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ASSISTÊNCIA JURÍDICA, UM DIREITO FUNDAMENTAL ASSEGURADO AOS HIPOSSUFICIENTES FERREIRA, C.M.S. 1 RESUMO Atualmente o acesso à justiça é um tema bastante discutido em decorrências das mudanças na sociedade nos aspectos tecnol!ico, pol"tico, econ#mico e jur"dico. $a Constituiç%o Federal de &'(( est) inserido as !arantias para o cidad%o, e*eti+ando a !arantia da !ratuidade  judici)ria, +iabiliando a i!ualdade na possibilidade de representaç% o em ju"o e o e*eti+o e-erc"cio da cidadania. Palavras-chav /ipossu*iciente, Assistência 0ur"dica, 0ustiça. 1 INTRODU!"O Aristteles a*irma+a 1ue o 2omem n%o 1uer apenas +i+er, ma s +i+er bem, mais do 1ue +i+er o 2omem alimenta seu dia a dia em uma busca incessante de reali aç%o. $esta  perspecti+a disc rimina +alores a se rem atin!idos entre ele s o estado de justiça. Ao Estado cabe a *unç%o de +iabiliar a realiaç%o do 2omem como cidad%o. A partir do momento em 1ue assumiu para si a *unç%o de solucionar os con*litos de interesses 1ue ent%o +iessem a desestruturar a sociedade +iu3se com a obri!aç%o de determinar as re!ras de conduta a serem se!uidas por todos 1ue con+i+essem sob sua !uarda e concedeu aos indi+"duos o direito de reclamar a prestaç%o jurisdicional, o direito de aç%o 1ue simbolia o monoplio do uso da +iolência por meio de cdi!os e leis 1ue re!ulamentam a sua utiliaç%o como instrumento de disciplina e controles sociais. Ao proibir os cidad%os de resol+erem por si suas contendas, o Estado a+ocou o poder de resol+er os con*litos de interesses, inerentes à +ida social, e, correlati+amente, ad1uiriu o de+er de prestar certo ser+iço p4blico, 1ue é a jurisdiç%o. Aos interessados nessa ati+idade, o estado recon2ece o direito de pro+oc)3la, pre+enti+a ou repressi+amente 5art.67, 8889, da CF:((;. < Estado de 0ustiça almejado pela sociedade passa a debater o acesso à justiça, 1ue  passou a representar um dos temas mais debatidos na atualidade, tendo3se em +ista as &  Cla#$%a Mar%a S%lva Frr%ra -  =ac2arel em >ireito pela Faculdade Aldete Maria Al+es ? @@3@B. Especialista em >ireito de Fam"lia pela Faculdade Aldete Maria A l+es ? @&3@&D. Especialista em >ocência do Ensino Superior pelo Centro ni+ersit)rio =ar%o de Mau) ? Ribeir%o reto:S ? @&D3@&6. Atualmente e-erce *unç%o p4blica na ol"cia Militar de Minas Gerais. Email claudmariaH!mail.com. &

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ASSISTÊNCIA JURÍDICA, UM DIREITO FUNDAMENTAL ASSEGURADO AOS

HIPOSSUFICIENTES

FERREIRA, C.M.S.1

RESUMO

Atualmente o acesso à justiça é um tema bastante discutido em decorrências das mudanças nasociedade nos aspectos tecnol!ico, pol"tico, econ#mico e jur"dico. $a Constituiç%o Federalde &'(( est) inserido as !arantias para o cidad%o, e*eti+ando a !arantia da !ratuidade

 judici)ria, +iabiliando a i!ualdade na possibilidade de representaç%o em ju"o e o e*eti+oe-erc"cio da cidadania.

Palavras-chav /ipossu*iciente, Assistência 0ur"dica, 0ustiça.

1 INTRODU!"O

Aristteles a*irma+a 1ue o 2omem n%o 1uer apenas +i+er, mas +i+er bem, mais do 1ue

+i+er o 2omem alimenta seu dia a dia em uma busca incessante de realiaç%o. $esta

 perspecti+a discrimina +alores a serem atin!idos entre eles o estado de justiça.

Ao Estado cabe a *unç%o de +iabiliar a realiaç%o do 2omem como cidad%o. A partir 

do momento em 1ue assumiu para si a *unç%o de solucionar os con*litos de interesses 1ue

ent%o +iessem a desestruturar a sociedade +iu3se com a obri!aç%o de determinar as re!ras de

conduta a serem se!uidas por todos 1ue con+i+essem sob sua !uarda e concedeu aos

indi+"duos o direito de reclamar a prestaç%o jurisdicional, o direito de aç%o 1ue simbolia o

monoplio do uso da +iolência por meio de cdi!os e leis 1ue re!ulamentam a sua utiliaç%o

como instrumento de disciplina e controles sociais.

Ao proibir os cidad%os de resol+erem por si suas contendas, o Estado a+ocou o poder 

de resol+er os con*litos de interesses, inerentes à +ida social, e, correlati+amente, ad1uiriu o

de+er de prestar certo ser+iço p4blico, 1ue é a jurisdiç%o. Aos interessados nessa ati+idade, o

estado recon2ece o direito de pro+oc)3la, pre+enti+a ou repressi+amente 5art.67, 8889, da

CF:((;.

< Estado de 0ustiça almejado pela sociedade passa a debater o acesso à justiça, 1ue

 passou a representar um dos temas mais debatidos na atualidade, tendo3se em +ista as

&  Cla#$%a Mar%a S%lva Frr%ra -  =ac2arel em >ireito pela Faculdade Aldete Maria Al+es ? @@[email protected] em >ireito de Fam"lia pela Faculdade Aldete Maria Al+es ? @&3@&D. Especialista em >ocênciado Ensino Superior pelo Centro ni+ersit)rio =ar%o de Mau) ? Ribeir%o reto:S ? @&D3@&6. Atualmentee-erce *unç%o p4blica na ol"cia Militar de Minas Gerais. Email claudmariaH!mail.com.

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in4meras re*ormas ocorridas na sociedade brasileira. >o colonialismo à ditadura da ditadura

militar à democracia, barreiras *oram rompidas pela sociedade 1uantos aos no+os direitos

emer!entes decorrentes dos no+os anseios sociais.

In4meras barreiras s%o apontadas como obst)culos ao e*eti+o acesso à justiça, dentre

as 1uais a barreira econ#mica de e-trema rele+Jncia e si!ni*icati+a se conte-tualiada na

realidade brasileira, pa"s de territrio +asto e amplas disparidades re!ionais e sociais. $%o

obstante, as barreiras en*rentadas pela sociedade brasileira a Constituiç%o Federal de &'((

o*ereceu à naç%o dispositi+os 1ue de maneira incontro+ersa !arantiram ao cidad%o o e*eti+o

acesso à justiça e a concretiaç%o do e-erc"cio da cidadania, como a concess%o da !ratuidade

 judici)ria.

A Kei &.L:6,  ao instituir normas para a concess%o de assistência judici)ria aosnecessitados, ponti*icou, nos preceitos editados pelos caput  dos arti!os &7 e @7, enunciados.

< tema proposto re*ere3se ao debate acerca da Assistência 0udici)ria aos

2ipossu*icientes prestados pela >e*ensoria 4blica.

& JUSTI!A GRATUITA COMO DIREITO FUNDAMENTAL

Conceituar 0ustiça é uma das tare*as de !rande comple-idade dentro da Ciência do

>ireito. ode, contudo, dier 1ue a idéia de 0ustiça é um dos primeiros sentimentos ad1uiridos

 pelas pessoas.

A 0ustiça é a medida do >ireito. < conceito de >ireito e 0ustiça est%o interli!ados de

tal modo, 1ue n%o se *a poss"+el a consideraç%o de um deles sem se cuidar ao mesmo tempo

do outro.

Con*orme menciona Cintra 5&''', p.@&;,

A di*iculdade em obter3se um conceito para o termo justiça d)3se em *ace da ilus%ocriada em torno da *amiliaridade ou até mesmo da +ul!ariaç%o do termo. $a+erdade, o 1ue normalmente ocorre s%o noçes comuns 1ue s%o repassadas erepetidas pelos operadores do >ireito, sendo a mais *re1Nente O0ustiça é dar a cadaum o 1ue é seuP.

>e acordo com o $o+o >icion)rio Aurélio 5@D, p.6;, Qa 0ustiça pode ser de*inida

como +irtude 1ue consiste em dar a cada um, em con*ormidade do bem e do mal, do certo e

do errado, do 1ue é justo e incerto.

@

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>e*inir o 1ue é 0ustiça é tare*a )rdua, sen%o imposs"+el a justiça !eral nada mais é,

toda+ia, 1ue a +irtude inata às pessoas, 1ue *a com 1ue prati1uem o bem e e+item o mal.

Assim ser) mostrado al!uns conceitos, na e+oluç%o 2istrica de seu conceito.

lat%o j) diia em seu di)lo!o rimeiro Alceb"ades Q1ue todos de+em se!uir a justiça,

 porém, o *ilso*o parece con*undir os conceitos de lei e justiça, 1ue n%o s%o sin#nimos.

Se!undo elsen 5@, p.@(&;, aps essa relaç%o estabelecida entre justiça e bem

comum, lat%o, em A Rep4blica, a*irma, contrariando o mestre Scrates, 1ue justo é tudo

a1uilo 1ue é con+eniente para os !o+ernantes. Sen%o, +eja

Aps esse ê-ito altamente discut"+el da dialética socr)tica, Tras"maco adentro odi)lo!o, no curso do 1ual apresentar) uma tese so*"stica, +eementemente combatida

 por Scrates. >i sustento 1ue o justo nada mais é do 1ue a con+eniência do mais*orte ? e especi*ica sua tese partindo do pressuposto de 1ue o justo é o 1ue é le!al,sendo justiça e direito positi+o a mesma coisa. Todo !o+ernante elabora suas leis

 para sua prpria con+eniência ? a democracia, leis democr)ticas, as tiranias, leistirJnicas, e assim por diante. Com esse tipo de le!islaç%o anuncia 1ue justo para os!o+ernados é o 1ue l2es é +antajoso 5aos !o+ernantes;, e 1uem a trans!redir ser)

 punido como in*rator e criminoso.

lat%o se!undo Runes 5&'', p.@&@; considera+a 1ue a 0ustiça era a combinaç%o

2armoniosa das três +irtudes maiores, sabedoria, cora!em e temperança, e no indi+"duo, e por 

analo!ia, no Estado, todos os componentes, como as peças de uma m)1uina bem constru"da,est%o no seu lu!ar prprio, a desempen2ar a *unç%o espec"*ica para a 1ual *oram planejadas.

0) na Grécia, o ilustre pensador Aristteles estuda+a o conceito de 0ustiça, no Ki+ro 9,

de sua obra Utica à $ic#maco 5@L, p.& e ss;.

ara o esta!irita Aristteles 5@L, p.&D;, Qo justo, portanto, é a1uele 1ue cumpre e

respeita a lei e é probo, e o injusto é o 2omem sem lei e "mprobo. Considera 1ue somente a

 justiça, entre todas as +irtudes, é o bem de um outro.

< objeto da in+esti!aç%o de Aristteles é a1uela justiça 1ue constitui uma parte da+irtude, sustentando 1ue essa espécie de justiça e-iste. 5ARISTVTEKES, @L, p.&L;. ara

Aristteles, o justo é uma espécie de termo proporcional, onde o justo é proporcional e o

injusto é o 1ue +iola a proporç%o.

ara S%o Tom)s de A1uino 5apud  0unWes, @L, p.;, Qa justiça é *aer o 1ue é reto, e

 justas s%o as leis 1uando +isam ao bem comum. Ine-iste *a+orecimento se as normas i!uais

s%o destinadas a pessoas desi!uais.

Se!undo Montes1uieu 5&'(@, li+.&. cap. III; QAntes 1ue 2ou+essem leis, e-istiam

relaçes de justiça. >ier 1ue n%o 2) nada justo ou injusto, à n%o ser o 1ue é ordenado ou

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 proibido pelas leis positi+as, é o mesmo 1ue a*irmar 1ue, antes de traçar um c"rculo, os raios

n%o eram todos i!uais.

ara ro*essor Reale 5&'', p.B&;

X...Y as normas jur"dicas est%o *undadas numa pluralidade de +alores, tais comoliberdade, i!ualdade, ordem e se!urança. Mas a 0ustiça, di ele, n%o se identi*icacom nen2um deles é, antes, a condiç%o primeira de todos eles, a condiç%otranscendental de sua possibilidade como atualiaç%o 2istrica. Ela +ale para 1uetodos os +alores +al2am.

Como a 0ustiça é *undamento do ordenamento jur"dico e o *im buscado de 2armonia e

 pa social, s concretia numa sociedade justa. or isso, a Ciência do >ireito, o trabal2o do

intérprete e de todos os 1ue militam3no e com o >ireito de+em pautar3se na 0ustiça.A 0ustiça pode ser descrita como uma 1ualidade subjeti+a do indi+"duo, uma +irtude,

mas +irtude especial traduida na *rmula +ontade constante de dar a cada um o 1ue é seu.

Como dito pelo ro*. Mi!uel Reale 5&'', p.B&;, a 0ustiça de+e ser,

complementarmente, Qsubjeti+a e objeti+a, en+ol+endo em sua dialeticidade o 2omem e a

ordem justa 1ue ele instaura, por1ue esta ordem n%o é sen%o uma projeç%o constante da

 pessoa 2umana, +alor3*onte de todos os +alores atra+és do tempo.

< ensejo disso, cite3se lat%o Q$%o pode 2a+er justiça sem 2omens justos.

' DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

>ireitos *undamentais s%o a1ueles imprescind"+eis ao 2omem no seio da sociedade.

S%o direitos indispens)+eis à condiç%o 2umana. >ireitos b)sicos, *undamentais.

Menciona Kopes 5@&, p.6; 1ue

<s direitos *undamentais podem ser de*inidos como os princ"pios jur"dica e positi+amente +i!entes em uma ordem constitucional 1ue traduem a concepç%o dedi!nidade 2umana de uma sociedade e le!itimam o sistema jur"dico estatal. 

Ale-andre de Moraes 5&''(, p.'; de*ine como direitos 2umanos *undamentais

< conjunto institucionaliado de direitos e !arantias do ser 2umano 1ue tem por *inalidade b)sica o respeito à sua di!nidade, por meio de sua proteç%o contra oarb"trio do poder estatal e o estabelecimento de condiçes m"nimas de +ida e

desen+ol+imento da personalidade 2umana.

D

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Castro KuZo 5&'B', p.D; apresenta uma de*iniç%o completa sobre os direitos

*undamentais do 2omem, considerando3os Qum conjunto de *aculdades e instituiçes 1ue, em

cada momento 2istrico, concretiam as e-i!ências da di!nidade, da liberdade e da i!ualdade

2umanas, as 1uais de+em ser recon2ecidas positi+amente pelos ordenamentos jur"dicos em

n"+el nacional e internacional.

< importante é realçar 1ue os direitos 2umanos *undamentais relacionam3se

diretamente com a !arantia de n%o3in!erência do Estado na es*era indi+idual e a consa!raç%o

da di!nidade 2umana, tendo um uni+ersal recon2ecimento por parte da maioria dos Estados,

seja em n"+el constitucional, in*raconstitucional, seja em n"+el de direito consuetudin)rio ou

mesmo por tratados e con+ençes internacionais.

( O ACESSO ) JUSTI!A POR MEIO DA ASSISTÊNCIA JUDICI)RIA GRATUITA

< primeiro Estado a re!ulamentar a assistência jur"dica p4blica *oi a /olanda, com o

>ecreto de &(&D, sendo se!uido pela [ustria, em seu Cdi!o de &(&L e pela =él!ica, em

&(@D. A França em &(6& editou o QCode de L’Assistance Judiciaire, atribuindo a

denominaç%o de assistência judici)ria ao direito recon2ecido aos desa*ortunados, no 1ue *oiacompan2ado por outros Estados, sendo o termo Qassistência judici)ria, no entanto, de

acordo com a mais moderna doutrina decorrente da >e*ensoria 4blica do Estado do Rio de

0aneiro, consa!rado no arti!o 6\, K88I9 da Constituiç%o Federal, alterado pela e-press%o

Qassistência jur"dica, pois para Moraes 5&'(D, p. &3&D;

X...Y con1uanto a assistência judici)ria de+a ser 2a+ida como ati+idade dinamiada perante o oder 0udici)rio, a assistência jur"dica, li!ada a tutela de direitos

subjeti+os de +ariados maties, porta *ronteiras acentuadamente dilar!adas,compreendendo, ainda, ati+idades técnico3jur"dicas nos campos da pre+enç%o, dain*ormaç%o, da consultoria, do aconsel2amento, do procuratrio e-trajudicial e dosatos notariais.

Como !arantia constitucional, a assistência judici)ria apareceu somente na

Constituiç%o de &'D, em seu art. &&, ] @. Com o >ecreto @.D6B, de (.@.&('B, *oi criado

um Ser+iço de Assistência 0udici)ria de naturea p4blica no >istrito Federal e disciplinada a

 justiça !ratuita.

A assistência judici)ria se!undo ̂ anon 5&''&, p. &D;, consistia

6

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 $a prestaç%o de todos os ser+iços indispens)+eis à de*esa dos direitos em 0u"o,independentemente de selos, ta-as judici)rias, custas e despesas de 1ual1uer naturea, encar!o e-ercido por uma comiss%o central e +)rias comisses secionais.

Somente em 6.@.&'6, com a ediç%o da Kei de Assistência 0udici)ria 5Kei n.&.L:&'6;, 1ue até a presente data encontra3se em +i!or, é 1ue *oram uni*ormiadas,

in*raconstitucionalmente, re!ras !erais para a concess%o e re+o!aç%o do bene*"cio da 0ustiça

Gratuita no Jmbito jurisdicional, e-tens%o das isençes processuais, prerro!ati+as aos

 prestadores do ser+iço etc.

Finalmente, com a Constituiç%o Federal em +i!or, promul!ada em 6.&.&'((, tem3se,

no 1ue concerne à realidade +i+ida pela sociedade brasileira, o sur!imento de um sistema de

normas 1uase ideal, a re!er o instituto.A começar, o arti!o 67, K88I9, da CF, utilia o termo Qassistência jur"dica inte!ral e

!ratuita aos 1ue compro+arem insu*iciência de recursos, 1ue, como se +er) adiante, é o mais

completo para nominar o objeto do presente estudo, assim como a criaç%o de uma carreira em

n"+eis *ederal e estadual, 1ual seja a >e*ensoria 4blica, descrita como essencial à

administraç%o da 0ustiça 5art. &D, da CF;.

(*1 C+c%+ $ Ass%s.c%a J#$%c%/r%a

A assistência judici)ria pode ser de*inida como o bene*"cio concedido ao liti!ante 1ue

n%o dispes de recursos *inanceiros su*icientes para *aer *rente às custas judiciais, isentando

o Estado, total ou parcialmente, seja em *orma de*initi+a ou pro+isria, o 2ipossu*iciente do

recol2imento antecipado das ta-as e demais despesas processuais.

A aplicaç%o desse conceito de assistência judici)ria j) est) superada no =rasil.

U 1ue dispe o art. 67, inciso K88I9, da Constituiç%o Federal, 1ue Q< Estado prestar)assistência jur"dica inte!ral e !ratuita aos 1ue compro+arem insu*iciência de recursos.

Se!undo Campo 5@@, p.6D;

A assistência le!al no =rasil n%o se contenta mais em ser apenas judici)ria, pois,con*orme sabiamente leciona edro Armando E!_dio de Car+al2o, o adjeti+ocomposto ? jur"dico inte!ral ? constante no te-to da Carta Maior possui dupla*inalidade a; a assistência transcende o 0u"o, ou seja, é jur"dica, e*eti+ando3se ondeesti+er o >ireito b; a assistência é inte!ral, n%o se es!otando na parte, na unidade,mas +isa a inte!rar as seçes e *acetas de um todo tem por escopo, em uma pala+ra,coordenar os di+ersos !rupos sociais, desinte!rados do conjunto por suamar!inaliaç%o.

L

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Ent%o, denomina3se assistência jur"dica !ratuita o au-"lio 1ue o Estado o*erece ? a!ora

obri!atoriamente ? aos 1ue se encontram despro+idos de recursos *inanceiros, dispensando os

mesmos do pa!amento das custas e das despesas judiciais e e-trajudiciais, bem como dos

2onor)rios ad+ocat"cios de seu patrono e:ou consultor jur"dico, 1uer ten2a esse atuado em

 ju"o ou n%o, isto é, judicial ou e-trajudicialmente, *icando ainda suspensa a e-i!ibilidade do

#nus da sucumbência, 1uando ten2a perdido a demanda a *a+orecido, até 1ue cesse o seu

estado de necessitado e en1uanto a prescriç%o n%o se operar 5arts. &&, ] @7, &@ e & da Kei da

Assistência 0udici)ria Gratuita;.

Car+al2o Santos 5&'(, p.@(@; relata 1ue

Tem assim por escopo o bene*"cio da assistência jur"dica brasileira a aplicaç%o plenado princ"pio da i!ualdade, tratando de modo idêntico à1ueles 1ue est%o emdescon*ormidade econ#mica, como resposta aos 1ue entendem 1ue a sociedade n%ode+e nen2um socorro a seus membros.

0unWes 5@L, p.(&;, conceitua a assistência judici)ria como

m bene*"cio estatal 1ue consiste na de*esa técnica !ratuita dos interesses da pessoaassistida perante o oder 0udici)rio. Apesar de o*erecido pelo Estado, tal ser+iço

 pode ser e-ercido por particulares, desde 1ue em con+ênio com o oder 4blico ou

 por determinaç%o judicial.

Aplica3se atualmente no =rasil o 1ue a doutrina lusitana denominou de acesso ao

>ireito, terminolo!ia mais ampla 1ue acesso aos tribunais.

Ali)s, ̀ atanabe 5&'(6, p.@&';, antes da promul!aç%o da Constituiç%o Federal, j) 2a+ia

*eito a distinç%o entre as duas acepçes do amparo le!al, sendo uma, no seu entender, de

si!ni*icaç%o restrita, 1ue

Compreenderia, nesse caso, a assistência técnica prestada por pro*issionalle!almente 2abilitado, 1ue é o ad+o!ado, em ju"o, e outra 1ue teria sentido deassistência jur"dica e incluiria, além da representaç%o processual, a consultoriae-trajudicial, com ou sem con*lito espec"*ico, abran!endo até ser+iço de in*ormaç%oe orientaç%o. $a +erdade, a Constituiç%o Federal apenas consolidou o 1ue na pr)tica+in2a +eri*icando, pois, pelo menos no Estado do Rio Grande do Sul, os ad+o!adosincumbidos do o*"cio de prestar assistência judici)ria antes, da propositura de1ual1uer aç%o ou apresentaç%o de de*esa, j) presta+am ser+iços de orientaç%o

 jur"dica.

Se, para `atanabe, era mais ade1uado c2amar o ser+iço de Assistência 0ur"dica,

 parece 1ue o le!islador constituinte o atendeu nesse aspecto. Assim, en1uanto a assistência

B

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 judici)ria é o !ênero do instituto, a assistência judici)ria é a espécie, pois é parte da1uela, j)

1ue a primeira compreende também consultoria pré3judici)ria e e-traconju!al.

 $a liç%o de Marcacini 5&''L, p.&;, tem3se 1ue

X...Y s%o prestadores de assistência judici)ria tanto a >e*ensoria 4blica e, no Estadode S%o aulo, a rocuradoria de Assistência 0udici)ria, como as entidades n%o3estatais 1ue desempen2am este ser+iço como sua *inalidade principal. Até mesmoad+o!ados 1ue isoladamente, mas por determinaç%o judicial ou con+ênio com oEstado, $s0ha0 + srv%2+ c+0 3r4#.c%a +$0 sr c+s%$ra$+srsa$+rs $ ass%s.c%a 5#$%c%/r%a * 5!ri*o nosso;

 $%o seria correto c2amar3se de prestador de assistência judici)ria, porém o ad+o!ado

ou o escritrio de ad+ocacia 1ue, e+entualmente, ainda 1ue mais de uma +e, atendesse

!ratuitamente a al!uém.

 $esse mesmo aspecto, o ilustre jurista Miranda 5&''6, p.(;, di

Assistência judici)ria e bene*"cio da justiça !ratuita n%o s%o a mesma coisa. < bene*icio da justiça !ratuita é direito à dispensa pro+isria de despesas, e-erc"+el emrelaç%o jur"dica processual, perante o jui 1ue promete a prestaç%o jurisdicional. Uinstituto de direito pré3processual. A assistência judici)ria é a or!aniaç%o estatal, ou

 paraestatal, 1ue tem por *im, ao lado da dispensa pro+isria das despesas, aindicaç%o de ad+o!ado. U instituto de direito administrati+o.

ara Marcacini 5&''L, p.@;, Qo ser+iço de assistência judici)ria, para ser entendido

como tal, de+e ainda ser acess"+el a toda a comunidade, ou seja, de+e poder ser utiliado por 

 pessoas indeterminadas.

(*& D%3r2a r Ass%s.c%a J#$%c%/r%a, J#s%2a Gra#%a Ass%s.c%a J#r6$%ca

I7ral

<s conceitos de justiça !ratuita e de assistência judici)ria s%o comumente utiliados

como sin#nimos, sem 1ue sejam na +erdade.

A Kei n\ &.L:6 utilia di+ersas +ees a e-press%o assistência judici)ria ao re*erir3se

à justiça !ratuita. Assim, temos o art. \, 1ue a*irma 1ue Qa assistência judici)ria compreende

as se!uintes isençes 5...;. >i o art. D\ 1ue

A parte !oar) dos bene*"cios da assistência judici)ria, mediante simples a*irmaç%o,

na prpria petiç%o inicial, de 1ue n%o est) em condiçes de pa!ar as custas do processo e os 2onor)rios de ad+o!ado, sem preju"o prprio ou de sua *am"lia.

(

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>e outro lado, se encontra a e-press%o assistência judici)ria em seu sentido correto

apenas no art. &\, nos ]] &\ e @\ do art. 6\, e no art. &L, par)!ra*o 4nico. E, por *i!ura de

lin!ua!em, os arts. &D, ] &\, e &(, utiliam a e-press%o assistência, 1ue é o ser+iço, para

desi!nar o prestador do ser+iço.

< art. 6\, K88I9, da Constituiç%o Federal inclui entre os direitos e !arantias

indi+iduais a assistência jur"dica inte!ral e !ratuita

Art. 6\. Todos s%o i!uais perante a lei, sem distinç%o de 1ual1uer naturea,!arantindo3se aos brasileiros e aos estran!eiros residentes no a"s a in+iolabilidadedo direito à +ida, à liberdade, à i!ualdade, à se!urança e à propriedade, nos termosse!uintesX...Y

K88I9 ? o Estado prestar) assistência jur"dica inte!ral e !ratuita aos 1uecompro+arem insu*iciência de recursos.

Se!undo $er_ 0r, o conceito de assistência jur"dica inte!ral e !ratuita +em a ser como

in verbis:

>i*erentemente da assistência judici)ria pre+ista na Constituiç%o anterior, aassistência jur"dica tem conceito mais abran!ente e abarca a consultoria e ati+idade

 jur"dica e-trajudicial em !eral. A!ora, portanto, o Estado promo+er) a assistênciaaos necessitados no 1ue pertine a aspectos le!ais, prestando in*ormaçes sobrecomportamentos a serem se!uidos diante de problemas jur"dicos, e, ainda, propondoaçes e de*endendo o necessitado nas açes em *ace dele propostas.@

or justiça !ratuita, de+e ser entendida a !ratuidade de todas as custas e despesas,

 judiciais ou n%o, relati+as a atos necess)rios ao desen+ol+imento do processo e à de*esa dos

direitos do bene*ici)rio em ju"o. < bene*"cio da justiça !ratuita compreende a isenç%o de

toda e 1ual1uer despesa necess)ria ao pleno e-erc"cio dos direitos e das *aculdades

 processuais, sejam tais despesas judiciais ou n%o. Abran!e, assim, n%o somente as custas

relati+as aos atos processuais a serem praticados como também todas as despesas decorrentes

da e*eti+a participaç%o na relaç%o processual.

or sua +e, a assistência judici)ria en+ol+e o patroc"nio !ratuito da causa por 

ad+o!ado. A assistência judici)ria é, pois, um ser+iço p4blico or!aniado, consistente na

de*esa em ju"o do assistido, 1ue de+e ser o*erecido pelo Estado, mas 1ue pode ser 

desempen2ado por entidades n%o3estatais, con+eniadas ou n%o com o oder 4blico.

A assistência jur"dica en!loba a assistência judici)ria e justiça !ratuita. A pala+ra

assistência tem o sentido de au-iliar, ajuda. Assistência tra a idéia de uma ati+idade 1ue est)@ $elson $er_ 0r. rinc"pios do processo ci+il na Constituiç%o Federal, 6 ed. re+. ampl., S%o aulo Re+ista dosTribunais, Seç%o III, p. BB.

'

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sendo desempen2ada, de uma prestaç%o positi+a. E, neste sentido, por assistência judici)ria

de+e ser entendida a ati+idade de patroc"nio da causa, em ju"o, por pro*issional 2abilitado.

>istin!uindo3se de ambos institutos, a assistência jur"dica tem conotaç%o mais ampla.

 $%o s abran!e a assistência judici)ria em sentido estrito, como também a prestaç%o de

in*ormaç%o e consultoria jur"dicas, +isando n%o necessariamente à propositura de aç%o

 judicial, mas ao e*eti+o esclarecimento aos 2ipossu*icientes de 1uais sejam seus direitos e

obri!açes numa relaç%o jur"dica, orientando3os 1uanto às pro+idências necess)rias à

composiç%o e-trajudicial de interesses em con*lito, assim como pre+enir lit"!ios. A assistência

 jur"dica, mais ampla, é um bene*"cio 1ue compreende tanto a assistência judici)ria como a

 prestaç%o de outros ser+iços jur"dicos e-trajudiciais.

0unWes 5@L, p.(&; distin!ue as e-presses Qassistência jur"dica inte!ral, Qassistência judici)ria e Qjustiça !ratuita. Se!undo o autor

A assistência jur"dica inte!ral abran!e n%o s o patroc"nio judicial como também oe-trajudicial. Isto é, atra+és desse bene*"cio, o Estado é incumbido n%o s de

 propiciar a de*esa !ratuita em ju"o dos interesses do assistido em ju"o, comotambém prestar3l2e orientaç%o e aconsel2amento jur"dico !ratuito. < bene*"cio daassistência jur"dica, portanto, é mais amplo 1ue o da assistência judici)ria,en!lobando3a.

< bene*"cio da Qjustiça !ratuita implica a !ratuidade de custas e despesas, tanto

 judiciais como e-trajudiciais, atinentes a um processo judicial. Ao de*erimento tanto da

assistência judici)ria como a !ratuidade da justiça, basta uma simples petiç%o ao 0ui

a*irmando 1ue n%o se est) em condiçes de pa!ar as custas do processo e os 2onor)rios de

ad+o!ado, sem preju"o prprio ou da sua *am"lia, presumindo3se a sua +eracidade.

Ao passo 1ue para a Constituiç%o Federal o pressuposto para a obtenç%o do bene*icio

*unda3se na insu*iciência de recursos, para Kei n. &.L:6 o re1uisito é o preju"o do sustento

 prprio ou da *am"lia, caso ti+esse o necessitado de recol2er as custas judiciais, tendo em +istaa sua situaç%o econ#mica. S%o, portanto acepçes 1ue n%o se e-cluem, mas 1ue se

complementam.

A idéia de necessitado, para *ins de obtenç%o da assistência jur"dica se!undo Santos

5&'', p.&@; Q2) de ser entendida em seu sentido relati+o, jamais absoluto, como

insu*iciência de meios para suportar os !astos do lit"!io, de modo 1ue ela é mais ampla 1ue a

do miser)+el, apro-imando3se, assim, à situaç%o do pobre.

Te*ilo Ca+alcanti Fil2o citado por >oer 5&'B(, p.&L63&LL;, em arti!o publicado naFol2a de S%o aulo do dia 6 de a!osto de &'B, j) *e o discernimento, diendo 1ue

&

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< pobre pode n%o ser miser)+el, de modo 1ue, nos tempos atuais, a pobrea n%o secon*unde com o estudo de insu*iciência absoluta, mas, sim, no de correspondênciaapenas ao necess)rio, sendo este, portanto, o sentido le!al 1ue de+e ser empre!ado,

ou seja, sempre le+antando3se em consideraç%o as condiçes comuns da +ida emcada época.

obre, assim, é o economicamente *raco, se!undo ontes de Miranda 5&'6(, p.D;. U

a1uele 1ue tem impotência econ#mica. U, en*im, a pessoa 1ue, sem possibilidade de

 prejudicar a si e à sua *am"lia, n%o ter) condiçes de arcar com as custas do processo, cujo

conceito abarca os indi!entes e os miser)+eis por isso, como ar!utamente obser+a 0or!e

Americano citado por into Ferreira 5&''@, p.&(&;, para alcançar a assistência n%o é preciso

1ue o indi+"duo +i+a da caridade p4blica.Tanto isso é +erdade 1ue, con*orme anota in2eiro 5&''L, p.&;

< limite apontado nas Faculdades de >ireito, acerca de 1ue o bene*ici)rio doinstituto seria o cidad%o 1ue n%o percebesse mais de dois sal)rios m"nimos, é umcritério *al2o e irreal, pois a condiç%o de necessitado n%o pode ser medida cominstrumento de precis%o, notadamente por ser este numer)rio uma 1uantia "n*ima, e,de mais a mais, a carência n%o est) circunscrita apenas às camadas sociais cuja rendaapro-ima3se da1uele +alor.

ouco importa, ent%o, para alcançar o bene*"cio, a renda da pessoa, eis 1ue e-istemdemandas cujos custos s%o alt"ssimos, e muito menos o +alor buscado no pleito judicial, pois a

lei n%o estabelece 1ual1uer limite.

A e-istência de patrim#nio também n%o é obst)culo para 1ue determinada pessoa

+en2a a ser 1uali*icada como necessitada para os *ins le!ais, j) 1ue e-istem capitais

improduti+os.

Ima!ine3se o propriet)rio de um edi*"cio com três andares 1ue n%o dispe de recursos

*inanceiros para custear uma aç%o de reparaç%o de danos contra a se!uradora 1ue se ne!a aindeniar o prédio incendiado.

or sinal, se se +ai *aer uma incurs%o a respeito, até mesmo a e-istência de aplicaçes

*inanceiras pode n%o ser, num dado momento, bice ao bene*"cio.

U por isso 1ue, con*orme leciona Assis 5&''', p.&B;, Qo conceito de necessidade,

utiliado no art. 67, K88I9, Constituiç%o, ostenta sentido ampl"ssimo, e n%o se circunscre+e,

ri!orosamente, à insu*iciência de recursos econ#micos.

>e mais a mais, Assis 5&''', p.&B; menciona 1ue Qé por essa mesma ra%o 1ue o bene*"cio também é ampliado à cate!oria de pessoas, na sociedade contemporJnea de massas,

reunidas sob a *eli desi!naç%o de carentes or!aniacionais.

&&

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U ine!)+el recon2ecer 1ue esta possibilidade é pass"+el de +eri*icaç%o entre as pessoas

 jur"dicas, ou seja, a necessidade de obtenç%o do benepl)cito. Assim sendo, relata Car+al2o

Santos 5&'D6, p.@(;

U 1uest%o ultrapassada n%o se +eri*icar o alcance do *a+or a estas pessoas sob oar!umento de 1ue n%o seriam miser)+eis, circunstJncia esta, ali)s, 1ue nem mesmoàs pessoas *"sicas é tributada para se socorrer ao instituto da assistência jur"dica, talcomo +isto anteriormente.

Irretor1u"+el é a concepç%o de 1ue a Kei n. &.L:6 e-clui do bene*"cio às pessoas

 jur"dicas. $o entanto, di+erso é o entendimento do precitado te-to constitucional, isto por1ue

o j) citado art. 67, K88I9, n%o distin!ue, como sabiamente obser+a Assis 5&''', p.&BD;

Qentre pessoas *"sicas e jur"dicas e a circunstJncia deste preceito constar dentre os direitos e

!arantias indi+iduais também nada representa.

 $%o 2) como ne!ar, a priori, a concess%o do bene*"cio às pessoas jur"dicas, pois, se a

Kei da Assistência judici)ria *ala em encar!os pessoais, de sorte a se compreender,

 per*eitamente, 1ue est) destinada 4nica e e-clusi+amente às pessoas *"sicas, mais acertada é a

 posiç%o !ermJnica, estendendo o bene*"cio, também, à1uelas, cuja interpretaç%o n%o re*o!e ao

Jmbito do re*erido preceito constitucional.

 $a +erdade, mesmo 1ue o te-to constitucional n%o ti+esse disposto da1uela maneira,

ainda assim seria compreens"+el a concess%o do bene*"cio em al!umas circunstJncias. ara

tanto, basta lembrar o e-emplo re*erido anteriormente, 1ue con+ém repeti3lo e adapta3lo uma

determinada empresa n%o possui recursos *inanceiros para promo+er uma aç%o de reparaç%o

de danos contra uma compan2ia de se!uros 1ue n%o 1uer pa!ar indeniaç%o pelo incêndio 1ue

consumiu todas as dependências e instalaçes 2a+eria, nessa situaç%o, como se ne!ar a esta

mesma empresa o bene*"cio de liti!ar sem custas processuais, mormente diante, do *ato de

1ue, se ti+er de recol2er os emolumentos e ta-as, +ai parar com suas ati+idadesA1ui também parece 1ue n%o 2a+eria 1ual1uer bice no alcance da assistência

 jur"dica.

CircunstJncia peculiar di respeito às *irmas indi+iduais. Estas, inarreda+elmente,

en1uadram3se na 2iptese do art. @7 da Kei n. &.L:6, +e 1ue s%o pessoas *"sicas, apesar de

serem tratadas como jur"dicas para *ins de tributaç%o.

Se!undo ac2eco 5&'B', p.@D;

< empres)rio indi+idual con*unde3se com a prpria pessoa *"sica 1ue e-erce aati+idade empresarial, n%o se l2e distin!uindo, i!ualmente, o patrim#nio, ressal+ado

&@

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o disposto no art. @DL do Cdi!o Ci+il, com a redaç%o da Kei n. D.&@&, de @B dea!osto de &'L@, relati+amente aos bens reser+ados da mul2er empres)ria.

Kamenta+elmente, neste aspecto, é o *ato de 1ue n%o ten2a o le!islador apro+eitado a

oportunidade de ter re!ulamentado, no no+el Estatuto da Microempresa e da Empresa de

e1ueno orte ? Kei n. '.(D&:'' 3, a possibilidade de se prestar assistência judici)ria também

a estas or!aniaçes 1uando esti+erem com insu*iciência de recursos porém, ao bom

2ermeneuta n%o passar) desapercebida a circunstJncia de 1ue, se *oi *acultada pela no+a lei a

 possibilidade de a microempresa postular perante o 0uiado Especial C"+el, a!ora se justi*ica

a concess%o do bene*"cio a esta *irma, sobretudo por ela ter tratamento di*erenciado e

simpli*icado nos campos administrati+o, tribut)rio, pre+idenci)rio, trabal2ista, credit"cio e de

desen+ol+imento empresarial 5art. &7, Kei n. '.(D&:'';.

8 CONSIDERA!9ES FINAIS

A 0ustiça n%o é um conceito meramente *ormal e +aio de conte4do, como desejam

al!uns autores pelo contr)rio, em posiç%o às relaçes sociais de dominaç%o e de submiss%o,

ela representa a e-i!ência concreta de respeito à personalidade de cada 2omem e de todos os

2omens. A busca da justiça é in*ind)+el e repleta de di*iculdades. A pes1uisa mostrou 1ue1uem busca a justiça, conse1uentemente, encontra a e1uidade, por 1ue somente a e1uidade,

essência do >ireito, nos condu à justiça 2oje. A 0ustiça é a condiç%o primeira para 1ue todos

os outros +alores necess)rios à sociedade sejam con1uistados.

Assim, a tare*a do Estado é imensa na obri!aç%o de possibilitar, a todos, i!ual acesso à

 justiça. E nessa +is%o parece necess)rio re+er o anti!o conceito de Assistência 0udici)ria aos

necessitados, por1ue, de um lado, Assistência 0udici)ria n%o si!ni*ica apenas assistência

 processual, e por1ue, de outro lado, necessitados n%o s%o apenas os economicamente pobres,

mas todos a1ueles 1ue necessitam de tutela jur"dica o re+el no processo3crime, o pe1ueno

liti!ante nos no+os con*litos 1ue sur!em numa sociedade de massa, e outros mais 1ue podem

emer!ir em nossas trans*ormaçes sociais.

A partir da Constituiç%o de &'D 1ue institucionaliou, no Jmbito constitucional, a

!arantia de assistência judici)ria aos necessitados, 1ue outrora +in2a e-plicitada em lei

ordin)ria e posteriormente, a Constituiç%o de &'LB também a asse!urou a mesma !arantia. E

 por *im, a Constituiç%o de &'(( !arante a Assistência 0ur"dica no seu art. 67, K88I9.

A priori, para a Assistência 0udici)ria ter bom desen+ol+imento, basicamente se *a

necess)rio atrair pro*issionais da )rea, com rao)+el remuneraç%o. Em contrapartida o Estado

&

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tem o de+er de institucionaliar a assistência. A Constituiç%o pre+ê a instituiç%o de

>e*ensorias 4blicas, no entanto, nos Estados em 1ue >e*ensoria 4blica ainda n%o *oi

institucionaliada, a assistência judici)ria é prestada atra+és de r!%os con+eniados. $o

Estado de S%o aulo, por e-emplo, até pouco tempo atr)s, a assistência judici)ria era realiada

 pela rocuradoria Geral do Estado 3 rocuradoria de Assistência 0udici)ria.

 $o direito comparado as re*ormas na assistência judici)ria na Austr)lia, In!laterra,

/olanda, França e Aleman2a *oi o apoio ao sistema denominado judicare, isto é, um sistema

de assistência judici)ria é estabelecida como um direito para todas as pessoas 1ue se

en1uadrem nos termos da lei. <s ad+o!ados s%o ent%o pa!os pelo Estado. Tem por *inalidade

esse sistema de propiciar aos liti!antes de bai-a renda a mesma representaç%o 1ue teriam se

 pudessem custear pela contrataç%o de um ad+o!ado.< acesso à justiça n%o est) limitado apenas nos r!%o do oder 0udici)rio, toda+ia, o

acesso à justiça é mais abran!ente. < si!ni*ica dier, é ter acesso a uma ordem jur"dica justa,

 bem como o acesso ao direito propriamente dito.

A idéia de justiça est) presente na essência do ser 2umano desde a sua e-istência.

Entretanto, nas sociedades modernas o 1ue se objeti+a é a boa con+i+ência social, isto é, a pa

social. A prestaç%o jurisdicional é pri+ilé!io de todos independentemente das +irtudes de um

indi+"duo.U rele+ante a !arantia de Assistência 0udici)ria como e*eti+o instrumento de acesso a

uma ordem jur"dica justa. /aja +ista 1ue as partes estar%o liti!ando sem desproporç%o.

E-iste limitaçes na Assistência 0udici)ria 1ue necessitam de atenç%o especial, seja no

Jmbito or!aniacional ou estrutural.

Faendo uso da terminolo!ia do constituinte de &'(( QAssistência 0ur"dica entendida

como QAssistência 0udici)ria, porém sob uma perspecti+a mais ampla, é um preceito

*undamental e n%o um simples bene*"cio.A liti!iosidade, 1ue a+ulta aps a promul!aç%o da Constituiç%o Federal de &'((, em

+irtude dos in4meros direitos concedidos sem as !arantias pertinentes, situaç%o aliada à

crescente or!aniaç%o social e ao a+anço tecnol!ico 1ue, na m"dia, apro-ima os diri!entes

dos cidad%os, 2) de ser e1uacionada de+idamente, em especial 1uando en+ol+e os

necessitados.

A !ratuidade de justiça 51uest%o processual; est) bem delineada, ur!indo uma atuaç%o

estatal no tocante às assistências jur"dica  stricto sensu, administrati+a e judici)ria !ratuitas

51uestes administrati+as;.

&D

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Em suma, precisa3se tornar ainda mais e*eti+o o acesso do necessitado à ordem

 jur"dica justa, mudando a ima!em da justiça n%o se pode admitir 1ue seja +isualiada, como

tem sido pelo po+o em !eral, como al!o pri+ati+o de iniciados. $a rep4blica democr)tica,

todo o poder emana do po+o, 1ue o e-erce por seus representantes ou diretamente, nos termos

da Constituiç%o 5art. &7, par)!ra*o 4nico;.

Cumpre, por isso mesmo, asse!urar o acesso da populaç%o, especialmente da mais

 pobre, à1uele bem, inclu"do entre os mais preciosos a justiça. $unca 2ou+e tanta sede e *ome

de justiça. U necess)rio satis*aê3la, antes 1ue seja tarde demais, mesmo 1ue si!ni*i1ue um

desa*io à aç%o !o+ernamental e às açes dos !rupos dominantes na sociedade.

A:STRACT

T2e access to t2e justice is one o* t2e t2emes more debated *ace at t2e present time t2e countless trans*ormations2appened so muc2 in t2e societ_ in t2e tec2nolo!ical aspect as politician, economical and juridical. In =rail,territor_ o* enormous +astness, t2e access to t2e justice comes ras2 *ace t2e di**iculties and re!ional di+ersitiesli+ed b_ t2e nation. T2e Federal Constitution o* &'(( o**ered to t2e citien, in opposition to t2e ot2er Constitutions until t2en e-istent, a +ast ran!e o* ri!2ts and a_ arranties to e-ecute and to culti+ate t2ecitiens2ip *eelin! in t2e =railian nation amon! t2e ones 2ic2 t2e arrant_ o* judiciar_ !ratuidade maWin!

 possible t2e e1ualit_ in t2e representation possibilit_ in jud!ement and conse1uentl_ o* t2e citiens2ip./e:s2e:_ou e-amines t2e per*ormance and t2e *unctions o* ublic >e*ensoria, b_ 2ic2 e can o+ercome t2e

 procedural barriers and or!aniacionais t2at impede t2e access to t2e 0ustice in =rail./e:s2e:_ou considersinade1uate t2e classic di+ision o* _our per*ormance in t_pical and at_pical acti+ities b_ +irtue o* to !roin!comple-it_ o* t2e current orld, and because t2at classi*ication doesnt taWe into account t2e per*ormanceteleol!ica o* ublic >e*ensoria, as ell as t2e barriers t2at need to be o+ercome to !uarantee t2e access to t2e

 jurisdiction. /e:s2e:_ou a**irms t2at t2e be!innin! norteador o* t2e per*ormance o* >e*ensoria s2ould ala_s bet2e aid to t2e person in need, 2oe+er, t2at *ocus s2ould not be t2e institutional limit, because t2e person in needconcept, modernamente, includes all t2e 2ipossu*iciência t_pes t2at become an obstacle *or t2e access o* t2eindi+idual to t2e 0ustice.

;<-=+r$s /ipossu*iciente, 0udiciar_ Attendance, ublic >e*ensoria.

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