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ASSOCIAÇÃO DE APOIO À ESCOLA (AAE): UMA ESTRATÉGIA DE GESTÃO DEMOCRÁTICA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA DO TOCANTINS Denise Lima de Oliveira

Associação de Apoio à Escola/ AAE: uma estratégia de ... CONSAD/paineis... · despojados dos bens culturais e materiais, ... de sua implantação às escolas estaduais e a relação

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ASSOCIAÇÃO DE APOIO À ESCOLA (AAE): UMA

ESTRATÉGIA DE GESTÃO DEMOCRÁTICA DA

EDUCAÇÃO PÚBLICA DO TOCANTINS

Denise Lima de Oliveira

II Congresso Consad de Gestão Pública – Painel 16: Gestão de políticas públicas em educação

ASSOCIAÇÃO DE APOIO À ESCOLA (AAE): UMA ESTRATÉGIA DE GESTÃO

DEMOCRÁTICA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA DO TOCANTINS

Denise Lima de Oliveira

RESUMO A democracia participativa é o exercício de uma cidadania consciente e comprometida com os interesses da maioria da comunidade ou dos grupos sociais despojados dos bens culturais e materiais, produzidos pelo trabalho desse mesmo grupo. A contribuição significativa da escola para a democratização da sociedade e para o exercício da democracia participativa sustenta e determina a gestão democrática na escola pública. Nesse sentido, a criação de órgãos colegiados como a Associação de Apoio à Escola – AAE e agremiações de alunos, é fundamental para a concretização desse processo. A construção de uma escola pública, gratuita, democrática e de qualidade exige a materialização e a integração desses diversos órgãos colegiados. Partindo desse pressuposto, a Secretaria da Educação e Cultura do Estado do Tocantins, com a finalidade de garantir a todos o acesso, a permanência e o sucesso do aluno na educação básica, desde 1996, vem buscando alternativas e inovações que favoreçam a eficácia do Sistema Estadual de Ensino, tendo como princípio a participação efetiva da comunidade no processo educacional. A descentralização da gestão escolar constitui-se estratégia fundamental para o fortalecimento da democracia com a participação da sociedade civil nas políticas públicas, por acreditar que as verdadeiras transformações acontecem por meio da educação. Desde então, o Programa Escola Comunitária de Gestão Compartilhada, apresenta a Associação de Apoio à Escola, entidade com princípios cooperativistas, como órgão colegiado gerido pela comunidade escolar e local, a fim de garantir a participação efetiva da sociedade civil no processo educativo. Desta forma, a Associação de Apoio à Escola torna-se um mecanismo por excelência para democratização do processo da gestão escolar, uma vez que auxilia a escola na perspectiva de buscar caminhos para estabelecer uma prática educativa mais autônoma. Essa entidade é composta pela direção da escola e a representação dos estudantes, dos pais ou responsáveis pelos estudantes, dos professores, dos trabalhadores em educação não-docentes e da comunidade local. Como todo órgão colegiado, a Associação de Apoio à Escola toma decisões coletivas sobre as questões educacionais, no âmbito da escola, abrangendo as dimensões administrativa, financeira e pedagógica. Ao logo do texto será abordada a concepção legal que sustenta a Associação de Apoio à Escola, suas finalidades, funções e atribuições; a legitimidade na escolha dos seus membros, sua constituição conforme proposta da Secretaria da Educação e Cultura do Tocantins; os benefícios de sua implantação às escolas estaduais e a relação da Associação com a prática educativa da instituição de ensino.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO........................................................................................................... 03

1 DA CONCEPÇÃO LEGAL...................................................................................... 07

2 DAS FINALIDADES DA ASSOCIAÇÃO DE APOIO À ESCOLA............................ 09

3 DAS FUNÇÕES DA ASSOCIAÇÃO DE APOIO À ESCOLA.................................. 10

4 DA ESCOLHA DOS MEMBROS DA ASSOCIAÇÃO DE APOIO À ESCOLA........ 12

5 DA CONSTITUIÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE APOIO À ESCOLA........................... 14

6 DAS ATRIBUIÇÕES DA ASSOCIAÇÃO DE APOIO À ESCOLA........................... 15

7 DOS BENEFÍCIOS DO FORTALECIMENTO DA ASSOCIAÇÃO DE APOIO À ESCOLA

17

8 A ASSOCIAÇÃO DE APOIO À ESCOLA E A PRÁTICA EDUCATIVA DA ESCOLA

19

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................... 21

10 REFERÊNCIAS..................................................................................................... 23

3

INTRODUÇÃO

A escola pública brasileira tem como função social à formação do

cidadão, ou seja, construir conhecimentos, atitudes, competências e valores. Para

isso, é imperioso socializar o saber sistematizado, historicamente acumulado,

fazendo com que esse saber seja apropriado pelos alunos, que já trazem em sua

bagagem cultural o saber popular, o saber da comunidade em que vivem. A

congruência e a assimilação desses saberes representam um elemento decisivo

para a democratização da própria sociedade.

A democracia participativa é o exercício de uma cidadania consciente e

comprometida com os interesses da maioria da comunidade ou dos grupos sociais

despojados dos bens culturais e materiais produzidos pelo trabalho desse mesmo

grupo.

A contribuição significativa da escola para a democratização da sociedade

e para o exercício da democracia participativa sustenta e determina a gestão

democrática na escola.

Ao fazer um excursionismo na história da educação brasileira, verifica-se

que o termo gestão é enfatizado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

(LDB) – apesar da superficialidade –, ao determinar que “um dos princípios que deve

reger o ensino é a gestão democrática” (Art 3º, Inc. VII). Porém, o artigo 14 define

que os sistemas de ensino devem estabelecer “normas” para o desenvolvimento da

gestão democrática, e que estas, por sua vez, precisam estar de acordo com as

peculiaridades do sistema.

Ao partir do princípio de que a gestão democrática deve reger o ensino,

há a necessidade de centrar a atenção ao sentido social da educação, visto que a

participação da sociedade civil na gestão da escola implica no poder real de tomar

parte no processo educacional, pois a gestão escolar pode “dar-se numa gama

variada de possibilidades, quer no grau de integração dos grupos envolvidos, quer

no grau de participação de cada um desses grupos” (Sánchez de Harcojo, 1979 in:

OLIVEIRA, 2006 ).

A gestão democrática implica em espaços e organizações para a

definição de políticas públicas educacionais que orientam a prática educativa e os

processos de participação.

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Apesar da retórica sobre o assunto ser extensa, há experiências que

apontam avanços significativos no conhecimento e na prática da gestão

democrática, o que significa que, de certa forma, a gestão democrática tem ocorrido

em algumas escolas. Todavia, para que isso de fato aconteça, ainda é necessário

legitimar mecanismos que garantam a democratização da gestão, ou seja, é preciso

refletir sobre a participação da comunidade dentro da escola pública.

Nesse sentido, a criação de órgãos colegiados como os Conselhos

Escolares, Associação de Apoio à Escola, agremiações de alunos, é fundamental

para a concretização desse processo. A construção de uma escola pública, gratuita,

democrática e de qualidade exige a materialização e a integração desses diversos

órgãos colegiados.

Não é possível pensar na participação da comunidade sem garantir

estratégias de integração e envolvimento que possibilitem que o poder de decisão e

ação, na escola, seja compartilhado e que a prática de gestão democrática seja

experimentada por todos os atores da escola.

Essa prática, contudo, não deve ser concedida, mas conquistada por

meio da construção coletiva envolvendo todos os segmentos da escola, e para isso,

é necessário que professores, alunos, pais e funcionários, sejam sujeitos de sua

história e compreendam a importância da participação de cada um. Isso significa

ruptura do modelo tradicional de administração escolar, bem como da concepção de

participação. A simples ação de colaboração na escola, de adesão e de obediência

às decisões da direção da escola, não significa participação. É preciso romper,

sobretudo, com o modelo tradicional de educação.

A gestão democrática exige o cultivo da cultura da participação, do

trabalho coletivo, da ação colegiada, da realização pelo bem comum. Enfim, é

preciso possibilitar espaços de experimentação da democracia na escola, a fim de

que esta se torne uma prática ativa, consolidada de efetiva vivência.

Partindo desse pressuposto, a Secretaria da Educação e Cultura do

Estado do Tocantins, com a finalidade de garantir a todos o acesso, a permanência

e o sucesso do aluno na educação básica, desde 1996, vem buscando alternativas e

inovações que favoreçam a eficácia do Sistema Estadual de Ensino, tendo como

princípio a participação efetiva da comunidade no processo educacional.

A descentralização da gestão escolar constitui-se estratégia fundamental

para o fortalecimento da democracia com a participação da sociedade civil nas

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políticas públicas, por acreditar que as verdadeiras transformações acontecem por

meio da educação. Desde então, o Programa Escola Comunitária de Gestão

Compartilhada, apresenta a Associação de Apoio à Escola, entidade com princípios

cooperativistas, como órgão colegiado gerido pelas comunidades escolar e local, a

fim de garantir a participação efetiva da sociedade civil no ato educativo.

Pensar sobre a gestão democrática como mecanismo que norteia as

práticas da administração escolar é, sobretudo, identificar estratégias que facilitem e

garantam a participação popular nas decisões, ações e avaliações da escola. Não

basta favorecer momentos para presenciar ações na escola, é preciso,

necessariamente, estimular, apoiar e garantir mecanismos para que a comunidade

escolar seja/faça parte do cotidiano da escola. A palavra participação, portanto,

pressupõe que haja parte-da-ação. Sendo assim, a presença da comunidade, pais

e alunos na gestão da escola é condição sine qua non para garantir a qualidade da

educação pública no Brasil.

Diante disso, os órgãos colegiados (associações de apoio, grupos de

voluntariados, grêmios estudantis e conselhos escolares) presentes na escola,

assumem papel pedagógico importante para o exercício da democracia na gestão

escolar.

Partindo desse pressuposto, a Associação de Apoio à Escola, é um

mecanismo por excelência para democratização do processo da gestão escolar,

uma vez que auxilia a escola na perspectiva de buscar caminhos para estabelecer

uma prática educativa mais autônoma.

Essa entidade é composta pela direção da escola e a representação dos

estudantes, dos pais ou responsáveis pelos estudantes, dos professores, dos

trabalhadores em educação não-docentes e da comunidade local. Como todo órgão

colegiado, a Associação de Apoio à Escola toma decisões coletivas sobre as

questões educacionais, no âmbito da escola, abrangendo as dimensões

administrativa, financeira e pedagógica. Ela só existe enquanto está reunida, uma

vez que nenhum membro tem poder especial fora da Associação, só porque faz

parte dela.

Nessa lógica, o diretor da escola exerce o papel de coordenador na

execução das deliberações da Associação de Apoio à Escola e também de

articulador das ações de todos os segmentos, visando à efetivação do projeto

pedagógico na construção do trabalho educativo.

6

A gestão democrática, conduzida e coordenada pelo gestor, é sustentada por um projeto pedagógico elaborado e executado por todos os envolvidos na comunidade escolar. Esse processo deve fundamentar-se nos princípios que garantam igualdade e participação, de forma a incentivar e assegurar a mobilização, a participação de todos e de cada um dos envolvidos para possibilitar a expressão de suas idéias e sua discussão, consideradas no momento da decisão coletiva. (Parente, 2008)

A Associação de Apoio à Escola, órgão equivalente ao Conselho Escolar,

se configura como mecanismo para a descentralização e conquista da autonomia

escolar. Ela não pode ser confundida como mero órgão de execução financeira. No

Tocantins, a Associação de Apoio à Escola não se limita apenas à execução

orçamentária, visto que a entidade possui cunho pedagógico, com características

mobilizadora, consultiva, fiscal e deliberativa.

A Associação de Apoio à Escola assume o papel do Conselho Escolar há

mais de 10 anos, com a finalidade de envolver a comunidade escolar e local nas

questões educacionais vivenciadas pela escola. E nessa perspectiva, busca-se o

exercício para a criação de uma cultura associativista e solidária, como parte

fundamental do Programa Escola Comunitária de Gestão Compartilhada,

fortalecendo e promovendo o processo de democratização da escola pública de

qualidade.

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1 DA CONCEPÇÃO LEGAL

A Associação de Apoio à Escola auxilia a escola na democratização da

gestão escolar e no estabelecimento de uma prática educativa mais autônoma,

pautada nas necessidades específicas da comunidade escolar e local.

Todavia, ainda precisamos refletir sobre a prática da gestão democrática

nas escolas: a democracia participativa seria uma preocupação dos gestores

educacionais, caso não houvesse uma exigência legal garantida pela Constituição

Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional? O estímulo à criação

de órgãos colegiados de apoio, decisão e controle público, ocorreria nas escolas se

não houvesse uma determinação legal para isso? Afinal, o que legitima a formação

dos colegiados, a legislação ou a necessidade da democracia participativa nas

escolas públicas?

O Artigo 206 da Constituição Federal da Constituição Federal e Artigo 3o

da LDB, apontam para a necessidade de estabelecer a “gestão democrática do

ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino”.

Os Artigos 17 e 14 da LDB, afirmam reciprocamente que “os sistemas de

ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que o

integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão

financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público” e ainda “os

sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na

educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes

princípios”:

I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto

pedagógico da escola;

II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou

equivalentes”.

O Plano Nacional de Educação, Lei 10.172/2001, por sua vez, confirma que

a democratização da gestão do ensino público, ocorre com

a participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes e a descentralização da gestão educacional, com fortalecimento da autonomia da escola e garantia de participação da sociedade na gestão da escola e da educação.

8

A Portaria Ministerial no 2.896/2004 resolve em seu Art. 1o “Criar, no

âmbito da Secretaria de Educação Básica – SEB, o Programa Nacional de

Fortalecimento dos Conselhos Escolares”. Esse Programa atuará em regime de

colaboração com os sistemas de ensino, visando fomentar a implantação e o

fortalecimento de Conselhos Escolares nas escolas públicas de educação básica.

Percebe-se, então, que as prerrogativas legais sustentam e legitimam a

criação e o fortalecimento de órgãos colegiados como instrumentos para o

desenvolvimento de uma escola mais compromissada com a construção da

educação emancipadora, que contribua com a formação de cidadãos co-

responsáveis por uma sociedade melhor.

Assim, entendemos que as leis que garantem a gestão democrática na

escola pública e a criação dos órgãos colegiados, não deixa brechas para outra

interpretação, a não ser a da necessidade da participação da sociedade civil na

tomada de decisões da escola. Entretanto, embora a legislação represente um

grande avanço para a educação brasileira, ainda há muito a ser feito para garantir o

exercício de suas determinações.

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2 DAS FINALIDADES DA ASSOCIAÇÃO DE APOIO À ESCOLA

A Associação de Apoio à Escola é uma entidade jurídica de direito

privado, sem caráter lucrativo, composta por representantes da comunidade escolar

e local (pais, alunos, professores, funcionários da escola e membros da comunidade

em geral), que tem como atribuição deliberar sobre questões político-pedagógicas,

administrativas e financeiras, no âmbito da escola, bem como analisar as ações e os

meios para o cumprimento das finalidades da unidade escolar.

Tem como finalidade envolver e articular todos os segmentos da

comunidade escolar, objetivando a promoção da autonomia da escola com a

participação da comunidade em suas dimensões, otimizando a melhoria da

qualidade do ensino.

À Associação de Apoio à Escola compete referendar o projeto político-

pedagógico da unidade escolar, analisar as ações planejadas e os meios a serem

utilizados para o cumprimento das finalidades da escola, como a própria expressão

da organização educativa da unidade de ensino, que deverá orientar-se pelo

princípio democrático da participação. A Associação de Apoio à Escola, assim,

representa as comunidades escolar e local, atuando em conjunto e definindo

caminhos para tomar as decisões que são de sua responsabilidade.

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3 DAS FUNÇÕES DA ASSOCIAÇÃO DE APOIO À ESCOLA

A escola, situada no cenário mundial de hoje, precisa estar atenta a

alguns critérios básicos para garantir o ensino de qualidade, a fim preparar os alunos

para a vida e garantir o “aprender a conviver”, buscando a melhoria das relações

interpessoais. Alguns desses critérios são: o ambiente educativo, a proposta

pedagógica, o processo de avaliação, a gestão escolar, a formação dos professores,

o ambiente físico da escola e as condições de permanência do aluno com sucesso,

na rede de ensino. Ou seja, além de aspectos de natureza didático-pedagógica, a

escola precisa voltar o olhar aos interesses e necessidades da comunidade onde

está inserida, a fim de que haja, efetivamente, a aprendizagem significativa pelos

alunos.

Diante disso, a Associação de Apoio à Escola assumem papel

pedagógico importante: o de ser órgão consultivo, deliberativo e de mobilização da

comunidade para o exercício da democracia na gestão da escola, de forma que haja

a transposição da função fiscalizadora da comunidade, para a função de parceiro co-

responsável pelos resultados educacionais.

Segundo o Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos

Escolares, as funções dos órgãos colegiados escolares, no nosso caso, a

Associação de Apoio à Escola, compreendem:

a) Deliberativa: quando decidem sobre o projeto político-pedagógico e

outros assuntos da escola, aprovam encaminhamentos de problemas,

garantem a elaboração de normas internas sobre questões referentes

ao seu funcionamento nos aspectos pedagógico, administrativo ou

financeiro e o cumprimento das normas dos sistemas de ensino e

decidem sobre a organização e o funcionamento geral das escolas,

propondo à direção as ações a serem desenvolvidas.

b) Consultiva: quando têm um caráter de assessoramento, analisando as

questões encaminhadas pelos diversos segmentos da escola e

apresentando sugestões ou soluções, que poderão ou não ser acatadas

pelas direções das unidades escolares.

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c) Fiscais (acompanhamento e avaliação): quando acompanham a

execução das ações pedagógicas, administrativas e financeiras,

avaliando e garantindo o cumprimento das normas das escolas e a

qualidade social do cotidiano escolar.

d) Mobilizadoras: quando promovem a participação, de forma integrada,

dos segmentos representativos da escola e da comunidade local em

diversas atividades, contribuindo assim para a efetivação da

democracia participativa e para a melhoria da qualidade social da

educação.

Por isso, é essencial que a escola constitua e incentive espaços para

participação popular, tais como as associações de apoio, grupos de voluntariados,

grêmios estudantis, colegiados e conselhos escolares, dando-lhes condições para

serem integrantes legítimos e essenciais na elaboração da proposta política

pedagógica dessa escola que ser quer democrática.

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4 DA ESCOLHA DOS MEMBROS DA ASSOCIAÇÃO DE APOIO À ESCOLA

Para que haja participação na gestão escolar é fundamental que se

garantam mecanismos efetivos de participação, tais como: infra-estrutura adequada,

profissionais qualificados, abertura às novas possibilidades de se pensar a gestão

da escola, e ainda, incentivos à formação de grupos, associações, colegiados e

agremiações nas escolas, como espaços de discussões e decisões.

Assim, podemos citar os grêmios estudantis, grupos de voluntariado,

colegiado, associações de pais e mestres, além das discussões no Projeto Político

Pedagógico, entre outros, como eficientes mecanismos de envolvimento e

participação na gestão escolar.

É importante perceber que o envolvimento dos diversos segmentos da

comunidade no trabalho da escola se constitui um grande desafio para a equipe

diretiva, que exige a garantia de condições objetivas e efetivas para essa

participação.

No Estado do Tocantins, a escolha dos membros da Associação de Apoio

à Escola se faz a partir das seguintes orientações emitidas pela Secretaria Estadual

da Educação:

� a equipe gestora da escola deverá promover reuniões com a

comunidade escolar e local, com a finalidade de sensibilizar sobre a

importância da participação de todos na gestão da Escola;

� a partir disso, nomear comissão, para organizar a criação da

Associação de Apoio à Escola que deverá ser composta, no mínimo,

por três (3) membros, sendo um representante dos professores, um

dos servidores administrativos e um dos pais. Não participam dessa

comissão membros que manifestarem o desejo de se candidatar;

� a comissão, por sua vez, deverá tomar as seguintes providências:

� organizar e presidir a reunião de fundação;

� elaborar o Estatuto, tendo como base o estatuto padrão;

� elaborar, apresentar, discutir e aprovar a proposta do estatuto;

� divulgar a estrutura da Associação com os respectivos cargos que

comporão a mesma e estimular a formação de chapas para

concorrerem à Mesa Diretora da Associação (Diretoria Executiva,

Conselho Fiscal e Conselho Escolar e Comunitário);

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� registrar chapa para eleição da Mesa Diretora e registrar em livro ata

a reunião de fundação da Associação.

A escolha dos membros da Associação de Apoio à Escola deve estar

pautada na possibilidade de efetiva participação, uma vez que o importante é a

representatividade, a disponibilidade e o compromisso; é saber ouvir e dialogar,

assumindo a responsabilidade de acatar e representar as decisões da maioria, sem

nunca desistir de dar opiniões e apresentar as suas propostas, pois a Associação é,

acima de tudo, espaço de participação e, portanto, de exercício de cidadania.

Sendo assim, para que a Associação de Apoio à Escola se concretize é

imprescindível:

� escolher criteriosamente os representantes, de forma que os

segmentos da comunidade escolar e local sejam, de fato,

contemplados na Associação e possam contribuir com a gestão

escolar;

� participar das decisões em igualdade de oportunidades e condições,

sem desconsiderar a posição de nenhum membro. “A participação é,

portanto, condição básica para a gestão democrática, uma não é

possível sem a outra” (ARAÙJO, 2000);

� expressar sempre as opiniões, mesmo se contrárias às do grupo, de

maneira que seja exercitado a dialogicidade entre os integrantes do

grupo;

� garantir deferência às decisões tomadas, respeitando a divergência de

idéias. “O respeito e abertura de espaço para o ‘pensar diferente’ é o

recolhimento da existência de diferenças de identidade e de interesses

que convivem no interior da escola e que sustentam, através de debate

e do conflito de idéias, o processo democrático” (ARAÙJO, 2000);

� perceber a escola como espaço público, garantindo a visibilidade da

mesma frente à sociedade. A condução das dimensões da escola

(pedagógica, jurídica, administrativa e financeira) com ética e

responsabilidade, é essencial.

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5 DA CONSTITUIÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE APOIO À ESCOLA

Segundo as orientações da Secretaria de Educação e Cultura, a estrutura

básica da Associação compreende:

I – Assembléia Geral: é a deliberação máxima da Associação de Apoio à

Escola, sendo constituída pela totalidade dos associados e presidida pelo Presidente

da Diretoria Executiva;

II – Diretoria Executiva: composta por Presidente, Vice-Presidente, 1º

Secretário, 2º Secretário, 1º Tesoureiro, 2º Tesoureiro, deverão ser assumidos por

servidores do quadro da unidade escolar que sejam preferencialmente efetivos;

III – Conselho Escolar e Comunitário: será composto por no mínimo 07

(sete) membros e no máximo 20 (vinte) membros, de acordo com o quadro de

lotação da unidade escolar, sendo estes: coordenador pedagógico ou orientador

educacional, pais, professores, aluno maior de 18 anos e membro da comunidade

local, eleitos nas mesmas condições da Diretoria Executiva. A Presidência será

exercida por um dos componentes, eleitos pelos demais membros;

IV – Conselho Fiscal: composto por 03 (três) membros sendo: 01 (um)

representante de pais, 01 (um) representante de alunos maiores de 18 (dezoito)

anos e 01 (um) representante de professores.

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6 DAS ATRIBUIÇÕES DA ASSOCIAÇÃO DE APOIO À ESCOLA

Para que o ideal de sociedade e educação vislumbrado por todos os

educadores, se efetive no cotidiano escolar, torna-se de fundamental importância

que a escola se enxergue no cenário social em que está inserida, bem como as

características políticas, culturais, históricas e econômicas dessa comunidade, a fim

de que a escola possa expressar em sua prática, saberes e fazeres adequados às

reais necessidades de seus alunos.

Dentre as ações a serem empreendidas pela Associação de Apoio à

Escola, pode-se destacar:

� atuar junto à direção da unidade escolar na elaboração do Projeto

Político Pedagógico, visando ao sucesso do aluno e à melhoria da

qualidade do ensino.

� promover reuniões com a comunidade escolar para levantar as

necessidades, os desejos e os anseios dos diversos segmentos que a

compõe.

� dirigir e orientar ações, envolvendo o potencial e o esforço da

comunidade escolar na solução de seus problemas.

� promover o protagonismo infanto-juvenil e estimular a criação do

Grêmio Estudantil, apoiando os projetos estudantis.

� promover relações pedagógicas que favoreçam o respeito pelo

estudante e a comunidade local, além de propor e coordenar

alterações curriculares, quando for o caso.

� participar na elaboração do calendário escolar, observada a legislação

vigente.

� obter, aplicar, controlar e prestar contas de recursos financeiros

necessários ao desempenho das ações educativas.

� programar suas atividades anuais, com ações nas áreas administrativa,

pedagógicas e sociais, contemplando os interesses da comunidade

escolar.

� fiscalizar as gestões administrativa, pedagógica e financeira da

Unidade Escolar.

� promover campanhas de cunho educativo com a participação dos

alunos e da comunidade em geral.

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� firmar convênio com órgãos governamentais e não governamentais;

� incentivar doações e colaborações e firmar parcerias com entidades,

empresas, profissionais e instituições diversas.

� promover a participação da unidade escolar em concursos e eventos

educacionais, buscando benefícios e melhorias para a mesma.

� não permitir a cobrança de qualquer taxa de serviços escolares, tais

como: matrícula, transferência, mensalidade, provas, material e outras

que inibam ou impeçam o acesso e a permanência do estudante na

escola.

� não praticar qualquer ato que discrimine, humilhe ou exclua a

participação dos membros da comunidade nas ações escolares.

� elaborar plano de formação continuada dos membros da Associação

de Apoio à Escola, visando ao desenvolvimento de conhecimentos,

habilidades e atitudes, bem como para elevar a motivação e a auto-

estima dos associados, a fim de ampliar a qualificação para a sua

atuação.

� acompanhar os resultados de desempenho de alunos e servidores,

observando a evolução dos indicadores educacionais (abandono,

aprovação, aprendizagem, entre outros), propondo, quando se fizerem

necessárias, intervenções pedagógicas e/ou medidas socioeducativas

visando à melhoria da qualidade social da educação escolar.

� promover ações que garantam o respeito e a valorização do saber e da

cultura do estudante e da comunidade, possibilitando contribuir com a

discussão na escola quanto ao respeito à diversidade e às culturas

locais, como ferramentas para valorização do conhecimento

historicamente produzido pelos alunos e suas famílias.

� integrar sua programação anual com o plano de ação da unidade

escolar, de forma a tingir os fins da educação.

� elaborar relatório, no qual serão registradas as ações e atividades

realizadas, bem como as dificuldades que impediram a efetivação do

que foi programado.

� promover relações de cooperação e intercâmbio com outras

Associações de Apoio à Escola.

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7 DOS BENEFÍCIOS DO FORTALECIMENTO DA ASSOCIAÇÃO DE APOIO À ESCOLA

Na Associação de Apoio à Escola não há a relação horizontalizada de

seus participantes, o que facilita a formação de um ambiente cooperativo,

dinâmico e participativo, onde não há a subdivisão de poder, mas o incitamento

do indivíduo na discussão coletiva, sendo este o sujeito do processo e não mero

expectador da coletividade.

O fortalecimento da Associação de Apoio à Escola como órgão

deliberador, mobilizador, consultivo e fiscalizador, traz benefícios importantes para a

unidade escolar, tais como:

� as decisões apresentam a multiplicidade de interesses e visões que

existem entre os diferentes segmentos envolvidos;

� as ações e decisões têm um patamar de legitimidade mais altivo;

� há uma maior possibilidade de fiscalização e controle da sociedade civil

sobre o cumprimento das políticas e propostas educacionais;

� há uma maior transparência das decisões tomadas;

� garante-se espaço para que todos os segmentos da comunidade

escolar possam expressar suas idéias e necessidades, colaborando

para as discussões dos problemas e a busca de soluções.

A Associação de Apoio à Escola é um órgão pró-ativo e precisa garantir,

no esforço de todos e de cada um, a prevenção e a solução de situações-problema,

implementando ações relevantes e inovadoras para melhorar a qualidade do ensino.

Todavia, conforme afirma Paro (2001), não se trata, nem de os pais

prestarem uma ajuda unilateral à escola, nem de a escola repassar parte de seu

trabalho para os pais. O que se pretende é uma extensão da função educativa (mas

não doutrinária) da escola para os pais e adultos responsáveis pelos estudantes. É

claro que a realização desse trabalho deverá implicar a ida dos pais à escola e seu

envolvimento em atividades com as quais ele não está costumeiramente

comprometido. Mas, em contrapartida, além de terem melhores condições de influir

nas tomadas de decisão a respeito das ações e objetos da escola, eles estarão

investindo na melhoria da qualidade da educação dos seus filhos, bem como na

melhoria de sua própria qualidade de vida, na medida em que esses adultos estarão

mais capazes, intelectualmente, de usufruir melhor de bens culturais a que têm

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direito e que antes não estavam a seu alcance. Com isso, a escola não estará, na

verdade, passando parte de sua tarefa aos pais, mas aumentando seu próprio

trabalho e responsabilidade, na expectativa, é bem verdade, de facilitar seu trabalho

educativo com os estudantes. Mas isto apenas denota uma preocupação com a

qualidade de seus serviços que, em última análise, reverter-se-á em benefícios dos

próprios usurários.

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8 A ASSOCIAÇÃO DE APOIO À ESCOLA E A PRÁTICA EDUCATIVA DA ESCOLA

O que significa educar? Educar significa, de forma ampla, formar para a

autonomia, isto é, para o auto-governo. Nessa concepção, uma escola só poderá ser

autônoma se construir seu Projeto Político Pedagógico coletivamente, como

elemento essencial para sua emancipação e para a transformação da comunidade

em que está inserida.

Um processo educacional somente será autônomo e libertador se for

capaz de formar cidadãos críticos, dotados das condições que lhes permitam

entender os contextos históricos, sociais e econômicos de que participam.

Nessa premissa, a escola precisa vislumbrar a formação desse novo

cidadão, que seja consciente, sensível, ético, responsável, capaz tecnicamente, que

pense global e aja localmente, que seja capaz de interferir e contribuir com a

transformação da realidade social excludente, a partir de sua comunidade, tornando-

se, assim, sujeito da sua própria história.

Apenas a educação e a escola, que se quer democrática, serão capazes

de contribuir para a formação de uma nova sociedade, com novas posturas, em que

o ser humano seja parte e se veja como parte da mudança social.

Sem dúvida nenhuma, a participação dos membros da Associação de

Apoio à Escola dos diversos departamentos da unidade escolar é fundamental, uma

vez que, a gestão escolar, pautada nos parâmetros da democracia e da

participação, precisa ter como princípio fundamental à melhoria da qualidade do

ensino e da aprendizagem. Ao ter em mente esse processo, há que se considerar os

indicadores de qualidade da escola, os resultados do desempenho acadêmico dos

educandos e a qualidade da permanência desses alunos na escola.

O trabalho escolar está dividido em duas grandes atividades: atividade-

meio, ou seja, todas as ações desenvolvidas pela escola, envolvendo estrutura-

física, setores administrativo, financeiro, jurídico (a legalidade da escola), enfim, todo

trabalho que possa subsidiar a atividade-fim da escola, a qual consiste na dimensão

pedagógica do trabalho escolar, ou seja, o fazer desenvolvido pela escola, no que se

refere aos processos de ensino e de aprendizagem, voltados principalmente para o

espaço da sala de aula (suporte pedagógico, recursos didáticos e tecnológicos,

entre outros).

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Sendo assim, torna-se fácil perceber que as ações da escola, no que

tange às atividades-meio e atividades-fim são interdependentes, ou seja, a primeira

só se justifica se estiver à serviço da segunda, favorecendo o trabalho docente

desenvolvido em sala de aula.

A participação dos representantes do diversos segmentos das

comunidades intra e extra escolar, que compõem a Associação de Apoio à Escola,

permite a cada um dos associados, a oportunidade de compreender a necessidade

de uma relação mais próxima com o cotidiano escolar, de forma a conhecer como os

diversos processos internos da escola, corroboram e são congruentes aos

processos de ensino e de aprendizagem.

Embora historicamente excluídos do contexto e das discussões da

educação e da escola, a inserção da sociedade civil na Associação de Apoio à

Escola, é uma iniciativa ímpar de fazer nascer e fortalecer em cada um de seus

membros, o sentimento de pertencimento à escola e o cuidado com a coisa pública,

tornando-os, efetivamente, protagonistas, por intermédio desse exercício de

cidadania. Cria-se, a partir daí, a concepção de que todos aqueles que ali estão, em

contato com a vida escolar dos alunos e com a comunidade escolar, de maneira

geral, são também educadores.

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9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De tudo o que foi exposto, pode-se concluir que há, sim, necessidade de

melhorar a qualidade do ensino básico, fortalecendo a participação da sociedade

civil na gestão escolar. Entretanto, muito há que se considerar para que se obtenha

qualidade na participação da comunidade nas tomadas de decisões da escola. A

criação de órgãos colegiados, em particular, das Associações de Apoio às Escolas,

tem-se mostrado relevante no que concerne ao processo de democratização da

educação pública do Estado do Tocantins.

Embora discorrido sobre a constituição da Associação de Apoio à Escola,

alguns desafios ainda precisam ser superados. Conforme afirma Paulo Freire,

Tudo o que a gente puder fazer no sentido de convocar os que vivem em torno da escola, e dentro da escola, no sentido de participarem, de tomarem um pouco o destino da escola na mão, também. Tudo o que a gente puder fazer nesse sentido é pouco ainda, considerando o trabalho imenso que se põe diante de nós que é o de assumir esse país democraticamente.

Nesse sentido, é preciso criar nos membros das comunidades escolar e

local, o sentimento de pertencimento à escola pública, de forma que as dificuldades

da escola, bem como os sucessos alcançados, possam ser sentidos e vivenciados

por todos. Para isso, é fundamental que todos os membros das Associações de

Apoio às Escolas, conheçam seu papel e reconheça sua função de associado,

perante o segmento que representa.

Sendo assim, torna-se fundamental e importante que seja criada, no

interior da escola, a cultura de estudo e formação continuada de todos os membros

da Associação, para que seja possibilitada a relação horizontalizada dos

participantes do grupo, facilitando a formação de um ambiente cooperativo,

dinâmico e participativo, em que não haja a subdivisão de poder, mas o

incitamento do indivíduo à discussão coletiva, sendo este o sujeito do processo e

não mero expectador da coletividade.

Como medida adotada para o fortalecimento da Associação de Apoio à

Escola, enquanto colegiado, cuja função básica e primordial é a de conhecer a

realidade escolar e indicar caminhos que levem à realidade desejada, a

Secretaria da Educação e Cultura do Tocantins, oferece capacitação a 447

conselheiros, à luz do Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos

Escolares e do Manual Orientador da Associação de Apoio à Escola, de forma a

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esclarecer quanto às funções e atribuições do Conselho Escolar/ Associação de

Apoio à Escola, bem como fortalecer a atuação desses conselheiros na gestão

escolar, com vistas à busca da democratização do poder no interior da escola. A

realização dessa ação de capacitação foi previsto no PAR – Plano de Ações

Articuladas e conta com o apoio do Ministério da Educação.

Para que o resultado da capacitação atinja os objetivos traçados, faz-se

necessário o apoio dos técnicos da Secretaria da Educação e Cultura e das

Diretorias Regionais de Ensino, dos gestores das escolas, a disseminação e a

socialização dos assuntos tematizados na capacitação aos demais membros da

Associação, para a promoção da cultura de auto-formação e da formação

continuada dos integrantes das Associações.

Todavia, para que os membros da Associação de Apoio à Escola

tenham a prática e a cultura do estudo e da formação, é preciso promover ampla

discussão no seio da escola acerca da democratização da gestão escolar, uma

vez que o poder de decisão e de ação na escola deve ser compartilhado com um

grupo e não mais centralizado nas mãos de uma pessoa. Esse, com certeza,

ainda constitui um grande desafio em nossas escolas.

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10 REFERÊNCIAS

ARAUJO, A. C. de. Gestão democrática da educação: a posição dos docentes. Brasília: 2000. BBE. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade de Brasília, 2000. Orientador: Profª Drª Regina Vinhaes Gracindo. Disponível em: http://www.inep.gov.br/pesquisa/bbe-online/pesq_result. Acesso em: 3 abr. 2009. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais no 1/92 a 53/2006 e pelas Emendas Constitucionais de Revisão no 1 a 6/94. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2007. ______. LDB. Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei no. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. D.O. U. de 23 de dezembro de 1996. ______. Lei no 10172/01- Plano Nacional de Educação. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 2 abr. 2003. ______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares. Conselhos escolares: uma estratégia de gestão democrática da educação pública. Brasília: MEC,SEB,2004. CONSED. Conselho Nacional de Secretários de Educação. Fortalecer o Conselho Escolar para melhorar a gestão democrática da escola. Gestão em Rede, n. 90, novembro de 2008. p. 17-19. OLIVEIRA, D. L. de; PEREIRA, F. A. Gestão democrática: um princípio possível. CONSED – Conselho Nacional de Secretários de Educação. Gestão em Rede, n. 71, agosto de 2006. p. 5. PARENTE, F. F. T. Uma atividade que requer ética e competência. CONSED – Conselho Nacional de Secretários de Educação. Gestão em Rede, n. 90, novembro de 2008. p.8-10. PARO, V. H. Gestão democrática da escola pública. São Paulo, Ática, 1997. ______. Escritos sobre educação. São Paulo, Xamã, 2001.

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TOCANTINS. Secretaria da Educação e Cultura do Estado do Tocantins. Orientações para as associações de apoio às escolas. 2. ed. Tocantins: SEDUC, 2006. ___________________________________________________________________

AUTORIA

Denise Lima de Oliveira – Pedagoga e Especialista em Gestão Escolar, pela Universidade Federal de Goiás – UFG. Atualmente é Coordenadora de Gestão Educacional da Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Tocantins. Secretaria da Educação e Cultura do Estado do Tocantins.

Endereço eletrônico: [email protected]