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ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ADVOGADOS · lebres frases de Lula, que disse que ... Juca Chaves e Tiririca, este último dizen-do: 'Pior do que tá não fica, vote Tiririca'. Pela parte

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Conselho Editorial: Álvaro Sérgio Weiler Junior, Anna Claudia de Vasconcellos, Carlos Castro, Davi Duarte, EstanislauLuciano de Oliveira, Fernando Abs da Cruz, Gisela Morone, Isabella Gomes Machado, Jair Mendes, Júlio Greve,Luciano Caixeta Amâncio, Marcelo Dutra Victor e Roberto Maia|Jornalista responsável: Mário Goulart Duarte(Reg. Prof. 4662) - E-mail: [email protected]. Projeto gráfico: Eduardo Furasté|Editoração eletrônica:José Roberto Vazquez Elmo|Capa e contracapa: Eduardo Furasté|Ilustrações: Ronaldo Selistre|Tiragem:1.100 exemplares| Impressão: Gráfica Pallotti|Periodicidade: Mensal.A ADVOCEF em Revista é distribuída aos advogados da CAIXA, a entidades associativas e a instituições de ensino ejurídicas.

Setembro | 20102

www.advocef.org.br – Discagem gratuita 0800.647.8899

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ADVOGADOSDA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

DIRETORIA EXECUTIVA 2010-2012Presidente: Carlos Alberto Regueira de Castro e Silva (Recife)Vice-Presidente: Anna Claudia de Vasconcellos (Florianópolis)1º Secretário: Luciano Caixeta Amâncio (Brasília)2º Secretário: Jair Oliveira Figueiredo Mendes (Salvador)1º Tesoureiro: Isabella Gomes Machado(Brasília)2º Tesoureiro: Estanislau Luciano de Oliveira (Brasília)Diretor de Articulação e Relacionamento Institucional:

Júlio Vitor Greve (Brasília)[email protected]

Diretor de Comunicação, Relacionamento Interno e Eventos:Roberto Maia (Porto Alegre)[email protected]

Diretor de Honorários Advocatícios:Álvaro Sérgio Weiler Junior (Porto Alegre)[email protected]

Diretor de Negociação Coletiva:Marcelo Dutra Victor (Belo Horizonte)[email protected]

Diretor de Prerrogativas:Pedro Jorge Santana Pereira (Recife)[email protected]

Diretor Jurídico:Fernando da Silva Abs da Cruz (Porto Alegre)[email protected]

Diretor Social:Elenise Peruzzo dos Santos (Porto Alegre)[email protected]

REPRESENTANTES REGIONAISBianco Souza Morelli (Aracaju)|Tânia Maria Trevisan (Bauru)|PatrickRuiz Lima (Belém)|Leandro Clementoni da Cunha (Belo Horizonte)|JúlioVitor Greve (Brasília)|Ricardo Tavares Baraviera (Brasília)|Lya RachelBasseto Vieira (Campinas)|Alfredo de Souza Briltes (Campo Grande)|Daniele Cristina das Neves (Cascavel)|Juel Prudêncio Borges (Cuiabá)|Susan Emily Iancoski Soeiro (Curitiba)|Edson Maciel Monteiro(Florianópolis)|Maria Rosa de Carvalho Leite Neta (Fortaleza)|Ivan SergioPorto Vaz (Goiânia)|Isaac Marques Catão (João Pessoa)|Rodrigo TrezzaBorges (Juiz de Fora)|Altair Rodrigues de Paula (Londrina)|DioclécioCavalcante Neto (Maceió)|Raimundo Anastácio Carvalho Dutra Filho(Manaus)|José Irajá de Almeida (Maringá)|Carlos Roberto de Araujo(Natal)|Daniel Burkle Ward (Niterói)|João Batista Gabbardo (NovoHamburgo)|Pablo Drum (Porto Alegre)|Bruno Ricardo Carvalho de Souza(Porto Velho)|Justiniano Dias da Silva Júnior (Recife)|Sandro EndrigoChiarotti (Ribeirão Preto)|Carlos Eduardo Leite Saboya (Rio deJaneiro)|Jair Oliveira Figueiredo Mendes (Salvador)|Fabio Radin (SantaMaria)|Antonio Carlos Origa Júnior (São José do Rio Preto)|FláviaElisabete Karrer (São José dos Campos)|Virginia Neusa Lima Cardoso(São Luís)|Roland Gomes Pinheiro da Silva (São Paulo)|Edvaldo MartinsViana Júnior (Teresina)|Tiago Neder Barroca (Uberaba)|Luciola PereiraVaconcelos (Uberlândia)|Angelo Ricardo Alves da Rocha (Vitória)|AldirGomes Selles (Volta Redonda)CONSELHO DELIBERATIVOMembros efetivos:Davi Duarte (Porto Alegre), Renato Luiz Harmi Hino(Curitiba), Alfredo Ambrósio Neto (Goiânia), Juliana Varella Barca deMiranda Porto (Brasília) e Elton Nobre de Oliveira (Rio de Janeiro).Membros suplentes: Antônio Xavier de Moraes Primo (Recife), FábioRomero de Souza Rangel (João Pessoa) e Jayme de Azevedo Lima(Curitiba).CONSELHO FISCALMembros efetivos: Gisela Ladeira Bizarra Morone (Brasília), RogérioRubim de Miranda Magalhães (Belo Horizonte) e Adonias Melo de Cordeiro(Fortaleza).Membros suplentes: Daniele Cristina Alaniz Macedo (São Paulo) eMelissa Santos Pinheiro Vassoler Silva (Porto Velho).Endereço em Brasília/DF:SBS, Quadra 2, Bloco Q, Lote 3, Sala 1410 | Edifício João CarlosSaad | CEP 70070-120 | Fone (61) 3224-3020E-mail: [email protected] | Auxiliar administrativo: PriscilaChristiane da Silva.Endereço em Porto Alegre/RS:Rua Siqueira Campos, 940 / 201 | Centro | CEP 90010-000Fones (51) 3286-5366 e (51) 3221-7936Auxiliares Administrativos: Lisandra de Andrade Pereira (Financeiro), RafaelMartins Dias (Secretaria) e Thatiane Vilabruna (Administrativo).

| Editorial

As opiniões publicadas são de responsabilidade de seus autores,não refletindo necessariamente o pensamento da ADVOCEF.

A edição que ora se abrepropõe-se a entremear lazer etrabalho, sem esquecer do pra-zer e esforço que podem serrecolhidos de ambos.

Numa matéria recheada dedepoimentos de advogados-atletas, a Advocef em Revistade setembro resgata a facetaao mesmo tempo esportiva elúdica que permeia as compe-tições e eventos de que parti-cipam os advogados da CAIXA.

Declarações de profissio-nais de todas as idades, en-volvidos em práticas esportivasas mais diversas, trazem umaleitura amena e nem por issomenos séria. Os entrevistadossão unânimes em referir a im-portância da atividade esporti-va, competitiva ou não, para odesenvolvimento sadio de pes-soas diuturnamente envoltasem situações de estresse e decansaço físico e mental.

Valores essenciais como aimportância da convivência eparticipação em grupo, a influ-ência de cada um para os re-sultados de uma equipe e osdesafios possíveis de seremsuperados pela via do esporteajudam-nos a vislumbrar umafaceta mais completa e precisados valores e competências denossos profissionais.

Pódios e tribunas

Direção ExecutivaDireção ExecutivaDireção ExecutivaDireção ExecutivaDireção Executivada ADVOCEFda ADVOCEFda ADVOCEFda ADVOCEFda ADVOCEF

A edição traz também umasérie de pequenas e fundamen-tais mensagens e notícias aosseus leitores.

Dicas e lembretes essenci-ais sobre rotinas e procedimen-tos em busca dos honorários,resgatando de modo permanen-te um tema que é caro a todoprofissional do Direito.

Um registro pesaroso daprematura despedida de umgrande colega advogado e as-sociado.

A boa notícia do aumentodo índice nacional de leitura,temperado com depoimentos degente da casa.

O anúncio celebrado naEmpresa, pois honra e orgulhaseus profissionais, da inclusãodo nome do diretor jurídico (li-cenciado) Antonio CarlosFerreira na lista sêxtupla parauma das vagas do Superior Tri-bunal de Justiça.

Compõem ainda a leituradesta edição uma crônicabem-humorada, tópicos de co-nhecimento obrigatório e atu-al, doutrina, jurisprudência enotas do meio jurídico, junta-mente com o já tradicionalencarte técnico.

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| Eleição

A graça da políticaDecisão do STF devolve à sociedade o direito de rir dos políticos

Chargistas, comediantes e humoristasem geral voltaram a focar no rádio e na tele-visão a vida e a obra dos candidatos da cam-panha eleitoral, com o direito recuperado deusar o deboche de praxe. Decisão do Supre-mo Tribunal Federal em 03/09/2010 con-firmou a liminar do ministro Carlos AyresBritto, de 26 de agosto, que suspendeu oinciso II do artigo 45 da Lei 9.504/1997.Enquanto alguns (ministros do STF, inclusi-ve) diziam que a sátira política nunca esteveproibida pela Lei Eleitoral - o que não pode éridicularizar os candidatos -, outros temiamque o humor pudesse ser usado como pro-paganda negativa contra os adversários. Avotação no Supremo deu seis votos a três.

De acordo com o ministro Ayres Britto, aliberdade de expressão é tão importante que

aparece nos arti-gos 5º e 220 daConstituição. Oprimeiro estabe-lece que é livre "aexpressão da ati-vidade intelectu-al, artística, cien-tífica e de comu-nicação, inde-pendentementede censura ou li-cença". O segun-do determina

que "nenhuma lei conterá dispositivo quepossa constituir embaraço à plena liberdadede informação jornalística em qualquer veí-culo de comunicação social".

"O riso e o humor são transformadores,são esclarecedores, e por isso são temidospelos defensores do poder", argumentou oministro Celso de Mello. "Os políticos têmmedo do humor porque é a forma mais con-tundente de colocar o dedo na ferida, é amaneira que mais expõe as atitudes con-denáveis", analisa o advogado FranciscoSpisla, da Exjur Londrina.

Trunfo democráticoPara o advogado Arcinélio Caldas, do

Jurídico de Campos de Goytacazes, a deci-são foi uma vitória da democracia. "Ao de-

fender o direito natural de satirizar e criar oriso na política, a nossa mais alta Corte deJustiça disponibilizou um trunfo para o jogodemocrático." Arcinélio salienta que o hu-mor é um bem inalienável do indivíduo, ecerceá-lo seria uma agressão à liberdade. Oadvogado fala em defesa própria, pois es-creve crônicas bem-humoradas sobre polí-tica (veja na página 19 um texto preparadoespecialmente para esta edição).

O advogado Francisco Spisla aponta duasrazões para o fato de os políticos terem legis-lado em causa própria. A primeira tem a vercom a censura: não querem que ninguém falemal deles. A segunda se refere à competên-cia. "Eles querem invadir o mercado doshumoristas sem estarem capacitados paraisso. É só ver as atuações deles nas diversascasas legislativas ou executivas e também nascampanhas em época de eleição para se vera quantidade absurda de humor capenga."

O ex-advogado da CAIXA Éder López, atu-almente na advocacia pública em Rio Grande(RS), diz que o humor na política é sadio esempre fez parte do jogo eleitoral. Lembra queos debates de 1989 não teriam sido os mes-

mos sem as cé-lebres frases deLula, que disseque Maluf é"competente"porque "compe-te, compete,mas nunca ga-nha". Éder citatambém os "cari-nhosos" apelidosque Brizola davaaos seus opo-nentes, chamando Lula de "sapo barbudo" eMaluf de "filhote de ditadura".

A liberação do humor, portanto, não preo-cupa Éder. "O que me preocupa é quando ohumor passa do ponto e o processo eleitoralvira bagunça, especialmente com os candi-datos-piada. Outro dia assisti pela TV a cabo apropaganda eleitoral de São Paulo. Em me-nos de três minutos, apareceram Mara Mara-vilha, Juca Chaves e Tiririca, este último dizen-do: 'Pior do que tá não fica, vote Tiririca'. Pelaparte da risada até que foi engraçado, masimagina se esses caras se elegem?"

Manifesto do palhaçoHá muita piada sem graça e de mau

gosto entre os políticos, denuncia o advo-gado Francisco Spisla. Ele menciona umfato ocorrido em 2004, quando o palhaçoXuxu (o ator paraibano Luiz Carlos Vascon-celos) foi ao Senado para ler um manifes-to, a propósito da regula-mentação da quantidadede vereadores e para re-clamar da "invasão" dossenadores no seu traba-lho. Leia um trecho:

"Senadores devemproduzir a felicidade dopovo através de leis jus-tas e magnânimas. Palha-ços devem produzir ale-gria para o povo atravésdo espelhamento do ridí-culo humano. Portanto,manuseamos substânci- |Francisco Spisla, com o palhaço Xuxu

as diferentes. Também temos naturezas di-ferentes. Senadores são políticos. É da suanatureza a habilidade e a astúcia no tratodas relações humanas, com vistas a obteros resultados desejados. Palhaços são ar-tistas. É da sua natureza a exposição de

sua verdade interior, comvistas a atingir as mentese corações humanos.

Esclarecidas as di-ferenças dos nossos ofí-cios, quero pedir aosexcelentíssimos sena-dores que não extra-polem os limites da suaárea de atuação inva-dindo a nossa. Ridículose engraçados somosnós, os palhaços, sena-dores devem ser sériose dignos."

|Arcinélio: trunfo para ademocracia

|Brizola: apelidoscarinhosos aos oponentes

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| Associação

| Projeto

Procurador deEmpresa PúblicaFederal deve seraprovado em con-curso público, pos-suir graduação emDireito e estar ins-crito na Ordem dosAdvogados do Brasil(OAB). Essas condi-ções estão defini-das no parágrafo único do artigo 1º do projetode lei elaborado pela ANPEPF (Associação Naci-onal dos Procuradores das Empresas PúblicasFederais) e entregue à ministra da Casa Civil,em junho de 2010. O presidente da ADVOCEF,Carlos Castro, e os diretores Júlio Greve eLuciano Caixeta receberam cópia do projeto emreunião realizada em Brasília, em 25 de agosto.

A redação do projeto teve a contribuição dasentidades associadas, como a ADVOCEF, repre-sentada por seu primeiro-secretário, LucianoCaixeta, que integra a Diretoria da ANPEPF. Opresidente desta entidade, Otávio Santos, ane-xou à minuta uma carta com o apoio do deputa-

Carreira em discussãoANPEPF encaminha projeto de lei à ministra da Casa Civil

do Pedro Wilson (PT/GO) e um documen-to em que mostra a"larga desvalorizaçãoque ainda, infeliz-mente, impregna anossa carreira".

O projeto foidiscutido na reu-nião de Diretoria daADVOCEF em 11 de

setembro, em Brasília. Após uma primeiraanálise, os diretores decidiram que vão en-caminhar sugestões, contemplando ques-tões próprias dos advogados da CAIXA. Entreelas, a garantia de que todos os profissio-nais da carreira jurídica da Empresa sejamcontemplados com a migração proposta, itemque não ficou claro na minuta.

O presidente da ANPEPF diz que o proje-to necessita do empenho de todos os procu-radores, "como, de forma notória, tem proce-dido a categórica ADVOCEF, maissedimentada e estruturada das associaçõesinternas".

Não há avanços na negociação entre aCAIXA e a CONTEC, a respeito do Dissídio Co-letivo 2010/2011. Na última reunião paratratar das questões específicas, ocorrida em9 de setembro, em São Paulo, foram rejeita-das todas as propostas da pauta de isonomiade direitos entre empregados antigos e no-vos. Os representantes patronais alegaramque a questão da isonomia agora era umaquestão para os poderes Executivo eLegislativo.

O presidente da ADVOCEF, Carlos Cas-tro, que participou da negociação como con-vidado-colaborador, fez um relato sobre o Pro-jeto de Lei 6259/2005, que dispõe sobre aisonomia salarial nas empresas estatais.Carlos Castro chamou a atenção da CONTEC,federações e sindicatos para a necessidadede se organizar um esforço concentrado noCongresso Nacional para a aprovação do pro-jeto, que tramita na Comissão de Finanças eTributação (CFT) da Câmara Federal.

Em 17 de agosto, o presidente daADVOCEF e o diretor de Articulação, Júlio Gre-ve, foram recebidos pelo relator do projeto,deputado federal Osmar Júnior (PCdoB/PI),que manifestou seu apoio à causa. O depu-tado comprometeu-se a encaminhar relató-rio à CFT, mesmo sabendo que vai enfrentara pressão contrária dos dirigentes das em-presas envolvidas e do próprio governo.

Os dirigentes da ADVOCEF orientam osassociados a remeterem e-mails para os de-putados integrantes da Comissão de Finan-ças da Câmara.

Em reunião da Diretoria Executiva daADVOCEF ocorrida em 11/09/2010, emBrasília, o presidente do ConselhoDeliberativo, Davi Duarte, empossou os no-vos diretores da entidade, que assumem emvirtude da saída dos titularesBruno Vanuzzi (Diretoria Ju-rídica) e Natanael Lobão Cruz(Negociação). Emconsequência, houve outrasalterações na composição daDiretoria. Marcelo DutraVictor troca a Diretoria Soci-al pela pasta de NegociaçãoColetiva, Fernando Abs daCruz (ex-Diretoria de Prerro-gativas) vai para a DiretoriaJurídica, Elenise Peruzzo dos Santos é a titu-lar da Diretoria Social e Pedro Jorge SantanaPereira é o novo diretor de Prerrogativas.

Na justif icativa ao ConselhoDeliberativo para a escolha dos nomes, opresidente da ADVOCEF destacou a afini-

CAIXA diz que o tema deveser tratado pelo Executivo

e Legislativo

Novos diretores na ADVOCEFdade dos advogados com os programas apro-vados pela categoria. Segundo Carlos Cas-tro, os profissionais já participaram de gru-pos de trabalhos, como representantes es-taduais e em organizações dos Congressos

da ADVOCEF. Além disso,foi mantida a mesma repre-sentatividade dos Estadosobtida nas eleições de maio.

Na reunião da Diretoriaforam tratados também, en-tre outros assuntos: sistema-tização das propostas para oEstatuto da ADVOCEF; estra-tégias na Negociação Coleti-va com a CAIXA; consolidaçãoda estrutura administrativa da

ADVOCEF em Brasília; atuação junto à CAIXA/EMGEA, para viabilizar acordo em processosjudiciais; obras jurídicas para marcar os 150anos da CAIXA.

O ex-diretor Natanael, presente na reu-nião, foi homenageado pela Diretoria.

|PL da ANPEPF: Luciano Caixeta, Otávio Santos,Carlos Castro e Júlio Greve

| Negociação

Isonomiafora da pauta

|Carlos Castro e Júlio Greve, com o deputadoOsmar Júnior (centro)

|Natanael: homenageado nareunião da Diretoria

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Antonio Carlos está na lista sêxtupla da OAB para o STJO diretor jurídico licenciado da

CAIXA, Antonio Carlos Ferreira, estáentre os 18 advogados escolhidospelo Conselho Federal da OAB, em12 de setembro, para disputar astrês vagas destinadas ao QuintoConstitucional no Superior Tribunalde Justiça. As três listas com seisnomes foram enviadas ao STJ em13 de setembro.

Feliz com o resultado, AntonioCarlos disse que é coerente com oque sempre pensou, pois entendeque a participação no Quinto Consti-tucional é importante para a CAIXA,ADVOCEF e advogados da Empresa.

O presidente da ADVOCEF, CarlosCastro, que participou ativamente dacampanha pela escolha do colega, retratao clima de uma "emocionante disputa, votoa voto, onde o resultado só foi definido coma abertura das cédulas dos conselheiros fe-derais da OAB do último Estado".

A luta continuaCastro destaca o trabalho de articula-

ção dos advogados da CAIXA de todo opaís, incluindo os que permaneceram comele durante o domingo, na sede do Con-selho Federal da OAB, em Brasília. "Lem-bro que a luta continua e agora é paragarantir a inclusão do nosso associadoAntonio Carlos na lista tríplice do STJ queserá encaminhada à Presidência da Re-pública."

O conselheiro estadual da OAB/SP,Luiz Eduardo de Moura, que acompanhoua ADVOCEF durante todo o processo deescolha dos candidatos, endossa a afir-mação de Carlos Castro, ressaltando a im-portância da articulação dos advogadosda CAIXA para garantir a inclusão de Anto-nio Carlos na lista tríplice do STJ.

O advogado Davi Duarte, ex-presiden-te da ADVOCEF, também presente na vo-tação no Conselho Federal da OAB, co-menta: "Pudemos perceber que tanto abanca examinadora quanto os conselhei-ros federais demonstraram, ainda quesutilmente, uma preferência por candida-

tos dedicados exclusivamente à advoca-cia, de forma autônoma. Outro fator im-portante para a escolha é a efetiva pres-tação de serviços à OAB, seja em seusConselhos ou Comissões, posto que des-se trabalho resulta a grandeza da institui-ção e decorrem o respeito à profissão eàs garantias para exercê-la".

Segundo a revista Consultor Jurídico,o comentário geral após a sabatina dos

Atuação da ADVOCEFAntonio Carlos Ferreira, diretor jurídico licenciado da CAIXAAntonio Carlos Ferreira, diretor jurídico licenciado da CAIXAAntonio Carlos Ferreira, diretor jurídico licenciado da CAIXAAntonio Carlos Ferreira, diretor jurídico licenciado da CAIXAAntonio Carlos Ferreira, diretor jurídico licenciado da CAIXA

"A participação de advoga-dos da CAIXA em processosseletivos do Quinto Constitu-cional contribui para o reco-nhecimento da excelência daqualificação técnica dos advo-gados da Empresa.

A receptividade da candi-datura é ampliada quando aADVOCEF, com o peso de suarepresentação, atesta juntoaos Conselheiros Federais eàs Seccionais da OAB de todo o País ocompromisso do candidato com a éti-ca, a moralidade e com a defesa dasprerrogativas profissionais.

41 candidatos foi de que destavez não haverá rejeição por par-te do STJ, "já que não há dúvidassobre a qualificação e a reconhe-cida experiência jurídica dos es-colhidos".

Seguem, abaixo, as três lis-tas formadas pelo Conselho Fe-deral da OAB.

Lista 1:Lista 1:Lista 1:Lista 1:Lista 1: Edson Vieira Abdala(PR), Carlos Alberto Menezes(SE), Márcio Kayatt (SP), Alexan-dre Honoré Marie Thiollier Filho(SP), Ovídio Martins de Araújo(GO) e Antonio Carlos Ferreira(SP).

Lista 2:Lista 2:Lista 2:Lista 2:Lista 2: Fábio Costa Ferrariode Almeida (AL), Rodrigo Lins e

Silva Cândido de Oliveira (RJ), AnielloMiranda Aufiero (AM), Sebastião Alves dosReis Junior (DF), Rogério Magnus VarelaGonçalves (PB) e Alde da Costa SantosJúnior (DF).

Lista 3:Lista 3:Lista 3:Lista 3:Lista 3: Bruno Espiñeira Lemos (BA),Reynaldo Andrade da Silveira (PA), MárioRoberto Pereira de Araújo (PI), ElarminMiranda (MT), Esdras Dantas de Souza(DF) e Ricardo Villas Bôas Cueva (SP).

No caso de minha candi-datura, os colegas advogadose a Diretoria da ADVOCEF tive-ram atuação impecável juntoaos Conselheiros Federais eas Seccionais da OAB.

A ADVOCEF cresce e se revi-gora a cada dia e essa caracte-rística se revela quanto maior foro desafio. Sua força ficou maisuma vez evidente graças àmobilização de seus associados.

Agradeço a todos e espero continu-ar merecendo o apoio e a torcida devocês para as próximas fases do pro-cesso."

| Quinto Constitucional

Mais uma etapa

|Ophir Cavalcante entrega lista da OAB a Ari Pargendler, do STJ

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| Honorários

Advogado dá sugestões para incrementar a recuperação de crédito

Ferramentas legaisTodos os mecanismos para a obten-

ção de informações sobre a existência debens do devedor devem ser utilizados notrabalho de recuperação de créditos daCAIXA. A defesa é do ex-diretor daADVOCEF e integrante do GT Honoráriosdo Jurídico de Porto Alegre, MarceloQuevedo do Amaral. Empenhado em di-vulgar as melhores práticas nessa ativi-dade, o advogado lembra que a eficiênciados procedimentos de recuperação decrédito tem reflexo direto na arrecadaçãode honorários.

Marcelo considera indispensável ouso de sistemas como o Bacenjud,Renajud e Infojud. "A jurisprudência hámuito vem afastando a necessidade doesgotamento de outras diligências parautilização desses sistemas, que foram cri-ados justamente para simplificar e agilizara obtenção de informações sobre os bensdo devedor", afirma.

Confira alguns julgados do TribunalRegional Federal da 4ª Região sobre otema, comentados por Marcelo Quevedo.

O que diz a Justiça

EMENTA: TRIBUTÁRIO. AGRAVO DE INS-TRUMENTO. BACENJUD. REQUISITOS

PARA O DEFERIMENTO. 1. Tendo emvista a atual jurisprudência do e. STJ,não mais se exige do credor a com-provação do esgotamento das dili-gências em busca de bens que ga-rantam a execução. 2. Segundo estanova orientação jurisprudencial, apenhora online deve ser mantidasempre que necessária à efetividadeda execução. 2. Agravo desprovido.(TRF4, AG 2009.04.00.032559-7,Segunda Turma, Relatora Vânia Hackde Almeida, D.E. 14/10/2009)

Marcelo Quevedo do Amaral:Marcelo Quevedo do Amaral:Marcelo Quevedo do Amaral:Marcelo Quevedo do Amaral:Marcelo Quevedo do Amaral:"Assim, não sendo nomeados bens à

penhora pelo executado ou havendo no-meação insatisfatória, é possível àexequente requerer imediatamente a uti-lização do Bacenjud, simplesmente por-que é meio para viabilizar a penhora denumerário na forma do art. 655, § 6º, doCPC.

Da mesma forma, cabe a utilizaçãodo Infojud e do Renajud. O Renajud (Siste-ma de Restrição Judicial de Veículos), porexemplo, é uma ferramenta que permitea comunicação eletrônica entre o PoderJudiciário e o Departamento Nacional deTrânsito (Denatran), possibilitando consul-tas e o envio, em tempo real, de ordensjudiciais eletrônicas de restrição de veí-culos automotores na base de dados doRegistro Nacional de Veículos Automo-tores (Renavam).

A busca através do Renajud revela uti-lidade mesmo que já tenha sido empre-endida consulta à base de dados doDetran Estadual, uma vez que o sistemaviabiliza a pesquisa e imediato bloqueiode veículos em todo o território nacional,impedindo que os bens sejam transferi-dos a terceiros, com evidente prejuízo aocrédito em execução.

Com esse entendimento, o TribunalRegional Federal da 4.ª Região tem afir-mado reiteradamente a viabilidade dautilização dos sistemas sem o esgotamen-to de outros meios possíveis à localiza-ção de bens do executado:"

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL EXECU-ÇÃO FISCAL. UTILIZAÇÃO DO SISTEMAINFOJUD E RENAJUD. ESGOTAMENTODE DILIGÊNCIAS NA BUSCA DE BENSPENHORÁVEIS. DESNECESSIDADE. Éimpositiva a obediência à ordem depreferência estabelecida no artigo 11da Lei nº 6.830/1980, que indica odinheiro como o primeiro bem a serobjeto de penhora. Citado o devedore não tendo este indicado bens à pe-nhora é cabível a utilização doINFOJUD e do BACENJUD, nos termosdo arts. 10, da LEF, 185 -A, do CTN,600, IV e 655, I, do CPC. (TRF4, AG2009.04.00.026945-4, SegundaTurma, Relatora Luciane AmaralCorrêa Münch, D.E. 28/10/2009.)

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO.EXECUÇÃO FISCAL. ACESSO AO SISTE-MA BACENJUD. ART. 655, § 6º, DO CPC.LEI N.º 11.382/06. AUSÊNCIA DEBENS NOMEADOS À PENHORA. VIABI-LIDADE DO BLOQUEIO. UTILIZAÇÃODOS SISTEMAS INFOJUD E RENAJUD.AGRAVO PROVIDO. 1. Após as altera-ções introduzidas no Código de Pro-cesso Civil pela Lei 11.382/06, revi-sou-se o entendimento acerca daadmissibilidade da utilização do sis-

|Marcelo: a eficiência reflete nos honorários

|Desemb. Luciane: é cabível o uso doInfojud e do Bacenjud

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tema BACEN-JUD somente na hipó-tese de o exequente já ter esgotadotodos os meios possíveis à localiza-ção de bens do executado, qualifi-cando, também, como atentatório àdignidade da Justiça o ato do exe-cutado que intimado, não indica aojuiz quais são e onde se encontramos bens sujeitos à penhora e os res-pectivos valores. 2. A nova redaçãodo art. 655 do CPC retira da utiliza-ção do BACENJUD seu caráter ex-cepcional, na medida em que ele éo meio por excelência para acessaros depósitos ou aplicações em ins-tituições financeiras, que, por suavez, se encontram em primeiro lu-gar na ordem de preferência dosbens penhoráveis. 3. Não sendo no-

meados bens à penhora pelo exe-cutado ou havendo nomeaçãoinsatisfatória, é possível à União re-querer imediatamente a utilizaçãodo BACENJUD, na forma do art. 655,§ 6º, do CPC. 4. Quanto a consultaao INFOJUD e ao RENAJUD, tem-seque as mudanças na legislação pro-cessual introduziram mecanismosde favorecimento ao exeqüente, for-talecendo o princípio do resultadode que trata o art. 612 do CPC. 5.No caso, resta autorizada a utiliza-ção dos sistemas INFOJUD eRENAJUD, pelo exequente, bemcomo a penhora on line. (TRF4, AG2009.04.00.030283-4, SegundaTurma, Relator Otávio Rober toPamplona, D.E. 04/11/2009.)

| Artigo

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Poupança: obscuridade no STJ,suspensões no STF

Na sessão de julgamento realizadano último dia 25 de agosto, o SuperiorTribunal de Justiça pretendeu uniformi-zar, por meio da sua 2ª Seção (DireitoPrivado), o entendimento acerca dospercentuais de correção monetária quedeveriam incidir nos saldos das cader-netas de poupança durante os PlanosEconômicos Bresser, Verão, Collor 1 eCollor 2. Não obstante alertados peloMin. Noronha, que lembrou o fato de oSupremo Tribunal Federal poder suspen-der, a qualquer momento, os processosda poupança, os demais Ministros deci-diram por julgar os dois recursos espe-ciais "repetitivos".

Após as sustentações orais, o Min.Relator Sidnei Beneti apresentou umvoto extenso (70 laudas) e obscuro, vis-to que o dispositivo, além de trocar ospercentuais, parecia contrariar a própriafundamentação, que afastava o IPC nos

Carlos Chiossi (*)

meses de abril e maio de 90 e dava pro-vimento parcial ao recurso da CAIXA. Nasequência, houve divergência apenas daMin. Isabel Gallotti, que votou pela apli-cação do IPC no Plano Collor 1 e pelaaplicação da TR no Plano Collor 2, e doMin. Noronha, que votou pela aplicaçãodaquilo que fora determinado nos refe-ridos Planos. Finalizado o julgamento,

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL EXECU-ÇÃO FISCAL. UTILIZAÇÃO DO SISTE-MA INFOJUD E RENAJUD. ESGOTA-MENTO DE DILIGÊNCIAS NA BUSCADE BENS PENHORÁVEIS. DESNE-CESSIDADE. É impositiva a obediên-cia à ordem de preferência estabe-lec ida no art igo 11 da Lei nº6.830/1980, que indica o dinhei-ro como o primeiro bem a ser obje-to de penhora. Citado o devedor enão tendo este indicado bens à pe-nhora é cabível a utilização doINFOJUD e do BACENJUD, nos ter-mos do arts. 10, da LEF, 185 -A, doCTN, 600, IV e 655, I, do CPC. (TRF4,AG 2009.04.00.026945-4, Segun-da Turma, Relatora Luciane AmaralCorrêa Münch, D.E. 28/10/2009.)

os presentes retiraram-se da sessãocom uma certeza: o acórdão seria obje-to de embargos de declaração.

Dois dias depois, enquanto debatia-se o resultado do julgamento, a previ-são do Min. Noronha foi concretizada e,por meio de decisão do Min. Toffoli, oSTF suspendeu a tramitação de todosos recursos que tratassem dos PlanosBresser, Verão e Collor 1, ressalvandoas ações que ainda tramitavam em pri-meira instância e as que já estavam emfase de execução. Cinco dias depois, foia vez do Min. Gilmar Mendes suspendertodos os julgamentos de mérito acercado Plano Collor 2, ressalvando apenasas execuções (AI 754745/SP).

A GEATS/DIJUR acompanha o caso.

(*) Advogado da CAIXA em(*) Advogado da CAIXA em(*) Advogado da CAIXA em(*) Advogado da CAIXA em(*) Advogado da CAIXA emBrasíl ia/DFBrasíl ia/DFBrasíl ia/DFBrasíl ia/DFBrasíl ia/DF. É gerent. É gerent. É gerent. É gerent. É gerente ee ee ee ee exxxxxecutivecutivecutivecutivecutivoooooda GEAda GEAda GEAda GEAda GEATTTTTS (TS (TS (TS (TS (Tribunais Superiores).ribunais Superiores).ribunais Superiores).ribunais Superiores).ribunais Superiores).

|Ministro Sidnei Beneti: um voto de 70 laudas

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Setembro | 20108

| Cultura

Em dez anos, leitura passou de 1,8 para 4,7 livros por ano

Brasileiros leem maisPesquisa encomendada pela Câmara

Brasileira do Livro revela que a leitura au-mentou 150% no Brasil nos últimos dez anos.Passou de 1,8 livro por ano, em média, para4,7. É ainda muito pouco se comparado compaíses desenvolvidos, diz a presidente doSindicato Nacional dos Editores de Livros(SNEL), Sônia Jardim, considerando que oíndice inclui os livros didáticos, de leitura obri-gatória. Mesmo assim, o número é bem su-perior ao que constou em levantamento di-vulgado no mês passado, sem fonte precisa,de apenas 1,9 livro por ano.

A Pesquisa de Produção e Vendas doSetor Editorial, realizada pela Fipe (Funda-ção Instituto de Pesquisas Econômicas),mostrou que o número de obras publicadasaumentou 13,5% de 2008 para 2009. Ou-tro levantamento, da Associação Nacionalde Livrarias (ANL), revela que existem hoje2.980 livrarias no país - uma para cada64.255 habitantes. É menos do que idealizaa Unesco, de haver no mínimo uma livrariapara cada 10 mil habitantes.

O advogado Roberto Carlos Martins Pi-res, do Jurídico do Rio de Janeiro, já pressen-

tia boas notícias nessa área, pois nota queas escolas têm exigido mais leitura. "Eu mes-mo tenho por hábito comprar livros comfrequência para minha filha e ler com elaalguns", diz.

A atração por livros se obtém na infân-cia, acredita o advogado Volnir CardosoAragão, do Jurídico de Porto Alegre. Ele temexemplos na família, as filhas de 16 e 12anos, que leem cerca de dois livros por mês,seja por exigência escolar ou por puro inte-resse.

Dicas de livrosHá pouco, Volnir terminou de ler "Cria-

ção", de Gore Vidal, e por necessidade espe-cial já começou, com a esposa, a leitura de"Criando Filhos Felizes", de Jan Parker e JanStimpson. "Embora tenha filhos do primeirocasamento, sempre há o que aprender e oque revisar em face da maternidade e pater-nidade", explica ele.

Sabendo que para livros, assim comopara filmes e vinhos, cada um tem seu gostoparticular, Volnir arrisca recomendar "1808",de Laurentino Gomes, para quem gosta deHistória. O advogado brinca, "indicando" aleitura do seu livro "Intervenção de Terceirosna Execução e Outras Questões Controverti-

das", que publicou pela Editora Notadez em2005. Mas reconhece que ele próprio fazconstantes consultas ao volume.

Na advocacia há cada vez mais necessi-dade de atualização, lembra Volnir, sugerindoa releitura de clássicos do Processo Civil, comoBarbosa Moreira, Ovídio Batista, Araken deAssis e Ernane Fidélis dos Santos. Para os quepreferem autores mais modernos, mencionaas coleções de Cassio Scarpinella Bueno, LuizRodrigues Wambier, Luiz Guilherme Marinonie Fredie Didier Jr., que contribuem até hojepara a sua formação de advogado.

Já o advogado Roberto Pires lê atualmen-te "Problemas de Direito Intertemporal noCódigo Civil", de Mário Luiz Delgado, e"Candlestick Charting Explained", de GregoryL. Morris, que analisa a Bolsa de Valores. Naárea do Direito, Roberto sugere qualquer títu-lo de Alexandre Freitas Câmara, que consi-dera um dos melhores autores de ProcessoCivil.

O livroO livro é um marco da tecnologia:

não tem circuitos eletrônicos, nem ca-bos, e não necessita de conexão oubateria. Não trava e não precisa serreiniciado nunca. Pode ser usado pelotempo que for necessário e é totalmen-te ecológico (já que é 100% reciclável).E ainda vem junto um acessório extra-ordinário, um marca-página que permi-te ao usuário retornar, sempre que de-sejar, ao lugar exato onde parou.

(Fonte: Revista do Observatóriodo Livro e da Leitura.)

Leitura jurídicaVolnir Cardoso Aragão,Volnir Cardoso Aragão,Volnir Cardoso Aragão,Volnir Cardoso Aragão,Volnir Cardoso Aragão,

do Jurídico de Porto Alegredo Jurídico de Porto Alegredo Jurídico de Porto Alegredo Jurídico de Porto Alegredo Jurídico de Porto Alegre"A massificação dos processos e dos

procedimentos, em especial no Jurídicoda CAIXA, o fácil acesso à internet e adificuldade em se manter uma boa bibli-oteca jurídica, acarretam inevitavelmen-te uma queda na qualidade dos serviçosprestados pelos advogados, que pode-ria ser minimizado pelo estudo e pelaleitura de obras jurídicas.

Cada vez mais se nota a ausênciade doutrina nas peças jurídicas e issocertamente é diretamente proporcionalà ausência de leitura e estudo das maté-rias pelos advo-gados, preocu-pados muitomais em mera-mente atenderaos prazos desuas deman-das do que coma qualidade naelaboração daspeças."

|"1808": um dos mais vendidos

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Setembro | 2010 9

Das pessoas que tiveram a oportunida-de e satisfação de conhecer o Gerson, talvez,no Jurídico, eu esteja entre aquelas que maiscompartilharam momentos em sua jornadaneste mundo. Crescemos juntos, realmentemuito próximos, como irmãos. Na infância,em nossa cidade natal (Ponta Grossa/PR),brincávamos praticamente todos os dias.Foram momentos inesquecíveis, como aque-le em que, na chácara de nossos avós, aonos depararmos com um cavalo que haviaultrapassado a cerca divisória, tivemos a in-feliz ideia de laçá-lo e montá-lo. Depois demuito esforço, quando finalmente consegui-mos segurá-lo, decidimos por sorteio quemiria dar a primeira cavalgada, o que se dariasem nenhum apetrecho próprio, apenas no"pelo", como se diz. Tive a honra de ser oprimeiro. Assim que uma das pernas ultra-passou o dorso, o animal saiu a dar pinotes,feito louco. Sem ter como controlar a situa-ção, a única saída foi escolher o local maisapropriado - entenda-se: aquele que tivesseuma vegetação mais fofa - para me atirar. Acena foi hilária. Ao olhar para trás, eis que oGerson também estava a dar pulos, só quede tanto dar gargalhadas. Sempre lembráva-

| Depoimento

Marcelo Rogério Martins (*)

Amigo, líder e exemplo

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Advogados prestam as últimas homenagens ao colega falecido

| Luto

Adeus a Gerson

mos dessa e de outras travessuras com sau-dades.

Na idade adulta, já como advogados daCAIXA (aprovados no mesmo concurso), de-pois de rodar esse Brasil (ele, Macapá, Belém,Recife, Brasília; eu, Cuiabá, Brasília), acaba-mos por conviver novamente no Jurídico deCuritiba. Ali percebi o grande profissional quehavia se tornado. Como coordenador da áreatrabalhista e de feitos relevantes, da qualfaço parte, ele não media esforços para ori-entar e auxiliar seus colegas de trabalho.Estava sempre pronto a ouvir, o que, às ve-zes, chegava até a retardar o andamento desuas próprias atividades, pelo grande núme-ro de colegas que o procuravam, muitos embusca de algum aconselhamento. Leal e so-lidário, chamava para si a responsabilidadenas situações mais complexas. Não deixavaaquele que estava sob a sua coordenaçãose sentir desamparado. Com mansidão, acal-mava os mais desesperados, demonstran-do que o bicho não era tão feio quanto pare-cia. Tinha o reconhecimento e respeito nãosó dos advogados que liderava, mas igual-mente de todo o pessoal do apoio. Enfim,era um líder nato!

Na vida pessoal, chamava a atenção suadedicação incondicional à família. Fui teste-munha de seu amor pela esposa e filhos.Como pai, procurava aplicar com exatidãoos conselhos da Bíblia: "ensina a criança nocaminho em que deve andar, e, ainda quan-do for velho, não se desviará dele." (Provérbi-os 22:6). Essa era sua grande preocupação.Tenho absoluta certeza de que sua falta serásentida por todos que tiveram a oportunida-de de conhecê-lo. Creio que, assim como eu,essas pessoas ainda estão a se perguntar seseria mesmo verdade sua partida tão pre-matura. Difícil de aceitar.

Se fosse possível resumir essa convivên-cia e trajetória, diria o seguinte: na infância,um grande amigo, irmão e companheiro paratodas as horas; na idade adulta, como profis-sional, um líder respeitado; como pai de fa-mília, um exemplo a ser seguido.

(*) Advogado da CAIXA em Curitiba/(*) Advogado da CAIXA em Curitiba/(*) Advogado da CAIXA em Curitiba/(*) Advogado da CAIXA em Curitiba/(*) Advogado da CAIXA em Curitiba/PR, primo de Gerson Schwab.PR, primo de Gerson Schwab.PR, primo de Gerson Schwab.PR, primo de Gerson Schwab.PR, primo de Gerson Schwab.

Faleceu em Curitiba, em 29/08/2010, o advogado Gerson Schwab. Admiti-do na CAIXA em 30/10/1989, atuavacomo advogado desde 1992. Estava emCuritiba desde 2000, onde foi coordena-dor jurídico e era substituto eventual deGerente do Jurídico. A notícia surpreendeue consternou colegas e amigos. O presiden-te da ADVOCEF, Carlos Castro, transmitiusuas condolências aos familiares e cole-gas do advogado, oferecendo o apoio daentidade para o que fosse necessário.

O advogado Jose Irajá de Almeida, daExjur Maringá, disse que o colega, amigo econtemporâneo de faculdade foi figuranotável, que ganhou admiração por ondepassou. "Com certeza o seu nome ficará

para sempre associado a grandes realiza-ções na Empresa e no meio social em queviveu."

O advogado Alaim Stefanello disse quenão sabia como falar da partida precocedo companheiro do Jurídico de Curitiba,"um excelente colega, grande profissional,gestor por excelência, um ser humano degrande bondade e compaixão". Alaim con-tou que disse a Gerson, certa vez, que eleera um grande executivo do Direito, poistinha muitas competências que lhe permi-tiam tomar decisões com qualidade e emmenos tempo que os seus pares. "Farámuita falta para todos nós."

O advogado Ricardo Siqueira registrouo pesar em nome do Jurídico de Recife.

"Nós todos guardaremos na lembrança oser humano verdadeiramente gente, ale-gre e solidário, que encantava os colegas etransmitia muita calma e paz."

Gerson Schwab nasceu em Ponta Gros-sa (PR), em 06/06/1967. Deixa a esposa,Adriane, e os filhos Amanda e Murilo.

|Gerson: em 11 de agosto,Dia do Advogado, em almoço comemorativo

com os colegas, em Curitiba

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Setembro | 201010

| Esporte

Disputa esportiva integra profissionais de todo o país

Advogados no pódioO advogado André Justi

viveu um momentoinesquecível no dia 14de agosto de 2010,em Fortaleza. Coubea ele prestar o jura-mento do atleta naabertura da 9ª edi-ção dos Jogos daFenae, que reuniu este ano2.300 competidores em diver-sas provas esportivas. A cerimônia, emum ginásio lotado do Náutico AtléticoCeará, foi "emocionante e gratificante", se-gundo André, que participa da competiçãodesde 2004, já ganhou duas medalhas deouro e, neste ano, conquistou uma de prata,todas na modalidade nado de costas, 50m,categoria absoluto (até 40 anos).

Os Jogos da Fenae, criados em 1987,reúnem atletas filiados às APCEF do país,que disputam sua vaga de forma intercala-da, em âmbito regional e nacional, um anocada um. A luta pela classificação é dura,garante o atleta Justiniano Junior, advogadode Recife. "Mas compensa. Há grandeintegração entre os funcionários de todo opaís, além da possibilidade de conhecermosoutros locais do Brasil, com baixo custo."

Cerca de quinze profissionais do Jurídi-co da CAIXA participaram do evento este ano,no clima descrito por Justiniano. "Deixamosde ser advogados, engenheiros, gerentes, téc-nicos bancários, para ser atletas que, com-petindo da melhor maneira possível, dão omáximo para atingir o auge esportivo." Tãologo entrou na CAIXA, em 2003, Justinianose associou à APCEF/PE para concorrer. Gos-ta tanto de esporte que os amigos questio-

nam por que,em vez de Di-reito, não cur-sou EducaçãoFísica.

Ele informa que neste ano Pernambuconão se saiu muito bem, ao contrário dos doisúltimos jogos nacionais. "Porém, nos regio-nais temos conquistado bons resultados", res-salva. Já competiu também em surf, tênis decampo, xadrez, capoeira, entre outras práti-cas. Atualmente disputa o campeonato ban-cário pernambucano de futebol, pela APCEF,e está em dois campeonatos de kart.

Apesar de algumas "lesões de percur-so", Justiniano diz que nada supera o prazerda prática esportiva. "Além de nos tornar maissaudáveis, faz com que conheçamos pesso-as dos mais diferentes lugares e característi-cas, abrindo as mais diversas portas."

Dias mais felizesO advogado Augusto Cruz Souza, da Exjur

Rio Branco, que estreou este ano, em nata-ção máster, pretende continuar nos próximosanos, pois sente falta de uma atividade disci-plinada. "Esses jogos serviram para desper-tar ainda mais essa necessidade, não só peloganho em saúde física, como pela aproxima-ção com os colegas de trabalho."

A advogada Bianca Crestani, da ExjurNovo Hamburgo, também destaca a oportu-nidade de conhecer colegas de diversos Es-tados. Nesta primeira participação na fasenacional, ela conseguiu uma quarta coloca-ção na rústica 10 km. Competiu também novoleibol, pela equipe gaúcha. Em Porto Ale-gre, faz parte do Clube de Corrida e mantém,nas rústicas, a quilometragem média de 10km. Filha de professores de Educação Físi-ca, foi criada entre eventos esportivos. Tam-

bém faz musculação e,neste mês de setembro,

pretende experimen-tar o remo. "A práticaesportiva, tanto no âm-bito particular, quantono profissional, alivia o

estresse diário, melho-ra o meu humor e a mi-

nha disposição para enfren-tar o cotidiano", diz Bianca.

Para a advogada Renata Fialho,de São Luís (MA), participar do evento é

resgatar o espírito esportivo que havia per-dido desde a época da escola. "Não imagi-

nei que nesta fase da vida poderia me dar oprazer de praticar um esporte coletivo comregularidade e ainda por cima apoiada pelaminha Empresa. Apesar de ocorrerem ape-nas uma vez por ano, os jogos refletem nanossa vida o ano inteiro, pois a cada anoqueremos superar o anterior e treinamos ain-da mais."

Renata passa o ano treinando, motiva-da pelos jogos. Ganhou amigas no time devôlei, que tornam o trabalho diário mais leve."No último ano treinamos em média duasvezes por semana e ainda participamos deamistosos com times de outras empresas.Os dias em que tem treino são sempre osmais felizes, pois sabemos que ao sair dotrabalho vamos relaxar, fazendo uma coisa

Valores de equipeCristiano TCristiano TCristiano TCristiano TCristiano Teixeixeixeixeixeira Peira Peira Peira Peira Passos, advassos, advassos, advassos, advassos, advoga-oga-oga-oga-oga-

do da CAIXA em Vitória (ES)do da CAIXA em Vitória (ES)do da CAIXA em Vitória (ES)do da CAIXA em Vitória (ES)do da CAIXA em Vitória (ES)"A prática espor-

tiva não só promovea saúde física, mastambém nos ensinaa conviver de formadescontraída, solidá-ria e participativa, as-similando valorescomo lealdade, tra-balho em equipe, es-forço conjunto embusca de objetivoscomuns, respeito aregras, etc."

|Justiniano:bonsresultadosnos regionais

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que amamos fazer." Outro aspecto interes-sante, diz ela, é que nos jogos passa a co-nhecer muitos colegas que só contatava portelefone.

Sem prazos e juízesO advogado Marx Teixeira Segundo, de

Fortaleza, encara a atividade física como fon-te de saúde, que ajuda a combater o estressegerado no dia a dia. Ele participou na nata-ção, em provas de 50m livre, 50m borboletae de revezamento 4x50m livre. Estreante,ficou impressionado com a quantidade departicipantes. Na adolescência participou decampeonatos estaduais e regionais de nata-ção e jogava futebol de salão na escola.

"Os jogos são uma festa de integração",define o advogado Laert Nascimento Araujo,de Aracaju. Ele participou da equipe de fute-bol society livre e "os resultados foram de-sastrosos", revela. "Mas valeu pela participa-ção e pelo encontro com colegas de todo oBrasil." Participar dos jogos, para ele, signifi-ca interromper a rotina por um tempo, a fa-vor do lazer e do bem estar. "As competiçõessão levadas a sério por todos, que semprequerem ganhar, mas todos se integram nasatividades sociais, desenvolvidas em para-lelo, estreitando amizades, construindo ou-tras novas."

Laert já competiu em tênis de campo evôlei, entre outras modalidades. "Tudo come-çou na infância, com as competições de bola

de gude e de cuspe à dis-tância", conta, bem-humorado. Está sempreem movimento: "Jogo bi-lhar, frescobol, dominó,cartas, jogos de tabuleiro,Lotofácil, Lotomania,Mega-Sena..." Mas gostamesmo é de futebol, quepratica três vezes por se-mana. Tudo isso represen-ta "oxigênio para o corpoe orgasmo para a mente".Ainda mais que consideraa advocacia uma das ati-vidades mais estressantes, sendo "neces-sário que, ao menos por um momento, agente esqueça os processos, os prazos, osjuízes..."

Válvula de escapeOs participantes dos Jogos buscam, to-

dos, saúde física e mental, explica o advo-gado Cristiano Teixeira Passos, de Vitória.Concorrente desde que entrou na CAIXA, em2003, ele considera a atividade desportivauma válvula de escape para as tensões acu-muladas no cotidiano. Graduado em Educa-ção Física pela UFMG, foi professor até2000, antes de optar pelo Direito. Tem aambição de influenciar mais colegas a prati-car esportes, para usufruírem uma vida commelhor qualidade.

Cristiano já competiu em natação, atle-tismo, basquetebol e vôlei. Em 2009, no atle-tismo, ganhou uma medalha de ouro nos400m rasos e uma de prata nos 200m ra-sos. No mesmo ano, na natação, ganhouduas de ouro (50m borboleta e 50m peito)e uma de prata (50m costas). Em 2010,com pouco tempo para treinar, obteve umamedalha de bronze nos 50m borboleta. Dis-puta ainda outras competições de nataçãomáster, corridas rústicas e campeonatos defutebol da APCEF/ES.

André Justi, o atletado juramento, conside-ra os Jogos uma experi-ência enriquecedora erecomenda a todos. Suaprimeira impressão aoparticipar em 2004, re-cém admitido na CAIXA,foi que o evento era ver-dadeiramente um gran-de processo de inte-gração. "Foi quando en-tendi melhor a dimen-são desta Empresa, da

sua vasta atuação e da sua diversidade depessoas."

André pratica natação desde os noveanos, quando acompanhava o irmão em umtratamento asmático. Só deu uma paradaaos 19, para atividades acadêmicas,retornando aos 29. Participa de outras com-petições de natação no Ceará e é tambémcorredor, frequentando eventos como a Cor-rida da CAIXA, do Pão de Açúcar e de Fortale-za. Faz ques-tão de falar daimportânciado incentivodado pelosgestores, libe-

rando os atletas para os jogos, pois seriainviável cada empregado compensar a jor-nada ou tirar férias para participar do evento.

Estiveram também nos jogos deste anoos advogados Luciane Finger Balico (Caxiasdo Sul), Carlos André Canuto de Araujo eDioclécio Cavalcante de Melo Neto (Maceió),Myerson Leandro da Costa e Kildere de Limae Silva (Natal), Carolinne Engel (Porto Alegre),Eurico Soares Montenegro Neto e CláudiaElisa Teixeira (Porto Velho), Carlo Nery e ElmoCabral dos Santos (Recife).

A 9ª edição dos Jogos da Fenae recebeudelegações das 27 APCEF do país, que ins-creveram cerca de 2.300 atletas para a dis-puta de 25 modalidades, entre individuais,duplas e coletivas. A classificação final foi aseguinte: 1º) São Paulo, com 510 pontos; 2º)Distrito Federal, com 500; 3º) Paraná, com387; 4º) Minas Gerais, com 377; 5º) Rio Gran-de do Sul, com 340.

MarMarMarMarMarx Tx Tx Tx Tx Teixeixeixeixeixeira, adveira, adveira, adveira, adveira, advogado daogado daogado daogado daogado daCAIXA em Fortaleza (CE)CAIXA em Fortaleza (CE)CAIXA em Fortaleza (CE)CAIXA em Fortaleza (CE)CAIXA em Fortaleza (CE)

"Uma competição sempre é um óti-mo momento para testarmos nossos li-mites, vermos se os treinos estão sur-tindo efeito, impulsionando os treina-mentos vindouros. Além isso, é umaocasião de congraçamento entre os par-ticipantes."

Para atingir metasAndré Justi, advogado da CAIXA em Recife (PE)André Justi, advogado da CAIXA em Recife (PE)André Justi, advogado da CAIXA em Recife (PE)André Justi, advogado da CAIXA em Recife (PE)André Justi, advogado da CAIXA em Recife (PE)

"O esporte traz bem estar, aumen-ta a disposição, a resistência física e aimunidade do organismo, reconhece osseus limites, aprofundando oautoconhecimento, e engaja o indivíduosocialmente. Profissionalmente, o es-porte encoraja aos desafios, aumentaa capacidade para evitar frustrações edesenvolve o objetivo de atingir metas."

Competição e congraçamento

|Bianca, com as colegas Carolina e Carolinne

|Renata:dias de

treino são osmais felizes

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Setembro | 201012

| Vale a Pena Saber

Certo é que as condições para determinado financiamen-to devem ser verificadas na data da assinatura desse. Assim, épossível que determinada pessoa fizesse jus a assinar um con-trato com as benesses do Programa Minha Casa Minha Vida ena data da assinatura com a CAIXA não o fizesse mais. Nesteponto, na maioria das vezes o contrato "preliminar" é assinadosomente com a construtora e só após com a CAIXA, o que nãovincula a CAIXA com o dito contrato "preliminar". Deste modo,pode-se discutir se o particular teria direito a assinar o contratopelo Minha Casa Minha Vida, o que não nos parece correto,visto que a CAIXA só pode ser obrigada a contratar se se com-prometer a tal expressamente. Indo ao encontro do aqui ex-posto foi o decidido no processo 0016237-93.2009.403.6105que tramita na 6ª Vara Federal de Campinas.

Verbis: "O pedido do autor se resume a que a ré CEF sejacompelida a assinar o contrato de compra e venda e adimpli-lo. Ora, do contrato preliminar da promessa de compra e vendafiguram como partes o autor e a ré MRV. A CEF não se vincu- A CEF não se vincu- A CEF não se vincu- A CEF não se vincu- A CEF não se vincu-la ao contrato, pois que não é parte delela ao contrato, pois que não é parte delela ao contrato, pois que não é parte delela ao contrato, pois que não é parte delela ao contrato, pois que não é parte dele. Eventual ale-gação de que o financiamento seria por ela concedido, mesmoque constasse do contrato, não poderia ser-lhe imputada, vezque a CEF não é parte contratante. Não tendo a ré CEFNão tendo a ré CEFNão tendo a ré CEFNão tendo a ré CEFNão tendo a ré CEFfigurado como parte contratante, [a] ela não sefigurado como parte contratante, [a] ela não sefigurado como parte contratante, [a] ela não sefigurado como parte contratante, [a] ela não sefigurado como parte contratante, [a] ela não seaplica[m] as disposições dos artigos 462 e seguintesaplica[m] as disposições dos artigos 462 e seguintesaplica[m] as disposições dos artigos 462 e seguintesaplica[m] as disposições dos artigos 462 e seguintesaplica[m] as disposições dos artigos 462 e seguintesdo Código Civil, não se podendo obrigá-la ao cumpri-do Código Civil, não se podendo obrigá-la ao cumpri-do Código Civil, não se podendo obrigá-la ao cumpri-do Código Civil, não se podendo obrigá-la ao cumpri-do Código Civil, não se podendo obrigá-la ao cumpri-mentmentmentmentmento do contrato do contrato do contrato do contrato do contrato prel iminaro prel iminaro prel iminaro prel iminaro prel iminar, nem tam, nem tam, nem tam, nem tam, nem tampouco apouco apouco apouco apouco asubscrevê-losubscrevê-losubscrevê-losubscrevê-losubscrevê-lo. Embora o artigo 464 do Código Civil disponhaquanto à possibilidade de intervenção do juízo para suprir avontade da parte em caso de inadimplemento, a intervençãonão pode incidir sobre terceiro que não participou do contratopreliminar, pois que sequer houve manifestação da vontadedeste terceiro. A alegação do autor de que ambas as rés estãoobrigadas ao cumprimento do contrato porque efetuaram umaparceria para ofertar o produto aos consumidores não prospe-ra. Em primeiro lugar, porque o único documento que o autor

Programa Minha Casa Minha Vida. Breves consideraçõestraz aos autos para prova de tal alegação é uma correspondên-cia eletrônica (e-mail) que lhe foi encaminhada pela ré MVR edo qual constam logotipos da CEF e do programa Minha CasaMinha Vida. Assim, eventual pretensão do autor de provar aalegada parceria mediante prova testemunhal, esbarraria navedação constante do artigo 401 do Código de Processo Civil.Em segundo lugarEm segundo lugarEm segundo lugarEm segundo lugarEm segundo lugar, ainda q, ainda q, ainda q, ainda q, ainda que se vue se vue se vue se vue se veriferiferiferiferifiqiqiqiqique a parue a parue a parue a parue a participa-ticipa-ticipa-ticipa-ticipa-ção da CEF no oferecimento de f inanciamentoção da CEF no oferecimento de f inanciamentoção da CEF no oferecimento de f inanciamentoção da CEF no oferecimento de f inanciamentoção da CEF no oferecimento de f inanciamentohabitacional para a MVR, isto não dispensa, eviden-habitacional para a MVR, isto não dispensa, eviden-habitacional para a MVR, isto não dispensa, eviden-habitacional para a MVR, isto não dispensa, eviden-habitacional para a MVR, isto não dispensa, eviden-temente, o cumprimento, tanto pela vendedora quan-temente, o cumprimento, tanto pela vendedora quan-temente, o cumprimento, tanto pela vendedora quan-temente, o cumprimento, tanto pela vendedora quan-temente, o cumprimento, tanto pela vendedora quan-to pelo comprador do imóvel dos requisitos legais eto pelo comprador do imóvel dos requisitos legais eto pelo comprador do imóvel dos requisitos legais eto pelo comprador do imóvel dos requisitos legais eto pelo comprador do imóvel dos requisitos legais eregulamentares para a efetiva obtenção do financia-regulamentares para a efetiva obtenção do financia-regulamentares para a efetiva obtenção do financia-regulamentares para a efetiva obtenção do financia-regulamentares para a efetiva obtenção do financia-mento. Em outras palavras, autor e MVR celebrarammento. Em outras palavras, autor e MVR celebrarammento. Em outras palavras, autor e MVR celebrarammento. Em outras palavras, autor e MVR celebrarammento. Em outras palavras, autor e MVR celebraramum compromisso de compra e venda, dependente,um compromisso de compra e venda, dependente,um compromisso de compra e venda, dependente,um compromisso de compra e venda, dependente,um compromisso de compra e venda, dependente,para sua finalização, da obtenção de financiamentopara sua finalização, da obtenção de financiamentopara sua finalização, da obtenção de financiamentopara sua finalização, da obtenção de financiamentopara sua finalização, da obtenção de financiamentohabitacional. Se desta avença a CEF não participou,habitacional. Se desta avença a CEF não participou,habitacional. Se desta avença a CEF não participou,habitacional. Se desta avença a CEF não participou,habitacional. Se desta avença a CEF não participou,não se pode compeli - la [a] f inanciar o negócio, de-não se pode compeli - la [a] f inanciar o negócio, de-não se pode compeli - la [a] f inanciar o negócio, de-não se pode compeli - la [a] f inanciar o negócio, de-não se pode compeli - la [a] f inanciar o negócio, de-vendo a questão ser resolvida entre os contratantesvendo a questão ser resolvida entre os contratantesvendo a questão ser resolvida entre os contratantesvendo a questão ser resolvida entre os contratantesvendo a questão ser resolvida entre os contratantes.Assim, embora o pedido do autor seja dirigido diretamente àCEF, para obrigá-la a assinar o contrato, forçoso é concluir pelailegitimidade passiva desta e, em consequência, remeter osautos à Justiça Estadual, nos termos do entendimentojurisprudencial consagrado na Súmula 150 do Superior Tribu-nal de Justiça. Pelo exposto, julgo extinto o processo, sem re-solução de mérito, com relação à Caixa Econômica Federal,por ilegitimidade passiva, com fundamento no artigo 267, incisoVI do Código de Processo Civil. Condeno o autor no pagamentode honorários advocatícios, em favor da CEF, que fixo em 10%(dez por cento) do valor da causa, observada a suspensão doartigo 12 da Lei nº. 1.060/1950. Em consequência, decli-Em consequência, decli-Em consequência, decli-Em consequência, decli-Em consequência, decli-no da competência em favor da Justiça Estadual dano da competência em favor da Justiça Estadual dano da competência em favor da Justiça Estadual dano da competência em favor da Justiça Estadual dano da competência em favor da Justiça Estadual daComarComarComarComarComarca de Indaiatuba-SPca de Indaiatuba-SPca de Indaiatuba-SPca de Indaiatuba-SPca de Indaiatuba-SP. Decorrido o prazo recursal, re-metam-se os autos, com as cautelas legais. Intimem-se." (Sen-tença disponibilizada no DJe em 26/ago/2010 e destaquesnão constantes no original.)

Jefferson Douglas Soares (Jurídico de Campinas)e Giuliano D'Andrea.

COLABOROU: Aluísio Martins Borelli (Jurídico de Campinas).

Sugestões e comentários dos colegas podem serencaminhadas para os endereços:

[email protected] [email protected].

ELABORAÇÃOELABORAÇÃOELABORAÇÃOELABORAÇÃOELABORAÇÃO

Leituras Complementares de Direito eProcesso do TrabalhoOrganizador: Bruno Freire e SilvaEditora: Juspodivm. Ano: 2010. Páginas: 314.Trata-se de obra coletiva que aborda diversos temas polêmi-

cos do Direito material e processual do trabalho. Terceirização,estabilidade no trabalho, quadro de pessoal organizado em car-reira, precatórios, exceção de pré-executividade e intervenção deterceiros no Direito processual do trabalho são alguns dos temasabordados na obra, que representa boa literatura para quem atuana área trabalhista.

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| Vale a Pena Saber

Setembro | 2010 13A coluna Vale a Pena Saber pode ser acessada, na íntegra, no site da ADVOCEF (menu Publicações).

Honorários. Valor definido em sentença.Baixo valor (R$ 722,59). Possibilidade de

execução. TRF 2"1. No caso, há a existência do binômio necessidade da tutelajurisdicional e utilidade do provimento pleiteado, vez que a CEF éuma empresa pública, com personalidade jurídica própria, de direi-to privado, que atua no processo como particular, possuindo, as-sim, necessidade de postular seu crédito junto ao Judiciário, bemcomo constitui o processo de execução o meio adequado parapostular o crédito oriundo de sentença judicial. 2. O Magistradonão pode decidir se é ou não interesse do exequente a verbahonorária, mesmo ele considerando ser o valor executado ínfimoa ensejar a prestação jurisdicional, cabendo, apenas ao exequentetal prerrogativa. 3. O Juiz não pode substituir o credor na valoraçãodo seu interesse em executar verba honorária cujo valor é conside-rado ínfimo, vez que inexiste legislação específica que imponhaobstáculos a tal execução. Dessa forma, prevalece o disposto noCódigo de Processo Civil, que, em seu art. 584, estabelece ser asentença condenatória proferida em processo civil título executivojudicial, encontrando-se a sentença que condenou em honoráriosadvocatícios perfeitamente apta a produzir seus efeitos." (TRF 2,AC 2000.51.01.002176-9, Sexta Turma, Rel. Des. Federal Guilher-me Calmon Nogueira da Gama, DJe 23/ago/2010.)

Cautelar satisfativa. Ajuizamento. Ausência.Previsão legal. Impossibilidade. STJ

"1. A possibilidade de ajuizamento de medida cautelar satisfativaé medida excepcional no ordenamento jurídico, devendo haverprevisão legal expressa para o seu cabimento. 2. A observânciadesses preceitos, longe de apego excessivo a formalismo, naverdade resguarda o devido processo legal e assegura o direitopleno de defesa, com possibilidade ampla de produção de pro-vas, pois o processo cautelar, com nítido escopo de garantia eacessoriedade, tem por finalidade apenas assegurar a eficáciado provimento a ser proferido na demanda principal. 3. Comefeito, à ausência de previsão legal, descabe o ajuizamento deação de busca e apreensão absolutamente satisfativa, com oescopo de retomar bens móveis objeto de contrato decomodato, razão pela qual, se inexistente ação de conheci-mento ajuizada no prazo do art. 806 do CPC, mostra-se de rigora extinção da ação cautelar, sem resolução de mérito. (STJ, REsp540.042 CE, Quarta Turma, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, DJe24/ago/2010.)

Justiça Gratuita. Pessoa Jurídica. Ônus daprova. Parte requerente. STJ

"2. A matéria em apreço já foi objeto de debate na Corte Especiale, após sucessivas mudanças de entendimento, deve prevalecera tese adotada pelo STF, segundo a qual é ônus da pessoa jurídi-ca comprovar os requisitos para a obtenção do benefício da as-sistência judiciária gratuita, sendo irrelevante a finalidade lucrati-va ou não da entidade requerente." (STJ, EREsp 603.137 MG,Corte Especial, Rel. Min. Castro Meira, DJe 23/ago/2010.)

Novas súmulas do STJ"Súmula n.° 453:Súmula n.° 453:Súmula n.° 453:Súmula n.° 453:Súmula n.° 453: Os honorários sucumbenciais, quando omi-tidos em decisão transitada em julgado, não podem ser cobra-dos em execução ou em ação própria.""Súmula n.° 454:Súmula n.° 454:Súmula n.° 454:Súmula n.° 454:Súmula n.° 454: Pactuada a correção monetária nos con-tratos do SFH pelo mesmo índice aplicável à caderneta de pou-pança, incide a taxa referencial (TR) a partir da vigência da Lei n.8.177/1991."

SFH. Execução extrajudicial. Nulidade danotificação por edital. STJ

"Embora tenha se reconhecido na jurisprudência pátria aconstitucionalidade do Decreto-lei n. 70/66, está elasubsumida ao rigoroso atendimento de suas exigências peloagente financeiro, já que, na verdade, ele se substitui aopróprio juízo na condução da execução. Assim, embora legí-tima, no processo judicial, a citação ou intimação editalícia,no extrajudicial não, porquanto no primeiro, ela só é feitaapós criteriosa análise, pelo órgão julgador, dos fatos quelevam à convicção do desconhecimento do paradeiro dosréus e da impossibilidade de serem encontrados por outrasdiligências, além das já realizadas, enquanto na segundasituação, não; fica, tudo, ao arbítrio, justamente da parteadversa, daí as suas naturais limitações na condução daexecução extrajudicial. (...)Recurso especial conhecido eparcialmente provido para anular a execução extrajudicialdesde a notificação por edital.". (STJ, REsp 611.920PE, Quar-ta Turma. Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, DJe 19/ago/2010.)

"AÇÃO DE COBRANÇA. DEMANDA POR QUANTIAINDEVIDAMENTE PAGA. MÁ-FÉ DO DEMANDANTE AFIRMADA COMOINCONTROVERSA PELO ACÓRDÃO. APLICAÇÃO DA SANÇÃO PRE-VISTA NO ARTIGO 1531 DO CÓDIGO CIVIL DE 1916, CORRESPON-DENTE AO ARTIGO 940 DO NOVO CÓDIGO CIVIL. DESNECESSIDADEDE RECONVENÇÃO OU AÇÃO AUTÔNOMA. POSSIBILIDADE EM CON-TESTAÇÃO. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. 1. A aplicação do artigo1531 do Código Civil de 1916, reproduzido no artigo 940 doCódigo Civil de 2002, não depende da propositura de ação autô-noma ou de que a parte a requeira em sede de reconvenção.Precedentes. 2. Restando incontroversa a má-fé do demandanteafirmada pelo Tribunal de origem, nada impede que este apliquea regra inserta no artigo 1531 do CC/1916, sendo lícito ao de-mandado utilizar qualquer via processual para pleitear a sua inci-dência. 3. Recurso especial provido."(STJ, REsp 661.945 SP, Quar-ta Turma, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, DJe 24/ago/2010)

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Setembro | 201014

| Cena Jurídica

Penhora sobrehonorários

Umadvogadoobteve no

TST odesbloqueio

depenhorasobre oscréditosde seus

honorários,que

haviam sido bloqueados pela 4ªVara do Trabalho de Salvador (BA)

para garantir o pagamento de umaação de execução. Na análise do

mandado de segurança, na SDI-2, oministro Alberto Bresciani observou

que nos termos do artigo 649, IV,do Código de Processo Civil, sãoimpenhoráveis "os vencimentos,

subsídios, soldos (...) e oshonorários de profissional liberal",

salvo para pagamento deprestação alimentícia. E os créditos

deferidos em reclamaçãotrabalhista, salientou, não se

incluem como créditosalimentícios. (RO-105500-

17.2008.5.05.0000) (Fonte: TST.)

|Ministro Alberto Bresciani

Revisão do EstatutoAté 10 de setembro, o anteprojeto do

Estatuto da ADVOCEF esteve no site daentidade para acolher sugestões. Agoraterá início a fase de sistematização daspropostas, trabalho do relator Henrique

Chagas. "Vários colegas me passaramsuas opiniões, que ouvi com toda a

atenção e respeito", disse Henrique."Ainda não conheço todas as propostas,

mas, com certeza, teremos um grandetrabalho na sistematização." Em outubro,o projeto será disponibilizado novamenteaos advogados. A votação acontecerá nos

dias 20 e 21 de novembro. As propostas devem serencaminhadas para [email protected], com cópia

para [email protected].

A advogada Juliana Porto,integrante do GT Revisor do Estatuto,afirma que a participação dosassociados é fundamental para aevolução do arcabouço normativo daADVOCEF, sem a qual odesenvolvimento e amadurecimentodos objetivos da categoria nãosubsistiriam. "O que percebemos coma proposta de alteração do Estatuto éjustamente a necessidade demudanças normativas queacompanhem a evolução da

ADVOCEF e da sociedade", diz Juliana. Ela acrescenta que oengajamento de todos os associados no projeto demonstraa realização plena da democracia participativa.

|Juliana Porto

1. 2.

|Comissão de juristas do CPC

Sugestões ao CPCQuem quiser contribuir com a atualizaçãodo Código de Processo Civil (PL 166/2010)pode incluir suas sugestões em formuláriodisponível no site do Senado(www.senado.gov.br), até 30 de setembro.As colaborações serão examinadas pelosenador Valter Pereira, relator-geral donovo Código.

Peluso e os advogadosSegundo matéria de Luiz Maklouf Carvalho, publicadana revista Piauí de agosto, o presidente do STF, CezarPeluso, é contra receber advogados. "Não há nada queum advogado não possa dizer nos autos, e é assim quedeve ser", disse o ministro. Explicou que ainda osrecebe, "porque a questão não foi resolvida e haveriauma grita se eu não o fizesse", mas acha que deve serenfrentada. "Em nenhum lugar do mundo existe isso, sóno Brasil. Nos Estados Unidos é como se eles nãotivessem nem telefone, ninguém sequer liga."|Ministro Cezar Peluso

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Campeãs do ProconDeve chegar ao Congresso até o fim do ano projeto do Ministério da Justiçaque prevê punições milionárias às empresas campeãs de reclamações noProcon. Devem ser atingidos principalmente os dois setores recordistas,telefonia e cartões de crédito. Os juízes decidirão os valores das multas,levando em consideração o lucro da empresa com o descumprimento do

Código de Defesa do Consumidor.

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Setembro | 2010 15

| Cena Jurídica

Todo setembro, mês da Independência doBrasil, o Hino Nacional recebe manifestações de

admiração pela beleza de suas música e letra.No entanto, apesar do valor poético, o poema de

Joaquim Osório Duque Estrada, escolhido em1922 para acompanhar a melodia de Francisco

Manuel da Silva, é tido por muitos comoincompreensível. Além do vocabulário

rebuscado, no tom da época, a letra possuiversos invertidos, para facilitar a adaptação das rimas e do ritmo. Veja o início:

"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas/ de um povo heroico o brado retumbante,/ E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,/ Brilhou no céu da Pátria nesse instante.

Preocupado com a relação dosbrasileiros com seu hino (oficializadopela Lei nº 5.700, de 1º/09/1971), ojornalista Aldo Pereira escreveu em1996 um livro (Editora Grifo, Rio deJaneiro) em que propõe a leitura daletra em ordem direta. O início ficouassim: "As margens plácidas doIpiranga ouviram o brado retumbantede um povo heroico, e, nesse instante,o sol da liberdade brilhou, em raiosfúlgidos, no céu da Pátria."

Hino retumbante1. 2.

Tramita no Senado uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que incluia felicidade na lista dos direitos dos cidadãos. A ideia, do senador Cristovam

Buarque (PDT-DF), é humanizar a legislação e discutir o que é preciso paraser feliz, além de questões como educação, habitação e alimentação. A

intenção é trazer as leis para perto das pessoas, para que se estimulem abuscar outros direitos preconizados na Constituição.

A matéria noCorreioBraziliense, fonteda notícia, cita acanção "João eMaria", de ChicoBuarque e Sivuca,que fala daobrigatoriedade deser feliz: "Agora euera o rei / Era obedel e eratambém juiz / Epela minha lei / Agente era obrigadoa ser feliz".

Uma pesquisa feita pelo Instituto Galluppara a revista americana Forbes, divulgadaem julho, coloca o Brasil na 12ª posição de

nações mais felizes do mundo. Aplicado em155 países, o estudo avaliou como as

pessoas se sentiam em relação à vida entreos anos 2005 e 2009. O país mais feliz é aDinamarca e o mais infeliz é Togo, pequena

nação africana no noroeste da África. |Vila da Felicidade, Manaus (AM).

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Direito de ser feliz

Excesso de linguagem"A 'eloquência acusatória'

não está autorizada ao juiz.O sistema acusatório dividiu

bem as funções de cadaum: o Ministério Público

acusa, o advogado defendee o juiz julga. Não cabe ao

juiz cumprir o papel deacusador." A análise é do

doutor em Direito Penal LuizFlávio Gomes, comentandoa anulação, no STJ, de uma

decisão de pronúncia com aalegação de que a forma como a sentença do juiz

de primeiro grau foi redigida poderia influenciarnegativamente o Tribunal do Júri.

A matériapostada no site doSTJ sobre o caso,que envolve umacusado dehomicídio, tevemais de 20 milacessos em julho,em pleno recessoforense. "Umademonstração deque a discussão éimportante para omeio jurídico epara a sociedade",concluiu o STJ.

1. 2.

1.

2.

3.

Diploma dejornalista

"Dizer que o diplomapara o exercício da

profissão de jornalistafere o direito à liberdadede expressão é o mesmoque dizer que a carteira

de motorista fere odireito de ir e vir docidadão", afirmou o

deputado federal IbsenPinheiro (PMDB-RS),

criticando a decisão doSupremo Tribunal

Federal que derrubou aobrigatoriedade do curso

de Jornalismo.

|Luiz Flávio Gomes

TelegramáticaEm 17 de agosto entrou em vigor a Lei 5.798,

que institui no Estado do Rio de Janeiro o serviçoPlantão Gramatical de Língua Portuguesa. Umaequipe composta de oito professores atenderá

por telefone às dúvidas da população sobreortografia, acentuação, concordância verbal e

nominal, regência, sintaxe e morfologia.

Isenção nos JuizadosA Federação das Entidades Representativas dos

Oficiais de Justiça Estaduais do Brasil (Fojebra)quer suspender a isenção de custas prevista no

artigo 54 da Lei 9.099/95 para acesso aosJuizados Especiais. Na ADI 4440, apresentada no

STF, a Fojebra alega que a União criou uma isençãoinconstitucional de tributos, de competência dos

Estados e do Distrito Federal. (Fonte: STF.)

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Setembro | 201016

| Cena Jurídica

Honorários e FGTSPodem ser cobrados os honoráriosadvocatícios nas ações entre o FGTS eos titulares das contas vinculadas. É adecisão, por unanimidade, do Plenáriodo STF divulgada em 08/09/2010. Osministros julgaram procedente a ADI2736, proposta pelo Conselho Federalda OAB, para declarar inconstitucionala MP 2164. Segundo o site doSupremo, o ministro Cezar Peluso, emseu voto, entendeu que "não é lícita autilização de medidas provisórias paraalterar disciplina legal do processo".

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|Plenário do STF

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w.p

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vil.p

r.govOs crimes eletrônicos

causaram umprejuízo de R$ 450milhões aos bancos

no primeiro semestrede 2010. Segundo a

Febraban, poderáchegar a R$ 900

milhões no final doano, igualando aovalor de 2009. Em reunião de 31/8

foi discutida a necessidade da

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Piada para rádio e TV

A anedota a seguir está apta paracircular durante a campanha política,conforme decisão do STF em 03/09/2010, que libera o uso do humor norádio e na TV:

O garoto chega nomeio da aula:

- Desculpe oatraso,professora!- Atrasado,

novamente? Étodo dia assim: se

não chega atrasadoàs aulas, falta. O quepretende ser nofuturo secomportando dessejeito?- Deputado,professora!

Quadrilhas eletrônicasaprovação de umanorma para tipificare identificar osautores de crimeseletrônicos.Atualmente, a faltade uma legislaçãoespecífica,integrantes dequadrilhas

dificilmente ficam presos por umlongo período.

Ministro Marco Aurélio

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: STF

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los

Hum

berto

Não há ministro que não tenha tido algum problema com o colega MarcoAurélio, no STF, afirma a revista Piauí de agosto. O jornalista Luiz MakloufCarvalho conta que o ministro mesmo divulga o apelido que lhe foi dado porNelson Jobim: ferrinho de dentista. "Não provoca só juízes. Certa vez eleencontrou, no elevador privativo dos ministros, um jornalista que não deveriaestar lá. 'E então, ministro, quais são as novidades?', perguntou o repórter. 'Anovidade é esta nossa intimidade', respondeu-lhe Marco Aurélio, na bucha."

O motivo pelo qual o ministro CarlosAyres Britto, do STF, pediu para se

transferir da 2ª Turma para a 1ª foi oministro Marco Aurélio Mello, segundo o

jornal O Estado de S. Paulo. A causa seriaa relação "difícil" com o colega, também

vivida pelos ministros Ellen Gracie, CezarPeluso, Eros Grau e Joaquim Barbosa,

que aproveitaram vagas abertas na 1.ªTurma e para lá se transferiram. Na 1ªTurma, diz o jornal, os julgamentos sãomais rápidos, sem as ressalvas que Marco Aurélio faz em todos os processos.

1.

2.

Direito clandestinoA OAB vai fiscalizar a atuação irregular

de sociedades de advogadosestrangeiras no Brasil. Segundo o

presidente Ophir Cavalcante,profissionais estrangeiros estariamexercendo funções exclusivas de

brasileiros e, principalmente, violandoas normas da advocacia no Brasil. O

provimento 91 do Conselho Federal daOAB admite a atuação da advocaciainternacional exclusivamente para

consultoria sobre Direito estrangeiro.(Fonte: OAB.)

Pessoas em 1º lugarO jornal Valor Econômico publicou em25/8 carta do presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro. Um trecho: "Osbancos públicos precisam assumir o

seu papel de indutores, dando oexemplo não apenas na oferta de

crédito barato, mas também noatendimento e nas relações de

trabalho com seus funcionários. Doismil municípios não têm sequer uma

agência bancária. Outro banco épreciso, com as pessoas em 1º lugar."

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Setembro | 2010 17

| Posse no STJ

O juiz e seu ofícioNovo presidente do STJ quer boas decisões no menor tempo possível

O novo presidente doSuperior Tribunal de Justi-ça, Ari Pargendler, assumiuem 03/09/2010 com ameta de melhorar a pres-tação jurisdicional do Tribu-nal. "O objetivo da Justiçaé ter boas decisões no me-nor tempo possível", decla-rou. Gaúcho de Passo Fun-do, 66 anos de idade, tem34 anos de magistratura e,antes disso, advogou portrês anos e foi procuradorda República por outrosquatro.

Para ele, o juiz tem queser reservado e ter umaconduta irrepreensível navida privada. "O juiz temque falar nos autos", disse à revista Con-sultor Jurídico. "O que se espera de umjuiz é o mesmo que se espera de um ár-bitro de futebol: que ele seja invisível."

Na entrevista concedida ao jornalis-ta Rodrigo Haidar, em 29 de agosto, oministro recordou os tempos em quecada juiz precisava usar a sua máquinade escrever particular. "Lembro-me de umcolega que comprou uma daquelas má-quinas IBM com tecla corretiva e brin-cou: 'Agora eu quero ver quem vai recor-rer das minhas decisões'."

Leia outros trechos da entrevista.

O juiz e a lei"O juiz não interpreta a lei, ele a apli-

ca. Isso significa dizer que deveinterpretá-la e aplicá-la com responsabi-lidade. Seria muito fácil apontar a Cons-tituição e dizer: 'O trabalhador tem direi-to pleno à saúde, educação e lazer'. Nin-guém precisa de um curso universitáriopara interpretar isso. Mas qual é o juizque pode aplicar essa norma?"

"A lei é mais inteligente do que o juiz.Porque a lei é resultado de estudos e deinteresses da sociedade. É o modo comoa sociedade resolve os conflitos de inte-resses. E é a regra que ela quer que sirva

de critério para a resolução dos litígios.Se nós deixarmos toda a interpretaçãopara o juiz será uma anarquia, porquecada um decidirá de forma subjetiva.Quem não quer que a lei seja aplicada,que o espírito da lei seja aplicado, defen-de que o juiz tem que ser moderno. Noextremo, é a revolução pela caneta."

O juiz e o Judiciário"O Judiciário não está preparado para

essa sociedade moderna de processos demassa. Aos olhos do povo, o processo, tan-to o penal quanto o civil, pode parecerritualístico. Mas a verdade é que cada nor-ma a respeito de procedimentos tem umahistória. É um sistema eminentemente crí-tico. O autor dá a sua versão, o réu critica,há uma replica criticando a versão do réu.O juiz decide, aí vem o recurso, que é acritica de quem foi mal sucedido. Dos tri-bunais regionais ou de Justiça, pode ha-ver ainda recursos ao Superior Tribunal deJustiça e ao Supremo Tribunal Federal,neste último caso quando há matéria cons-titucional em discussão."

O juiz e a estatística"Hoje eu não posso dizer se um juiz

trabalha ou não trabalha, porque tudo é

medido por números. E osnúmeros podem ser de-compostos assim: o juizdá uma sentença, os as-sessores adaptam paraoutros 100 mil casos e eleaparece na imprensa comoum grande trabalhador.Mas dentro da comunida-de dos juízes se sabe queaquele não é um trabalhodele. Muitas vezes, o gran-de juiz é o que julga me-nos do que os outros."

O juiz e oadvogado

Conjur: "Muitas vezesouve-se advogado comen-

tar que determinado juiz é campeão desentenças, mas também é campeão derecursos. Ou de embargos." Pargendler:

"Mas esse também não é um critériojusto, porque o advogado cuja parte su-cumbe no processo recorre. Seja a sen-tença boa ou ruim. Aqui no tribunal, ela-boraram um projeto estratégico que ti-nha como meta diminuir muito o númerode agravos regimentais, que são os agra-vos contra a decisão do relator. Fiqueicom vontade de perguntar: "Já combina-ram com os russos?". Para o advogado, asentença é brilhante quando ele vence acausa. Por isso, insisto, não é o númerode recursos que define o juiz como bomou ruim, é a qualidade dos votos que eleprofere ou das sentenças que ele dita."

"Eu sempre tive muito prazer de re-ceber o advogado. No primeiro grau dejurisdição era uma maneira de eu me in-teirar das notícias e dos boatos que cor-riam em Porto Alegre. O advogado chega-va e contava uma história. Já aqui no STJ,é importante receber o advogado porqueem cinco minutos ele me conta a histó-ria de um processo que está durando 15anos. Eu economizo um bom tempo.Quando eu vou ler esse processo, já seido que se trata."

|Pargendler: cumprimentado por Cezar Peluso, do STF

Foto

: STF

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Setembro | 201018

| Crônica

Vício forenseDois zeladores do Fórum, muito caipi-

ras, mas extremamente observadores,numa certa manhã de pouco serviço, de-pois de vinte anos de trabalho no local,habituados ao linguajar forense, mas nemsempre conhecendo o significado dos ter-mos, postaram-se a prosear:

- Compadre João, hoje amanheci agra-vado. Tentei embargar esse meu sentimen-to retido, até que decaí. "Cassei" uma for-ma de penhorar uma melhora, arrestar umalento, sequestrar um alívio, mas a dor fezbusca e a apreensão da minha felicidade:tive uma conversa sumária com a minhafilha sobre o ordinário do noivo dela.Disse que vou levar aquele réupro Fórum, seja em que forofor. Vou pedir ao Juízo, ao Mi-nistério Público, de qual-quer instância ouentrância. Não im-porta a jurisdição,mas esse ano aque-le condenado casa!

- Calma, com-padre Pedro - inter-rompeu o zeladorJoão. - Preliminarmente,sem querer contestar ouimpugnar sua inicial, aconse-lho o senhor a dar uma opor-tunidade de defesa para o requerido - aten-te para o contraditório. Eu até dou pro se-nhor uma jurisprudência a respeito: minhafilha tinha, também, um namorado contu-maz, quase revel. O caso deles, em com-paração ao da sua filha, é litispendênciapura; conexão, continência... E eu conse-gui resolver o incidente. Acho que o senhortá julgando só com base na forma, semanalisar o mérito.

O zelador Pedro, após ouvir, retrucou:- Mas, compadre, não tem jeito. O

indiciado não segue o rito: se eu mostrorazão, ele contrarrazoa; se eu contesto, elereplica. Pra falar a verdade, tô perdendo acontrafé. Achei que, passada a faseinstrutória, depois da especificação, a coi-sa fosse melhorar. Mas não. Já tentei detoda forma sanear a lide - tudo em vão.Baixei, outro dia, um provimento, cobran-do custas pelo uso do sofá lá de casa, ob-

Moisés Laert Pinto Neto (*)jeto material que os dois usam de madru-gada. No entanto, ele, achandointerlocutória minha decisão, recorreu, edisse que não paga nem por precatório...Aí eu perdi as estribeiras: desobedeci aoprincípio da fungibilidade e deixei de rece-ber o recurso…

- Nossa, compadre, o senhor chegou aesse ponto? - indagou o zelador João, quecontinuou:

- Mas, compadre, o bem tutelado é suafilha - releve. Faça o seguinte, compadrePedro: marque uma audiência, ouça teste-

munhas e nomeie perito. Só as-sim vamos saber se a menina ain-da é moça. Se houve atentado aopudor ou se a sedução se consu-mou.

Pedro ouvia atento, quando inter-feriu:

- É mesmo, compadre. Se ele nãocomparecer, busco debaixo de vara; aindaassim, se não encontrar ele, aplico a con-fissão ficta. Quando eu lembro que ele táquase abandonando a causa… Minha fi-lha naquela carência, e o suplicado seminteresse; ela com toda legitimidade, e elesó litigando de má-fé.

- Isso mesmo, compadre Pedro - apoiouJoão, que completou:

- O processo deve ser esse. O procedi-mento escolhido é o mais certo. Mas, an-

tes de sentenciar, inspecione e verifiquese tudo foi certificado. Dê um prazo peremp-tório, veja o direito substantivo e procurealgum adjetivo na conduta típica do ele-mento. Cuidado para não haver defeito derepresentação, pois, do contrário, tudopode ser baixado em diligência.

- Só tem um problema - ponderou: Éque a comadre é um Tribunal - o senhor é"a quo" e ela é "ad quem"… Se sua mulher

der apoio ao rapaz, tá tudo perdido: bai-xa um acórdão já transitado em julgado,

encerra a atividade jurisdicional do se-nhor e manda tirar o

nome do moço do roldos culpados, inclu-

indo o do compa-dre.

- É… É, com-padre - dissePedro, desani-mado. - O se-nhor tem razão.Eu vô é largar

mão dessa mi-nha improcedên-

cia, refrescar meusmemoriais e extinguir o

caso, arquivando o feito, com baixa nadistribuição. Acho, até, com base na ver-dade real, que a questão de fundo da me-nina já foi sucumbida pelo indiciado. Nãocabe nem rescisória.

E no mesmíssimo momento, exclama-ram os compadres:

- Data vênia!

(*) Moisés Laert Pinto Neto é(*) Moisés Laert Pinto Neto é(*) Moisés Laert Pinto Neto é(*) Moisés Laert Pinto Neto é(*) Moisés Laert Pinto Neto édiretor de Secretaria da Varadiretor de Secretaria da Varadiretor de Secretaria da Varadiretor de Secretaria da Varadiretor de Secretaria da Vara

Federal Única e do Juizado Especi-Federal Única e do Juizado Especi-Federal Única e do Juizado Especi-Federal Única e do Juizado Especi-Federal Única e do Juizado Especi-al Federal Adjunto da Subseçãoal Federal Adjunto da Subseçãoal Federal Adjunto da Subseçãoal Federal Adjunto da Subseçãoal Federal Adjunto da SubseçãoJudiciária de Ipatinga-MG. Ele éJudiciária de Ipatinga-MG. Ele éJudiciária de Ipatinga-MG. Ele éJudiciária de Ipatinga-MG. Ele éJudiciária de Ipatinga-MG. Ele étambém cronista, romancista etambém cronista, romancista etambém cronista, romancista etambém cronista, romancista etambém cronista, romancista e

poepoepoepoepoeta. Tta. Tta. Tta. Tta. Tem um rem um rem um rem um rem um romance publicado,omance publicado,omance publicado,omance publicado,omance publicado,"Polônia" (Ateniense, São Paulo,"Polônia" (Ateniense, São Paulo,"Polônia" (Ateniense, São Paulo,"Polônia" (Ateniense, São Paulo,"Polônia" (Ateniense, São Paulo,

1994). A crônica desta página, que1994). A crônica desta página, que1994). A crônica desta página, que1994). A crônica desta página, que1994). A crônica desta página, quefaz sucesso na internet, éfaz sucesso na internet, éfaz sucesso na internet, éfaz sucesso na internet, éfaz sucesso na internet, é

publicada com autorização dopublicada com autorização dopublicada com autorização dopublicada com autorização dopublicada com autorização doautautautautautororororor.....

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Setembro | 2010 19

| Folclore político

O muroArcinélio Caldas (*)

Fim de noite no Imbé. Era um sábado deabril e fomos convidados a fazer uma visitaao velho senador nordestino Moisés Bianor,proprietário de fazenda na região, entre osmunicípios de Campos dos Goytacazes eSanta Maria Madalena, terra da saudosahumorista Dercy Gonçalves. Aproximava-seo final do prazo para filiações partidárias comvistas às eleições do ano em curso para pre-sidente da República, governador de Estado,senador, deputado federal e deputado esta-dual. No nosso grupo encontrava-se um de-putado federal candidato à reeleição e umcandidato a deputado estadual, ambosfiliados a partido da situação, cogitando amudança de sigla de acordo com as coliga-ções políticas em andamento. A visita ao se-nador, presidente nacional de partido oposi-cionista, pretendia sondar como andavam,no seu Estado, as costuras políticas.

Conversa vai, conversa vem, por sortesem a presença de político mineiro na salapara travar, com a sua habitual desconfian-ça, a conclusão dos assuntos discutidos, en-tre uma dose e outra de pinga da melhorqualidade, levanta-se o candidato estreanteChico Broa e afirma:

"Certa vez ouvi de mu-lher filha de político, espo-sa de político, mãe de polí-tico e sogra de político quea política é uma amantemuito exigente, ela trai,mas não admite ser traída.Mudar de partido nestemomento, senador,não vai parecertraição?"

"Não, meu filho, trai-ção só se caracteriza se ocorrer durante omandato", responde, com invejável conheci-mento, o velho senador.

O Constantino, verdadeiro língua solta,fiel escudeiro do deputado federalNicodemos, pretendente a continuar na Câ-mara, observou que o senador, na época daabertura democrática, era filiado ao MDB,do qual fora fundador, e, alguns anos depois,filiou-se à Arena, estando agora novamenteem partido oposicionista. O senador, que debobo não tinha nada, vendo o jogo do outro,saiu-se com esta:

"Meu filho, em matéria de política, amerda é sempre a mesma, só mudam asmoscas."

Todos riram um riso sem graça. OConstantino emendou:

"Não, senador, o que estou querendodizer é que o senhor é tido como um políticoque vive em cima do muro. É verdade isso?"

Ninguém riu. O velho político, então, coma sua sábia experiência, arrematou:

"É verdade, sim! Fico em cima do muroporque no Brasil o muro anda."

(*) Advogado da CAIXA em(*) Advogado da CAIXA em(*) Advogado da CAIXA em(*) Advogado da CAIXA em(*) Advogado da CAIXA emCampos dos Goytacazes/RJ.Campos dos Goytacazes/RJ.Campos dos Goytacazes/RJ.Campos dos Goytacazes/RJ.Campos dos Goytacazes/RJ.

Veja quem são os novos advogados que se filiaram àADVOCEF, no período de janeiro a setembro de 2010.

Nome Lotação

Andre Luiz Viviane de Abreu JM/RJAquilino Novaes Rodrigues UB/MGCarlos Alberto Minaya Severino SP/SPCintia Tashiro SUTENDaniel Barbosa Lima Faria Correa de Souza SM/RSFabio Fernandes Moraes Fernandez StAG/RSFelipe de Vasconcelos Soares Montenegro Mattos BR/DFFranco Andrey Ficagna SP/SPGeissler Saraiva de Goiaz Junior GO/GOGilson Costa de Santana SUAJUManoel Messias Fernandes de Souza SP/SPMarcelo Buriola Scanferla SP/SPMarcelo Pires Ribeiro RE/PEMarcos Antonio Silva SUTENMarcus Vinicius Fernandes UB/MGMario Augusto Murias de Menezes Junior RJ/RJMario Gomes de Sá Neto PV/ROMeire Aparecida de Amorim SUTENOsvaldo Caitano de Moraes BR/DFPatricia Apolinario de Almeida BR/DFSandra Maria Moribe da Silva SP/SPWanessa Rosa Oliveira Mendes SUTEN

| Comunicação

Novos associadosNovos associadosNovos associadosNovos associadosNovos associados

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