24
BRA8ú.JA-Df' República Federativa do Brasil NACIONAL CONSTITUINTE DIÁRIO TERÇA-FI?IRA, 26 DE JOLHO _DE 1988 ANO 11- 280 ASSEMBLÉIA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE 1 -ATA DA 305· SESSÃO DA AS- SEMBLÉlANACIONAL COf'lSmUINTE, EM 25 DE JULHO DE 1988 1- Abertura da sessão D- leitura da ata da sessão anterior que é, sem observação, assinada. 111- Leitura do Expediente OFÍCIO 114/88 - Do Senhor Nelson Jobim, lí- der do Partido do Movimento Democrático Brasileiro-PMDB, indicando o Senhor Men- des Ribeiro para integrar o Colégio de Vice-lí- deres daquela agremiação partidária. REQUERIMENTOS Do Senhor José Serra, solicitando autori- zação para ausentar-se do País no período compreendido entre 15 e 22 de julho do cor- rente. Do Senhor Jarbas Passarinho, solicitando a retirada da Emenda n° 2T00669-1, de sua autoria. Do Senhor José Mendonça Bezerra, solici- tando o cancelamento de suas faltas aos traba- lhos da Assembléia Nacional Constituinte no período compreendido entre 23 e 30 de junho do corrente. Do Senhor Jairo Carneiro, justificando suas ausências aos trabalhos da Assembléia Nacio- nal Constituinte. Da Senhora Raquel Capiberibe, solicitando a retirada da Emenda n° 2T01818-5, de sua autoria. Da Senhora Abigail Feitosa, solicitando a retirada do Destaque n° D0354, de sua autoria. SUMÁRIO COMUNlCAÇÓES Do Senhor Álvaro Pacheco, participando que se ausentará do Pais a partir de 25 do corrente. Do Senhor ConstituinteJonival Lucas, justi- ficando sua ausência aos trabalhos da Assem- bléia Nacional Constituinte. Do Senhor Sérgio Brito,justificando sua au- sência aos trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte. Do Senhor Hélio Rosas, participando que se ausentará do Pais no período compreen- dido entre 23 de julho a 4 de agosto do cor- rente. TELEGRAMA Do Senhor Roberto Balestra, solicitando a retirada da Emenda n 9 2T0060a-O, de sua au- toria. IV- Pequeno Expediente PRESIDENTE (Jorge Arbage) - Esclareci- mentos sobre o procedimento regimental de abertura da sessão e concessão da palavra aos Constituintes durante as sessões destina- das à discussão do Projeto de Constituição em segundo turno. NILSON GIBSON - União dos peernede- bistas em tomo do partido para a consolidação democrática no Pais. PAULO PAIM - Mobilização da classe tra- balhadora, em contraposição ao lobby do em- presariado, de banqueiros, da USE e da UDR, pela manutenção de pequenos avanços no campo .social, no Projeto de Constínnçâo, no segundo turno de votação. Violência policial em Manaus, Estado do Amazonas, contra pre- sos sob suspeição de autoria de crimes. PAULO DELGADO (Pela ordem) - Con- cessão da palavra aos Constituintes presentes. PRESIDENTE - Resposta ao Constituinte. Paulo Delgado. ALDO ARANTES- Repúdio ao lobby pro- movido por empresários de multinacionais e grupos de direita para retirar do Projeto de Constituição avanços no campo social consa- grados durante o primeiro turno de votação. MAURO BENEVIDES - Transcurso do centenário de nascimento do médico e polí- tico cearense Dr, Amadeu Furtado PRESIDENTE - Apelo para cumprimento, pelos ConstItuintes, do tempo regimental pre- visto para discursos no Pequeno Expediente. MANSUETO DE LAVOR -Intensificação, por empresas multinacionais, de campanha publicitária para introdução de alterações no texto constitucional aprovado em primeiro tur- no. VICTOR FACCIONI- Responsabilidade do PMDB e do PFL por eventuais adiamentos do término do período de transição demo- crática. PAULO RAMOS - Solidariedade ao Presi- dente Ulysses Guimarães, da Assembléia Na- cional Constituinte, e ao Ministro Renato Ar- cher, da Previdência e Assistência Social, pela posição adotada em favor da soberania e legi- timidade da Assembléia Nacional Constituinte na elaboração do texto constitucional. HAROLDO UMA - Protesto contra a for- mação de lobby para retirada de pequenos avanços consagrados no primeiro turno de votação do Projeto de Constituição. RUY NEDEL - Repúdio à tentativa de rejei- ção, em bloco, da matéria constitucional apro-

ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

  • Upload
    lydiep

  • View
    219

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

BRA8ú.JA-Df'

República Federativa do Brasil

NACIONAL CONSTITUINTEDIÁRIO

TERÇA-FI?IRA, 26 DE JOLHO _DE 1988ANO 11- N~ 280

ASSEMBLÉIA

ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE

1 -ATA DA 305· SESSÃO DA AS­SEMBLÉlANACIONALCOf'lSmUINTE,EM 25 DE JULHO DE 1988

1-Abertura da sessãoD - leitura da ata da sessão anterior

que é, sem observação, assinada.111- Leitura do Expediente

OFÍCIO

N° 114/88 - Do Senhor Nelson Jobim, lí­der do Partido do Movimento DemocráticoBrasileiro-PMDB, indicando o Senhor Men­des Ribeiro para integrar o Colégio de Vice-lí­deres daquela agremiação partidária.

REQUERIMENTOS

Do Senhor José Serra, solicitando autori­zação para ausentar-se do País no períodocompreendido entre 15 e 22 de julho do cor­rente.

Do Senhor Jarbas Passarinho, solicitandoa retirada da Emenda n° 2T00669-1, de suaautoria.

Do Senhor José Mendonça Bezerra, solici­tando o cancelamento de suas faltas aos traba­lhos da Assembléia Nacional Constituinte noperíodo compreendido entre 23 e 30 de junhodo corrente.

DoSenhor Jairo Carneiro, justificando suasausências aos trabalhos da Assembléia Nacio­nal Constituinte.

Da Senhora Raquel Capiberibe, solicitandoa retirada da Emenda n° 2T01818-5, de suaautoria.

Da Senhora Abigail Feitosa, solicitando aretirada do Destaque n° D0354, de sua autoria.

SUMÁRIOCOMUNlCAÇÓES

Do Senhor Álvaro Pacheco, participandoque se ausentará do Pais a partir de 25 docorrente.

DoSenhor Constituinte Jonival Lucas, justi­ficando sua ausência aos trabalhos da Assem­bléia Nacional Constituinte.

Do Senhor Sérgio Brito, justificando sua au­sência aos trabalhos da Assembléia NacionalConstituinte.

Do Senhor Hélio Rosas, participando quese ausentará do Pais no período compreen­dido entre 23 de julho a 4 de agosto do cor­rente.

TELEGRAMA

Do Senhor Roberto Balestra, solicitando aretirada da Emenda n9 2T0060a-O, de sua au­toria.

IV- Pequeno Expediente

PRESIDENTE (Jorge Arbage) - Esclareci­mentos sobre o procedimento regimental deabertura da sessão e concessão da palavraaos Constituintes durante as sessões destina­das à discussão do Projeto de Constituiçãoem segundo turno.

NILSON GIBSON - União dos peernede­bistas em tomo do partido para a consolidaçãodemocrática no Pais.

PAULO PAIM - Mobilização da classe tra­balhadora, em contraposição ao lobby do em­presariado, de banqueiros, da USE e da UDR,pela manutenção de pequenos avanços nocampo .social, no Projeto de Constínnçâo, nosegundo turno de votação. Violência policialem Manaus, Estado do Amazonas, contra pre­sos sob suspeição de autoria de crimes.

PAULO DELGADO (Pela ordem) - Con­cessão da palavra aos Constituintes presentes.

PRESIDENTE - Resposta ao Constituinte.Paulo Delgado.

ALDOARANTES- Repúdio ao lobby pro­movido por empresários de multinacionais egrupos de direita para retirar do Projeto deConstituição avanços no campo social consa­grados durante o primeiro turno de votação.

MAURO BENEVIDES - Transcurso docentenário de nascimento do médico e polí­tico cearense Dr, Amadeu Furtado

PRESIDENTE - Apelo para cumprimento,pelos ConstItuintes, do tempo regimental pre­visto para discursos no Pequeno Expediente.

MANSUETO DE LAVOR -Intensificação,por empresas multinacionais, de campanhapublicitária para introdução de alterações notexto constitucional aprovado em primeiro tur­no.

VICTOR FACCIONI- Responsabilidade doPMDB e do PFL por eventuais adiamentosdo término do período de transição demo­crática.

PAULO RAMOS - Solidariedade ao Presi­dente Ulysses Guimarães, da Assembléia Na­cional Constituinte, e ao Ministro Renato Ar­cher, da Previdência e Assistência Social, pelaposição adotada em favor da soberania e legi­timidade da Assembléia Nacional Constituintena elaboração do texto constitucional.

HAROLDO UMA - Protesto contra a for­mação de lobby para retirada de pequenosavanços consagrados no primeiro turno devotação do Projeto de Constituição.

RUY NEDEL - Repúdio à tentativa de rejei­ção, em bloco, da matéria constitucional apro-

Page 2: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

11988 Terça-feira 26 DIARIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Julho de 1988

vada em primero turno. Transcurso do Diado Colono e do Dia do Motorista.

HUMBERTO SCXITO - Preocupação doorador com referência à formação de lobbypor empresários, banqueiros e companhiasmultinacionais para alteração do Projeto deConstituição aprovado em primeiro turno.

EGIDlO FERREIRA LIMA - Repúdio às de­clarações do Presidente José Sarney contrao Projeto de Constituição votado em primeirotumo pela Assembléia Nacional Constituinte.

ADYLSON MOTTA- Utilizaçãodos meca­nismos regimentais para agilização da vota­ção, em segundo tumo, do Projeto de Cons­tituição.

DIRCETarU QUADROS- Repúdio à ten­tativa de enquadramento do Reitor CristovamBuarque, por promover debate sobre descri­minalização do uso da maconha, e de rejeição,em bloco, da matéria constitucional aprovadaem primeiro tumo.

ELIEL RODRIGUES - Implantação deCentro de Pesquisa, Extensão e Treinamentoda região norte do Estado do Pará.

ANTONIO DE JESUS - Necessidade demanutenção de restrições à concessão de di­vórcio.

MARCOS UMA- Conveniência da demis­são do Dr. Paulo Munhoz da Presidência daRede Ferroviária Federal.

JÚLIO COSTAMIlAN- Retomada dos tra­balhos de elaboração constitucional. Expec­tativas do orador quando à breve promulgaçãoda nova Carta Magna.

FRANCISCOAMARAL - Excelentes resul­tados obtidos pelo Banespa durante o exer­cício de 1987.

NOEL DE CARVALHO - Repúdio à tenta­tiva de conferimento à Suframa do direito desobrepor-se às diretrizes da política nacionalde informática.

SIQUEIRA CAMPOS - Conseqüências daconsessão, pelo Ministro Rafael Mayer, Presi­dente do Supremo Tribunal Federal, de limi­nar suspensiva dos efeitos de leis estaduaisgoianas criando Municípios.

AMAURY MULLER - Repúdio à tentativade protelação dos trabalhos de elaboraçãoconstitucional. Transcurso do dia consagradoao colono e ao motorista.

LÚCIO ALCÂNTARA - Necrológio do pro­fessor e historiador cearense Raimundo Girão.

FRANCISCOROLLEMBERG - Retrospec­to da luta desenvolvida pelo orador para resta­belecimento da fronteira sul do Estado de Ser­gipe com a Bahia.

ABIGAIL FEITOSA - Mobilização de seto­res empresariais para rejeição de avanços só­cio-econômicos aprovados pela AssembléiaNacional Constituinte.

ANNAMARIA RATTES - Fim da interven­ção do Banco Central no Banco do Estadodo Rio de Janeiro - BaneIj.

JORGE UEQUED - Necessidade de ma­nutenção no futuro texto constitucional de dis­positivo aprovado no primeiro tumo de vota­ção que criou.a seguridade social no País.

PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) - Rea­lização de verificação de quOl1lm.

(Procede-se à verificação.)ANTÓNIOCÂMAAA (Pela ordem) - Regis­

tro da presença do orador na sessão.CUNHA BUENO (Pela ordem) - Novo ho­

rário de início das sessões e distribuição dotempo regimental.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteCunha Bueno. Anúncio da inexistência dequorom para votação. Convocação de sessãopara o dia 26, às 13:30h. Encerramento dasessão.

V - Encemunento

2 - MESA (Relação dos membros)

3 - LiDERES E VICE-LiDERES DEpARTIDOS (Relação dos membros)

4 - COMISSÃO DE SISTEMATIZA­ÇÃO (Relação dos membros)

5 - ATO DA MESA

Ata da 305~ Sessão, em 25 de julho de 1988Presidência dos Srs: Ulysses Guimarães, Presidente; Mauro Benevides,

Primeiro-Vice-Presidente; e JorgeArbage, Segundo-Vice-Presidente.

As 14:30HORAS COMPARECEM OSSENHO­RES:

Abigail Feitosa - PSB; Ademir Andrade ­PSB; Adolfo Oliveira - PL; Adroaldo Streck ­PDT; Adylson Motta - PDS; Aécio de Borba ­PDS; Affonso Camargo - PTB; Agripino de Oli­veira Uma - PFL;Airton Cordeiro - PFL;AlbanoFranco - PMDB; Albérico Cordeiro - PFL;AlceniGuerra - PFL; Aldo Arantes - PC do B; AlércioDias - PFL; Alexandre Costa - PFL; AlexandrePuzyna - PMDB;Alfredo Campos - PMDB;Al­mir Gabriel - PMDB; Aloysio Chaves - PFL;Aluízio Campos - PMDB;ÁlvaroPacheco - PFL;Alysson Paulinelli - PFL; Amaral Netto - PDS;AmauryMiJJler-PDT;Ângelo Magalhães-PFL;Anna Maria Rattes - PSDB; Annibal Barcellos- PFL;Antônio Câmara-PMDB; Antônio CarlosKonder Reis - PDS; Antônio de Jesus - PMDB;Antonio Ferreira - PFL; Antonio Gaspar ­PMDB; Antonio Mariz - PMDB; Amaldo Martins- PMDB;Arnaldo Prieto - PFL; Artenir Werner- PDS; Artur da Távola - PSDB; Átila Lira -PFL;Áureo Mello- PMDB; Basilio Víllaní - PTB;Benedicto Monteiro - PTB; Benedita da Silva- PT; Benito Gama - PFL; Bernardo Cabral- PMDB;Beth Azize- PSDB; Bocayuva Cunha- PDT; Bonifácio de Andrada - PDS; BrandãoMonteiro - PDT; Caio Pompeu - PSDB; Cardo-

so Alves - PMDB; Carlos Alberto Caó - PDT;Carlos Chiarelli - PFL; Carlos Cotta - PSDB;Carlos De'Carli - PTB; Carlos Sant'Anna ­PMDB; Carrel Benevides - PTB; Cássio CunhaUma - PMDB; Célio de Castro - PSDB; CelsoDourado - PMDB; César Maia - PDT; ChagasRodri~ues - PSDB; Chico Humberto - PDT;Christóvam Chiaradia - PFL; Cid Carvalho ­PMDB;Cid Sabóia de Carvalho - PMDB;CláudioÁvila- PFL; Cunha Bueno - PDS; Darcy Deitos- PMDB; Darcy Pozza - PDS; Daso Coimbra- PMDB;Del Bosco Amaral- PMDB;Délio Braz- pMDB;Denisar Arneiro - PMDB; Dlonísío DalPrá - PFL; Dirce Tutu Quadros - PSDB; DivaldoSuruagy - PFL; Domingos Leonelli - PMDB;Doreto Campanari - PMDB; Edison Lobão ­PFL; Edivaldo Motta - PMDB;Edme Tavares­PFL; Edmilson Valentim - PC do B; EduardoBonfim - PC do B; Eduardo Jorge - PT; EgídioFerreira Lima - PMDB; Elias Murad - PTB; ElielRodrigues - PMOB;Eraldo Tinoco - PFL; ErvinBonkoski -PTB; Euclides Scalco - PSDB;Euni­ce Michiles - PFL; Evaldo Gonçalves - PFL;Expedito Machado - PMDB; Fábio Feldmann-PSDB; Fausto Rocha-PFL; Fernando BezerraCoelho - PMDB;Femando Gasparian - PMOB;Fernando Gomes - PMDB; Femando HenriqueCardoso - PSDB; Fernando Lyra -; Femando

Santana - PCB; Firmo de Castro - PMDB;Flo­restan Fernandes - PT; Francisco Amaral ­PMDB; Francisco Cameiro - PMDB; FranciscoKüster - PSDB; Francisco Rollemberg - PMDB;Francisco Rossi - PTB; Francisco Sales ­PMDB;Gabriel Guerreiro - PMDB; Gastone Righi- PTB; Geovah Amarante - PMDB; GeovanIBorges - PFL; Geraldo Alclqnin Filho - PSDB;Geraldo Fleming - PMDB;Gerson Peres -POSoGidel Dantas - PMDB;Gilson Machado - PFL;Guilherme Palmeira - PFL; Gumercindo Milho­mem - PT; Haroldo Lima - PC do B; HélioManhães - PMDB; Henrique Córdova - PDS;Hermes Zaneti - PSDB; Homero Santos - PFL;Humberto Souto - PFL; Iberê Ferreira - PFL;Ibsen Pinheiro - PMDB; Inocêncio Oliveira ­PFL; Irma Passoni - PT; Israel Pinheiro - PMOB;Jairo Carneiro - PFL; Jalles Fontoura - PFL;Jamil Haddad - PSB;Jarbas Passarinho - PDS;Jayme Paliarin - PTB; Jesualdo Cavalcanti ­PFL;Jesus Tajra - PFL;João Agripino - PMDB;João Alves - PFL; João Calmon - PMDB;Joãode Deus Antunes - PTB;João Machado Rollem­berg - PFL; João Menezes - PFL; João Paulo- PT; Joaquim Bevilacqua - PTB; Jofran Frejat- PFL; Jorge Arbage - PDS; Jorge Hage -PSDB; Jorge Medauar - PMDB;Jorge (lequed- PMDB;Jorge Vianna - PMDB;José Agripino

Page 3: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

Julho de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Terça-feira 26 11989

- PFL;José Camargo - PFL;José Carlos Couti­nho - PL;José Costa - PSDB;José 'da Conceí­ção - PMDB; José Dutra - PMDB; José Egreja- PTB; José Fernandes - PDT; José Fogaça- PMDB; José Genoíno - PT; José Geraldo -PMDB; José Jorge - PFL; José Lins - PFL;José Lourenço - PFL; José Luiz de Sá - PL;José Moura - PFL; José Queiroz - PFL; JoséRicha- PSDB;José Serra - PSDB;José Teixeira- PFL;José Thomaz Nonô - PFL;José Tinoco- PFL; José Yunes - PMDB; Júlio Costamilan- PMDB; Jutahy Magalhães - PMDB; Koyu lha- PSDB; Lael Varella - PFL; Lavoisier Maia -PDS; Lélio Souza - PMDB; Leopoldo Peres ­PMDB; Leur Lomanto - PFL; Levy Dias - PFL;Lídice da Mata - PC do B; Lourival Baptista ­PFL; Lúcio Alcântara - PFL; Luís Eduardo ­PFL;·Luís Roberto Ponte - PMDB; Luiz AlbertoRodrigues - PMDB; Luiz Inácio Lula da Silva ­PT; Luiz Marques - PFL; Luiz Salomão - PDT;Luiz Viana - PMDB; Lysâneas Maciel - PDT;Maguito Vilela - PMDB; Mansueto de Lavor ­PMDB; Manuel Viana~ PMDB; Marcelo Cordeiro- PMDB; Márcia Kubitschek - PMDB; MarcosLima - PMDB; Maria de Lourdes Abadia ­PSDB;'Mário Covas - PSDB;MárioMaia- PDT;Marluce Pinto - PTB;Matheus Iensen - PMDB;MaurícioCorrea - PDT;MaurícioFruet- PMDB;Maurício Nasser - PMDB; Maun1io Ferreira Lima- PMDB; Mauro Benevides - PMDB; Mauro Bor­ges - PDC; Mauro Miranda - PMDB; MauroSampaio - PMDB; Meira Filho - PMDB; MelloReis - PDS; Mendes Canale - PMDB; MendesRibeiro - PMDB; Messias Góis - PFL; Jv\iltonBarbosa - PDC;MiroTeixeira - PMDB; MoemaSão Thiago - PSDB; Mozarildo Cavalcanti ­

,PFL; Nelson Aguiar - PDT; Nelson Carneiro -PMDB; Nelson Jobim - PMDB; Nelson Sabrá- PFL; Nelson Seixas - PDT; Nelson Wedekin- PMDB; Nelton Friedrich - PSDB; Ney Mara-nhão - PMB; Nilso Sguarezi - PMDB; NilsonGibson - PMDB; Nion Albemaz - PMDB; Noelde Carvalho - PDT; Nyder Barbosa - PMDB;Octávio Elísio - PSDB; Oscar Corrêa - PFL;Osvaldo Bender - PDS; Oswaldo Trevisan­PMDB; Ottomar Pinto - PMDB; Paes Landim ­PFL; Paulo Delgado - PT; Paulo Macarini ­PMDB; Paulo Mincarone - PMDB; Paulo Paim-PT; Paulo Ramos -PMN; Paulo Silva-PSDB;Pedro Ceolin - PFL; Pimenta da Veiga - PSDB;Plínio Arruda Sampaio - PT; Plínio Martins ­PMDB; Pompeu de Sousa-PSDB; Rachid Salda­nha Derzi - PMDB; Raimundo Lira - PMDB;Raquel Capiberibe - PSB; Renato Bernardi ­PMDB; Ricardo lzar-PFL; RitaCamata-PMDB;Roberto Augusto - PTB; Roberto Brant -; Ro­berto Freire - PCB; Robson Marinho - PSDB;Rodrigues Palma - PTB; Ronaldo Carvalho ­PMDB; Ronaldo Cezar Coelho - PSDB; RonanTito - PMDB; Rospide Netto - PMDB; RubenFigueiró - PMDB; Ruberval Pilotto - PDS; RuyNedel - PMDB; Sadie Hauache - PFL; SandraCavalcanti- PFL;Saulo Queiroz- PSDB;SérgioSpada- PMDB; Severo Gomes - PMDB; Sigma­ringa Seixas - PSDB; Simão Sessim - PFL;Siqueira Campos - PDC; Sólon Borges dos Reis- PTB; Tadeu França - PDT; Telmo Kirst­PDS; Ubiratan Aguiar - PMDB; Ulysses Guima­; ValmirCampelo - PFL;ValterPereira - PMDB;Victor Faccioni - PDS; Victor Fontana - PFL;VictorTrovão - PFL; Vllson Souza - PSDB; Vir-

gildásio de Senna - PSDB; Virgílio Galassi ­PDS; VitorBuaiz - PT; VivaldoBarbosa - PDT;VladimirPalmeira - PT; Waldec Ornélas - PFL;Waldyr Pugliesi - PMDB; Walmor de Luca ­PMDB; WJima Maia - PDS; Wilson Martins ­PMDB.

1-ABERTURA DA SESSÃOO SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - A

lista de presença registra o comparecimento de94 Senhores Constituintes.

Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus e em nome do povo

brasileiro, iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da

sessão anterior.

11 - LEITURA DE ATAO Sr. Adylson Motta, servindo como Segun­

do-Secretário, procede à leitura da ata da sessãoantecedente, a qual é, sem observações, assinada.

O SR. PRESIDENlE (Jorge Arbage) - Pas­sa-se à leitura do expediente.

O SR. NILSON GIBSON, servindo como Pri­meiro-Secretário, procede à leitura do seguinte.

111 - EXPEDIENTE,.OFICIO

Do Sr. Constituinte Nelson Jobim, Líder doPMDB, nos seguintes termos:or rr 114/88

Brasília, 12 de junho de 1988.

Excelentíssimo SenhorDeputado Ulysses GuimarãesDigníssimo Presidente da Assembléia NacionalConstituinteNesta

Senhor PresidenteTenho a honra de indicar, nos termos do Art.

12, § 2° do Regimento Interno da Assembléia Na­cional Constituinte, o DeputadoMendes Ribeiropara exercer o cargo de Vice-Uder do PMDBnaAssembléia Nacional Constituinte.

Sendo o que se apresentava, colho a feita parareiterar a Vossa Excelência expressões de meusmais profundo apreço. - Deputado Nelson Jo­bim, Líder do PMDB na Assembléia NacionalConstituinte

REQUERIMENTOSDo Sr. Constituinte José Serra, nos se­

guintes termos:

Brasília, 7 de julho de 1988AoExcelentíssimo SenhorDr. Ulysses GuimarãesDD. Presidente da Assembléia Nacional Consti­tuinte

Senhor Presidente,Tendo sido convidado, conforme documenta­

ção anexa, para assistir à convenção do PartidoDemocrata dos Estados Unidos, a ser realizadaem AtIanta, de 15 a 22 de julho de 1988, venhosolicitar a V. Ex' que considere minha viagemcomo missão autorizada.

Antecipadámente grato, renovo-Ihe meus pro­testos de elevada estima e consideração. -JoséSerra.

Do Sr. Constituinte Jarbas Passarinho,nos seguintes termos:

Brasília, 12 de julho de 1988Excelentíssimo SenhorDr. Ulysses GuimarãesDigníssimo Presidente daAssembléia Nacional ConstituinteNesta

Senhor Presidente,Solicito a Vossa Excelência a especial gentileza

em tomar sem efeito a Emenda rr 2TOO669-1,por mim apresentada ao Projeto de ConstituiçãoB, que pretendia suprimir expressão ao art. 183,inciso V.

Ao ensejo, renovo a Vossa Excelência protestosde estima e consideração. - Senador JarbasPassarinho.

O Sr. Constituinte José Mendonça Bezer­ra, nos seguintes termos:

Exm" Sr. Presidente da Assembléia NacionalConstituinte,

Solicito a V. Ex", a fineza de mandar cancelarminhas faltas, ocorridas no período de 23 a 30do mês de junho de 1988, por estar sob trata­mento médico, conforme atestado em anexo.

Nestes termos,Peço deferimento.Recife, 19 de julho de 1988. - Dep. Fed. José

Mendonça Bezerra, rr 158.

Do Sr. Constituinte Jairo Carneiro, nos se­guintes termos:

Brasília, 25 de julho de 1988Excelentíssimo SenhorDeputado Ulysses GuimarãesDigníssimo Presidente da AssembléiaNacional ConstituinteBrasília-DF

Senhor Presidente,Diante da impossibilidade de comparecimento

a sessões da Assembléia Nacional Constituinte,por motivo de saúde, nos períodos compreen­didos nos prazos de que tratam os Atestados Mé­dicos fornecidos pelo IAPSEB- Instituto de As­sistência e Previdência do Servidor do Estado daBahia, Autarquia Estadual e Órgão Oficial de As­sistência e Previdência, a que sou vinculado, naqualidade de segurado, requeiro a Vossa Exce­lência, instruída a solicitação com os Atestadosem anexo, se digne de autorizar, para fms de pre­servação de direitos e para demais efeitos legaise jurídicos, sejam as ausências apontadas consi­deradas como faltas justificadas, em razão de onão comparecimento independer da vontade dorequerente, signatário.

Cônscio da responsabilidade de bem e fielmen­te cumprir a missão a mim deferida pelos dignosconcidadãos baianos, e louvado e admirador doalto senso de compreensão e justiça de VossaExcelência, peço e espero, com o concurso damanifestação dos UustresMembros da Mesa, sejao presente pleito merecedor da acolhida.

Aceite, Senhor Presidente, a reafirmação doapreço e do voto pessoal de elevada conside­ração.

Atenciosamente agradecido, - Jairo Carnei­ro, Dep. Federal- BA,1)0 167.

Da SI'" Constituinte Raquel Capiberibe,nos seguiptes termos:

Page 4: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

11990 Terça-feira 26 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Julho de 1988

Exmo. Sr.Dr. Ulysses GuimarãesDO. Presidente da ConstituinteNesta

Senhor Presidente,Requeremos, nos termos regimentais, a retira­

da da Emenda Supressiva n- 2TOI818-5, de nos­sa autoria, do art. 9"das Disposições Transitórias(anistia política)por termos reconsiderada a nossaposição sobre o assunto, tendo em vista ser esseartigo resultado de um consenso entre a Sistema­tização e forças politicas com assento nesta Casa.

Nestes termos pede deferimento.Brasília,25 de julho de 1988. - Raquel Capi­

beribe.

Da SI" Constituinte AbigaD Feitosa, nosseguintes tennos:

Exmo. Sr.Dr. Ulysses GuimarãesDO. Presidente da ConstituinteNesta

Senhor Presidente,Requeremos, nos termos regimentais, a retira­

da do Destaque rr 00354, de nossa autoria, daEmenda 2T01818-5, de autoria da ConstituinteRaquel Capiberibe, do art. 9° das DisposiçõesTransitórias (anistia política) por termos reconsi­derada a nossa posição sobre o assunto, tendoem vista esse artigo ter surgido de um consensoentre a Sistematização e forças politicas com as­sento nesta Casa.

Nestes termos pede deferimento. - AbigaDFeitosa.

COMUNICAÇÕES

Do Sr. ConstituInte Álvaro Pacheco, nosseguintes tennos:

Brasília, 13 de julho de 1988Of.SF.GABAP.060/88Exrrr'Sr,Deputado üíysses GuimarãesDO. Presidente da Assembléia Nacional Consti­tuinteBrasília/DF

Senhor Presidente,Comunico-lhe que me ausentarei do País, a

partir do dia 25 do corrente, permanecendo noexterior pelo período de 10 dias.

Sem outro assunto, aproveito a oportunidadepara renovar-lhe protestos de estima e conside­ração.

Atenciosamente, - Senador Álvaro Pacheco.

Do Sr. Constituinte Jonival Lucas, nos se­guintes tennos:

Brasília, 14 de julho de 1988Ofício n° 1.915/88Excelentíssimo SenhorDr. Ulysses GuimarãesDD. Presidente da Assembléia Nacional Consti­tuinte

Senhor Presidente,Em anexo, estou encaminhando a Vossa Exce­

lência, atestado médico do período que estive au­sente das votações da Assembléia Nacional Cons­tituinte, ao tempo em que requeiro a Vossa Exce­lência as devidas providências.

Na expectativa de contar com Vossa compreen­são, aproveito a oportunidade para renovar pro­testos da mais alta consideração.

Atenciosamente, - Jonival Lucas.

Do Sr. Constituinte Sérgio Brito, nos se­guintes tennos:

Brasília, 15 de julho de 1988Exm°Sr.Dr, Ulysses GuimarãesDO. Presidente da Assembléia Nacional Consti­tuinteNesta

Sr. Presidente,Anexo, estou encaminhando atestado médico

dos dias que faltei às votações da AssembléiaNacional Constituinte, para apreciação de VossaExcelência e as devidas providências.

Aproveito a oportunidade para renovar protes­tos de estima e consideração.

Atenciosamente, - Constituinte Sérgio Brito.

Do Sr. Constituinte HéUo Rosas, nos se­guintes termos:

Brasília,20 de julho de 1988Senhor Presidente,Venho à presença de V. Ex" para comunicar

que estarei ausente do País, no período de 23-7a 4-8-88, participando do 17° Encontro Anual do"National Conference of States Legislatures", nacidade de Reno - Nevada - Estados Unidosda América, a convite dos membros da Confe­rência.

Grato pela atenção dispensada, renovo os pro­testos da mais alta estima e apreço.

Atenciosamente, - Hélio César Rosas.

TELEGRAMADo Sr. Constituinte Roberto Balestra, nos

seguintes tenDos:ExmoSr.Deputado {j]ysses GuimarãesDo. Presidente da Assembléia Nacional Consti­tuinteCâmara dos Deputados

Solicito que Vossa Excelência considere retira­da a Emenda n° 2T00608-0, de minha autoria,objeto do parágrafo quinto, do artigo 150, do Pro­jeto de Constituição "b". Esclareço a Vossa Exce­lência que a apresentação da emenda se deveua um equívoco da assessoria.

Aproveito a oportunidade para renovar a VossaExcelência os meus protestos da mais alta estimae distinta consideração. - Constituinte RobertoBalestra - Vice-Uder do PDC.

O SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - APresidência deve esclarecer ao Plenário que, du­rante o período de votação do Projeto de Consn­tuição, no primeiro turno, as sessões foram aber­tas com base no art. 39, § 2°, do Regimento In­temo.

Iniciamos hoje a sessão para votação do Projetode Constituição do segundo tumo.

Atendendo a sugestões das lideranças partidá­rias, a presente sessão está sendo aberta combase no art. 34, § 2°, que diz:

"§ 2° O tempo de duração das sessõesordinárias será assim distribuído:

1-a primeira hora destinar-se-á:a) à leitura da ata da sessão anterior;

b) à leitura do expediente;c) aos oradores do Pequeno Expediente,

concedendo-se-Ihes a palavra, pelo prazo decinco minutos, na ordem de Inscrição, feitade próprio punho, em livroespecial, assegu­rada a preferência aos que não hajam faladonas quatro sessões anteriores. A inscriçãoé intransferível;Il- a partir da primeira hora, o tempo de

sessão será destmado a Comunicações deLideranças, e assim distribuído .,"

Está no Regimento a forma de distrlbuição daconcessão da palavra às lideranças partídánas

APresidência chama a atenção do Plenário parao § 8° do art. 34:

"Havendo Ordem do Dia" - e existe nasessão Ordem do Dia- "o tempo será desti­nado à apreciação das matérias dela cons­tantes, ressalvados os períodos reservadosà leitura da Ata e do Expediente, reduzidospela metade."

Desse modo, na forma do § 2' do art. 34, letra"c", os oradores do Pequeno Expediente teriama palavra pelo prazo de cinco minutos. Comoexiste Ordem do Dia, esse prazo fica reduzidoa dois minutos e meio.

Passa-se ao

IV - PEQUENO EXPEDIENTETem a palavra o Sr. Constituinte Nilson Gibson,

primeiro orador inscrito.

O SR. NILSON GIBSON (PMDB - PE. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Sras. e Srs. Constituintes, o Partido do MovimentoDemocrático Brasileiroviveetapa decisiva em suahistória.

Uma história de lutas e de conquistas; umahistória de heroísmo e de combatividade, em queexerceram papel fundamental homens da esta­tura de nosso Presidente, Ulysses Guimarães, ho­mens da acuidade política de Tancredo Neves,homens de tenacidade inabalável, de invejávelperseverança, verdadeiros exemplos para quempretenda atuar politicamente.

Entretanto, não obstante a força da dignidadede suas expressões, o PMDB foi construído ­e lentamente consolidado - pela significação cí­vica dos atos de seus milhares de integrantes,isolada ou conjuntamente, até tornar-se o fiadorda transição democrática que se leva a efeito.

Essa transição não se completou, ainda, mas,mesmo assim, muitos dos objetivos partidáriosvêm sendo cumpridos.

A formação da Aliança Democrática represen­tou um fato ímportantíssimo para a evolução poli­tica que sempre se pretendeu. A vitória de Tan­credo Neves, um de nossos maiores aglutinado­res no campo da arte política,teve extrema signifi­cação; ocioso será relatá-la.

A seqüência dos nefastos acontecimentos queimpediram sua posse provaram a maturidade po­líticado partido; corroboraram seu poder de aglu­tinação, demonstraram sua afinidade com osideais da sociedade brasileira.

Devemos entender, contudo, que o regime polí­tico por nós adotado não se baseia na primaziado partido - o que, de toda forma, não se coadu­na com o sistema presidencialista de govemo.

Page 5: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

Julho de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Terça-feira 26 11991

Assim, não se pode atribuir ao partido a responsa­bilidade por uma situação econômica adversa oupor atitudes administrativas por vezes desconec­tadas dos preceitos programáticos.

A contribuição peernedebísta aos trabalhos daAssembléia Nacional Constituinte tem sido de vitalsignificação, e muitas das teses que advogamos- seja no programa partidário, seja no trabalhoque fazemos junto às bases políticas - mere­ceram aprovação por parte do Planário, estandona iminência de serem transformadas em dispo­sições constitucionais tão logo se encerre o se­gundo turno de votação.

A filosofia que ordena a atuação política doPMDB se expressa bem na fundamentação deseu programa, quando se afirma:

"A primeira e a mais importante lição éa da superioridade das massas sobre as elitesque pretenderam tutelá-las. O povo, sempreque teve o minimo de opção e informação,recusou os apelos à insurreição revolucio­nária e rejeitou a mentira oficial O reconhe­cimento da primazia do povo é o ponto departida do programa. Por isso, o programado PMDB visa a mobilização popular e a de­mocratização da sociedade, como condiçõesnecessárias para exigir e encaminhar as re­formas sociais e econômicas que se im­põem. O Partido não quer ditar à sociedadeum modelo acabado de organização social,econômica e política. Mas não se acomodaráà espera que inspirações espontâneas surgi­das da luta política e social conduzam asmudanças de estrutura."

O PMDB não se acomodou, bem como nãose acomodará, por acompanhar a dinâmica dasrelações sociais, a evolução constante dos anseiospopulares, a permanente adequação das expec­tivas do povo frente aos avanços obtidos no cam­po político e institucional.

Na quadra difícil por que passa a economianacional, companheiros peemedebistas, erronea­mente confundindo a imagem da administraçãofederal com a imagem partidária, houveram porbem desligar-se de nossas fileirase constituir novaagremiação. Não deixaremos de admirá-los porsuas qualidades individuais e também não nega­remos que a contribuição que sempre souberamdar ao PMDBnos fará falta. Não somos tão sober­bos que não possamos reconhecer o valor daque­les que efetivamente se mostram valorosos, e nemtão parciais que, de um momento para outro,neguemo-lhes o mérito que individualmente pos­suem.

Lamentamos sua saída dos quadros partidá­rios, e apelamos, ainda agora, para que retornema essa agremiação que por tanto tempo os aco­lheu.

E afirmamos que, ainda que permaneçam nonovo partido, contarão com o apoio peernede­bísta,na medida em que seus ideais forem coinci­dentes com os nossos.

Como sempre, no PMDB deve imperar o inte­resse social, antes mesmo do predomínio do inte­resse partidário.

A insatisfação demonstrada por esses compa­nheiros que ora se encontram abrigados sob ban­deira partidária de outras cores faz com que pas­semos a refletir mais detidamente sobre os desti­nos de nossa agremiação.

Não se encontra o PMDB, por certo, exauridode representatividade ou falta de apoio popular.Ocorre, entretanto, que a sucessão de conquistasjá obtidas, pontos nodais de nosso Programa,acarretou a realidade da desatualização das dire­trizes partidárias. Mesmo não tendo ainda obtidoa consecução de todas as metas programáticas,o atingimento de algumas e a modificação dorelacionamento íntersocial consolidaram umarealidade em que nosso programajá parece defa­sado com relação ao tempo que vivemos.

Daí o anseio de alguns companheiros de seabrigarem sob novas legendas, cujas diretrizesreflitam precisamente as necessidades de agora,os anseios do momento, as exigências a nós inter­postas pelos acontecimentos do dia-a-dia.

Ocorre, todavia, que um programa partidárionão pode ser uma peça que se altere de temposem tempos. Qual uma constituição, deve o pro­grama ser genérico o bastante para ter perma­nência no tempo, não se atendo a aspectos parti­cularizados, mas sim a princípios gerais que pos­sam perdurar.

Às intenções de mudanças o partido pode con­trapor sua jovialidade; sim, porque o PMDB conti­nua sendo um jovem partido, vibrante em suasede de consohdaçâo democrática, vigoroso emsua defesa do bem público, pujante no acolhi­mento de diversas correntes que se podem identi­ficar através de objetivos comuns.

A "frente" representada pelo PMDB ainda temvalor, precisamente por impedir a radicalizaçãoe propiciar que das dissensões intemas resulteuma posição partidária consensual, democrática,em que a expressão do desejo da maioria preva­leça sobre intenções individuais. E o que é a de­mocracia se não essa convivência de contrários,ordenada e regulamentada pelo princípio da su­premacia da vontade coletiva sobre o desejo indi­viduai?

Necessitamos de mudanças, sim, mas não decriação de novas agremiações; necessitamos deadaptações que tornem o programa do PMDBmais adequado à época que vivemos Não preci­samos de novos partidos, o que somente viriaconturbar a compreensão popular acerca da posi­ção de cada agremiação em face da realidadenacional; precisamos, isto sim, consolidar a estru­tura partidária para fazer frente às exigências dasociedade.

Como defenderemos o novo texto constitucio­nal perante a sociedade se, após sua aprovação,debandarmos de nossas agremiações para fundaroutras? E como nos portaremos diante do eleito­rado e da população como um todo no momentoem que recebermos a tarefa da trabalhosa regula­mentação dos preceitos que estamos a votar?

Não. O momento não é de cisma. É tempode conjugação para o atingimento do aprimora­mento político, para a obtenção de novas conquis­tas, a todo momento exigidas pela sociedade. Nãopodemos abrir mão da contribuição de compa­nheiros que, há longo tempo militando nas hostespeemedebistas, contribuíram magnificamentepara a consolidação de um partido com forte ex­pressividade popular. Seu êxodo desfalcará nossaagremiação, passaremos a ser menores do quehoje, não apenas em número de participantes,mas principalmente no que respeite à capacidadede representação social da agremiação.

Não acreditamos que a divisão sirva aos ideaisdemocráticos que há tão longo tempo defendeo PMDB. Pelo contrário, esse serviço somenteserá prestado por um partido grande e unido,em que a multiplicidade de conceitos individuaisconduza à representação de uma filosofia parti­dária consentânea aos anseios populares e às exi­gências da realidade nacional.

Que nos concentremos, portanto, na persecu­ção do que estabelece a doutrma partidária, nassuas afirmações positivas, nas suas posições nu­cleares, fazendo da militância política inspiradanos preceitos partidários um serviço em prol dasociedade e da consolidação democrática, alian­do ao trabalho exigido pela população a importan­tíssima tarefa da formação de novas lideranças,para que possa o futuro contar com uma elitepolítica que represente os interesses popularesde úm Brasil mais desenvolvido e dotado de insti­tuições estáveis.

o SR. PAULO PAIM (PT - RS. Sem revisãodo orador.) - Sr.Presidente, Srs Constituintes,gostaria de registrar, neste momento, que inegá­vel e incontestavelmente está havendo no Paisuma campanha orquestrada no sentido de se des­moralizar os pequenos avanços conseguidos pelaAssembléia Nacional Constituinte.

Lembro que no fim de semana próximo passa­do, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, realiza­mos uma plenária com mais de mil dirigentessindicais e líderes comunitários. Posteriormente,ficamos sabendo que a imprensa do Estado nãopublicou uma linha sequer sobre o evento. Nesseencontro, mais de mil dirigentes reafirmaram suadisposição de luta e mobilização para o segundoturno da Constituinte, visando principalmente àmanutenção dos pequenos avanços no camposocial.

Apesar de tudo isso, foi acertado que caravanasdo Estado estarão permanentemente em Brasília,para contrapor-se ao lobby do empresariado, dosbanqueiros, da UBE e da UDR.E, no dia 27, quar­ta- feira, fazemos em Brasília um grande encontroa nível nacional do movimento sindical, com omesmo objetivo

Quero também registrar, Sr. Presidente, quea discussão a propósito do pacto SOCial colocadana ordem do dia pelo Governo e pelos empre­sários tem o único objetivo de desvirtuar e tentardesmobilizar a atuação do movimento smdrcalbrasileiro em cima do segundo turno da Consti­tuinte. Por isso, deixamos este alerta ao movi­mento sindical.

Neste momento, temos que jogar todo o peso,isto, sim, na votação do segundo turno. Pactoquem tem de fazer é o Governo e os empresários,esses, sim, causadores da inflação. Os trabalha­dores não aumentam os preços. Seu salário éum dos menores do mundo. Isso tem de ficarclaro.

Por último, Sr. Presidente, tenho em mãos ma­téria estampada no "Correio Braziliense", domin­go, sob o título "Presos em Manaus são amar­rados e arrastados". Pessoas consideradas sim­plesmente suspeitas foram amarradas com cor­das, no pescoço, e obrigadas a desfilar sob aintimidação e a pressão da polícia.

Vou encaminhar à Mesa cartaz do MovimentoNegro, onde podemos ver que, êm 1988, acon­tece o mesmo que ocorria em 1888.

Page 6: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

11992 Terça-feira 26 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NAOONALCONSTITUINTE Julho de 1988

Peço a V.Ex"que faça constar do meu pronun­ciamento fotografia publicada ontem, pelo "Cor­reio Braziliense", que é praticamente a mesmafoto de 1888, pois um século depois ainda sevêem trabalhadores considerados suspeitos pelapolicia sendo arrastados, com cordas no pescoço,pelas ruas da cidade. Isto é lamentável e tem queser denunciado.

Entendemos que a Assembléia Nacional Cons­tituinte agiu corretamente quando considerou ina­fiançável o crime de racismo.

O SR. PAULO DELGADO - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - Tema palavra o nobre Constituinte.

O SR. PAULO DELGADO (PT- MG. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, basta olharpara o Plenário.e começar a dar a palavra a quemestá presente. E preferível mudar a regra.

O SR. PRESIDENTE (Joge Arbage) - A Pre­sidência já prestou os esclarecimentos neces­sários, logo na abertura da sessão.

O SR. PAULO DELGADO - Muito obriga­do.

O SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - Con­cedo a palavra ao nobre Constituinte Aldo Arantes.

o SR. ALDO ARANTES (PC do B - GO.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, SrsConstituintes, estamos constatando pela impren­sa nacional a ofensiva desencadeada por váriossegmentos das classes dominantes e pelo Paláciodo Planalto contra os resultados do primeiro turnoda Assembléia Nacional Constituinte.

Sr. Presidente, quero dizer, em meu nome eno do meu partido, o Partido Comunista do Brasrl,que temos profundas divergências em relação aotexto aprovado no primeiro turno: discordamosdo resultado a que se chegou na questão do siste­ma de governo e da manutenção do papel dasForças Armadas no Estado brasileiro; conside­ramos pequenas, exíguas as alterações que dizemrespeito ao Poder Judiciário e a outras questõesque envolvem particularmente a estrutura políticado Estado brasileiro, que o caracterizam comoconservador e centralizador. Mas, apesar disso,Sr. Presidente, não podemos deixar de reconheceros avanços ocorridos, sobretudo os que dizemrespeito aos direitos dos trabalhadores. Não pode­mos deixar de identificar nem os avanços ocor­ridos em relação à questão da nacionalização daexploração mineral, nem os relacionados com otabelamento das taxas de juros.

A partir do momento em que terminamos ostrabalhos do primeiro turno da Assembléia Nacio­nal Constituinte, Conferação Nacional da Indús­tria, a UDR e setores ligados ao comérico passa­ram a articular um lobby de pressão contra aAssembléia Nacronal Constituinte. Na continui­dade, Sr. Presidente, estiveram em Brasilia repre­sentantes das multinacionais, que já haviam anun­ciado, pelos meios de comunicação, a disposiçãode gastar dois milhões de dólares, com o objetivode inverter os rumos dos trabalhos da AssembléiaNacional Constituinte. Não é só isso, Sr. Presi­dente. Esses representantes das empresas multi­nacionais estiveram no Palácio do Planalto como Presidente José Sarney e estabeleceram uma

ação conjunta a ser desencadeada na AssembléiaNacional Constituinte, na defesa dos grupos es­trangeiros. E, Sr. Presidente, começam a apareceraqui aqueles que se colocam como porta-vozesdas empresas multinacionais e dos interesses dosgrupos econômicos. E esta não é uma críticapessoal, mas política. Por isso não podemos acei­tar as declarações feitas pelo Líder do PFL, JoséLourenço; não podemos admitir as declaraçõesfeitas pelas Constituintes Amaral Netto e GastoneRighi O "Centrâo" não conseguiu adotar aquelasmedidas que pretendiapara impor à Nação brasi­leira uma Constituição totalmente retrógrada.Conseguiu, sim, impor o sistema presidencialistae o mandato de cinco anos para o ilegítimo Presi­dente José Sarney Mas, mesmo assim, não teveforças para atingir todos os seus objetivos

E agora, Sr. Presidente, querem entornar o cal­do. Mas a Nação brasileira e os democratas daAssembléia Nacional Constitumte não vão admitiressa manobra, a tentativa do Sr. José Lourençode impedir a continuidade dos trabalhos da As­sembléia Nacional Constituinte, quando diz, ­cinicamente, que é melhor fechar a AssembléiaNacional Constituinte do que aprovar o texto que

fOI fruto do trabalho de quase um ano e meiodos Srs. Constituintes.

Quero aqui, portanto, Sr Presidente, em meunome e no do meu partido, dizer que temos restri­ções ao resultado final do primeiro turno da As­sembléia Nacional Constituinte, mas não compar­tilhamos com a tentativa de desestabilizar os tra­balhos, porque, na verdade, o que se pretendeé jogar no buraco, no lixo as conquistas hrmtadase parciais que obtivemos no primeiro turno. Porisso~ fazemos um chamamento a todas as forçasprogressistas para que não caiam no canto dasereia, para que não façam o jogo da direita, paraque não permitam que seus votos terminem porfacilitar manobra antinacional da UDR, do "Cen­trão" e dos grupos de extrema direita na Assem­bléia Nacional Constituinte.

O SR. MAURO BENEVIDES (PMDB - CE.Pronuncia o seguinte díscurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, transcorreu, no último dia 21,o centenário de nascimento do Dr.Amadeu Furta­do, médico dos mais humanitários, que se dedi­cou com extraordinário devotamento à sua profis­são, transformando-a em .autêntico sacerdócio,direcionado para o atendimento da população ca­rente de Fortaleza.

Naquela data, os seus filhos, netos e bisnetospromoveram, com a adesão espontânea da co­munidade, uma série de comemorações, príncí­piada pela concelebração de uma missa, durantea qual foi relembrada, tanto na hormlía como naoração dos fiéis, a figura imperecível daquele des­tacado coestaduano.

Exercendo uma liderança política das maisprestigiadas, com sucessivas reeleições para a As­sembléia Legislativa, o Dr. Amadeu Furtado as­cendeu à Chefia do Poder em razão de seus méri­tos pessoais e da confiança irrestrita dos que com­punham, na época, aquela augusta Casa.

Constituintes de 1935 e 1947, representandoa sua terra natal, o Ipu e a cidade de fortaleza,o eminente homem público nunca desmereceuo apreço e a consideração de que desfrutava juntoaos seus conterrâneos, capitalizando simpatiaspelas atitudes corretas e irrepreensíveis que sem­pre adotou como representante popular.

Tive o privilégio,Sr. Presidente, de conviver como Dr. Amadeu, a quem minha família se vincularapor laços de estreita amizade, num convivio queperdurou durante quase meio século, transferin­do-se, depois, para Zenilda, Aprígio, Valdire Glicia,seus filhos diletos, nascidos de seu casamentocom a extraotdinária dama, D. Zenóbia QuixadáFurtado.

Com o seu semblante paternal, acolhia em seupalacete, à Rua General Sampaio, todos os do­mingos, grupt l de jovens da sociedade cearense,que ali se com aternízavam num ambiente alegree estimulante, com a presença constante dos anfi­triões.

Presidindo o Poder Legislativo, dirigia os traba­lhos com serenidade e firmeza, proclamando aexcelência do regime democrático, após a norma­lização institucional do País, em 1945.

No seu consultório, ao lado da antiga farmáciaTheodorico, atendia diariamente a dezenas declientes, sem cobrar-lhes honorários, numa prá­tica salutar de solidariedade humana que a todosencantava, transformando-o num ídolo das clas­ses menos favorecidas.

Possuidor de aguçada sensibilidade profissio­nal, diagnosticava com invejável conhecimentode causa, atribuindo-se-Ihe até curas miraculosas,tão fascinante era a sua competência para aplicaras lições hauridas na tradicional Faculdade deMedicina da Bahia.

No intervalo de suas atividades políticas e pro­fissionais, dedicava-se à literatura, publicandocontos e trabalhos de ficção de conteúdo admi­rável, recolhidos hoje por descendentes e amigoscomo peças de primorosa inspiração.

Falecendo, em 1952, aos 64 anos, o Dr. Ama­deu Furtado recebeu consagradora manifestaçãopóstuma, com milhares de pessoas desfllandodiante de seu ataúde, conduzido por multidlio in­computável ao Cemitério de São João Batista,na capital do Estado.

A Câmara Municipal de Fortaleza, aliás, tomouimperecível a sua memória denominando o llIlti­go bairro do Coqueirinho de Amadeu Furtado- hoje um dos mais populosos de nossa urbe.

Reverenciando, pois, o centenário de nasci­mento do preclaro cearense na tribuna da Assem­bléia Nacional Constituinte, desejo perpetuar, nosseus Anais, o testemunho da ímorredoura grati­dão do Ceará a um de seus filhos mais distin­guidos, que teve como marcas indestrutíveis desua personalidade ímpar uma imensa bondadee o desejo permanente de servir à nossa terrae à sua gente.

O SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - APresidência não deseja ter o constrangimento deadvertir os oradores a respeito do tempo a quedevem ficar limitados. Apelo, portanto, para S.Ex" no sentido de que não excedam os dois minu­tos e meio previstos no Regimento Interno daAssembléia Nacional Constituinte.

Tem a palavra o nobre Constituinte Mansuetode Lavor.

O SR. MANSUEfO DE LAVOR (PMDB ­PE. Pronuncia o seguinte discurso) - Sr. Presi­dente, Srs. Constituintes, a se confirmarem as in­formações que nos chegam através da imprensa,assistiremos hoje à deflagração de uma intensacampanha publicitária em favor das multínacío­nais que operam no país, comçídíndo com o início

Page 7: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

Julho de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NAOONAL CONSTITUINTE Terça-feira 26 11993

dos trabalhos do segundo turno desta AssembléiaNacional Constituinte.

O que se pretende com isso? Mais espaço paraque aquelas empresas atuem no Brasil, suposta­mente em igualdade de condições com as empre­sas nacionais. Isto quer dizer, e todos nós bemo sabemos, que o movimento liderado pela Shell,Xerox e Brascan e que congrega duas dezenasde corporações transnacionais, quando invoca aigualdade de tratamento, postula, em última ratio,a preservação e consolidação de privilégioshisto­ricamente obtidos em todos os tempos, atravésde governos autontários ou não.

Dois pontos avultam entre as alterações busca­das pelo grande capital internacional no Projetode Constituição. a desnacionalização da explo­ração mineral, permitindo-se que ela seja feita,também, pelas empresas brasileiras com capitalestrangeiro e acabar com a proibição dos contra­tos de risco para a pesquisa e lavra de petróleo.

Por certo, o tratamento preferencial a ser dis­pensado pelo Poder Público no que tange à aquisi­ção de bens e serviços provenientes de empresanacional e também os benefícios especiais tem­porários ligados a aspectos estratégicos da defesanacional ou indispensáveis ao desenvolvimentodo País e de todo o arcabouço do amparo aodesenvolvimento e absorção de tecnologia serãoconsiderados à maneira delas e segundo interes­ses próprios, nesta nova ofensiva das multina­cionais.

Sr. Presidente, Srs. Constituintes, oportuno lem­brar que o primeiro turno de discussão evotaçãodo Projeto de Constituição teve o mérito de consa­grar, em suas linhas gerais, uma convivência acei­tável entre empresas nacionais e transnacionais,considerada a média das opimôes desta Assem­bléia e sua conseqüente correlação de forças, dospontos de vista político, ideológico, doutrinário.O que pretendem, agora, as empresas multina­cionais - e não contestamos seu direito a trazerà sociedade brasileira e a esta Assembléia seuspontos de vista - nada mais é que a reversãode algumas tímidas medidas de proteção à em­presa brasileira até agora consagradas no texto.constitucional.

É: precisamente neste momento que a naçãolíder do mundo ocidental, símbolo do capitalismo,sede das maiores corporações multinacionais eponto de referência maior no confronto ideoló­gico Leste-Oeste e no relacionamento Norte-Sul- os Estados Unidos da América do Norte ­anunciam retahacôes sobre produtos brasileiros.Desta feita, o pomo da discórdia diz respeito àalegada proteção de patentes de produtos de em­presas químicas e farmacêuticas daquele paísA elirainação da proteção das patentes para pro­dutos farmacêuticos, em 1945, e para processosquímico-farmacêuticos, em 1969, foram atosemanados da soberania nacional. E nem se digaque discrepantes dos procedimentos de outrospaíses do Primeiro Mundo, entre os quais o Japão.Pois bem: há cerca de 40 anos o Brasil produziaem tomo de 90% dos medicamentos aqui consu­midos. Atualmente essa correlação foi invertida,a saúde do povo constitui, não obstante os esfor­ços da Central de Medicamentos - Cerne, umadas mais suculentas fatias do lucro das multina­cionais - quem compra seus remédios nas far­mácias sabe disso - e não há indicações à vistade que este quadro seja alterado para melhor.

Não será demais lembrar que parcela substancialda responsabilidade por tudo isto coube a nós,brasileiros.

Em 1954, nos primeiros meses do GovemoCafé Filho, e em 1964, nos primórdios do Gover­no CasteIlo Branco, sendo czar da Economia oatual Senador Roberto Campos, a concessão deprivilégios a empresas estrangeiras, no setor daquímica fina, contribuiu de maneira decisiva paraa situação em que o setor hoje se encontra.

Um estudo do BNDES com a participação doBanco Central e dos Ministérios da Fazenda, In­dústria e Comércio, Ciência e Tecnologia, reve­lado em matéria publicada ontem pelo Jornalde Brasília, mostra que é praticamente impos­sível ao Brasil livrar-se ou recusar a participaçãodas multi na economia: elas dominam os 17 seto­res mais importantes da área econômica, detendoparcelas de mercado que, em alguns casos, chegaa 80%; são responsáveis pelo suprimento de27,5% das necessidades industriais do mercadointerno; garantem até 38,5% das exportações bra­sileiras, e - diz o relatório - milhares de empre­sas nacionais dificilmente sobreviveriam sem assuas participações acionárias.

Pelo visto, o que se pode pretender, neste mo­mento, Srs. Constituintes, é que pelo menos esteprocesso de aguda dependência não seja agra­vado, já que a sua reversão, a curto ou médioprazo, parece impossivel à luz do perfil do gover­nante brasileiro de hoje e do pacto de poder quecomanda o País. Seja como for, e isto me pareceda maior relevância, todas as evidências sugeremque vários importantes segmentos nacionais, en­tre os quais os militares, não apenas enquantocidadãos, mas também no desempenho de suasatribuições profissionais, preocupam-se com asobrevivência de fato e não apenas de aparência,da empresa nacional em todos os níveis. Numpaís de Terceiro Mundo, eufemisticamente cha­mado de "em desenvolvimento", por vezes o na­cionalismo confunde-se com a essência da nacio­nalidade. Mesmo neste mundo da aldeia globale da internacionalização da economia há peculia­ridades que as nações não podem ignorar, porquedizem respeito à sua soberania e ao bem-estarde seu povo. Quero lembrar aqui que em doismomentos cruciais para o País os militares, juntocom outros segmentos nacionais, estiveram liga­dos a posições nacionalistas, que não se devemconfundir com qualquer espécie de xenofobia oudemagogia inconseqüente: no após guerra, nasegunda metade dos anos 40, quando da defesado monopólio estatal do petróleo, e, recentemen­te, quando segmentos militares visceralmente'li­gados ao poder - o Conselho de Segurança Na­cional e o SNI - jogaram pesado em defesada reserva de mercado para o software, aindaque por prazo determinado.

Sr. Presidente, Srs. Constituintes, ao reafirmar,neste momento, minha posição contrária às alte­rações advogadas pelas multinacionais no textoconstitucional, concluo estas minhas palavraslembrando que o aprofundamento dos modemosinstrumentos de poder e de dominio em nossoPaís pode fazer a alegria de Wall Street ou daCitylondrina; mas seguramente será negativo pa­ra a soberania do Brasil, para nossa cultura epara a qualidade de vida de nosso povo.

Era o que tinhllll dizer.

Durante o discurso do Sr. ConstituinteMansueto de Lavor, o Sr.Jorge Arbage, Se­gundo-Vice-Presidente, deixa a cadeira dapresidência, que é ocupada pelo Sr. MauroBenevides, Primeiro-Vice-Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides)­Concedo a palavra ao nobre Constituinte Victor

Faccioni.

O SR. VICTOR FACCIONI (PDS - RS) ­Sr. Presidente, Srs. Constituintes, vivemos a horatalvez mais crítica do processo de transição polí­tica nacional. Estamos diante do "DiaD" da transi­ção democrática, e o desenvolvimento políticovem gerando as maiores expectativas e especu­lações possíveis. Por isto mesmo venho a estatribuna, ao reinício das atividades da Constituinte,com o segundo turno, para chamar à responsa­bilidade as forças políticas majoritárias deste País,as quais, ao embalo do Plano Cruzado, obtiverama mais retumbante vitória da história política na­cional, assumindo, em contrapartida, os maiorescompromissos com o povo brasileiro. Não se jogaleviana, demagógica e irresponsavelmente como destino de uma nação de cento e quarentamilhões de habitantes; não se joga impunementecom o destino deste País.

Quando leio e ouço certas declarações de lide­ranças, em nome daquelas forças majoritárias for­madas pelo PMDB e o PFL, com o choque deinteresses entre ambos no desdobramento dostrabalhos da Assembléia Nacional Constituinte,e, conseqüentemente, no processo de transiçãopolítica, fico muito preocupado, efetivamente.

Que tenham jogado com as aspirações do povobrasileiro, entregando numa bandeja a ordemeconômica nacional, tudo bem, ou tudo mal, diriamelhor. Já aconteceu. Mas que queiram agorajogar também com o destino político, com a or­dem política nacional, será demais. É: preciso queisso fique claro, porque claras são as responsa­bilidades que o PMDB e o PFL assumiram aoelegerem mais de 213dos que integram, em nomedo povo brasileiro, a Assembléia Nacional Consti­tuinte; elegeram todos os Governadores e a maio­ria das Assembléias Legislativas. E se depois detudo isso geraram o caos econômico, espero quenão gerem também o caos político,pois a respon­sabilidade é clara demais, e o povo e a Histórianão perdoarão jamais se deixarem passar estaoportunidade, última, talvez, para o aperfeiçoa­mento e a consolidação da democracia.

Creio que as manchetes dos jornais e as decla­rações dos líderes do PFL e do PMDBsão claras.Esperamos que a disputa do poder pelo podertenha um fim e se comece a pensar na Naçãocomo um todo e não apenas no desdobrarneatoda sucessão presidencial. Não é possível que opoder pelo poder e a sobrevivência de um oudois partidos, de algumas siglas partidárias, quecomo tal pouco representam, estejam acima dosinteresses maiores da Nação.

Era este o alerta que desejava trazer aos Srs,Constituintes, depois de ter andado pelo interiordo meu Estado, pelo Brasil afora, e, vindo dacapital do meu Rio Grande, para que não desper­dicem esta que seguramente se constitui na últí­ma oportunidade.

É: uma hora de responsabilidade, Sr. Presidente.Responsabilidades definitivas,graves, claras e su­ficientemente explicitadas. De nossa parte, esta-

Page 8: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

11994 Terça-feira 26 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Julho de 1988

mos aqui para dar nossa contribuição modesta;não será ela que haverá de faltar. O que falta,sim, Sr. Presidente, é aqueles que têm o poderde decisão nesta Casa corresponderem de umavez à confiança que o povo lhes delegou numahora tão marcante da Históriade nossa Pátria.

Sr. Presidente, esperamos que efetivamentenão se dê o impasse político;já é demais estarmosvivendoo impasse da ordem econômica, situaçãoessa mais nítida depois da declaração do Ministroda Fazenda, que a Folha de S. Paulo estampahoje em manchete: "Para Maüson, ilegitimidadeafasta choque".

O Ministro da Fazenda, Mailson da Nóbrega,disse ontem em Londres, durante conversa reser­vada, que "a falta de legitimidade política do Go­verno Sarney é um obstáculo para o tratamentode choque contra a inflação no Brasil".

Poisnão faltalegitimidadepolíticaà AssembléiaNacional Constituinte para decidir bem e já emfavor dos destinos do nosso País. Falta apenasvisão histórica das responsabilidades daquelesque obtiveram do povo a maioria para deliberar,e fazê-loatravés do consenso e não do confronto,pois só o consenso pode gerar o aperfeiçoamentoe a consolidação da democracia. (Palmas.)

o SR. PAULO RAMOS (PMOB - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, SI'"" e Srs.Constituintes, assomo à tribuna primeiramentepara manifestar solidariedade ao Presidente daAssembléia Nacional Constituinte, DeputadoUlysses Guimarães, e ao Ministro da PrevidênciaSocial, Sr. Renato Archer.

O Presidente da Assembléia Nacional Consti­tuinte, em veemente resposta, fez prevalecer asoberania do único poder legitimo existente nestePaís,e o Ministro da Previdênciadesmentiu a farsainiciadaexatamente pejo Presidente da República,que pretendia afirmar que esta Assembléia Nacio­nalConstituinteestava tomando decisóes que nãoseriam suportadas pelo Governo.

AfirmouS. Ex"que as decisões da AssembléiaNacional Constituinte fariam o País ingovemável.Faltou a S. Ex", o Presidente da República, quepreside um Governo ilegítimo, corrupto e entre­guista, dizer que o País está assim desgovernadopela ação deste Governo. Mas, lamentavelmente- e sou forçado a manifestar o meu repúdio- um representante do povo, que se diz Líderdo Partido da Frente liberal, nega todo o trabalhorealizado pela Assembléia Nacional Constituinte.Estou convencido de que o Deputado José Lou­renço, que se tem comportado como um verda­deiro apátrida, não tem o respaldo do seu partidopara assim se manifestar. O PFL e todos os seusintegrantes têm o dever de comparecer a estatribuna para desmentir aqueles que falam em seunome. Nega o Sr. José Lourenço a legitimidadeda Assembléia Nacional Constituinte porque nãotem compromisso com este País; é um apátridaque há de trair outras nações quando daqui sair,porque para cá veio após ter traído o povo ango­lano.

O SR. HAROlDO LIMA (PC do B - M.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs.Constituintes,hoje a Assembléia Nacional Consti·

tuinte retoma seus trabalhos com vistas à votaçãodo segundo turno e à conclusão dos trabalhosde elaboração da nova Carta Magna. E ela reabreseus trabalhos dentro de uma onda de pressõesbastante fortes que inquieta a todos aqueles quesão os verdadeiros defensores dos interesses po­pulares e da democracia. Em primeiro lugar, ébom que se registre que as pressões são oriundasde três vertentes principais.A primeira, das multi­nacionais; a segunda, do Governo Federal; e aterceira, dos líderes políticos mais reacionáriosdesta Casa. As multinacionais tomam uma posi­ção que deve ser energicamente combatida, criti­cada, porque, Sr. Presidente, os grupos multina­cionais que operam no Brasil,de forma absurda,insolente e atrevida, vão exibir hoje à noite, emhorário nobre de televisão, em cadeia nacional,um filme de videocassete de dez minutos, propa­gandeando as benesses do capital estrangeiro noBrasil com o objetivoprecípuo, estabelecido, for­malizado de pressionar a Assembléia NacionalConstituinte para que reveja pontos elementares,secundános, nos quais beneficiou as empresasde caráter nacional.

Não podemos perder de vista, Sr. Presidente,Srs. Constituintes, que esses acontecimentos es­tão se dando no mesmo instante em que o Presi­dente fascistóide dos Estados Unidos, o Sr. Ro­nald Reagan, acaba de desencadear uma retalia­ção contra produtos brasileiros.Temos que cons­tatar que isso faz parte de um plano elaboradopara ser desencadeado no mesmo momento ese volta contra a mesma Constituinte, porque atal retaliação por parte dos americanos decorree é origináriade uma medida de represália contraum dispositivo brasileiro que está em vigor há43 anos e que até então não os havia chocado.Inesperadamente eles se põem de sobressaltocontra esse dispositivo, e vão, inclusive, progra­mar para o dia 7 de setembro a entrega, porparte do Governo americano, da lista dos produ­tos brasileiros que serão retaliados.Ao lado disso,o Governo Federal, o Sr. José Sarney, o Sr. Antô­nio Carlos Magalhães, esse pessoal da pior espé­cie, originário da ditadura militar, mais uma vezameaça a Constituinte,tenta chantageá-Ia, dizqueo que elaestá fazendo é tomar o País ingovemável.Contudo, sabemos que um país íngovemável éum país ingovernado, e ingovernado está estePaís, precisamente porque a Constituinte aindanão interveio com força, e ingovernado está estePaís porque está sendo desgovernado pelo Sr.José Sarney e seus sequazes.

Sr. Presidente, para encerrar, temos que regis­trar que alguns porta-vozes dos setores mais rea­cionários do País,ligados às multinacionais lá fora,ligados ao Governo Federal, também estão aquidentro da Constituinteameaçando seus trabalhos,querendo dizerque é preferível dissolvera Consti­tuinte do que aprovar o texto constitucional quevotamos no primeiro turno.

Sr. Presidente, o PC do B energicamente semanifesta contra essas medidas golpistas, porqueo golpismo é que está proliferando hoje, vindodessas vertentes que mencionei, e a despeito detambém fazer críticas ao Projeto Constitucional,não pelos seus acertos, mas por suas debilidades,critica o Governo que está contra o Projeto peloque ele tem de positivo e destaca o que ele temde fraco e débil.

O SR. RUY NEDEL (PMDB - RS. Sem revi­são do orador.) - Sr.Presidente,Sr'"e Srs. Consti­tuintes:

"Campeiros, prontos os laços para a inver­nada e o rodeio, lidei com chuva e vagar,sem pressa, no romaneio, por lo más, seapressaram, tal sucede trançar com loncasde gado alheio"

Esses versos cabem neste momento da Assem­bléia Nacional Constituinte, onde todos lidamoscom chuva e vagar, prontos para esta tropeadae este rodeio. lidamos sem pressa no romaneiopara que agora, amadurecido o trabalho destaAssembléia Nacional Constituinte, possamosconcluí-lo em favor da Nação, do povo brasileiro.Este é o momento em que não se recua, esteé o momento para a conclusão dessa obra tãobem pensada, tão bem elaborada. Este compro­misso é de todos nós, e não tem direito o LíderJosé Lourenço de fazer publicar sua vontade emfavor do encerramento dos trabalhos e volta àestaca zero.

Este é o momento para se iniciar a tropeadafinal, é o momento pelo qual o povo anseia. Eesta ânsia é lídírna, é justa. E nós temos a obriga­ção não só moral, mas de fato,de encerrar nossostrabalhos com uma bela Carta Magna.

Além disso, Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Consti­tuintes, queremos deixar aqui registrado que nadata de hoje, 25 de julho, se comemora no RioGrande do Sul o dia do colono e o Dia do Moto­rista. Comemora-se o dia do início da imigraçãodos povos a partir dos germânicos, da imigraçãode colonos para as plagas do Rio Grande do Sul.Em 25 de julho de 1824 veio a primeira levade imigrantes, e desde então essa data é festejada,não só pelos grupos étnicos e seus descendentesque para aqui vieram, mas por todo o Estadodo Rio Grande do Sul.

Era isto o que tinha a dizer,Sr. Presidente.

O SR. HUMBERTO somo (PFL - MG.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, ao ini­ciarmos o segundo turno das votações, não pode­ríamos deixar de cumprimentar os Srs. Consti­tuintes pelo trabalho que foidesenvolvido em suafase inicial, aprovando um projeto moderno e sé­riopara a sociedade brasileira.Preocupa-nos mui­to que lideranças expressivasou, pelo menos, par­tidos expressivos nesta Casa comecem a tramara paralisação desta Constituinte, com a prorro­gação e mesmo a destruição dos trabalhos atéagora aqui feitos Preocupa-nos muito o que osjornais começam a anunciar: o lobby das multi­nacionais, dos grandes empresários e dos ban­queiros, que pretendem mudar o projeto apro­vado. Não negamos que é da política,é do Parla­mento buscar os entendimentos, os acordos, asmodificações que se fizeram necessárias, no de­bate que visa aos interesses de todas as classessociais. Entretanto, Sr. Presidente, esta Constituin­te procurou trazer o Brasil real para dentro destaCasa, com o objetivo de tentar transformar emestatuto que deverá nortear e organizar a socie­dade brasileira,não só para o futuro, em seu rela­cionamento, mas buscando também diversos as­pectos sobre o problema conjuntural, aquilo queestá acontecendo no Brasil, o que podemos é\Íu­dar a modificar nas Disposições Transit6rias.

Foi assim que aprovamos, graças ao voto soli­dário, sábio, inteligente e sensível, uma emenda

Page 9: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

Julho de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Terça-feira 26 11995

que apresentamos, juntamente com o SenadorMansueto de Lavor e o Deputado ZizaValadares,que cancelou a correção monetária de dívidasbancárias dos pequenos produtores rurais con­traídas durante o Plano Cruzado. Preocupa-nosmuito, Sr. Presidente, que com essas manobras,que hoje são desenvolvidas por banqueiros, peloSr. Ministroda Fazenda e por empresários, preten­dam suprimir a emenda aprovada. Essa preocu­pação aumenta quando vemos que o Sr. Relator,que ao longo dos debates sobre o Projeto tevesempre o cuidado de manter-se isento em relaçãoàs matérias mais polêmicas e mais difíceis, noque se referia ao conteúdo das mesmas, Iimitan­do-se ao parecer técnico de Relator,para surpresanossa, entretanto, no que se refere à nossa emen­da, com todo o respeito e admiração que temospor S. Ex", afrontou os Constituintes que aprova­ram a matéria no primeiro turno, dando parecerque entra no mérito, não analisando o problematécnico, dando parecer pela retirada da matériaaprovada, atendendo a uma emenda apresentadapelo Líder do Governo, que neste momento, semdúvida nenhuma, atendeu não s6 aos interessesdos banqueiros, do Governo, como também dossegmentos empresariais, que são contra a nossaemenda.

Sr. Presidente, nós os Constituintes, que esta­mos sendo julgados e tomamos a iniciativa emdefesa dos pequenos e médios produtores, verifi­camos esta Assembléia Nacional Constituinte as­saltada pelos Iobbies dos grandes empresáriose do pr6prio Govemo para retirar as conquistasque para aqui foram trazidas, não só em beneficiodos trabalhadores brasileiros, como também emfavor da própria modemidade da vida nacional,dos produtores rurais, dos microempresários eoutros segmentos da sociedade.

Fica registrado o nosso protesto. E aprovei­tamos ainda a oportunidade para d~nunciar asmedidas que estão sendo tomadas pelos bancosdo interior do País, como conseqüência da apro­vação da emenda, Sr. Presidente. Gostaria de sa­ber se há uma providência que possa ser tomadapela Presidência da Constituinte, pois após a apro­vação da nossa emenda desfecharam um verda­deiro mutirão de protestos de centenas de rmlha­res de titulos de pequenos e microempresáriose pequenos produtores rurais que estão com suasdívidas vencidas e já se encontram em estadopré-falimentar.Somente a Constituinte poderá fa­zer com que esse grande segmento da sociedadepossa continuar a contribuir para o processo dedesenvolvimento do nosso País.

o SR. EGíDIO FERREIRA UMA (PMDB ­PE) - Sr. Presidente, Srs. Constituintes, todosnós, nos últimos dias, temos lido nos jornaise ouvido da imprensa noticias as mais alarmantes.O próprio Governo, o Presidente da Repúblicase estaria encarregando de dizer que seria seupropósito zerar a Constituinte, votar contra o Pro­jeto de Constituição.

Sr. Presidente, quero nesta hora dizer ao Presi­dente da República que reflita, que tenha bomsenso, que não venha juntar aos problemas decor­rentes da falta de um governo com vontade poli­tica a insegurança, a temeridade e a insensatez.Dissolver esta Assembléia, 'não aprovar o Projetoque aí se encontra, significa impasse institucional.

Se não aprovarmos este Projeto de Constituição,seguramente cairemos na incerteza e o País par­tirá para a anarquia institucional.

Sr. Presidente, peço, pois, ao Presidente da Re­pública que reflita antes de se insurgir contra otrabalho da Assembléia Nacional Constituinte.Nós, bem ou mal, tivemos competência para votarum razoável Projeto de Constituição inovador emodemizante. Esperamos que o Presidente daRepúblicatenha competência para preparar o Go­vemo, a Administração, para esse Projeto,promul­gada a nova Constituição, seja executado, postoem prática e possibilite a consolidação da demo­cracia brasileira.

Era o registro que desejava fazerSr. Presidente.

O SR. ADYLSON MOlTA (PDS- RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs.Constituintes, desejo apenas, nesta tarde em quesão retomados os trabalhos constituintes, comvistas à sua segunda e última fase, com a conclu­são, evidentemente, da elaboração do novo textoconstitucional, usar da palavra para somar minhavoz à de tantos outros que vieram à tribuna dizerdas suas apreensões e preocupações, dada a ten­tativa de confundir esta Assembléia com propos­tas que não consultam aos interesses nacionais,como a de "zerar" a Constituição, inspirada noPalácio do Planalto, e aquela consubstanciada nainfeliz declaração do Líder do PFL, de prorrogarpara novembro o ínicio do segundo turno dostrabalhos constituintes.

Quero dizertambém, Sr. Presidente, que venhode uma incursão pelas minhas bases eleitoraisno RioGrande do Sul. Evidentemente, somos cri­ticados pelos equívocos ou omissões contidosna Carta, mas em geral o trabalho é consideradorazoável e está sendo assimilado pela sociedade,até porque fruto de entendimento, debates e inter­cãmbios permanentes entre todos os segmentosda sociedade.

Por conseguinte, no momento em que adentrao recinto o Presidente titular, aJysses Guimarães,apelo para que concentremos esforços, sem, éclaro, atropelar o Regimento Interno - e estaé uma preocupação que tenho, até porque já seique algumas das minhas propostas estão sendoprejudicadas devido a essa ânsia de concluir ostrabalhos - para que se utilizemtodos os meca­nismos regimentais de que dispomos e, aindano mês de agosto, possamos concluir os traba­lhos da Assembléia Nacional Constituinte e pro­mulgar a nova Carta em uma data histórica ­no caso, o dia 7 de setembro, que se aproxima.

Isso, creio, é o que a Nação inteira espera denós, principalmente em face da crise econômica,da falta de autoridade, da incompetência, da im­probidade administrativa existente hoje no Paláciodo Planalto, que procura confundir esse quadrocom alguns equivocos eventualmente cometidospela Constituinte.

Este, o apelo que faço, nesse retomo aos nos­sos trabalhos. Sei da disposição e da vontadede V. Ex', Sr. Presidente, para que o mais brevepossível possamos entregar à Nação o novo textoconstitucional.

Muitoobrigado.

A SRA. DIRCE Tara QUADROS (PSDB-SP. Pronuncia o seguinte discurso.) -Sr. Presi­dente, Srs. Constituintes, é grave a falta de demo­cracia que asfixiao Brasil.Nosso povo, desiludido

com os homens públicos, contempla a cena polí­tica nacional com olhos de descrença, revolta eprofunda mágoa.

E o atual desgoverno, marcado por suces­sivos escândalos e absolutamente desacreditado,é o grande responsável pela situação caótica aque chegamos.

Dois fatos ilustram bem, sem exagero de qual­quer ordem, o grave momento nacional, em quea ausência da prática democrática é de fácilcons­tatação. Seriam cômicos, não fossem trágicos.Constituem-se em espelhos de nosso tempo. Refi­ro-me à bisonha proposta de enquadramento doReitorda Universidadede Brasília,Prof.CristóvamBuarque, velho lutador das causas populares, pelosimples fato da realização de um debate, entreestudantes, sobre a descriminalização da maco­nha e o uso de tóxicos.

Ora, o debate amplo, geral e irres?,itõ de todoe qualquer tema, por mais singula~ que seja, éinerente, cabível e normal na vida eóadêmíca. Écrime discutir um tema palpitante, m~~o,atual? Nós, parlamentares Constituintes, que to­dos os dias discutimos sobre tudo, porventurasomos passíveis de alguma punição por extemar­mos nossas opiniões de forma aberta e corajosa?

O comentado enquadramento do Prof. Buar­que, com certeza, se viera ocorrer, iráconstituir-seem verdadeira homenagem ao talento, à corageme à sensatez com que vem comandando os desti­nos da UnB. Trata-se, pois, de um homem quelutou contra o regime militar e cuja capacidadeadministrativa é reconhecida até por seus adver­sários, sendo, em verdade, grande educador numcampus onde, até há pouco tempo, sob as bên­çãos da ditadura, reinava, soberano e arrogante,um bedel do arbítrio.

De toda forma, o fato de um governo comoeste, desmoralizado e carcomido pela corrupçãoadministrativa, aventar a hipótese do enquadra­mento do Reitor da UnB, já é o suficiente paraque se escreva mais uma sórdida, porém pito­resca página do folclore político do Brasil de ago·ra,

O outro fato, sumamente grave, foi a propostaamoral, antidemocrática e absurda de rejeição embloco de tudo o que aprovamos no primeiro turno.Por insensata, não merece nossa atenção maior.Todavia, eu não poderia deixar de registrar meuapoio, meu agradecimento e felicidade pela rea­ção máscula, digna e corajosa de nosso Presi­dente, o Constituinte Ulysses Guimarães, cujasdeclarações fortes desmoralizaram os ensande­cidos porta-vozes do caos, inimigos da Consti­tuinte e parceiros da velhacaria política.

Disse bem o Presidente Ulysses:a Constituintenão é hospício, nem aqui existem 280 loucospara aprovarem as sandices vindas do Paláciodo Planalto.

Falou portodos nós o nosso Presidente. Esabe­mos todos, mais que nunca, que, com suas limita­ções, com seus acanhados avanços, mas coma participação de todos, a Carta Magna que esta­mos escrevendo é o retrato de um novo Brasil,onde, por certo não caberão políticos menores,sem compromissos populares, sem dignidadepessoal, sem amor ao Brasil e respeito ao seupovo, como os que pensam em traí-lo atacandoa Assembléia Nacional Constituinte.

Era o que tinha a dizer.

Page 10: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

11996 Terça-feira 26 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NAOONAL CONSTITUINTE Julho de 1988

o SR. EUEL RODRIGUES (PMDB - PA.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, a imprensa de meu Estado,o Pará, divulgou há poucos dias que está sendoestudada a possíbilídade de lá ser implantado oCentro de Pesquisa, Extensão e Treinamento daRegião Norte, destinado a incrementar o desen­volvimento do setor pesqueiro naquele que é umdos mais ricos potenciais pesqueiros nacionais.

Recentemente, esteve reunido em Belém o Su­perintendente da Sudepe, Aécio Moura da Silva,juntamente com um grupo de técnicos canaden­ses ligados à Consept, organização especialadaem implantação de projetos do setor pesqueiroem países em desenvolvimento, quando foramrecebidos, inclusive, pelo Governador Hélio Guei­ros.

Este encontro é o resultado da recente visitaque Aécio Moura da Silva fez ao Canadá, quandodeu início às conversações visando alcançar esteobjetivo, tendo logo despertado o interesse detécnicos e empresários do Setor daquele país,os quais imediatamente se dispuseram a vir aoBrasil para conhecer in loco as reais condiçõesdesse trabalho. A partir do encontro de Belémesses técnicos vão elaborar uma minuta de pro­posta, a ser devidamente estudada pelas autori­dades brasileiras, até a consecução dessa meta.

o importante, porém, e o que quero destacaragora, é que a escolha do Estado do Pará parareceber este primeiro centro de treinamento vemdemonstrar o interesse que a Sudepe, por suadireção, vem dispensando às regiões estrategi­camente potenciais no Brasil. Este centro objetiva,primordialmente, preparar mão-de-obra especia­lizada, com vistas a um melhor aproveitamentoda produção pesqueira no Pará e no Amazonas,sobretudo. Por isso, quero apresentar meus cum­primentos à Sudepe por esta oporturna imciativa.

Muito obrigado.

O SR. ANTONIO DE JESUS (PMDB- GO.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, temos procurado marcar nossaatuação parlamentar pela defesa de valores e insti­tuições que reputamos fundamentais ao bem-es­tar da sociedade brasileira.

Acreditamos que a função legislativa não é me­ramente sociológica, ou seja, a de refletir tão-so­mente a realidade das relações humanas; ao con­trário, apoiados no fato social como matéria-pri­ma do nosso labor, devemos procurar moldaras estruturas sociais, imprimindo-lhes os carac­teres que permitam proporcionar maior harmoniae felicidade às pessoas.

É precisamente nesse sentido que cerramosfileiras com aqueles que defendem a farnílla brasi­leira como unidade fundamental do Estado,opondo-nos aos ataques deletérios que vêm so­frendo nas últimas décadas, acirrados nesses diasde elaboração constitucional.

Queremos, hoje, tecer algumas consideraçõesacerca de uma dessas ameaças que, travestidade modernidade e de liberalismo, tem feito soço­brar inúmeros lares, vitimando especialmente osmais jovens e inexperientes.

Referimo-nos ao divórcio, introduzido na vidainstitucional brasileira há pouco mais de dez anos,e cuja ampliação e liberalização vem sendo acele-

radamente defendida pelos setores ditos progres­sistas da sociedade.

Não somos ingênuos a ponto de argumentarque as pessoas se separem porque uma lei lhesconfere tal faculdade, contudo, não se pode des­prezar o efeito educativo que a norma exerce so­bre as pessoas.

É certo que a legislação não poderá, simples­mente.estabelecer um padrão ideal de relaciona­mento, esquecida da realidade objetiva das rela­ções sociais, por outro lado não há como desvin­culá-la do seu conteúdo ético inerente: a lei deveaproximar-se, o mais possível, do justo, do bom,do perfeito.

Nessa perspectiva, cremos que o divórcio exer­ce uma influência nefasta especialmente sobreas novas gerações, já meio sufocadas pelo marde relativismo e pelo caos moral reinante.

Rompido o principio da indissolubilidade docasamento, este passou a ser, ao menos na mentedas pessoas, passo menos sério, já que não ne­cessariamente definitivo.

Isso faz com que os casais mais jovens, aoprimeiro vento de adversidade, recorram à solu­ção aparentemente mais fácil e viável: a separa­ção, muitas vezes trazendo emormes traumas pa­ra filhos ainda em tenra idade.

Ora, é certo que as dificuldades fazem parteda vida de qualquer casal, mormente nos temposdificeis em que vivemos. Não houvesse essa vál­vula de escape tão fácil, certamente os casaisprimeiro refletiriam melhor antes de se uniremem matrímônío.assumíndo, portanto, decisõesmais responsáveis; segundo, enfrentariam commaior empenho os problemas conjugais, alvando- quem sabe? - muitas vezes, a unidade fami­liar, atravessada a crise.

É evidente que esse componente educativo ten­deria a produzir famílias mais estáveis, casais maisrealizados e filhos mais felizes. O drama de umlar que se desfaz é, talvez uma das experiênciasmais negativas, do ponto de vista psicológico, tan­to para os cônjuges quanto para os filhos e pa­rentes.

A legislação atual, embora a nosso ver, equivo­cada em sua essêncía, resguarda alguns dessesprincipios protetores da família, ao exigir o tempomínimo de dois anos de casamento para a separa­ção judicial e de três anos para a conversão dodivórcio, prazos que objetivam dar ao casal opor­tunidade para refletir acerca de tão drástica deci­são, e ao restringir a uma única vez a faculdadede requerer o divórcio, preservando um poucodo caráter educativo que a lei deve ter e evitando,ao mesmo tempo, confusão nas relações sociaise de parentesco, que certamente adviriam do di­vórcio livre.

Contudo, acreditamos que, como regra, comoprincípio geral, como padrão ideal para as pes­soas e para a sociedade, a família deve consti­tuir-se em tomo da união indissolúvel entre ho­mem e mulher, ao assumirem tal compromis­so.dão um testemunho maior de amor e de res­ponsabilidade, proporcionando um ao outro felici­dade, paz e satisfação, e aos filhos, segurança,harmonia e uma formação sadia.

A sociedade como um todo se fortalecerá, en­tão, e teremos uma base sólida para edificarmosa grandeza desse País.

O SR. MARCOS UMA (PMDB - MG. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, a situação da Rede FerroviáriaFederal está adquirindo contornos inaceitáveispara nós, parlamentares que militamos na ban­cada do PMDB de Minas Gerais. A má gestãodo atual titular da empresa, Dr. Paulo Munhoz,traduzida na adoção de medidas ínconvementes,quer do ponto de vista político, quer do adminis­trativo, não nos deixa outra alternativa senão soli­citar ao Presidente da República o seu afasta­mento do cargo.

Representando o pensamento da maioria dabancada do PMDB de Minas Gerais, estamos reu­nindo dados capazes de demonstrar a falta deética administrativa que vem norteando as açõesdo Presidente da Rede Ferroviária Federal. Umdossiê circunstanciado será oportunamente ofe­recido às autoridades governamentais e à opiniãopública brasileira.

A demissão do Dr. Paulo Munhoz é um impera­tivo ditado pelo respeito e pelo zelo à coisa pública.Estamos certos de que a medida ora pleiteadamerecerá a devida consideração de S. Ex" o Sr.Presidente da República.

O SR. JÚLIO COSTAMILAN (PMDB- RS.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, damos continuidade hoje aostrabalhos de plenário da Assembléia NacionalConstituinte, cumpridas todas as etapas regimen­tais entre o primeiro e segundo turno de votações.A participação dos Srs. Constituintes na apresen­tação de emendas e destaques para as suas inicia­tivas foi das mais expressivas, tudo levando a crerque a partir desta data estaremos partindo decidi­damente para a conclusão dos trabalhos de elabo­ração constitucional, a fim de que o novo textoseja promulgado, como é desejo de toda a Nação,no mais breve tempo possível.

Estamos otimistas quanto a este aspecto. Cabeconsiderar, entretanto, as notícias de que parcelade Constituintes, no caso integrantes do que sedenominou "Centrão", estaria inclinada a adotarmanobras visando votar contra o projeto globalaprovado no primeiro turno, a exemplo do queteriam decidido já os representantes do PT. Seriade todo lamentável viesse a ocorrer tal comporta­mento, que, temos certeza, receberá o repúdioda Nação Pela sua total improcedência, falta dejustificativa e até mesmo de impatnotismo frenteao reclamo nacional de uma nova Constituição

É mdiscutivel a sensibãldade ao sentimento po­pular registrada desde o início dos trabalhos, querpela acolhida a inúmeras sugestões partidas depessoas do povo, mas principalmente pelo acolhi­mento de grande número de propostas popularesdevidamente encaminhadas com o apoiamentode milhares de assinaturas, e sobretudo peja apre­ciação, análise e deliberação dada a todas asquestões formuladas através daquelas iniciativas.Digna de destaque também a maneira como foielaborado o texto, desde as Subcomissões, Co­missões temáticas, Sistematização e finalmenteo Plenário, onde aconteceu um dos mais notáveisfatos qual seja, o encaminhamento de grande nú­mero de acordos através de fusões de emendase a votação consagradora que se seguiu. Conside­rados todos estes aspectos e 'outros que poderiamser alinhados, toma-se incompreensível o com­portamento anunciado, de que setores da Consti­tuinte votarão contra o projeto global ao início

Page 11: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

Julho de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NAOONAL CONSTITUINTE Terça-feira 26 11997

O SR. AMA(JRY M(JLLER (PDT - RS. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, as sandices de setores ultra­conservadores, que não se conformam com osexercícios democráticos e com os tímidos avan­ços obtidos no primeiro tumo de votação da As­sembléia Nacional Constituinte, unem-se maisuma vez para golpear as instituições e retardaro processo de institucionalização do País.

Essas vozes, que emergem dos túneis da opres­são e da íntolerêncra, não discordaram dos acor­dos celebrados pelas lideranças partidárias e que

o SR. SIQ(JEIRA CAMPOS (PDC - GO.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,S!"" e Srs. Constituintes, o Ministro Rafael Mayer,Presidente do Supremo Tribunal Federal, conce­deu Iimmar suspendendo os efeitos das leis esta­duais de Goiás que criaram treze municípios, seisdos quais na área do futuro Estado do Tocantins.

A medida adotada pelo Presidente do STF atin­ge os Municípios tocantinenses de BernardoSayão, Caseara, Divinópolis, Marianópolis, NovoAlegre e Santa Rosa do Tocantms, cujos atos le­gais de criação foram suspensos e poderão seranulados, deflnítivarnente, na sessão de 3 deagosto próximo da mais alta Corte de Justiça doPaís.

Espero, no entanto, Sr. Presidente, que o STFnão chegue a decisão injusta contra os interessesdas populações daquelas comunidades do Esta­do.do Tocantins, porque, mesmo que correta taldecisão do ponto de vistajurídico,ela seria profun­damente desastrosa sob o aspecto social, políticoe econômico, tais as magníficas condições queostentam as seis comunidades tocantinenses pa­ra se emanciparem.

Já que não posso decidir a questão e garantirde vez um resultado favorávelàqueles municípios,que estão sob séria ameaça de caírem, deixo aquiregistrado o compromisso que assumi de promo­ver o restabelecimento da emancipação de Ber­nardo Sayão, Caseara, Divinópolis, Marianópolis,Novo Alegre e Santa Rosa do Tocantins, atravésda Assembléia Estadual Constituinte, com a cria­ção do Estado do Tocantins, se o STF anular,agora, as leis que os criaram.

Com a certeza de que Deus todo-poderoso eo povo do Estado do Tocantins me elevarão àhonrosa condição de seu primeiro governador,conclamo os líderes políticos e os eleitores dosseis munícípros tocantinenses ameaçados a seprepararem para as próximas eleições municipais,a 15 de novembro de 1988, se mantidos os muni­cípios pelo STF, ou a 15 de novembro de 1989,já que o governo do novo estado garantirá o seurestabelecimento, se eles caírem agora.

A permanência dos seis municípios é de funda­mentaI importância para o Estado do Tocantins,eis que com as novas estruturas administrativasmunicipais poderemos levar a efeito os diversosprogramas do govemo estadual, que poderá gerarbenefícios para suas populações e promover umasoma muito grande de realizações que muito for­talecerão sua economia.

Aos habitantes de Bernardo Sayão, Caseara,Divinópolis, Marianópolis, Novo Alegre e SantaRosa do Tocantins, transmito minha solidariedadee meu apoio, dizendo-lhes que confiem em Deus,que tudo terminará bem.

Era o que tinha a dizer.

Sempre atento às exigências do mercado, oBanespa adotou entre suas prioridades a expan­são da rede de agências e a reestruturação admi­nistrativa e operacional.

Logo, não podemos deixar de parabenizar adiretoria do Banespa pelos excelentes resultadosobtidos durante o ano de 1987, e fazemos votospara que a magnífica atuação se repita neste anode 1988, em benefício do povo paulista e bra­sileiro.

o SR. NOEL DE CARVALHO - (PDT ­RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­dente, Sr"se Srs. Constituintes, os jornais e a televi­são notíctaram, há pouco, através de colunistas- revelando nítida matéria "plantada" intencio­nalmente - a existência de "parecer" da Consul­tona Geral da República - hoje o estranho e

O SR. FRANCISCO AMARAL (PMDB -SP. tenebroso laboratório das alquimias palacianasPronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, -em que se confere à SUFRAMA, órgão regional,Srs, Constituintes, dando continuação à brilhante o direito de sobrepor-se à política nacional deadministração Otávio Ceccato, assumiu a presi- informática, excepcionando e vulnerando assimdência do Banespa o seu vice-presidente, João a Leide Informática, uma das grandes conquistasde Oliveira, que, com dinamismo e decisão, pro- do povo brasileiro.cura seguir e levara efeito as diretrizesimprimidas Estranho parecer este, que subtrai poderes dapelo ex-presidente. Secretaria Especial de Informática (SEI) e afirma

O relatório da atual diretoria demonstra que ceder o interesse nacional às imposições de inte-o Banespa acompanhou as mudanças da conjun- resse regional. O saudoso Professor João Manga­tura econômica e adotou, imediatamente, medi- beira, eminente homem público e figura desta­das operacionais e administrativas não só para cada na Constituinte de 1934, chamara a essessuperar a posição já conquistada pelo Banco no leguleios de "juristas de veraneio", prontos ajusti­mercado, mas, principalmente, para garantir sua ficarem os desejos e manobras escusas do poder,rentabilidade e aprimorar ainda mais seus produ- usando de sua bem provida bateria de sofismastos e serviços. e silogismos de pé quebrado. Lavrado em janeiro

Com isso, os depósitos do Banespa registraram próximo passado, esse curioso parecer só agoraum aumento de 235,8% no ano, para uma evolu- veio,significativamente,a ser publicado no "Diárioção de 133,3% dos meios de pagamento no rnes- Oficial",coincidindo com o noticiárioorquestradomo período. Os depósitos a prazo cresceram e com as lamentáveis e tíbias declarações do Pre­285,7% e os recursos repassados apresentaram sidente da República no exterior, quase pedindouma evolução de 397,4% com o Banespa con- desculpas pelo teor nacionalista da Lei de Iníor­quistando o primeiro lugar como repassador de mática.recursos Finame. Esse notável desempenho pro- Apesar do que esta Constituinte decidiu quantoporcionou o lucro líquido anual de Cz$ 11.164 à preservação e ínstítucronalízação dessa política,milhões, o maior da década de 80, correspon- continuam ainda os mesmos grupos - comdendo a uma evolução de 725,1%, em valores apoio dos leguleios da Consultona Geral da Repú­nqminaise91,2% em termos reais.Assim,a lucra- blica - a forcejar por miná-Ia, jogando agoratividade das ações Banespa atingiu 684% (PP) com o conflito entre a SEI e a SUFRAMA, quee 588,9% (ON), contra uma variação de 35% extravasam mero aspecto de desacordo entre re-do índice Bovespa. partições públicas para assumir o caráter de epí-

Em decorrência dos resultados obtidos e da sódio de um embate maior, entre o interesse na­chamada de capital, o Banespa tomou-se uma cional e o de grupos que não hesitam em valer-seempresa capitalizada, capacitando-se a realizar dos bons propósitos da SUFRAMA, cuja existêncianovos investimentos. Dentro de sua função de todos apoiamos e desejamos ver refortalecida,agente do desenvolvimento econômico e social, em prol de uma Amazônia que, antes de tudo,e de acordo com a orientação do Governo Orestes é e deverá ser brasileira, e não um quisto interna­Quércia, o banco íntensiflcou seus programas de cionalizador e desnacionalizador de nossa econo-apoio financeiro nas praças onde atua. mia.

A política implementada no âmbito do crédito Ninguém, porém, está dormindo, e uma provarural, por exemplo, contribuiu não só para o au- dessa vigilância cívica nos chega agora atravésmento da produção, mas também ateve-se ao da ação sempre presente do MovimentoBrasileirocunho social, garantindo níveis superiores a 30% de Informática (MBI) durante os trabalhos destaem suas aplicações aos mini, pequenos e médios Constituinte, contribuindo para esclarecer a mui­produtores. Cabe ainda registrar o lançamento tos de nós sobre este magno problema brasileiro,do Prêmio Banespa de Produtividade Agrícola, o do domínio da tecnologia, sem o qual ficaremoscom a participação de cerca de 1°milagricultores sempre .dependentes dos países estrangeirose produtores rurais do Estado, com o objetivo mais avançados e, portanto, a reboque da História.de estimular a produção. Os "juristas de veraneio" do laboratório da al-

No âmbito do desenvolvimento urbano, o ban- quimia palaciana que se acautelem, pois estamosco foi o principal repassador de recursos destina- atentos, assim como.o Conselho de Segurançados às áreas de saneamento básico, infra e supe- _ Nacional, que nesse capítulo da informática temrestruturas urbanas. prestado grande serviço ao País.

do segundo tumo, com o objetivo de anular todoo trabalho realizadoaté o momento, concorrendo,desta forma, para toda uma série de conseqüên­cias que advirão de tal postura.

A Nação deseja ver concluída a nova Consti­tuição, cuja elaboração foi iniciada em fevereirode 1987, nesta data iniciando-se o segundo turnode votação.

Desta tribuna endereçamos apelo a todos osSrs. Constituintes, para que, indistintamente, con­tribuam no sentido de que o povo brasileiropossavira festejar com seus representantes, dentro empouco, a promulgação tão esperada e desejadada nova Ccnstínnçêc do Brasil, num clima deentendimento, de patriotismo e de cooperaçãomútua, para juntos iniciarmos uma nova era dedesenvolvimento e de paz.

Page 12: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

11998 Terça-feira 26 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NAOONAL CONSTITUINTE Julho de 1988

desaguaram na consagração de alguns direitosdo trabalhador brasileiro e na engenharia de umprojeto político capaz de devolver ao País sua pró­pria soberania. Ontem, votaram a favor. Hoje, es­tranhamente, pretendem desonrar a palavra em­penhada e jogar para as calendas gregas a vota­ção do segunto turno, desrespeitando acintosa­mente a opinião pública e a própria inteligêncianacional.

Pertenço, Sr. Presidente, a uma geração queainda considera o fio de bigode um diploma dehonra e que, por isso mesmo, jamais deixará decumprir qualquer tipo de acordo, especialmentequando se trata de oferecer à sociedade brasileirauma nova Constituição, que traga em seu bojomecanismos eficazes no sentido de respeitar, inte­gralmente, os direitos da pessoa humana e pro­mover a reconstrução econômico-social do País.Sómesmo a irresponsabilidade de homens comoo Sr. José Lourenço, cujos compromissos espú­rios com o poder econômico opressor são conhe­cidos, poderia justificar a tentativa de implodir ostrabalhos de elaboração constitucional e impedirque, afinal, o povo brasileiro conquiste novos es­paços para a afirmação de suas prerrogativas fun­damentais. Ou o Sr. José Lourenço não fala asério e blefa cinicamente, ou fala a sério e deixade ser um homem sério. Afinal, durante essesdezesseis meses de intenso trabalho, foram gas­tos incalculáveis recursos, que não caíram do céunem resultam de alguma alteração milagreira.Trata-se de dinheiro do povo faminto e esfarra­pado, que sofreu e ainda sofre as conseqüênciasdesastrosas de um modelo econômico elitista,excludente e concentrador da riqueza. Não meparece lícito, pois, que todo esse trabalho e todoesse dinheiro sejam simplesmentejogados no lixoda História apenas porque o Sr. José Lourençoe sua corte de aduladores do Governo, do latifún­dio, dos bancos e do capital estrangeiro desejamnegar ao povo o direito de ter uma nova Cons­tituição.

Por isso, Sr. Presidente, quero manifestar o maisveemente repúdio a essas maquinações fascistas,que, pelo seu caráter autoritário, sequer repre­sentam o pensamento da bancada do PFL. Te­mos um compromisso com o povo e com a Histó­ria, e vamos cumpri-lo, custe o que custar, doaa quem doer.

Por último, Sr. Presidente, desejo evocar otranscurso, hoje, do dia consagrado ao colonoe ao motorista. Para essas categorias profissio­nais, que tantos e relevantes serviços têm prestadoà Nação, não é um dia de festa. Na verdade, éum dia de luto e de luta. De luto, porque seusdireitos continuam sistematicamente esmagados;de luta, porque o bravo homem do campo e ocondutor da riqueza nacional não se conformamcom os rumos da vida brasileira. Querem e exi­gem transformações. E elas virão, certamente,com o sepultamento de manobras cínicas comoas do Sr. José Lourenço e com a construçãode uma nova e justa ordem econômica, sociale culturaL

Era o que tinha a dizer.

o SR. LáCIO ALCANTARA (PFL - CE.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, cumpro o doloroso dever departicipar a esta Casa o falecimento do professore historiador Raimundo Girão, ocorrido ontem,

em Fortaleza, depois de longa vida dedicada àcultura e à história do Ceará.

Membro da Academia Cearense de Letras edo Instituto Histórico do Ceará, foi o inspiradorda criação, no Govemo de Palácio Castelo e pri­meiro titular da Secretaria de Cultura.

Deixou Raimundo Girão numerosos livros, tra­tando sobretudo de temas cearenses, aos quaisse dedicou com invulgar eficiência.

Foi, ainda, prefeito de Fortaleza. Militouna polí­tica partidária, por pouco tempo, integrando aUDN, pela qual chegou a disputar cargos públi­cos.

O que mais chamava a atenção em RaimundoGirão era a lucidez, apesar da idade avançada,e a maneira como trabalhava sem cessar, escre­vendo novos trabalhos e fazendo planos para pro­duzir outros, sem se acomodar ou dar por con­cluída sua tarefa intelectual.

Trata-se, sem dúvida, de um grande desfalquepara a cultura cearense o seu desaparecimento.Conforta saber que seus trabalhos irão perma­necer como símbolo da tenacidade de um ho­mem voltado para as coisas do espírito com gran­de contribuição ao desenvolvimento cultural doCeará. Ficará também em nossa lembrança aimagem do cidadão exemplar e do chefe de umafarníha bem constituída, à qual pedimos seja co­municado o voto de pesar da Assembléia Nacio­nal Constituinte.

O SR. FRANCISCO ROLLEMBERG(PMDB - SE. Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr Presidente, Srs. Constituintes, definido nasessão de 28 de junho último, desta Assembléia,o destino da Emenda n° 587, de minha autoria,mediante a qual pretendia restabelecer a verda­deira fronteira sul do Estado de Sergipe com aBahia, entendi ser também de meu dever, agora,fazer este retrospecto da luta que travei, semprecom o apoio da bancada constituinte sergipana,em favor dos melhores e mais altos interessesde nossa terra.

Trata-se, na verdade, de uma prestação de con­tas ao sergipano, que, independentemente desuas condições sociais, se mobilizaram unânimesem tomo de uma iniciativa que até por intuiçãosentiram ser justa e que, se tivesse obtido a maio­ria dõs votos desta augusta Assembléia, signifi­caria nada mais, nada menos que a reparaçãode um estado de coisas inaceitável para Sergipe,sem embargo ou por isso mesmo de já vir etemi­zando-se por mais de um século.

Em sua singeleza, o texto da Emenda por mimsubmetido à deliberação da Constituinte era oseguinte:

"EMENDA N°2P00587-0Inclua-se o seguinte art. 61 ao Ato das Dis­

posições Constitucionais Gerais e Transitól­ras do Projeto de Constituição (A), renume­rando-se os demais:

Art 61. A superficie territorial do Estadode Sergipe é acrescida da área compreen­dida entre o rio Real, na divisa com o Estadoda Bahia, e o rio ltapicuru, que passa a consti­tuir-se a linha divisória entre ambos os esta­dos.

§ l° Os Municípios de Jandaíra, ltapicu­ru e Rio Real, localizados na área a que serefere estes artigo, passam a integrar o territó­rio do Estado de Sergipe.

§ 2° Para o atendimento do dispostoneste artigo, a legislação federal e estadualcompetente, no prazo de 180 (cento e oiten­ta) dias, contados da promulgação destaConstituição, estabelecerá as modificaçõesque se fizerem necessárias à aplicação dosefeitos decorrentes."

Para que esse texto viesse a constar da novaCarta Magna brasileira percorremos, nós, da ban­cada de Sergipe, árduo caminho ao longo doprocesso constitucional. Primeiro, na Subcomis­são dos Estados, onde, na reunião de 19 de maiode 1987, ou seja, no início dos trabalhos da As­sembléia, materializamos o texto da Emenda, sobo n° 2BOI15-1. Na Comissão de Organização doEstado, nos dias 1° e 9 de junho do mesmo ano,sob os números, respectivamente, 200188-8 e250032-9, tivemos oportunidade de defender overdadeiro sentido de nossa proposição. Aindanesse mesmo mês de junho, no dia 29, voltamosa apresentar a emenda, desta vez sob o n°CSOO040-4,e novamente levantamo-nos por Ser­gipe na Comissão de Sistematização, mostrandoali as razões pelas quais a fronteira sul de Sergipedeveria ser restabelecida no rio ltapicuru. Final­mente, em 12 de janeiro último, agora com on° 2P00587-0, reapresentávamos no Plenário daConstituinte a questão dos limites territoriais sergio

, panos.Assim, Sr. Presidente, Srs. Constituintes, nada

menos de cinco tentativas fizemos, visando a inse­rir no texto constitucional, cujo segundo tumode votação se inicia, a correção de um flagranteesbulho de que tem sido vítima o povo de meuestado.

Perseguindo nosso objetivo, no período que vaide 1°de abril de 1987 a 30 de junho recém-findo,registram os Anais da Assembléia Nacional Cons­tituinte, do Senado Federal e da Câmara dos De­putados, um total de 37 pronunciamentos emprol da causa sergipana, dos quais 23 foram feitospor este orador, 9 pelo nobre Deputado DjenalGonçalves, 4 pelo nobre Senador Albano Francoe 1 pelo nobre Deputado José Queiroz.

Leio, a seguir, a relação desses pronunciamen­tos:

1 - DoSenador Francisco Rollemberg, na ses­são da Assembléia Nacional Constituinte do dia1°-4-87, publicado no Diário da Assembléia Na­cional Constituinte de 2-4-87. SUMÁRIO: propostade orador para a futura Constituição: Redivisãoterritorial de Sergipe e outros;

2 - Do Senador Francisco Rollemberg, na ses­são da Assembléia Nacional Constituinte do dia26-5-87, publicado no Diário da Assembléia Na­cional Constituinte de 27-5-87. SUMARIO: emen­das oferecidas pelo orador a Subcomissões daAssembléia Nacional Constituinte sobre estabele­cimento de garantias às fontes de energia reno­vável; proibição de acumulação remunerada decargos e funções; aumento da área terntorial doEstado de Sergipe; competência do CongressoNacional para opinar sobre compromissos inter­nacionais negociados pelo Presidente da Repú­blica; definição de cargos a serem exercidos porbrasileiros natos e naturalizados;

3 - Do Senador Francisco Rollemberg, na ses­são da Assembléia Nacional Constituinte do dia4-6-87, publicado no Diário da Assembléia Nacio­nal Constituinte de 5-6-87~ SUMARIO: focaliza

Page 13: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

Julho de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONsmUINTE Terça-feira 26 11999

emenda apresentada perante a subcomissão dosEstados e a Comissão de Organização do Estado,restabelecendo no rio ltapicuru a antiga divisa en­tre Sergipe e Bahia;

4 - Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão do Senado Federal do dia 22-6-87, publi­cado no Diário do Congresso Nacional (11), de23-6-87. SUMÁRIO: justifica a emenda que resta­belece, no rio ltapicuru, antiga divisão sul de Ser­gipe (com a Bahia), demonstrando que não setrata de reivindicação recente, mas pelo contrário,mais do que sesquicentenária do povo de Sergipe,com sólidos fundamentos histórico-jurídicos:

5 - DoSenador Francisco Rollemberg, na ses­são da Assembléia Nacional Constituinte do dia30-6-87, publicado no Diário da Assembléia Na­cional Constituinte de 1°-7-87. SUMÁRIO: retornaà reivindicação sergipana de ver sua divisa sulreposta no rio ltapicuru, mostrando seus funda­mentos histórico-jurídicos;

6 - DoSenador Francisco Rollemberg, na ses­são da Assembléia Nacional Constituinte do dia1°-7-87, publicado no Diário da Assembléia Na­cional Constituinte de 2-7-87. SUMÁRIO: restabe­lecimento da área territorial original de Sergipe;

7 - Do Deputado Djenal Gonçalves, na sessãoda Assembléia Nacional Constituinte do dia1°-7-87, publicado no Diário da ANC de 2-7-87.SUMÁRIO: proposta da bancada sergipana na As­sembléia Nacional Constituinte sobre restabele­cimento da área territorial original do Estado deSergipe;

8 - DoSenador Francisco Rollemberg, na ses­são da Assembléia Nacional Constituinte do dia16-7-87, publicado no Diário da Assembléia Na­cional Constituinte do dia 17-7-87. SUMARIO:emenda apresentada pelo orador, ao Projeto deConstituição, relativa à devolução ao Estado deSergipe da área territorial apropriada pelo Estadoda Bahia;

9 - Do Senador Francisco Rollemberg, na ses­são da Assembléia Nacional Constituinte do dia1°-8-87, publicado no Diário da Assembléia Na­cional Constituinte do dia 2-7-87. SUMÁRIO: dis­cussão do projeto de Constituição e defesa doslimites territoriais de Serpipe. Com apartes dosDeputados João Machado Rollemberg (PFL ­SE) e Mário Lima (PMDB- BA);

10-Do Deputado Djenal Gonçalves, na ses­são da Assembléia Nacional Constituinte do dia4-8-87, publicado no Diário da Assembléia Nacio­nal Constituinte do dia 5-8-87. SUMARIO: cartasdirigidas pela Bancada sergipana na AssembléiaNacional Constituinte à Comissão de Sistema­tização e aos Constituintess, em apoio a emendasdo Constituinte Francisco Rollemberg ao Projetode Constituição que visam ao restabelecimentodos limites entre os Estados de Sergipe e da Ba­hia. Ofício, no mesmo sentido, da Federação dasIndústrias do Estado de Sergipe. Artigos publica­dos no jornal "Gazeta de Sergipe": "Limites Ser­gipe Bahia", do jornalista Benvindo Salles deCampos Neto, e "Os Novos Estados do Brasil",do escritor Lauro Rocha de Lima;

lI-Do Senador Albano Franco, na sessãodo Senado Federal do dia 5-8-87, publicado noDiário do Congresso Nacional-li do Senado Fede­ral do dia 6-8-87. SUMÁRIO: redivisão territorialdo País;

12-do Deputado Djenal Gonçalves, na ses­são da Assembléia Nacional Constitwnte do dia

26-8-87, publicado no Diário da Assembléia Na­cional Constituinte do dia 27-8-87. SUMÁRIO: re­percussão favorável de emenda apresentada aoProjeto de Constituição pelo Constituinte Fran­cisco Rollemberg, visando à reintegração ao terri­tório do Estado de Sergipe de áreas atualmentesob controle do Estado da Bahia. Matéria publi­cada pelo Jornal "Gazeta de Sergipe", intitulada"Lutador Incansável";

13 - Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão da Assembléia Nacional Constituinte dodia 2-9-87, publicado no Diário da AssembléiaNacional Constituinte do dia 3-9-87. SUMÁRIO:conjunto de emendas oferecidas pelo orador aoProjeto de Constituição: redivisão territorial deSergipe e outros;

14 - Do Deputado Djenal Gonçalves, na Ses­são da Assembléia Nacional Constituinte do dia23-9-87, publicado no Diário da Assembléia Na­cional Constituinte do dia 24-9-87. SUMÁRIO: res­tabelecimento dos antigos limites territoriais entreos Estados de Sergipe e da Bahia;

15-Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão da Assembléia Nacional Constituinte dodia 7-10-87, publicado no Diário da AssembléiaNacional Constituinte, do dia 8-10-87. SUMÁRIO:restabelecimento dos limites territoriais originaisdo Estado de Sergipe;

16 - Do Senadõr Francisco Rollemberg, naSessão da Assembléia Nacional Constituinte dodia 21-10-87, publicado no Diário da AssembléiaNacional Constituinte do dia 22-1 0-87. SUMÁRIO:participação em solenidade comemorativa daemancipação política de Sergipe. Discurso profe­rido pelo orador na oportunidade;

17 - Do Senador Albano Franco, na Sessãodo Senado Federal do dia 22-10-87, publicadono Diário do Congresso Nacional- 11 do SenadoFederal do dia 23-10-87. SUMÁRIO: homenagemao Senador Francisco Rollemberg, por ocasiãoda solenidade comemorativa da emancipação po­lítica de Sergipe;

18-Do Deputado Djenal Gonçalves, na Ses­são da Assembléia Nacional Constituinte do dia10-11-87, publicado no Diário da Assembléia Na­cional Constituinte do dia 11-11-87. suMÁRIO:artigos do jomalista Lauro Rocha de Lima, naGazeta de Sergipe: "A questão dos limites deSergipe e da Bahia" - "A Emenda de FranciscoRollemberg e do jornalista Benvindo Salles deCampos Neto no Jomal Correio de Propriá:Limites Sergipe-Bahia";

19-Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão da Assembléia Nacional Constituinte dodia 2-12-87, publicado no Diário da AssembléiaNacional Constituinte do dia 3-12-87. SUMARIO:sustentação de destaque à emenda de autoriado orador que visa a restaurar parcela dos antigosdomínios territoriais sergipanos limítrofes com oEstado da Bahia. Registros históricos, análise erelação dos líderes políticos e govemantes quese destacaram na defesa da causa;

20-Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão da Assembléia Nacional Constituinte dodia 13-01-88, publicado no Diário da AssembléiaNacional Constituinte do dia 14-01-88 SUMÁRIO:propostas do orador para a futura Constituição;

21-Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão da Assembléia Nacional Constituinte dodia 20-2-88, publicado no Diário da Assembléia

Nacional Constituinte do dia 21-2-88. SUMÁRIO:apoio do Plenário da Assembléia Nacional Consti­tuinte à Emenda n° 2P00587-O, de autoria doorador, que visa a restaurar o limite geográficoentre os Estados de Sergipe e da Bahia. Requeri­mento de preferência para destaque;

22 - Do Senador Albano Franco, na Sessãodo Senado Federal do dia 23-2-88, pubhcado noDiário do Congresso Nacional - 1\ do SenadoFederal do dia 24-2-88. SUMÁRIO: aumento terri­torial do Estado de Sergipe;

23 - Do Deputado José Queiroz, na Sessãoda Câmara dos Deputados do dia 10-3-88, publi­cado no Diário do Congresso Nacional - I daCâmara dos Deputados do dia 11-3-88. sUMÁ­RIO: apoio à emenda do Senador Francisco Ro­llemberg, que restabelece a antiga divisa sul doEstado de Sergipe com a Bahia;

24 - Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão do Senado Federal do dia 5-4-88, publi­cado no Diário do Congresso Nacional - 11 doSenado Federal do dia 6-4-88. SUMÁRIO: opçãoda Constituinte pelo presidencialismo. Divisa dosEstados de Sergipe e Bahia;

25 - Do Deputado Djenal Gonçalves, na Ses­são da Assembléia Nacional Constituinte do dia5-4-88, publicado no Diário da Assembléia Nacio­nal Constituinte do dia 6-4-88. SUMARIO: mani­festações de apoio da Assembléia Legislativa deSergipe e da Câmara Municipal de Aracaju aorestabelecimento no rio Itapicuru da divisa sul doEstado de Sergipe com a Bahia;

26 - Do Deputado Djenal Gonçalves, na Ses­são da Assembléia Nacional Constituinte do dia26-4-88, publicado no DIário da Assembléia Na­cional Constítumte do dia 27-4-88 SUMÁRIO: Re­querimento encaminhado pela Câmara Municipalde Aracaju-SE, ao Presidente Ulysses Guimarães,em apoio à Emenda n° 587-0, de iniciativa doConstituinte Francisco Rollemberg, que trata derestauração da divisa sul do Estado de Sergipecom a Bahia. Editorial publicado pela Gazetade Sergipe sob o título "Forma de Luta". Ofíciodirigido pelo Constituinte Francisco Rollembergaos Constituintes, encarecendo apoio para suaemenda;

27 - Do Senador Francisco Rollemberg. naSessão da Assembléia Nacional Constituinte dodia 11-5-88, publicado no Diário da AssembléiaNacional Constituinte do dia 12-5-88. SUMÁRIO:a redivisão territorial do Pais. Correspondência eparecer do General Calazans, em 1932, ao Presi­dente da Comissão Mista de Limites;

28 - Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão da Assembléia Nacional Constituinte dodia 25-5-88, publicado no Diário da AssembléiaNacional Constituinte do dia 26-5-88. SUMÁRIO:restabelecimento da divisa sul entre os Estadosde Sergipe e Bahia no rio Itapicuru;

29 - Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão da Assemblêia Nacional Constituinte dodia 2-6-88, publicado no Diário da AssembléiaNacional Constituinte do dia 3-6-88. SUMÁRIO:integridade territorial do Estado da Bahia Devo­lução ao estado de parte do território baiano, bemcomo resposta à correspondência recebida doGovernador Waldir Pires;

30 - Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão do Senado Federal do dia 7-6-88, publi­cado no Diário do Congresso Nacional - 11 dodia 8-6-88. SUMÁRIO: esclarece emenda apresen-

Page 14: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

12000 Terça-feira 26 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Julho de 1988

tada à Assembléia Nacional Constituinte sobreacréscimo de área ao Estado de Sergipe;

31 - Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão da Assembléia Nacional Constituinte dodia 10-6-88, publicado no Diário da AssembléiaNacional Constituinte do dia 11-6-88. SUMÁRIO:expectativa do povo sergipano em tomo da apro­vação da emenda de autoria do orador que de­volve ao Estado de sergipe área anexada ao Esta­do da Bahia;

32 - Do Deputado Djenal Gonçalves, na Ses­são da Assembléia Nacional Constituinte do dia14-6-88, publicado no Diário da Assembléia Na­cional Constituinte de 15-6-88. SUMÁRIO: trans­crição nos Anais de carta dirigida, em 1932, peloGeneral José Calazans, 1o Presidente Constitu­cional de Sergipe, ao General Augusto de Villeroy,Presidente da Comissão Mista de Limites, sobrea questão dos limites entre Sergipe e a BahiaCartas do ex-Senador Passos Pôrto e do Consti­tuinte Francisco Rollemberg aos Constituintes,em apoio à emenda que trata da maténa;

33 - Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão da Assembléia NaCional Constituinte dodia 17-6-88, publicado no Diário da AssembléiaNacional Constituinte do dia 18-6-88. sUMÁRIO:reintegração à organização político-administrativasergipana dos Municípios de Jandaíra, ltapicurue Rio Real, hoje integrantes do Estado da Bahia;

34 - Do Deputado Djenal Gonçalves, na Ses­são da Assembléia Nacional Constituinte do dia22-6-88, publicado no Diário da Assembléia Na­cional Constituinte do dia 23-6-88. SUMÁRIO: res­tabelecimento Constitucional da fronteira sul deSergipe com a Bahia;

35 - Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão da Assembléia Nacional Constituinte dodia 28-6-88, publicado no Diário da AssembléiaNacional Constituinte do dia 29-6-88. SUMÁRIO:encaminhamento da votação da emenda n°2P00587-0 relativa aos limites territonais de Ser­gipe com a Bahia;

36-Do Senador Francisco Rollemberg, naSessão do Senado Federal do dia 30-6-88, publi­cado no Diárío do Congresso Nacional - 11 dodia 1°-7-88. SUMÁRIO: A esperança do Estadode Sergipe de conquistar seu histórico domínio!~eográfico, recompondo os limites do seu territó­rio, através da Comissão de RedMsão Territorial;e,

37 - Do Senador Albano Franco, na Sessãodo Senado Federal, do dia 30-6·88, publicadono Diário do Congresso Nacional - 11 do dia1"- 7 -88. SUMÁRIO: leitura da Emenda no2P00587-0, restabelecendo a linha divisória sulde Sergipe com a Bahia. Considerações histó­ricas.

Neste momento, Sr. Presidente, Srs. Constituin­tes, quando faço esta síntese do que foi até agoraa luta da Bancada de Sergipe, na Constituinte,para reaver para o nosso Estado território indevi­damente anexado ao da Bahia, quero louvar,agra­decendo-lhes, como autor da Emenda, seu im­portante apoio, os nobres Constituintes que, nasessão de 28 de junho último, votaram favoravel­mente a Sergipe. Nesta homenagem, que prestocomovido, permito-me destacar os sergipanoscujos nomes passo a enunciar: Deputado AcivalGomes, Senador Albano Franco, Deputado Cleo­nâncio Fonseca, Deputado Djenal Gonçalves, De­putado JOÊlo Machado Rollemberg, Deputado Jo-

sé Queiroz, Senador LourivalBaptista e DeputadoMessias Góis.

A esses nobres companheiros de bancada diri­gi, no dia 29 de junho, carta de agradecimentocom o seguinte teor:

"Brasília,29 de junho de 1988Prezado conterrâneo:

Agradeço sua valiosa colaboração em de­fesa da Emenda rr 587, que sempre procu­rou restaurar os limites históricos de nossoquerido Estado.

Estou sensibilizado com sua inteira solida­riedade neste momento tão importante paranossa terra.

Aqui continuo sempre à sua disposição.Atenciosamente,

Senador Francisco Rollemberg"

Os demais Constituintes que, embora não sen­do sergipanos ou não integrando a bancada domeu Estado, votaram pela aprovação da nossaEmenda, foram os seguintes: Senador AfonsoSancho, Deputado Agripino de OliveiraLima, De­putado Albérico Cordeiro, Deputado Alércio Dias,Deputado ArtenirWemer, Deputado Assis Canuto,SenadorAureo Mello, Deputado Chagas Neto, De­putado Chico Humberto, Deputado FranciscoAmaral, Deputado Francisco Sales, DeputadoFurtado Leite,Deputado Gabriel Guerreiro, Depu­tado Geraldo Campos, Deputado Gerson Peres,Deputado Gustavo Faria, Senador Humberto Lu­cena, Deputado Iberê Ferreira, Deputado IsmaelWanderley, Deputado José Carlos Vasconcelos,Deputado José Dutra, Deputado José Maranhão,Deputado Lael Varella, Senador Leopoldo Peres,Senador Louremberg Nunes Rocha, DeputadoMaguito Vilela, Deputado Mauro Sampaio, Depu­tado Messias Soares, Deputado Nilson Sguarezi,Deputado Nilson Gibson, Deputado Nion A1ber­naz, Deputado Orlando Bezerra, Senador RachidSaldanha Derzi, Deputado Roberto Rollemberg,Deputado Rodrigues Palma, Senador Ronan Tito,Deputado Stélio Dias, Deputado ViniciusCansan­ção.

A esses nobres companheiros que, como nóspróprios, sergipanos, perceberam o verdadeirosentido .sJe reparação que para Sergipe significavaa aprovação da Emenda, também enviei cartade agradecimento pelo seu gesto de compreen­são, cujo teor é o seguinte:

"Brasília,29 de junho de 1988Prezado amigo:

Desejo manifestar ao eminente congres­sista reconhecimento pelo seu valioso votofavorávelà Emenda rr 587, que procurá res­taurar a área territorial do meu querido Ser­gipe

Sensibilizou-me sua solidariedade nestemomento tão importante para o Estado quetenho a honra de representar.

Despeço-me, apresentando-lhe meusagradecimentos e colocando-me à sua intei­ra disposição.

Anteciosamente,Senador Francisco Rollemberg"

Sr. Presidente, Srs. Constituintes, por maioriade votos, não foi possível, ainda desta vez, a Ser­gipe recuperar território legitimamente seu. Sejacomo for, não nos sentimos derrotados, pois nu­ma Assembléia integrada por 559 membros, esta-

vam presentes 387 Constituintes, dos quais 47votaram pela Emenda, 305 contra e 35 se abstive­ram de votar. Creio que, melhor do que a nossaprópria interpretação dos fatos, esta noticia, publi­cada pela imprensa logo após a votação, e quepasso a ler, traduz os exatos termos da questão:

"Bahia não tem argumentos para contes­tar pleito de Sergipe por terras

Brasília - Para o Senador Francisco Ro­llemberg (PMDB - SE) , a representaçãoda Bahia não teve argumentos para contestaro pleito de Sergipe - afinal rejeitado naConstituinte - no sentido de reincorporarao seu território uma faixa de terra de 3 milquilômetros quadrados, na fronteira sul doEstado. Segundo o Parlamentar trata-se depequeno trecho da área que foi injustamenteapossada pela Bahia, ainda no século pas­sado.

Francisco Rollemberg pôde fazer aquelaconstatação, segundo salientou, durante avotação da Emenda: possuindo a Bahia umarepresentação na Assembléia NacionalConstituinte composta de 3 Senadores e 39Deputados, o único orador a se declarar con­trário à Emenda, por delegação da Bancadada Bahia, foi o Senador Nelson Carneiro(PMDB - RJ) representante do Riode Janei­ro.

Aduziu,ainda, que Sergipe, pela índole doseu povo, propenso mais à reintegração queao divisionismo, e fiel à luta pela recompo­sição do seu território, por força da tenaci­dade dos seus representantes na AssembléiaNacional Constituinte, continua mantendo vl­va a esperança de reconquistar seu históricodomínio geográfico, em continuação à suasecular luta travada contra a intransigênciae a injustiça.

Se a reintegração da área reclamada porSergipe não foi concretizada via Constituinte,Francisco Rollemberg disse esperar que amedida venha a se viabilizar a partir da cria­ção da Comissão de DivisãoTerritoriaL"

No mesmo sentido é o excelente artigo de Leo­nardo Leite, intitulado "A luta Continua", publi­cado no Jornal da Cidade, editado em Aracaju,na edição de 16 do corrente:

"A LarA CONTÍNUALeonardo Leite

Encerrado o primeiro tumo da Constituin­te, recomeça o processo do segundo comalguns sonhos desfeitos e outras conquistasconsolidadas, faltando, para se ter a Cartadefinitiva, a etapa em que só se pode apre­sentar emendas supressivas, ou aquelas paracorrigir omissão, erro, contradição ou imper­feição de linguagem. É na elaboração da pe­ça a fase de "lixafina e verniz".

Assim, num processo bastante seletivo, as80.000 sugestões recebidas da população,triadas nas 69.000 emendas tramitadas nascomissões e subcomissões, que foram de­fendidas por mais de 15.000 discursos, cha­ga-se a esta fase, após elaborada a nova reda­ção do Projeto de Constituição, necessitandoapenas dos retoques de 1.844 emendasapresentadas para este segundo tumo queora se inicia com grande expectativa.

Page 15: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

Julho de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSmUINTE Terça-feira 26 12001

Da fase que se encerrou no primeiro turno,a única emenda que incluía o nome Sergipeno texto constitucional, para solucionaro cla­mor que nos chega através dos séculos, foirejeitada.

Era a pretensão do Senador Francisco Ro­llemberg reincorporar ao Estado de Sergipeuma pequena área de 3.000 krn",correspon­dente a três municípios tidos como anterior­mente, pertencentes à capitania da qual seoriginou o estado: Jandaíra, ltapicuru eRio Real.

Entretanto, a questão não se encerra aí,dando-se por perdida a pretensão, muito pelocontrário. O posicionamento da AssembléiaNacional Constituinte foi de não decidir deimediato nenhum litígio de fronteira de-ne­nhuma unidade da Federação, limitando-seapenas a transformar em estados os Territó­rios Federais de Roraima e Amapá e reinte­grar o Território de Fernando de Noronhaao Estado de Pernambuco, criando, também,o Estado do Tocantins, desmembrado deGoiás.

É importante ressaltar que a iniciativa doSenador sergipano teve muito eco naConstituinte que, embora se omitindo deresolver velhos litígios, aprovou emenda desua autoria, criando um dispositivo destinadoa resolver, a nívelnacional, os diversos litígiosainda existentes como herança histórica doprocesso de formação dos diversos estadosbrasileiros.

Areferida emenda do Senador Rollembergresultou na formulação do atual artigo 14e seu parágrafo único, do Ato das Dispo­sições Constitucionais Transitórias:

"Art. 14. Será criada, dentro de noventadias da promulgação da Constituição, Co­missão de Estudos Territoriais, com dezmembros indicados pelo Congresso Nacio­nal e cinco pelo Poder Executivo, com a fina­lidade de apresentar estudos sobre o territó­rio nacional e anteprojetos relativos a novasunidades territoriais, notadamente na Ama­zônia legal e em áreas pendentes de solu­ção. (grifo nosso).

Parágrafo único. No prazo de um ano,a Comissão submeterá ao Congresso Nacio­nal o resultado de seus estudos para, nostermos da Constituição, serem apreciadosnos doze meses subseqüentes, extinguindo­se logo após."

Esta é, realmente, a grande oportunidadede se resolver definitivamente a questão se­cular de fronteiras entre os dois estados vizi­nhos e irmãos.

Admitamos que seja, até certo ponto, utó­pica a reconstituição originária do pequeninoEstado de Sergipe a partir da imensa Capi­tania de Sergipe D'EI Rei.Contudo, o Estadodeveria se antecipar em estudos e pes­quisas de fontes históricas primárias, visan­do a reivindicar o perfil geográfico doSergipe republicano, que tínhamos reco­nhecido, inclusive pelo estado vizinho, atécerca de 1920, consignando-lhe uma áreade 39.090 km2

Não se precisaria recorrer a fontes ex­ternas, que remontam à nossa origem dealém-mar, para se conseguir uma resposta,

até hoje não dada, às indagações do SenadorRollemberg quanto à inexplicável reduçãodo território sergipano em 18.000 Jmtl nes­tas últimas décadas da República. De todaa polêmica levantada na documentação reu­nida pelo incansável parlamentar, este dadocontradítôrio é gritante e "misterioso".E curioso não se identificar repercussõesquando, de uma hora para outra, os "li­vros didáticos" passaram a divulgar umSergipe menor do que as publicaçõesoficiais de então, bem como registros emobras de CIrculação internacional, publicadasem, língua estrangeira.

E preciso justificar o esforço, a solida­riedade e a sensibilização popular levan­tados pela luta do Senador Rollemberg, queteve o apoio unânime da Bancada sergi­pana na Constituinte, onde se manifes­taram em diversos discursos o Senador Al­bano Franco, o Deputado Djenal Gonçal­ves, o Deputado José Queiroz, o Depu­tado Machado RoUemberg e, finalmente,pelo voto destes e todos os outros.

Seria extremamente oportuno que Ser­gipe se antecipasse na busca dos fatos,provas e explicações para dar suporteà arbitragem da futura Comissão, po­dendo o estado, desde já, criar uma co­missão de pesquisadores, dentre estesum jurista, para reunir os elementos ne­cessários à recuperação do espaço geo­gráfico que lhe foi outorgado com o ad­vento da República.

ABahia sempre adotou uma posição "pro­telatória" quanto ao arbitramento da questãode fronteiras. Não é justa a acampanha de"sloqans'' que se desenvolveu em termos deque "A Bahia não se dá", "Não ao dívísio­nlsmo", etc., porque nesta pendência o Esta­do de Sergipe não tem vocação "expansío­nista" como querem alegar, o que é neces­sário é um acerto justo e uma definição claraquanto à "inexplicável" perda de mais de 113,ou mais de 30%, do território que o Estadopossuía no início do século.

o"Leonardo Leite. Professor, Economista, As­sessor Legislativo do Senado Federal e colabo­rador de várias obras de pesquisa hrstóríca doCongresso Nacronal."

Sr. Presidente, Srs Constituintes, definido, co­mo disse no início deste discurso, o destmo daEmenda de minha autoria, nos termos em quefoiapresentada, ponho agora rrunhas expectativas- e nisso estou certo de Interpretar o sentimentodo povo sergipano -, nos trabalhos a serem de­senvolvidos pela Comissão de Redívrsão Territo­rial, criada na Sessão de 28 de junho por estaAssembléia. O texto aprovado em relação a essaComissão, resultante da fusão de duas Emendas,uma, a de n° 1437, do nobre Deputado Consti­tuinte José Carlos Vasconcellos, e a outra, rr 586,por nós oferecida a esta augusta Casa, com aexpressiva votação de 307 votos a favor da consti­tuição da Comissão, e 49 contra, com 18 absten­ções, de um total de 374 parlamentares, essetexto permitirá ao Congresso Nacional, tão logose encerrem os trabalhos desta Assembléia, resol­ver as questões relativas às áreas pendentes desolução, como é o caso das divisas sul e oeste

do Estado de Sergipe. Assim ficou a redação dotexto consequente da fusão daquelas duas Emen­das:

"Art. 14. Será criada, dentro de noventadias da promulgação da Constituição, Co­missão de Estudos Territoriais, com dezmembros indicados pelo Congresso Nacio­nal e CInCO pelo Poder Executivo, com a flnah­dade de apresentar estudos sobre o territórionacional e anteprojetos relativos a novas uni­dades territoriais, notadamente na AmazôniaLegal e em áreas pendentes de solução.

Parágrafo único. No prazo de um ano,a Comissão submeterá ao Congresso Nacio­nal o resultado de seus estudos para, nostermos da Constituição, serem apreciadosnos doze meses subseqüentes, extingumdo­se logo após."

Sr. Presidente, Srs. Constituintes, o Estado deSergipe e os sergipanos, aqui representados pelasua bancada, esperam que essa nova oportuni­dade de afinal se corrigir um erro e uma injustiçaseculares não será desperdiçada. Somos desdeJá gratos aos que votaram de forma tão marcante,como vimos, pela criação da mencionada Co­missão.

Concluo lendo o Ofício n" 57/88, que, datadode 28 de Junho último, recebemos da Prol"Tere­zinha Oliva de Souza, Chefe do Departamentode Filosofia e História da Universidade Federalde Sergipe a propósito da documentação quelhe enviáramos relacionada com a questão doslimites entre os Estados de Sergipe e da Bahia:

"UNIVERSIDADE FEDERALDE SERGIPEDEPARTAMENTO DE fILOSOFIA E HIS­

TÓRIA

Cidade Universitária Prof. José Aloisio deCampos, 28 de junho de 1988Of. n° 57/88

Exmo. Sr.:Através do Dr. Clóvis Barbosa o Departa­

mento de Filosofia e Históriada UFS recebeudocumentação de V. Ex' sobre a propostade ampliação do território sergipano nos limi­tes sul.

Encaminhada a documentação à Prol"Ma­ria Thétis Nunes, para Parecer, por decrsãodo Conselho Departamental, o Departamen­to de Filosofia e História acatou por unanimi­dade o Parecer da Professora, que enviamosem anexo.

Na discussão do referido Parecer, surgiramopíruõesde que, além das razões de ordemhistórica, seria conveniente considerar a reali­dade sócio-econômica das populações daárea pretendida por Sergipe segundo propõeV. Ex', levando-se em conta as grandes l!ga­ções que têm com o nosso Estado, o queas tornaria pretensamente interessadas noassunto.

Apoiando a iniciativa de V. Ex', apresen­tamos protestos de alevada estima e distintaconsideração.

Prol"Terezinha Oliva de SouzaChefe do Departamento de Filosofia e His-

tóriaAoExmo. Sr.Senador Francisco Rollemberg."

Page 16: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

12002 Terça-feira 26 DIARIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL. CONSTITUINTE Julho de 1988

Sr. Presidente, a luta dos sergipanos em favorda recuperação de parte de seu território não ter- .minou com a votação da emenda por nós ofere­cida a esta Assembléia. Haveremos de continuá­la, povo e Governosergipanos, unidos e convictosde que estamos travando o bom combate, deque estamos buscando o restabelecimento daverdade e de que lutamos por uma causa real­mente justa.

Era o que tinha a dizer.

A SRA. ABIGAIL FEITOSA(PSB- BA. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Sr'" e Srs. Constituintes, as forças reacionárias,os setores retrógrados e as aves agourentas estãonovamente mobilizadas para anular pequenosavanços e conquistas sócio-econômicos decidi­dos soberanamente pela Assembléia Constituinte.O desespero desses setores é maior por saberemque, se não nos conseguiram dobrar no primeiroturno de votação, agora será ainda mais difícilreunir 280 Constituintes dispostos a desfazer oque está feito. O desespero é ainda maior, Sr.Presidente, porque esses segmentos reacionáriossentem que a sociedade está mobilizadaem tomoda manutenção daquelas conquistas e que atémesmo no empresariado já começam a sentir-seos ventos mudanclstas.

Sou da opinião, de que toda essa campanhapara anular tais dispositivos de nada adiantará,eis que o lobby das multinacionais e de setoresretrógrados do empresariado nacional não passade mero jus spemeandi daqueles que já se senotem derrotados.

Esses empresários deveriam mirar-se no com­portamento do seu colega paulista Ricardo Sem­ler, que pr<!ga a eficiência em suas empresas enão quer "mamar" nas tetas do Governo ou viverde anistias e favores fiscais. Ou, então, deveriamter como exemplo a Câmara Brasileira das Em­presas de Capital Nacional, que, nesta quarta-fei­ra, no AuditórioNereu Ramos, estará reunida comParlamentares que integram a Frente Nacionalistapara estudar uma forma de combater o lobbydas multinacionais.

São exemplos que provam a existência de muí­ta coisa nova neste País. Só os cegos não o estãovendo.

A SRA. ANNA MARIA RATrES (PMOB ­RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) - SI"'" e Srs.Constituintes, sob intervenção do Banco Centraldesde 26 de fevereirode 1987, o Banco do Estadodo Rio de Janeiro - BaneIj, retornou, após umano e três meses, ao controle do Governo esta­dual.À época, o próprio GovernadorMoreiraFran­co apoiou a medida, como forma de promovero saneamento financeiro do Banco, cujos débitos,em valores do ano passado, chegavam a 127bilhões de cruzados.

Durante o periodo em que esteve sob interven­ção, o Conselho Diretor do banco teve dois presí­dentes. O primeiro, Adolpho Oliveira, em apenaspouco mais de dois meses no cargo propôs aprivatizaçãç da instituição. Seu substituto, Eduar­do da SilveiráGomes Júnior, propôs uma reformaadministrativa,sendo que em junho último, demí­tiu 300 funcionários e anunciou o fechamentode algumas agências. Embora não homologadas,as dispensas chegaram a 648 e aumentaram oclima de insegurança entre os mais de 16 milfuncionários.

A partir daí, com a decidida participação doSindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, daAssociação dos Funcionários do Banerj e de ou­tras entidades associativas dos bancários em gerale dos funcionários do Banerj, especificamente,deflagrou-se um processo de pressão, para quea intervenção fosse suspensa. No dia 15, coma posse do então Secretário Estadual de Fazenda,Dr.Jorge Hilário Gouveia Vieira, na sua presidên­cia, o Banerj, ainda que parcialmente, volta a sergerido pelas autoridades locais.

A medida, como não poderia deixar de ser,foi recebida com entusiasmo, pelos funcionários,e com esperança, pela população. Afinal, com227 agências no Pais, das quais 165 no Estadodo Rio, o Banerj desempenha importante papelna econorma regional, quer por sua condição demola propulsora do mercado aberto e de instru­mento para o mercado financeíro, quer comobanco estatal com finalidade social.

Nesse sentido, aliás, cumpre destacar as pri­meiras manifestações do seu novo presidente.

Homem do seu tempo, o Dr, Hilário Gouveiaimplantou na Secretaria de Fazenda um novo sis­tema de fiscalizaçãocom o auxilio da informática.Segundo afirmou, além de agilizar as medidasinovadoras necessárias à adaptação do banco àsexigências do mercado, pretende transformar oBaner] no que chamou de "banco total", capazde atender a todos, mas sem vinculação à finali­dade do lucro pelo lucro.

Dando uma demonstração inequívoca de suapreocupação com o social, o novo presidente eo govemador Moreira Franco anunciaram a rein­tegração dos 648 demitidos em seus cargos. Ogesto da nova diretoria calou fundo entre os fun­cionários, que já anunciaram a sua retribuiçãoatravés de "amplo esforço (...) para que o Banerjatenda, no menor lapso de tempo e na maiorescala possível, aos anseios de assistência dosprodutores, comerciantes e empreendedores detodo o Estado fluminense..."

Assim, Sr'" e Srs. Constituintes, faço o registrodo final da intervenção no Banerj, por entenderque isto significa mais que a volta à normalidadena administração de uma das mais tradicionaisinstituições financeiras do País, eisque uma vitóriados seus milhares de funcionários e dos seusmilhões de usuários. Em particular, fica o reco­nhecimento à segurança e determinação do Go­vernador Moreira Franco, cuja sensibilidade polí­tica fez-se notar nos momentos mais difíceis. OBanerj não está mais sob intervenção do BancoCentral, não foiprivatizadoe a injustiçadas demis­sões injustificáveis reparada a tempo.

Que o fato sirva, no futuro, de exemplo parasituações semelhantes.

O SR. JORGE OEQUED (pMDB - RS. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,SI"'" e Srs. Constituintes, a aprovação, no primeiroturno da Constituinte, do capítulo referente à as­sistência social e à saúde consagrou a criaçãoda seguridade social no Brasil,Trata-se de avançosignificativo, pois aumenta a receita nessa áreae criou novos direitos para os trabalhadores eaposentados. No entanto, agora forças conserva­doras e reacionárias pretendem, no segundo tur­no, suprimir tais avanços e conquistas dos traba­lhadores e da sociedade.

A Assembléia Nacional Constituinte demons­trou que pretende construir um Brastl para todos,não para meia dúzia de privilegiados. Por isso,manter-se o texto aprovado no primeiro turno sig­nifica atender às expectativas de um novo Brasil,de uma nova ordem social, que virá a aprimorara qualidade de vida de uma sociedade que nosúltimos 20 anos teve a Previdência Social liqui­dada pelo descalabro administrativo,pela incom­petência gerencial, pela evasão de recursos e pelainiqüidade dos proventos pagos a aposentadosepensionistas.

O texto aprovado deve ser mantido, pois vaiconsolidar a seguridade social num pais moder­no.

Os recursos previstos para cumprir os compro­missos assumidos estão à altura de suas necessi­dades, e a maneira democrática de gerir a Previ­dência Social - com participação de trabalha­dores, aposentados e empresários na gestão dosnegócios da entidade - impedirá que se utilizemos recursos da seguridade social para campanhaspolíticas, promoções pessoais ou prática de atosleSIVOS aos interesses dos trabalhadores e dosaposentados.

Por isso nosso trabalho visa fazer prevalecero texto aprovado no primeiro turno, Impedindoas manobras dos que, sem uma visão realistada sociedade brasileira,pretendem reduzir os be­nefícios aprovados para os trabalhadores e apo­sentados e a receita da Previdência Social.

Esse será um trabalho intenso, mas temos acerteza da vitória, dado o ménto da matéria emjogo.

Era o que tinhamos a dizer.

Durante o discurso do Sr. Constituinte Jor­ge (Iequed; o Sr.Mauro Benevides, Primelro­Vice-Presidente, deixa a cadeira da presidên­cia, que é ocupada pelo Sr. (J/ysses Guims­rées, Presidente.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Peço aos Srs. Constituintes que ocupem seus lu­gares Vamos fazer a verificação de quorum.Quem estiver fora do plenário, aqui compareça,para que se proceda ao registro das presenças.

(Procede-se à verificação.)

O Sr. Antônio Câmara -Sr. Presidente, peçoa palavra, pela ordem

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) ­Tem V. Ex' a palavra.

O SR. ANTÔNIO cÂMARA (PMDB - RN.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,gostariade registrar minha presença, eis que meu nomenão consta do painel.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)-V. Ex' será atendido.

O Sr. Cunha Bueno - Sr. Presidente, peçoa palavra, pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) ­Tem V. Ex' a palavra

O SR. CUNHA BUENO (pDS - SP. Semrevisão do orador.) -Sr. Presidente, desejo escla­recer que na última reumão das Lideranças, naqual tive o prazer de representar meu partido,o PDS,ficoucombinado que as próximas sessões,com exceção desta, já convocada, terão inícioàs 13h30min. A primeira hora será destinada ao

Page 17: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

Julho de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NAOONAL CONSTITUINTE Terça-feira 26 12003

tradicional "Pinga Fogo" e às 14H30min teremosa verificação de quorum.

Gostaria de saber se permanece o acordo.Ao mesmo tempo, desejana que V. Ex' infor­

masse sobre o novo horário de funcionamento,uma vez que às sexta-feiras não haverá sessõesda Assembléia Nacional Constituinte.

Esta a solicitação que faço a V. Ex", uma vezque do acordo das Lideranças muitos não partici­param.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)-V.Ex" tem razão. Na reumão da semana passada,acordou-se que o início das sessões seria às13h30min e que às 14h30min procederíamos àverificação de quorum. Hoje não a fizemos por­que esta sessão já estava convocada para às14h30min. Ao final, anunciarei que a sessão deamanhã e as posteriores começarão às 13h30mino

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Está encerrada a verificação de quorum. Presen­tes 230 Srs. Constituintes. Não há número.

REGISTRARAMPRESENÇA OS SRS. CONSTf­TallYTES

Presidente: Ulysses GuimarãesAbigail Feitosa - Adroaldo Streck - Adylson

Motta - Aécio de Borba - Agripino de OliveiraUma - Albano Franco - Albérico Cordeiro ­Alceni Guerra - Aldo Arantes - Alércio Dias- Alexandre Costa - Almir Gabriel - AluízioCampos - Amaral Netto - Amaury Müller ­Ângelo Magalhães - Anna Maria Rattes - Anni­bal Barcellos- Antônio Câmara ---;- Antônio Car­los Konder Reis - Antônio de Jesus - AntonioGaspar - Antonio Mariz - Amaldo M~rtins ­Amaldo Prieto - Artur da Távola - Atila Lira- Basílio Víllani - Benedicto Monteiro - Bene­dita da Silva - Bernardo Cabral - Beth Azize- Bocayuva Cunha - Bonifácio de Andrada ­Brandão Monteiro - Cardoso Alves - CarlosChiarelli - Carlos Cotta - Carlos Sant'Anna ­Carrel Benevides - Cássio Cunha Lima - Céliode Castro - Celso Dourado - Chagas Rodrigues- Christóvam Chiaradia - Cid Sabóia de Carva­lho - Cláudio Ávila - Cunha Bueno - DarcyDeitos - Darcy Pozza - Daso Coimbra - DelBosco Amaral - Délio Braz - Dionisio Dal Prá- Dirce Tutu Quadros - Domingos Leonelli ­Doreto Campanari - Edme Tavares - EdmilsonValentim - Eduardo Bonfim - Eduardo Jorge- Egídio Ferreira Uma - Elias Murad - ElielRodrigues - Eraldo Tinoco - Euclides Scalco- Eunice Michiles - Evaldo Gonçalves - Expe­dito Machado - Fausto Rocha - Fernando Be­zerra Coelho- Femando Gasparian - FernandoGomes - Femando Lyra - Fernando Santana- Firmo de Castro - Florestan Fernandes ­Francisco Amaral- Francisco Carneiro - Fran­cisco Küster - Francisco Rollemberg - Fran­cisco Rossi - Francisco Sales - Gabriel Guer­reiro - Gastone Righi - Geovani Borges\" Ge­raldo Alckmin Filho - Gerson Peres - GidelDantas - Gumercindo Milhomem - HaroldoLima - Henrique Córdova - Homero Santos- Humberto Souto-Iberê Ferreira -InocêncioOliveira-Irma Passoni -Israel Pinheiro -JallesFontoura - Jamil Haddad - Jarbas Passarinho- Jayme Paliarin-Jesus Tajra -João Agripino- João Calmon - João Machado Rollemberg

-João Menezes -João Paulo -Joaquim Beví­lacqua -Jofran Frejat -Jorge Arbage -JorgeHage-JorgeMedauar-Jorge Uequed-JorgeVianna - José Agripino - José Costa - Joséda Conceição-José Fernandes -José Fogaça- José Genoíno - José Geraldo - José Jorge- José Uns - José Lourenço - José Luiz deSá - José Moura - José Queiroz - José Richa- José Thomaz Nonô - José Tinoco - JoséYunes - Júlio Costamilan - Jutahy Magalhães- Koyu lha - Lélio Souza - Leur Lomanto- Lídice da Mata - Lourival Baptista - LúcioAlcântara - Luís Eduardo - Luís Roberto Ponte- Luiz Alberto Rodrigues - Luiz Inácio Lula daSilva - Luiz Marques - Luiz Salomão - LuizViana - Lysâneas Maciel - Maguito Vilela ­Mansueto de Lavor - Manuel Viana - MarceloCordeiro - Marcos Uma - Maria de LourdesAbadia - Mário Covas - Mário Maia - MarlucePinto - Maurício Correa - Mauricio Nasser ­Maurilio Ferreira Uma - Mauro Benevides ­Mauro Borges - Mauro Sampaio - Meira Filho- Mendes RIbeiro - Michel Temer - MiltonBarbosa - Nelson Aguiar - Nelson Carneiro- Nelson Jobim - Nelson Seixas - NelsonWedekin - Ney Maranhão - Nilso Sguarezi ­Nyder Barbosa - Octávio Elísio - Olívio Dutra- Oscar Corrêa - Osvaldo Bender - OswaldoTrevisan - Ottomar Pinto - Paes Landim ­Paulo Delgado - Paulo Macarini - Paulo Paim- Paulo Ramos - Pedro Ceolin - Pimenta daVeiga - Plínio Arruda Sampaio - Plínio M","rtins- Pompeu de Sousa - Raimundo Ura - RaquelCapiberibe - Renato Bernardi - Ricardo Izar- Rita Camata - Roberto Brant - Roberto Cam­pos - Roberto Freire - Robson Marinho -'- Ro­nan Tito - Rospide Netto - Ruben Figueiró ­Ruberval Pilotto - Ruy Nedel - Sandra Caval­canti - Saulo Queiroz - Sérgio Spada- SeveroGomes - Sigmaringa Seixas - Simão Sessim- Siqueira Campos - Telmo Kirst - UbiratanAguiar - Ulysses Guimaráes - Valmir Campelo- ValterPereira - Vasco Alves- VictorFaccioni- Victor Fontana - Vilson Souza - Virgildásiode Senna - Virgílio Galassi - Vitor Buaiz ­Vivaldo Barbosa - Vladimir Palmeira - WaldekOrnélas - Waldyr Pugliesi - Wilson Martins.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimaráes) ­Vem à Mesa e vai à publicação a seguinte comu­nicação:

Sr. Presidente,Solicitamos que registre nossas presenças, por

não terem sido registradas no painel eletrônicoBrasília - DF, 25 de julho de 1988.01 - Leopoldo Peres02 - Sólon Borges dos Reis03 -Artenir Werner04-Alysson Paulinelli05 - Moema São Thiago06 -Jairo Carneiro07 - Carlos Alberto Ca608-José Egreja09 - Benito Gama10- Nion Albernaz11 - Césár Maia12-Roberto Augusto13 - Walmor de Luca14 - Aírton Cordeiro15 - Denisar Ameiro16 - Hermes Zaneti

17 - Mello Reis18-Nelton Fnedrich19-Geovah Amarante20 - MeSSiaS Gois21 -'-Alexandre Puzyna22 - WIlma Maia23 - Lavoisíer Maia24-Pompeu de Toledo25 - Áureo Mello26 - Hélio Manhães27 - Tadeu França28 - Mauro Miranda29 - Levy Dias30 - Noel de Carvalho31 - Lael Varella32 - Ervin Bonkoski33 -Arnaldo Faria de Sá34-Miro Teixeira35-Fernando Henrique Cardoso.

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Convoco sessão para amanhã, às 13h30min. Naqualidade de Presidente. peço aos Srs. Líderesque sohcitem encarecidamente, por todos osmeios possíveis, a presença dos Srs. Constituintesna sessão de amanhã. A Mesa Irá proceder destaforma

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Após a verificação de quorum, comparecerammais os Srs:

Michel Temer - PMDB; Olívio Dutra - PT;Roberto Campos - PDS; Vasco Alves - PSDB;Wilson MartinS- PMDB.

Seção de Atas, 26 de julho de 1988.

V - ENCERRAMENTOO SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­

Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a ses­são.

DEIXAM DE COMPARECER OS SENHORES:

AcivalGomes - PMDB;Adauto Pereira - PDS;Adhemar 'de Barros Filho - PDT; AéCIO Neves- PMDB; Afif Domingos - PL; Afonso Arinos- PSDB; Afonso Sancho - PDS; Agassiz Almei-da - PMDB; Aírton Sandoval - PMDB;AlaricoAbib - PMDB; Albérico Filho - PMDB; AloisioVasconcelos - PMDB; Aloysio Teixeira - PMDB;Aluizio Bezerra - PMDB; Álvaro Antônio ­PMDB; Álvaro Valle - PL; Amilcar Moreira ­PMDB;Antero de Barros - PMDB;Antônio Britto- PMDB;Antônio Carlos Franco - PMDB;Anta­níocarlos Mendes Tliarne - PFL;Antonio Perosa- PSDB; Antonio Salim Curiati - PDS; AntonioUeno-PFL;Amaldo Faria de Sá -PMB; ArnaldoMoraes - PMDB;Amold Fioravante - PDS;Arol­de de Oliveira- PFL; Asdrubal Bentes - PMDB;Assis Canuto - PFL; Augusto Carvalho - PCB;Bezerra de Melo - PMDB; Bosco França ­PMDB;Carlos Alberto - PTB; Carlos Benevides- PMDB;Carlos Cardinal-PDT;Carlos Mosconí- PSDB; Carlos Vinagre - PMDB;Carlos Virgílio- PDS; César Cals Neto - PDS; Chagas Duarte- PFL; Chagas Neto - PMDB;Cleonâncio Fon-seca - PFL; Costa Ferreira - PFL; Cristina Tava­res - PSDB; Dálton Canabrava - PMDB; DaviAlvesSilva - PDS; Delfim Netto - PDS; DionísioHage - PFL; Dirceu Carneiro - PMDB; DjenalGonçalves-PMDB;DomingosJuveoil-PMDB;Edésio Frias - PDT; Edivaldo Holanda - PL; -

Page 18: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

12004 Terça-feira 26 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Julho de 1988

Eduardo Moreira - PMDB; Eliézer Moreira ­PFL; Enoc Vieira- PFL; Eraldo Trindade - PFL;Eríco Pegoraro - PFL;Etevaldo Nogueira - PFL;Ezio Ferreira - PFL; Fábio Raunheitti - PTB;Farabulini Júnior - PTB; Fausto Fernandes ­PMDB; Felipe Cheidde - PMDB; Felipe Mendes- PDS; Feres Nader - PTB; Fernando Cunha- PMDB; Fernando Velasco - PMDB; Flavio Pal-mier da Veiga- PMDB;Aávio Rocha - PL;Flori­ceno Paixão - PDT; França Teixeira - PMDB;Francisco Benjamim - PFL; Francisco Coelho- PFL; Francisco Diógenes - PDS; FranciscoDornelles - PFL; Francisco Pinto - PMDB; Fur­tado Leite -PFL; Gandi Jamil - PFL; GenebaldoCorreia - PMDB;Genésio Bernardino - PMDB;Geraldo Bulhões - PMDB; Geraldo Campos ­PSDB; Geraldo Melo - PMDB; Gerson Camata- PMDB;Gerson Marcondes - PMDB;GilCésar- PMDB; Gonzaga Patriota - PMDB; Gustavode Faria - PMDB; Harlan Gadelha - PMDB;Ha­roldo Sabóia - PMDB; Hélio Costa - PMDB;lio Rosas - PMDB; Henrique Eduardo Alves ­PMDB;Heráclito Fortes - PMDB; Hilário Braun-PMDB; Humberto Lucena -PMDB; IrajáRodri­gues - PMDB; Iram Saraiva - PMDB; IrapuanCosta Júnior - PMDB; Ismael Wanderley ­PMDB; Itamar Franco-; IvoCersósimo-PMDB;Ivo Lech - PMDB; Ivo Mainardi - PMDB; IvoVanderlinde - PMDB;Jacy Scanagatta - PFL;Jairo Azi- PDC;Jayme Santana - PSDB;JesséFreire - PFL;Joaci Góes - PMDB; João CarlosBacelar - PMDB; João Castelo - PDS; JoãoCunha - PMDB; João da Mata - PDC; JoãoHerrmann Neto - PMDB; João Lobo - PFL;João Natal- PMDB;João Rezek - PMDB;Joa­quim Francisco - PFL; Joaquim Hayckel ­PMDB;Joaquim Sucena - PTB; Jonas Pinheiro- PFL; Jonival Lucas - PFL; Jorge Bornhausen-PFL;Jorge Leite -PMDB;José Carlos Grecco- PSDB; José Carlos Martinez - PMDB; JoséCarlos Sabóia - PSB; José Carlos Vasconcelos- PMDB; José Elias - PTB; José Freire ­PMDB;José Guedes - PSDB; José Ignácio Fer­reira - PMDB; José LuizMaia- PDS;José Mara­nhão - PMDB; José Maria Eymael- PDC;JoséMaurício - PDT;José Melo- PMDB;José Men­donça Bezerra - PFL;José Paulo Bisol - PSDB;José Santana de Vasconcellos - PFL;José Tava­res - PMDB; José U1ísses de Oliveira - PMDB;José Viana - PMDB;Jovanni Masini - PMDB;Juarez Antunes - PDT; Júlio Campos - PFL;Leite Chaves - PMDB; Leopoldo Bessone ­PMDB; Lezio Sathler - PMDB;Louremberg Nu­nes Rocha - PTB; Lúcia Braga - PFL; LúciaVânia- PMDB; LuizFreire - PMOB; LuizGushi­ken - PT; Luiz Salomão - PDT; Luiz Soyer ­PMDB; Luiz Viana Neto - PMDB; Maluly Neto- PFL; Manoel Castro - PFL; Manoel Moreira- PMDB;Manoel Ribeiro - PMDB;Márcio Braga-PMDB; Márcio Lacerda -PMDB; Marco Maciel-PFL; Marcondes Gadelha-PFL;Marcos QueI-roz - PMDB;Maria Lúcia - PMDB;Mário Assad- PFL; Mário Bouchardet - PMDB; Mário deOliveira - PMDB; Mário Uma - PMDB;MattosLeão - PMDB; Maurício Campos - PFL; Mau­rício Pádua - PMDB;Mauro Campos - PSDB;MaxRosenmann - PMDB;Melo Freire - PMDB;Mendes Botelho - PTB; Messias Soares - PTR;Milton Uma - PMDB;Milton Reis - PMDB; Mi­raldo Gomes - PMDB; Moysés Pimentel ­PMDB; Mussa Demes - PFL; Myrian Portella -

PDS; Nabor Júnior - PMDB; Naphtali Alves deSouza - PMDB;Narciso Mendes - PDS; NestorDuarte - PMDB; Odacir Soares - PFL; OlavoPires - PTB; Onofre Corrêa - PMDB; OrlandoBezerra - PFL; Orlando Pacheco - PFL; OsmarLeitão - PFL; Osmir Uma - PMDB;OsmundoRebouças - PMDB;Osvaldo Coelho - PFL; Os­valdo Macedo - PMDB; Osvaldo Sobrinho ­PTB; Oswaldo Almeida - PL; Paes de Andrade- PMDB;Paulo Marques - PFL; Paulo Pimentel- PFL; Paulo Roberto - PMDB; Paulo RobertoCunha - PDC; Paulo Zarzur - PMDB; PedroCanedo- PFL;PercivalMuniz- PMDB;Raimun­do Bezerra - PMDB; Raimundo Rezende ­PMDB; Raquel Cândido - ; Raul Belém ­PMDB; Raul Ferraz - PMDB; Renan Calheiros- PSDB; Renato Johnsson - PMDB;Renato Via­nna - PMDB; Ricardo Fiuza - PFL; Rita Furtado- PFL; Roberto Balestra - PDC; Roberto O'Ávila- PDT;Roberto Jefferson - PTB; Roberto Torres- PTB; Roberto Vital- PMDB;Ronaldo Aragão- PMDB; Ronaro Corrêa - PFL; Rosa Prata -PMDB; Rose de Freitas - PSDB; Rubem Bran­quinho - PMDB; Rubem Medina - PFL; RuyBacelar - PMDB; Salatiel Carvalho - PFL;SamirAchôa - PMDB;Santinho Furtado - PMDB; Sér­gio Brito - PFL;Sérgio Wemeck - PMDB;SílvioAbreu - PSDB; Sotero Cunha - PDC; StélioDias - PFL;Teotonio VilelaFilho - PMDB;Theo­doro Mendes - PMDB;Tito Costa - PMDB; Ubi­ratan Spinelli - PDS; U1durico Pinto - PMDB;Vicente Bogo - PSDB; Vieira da Silva - PDSVingt Rosado - PMDB; Vinicius Cansanção ­PFL; Virgílio Guimarães - PT; Wagner Lago ­PMOB;Ziza Valadares - PSOB.

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­~ncerro a sessão, designando para a de amanhã,as 13 horas e 30 minutos, a seguinte

ORDEM DO DIAVotação, em segundo turno, do Projeto de

Constituição.

(Encerra-se a sessão às 15 horas e 33 mi­nutos.)

ATO DA MESA N° 26188

Estende ao Gabinete da Uderança doPSD, dlsposftiV05 do Ato da Meu no14,de 19 de maio de 1987.

A Mesa da Assembléia Nacional Constituinte,no uso de suas atribuições, resolve:

Art. lo Aplica-se ao Gabinete da Liderança doPSD o disposto no Ato da Mesa n- 14, de 19de maio de 1987, observados os seguintes limites:

1 Supervisor de NívelSuperior1 Secretário Particular1 Assistente de NívelMédioParágrafo único. As indicações serão feitas

pela Liderança ao Primeiro-Secretário, que as en­caminhará ao Diretor--Geral da Câmara dos De­putados.

Art. 2· Este Ato entra em vigor na data desua publicação.

Sala das Reuniões, 13 de julho de 1988.- 0J:ys5e5 Guimaries, Presidente da Assem­bléia Nacional Constituinte.

ERRATAS

No DANC de 1°-3-88, página 7810, coluna02, república-se por ter saído com incorreção.(DANC n° 193.)

Na pág. 7810 (coluna 02)Onde se lê:

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)-V. Ex" poderá fazer essa referência em caráterparticular, poruqe sabe da amizade que tenhopelo nobre Constituinte. Eu Q receberei no meugabinete na hora que quiser.

O SR. ROBERTO FREIRE - Mas é impor­tante que, a Casa tome conhecimento, para nãoficar uma questãOlPivada entre nós dois.

Leia-se:O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)-

V. Ex" poderá fazer essa referência em caráterparticular, porque sabe da amizade que tenhopelo nobre Constituinte. Eu o receberei no meugabinete na hora que quiser.

O SR. ROBERTO FREIRE - Mas é impor­tante que, a Casa tome conhecimento para nãoficar uma questão privada entre nós dois.

No DANC de 27-2-88, página 7764, coluna02 (in fine), republica-se por ter saído com íncor­reção. (DANC rr 192).

Na pág. 7764 (coluna 02)Onde se lê:

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Se o autor se manifesta pela maneira que a Casaconhece, há condições para que ponhamos emvotação.

Vamos pôr em votação a Emenda Daso Coim­bra, no sentido de que haja supressão do § 3°do texto do Centrão. Se aprovado, portanto, serásuprimido este texto.

O SR. JOSÉ GENoíNO - O PDT, reco­menda SIM aos seus liderados.

Leia-R:O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­

Se o autor se manifesta pela maneira que a Casaconhece, há condições para que ponhamos emvotação.

Vamos pôr em votação a Emenda Daso Coim­bra, no sentido de que haja supressão do § 3°do texto do Centrão. Se aprovado, portanto, serásuprimido este texto.

O SR. VWAlDO BARBOSA- O PDT reco­mendaSIM aos seus liderados.

No DANC de 27-2-88, página 7767, colunaOI, republíca-se por ter saído com incorreção.(DANC n° 192.)

Na pág. 7767 (coluna 01)Onde se lê:O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­

Não posso dar questão de ordem agora, porquehá oradores para ocupar a tribuna.

O SR. CARLOS 'SAl"lTANNA - A Emendaé igual a anterior.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Não é igual.

O SR. CARLOS SAl"lTANNA - Mas sãoiguais. Não são nem apredadas, mas iguais.

Page 19: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

Julho de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NAOONAL CONSmUINTE Terça-feira 26 12005

Leia-se:O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­

Não posso dar questão de ordem agora, porquehá oradores para ocupar a tnbuna.

O SR. CARLOS SANTANI'IA- AEmendaé igual a anterior.

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) ­Não é igual.

O SR. CARLOS SANTANI'IA - Mas sãoiguais. Não são nem parecidas, mas iguais.

No DANC de 3-3-88, Página 7923, coluna 01(início), república-se por ter saído com omissões.(DANC na 195.)

Na pág. 7923 (coluna 01):Onde se lê:§ 30 São condições de elegibilidadena forma

da lei, a nacionalidade brasileira, estar em plenoexercício dos direitos políticos, o alistamento, afiliação partidária, domicílio eleitoral na circuns­crição, e idade mínima, conforme a seguir discri­minados:1-Presidente da República e Senador da Re-

pública: trinta e cinco anos;II- Govemador de Estado: trinta anos;III - Prefeito:vinte e um anos;IV - Deputado Federal e Deputado Estadual:

vinte e um anos;V- Vereador:dezoito anos.Sala das Sessões, de março de 1988.AfIfDomingos - Haroldo Sabóia - Amal­

doMartins-Mmia Lúcia -MaxRosenmann- Geraldo Bulhõs - Cássio Cunha Uma.

Leia-se:§ 30 São condições de elegibilidadena forma

da lei, a nacionalidade brasileira, estar em plenoexercício dos direitos políticos, o alistamento, affliação partidária, domicílio eleitoral na circuns­crição, e idade mínima, conforme a seguir discri­minados:

1-Presidente da República e Senador da Re-pública: trinta e cinco anos;

II- Governador de Estado: trinta anos;DI - Prefeito:vinte e um anos;IV - Deputado Federal e Deputado Estadual:

vinte e um anos;V- Vereador:dezoito anos.Sala das Sessões, de março de 1988.AfIfDomingos - E 2038Haroldo Sabóia - E.1186 - 0.990Amaldo Martins - E.357Maria Lúc:ia - E575 - D.1003Max Rosenmann - E 1458 - 0.1253Geraldo Bulhões - E.460Cássio Cunha Uma - E.1592 - D.798 ­

0.2142.No DANC de 3-3-88, página 7926, coluna 02,

republíca-se por ter saído com incorreção (DANCrr 195.)

Na página 7926 (coluna 02)Onde se lê:Sala da Sessões, de março de 1988.EucUdes Scalco0.2157E.1957Michel Temer0.456E.481Walmor de Luca02152Jovani Masini

D.816E 174Flávio Palmier da VeigaD.276E.1140Max Rosenmann0.1254E.1489Alexandre PuzynaE.436Jorge Aroage0.639E.062NiIsoSguareziE.46Waldir Pugliesi.0.765E.1604Leia-se:EucUdes ScalcoD.2157E.1957Michei TemerD.456E.481Walmor de Luca0.2152Jovani Masini0.816E.174Flávio Palmier da VeigaD.276E.1140Max RosenmannD 1254E.1489Alexandre PuzynaE.436Jorge AroageD.639E.062Nilso SguareziE.846Waldir PugliesiD.765E.1604

No DANC de 4-3-88, página 7971. coluna OI,republíca-sepor ter saído com omissão. (DANCna 196.)

Na página 7971 (coluna 01)Onde se lê:

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)-Está encerrada a votação.

A Mesa anuncia a votação.SIM-360NÃO-59ABSTENÇÃO - 4TOTAL-423Leia-se:

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGUimarães) -Está encerrada a votação.

A Mesa anuncia o resultado:SIM-360NÃO-59ABSTENÇÃO - 4TOTAL-423A Emenda foi aprovada.No DANC de 8-3-88, página 8092, coluna 01

(in fine), republica-se por ter saído com omissão.(DANC na200).

Na pág. 8092 (coluna 01)

Onde se lê:O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)-

A Mesa vai proclamar o resultado da votação:SIM-168NÃO-223ABSTENÇÃO - 8TOTAL-399A Emenda foi aprovada.Leia-se:

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães) -A Mesa vai proclamar o resultado da votação:

SIM-I68NÃO-223ABSTENÇÃO - 8TOTAL-399A Emenda foi rejeitadaNoDANC, de 9-3-88, página de frente "sUMÁ­

RIO", coluna 02, (início), republica-se por ter saídocom incorreção. (DANC na201).

No Sumário, coluna 02Onde se lê:

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteAfonso Arinos.

AMARAL NElTO (Pela ordem) - Pedido deesclarecimento sobre a matéria em votação. De­claração de voto favorável do PMDB.

Leia-se:

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteAfonso Arinos.

AMARAL NElTO (Pela ordem) - Pedido deesclarecimento sobre a matéria em votação. De­claração de voto favorável do PDS.

No DANC de 9-3-88, página 8142, coluna 01,republica-se por ter saído com incorreções(DANC na201.)

Na pág. 8142, coluna 01:Onde se lê:

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Sobre a Mesa o seguinte requerimento:

Excelentíssimo Senhor Presidente da Assem­bléia Nacional Constituinte.

Os firmatários, autores dos destaques e emen­das abaíxo indicados, vêm requerer, nos termosdo § 2° do art 30 da Resolução na 3/88, a fusãodas proposições para efeito de ser votada, comotexto substitutivo do § 2° do art. 27, a seguinteredação:

"Cabe aos Estados explorar diretamenteou mediante concessão a empresa estatalcom exclusividade de distribuição, os servi­ços locais de gás canalizado."

Airton Sandoval - Luís Eduardo - SamirAchôa - Fernando Gasparian - José Mau­ricio.

Leia-se:

O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)­Sobre a Mesa o seguinte requerimento:

Excelentíssimo Senhor Presidente da Assem­bléia Nacional Constituinte.

Os flrmatários, autores dos destaques e emen­das abaíxo indicados, vêm requerer, nos termosdo § 20 do art. 30 da Resolução na 3/88, a fusão

Page 20: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

12006 Terça-feira 26 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSmUINTE Julho de 1988

das proposições para efeito de ser votada, comotexto substitutivo do § 29 do art. 27, a 'seguinteredação:

"Cabe aos Estados explorar diretamenteou mediante concessão a empresa estatal,com exclusividade de dístríburção, os servi­ços locais de gás canalizado."

Airton Sandoval- Emenda n9 949Luís EduardoSamir Achôa - Emenda n- 1768Fernando Gasparian - Emenda rr 1499José Maurício - Destaque n° 1903

No DANC de 9-3-88, página 8.145, coluna 02(in fine), republíca-se por ter saído com incorre­ção. (DANC n° 201.)

Onde se lê:

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Sobre a Mesa o seguinte

REQUERIMENTO DE DESTAQUEN° 1.388 .

Senhor Presidente,Requeiro, nos termos do art. 7° da Resolução

n° 3, de 1988, destaque'para a aprovação do art.27, § 3°, do Título lIi, Capítulo Ill, do Prôjeto, cons­tante da Emenda n°2P00794-5. Ibsen Pinheiro.

Leia-se:

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Sobre a Mesa o seguirite

REQUERIMENTO DE DESTAQUE. N" 1.383

Senhor Presidente, .Requeiro, nos termos do art. 7° da Resolução

n° 3, de 1988, destaque para aprovação do art.27, § 3° do Título m, Capitulo m, do Projeto, cons­tante da Emenda na2POO794-5. Ibsen Pinheiro.

No DANC de 9-3-88, página 8190, coluna 02(in fine), repubIica-se por ter saído com omissão.(DANC201.)

Onde se lê:

O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUlmarães)­APresidência anuncia, de autoria do G:onstituinteTito Costa, a emenda substitutiva ao art. 31 dotexto-base, que acaba de ser aprovado.

O art. 31 diz:O Município reger-se-á por Lei Orgânica, vota­

da em dois turnos, com interstício mínimo de10 (dez) dias aprovada por 2/3 dos Membros daCâmara Municipal que a promulgará, atendidosos princípios estabelecidos nesta Constituição ena Constituição do respectivo Estado, observadosos seguinte preceitos..."

Leia-se:

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­A Presidência anuncia, de autoria do ConstituinteTito Costa, a emenda substitutiva ao art. 31 dotexto-base, que acaba de ser aprovado.

EMENDA 217

Art. 31:O Município reger-se-à por Lei Orgânica, vota­

da em dois turnos, com interstício mínimo de10 (dez) dias e aprovada por 2/3 dos Membrosda Câmara Municipal que a promulgará, atendi­dos os princípios estabelecidos nesta Constitui-

ção e na Constituição do respectivo Estado, ob­,servados os seguintes preceitos..."

No DANC de 10-3-88, página 8253, colunaO1 (início),repubIica-se por ter saído com incorre­ção. (DANC n° 202.)

Onde se lê:

O destaque foi rejeitado.

Leia-se:

O destaque foi aprovado.

No DANC de 11-3-88, página 8302, coluna. 02, republica-se por ter saído com omissão.. (DANC n° 203.)

Onde se lê:

"Art. .

§ 8° Os vencimentos dos cargos do PoderLegislativoe do Poder Judiciário não poderão sersuperiores aos pagos pelo Poder Executivo. A leiassegurará, aos servidores da administração dire­ta e autarquias isonomia de vencimentos entrecargos de atribuições iguais ou assemelhados domesmo Poder ou entre servidores dos PoderesExecutivo, Legislativoe Judiciário, ressalvados asvantagens de caráter individual e as relativas ànatureza ou ao local de trabalho.

Sala das Sessões, de de 1988. - Vir-gildásio de Senna - Waldeck Omellas ­Alfredo Campos.

Leia-se:

§ 8° Os vencimentos dos cargos do PoderLegislativoe do Poder Judiciário não poderão sersuperiores aos pagos pelo Poder Executivo. A leiassegurará, aos servidores da administração dire­ta e autarquias isonomia, de vencimentos entrecargos de atribuições iguais ou assemelhados domesmo Poder ou entre servidores dos PoderesExecutivo, Legislativoe Judiciário, ressalvados asvantagens de caráter individual e as relativas ànatureza ou ao local de trabalho.

SàJa das Sessões, de de 1988. - VIl'-gildáSlo de Senna - Emenda 1441 WaldeckOmelas - Emenda 2039 Alfredo Campos ­Emenda 1033

No DANC de 11-3-88, página 8308, coluna03, -republica-se por ter saldo com omissões.(DANC n° 203.)

Onde se lê:

OSR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Vem à Mesa e vai à publicação o seguinte:

REQOERIMENTO DE FUSÃO

Excelentíssimo Senhor Presidente da Assem­bléia Nacional Constituinte

Requeremos a V. E:x', nos termos regimentais(§ 2°, art. 3° da Resolução rr 3/88-ANC), a fusãodas emendas 2POl087-3 e 2P01 027-0 resultandono seguinte texto:

"É vedada a acumulação remunerada decargos, empregos e funções públicas, exceto:

I- a de dois cargos de professor;11 - a de um cargo de professor com outro

técnico ou científico;

1lI - a de dois cargos privativosde médico.§ 1c A acumulação somente será permi­

tida quando houver compatibilidade de horá­rios.

§ 2° Aproibição de acumular estende-sea cargos, funções ou empregos em autar­quias, empresas públicas, sociedades deeconomia mista e fundações mantidas peloPoder Público."

Sala das Sessões, de de 1988. -Afonso Arinos - Joaquim Francisco - Ar·naldo Faria de Sá.

Leia-se:

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Vem à Mesa e vai à publicação o seguinte:

REQUERIMENTO DE FUSÃO

Excelentíssimo Senhor Presidente da Assem­bléia Nacional Constituinte

Requeremos a V. Ex", nos termos regimentais(§ 29, art 3° da Resolução rr 3/88-ANC), a fusãodas emendas 2P01087-3 e 2P01027-0 resultandono seguinte texto:

"É vedada a acumulação de cargos, em­pregos e funções públicas, exceto:

1-a de dois cargos de professor;11 - a de um cargo de professor com outro

técnico ou científico;III- a de dois cargos privativosde médico.§ 1c Aacumulação somente será permi­

tida quando houver compatibilidade de horá­rios.

§ 2° Aproibição de acumular estende-sea cargos, funções ou empregos em autar­quias, empresas públicas, sociedades deeconomia mista e fundações mantidas peloPoder Público."

Sala das Sessões, de de 1988. -Afonso Arinos - Destaque n9 696 - JoaquJmFrancisco- Emenda n° 1027 -Arnaldo Fariade Sá - Destaque n° 1445.

No DANC de 11-3-88, página 8312, coluna03, republica-se por ter saído com omissões(DANC n° 203).

Onde se lê:

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Vem à Mesa e vai à publicação o seguinte:

REQUERIMENTO DE FUSÃO

Excelentíssimo Senhor Presidente da Assem­bléia Nacional Constituinte,

Requeremos a V. Ex', nos termos regimentais(§ 2°, art. 3° da Resolução n9 3/88-ANC), a fusãodas Emendas 2P01580-8 e 2POO642-6,para adi­tar ao art. 44 do Projeto de Constituição (A)resul­tando no seguinte texto:

"Art. 44 .§ A publicidade dos atos, programas,

obras, serviços e campanhas dos órgãos pú­blicos, deverá ter caráter educativo, informa­tivo ou de orientação social, dela não poden­do constar nomes, símbolos ou imagens quecaracterizem promoção pessoal de autorida­des ou funcionários públicos."

Sala das Sessões, de de 1988. - Air-ton Cordeiro - Chico Humberto - ArnaldoFaria de Sá.

Page 21: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

Julho de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Terça-feira 26 12007

Leia-se:

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Vem à Mesa e vai à publicação o seguinte:

REQUERIMENTO DE FUSÃO

Excelentíssimo Senhor Presidente da Assem­bléia Nacional Constituinte.

Requeremos a V. Ex", nos termos regimentais(§ 2°, art. 3° da Resolução rr 3/88-ANC), a fusãodas Emendas 2P01580-8 e 2PO0642·6, para adi­tar ao art. 44 do Projeto de Constituição (A)resul­tando no seguinte texto:

"Art. 44 .§ A publicidade dos atos, programas,

obras, serviços e campanhas dos órgãos pú­blicos, deverá ter caráter educativo, informa­tivo ou de orientação social, dela não poden­do constar nomes, símbolos ou imagens quecaracterizem promoção pessoal de autorida­des ou funcionários públicos."

Sala das Sessões, de de 1988. - Air-ton Cordeiro - Destaque 385 - Chico Hum­berto - Emenda 642 Arnaldo Faria de Sá- Co-Autor Emenda 642

No DANC de 11-3-88, página 8341, coluna01, republica-se por ter saído com erro. (DANCn° 203).

Onde se lê:

REQUERIMENTO DE DESTAQUE N° 170

Senhor Presidente,Requeiro, nos termos do art. 4° da Resolução

no 3, de 1988, destaque para a Emenda rr2PO0141-6 art. 45 César Maia.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­O Destaque se refere a seguinte matéria.

EMENDA SUBSmCJ11VA N· 142

Título 111 - Capítulo vn- Seção IArtigo 45 - Parágrafo 5·

§ 5° Os cargos em comissão e funções deconfiança, farão parte dos planos de carreira, deforma a garantir o seu exercício privativopor servi­dor público conforme as linhas de atribuições téc­nicas, com exceção do primeiro nível,diretamentesubordinado à autoridade política.

Leia-se:

REQUERIMENTO DE DESTAQUE N· 170

Senhor Presidente,Requeiro, nos termos do art. 4° da Resolução

n° 3, de 1988, destaque para a Emenda n°2PO0141-6 art. 45 César Maia.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­O Destaque se refere à seguinte matéria.

EMENDA SUBSTlTCJ11VA N° 141

Título 111 - Capítulo VII- Seção IArtigo 45 - Parágrafo 5·

§ 5° Os cargos em comissão e funções deconfiança, farão parte dos planos de carreira, deforma a garantir o seu exercício privativopor servi­dor público conforme as linhas de atribuições téc­nicas, com exceção do primeiro nível,diretamentesubordinado à autoridade política.

Onde se lê:

No DANC de 15-3-88, página 8.427, coluna2, republica-se por ter saído com omisão. (DANCn° 205).

Onde se lê:

Quando o Governo criou a GATA, gratificaçãode atividade técnica-administrativa, concedeu-seem 80% para o pessoal em atividade e 40% paraos aposentados. Ora, essa gratificação teve ape­nas o papel de corrigir a defasagem da remune­ração do pessoal de nível superior, cuja atividadeé necessariamente técnico-administrativa.

Quanto ao parágrafo único é medida de justiçasocial, que a Lei já contempla em diversas situa­ções.

Leia-se:

Quando o Governo criou a GATA, gratificaçãode atividade técnico-administrativa, concedeu-aem 80% para o pessoal em atividade e 40% paraos aposentados. Ora, essa gratificação teve ape­nas o papel de corrigir a defasagem da remune­ração do pessoal de nível superior, cuja atividadeé necessariamente técnico-administrativa.

Quanto ao parágrafo único é medida de justiçasocial, que a Lei já contempla em diversas situa­ções.

Mauro Sampaio

No DANC de 15-3-88, página 8424, coluna1, republica-se por ter saído com omissões.(DANC N°205).

Onde se lê:

Os firmatários, autores dos destaques e ernen­das abaixo indicados, vêm requerer, nos termosdo § 2° do art. 3° da Resolução no 3/88, a fusãodas proposições para efeito de ser votada, comotexto substitutivo do art. 48 do Projeto ou art.47 do Substitutivo, a seguinte redação:

"Art. 48. Os proventos da inatividade se­rão revistos, na mesma proporção e na mes­ma data, sempre que se modificar a remune­ração dos servidores em atividade, bem ca­ma serão estendidos aos inativos quaisquerbenefícios ou vantagens posteriormente con­cedidos aos servidores em atividade, inclu­sive quando decorrentes da transformaçãoóu reclassificação do cargo ou função, emque se deu a aposentadoria ou a reforma,na forma da lei.

Parágrafo único. O benefício da pensãopor morte corresponderá à totalidade dosvencimentos ou proventos do servidor faleci­do, até o limite estabelecido em lei, obser­vado o disposto no capot."

Sala das Sessões.Miro Teixeira'GefaIdõ CamposSólon Borges doa ReisGumercindo MIlhomemBonifácio de AndradaMauro SampaioWaldeck OmellasAntoniocarlos Mendes ThameNaphtali Alves de Souza.

Leia-se:

Os firmatários, autores dos destaques e emen­das abaixo indicados, vêm requerer, nos termosdo § ZO do art. 3° da Resolução rr 3/88, a fusãodas proposições para efeito de ser votada, comotexto substitutivo do art. 48 do Projeto ou art.47 do Substitutivo, a seguinte redação:

"Art. 48. Os proventos da inatividade se­rão revistos, na mesma proporção e na mes­ma data, sempre que se modificar a remune­ração dos servidores em atividade, bem ca­ma serão estendidos aos inativos quaisquerbenefícios ou vantagens posteriormente con­cedidos aos servidores em atividade, inclu­sive quando decorrentes da transformaçãoou reclassificação do cargo ou função, emque se deu a aposentadoria ou a reforma,na forma da lei.

Parágrafo único. O benefício da pensãopor morte corresponderá à totalidade dosvencimentos ou proventos do servidor faleci­do, até o limite estabelecido em lei, obser­vado o disposto no caput."

Sala das Sessões.Miro Teixeira - Destaque 179Geraldo Campos - Destaque 868Sólon Borges dos Reis - Destaque 1301Gumercindo Milhomem - Destaque 1756Bonlfádo de Andrada - Destaque 785Mauro Sampaio - Destaques 99 e 552Waldeck Omelas - Emenda 2039Antoniocarios Mendes ThameNaphtall Alves de Souza - Destaque 1853

No DANC de 15-3-88, página 8431, coluna3, república-se por ter saído com incorreção.(DANe N°205).

Ondesel~:

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado (Votação rr 261)

SIM-276NÃO-41ABSTENÇÃO- 29TOTAL-364

leia-se:

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado (Votação rr 261)

SIM-276NÃO-41ABSTENÇÃO- 29TOTAL-346

No DANC de 15-3-88. Página 8.444, Coluna03, republica-se por ter saído com incorreções.(DANC n° 205.)Ondesel~:. .Roberto Freire - NãoRoberto Rollemberg - NãoRobson Marinho - NãoRodrigues Palma - NãoRonaldo Aragão - NãoRonaldo Carvalho - NãoRonan Tito - NãoRonaro Corrêa - Não

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Em conseqüêncía do resultado, de votações ante-

Page 22: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

12008 Terça-feira 26 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONsmUINTE Julho de 1988

ríores, ficam prejudicados os Destaques n" 215,302,16,878,1175,1853,1037,1306,1921,102,1922,37 e 599, bem como, as Emendas n'" 2026,1808,639, 1710, 1154, 1546, 1515, 1893,684,15 e 542.

Leia-se:

Roberto Freire - NãoRoberto Rollemberg - NãoRobson Marinho - NãoRodrigues Palma - NãoRonaldo Aragão - NãoRonaldo Carvalho - NãoRonan Tito - NãoRonaro Corrêa - NãoRosa Prata - AbstençãoRuben Figueiró - AbstençãoRuy Nedel - Não

Sandra Cavalcanti - NãoSaulo Queiroz - NãoSérgio Spada - NãoSigmaringa Seixas - NãoSilvioAbreu - NãoSimão Sessim - NãoSiqueira Campos - NãoSólon Borges dos Reis - NãoSotero Cunha - NãoTadeu França - NãoTelmo Kirst - NãoTeotonio Vilela Filho - NãoTito Costa - NãoUbiratan Aguiar - NãoUbiratan Spinelli - NãoUlysses Guimarães - AbstençãoValmirCampelo - NãoValter Pereira - NãoVasco Alves- NãoVicente Bogo - Não

Victor Faccioni - AbstençãoVictor Fontana - NãoVilsonde Souza - NãoVirgildásio de Senna - NãoVirgílio Galassi - AbstençãoVirgílio Guimarães - NãoVivaldoBarbosa - NãoVladimirPalmeira - NãoWaldeck Omelas - NãoWaldyr Pugliesi - NãoWilma Maia - NãoWilson Campos - Não

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Em conseqüência do resultado de votações ante­riores, ficam prejudicados os Destaques noS 215,302,16,878,1175,1853,1037,1306,1921,102,1922, 37, e 599, bem como, as Emendas noS2026,1808,639,1710,1154,1546,1515,1893,684, }5 e 542.

Page 23: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

MESA

16• .&

LIDERANÇAS NAASSEMBLÉIA NACIONAL coasrrmerra

PT PTRLíder: Líder:

LuIz lnádo Lula da sOva JlIIeuiu Soares

Presidente:ULYSSES GWMARÃES

10·Vice-Presidente:MAURO BENEVIDES

2°·Vice-Presidente:JORGE ARBAGE

lo-Secretário:MARCELO CORDEIRO

2°-Secretário:MÃRlOMAIA

3°-Secretário:ARNALDO FARIA DE sA

lo-Suplente de Secretário:BENEDITA DA SILVA

2°-Suplente de Secretário:LUIZ SOYER

3°-Suplente de Secretário:SOTERO CUNHA

PMDBLíder:

NE:lson Jobim,Vice-Líderno exercício

da Uderança

Vice-Líderes:

Paulo Macarini

Antônio BrittoGonzaga Patriota

OsmirLímaGidel Dantas

Henrique Eduardo Alves

Ubiratan Aguiar

Rosede FreitasJoaciG6es

Nestor DuarteAntonio Mariz

Walmor de LucaRaul Belém

Roberto BrantMauro CamposHélio Manhães

Teotonio VilelaFilhoAluizio BezerraNion A1bemaz

Osvaldo MacedoJovanni MasiniNelsonJobimMiro Teixeira

Ronaldo CésarCoelho

PFLLíder:

JPé Lourenço

Vice-Líderes:

Inocêncio de OliveiraFausto RochaRicardo Fiuza

GeovaniBorgesMozariJdo Cavalcanti

Valmir CampeloMessiasGóis

Arolde de Oliveirn

r:.valdo Gonçalves

Simão SessimDivaldo Suruagy

José Agripino MaiaMaurício Campos

Paulo PimentelJosé Líns

Paes Landim

PDSLíder:

Amara1 Netto

Vice-Líderes:

Victor FaccioniCarlosVirgílio

PDTLíder:

BrancIio Monteiro

Vice-Líderes:

Amaury MüllerAdhemat de Barros Filho

VJValdo BarbosaJosé Fernandes

P1BLíder:

Gastone RIghI

Vice-Líderes:Sólon Borges dos Reis

RobertoJeffersonElias Murad

Vice-Líderes:Plinio Arruda Sampaio

José Genoíno

PLLíder:

AdolfoObelra

POCLíder:

Mauro Borges

Vice-Líderes:José Maria EymaelSiqueira Campos

PCdoBLíder:

Haroldo Uma

Vice-Líder:Aldo Arantes

PCBLíder:

Roberto Freire

Vice-L.,íder:Fernando Santana

PSBLíder:

AdemirAndrade

PMBLíder:

NeyMuanhio

Page 24: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE - …imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/280anc26jul1988.pdf · Buarque, por promover debate sobre descri minalização do uso da maconha,e de rejeição,

cOMISSÃo DESISTEMA117AÇÃO

Presidente:AfonsoArinos- PFL- RJ

1'-VIce-Presidente:Aluízio Campos - PMDB - PB

2'-Vice-Presidente:Brand80 Monteiro- PDT- RJ

Relator.Bernardo e8b1'll1- PMDB - AM

PDS

AntoniocarlosKonderReis

Darcy PozzaGerson Peres

PDTBrand80 MonteiroJosé Mauricio

PTB

Jarbas PassarinhoJosé LuizMeiaVirgDio Távora

LysâneasMaciel

PFL

EnocVJeiraFurtado LeiteGilson MachadoHugo Napoleão .Jesualdo ClIVB1canteJoiIo MenezesJofranFrejat

PDS

Adylson MottaBonifácio de Andrada

Jonas PInheiroJosé LourençoJosé TinocoMozarido CavaIaIntfValmir CampeloPIfes LandImRicardo IzarOscar~

VictorFaccioni

Francisco RossiGastone Righi

JoaquimBevilácqua

PDT

Aldo Arantes

Fernando Santana

PedoB

PCB

Luiz$elomão

PL

José GenofnoPT

PTBOttomarPInto

Bocayuva Cunha

Afif Domingos

PDC

JoséMariaEymael Roberto Balestra

Suplentes

PTLuiz lnácío Lula PlínioArruda

da Silva- Sampaio

PI..Adolfo Oliveira

PDC

Siqueira Campos

PedoBHaroldoUma

PCBRobertoFreire

PSBJamüHaddad

PMDB

AntonioFarias

Abigai Feitosa José Ign6cioFerreiraAdemirAndr!Kle JoséPauloBisolAlfredoCampos José RichaAlmirGabriel JoséSeITaAluizioCampos José Ulissesde OliveiraAntonio Britto ManoelMoreiraArtur da Távola MárioUmaBemardo Cabral MIlton ReisCarios Mosconi Nelson CarneiroCarlos S/lnt'Anna NelsonJobimCelsoDolll'lldo NeltonFriedrichCIdCarvalho NilsonGibsonCrIstina TlIV!II'eS Oswaldo Uma Filhoqpdio Ferreira Uma Paulo RamosFernando BezerraCoetx> Pimenta da VeigaFernando Gasparian PriscoVlllnaFernando HenIique CardQso Raimundo BezerraFernando Lyra RenatoVlllnnaFrancisco PInto RodriguesPalmaHlIroIdo 5ab6la SigmllringaSeixasJolIo Calmon Severo GomesJoio Hermann Neto 1beodoro MendesJollé Fogaça VrrgHdásio de SennaJoeé Freire WdsonMartinsJollé GeraldÕ

Afonso ArinosAlceniGuerraAIo)'slo ChavesAntonio CarlosMendes

ThameArnaldoPrietoCarlos ChiarelliChristóvam ChiaradiaEdme TlIV!IresE'raIdo TInocoFrancisco DornellesFrancisco BenjamimInoc!ncio Oliveira

PFL

José JorgeJosé UnsJosé LourençoJosé Santana de

VasconcellosJoséThon1az NoMLuísEduardoMarcondes GadelhaMário Assad .Osvaldo CoelhoPaulo PimentelRicardoFiuzaSandra Cavalcanti

PMDB

Aécio NevesAlbano FrancoAntonioMarizChagas RodriguesDaso CoimbraDélioBrazEuclides ScalcoIsraelPinheiroJo8o AgripinoJo8o NatalJosé Carlos GreccoJosé CostaJosé MaranhãoJosé Tavares

LuizHenriqueManoelVIllIlaMárcioBragaMarcos UmaMichel TemerMiroTeixeiraNelsonWedekinOctávio EIfsioRoberto BrantRose de FreitaslIdurico PintoVicenteBagoVilson de SouzaZiza Valadares

PSBBeth Azize

PMBIsraelPInheiroFilho

ReunI6es; terças, quartas e quintas-feiras.

Secreüria: Maria LauraCoutinho

Telefone.: 224-2848 - 213-6875 ­213-6878.

1 EDIÇÃO DE HOJE: 24 Pt\.GINAS 1 PREÇO DESTE EXEMPLAR: CZ$ 6,00 l