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ESTADO DO PARANÁ Secretaria de Estado da Saúde – SESA Superintendência de Gestão de Sistemas de Saúde - SGS ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ Janeiro 2008

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA - Secretaria da Saúde · centro de medicamentos do paranÁ – cemepar direÇÃo geral deise regina sprada pontarolli divisÃo de suporte operacional

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ESTADO DO PARANÁ Secretaria de Estado da Saúde – SESA Superintendência de Gestão de Sistemas de Saúde - SGS

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

Janeiro 2008

ESTADO DO PARANÁ Secretaria de Estado da Saúde – SESA Superintendência de Gestão de Sistemas de Saúde - SGS

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE Dr. Gilberto Berguio Martin DIRETORIA GERAL Carlos Manuel dos Santos SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DE SISTEMAS DE SAÚDE – SGS Irvando Luiz Carula DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS DE INSUMOS ESTRATÉGICOS – DEPI Sandra Laibida Tolentino DIVISÃO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA – DVASF Mônica Holtz Cavichiolo Grochocki

CENTRO DE MEDICAMENTOS DO PARANÁ – CEMEPAR DIREÇÃO GERAL Deise Regina Sprada Pontarolli DIVISÃO DE SUPORTE OPERACIONAL – DVOSP/CEMEPAR Marise do Carmo Machado DIVISÃO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA E MEDICAMENTOS ESTRATÉGICOS – DVFME/CEMEPAR Suzan Mirian do Patrocínio Alves DIVISÃO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA ALTA COMPLEXIDADE – DVFAC/CEMEPAR Gheisa Regina Plaisant da Paz e Silva

ESTADO DO PARANÁ Secretaria de Estado da Saúde – SESA Superintendência de Gestão de Sistemas de Saúde - SGS

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SUMÁRIO LISTA DE SIGLAS ........................................................................................................ ii 1 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO CONTEXTO DO SUS ....................................1 2 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA SESA-PR........................................................2 3 PROGRAMAS DE MEDICAMENTOS GERENCIADOS PELO CEMEPAR ..............4

3.1 Medicamentos Básicos...................................................................................... 4 3.2 Medicamentos Básicos de Controle Estratégico................................................ 6 3.3 Saúde Mental..................................................................................................... 6 3.4 Saúde da Mulher ............................................................................................... 7 3.5 Atendimento a Unidades e Serviços de Saúde .................................................. 7 3.6 Medicamentos Estratégicos............................................................................... 8

3.6.1 Hanseníase e Tuberculose .......................................................................... 8 3.6.2 Endemias – Doença de Chagas, Esquistossomose, Leishmaniose, Malária e Meningite ........................................................................................................... 8 3.6.3 DST/AIDS - Anti-retrovirais .......................................................................... 8 3.6.4 Imunobiológicos e Insumos.......................................................................... 9

3.7 Programas Especiais de Medicamentos.......................................................... 10 3.7.1 Paraná sem Dor ......................................................................................... 10 3.7.2 Fibrose Cística ........................................................................................... 10 3.7.3 Paracoccidioidomicose .............................................................................. 10 3.7.4 Sobrecarga de Ferro .................................................................................. 11 3.7.5 Profilaxia/Tratamento de Infecções Oportunistas e Violência Sexual ........ 11 3.7.6 Atendimento aos Pacientes Diabéticos...................................................... 11 3.7.7 Fluxo de Atendimento à Determinação Judicial para Fornecimento de Medicamentos..................................................................................................... 12

3.8 Programa de Medicamentos Excepcionais...................................................... 13 4 PROGRAMA DE MEDICAMENTOS SOB RESPONSABILIDADE DO GESTOR FEDERAL....................................................................................................................20

4.1 Oncologia ......................................................................................................... 20 REFERÊNCIAS...........................................................................................................22 APÊNDICE - FONTES DE INFORMAÇÃO SOBRE MEDICAMENTOS .....................24

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LISTA DE SIGLAS

AIDS Síndrome de Imunodeficiência Adquirida

AJU Assessoria Jurídica

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

APAC Autorização de Procedimento de Alta Complexidade

ARV Anti-retrovirais

CACON Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia

CEMEPAR Centro de Medicamentos do Paraná

CGPNI Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunização

CIB Comissão Intergestores Bipartite

CID Código Internacional de Doenças

CIT Comissão Intergestores Tripartite

DEPI Departamento de Políticas de Insumos Estratégicos

DEVE Departamento de Vigilância Epidemiológica

DST Doenças Sexualmente Transmissíveis

DVASF Divisão de Assistência Farmacêutica

DVFAC Divisão de Assistência Farmacêutica na Alta Complexidade

DVFME Divisão de Assistência Farmacêutica Básica e Medicamentos Estratégicos

DVOSP Divisão de Suporte Operacional

DVVPI Divisão de Vigilância do Programa Estadual de Imunização

EDI Estoque e Distribuição de Imunobiológicos

GM Gabinete do Ministro

HEMEPAR Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná

IAFB Incentivo a Assistência Farmacêutica Básica

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia Estatística

INCA Instituto Nacional do Câncer

MS Ministério da Saúde

PCDT Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas

PGE Procuradoria Geral do Estado

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PN-DST/AIDS Programa Nacional de DST/AIDS

PR Paraná

RENAME Relação Nacional de Medicamentos Essenciais

RS Regional de Saúde

SAS Secretaria de Atenção à Saúde

SCTIE Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos

SESA Secretaria de Estado da Saúde do Paraná

SGS Superintendência de Gestão de Sistemas de Saúde

SIA/SUS Sistema de informação Ambulatorial do SUS

SIES Sistema de Informação de Insumos Estratégicos

SME Solicitação de Medicamentos Excepcionais

SUS Sistema Único de Saúde

SVS Secretaria de Vigilância em Saúde

UDM Unidade Dispensadora de Medicamentos Anti-retrovirais

UNACON Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia

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1 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO CONTEXTO DO SUS

A Assistência Farmacêutica, que envolve o acesso aos medicamentos, tem

caráter sistêmico e multidisciplinar. É uma ação de saúde pública e parte integrante

do sistema de saúde e está definida na Política Nacional de Medicamentos como:

“Grupo de atividades relacionadas com o medicamento, destinadas a

apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve o

abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas

constitutivas, a conservação e controle de qualidade, a segurança e a

eficácia terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e avaliação da

utilização, a obtenção e a difusão de informação sobre medicamentos e a

educação permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da

comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos”. (BRASIL,

1998)

A Política Nacional de Medicamentos, publicada em 1998 por meio da portaria

GM/MS nº 3.916, tem como principais finalidades:

• Garantir a necessária segurança, eficácia e a qualidade dos

medicamentos;

• A promoção do uso racional dos medicamentos;

• O acesso da população àqueles medicamentos considerados essenciais.

Esta política apresenta um conjunto de diretrizes para alcançar estes objetivos,

que incluem como prioridade a revisão permanente da Relação Nacional de

Medicamentos Essenciais - RENAME, a reorientação da assistência farmacêutica, a

promoção do uso racional de medicamentos e a organização das atividades de

Vigilância Sanitária de medicamentos.

Mais especificamente, a reorientação da Assistência Farmacêutica se encontra

fundamentada na descentralização da gestão, na promoção do uso racional de

medicamentos, na otimização e eficácia do sistema de distribuição no setor público e

no desenvolvimento de iniciativas que possibilitem a redução nos preços dos

produtos (BRASIL, 1998).

Esta política ainda estabelece as responsabilidades para cada uma das três

esferas de gestão do Sistema Único de Saúde – SUS, sendo que cabe à esfera

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estadual, em caráter suplementar, formular, executar, acompanhar e avaliar a política

de insumos e equipamentos para a saúde.

A Assistência Farmacêutica representa hoje um setor de grande impacto

financeiro no âmbito das Secretarias Estaduais de Saúde, pela crescente demanda

por medicamentos, sendo exigido um gerenciamento efetivo nesta esfera de gestão.

As ações da Assistência Farmacêutica devem estar fundamentadas nos

princípios da Constituição Federal, na Lei Orgânica da Saúde e na legislação

específica da Assistência Farmacêutica.

O financiamento da Assistência Farmacêutica classicamente estava restrito a

medicamentos. A partir da publicação da Portaria GM/MS nº 399, de 23 de fevereiro

de 2006, que divulga o Pacto pela Saúde, fica estabelecido que todas as esferas de

gestão do SUS são responsáveis pela promoção e estruturação da Assistência

Farmacêutica e a garantia do acesso da população aos medicamentos cuja

dispensação esteja sob sua responsabilidade, fomentando seu uso racional e

observando as normas vigentes e pactuações estabelecidas. O financiamento da

Assistência Farmacêutica é de responsabilidade das três esferas de gestão do SUS e

pactuado na Comissão Intergestores Tripartite – CIT. A Portaria nº 204, de 29 de

janeiro de 2007, estabelece que os recursos federais sejam repassados na forma de

blocos de financiamento. Esta Portaria apresenta o Bloco de Financiamento da

Assistência Farmacêutica constituído por três componentes:

• Componente Básico da Assistência Farmacêutica;

• Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica;

• Componente de Medicamentos de Dispensação Excepcional.

2 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA SESA-PR

A Secretaria de Estado de Saúde do Paraná tem como missão sustentar uma

política de construção permanente de um modelo de saúde que cumpra a função

social de promoção, prevenção e atenção à saúde, contribuindo para a melhoria da

qualidade de vida da população paranaense. Um de seus objetivos é prover o

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Sistema Único de Saúde de insumos (medicamentos, imunobiológicos, sangue e

hemoderivados) e de apoio diagnóstico, em quantidade adequada e com qualidade.

O Centro de Medicamentos do Paraná – CEMEPAR é uma unidade

subordinada à Superintendência de Gestão de Sistemas de Saúde – SGS, tendo

como propósito a garantia do acesso da população aos medicamentos dos

programas oferecidos pelo Ministério da Saúde – MS - e pela Secretaria de Estado da

Saúde do Paraná – SESA/PR.

No âmbito dessa mesma Superintendência – SGS – o Departamento de

Políticas de Insumos Estratégicos – DEPI – e a Divisão de Assistência Farmacêutica

– DVASF – têm o propósito de acompanhar e auxiliar o cumprimento das políticas

nacionais de medicamentos e de assistência farmacêutica no estado.

O CEMEPAR, a DVASF e o DEPI são os responsáveis pela implantação e

implementação da Política de Assistência Farmacêutica no estado, em consonância

com o Plano Estadual de Saúde e com as diretrizes estabelecidas para este setor

pelo Ministério da Saúde.

A Assistência Farmacêutica é estruturada tendo o Ciclo da Assistência

Farmacêutica como base. Este ciclo abrange as atividades de seleção, programação,

aquisição, armazenamento, distribuição e acompanhamento da utilização de

medicamentos. A Assistência Farmacêutica é uma atividade relevante nas ações de

saúde, que deve ser contemplada com a adequação da necessidade, segurança,

efetividade e qualidade da terapia medicamentosa, promovendo o uso racional dos

medicamentos e contribuindo para a melhoria das condições de vida e de saúde da

população. O uso racional de medicamentos ocorre quando o paciente recebe o

medicamento apropriado à sua necessidade clínica, na dose e posologia corretas, por

um período de tempo adequado e ao menor custo para si e para a comunidade

(MARIN, 2003).

Dividida em vinte e duas (22) Regionais de Saúde – RS, a estrutura

organizacional da SESA é utilizada pelo CEMEPAR para efetivar a distribuição e

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dispensação dos medicamentos aos usuários dos municípios. Essas RS constituem

parte integrante na operacionalização do ciclo da Assistência Farmacêutica.

O Plano Estadual de Assistência Farmacêutica contempla as ações

específicas de saúde nos programas atendidos pela Assistência Farmacêutica da

Secretaria Estadual de Saúde do Paraná, através do Centro de Medicamentos do

Paraná – CEMEPAR - e descreve as atividades e ações de cada programa da

Assistência Farmacêutica, sendo periodicamente reavaliado e reestruturado a fim de

atingir os objetivos preconizados na Política Nacional de Assistência Farmacêutica.

Uma versão atualizada deste Plano Estadual está contemplada neste documento.

3 PROGRAMAS DE MEDICAMENTOS GERENCIADOS PELO CEMEPAR

Os programas de medicamentos gerenciados pelo CEMEPAR são os

seguintes:

3.1 Medicamentos Básicos

A Assistência Farmacêutica Básica teve seu incentivo estabelecido através da

Portaria GM/MS nº 176, de 11/03/99, com financiamento previsto pelas três instâncias

gestoras do SUS - federal, estadual e municipal, calculando-se os valores referentes

a todos os municípios com base no valor per capita. As Comissões Intergestoras

Bipartite – CIB - de cada estado devem estabelecer o mecanismo de

operacionalização desta sistemática. A Portaria GM/MS nº 2084, de 26 de outubro de

2005 estabelece normas, responsabilidades e recursos a serem aplicados no

financiamento da Assistência Farmacêutica na Atenção Básica e define o Elenco

Mínimo Obrigatório de Medicamentos. A Portaria GM/MS nº 3237, de 24 de dezembro

de 2007, revoga, entre outras, a Portaria nº 2084 a partir de 01 de fevereiro de 2008,

e aprova as normas de execução e de financiamento da assistência farmacêutica na

atenção básica em saúde, como parte da Política Nacional de Assistência

Farmacêutica do SUS. Esta Portaria define o Elenco de Referência de medicamentos

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e insumos complementares para a assistência farmacêutica na atenção básica em

saúde, regulamenta o componente básico do bloco de financiamento da assistência

farmacêutica, estabelece que este financiamento é responsabilidade das três esferas

de gestão e ainda as responsabilidades de aquisição e distribuição de medicamentos

e insumos pelo MS, estados, Distrito Federal e municípios.

No Estado do Paraná o Elenco de Medicamentos da Assistência Farmacêutica

Básica é periodicamente atualizado, sendo a última versão aprovada na Comissão

Intergestores Bipartite do Paraná - CIB, pela Deliberação nº 35, de 13 de abril de

2007.

As ações de atenção básica devem ser desenvolvidas por todos os municípios

como um componente essencial para a garantia de acesso a serviços de saúde

qualificados, estabelecendo responsabilidades para as três esferas de gestão

concernentes ao financiamento dos medicamentos aplicados nas ações estratégicas

no nível de atenção básica, garantindo medicamentos para cobertura das patologias

de importância no âmbito de atenção básica à saúde.

O Incentivo à Assistência Farmacêutica Básica – IAFB - no Estado do Paraná,

está pactuado sob duas formas:

a. Parcialmente Centralizado no Estado: os recursos das contrapartidas

federal e estadual são depositados no Fundo Estadual de Saúde, e estes

são repassados na forma de convênio ao Consórcio Paraná Saúde, que

compra e distribui os medicamentos básicos aos municípios. Os municípios

realizam a aquisição dos medicamentos básicos com sua contrapartida

municipal. Este é o grupo de Municípios Consorciados, que no momento

perfazem o total de 384 (trezentos e oitenta e quatro).

b. Parcialmente Descentralizado no Município: o recurso da contrapartida

federal é repassado fundo a fundo aos municípios, para o Fundo Municipal

de Saúde, que adquirem os medicamentos básicos juntamente com a

contrapartida municipal. O recurso da contrapartida estadual é repassado

aos municípios na forma de medicamentos. Estes são os Municípios Não

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Consorciados, num total de 15: Curitiba, Ponta Grossa, Paranaguá,

Araucária, Marmeleiro, São Jorge do Patrocínio, Cianorte, Umuarama, Vila

Alta, Cascavel, Londrina, Ibiporã, Apucarana, Foz do Iguaçu e Alvorada do

Sul.

3.2 Medicamentos Básicos de Controle Estratégico

São medicamentos básicos para atendimento aos municípios em caráter

emergencial, para atender a situações como enchentes e assentamentos. São

disponibilizados com recurso estadual.

3.3 Saúde Mental

A Portaria GM/MS nº 1.077, de 24 de agosto de 1999, estabelece um

incentivo financeiro de responsabilidade do Ministério da Saúde para a compra de

medicamentos essenciais para Saúde Mental, destinado a municípios que

apresentem rede pública de atenção ambulatorial na área de saúde mental.

A Deliberação CIB/PR nº 068, de 12 de dezembro de 2000, definiu a

utilização do critério de divisão per capita do recurso de R$ 131.750,54 que

corresponde a R$ 0,013866/hab/mês, com base na população IBGE 2000. A

Deliberação CIB/PR nº 054, de 16 de maio de 2005, aprovou o Protocolo Clínico e

Diretrizes Terapêuticas em Saúde Mental, contemplando um novo elenco de

medicamentos e o aumento do incentivo para R$ 300.000,00 mensais (60%

contrapartida estadual e 40% contrapartida federal), constituindo um novo valor per

capita de R$ 0,0306185/hab/mês.

A Portaria GM/MS nº 3237, de 24 de dezembro de 2007, regulamenta o

Componente Básico da Assistência Farmacêutica e estabelece que os valores da

parte fixa e da parte variável da Saúde Mental passam a compor o valor único de

financiamento no Componente Básico. Os medicamentos deste elenco são

adquiridos pela SESA/CEMEPAR e distribuídos trimestralmente às Regionais de

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Saúde - RS, conforme solicitação feita através dos mapas de consumo. As RS

distribuem os medicamentos aos municípios de sua abrangência.

3.4 Saúde da Mulher

Os contraceptivos do Programa Saúde da Mulher são de responsabilidade do

Ministério da Saúde (Componente Estratégico). A SESA/PR adquire imunoglobulina

anti-RhO e medicamentos para o tratamento da toxoplasmose congênita, programa

de financiamento estadual, aprovado em deliberação da CIB nº 072, de 31 de março

de 2006 .

3.5 Atendimento a Unidades e Serviços de Saúde

O CEMEPAR distribui medicamentos para atendimento a unidades e serviços

de saúde, conforme planejamento elaborado no âmbito da SESA-PR e do governo do

Estado. São exemplos de unidades e serviços atendidos:

Hospital Regional São Sebastião da Lapa

Hospital Regional do Litoral de Paranaguá

Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná

Hospital Oswaldo Cruz

Hospital Colônia Adauto Botelho

Hospital Luisa Borba Carneiro

Hospital Infantil Antônio Fontes

Hospital Regional Norte Pioneiro

Hospital Regional do Noroeste

Hospital Zona Sul

Hospital Zona Norte

Centro Psiquiátrico Metropolitano

Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Labial (CAIF)

Centro Regional de Atendimento Integrado ao Deficiente (CRAID)

Centro Regional de Especialidades (CRE) Marechal

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Centro Regional de Especialidades (CRE) Metropolitano

Centro Regional de Especialidades (CRE) Kennedy

Hemepar

Operação Verão

Unidade de Suporte Avançado de Vida

3.6 Medicamentos Estratégicos

Estes programas são totalmente financiados, os medicamentos adquiridos e

distribuídos pelo Ministério da Saúde.

3.6.1 Hanseníase e Tuberculose Os medicamentos destes programas são entregues ao CEMEPAR

trimestralmente de acordo com a programação anual feita pelo Ministério da Saúde,

CEMEPAR e Coordenações Estaduais de Hanseníase e Tuberculose. A distribuição

é feita com base nas solicitações dos mapas de consumo, às Regionais de Saúde,

que por sua vez repassam aos seus municípios de abrangência.

3.6.2 Endemias – Doença de Chagas, Esquistossomose, Leishmaniose, Malária e Meningite Os medicamentos destes programas são entregues ao CEMEPAR, conforme

solicitação feita no Sistema de Informação de Insumos Estratégicos - SIES. O

CEMEPAR analisa os pedidos, envia os medicamentos às RS, que os repassam aos

seu municípios de abrangência.

3.6.3 DST/AIDS - Anti-retrovirais De acordo com a pactuação na Comissão Intergestores Tripartite – CIT - o MS

através do Programa Nacional de DST/AIDS (PN-DST/AIDS) seleciona e compra os

medicamentos anti-retrovirais (ARVs) e os distribui aos estados.

No Paraná, o CEMEPAR é responsável pelo recebimento desses

medicamentos enviados pelo Almoxarifado Central de Medicamentos/MS e/ou

diretamente pelos laboratórios produtores e os redistribui às Unidades Dispensadoras

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de Medicamentos anti-retrovirais - UDMs. Além disso, gerencia os estoques locais e

acompanha o consumo e o histórico terapêutico dos pacientes.

As UDMs são todas cadastradas no PN-DST/AIDS e estão distribuídas nas

RS do Estado, de acordo com a organização da assistência deste programa em cada

região (regional, municipal ou no Consórcio Intermunicipal de Saúde).

O CEMEPAR cadastra os pacientes em uso de medicamento anti-retroviral e

assim pode acompanhar o tratamento do paciente quanto ao recebimento do

medicamento, atendendo às recomendações do PN-DST/AIDS, evitando inclusive a

duplicidade de cadastro.

3.6.4 Imunobiológicos e Insumos Este programa gerencia soros, vacinas e insumos (seringas e agulhas),

destinados a imunização ativa (de rotina, campanhas e especiais) e imunização

passiva.

O CEMEPAR tem interface com a Divisão de Vigilância do Programa Estadual

de Imunização – DVVPI – do Departamento de Vigilância Epidemiológica – DEVE -

da Superintendência de Vigilância em Saúde – SVS - da SESA.

Os soros e as vacinas são padronizados, adquiridos e enviados

bimestralmente pelo MS ao CEMEPAR, com base na previsão anual de consumo de

imunobiológicos feita pela Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunização -

CGPNI - e CEMEPAR.

O programa utiliza dois sistemas de informação do MS: Estoque e Distribuição

de Imunobiológicos - EDI, implantado a nível estadual, regional e municipal e Sistema

de Informações de Insumos Estratégicos - SIES, implantado a nível estadual.

Mensalmente é apresentado relatório a CGPNI/SVS/MS, enviando cópia da base de

dados do sistema EDI, com toda a movimentação do período. A solicitação dos

imunobiológicos e insumos é feita através do SIES a SVS/MS.

A distribuição dos imunobiológicos e insumos é feita bimestralmente para as

RS, para a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, para três Centros de

Informações Toxicológicas (Curitiba, Maringá e Londrina) e dois Centros de

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Referência de Imunobiológicos Especiais (Curitiba e Londrina). As Regionais de

Saúde repassam as vacinas, soros e insumos aos municípios de sua abrangência.

3.7 Programas Especiais de Medicamentos

O estado gerencia programas especiais:

3.7.1 Paraná sem Dor O Programa Paraná sem Dor, desenvolvido e financiado pela SESA/PR, tem

como finalidade principal permitir que os pacientes tenham acesso aos medicamentos

que necessitam para o tratamento da dor crônica.

O programa prevê, em linhas gerais, os seguintes pré-requisitos:

estabelecimento de critérios para acesso e aspectos logísticos para sua execução;

seleção, aquisição e distribuição de medicamentos pela SESA/CEMEPAR;

capacitação dos profissionais de saúde envolvidos, com ênfase nos profissionais que

atuam na Estratégia de Saúde da Família; dispensação aos pacientes cadastrados

nas farmácias com realização dos controles legais pertinentes; divulgação e

gerenciamento da informação. A distribuição dos medicamentos é mensal às RS, que

os repassam às farmácias cadastradas nos municípios.

3.7.2 Fibrose Cística O CEMEPAR, em atendimento aos pacientes portadores de Fibrose Cística

ou Mucoviscidose, gerencia um programa contendo medicamentos e suplementos

nutricionais, além de dois medicamentos excepcionais destinados aos portadores

desta patologia (alfadornase e pancrelipases). A distribuição mensal destes

medicamentos e suplementos é feita através das RS do Estado.

3.7.3 Paracoccidioidomicose A SESA/PR padronizou o medicamento ITRACONAZOL 100 mg, destinado

aos pacientes portadores desta patologia, e definiu um protocolo clínico que engloba

a ecoepidemiologia, manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento e

acompanhamento pós-terapêutico. O CEMEPAR é responsável pela programação,

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encaminhamento da aquisição, recebimento e distribuição do Itraconazol às RS, com

periodicidade mensal. Este programa é financiado pela SESA/PR.

3.7.4 Sobrecarga de Ferro A SESA/PR, através da Resolução nº 0362/2005 padronizou o

fornecimento do medicamento DEFERIPRONA 500 mg, destinado aos pacientes com

sobrecarga de ferro no organismo, sendo este programa financiado pela SESA/PR.

Uma Câmara Técnica, constituída por especialistas, elaborou um protocolo clínico,

definindo os critérios de disponibilização do medicamento. Coube ao HEMEPAR,

como centro de referência, a avaliação dos pacientes e o fornecimento do

medicamento, e ao CEMEPAR o gerenciamento da aquisição e distribuição do

produto.

3.7.5 Profilaxia/Tratamento de Infecções Oportunistas e Violência Sexual O CEMEPAR é responsável pela programação, aquisição, recebimento,

armazenamento e distribuição dos medicamentos para profilaxia e tratamento de

Infecções Oportunistas dos pacientes assistidos por este programa conforme

pactuação na Comissão Intergestores Bipartite - CIB. Este programa tem

financiamento estadual. A distribuição às Regionais de Saúde é mensal, de acordo

com as solicitações feitas nos relatórios de consumos enviados pelas UDMs.

3.7.6 Atendimento aos Pacientes Diabéticos Atualmente o programa para tratamento de pacientes diabéticos conta com a

distribuição sistemática das seguintes insulinas:

• Insulina NPH Humana 100 UI, medicamento adquirido pelo MS e enviado ao

CEMEPAR através da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos

Estratégicos do Ministério da Saúde, com base em uma programação anual

feita pela SESA/CEMEPAR;

• Insulina Regular Humana 100 UI, medicamento adquirido pela

SESA/CEMEPAR.

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Ambas são distribuídas bimestralmente às RS, que repassam aos municípios

de sua abrangência.

O Programa de Análogos de Insulina, implantado e financiado pela SESA tem

por finalidade a complementação do elenco de insulinas já disponibilizadas pelo

programa de tratamento a pacientes diabéticos. Esse programa é destinado ao

tratamento de pacientes com Diabetes mellitus tipo 1 (insulino-dependentes) instáveis

ou de difícil controle, tendo seu Protocolo Clínico para Dispensação, com os critérios

de inclusão no programa, aprovado pela Deliberação nº 118/06 da CIB/PR.

3.7.7 Fluxo de Atendimento à Determinação Judicial para Fornecimento de Medicamentos

Pela grande demanda de processos judiciais encaminhados à Direção Geral

do CEMEPAR, aos Diretores das Regionais de Saúde, ao Gabinete do Secretário de

Estado da Saúde e ao Governador do Estado, representado pela Procuradoria Geral

do Estado, houve a necessidade da implementação de um rito para o atendimento do

mesmo, contemplando o processo de aquisição de medicamentos pela

SESA/CEMEPAR e posterior remessa às Regionais de Saúde.

Estabeleceu-se um fluxo operacional de trabalho, em parceria com a

Assessoria Jurídica – AJU, a Assistência Farmacêutica, Controle e Avaliação e

Auditoria da SESA e Procuradoria Geral de Estado, com a disponibilização de

formulários a serem preenchidos, que informam:

• A existência anterior de uma solicitação administrativa encaminhada por

este paciente e o fornecimento de outro medicamento a este paciente;

• A obrigatoriedade do fornecimento do medicamento, o prazo de

fornecimento acompanhado das informações técnicas necessárias para a

programação de aquisição ou de distribuição;

• As informações técnicas quanto ao registro do medicamento na Agência

Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, incluindo a existência de

autorização para comercialização;

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• Se os medicamentos são integrantes do elenco gerenciado pela

SESA/CEMEPAR;

• Os aspectos técnicos em relação ao medicamento e à patologia,

subsidiando tecnicamente as defesas elaboradas pela AJU/SESA e PGE;

• A instância gestora do SUS (municipal, estadual, federal) que diante das

normativas da Assistência Farmacêutica é a responsável pelo fornecimento

do medicamento em questão;

• A disponibilidade do medicamento ao paciente, ou a previsão da mesma,

período de fornecimento, requisitos que devem ser atendidos (documentos)

e forma para o paciente retirar o medicamento;

• O estabelecimento de previsão do tempo de tratamento;

• A existência de contra-indicação técnica absoluta ao seu uso.

O rito estabelecido permite o monitoramento dos processos, revisão e

otimização do fluxo.

3.8 Programa de Medicamentos Excepcionais

O Programa de Medicamentos de Dispensação em Caráter Excepcional foi

instituído pelo Ministério da Saúde oficialmente em 1982, sendo originariamente

financiado pelo mesmo.

Este grupo de medicamentos padronizados pelo Ministério da Saúde tem

geralmente, elevado valor unitário ou exige cronicidade do tratamento, tornando-se

excessivamente caros, sendo a sua dispensação realizada a nível ambulatorial.

Atualmente este programa é co-financiado pelos Estados. Os valores de

ressarcimento de cada procedimento são definidos pelo Ministério da Saúde para o

grupo de Medicamentos Excepcionais e estão estabelecidos na Portaria GM/MS nº

2.577, de 27 de outubro de 2006, republicada em 13 de novembro de 2006, que

apresenta o Grupo 36 da Tabela de Sistema de Informação Ambulatorial do SUS -

SIA/SUS.

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Os recursos financeiros advindos do Ministério da Saúde são repassados

mensalmente aos Estados, responsáveis pela programação (definição da quantidade

a ser adquirida), aquisição, distribuição e dispensação destes medicamentos aos

pacientes cadastrados, de acordo com os Protocolos Clínicos e Diretrizes

Terapêuticas – PCDT - estabelecidos pelo Ministério da Saúde e/ou pelas Secretarias

Estaduais de Saúde.

Os Protocolos Clínicos têm o objetivo de estabelecer os critérios de

diagnóstico de cada doença, de inclusão e exclusão de pacientes ao tratamento, as

doses corretas dos medicamentos indicados, bem como os mecanismos de controle,

acompanhamento e avaliação.

Até o presente momento, os seguintes PCDT foram publicados pelo MS e pela

SESA/PR, sendo todos já implantados na SESA/PR, através do CEMEPAR:

PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS FEDERAIS - MS

Publicados em 2001/2002 (31 protocolos):

PROTOCOLO PORTARIA

Acne MS/SAS 389 DE 19/09/2001

Acromegalia MS/SAS 471 DE 24/07/2002

Anemia em Portadores de Insuficiência Renal Crônica (IRC)

MS/SAS 437 DE 08/10/2001

Artrite Reumatóide (Substituído em 2006) MS/SAS 865 DE 12/11/2002

Asma Grave MS/SAS 1.012 DE 23/12/2002

Dislipidemia em Pacientes de Alto Risco de Desenvolver Eventos Cardiovasculares

MS/SAS 1.015 DE 23/12/2002

Distonias MS/SAS 1.014 DE 23/12/2002

Doença de Alzheimer MS/SAS 843 DE 06/11/2002

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PROTOCOLO PORTARIA

Doença de Crohn MS/SAS 858 DE 04/11/2002

Doença de Gaucher MS/SAS 449 DE 09/07/2002

Doença de Parkinson MS/SAS 1.016 DE 23/12/2002

Doença de Wilson MS/SAS 884 DE 06/11/2002

Doença Falciforme MS/SAS 872 DE 12/11/2002

Dor Crônica MS/SAS 859 DE 12/11/2002

Epilepsia Refratária MS/SAS 864 DE 12/11/2002

Esclerose Lateral Amiotrófica MS/SAS 913 DE 19/11/2002

Esclerose Múltipla - Forma Clínica "surto-remissão" MS/SAS 97 DE 22/03/2001

Espasticidade Focal Disfuncional MS/SAS 1.013 DE 23/12/2002

Esquizofrenia Refratária MS/SAS 846 DE 06/11/2002

Fenilcetonúria MS/SAS 847 DE 06/11/2002

Fibrose Cística MS/SAS 263 DE 18/07/2001

Hepatite Viral Crônica B MS/SAS 860 DE 12/11/2002

Hepatite Viral Crônica C (Substituído em 2007) MS/SAS 863 DE 12/11/2002

Hiperfosfatemia na Insuficiência Renal Crônica MS/SAS 845 06/11/2002

Hiperplasia Adrenal Congênita MS/SAS 849 DE 06/11/2002

Hipotireoidismo Congênito MS/SAS 848 DE 06/11/2002

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PROTOCOLO PORTARIA

Neutropenia: Tratamento com Estimuladores de Colônias das Células Progenitoras de Medula Óssea

MS/SAS 862 DE 12/11/2002

Osteoporose MS/SAS 470 DE 24/07/2002

Profilaxia da Reinfecção pelo Vírus da Hepatite B Pós-Transplante Hepático

MS/SAS 469 DE 24/07/2002

Retocolite Ulcerativa MS/SAS 861 DE 12/11/2002

Transplantes Renais - Medicamentos Imunossupressores

MS/SAS 1.018 DE 23/12/2002

Publicados em 2006 (11 protocolos):

PROTOCOLO PORTARIA

Artrite Reumatóide MS/SCTIE 66 DE 06/11/2006

Deficiência do Hormônio de Crescimento MS/SCTIE 67 DE 06/11/2006

Diabetes Insípido MS/SCTIE 68 DE 06/11/2006

Endometriose MS/SCTIE 69 DE 06/11/2006

Hepatite Auto imune MS/SCTIE 70 DE 06/11/2006

Hiperprolactinemia MS/SCTIE 76 DE 06/11/2006

Hipoparatireoidismo MS/SCTIE 71 DE 06/11/2006

Ictioses MS/SCTIE 73 DE 06/11/2006

Osteodistrofia Renal MS/SCTIE 74 DE 06/11/2006

Síndrome de Turner MS/SCTIE 72 DE 06/11/2006

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PROTOCOLO PORTARIA

Sobrecarga de Ferro (REVOGADO) MS/SCTIE 75 DE 06/11/2006

Publicados em 2007 (3 protocolos):

PROTOCOLO PORTARIA

Hepatite Viral Crônica C MS/SVS 34 DE 28/09/2007

Imunodeficiência Primária com Predominância de Defeitos de Anticorpos

MS/SAS 495 DE 11/09/2007

Síndrome de Guillan-Barré MS/SAS 496 DE 11/09/2007

Sob Consulta Pública - 2004 (7 protocolos):

PROTOCOLO PORTARIA

Doença de Paget dos Ossos MS/SCTIE 05 de 15/09/2004

Psoríase Grave MS/SCTIE 09 de 15/10/2004

Uveítes posteriores não infecciosas MS/SCTIE 10 de 15/10/2004

Dermatopolimiosite MS/SCTIE 12 de 04/11/2004

Espondilite Ancilosante MS/SCTIE 13 de 04/11/2004

Espasticidade Focal Disfuncional MS/SAS 02 de 13/09/2007

Distonias Focais SAS 03 de 13/09/2007

PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS ESTADUAIS

Publicados pela SESA/PR (5 protocolos):

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PROTOCOLO PUBLICAÇÃO

Saúde Mental Deliberação CIB 59/2005

Toxoplasmose Congênita do Programa de Gestação de Alto Risco

Deliberação CIB 072/2006

Paracoccidioidomicose Protocolo Estadual de 2000

Sobrecarga de Ferro - Deferiprona Resolução SESA 0362/2005

Análogos de Insulinas de Longa e de Curta Duração

Deliberação CIB 118/2006

O acesso aos medicamentos excepcionais se dá através da apresentação, por

parte do paciente ou seu responsável, nas Farmácias Especiais das Regionais de

Saúde, da seguinte documentação:

• Solicitação de Medicamento Excepcional – SME;

• Receituário Médico;

• Relatório Médico;

• Exames que comprovem a doença;

• Cópia dos seguintes documentos pessoais: RG, CPF, CNS (Cartão Nacional

de Saúde) e comprovante de endereço;

• Termo de Consentimento Informado, assinado pelo médico e paciente.

Todo processo de solicitação é avaliado por médicos auditores da SESA e,

caso se enquadre nos critérios clínicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde, o

paciente é cadastrado no Programa de Medicamentos de Dispensação Excepcional.

O CEMEPAR é o responsável pela programação, solicitação de compra aos

órgãos competentes, recebimento, armazenamento e distribuição dos medicamentos

excepcionais às Regionais de Saúde Excepcionais no âmbito da SESA/PR.

A dispensação destes medicamentos se faz mensalmente através das

Regionais de Saúde do Estado, por meio das Farmácias Especiais, onde o paciente

pode retirar o medicamento, após sua identificação. No ato de cada dispensação, o

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paciente assina um recibo, o que comprova o fornecimento do medicamento. A cada

três (3) meses, o processo de solicitação do medicamento excepcional deve ser

renovado, mediante apresentação de novo laudo médico.

Toda a documentação apresentada referente ao cadastramento e renovações

fica arquivada na Farmácia, em pastas individuais por paciente, disponíveis para

eventuais consultas e auditorias.

Cabe às Regionais de Saúde a comprovação do atendimento ao paciente, o

que se dá através da emissão da Autorização de Procedimento de Alta Complexidade

- APAC, documento este exigido pelo Ministério da Saúde para ressarcimento dos

valores ao Estado. Com base na produção de APAC, a cada 3 meses, o Ministério da

Saúde faz um encontro de contas, calculando a média da produção, o que define os

recursos financeiros a serem repassados aos estados no trimestre seguinte.

Em atendimento às recomendações dos Protocolos Clínicos, para várias

patologias existe a exigência de avaliação por um médico de referência. O

CEMEPAR cadastra o médico de referência, no sentido de avaliar, tratar e

acompanhar os pacientes de acordo com os critérios estabelecidos pelo Ministério da

Saúde. Os critérios de cadastramento dos médicos são: ter especialidade na

patologia afim; prestar serviço ou ter vínculo com o SUS e apresentar disponibilidade

para atendimento ambulatorial aos usuários do SUS. Exemplos dessas patologias

são: Asma Grave, Acne Grave, Dislipidemias, Doença de Parkinson, Doença de

Alzheimer, Esquizofrenia Refratária, Distonias e Espasticidades.

O CEMEPAR conta com a assessoria de Câmaras Técnicas, constituídas por

especialistas de referência, para as seguintes patologias: Artrite Reumatóide

(reumatologia), Esquizofrenia Refratária (psiquiatria), Doença de Crohn e Retocolite

Ulcerativa (gastroenterologia), Hepatites Virais (hepatologia), Insuficiência Renal

Crônica (nefrologia), Distonias e Espasticidades (neurologia) e Diabetes mellitus

(endocrinologia).

O controle do número de pacientes cadastrados, as variações nas doses

prescritas pelos médicos, a substituição e/ou suspensão dos medicamentos, a

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entrada de novos pacientes, a saída de outros (alta, cura, abandono ou óbito) são

fatores de extrema importância para que se possa fazer o planejamento da aquisição

dos medicamentos e gerenciamento do programa.

Com base nesta demanda, o CEMEPAR, juntamente com a Companhia de

Informática do Paraná - CELEPAR, desenvolveu a partir de 2004, um sistema de

informação denominado SESAFARM, que apresenta as seguintes funcionalidades:

• cadastramento do usuário e da SME;

• cadastramento de renovações e adequações da SME;

• avaliação do processo de solicitação de medicamentos por médicos

auditores (RS ou CEMEPAR);

• registro da dispensação dos medicamentos autorizados;

• registro e acompanhamento do trâmite do processo na RS e/ou CEMEPAR;

• manutenção de registro dos médicos prescritores e Centros de Referência

vinculados ao Programa;

• geração automática de APAC;

• geração de relatórios e consultas gerais.

O SESAFARM foi implantado inicialmente em abril de 2005 na Farmácia

Especial da 2ª Regional de Saúde e posteriormente em todas as demais Regionais

de Saúde. Este sistema foi indicado pelo Ministério da Saúde para ser implantado a

nível nacional, o que acontecerá a partir de março de 2008.

4 PROGRAMA DE MEDICAMENTOS SOB RESPONSABILIDADE DO GESTOR

FEDERAL

4.1 Oncologia

O CEMEPAR não gerencia a aquisição e distribuição de medicamentos

destinados à oncologia.

O câncer pode ser tratado nos hospitais gerais credenciados pelos gestores

locais e habilitados pelo Ministério da Saúde como Unidades de Assistência de Alta

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Complexidade – UNACON - e Centros de Assistência de Alta Complexidade em

Oncologia - CACON. As informações são disponibilizadas pelo Instituto Nacional do

Câncer - INCA – no sítio da instituição:

http://www.inca.gov.br/tratamento/ondetratar_sus.asp e no documento: Bases

Técnicas para Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade – APAC –

Oncologia, dispopnibilizado no site do INCA.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 3.916, de 30 de outubro de 1998. Aprova a Política Nacional de Medicamentos.

BRASIL. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Formulação de Políticas de Saúde. Série C. Projetos, Programas e Relatórios, n. 25. Política Nacional de Medicamentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde – SIA/SUS. Bases técnicas para autorização de procedimentos de alta complexidade: APAC – Oncologia. Setembro 2003.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Departamento de Sistemas de Redes Assistenciais. Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas. Série A. Normas e Manuais Técnicos.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n° 2.084, de 26 de outubro de 2005. Estabelece normas, responsabilidades e recursos a serem aplicados no financiamento da Assistência Farmacêutica na Atenção Básica e define o Elenco Mínimo Obrigatório de Medicamentos.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais: Rename. 4 ed. revisada. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006. 286 p. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0073_M.pdf>

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 2577, de 27 de outubro de 2006. Aprova o Componente de Medicamentos de Dispensação Excepcional. Disponível em: <http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2006/GM/GM-2577.htm>

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Onde se tratar de câncer pelo SUS. Disponível em: <http://www.inca.gov.br/tratamento/ondetratar_sus.asp>

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n° 3.237, de 24 de dezembro de 2007. Aprova as normas de execução e de financiamento da assistência farmacêutica na atenção básica em saúde. Disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/portaria_3237_atencao_basica.pdf . Acesso em 02/01/2008.

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CONASS. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Assistência Farmacêutica no SUS. Brasília, Conselho Nacional de Secretários de Saúde, 2007. 186 p. Coleção Progestores – Para entender a gestão do SUS, 7.

MARIN, N.; LUIZA, V.L.; OSÓRIO-DE-CASTRO, C.G.S.; MACHADO-DOS-SANTOS, S. Assistência Farmacêutica para gerentes municipais. Rio de Janeiro, OPAS/OMS, 2003. 373 p.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Saúde do Paraná. Programa Estadual de Assistência Farmacêutica para a Saúde Mental. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. Curitiba: SESA, 2005. 41 p.

PARANÁ. Secretaria de Estado de Saúde do Paraná. Plano Estadual de Assistência Farmacêutica. 2005-2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Saúde do Paraná. Instituto de Saúde do Paraná. Centro de Medicamentos do Paraná. Protocolo Clínico para Dispensação de Análogos de Insulinas de Longa Duração (Glargina e Detemir) e de curta duração (Aspart e Lispro) para atendimento do paciente com diabetes mellitus tipo 1 na rede pública de saúde. Programa de otimização do diabetes tipo 1.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Saúde do Paraná. Coordenadoria de Programas Especiais. Diretrizes Clínicas, Laboratoriais e Terapêuticas da Toxoplasmose Congênita do Programa de Gestação de Alto Risco. Curitiba: SESA.

PARANÁ. Deliberação nº 035 de 13/04/2007, da Comissão Intergestores Bipartite do Paraná: Secretaria de Estado da Saúde do Paraná – SESA e Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Paraná – COSEMS/PR.

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APÊNDICE - FONTES DE INFORMAÇÃO SOBRE MEDICAMENTOS

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FONTES DE INFORMAÇÃO SOBRE MEDICAMENTOS

A introdução contínua de novos fármacos na terapêutica provocou um

aumento exponencial da quantidade de informação sobre medicamentos, não sendo

necessariamente esta informação imparcial e de qualidade. Além disto, este grande

volume de dados não se difunde de modo eficiente e ágil, fazendo com que os

profissionais de saúde encontrem dificuldades para se manter atualizados (VIDOTTI

et al., 2000).

A informação sobre medicamentos se faz necessária tanto no que se refere

aos novos medicamentos, que estão sendo lançados no mercado, como aos

medicamentos já utilizados, pela necessidade de constante atualização destas

informações.

A informação sobre medicamentos, definida como a “provisão de informação

imparcial, bem referenciada e criticamente avaliada sobre qualquer aspecto da prática

farmacêutica“ (MALONE apud VIDOTTI et al., 2000) é componente fundamental da

Política Nacional de Medicamentos. Um medicamento deve ser acompanhado de

informação apropriada, sendo a qualidade da informação tão importante quanto a

qualidade do princípio ativo, podendo influenciar em grande medida a forma pela qual

o medicamento é utilizado (MARIN et al., 2003).

A informação deve ser objetiva, autêntica, completa, atualizada, imparcial e

imune a pressões políticas e econômicas, devendo ser disponibilizada e

compartilhada, para que haja sua disseminação entre a equipe de saúde

(WIEDENMAYER et al., 2006) e entre os outros profissionais envolvidos na

assistência farmacêutica.

O uso racional de medicamentos, definido como “processo que compreende

a prescrição apropriada; a disponibilidade oportuna e a preços acessíveis; a

dispensação em condições adequadas; o consumo nas doses indicadas, nos

intervalos de tempo definidos e pelo período de tempo indicado de medicamentos

eficazes, seguros e de qualidade” é componente importante da Política Nacional de

Medicamentos e tem como objetivo contribuir para a saúde da população, ao

melhorar o emprego dos medicamentos pelos profissionais da saúde e por seus

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consumidores promover atividades no governo, na indústria e nos meios de

comunicação em seu apoio.

A informação pode ser fornecida por meios regulamentadores ou outros e

organizada para grupos específicos, como profissionais da saúde ou consumidores.

Informação regulamentadora

O material de informação, na forma de bulas e rótulos, é fornecida pelos

produtores, como requer a agência regulamentadora, sendo o seu conteúdo por ela

aprovado. A lista da informação que deve ser incluída na bula de medicamentos,

elaborada pelo Comitê de Peritos da Organização Mundial de Saúde - OMS - sobre o

uso de medicamentos essenciais, foi adaptada pela Agência Nacional de Vigilância

Sanitária - Anvisa para o Brasil. Porém, apesar das tentativas de normatização, a

qualidade das bulas de medicamentos comercializados no Brasil não é uniforme.

Muitas, felizmente são completas e corretas, embora algumas sejam verborrágicas e

outras ainda merecem reparos.

Mais informações regulamentadoras podem ser encontradas nos seguintes

endereços eletrônicos:

Agência Nacional de Vigilância Sanitária http://www.anvisa.gov.br/

Organização Pan-Americana da Saúde http://www.opas.org.br/

Organização Mundial da Saúde http://www.who.int/en/

Informação sobre medicamentos para consumidores

Os usuários, em especial os pacientes, devem assumir sua parcela de

responsabilidade quanto ao seu tratamento para que este tenha sucesso. Os

pacientes em tratamento com medicamentos de uso contínuo devem merecer

especial atenção e orientação e a informação fornecida a eles deve ser similar a dos

prescritores, certificando-se sempre da compreensão das instruções. O paciente tem

direito ao completo esclarecimento sobre o seu tratamento.

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As informações podem ser fornecidas aos usuários de medicamentos de

várias formas, incluindo folhetos e campanhas de aconselhamento ao paciente. Em

população com baixo nível de alfabetização, devem ser usadas formas educacionais

(visuais, auditivas, táteis) para a apresentação da informação.

Informação sobre medicamentos para prescritores

A informação disponível sobre os medicamentos, destinada ou não aos

prescritores, é produzida e disseminada, em grande parte, pelos próprios fabricantes.

Os fabricantes de medicamentos lançam mão de meios diretos e indiretos para

efetuar a publicidade de seus produtos. Incluem-se entre os indiretos, o financiamento

de programas de educação continuada, associações de profissionais, revistas

médicas, produção de material tido como educativo. Entre os diretos destacam-se

anúncios em revistas médicas, propagandistas, distribuição de amostra grátis,

revistas e outros materiais impressos, brindes, financiamentos de recepções ou

coquetéis em congressos e patrocínio de viagens.

Esses fatores exercem influência sobre a prescrição do medicamento,

destacando-se, precisamente entre eles, como fonte de informação utilizada pelos

médicos. Estudos evidenciam a existência de uma relação direta entre medicamentos

mais anunciados em revistas médicas e a freqüência de sua prescrição e ainda que

os propagandistas exercem forte influência sobre os hábitos dos prescritores, pois é

através do propagandista que chega ao médico a informação da presença de um

produto novo no mercado (PEPE; OSÓRIO-DE-CASTRO, 2000).

Fontes profissionais de informação

Para se contrapor às informações classificadas como comerciais, com a má

qualidade e tendenciosidade a elas inerentes, existem as chamadas fontes

profissionais de informação, que são classificadas em primárias, secundárias e

terciárias:

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1. Primárias: Constituídas por pesquisas publicadas em revistas

biomédicas, em que a pesquisa aparece pela primeira vez. Ex: Journal

of the American Medical Association, British Medical Journal, New

England Journal of Medicine, Lancet.

2. Secundárias: constituída por serviços de indexação e resumo de

literatura primária. Ex: acervo da OPAS e da Lilacs (Literatura latino-

americana e do Caribe).

3. Terciária: livros, livros de monografias e bases de dados, artigos de

revisão. Ex: United States Pharmacopeia Dispensing Information -

USP-DI.

Outras fontes de informação

Algumas fontes de informação não se enquadram nas categorias citadas e

são chamadas de alternativas. São exemplos destas fontes:

a) Centros de Informação sobre Medicamentos;

b) Centros de Informação Toxicológica;

c) listas nacionais de medicamentos, guias de tratamento, formulários de

fármacos;

d) boletins de informação sobre medicamentos;

e) informações trocadas entre os profissionais;

f) fontes de informação oficiais, produzidas por organizações internacionais

como a OMS, OPAS e organizações profissionais;

g) indústria farmacêutica;

h) páginas web disponibilizadas na Internet;

i) listas de discussão (PEPE; OSÓRIO-DE-CASTRO, 2000).

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Evidência científica na produção de informação

É importante lembrar que no ambiente complexo de cuidado à saúde, muitas

vezes se torna difícil comparar a efetividade de diferentes tratamentos. Cuidados de

saúde não podem ser baseados unicamente na opinião ou experiência individual. A

evidência científica, fundamentada em uma pesquisa de boa qualidade, é utilizada

como guia e adaptada para cada circunstância de cada paciente individualmente. A

evidência relevante é utilizada dessa forma para desenvolver protocolos clínicos de

tratamento para assessorar o processo de tomada de decisão e contribuir para o uso

racional e custo/efetivo do cuidado à saúde (WIEDENMAYER et al., 2006).

Mais informações na área de saúde, mais especificamente relacionadas a

medicamentos podem ser consultadas em sítios de instituições como:

• AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA

Disponível em <http://www.anvisa.gov.br/>, onde se encontram várias informações sobre medicamentos, incluindo o “Bulário Eletrônico da Anvisa” em http://bulario.bvs.br/ .

• CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE – CONASS

Disponível em <www.conass.org.br> onde se pode fazer o download de publicações como a Coleção Progestores, que em seu volume 7 aborda o tema “Assistência Farmacêutica no SUS”, entre várias outras disponibilizadas.

• ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE – OPAS

Disponível em <http://www.opas.org.br/default.cfm > onde, selecionando “Medicamentos e Tecnologias” no menu a esquerda, e em seguida “Farmacoterapia Baseada em Evidências” no menu a direita pode-se fazer o download de publicações relativas ao Uso Racional dos Medicamentos.

• BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE – BVS

Centro especializado da OPAS, estabelecido no Brasil desde 1967, em colaboração com Ministério de Saúde, Ministério da Educação, Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo e Universidade Federal de São Paulo. Disponível em <http://www.bvs.br/php/index.php>

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• BIBLIOTECA COCHRANE

Coleção de fontes de informação de boa evidência em atenção à saúde, em inglês. Inclui as Revisões Sistemáticas da Colaboração Cochrane, em texto completo, além de ensaios clínicos, estudos de avaliação econômica em saúde, informes de avaliação de tecnologias de saúde e revisões sistemáticas resumidas criticamente. Disponível em <http://cochrane.bvsalud.org/portal/php/index.php>

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REFERÊNCIAS

MARIN, N.; LUIZA, V.L.; OSÓRIO-DE-CASTRO, C.G.S.; MACHADO-DOS-SANTOS, S. Assistência Farmacêutica para gerentes municipais. Rio de Janeiro, OPAS/OMS, 2003. 373 p.

PEPE, V.L.E.; OSÓRIO DE CASTRO, C.G.S. A interação entre prescritores, dispensadores e pacientes: informação compartilhada como possível benefício terapêutico. Caderno de Saúde Pública, 16(3): 815-822, 2000. VIDOTTI, C. C.F.; HOEFLER, R.; SILVA, E.V.; BERGSTEN-MENDES, G. Sistema Brasileiro de Informação sobre Medicamentos – Sismed. Caderno de Saúde Pública, 16(4):1121-1126, 2000.

WIEDENMAYER, K.; SUMMERS, R.S.; MACKIE, A.; GOUS, A.G.S.; EVERARD, M.; TRO<P, D. Developing pharmacy practice: a focus on patient care. World Health organization/International Pharmaceutical Federation. 2006. 87 p.