Upload
lydiep
View
219
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
BRA8ú.JA-Df'
República Federativa do Brasil
NACIONAL CONSTITUINTEDIÁRIO
TERÇA-FI?IRA, 26 DE JOLHO _DE 1988ANO 11- N~ 280
ASSEMBLÉIA
ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE
1 -ATA DA 305· SESSÃO DA ASSEMBLÉlANACIONALCOf'lSmUINTE,EM 25 DE JULHO DE 1988
1-Abertura da sessãoD - leitura da ata da sessão anterior
que é, sem observação, assinada.111- Leitura do Expediente
OFÍCIO
N° 114/88 - Do Senhor Nelson Jobim, líder do Partido do Movimento DemocráticoBrasileiro-PMDB, indicando o Senhor Mendes Ribeiro para integrar o Colégio de Vice-líderes daquela agremiação partidária.
REQUERIMENTOS
Do Senhor José Serra, solicitando autorização para ausentar-se do País no períodocompreendido entre 15 e 22 de julho do corrente.
Do Senhor Jarbas Passarinho, solicitandoa retirada da Emenda n° 2T00669-1, de suaautoria.
Do Senhor José Mendonça Bezerra, solicitando o cancelamento de suas faltas aos trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte noperíodo compreendido entre 23 e 30 de junhodo corrente.
DoSenhor Jairo Carneiro, justificando suasausências aos trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte.
Da Senhora Raquel Capiberibe, solicitandoa retirada da Emenda n° 2T01818-5, de suaautoria.
Da Senhora Abigail Feitosa, solicitando aretirada do Destaque n° D0354, de sua autoria.
SUMÁRIOCOMUNlCAÇÓES
Do Senhor Álvaro Pacheco, participandoque se ausentará do Pais a partir de 25 docorrente.
DoSenhor Constituinte Jonival Lucas, justificando sua ausência aos trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte.
Do Senhor Sérgio Brito, justificando sua ausência aos trabalhos da Assembléia NacionalConstituinte.
Do Senhor Hélio Rosas, participando quese ausentará do Pais no período compreendido entre 23 de julho a 4 de agosto do corrente.
TELEGRAMA
Do Senhor Roberto Balestra, solicitando aretirada da Emenda n9 2T0060a-O, de sua autoria.
IV- Pequeno Expediente
PRESIDENTE (Jorge Arbage) - Esclarecimentos sobre o procedimento regimental deabertura da sessão e concessão da palavraaos Constituintes durante as sessões destinadas à discussão do Projeto de Constituiçãoem segundo turno.
NILSON GIBSON - União dos peernedebistas em tomo do partido para a consolidaçãodemocrática no Pais.
PAULO PAIM - Mobilização da classe trabalhadora, em contraposição ao lobby do empresariado, de banqueiros, da USE e da UDR,pela manutenção de pequenos avanços nocampo .social, no Projeto de Constínnçâo, nosegundo turno de votação. Violência policialem Manaus, Estado do Amazonas, contra presos sob suspeição de autoria de crimes.
PAULO DELGADO (Pela ordem) - Concessão da palavra aos Constituintes presentes.
PRESIDENTE - Resposta ao Constituinte.Paulo Delgado.
ALDOARANTES- Repúdio ao lobby promovido por empresários de multinacionais egrupos de direita para retirar do Projeto deConstituição avanços no campo social consagrados durante o primeiro turno de votação.
MAURO BENEVIDES - Transcurso docentenário de nascimento do médico e político cearense Dr, Amadeu Furtado
PRESIDENTE - Apelo para cumprimento,pelos ConstItuintes, do tempo regimental previsto para discursos no Pequeno Expediente.
MANSUETO DE LAVOR -Intensificação,por empresas multinacionais, de campanhapublicitária para introdução de alterações notexto constitucional aprovado em primeiro turno.
VICTOR FACCIONI- Responsabilidade doPMDB e do PFL por eventuais adiamentosdo término do período de transição democrática.
PAULO RAMOS - Solidariedade ao Presidente Ulysses Guimarães, da Assembléia Nacional Constituinte, e ao Ministro Renato Archer, da Previdência e Assistência Social, pelaposição adotada em favor da soberania e legitimidade da Assembléia Nacional Constituintena elaboração do texto constitucional.
HAROLDO UMA - Protesto contra a formação de lobby para retirada de pequenosavanços consagrados no primeiro turno devotação do Projeto de Constituição.
RUY NEDEL - Repúdio à tentativa de rejeição, em bloco, da matéria constitucional apro-
11988 Terça-feira 26 DIARIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Julho de 1988
vada em primero turno. Transcurso do Diado Colono e do Dia do Motorista.
HUMBERTO SCXITO - Preocupação doorador com referência à formação de lobbypor empresários, banqueiros e companhiasmultinacionais para alteração do Projeto deConstituição aprovado em primeiro turno.
EGIDlO FERREIRA LIMA - Repúdio às declarações do Presidente José Sarney contrao Projeto de Constituição votado em primeirotumo pela Assembléia Nacional Constituinte.
ADYLSON MOTTA- Utilizaçãodos mecanismos regimentais para agilização da votação, em segundo tumo, do Projeto de Constituição.
DIRCETarU QUADROS- Repúdio à tentativa de enquadramento do Reitor CristovamBuarque, por promover debate sobre descriminalização do uso da maconha, e de rejeição,em bloco, da matéria constitucional aprovadaem primeiro tumo.
ELIEL RODRIGUES - Implantação deCentro de Pesquisa, Extensão e Treinamentoda região norte do Estado do Pará.
ANTONIO DE JESUS - Necessidade demanutenção de restrições à concessão de divórcio.
MARCOS UMA- Conveniência da demissão do Dr. Paulo Munhoz da Presidência daRede Ferroviária Federal.
JÚLIO COSTAMIlAN- Retomada dos trabalhos de elaboração constitucional. Expectativas do orador quando à breve promulgaçãoda nova Carta Magna.
FRANCISCOAMARAL - Excelentes resultados obtidos pelo Banespa durante o exercício de 1987.
NOEL DE CARVALHO - Repúdio à tentativa de conferimento à Suframa do direito desobrepor-se às diretrizes da política nacionalde informática.
SIQUEIRA CAMPOS - Conseqüências daconsessão, pelo Ministro Rafael Mayer, Presidente do Supremo Tribunal Federal, de liminar suspensiva dos efeitos de leis estaduaisgoianas criando Municípios.
AMAURY MULLER - Repúdio à tentativade protelação dos trabalhos de elaboraçãoconstitucional. Transcurso do dia consagradoao colono e ao motorista.
LÚCIO ALCÂNTARA - Necrológio do professor e historiador cearense Raimundo Girão.
FRANCISCOROLLEMBERG - Retrospecto da luta desenvolvida pelo orador para restabelecimento da fronteira sul do Estado de Sergipe com a Bahia.
ABIGAIL FEITOSA - Mobilização de setores empresariais para rejeição de avanços sócio-econômicos aprovados pela AssembléiaNacional Constituinte.
ANNAMARIA RATTES - Fim da intervenção do Banco Central no Banco do Estadodo Rio de Janeiro - BaneIj.
JORGE UEQUED - Necessidade de manutenção no futuro texto constitucional de dispositivo aprovado no primeiro tumo de votação que criou.a seguridade social no País.
PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) - Realização de verificação de quOl1lm.
(Procede-se à verificação.)ANTÓNIOCÂMAAA (Pela ordem) - Regis
tro da presença do orador na sessão.CUNHA BUENO (Pela ordem) - Novo ho
rário de início das sessões e distribuição dotempo regimental.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteCunha Bueno. Anúncio da inexistência dequorom para votação. Convocação de sessãopara o dia 26, às 13:30h. Encerramento dasessão.
V - Encemunento
2 - MESA (Relação dos membros)
3 - LiDERES E VICE-LiDERES DEpARTIDOS (Relação dos membros)
4 - COMISSÃO DE SISTEMATIZAÇÃO (Relação dos membros)
5 - ATO DA MESA
Ata da 305~ Sessão, em 25 de julho de 1988Presidência dos Srs: Ulysses Guimarães, Presidente; Mauro Benevides,
Primeiro-Vice-Presidente; e JorgeArbage, Segundo-Vice-Presidente.
As 14:30HORAS COMPARECEM OSSENHORES:
Abigail Feitosa - PSB; Ademir Andrade PSB; Adolfo Oliveira - PL; Adroaldo Streck PDT; Adylson Motta - PDS; Aécio de Borba PDS; Affonso Camargo - PTB; Agripino de Oliveira Uma - PFL;Airton Cordeiro - PFL;AlbanoFranco - PMDB; Albérico Cordeiro - PFL;AlceniGuerra - PFL; Aldo Arantes - PC do B; AlércioDias - PFL; Alexandre Costa - PFL; AlexandrePuzyna - PMDB;Alfredo Campos - PMDB;Almir Gabriel - PMDB; Aloysio Chaves - PFL;Aluízio Campos - PMDB;ÁlvaroPacheco - PFL;Alysson Paulinelli - PFL; Amaral Netto - PDS;AmauryMiJJler-PDT;Ângelo Magalhães-PFL;Anna Maria Rattes - PSDB; Annibal Barcellos- PFL;Antônio Câmara-PMDB; Antônio CarlosKonder Reis - PDS; Antônio de Jesus - PMDB;Antonio Ferreira - PFL; Antonio Gaspar PMDB; Antonio Mariz - PMDB; Amaldo Martins- PMDB;Arnaldo Prieto - PFL; Artenir Werner- PDS; Artur da Távola - PSDB; Átila Lira -PFL;Áureo Mello- PMDB; Basilio Víllaní - PTB;Benedicto Monteiro - PTB; Benedita da Silva- PT; Benito Gama - PFL; Bernardo Cabral- PMDB;Beth Azize- PSDB; Bocayuva Cunha- PDT; Bonifácio de Andrada - PDS; BrandãoMonteiro - PDT; Caio Pompeu - PSDB; Cardo-
so Alves - PMDB; Carlos Alberto Caó - PDT;Carlos Chiarelli - PFL; Carlos Cotta - PSDB;Carlos De'Carli - PTB; Carlos Sant'Anna PMDB; Carrel Benevides - PTB; Cássio CunhaUma - PMDB; Célio de Castro - PSDB; CelsoDourado - PMDB; César Maia - PDT; ChagasRodri~ues - PSDB; Chico Humberto - PDT;Christóvam Chiaradia - PFL; Cid Carvalho PMDB;Cid Sabóia de Carvalho - PMDB;CláudioÁvila- PFL; Cunha Bueno - PDS; Darcy Deitos- PMDB; Darcy Pozza - PDS; Daso Coimbra- PMDB;Del Bosco Amaral- PMDB;Délio Braz- pMDB;Denisar Arneiro - PMDB; Dlonísío DalPrá - PFL; Dirce Tutu Quadros - PSDB; DivaldoSuruagy - PFL; Domingos Leonelli - PMDB;Doreto Campanari - PMDB; Edison Lobão PFL; Edivaldo Motta - PMDB;Edme TavaresPFL; Edmilson Valentim - PC do B; EduardoBonfim - PC do B; Eduardo Jorge - PT; EgídioFerreira Lima - PMDB; Elias Murad - PTB; ElielRodrigues - PMOB;Eraldo Tinoco - PFL; ErvinBonkoski -PTB; Euclides Scalco - PSDB;Eunice Michiles - PFL; Evaldo Gonçalves - PFL;Expedito Machado - PMDB; Fábio Feldmann-PSDB; Fausto Rocha-PFL; Fernando BezerraCoelho - PMDB;Femando Gasparian - PMOB;Fernando Gomes - PMDB; Femando HenriqueCardoso - PSDB; Fernando Lyra -; Femando
Santana - PCB; Firmo de Castro - PMDB;Florestan Fernandes - PT; Francisco Amaral PMDB; Francisco Cameiro - PMDB; FranciscoKüster - PSDB; Francisco Rollemberg - PMDB;Francisco Rossi - PTB; Francisco Sales PMDB;Gabriel Guerreiro - PMDB; Gastone Righi- PTB; Geovah Amarante - PMDB; GeovanIBorges - PFL; Geraldo Alclqnin Filho - PSDB;Geraldo Fleming - PMDB;Gerson Peres -POSoGidel Dantas - PMDB;Gilson Machado - PFL;Guilherme Palmeira - PFL; Gumercindo Milhomem - PT; Haroldo Lima - PC do B; HélioManhães - PMDB; Henrique Córdova - PDS;Hermes Zaneti - PSDB; Homero Santos - PFL;Humberto Souto - PFL; Iberê Ferreira - PFL;Ibsen Pinheiro - PMDB; Inocêncio Oliveira PFL; Irma Passoni - PT; Israel Pinheiro - PMOB;Jairo Carneiro - PFL; Jalles Fontoura - PFL;Jamil Haddad - PSB;Jarbas Passarinho - PDS;Jayme Paliarin - PTB; Jesualdo Cavalcanti PFL;Jesus Tajra - PFL;João Agripino - PMDB;João Alves - PFL; João Calmon - PMDB;Joãode Deus Antunes - PTB;João Machado Rollemberg - PFL; João Menezes - PFL; João Paulo- PT; Joaquim Bevilacqua - PTB; Jofran Frejat- PFL; Jorge Arbage - PDS; Jorge Hage -PSDB; Jorge Medauar - PMDB;Jorge (lequed- PMDB;Jorge Vianna - PMDB;José Agripino
Julho de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Terça-feira 26 11989
- PFL;José Camargo - PFL;José Carlos Coutinho - PL;José Costa - PSDB;José 'da Conceíção - PMDB; José Dutra - PMDB; José Egreja- PTB; José Fernandes - PDT; José Fogaça- PMDB; José Genoíno - PT; José Geraldo -PMDB; José Jorge - PFL; José Lins - PFL;José Lourenço - PFL; José Luiz de Sá - PL;José Moura - PFL; José Queiroz - PFL; JoséRicha- PSDB;José Serra - PSDB;José Teixeira- PFL;José Thomaz Nonô - PFL;José Tinoco- PFL; José Yunes - PMDB; Júlio Costamilan- PMDB; Jutahy Magalhães - PMDB; Koyu lha- PSDB; Lael Varella - PFL; Lavoisier Maia -PDS; Lélio Souza - PMDB; Leopoldo Peres PMDB; Leur Lomanto - PFL; Levy Dias - PFL;Lídice da Mata - PC do B; Lourival Baptista PFL; Lúcio Alcântara - PFL; Luís Eduardo PFL;·Luís Roberto Ponte - PMDB; Luiz AlbertoRodrigues - PMDB; Luiz Inácio Lula da Silva PT; Luiz Marques - PFL; Luiz Salomão - PDT;Luiz Viana - PMDB; Lysâneas Maciel - PDT;Maguito Vilela - PMDB; Mansueto de Lavor PMDB; Manuel Viana~ PMDB; Marcelo Cordeiro- PMDB; Márcia Kubitschek - PMDB; MarcosLima - PMDB; Maria de Lourdes Abadia PSDB;'Mário Covas - PSDB;MárioMaia- PDT;Marluce Pinto - PTB;Matheus Iensen - PMDB;MaurícioCorrea - PDT;MaurícioFruet- PMDB;Maurício Nasser - PMDB; Maun1io Ferreira Lima- PMDB; Mauro Benevides - PMDB; Mauro Borges - PDC; Mauro Miranda - PMDB; MauroSampaio - PMDB; Meira Filho - PMDB; MelloReis - PDS; Mendes Canale - PMDB; MendesRibeiro - PMDB; Messias Góis - PFL; Jv\iltonBarbosa - PDC;MiroTeixeira - PMDB; MoemaSão Thiago - PSDB; Mozarildo Cavalcanti
,PFL; Nelson Aguiar - PDT; Nelson Carneiro -PMDB; Nelson Jobim - PMDB; Nelson Sabrá- PFL; Nelson Seixas - PDT; Nelson Wedekin- PMDB; Nelton Friedrich - PSDB; Ney Mara-nhão - PMB; Nilso Sguarezi - PMDB; NilsonGibson - PMDB; Nion Albemaz - PMDB; Noelde Carvalho - PDT; Nyder Barbosa - PMDB;Octávio Elísio - PSDB; Oscar Corrêa - PFL;Osvaldo Bender - PDS; Oswaldo TrevisanPMDB; Ottomar Pinto - PMDB; Paes Landim PFL; Paulo Delgado - PT; Paulo Macarini PMDB; Paulo Mincarone - PMDB; Paulo Paim-PT; Paulo Ramos -PMN; Paulo Silva-PSDB;Pedro Ceolin - PFL; Pimenta da Veiga - PSDB;Plínio Arruda Sampaio - PT; Plínio Martins PMDB; Pompeu de Sousa-PSDB; Rachid Saldanha Derzi - PMDB; Raimundo Lira - PMDB;Raquel Capiberibe - PSB; Renato Bernardi PMDB; Ricardo lzar-PFL; RitaCamata-PMDB;Roberto Augusto - PTB; Roberto Brant -; Roberto Freire - PCB; Robson Marinho - PSDB;Rodrigues Palma - PTB; Ronaldo Carvalho PMDB; Ronaldo Cezar Coelho - PSDB; RonanTito - PMDB; Rospide Netto - PMDB; RubenFigueiró - PMDB; Ruberval Pilotto - PDS; RuyNedel - PMDB; Sadie Hauache - PFL; SandraCavalcanti- PFL;Saulo Queiroz- PSDB;SérgioSpada- PMDB; Severo Gomes - PMDB; Sigmaringa Seixas - PSDB; Simão Sessim - PFL;Siqueira Campos - PDC; Sólon Borges dos Reis- PTB; Tadeu França - PDT; Telmo KirstPDS; Ubiratan Aguiar - PMDB; Ulysses Guima; ValmirCampelo - PFL;ValterPereira - PMDB;Victor Faccioni - PDS; Victor Fontana - PFL;VictorTrovão - PFL; Vllson Souza - PSDB; Vir-
gildásio de Senna - PSDB; Virgílio Galassi PDS; VitorBuaiz - PT; VivaldoBarbosa - PDT;VladimirPalmeira - PT; Waldec Ornélas - PFL;Waldyr Pugliesi - PMDB; Walmor de Luca PMDB; WJima Maia - PDS; Wilson Martins PMDB.
1-ABERTURA DA SESSÃOO SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - A
lista de presença registra o comparecimento de94 Senhores Constituintes.
Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus e em nome do povo
brasileiro, iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da
sessão anterior.
11 - LEITURA DE ATAO Sr. Adylson Motta, servindo como Segun
do-Secretário, procede à leitura da ata da sessãoantecedente, a qual é, sem observações, assinada.
O SR. PRESIDENlE (Jorge Arbage) - Passa-se à leitura do expediente.
O SR. NILSON GIBSON, servindo como Primeiro-Secretário, procede à leitura do seguinte.
111 - EXPEDIENTE,.OFICIO
Do Sr. Constituinte Nelson Jobim, Líder doPMDB, nos seguintes termos:or rr 114/88
Brasília, 12 de junho de 1988.
Excelentíssimo SenhorDeputado Ulysses GuimarãesDigníssimo Presidente da Assembléia NacionalConstituinteNesta
Senhor PresidenteTenho a honra de indicar, nos termos do Art.
12, § 2° do Regimento Interno da Assembléia Nacional Constituinte, o DeputadoMendes Ribeiropara exercer o cargo de Vice-Uder do PMDBnaAssembléia Nacional Constituinte.
Sendo o que se apresentava, colho a feita parareiterar a Vossa Excelência expressões de meusmais profundo apreço. - Deputado Nelson Jobim, Líder do PMDB na Assembléia NacionalConstituinte
REQUERIMENTOSDo Sr. Constituinte José Serra, nos se
guintes termos:
Brasília, 7 de julho de 1988AoExcelentíssimo SenhorDr. Ulysses GuimarãesDD. Presidente da Assembléia Nacional Constituinte
Senhor Presidente,Tendo sido convidado, conforme documenta
ção anexa, para assistir à convenção do PartidoDemocrata dos Estados Unidos, a ser realizadaem AtIanta, de 15 a 22 de julho de 1988, venhosolicitar a V. Ex' que considere minha viagemcomo missão autorizada.
Antecipadámente grato, renovo-Ihe meus protestos de elevada estima e consideração. -JoséSerra.
Do Sr. Constituinte Jarbas Passarinho,nos seguintes termos:
Brasília, 12 de julho de 1988Excelentíssimo SenhorDr. Ulysses GuimarãesDigníssimo Presidente daAssembléia Nacional ConstituinteNesta
Senhor Presidente,Solicito a Vossa Excelência a especial gentileza
em tomar sem efeito a Emenda rr 2TOO669-1,por mim apresentada ao Projeto de ConstituiçãoB, que pretendia suprimir expressão ao art. 183,inciso V.
Ao ensejo, renovo a Vossa Excelência protestosde estima e consideração. - Senador JarbasPassarinho.
O Sr. Constituinte José Mendonça Bezerra, nos seguintes termos:
Exm" Sr. Presidente da Assembléia NacionalConstituinte,
Solicito a V. Ex", a fineza de mandar cancelarminhas faltas, ocorridas no período de 23 a 30do mês de junho de 1988, por estar sob tratamento médico, conforme atestado em anexo.
Nestes termos,Peço deferimento.Recife, 19 de julho de 1988. - Dep. Fed. José
Mendonça Bezerra, rr 158.
Do Sr. Constituinte Jairo Carneiro, nos seguintes termos:
Brasília, 25 de julho de 1988Excelentíssimo SenhorDeputado Ulysses GuimarãesDigníssimo Presidente da AssembléiaNacional ConstituinteBrasília-DF
Senhor Presidente,Diante da impossibilidade de comparecimento
a sessões da Assembléia Nacional Constituinte,por motivo de saúde, nos períodos compreendidos nos prazos de que tratam os Atestados Médicos fornecidos pelo IAPSEB- Instituto de Assistência e Previdência do Servidor do Estado daBahia, Autarquia Estadual e Órgão Oficial de Assistência e Previdência, a que sou vinculado, naqualidade de segurado, requeiro a Vossa Excelência, instruída a solicitação com os Atestadosem anexo, se digne de autorizar, para fms de preservação de direitos e para demais efeitos legaise jurídicos, sejam as ausências apontadas consideradas como faltas justificadas, em razão de onão comparecimento independer da vontade dorequerente, signatário.
Cônscio da responsabilidade de bem e fielmente cumprir a missão a mim deferida pelos dignosconcidadãos baianos, e louvado e admirador doalto senso de compreensão e justiça de VossaExcelência, peço e espero, com o concurso damanifestação dos UustresMembros da Mesa, sejao presente pleito merecedor da acolhida.
Aceite, Senhor Presidente, a reafirmação doapreço e do voto pessoal de elevada consideração.
Atenciosamente agradecido, - Jairo Carneiro, Dep. Federal- BA,1)0 167.
Da SI'" Constituinte Raquel Capiberibe,nos seguiptes termos:
11990 Terça-feira 26 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Julho de 1988
Exmo. Sr.Dr. Ulysses GuimarãesDO. Presidente da ConstituinteNesta
Senhor Presidente,Requeremos, nos termos regimentais, a retira
da da Emenda Supressiva n- 2TOI818-5, de nossa autoria, do art. 9"das Disposições Transitórias(anistia política)por termos reconsiderada a nossaposição sobre o assunto, tendo em vista ser esseartigo resultado de um consenso entre a Sistematização e forças politicas com assento nesta Casa.
Nestes termos pede deferimento.Brasília,25 de julho de 1988. - Raquel Capi
beribe.
Da SI" Constituinte AbigaD Feitosa, nosseguintes tennos:
Exmo. Sr.Dr. Ulysses GuimarãesDO. Presidente da ConstituinteNesta
Senhor Presidente,Requeremos, nos termos regimentais, a retira
da do Destaque rr 00354, de nossa autoria, daEmenda 2T01818-5, de autoria da ConstituinteRaquel Capiberibe, do art. 9° das DisposiçõesTransitórias (anistia política) por termos reconsiderada a nossa posição sobre o assunto, tendoem vista esse artigo ter surgido de um consensoentre a Sistematização e forças politicas com assento nesta Casa.
Nestes termos pede deferimento. - AbigaDFeitosa.
COMUNICAÇÕES
Do Sr. ConstituInte Álvaro Pacheco, nosseguintes tennos:
Brasília, 13 de julho de 1988Of.SF.GABAP.060/88Exrrr'Sr,Deputado üíysses GuimarãesDO. Presidente da Assembléia Nacional ConstituinteBrasília/DF
Senhor Presidente,Comunico-lhe que me ausentarei do País, a
partir do dia 25 do corrente, permanecendo noexterior pelo período de 10 dias.
Sem outro assunto, aproveito a oportunidadepara renovar-lhe protestos de estima e consideração.
Atenciosamente, - Senador Álvaro Pacheco.
Do Sr. Constituinte Jonival Lucas, nos seguintes tennos:
Brasília, 14 de julho de 1988Ofício n° 1.915/88Excelentíssimo SenhorDr. Ulysses GuimarãesDD. Presidente da Assembléia Nacional Constituinte
Senhor Presidente,Em anexo, estou encaminhando a Vossa Exce
lência, atestado médico do período que estive ausente das votações da Assembléia Nacional Constituinte, ao tempo em que requeiro a Vossa Excelência as devidas providências.
Na expectativa de contar com Vossa compreensão, aproveito a oportunidade para renovar protestos da mais alta consideração.
Atenciosamente, - Jonival Lucas.
Do Sr. Constituinte Sérgio Brito, nos seguintes tennos:
Brasília, 15 de julho de 1988Exm°Sr.Dr, Ulysses GuimarãesDO. Presidente da Assembléia Nacional ConstituinteNesta
Sr. Presidente,Anexo, estou encaminhando atestado médico
dos dias que faltei às votações da AssembléiaNacional Constituinte, para apreciação de VossaExcelência e as devidas providências.
Aproveito a oportunidade para renovar protestos de estima e consideração.
Atenciosamente, - Constituinte Sérgio Brito.
Do Sr. Constituinte HéUo Rosas, nos seguintes termos:
Brasília,20 de julho de 1988Senhor Presidente,Venho à presença de V. Ex" para comunicar
que estarei ausente do País, no período de 23-7a 4-8-88, participando do 17° Encontro Anual do"National Conference of States Legislatures", nacidade de Reno - Nevada - Estados Unidosda América, a convite dos membros da Conferência.
Grato pela atenção dispensada, renovo os protestos da mais alta estima e apreço.
Atenciosamente, - Hélio César Rosas.
TELEGRAMADo Sr. Constituinte Roberto Balestra, nos
seguintes tenDos:ExmoSr.Deputado {j]ysses GuimarãesDo. Presidente da Assembléia Nacional ConstituinteCâmara dos Deputados
Solicito que Vossa Excelência considere retirada a Emenda n° 2T00608-0, de minha autoria,objeto do parágrafo quinto, do artigo 150, do Projeto de Constituição "b". Esclareço a Vossa Excelência que a apresentação da emenda se deveua um equívoco da assessoria.
Aproveito a oportunidade para renovar a VossaExcelência os meus protestos da mais alta estimae distinta consideração. - Constituinte RobertoBalestra - Vice-Uder do PDC.
O SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - APresidência deve esclarecer ao Plenário que, durante o período de votação do Projeto de Consntuição, no primeiro turno, as sessões foram abertas com base no art. 39, § 2°, do Regimento Intemo.
Iniciamos hoje a sessão para votação do Projetode Constituição do segundo tumo.
Atendendo a sugestões das lideranças partidárias, a presente sessão está sendo aberta combase no art. 34, § 2°, que diz:
"§ 2° O tempo de duração das sessõesordinárias será assim distribuído:
1-a primeira hora destinar-se-á:a) à leitura da ata da sessão anterior;
b) à leitura do expediente;c) aos oradores do Pequeno Expediente,
concedendo-se-Ihes a palavra, pelo prazo decinco minutos, na ordem de Inscrição, feitade próprio punho, em livroespecial, assegurada a preferência aos que não hajam faladonas quatro sessões anteriores. A inscriçãoé intransferível;Il- a partir da primeira hora, o tempo de
sessão será destmado a Comunicações deLideranças, e assim distribuído .,"
Está no Regimento a forma de distrlbuição daconcessão da palavra às lideranças partídánas
APresidência chama a atenção do Plenário parao § 8° do art. 34:
"Havendo Ordem do Dia" - e existe nasessão Ordem do Dia- "o tempo será destinado à apreciação das matérias dela constantes, ressalvados os períodos reservadosà leitura da Ata e do Expediente, reduzidospela metade."
Desse modo, na forma do § 2' do art. 34, letra"c", os oradores do Pequeno Expediente teriama palavra pelo prazo de cinco minutos. Comoexiste Ordem do Dia, esse prazo fica reduzidoa dois minutos e meio.
Passa-se ao
IV - PEQUENO EXPEDIENTETem a palavra o Sr. Constituinte Nilson Gibson,
primeiro orador inscrito.
O SR. NILSON GIBSON (PMDB - PE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Sras. e Srs. Constituintes, o Partido do MovimentoDemocrático Brasileiroviveetapa decisiva em suahistória.
Uma história de lutas e de conquistas; umahistória de heroísmo e de combatividade, em queexerceram papel fundamental homens da estatura de nosso Presidente, Ulysses Guimarães, homens da acuidade política de Tancredo Neves,homens de tenacidade inabalável, de invejávelperseverança, verdadeiros exemplos para quempretenda atuar politicamente.
Entretanto, não obstante a força da dignidadede suas expressões, o PMDB foi construído e lentamente consolidado - pela significação cívica dos atos de seus milhares de integrantes,isolada ou conjuntamente, até tornar-se o fiadorda transição democrática que se leva a efeito.
Essa transição não se completou, ainda, mas,mesmo assim, muitos dos objetivos partidáriosvêm sendo cumpridos.
A formação da Aliança Democrática representou um fato ímportantíssimo para a evolução politica que sempre se pretendeu. A vitória de Tancredo Neves, um de nossos maiores aglutinadores no campo da arte política,teve extrema significação; ocioso será relatá-la.
A seqüência dos nefastos acontecimentos queimpediram sua posse provaram a maturidade políticado partido; corroboraram seu poder de aglutinação, demonstraram sua afinidade com osideais da sociedade brasileira.
Devemos entender, contudo, que o regime político por nós adotado não se baseia na primaziado partido - o que, de toda forma, não se coaduna com o sistema presidencialista de govemo.
Julho de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Terça-feira 26 11991
Assim, não se pode atribuir ao partido a responsabilidade por uma situação econômica adversa oupor atitudes administrativas por vezes desconectadas dos preceitos programáticos.
A contribuição peernedebísta aos trabalhos daAssembléia Nacional Constituinte tem sido de vitalsignificação, e muitas das teses que advogamos- seja no programa partidário, seja no trabalhoque fazemos junto às bases políticas - mereceram aprovação por parte do Planário, estandona iminência de serem transformadas em disposições constitucionais tão logo se encerre o segundo turno de votação.
A filosofia que ordena a atuação política doPMDB se expressa bem na fundamentação deseu programa, quando se afirma:
"A primeira e a mais importante lição éa da superioridade das massas sobre as elitesque pretenderam tutelá-las. O povo, sempreque teve o minimo de opção e informação,recusou os apelos à insurreição revolucionária e rejeitou a mentira oficial O reconhecimento da primazia do povo é o ponto departida do programa. Por isso, o programado PMDB visa a mobilização popular e a democratização da sociedade, como condiçõesnecessárias para exigir e encaminhar as reformas sociais e econômicas que se impõem. O Partido não quer ditar à sociedadeum modelo acabado de organização social,econômica e política. Mas não se acomodaráà espera que inspirações espontâneas surgidas da luta política e social conduzam asmudanças de estrutura."
O PMDB não se acomodou, bem como nãose acomodará, por acompanhar a dinâmica dasrelações sociais, a evolução constante dos anseiospopulares, a permanente adequação das expectivas do povo frente aos avanços obtidos no campo político e institucional.
Na quadra difícil por que passa a economianacional, companheiros peemedebistas, erroneamente confundindo a imagem da administraçãofederal com a imagem partidária, houveram porbem desligar-se de nossas fileirase constituir novaagremiação. Não deixaremos de admirá-los porsuas qualidades individuais e também não negaremos que a contribuição que sempre souberamdar ao PMDBnos fará falta. Não somos tão soberbos que não possamos reconhecer o valor daqueles que efetivamente se mostram valorosos, e nemtão parciais que, de um momento para outro,neguemo-lhes o mérito que individualmente possuem.
Lamentamos sua saída dos quadros partidários, e apelamos, ainda agora, para que retornema essa agremiação que por tanto tempo os acolheu.
E afirmamos que, ainda que permaneçam nonovo partido, contarão com o apoio peernedebísta,na medida em que seus ideais forem coincidentes com os nossos.
Como sempre, no PMDB deve imperar o interesse social, antes mesmo do predomínio do interesse partidário.
A insatisfação demonstrada por esses companheiros que ora se encontram abrigados sob bandeira partidária de outras cores faz com que passemos a refletir mais detidamente sobre os destinos de nossa agremiação.
Não se encontra o PMDB, por certo, exauridode representatividade ou falta de apoio popular.Ocorre, entretanto, que a sucessão de conquistasjá obtidas, pontos nodais de nosso Programa,acarretou a realidade da desatualização das diretrizes partidárias. Mesmo não tendo ainda obtidoa consecução de todas as metas programáticas,o atingimento de algumas e a modificação dorelacionamento íntersocial consolidaram umarealidade em que nosso programajá parece defasado com relação ao tempo que vivemos.
Daí o anseio de alguns companheiros de seabrigarem sob novas legendas, cujas diretrizesreflitam precisamente as necessidades de agora,os anseios do momento, as exigências a nós interpostas pelos acontecimentos do dia-a-dia.
Ocorre, todavia, que um programa partidárionão pode ser uma peça que se altere de temposem tempos. Qual uma constituição, deve o programa ser genérico o bastante para ter permanência no tempo, não se atendo a aspectos particularizados, mas sim a princípios gerais que possam perdurar.
Às intenções de mudanças o partido pode contrapor sua jovialidade; sim, porque o PMDB continua sendo um jovem partido, vibrante em suasede de consohdaçâo democrática, vigoroso emsua defesa do bem público, pujante no acolhimento de diversas correntes que se podem identificar através de objetivos comuns.
A "frente" representada pelo PMDB ainda temvalor, precisamente por impedir a radicalizaçãoe propiciar que das dissensões intemas resulteuma posição partidária consensual, democrática,em que a expressão do desejo da maioria prevaleça sobre intenções individuais. E o que é a democracia se não essa convivência de contrários,ordenada e regulamentada pelo princípio da supremacia da vontade coletiva sobre o desejo individuai?
Necessitamos de mudanças, sim, mas não decriação de novas agremiações; necessitamos deadaptações que tornem o programa do PMDBmais adequado à época que vivemos Não precisamos de novos partidos, o que somente viriaconturbar a compreensão popular acerca da posição de cada agremiação em face da realidadenacional; precisamos, isto sim, consolidar a estrutura partidária para fazer frente às exigências dasociedade.
Como defenderemos o novo texto constitucional perante a sociedade se, após sua aprovação,debandarmos de nossas agremiações para fundaroutras? E como nos portaremos diante do eleitorado e da população como um todo no momentoem que recebermos a tarefa da trabalhosa regulamentação dos preceitos que estamos a votar?
Não. O momento não é de cisma. É tempode conjugação para o atingimento do aprimoramento político, para a obtenção de novas conquistas, a todo momento exigidas pela sociedade. Nãopodemos abrir mão da contribuição de companheiros que, há longo tempo militando nas hostespeemedebistas, contribuíram magnificamentepara a consolidação de um partido com forte expressividade popular. Seu êxodo desfalcará nossaagremiação, passaremos a ser menores do quehoje, não apenas em número de participantes,mas principalmente no que respeite à capacidadede representação social da agremiação.
Não acreditamos que a divisão sirva aos ideaisdemocráticos que há tão longo tempo defendeo PMDB. Pelo contrário, esse serviço somenteserá prestado por um partido grande e unido,em que a multiplicidade de conceitos individuaisconduza à representação de uma filosofia partidária consentânea aos anseios populares e às exigências da realidade nacional.
Que nos concentremos, portanto, na persecução do que estabelece a doutrma partidária, nassuas afirmações positivas, nas suas posições nucleares, fazendo da militância política inspiradanos preceitos partidários um serviço em prol dasociedade e da consolidação democrática, aliando ao trabalho exigido pela população a importantíssima tarefa da formação de novas lideranças,para que possa o futuro contar com uma elitepolítica que represente os interesses popularesde úm Brasil mais desenvolvido e dotado de instituições estáveis.
o SR. PAULO PAIM (PT - RS. Sem revisãodo orador.) - Sr.Presidente, Srs Constituintes,gostaria de registrar, neste momento, que inegável e incontestavelmente está havendo no Paisuma campanha orquestrada no sentido de se desmoralizar os pequenos avanços conseguidos pelaAssembléia Nacional Constituinte.
Lembro que no fim de semana próximo passado, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, realizamos uma plenária com mais de mil dirigentessindicais e líderes comunitários. Posteriormente,ficamos sabendo que a imprensa do Estado nãopublicou uma linha sequer sobre o evento. Nesseencontro, mais de mil dirigentes reafirmaram suadisposição de luta e mobilização para o segundoturno da Constituinte, visando principalmente àmanutenção dos pequenos avanços no camposocial.
Apesar de tudo isso, foi acertado que caravanasdo Estado estarão permanentemente em Brasília,para contrapor-se ao lobby do empresariado, dosbanqueiros, da UBE e da UDR.E, no dia 27, quarta- feira, fazemos em Brasília um grande encontroa nível nacional do movimento sindical, com omesmo objetivo
Quero também registrar, Sr. Presidente, quea discussão a propósito do pacto SOCial colocadana ordem do dia pelo Governo e pelos empresários tem o único objetivo de desvirtuar e tentardesmobilizar a atuação do movimento smdrcalbrasileiro em cima do segundo turno da Constituinte. Por isso, deixamos este alerta ao movimento sindical.
Neste momento, temos que jogar todo o peso,isto, sim, na votação do segundo turno. Pactoquem tem de fazer é o Governo e os empresários,esses, sim, causadores da inflação. Os trabalhadores não aumentam os preços. Seu salário éum dos menores do mundo. Isso tem de ficarclaro.
Por último, Sr. Presidente, tenho em mãos matéria estampada no "Correio Braziliense", domingo, sob o título "Presos em Manaus são amarrados e arrastados". Pessoas consideradas simplesmente suspeitas foram amarradas com cordas, no pescoço, e obrigadas a desfilar sob aintimidação e a pressão da polícia.
Vou encaminhar à Mesa cartaz do MovimentoNegro, onde podemos ver que, êm 1988, acontece o mesmo que ocorria em 1888.
11992 Terça-feira 26 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAOONALCONSTITUINTE Julho de 1988
Peço a V.Ex"que faça constar do meu pronunciamento fotografia publicada ontem, pelo "Correio Braziliense", que é praticamente a mesmafoto de 1888, pois um século depois ainda sevêem trabalhadores considerados suspeitos pelapolicia sendo arrastados, com cordas no pescoço,pelas ruas da cidade. Isto é lamentável e tem queser denunciado.
Entendemos que a Assembléia Nacional Constituinte agiu corretamente quando considerou inafiançável o crime de racismo.
O SR. PAULO DELGADO - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - Tema palavra o nobre Constituinte.
O SR. PAULO DELGADO (PT- MG. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, basta olharpara o Plenário.e começar a dar a palavra a quemestá presente. E preferível mudar a regra.
O SR. PRESIDENTE (Joge Arbage) - A Presidência já prestou os esclarecimentos necessários, logo na abertura da sessão.
O SR. PAULO DELGADO - Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - Concedo a palavra ao nobre Constituinte Aldo Arantes.
o SR. ALDO ARANTES (PC do B - GO.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, SrsConstituintes, estamos constatando pela imprensa nacional a ofensiva desencadeada por váriossegmentos das classes dominantes e pelo Paláciodo Planalto contra os resultados do primeiro turnoda Assembléia Nacional Constituinte.
Sr. Presidente, quero dizer, em meu nome eno do meu partido, o Partido Comunista do Brasrl,que temos profundas divergências em relação aotexto aprovado no primeiro turno: discordamosdo resultado a que se chegou na questão do sistema de governo e da manutenção do papel dasForças Armadas no Estado brasileiro; consideramos pequenas, exíguas as alterações que dizemrespeito ao Poder Judiciário e a outras questõesque envolvem particularmente a estrutura políticado Estado brasileiro, que o caracterizam comoconservador e centralizador. Mas, apesar disso,Sr. Presidente, não podemos deixar de reconheceros avanços ocorridos, sobretudo os que dizemrespeito aos direitos dos trabalhadores. Não podemos deixar de identificar nem os avanços ocorridos em relação à questão da nacionalização daexploração mineral, nem os relacionados com otabelamento das taxas de juros.
A partir do momento em que terminamos ostrabalhos do primeiro turno da Assembléia Nacional Constituinte, Conferação Nacional da Indústria, a UDR e setores ligados ao comérico passaram a articular um lobby de pressão contra aAssembléia Nacronal Constituinte. Na continuidade, Sr. Presidente, estiveram em Brasilia representantes das multinacionais, que já haviam anunciado, pelos meios de comunicação, a disposiçãode gastar dois milhões de dólares, com o objetivode inverter os rumos dos trabalhos da AssembléiaNacional Constituinte. Não é só isso, Sr. Presidente. Esses representantes das empresas multinacionais estiveram no Palácio do Planalto como Presidente José Sarney e estabeleceram uma
ação conjunta a ser desencadeada na AssembléiaNacional Constituinte, na defesa dos grupos estrangeiros. E, Sr. Presidente, começam a apareceraqui aqueles que se colocam como porta-vozesdas empresas multinacionais e dos interesses dosgrupos econômicos. E esta não é uma críticapessoal, mas política. Por isso não podemos aceitar as declarações feitas pelo Líder do PFL, JoséLourenço; não podemos admitir as declaraçõesfeitas pelas Constituintes Amaral Netto e GastoneRighi O "Centrâo" não conseguiu adotar aquelasmedidas que pretendiapara impor à Nação brasileira uma Constituição totalmente retrógrada.Conseguiu, sim, impor o sistema presidencialistae o mandato de cinco anos para o ilegítimo Presidente José Sarney Mas, mesmo assim, não teveforças para atingir todos os seus objetivos
E agora, Sr. Presidente, querem entornar o caldo. Mas a Nação brasileira e os democratas daAssembléia Nacional Constitumte não vão admitiressa manobra, a tentativa do Sr. José Lourençode impedir a continuidade dos trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte, quando diz, cinicamente, que é melhor fechar a AssembléiaNacional Constituinte do que aprovar o texto que
fOI fruto do trabalho de quase um ano e meiodos Srs. Constituintes.
Quero aqui, portanto, Sr Presidente, em meunome e no do meu partido, dizer que temos restrições ao resultado final do primeiro turno da Assembléia Nacional Constituinte, mas não compartilhamos com a tentativa de desestabilizar os trabalhos, porque, na verdade, o que se pretendeé jogar no buraco, no lixo as conquistas hrmtadase parciais que obtivemos no primeiro turno. Porisso~ fazemos um chamamento a todas as forçasprogressistas para que não caiam no canto dasereia, para que não façam o jogo da direita, paraque não permitam que seus votos terminem porfacilitar manobra antinacional da UDR, do "Centrão" e dos grupos de extrema direita na Assembléia Nacional Constituinte.
O SR. MAURO BENEVIDES (PMDB - CE.Pronuncia o seguinte díscurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, transcorreu, no último dia 21,o centenário de nascimento do Dr.Amadeu Furtado, médico dos mais humanitários, que se dedicou com extraordinário devotamento à sua profissão, transformando-a em .autêntico sacerdócio,direcionado para o atendimento da população carente de Fortaleza.
Naquela data, os seus filhos, netos e bisnetospromoveram, com a adesão espontânea da comunidade, uma série de comemorações, príncípiada pela concelebração de uma missa, durantea qual foi relembrada, tanto na hormlía como naoração dos fiéis, a figura imperecível daquele destacado coestaduano.
Exercendo uma liderança política das maisprestigiadas, com sucessivas reeleições para a Assembléia Legislativa, o Dr. Amadeu Furtado ascendeu à Chefia do Poder em razão de seus méritos pessoais e da confiança irrestrita dos que compunham, na época, aquela augusta Casa.
Constituintes de 1935 e 1947, representandoa sua terra natal, o Ipu e a cidade de fortaleza,o eminente homem público nunca desmereceuo apreço e a consideração de que desfrutava juntoaos seus conterrâneos, capitalizando simpatiaspelas atitudes corretas e irrepreensíveis que sempre adotou como representante popular.
Tive o privilégio,Sr. Presidente, de conviver como Dr. Amadeu, a quem minha família se vincularapor laços de estreita amizade, num convivio queperdurou durante quase meio século, transferindo-se, depois, para Zenilda, Aprígio, Valdire Glicia,seus filhos diletos, nascidos de seu casamentocom a extraotdinária dama, D. Zenóbia QuixadáFurtado.
Com o seu semblante paternal, acolhia em seupalacete, à Rua General Sampaio, todos os domingos, grupt l de jovens da sociedade cearense,que ali se com aternízavam num ambiente alegree estimulante, com a presença constante dos anfitriões.
Presidindo o Poder Legislativo, dirigia os trabalhos com serenidade e firmeza, proclamando aexcelência do regime democrático, após a normalização institucional do País, em 1945.
No seu consultório, ao lado da antiga farmáciaTheodorico, atendia diariamente a dezenas declientes, sem cobrar-lhes honorários, numa prática salutar de solidariedade humana que a todosencantava, transformando-o num ídolo das classes menos favorecidas.
Possuidor de aguçada sensibilidade profissional, diagnosticava com invejável conhecimentode causa, atribuindo-se-Ihe até curas miraculosas,tão fascinante era a sua competência para aplicaras lições hauridas na tradicional Faculdade deMedicina da Bahia.
No intervalo de suas atividades políticas e profissionais, dedicava-se à literatura, publicandocontos e trabalhos de ficção de conteúdo admirável, recolhidos hoje por descendentes e amigoscomo peças de primorosa inspiração.
Falecendo, em 1952, aos 64 anos, o Dr. Amadeu Furtado recebeu consagradora manifestaçãopóstuma, com milhares de pessoas desfllandodiante de seu ataúde, conduzido por multidlio incomputável ao Cemitério de São João Batista,na capital do Estado.
A Câmara Municipal de Fortaleza, aliás, tomouimperecível a sua memória denominando o llIltigo bairro do Coqueirinho de Amadeu Furtado- hoje um dos mais populosos de nossa urbe.
Reverenciando, pois, o centenário de nascimento do preclaro cearense na tribuna da Assembléia Nacional Constituinte, desejo perpetuar, nosseus Anais, o testemunho da ímorredoura gratidão do Ceará a um de seus filhos mais distinguidos, que teve como marcas indestrutíveis desua personalidade ímpar uma imensa bondadee o desejo permanente de servir à nossa terrae à sua gente.
O SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - APresidência não deseja ter o constrangimento deadvertir os oradores a respeito do tempo a quedevem ficar limitados. Apelo, portanto, para S.Ex" no sentido de que não excedam os dois minutos e meio previstos no Regimento Interno daAssembléia Nacional Constituinte.
Tem a palavra o nobre Constituinte Mansuetode Lavor.
O SR. MANSUEfO DE LAVOR (PMDB PE. Pronuncia o seguinte discurso) - Sr. Presidente, Srs. Constituintes, a se confirmarem as informações que nos chegam através da imprensa,assistiremos hoje à deflagração de uma intensacampanha publicitária em favor das multínacíonais que operam no país, comçídíndo com o início
Julho de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NAOONAL CONSTITUINTE Terça-feira 26 11993
dos trabalhos do segundo turno desta AssembléiaNacional Constituinte.
O que se pretende com isso? Mais espaço paraque aquelas empresas atuem no Brasil, supostamente em igualdade de condições com as empresas nacionais. Isto quer dizer, e todos nós bemo sabemos, que o movimento liderado pela Shell,Xerox e Brascan e que congrega duas dezenasde corporações transnacionais, quando invoca aigualdade de tratamento, postula, em última ratio,a preservação e consolidação de privilégioshistoricamente obtidos em todos os tempos, atravésde governos autontários ou não.
Dois pontos avultam entre as alterações buscadas pelo grande capital internacional no Projetode Constituição. a desnacionalização da exploração mineral, permitindo-se que ela seja feita,também, pelas empresas brasileiras com capitalestrangeiro e acabar com a proibição dos contratos de risco para a pesquisa e lavra de petróleo.
Por certo, o tratamento preferencial a ser dispensado pelo Poder Público no que tange à aquisição de bens e serviços provenientes de empresanacional e também os benefícios especiais temporários ligados a aspectos estratégicos da defesanacional ou indispensáveis ao desenvolvimentodo País e de todo o arcabouço do amparo aodesenvolvimento e absorção de tecnologia serãoconsiderados à maneira delas e segundo interesses próprios, nesta nova ofensiva das multinacionais.
Sr. Presidente, Srs. Constituintes, oportuno lembrar que o primeiro turno de discussão evotaçãodo Projeto de Constituição teve o mérito de consagrar, em suas linhas gerais, uma convivência aceitável entre empresas nacionais e transnacionais,considerada a média das opimôes desta Assembléia e sua conseqüente correlação de forças, dospontos de vista político, ideológico, doutrinário.O que pretendem, agora, as empresas multinacionais - e não contestamos seu direito a trazerà sociedade brasileira e a esta Assembléia seuspontos de vista - nada mais é que a reversãode algumas tímidas medidas de proteção à empresa brasileira até agora consagradas no texto.constitucional.
É: precisamente neste momento que a naçãolíder do mundo ocidental, símbolo do capitalismo,sede das maiores corporações multinacionais eponto de referência maior no confronto ideológico Leste-Oeste e no relacionamento Norte-Sul- os Estados Unidos da América do Norte anunciam retahacôes sobre produtos brasileiros.Desta feita, o pomo da discórdia diz respeito àalegada proteção de patentes de produtos de empresas químicas e farmacêuticas daquele paísA elirainação da proteção das patentes para produtos farmacêuticos, em 1945, e para processosquímico-farmacêuticos, em 1969, foram atosemanados da soberania nacional. E nem se digaque discrepantes dos procedimentos de outrospaíses do Primeiro Mundo, entre os quais o Japão.Pois bem: há cerca de 40 anos o Brasil produziaem tomo de 90% dos medicamentos aqui consumidos. Atualmente essa correlação foi invertida,a saúde do povo constitui, não obstante os esforços da Central de Medicamentos - Cerne, umadas mais suculentas fatias do lucro das multinacionais - quem compra seus remédios nas farmácias sabe disso - e não há indicações à vistade que este quadro seja alterado para melhor.
Não será demais lembrar que parcela substancialda responsabilidade por tudo isto coube a nós,brasileiros.
Em 1954, nos primeiros meses do GovemoCafé Filho, e em 1964, nos primórdios do Governo CasteIlo Branco, sendo czar da Economia oatual Senador Roberto Campos, a concessão deprivilégios a empresas estrangeiras, no setor daquímica fina, contribuiu de maneira decisiva paraa situação em que o setor hoje se encontra.
Um estudo do BNDES com a participação doBanco Central e dos Ministérios da Fazenda, Indústria e Comércio, Ciência e Tecnologia, revelado em matéria publicada ontem pelo Jornalde Brasília, mostra que é praticamente impossível ao Brasil livrar-se ou recusar a participaçãodas multi na economia: elas dominam os 17 setores mais importantes da área econômica, detendoparcelas de mercado que, em alguns casos, chegaa 80%; são responsáveis pelo suprimento de27,5% das necessidades industriais do mercadointerno; garantem até 38,5% das exportações brasileiras, e - diz o relatório - milhares de empresas nacionais dificilmente sobreviveriam sem assuas participações acionárias.
Pelo visto, o que se pode pretender, neste momento, Srs. Constituintes, é que pelo menos esteprocesso de aguda dependência não seja agravado, já que a sua reversão, a curto ou médioprazo, parece impossivel à luz do perfil do governante brasileiro de hoje e do pacto de poder quecomanda o País. Seja como for, e isto me pareceda maior relevância, todas as evidências sugeremque vários importantes segmentos nacionais, entre os quais os militares, não apenas enquantocidadãos, mas também no desempenho de suasatribuições profissionais, preocupam-se com asobrevivência de fato e não apenas de aparência,da empresa nacional em todos os níveis. Numpaís de Terceiro Mundo, eufemisticamente chamado de "em desenvolvimento", por vezes o nacionalismo confunde-se com a essência da nacionalidade. Mesmo neste mundo da aldeia globale da internacionalização da economia há peculiaridades que as nações não podem ignorar, porquedizem respeito à sua soberania e ao bem-estarde seu povo. Quero lembrar aqui que em doismomentos cruciais para o País os militares, juntocom outros segmentos nacionais, estiveram ligados a posições nacionalistas, que não se devemconfundir com qualquer espécie de xenofobia oudemagogia inconseqüente: no após guerra, nasegunda metade dos anos 40, quando da defesado monopólio estatal do petróleo, e, recentemente, quando segmentos militares visceralmente'ligados ao poder - o Conselho de Segurança Nacional e o SNI - jogaram pesado em defesada reserva de mercado para o software, aindaque por prazo determinado.
Sr. Presidente, Srs. Constituintes, ao reafirmar,neste momento, minha posição contrária às alterações advogadas pelas multinacionais no textoconstitucional, concluo estas minhas palavraslembrando que o aprofundamento dos modemosinstrumentos de poder e de dominio em nossoPaís pode fazer a alegria de Wall Street ou daCitylondrina; mas seguramente será negativo para a soberania do Brasil, para nossa cultura epara a qualidade de vida de nosso povo.
Era o que tinhllll dizer.
Durante o discurso do Sr. ConstituinteMansueto de Lavor, o Sr.Jorge Arbage, Segundo-Vice-Presidente, deixa a cadeira dapresidência, que é ocupada pelo Sr. MauroBenevides, Primeiro-Vice-Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides)Concedo a palavra ao nobre Constituinte Victor
Faccioni.
O SR. VICTOR FACCIONI (PDS - RS) Sr. Presidente, Srs. Constituintes, vivemos a horatalvez mais crítica do processo de transição política nacional. Estamos diante do "DiaD" da transição democrática, e o desenvolvimento políticovem gerando as maiores expectativas e especulações possíveis. Por isto mesmo venho a estatribuna, ao reinício das atividades da Constituinte,com o segundo turno, para chamar à responsabilidade as forças políticas majoritárias deste País,as quais, ao embalo do Plano Cruzado, obtiverama mais retumbante vitória da história política nacional, assumindo, em contrapartida, os maiorescompromissos com o povo brasileiro. Não se jogaleviana, demagógica e irresponsavelmente como destino de uma nação de cento e quarentamilhões de habitantes; não se joga impunementecom o destino deste País.
Quando leio e ouço certas declarações de lideranças, em nome daquelas forças majoritárias formadas pelo PMDB e o PFL, com o choque deinteresses entre ambos no desdobramento dostrabalhos da Assembléia Nacional Constituinte,e, conseqüentemente, no processo de transiçãopolítica, fico muito preocupado, efetivamente.
Que tenham jogado com as aspirações do povobrasileiro, entregando numa bandeja a ordemeconômica nacional, tudo bem, ou tudo mal, diriamelhor. Já aconteceu. Mas que queiram agorajogar também com o destino político, com a ordem política nacional, será demais. É: preciso queisso fique claro, porque claras são as responsabilidades que o PMDB e o PFL assumiram aoelegerem mais de 213dos que integram, em nomedo povo brasileiro, a Assembléia Nacional Constituinte; elegeram todos os Governadores e a maioria das Assembléias Legislativas. E se depois detudo isso geraram o caos econômico, espero quenão gerem também o caos político,pois a responsabilidade é clara demais, e o povo e a Histórianão perdoarão jamais se deixarem passar estaoportunidade, última, talvez, para o aperfeiçoamento e a consolidação da democracia.
Creio que as manchetes dos jornais e as declarações dos líderes do PFL e do PMDBsão claras.Esperamos que a disputa do poder pelo podertenha um fim e se comece a pensar na Naçãocomo um todo e não apenas no desdobrarneatoda sucessão presidencial. Não é possível que opoder pelo poder e a sobrevivência de um oudois partidos, de algumas siglas partidárias, quecomo tal pouco representam, estejam acima dosinteresses maiores da Nação.
Era este o alerta que desejava trazer aos Srs,Constituintes, depois de ter andado pelo interiordo meu Estado, pelo Brasil afora, e, vindo dacapital do meu Rio Grande, para que não desperdicem esta que seguramente se constitui na últíma oportunidade.
É: uma hora de responsabilidade, Sr. Presidente.Responsabilidades definitivas,graves, claras e suficientemente explicitadas. De nossa parte, esta-
11994 Terça-feira 26 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Julho de 1988
mos aqui para dar nossa contribuição modesta;não será ela que haverá de faltar. O que falta,sim, Sr. Presidente, é aqueles que têm o poderde decisão nesta Casa corresponderem de umavez à confiança que o povo lhes delegou numahora tão marcante da Históriade nossa Pátria.
Sr. Presidente, esperamos que efetivamentenão se dê o impasse político;já é demais estarmosvivendoo impasse da ordem econômica, situaçãoessa mais nítida depois da declaração do Ministroda Fazenda, que a Folha de S. Paulo estampahoje em manchete: "Para Maüson, ilegitimidadeafasta choque".
O Ministro da Fazenda, Mailson da Nóbrega,disse ontem em Londres, durante conversa reservada, que "a falta de legitimidade política do Governo Sarney é um obstáculo para o tratamentode choque contra a inflação no Brasil".
Poisnão faltalegitimidadepolíticaà AssembléiaNacional Constituinte para decidir bem e já emfavor dos destinos do nosso País. Falta apenasvisão histórica das responsabilidades daquelesque obtiveram do povo a maioria para deliberar,e fazê-loatravés do consenso e não do confronto,pois só o consenso pode gerar o aperfeiçoamentoe a consolidação da democracia. (Palmas.)
o SR. PAULO RAMOS (PMOB - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, SI'"" e Srs.Constituintes, assomo à tribuna primeiramentepara manifestar solidariedade ao Presidente daAssembléia Nacional Constituinte, DeputadoUlysses Guimarães, e ao Ministro da PrevidênciaSocial, Sr. Renato Archer.
O Presidente da Assembléia Nacional Constituinte, em veemente resposta, fez prevalecer asoberania do único poder legitimo existente nestePaís,e o Ministro da Previdênciadesmentiu a farsainiciadaexatamente pejo Presidente da República,que pretendia afirmar que esta Assembléia NacionalConstituinteestava tomando decisóes que nãoseriam suportadas pelo Governo.
AfirmouS. Ex"que as decisões da AssembléiaNacional Constituinte fariam o País ingovemável.Faltou a S. Ex", o Presidente da República, quepreside um Governo ilegítimo, corrupto e entreguista, dizer que o País está assim desgovernadopela ação deste Governo. Mas, lamentavelmente- e sou forçado a manifestar o meu repúdio- um representante do povo, que se diz Líderdo Partido da Frente liberal, nega todo o trabalhorealizado pela Assembléia Nacional Constituinte.Estou convencido de que o Deputado José Lourenço, que se tem comportado como um verdadeiro apátrida, não tem o respaldo do seu partidopara assim se manifestar. O PFL e todos os seusintegrantes têm o dever de comparecer a estatribuna para desmentir aqueles que falam em seunome. Nega o Sr. José Lourenço a legitimidadeda Assembléia Nacional Constituinte porque nãotem compromisso com este País; é um apátridaque há de trair outras nações quando daqui sair,porque para cá veio após ter traído o povo angolano.
O SR. HAROlDO LIMA (PC do B - M.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs.Constituintes,hoje a Assembléia Nacional Consti·
tuinte retoma seus trabalhos com vistas à votaçãodo segundo turno e à conclusão dos trabalhosde elaboração da nova Carta Magna. E ela reabreseus trabalhos dentro de uma onda de pressõesbastante fortes que inquieta a todos aqueles quesão os verdadeiros defensores dos interesses populares e da democracia. Em primeiro lugar, ébom que se registre que as pressões são oriundasde três vertentes principais.A primeira, das multinacionais; a segunda, do Governo Federal; e aterceira, dos líderes políticos mais reacionáriosdesta Casa. As multinacionais tomam uma posição que deve ser energicamente combatida, criticada, porque, Sr. Presidente, os grupos multinacionais que operam no Brasil,de forma absurda,insolente e atrevida, vão exibir hoje à noite, emhorário nobre de televisão, em cadeia nacional,um filme de videocassete de dez minutos, propagandeando as benesses do capital estrangeiro noBrasil com o objetivoprecípuo, estabelecido, formalizado de pressionar a Assembléia NacionalConstituinte para que reveja pontos elementares,secundános, nos quais beneficiou as empresasde caráter nacional.
Não podemos perder de vista, Sr. Presidente,Srs. Constituintes, que esses acontecimentos estão se dando no mesmo instante em que o Presidente fascistóide dos Estados Unidos, o Sr. Ronald Reagan, acaba de desencadear uma retaliação contra produtos brasileiros.Temos que constatar que isso faz parte de um plano elaboradopara ser desencadeado no mesmo momento ese volta contra a mesma Constituinte, porque atal retaliação por parte dos americanos decorree é origináriade uma medida de represália contraum dispositivo brasileiro que está em vigor há43 anos e que até então não os havia chocado.Inesperadamente eles se põem de sobressaltocontra esse dispositivo, e vão, inclusive, programar para o dia 7 de setembro a entrega, porparte do Governo americano, da lista dos produtos brasileiros que serão retaliados.Ao lado disso,o Governo Federal, o Sr. José Sarney, o Sr. Antônio Carlos Magalhães, esse pessoal da pior espécie, originário da ditadura militar, mais uma vezameaça a Constituinte,tenta chantageá-Ia, dizqueo que elaestá fazendo é tomar o País ingovemável.Contudo, sabemos que um país íngovemável éum país ingovernado, e ingovernado está estePaís, precisamente porque a Constituinte aindanão interveio com força, e ingovernado está estePaís porque está sendo desgovernado pelo Sr.José Sarney e seus sequazes.
Sr. Presidente, para encerrar, temos que registrar que alguns porta-vozes dos setores mais reacionários do País,ligados às multinacionais lá fora,ligados ao Governo Federal, também estão aquidentro da Constituinteameaçando seus trabalhos,querendo dizerque é preferível dissolvera Constituinte do que aprovar o texto constitucional quevotamos no primeiro turno.
Sr. Presidente, o PC do B energicamente semanifesta contra essas medidas golpistas, porqueo golpismo é que está proliferando hoje, vindodessas vertentes que mencionei, e a despeito detambém fazer críticas ao Projeto Constitucional,não pelos seus acertos, mas por suas debilidades,critica o Governo que está contra o Projeto peloque ele tem de positivo e destaca o que ele temde fraco e débil.
O SR. RUY NEDEL (PMDB - RS. Sem revisão do orador.) - Sr.Presidente,Sr'"e Srs. Constituintes:
"Campeiros, prontos os laços para a invernada e o rodeio, lidei com chuva e vagar,sem pressa, no romaneio, por lo más, seapressaram, tal sucede trançar com loncasde gado alheio"
Esses versos cabem neste momento da Assembléia Nacional Constituinte, onde todos lidamoscom chuva e vagar, prontos para esta tropeadae este rodeio. lidamos sem pressa no romaneiopara que agora, amadurecido o trabalho destaAssembléia Nacional Constituinte, possamosconcluí-lo em favor da Nação, do povo brasileiro.Este é o momento em que não se recua, esteé o momento para a conclusão dessa obra tãobem pensada, tão bem elaborada. Este compromisso é de todos nós, e não tem direito o LíderJosé Lourenço de fazer publicar sua vontade emfavor do encerramento dos trabalhos e volta àestaca zero.
Este é o momento para se iniciar a tropeadafinal, é o momento pelo qual o povo anseia. Eesta ânsia é lídírna, é justa. E nós temos a obrigação não só moral, mas de fato,de encerrar nossostrabalhos com uma bela Carta Magna.
Além disso, Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Constituintes, queremos deixar aqui registrado que nadata de hoje, 25 de julho, se comemora no RioGrande do Sul o dia do colono e o Dia do Motorista. Comemora-se o dia do início da imigraçãodos povos a partir dos germânicos, da imigraçãode colonos para as plagas do Rio Grande do Sul.Em 25 de julho de 1824 veio a primeira levade imigrantes, e desde então essa data é festejada,não só pelos grupos étnicos e seus descendentesque para aqui vieram, mas por todo o Estadodo Rio Grande do Sul.
Era isto o que tinha a dizer,Sr. Presidente.
O SR. HUMBERTO somo (PFL - MG.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, ao iniciarmos o segundo turno das votações, não poderíamos deixar de cumprimentar os Srs. Constituintes pelo trabalho que foidesenvolvido em suafase inicial, aprovando um projeto moderno e sériopara a sociedade brasileira.Preocupa-nos muito que lideranças expressivasou, pelo menos, partidos expressivos nesta Casa comecem a tramara paralisação desta Constituinte, com a prorrogação e mesmo a destruição dos trabalhos atéagora aqui feitos Preocupa-nos muito o que osjornais começam a anunciar: o lobby das multinacionais, dos grandes empresários e dos banqueiros, que pretendem mudar o projeto aprovado. Não negamos que é da política,é do Parlamento buscar os entendimentos, os acordos, asmodificações que se fizeram necessárias, no debate que visa aos interesses de todas as classessociais. Entretanto, Sr. Presidente, esta Constituinte procurou trazer o Brasil real para dentro destaCasa, com o objetivo de tentar transformar emestatuto que deverá nortear e organizar a sociedade brasileira,não só para o futuro, em seu relacionamento, mas buscando também diversos aspectos sobre o problema conjuntural, aquilo queestá acontecendo no Brasil, o que podemos é\Íudar a modificar nas Disposições Transit6rias.
Foi assim que aprovamos, graças ao voto solidário, sábio, inteligente e sensível, uma emenda
Julho de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Terça-feira 26 11995
que apresentamos, juntamente com o SenadorMansueto de Lavor e o Deputado ZizaValadares,que cancelou a correção monetária de dívidasbancárias dos pequenos produtores rurais contraídas durante o Plano Cruzado. Preocupa-nosmuito, Sr. Presidente, que com essas manobras,que hoje são desenvolvidas por banqueiros, peloSr. Ministroda Fazenda e por empresários, pretendam suprimir a emenda aprovada. Essa preocupação aumenta quando vemos que o Sr. Relator,que ao longo dos debates sobre o Projeto tevesempre o cuidado de manter-se isento em relaçãoàs matérias mais polêmicas e mais difíceis, noque se referia ao conteúdo das mesmas, Iimitando-se ao parecer técnico de Relator,para surpresanossa, entretanto, no que se refere à nossa emenda, com todo o respeito e admiração que temospor S. Ex", afrontou os Constituintes que aprovaram a matéria no primeiro turno, dando parecerque entra no mérito, não analisando o problematécnico, dando parecer pela retirada da matériaaprovada, atendendo a uma emenda apresentadapelo Líder do Governo, que neste momento, semdúvida nenhuma, atendeu não s6 aos interessesdos banqueiros, do Governo, como também dossegmentos empresariais, que são contra a nossaemenda.
Sr. Presidente, nós os Constituintes, que estamos sendo julgados e tomamos a iniciativa emdefesa dos pequenos e médios produtores, verificamos esta Assembléia Nacional Constituinte assaltada pelos Iobbies dos grandes empresáriose do pr6prio Govemo para retirar as conquistasque para aqui foram trazidas, não só em beneficiodos trabalhadores brasileiros, como também emfavor da própria modemidade da vida nacional,dos produtores rurais, dos microempresários eoutros segmentos da sociedade.
Fica registrado o nosso protesto. E aproveitamos ainda a oportunidade para d~nunciar asmedidas que estão sendo tomadas pelos bancosdo interior do País, como conseqüência da aprovação da emenda, Sr. Presidente. Gostaria de saber se há uma providência que possa ser tomadapela Presidência da Constituinte, pois após a aprovação da nossa emenda desfecharam um verdadeiro mutirão de protestos de centenas de rmlhares de titulos de pequenos e microempresáriose pequenos produtores rurais que estão com suasdívidas vencidas e já se encontram em estadopré-falimentar.Somente a Constituinte poderá fazer com que esse grande segmento da sociedadepossa continuar a contribuir para o processo dedesenvolvimento do nosso País.
o SR. EGíDIO FERREIRA UMA (PMDB PE) - Sr. Presidente, Srs. Constituintes, todosnós, nos últimos dias, temos lido nos jornaise ouvido da imprensa noticias as mais alarmantes.O próprio Governo, o Presidente da Repúblicase estaria encarregando de dizer que seria seupropósito zerar a Constituinte, votar contra o Projeto de Constituição.
Sr. Presidente, quero nesta hora dizer ao Presidente da República que reflita, que tenha bomsenso, que não venha juntar aos problemas decorrentes da falta de um governo com vontade politica a insegurança, a temeridade e a insensatez.Dissolver esta Assembléia, 'não aprovar o Projetoque aí se encontra, significa impasse institucional.
Se não aprovarmos este Projeto de Constituição,seguramente cairemos na incerteza e o País partirá para a anarquia institucional.
Sr. Presidente, peço, pois, ao Presidente da República que reflita antes de se insurgir contra otrabalho da Assembléia Nacional Constituinte.Nós, bem ou mal, tivemos competência para votarum razoável Projeto de Constituição inovador emodemizante. Esperamos que o Presidente daRepúblicatenha competência para preparar o Govemo, a Administração, para esse Projeto,promulgada a nova Constituição, seja executado, postoem prática e possibilite a consolidação da democracia brasileira.
Era o registro que desejava fazerSr. Presidente.
O SR. ADYLSON MOlTA (PDS- RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs.Constituintes, desejo apenas, nesta tarde em quesão retomados os trabalhos constituintes, comvistas à sua segunda e última fase, com a conclusão, evidentemente, da elaboração do novo textoconstitucional, usar da palavra para somar minhavoz à de tantos outros que vieram à tribuna dizerdas suas apreensões e preocupações, dada a tentativa de confundir esta Assembléia com propostas que não consultam aos interesses nacionais,como a de "zerar" a Constituição, inspirada noPalácio do Planalto, e aquela consubstanciada nainfeliz declaração do Líder do PFL, de prorrogarpara novembro o ínicio do segundo turno dostrabalhos constituintes.
Quero dizertambém, Sr. Presidente, que venhode uma incursão pelas minhas bases eleitoraisno RioGrande do Sul. Evidentemente, somos criticados pelos equívocos ou omissões contidosna Carta, mas em geral o trabalho é consideradorazoável e está sendo assimilado pela sociedade,até porque fruto de entendimento, debates e intercãmbios permanentes entre todos os segmentosda sociedade.
Por conseguinte, no momento em que adentrao recinto o Presidente titular, aJysses Guimarães,apelo para que concentremos esforços, sem, éclaro, atropelar o Regimento Interno - e estaé uma preocupação que tenho, até porque já seique algumas das minhas propostas estão sendoprejudicadas devido a essa ânsia de concluir ostrabalhos - para que se utilizemtodos os mecanismos regimentais de que dispomos e, aindano mês de agosto, possamos concluir os trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte e promulgar a nova Carta em uma data histórica no caso, o dia 7 de setembro, que se aproxima.
Isso, creio, é o que a Nação inteira espera denós, principalmente em face da crise econômica,da falta de autoridade, da incompetência, da improbidade administrativa existente hoje no Paláciodo Planalto, que procura confundir esse quadrocom alguns equivocos eventualmente cometidospela Constituinte.
Este, o apelo que faço, nesse retomo aos nossos trabalhos. Sei da disposição e da vontadede V. Ex', Sr. Presidente, para que o mais brevepossível possamos entregar à Nação o novo textoconstitucional.
Muitoobrigado.
A SRA. DIRCE Tara QUADROS (PSDB-SP. Pronuncia o seguinte discurso.) -Sr. Presidente, Srs. Constituintes, é grave a falta de democracia que asfixiao Brasil.Nosso povo, desiludido
com os homens públicos, contempla a cena política nacional com olhos de descrença, revolta eprofunda mágoa.
E o atual desgoverno, marcado por sucessivos escândalos e absolutamente desacreditado,é o grande responsável pela situação caótica aque chegamos.
Dois fatos ilustram bem, sem exagero de qualquer ordem, o grave momento nacional, em quea ausência da prática democrática é de fácilconstatação. Seriam cômicos, não fossem trágicos.Constituem-se em espelhos de nosso tempo. Refiro-me à bisonha proposta de enquadramento doReitorda Universidadede Brasília,Prof.CristóvamBuarque, velho lutador das causas populares, pelosimples fato da realização de um debate, entreestudantes, sobre a descriminalização da maconha e o uso de tóxicos.
Ora, o debate amplo, geral e irres?,itõ de todoe qualquer tema, por mais singula~ que seja, éinerente, cabível e normal na vida eóadêmíca. Écrime discutir um tema palpitante, m~~o,atual? Nós, parlamentares Constituintes, que todos os dias discutimos sobre tudo, porventurasomos passíveis de alguma punição por extemarmos nossas opiniões de forma aberta e corajosa?
O comentado enquadramento do Prof. Buarque, com certeza, se viera ocorrer, iráconstituir-seem verdadeira homenagem ao talento, à corageme à sensatez com que vem comandando os destinos da UnB. Trata-se, pois, de um homem quelutou contra o regime militar e cuja capacidadeadministrativa é reconhecida até por seus adversários, sendo, em verdade, grande educador numcampus onde, até há pouco tempo, sob as bênçãos da ditadura, reinava, soberano e arrogante,um bedel do arbítrio.
De toda forma, o fato de um governo comoeste, desmoralizado e carcomido pela corrupçãoadministrativa, aventar a hipótese do enquadramento do Reitor da UnB, já é o suficiente paraque se escreva mais uma sórdida, porém pitoresca página do folclore político do Brasil de ago·ra,
O outro fato, sumamente grave, foi a propostaamoral, antidemocrática e absurda de rejeição embloco de tudo o que aprovamos no primeiro turno.Por insensata, não merece nossa atenção maior.Todavia, eu não poderia deixar de registrar meuapoio, meu agradecimento e felicidade pela reação máscula, digna e corajosa de nosso Presidente, o Constituinte Ulysses Guimarães, cujasdeclarações fortes desmoralizaram os ensandecidos porta-vozes do caos, inimigos da Constituinte e parceiros da velhacaria política.
Disse bem o Presidente Ulysses:a Constituintenão é hospício, nem aqui existem 280 loucospara aprovarem as sandices vindas do Paláciodo Planalto.
Falou portodos nós o nosso Presidente. Esabemos todos, mais que nunca, que, com suas limitações, com seus acanhados avanços, mas coma participação de todos, a Carta Magna que estamos escrevendo é o retrato de um novo Brasil,onde, por certo não caberão políticos menores,sem compromissos populares, sem dignidadepessoal, sem amor ao Brasil e respeito ao seupovo, como os que pensam em traí-lo atacandoa Assembléia Nacional Constituinte.
Era o que tinha a dizer.
11996 Terça-feira 26 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NAOONAL CONSTITUINTE Julho de 1988
o SR. EUEL RODRIGUES (PMDB - PA.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, a imprensa de meu Estado,o Pará, divulgou há poucos dias que está sendoestudada a possíbilídade de lá ser implantado oCentro de Pesquisa, Extensão e Treinamento daRegião Norte, destinado a incrementar o desenvolvimento do setor pesqueiro naquele que é umdos mais ricos potenciais pesqueiros nacionais.
Recentemente, esteve reunido em Belém o Superintendente da Sudepe, Aécio Moura da Silva,juntamente com um grupo de técnicos canadenses ligados à Consept, organização especialadaem implantação de projetos do setor pesqueiroem países em desenvolvimento, quando foramrecebidos, inclusive, pelo Governador Hélio Gueiros.
Este encontro é o resultado da recente visitaque Aécio Moura da Silva fez ao Canadá, quandodeu início às conversações visando alcançar esteobjetivo, tendo logo despertado o interesse detécnicos e empresários do Setor daquele país,os quais imediatamente se dispuseram a vir aoBrasil para conhecer in loco as reais condiçõesdesse trabalho. A partir do encontro de Belémesses técnicos vão elaborar uma minuta de proposta, a ser devidamente estudada pelas autoridades brasileiras, até a consecução dessa meta.
o importante, porém, e o que quero destacaragora, é que a escolha do Estado do Pará parareceber este primeiro centro de treinamento vemdemonstrar o interesse que a Sudepe, por suadireção, vem dispensando às regiões estrategicamente potenciais no Brasil. Este centro objetiva,primordialmente, preparar mão-de-obra especializada, com vistas a um melhor aproveitamentoda produção pesqueira no Pará e no Amazonas,sobretudo. Por isso, quero apresentar meus cumprimentos à Sudepe por esta oporturna imciativa.
Muito obrigado.
O SR. ANTONIO DE JESUS (PMDB- GO.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, temos procurado marcar nossaatuação parlamentar pela defesa de valores e instituições que reputamos fundamentais ao bem-estar da sociedade brasileira.
Acreditamos que a função legislativa não é meramente sociológica, ou seja, a de refletir tão-somente a realidade das relações humanas; ao contrário, apoiados no fato social como matéria-prima do nosso labor, devemos procurar moldaras estruturas sociais, imprimindo-lhes os caracteres que permitam proporcionar maior harmoniae felicidade às pessoas.
É precisamente nesse sentido que cerramosfileiras com aqueles que defendem a farnílla brasileira como unidade fundamental do Estado,opondo-nos aos ataques deletérios que vêm sofrendo nas últimas décadas, acirrados nesses diasde elaboração constitucional.
Queremos, hoje, tecer algumas consideraçõesacerca de uma dessas ameaças que, travestidade modernidade e de liberalismo, tem feito soçobrar inúmeros lares, vitimando especialmente osmais jovens e inexperientes.
Referimo-nos ao divórcio, introduzido na vidainstitucional brasileira há pouco mais de dez anos,e cuja ampliação e liberalização vem sendo acele-
radamente defendida pelos setores ditos progressistas da sociedade.
Não somos ingênuos a ponto de argumentarque as pessoas se separem porque uma lei lhesconfere tal faculdade, contudo, não se pode desprezar o efeito educativo que a norma exerce sobre as pessoas.
É certo que a legislação não poderá, simplesmente.estabelecer um padrão ideal de relacionamento, esquecida da realidade objetiva das relações sociais, por outro lado não há como desvinculá-la do seu conteúdo ético inerente: a lei deveaproximar-se, o mais possível, do justo, do bom,do perfeito.
Nessa perspectiva, cremos que o divórcio exerce uma influência nefasta especialmente sobreas novas gerações, já meio sufocadas pelo marde relativismo e pelo caos moral reinante.
Rompido o principio da indissolubilidade docasamento, este passou a ser, ao menos na mentedas pessoas, passo menos sério, já que não necessariamente definitivo.
Isso faz com que os casais mais jovens, aoprimeiro vento de adversidade, recorram à solução aparentemente mais fácil e viável: a separação, muitas vezes trazendo emormes traumas para filhos ainda em tenra idade.
Ora, é certo que as dificuldades fazem parteda vida de qualquer casal, mormente nos temposdificeis em que vivemos. Não houvesse essa válvula de escape tão fácil, certamente os casaisprimeiro refletiriam melhor antes de se uniremem matrímônío.assumíndo, portanto, decisõesmais responsáveis; segundo, enfrentariam commaior empenho os problemas conjugais, alvando- quem sabe? - muitas vezes, a unidade familiar, atravessada a crise.
É evidente que esse componente educativo tenderia a produzir famílias mais estáveis, casais maisrealizados e filhos mais felizes. O drama de umlar que se desfaz é, talvez uma das experiênciasmais negativas, do ponto de vista psicológico, tanto para os cônjuges quanto para os filhos e parentes.
A legislação atual, embora a nosso ver, equivocada em sua essêncía, resguarda alguns dessesprincipios protetores da família, ao exigir o tempomínimo de dois anos de casamento para a separação judicial e de três anos para a conversão dodivórcio, prazos que objetivam dar ao casal oportunidade para refletir acerca de tão drástica decisão, e ao restringir a uma única vez a faculdadede requerer o divórcio, preservando um poucodo caráter educativo que a lei deve ter e evitando,ao mesmo tempo, confusão nas relações sociaise de parentesco, que certamente adviriam do divórcio livre.
Contudo, acreditamos que, como regra, comoprincípio geral, como padrão ideal para as pessoas e para a sociedade, a família deve constituir-se em tomo da união indissolúvel entre homem e mulher, ao assumirem tal compromisso.dão um testemunho maior de amor e de responsabilidade, proporcionando um ao outro felicidade, paz e satisfação, e aos filhos, segurança,harmonia e uma formação sadia.
A sociedade como um todo se fortalecerá, então, e teremos uma base sólida para edificarmosa grandeza desse País.
O SR. MARCOS UMA (PMDB - MG. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, a situação da Rede FerroviáriaFederal está adquirindo contornos inaceitáveispara nós, parlamentares que militamos na bancada do PMDB de Minas Gerais. A má gestãodo atual titular da empresa, Dr. Paulo Munhoz,traduzida na adoção de medidas ínconvementes,quer do ponto de vista político, quer do administrativo, não nos deixa outra alternativa senão solicitar ao Presidente da República o seu afastamento do cargo.
Representando o pensamento da maioria dabancada do PMDB de Minas Gerais, estamos reunindo dados capazes de demonstrar a falta deética administrativa que vem norteando as açõesdo Presidente da Rede Ferroviária Federal. Umdossiê circunstanciado será oportunamente oferecido às autoridades governamentais e à opiniãopública brasileira.
A demissão do Dr. Paulo Munhoz é um imperativo ditado pelo respeito e pelo zelo à coisa pública.Estamos certos de que a medida ora pleiteadamerecerá a devida consideração de S. Ex" o Sr.Presidente da República.
O SR. JÚLIO COSTAMILAN (PMDB- RS.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, damos continuidade hoje aostrabalhos de plenário da Assembléia NacionalConstituinte, cumpridas todas as etapas regimentais entre o primeiro e segundo turno de votações.A participação dos Srs. Constituintes na apresentação de emendas e destaques para as suas iniciativas foi das mais expressivas, tudo levando a crerque a partir desta data estaremos partindo decididamente para a conclusão dos trabalhos de elaboração constitucional, a fim de que o novo textoseja promulgado, como é desejo de toda a Nação,no mais breve tempo possível.
Estamos otimistas quanto a este aspecto. Cabeconsiderar, entretanto, as notícias de que parcelade Constituintes, no caso integrantes do que sedenominou "Centrão", estaria inclinada a adotarmanobras visando votar contra o projeto globalaprovado no primeiro turno, a exemplo do queteriam decidido já os representantes do PT. Seriade todo lamentável viesse a ocorrer tal comportamento, que, temos certeza, receberá o repúdioda Nação Pela sua total improcedência, falta dejustificativa e até mesmo de impatnotismo frenteao reclamo nacional de uma nova Constituição
É mdiscutivel a sensibãldade ao sentimento popular registrada desde o início dos trabalhos, querpela acolhida a inúmeras sugestões partidas depessoas do povo, mas principalmente pelo acolhimento de grande número de propostas popularesdevidamente encaminhadas com o apoiamentode milhares de assinaturas, e sobretudo peja apreciação, análise e deliberação dada a todas asquestões formuladas através daquelas iniciativas.Digna de destaque também a maneira como foielaborado o texto, desde as Subcomissões, Comissões temáticas, Sistematização e finalmenteo Plenário, onde aconteceu um dos mais notáveisfatos qual seja, o encaminhamento de grande número de acordos através de fusões de emendase a votação consagradora que se seguiu. Considerados todos estes aspectos e 'outros que poderiamser alinhados, toma-se incompreensível o comportamento anunciado, de que setores da Constituinte votarão contra o projeto global ao início
Julho de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NAOONAL CONSTITUINTE Terça-feira 26 11997
O SR. AMA(JRY M(JLLER (PDT - RS. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, as sandices de setores ultraconservadores, que não se conformam com osexercícios democráticos e com os tímidos avanços obtidos no primeiro tumo de votação da Assembléia Nacional Constituinte, unem-se maisuma vez para golpear as instituições e retardaro processo de institucionalização do País.
Essas vozes, que emergem dos túneis da opressão e da íntolerêncra, não discordaram dos acordos celebrados pelas lideranças partidárias e que
o SR. SIQ(JEIRA CAMPOS (PDC - GO.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,S!"" e Srs. Constituintes, o Ministro Rafael Mayer,Presidente do Supremo Tribunal Federal, concedeu Iimmar suspendendo os efeitos das leis estaduais de Goiás que criaram treze municípios, seisdos quais na área do futuro Estado do Tocantins.
A medida adotada pelo Presidente do STF atinge os Municípios tocantinenses de BernardoSayão, Caseara, Divinópolis, Marianópolis, NovoAlegre e Santa Rosa do Tocantms, cujos atos legais de criação foram suspensos e poderão seranulados, deflnítivarnente, na sessão de 3 deagosto próximo da mais alta Corte de Justiça doPaís.
Espero, no entanto, Sr. Presidente, que o STFnão chegue a decisão injusta contra os interessesdas populações daquelas comunidades do Estado.do Tocantins, porque, mesmo que correta taldecisão do ponto de vistajurídico,ela seria profundamente desastrosa sob o aspecto social, políticoe econômico, tais as magníficas condições queostentam as seis comunidades tocantinenses para se emanciparem.
Já que não posso decidir a questão e garantirde vez um resultado favorávelàqueles municípios,que estão sob séria ameaça de caírem, deixo aquiregistrado o compromisso que assumi de promover o restabelecimento da emancipação de Bernardo Sayão, Caseara, Divinópolis, Marianópolis,Novo Alegre e Santa Rosa do Tocantins, atravésda Assembléia Estadual Constituinte, com a criação do Estado do Tocantins, se o STF anular,agora, as leis que os criaram.
Com a certeza de que Deus todo-poderoso eo povo do Estado do Tocantins me elevarão àhonrosa condição de seu primeiro governador,conclamo os líderes políticos e os eleitores dosseis munícípros tocantinenses ameaçados a seprepararem para as próximas eleições municipais,a 15 de novembro de 1988, se mantidos os municípios pelo STF, ou a 15 de novembro de 1989,já que o governo do novo estado garantirá o seurestabelecimento, se eles caírem agora.
A permanência dos seis municípios é de fundamentaI importância para o Estado do Tocantins,eis que com as novas estruturas administrativasmunicipais poderemos levar a efeito os diversosprogramas do govemo estadual, que poderá gerarbenefícios para suas populações e promover umasoma muito grande de realizações que muito fortalecerão sua economia.
Aos habitantes de Bernardo Sayão, Caseara,Divinópolis, Marianópolis, Novo Alegre e SantaRosa do Tocantins, transmito minha solidariedadee meu apoio, dizendo-lhes que confiem em Deus,que tudo terminará bem.
Era o que tinha a dizer.
Sempre atento às exigências do mercado, oBanespa adotou entre suas prioridades a expansão da rede de agências e a reestruturação administrativa e operacional.
Logo, não podemos deixar de parabenizar adiretoria do Banespa pelos excelentes resultadosobtidos durante o ano de 1987, e fazemos votospara que a magnífica atuação se repita neste anode 1988, em benefício do povo paulista e brasileiro.
o SR. NOEL DE CARVALHO - (PDT RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr"se Srs. Constituintes, os jornais e a televisão notíctaram, há pouco, através de colunistas- revelando nítida matéria "plantada" intencionalmente - a existência de "parecer" da Consultona Geral da República - hoje o estranho e
O SR. FRANCISCO AMARAL (PMDB -SP. tenebroso laboratório das alquimias palacianasPronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, -em que se confere à SUFRAMA, órgão regional,Srs, Constituintes, dando continuação à brilhante o direito de sobrepor-se à política nacional deadministração Otávio Ceccato, assumiu a presi- informática, excepcionando e vulnerando assimdência do Banespa o seu vice-presidente, João a Leide Informática, uma das grandes conquistasde Oliveira, que, com dinamismo e decisão, pro- do povo brasileiro.cura seguir e levara efeito as diretrizesimprimidas Estranho parecer este, que subtrai poderes dapelo ex-presidente. Secretaria Especial de Informática (SEI) e afirma
O relatório da atual diretoria demonstra que ceder o interesse nacional às imposições de inte-o Banespa acompanhou as mudanças da conjun- resse regional. O saudoso Professor João Mangatura econômica e adotou, imediatamente, medi- beira, eminente homem público e figura destadas operacionais e administrativas não só para cada na Constituinte de 1934, chamara a essessuperar a posição já conquistada pelo Banco no leguleios de "juristas de veraneio", prontos ajustimercado, mas, principalmente, para garantir sua ficarem os desejos e manobras escusas do poder,rentabilidade e aprimorar ainda mais seus produ- usando de sua bem provida bateria de sofismastos e serviços. e silogismos de pé quebrado. Lavrado em janeiro
Com isso, os depósitos do Banespa registraram próximo passado, esse curioso parecer só agoraum aumento de 235,8% no ano, para uma evolu- veio,significativamente,a ser publicado no "Diárioção de 133,3% dos meios de pagamento no rnes- Oficial",coincidindo com o noticiárioorquestradomo período. Os depósitos a prazo cresceram e com as lamentáveis e tíbias declarações do Pre285,7% e os recursos repassados apresentaram sidente da República no exterior, quase pedindouma evolução de 397,4% com o Banespa con- desculpas pelo teor nacionalista da Lei de Iníorquistando o primeiro lugar como repassador de mática.recursos Finame. Esse notável desempenho pro- Apesar do que esta Constituinte decidiu quantoporcionou o lucro líquido anual de Cz$ 11.164 à preservação e ínstítucronalízação dessa política,milhões, o maior da década de 80, correspon- continuam ainda os mesmos grupos - comdendo a uma evolução de 725,1%, em valores apoio dos leguleios da Consultona Geral da Repúnqminaise91,2% em termos reais.Assim,a lucra- blica - a forcejar por miná-Ia, jogando agoratividade das ações Banespa atingiu 684% (PP) com o conflito entre a SEI e a SUFRAMA, quee 588,9% (ON), contra uma variação de 35% extravasam mero aspecto de desacordo entre re-do índice Bovespa. partições públicas para assumir o caráter de epí-
Em decorrência dos resultados obtidos e da sódio de um embate maior, entre o interesse nachamada de capital, o Banespa tomou-se uma cional e o de grupos que não hesitam em valer-seempresa capitalizada, capacitando-se a realizar dos bons propósitos da SUFRAMA, cuja existêncianovos investimentos. Dentro de sua função de todos apoiamos e desejamos ver refortalecida,agente do desenvolvimento econômico e social, em prol de uma Amazônia que, antes de tudo,e de acordo com a orientação do Governo Orestes é e deverá ser brasileira, e não um quisto internaQuércia, o banco íntensiflcou seus programas de cionalizador e desnacionalizador de nossa econo-apoio financeiro nas praças onde atua. mia.
A política implementada no âmbito do crédito Ninguém, porém, está dormindo, e uma provarural, por exemplo, contribuiu não só para o au- dessa vigilância cívica nos chega agora atravésmento da produção, mas também ateve-se ao da ação sempre presente do MovimentoBrasileirocunho social, garantindo níveis superiores a 30% de Informática (MBI) durante os trabalhos destaem suas aplicações aos mini, pequenos e médios Constituinte, contribuindo para esclarecer a muiprodutores. Cabe ainda registrar o lançamento tos de nós sobre este magno problema brasileiro,do Prêmio Banespa de Produtividade Agrícola, o do domínio da tecnologia, sem o qual ficaremoscom a participação de cerca de 1°milagricultores sempre .dependentes dos países estrangeirose produtores rurais do Estado, com o objetivo mais avançados e, portanto, a reboque da História.de estimular a produção. Os "juristas de veraneio" do laboratório da al-
No âmbito do desenvolvimento urbano, o ban- quimia palaciana que se acautelem, pois estamosco foi o principal repassador de recursos destina- atentos, assim como.o Conselho de Segurançados às áreas de saneamento básico, infra e supe- _ Nacional, que nesse capítulo da informática temrestruturas urbanas. prestado grande serviço ao País.
do segundo tumo, com o objetivo de anular todoo trabalho realizadoaté o momento, concorrendo,desta forma, para toda uma série de conseqüências que advirão de tal postura.
A Nação deseja ver concluída a nova Constituição, cuja elaboração foi iniciada em fevereirode 1987, nesta data iniciando-se o segundo turnode votação.
Desta tribuna endereçamos apelo a todos osSrs. Constituintes, para que, indistintamente, contribuam no sentido de que o povo brasileiropossavira festejar com seus representantes, dentro empouco, a promulgação tão esperada e desejadada nova Ccnstínnçêc do Brasil, num clima deentendimento, de patriotismo e de cooperaçãomútua, para juntos iniciarmos uma nova era dedesenvolvimento e de paz.
11998 Terça-feira 26 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NAOONAL CONSTITUINTE Julho de 1988
desaguaram na consagração de alguns direitosdo trabalhador brasileiro e na engenharia de umprojeto político capaz de devolver ao País sua própria soberania. Ontem, votaram a favor. Hoje, estranhamente, pretendem desonrar a palavra empenhada e jogar para as calendas gregas a votação do segunto turno, desrespeitando acintosamente a opinião pública e a própria inteligêncianacional.
Pertenço, Sr. Presidente, a uma geração queainda considera o fio de bigode um diploma dehonra e que, por isso mesmo, jamais deixará decumprir qualquer tipo de acordo, especialmentequando se trata de oferecer à sociedade brasileirauma nova Constituição, que traga em seu bojomecanismos eficazes no sentido de respeitar, integralmente, os direitos da pessoa humana e promover a reconstrução econômico-social do País.Sómesmo a irresponsabilidade de homens comoo Sr. José Lourenço, cujos compromissos espúrios com o poder econômico opressor são conhecidos, poderia justificar a tentativa de implodir ostrabalhos de elaboração constitucional e impedirque, afinal, o povo brasileiro conquiste novos espaços para a afirmação de suas prerrogativas fundamentais. Ou o Sr. José Lourenço não fala asério e blefa cinicamente, ou fala a sério e deixade ser um homem sério. Afinal, durante essesdezesseis meses de intenso trabalho, foram gastos incalculáveis recursos, que não caíram do céunem resultam de alguma alteração milagreira.Trata-se de dinheiro do povo faminto e esfarrapado, que sofreu e ainda sofre as conseqüênciasdesastrosas de um modelo econômico elitista,excludente e concentrador da riqueza. Não meparece lícito, pois, que todo esse trabalho e todoesse dinheiro sejam simplesmentejogados no lixoda História apenas porque o Sr. José Lourençoe sua corte de aduladores do Governo, do latifúndio, dos bancos e do capital estrangeiro desejamnegar ao povo o direito de ter uma nova Constituição.
Por isso, Sr. Presidente, quero manifestar o maisveemente repúdio a essas maquinações fascistas,que, pelo seu caráter autoritário, sequer representam o pensamento da bancada do PFL. Temos um compromisso com o povo e com a História, e vamos cumpri-lo, custe o que custar, doaa quem doer.
Por último, Sr. Presidente, desejo evocar otranscurso, hoje, do dia consagrado ao colonoe ao motorista. Para essas categorias profissionais, que tantos e relevantes serviços têm prestadoà Nação, não é um dia de festa. Na verdade, éum dia de luto e de luta. De luto, porque seusdireitos continuam sistematicamente esmagados;de luta, porque o bravo homem do campo e ocondutor da riqueza nacional não se conformamcom os rumos da vida brasileira. Querem e exigem transformações. E elas virão, certamente,com o sepultamento de manobras cínicas comoas do Sr. José Lourenço e com a construçãode uma nova e justa ordem econômica, sociale culturaL
Era o que tinha a dizer.
o SR. LáCIO ALCANTARA (PFL - CE.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, cumpro o doloroso dever departicipar a esta Casa o falecimento do professore historiador Raimundo Girão, ocorrido ontem,
em Fortaleza, depois de longa vida dedicada àcultura e à história do Ceará.
Membro da Academia Cearense de Letras edo Instituto Histórico do Ceará, foi o inspiradorda criação, no Govemo de Palácio Castelo e primeiro titular da Secretaria de Cultura.
Deixou Raimundo Girão numerosos livros, tratando sobretudo de temas cearenses, aos quaisse dedicou com invulgar eficiência.
Foi, ainda, prefeito de Fortaleza. Militouna política partidária, por pouco tempo, integrando aUDN, pela qual chegou a disputar cargos públicos.
O que mais chamava a atenção em RaimundoGirão era a lucidez, apesar da idade avançada,e a maneira como trabalhava sem cessar, escrevendo novos trabalhos e fazendo planos para produzir outros, sem se acomodar ou dar por concluída sua tarefa intelectual.
Trata-se, sem dúvida, de um grande desfalquepara a cultura cearense o seu desaparecimento.Conforta saber que seus trabalhos irão permanecer como símbolo da tenacidade de um homem voltado para as coisas do espírito com grande contribuição ao desenvolvimento cultural doCeará. Ficará também em nossa lembrança aimagem do cidadão exemplar e do chefe de umafarníha bem constituída, à qual pedimos seja comunicado o voto de pesar da Assembléia Nacional Constituinte.
O SR. FRANCISCO ROLLEMBERG(PMDB - SE. Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr Presidente, Srs. Constituintes, definido nasessão de 28 de junho último, desta Assembléia,o destino da Emenda n° 587, de minha autoria,mediante a qual pretendia restabelecer a verdadeira fronteira sul do Estado de Sergipe com aBahia, entendi ser também de meu dever, agora,fazer este retrospecto da luta que travei, semprecom o apoio da bancada constituinte sergipana,em favor dos melhores e mais altos interessesde nossa terra.
Trata-se, na verdade, de uma prestação de contas ao sergipano, que, independentemente desuas condições sociais, se mobilizaram unânimesem tomo de uma iniciativa que até por intuiçãosentiram ser justa e que, se tivesse obtido a maioria dõs votos desta augusta Assembléia, significaria nada mais, nada menos que a reparaçãode um estado de coisas inaceitável para Sergipe,sem embargo ou por isso mesmo de já vir etemizando-se por mais de um século.
Em sua singeleza, o texto da Emenda por mimsubmetido à deliberação da Constituinte era oseguinte:
"EMENDA N°2P00587-0Inclua-se o seguinte art. 61 ao Ato das Dis
posições Constitucionais Gerais e Transitólras do Projeto de Constituição (A), renumerando-se os demais:
Art 61. A superficie territorial do Estadode Sergipe é acrescida da área compreendida entre o rio Real, na divisa com o Estadoda Bahia, e o rio ltapicuru, que passa a constituir-se a linha divisória entre ambos os estados.
§ l° Os Municípios de Jandaíra, ltapicuru e Rio Real, localizados na área a que serefere estes artigo, passam a integrar o território do Estado de Sergipe.
§ 2° Para o atendimento do dispostoneste artigo, a legislação federal e estadualcompetente, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da promulgação destaConstituição, estabelecerá as modificaçõesque se fizerem necessárias à aplicação dosefeitos decorrentes."
Para que esse texto viesse a constar da novaCarta Magna brasileira percorremos, nós, da bancada de Sergipe, árduo caminho ao longo doprocesso constitucional. Primeiro, na Subcomissão dos Estados, onde, na reunião de 19 de maiode 1987, ou seja, no início dos trabalhos da Assembléia, materializamos o texto da Emenda, sobo n° 2BOI15-1. Na Comissão de Organização doEstado, nos dias 1° e 9 de junho do mesmo ano,sob os números, respectivamente, 200188-8 e250032-9, tivemos oportunidade de defender overdadeiro sentido de nossa proposição. Aindanesse mesmo mês de junho, no dia 29, voltamosa apresentar a emenda, desta vez sob o n°CSOO040-4,e novamente levantamo-nos por Sergipe na Comissão de Sistematização, mostrandoali as razões pelas quais a fronteira sul de Sergipedeveria ser restabelecida no rio ltapicuru. Finalmente, em 12 de janeiro último, agora com on° 2P00587-0, reapresentávamos no Plenário daConstituinte a questão dos limites territoriais sergio
, panos.Assim, Sr. Presidente, Srs. Constituintes, nada
menos de cinco tentativas fizemos, visando a inserir no texto constitucional, cujo segundo tumode votação se inicia, a correção de um flagranteesbulho de que tem sido vítima o povo de meuestado.
Perseguindo nosso objetivo, no período que vaide 1°de abril de 1987 a 30 de junho recém-findo,registram os Anais da Assembléia Nacional Constituinte, do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, um total de 37 pronunciamentos emprol da causa sergipana, dos quais 23 foram feitospor este orador, 9 pelo nobre Deputado DjenalGonçalves, 4 pelo nobre Senador Albano Francoe 1 pelo nobre Deputado José Queiroz.
Leio, a seguir, a relação desses pronunciamentos:
1 - DoSenador Francisco Rollemberg, na sessão da Assembléia Nacional Constituinte do dia1°-4-87, publicado no Diário da Assembléia Nacional Constituinte de 2-4-87. SUMÁRIO: propostade orador para a futura Constituição: Redivisãoterritorial de Sergipe e outros;
2 - Do Senador Francisco Rollemberg, na sessão da Assembléia Nacional Constituinte do dia26-5-87, publicado no Diário da Assembléia Nacional Constituinte de 27-5-87. SUMARIO: emendas oferecidas pelo orador a Subcomissões daAssembléia Nacional Constituinte sobre estabelecimento de garantias às fontes de energia renovável; proibição de acumulação remunerada decargos e funções; aumento da área terntorial doEstado de Sergipe; competência do CongressoNacional para opinar sobre compromissos internacionais negociados pelo Presidente da República; definição de cargos a serem exercidos porbrasileiros natos e naturalizados;
3 - Do Senador Francisco Rollemberg, na sessão da Assembléia Nacional Constituinte do dia4-6-87, publicado no Diário da Assembléia Nacional Constituinte de 5-6-87~ SUMARIO: focaliza
Julho de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONsmUINTE Terça-feira 26 11999
emenda apresentada perante a subcomissão dosEstados e a Comissão de Organização do Estado,restabelecendo no rio ltapicuru a antiga divisa entre Sergipe e Bahia;
4 - Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão do Senado Federal do dia 22-6-87, publicado no Diário do Congresso Nacional (11), de23-6-87. SUMÁRIO: justifica a emenda que restabelece, no rio ltapicuru, antiga divisão sul de Sergipe (com a Bahia), demonstrando que não setrata de reivindicação recente, mas pelo contrário,mais do que sesquicentenária do povo de Sergipe,com sólidos fundamentos histórico-jurídicos:
5 - DoSenador Francisco Rollemberg, na sessão da Assembléia Nacional Constituinte do dia30-6-87, publicado no Diário da Assembléia Nacional Constituinte de 1°-7-87. SUMÁRIO: retornaà reivindicação sergipana de ver sua divisa sulreposta no rio ltapicuru, mostrando seus fundamentos histórico-jurídicos;
6 - DoSenador Francisco Rollemberg, na sessão da Assembléia Nacional Constituinte do dia1°-7-87, publicado no Diário da Assembléia Nacional Constituinte de 2-7-87. SUMÁRIO: restabelecimento da área territorial original de Sergipe;
7 - Do Deputado Djenal Gonçalves, na sessãoda Assembléia Nacional Constituinte do dia1°-7-87, publicado no Diário da ANC de 2-7-87.SUMÁRIO: proposta da bancada sergipana na Assembléia Nacional Constituinte sobre restabelecimento da área territorial original do Estado deSergipe;
8 - DoSenador Francisco Rollemberg, na sessão da Assembléia Nacional Constituinte do dia16-7-87, publicado no Diário da Assembléia Nacional Constituinte do dia 17-7-87. SUMARIO:emenda apresentada pelo orador, ao Projeto deConstituição, relativa à devolução ao Estado deSergipe da área territorial apropriada pelo Estadoda Bahia;
9 - Do Senador Francisco Rollemberg, na sessão da Assembléia Nacional Constituinte do dia1°-8-87, publicado no Diário da Assembléia Nacional Constituinte do dia 2-7-87. SUMÁRIO: discussão do projeto de Constituição e defesa doslimites territoriais de Serpipe. Com apartes dosDeputados João Machado Rollemberg (PFL SE) e Mário Lima (PMDB- BA);
10-Do Deputado Djenal Gonçalves, na sessão da Assembléia Nacional Constituinte do dia4-8-87, publicado no Diário da Assembléia Nacional Constituinte do dia 5-8-87. SUMARIO: cartasdirigidas pela Bancada sergipana na AssembléiaNacional Constituinte à Comissão de Sistematização e aos Constituintess, em apoio a emendasdo Constituinte Francisco Rollemberg ao Projetode Constituição que visam ao restabelecimentodos limites entre os Estados de Sergipe e da Bahia. Ofício, no mesmo sentido, da Federação dasIndústrias do Estado de Sergipe. Artigos publicados no jornal "Gazeta de Sergipe": "Limites Sergipe Bahia", do jornalista Benvindo Salles deCampos Neto, e "Os Novos Estados do Brasil",do escritor Lauro Rocha de Lima;
lI-Do Senador Albano Franco, na sessãodo Senado Federal do dia 5-8-87, publicado noDiário do Congresso Nacional-li do Senado Federal do dia 6-8-87. SUMÁRIO: redivisão territorialdo País;
12-do Deputado Djenal Gonçalves, na sessão da Assembléia Nacional Constitwnte do dia
26-8-87, publicado no Diário da Assembléia Nacional Constituinte do dia 27-8-87. SUMÁRIO: repercussão favorável de emenda apresentada aoProjeto de Constituição pelo Constituinte Francisco Rollemberg, visando à reintegração ao território do Estado de Sergipe de áreas atualmentesob controle do Estado da Bahia. Matéria publicada pelo Jornal "Gazeta de Sergipe", intitulada"Lutador Incansável";
13 - Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão da Assembléia Nacional Constituinte dodia 2-9-87, publicado no Diário da AssembléiaNacional Constituinte do dia 3-9-87. SUMÁRIO:conjunto de emendas oferecidas pelo orador aoProjeto de Constituição: redivisão territorial deSergipe e outros;
14 - Do Deputado Djenal Gonçalves, na Sessão da Assembléia Nacional Constituinte do dia23-9-87, publicado no Diário da Assembléia Nacional Constituinte do dia 24-9-87. SUMÁRIO: restabelecimento dos antigos limites territoriais entreos Estados de Sergipe e da Bahia;
15-Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão da Assembléia Nacional Constituinte dodia 7-10-87, publicado no Diário da AssembléiaNacional Constituinte, do dia 8-10-87. SUMÁRIO:restabelecimento dos limites territoriais originaisdo Estado de Sergipe;
16 - Do Senadõr Francisco Rollemberg, naSessão da Assembléia Nacional Constituinte dodia 21-10-87, publicado no Diário da AssembléiaNacional Constituinte do dia 22-1 0-87. SUMÁRIO:participação em solenidade comemorativa daemancipação política de Sergipe. Discurso proferido pelo orador na oportunidade;
17 - Do Senador Albano Franco, na Sessãodo Senado Federal do dia 22-10-87, publicadono Diário do Congresso Nacional- 11 do SenadoFederal do dia 23-10-87. SUMÁRIO: homenagemao Senador Francisco Rollemberg, por ocasiãoda solenidade comemorativa da emancipação política de Sergipe;
18-Do Deputado Djenal Gonçalves, na Sessão da Assembléia Nacional Constituinte do dia10-11-87, publicado no Diário da Assembléia Nacional Constituinte do dia 11-11-87. suMÁRIO:artigos do jomalista Lauro Rocha de Lima, naGazeta de Sergipe: "A questão dos limites deSergipe e da Bahia" - "A Emenda de FranciscoRollemberg e do jornalista Benvindo Salles deCampos Neto no Jomal Correio de Propriá:Limites Sergipe-Bahia";
19-Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão da Assembléia Nacional Constituinte dodia 2-12-87, publicado no Diário da AssembléiaNacional Constituinte do dia 3-12-87. SUMARIO:sustentação de destaque à emenda de autoriado orador que visa a restaurar parcela dos antigosdomínios territoriais sergipanos limítrofes com oEstado da Bahia. Registros históricos, análise erelação dos líderes políticos e govemantes quese destacaram na defesa da causa;
20-Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão da Assembléia Nacional Constituinte dodia 13-01-88, publicado no Diário da AssembléiaNacional Constituinte do dia 14-01-88 SUMÁRIO:propostas do orador para a futura Constituição;
21-Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão da Assembléia Nacional Constituinte dodia 20-2-88, publicado no Diário da Assembléia
Nacional Constituinte do dia 21-2-88. SUMÁRIO:apoio do Plenário da Assembléia Nacional Constituinte à Emenda n° 2P00587-O, de autoria doorador, que visa a restaurar o limite geográficoentre os Estados de Sergipe e da Bahia. Requerimento de preferência para destaque;
22 - Do Senador Albano Franco, na Sessãodo Senado Federal do dia 23-2-88, pubhcado noDiário do Congresso Nacional - 1\ do SenadoFederal do dia 24-2-88. SUMÁRIO: aumento territorial do Estado de Sergipe;
23 - Do Deputado José Queiroz, na Sessãoda Câmara dos Deputados do dia 10-3-88, publicado no Diário do Congresso Nacional - I daCâmara dos Deputados do dia 11-3-88. sUMÁRIO: apoio à emenda do Senador Francisco Rollemberg, que restabelece a antiga divisa sul doEstado de Sergipe com a Bahia;
24 - Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão do Senado Federal do dia 5-4-88, publicado no Diário do Congresso Nacional - 11 doSenado Federal do dia 6-4-88. SUMÁRIO: opçãoda Constituinte pelo presidencialismo. Divisa dosEstados de Sergipe e Bahia;
25 - Do Deputado Djenal Gonçalves, na Sessão da Assembléia Nacional Constituinte do dia5-4-88, publicado no Diário da Assembléia Nacional Constituinte do dia 6-4-88. SUMARIO: manifestações de apoio da Assembléia Legislativa deSergipe e da Câmara Municipal de Aracaju aorestabelecimento no rio Itapicuru da divisa sul doEstado de Sergipe com a Bahia;
26 - Do Deputado Djenal Gonçalves, na Sessão da Assembléia Nacional Constituinte do dia26-4-88, publicado no DIário da Assembléia Nacional Constítumte do dia 27-4-88 SUMÁRIO: Requerimento encaminhado pela Câmara Municipalde Aracaju-SE, ao Presidente Ulysses Guimarães,em apoio à Emenda n° 587-0, de iniciativa doConstituinte Francisco Rollemberg, que trata derestauração da divisa sul do Estado de Sergipecom a Bahia. Editorial publicado pela Gazetade Sergipe sob o título "Forma de Luta". Ofíciodirigido pelo Constituinte Francisco Rollembergaos Constituintes, encarecendo apoio para suaemenda;
27 - Do Senador Francisco Rollemberg. naSessão da Assembléia Nacional Constituinte dodia 11-5-88, publicado no Diário da AssembléiaNacional Constituinte do dia 12-5-88. SUMÁRIO:a redivisão territorial do Pais. Correspondência eparecer do General Calazans, em 1932, ao Presidente da Comissão Mista de Limites;
28 - Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão da Assembléia Nacional Constituinte dodia 25-5-88, publicado no Diário da AssembléiaNacional Constituinte do dia 26-5-88. SUMÁRIO:restabelecimento da divisa sul entre os Estadosde Sergipe e Bahia no rio Itapicuru;
29 - Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão da Assemblêia Nacional Constituinte dodia 2-6-88, publicado no Diário da AssembléiaNacional Constituinte do dia 3-6-88. SUMÁRIO:integridade territorial do Estado da Bahia Devolução ao estado de parte do território baiano, bemcomo resposta à correspondência recebida doGovernador Waldir Pires;
30 - Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão do Senado Federal do dia 7-6-88, publicado no Diário do Congresso Nacional - 11 dodia 8-6-88. SUMÁRIO: esclarece emenda apresen-
12000 Terça-feira 26 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Julho de 1988
tada à Assembléia Nacional Constituinte sobreacréscimo de área ao Estado de Sergipe;
31 - Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão da Assembléia Nacional Constituinte dodia 10-6-88, publicado no Diário da AssembléiaNacional Constituinte do dia 11-6-88. SUMÁRIO:expectativa do povo sergipano em tomo da aprovação da emenda de autoria do orador que devolve ao Estado de sergipe área anexada ao Estado da Bahia;
32 - Do Deputado Djenal Gonçalves, na Sessão da Assembléia Nacional Constituinte do dia14-6-88, publicado no Diário da Assembléia Nacional Constituinte de 15-6-88. SUMÁRIO: transcrição nos Anais de carta dirigida, em 1932, peloGeneral José Calazans, 1o Presidente Constitucional de Sergipe, ao General Augusto de Villeroy,Presidente da Comissão Mista de Limites, sobrea questão dos limites entre Sergipe e a BahiaCartas do ex-Senador Passos Pôrto e do Constituinte Francisco Rollemberg aos Constituintes,em apoio à emenda que trata da maténa;
33 - Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão da Assembléia NaCional Constituinte dodia 17-6-88, publicado no Diário da AssembléiaNacional Constituinte do dia 18-6-88. sUMÁRIO:reintegração à organização político-administrativasergipana dos Municípios de Jandaíra, ltapicurue Rio Real, hoje integrantes do Estado da Bahia;
34 - Do Deputado Djenal Gonçalves, na Sessão da Assembléia Nacional Constituinte do dia22-6-88, publicado no Diário da Assembléia Nacional Constituinte do dia 23-6-88. SUMÁRIO: restabelecimento Constitucional da fronteira sul deSergipe com a Bahia;
35 - Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão da Assembléia Nacional Constituinte dodia 28-6-88, publicado no Diário da AssembléiaNacional Constituinte do dia 29-6-88. SUMÁRIO:encaminhamento da votação da emenda n°2P00587-0 relativa aos limites territonais de Sergipe com a Bahia;
36-Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão do Senado Federal do dia 30-6-88, publicado no Diárío do Congresso Nacional - 11 dodia 1°-7-88. SUMÁRIO: A esperança do Estadode Sergipe de conquistar seu histórico domínio!~eográfico, recompondo os limites do seu território, através da Comissão de RedMsão Territorial;e,
37 - Do Senador Albano Franco, na Sessãodo Senado Federal, do dia 30-6·88, publicadono Diário do Congresso Nacional - 11 do dia1"- 7 -88. SUMÁRIO: leitura da Emenda no2P00587-0, restabelecendo a linha divisória sulde Sergipe com a Bahia. Considerações históricas.
Neste momento, Sr. Presidente, Srs. Constituintes, quando faço esta síntese do que foi até agoraa luta da Bancada de Sergipe, na Constituinte,para reaver para o nosso Estado território indevidamente anexado ao da Bahia, quero louvar,agradecendo-lhes, como autor da Emenda, seu importante apoio, os nobres Constituintes que, nasessão de 28 de junho último, votaram favoravelmente a Sergipe. Nesta homenagem, que prestocomovido, permito-me destacar os sergipanoscujos nomes passo a enunciar: Deputado AcivalGomes, Senador Albano Franco, Deputado Cleonâncio Fonseca, Deputado Djenal Gonçalves, Deputado JOÊlo Machado Rollemberg, Deputado Jo-
sé Queiroz, Senador LourivalBaptista e DeputadoMessias Góis.
A esses nobres companheiros de bancada dirigi, no dia 29 de junho, carta de agradecimentocom o seguinte teor:
"Brasília,29 de junho de 1988Prezado conterrâneo:
Agradeço sua valiosa colaboração em defesa da Emenda rr 587, que sempre procurou restaurar os limites históricos de nossoquerido Estado.
Estou sensibilizado com sua inteira solidariedade neste momento tão importante paranossa terra.
Aqui continuo sempre à sua disposição.Atenciosamente,
Senador Francisco Rollemberg"
Os demais Constituintes que, embora não sendo sergipanos ou não integrando a bancada domeu Estado, votaram pela aprovação da nossaEmenda, foram os seguintes: Senador AfonsoSancho, Deputado Agripino de OliveiraLima, Deputado Albérico Cordeiro, Deputado Alércio Dias,Deputado ArtenirWemer, Deputado Assis Canuto,SenadorAureo Mello, Deputado Chagas Neto, Deputado Chico Humberto, Deputado FranciscoAmaral, Deputado Francisco Sales, DeputadoFurtado Leite,Deputado Gabriel Guerreiro, Deputado Geraldo Campos, Deputado Gerson Peres,Deputado Gustavo Faria, Senador Humberto Lucena, Deputado Iberê Ferreira, Deputado IsmaelWanderley, Deputado José Carlos Vasconcelos,Deputado José Dutra, Deputado José Maranhão,Deputado Lael Varella, Senador Leopoldo Peres,Senador Louremberg Nunes Rocha, DeputadoMaguito Vilela, Deputado Mauro Sampaio, Deputado Messias Soares, Deputado Nilson Sguarezi,Deputado Nilson Gibson, Deputado Nion A1bernaz, Deputado Orlando Bezerra, Senador RachidSaldanha Derzi, Deputado Roberto Rollemberg,Deputado Rodrigues Palma, Senador Ronan Tito,Deputado Stélio Dias, Deputado ViniciusCansanção.
A esses nobres companheiros que, como nóspróprios, sergipanos, perceberam o verdadeirosentido .sJe reparação que para Sergipe significavaa aprovação da Emenda, também enviei cartade agradecimento pelo seu gesto de compreensão, cujo teor é o seguinte:
"Brasília,29 de junho de 1988Prezado amigo:
Desejo manifestar ao eminente congressista reconhecimento pelo seu valioso votofavorávelà Emenda rr 587, que procurá restaurar a área territorial do meu querido Sergipe
Sensibilizou-me sua solidariedade nestemomento tão importante para o Estado quetenho a honra de representar.
Despeço-me, apresentando-lhe meusagradecimentos e colocando-me à sua inteira disposição.
Anteciosamente,Senador Francisco Rollemberg"
Sr. Presidente, Srs. Constituintes, por maioriade votos, não foi possível, ainda desta vez, a Sergipe recuperar território legitimamente seu. Sejacomo for, não nos sentimos derrotados, pois numa Assembléia integrada por 559 membros, esta-
vam presentes 387 Constituintes, dos quais 47votaram pela Emenda, 305 contra e 35 se abstiveram de votar. Creio que, melhor do que a nossaprópria interpretação dos fatos, esta noticia, publicada pela imprensa logo após a votação, e quepasso a ler, traduz os exatos termos da questão:
"Bahia não tem argumentos para contestar pleito de Sergipe por terras
Brasília - Para o Senador Francisco Rollemberg (PMDB - SE) , a representaçãoda Bahia não teve argumentos para contestaro pleito de Sergipe - afinal rejeitado naConstituinte - no sentido de reincorporarao seu território uma faixa de terra de 3 milquilômetros quadrados, na fronteira sul doEstado. Segundo o Parlamentar trata-se depequeno trecho da área que foi injustamenteapossada pela Bahia, ainda no século passado.
Francisco Rollemberg pôde fazer aquelaconstatação, segundo salientou, durante avotação da Emenda: possuindo a Bahia umarepresentação na Assembléia NacionalConstituinte composta de 3 Senadores e 39Deputados, o único orador a se declarar contrário à Emenda, por delegação da Bancadada Bahia, foi o Senador Nelson Carneiro(PMDB - RJ) representante do Riode Janeiro.
Aduziu,ainda, que Sergipe, pela índole doseu povo, propenso mais à reintegração queao divisionismo, e fiel à luta pela recomposição do seu território, por força da tenacidade dos seus representantes na AssembléiaNacional Constituinte, continua mantendo vlva a esperança de reconquistar seu históricodomínio geográfico, em continuação à suasecular luta travada contra a intransigênciae a injustiça.
Se a reintegração da área reclamada porSergipe não foi concretizada via Constituinte,Francisco Rollemberg disse esperar que amedida venha a se viabilizar a partir da criação da Comissão de DivisãoTerritoriaL"
No mesmo sentido é o excelente artigo de Leonardo Leite, intitulado "A luta Continua", publicado no Jornal da Cidade, editado em Aracaju,na edição de 16 do corrente:
"A LarA CONTÍNUALeonardo Leite
Encerrado o primeiro tumo da Constituinte, recomeça o processo do segundo comalguns sonhos desfeitos e outras conquistasconsolidadas, faltando, para se ter a Cartadefinitiva, a etapa em que só se pode apresentar emendas supressivas, ou aquelas paracorrigir omissão, erro, contradição ou imperfeição de linguagem. É na elaboração da peça a fase de "lixafina e verniz".
Assim, num processo bastante seletivo, as80.000 sugestões recebidas da população,triadas nas 69.000 emendas tramitadas nascomissões e subcomissões, que foram defendidas por mais de 15.000 discursos, chaga-se a esta fase, após elaborada a nova redação do Projeto de Constituição, necessitandoapenas dos retoques de 1.844 emendasapresentadas para este segundo tumo queora se inicia com grande expectativa.
Julho de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSmUINTE Terça-feira 26 12001
Da fase que se encerrou no primeiro turno,a única emenda que incluía o nome Sergipeno texto constitucional, para solucionaro clamor que nos chega através dos séculos, foirejeitada.
Era a pretensão do Senador Francisco Rollemberg reincorporar ao Estado de Sergipeuma pequena área de 3.000 krn",correspondente a três municípios tidos como anteriormente, pertencentes à capitania da qual seoriginou o estado: Jandaíra, ltapicuru eRio Real.
Entretanto, a questão não se encerra aí,dando-se por perdida a pretensão, muito pelocontrário. O posicionamento da AssembléiaNacional Constituinte foi de não decidir deimediato nenhum litígio de fronteira de-nenhuma unidade da Federação, limitando-seapenas a transformar em estados os Territórios Federais de Roraima e Amapá e reintegrar o Território de Fernando de Noronhaao Estado de Pernambuco, criando, também,o Estado do Tocantins, desmembrado deGoiás.
É importante ressaltar que a iniciativa doSenador sergipano teve muito eco naConstituinte que, embora se omitindo deresolver velhos litígios, aprovou emenda desua autoria, criando um dispositivo destinadoa resolver, a nívelnacional, os diversos litígiosainda existentes como herança histórica doprocesso de formação dos diversos estadosbrasileiros.
Areferida emenda do Senador Rollembergresultou na formulação do atual artigo 14e seu parágrafo único, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias:
"Art. 14. Será criada, dentro de noventadias da promulgação da Constituição, Comissão de Estudos Territoriais, com dezmembros indicados pelo Congresso Nacional e cinco pelo Poder Executivo, com a finalidade de apresentar estudos sobre o território nacional e anteprojetos relativos a novasunidades territoriais, notadamente na Amazônia legal e em áreas pendentes de solução. (grifo nosso).
Parágrafo único. No prazo de um ano,a Comissão submeterá ao Congresso Nacional o resultado de seus estudos para, nostermos da Constituição, serem apreciadosnos doze meses subseqüentes, extinguindose logo após."
Esta é, realmente, a grande oportunidadede se resolver definitivamente a questão secular de fronteiras entre os dois estados vizinhos e irmãos.
Admitamos que seja, até certo ponto, utópica a reconstituição originária do pequeninoEstado de Sergipe a partir da imensa Capitania de Sergipe D'EI Rei.Contudo, o Estadodeveria se antecipar em estudos e pesquisas de fontes históricas primárias, visando a reivindicar o perfil geográfico doSergipe republicano, que tínhamos reconhecido, inclusive pelo estado vizinho, atécerca de 1920, consignando-lhe uma áreade 39.090 km2
•
Não se precisaria recorrer a fontes externas, que remontam à nossa origem dealém-mar, para se conseguir uma resposta,
até hoje não dada, às indagações do SenadorRollemberg quanto à inexplicável reduçãodo território sergipano em 18.000 Jmtl nestas últimas décadas da República. De todaa polêmica levantada na documentação reunida pelo incansável parlamentar, este dadocontradítôrio é gritante e "misterioso".E curioso não se identificar repercussõesquando, de uma hora para outra, os "livros didáticos" passaram a divulgar umSergipe menor do que as publicaçõesoficiais de então, bem como registros emobras de CIrculação internacional, publicadasem, língua estrangeira.
E preciso justificar o esforço, a solidariedade e a sensibilização popular levantados pela luta do Senador Rollemberg, queteve o apoio unânime da Bancada sergipana na Constituinte, onde se manifestaram em diversos discursos o Senador Albano Franco, o Deputado Djenal Gonçalves, o Deputado José Queiroz, o Deputado Machado RoUemberg e, finalmente,pelo voto destes e todos os outros.
Seria extremamente oportuno que Sergipe se antecipasse na busca dos fatos,provas e explicações para dar suporteà arbitragem da futura Comissão, podendo o estado, desde já, criar uma comissão de pesquisadores, dentre estesum jurista, para reunir os elementos necessários à recuperação do espaço geográfico que lhe foi outorgado com o advento da República.
ABahia sempre adotou uma posição "protelatória" quanto ao arbitramento da questãode fronteiras. Não é justa a acampanha de"sloqans'' que se desenvolveu em termos deque "A Bahia não se dá", "Não ao dívísionlsmo", etc., porque nesta pendência o Estado de Sergipe não tem vocação "expansíonista" como querem alegar, o que é necessário é um acerto justo e uma definição claraquanto à "inexplicável" perda de mais de 113,ou mais de 30%, do território que o Estadopossuía no início do século.
o"Leonardo Leite. Professor, Economista, Assessor Legislativo do Senado Federal e colaborador de várias obras de pesquisa hrstóríca doCongresso Nacronal."
Sr. Presidente, Srs Constituintes, definido, como disse no início deste discurso, o destmo daEmenda de minha autoria, nos termos em quefoiapresentada, ponho agora rrunhas expectativas- e nisso estou certo de Interpretar o sentimentodo povo sergipano -, nos trabalhos a serem desenvolvidos pela Comissão de Redívrsão Territorial, criada na Sessão de 28 de junho por estaAssembléia. O texto aprovado em relação a essaComissão, resultante da fusão de duas Emendas,uma, a de n° 1437, do nobre Deputado Constituinte José Carlos Vasconcellos, e a outra, rr 586,por nós oferecida a esta augusta Casa, com aexpressiva votação de 307 votos a favor da constituição da Comissão, e 49 contra, com 18 abstenções, de um total de 374 parlamentares, essetexto permitirá ao Congresso Nacional, tão logose encerrem os trabalhos desta Assembléia, resolver as questões relativas às áreas pendentes desolução, como é o caso das divisas sul e oeste
do Estado de Sergipe. Assim ficou a redação dotexto consequente da fusão daquelas duas Emendas:
"Art. 14. Será criada, dentro de noventadias da promulgação da Constituição, Comissão de Estudos Territoriais, com dezmembros indicados pelo Congresso Nacional e CInCO pelo Poder Executivo, com a flnahdade de apresentar estudos sobre o territórionacional e anteprojetos relativos a novas unidades territoriais, notadamente na AmazôniaLegal e em áreas pendentes de solução.
Parágrafo único. No prazo de um ano,a Comissão submeterá ao Congresso Nacional o resultado de seus estudos para, nostermos da Constituição, serem apreciadosnos doze meses subseqüentes, extingumdose logo após."
Sr. Presidente, Srs. Constituintes, o Estado deSergipe e os sergipanos, aqui representados pelasua bancada, esperam que essa nova oportunidade de afinal se corrigir um erro e uma injustiçaseculares não será desperdiçada. Somos desdeJá gratos aos que votaram de forma tão marcante,como vimos, pela criação da mencionada Comissão.
Concluo lendo o Ofício n" 57/88, que, datadode 28 de Junho último, recebemos da Prol"Terezinha Oliva de Souza, Chefe do Departamentode Filosofia e História da Universidade Federalde Sergipe a propósito da documentação quelhe enviáramos relacionada com a questão doslimites entre os Estados de Sergipe e da Bahia:
"UNIVERSIDADE FEDERALDE SERGIPEDEPARTAMENTO DE fILOSOFIA E HIS
TÓRIA
Cidade Universitária Prof. José Aloisio deCampos, 28 de junho de 1988Of. n° 57/88
Exmo. Sr.:Através do Dr. Clóvis Barbosa o Departa
mento de Filosofia e Históriada UFS recebeudocumentação de V. Ex' sobre a propostade ampliação do território sergipano nos limites sul.
Encaminhada a documentação à Prol"Maria Thétis Nunes, para Parecer, por decrsãodo Conselho Departamental, o Departamento de Filosofia e História acatou por unanimidade o Parecer da Professora, que enviamosem anexo.
Na discussão do referido Parecer, surgiramopíruõesde que, além das razões de ordemhistórica, seria conveniente considerar a realidade sócio-econômica das populações daárea pretendida por Sergipe segundo propõeV. Ex', levando-se em conta as grandes l!gações que têm com o nosso Estado, o queas tornaria pretensamente interessadas noassunto.
Apoiando a iniciativa de V. Ex', apresentamos protestos de alevada estima e distintaconsideração.
Prol"Terezinha Oliva de SouzaChefe do Departamento de Filosofia e His-
tóriaAoExmo. Sr.Senador Francisco Rollemberg."
12002 Terça-feira 26 DIARIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL. CONSTITUINTE Julho de 1988
Sr. Presidente, a luta dos sergipanos em favorda recuperação de parte de seu território não ter- .minou com a votação da emenda por nós oferecida a esta Assembléia. Haveremos de continuála, povo e Governosergipanos, unidos e convictosde que estamos travando o bom combate, deque estamos buscando o restabelecimento daverdade e de que lutamos por uma causa realmente justa.
Era o que tinha a dizer.
A SRA. ABIGAIL FEITOSA(PSB- BA. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Sr'" e Srs. Constituintes, as forças reacionárias,os setores retrógrados e as aves agourentas estãonovamente mobilizadas para anular pequenosavanços e conquistas sócio-econômicos decididos soberanamente pela Assembléia Constituinte.O desespero desses setores é maior por saberemque, se não nos conseguiram dobrar no primeiroturno de votação, agora será ainda mais difícilreunir 280 Constituintes dispostos a desfazer oque está feito. O desespero é ainda maior, Sr.Presidente, porque esses segmentos reacionáriossentem que a sociedade está mobilizadaem tomoda manutenção daquelas conquistas e que atémesmo no empresariado já começam a sentir-seos ventos mudanclstas.
Sou da opinião, de que toda essa campanhapara anular tais dispositivos de nada adiantará,eis que o lobby das multinacionais e de setoresretrógrados do empresariado nacional não passade mero jus spemeandi daqueles que já se senotem derrotados.
Esses empresários deveriam mirar-se no comportamento do seu colega paulista Ricardo Semler, que pr<!ga a eficiência em suas empresas enão quer "mamar" nas tetas do Governo ou viverde anistias e favores fiscais. Ou, então, deveriamter como exemplo a Câmara Brasileira das Empresas de Capital Nacional, que, nesta quarta-feira, no AuditórioNereu Ramos, estará reunida comParlamentares que integram a Frente Nacionalistapara estudar uma forma de combater o lobbydas multinacionais.
São exemplos que provam a existência de muíta coisa nova neste País. Só os cegos não o estãovendo.
A SRA. ANNA MARIA RATrES (PMOB RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) - SI"'" e Srs.Constituintes, sob intervenção do Banco Centraldesde 26 de fevereirode 1987, o Banco do Estadodo Rio de Janeiro - BaneIj, retornou, após umano e três meses, ao controle do Governo estadual.À época, o próprio GovernadorMoreiraFranco apoiou a medida, como forma de promovero saneamento financeiro do Banco, cujos débitos,em valores do ano passado, chegavam a 127bilhões de cruzados.
Durante o periodo em que esteve sob intervenção, o Conselho Diretor do banco teve dois presídentes. O primeiro, Adolpho Oliveira, em apenaspouco mais de dois meses no cargo propôs aprivatizaçãç da instituição. Seu substituto, Eduardo da SilveiráGomes Júnior, propôs uma reformaadministrativa,sendo que em junho último, demítiu 300 funcionários e anunciou o fechamentode algumas agências. Embora não homologadas,as dispensas chegaram a 648 e aumentaram oclima de insegurança entre os mais de 16 milfuncionários.
A partir daí, com a decidida participação doSindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, daAssociação dos Funcionários do Banerj e de outras entidades associativas dos bancários em gerale dos funcionários do Banerj, especificamente,deflagrou-se um processo de pressão, para quea intervenção fosse suspensa. No dia 15, coma posse do então Secretário Estadual de Fazenda,Dr.Jorge Hilário Gouveia Vieira, na sua presidência, o Banerj, ainda que parcialmente, volta a sergerido pelas autoridades locais.
A medida, como não poderia deixar de ser,foi recebida com entusiasmo, pelos funcionários,e com esperança, pela população. Afinal, com227 agências no Pais, das quais 165 no Estadodo Rio, o Banerj desempenha importante papelna econorma regional, quer por sua condição demola propulsora do mercado aberto e de instrumento para o mercado financeíro, quer comobanco estatal com finalidade social.
Nesse sentido, aliás, cumpre destacar as primeiras manifestações do seu novo presidente.
Homem do seu tempo, o Dr, Hilário Gouveiaimplantou na Secretaria de Fazenda um novo sistema de fiscalizaçãocom o auxilio da informática.Segundo afirmou, além de agilizar as medidasinovadoras necessárias à adaptação do banco àsexigências do mercado, pretende transformar oBaner] no que chamou de "banco total", capazde atender a todos, mas sem vinculação à finalidade do lucro pelo lucro.
Dando uma demonstração inequívoca de suapreocupação com o social, o novo presidente eo govemador Moreira Franco anunciaram a reintegração dos 648 demitidos em seus cargos. Ogesto da nova diretoria calou fundo entre os funcionários, que já anunciaram a sua retribuiçãoatravés de "amplo esforço (...) para que o Banerjatenda, no menor lapso de tempo e na maiorescala possível, aos anseios de assistência dosprodutores, comerciantes e empreendedores detodo o Estado fluminense..."
Assim, Sr'" e Srs. Constituintes, faço o registrodo final da intervenção no Banerj, por entenderque isto significa mais que a volta à normalidadena administração de uma das mais tradicionaisinstituições financeiras do País, eisque uma vitóriados seus milhares de funcionários e dos seusmilhões de usuários. Em particular, fica o reconhecimento à segurança e determinação do Governador Moreira Franco, cuja sensibilidade política fez-se notar nos momentos mais difíceis. OBanerj não está mais sob intervenção do BancoCentral, não foiprivatizadoe a injustiçadas demissões injustificáveis reparada a tempo.
Que o fato sirva, no futuro, de exemplo parasituações semelhantes.
O SR. JORGE OEQUED (pMDB - RS. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,SI"'" e Srs. Constituintes, a aprovação, no primeiroturno da Constituinte, do capítulo referente à assistência social e à saúde consagrou a criaçãoda seguridade social no Brasil,Trata-se de avançosignificativo, pois aumenta a receita nessa áreae criou novos direitos para os trabalhadores eaposentados. No entanto, agora forças conservadoras e reacionárias pretendem, no segundo turno, suprimir tais avanços e conquistas dos trabalhadores e da sociedade.
A Assembléia Nacional Constituinte demonstrou que pretende construir um Brastl para todos,não para meia dúzia de privilegiados. Por isso,manter-se o texto aprovado no primeiro turno significa atender às expectativas de um novo Brasil,de uma nova ordem social, que virá a aprimorara qualidade de vida de uma sociedade que nosúltimos 20 anos teve a Previdência Social liquidada pelo descalabro administrativo,pela incompetência gerencial, pela evasão de recursos e pelainiqüidade dos proventos pagos a aposentadosepensionistas.
O texto aprovado deve ser mantido, pois vaiconsolidar a seguridade social num pais moderno.
Os recursos previstos para cumprir os compromissos assumidos estão à altura de suas necessidades, e a maneira democrática de gerir a Previdência Social - com participação de trabalhadores, aposentados e empresários na gestão dosnegócios da entidade - impedirá que se utilizemos recursos da seguridade social para campanhaspolíticas, promoções pessoais ou prática de atosleSIVOS aos interesses dos trabalhadores e dosaposentados.
Por isso nosso trabalho visa fazer prevalecero texto aprovado no primeiro turno, Impedindoas manobras dos que, sem uma visão realistada sociedade brasileira,pretendem reduzir os benefícios aprovados para os trabalhadores e aposentados e a receita da Previdência Social.
Esse será um trabalho intenso, mas temos acerteza da vitória, dado o ménto da matéria emjogo.
Era o que tinhamos a dizer.
Durante o discurso do Sr. Constituinte Jorge (Iequed; o Sr.Mauro Benevides, PrimelroVice-Presidente, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. (J/ysses Guimsrées, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Peço aos Srs. Constituintes que ocupem seus lugares Vamos fazer a verificação de quorum.Quem estiver fora do plenário, aqui compareça,para que se proceda ao registro das presenças.
(Procede-se à verificação.)
O Sr. Antônio Câmara -Sr. Presidente, peçoa palavra, pela ordem
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) Tem V. Ex' a palavra.
O SR. ANTÔNIO cÂMARA (PMDB - RN.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,gostariade registrar minha presença, eis que meu nomenão consta do painel.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)-V. Ex' será atendido.
O Sr. Cunha Bueno - Sr. Presidente, peçoa palavra, pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) Tem V. Ex' a palavra
O SR. CUNHA BUENO (pDS - SP. Semrevisão do orador.) -Sr. Presidente, desejo esclarecer que na última reumão das Lideranças, naqual tive o prazer de representar meu partido,o PDS,ficoucombinado que as próximas sessões,com exceção desta, já convocada, terão inícioàs 13h30min. A primeira hora será destinada ao
Julho de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NAOONAL CONSTITUINTE Terça-feira 26 12003
tradicional "Pinga Fogo" e às 14H30min teremosa verificação de quorum.
Gostaria de saber se permanece o acordo.Ao mesmo tempo, desejana que V. Ex' infor
masse sobre o novo horário de funcionamento,uma vez que às sexta-feiras não haverá sessõesda Assembléia Nacional Constituinte.
Esta a solicitação que faço a V. Ex", uma vezque do acordo das Lideranças muitos não participaram.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)-V.Ex" tem razão. Na reumão da semana passada,acordou-se que o início das sessões seria às13h30min e que às 14h30min procederíamos àverificação de quorum. Hoje não a fizemos porque esta sessão já estava convocada para às14h30min. Ao final, anunciarei que a sessão deamanhã e as posteriores começarão às 13h30mino
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Está encerrada a verificação de quorum. Presentes 230 Srs. Constituintes. Não há número.
REGISTRARAMPRESENÇA OS SRS. CONSTfTallYTES
Presidente: Ulysses GuimarãesAbigail Feitosa - Adroaldo Streck - Adylson
Motta - Aécio de Borba - Agripino de OliveiraUma - Albano Franco - Albérico Cordeiro Alceni Guerra - Aldo Arantes - Alércio Dias- Alexandre Costa - Almir Gabriel - AluízioCampos - Amaral Netto - Amaury Müller Ângelo Magalhães - Anna Maria Rattes - Annibal Barcellos- Antônio Câmara ---;- Antônio Carlos Konder Reis - Antônio de Jesus - AntonioGaspar - Antonio Mariz - Amaldo M~rtins Amaldo Prieto - Artur da Távola - Atila Lira- Basílio Víllani - Benedicto Monteiro - Benedita da Silva - Bernardo Cabral - Beth Azize- Bocayuva Cunha - Bonifácio de Andrada Brandão Monteiro - Cardoso Alves - CarlosChiarelli - Carlos Cotta - Carlos Sant'Anna Carrel Benevides - Cássio Cunha Lima - Céliode Castro - Celso Dourado - Chagas Rodrigues- Christóvam Chiaradia - Cid Sabóia de Carvalho - Cláudio Ávila - Cunha Bueno - DarcyDeitos - Darcy Pozza - Daso Coimbra - DelBosco Amaral - Délio Braz - Dionisio Dal Prá- Dirce Tutu Quadros - Domingos Leonelli Doreto Campanari - Edme Tavares - EdmilsonValentim - Eduardo Bonfim - Eduardo Jorge- Egídio Ferreira Uma - Elias Murad - ElielRodrigues - Eraldo Tinoco - Euclides Scalco- Eunice Michiles - Evaldo Gonçalves - Expedito Machado - Fausto Rocha - Fernando Bezerra Coelho- Femando Gasparian - FernandoGomes - Femando Lyra - Fernando Santana- Firmo de Castro - Florestan Fernandes Francisco Amaral- Francisco Carneiro - Francisco Küster - Francisco Rollemberg - Francisco Rossi - Francisco Sales - Gabriel Guerreiro - Gastone Righi - Geovani Borges\" Geraldo Alckmin Filho - Gerson Peres - GidelDantas - Gumercindo Milhomem - HaroldoLima - Henrique Córdova - Homero Santos- Humberto Souto-Iberê Ferreira -InocêncioOliveira-Irma Passoni -Israel Pinheiro -JallesFontoura - Jamil Haddad - Jarbas Passarinho- Jayme Paliarin-Jesus Tajra -João Agripino- João Calmon - João Machado Rollemberg
-João Menezes -João Paulo -Joaquim Bevílacqua -Jofran Frejat -Jorge Arbage -JorgeHage-JorgeMedauar-Jorge Uequed-JorgeVianna - José Agripino - José Costa - Joséda Conceição-José Fernandes -José Fogaça- José Genoíno - José Geraldo - José Jorge- José Uns - José Lourenço - José Luiz deSá - José Moura - José Queiroz - José Richa- José Thomaz Nonô - José Tinoco - JoséYunes - Júlio Costamilan - Jutahy Magalhães- Koyu lha - Lélio Souza - Leur Lomanto- Lídice da Mata - Lourival Baptista - LúcioAlcântara - Luís Eduardo - Luís Roberto Ponte- Luiz Alberto Rodrigues - Luiz Inácio Lula daSilva - Luiz Marques - Luiz Salomão - LuizViana - Lysâneas Maciel - Maguito Vilela Mansueto de Lavor - Manuel Viana - MarceloCordeiro - Marcos Uma - Maria de LourdesAbadia - Mário Covas - Mário Maia - MarlucePinto - Maurício Correa - Mauricio Nasser Maurilio Ferreira Uma - Mauro Benevides Mauro Borges - Mauro Sampaio - Meira Filho- Mendes RIbeiro - Michel Temer - MiltonBarbosa - Nelson Aguiar - Nelson Carneiro- Nelson Jobim - Nelson Seixas - NelsonWedekin - Ney Maranhão - Nilso Sguarezi Nyder Barbosa - Octávio Elísio - Olívio Dutra- Oscar Corrêa - Osvaldo Bender - OswaldoTrevisan - Ottomar Pinto - Paes Landim Paulo Delgado - Paulo Macarini - Paulo Paim- Paulo Ramos - Pedro Ceolin - Pimenta daVeiga - Plínio Arruda Sampaio - Plínio M","rtins- Pompeu de Sousa - Raimundo Ura - RaquelCapiberibe - Renato Bernardi - Ricardo Izar- Rita Camata - Roberto Brant - Roberto Campos - Roberto Freire - Robson Marinho -'- Ronan Tito - Rospide Netto - Ruben Figueiró Ruberval Pilotto - Ruy Nedel - Sandra Cavalcanti - Saulo Queiroz - Sérgio Spada- SeveroGomes - Sigmaringa Seixas - Simão Sessim- Siqueira Campos - Telmo Kirst - UbiratanAguiar - Ulysses Guimaráes - Valmir Campelo- ValterPereira - Vasco Alves- VictorFaccioni- Victor Fontana - Vilson Souza - Virgildásiode Senna - Virgílio Galassi - Vitor Buaiz Vivaldo Barbosa - Vladimir Palmeira - WaldekOrnélas - Waldyr Pugliesi - Wilson Martins.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimaráes) Vem à Mesa e vai à publicação a seguinte comunicação:
Sr. Presidente,Solicitamos que registre nossas presenças, por
não terem sido registradas no painel eletrônicoBrasília - DF, 25 de julho de 1988.01 - Leopoldo Peres02 - Sólon Borges dos Reis03 -Artenir Werner04-Alysson Paulinelli05 - Moema São Thiago06 -Jairo Carneiro07 - Carlos Alberto Ca608-José Egreja09 - Benito Gama10- Nion Albernaz11 - Césár Maia12-Roberto Augusto13 - Walmor de Luca14 - Aírton Cordeiro15 - Denisar Ameiro16 - Hermes Zaneti
17 - Mello Reis18-Nelton Fnedrich19-Geovah Amarante20 - MeSSiaS Gois21 -'-Alexandre Puzyna22 - WIlma Maia23 - Lavoisíer Maia24-Pompeu de Toledo25 - Áureo Mello26 - Hélio Manhães27 - Tadeu França28 - Mauro Miranda29 - Levy Dias30 - Noel de Carvalho31 - Lael Varella32 - Ervin Bonkoski33 -Arnaldo Faria de Sá34-Miro Teixeira35-Fernando Henrique Cardoso.
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Convoco sessão para amanhã, às 13h30min. Naqualidade de Presidente. peço aos Srs. Líderesque sohcitem encarecidamente, por todos osmeios possíveis, a presença dos Srs. Constituintesna sessão de amanhã. A Mesa Irá proceder destaforma
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Após a verificação de quorum, comparecerammais os Srs:
Michel Temer - PMDB; Olívio Dutra - PT;Roberto Campos - PDS; Vasco Alves - PSDB;Wilson MartinS- PMDB.
Seção de Atas, 26 de julho de 1988.
V - ENCERRAMENTOO SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)
Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão.
DEIXAM DE COMPARECER OS SENHORES:
AcivalGomes - PMDB;Adauto Pereira - PDS;Adhemar 'de Barros Filho - PDT; AéCIO Neves- PMDB; Afif Domingos - PL; Afonso Arinos- PSDB; Afonso Sancho - PDS; Agassiz Almei-da - PMDB; Aírton Sandoval - PMDB;AlaricoAbib - PMDB; Albérico Filho - PMDB; AloisioVasconcelos - PMDB; Aloysio Teixeira - PMDB;Aluizio Bezerra - PMDB; Álvaro Antônio PMDB; Álvaro Valle - PL; Amilcar Moreira PMDB;Antero de Barros - PMDB;Antônio Britto- PMDB;Antônio Carlos Franco - PMDB;Antaníocarlos Mendes Tliarne - PFL;Antonio Perosa- PSDB; Antonio Salim Curiati - PDS; AntonioUeno-PFL;Amaldo Faria de Sá -PMB; ArnaldoMoraes - PMDB;Amold Fioravante - PDS;Arolde de Oliveira- PFL; Asdrubal Bentes - PMDB;Assis Canuto - PFL; Augusto Carvalho - PCB;Bezerra de Melo - PMDB; Bosco França PMDB;Carlos Alberto - PTB; Carlos Benevides- PMDB;Carlos Cardinal-PDT;Carlos Mosconí- PSDB; Carlos Vinagre - PMDB;Carlos Virgílio- PDS; César Cals Neto - PDS; Chagas Duarte- PFL; Chagas Neto - PMDB;Cleonâncio Fon-seca - PFL; Costa Ferreira - PFL; Cristina Tavares - PSDB; Dálton Canabrava - PMDB; DaviAlvesSilva - PDS; Delfim Netto - PDS; DionísioHage - PFL; Dirceu Carneiro - PMDB; DjenalGonçalves-PMDB;DomingosJuveoil-PMDB;Edésio Frias - PDT; Edivaldo Holanda - PL; -
12004 Terça-feira 26 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Julho de 1988
Eduardo Moreira - PMDB; Eliézer Moreira PFL; Enoc Vieira- PFL; Eraldo Trindade - PFL;Eríco Pegoraro - PFL;Etevaldo Nogueira - PFL;Ezio Ferreira - PFL; Fábio Raunheitti - PTB;Farabulini Júnior - PTB; Fausto Fernandes PMDB; Felipe Cheidde - PMDB; Felipe Mendes- PDS; Feres Nader - PTB; Fernando Cunha- PMDB; Fernando Velasco - PMDB; Flavio Pal-mier da Veiga- PMDB;Aávio Rocha - PL;Floriceno Paixão - PDT; França Teixeira - PMDB;Francisco Benjamim - PFL; Francisco Coelho- PFL; Francisco Diógenes - PDS; FranciscoDornelles - PFL; Francisco Pinto - PMDB; Furtado Leite -PFL; Gandi Jamil - PFL; GenebaldoCorreia - PMDB;Genésio Bernardino - PMDB;Geraldo Bulhões - PMDB; Geraldo Campos PSDB; Geraldo Melo - PMDB; Gerson Camata- PMDB;Gerson Marcondes - PMDB;GilCésar- PMDB; Gonzaga Patriota - PMDB; Gustavode Faria - PMDB; Harlan Gadelha - PMDB;Haroldo Sabóia - PMDB; Hélio Costa - PMDB;lio Rosas - PMDB; Henrique Eduardo Alves PMDB;Heráclito Fortes - PMDB; Hilário Braun-PMDB; Humberto Lucena -PMDB; IrajáRodrigues - PMDB; Iram Saraiva - PMDB; IrapuanCosta Júnior - PMDB; Ismael Wanderley PMDB; Itamar Franco-; IvoCersósimo-PMDB;Ivo Lech - PMDB; Ivo Mainardi - PMDB; IvoVanderlinde - PMDB;Jacy Scanagatta - PFL;Jairo Azi- PDC;Jayme Santana - PSDB;JesséFreire - PFL;Joaci Góes - PMDB; João CarlosBacelar - PMDB; João Castelo - PDS; JoãoCunha - PMDB; João da Mata - PDC; JoãoHerrmann Neto - PMDB; João Lobo - PFL;João Natal- PMDB;João Rezek - PMDB;Joaquim Francisco - PFL; Joaquim Hayckel PMDB;Joaquim Sucena - PTB; Jonas Pinheiro- PFL; Jonival Lucas - PFL; Jorge Bornhausen-PFL;Jorge Leite -PMDB;José Carlos Grecco- PSDB; José Carlos Martinez - PMDB; JoséCarlos Sabóia - PSB; José Carlos Vasconcelos- PMDB; José Elias - PTB; José Freire PMDB;José Guedes - PSDB; José Ignácio Ferreira - PMDB; José LuizMaia- PDS;José Maranhão - PMDB; José Maria Eymael- PDC;JoséMaurício - PDT;José Melo- PMDB;José Mendonça Bezerra - PFL;José Paulo Bisol - PSDB;José Santana de Vasconcellos - PFL;José Tavares - PMDB; José U1ísses de Oliveira - PMDB;José Viana - PMDB;Jovanni Masini - PMDB;Juarez Antunes - PDT; Júlio Campos - PFL;Leite Chaves - PMDB; Leopoldo Bessone PMDB; Lezio Sathler - PMDB;Louremberg Nunes Rocha - PTB; Lúcia Braga - PFL; LúciaVânia- PMDB; LuizFreire - PMOB; LuizGushiken - PT; Luiz Salomão - PDT; Luiz Soyer PMDB; Luiz Viana Neto - PMDB; Maluly Neto- PFL; Manoel Castro - PFL; Manoel Moreira- PMDB;Manoel Ribeiro - PMDB;Márcio Braga-PMDB; Márcio Lacerda -PMDB; Marco Maciel-PFL; Marcondes Gadelha-PFL;Marcos QueI-roz - PMDB;Maria Lúcia - PMDB;Mário Assad- PFL; Mário Bouchardet - PMDB; Mário deOliveira - PMDB; Mário Uma - PMDB;MattosLeão - PMDB; Maurício Campos - PFL; Maurício Pádua - PMDB;Mauro Campos - PSDB;MaxRosenmann - PMDB;Melo Freire - PMDB;Mendes Botelho - PTB; Messias Soares - PTR;Milton Uma - PMDB;Milton Reis - PMDB; Miraldo Gomes - PMDB; Moysés Pimentel PMDB; Mussa Demes - PFL; Myrian Portella -
PDS; Nabor Júnior - PMDB; Naphtali Alves deSouza - PMDB;Narciso Mendes - PDS; NestorDuarte - PMDB; Odacir Soares - PFL; OlavoPires - PTB; Onofre Corrêa - PMDB; OrlandoBezerra - PFL; Orlando Pacheco - PFL; OsmarLeitão - PFL; Osmir Uma - PMDB;OsmundoRebouças - PMDB;Osvaldo Coelho - PFL; Osvaldo Macedo - PMDB; Osvaldo Sobrinho PTB; Oswaldo Almeida - PL; Paes de Andrade- PMDB;Paulo Marques - PFL; Paulo Pimentel- PFL; Paulo Roberto - PMDB; Paulo RobertoCunha - PDC; Paulo Zarzur - PMDB; PedroCanedo- PFL;PercivalMuniz- PMDB;Raimundo Bezerra - PMDB; Raimundo Rezende PMDB; Raquel Cândido - ; Raul Belém PMDB; Raul Ferraz - PMDB; Renan Calheiros- PSDB; Renato Johnsson - PMDB;Renato Vianna - PMDB; Ricardo Fiuza - PFL; Rita Furtado- PFL; Roberto Balestra - PDC; Roberto O'Ávila- PDT;Roberto Jefferson - PTB; Roberto Torres- PTB; Roberto Vital- PMDB;Ronaldo Aragão- PMDB; Ronaro Corrêa - PFL; Rosa Prata -PMDB; Rose de Freitas - PSDB; Rubem Branquinho - PMDB; Rubem Medina - PFL; RuyBacelar - PMDB; Salatiel Carvalho - PFL;SamirAchôa - PMDB;Santinho Furtado - PMDB; Sérgio Brito - PFL;Sérgio Wemeck - PMDB;SílvioAbreu - PSDB; Sotero Cunha - PDC; StélioDias - PFL;Teotonio VilelaFilho - PMDB;Theodoro Mendes - PMDB;Tito Costa - PMDB; Ubiratan Spinelli - PDS; U1durico Pinto - PMDB;Vicente Bogo - PSDB; Vieira da Silva - PDSVingt Rosado - PMDB; Vinicius Cansanção PFL; Virgílio Guimarães - PT; Wagner Lago PMOB;Ziza Valadares - PSOB.
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ~ncerro a sessão, designando para a de amanhã,as 13 horas e 30 minutos, a seguinte
ORDEM DO DIAVotação, em segundo turno, do Projeto de
Constituição.
(Encerra-se a sessão às 15 horas e 33 minutos.)
ATO DA MESA N° 26188
Estende ao Gabinete da Uderança doPSD, dlsposftiV05 do Ato da Meu no14,de 19 de maio de 1987.
A Mesa da Assembléia Nacional Constituinte,no uso de suas atribuições, resolve:
Art. lo Aplica-se ao Gabinete da Liderança doPSD o disposto no Ato da Mesa n- 14, de 19de maio de 1987, observados os seguintes limites:
1 Supervisor de NívelSuperior1 Secretário Particular1 Assistente de NívelMédioParágrafo único. As indicações serão feitas
pela Liderança ao Primeiro-Secretário, que as encaminhará ao Diretor--Geral da Câmara dos Deputados.
Art. 2· Este Ato entra em vigor na data desua publicação.
Sala das Reuniões, 13 de julho de 1988.- 0J:ys5e5 Guimaries, Presidente da Assembléia Nacional Constituinte.
ERRATAS
No DANC de 1°-3-88, página 7810, coluna02, república-se por ter saído com incorreção.(DANC n° 193.)
Na pág. 7810 (coluna 02)Onde se lê:
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)-V. Ex" poderá fazer essa referência em caráterparticular, poruqe sabe da amizade que tenhopelo nobre Constituinte. Eu Q receberei no meugabinete na hora que quiser.
O SR. ROBERTO FREIRE - Mas é importante que, a Casa tome conhecimento, para nãoficar uma questãOlPivada entre nós dois.
Leia-se:O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)-
V. Ex" poderá fazer essa referência em caráterparticular, porque sabe da amizade que tenhopelo nobre Constituinte. Eu o receberei no meugabinete na hora que quiser.
O SR. ROBERTO FREIRE - Mas é importante que, a Casa tome conhecimento para nãoficar uma questão privada entre nós dois.
No DANC de 27-2-88, página 7764, coluna02 (in fine), republica-se por ter saído com íncorreção. (DANC rr 192).
Na pág. 7764 (coluna 02)Onde se lê:
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Se o autor se manifesta pela maneira que a Casaconhece, há condições para que ponhamos emvotação.
Vamos pôr em votação a Emenda Daso Coimbra, no sentido de que haja supressão do § 3°do texto do Centrão. Se aprovado, portanto, serásuprimido este texto.
O SR. JOSÉ GENoíNO - O PDT, recomenda SIM aos seus liderados.
Leia-R:O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)
Se o autor se manifesta pela maneira que a Casaconhece, há condições para que ponhamos emvotação.
Vamos pôr em votação a Emenda Daso Coimbra, no sentido de que haja supressão do § 3°do texto do Centrão. Se aprovado, portanto, serásuprimido este texto.
O SR. VWAlDO BARBOSA- O PDT recomendaSIM aos seus liderados.
No DANC de 27-2-88, página 7767, colunaOI, republíca-se por ter saído com incorreção.(DANC n° 192.)
Na pág. 7767 (coluna 01)Onde se lê:O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)
Não posso dar questão de ordem agora, porquehá oradores para ocupar a tribuna.
O SR. CARLOS 'SAl"lTANNA - A Emendaé igual a anterior.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Não é igual.
O SR. CARLOS SAl"lTANNA - Mas sãoiguais. Não são nem apredadas, mas iguais.
Julho de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NAOONAL CONSmUINTE Terça-feira 26 12005
Leia-se:O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)
Não posso dar questão de ordem agora, porquehá oradores para ocupar a tnbuna.
O SR. CARLOS SANTANI'IA- AEmendaé igual a anterior.
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) Não é igual.
O SR. CARLOS SANTANI'IA - Mas sãoiguais. Não são nem parecidas, mas iguais.
No DANC de 3-3-88, Página 7923, coluna 01(início), república-se por ter saído com omissões.(DANC na 195.)
Na pág. 7923 (coluna 01):Onde se lê:§ 30 São condições de elegibilidadena forma
da lei, a nacionalidade brasileira, estar em plenoexercício dos direitos políticos, o alistamento, afiliação partidária, domicílio eleitoral na circunscrição, e idade mínima, conforme a seguir discriminados:1-Presidente da República e Senador da Re-
pública: trinta e cinco anos;II- Govemador de Estado: trinta anos;III - Prefeito:vinte e um anos;IV - Deputado Federal e Deputado Estadual:
vinte e um anos;V- Vereador:dezoito anos.Sala das Sessões, de março de 1988.AfIfDomingos - Haroldo Sabóia - Amal
doMartins-Mmia Lúcia -MaxRosenmann- Geraldo Bulhõs - Cássio Cunha Uma.
Leia-se:§ 30 São condições de elegibilidadena forma
da lei, a nacionalidade brasileira, estar em plenoexercício dos direitos políticos, o alistamento, affliação partidária, domicílio eleitoral na circunscrição, e idade mínima, conforme a seguir discriminados:
1-Presidente da República e Senador da Re-pública: trinta e cinco anos;
II- Governador de Estado: trinta anos;DI - Prefeito:vinte e um anos;IV - Deputado Federal e Deputado Estadual:
vinte e um anos;V- Vereador:dezoito anos.Sala das Sessões, de março de 1988.AfIfDomingos - E 2038Haroldo Sabóia - E.1186 - 0.990Amaldo Martins - E.357Maria Lúc:ia - E575 - D.1003Max Rosenmann - E 1458 - 0.1253Geraldo Bulhões - E.460Cássio Cunha Uma - E.1592 - D.798
0.2142.No DANC de 3-3-88, página 7926, coluna 02,
republíca-se por ter saído com incorreção (DANCrr 195.)
Na página 7926 (coluna 02)Onde se lê:Sala da Sessões, de março de 1988.EucUdes Scalco0.2157E.1957Michel Temer0.456E.481Walmor de Luca02152Jovani Masini
D.816E 174Flávio Palmier da VeigaD.276E.1140Max Rosenmann0.1254E.1489Alexandre PuzynaE.436Jorge Aroage0.639E.062NiIsoSguareziE.46Waldir Pugliesi.0.765E.1604Leia-se:EucUdes ScalcoD.2157E.1957Michei TemerD.456E.481Walmor de Luca0.2152Jovani Masini0.816E.174Flávio Palmier da VeigaD.276E.1140Max RosenmannD 1254E.1489Alexandre PuzynaE.436Jorge AroageD.639E.062Nilso SguareziE.846Waldir PugliesiD.765E.1604
No DANC de 4-3-88, página 7971. coluna OI,republíca-sepor ter saído com omissão. (DANCna 196.)
Na página 7971 (coluna 01)Onde se lê:
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)-Está encerrada a votação.
A Mesa anuncia a votação.SIM-360NÃO-59ABSTENÇÃO - 4TOTAL-423Leia-se:
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGUimarães) -Está encerrada a votação.
A Mesa anuncia o resultado:SIM-360NÃO-59ABSTENÇÃO - 4TOTAL-423A Emenda foi aprovada.No DANC de 8-3-88, página 8092, coluna 01
(in fine), republica-se por ter saído com omissão.(DANC na200).
Na pág. 8092 (coluna 01)
Onde se lê:O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)-
A Mesa vai proclamar o resultado da votação:SIM-168NÃO-223ABSTENÇÃO - 8TOTAL-399A Emenda foi aprovada.Leia-se:
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) -A Mesa vai proclamar o resultado da votação:
SIM-I68NÃO-223ABSTENÇÃO - 8TOTAL-399A Emenda foi rejeitadaNoDANC, de 9-3-88, página de frente "sUMÁ
RIO", coluna 02, (início), republica-se por ter saídocom incorreção. (DANC na201).
No Sumário, coluna 02Onde se lê:
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteAfonso Arinos.
AMARAL NElTO (Pela ordem) - Pedido deesclarecimento sobre a matéria em votação. Declaração de voto favorável do PMDB.
Leia-se:
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteAfonso Arinos.
AMARAL NElTO (Pela ordem) - Pedido deesclarecimento sobre a matéria em votação. Declaração de voto favorável do PDS.
No DANC de 9-3-88, página 8142, coluna 01,republica-se por ter saído com incorreções(DANC na201.)
Na pág. 8142, coluna 01:Onde se lê:
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Sobre a Mesa o seguinte requerimento:
Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembléia Nacional Constituinte.
Os firmatários, autores dos destaques e emendas abaíxo indicados, vêm requerer, nos termosdo § 2° do art 30 da Resolução na 3/88, a fusãodas proposições para efeito de ser votada, comotexto substitutivo do § 2° do art. 27, a seguinteredação:
"Cabe aos Estados explorar diretamenteou mediante concessão a empresa estatalcom exclusividade de distribuição, os serviços locais de gás canalizado."
Airton Sandoval - Luís Eduardo - SamirAchôa - Fernando Gasparian - José Mauricio.
Leia-se:
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Sobre a Mesa o seguinte requerimento:
Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembléia Nacional Constituinte.
Os flrmatários, autores dos destaques e emendas abaíxo indicados, vêm requerer, nos termosdo § 20 do art. 30 da Resolução na 3/88, a fusão
12006 Terça-feira 26 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSmUINTE Julho de 1988
das proposições para efeito de ser votada, comotexto substitutivo do § 29 do art. 27, a 'seguinteredação:
"Cabe aos Estados explorar diretamenteou mediante concessão a empresa estatal,com exclusividade de dístríburção, os serviços locais de gás canalizado."
Airton Sandoval- Emenda n9 949Luís EduardoSamir Achôa - Emenda n- 1768Fernando Gasparian - Emenda rr 1499José Maurício - Destaque n° 1903
No DANC de 9-3-88, página 8.145, coluna 02(in fine), republíca-se por ter saído com incorreção. (DANC n° 201.)
Onde se lê:
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Sobre a Mesa o seguinte
REQUERIMENTO DE DESTAQUEN° 1.388 .
Senhor Presidente,Requeiro, nos termos do art. 7° da Resolução
n° 3, de 1988, destaque'para a aprovação do art.27, § 3°, do Título lIi, Capítulo Ill, do Prôjeto, constante da Emenda n°2P00794-5. Ibsen Pinheiro.
Leia-se:
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Sobre a Mesa o seguirite
REQUERIMENTO DE DESTAQUE. N" 1.383
Senhor Presidente, .Requeiro, nos termos do art. 7° da Resolução
n° 3, de 1988, destaque para aprovação do art.27, § 3° do Título m, Capitulo m, do Projeto, constante da Emenda na2POO794-5. Ibsen Pinheiro.
No DANC de 9-3-88, página 8190, coluna 02(in fine), repubIica-se por ter saído com omissão.(DANC201.)
Onde se lê:
O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUlmarães)APresidência anuncia, de autoria do G:onstituinteTito Costa, a emenda substitutiva ao art. 31 dotexto-base, que acaba de ser aprovado.
O art. 31 diz:O Município reger-se-á por Lei Orgânica, vota
da em dois turnos, com interstício mínimo de10 (dez) dias aprovada por 2/3 dos Membros daCâmara Municipal que a promulgará, atendidosos princípios estabelecidos nesta Constituição ena Constituição do respectivo Estado, observadosos seguinte preceitos..."
Leia-se:
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) A Presidência anuncia, de autoria do ConstituinteTito Costa, a emenda substitutiva ao art. 31 dotexto-base, que acaba de ser aprovado.
EMENDA 217
Art. 31:O Município reger-se-à por Lei Orgânica, vota
da em dois turnos, com interstício mínimo de10 (dez) dias e aprovada por 2/3 dos Membrosda Câmara Municipal que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constitui-
ção e na Constituição do respectivo Estado, ob,servados os seguintes preceitos..."
No DANC de 10-3-88, página 8253, colunaO1 (início),repubIica-se por ter saído com incorreção. (DANC n° 202.)
Onde se lê:
O destaque foi rejeitado.
Leia-se:
O destaque foi aprovado.
No DANC de 11-3-88, página 8302, coluna. 02, republica-se por ter saído com omissão.. (DANC n° 203.)
Onde se lê:
"Art. .
§ 8° Os vencimentos dos cargos do PoderLegislativoe do Poder Judiciário não poderão sersuperiores aos pagos pelo Poder Executivo. A leiassegurará, aos servidores da administração direta e autarquias isonomia de vencimentos entrecargos de atribuições iguais ou assemelhados domesmo Poder ou entre servidores dos PoderesExecutivo, Legislativoe Judiciário, ressalvados asvantagens de caráter individual e as relativas ànatureza ou ao local de trabalho.
Sala das Sessões, de de 1988. - Vir-gildásio de Senna - Waldeck Omellas Alfredo Campos.
Leia-se:
§ 8° Os vencimentos dos cargos do PoderLegislativoe do Poder Judiciário não poderão sersuperiores aos pagos pelo Poder Executivo. A leiassegurará, aos servidores da administração direta e autarquias isonomia, de vencimentos entrecargos de atribuições iguais ou assemelhados domesmo Poder ou entre servidores dos PoderesExecutivo, Legislativoe Judiciário, ressalvados asvantagens de caráter individual e as relativas ànatureza ou ao local de trabalho.
SàJa das Sessões, de de 1988. - VIl'-gildáSlo de Senna - Emenda 1441 WaldeckOmelas - Emenda 2039 Alfredo Campos Emenda 1033
No DANC de 11-3-88, página 8308, coluna03, -republica-se por ter saldo com omissões.(DANC n° 203.)
Onde se lê:
OSR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Vem à Mesa e vai à publicação o seguinte:
REQOERIMENTO DE FUSÃO
Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembléia Nacional Constituinte
Requeremos a V. E:x', nos termos regimentais(§ 2°, art. 3° da Resolução rr 3/88-ANC), a fusãodas emendas 2POl087-3 e 2P01 027-0 resultandono seguinte texto:
"É vedada a acumulação remunerada decargos, empregos e funções públicas, exceto:
I- a de dois cargos de professor;11 - a de um cargo de professor com outro
técnico ou científico;
1lI - a de dois cargos privativosde médico.§ 1c A acumulação somente será permi
tida quando houver compatibilidade de horários.
§ 2° Aproibição de acumular estende-sea cargos, funções ou empregos em autarquias, empresas públicas, sociedades deeconomia mista e fundações mantidas peloPoder Público."
Sala das Sessões, de de 1988. -Afonso Arinos - Joaquim Francisco - Ar·naldo Faria de Sá.
Leia-se:
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Vem à Mesa e vai à publicação o seguinte:
REQUERIMENTO DE FUSÃO
Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembléia Nacional Constituinte
Requeremos a V. Ex", nos termos regimentais(§ 29, art 3° da Resolução rr 3/88-ANC), a fusãodas emendas 2P01087-3 e 2P01027-0 resultandono seguinte texto:
"É vedada a acumulação de cargos, empregos e funções públicas, exceto:
1-a de dois cargos de professor;11 - a de um cargo de professor com outro
técnico ou científico;III- a de dois cargos privativosde médico.§ 1c Aacumulação somente será permi
tida quando houver compatibilidade de horários.
§ 2° Aproibição de acumular estende-sea cargos, funções ou empregos em autarquias, empresas públicas, sociedades deeconomia mista e fundações mantidas peloPoder Público."
Sala das Sessões, de de 1988. -Afonso Arinos - Destaque n9 696 - JoaquJmFrancisco- Emenda n° 1027 -Arnaldo Fariade Sá - Destaque n° 1445.
No DANC de 11-3-88, página 8312, coluna03, republica-se por ter saído com omissões(DANC n° 203).
Onde se lê:
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Vem à Mesa e vai à publicação o seguinte:
REQUERIMENTO DE FUSÃO
Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembléia Nacional Constituinte,
Requeremos a V. Ex', nos termos regimentais(§ 2°, art. 3° da Resolução n9 3/88-ANC), a fusãodas Emendas 2P01580-8 e 2POO642-6,para aditar ao art. 44 do Projeto de Constituição (A)resultando no seguinte texto:
"Art. 44 .§ A publicidade dos atos, programas,
obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos, deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens quecaracterizem promoção pessoal de autoridades ou funcionários públicos."
Sala das Sessões, de de 1988. - Air-ton Cordeiro - Chico Humberto - ArnaldoFaria de Sá.
Julho de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Terça-feira 26 12007
Leia-se:
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Vem à Mesa e vai à publicação o seguinte:
REQUERIMENTO DE FUSÃO
Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembléia Nacional Constituinte.
Requeremos a V. Ex", nos termos regimentais(§ 2°, art. 3° da Resolução rr 3/88-ANC), a fusãodas Emendas 2P01580-8 e 2PO0642·6, para aditar ao art. 44 do Projeto de Constituição (A)resultando no seguinte texto:
"Art. 44 .§ A publicidade dos atos, programas,
obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos, deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens quecaracterizem promoção pessoal de autoridades ou funcionários públicos."
Sala das Sessões, de de 1988. - Air-ton Cordeiro - Destaque 385 - Chico Humberto - Emenda 642 Arnaldo Faria de Sá- Co-Autor Emenda 642
No DANC de 11-3-88, página 8341, coluna01, republica-se por ter saído com erro. (DANCn° 203).
Onde se lê:
REQUERIMENTO DE DESTAQUE N° 170
Senhor Presidente,Requeiro, nos termos do art. 4° da Resolução
no 3, de 1988, destaque para a Emenda rr2PO0141-6 art. 45 César Maia.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) O Destaque se refere a seguinte matéria.
EMENDA SUBSmCJ11VA N· 142
Título 111 - Capítulo vn- Seção IArtigo 45 - Parágrafo 5·
§ 5° Os cargos em comissão e funções deconfiança, farão parte dos planos de carreira, deforma a garantir o seu exercício privativopor servidor público conforme as linhas de atribuições técnicas, com exceção do primeiro nível,diretamentesubordinado à autoridade política.
Leia-se:
REQUERIMENTO DE DESTAQUE N· 170
Senhor Presidente,Requeiro, nos termos do art. 4° da Resolução
n° 3, de 1988, destaque para a Emenda n°2PO0141-6 art. 45 César Maia.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) O Destaque se refere à seguinte matéria.
EMENDA SUBSTlTCJ11VA N° 141
Título 111 - Capítulo VII- Seção IArtigo 45 - Parágrafo 5·
§ 5° Os cargos em comissão e funções deconfiança, farão parte dos planos de carreira, deforma a garantir o seu exercício privativopor servidor público conforme as linhas de atribuições técnicas, com exceção do primeiro nível,diretamentesubordinado à autoridade política.
Onde se lê:
No DANC de 15-3-88, página 8.427, coluna2, republica-se por ter saído com omisão. (DANCn° 205).
Onde se lê:
Quando o Governo criou a GATA, gratificaçãode atividade técnica-administrativa, concedeu-seem 80% para o pessoal em atividade e 40% paraos aposentados. Ora, essa gratificação teve apenas o papel de corrigir a defasagem da remuneração do pessoal de nível superior, cuja atividadeé necessariamente técnico-administrativa.
Quanto ao parágrafo único é medida de justiçasocial, que a Lei já contempla em diversas situações.
Leia-se:
Quando o Governo criou a GATA, gratificaçãode atividade técnico-administrativa, concedeu-aem 80% para o pessoal em atividade e 40% paraos aposentados. Ora, essa gratificação teve apenas o papel de corrigir a defasagem da remuneração do pessoal de nível superior, cuja atividadeé necessariamente técnico-administrativa.
Quanto ao parágrafo único é medida de justiçasocial, que a Lei já contempla em diversas situações.
Mauro Sampaio
No DANC de 15-3-88, página 8424, coluna1, republica-se por ter saído com omissões.(DANC N°205).
Onde se lê:
Os firmatários, autores dos destaques e ernendas abaixo indicados, vêm requerer, nos termosdo § 2° do art. 3° da Resolução no 3/88, a fusãodas proposições para efeito de ser votada, comotexto substitutivo do art. 48 do Projeto ou art.47 do Substitutivo, a seguinte redação:
"Art. 48. Os proventos da inatividade serão revistos, na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, bem cama serão estendidos aos inativos quaisquerbenefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformaçãoóu reclassificação do cargo ou função, emque se deu a aposentadoria ou a reforma,na forma da lei.
Parágrafo único. O benefício da pensãopor morte corresponderá à totalidade dosvencimentos ou proventos do servidor falecido, até o limite estabelecido em lei, observado o disposto no capot."
Sala das Sessões.Miro Teixeira'GefaIdõ CamposSólon Borges doa ReisGumercindo MIlhomemBonifácio de AndradaMauro SampaioWaldeck OmellasAntoniocarlos Mendes ThameNaphtali Alves de Souza.
Leia-se:
Os firmatários, autores dos destaques e emendas abaixo indicados, vêm requerer, nos termosdo § ZO do art. 3° da Resolução rr 3/88, a fusãodas proposições para efeito de ser votada, comotexto substitutivo do art. 48 do Projeto ou art.47 do Substitutivo, a seguinte redação:
"Art. 48. Os proventos da inatividade serão revistos, na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, bem cama serão estendidos aos inativos quaisquerbenefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformaçãoou reclassificação do cargo ou função, emque se deu a aposentadoria ou a reforma,na forma da lei.
Parágrafo único. O benefício da pensãopor morte corresponderá à totalidade dosvencimentos ou proventos do servidor falecido, até o limite estabelecido em lei, observado o disposto no caput."
Sala das Sessões.Miro Teixeira - Destaque 179Geraldo Campos - Destaque 868Sólon Borges dos Reis - Destaque 1301Gumercindo Milhomem - Destaque 1756Bonlfádo de Andrada - Destaque 785Mauro Sampaio - Destaques 99 e 552Waldeck Omelas - Emenda 2039Antoniocarios Mendes ThameNaphtall Alves de Souza - Destaque 1853
No DANC de 15-3-88, página 8431, coluna3, república-se por ter saído com incorreção.(DANe N°205).
Ondesel~:
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado (Votação rr 261)
SIM-276NÃO-41ABSTENÇÃO- 29TOTAL-364
leia-se:
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado (Votação rr 261)
SIM-276NÃO-41ABSTENÇÃO- 29TOTAL-346
No DANC de 15-3-88. Página 8.444, Coluna03, republica-se por ter saído com incorreções.(DANC n° 205.)Ondesel~:. .Roberto Freire - NãoRoberto Rollemberg - NãoRobson Marinho - NãoRodrigues Palma - NãoRonaldo Aragão - NãoRonaldo Carvalho - NãoRonan Tito - NãoRonaro Corrêa - Não
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Em conseqüêncía do resultado, de votações ante-
12008 Terça-feira 26 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONsmUINTE Julho de 1988
ríores, ficam prejudicados os Destaques n" 215,302,16,878,1175,1853,1037,1306,1921,102,1922,37 e 599, bem como, as Emendas n'" 2026,1808,639, 1710, 1154, 1546, 1515, 1893,684,15 e 542.
Leia-se:
Roberto Freire - NãoRoberto Rollemberg - NãoRobson Marinho - NãoRodrigues Palma - NãoRonaldo Aragão - NãoRonaldo Carvalho - NãoRonan Tito - NãoRonaro Corrêa - NãoRosa Prata - AbstençãoRuben Figueiró - AbstençãoRuy Nedel - Não
Sandra Cavalcanti - NãoSaulo Queiroz - NãoSérgio Spada - NãoSigmaringa Seixas - NãoSilvioAbreu - NãoSimão Sessim - NãoSiqueira Campos - NãoSólon Borges dos Reis - NãoSotero Cunha - NãoTadeu França - NãoTelmo Kirst - NãoTeotonio Vilela Filho - NãoTito Costa - NãoUbiratan Aguiar - NãoUbiratan Spinelli - NãoUlysses Guimarães - AbstençãoValmirCampelo - NãoValter Pereira - NãoVasco Alves- NãoVicente Bogo - Não
Victor Faccioni - AbstençãoVictor Fontana - NãoVilsonde Souza - NãoVirgildásio de Senna - NãoVirgílio Galassi - AbstençãoVirgílio Guimarães - NãoVivaldoBarbosa - NãoVladimirPalmeira - NãoWaldeck Omelas - NãoWaldyr Pugliesi - NãoWilma Maia - NãoWilson Campos - Não
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Em conseqüência do resultado de votações anteriores, ficam prejudicados os Destaques noS 215,302,16,878,1175,1853,1037,1306,1921,102,1922, 37, e 599, bem como, as Emendas noS2026,1808,639,1710,1154,1546,1515,1893,684, }5 e 542.
MESA
16• .&
LIDERANÇAS NAASSEMBLÉIA NACIONAL coasrrmerra
PT PTRLíder: Líder:
LuIz lnádo Lula da sOva JlIIeuiu Soares
Presidente:ULYSSES GWMARÃES
10·Vice-Presidente:MAURO BENEVIDES
2°·Vice-Presidente:JORGE ARBAGE
lo-Secretário:MARCELO CORDEIRO
2°-Secretário:MÃRlOMAIA
3°-Secretário:ARNALDO FARIA DE sA
lo-Suplente de Secretário:BENEDITA DA SILVA
2°-Suplente de Secretário:LUIZ SOYER
3°-Suplente de Secretário:SOTERO CUNHA
PMDBLíder:
NE:lson Jobim,Vice-Líderno exercício
da Uderança
Vice-Líderes:
Paulo Macarini
Antônio BrittoGonzaga Patriota
OsmirLímaGidel Dantas
Henrique Eduardo Alves
Ubiratan Aguiar
Rosede FreitasJoaciG6es
Nestor DuarteAntonio Mariz
Walmor de LucaRaul Belém
Roberto BrantMauro CamposHélio Manhães
Teotonio VilelaFilhoAluizio BezerraNion A1bemaz
Osvaldo MacedoJovanni MasiniNelsonJobimMiro Teixeira
Ronaldo CésarCoelho
PFLLíder:
JPé Lourenço
Vice-Líderes:
Inocêncio de OliveiraFausto RochaRicardo Fiuza
GeovaniBorgesMozariJdo Cavalcanti
Valmir CampeloMessiasGóis
Arolde de Oliveirn
r:.valdo Gonçalves
Simão SessimDivaldo Suruagy
José Agripino MaiaMaurício Campos
Paulo PimentelJosé Líns
Paes Landim
PDSLíder:
Amara1 Netto
Vice-Líderes:
Victor FaccioniCarlosVirgílio
PDTLíder:
BrancIio Monteiro
Vice-Líderes:
Amaury MüllerAdhemat de Barros Filho
VJValdo BarbosaJosé Fernandes
P1BLíder:
Gastone RIghI
Vice-Líderes:Sólon Borges dos Reis
RobertoJeffersonElias Murad
Vice-Líderes:Plinio Arruda Sampaio
José Genoíno
PLLíder:
AdolfoObelra
POCLíder:
Mauro Borges
Vice-Líderes:José Maria EymaelSiqueira Campos
PCdoBLíder:
Haroldo Uma
Vice-Líder:Aldo Arantes
PCBLíder:
Roberto Freire
Vice-L.,íder:Fernando Santana
PSBLíder:
AdemirAndrade
PMBLíder:
NeyMuanhio
cOMISSÃo DESISTEMA117AÇÃO
Presidente:AfonsoArinos- PFL- RJ
1'-VIce-Presidente:Aluízio Campos - PMDB - PB
2'-Vice-Presidente:Brand80 Monteiro- PDT- RJ
Relator.Bernardo e8b1'll1- PMDB - AM
PDS
AntoniocarlosKonderReis
Darcy PozzaGerson Peres
PDTBrand80 MonteiroJosé Mauricio
PTB
Jarbas PassarinhoJosé LuizMeiaVirgDio Távora
LysâneasMaciel
PFL
EnocVJeiraFurtado LeiteGilson MachadoHugo Napoleão .Jesualdo ClIVB1canteJoiIo MenezesJofranFrejat
PDS
Adylson MottaBonifácio de Andrada
Jonas PInheiroJosé LourençoJosé TinocoMozarido CavaIaIntfValmir CampeloPIfes LandImRicardo IzarOscar~
VictorFaccioni
Francisco RossiGastone Righi
JoaquimBevilácqua
PDT
Aldo Arantes
Fernando Santana
PedoB
PCB
Luiz$elomão
PL
José GenofnoPT
PTBOttomarPInto
Bocayuva Cunha
Afif Domingos
PDC
JoséMariaEymael Roberto Balestra
Suplentes
PTLuiz lnácío Lula PlínioArruda
da Silva- Sampaio
PI..Adolfo Oliveira
PDC
Siqueira Campos
PedoBHaroldoUma
PCBRobertoFreire
PSBJamüHaddad
PMDB
AntonioFarias
Abigai Feitosa José Ign6cioFerreiraAdemirAndr!Kle JoséPauloBisolAlfredoCampos José RichaAlmirGabriel JoséSeITaAluizioCampos José Ulissesde OliveiraAntonio Britto ManoelMoreiraArtur da Távola MárioUmaBemardo Cabral MIlton ReisCarios Mosconi Nelson CarneiroCarlos S/lnt'Anna NelsonJobimCelsoDolll'lldo NeltonFriedrichCIdCarvalho NilsonGibsonCrIstina TlIV!II'eS Oswaldo Uma Filhoqpdio Ferreira Uma Paulo RamosFernando BezerraCoetx> Pimenta da VeigaFernando Gasparian PriscoVlllnaFernando HenIique CardQso Raimundo BezerraFernando Lyra RenatoVlllnnaFrancisco PInto RodriguesPalmaHlIroIdo 5ab6la SigmllringaSeixasJolIo Calmon Severo GomesJoio Hermann Neto 1beodoro MendesJollé Fogaça VrrgHdásio de SennaJoeé Freire WdsonMartinsJollé GeraldÕ
Afonso ArinosAlceniGuerraAIo)'slo ChavesAntonio CarlosMendes
ThameArnaldoPrietoCarlos ChiarelliChristóvam ChiaradiaEdme TlIV!IresE'raIdo TInocoFrancisco DornellesFrancisco BenjamimInoc!ncio Oliveira
PFL
José JorgeJosé UnsJosé LourençoJosé Santana de
VasconcellosJoséThon1az NoMLuísEduardoMarcondes GadelhaMário Assad .Osvaldo CoelhoPaulo PimentelRicardoFiuzaSandra Cavalcanti
PMDB
Aécio NevesAlbano FrancoAntonioMarizChagas RodriguesDaso CoimbraDélioBrazEuclides ScalcoIsraelPinheiroJo8o AgripinoJo8o NatalJosé Carlos GreccoJosé CostaJosé MaranhãoJosé Tavares
LuizHenriqueManoelVIllIlaMárcioBragaMarcos UmaMichel TemerMiroTeixeiraNelsonWedekinOctávio EIfsioRoberto BrantRose de FreitaslIdurico PintoVicenteBagoVilson de SouzaZiza Valadares
PSBBeth Azize
PMBIsraelPInheiroFilho
ReunI6es; terças, quartas e quintas-feiras.
Secreüria: Maria LauraCoutinho
Telefone.: 224-2848 - 213-6875 213-6878.
1 EDIÇÃO DE HOJE: 24 Pt\.GINAS 1 PREÇO DESTE EXEMPLAR: CZ$ 6,00 l