------------------------------

--------------O Espaço Metropolitano Poente, tem como limites os eixos IC Quinze (A Cinco) e o

IC Dezanove, sendo o seu território caracterizado por uma ocupação extensiva, com áreas livres

de construção exíguas, graves conflitos com o funcionamento do sistema ecológico, e grandes

deficiências em termos de ligações viárias internas e de articulação funcional (…)”. Este

território é apontado como auferindo de “(…) potencial urbano e de consolidação e

diversificação da base económica que pode ser desenvolvido, desde que devidamente orientado e

organizado”, ressaltando-se neste contexto o TagusPark como uma das “áreas de actividade

económica dinâmicas e com fortes potencialidades de servir de motor ao desenvolvimento.-------

--------------A “Estrutura Metropolitana de Protecção e Valorização Ambiental constitui um

objectivo central no PROT-AML e é concretizada no Esquema do Modelo Territorial através da

Rede Ecológica Metropolitana e das áreas a estabilizar considerados elementos estruturantes e

decisivos para a sustentabilidade da AML”. “A Rede Ecológica Metropolitana (REM) constitui

um sistema de áreas e ligações que integram, envolvem e atravessam as unidades territoriais e o

sistema urbano no seu conjunto.” ----------------------------------------------------------------------------

--------------Em sede das normas específicas aplicáveis ao ordenamento do território e

planeamento urbanístico, as áreas classificadas como Áreas/Ligações e Corredores Vitais devem

ser afectas preferencialmente a “(…) espaço público de recreio e lazer, em especial parques

urbanos ou espaços verdes públicos e equipamentos de recreio e lazer com predomínio de áreas

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não edificadas”.--------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Ao nível dos Equipamentos Sociais e Culturais, o PROT-AML considera como

fundamental para a promoção da prática desportiva e para a afirmação da AML no contexto

internacional, “A construção e a valorização dos equipamentos desportivos de alta competição,

bem como o desenvolvimento de programas para a realização e participação em provas, (…)”.

Aponta ainda para uma integração qualificada e sustentada dos equipamentos desportivos, na

medida em que estabelece como norma orientadora a obrigatoriedade de os equipamentos

desportivos especializados responderem a “(…) parâmetros superiores de qualidade e integração,

em termos de características e envolvente funcional e ambiental, assumindo um papel activo na

estruturação do território e na diversificação e qualificação da oferta turística.”----------------------

------------- Para finalizar leu o seguinte: “termos de referência” – Objectivos estratégicos:--------

------------- “O Plano de Pormenor a desenvolver pelo Departamento de Planeamento e Gestão

Urbanística, deverá constituir a expressão territorial das opções estratégicas de desenvolvimento

consolidando o Eixo Lúdico/Desportivo Longitudinal e, permitindo compatibilizar, na área de

intervenção, os seguintes objectivos estratégicos:----------------------------------------------------------

------------- - A concretização do Complexo Desportivo de Alta Competição com o

dimensionamento, um enquadramento urbano e paisagístico com um nível de qualidade superior

e, as características necessárias para permitir a prática de um leque diversificado de actividades e

servir eventualmente de base a eventos/competições internacionais, podendo neste contexto

auferir de projecção no calendário mundial; ----------------------------------------------------------------

------------- - A reformulação da acessibilidade a toda a área que integra a “Sub-Unidade Central

Norte” (Barcarena/Tercena/Queluz de Baixo), a partir da CREL;---------------------------------------

------------- - A concretização do conjunto de equipamentos que responda às carências detectadas

de nível local/regional; -----------------------------------------------------------------------------------------

------------- - A criação de um espaço multifuncional, capaz de constituir uma nova centralidade

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dinamizadora do desenvolvimento e da requalificação dos aglomerados de Tercena, Queluz de

Baixo e Barcarena, consolidando a “Sub-Unidade Central Norte”. -------------------------------------

--------------- A concretização de um padrão de ocupação integrando o Corredor Vital previsto na

Rede Ecológica Metropolitana (REM) definida em sede do PROT-AML, e privilegiando a

adopção de uma estrutura urbana com uma forte componente de áreas livres suportando espaços

verdes públicos, equipamentos de recreio e lazer, por forma a preservar as características das

Áreas Vitais; -----------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------- Acessibilidade-----------------------------------------------------------------------------------

--------------Deverão ser estudadas as hipóteses de ligação à zona de Tercena/Queluz de Baixo a

partir da CREL, tendo em consideração a geração de tráfego previsível para a nova centralidade

e especificamente o Complexo Desportivo de Alta Competição. ---------------------------------------

--------------Este estudo deverá possuir um desenvolvimento técnico suficiente para permitir a

análise da viabilidade técnico-económica da proposta pelo IEP e pela empresa concessionária

(BRISA). -- ------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Deverá ainda ser contemplado em sede do modelo de financiamento do Plano, a

Execução da VLN (Via Longitudinal Norte), no troço Porto Salvo/Barcarena.-----------------------

--------------O parqueamento para utilização no período estrito de realização do evento

internacional deverá ser igualmente analisado, prevendo-se situações com carácter transitório e

ligações por autocarros urbanos dos locais do parqueamento transitório até ao Complexo

Desportivo de Alta Competição.------------------------------------------------------------------------------

--------------Estes estudos constituirão anexos ao Plano de Pormenor.----------------------------------

--------------- Programa de Equipamentos. ------------------------------------------------------------------

--------------Na área de intervenção do Plano de Pormenor serão devidamente enquadrados os

seguintes equipamentos: ---------------------------------------------------------------------------------------

--------------- Complexo Desportivo de Alta Competição. ------------------------------------------------

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------------- Este equipamento deverá ser objecto de um estudo específico, com adopção de

parâmetros de qualidade de exigência e, tendo como referência uma abrangência territorial à

escala da AML e projecção na rede de oferta nacional e internacional, ao nível da alta

competição e turística.------------------------------------------------------------------------------------------

------------- - Unidade de Saúde. ------------------------------------------------------------------------------

------------- Terreno com uma área mínima de quatro mil metros quadrados. -------------------------

------------- - Equipamento Escolar. --------------------------------------------------------------------------

------------- Terreno com uma área mínima de dois vírgula cinco hectares. ----------------------------

------------- - Equipamento para a Terceira Idade.----------------------------------------------------------

------------- Terreno para uma ou duas unidades de Lar/Centro de dia para a terceira idade com

capacidade para as necessidades que venham a ser confirmadas pela análise a realizar no decurso

do Plano.-- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- - Extensão da Universidade Atlântica.---------------------------------------------------------

------------- Área de reserva para a extensão da Universidade Atlântica, com capacidade para

trinta salas de aula e respectivas instalações de apoio. ----------------------------------------------------

------------- - Equipamento para as necessidades geradas. ------------------------------------------------

------------- Restantes equipamentos necessários para as necessidades correspondentes ao número

de habitantes previsto para a área de intervenção do Plano de Pormenor.------------------------------

------------- Valores Ambientais. ------------------------------------------------------------------------------

------------- O Plano de Pormenor deverá integrar um estudo de caracterização da situação

ambiental e de proposta das medidas a adoptar para potenciar o equilíbrio ambiental. --------------

------------- O estudo constituirá um anexo ao Plano de Pormenor e as respectivas medidas serão

ponderadas na concepção urbanística e quando necessário, integradas nas disposições

regulamentares do Plano. --------------------------------------------------------------------------------------

------------- - Princípios Orientadores Complementares ---------------------------------------------------

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--------------- Terrenos destinados a Equipamento.---------------------------------------------------------

--------------A disponibilização dos terrenos para o Complexo Desportivo de Alta Competição e

para os restantes equipamentos programados, para além dos que resultam das necessidades que

vierem a ser criadas, deverá ser obtida, por cedência sem encargos para a Câmara Municipal, no

âmbito das operações urbanísticas com potencial rentabilidade que venham a ocorrer na área de

intervenção do Plano de Pormenor. --------------------------------------------------------------------------

--------------- Alterações ao PDM. ----------------------------------------------------------------------------

--------------O Plano de Pormenor seguirá os procedimentos adequados e conterá os elementos

necessários para constituir o suporte da correspondente alteração localizada às disposições do

PDM”. ----- ------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Concluindo disse saber que foi maçador mas leu tudo isto para ver se descobria onde

estavam os dois mil e tal fogos, mas não descobriu.-------------------------------------------------------

--------------Realmente, do que se trata é de aprovar os termos de referência para elaboração de

um Plano de Pormenor que, naturalmente, irá permitir à Câmara resolver um conjunto de

estrangulamentos ao desenvolvimento de toda aquela área, dar mais qualidade de vida às

populações que ali residem e modernizar todo aquele espaço, isto é, com este equipamento e com

o Taguspark do outro lado até já vislumbra o SATU a ir do Taguspark pelo Vale de Barcarena a

este espaço. ------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Considera, portanto, que a intervenção neste espaço é de vital importância para o

futuro do Concelho, sendo que o papel da Câmara é, precisamente, o de criar desenvolvimento e

gerar riqueza. Os termos de referência são, exactamente, como aqui leu - Não está quantificada

qualquer área de habitação, nem de comércio, nem de serviços, sendo que o plano de pormenor é

que irá dizer como é que é. ------------------------------------------------------------------------------------

--------------Este Plano de Pormenor, a par de algumas intervenções que se irão fazer no território

nos próximos anos, irá, naturalmente, continuar a catapultar Oeiras para uma posição de

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destaque relativamente aos municípios da Área Metropolitana de Lisboa.-----------------------------

------------- Por conseguinte não vale a pena ver fantasmas onde eles não existem, nem é preciso

ficar assustadíssimo com nada, porque, por vezes, o susto é fora do tempo e, quanto a si, as

pessoas só se assustam com aquilo que não conhecem, ou quando são apanhadas de surpresa. ----

------------- Por outro lado, deve realçar que quem vai aprovar o Plano de Pormenor é esta

Câmara e será nessa altura que os Senhores Vereadores poderão dizer que estão assustados com

a área de habitação que for apresentada, ou com a área de comércio ou com isto ou aquilo.--------

------------- Agora, de facto, é preciso ter ousadia para sair do marasmo, do conservadorismo e

avançar para processos que, realmente criam riqueza e é absolutamente necessário criar riqueza

neste Concelho e neste País. É esse o objectivo desse Plano de Pormenor. ----------------------------

------------- Interveio, de seguida, a Senhora Vereadora Teresa Zambujo observando que,

como o Senhor Presidente imaginará quando foi votada a proposta anterior nenhum dos

Vereadores que estavam presentes, incluindo ela própria, tinham um conhecimento profundo da

situação porque havia, apenas, um esboço do tal pretendido, na altura, Plano de Urbanização. ----

------------- Por outro lado, os dois mil e cem fogos constam da documentação que foi distribuída

com a proposta, mais concretamente da informação da DRAOT, ao que o Senhor Presidente

esclareceu que essa informação poderia, até, nem ter sido junta, mas juntou-se para justificar que

a DRAOT não aceitou um Plano de Urbanização, e que tem que ser um Plano de Pormenor e

continuando a Senhora Vereadora Teresa Zambujo disse que se o Senhor Presidente ler toda a

informação da DRAOT vem lá, para além disso, todos os aspectos que acabou de referir. No

entanto, isso não quer dizer que seja contra termos de referência, bem pelo contrário, e também

não é nada contra o conceito que o Senhor Presidente desenvolveu porque concorda com a

situação mista de novos parques empresariais englobarem a parte habitacional, para que não se

fique com zonas desertas em determinados períodos da noite. Está perfeitamente de acordo com

algumas situações, mas pede desculpa e tem que dizer que, mais tarde, andou a discutir com a

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DRAOT, quer quando o Senhor Presidente era Ministro do Ambiente, quer quando não era, a ver

se conduzia este processo como o Senhor Presidente o tinha mandado esboçar e, portanto, aquilo

que lhe está a dizer é a uma pessoa que esteve a lutar por isto. ------------------------------------------

--------------Acontece que, passado algum tempo, vieram mostrar-lhe uma simulação desta

situação e relativamente àquilo que viu disse que não, que lamentava imenso mas que não

aceitava, ao que o Senhor Presidente disse não saber a que simulação é que a Senhora

Vereadora se está a referir porque não conhece nenhuma simulação e por isso não se pode

pronunciar. Aquilo que sabe é que se está a falar de termos de referência e esses a Senhora

Vereadora aprovou-os, volvendo a Senhora Vereadora Teresa Zambujo que pede imensa

desculpa mas o que, aqui, está para aprovar foi a documentação que o Senhor Presidente fez

distribuir, ao que o Senhor Presidente retorquiu que o que está para aprovação é a proposta de

deliberação número trezentos e cinquenta e sete, de dois mil e sete, acompanhada da informação

número setecentos e noventa e cinco, de dois mil e seis, do Departamento de Planeamento e

Gestão Urbanística/Divisão de Planeamento e de um mapa. Tudo o resto não conta, ou seja, é

informação acessória, ao que a Senhora Vereadora Teresa Zambujo perguntou como é que o

Senhor Presidente lhe está a pedir para aprovar os termos de referência e diz que o resto não

conta? ------ ------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Acrescentou haver também uma outra situação que só traz à colação, exactamente,

porque o Senhor Presidente falou no assunto. Certamente que o Senhor Presidente se recordará

que sempre foi uma defensora que o Estoril Open não devia sair de Oeiras e muito menos do

Complexo do Jamor e quando, na altura, o Ministro da área, do Governo do seu partido, lhe

telefonou a perguntar, na qualidade de Presidente da Câmara, se tinha alguma coisa contra a

localização de um complexo de ténis no Jamor, respondeu-lhe que não, que teria que se ver se

era viável ou não, mas que defendia essa situação e que, tanto pessoalmente, como a Câmara se

iriam empenhar nisso. Nessa sequência, pediu para ser estudada tecnicamente essa situação,

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tendo-lhe sido dito que era viável. No entanto, depois da realização do Estoril Open no

Complexo do Jamor, já com outra disposição para ver se o que se pretendia era ou não

enquadrável, passados dois ou três dias foi-lhe dito que já não era bem assim, porque poderia ser

em Barcarena ou noutro local qualquer que não o Jamor. Não lhe foi dada qualquer justificação

mas, se calhar, não tinha que ser dada já que o Complexo do Jamor não é da Câmara. --------------

------------- Portanto, como lhe tinha sido dito que tecnicamente era possível, como pessoalmente

defendia que deveria ser no Jamor, na altura, enquanto Presidente da Câmara respeitou as

orientações e a proposta que havia sobre o assunto, tanto mais que até disse à Junta de Freguesia

de Barcarena que o facto de um complexo de ténis não ir para lá não iria emperrar o

desenvolvimento da freguesia, que a situação iria ser reequacionada e que havia outras hipóteses

tanto ou mais viáveis do que aquela que tinha sido pensada e, por outro lado, deve dizer que, a

seu ver, o Senhor Presidente fez muito bem ao discordar da localização do complexo na Zona

Ribeirinha. -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Acrescentou já não estar em idade de ficar demasiado chocada ou surpreendida mas,

de facto, não gostou do que viu, não tinha a informação que o Senhor Presidente acabou de dar,

não gostou da quantificação que lhe foi apresentada, nem do aspecto com que iria ficar visto que

iria “estragar” em termos de Vale de Barcarena. No entanto, admitia perfeitamente um repensar

de toda aquela zona, por forma a encontrar um equilíbrio que conseguisse não prejudicar o

desenvolvimento e a criação de riqueza, com o que, certamente, todos estão de acordo, mas não a

qualquer preço, nem a qualquer custo. É, portanto, nesta base que considera não poder ter outra

posição neste momento. Todavia, quem sabe, quando o Plano de Pormenor vier à Câmara e

trouxer uma coisa completamente diferente, se não mudará de opinião?-------------------------------

------------- Intervindo, o Senhor Presidente perguntou à Senhora Vereadora Teresa Zambujo

qual é a sua posição visto que ainda não a disse, retorquindo a Senhora Vereadora que já disse,

porque, para si, o complexo de ténis … ao que o Senhor Presidente interrompeu para dizer que

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há, aí, uma confusão, porque o que está aqui em causa não é o complexo de ténis. Aliás, até deve

dizer que, ultimamente, raramente está de acordo com a Senhora Vereadora nestas matérias, mas

também concorda que o Estoril Open deveria realizar-se em definitivo no Estádio Nacional e até

acha que o Complexo Desportivo do Jamor já há muitos anos que deveria estar na posse da

Câmara Municipal. ---------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Aliás, teve o cuidado de se dirigir a todos os Primeiros Ministros, e só não se dirigiu

ao actual fazendo-lhe esse pedido porque, nessa matéria, já desistiu e, agora, só se lho vierem

oferecer, mas dirigiu cartas ao Professor Cavaco Silva e ao Engenheiro Guterres dizendo que a

Câmara Municipal de Oeiras estava disponível para gerir o Complexo Desportivo do Jamor.

Costuma interrogar-se como é que este País há-de evoluir? Veja-se esta situação: a Câmara de

Oeiras tem uma piscina e cria uma empresa para fazer a sua gestão, enquanto que o Governo

dirige directamente uma piscina no Estádio Nacional. Isto só em Portugal. A verdade é que

muitos dos Ministros e Secretários de Estado, de qualquer partido, que têm a tutela do Estádio

Nacional, quando chegam dizem, muito entusiasmados, que vão revolucionar o Estádio Nacional

mas, depois, não fazem lá obra nenhuma.-------------------------------------------------------------------

--------------Portanto, também acha que aquela zona tem condições óptimas para o Estoril Open,

mas é uma questão que depende, apenas, do Estado e do promotor. Disse várias vezes, e há mais

de dez anos, que a Câmara de Oeiras estava na disposição de comparticipar com quinhentos mil

contos mas nunca obteve resposta. Depois, houve, de facto, um ministro que andou a enganar o

João Lagos, porque andou a convencê-lo que iam fazer o Estoril Open, definitivamente, no

Jamor, mas não faz sentido, isto é, como é que o Estado ia fazer um investimento de quatro ou

cinco milhões de contos para dar de “mão beijada” ao João Lagos para ele gerir? De facto, esse

ministro enganou-o e, pessoalmente, teve o cuidado de o avisar num encontro casual que teve

com ele. Mas, enfim, os Governos às vezes também enganam. -----------------------------------------

--------------Por conseguinte, também está, inteiramente, de acordo que seja no Estádio Nacional.

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Agora, uma coisa não tem nada a ver com a outra, pelo que presume que a Senhora Vereadora

aprova estes termos de referência porque, de facto, do que se trata, aqui, não é do Estoril Open,

não é dos dois mil e cem fogos, mas, sim, de elaborar um Plano de Pormenor e, na altura própria,

a Senhora Vereadora estará, então, disponível para votar contra ou a favor, pois o que faz sentido

é que se vote contra um projecto concreto. A si, causa-lhe alguma surpresa que alguém vote

contra a própria intenção de elaborar um plano, já que isso é estar a coarctar toda a criatividade e

tudo aquilo que possam ser boas ideias a este propósito. -------------------------------------------------

------------- Interveio, de seguida, o Senhor Vereador Emanuel Martins dizendo ir pronunciar-

se de novo porque esta discussão surgiu também um pouco à volta da questão concreta da

aprovação destes termos de referência e envolve outras discussões, outras variáveis, pelo que, na

sua opinião, vale a pena tecer algumas considerações para não parecer que passam ao lado das

coisas e que não estão cá. --------------------------------------------------------------------------------------

------------- Assim, em primeiro lugar gostaria de dizer que o conjunto de observações que fez há

pouco, resultou, se calhar, do privilégio de quem tem, honesta e humildemente, participado nas

sessões do “Oeiras Vinte e Um” onde tem verificado uma grande consonância de pontos de vista

em relação a muitas das coisas que aqui estão plasmadas.------------------------------------------------

------------- Há pouco não referiu, porque até parece que estão sempre em campanha eleitoral,

que o PS disse taxativamente: “Para nós, todos os planos da Câmara são desejáveis se forem

Planos de Pormenor. Se ganharmos a Câmara procuraremos que esta se organize e se estruture

em Planos de Pormenor para todo o Concelho.” -----------------------------------------------------------

------------- Por conseguinte, acha, em primeiro lugar, que é fundamental para aquela região que

sejam aprovados estes termos de referência, mas percebe aquilo que a Senhora Vereadora Teresa

Zambujo disse, pois relativamente às propostas de deliberação, também concorda que há, por

vezes, documentos que as acompanham que são despiciendos, mas, por outro lado, também

concorda que o Senhor Presidente tenha mandado juntar o ofício da DRAOT para que se perceba

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que esta não quis o Plano de Urbanização nos exactos termos em que a Câmara o propôs, pelo

que o que há a fazer, agora, é o redimensionamento desta situação elaborando um Plano de

Pormenor, porque o que está em causa é o ordenamento e a organização em relação ao território.

Oeiras tem-se ufanado, e bem, e pessoalmente tem muito gosto, mesmo tendo consciência que o

PS não ganha a Câmara há mais de vinte anos, que se diga, e houve autarcas de outros Concelhos

a dizê-lo, que em Oeiras há planeamento, há visão do futuro, etc.. Acredita que estão todos aí, e

que foi isso que permitiu que Oeiras tenha dado este salto qualitativo, porquanto, pode haver um

líder, mas se não houver uma equipa, também não há líder e, por conseguinte, estas coisas

concorrem umas para as outras. ------------------------------------------------------------------------------

--------------Ora, tendo-se passado para esta fase do Plano de Pormenor, e tendo já participado

num conjunto de sessões do “Oeiras Vinte e Um”, parece-lhe que se está no bom caminho, visto

que há aspectos que, para si, são fundamentais.------------------------------------------------------------

--------------Já ouviu, por exemplo, pessoas que moram em Queluz de Baixo a queixar-se porque

se precisam de ir ao Hospital São Francisco Xavier têm que dar uma grande volta para lá chegar

é uma coisa notável, ter que dar a volta a todo um concelho e não têm equipamento de saúde

com resposta para aquela zona. Sempre pensou que era uma solução que o Executivo devia

preconizar. Hoje vê aqui nestes termos de referência que viabilizam o Plano de Pormenor, esse

tipo de preocupação como já lhe pareceu ver na proposta. -----------------------------------------------

--------------A questão do equipamento desportivo acha extremamente importante que não esteja

taxativamente referido qual é o tipo de equipamento, pois será aquele que o plano considere na

altura, porque já um grande pensador dizia que o “Homem é o tempo e a circunstância” e estas

coisas mudam, não têm apenas uma única expressão. Valerá a pena, quando for para aplicar, ver

o que é que é o “tal” equipamento desportivo, com a escala que, enfim, possa sair dos parâmetros

de Oeiras e dos nacionais, até se possível. ------------------------------------------------------------------

--------------A questão fundamental das acessibilidades, onde ainda se pode organizar estruturas

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de acessibilidades, já não se tem, nalguns sítios, condições de as fazer. Para o equipamento

escolar que é necessário fazer, e que também está consignado no Plano, há um conjunto de

coisas que, do seu ponto de vista, falta referenciar e uma delas acha importantíssima: a Câmara

tem investido algum dinheiro, e bem, na Universidade Atlântica, e continua sempre a dizer que a

esta também lhe falta, do ponto de vista estrutural, algum critério. Foi o que foi possível fazer,

mas talvez desta forma se possa, de uma vez por todas, apostar a sério numa universidade e dar-

lhe algum critério e consequência, porque a situação não se resolve a comprar agora o edifício

que está ali, mandar reparar o que está ali, sem acessibilidades. Há um conjunto de princípios

orientadores que lhe parecem ter toda a razão de ser. Se se trata de termos de referência para

desenvolver um Plano de Pormenor, sinceramente acha ser um bom ponto de partida. Já disse, há

tempos a esta parte, que também achava que o Estoril Open devia de ser no Estádio Nacional. É

onde gosta, se habituou e onde devia ser feito. Não sabe se o modelo do Estoril Open deve ser

aquele e se quem o explora deve criar “a faca ao peito” a quem lhe dá a explorar da forma como

muitas vezes tem sido, mas percebe que “em terra de cegos quem tem olho é rei”. Não vê que o

facto de se aprovar este Plano de Pormenor esteja a colocar em causa que o Estoril Open se

realize noutro sítio, mas sim o Governo e as declarações do Presidente da Câmara em relação a

não se realizar onde o Senhor João Lagos entendia que se devia realizar. Agora não há nada no

Plano que diga que vai ser em Barcarena, aqui ou ali. O que acha é que tem que haver ali grandes

equipamentos desportivos, tem que haver unidades de saúde, tem que haver unidades de apoio à

terceira idade e, sobretudo, tem que haver acessibilidades porque aquela zona não as tem e o IC

Dezanove não consigna, o que, de alguma maneira, põe Oeiras de costas voltadas para o

desenvolvimento que o lado de cá tem e o de lá não tem. ------------------------------------------------

------------- Intervindo, o Senhor Vereador Rui Soeiro disse crer que uma das competências do

Senhor Vereador Emanuel Martins é o acompanhamento do PDM. A questão que coloca é

porque é que não se pode aguardar pela revisão do PDM, qual é a urgência, qual é a previsão em

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termos de revisão do PDM. Está a falar porque, diariamente, passa cerca de duas horas parado na

A Cinco a olhar à volta a pensar o que é que está no território ali à volta e a principal causa de

estrangulamento de manhã é claramente a entrada de trânsito que vem da CREL para a A-Cinco.

Ora, se se põe ainda mais trânsito na CREL, o estrangulamento será maior certamente. Se se

pegar no PDM, certamente que se pensará no território todo, na globalidade e não apenas no

plano de pormenor e numa determinada zona. Assim, gostaria de saber qual é o ponto da

situação deste acompanhamento que o Senhor Vereador tem feito.-------------------------------------

--------------De novo intervindo, o Senhor Vereador Emanuel Martins disse que, como o

Senhor Vereador sabe, estão a acabar os trabalhos Oeiras Vinte e Um que é um documento que

tem, sobretudo, um contributo técnico e que os políticos vão beber, e ele próprio, pelo menos,

tem aprendido muito nas algumas vezes que tem ido, porque confessa que também já não pôde

estar presente numa ou noutra. Quer dizer, sem nenhuma acrimónia, que o óptimo é inimigo do

bom e há algumas situações neste concelho, não querendo ferir nenhuma susceptibilidade, que o

estar à espera de o fazer perfeito, revelou que não se fizesse nada. Acha que há momentos em

que é preciso decidir qualquer coisa e a questão de fundo é esta: não estão aqui a aprovar um

plano de pormenor, mas sim termos de referência para se poder ter um plano de pormenor. Já

estão a pôr objecções de consciência àquilo que não existe e à expectativa do que pode vir a

existir, ainda antes de se partir para essa parte. Então, quando se chegar a essa parte vão, com

certeza, chegar ao fim do outro mandato ainda com algumas reservas mentais em vez de fazerem

alguma coisa. Com o maior dos respeitos, porque sabe que foi com todos que se construiu o

concelho também, mas se for esta a maneira de pensar no futuro, Oeiras não será com certeza

aquilo que foi há uns anos a atrás. Se calhar, é a última pessoa que devia dizer isto; devia ser dito

pelos Senhores Vereadores porque recorda que nunca ganhou aqui nenhumas eleições, mas os

Senhores Vereadores quer numa lista de outrem, ou não, ganharam-nas com certeza e a verdade

é que não se pode continuar a olhar para o concelho a dizer: vamos lá pensar se não devemos

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chegar ao fim de tudo para, enfim, termos opinião. Acha que está em estudo o PDM mas, para si,

o que está em causa é aprovar os termos de referência para que se possa elaborar um plano de

pormenor no futuro, mas o plano de pormenor tem que ser aprovado, tem que ser,

necessariamente, discutido. Se se continuar a tentar dizer que o óptimo é que está no horizonte,

não se realiza o bom, e depois tem-se a casa cheia de gente a pedir casas.-----------------------------

------------- Intervindo, o Senhor Presidente disse ter que fazer aqui uma afirmação. O Senhor

Vereador Rui Soeiro, democraticamente, tem todo o direito de fazer as perguntas todas que

quiser, de fazer os comentários que entender, mas deve dizer-lhe que tem pouca moral em

colocar a questão nos moldes em que a pôs porque, realmente, quem como o Senhor Vereador,

paralisou a política de habitação social da Câmara, e vê-se aqui todos os dias que o concelho tem

carência de habitação, como é que é possível colocar as reservas que está a colocar,

relativamente a um plano que se vai elaborar? De facto, gostaria de dizer o seguinte, sobretudo

aos Senhores Vereadores do Partido Socialista e ao Senhor Vereador da CDU: sente-se

extremamente incomodado e tem que dizer que os actuais vereadores do PSD não têm

legitimidade para falar do desenvolvimento deste concelho porque demonstraram ao longo dos

últimos quatro anos, que têm na cabeça um modelo de desenvolvimento diferente daquele que é

o concelho de Oeiras, porque se fossem, de facto, eles que estivessem aqui nos últimos vinte

anos, Oeiras não era o que é. Seria uma Sintra, seria Cascais, seria outra coisa qualquer, mas não

era, com certeza, Oeiras. Já demonstraram isso. De maneira que, enquanto Presidente da Câmara

e enquanto cidadão que presidiu aos destinos desta Câmara Municipal durante vários anos até

dois mil e um, estes senhores não têm legitimidade para falar. Esta coisa de dizer que foi o PSD,

o PSD teve um rosto: chamava-se Isaltino Morais. Não é o PSD e o Isaltino não existia. De facto,

tinha um rosto e, portanto, esta coisa de colocar entraves, tem a ver com a natureza das pessoas.

É óbvio que este concelho anda para a frente com gente com visão, não anda para a frente com

gente que não a tem. Por outro lado, há alguma estultícia na questão que o Senhor Vereador Rui

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Soeiro colocou ao Senhor Vereador Emanuel Martins. O Senhor Vereador Emanuel Martins

acompanha o PDM consigo e, naturalmente, nem ele próprio nem o Senhor Vereador têm falado

muito no PDM aqui. Mas já disseram várias vezes que só iniciam o acompanhamento no sentido

de propostas para o PDM quando chegar ao fim a discussão da Agenda Local Vinte e Um. Por

outro lado, estando num processo de revisão do PDM, tem que dizer que o Senhor Vereador Rui

Soeiro pode ser especialista em contabilidade, mas permita-lhe que em matéria de ordenamento

do território lhe diga algumas coisas que possivelmente o Senhor Vereador não sabe. Está-se em

revisão do PDM o que significa que os termos de referência que estão a aprovar serão acolhidos

no PDM na revisão do PDM, mas é necessário um plano de pormenor. Quando aprovaram o

PDM em vigor em noventa e quatro, uns meses depois dele ser ratificado, estavam a aprovar

quatro ou cinco planos de pormenor porque estavam feitos e era só aprová-los. Portanto, têm que

trabalhar em simultâneo na revisão do PDM mas, ao mesmo tempo, na elaboração do Plano de

Pormenor, porque a revisão do PDM não dispensa o Plano de Pormenor. -----------------------------

--------------Falou-se em acessibilidades. Os estudos de tráfego são para isso mesmo. Um plano

de pormenor terá os estudos de tráfego adequados. Terá todos os estudos que é necessário ter e,

portanto, à partida, o Senhor Vereador Rui Soeiro é contra todo e qualquer plano que aqui seja

apresentado. Portanto, falem de hoje para a frente. Não falem do passado porque lhe diz respeito.

Falem de dois mil e dois para a frente, mas não de dois mil e dois para trás, porque para trás,

estava ele próprio. Portanto, esta coisa de confundir o PSD com o passado, o PSD era ele que lá

estava, era ele o rosto, era ele que liderava esta Câmara Municipal. Já agora, a “herança a quem

caiba”, até porque já está demonstrado que nem todos são capazes de gerir o legado com o

sentido de responsabilidade e com o mérito que às vezes era necessário e que, infelizmente, isso

não acontece. Portanto, o Senhor Vereador Rui Soeiro pode ficar descansado que os Termos de

Referência irão ser plasmados no PDM no Plano de Pormenor; o plano de pormenor como o

PDM terá que ser aprovado pela Câmara Municipal e todos os estudos necessários para sustentar

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um plano dessa natureza virão à Câmara. Agora, estar a pôr o problema já à anteriori, pede

imensa desculpa mas, de facto, não faz qualquer sentido. O que se está a fazer é planeamento. Há

dias, o Senhor Vereador Amílcar Campos dizia que a expropriação dos terrenos para o Atlético,

se calhar, ainda era mais cara do que fazer o campo de futebol em Vila Fria. Se calhar, é capaz

de ser muito caro. Mas é caro porque durante muitos anos, não houve um modelo de

planeamento, funcionou-se com projectos de loteamento, e portanto, a ocupação do solo foi

sendo feita em várias parcelas do território em determinadas zonas e elas são conhecidas, sem

que tivesse revertido o terreno para o domínio municipal. E mesmo que agora se quisesse, não

há. E nessas áreas então, o pouco que há, a Câmara tem que expropriar. Está-se a falar agora

numa parcela que tem oitenta hectares o que significa que nestes oitenta hectares pode-se ir

buscar doze, catorze, quinze, vinte, trinta hectares, para a Câmara Municipal fazer aquilo que

tem a fazer. Não é agora, como em certas zonas de Paço de Arcos, ou até de Porto Salvo, ou de

Barcarena, em que um individuo apresenta um loteamento com sete mil metros quadrados, e nos

termos da portaria, tem que ceder trezentos metros. O que é que a Câmara faz com trezentos

metros? Ainda se ao lado tivesse outros trezentos metros, mas não: tem outros trezentos metros

doutro loteamento a cem metros daquele e no meio tem moradias. Depois tem outro de mais

duzentos noutro lado qualquer. Isto é planeamento? Essa é a razão por que, por vezes, a Câmara

prefere receber uma comparticipação em dinheiro, se o indivíduo tem que entregar cem ou

duzentos metros, que fique lá com eles, porque não dá para fazer nada, e que pague em dinheiro.

Ora bem, um plano desta natureza, permite fazer, realmente, planeamento, ordenamento do

território em termos tais que corresponda à satisfação de necessidades decorrentes deste plano,

mas satisfazer também necessidades vindas do passado e que não há qualquer hipótese de

resolver doutra forma. Portanto, ao contrário do que se possa pensar, que seria estar a

comprometer o futuro não: está-se a resolver problemas do futuro, do presente e a resolver

problemas do passado que não há outra forma de os resolver. -------------------------------------------

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--------------De novo intervindo, o Senhor Vereador Rui Soeiro disse que pelo que percebeu da

resposta do Senhor Vereador Emanuel Martins, então o PDM terá sido revisto dentro de dois

mandatos, volvendo o Senhor Presidente que quando foi para o Governo já o Plano estava em

revisão. ---- ------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Continuando, o Senhor Vereador Rui Soeiro disse que a sua especialidade não é

contabilidade, mas sim gestão imobiliária. Neste momento, o seu trabalho é avaliar e apreciar

grandes projectos imobiliários no País inteiro, interrompendo o Senhor Presidente para dizer

que o Senhor Vereador Rui Soeiro é vereador e aprecia o seu mérito é como vereador,

interessando é o que fez nas empresas como vereador, e prosseguindo o Senhor Vereador Rui

Soeiro, disse que, inclusive com várias câmaras no País inteiro. E deste seu trabalho, cada vez se

convence mais que o novo paradigma, não só em Portugal como em vários países, começa a ser

o regresso aos centros. Não é por acaso que a Avenida da Liberdade, que aqui há relativamente

pouco tempo estava deserta, neste momento tem o preço por metro quadrado, quer em

escritórios, quer em lojas, mais caro do País. Começa a haver uma tendência para regressar às

cidades. ---- ------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Quando o Senhor Presidente afirma que parou a habitação social, tem evitado falar

sobre esse assunto mas acha que andou foi a tentar resolver os problemas com que ficou em

termos contratuais, volvendo o Senhor Presidente que pode falar nisso, que o Senhor Vereador

paralisou e o que aconteceu foi que ficou com centenas de casas para inaugurar e é claro que há

problemas por resolver. Continuando o Senhor Vereador Rui Soeiro observou que para acabar

de construir também e para resolver alguns dos contratos em tribunal. Agora, não discorda do

que foi feito, acha que foi um excelente trabalho mas, o passo seguinte na habitação social tem

que passar pela reabilitação de centros urbanos e requalificar edifícios. -------------------------------

--------------Por último, disse que a legitimidade não vem da opinião que o Senhor Presidente tem

de cada um, mas sim dos votos das pessoas que tiveram confiança neles, ao que o Senhor

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Presidente disse que falou em legitimidade para falar do passado. -------------------------------------

------------- No uso da palavra, a Senhora Vereadora Teresa Zambujo disse querer, de uma vez

por todas, dizer ao Senhor Presidente que toda a gente sabe, e eles, especialmente sabem, que o

mandato passado iniciaram-no com o Senhor como Presidente e sabem, até pela forma de ser do

Senhor Presidente, que tudo o que foi feito, foi feito pelo Senhor, ao que o Senhor Presidente

agradeceu o reconhecimento e disse que, finalmente, faz-se justiça, ficando sensibilizado.

Prosseguindo a Senhora Vereadora Teresa Zambujo disse que quando lhe pediram para

retratar o Senhor Presidente em dois vocábulos, um dos vocábulos foi realmente o narcisismo

porque o “eu” é, realmente, muito particular do Senhor Presidente mas é uma maneira de ser,

interrompendo o Senhor Presidente para dizer que pensava que era não saber escolher as

pessoas, volvendo a Senhora Vereadora Teresa Zambujo que talvez também não soubesse

escolher, mas como não foi ela que escolheu a equipa, volvendo o Senhor Presidente que a

escolheu a ela, ao que a Senhora Vereadora Teresa Zambujo disse que, com certeza, enganou-

se mas não foi só o Senhor Presidente que se enganou, mas não está minimamente preocupada

com isso porque sempre achou que se não fossem as pessoas todas que trabalham nesta casa e

em todas as casas por onde tem andado, realmente não se conseguia fazer nada, porque as

pessoas no seu todo é que fazem, mas em Oeiras existe uma situação diferente de todo o País,

portanto é bom que fique vincado, e tem um rosto, de facto, ao que o Senhor Presidente disse

que a Senhora Vereadora Teresa Zambujo está-se a ver ao espelho. Continuando a Senhora

Vereadora Teresa Zambujo disse que todos sabem que só o Senhor Presidente é que faz bem,

porque todos os outros fazem mal, mas isso não interessa, pois costuma dizer que todos podem

dizer o que pensam, dentro de determinados parâmetros de educação, e acha que é nesse aspecto

que está a falar, e por isso não se importa minimamente, nem a afecta, nem a molesta. Mas se há

alguém antes dos senhores presidentes de câmara, que hoje são presidentes de câmara e que já

foram, se há alguém que pensava em planeamento e fez muita legislação sobre esta matéria,

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talvez seja ela uma das pessoas que o fez, volvendo o Senhor Presidente que ele é que é

narcisista, ao que a Senhora Vereadora Teresa Zambujo disse que ela com todos os seus

colaboradores. Quando o Senhor Ministro Valente Oliveira decidiu que tinha que se fazer os

PDM porque senão não havia financiamentos comunitários, ela e muita gente que trabalhava

consigo, e não é só uma Direcção-Geral, nem duas, nem três, muita gente, porque realmente, ela

não trabalha sozinha. É apologista de Planos de Pormenor, inclusivamente quando foi da

aprovação do PDM de Oeiras, que considera que até é bom, achou desde logo, quando foi do

regulamento e não quis levantar esse problema na altura, que muita coisa deveria ser objecto de

um planeamento em maior pormenor, fosse ele Plano de Pormenor, Plano de Urbanização, ou

outro instrumento de planeamento territorial qualquer, e portanto lembra-se das horas infindas

que estiveram a trabalhar no sentido de definir o conteúdo dos Planos de Pormenor, dos Planos

de Urbanização e dessas coisas todas. O Senhor Vereador Emanuel Martins costuma sempre

dizer que em vinte anos que o PSD governou, etc., é verdade, foi o PSD, mas tem é que dizer

para não haver aqui escaramuças, consigo não há problema nenhum, até pode ignorar o seu

nome, mas tem é que dizer o Doutor Isaltino Morais que é para não haver confusões, volvendo o

Senhor Vereador Emanuel Martins que esse não é um problema seu, pois nas eleições que

perdeu como socialista foi contra o PSD. -------------------------------------------------------------------

--------------Prosseguindo, a Senhora Vereadora Teresa Zambujo disse haver uma situação que

tem a ver com estes termos de referência e com todos os termos de referência porque já foram

aprovados outros, e quando o Senhor Presidente diz que são para ser acolhidos no PDM, podem

ou não ser, são para ser equacionados em termos de PDM, volvendo o Senhor Presidente que a

Câmara é que decidirá, ao que a Senhora Vereadora Teresa Zambujo disse que a Câmara

também decidiu aprovar outros termos de referência, não está a dizer que foi ela ou o Senhor

Presidente que decidiram. Que fique bem claro para não haver dúvidas nenhumas que é o mais

possível por instrumentos de planeamento e sobretudo, por Plano de Pormenor e deve dizer que

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no passado foi muito contestada por causa disso. Pode ter mudado noutras situações, porque só

os burros é que não mudam mas, nessa situação, não mudou. -------------------------------------------

------------- Quanto às acessibilidades, Oeiras tem realmente grandes problemas a esse nível. O

complexo desportivo teve um primeiro bloqueio exactamente por causa das acessibilidades

porque as que a Câmara propôs ficaram inviabilizadas por causa da portagem da CREL. Depois,

foram feitas “n” reuniões com os organismos competentes nessa matéria para ver se se

arranjavam alternativas para essas acessibilidades. Descobriu-se uma que ficava muito mais cara,

mas havia alternativa, não se pode dizer que não havia, mas também não são todos destituídos,

apesar de os lembrarem sempre que são mas, como diz, desliza um pouco na couraça da sua

indiferença nesse particular, e portanto, como não são todos destituídos, há que financiar estas

coisas porque custam dinheiro. O último orçamento para aquele complexo era à volta dos seis a

sete milhões de contos. Há a parte da escola, da saúde e acha isso tudo muito bem. Agora, tudo

isto tem que se pagar e ninguém dá nada a ninguém. O tempo dos beneméritos já não é o que era.

No fundo, o que estava à espera era que pudesse haver um trabalho mais aprofundado, bastante

diferente daquilo que estava esboçado e que tudo isso fosse quantificado e, de alguma forma,

mostrado como é que o financiamento do plano se iria fazer, ao que o Senhor Presidente disse

que a Senhora Vereadora estava a antecipar as coisas porque o plano é que vai dizer como é que

se vai financiar.--------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- No uso da palavra, o Senhor Vereador Amílcar Campos disse querer deixar claro

que defende o planeamento na acção da gestão municipal e, particularmente, a elaboração de

planos de pormenor como um instrumento privilegiado para o efeito. Ainda há relativamente

pouco tempo, no defeso da situação do Vale da Terrugem por força da acção judicial que foi

interposta, sustentou que se deveria apoiar uma pretensão de um grupo de moradores da zona no

sentido de que fossem desenvolvidos na Câmara estudos, ou seja, um plano de pormenor para

aquela zona, independentemente do resultado da acção judicial e, numa discussão fora da agenda

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de trabalho, foi possível constatar que o Partido Socialista estava igualmente disponível para

encarar essa metodologia, o que não aconteceu com o PSD nem com a força política do Senhor

Presidente. ------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Intervindo, o Senhor Presidente disse ir fazer um desafio ao Senhor Vereador

Amílcar Campos: prepare o Senhor Vereador, os termos de referência e estará de acordo. O

Senhor Vereador delimita a área e prepara os termos de referência e diga para que é o plano de

pormenor e nessa altura estará de acordo e avança-se com o plano de pormenor. Mas tem que ser

o Senhor Vereador a fazer os termos de referência, pois não se faz planeamento sem se saber o

que se quer. O Senhor Vereador delimita a área e garante-lhe que aprova isso. Agora, tem que ter

objecto, volvendo o Senhor Vereador Amílcar Campos que começa sempre por aí, pois doutra

maneira não se alcança nenhum fim. Talvez não seja capaz de definir o objecto nas condições em

que está, mas está disponível, desde já para aceitar esse desafio e para desafiar todos aqueles que

queiram estar envolvidos nesse objectivo. Um a zero. Só por este motivo acha que valeu a pena a

primeira parte da sua intervenção.----------------------------------------------------------------------------

--------------Seguidamente, disse estar a analisar a acção que conduz à elaboração de um plano de

pormenor como que se esse plano visasse substituir um plano de urbanização que pretende

alcançar determinados objectivos que foram demolidos, pura e simplesmente, pelo relatório da

DRAOT. São esses objectivos que estiveram subjacentes ao plano de urbanização e que

pressupõe que vão estar subjacentes à elaboração deste plano de pormenor, que discorda em

absoluto. Está com os argumentos, sem pôr nem tirar, da DRAOT. É exactamente esta a sua

posição face a esta questão. -----------------------------------------------------------------------------------

--------------Novamente no uso da palavra, o Senhor Vereador Emanuel Martins disse não ter

pretendido em circunstância nenhuma desmerecer de ninguém o trabalho de quem fez. Discorda

do Senhor Presidente quando acha que foi só o Senhor Presidente; não foi. Concorreu em listas

do PS contra o PSD. Não tem culpa se esteve ou não numa lista. Esse é um problema que não lhe

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diz respeito. Nem sequer quer dizer que se atreveu a pensar em planeamento, não vá ninguém

ficar susceptibilizado que também pôde pensar em planeamento. Não. Ele que não sabe pensar,

até chamou o Professor Mário Moutinho que é professor em urbanismo, para pensar no

planeamento em relação ao concelho de Oeiras quando concorreu. A questão de fundo que está a

dizer é que o que lhe agrada nestes termos de referência é isto. E nem quer saber quem são as

mentes iluminadas que pensam neste concelho em planeamento. Gosta deste plano e está de

acordo com ele porque lhe parece que é uma definição do ponto de vista do planeamento.

Provavelmente haverá algumas coisas que não gostará no futuro. Mas não pode votar o que

pressupõe que pode vir a ficar escrito. Não pressupõe absolutamente nada, vota só o que está

escrito. Que fique claro. Depois, no futuro, está disponível para votar outras coisas. A Senhora

Vereadora Teresa Zambujo disse há pouco que ninguém dá nada a ninguém do ponto de vista

daquilo que é o urbanismo. Parece que estão em função do que é que tem que se dar aos outros.

Esta proposta já vem de trás e não foi do mandato anterior. Se calhar, se estivesse a discutir o

plano de urbanização estaria muito mais crítico. Agora, se pressupuser que aquilo que está a ser

discutido não é este plano de pormenor mas é aquilo que julga que este plano de pormenor radica

no sentido do anterior plano de urbanização, ou de uma coisa ainda muito pior, bem, então vai

dizer que tem que votar contra. Não é nisso que pensa, quer viver sem fantasmas. Como tal,

atem-se apenas àquilo que está escrito. ----------------------------------------------------------------------

------------- Para responder ao Senhor Vereador Amílcar Campos, em relação ao Vale da

Terrugem, acha que esta não é uma Câmara de segredos, pelo menos para si não é com certeza,

até ver, e quando achar que o Senhor Presidente funciona assim, também o diz mas, em relação à

questão em si, disseram estar disponíveis com as pessoas que tivessem capacidade para se

organizarem com os moradores, de fazer um plano de pormenor. Não vê nenhum inconveniente

porque é a forma que acham melhor e disseram-no em campanha eleitoral. Para demonstrar que

estão disponíveis, há dias pediu ao Senhor Presidente (que lhe deu logo o ok e marcou-lhe para

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dois ou três dias depois, estando marcado para o início da semana que vem) para receber esses

moradores que estiveram consigo pela terceira vez, onde têm vindo a discutir esse assunto. Pede

desculpa ao Senhor Presidente porque se não quis dizer é trair confidências, mas parece-lhe que

esta é uma Câmara aberta. Esta lógica conceptual de que se não és por mim és contra mim, e que

estão para ver onde é que está o mal e onde é que está o bem, onde é que está a sombra e onde é

que está a luz, não é com certeza para si.--------------------------------------------------------------------

--------------Usando novamente da palavra, o Senhor Vereador Amílcar Campos disse não

estar em causa, para si, essa dicotomia de não está por mim, está contra mim. Quem não está

com estes princípios que estão consignados no relatório da DRAOT, é que está contra si. É só

isto que quer deixar claro. Está com estes princípios. Está de acordo com os princípios que estão

no PROTAML.--------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Antes de pôr à votação, o Senhor Presidente disse querer fazer uma nota em relação

ao que o Senhor Vereador Amílcar Campos acabou de dizer. Está inteiramente de acordo com o

PROTAML. Estão todos de acordo. Aliás, estão de acordo, têm que o respeitar porque se não o

fizerem, o plano não é aprovado. O plano tem que ser rigorosamente respeitado, porque se não

for, é chumbado. É tão simples como isso. Não é uma atitude séria invocar argumentos do

PROTAML quando este tem o seu guardião: chama-se CCDR. Se não for cumprido, não há

plano. Não é ratificado pelo Governo; nem lá chega sequer. É logo chumbado pela CCDR. Por

outro lado, gostaria de dizer que, como autarca, considera-se um homem de sucesso. Pode não

ter sucesso noutras áreas da vida. De centenas de entrevistas que deu, duvida que encontrem

alguma em que diga “eu fiz isto, ou eu fiz aquilo”. Dificilmente encontrarão alguma expressão

em que diga “eu isto, ou eu aquilo”. Nem toda a gente pode dizer isto. Nunca ninguém o viu dar

entrevistas na televisão a dizer “eu fiz isto, eu fiz aquilo”. Nem toda a gente pode dizer isto. Pelo

contrário. Nas pequenas coisas se vê. Há dias fez um almoço, uma feijoada, para os jardineiros

da Câmara Municipal. Deve dizer que há coisas que as pessoas se arrependem logo a seguir.

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Prometeu a feijoada e dali a uns momentos já estava a preocupado em como é que ia fazer para

tanta gente. Não diz que se arrependeu mas pensou que, se calhar, foi longe demais. Mas disse

que a fazia porque se entusiasmou. Foi lá com a Senhora Vereadora Madalena Castro e verificou

que estavam a trabalhar bem. Gostou do trabalho que estavam a fazer. Teve oportunidade de

dizer, obviamente como estímulo, reconhecimento, consideração, etc., que os jardineiros da

Câmara são os melhores do mundo. Não sabe se são, mas que são bons, são. E se tivessem um

melhor ordenado se calhar aplicavam-se ainda mais. Viu várias entrevistas da Senhora Vereadora

Teresa Zambujo enquanto Presidente da Câmara Municipal de Oeiras e, está convencido que não

estava a dizer que o desenvolvimento nasce por acaso, e que foi desde dois mil e um ou de dois

mil e dois que ela assumiu a presidência da Câmara que o desenvolvimento apareceu. Viu várias

vezes referir-se aos indicadores de desenvolvimento do concelho, no contexto até da comparação

com outros municípios da Área Metropolitana de Lisboa e, portanto, não foi por acaso esse

desenvolvimento. E é óbvio que nunca se deve a um homem só ou a uma mulher só. Deve dizer

que nem sempre escolheu bem as pessoas, até porque quem escolhe muitas é susceptível de errar.

Mas algumas escolheu bem. A Câmara Municipal de Oeiras tem tido na área das obras, na área

de planeamento, na área do ambiente, gente excepcional. A Câmara de Oeiras foi pioneira em

muitas coisas. Ainda o Professor Valente de Oliveira não sonhava com os PDM e já em Oeiras

se estava a fazer o PDM. Ainda no Governo ninguém sonhava com o perequação e já em Oeiras

se fazia. A primeira publicação da perequação em Portugal deve-se a um Arquitecto desta

Câmara Municipal que dá pelo nome de Luís Serpa. Foi a primeira publicação em Portugal de

um sistema de perequação. Foi aplicado, precisamente, na Câmara Municipal de Oeiras.

Portanto, esta Câmara tem tido gente notável. Mas é preciso, de facto, liderar essa gente notável.

E assume para si o mérito. Teve capacidade de liderança e, portanto, teve aí uma participação.

Não é preciso ser narcisista, até porque os narcisistas não vão a lado nenhum. A Senhora

Vereadora enganou-se na classificação. Os narcisistas, normalmente, vão ao fundo. Afogam-se e

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têm muita dificuldade em pôr a cabeça de fora. Já demonstrou na sua vida que é muito difícil

afogar-se e, portanto, o sucesso deste Município, qualquer pessoa sabe isso, deve-se à muita

gente que o faz todos os dias; muitos técnicos, muitos dirigentes desta casa, a capacidade de

ouvir pessoas da Administração Central, personalidades que ouvem, que chamam de vez em

quando e que dão ideias. Portanto, este trabalho, seria estupidez se alguém pensasse “eu é que

faço”. Nunca fez uma afirmação dessas. E as pessoas que fazem este concelho todos os dias

sabem porque é que isso acontece. Agora, há quem não se aperceba disso. ---------------------------

--------------O problema da viabilidade financeira do plano, está no plano. Caso contrário, este

seria insustentável. Faz parte do plano justamente tudo aquilo que tem a ver com a sua

sustentabilidade. Um plano que não é sustentável não vai por diante. Já houve planos nesta casa

que não foram por diante. Quando chegou à Câmara Municipal encontrou um plano de Valejas e

outro de Queijas que estavam feitos e nenhum foi por diante porque nenhum deles era

sustentável. A rentabilidade não dava sequer para fazer as infra-estruturas. É claro que ninguém

dá nada a ninguém. Só dá quem é benemérito e hoje está na moda fazer Fundações. O que é

importante é que, num mundo em que ninguém dá nada a ninguém, a Câmara Municipal tenha

lideres, tenha dirigentes, tenha um equipa de vereação que seja capaz de exigir com justiça

aquilo a que tem direito, isto é, que não haja um enriquecimento sem causa por parte de

promotores. O que é importante é que os promotores têm direito ao lucro legítimo, também

tenham que pagar à Câmara Municipal aquilo que devem pagar. Isso é que é um plano

equilibrado. Não é facilitar, e portanto, quem o conhece, sabe que não facilita porque tem havido

muitos donativos neste concelho; por acaso até há alguns mecenas; para o Parque dos Poetas, por

exemplo, houve muitos mecenas e continua a haver. Deve dizer que fica surpreendido porque às

vezes anda na rua, em restaurantes e há empresários que se dirigem a dizer que também querem

financiar uma escultura no Parque dos Poetas. Portanto, ainda há alguns mecenas.------------------

--------------III – A Câmara, por maioria, com votos contra dos Senhores Vereadores Teresa

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Zambujo, José Eduardo Costa, Rui Soeiro, Pedro Simões e Amílcar Campos, deliberou aprovar o

proposto.” -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Sr. Presidente da A.M. referiu o seguinte: --------------------------------------------------

------------- “Vamos abrir o debate sobre a Ordem de Trabalhos – Termos de Referência para o

Desenvolvimento do Plano de Pormenor do Espaço de Articulação Barcarena/Tercena/Queluz de

Baixo.”---- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Sr. Arnaldo Pereira (CDU) disse o seguinte: -----------------------------------------------

------------- “O Senhor Presidente da Câmara considerou dispensável fazer uma intervenção

inicial de apresentação dos Termos de Referência, que a Câmara aprovou para desenvolvimento

dum Plano de Pormenor, que está em elaboração para o Espaço de Articulação de

Barcarena/Tercena/Queluz de Baixo. ------------------------------------------------------------------------

------------- Penso que o Senhor Presidente da Assembleia Municipal informou o Senhor

Presidente da Câmara da realização desta Assembleia e, de resto, o Senhor Presidente da Câmara

teve o cuidado de enviar um processo, contendo uma deliberação anterior, mas, infelizmente, não

contém toda a documentação disponível e a última deliberação camarária que, juntamente, com a

informação técnica, aprovou esses Termos de Referência. -----------------------------------------------

------------- Queria chamar a atenção dos residentes em Barcarena que se trata de um instrumento

fundamental para o futuro desta Freguesia. -----------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Arnaldo Pereira (CDU) referiu o seguinte: -----------------------------------

------------- Em relação à qualidade ambiental, na sequência da pergunta anterior sobre qual é a

área da reserva agrícola nacional incluída nesta zona que vai ser afectada para construção e para

que tipo de construção. ---------------------------------------------------------------------------------------

------------- Gostaria de colocar à Câmara uma pergunta que tem que ver com as acessibilidades.

Também se refere nestes termos de referência que oportunamente o plano de pormenor vai

indicar as exigências e as necessidades de acessibilidades.----------------------------------------------

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--------------Queria sublinhar que o Senhor Presidente da Câmara resolveu ausentar-se da sala, no

entanto, declarou há pouco que grande parte dos problemas de acessibilidades e mobilidades que

este Concelho enfrenta, tem que ver com a circunstância de o mesmo estar encravado e rodeado

pelos Concelhos de Sintra e de Cascais, mas, isso é uma fatalidade do destino, em termos de

planeamento nós temos de contar com isso, não há maneira de o evitar.-------------------- ----------

--------------Há um conjunto de exigências que este plano preconiza, nomeadamente, a Via

Longitudinal Norte. Chamo à atenção para a circunstância desta não ser a panaceia que resolve

todos os problemas, independentemente, das dificuldades da sua construção. Os avultados

investimentos que exigem porque vai permitir também o escoamento dos Concelhos de Sintra e

de Cascais, vai ser mais uma via de escoamento e vai integrar-se também naquela lógica que o

Senhor Presidente da Câmara referia de permitir o escoamento do trânsito de outros

Concelhos.- ----------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------

--------------Este Plano de Pormenor fala na necessidade de amarração à CREL, na Via

Longitudinal Norte, até fala numa eventual extensão do SATUO, na criação de uma rede de

transportes. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----------

--------------Em termos de estudos gostaria de saber qual é o investimento estimado para a

construção desse equipamento, dessas infra-estruturas que são essenciais, para viabilizar este

Plano de Pormenor e quem é que suporta esse investimento. --------------------------------- ----------

--------------Este aspecto para nós também é de crucial importância. ------------------------ ----------

--------------Também se afirma nestes termos de referência que a cedência desses espaços para a

construção de equipamentos e o Senhor Presidente da Câmara também referiu que são

necessários e as pessoas que residem em Barcarena também sabem isso, nomeadamente a escola

integrada, uma unidade de saúde, equipamento desportivo, um lar para a terceira idade,

eventualmente uma biblioteca e acrescentaria outros equipamentos a estes termos de referência. -

--------------Sem prejuízo de necessidades de equipamento que resultem do próprio plano, o

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terreno para estes equipamentos será cedido à Câmara Municipal pelos promotores. ----------------

------------- Gostaria também de saber qual é o montante do encargo para os investimentos destas

cedências e que eventuais contrapartidas poderão ter, em termos de índices de construção,

porque ninguém dá nada a ninguém e se os promotores vão dar à Câmara Municipal terrenos

para a construção destes equipamentos é evidente que terão que ser ressarcidos em termos de

índices de construção. ------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O nosso problema fundamental é este, isto aponta para uma lógica de

desenvolvimento em que há míngua do investimento público, a construção dos equipamentos

públicos apenas é viável, no âmbito de operações imobiliárias que acentuam os índices de

construção e, de facto, o paradigma de desenvolvimento urbanístico que nós temos, assenta na

proliferação de novas urbanizações e isto vai ter que parar um dia, pois toda a gente considera

que é perfeitamente insustentável, em vez de apostarmos na reabilitação dos núcleos antigos,

apostamos no desenvolvimento de novas urbanizações e toda a gente está de acordo que tem que

parar, só que não pára, gostava que este aspecto ficasse também salvaguardado.---------------------

------------- Para terminar, uma última nota, que é saber se este Plano de Pormenor, até porque

tem uma área de reserva ecológica nacional, a REN, não implicará também um estudo de

impacto ambiental que para nós seria também muito importante. Depende da área de REN

incluída no plano, mas, o estudo ambiental, para nós é de crucial importância”. ---------------------

------------- O Senhor António Grosso (B.E) disse o seguinte: -----------------------------------------

------------- “Gostaria de colocar algumas questões relacionadas com a ordem de trabalhos que,

necessariamente, está intimamente ligada com as questões já anteriormente colocadas pelo

público e aquelas que o Senhor Presidente da Câmara teve o ensejo de responder. ------------------

------------- Disse o Senhor Presidente que a Câmara Municipal de Oeiras tem os melhores

acessos, tem as melhores estradas, mas, também reconheceu contraditoriamente e

paradoxalmente que os vizinhos que cá chegam não conseguem passar, por isso não se

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compreende como é que temos tão boas estradas e tão bom acessos, quando não conseguimos

dar vazão aqueles que por cá passam. -----------------------------------------------------------------------

--------------Há um desordenamento nesses percursos está-se a discutir os Termos de Referência

para o tal Plano de Pormenor para o eixo Barcarena, Tercena, Queluz de Baixo, aparentemente,

passando pela construção de mais não sei quantos edifícios, o que não está muito bem

esclarecido, mas, que, no entanto, pela acta da Câmara que nos foi entregue, percebemos, pela

discussão que houve na própria reunião de Câmara, que há edificações previstas para esta zona,

mas, isto não está muito transparente na própria acta, nem nos Termos de Referência que nos

foram entregues. ------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Julgamos que Barcarena não suporta mais construção e que o número de dois mil e

cem fogos, que já foi aqui falado nesta reunião, foi colocado também na reunião de Câmara e se

não é o Senhor Presidente que consegue descobrir esses dois mil e cem fogos, talvez algum dos

vereadores que esteve presente nessa reunião de Câmara nos possa dizer a que propósito é que

surge esse número e a que propósito é que ele foi falado na reunião de Câmara. ---------------------

--------------Se a Câmara Municipal de Oeiras, como diz o Senhor Presidente, não tem

competência na área do transporte, então como pode criar uma carreira em cada Freguesia? ------

-------------- Aparentemente parece que os problemas são todos do Governo Central, mas, as

soluções douradas são todas da Câmara, afinal esta tem as suas competências, tem as suas

influências, tem as suas diligências a fazer, a solução de transporte e a solução de mobilidade

compete naturalmente à Câmara resolver esses problemas. ----------------------------------------------

--------------A Reserva Ecológica Nacional que está aqui nesta Freguesia, não pode, como disse,

servir para a construção e é a população que deve desfrutar desse vale, que aqui tem, onde se

deveria erguer um corredor verde e um acesso à população para desfrutar dessa zona verde,

dessa riqueza natural.-------------------------------------------------------------------------------------------

-------------Registamos aqui, a propósito, a intenção de fazer o tal passeio ribeirinho que fosse

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integrado num plano mais vasto e de preservação da zona verde e do vale, em vez de o castigar

com mais betão e com mais construção. ---------------------------------------------------------------------

------------- Outra curiosidade interessante que vem na acta da Câmara que nos foi entregue e que

igualmente vem a propósito desta questão da mobilidade e do problema de transportes aqui da

zona, dizia o Senhor Presidente da Câmara, segundo a acta, que o desenvolvimento de toda esta

área e a pretensão de dar mais qualidade de vida às pessoas que aqui residem e de modernizar

este espaço e que com este equipamento e com o Tagusparque do outro lado até se vislumbra o

SATUO a ir do Tagusparque pelo Vale de Barcarena até este espaço, de facto aqueles que são

hoje os Concelhos vizinhos deste e no tempo do D. João V, mandou este construir o Aqueduto da

Águas Livres, mas, esse com alguma utilidade, agora parece que se pretende construir o

Aqueduto das Carruagens Vazias, só que ainda não está provado se o que foi pedido à Secretaria

de Estado dos Transportes sobre o apoio financeiro ao SATUO se já obteve alguma resposta. ----

------------- Continua por provar realmente a grande utilidade desse transporte que até aqui

continua a ser um caixote vazio de dia e um pirilampo mágico de noite, a circular num aqueduto

sem nenhuma utilidade”. ---------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Franklim Sobral (PS) fez a seguinte intervenção: ----------------------------

------------ “Numa primeira nota queria referir que é com agrado que registo a iniciativa da

vinda desta Assembleia à Freguesia de Barcarena, trazendo como ponto de ordem o assunto de

maior importância para a Freguesia, o desenvolvimento com a implementação prevista dos

equipamentos sociais, educativos e desportivos, há muito reclamados pelo facto da Freguesia ser

carenciada dos mesmos.----------------------------------------------------------------------------------------

------------- Relativamente ao documento em nosso poder, o Plano Pormenor do Espaço de

Articulação Barcarena, Tercena e Queluz de Baixo, devo referir que num primeiro contacto com

o documento e após ter lido algumas intervenções menos abonatórias de algumas forças políticas

aqui representadas. ----------------------------------------------------------------------------------------------

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-------------- Fiquei apreensivo e com algumas reservas relativamente ao projecto, pelo facto de

estar presente uma área de, pelo menos, oitenta e oito hectares, com previsão de ocupação de

dois mil e cem fogos e serem construídos nesta área outros serviços e outras circunstâncias, o

que é hábito trazer um aumento de volume de tráfego rodoviário, complicando de certa forma a

mobilidade para as populações que habitam neste aglomerado, muito concretamente na

localidade de Tercena e de Queluz de Baixo, assim como Barcarena que não é excepção à regra,

todos eles sofrem do mesmo mal em horas de ponta. -----------------------------------------------------

--------------Após análise mais atenta, ao ler o documento e o dossier que foi distribuído pelos

Membros da Assembleia, muito concretamente os parágrafos que fazem referência aos

equipamentos que são instalados na área social, educativa, saúde e desporto, o que de outra

forma, não seria possível a sua implementação nesta Freguesia, ou pelo menos seria muito mais

retardada, assim como a reapreciação de uma possível ligação à via regional – CREL, ligando

esta área de intervenção e dando acesso à Freguesia sem que se tenha que sair da mesma, será

muito vantajosa para quem necessita de sair e de entrar nestas localidades se isto se concretizar.-

--------------Quero acreditar que vai trazer melhorias e mobilidade rodoviária a esta zona e espero

que seja uma realidade. ----------------------------------------------------------------------------------------

--------------Perante estes pressupostos e em muito particular e sem receio julgo estarmos perante

um projecto de qualidade acrescida que trará desenvolvimento à Freguesia e por consequência o

Concelho será muito mais equilibrado na sua malha urbana. --------------------------------------------

-------------- Completado com os equipamentos anunciados em que de outro modo seria

impossível a sua instalação, acredito no projecto, desejo que as promessas sejam em certa

medida cumpridas, não desrespeitando a expectativa das populações deste aglomerado. -----------

--------------O Partido Socialista nesta matéria tem mantido uma postura coerente ao longo dos

últimos anos sempre defendendo projectos que pela sua postura tragam mais valias às

populações, neste caso muito concretamente, satisfazendo carências que esta Freguesia tem, na

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área de equipamentos sociais, educação, desporto e outros. ----------------------------------------------

------------- O Partido Socialista também registou com agrado ao ler o documento, que cerca de

cinquenta por cento da área do projecto será reservada para equipamento e zonas de lazer e

também áreas verdes. -------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Registou também com agrado o índice de construção que não é muito elevado,

penso que estaremos perante um projecto equilibrado.----------------------------------------------------

------------- O equipamento anunciado, poder vir a ser instalado na alta competição, vai valorizar

toda a zona envolvente e respectivas ligações à Fábrica da Pólvora e a ampliação da

Universidade Atlântica deve continuar a ser valorizada pelo Município e, certamente, todos

beneficiaremos com isso. --------------------------------------------------------------------------------------

------------- Os Socialistas de Oeiras não podem deixar de apoiar este projecto como pontos de

referência ao desenvolvimento de ligação dos aglomerados habitacionais, projecção de

equipamentos nas várias áreas a instalar, de todo o referido o de mais primordial importância é

dar vida própria a este espaço, com comércio, serviços, áreas de lazer integradas para que se

possa viver bem nessa área. -----------------------------------------------------------------------------------

------------- Tecnicamente não vou adiantar mais o assunto porque já outros o fizeram em

pormenor, aliás, isso está bem patente no documento que nos foi distribuído, ele tem os

ingredientes para que seja um projecto válido e de desenvolvimento. ----------------------------------

------------- Só mais uma nota final, espero que relativamente à mobilidade, poder vir a dizer que

mereceu a pena toda a transformação, se com isto se verificar uma melhoria de circulação no

trânsito da Freguesia, contudo, há alguns pontos que gostaria de realçar, como o reordenamento

da ribeira. Tenho algumas dúvidas quanto à ligação entre os pontos quando se fala nos eixos

central e norte, se a ligação é com vias de trânsito ou com outras alternativas, gostaria de ter essa

explicação. -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Esperemos que o projecto traga mais valias para a Freguesia, porque esta está

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carenciada, das infra-estruturas que faltam, podemos trocar o espaço verde, o ambiente que

temos por instalações necessárias ao desenvolvimento que satisfaçam as populações”.-------------

--------------O Senhor Salvador Costeira (J.F. Porto Salvo) fez a seguinte intervenção: ---------

--------------“Para discutir este problema que me parece da maior importância para todos nós, não

posso deixar de fazer aqui algumas observações. ----------------------------------------------------------

-------------Em relação à participação do público, nós em Portugal, temos três órgãos

importantíssimos no qual o público pode assistir, nuns pode intervir e noutros não, são as

Assembleias de Freguesia, são as Assembleias Municipais e a Assembleia da República. ---------

--------------Não imagino que por uma questão de descentralização a Assembleia de República

faça reuniões em todos os pontos do País, do mesmo modo não posso imaginar que tendo a

Assembleia Municipal uma sede própria possa fazer todas as reuniões de forma descentralizada,

mas, saúdo que hoje se esteja aqui a fazer esta reunião e saúdo que, algumas reuniões possam ser

descentralizadas, isto para dizer que os munícipes e fregueses de determinadas zonas têm todos

os meses reuniões públicas da Junta de Freguesia, onde podem colocar todos os problemas, que

são da competência da Junta, da Câmara, ou mesmo do Governo e que a Junta, obrigatoriamente,

terá de encaminhar para as instâncias respectivas.---------------------------------------------------------

--------------Por experiência própria devo dizer que já fiz reuniões públicas da Junta só com o

Executivo da mesma. Temos quatro reuniões de Assembleia de Freguesia durante o ano, devo

dizer por experiência própria que já se fizeram reuniões de Assembleia de Freguesia onde estive,

não só na minha, como em outras, só com os elementos, os vogais da Assembleia e o Executivo

da Junta, faço aqui um apelo, se é que as pessoas querem participar na vida política portuguesa

que vão às reuniões públicas das Juntas, que vão às reuniões das Assembleias de Freguesia, é

isso que devem fazer, porque de outra forma estamos a inverter a Democracia em Portugal. ------

--------------Esta é uma questão que eu considero fundamental para que este debate possa ser

analisado com profundidade e com honestidade. ----------------------------------------------------------

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

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------------- Parece-me que há aqui pessoas que não entenderam ainda, vou explicar na medida do

possível, os elementos estratégicos para uma questão destas são como os objectivos ou os

parâmetros que o órgão político traça para que os técnicos urbanistas depois possam envolver o

plano de pormenor, não estamos aqui a discutir nenhum plano de pormenor, mas tão só estes

referenciais. ------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Para isso gostava de chamar a atenção para o seguinte. O nosso Concelho tendo em

conta o limite sul do Concelho de Sintra e Amadora é atravessado longitudinalmente por vias

que são importantíssimas, a Estrada Marginal a sul, a A Cinco mais ou menos a meio do

território e o IC Dezanove já no limite norte do Concelho, isto é, fora do Município, mas, nas

proximidades.----------------------------------------------------------------------------------------------------

------------ Agora está projectada a Via Longitudinal Norte, que é outra via que atravessa

horizontalmente o nosso Concelho entre a A Cinco e o IC Dezanove, o que se recomenda aqui e

é importante, porque este plano também pode dar resposta a isto, é que estas Vias Longitudinais

possam ser atadas umas às outras com Vias Transversais, a CREL é um exemplo, a CRIL é outro

exemplo.-- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Nós temos a Variante à Duzentos e Quarenta e Nove Três que é apenas um arremedo

mas podemos de facto pensar nisto e este plano pode aqui na Freguesia de Barcarena dar uma

resposta muito positiva a este problema das acessibilidades.---------------------------------------------

------------- Nós vivemos na Europa, será que todos vão ao estrangeiro? Os constrangimentos nas

entradas das grandes cidades com o automóvel, que é um elemento fundamental no trânsito e no

tráfego, existem em Madrid, em Barcelona, em Londres, nas mais variadas cidades da Europa.---

------------- Nós não podemos acreditar que as pessoas queiram que haja uma província rural em

plena Área Metropolitana de Lisboa, eu não acredito, porque cada vez mais as populações

procuram esta zona, é impossível evitar que haja essa procura e o que nós temos é de encontrar

formas de criar condições para que seja melhor viver esta zona. ----------------------------------------

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--------------Quando hoje aqui se falou na questão da REN, e acho bem que se tenha falado,

recomendo que leiam todo o documento, diz numa dada altura “…a área de REN é constituída

pela encosta sobre o vale de Barcarena e a Fábrica da Pólvora. Resulta do declive e tem as

características ambientais e paisagísticas adequadas para que constitua uma área arborizada…”

isto é o parâmetro que aqui está definido para a REN, ninguém está a querer pôr edificações em

cima da área da REN. ------------------------------------------------------------------------------------------

-------------- Como disse o Senhor Presidente da Câmara e é verdade, o terreno não cai do céu, é

necessário fazer parceria com os promotores imobiliários, está na ordem do dia encontrar formas

de parcerias para resolver alguns problemas importantes relativamente aos equipamentos que são

necessários, isto faz o Governo, ele está a fazer isso com o aeroporto de Lisboa, faz com outras

questões fundamentais, porque não há forma de sair daqui, o terreno não cai de parqueadas nas

mãos dos Municípios. ------------------------------------------------------------------------------------------

-------------- Chamo a atenção para outro aspecto, é que nestes parâmetros temos aqui

equipamentos extremamente importantes, um complexo desportivo de alta competição, uma

unidade de saúde com um área mínima de quatro mil metros quadrados, um equipamento escolar

com uma área mínima de dois e meio hectares, um equipamento para a terceira idade, uma

extensão da Universidade Atlântica com capacidade para mais trinta salas de aula e

equipamentos para as necessidades geradas, o que é isto? -----------------------------------------------

--------------Os equipamentos para as necessidades geradas é muito simples, é tudo aquilo que a

urbanização envolvente possa vir a criar que tem que dar resposta, nos lixos, nos equipamentos

relativamente a jardim, a questões mais localizadas que são equipamentos imobiliários também

das próprias urbanizações.-------------------------------------------------------------------------------------

--------------Digo para finalizar, Senhor Presidente, mas, nós temos medo do Concelho de Oeiras

e da gestão urbana do Concelho de Oeiras?-----------------------------------------------------------------

-------------Vou dar dois exemplos, em Oeiras uma das últimas urbanizações que foi feita foi o

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Fórum Oeiras, comparem com o Bairro do Rosário, em Cascais, com a Quinta da Guia, ou com a

Torre, só para falar em Cascais, para não falar na Amadora, nem no Cacém, nem em Massamá e

noutras coisas. ---------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O último bairro que se fez em Porto Salvo, por uma entidade privada, é na zona sul

do Tagusparque, em Talaíde, comparem por favor essa urbanização, com São Marcos, nós

estamos a falar de Oeiras que trabalha com índices de ocupação da ordem de zero trinta e cinco,

zero quarenta e zero vírgula cinco, com áreas limítrofes ao nosso Concelho onde acontecem

índices de dois ou de três unidades, acho que este documento como referencial para os técnicos

urbanistas desenvolverem um trabalho, está excelente, tenhamos nós a capacidade para, em

comparação com estas referências, podermos apreciar de uma maneira condigna e honesta o

Plano de Pormenor que irá sair daqui”. ----------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Jorge Pracana (PSD) opinou o seguinte: ---------------------------------------

------------- “Relativamente a este documento que nos foi dado para análise e que nos trouxe

aqui, começo por referir que me congratulo com ele. -----------------------------------------------------

------------- Durante muito tempo e esperamos que tenha um limite de tempo temporal Barcarena

era um pouco como o patinho feio do Concelho, mas, era por essas razões também que passou a

ser uma área com capacidade de expansão para o próprio Concelho. -----------------------------------

------------- Foi aqui criticada a Câmara por não ter dado prioridade a esta Freguesia, fê-lo

relativamente a alguns equipamentos como já aqui foi dito, o caso da Fábrica da Pólvora, mas,

agora, não podemos acusar a Câmara de querer promover o equipamento por querer promover o

bem-estar das populações, por se preocupar com esta Freguesia, porque então é criticado, não

pode ser, não há dois pesos e duas medidas quando se trata do conforto e das necessidades das

populações.-------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O que nós vemos aqui é que as várias Freguesias do Concelho apresentam níveis de

desenvolvimento muito interessantes, evidente com todos os seus aspectos negativos, também há

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que reconhecer que, Barcarena necessita, de facto, de um impulso, tipo Plano Marshall, tipo uma

infecção maciça, algo que faça desenvolver esta Freguesia. ---------------------------------------------

--------------Não podemos esquecer que não vivemos no Século Dezoito, não vivemos no Século

Dezanove, estamos projectados para o Século Vinte e Um. Admito que o conceito de qualidade

de vida possa ser diferente de pessoa para pessoa, por isso, há pessoas, que gostam de viver no

Cartacho, ou em Almeirim e há outras que gostam de viver no Marquês de Pombal.----------------

--------------O problema do conceito de qualidade de vida tem muito que se lhe diga, isto é, nós

podemos dizer eu quero aqui em Barcarena espaço verde completo mas há outros que poderão

perguntou quanto é que custa esse espaço verde. ----------------------------------------------------------

-------------Custa-me, por exemplo, ver os filhos desta terra serem enxotados para municípios

vizinhos porque o preço por metro quadrado no Concelho é elevadíssimo e é elevadíssimo

porque a oferta é menor que a procura. ----------------------------------------------------------------------

-------------- Podemos perguntar se com esta alteração não poderão amanhã os nossos filhos ficar

aqui, em vez de irem para São Marcos, em vez de irem para a Amadora, ou em vez de serem

enxotados para longe daqui, por mim prefiro-os aqui ainda que isso de facto limite alguma

qualidade de vida.-----------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Em relação à qualidade de vida, nós não podemos esquecer que esta Freguesia de

Barcarena tem uma coisa que se chama um campo de golfe de dezoito buracos. Claro que

podemos dizer que é só para alguns, seja, mas, não há dúvida de que o espaço verde está lá.

Estamos a falar de um espaço importante junto ao Tagusparque, que poderia ter sido ocupado

para a construção, não foi e faz parte de um projecto, que é o projecto da Fábrica da Pólvora. ----

-------------O que nós pretendemos aqui e consideramos importante e há que ter isso em mente, é

saber que ao transformar esta Freguesia com uma nova centralidade, resolve o problema do

núcleo histórico e eu reconheço que é importante, reconheço que em Paço de Arcos, em Oeiras,

há núcleos históricos importantes.----------------------------------------------------------------------------

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------------- O problema de Barcarena é que nós podemos perguntar o que é o núcleo histórico. A

Freguesia de Barcarena dispersa-se por vários agregados aos quais ainda existe uma falta de inter

ligação por dificuldades de transportes e as pessoas isolam-se mais. -----------------------------------

------------- Julgo que esta dinâmica que aqui nos é trazida em termos referenciais, apenas em

termos referenciais, na prática podemos chegar uma nova centralidade para esta Freguesia, as

tais praças, os tais equipamentos, a tal capacidade de levar os jovens para aquela zona, aquilo

que hoje se dizia aqui, mas, aquilo é só para construir lojas o povo português não tem dinheiro

para lá comprar. Não perguntem á Câmara a razão do povo português não ter dinheiro, se calhar

terão que perguntar ao Governo a razão disso, não entro nesse jogo. -----------------------------------

------------- É apenas um a parte, assumirá quem quiser assumir, talvez o senhor Marcos Sá

transmita esta nossa preocupação a quem de direito, de todo o modo, o que quero aqui referir é

que temos algumas preocupações em relação a este termos referenciais. ------------------------------

------------ Preocupações essas que estão limitadas por aquilo que hoje, posso dizer para o bem e

para o mal, que é a ditadura das normas. --------------------------------------------------------------------

------------- Todos nós sabemos hoje que tudo aquilo que se faz no nosso País, nesta matéria,

está regulamentado e estes termos de referência são balizas muito largas que necessariamente

têm que respeitar PDM’S, respeitar CCR’S, têm que respeitar um conjunto de regras e não há

hipótese de as violar. -------------------------------------------------------------------------------------------

------------ Quem apresenta estes referenciais estará preocupado com isso, Nós estamos cá e

estaremos cá no futuro, no sentido de saber o depois destes referenciais serem implementados o

que é que é possível e o que não é possível fazer, contudo, queria deixar aqui algumas questões

em relação a estes termos de referência. ---------------------------------------------------------------------

------------- Gostava de perceber a razão dos equipamentos que aqui se propõem. -------------------

------------- Em dado momento havia uma carência de jardins de infância e depois quando se fala

no programa dos equipamentos há o destaque para o complexo desportivo, para a unidade de

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saúde, equipamento escolar, equipamentos de terceira idade, não há uma referência autónoma à

questão dos jardins infantis. -----------------------------------------------------------------------------------

--------------Gostaria de saber se, de facto, também está ou não previsto, tanto mais que em zonas

que se prevêem de construção nova, com famílias jovens, necessariamente, este é um problema

que deve ser também equacionado, consequentemente gostaria de saber se está ou não previsto

aquilo que o Senhor Salvador Martins dizia, quase como elemento residual, equipamentos para

as necessidades gradas, gostaria, contudo, de ver autonomizada esta preocupação em relação aos

jardins de infância.----------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Também gostava de perceber um pouco, em termos de custos se é possível ter

alguma ideia deste equipamento o que é que isto significará no seu montante. -----------------------

-------------- Reconheço que hoje são fundamentais estas parcerias, considero que o País com as

dificuldades financeiras que temos a coisa pública tem que dar a mão á coisa privada, quer

queiramos, quer não, temos que ter o realismo necessário para perceber isso, sob pena de não

sairmos do sitio onde estamos.--------------------------------------------------------------------------------

-------------Os sinais dos tempos apontam como caminho este, se houver amanhã um outro

melhor que venha, mas para já, julgo que as parcerias são, de facto, importantes, é evidente que

estas não podem ser alcançadas a todo o custo e, consequentemente, era importante que também

fosse informado se a Câmara tem esses elementos, no sentido de saber os custos globais destes

terrenos e deste equipamento que como aqui se diz, serão cedidos sem encargos para a Câmara

Municipal.- ------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------Estamos a falar de algo que a Freguesia de Barcarena e os Munícipes do Concelho

poderão gozar sem que isso custe, rigorosamente, um centavo em termos dos aumentos dos

nossos IMI’s, dos nossos impostos por via das normas em vigor.---------------------------------------

--------------Congratulo-me como freguês desta Freguesia e como Membro Municipal por estes

termos referenciais, aguardando esclarecimentos e, mais importante, reservando-me uma tomada

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final de posição quando oportunamente vier a esta Assembleia o reflexo destes termos de

referências em relação ao PDM”.-----------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Pedro Sá (PS) argumentou o seguinte: ------------------------------------------

------------- “Nos termos Regimentais e tendo em conta o conteúdo da última intervenção, pedia

ao orador anterior, como é possível fazer, que esclarecesse esta Assembleia, que o Partido

Socialista entende que é particularmente relevante saber qual a posição do Partido Social

Democrata nesta matéria, se é posição assumida pelo líder de bancada. -------------------------------

O Senhor Jorge Pracana, congratulando-se com os termos de referência, se é posição assumida

pelos Vereadores do PSD na Câmara Municipal, que se mostraram clara e veementemente contra

os termos de referência na reunião de Câmara, votando contra”. ----------------------------------------

------------- O Senhor Vítor Alves (J. F. Barcarena) fez a seguinte intervenção: -------------------

------------- “A intervenção anterior do Doutor Jorge Pracana, expressa o sentimento de todos

aqueles que foram e são autarcas na Freguesia de Barcarena, de facto, estamos a falar de

equipamentos extremamente importantes para o desenvolvimento da Freguesia de Barcarena,

estamos a falar de reivindicações que têm trinta e muitos anos, estamos a falar de uma escola

porque os meus filhos tiveram que sair da freguesia e eventualmente os meus netos, com estas

dúvidas todas ainda vão ter que sair da Freguesia também, estamos a falar de um pavilhão

desportivo que é a única Freguesia do Concelho que não tem, estamos a falar de complexos

desportivos que carecemos deles como de pão para a boca, estamos a falar do alargamento de

equipamentos para a terceira idade, estamos a falar de tudo aquilo que está consagrado neste

Plano de Pormenor. ---------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Congratulo-me pelas intervenções dos Autarcas de Barcarena que aqui foram feitas e

congratulo-me também porque houve Vereadores do Movimento Isaltino Mais à Frente e do

Partido Socialista que tiveram o bom senso de aprovar este plano”. ------------------------------------

------------- O Senhor Britaldo Rodrigues (IOMAF) referiu o seguinte:-----------------------------

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--------------“Creio que já se falou muito sobre esta matéria, penso que a determinado momento é

necessário fazer uma síntese, pessoalmente tenho essa necessidade, muitas vezes sintetizar o que

se tem feito. ------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------A matéria versada tem duas vertentes, uma política e uma técnica, o que ouvi sobre o

ponto de vista técnico não me pareceu que na verdade houvesse uma argumentação consistente

que se opusesse ao que é afirmado neste documento. -----------------------------------------------------

--------------Sobre o ponto de vista político também não descortinei uma argumentação

consistente em relação a esta matéria, no que diz respeito a uma oposição por isso, muito

calmamente achamos que a nível do IOMAF é um óptimo documento de trabalho para se

continuar a seguir e, simultaneamente, se considerarmos que é verdade que esta Freguesia é

menos favorecida, acho que é muito grave que as pessoas que o afirmam tenham uma

argumentação, no sentido de impedir o desenvolvimento deste projecto em prol do

desenvolvimento desta Freguesia. ----------------------------------------------------------------------------

--------------Esta é a síntese que neste momento pensei que deveria fazer, o que traduz,

indiscutivelmente, o apoio do IOMAF ao documento aqui apresentado”. -----------------------------

--------------O Senhor António Barros (J. F Queijas) opinou o seguinte:----------------------------

--------------“Com muita honestidade sou Presidente da Junta de Freguesia aqui ao lado, em

Queijas e houve aqui alguns aspectos que não posso deixar passar em claro, porque me fazem

alguma confusão. -----------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Com todo o respeito por esta Assembleia, julgo que esta discussão faria mais sentido

se estivéssemos a analisar um plano de pormenor e não um termo de referência, porque daquilo

tudo que ouvi só posso ter uma palavra, ambiguidade, isto é uma ambiguidade porque, por um

lado, sistematicamente, em variadíssimas reuniões e Assembleias Municipais ouve-se

comummente falar num termo chamado Oeiras está como que uma selva de betão, já ouvi isto

enumeras vezes, ouvi, inclusivamente, aqui hoje, alguém dizer Barcarena não comporta mais

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construção. -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Barcarena é em área a maior Freguesia de Oeiras, quase um quarto do Concelho de

Oeiras, se Barcarena não comporta mais construção, não podemos construir mais no Concelho de

Oeiras, esta é a primeira questão. -----------------------------------------------------------------------------

------------- A segunda questão é uma ambiguidade porque, não entendo como é que se fala tanto

numa selva de betão e depois se criem tantos problemas quando se pretende criar uma base de

trabalho, quando se pretende uniformizar, quando se pretende decidir aquilo que são áreas de

construção é áreas de lazer e aquilo que são equipamentos, quando se pretende, justamente,

definir tudo isto enquadrado com este termo de referência no plano de pormenor. -------------------

------------ Não consigo perceber como é que se diz que por via destes termos de referência

estamos no fundo a continuar a subsistir naquela questão que se diz tanto, a selva de betão. -------

------------- Estes termos de referência são para fazer o contrário, dando uma coisa muito

importante à Freguesia, como o Senhor Presidente da Junta acabou de dizer, no fundo dando a

esta tudo o que tem sido as aspirações de equipamentos de que há anos se batem por eles,

honestamente, não consigo entender como é que existe uma só bancada ou um só Vereador

capaz de votar isto contra”. ------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Jorge Pracana (PSD) argumentou o seguinte: ---------------------------------

------------- “Em resposta ao pedido de esclarecimento, embora entenda que não tenha qualquer

obrigação em responder ao Senhor Pedro Sá, mas, por uma questão de educação para com ele e

para com esta Assembleia posso dizer que deve estar convencido que o Partido Social

Democrata sofre dos tiques autocráticos e autoritários do seu partido, o Senhor Pedro Sá, deve

estar convencido que este partido deixou de ser um partido livre só pelo facto de alguém o espiar

e, por isso, está enganado, o Partido Social Democrata é um partido livre, de gente pensadora e

de pessoas que não são seguidistas, em cada momento e, de acordo com aquilo que é o melhor

para as populações e de acordo com aquilo que são os elementos importantes em análise, assim

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decidem, os Senhores Vereadores decidiram e muito bem, na altura, perante os elementos que

tinham, nós perante outros elementos que, entretanto, poderemos ter apurado, assim decidimos. -

--------------A dificuldade em mudar é importante. Os senhores não reconhecem isso, têm

dificuldade, por isso, temos em conta esta realidade, o PSD em cada momento decide de forma

que é mais importante para o cidadão e, neste caso, consideramos que para os cidadãos de

Barcarena e sem prejuízo daquilo que vier e que até poderemos votar contra, estamos aqui a falar

de generalidades, portanto, amanhã iremos ver o que é, neste momento, a nossa opinião é no

interesse de Barcarena penso que terá ficado esclarecido”. ----------------------------------------------

--------------O Senhor Pedro Sá (PS) esclareceu o seguinte: --------------------------------------------

--------------“Antes de mais, das visões do Senhor Jorge Pracana sobre autocracia e autoritarismo,

na democracia portuguesa em geral e no PS em particular, vamos dispensar-nos de questões

esotéricas. - ------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Em segundo lugar, o Partido Socialista, ao contrário do Senhor Jorge Pracana não fez

nenhuma insinuação de autocracia e autoritarismo por parte do novo Presidente do PSD, ao

contrário, falou que o Partido Social Democrata se comportaria dessa maneira por mudar de

líder, quem fez essas insinuações foi o Senhor Jorge Pracana e o Partido Socialista não se vai

pronunciar sobre os problemas internos do PSD. ----------------------------------------------------------

-------------- Não existem nenhuns elementos novos desde os que nós tínhamos e os que foram

destituídos da Câmara, até hoje, de facto, esta intervenção do Senhor foi esclarecedora porque

ficámos sem dúvida nenhuma relativamente à credibilidade que o PSD pode ter neste Concelho,

zero, tendo em conta as voltas de cento e oitenta graus à frente de toda a gente em público”.------

--------------O Senhor Jorge Pracana (PSD) opinou o seguinte: ---------------------------------------

--------------“Para defesa da honra, aqui não há esoterismos, há realismos e este é ouvir as

populações, chegar junto delas e no fundo ver aquilo que é mais importante, que é uma coisa que

os Senhores Membros do Partido Socialista, infelizmente, não conhecem, mas em dois mil e

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nove falaremos.” ------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Por deficiência de gravação tornou-se inaudível a intervenção do Senhor

Salvador Costeira (J.F. Porto Salvo). ---------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Presidente da C.M.O. fez a seguinte intervenção:-----------------------------

------------- “Fez todo o sentido que o Presidente da Câmara não fizesse uma intervenção inicial,

porque como aqui se demonstrou tivemos perante um debate entre Partidos Políticos, em que a

população ficou a saber o mesmo.----------------------------------------------------------------------------

------------- Na realidade, estas Assembleias Municipais, faço minhas as palavras do Senhor

Presidente da Junta de Freguesia de Porto Salvo, como se demonstrou à sociedade, servem para

tudo menos para esclarecer a população, porque para esclarecer procede-se assim.------------------

------------- A Junta de Freguesia de Porto Salvo, há um ano organizou uma reunião,

precisamente com os moradores do Casal das Chocas, onde estavam cem moradores. --------------

------------- Discutiram-se os Planos de Pormenor e os projectos de loteamento daquela zona,

num diálogo com as pessoas, não uma reunião formal como esta, em que as pessoas se

inscrevem no início, dizem o que têm a dizer, mas, depois, não há diálogo, nem discussão, não

podem olhar para um mapa, nem para um texto. -----------------------------------------------------------

------------- É obvio que estas reuniões servem para alguns Partidos Políticos dizerem que estão

contra ou a favor. Mas também já estamos habituados a que alguns deles, normalmente, são

contra o que se faz e nem têm nenhuma solução como o fazer.------------------------------------------

------------- Claro que são os partidos, digamos, marginais ao sistema, são aqueles que não têm

aspirações a liderar uma Junta de Freguesia ou uma Câmara Municipal, naturalmente que os

partidos responsáveis, aqueles que têm aspirações a liderarem as Freguesias ou a Câmara

Municipal, quando chegar o momento próprio, não tenho dúvidas, que terão à perna os

moradores de Barcarena e esses então dirão de sua justiça. Quando é que dizem de sua justiça?

Quando houver algo para lhes mostrar, nos termos da Lei é obrigatória uma discussão pública,

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quer a nível do Concelho, quer a nível dos moradores que são os interessados. ----------------------

--------------Em todos os Planos de Pormenor desta dimensão que a Câmara Municipal fez, há

reuniões nos Bombeiros, na Freguesia, onde estão técnicos da Câmara Municipal, que discutem

com os moradores e prestam os esclarecimentos necessários, isso é que é participação. -----------

--------------Chamar participação ao que se passa nesta Assembleia é pura demagogia, é querer

manipular as pessoas, demonstrou-se bem porque as pessoas estão exactamente na mesma. Isto

serve é para lançar dúvidas, para instigar, de facto, dúvidas nas pessoas.------------------------------

--------------Quero congratular-me pela posição que os partidos responsáveis, aqueles do arco

democrático, aqui manifestaram, que vai no sentido de apoiar, em função do plano que irá ser

apresentado, mas, apoiar a solução que virá a ser definida. ----------------------------------------------

--------------O que é que a Câmara Municipal faz? Relativamente a uma determinada área do

território, dar algumas indicações, os chamados termos de referência, diz à equipa técnica o que

é necessário tratar nesse território. ---------------------------------------------------------------------------

--------------Quais são as carências desse território? Não são as carências que vão ser geradas,

digamos, pelo acréscimo de habitação ou construção, mas sim as do território que sofre as

influências desse novo plano. ---------------------------------------------------------------------------------

--------------Já agora faço aqui um parêntesis, para aqueles que disseram que não se faz nada aqui

em Barcarena, olhem este quartel dos Bombeiros. Foi financiado pela Câmara, o quartel era isto

e pouco mais. A Cooperativa de São Pedro, a não ser que entendam, que é uma das maiores

unidades de tratamento e acompanhamento de deficientes, que é um equipamento de somenos

importância, é dos mais importantes do País, é a matriz solidária deste Concelho e dos autarcas

que dirigiam esta Câmara Municipal. A Câmara deu quinhentos mil euros, por acaso deu mais

que o Governo, aliás, a Câmara dá sempre mais que o Governo seja no que for. ---------------------

--------------Para não haver melindres dos Senhores Membros do Partido Socialista e do PSD,

porque está aqui população quero dizer o seguinte: ------------------------------------------------------

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------------- Quando falo no Governo, não falo com intenção, falo de qualquer Governo, seja ele

qual for, todos os Governos têm culpas no cartório. Já agora também digo que a Câmara de

Oeiras a teve, porque ando aqui há muitos anos, mas, não há trinta, ainda não é, mas pode ser

que lá chegue, mas por acaso também não chegarei lá, porque a última legislação autárquica, a

última alteração legislativa determina que em dois mil e treze não me possa candidatar, em dois

mil e treze tenho mesmo que me ir embora, não me posso candidatar mais.---------------------------

------------- Não sei se ainda está na sala o Senhor Fernando Silva, que é o jornalista da “Voz de

Torcena”, aí está um homem que defende os interesses desta freguesia. A primeira obra que se

fez aqui, quando fui eleito em mil novecentos e oitenta e seis, foi a estrada dos Agodinhos, os

mais velhos devem lembrar-se do que era aquela estrada, para se sair ali era um problema, foi a

primeira obra. ----------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Fizeram-se obras nos “Fixes”, “Clube Desportivo de Barcarena”, Leceia, Tercena,

Valejas, todos esses clubes tiveram obras através da Câmara Municipal de Oeiras, Centros da

Terceira Idade, Creches e Infantários, Escolas do Primeiro Ciclo de Queluz de Baixo, Tercena e

Valejas, vejam bem como eram as Escolas do Primeiro Ciclo nesta freguesia. A Capela de São

Sebastião, a Igreja Paroquial, é um património se calhar, o Bloco de Esquerda e o Partido

Comunista dirão, o Papa ou o Cardeal pedirem dinheiro para a recuperação, é um património,

fundamental desta freguesia, é uma das igrejas mais importantes em termos de património

cultural e religioso da Área Metropolitana de Lisboa. Arruamentos, iluminação, a piscina ali em

cima, tanta coisa, isto mudou radicalmente, mudou tanto que até o ex-Presidente da Câmara de

Vila Franca de Xira, cuja Vila Franca há dez anos, vejam bem, para atravessar a rua um

quilómetro, demorava-se uma hora, imaginem o que seria agora se lá continuasse, mas não veio

para o paraíso de Oeiras. ---------------------------------------------------------------------------------------

------------- A questão é esta, o que é que nós vamos fazer? Depois vêm aqui com papões, que as

pessoas a dada altura ficam sem saber, fala-se do Vale de Barcarena e não se sabe o que é, até se

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diz que o SATUO vai para o Vale de Barcarena, pode transversalmente atravessá-lo, mas não vai

para o vale. ------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------A Reserva Ecológica Nacional é sagrada, ninguém lá vai mexer, só por interesse

público é que se pode desafectar a reserva, nem um centímetro, por que é que se vem aqui com

demagogias quando ela é intocável? -------------------------------------------------------------------------

--------------Vou pedir que se ponha na Junta de Freguesia a acta da Câmara Municipal, de oito

de Outubro de dois mil e sete, para não estar aqui a maçá-los a lê-la, porque está lá a posição dos

Vereadores, do Presidente da Câmara e está explicitamente tudo aquilo que se vai fazer. ----------

--------------O problema é este, há determinadas zonas do Concelho, penso que todos aqueles que

conhecem, reconhecem que têm sido intervenções correctas, por exemplo quem vai a Paço de

Arcos não pode deixar de gostar da intervenção que foi feita no Centro Histórico, está bonito,

toda a gente reconhece isso, é claro que vamos ainda fazer estacionamento, há ali problemas,

para as pessoas puderem aceder ao Centro Histórico.-----------------------------------------------------

--------------Como disse no início da minha intervenção estão-se a adquirir imóveis antigos

degradados para transformar em habitação, até já se entregaram alguns, ainda há dias se

entregaram cinco fogos na Rua Patrão Lopes.--------------------------------------------------------------

--------------Quem pode dizer mal do Lagoas Park? É só o melhor parque empresarial deste País.

Quem pode dizer mal do Tagusparque, da Quinta da Fonte, do Aquiparque? Sei que isto dói

tanto àqueles que não querem que se faça.------------------------------------------------------------------

--------------Temos os melhores indicadores, não sou só eu que o digo, é o Governo, são os

Órgãos do Governo, Órgãos da Administração Central, o Bloco de Esquerda já sabemos que o

que quer é que se faça, não vale a pena estarmos aqui a perder tempo, os melhores indicadores de

qualidade de vida do País estão em Oeiras, temos o melhor poder de compra, o maior índice de

escolaridade, o maior número de licenciados, a melhor média salarial, o maior pagamento de

impostos, mas gosto de repetir porque sei que os enervo, a questão é esta.----------------------------

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------------- A Câmara Municipal olha para esta zona de Barcarena e pensa no que é que lá faz

falta, nós temos a informação, a disponibilidade dos números, sabemos as pessoas que aqui

vivem, as necessidades que têm, as crianças que há, os idosos, qual é a pirâmide etária, tudo isto

está devidamente parameterizado, quais são os equipamentos necessários que fazem falta às

escolas, toda a gente fala nisso, é preciso uma escola, um lar da terceira idade, um centro de

saúde, um pavilhão desportivo, multi-equipamentos desportivos e sociais.----------------------------

------------- Engraçado que o Partido Comunista tem uma técnica muito interessante, sempre que

o Presidente da Câmara de Oeiras diz que vamos ali fazer um Centro de Saúde, eles começam a

reivindicar o Centro de Saúde, depois do Centro estar construído vêm dizer que eles é que

pediram, exigiram, por isso é que se fez. --------------------------------------------------------------------

------------- A questão é esta, não basta dizer que faz falta isto e aquilo, quando se pedem os

instrumentos necessários para se fazer, nessa altura vai-se fazer onde? Nas orelhas do Presidente

da Câmara, ou vai-se fazer aqui no centro da Vila de Barcarena, é ali naquele largo que se vai

fazer o campo de futebol, o pavilhão desportivo, a escola, etc? Só há uma solução, é claro que se

pode expropriar todo o terreno livre de Barcarena, mas onde é que estão os recursos financeiros?

------------- Mais, nós temos que construir cidade e essa construção faz-se com planeamento, o

plano que vai ser apresentado, quando isso acontecer, por isso é que achei esta Assembleia

realmente desnecessária, porque irá ser apresentado o dito plano, aí estou convencido que os

primeiros a exigi-lo vão ser os moradores de Barcarena, porque ele vai corresponder. --------------

------------- O que é que temos aqui? Temos Barcarena por um lado, Queluz de Baixo por outro,

depois Tercena, como é que isto se chama? Espaço de articulação Barcarena/Tercena/Queluz de

Baixo. ----- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O problema é que os processos de planeamento demoram muito tempo, chegam a ter

trinta técnicos de diversos departamentos a acompanhar a evolução do plano, é uma Comissão de

Acompanhamento extremamente pesada e que demora muito tempo, por isso é que estes

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processos são muito morosos.---------------------------------------------------------------------------------

--------------Em dois mil a Câmara Municipal deliberou elaborar um Plano de Urbanização para o

local, que é um plano mais flexível, não define com rigor o que é que se vai fazer, as

volumetrias, a implantação dos edifícios, não vai a esse pormenor. ------------------------------------

--------------O Plano de Pormenor define logo os arruamentos, as volumetrias, as cércias dos

prédios. Nos termos da Lei vigente na altura os Planos de Pormenor só podiam ser levados a

cabo em zonas urbanizadas, urbanizadas é já no Plano Director Municipal. --------------------------

--------------O Plano Director Municipal não considerava essa zona de uso, a figura que a

Administração Central, na altura ADRAOT, preconizava. -----------------------------------------------

--------------O instrumento de gestão territorial que devia ser utilizado era o Plano de Pormenor, a

Câmara Municipal não queria fazer esse plano, entendíamos que não, porque depois a alteração

de um Plano de Pormenor é extremamente rígida também, demora anos por vezes a fazer uma

alteração ao plano, entendíamos que o Plano de Urbanização era mais adequado, andou-se nesta

discussão três ou quatro anos, até a que uma dada altura temos que “albardar o burro à vontade

do dono”, se na Administração Central nos dizem que tem que ser um Plano de Pormenor, muito

bem faça-se o plano, foi isso que decidimos e que foi o que a Câmara Municipal recentemente

aprovou, os termos de referência, mas, para elaboração de um Plano de Pormenor e não de um

Plano de Urbanização. -----------------------------------------------------------------------------------------

--------------Quais são as garantais que eu quero dar? Já vimos quem é que está a favor e quem

está contra, quem é que quer que Barcarena seja uma terra avançada, com qualidade de vida,

valorizada, porque este plano, vai requalificar estes aglomerados todos, não vai ter incidência

apenas neste território, mas sim em Queluz de Baixo, Tercena e aqui em Barcarena. ---------------

--------------Acessibilidades e mobilidade, pode-se dizer que vai haver mais construção e vai

piorar tudo, esse é o problema dos ineptos, são aqueles que não têm capacidade de antevisão, a

propósito de betão, vamos a Nova Iorque e está cheia de torres, mas não tem problemas de

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estacionamento, os carros não estacionam nas ruas, porque os prédios estão todos dotados de

estacionamento, têm as infra-estruturas adequadas. -------------------------------------------------------

------------- Aliás os grandes problemas do Concelho de Oeiras não são decorrentes de planos

recentes, são decorrentes de planos e projectos antigos, de construções que se fizeram e não

tinham um lugar de estacionamento. -------------------------------------------------------------------------

------------- As moradias de Tercena, Barcarena, Queluz de Baixo, onde é que está o

estacionamento? Ocuparam cada um o seu lote e não fizeram estacionamento, os prédios que

fizeram por aí fora nos anos setenta, oitenta, onde é que está o estacionamento? Mas, entretanto,

nessa altura, quantos carros é que havia? Havia famílias que não tinham carro antes do Vinte e

Cinco de Abril, depois compraram carro, hoje há famílias que têm dois e três carros no mesmo

agregado e não têm um lugar de estacionamento.----------------------------------------------------------

------------- Agora diz-se que a Câmara tem que construir estacionamento, constrói, mas vão

pagá-lo, é óbvio, quem quiser estacionamento tem que o pagar, não pode ser de outra forma. -----

------------- O que é que acontece nos edifícios novos? Não se faz um edifício, neste momento,

no Concelho de Oeiras, que não tenha a garantia de estacionamento, é o que acontece num plano

desta natureza. ---------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Depois o problema das acessibilidades, o facto de se construir mais não significa que

isso vá criar mais problemas, pelo contrário, hoje quem quiser entrar na CREL de Barcarena,

onde é que tem que a ir apanhar? Tem que ir ali ao lado de Queluz. Com este plano nós vamos

ter condições para que as pessoas possam entrar na CREL sem precisarem de ir ao outro lado,

vão haver acessibilidades diferentes. -------------------------------------------------------------------------

------------- A Via Longitudinal Norte, é imperativo, essa via tem que se fazer com este plano, ele

não pode funcionar sem que essa via esteja feita, terá que ser em simultâneo. ------------------------

------------- Em termos de mobilidade este plano cria condições para que o tráfego aqui na

freguesia funcione muito melhor, porque nos vai permitir retirar o tráfego do centro dessas

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localidades, das ruas, em que as pessoas andam a fugir ao trânsito, este plano só terá vantagens,

mas quem vai dizer de sua justiça serão os cidadãos de Barcarena.-------------------------------------

--------------Podia estar aqui a fazer muitos incóneos a este plano. --------------------------------------

--------------Quantos fogos são, é curioso, todos sabem mais que o Presidente da Câmara, não sei

como é que sabem, porque uma coisa são estimativas, os fogos vai depender também em certa

medida do mercado e, naturalmente, da exigência que a Câmara Municipal na altura própria

venha a fazer, porque vai depender das tipologias dos fogos, vai depender da área de construção

de cada fogo, se forem feitos fogos de cento e vinte metros quadrados em média, pode ter dois

mil, se forem de cento e oitenta metros quadrados em média, se calhar só têm setecentos ou mil e

pouco, o número de fogos depende das tipologias. --------------------------------------------------------

--------------Por outro lado, os termos de referência, penso que apontam para cerca de cinquenta

por cento, aproximadamente, mas podem ser cinquenta, quarenta e cinco ou quarenta por cento,

tudo isto vai depender muito do projecto de infra-estruturas que é apresentado, dos

equipamentos, se há capacidade de carga ou não para aquilo que se propõe, tudo isto implica

estudos adequados. ---------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Estudo de mobilidade, não percebo, porque a dada altura fala-se sempre em estudo

de mobilidade. Na Câmara toda a gente sabe, os Senhores Membros vêm aqui e falam no estudo

de mobilidade, parece que fui eu que o meti no bolso.----------------------------------------------------

-------------- Ele foi adjudicado, a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira ainda não tem,

seremos a primeira Câmara Municipal da Área Metropolitana de Lisboa a ter um plano de

mobilidade, sei que também é isto que dói, porque não conseguem fazer, mas, este estudo estará

pronto durante o mês de Novembro, ele vai ser muito importante, as melhorias são significativas,

em Barcarena é este plano que vai criar condições para que as pessoas que cá residem tenham

mais qualidade de vida, tenham acesso a equipamentos de proximidade que hoje não têm. --------

--------------Para arrematar, porque acho que ainda vamos falar nisto, isto é apenas dados de

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referência, depois vem o plano, esse é que tem que ser discutido, aí é que os moradores têm

condições de dizer sim senhora, realmente a estrada vai funcionar, não vai funcionar, têm aqui

prédios com volumetrias de oito ou dez pisos, o terreno serve para o Centro de Dia, para o Lar,

para a Universidade? -------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Os cidadãos de Barcarena têm interesse que a Universidade Atlântica se mantenha

aqui? É útil, não é? Vamos criar condições para que ela se expanda, tudo isso está aqui previsto,

são isto os termos de referência. ------------------------------------------------------------------------------

------------- A demagogia cada um é a que quer, porque é bom falar nisso, vou terminar com

“chave de ouro”.-------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- A ideia deste plano remonta ao chamado Plano Estratégico Oeiras Vinte e Um, muita

gente já ouviu falar, tem a ver com a Agenda Local Vinte e Um, por sinal a Câmara de Oeiras foi

a primeira do País a fazê-lo, em matéria de ambiente e sustentabilidade não recebemos lições,

neste momento, está em revisão, em breve estará pronta a segunda versão. ---------------------------

------------- Nesse Plano Estratégico já se apontava para a necessidade, deferiram-se alguns eixos

de desenvolvimento principais, transversais e horizontais. -----------------------------------------------

------------- Relativamente à marginal, este espaço de articulação Barcarena/Tercena/Queluz de

Baixo, era considerado já um espaço vital em termos de desenvolvimento para o Município,

designadamente para a freguesia, mas, é obvio que nós temos que acelerar determinadas áreas

também em função de haver um projecto estruturante ou da procura que se verifica, aquela zona

do Tagusparque, se não fosse o Tagusparque, se calhar estava como está esta zona aqui. ----------

------------- Mas em mil novecentos e oitenta e nove, surgiu a possibilidade de se fazer um

Parque de Ciência e Tecnologia. Então onde é que isto vai ser? Chegámos a andar de helicóptero

aí por cima, porque eram precisos cento e cinquenta ou duzentos hectares, agora posso-vos dizer,

o espaço do Parque de Ciência e Tecnologia foi escolhido no ar, foi da volta que se deu com os

técnicos que se chegou à conclusão que era ali na Reserva Agrícola Nacional, mal ao Mundo,

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para o trigo que se lá produz ou as batatas, como sabem ter desafectado a Reserva Agrícola,

quanto a isso não temos problemas. O Tagusparque foi de facto, uma referência de plano, hoje é

coronário se quisermos do desenvolvimento económico, tecnológico e empresarial do Concelho.

--------------O que é que aconteceu em mil novecentos e noventa e nove/dois mil? Porque

entendemos acelerar nessa altura este processo? Porque surgiu uma possibilidade de se fazer aqui

um complexo de alta competição a nível do ténis. --------------------------------------------------------

--------------O Senhor João Lagos, como sabem, por causa do Estoril Open que se realiza no

Estádio Nacional, fez um protocolo que foi assinado por mim e por ele, para se desenvolver um

plano que permitisse a libertação do terreno necessário à construção de dezassete campos de

ténis, entre os quais um corte central com capacidade para oito mil pessoas, outro com

capacidade para três/quatro mil pessoas. --------------------------------------------------------------------

--------------Acontece que em dois mil e dois fui para o Governo, entretanto, houve alterações,

em dada altura o Senhor João Lagos, pelos vistos, desinteressou-se daquela zona, negociou com

o Governo do PSD, na minha opinião foi enganado. ------------------------------------------------------

-------------- O Senhor Ministro Arnaud, convenceu-o que poderia fazer esse complexo no

Estádio Nacional. Por acaso tive oportunidade de dizer ao Senhor João Lagos, na altura, que

estava a ser enganado, não estava a ver o Governo, fosse qual fosse o Governo, a fazer um

investimento, de milhões de euros para colocar nas mãos do Senhor João Lagos, o que realmente

acabou por acontecer. ------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Ultimamente pretendiam fazê-lo num aterro na frente Ribeirinha de Algés, ao qual a

Câmara se opôs, não faz sentido numa zona daquelas estar a fazer um espaço que seria de

alguma forma vedado.------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Por outro lado o conceito que nós tínhamos deste complexo, era um conceito de

instalação de uma Academia de Ténis com uma espécie de comissão paritária que iria gerir esse

complexo. Entre a Câmara e o Senhor João Lagos, não seria uma academia do Senhor João

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Lagos, o certo é que esse projecto morreu, então colocou-se este problema, o que vamos fazer

agora? Vamos fazer um complexo, com dezassete campos de ténis, para além do equipamento

que referi, saúde, educação, acção social, terceira idade, era um complexo desportivo, nós

sabemos que faz falta um complexo desportivo, em vez de dezassete campos podemos fazer

quatro, fazer um campo de futebol, mais um campo de futebol de treino, um pavilhão desportivo,

uma série de equipamento desportivo, ou seja, vamos fazer não um complexo de ténis de alta

competição, mas um complexo desportivo, digamos, só haverá um espaço equiparado, que é

outro complexo que vamos fazer na Serra de Carnaxide, ou seja, este complexo desportivo que

vai nascer aqui será, o primeiro ou o melhor complexo desportivo do Concelho, porque vai ter

todo um conjunto de equipamentos desportivos, é como um concentrado, não tenho dúvidas, será

o melhor complexo desportivo do Concelho de Oeiras.---------------------------------------------------

------------- Qual foi a alteração que os termos de referência sofreram? A única coisa que a

Câmara Municipal alterou com esta última deliberação foi, que não é um Plano de Urbanização,

é um Plano de Pormenor. --------------------------------------------------------------------------------------

------------- Nos termos de referência qual é a última alteração? Não é um Complexo de Ténis, é

um Complexo Desportivo, não houve mais alteração nenhuma, curioso. ------------------------------

------------- Estes termos de referência foram aprovados por unanimidade, são rigorosamente os

termos de referência que aprovámos por unanimidade, com os votos a favor do Presidente da

Câmara, que era eu, do Senhor Doutor Tavares Salgado, actual Presidente da Assembleia

Municipal, do Senhor Lopes Neno, do Senhor Luís Pires, do Senhor Arnaldo Pereira, do Senhor

David Justino, do Senhor Emanuel Martins, do Senhor José Eduardo Costa, da Senhora Teresa

Zambujo e do Senhor Jorge Bicó. ----------------------------------------------------------------------------

------------- Como é que é possível estas pessoas que aprovaram os termos de referência em dois

mil, agora a única alteração que fazemos, não é Complexo de Ténis, é Complexo Desportivo, o

que é que mudou para na altura votarem a favor e agora contra! Essa avaliação fica para os

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Senhores Membros e os moradores de Barcarena fazerem.” ---------------------------------------------

--------------O Senhor Arnaldo Pereira (CDU) disse o seguinte: --------------------------------------

--------------“Queria entregar na Mesa um requerimento que passo a ler, lamento que o Senhor

Presidente da Câmara se tenha ausentado durante a minha intervenção, no exercício da liberdade

que lhe assiste, não ouviu as perguntas que aqui deixei, que vêm aliás na sequência de

preocupações que manifestei quando foi levada à Câmara a proposta que eu votei

favoravelmente, dos termos de referência para o Plano de Urbanização. ------------------------------

--------------Manifestei algumas preocupações relativamente ao impacto urbanístico que daí

podiam decorrer. ------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Aqui limitei-me a chamar a atenção para que o Plano de Pormenor irá ser

oportunamente escrutinado, espero eu, pelos residentes em Barcarena e todo o Concelho, a

sugerir que seja dada grande publicidade a esse debate, mas também chamei a atenção para a

circunstância de termos de referência, de algum modo condicionarem já a própria elaboração do

plano, merecerem debate, pelo menos a manifestação de algumas preocupações da nossa parte.--

--------------Passo a ler o requerimento.----------------------------------------------------------------------

--------------“Em relação à proposta número trezentos e cinco, de dois mil e sete, a Câmara

Municipal aprovou os termos de referência para o Plano de Pormenor do Espaço de Articulação

Barcarena/Tercena/Queluz de Baixo. ------------------------------------------------------------------------

--------------A Bancada da CDU solicita à Câmara os seguintes esclarecimentos: --------------------

--------------Sendo a área de intervenção do Plano de Pormenor de oitenta e dois, seis hectares,

incluindo áreas de REN e RAN. ------------------------------------------------------------------------------

--------------Um - Quais as áreas respectivamente de REN e RAN? Qual é a área de RAN –

Reserva Agrícola Nacional, que se pretende desclassificar? Toda ou parte dela? --------------------

--------------Dois - Acessibilidades. --------------------------------------------------------------------------

--------------Sendo consideradas indispensáveis a amarração à CREL, a construção da Via

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Longitudinal Norte, pelo menos estas duas, para não falar de outras, qual é o montante do

investimento necessário em termos de acessibilidades? De quem suporta esse investimento, quais

são as garantias de que efectivamente ele poderá ser feito? ----------------------------------------------

------------- Três - Equipamentos.-----------------------------------------------------------------------------

------------- Podendo ser precisada a lista dos equipamentos, que são apontados de uma maneira

um pouco genérico, qual é o investimento previsto para todos os equipamentos, quer aqueles que

são agora indicados, quer os que são gerados pelo próprio plano? Quem suporta esses custos?

Ainda neste âmbito, qual é o valor das cedências à Câmara para a construção dos equipamentos

previstos, uma vez que esses termos de referência dizem que as cedências serão gratuitas.---------

------------- Quatro - No que diz respeito ao equipamento desportivo, o Senhor Presidente deu

agora um esclarecimento que considero útil, porque a proposta fala de equipamento desportivo

de alto rendimento, ficamos a saber que o equipamento desportivo de alto rendimento não faria

falta nenhuma, porque se está a construir um no Jamor, há exigências técnicas de investimento

que seriam incomportáveis, que tipo de equipamento se trata, o Senhor Presidente já deu agora

uma indicação genérica, que poderá ser precisada depois, qual é o montante do investimento

previsto, quem suporta este investimento? -----------------------------------------------------------------

------------- Cinco - Está previsto algum estudo de impacto ambiental? -------------------------------

------------- Finalmente como o Senhor Presidente falou no meu voto favorável, como desta vez o

meu camarada Amílcar Campos na Câmara votou contra estes termos de referência, gostaria de

chamar a atenção para uma alteração substancial que justifica essa alteração de posição, que é

esta.-------- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Estes termos de referência dizem muito claramente que se vai construir na Reserva

Agrícola Nacional, até se justifica essa construção ou argumento, porque os solos têm uma

aptidão agrícola apenas medíocre, não são solos de primeira ordem para a produção agrícola. ----

------------- Nós consideramos e mantemos, que isto está em desacordo com o PROTAML –

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Plano de Ordenamento da Área Metropolitana de Lisboa, porque aí a Reserva Agrícola é

considerada e valorizada, não do ponto de vista da aptidão dos solos, mas, considerado um factor

indispensável de sustentabilidade ambiental, nomeadamente, nas áreas metropolitanas.------------

--------------Esta questão, esta dificuldade é objectiva, se efectivamente toda a Reserva Agrícola

independentemente da aptidão dos solos for consagrada a construção, seja de equipamentos, seja

outro tipo de construção, do nosso ponto de visto isto de facto viola o PROTAML.” ---------------

--------------A Senhora Vereadora Teresa Zambujo – C.M.O. referiu o seguinte: ----------------

--------------“Não ia de maneira nenhuma intervir, como é óbvio, mas como foi referido pelo

Senhor Presidente a posição que os Vereadores tomaram em dois mil, resolvi apenas dizer o

seguinte. --- ------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Nesta documentação que foi distribuída pela Câmara Municipal, presumo eu, não

está uma informação que tem vários elementos, por isso, é que há pouco alguém, já não me

lembro quem, dizia que com os elementos que temos, não podemos ou achamos que não

podemos fazer outra coisa senão achar que tudo isto se desenvolva. -----------------------------------

--------------Os Senhores têm os elementos, nós também temos os mesmos elementos, não se trata

de elementos diferentes, trata-se é com certeza de mais elementos e de maior conhecimento do

projecto, ou do que está aqui em causa, sobretudo, quem teve, a partir de dois mil e dois, que o

trabalhar também até à situação, eu diria, de impasse. ----------------------------------------------------

--------------Está referido em acta quando se discutiu o assunto, que a informação, que não me

recordo agora o número, diz lá os dois mil e cem fogos, indicámos ao Senhor Presidente qual era

o parágrafo que a referia e a outra que a rebuscava. -------------------------------------------------------

-------------- Se nada se alterava como aqui foi dito, o Senhor Presidente não tinha visto, mas,

estava lá, viu o parágrafo porque nós dissemos-lhe qual era, depois disse outra coisa na Câmara.

--------------Neste período em que também tive que defender o projecto, não sou nada contra os

Planos de Pormenor, nem do desenvolvimento, antes pelo contrário, sou o mais possível, disse

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que, certamente, no processo estaria uma simulação gráfica apresentada na Câmara de como isto

ia ficar em termos do Vale de Barcarena. Perante esse esquema, essa fotografia, deixem-me dizer

assim, automaticamente e naquele momento, não podia viabilizar, nem sequer apresentar à

Câmara uma coisa desta natureza, disse aos técnicos, repensem, pensem, discutam, porque da

discussão nasce certamente a luz, façam isso, não sou nada contra a qualificação e contra o

desenvolvimento de um projecto válido em Barcarena, aquilo é que não. -----------------------------

------------- Provavelmente os Senhores dirão, mas, devia ter conhecimento dos dois mil, mas não

tinha conhecimento profundo do projecto, como é natural, cada um tinha os seus pelouros, o

Senhor Presidente tinha o pelouro do Planeamento e Gestão Urbanística e muito bem, limitei-me,

aliás disse-o na Câmara, a dizer exactamente isto, não sou nada contra, até disse mais, nada

impede que feita uma reflexão sobre estas matérias, se me aparecer aqui, porque não sou

seguidora de nada, já houve votações como os Senhores verificaram, aliás, foi essa a condição

porque permaneci na Câmara a seguir a este Mandato, para além do respeito que tenho para com

quem elegeu quatro Vereadores da Lista do PSD, pelos eleitores de Oeiras, a minha condição, é

que não recebia orientações ou determinadas votações, sempre que eu achasse que se devia votar

contra ou a favor, votava contra ou a favor, se decidisse abster-me, abstia-me, com esse mesmo à

vontade disse-o no dia da reunião de Câmara, repito hoje, aliás está escrito em acta, só se os

Senhores não quiserem ver, até podia acontecer que o Plano de Pormenor que saísse no

desenvolvimento destes termos de referência fosse diferente, mas, relativamente a este estava,

exactamente, igual ao que eu vi, não aceitava, mas podia acontecer que o que fosse apresentado

fosse completamente diferente, equilibrado, ponderado, que eu até votasse o Plano de Pormenor

a favor. ---- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Só intervi para dizer isto, para perceberem e não ficarem na dúvida porque é que

agora a Senhora Vereadora resolveu mudar de opinião, apesar de que podia perfeitamente fazê-

lo, como poderei fazer quando me aparecer o Plano de Pormenor, se vir que está equilibrado,

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dentro daquilo que eu acho que deve ser o desenvolvimento daquela zona, que bem merece.” ----

--------------O Senhor Presidente da C.M.O. fez a seguinte intervenção: ----------------------------

--------------“Para já congratulo-me com as mudanças de opinião da Senhora Vereadora Teresa

Zambujo, porque o ano passado o PSD e, naturalmente, a Senhora Vereadora Teresa Zambujo

votaram contra o orçamento, com o argumento de que estava prevista a construção do edifício

dos Paços do Concelho, que era uma obra desnecessária, uns meses depois votou a favor do

projecto o edifício dos Paços do Concelho, só tenho que me congratular com essas mudanças de

opinião. ---- ------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------- Como também estou certo que veremos a Senhora Vereadora Teresa Zambujo votar

a favor deste Plano quando ele for à Câmara Municipal, porque estou certo que será muito difícil

votar contra um plano desta natureza, mas, enfim, penso que as pessoas possam encontrar

argumentos para o efeito. --------------------------------------------------------------------------------------

--------------Reafirmo aquilo que disse, não há nenhuma alteração e fiquei agora a saber que há

Vereadores que não lêem aquilo que aprovam, é lamentável, quem tenha pelouros ou não os

tenha, imaginem os Vereadores que não têm pelouros, esses então não liam nada pelos vistos, é

preciso não ter pelouros para passar a saber o que se passa na Câmara e estar realmente dentro de

todas as propostas. ----------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Reafirmo, não houve, rigorosamente, nenhuma alteração, os termos de referência são

isso mesmo, por isso o nome, não são termos de referência obrigatória, são parâmetros, são

estimativas que se apresentam. -------------------------------------------------------------------------------

--------------Por outro lado, nós só nos poderemos pronunciar com o plano na mão, só quando

houver um plano, mas não posso deixar de ficar surpreendido com algumas questões que são

colocadas por ex-Vereadores, nomeadamente, pelo Senhor Arnaldo Pereira, porque faz perguntas

que não são com certeza para mim, porque sabe muito bem que não posso responder, nem eu,

nem ninguém, por acaso está aqui o Senhor Director de Departamento de Planeamento e Gestão

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Urbanística, que lhe disse para aqui vir, não são estimativas, nenhum técnico com o mínimo de

bom senso pode responder a essas perguntas, só com o plano e com os projectos, ou pelo menos

com estudos prévios é que é possível responder a questões como quanto é que vão custar as

infra-estruturas. Quais infra-estruturas? Ainda não se sabe quais vão ser, nem se pode saber, só o

plano é que vai dizer. -------------------------------------------------------------------------------------------

------------- A Via Longitudinal Norte é outra questão, ia-se fazer mesmo sem o plano, é claro

que este plano vai permitir que a via vai ser paga, está a ser paga, pelos diversos intervenientes,

por troços. É obvio que se este plano vai beneficiar da Via Longitudinal Norte, há-de haver uma

comparticipação, porque a via funciona para este plano como uma infra-estrutura geral,

naturalmente que haverá uma comparticipação deste plano no co-financiamento da Via

Longitudinal Norte, agora perguntar quais são os custos, o investimento estimado para infra-

estruturas, é impossível responder, primeiro temos que saber quais são, como é que vão ser feitas

as ligações, que arruamentos vai ter, que infra-estruturas, só nessa altura é que podemos saber.---

------------- Nos equipamentos aí já não preciso de perguntar a ninguém, tenho uma ideia, por

exemplo o Doutor Jorge Pracana também pôs a questão, posso-lhe dizer que, por exemplo, a

tipologia de escola que vamos fazer aqui irá custar aproximadamente oito milhões de euros. ------

------------- O Lar da Terceira Idade irá custar quatro milhões de euros, o Complexo Desportivo

andará na ordem dos dez milhões de euros, o Centro de Saúde um milhão e meio, só estes quatro

equipamentos dá vinte e três milhões e meio de euros, não tenho dúvidas, mais cem mil, menos

cem mil. -- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Quem é que os vai pagar? Naturalmente que a Câmara e irão pagá-los os promotores,

porque o estudo económico do plano é que vai dizer quais são as mais valias geradas, quais são

as comparticipações que o promotor vai ter, as infra-estruturas, digamos, de uso exclusivo do

plano serão suportadas na totalidade pelos promotores, as infra-estruturas de natureza geral são

suportadas na comparticipação que o plano vier a determinar pela Câmara e pelos particulares, os

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equipamentos também nos moldes em que isso vier a ser decidido, mas isso não é uma questão

que se possa fazer agora, só quando o plano estiver elaborado é que se pode decidir. ---------------

--------------De maneira que essas são questões a que realmente não é possível responder. ---------

--------------O Senhor Jorge Pracana pôs ainda uma questão sobre o Jardim de Infância. Quero

dizer que hoje de acordo com a própria Carta Educativa, todas as escolas que nós fazemos têm o

primeiro ciclo integrado, as primeiras três irão ser adjudicadas em breve, são escolas que têm

entre dezasseis e vinte e quatro salas, há entre duas a cinco salas destinadas a jardim de infância.

--------------Quando falamos de uma escola do primeiro ciclo, fica-se a saber que já terá

integrado a infância.”-------------------------------------------------------------------------------------------

--------------O Senhor Daniel Branco (CDU) referiu o seguinte:---------------------------------------

--------------“O Senhor Presidente da Câmara referiu na intervenção por duas vezes o meu nome

e posições que tive anteriormente. Não me vou referir a isso, mas acho que há uma questão que

não ganhamos nada em não esclarecer. É que este Plano de Pormenor, tal como todos os outros

planos tem que ter uma Comissão de Acompanhamento, nessa comissão tem que estar uma

entidade que é a CCDR, a qual tem um Plano Regional de Ordenamento do Território da Área

Metropolitana de Lisboa, que, enquanto for aquele, uma série de coisas que estão nos termos de

referência não se deverão poder realizar. Não tenho nada contra a grande necessidade que há de

planificar, encontrar terrenos, resolver situações, todos nós estamos completamente de acordo

com isso. -- ------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------- Agora na deliberação de Câmara o Senhor Presidente diz “albarda-se o burro à

vontade do dono”, ora os donos eu sei quem são, os burros provavelmente devemos ser nós,

agora digo muito claramente “açúcar” que venha desses donos, eu e a CDU recusa."---------------

--------------O Senhor Presidente da C.M.O. deu os seguintes esclarecimentos: --------------------

--------------“Só posso repudiar a intervenção insidiosa do Senhor Daniel Branco, acho que toda a

gente percebeu, “burro” de facto é ele, o dono é a CCDR, porque quando falo “albarda-se o

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

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burro à vontade do dono” toda a gente percebeu, é o Plano de Pormenor ou o Plano Geral de

Urbanização, a CCDR quer um Plano de Pormenor, nós fazemo-lo.------------------------------------

------------- Por outro lado, gostaria de dizer que há situações em que não vale a pena, qualquer

pessoa entende. Há uma entidade que tutela em termos de ordem do território que é a CCDR,

naturalmente que a Câmara Municipal não pode aprovar um plano que viole normas

estabelecidas, a CCDR faz parte e integra a Comissão de Acompanhamento, aliás dirige-a e

preside-a, como é obvio não se vai desrespeitar aquilo que são as normas, aquilo que PROTAML

diz, com certeza, este plano tem uma Comissão Técnica de Acompanhamento presidida pela

CCDR, como é obvio o PROTAML tem que ser respeitado.---------------------------------------------

------------- Reserva Agrícola Nacional é para desafectar, todo o território de Oeiras a Norte da

Auto-Estrada é Reserva Agrícola Nacional…”-------------------------------------------------------------

------------- Por deficiência de gravação o resto da cassete tornou-se inaudível. -----------------

6. ENCERRAMENTO DA REUNIÃO ----------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Presidente deu por encerrada a reunião às vinte e quatro horas e quinze

minutos.--- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Para constar se lavrou a presente acta, que vai ser assinada pelo Senhor Presidente e

pelos Secretários da Mesa.-------------------------------------------------------------------------------------

------------- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

---------------------------------------------------- O Presidente, -----------------------------------------------

----------------------------------------------- O Primeiro Secretário, -----------------------------------------

----------------------------------------------- O Segundo Secretário, -----------------------------------------

------------- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

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