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Asteroides, cometas e afins Daniele Benício

Asteroides, cometas e afins · , a União Astronômica Internacional (IAU) estabeleceu 3 critérios para do ABC 1. Orbitar uma estrela, i. e. o Sol. 2. Massa grande o suficiente para

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Asteroides, cometas e afins

Daniele Benício

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Os pequeninos do Sistema Solar

Podem ser classificados em três grupos:

• Asteroides;

• Objetos TransNetunianos (TNOS);

• Cometas.

Asteroides

Corpos rochosos.

Muitos deles na órbita entre Marte e Júpiter (Cinturão de Asteroides).

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Asteroides

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CEm 1766, Johann Titius detectou uma regularidade nas distâncias médias

dos planetas do Sol, popularizada mais tarde por Johann Elert Bode, a Lei

de Titius-Bode (a é a distância média Sol – n-ésimo planeta em AU):

a = 0.4 + 0.3 · 2n

Número relacionado ao

planeta calculado

Asteroides

Distância média entre o Sol

e o n-ésimo planeta (AU)

A lei prevê bem as distâncias de Vênus a

Saturno e até de Urano, que ainda não

tinha sido descoberto em 1766.

Para Mercúrio tem que se usar:

2n = 0, e não 2n = 2-1 = 0.5

Planeta n a [AU] a real [AU]

Mercúrio -∞ 0.4 0.39

Vênus 0 0.7 0.72

Terra 1 1.0 1.00

Marte 2 1.6 1.52

? 3 2.8

Júpiter 4 5.2 5.20

Saturno 5 10.0 9.58

(Urano) 6 19.6 19.20

(Netuno) 7 38.8 30.05

(Plutão) 8 77.2 39.48

Essa lei prevê um planeta aqui!

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Asteroides

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A Lei de Titius-Bode prevê um planeta a 2.8

AU do Sol, entre Marte e Júpíter.

Em 1801, Giuseppe Piazza encontrou um

objeto a 2.77 AU do Sol de diâmetro ~1000

km, e chamou-o Ceres, o primeiro

asteroide descoberto.

Desde então encontraram-se mais de

100.000 asteroides na região entre 2 e 3.5

AU do Sol, chamada Cinturão de

Asteroides.

Apesar da previsão correta das distâncias

de Urano e Ceres, hoje os astrônomos

acreditam que a Lei de Titius-Bode é só um

acaso.

Asteroides

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CA maioria dos asteroides se

encontra no Cinturão de

Asteroides, mas alguns seguem

outras órbitas:

• Os Troianos compartilham a

órbita de Júpiter, 60º na frente

ou atrás do planeta gigante.

Asteroides

Os Amor, Apollos e Atenas orbitam

no Sistema Solar interno, podendo

cruzar as órbitas dos planetas

internos.

Alguns formam famílias, e acredita-se que tais famílias, chamadas

famílias Hirayama*, consistem de

fragmentos de corpos maiores

destruídos em colisões.

*são agrupamentos de asteroides que

estão se movimento em órbitas similares

ao redor do Sol.

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Asteroides

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CPodem ser classificados segundo as

suas composições, determinadas

pelos seus espectros:

• Tipo S: De 2 a 3.5 AU do Sol,

silicatos ricos em ferro e

magnésio, poucos voláteis,

avermelhados, albedos

moderados: 0.1-0.2.

Ida, tipo S

Albedo: Medida da refletividade da superfície de um corpo.

Asteroides

• Tipo M: 2 a 3.5 AU, ferro e níquel, avermelhados, albedos moderados: 0.1-0.18.

• Tipo C: 2 a 4 AU, maioria perto de 3 AU, compostos carbonáceos, muitos contêm

água, escuros, albedos baixos: 0.03-0.07.

Lutetia-Tipo M Mathilde – Tipo C

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Asteroides

• Tipo P: 3 a 5 AU, maioria ~4 AU, compostos orgânicos, avermelhados, albedos

baixos: 0.02-0.06.

• Tipo D: similar aos tipo P, mas mais vermelhos e um pouco mais longes do Sol,

maioria dos Troianos são tipo D.

Cybele – Tipo P Asteroide tipo D

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Quanto mais longe do Sol, tanto mais água e outros voláteis, mesma tendência que

nos planetas e luas.

Asteroides

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CA respeito da origem de asteroides, acredita-se que possuem 2 origens

diferentes:

• Destroços resultantes da nebulosa original que deu origem ao universo e

que não se compactaram.

• Resquícios de um planeta fragmentado por problemas gravitacionais.

Asteroides

Os maiores asteroides:

•Ceres: diâmetro de 952 km

•Pallas: diâmetro de 544 km

•Vesta: diâmetro de 525 km

•Hígia: diâmetro de 431 km

Ceres

Pallas Vesta

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Asteroides

- Ceres

- Pallas

- Vesta

- Hígia

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Asteroides

Tamanho dos dez primeiros asteroides, em ordem de descoberta, comparado com a Lua.

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É um asteroide do tipo S, e é o

segundo maior asteroide que passa

próximo a Terra.

Esse asteroide tem grande importância

por ter sido usado no projeto Near que

tinha como o objetivo um ampliação

do conhecimento sobre asteroides.

433 Eros

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Projeto Near foi um programa da NASA com o objetivo

de aterrisar uma espaçonave em um asteroide, onde

pousou em 433 Eros em 2000 com o objetivo de

mapeamento fotográfico e medições químicas.

O tempo de duração da espaçonave no asteroide foi de

um ano e a energia obtida vinha de células solares.

Projeto Near

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Um “bombardeamento maciço” de

asteroides e cometas seria a explicação

para formação da superfície esburacada

e cheia de fraturas apresentada pela

Lua.

Bombardeamento

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Asteróides em rota de colisão com a Terra são chamados

Meteoroides.

Se queimados na atmosfera: Meteoros.

Se resta algo chegando no chão: Meteoritos.

Meteoritos ajudaram muito no estudo da formação e

evolução do Sistema Solar.

Meteoroides, Meteoros e Meteoritos

Quando a Terra cruza a trilha de detritos

deixada por um cometa ocorre um

número elevado de estrelas cadentes,

chamado de chuva de meteoros.

Os meteoros parecem vir todos da mesma

direção, a direção do movimento dos

detritos relativo ao movimento da Terra,

chamada radiante.

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Chuva de Meteoros

Chuvas de meteoros

são fenômenos

periódicos anuais, e

ganham o nome da

constelação de onde

elas parecem vir.

As mais conhecidas e

intensas são as

Perseidas, em agosto,

e as Leônidas, em

novembro.

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Chuva de Meteoros

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Meteorito de Bendegó

O meteorito do Bendegó, também

chamado Pedra do Bendegó foi

encontrado em 1784 pelo menino

Bernardino da Mota Botelho, filho do

vaqueiro Joaquim da Mota Botelho,

próximo ao riacho do Bendegó, então

município de Monte Santo. É o maior

meteorito já encontrado em solobrasileiro. No momento do seu achado,

tratava-se do 2º maior meteorito do

mundo, mas hoje ocupa o 16º lugar, em

tamanho.

O evento de Tunguska na

Sibéria (1908) foi uma

explosão gigantesca

(~mil vezes a da bomba

de Hiroshima), que

derrubou 80 milhões de

árvores em uma área de

2150 mil km2.

É o maior corpo celeste

que já atingiu a Terra na

história registrada.

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Alguns meteoritos conhecidos

A teoria mais aceita sobre as causas das mudanças climáticas responsáveis pela

extinção Cretáceo-Paleogeno (K-Pg, antigamente K-T), uns 65 milhões de anos atrás

(dinossauros não avianos entraram em extinção), é a do impacto de um meteorito

de ~10 km de diâmetro, talvez em “colaboração” com erupções vulcânicas na

Índia.

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Alguns meteoritos conhecidos

A provável cratera deste impacto

é a de Chicxulub, no México,

cratera de 18 km de diâmetro

descoberta em 1978.

Teorias sobre a extinção do

Permiano-Triássico ou extinção

Permo-Triássica (~251 mio. anos

atrás, matou uns 90 % a 95 % dos

espécies existentes na época) por

causa de um meteorito são tidas

como improváveis.

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Alguns meteoritos conhecidos

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Probabilidade de um meteoro

devastador

Sem perigo (branco)

A probabilidade de colisão é 0, ou tão

baixa que é assim considerada. Aplicada

em objetos tão pequenos que se

desintegram ao passar pela atmosfera.

Normal (verde)

Chance de colisão extremamente

improvável.

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Probabilidade de um meteoro

devastador

Merecedor de atenção (amarelo)

- Objetos que passem perto da Terra.

- Cálculos dão 1% de hipótese de colisão

capazes de destruição. Público merece

ser avisado se a colisão se encontra a

menos de uma década de distância.

- Cálculos dão 1% ou mais de hipóteses

de colisão capazes de destruição.

Público merece ser avisado se a colisão

se encontra a menos de uma década

de distância.

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Probabilidade de um meteoro

devastador

Perigoso (laranja)

- Um encontro que representa um

verdadeiro perigo de destruição. A

atenção dos astrónomos é crucial para

determinar se e quando a colisão se vai

dar.

- Um encontro que representa um perigo

sério de catástrofe global. A atenção dos

astrónomos é crucial para determinar

quando é que a colisão se vai dar.

- Um encontro que representa um perigo

sério de catástrofe global.

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Probabilidade de um meteoro

devastador

Colisões certas (vermelho)

- A colisão é certa, capaz de causar

destruição localizada em terra ou um

tsunami se ocorrer no mar. Um evento desta

magnitude ocorre uma vez em 1000 anos.

- A colisão é certa, capaz de causar

devastação localizada em terra ou um

tsunami gigante se ocorrer no mar. Um

evento desta magnitude ocorre uma vez

entre 10 000 a 100 000 anos.

- A colisão é certa, capaz de causar uma

catástrofe global que poderá por em risco o

futuro da civilização tal como a

conhecemos, quer a colisão se dê em terra

ou no mar. Um evento desta magnitude

ocorre uma vez em 100 000 anos.

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CUm asteroide que está mais ou menos em rota de colisão com a Terra é

Apophis, de ~350 m de diâmetro, que poderia colidir conosco em 2036,

causando tsunamis e/ou mudanças climáticas e milhões de mortos.

Quando descoberto, o asteroide era um no. 4 na escala de Torino (~1 % de

risco de colisão), recorde até hoje. Felizmente, desde então, a órbita foi

determinada com melhor precisão, e o risco de colisão baixou para menos

que 1:1'000'000, tornando Apophis um no. 0.

Apophis

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CIdentificando um corpo celeste com

antecedência, basta uma mudança

pequena na sua velocidade e direção

para que não atinja a Terra.

Não seria necessário destruir o

asteroide. Bastaria levar pequenos

foguetes à superfície do corpo.

Uma vez ancorados os motores à

superfície, pode-se fazer pequenas

correções na órbita.

Possível solução

Objetos Transnetunianos

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Objetos Transnetunianos

Corpos gelosos com órbitas além de

Netuno.

Distribuídos em 2 regiões:

A Cinturão de Kuiper, de 30 a 100 AU

do Sol, onde se encontram os objetos

da Cintura de Kuiper clássicos, e

originam os cometas de curto período.

A hipotética Nuvem de Oort, entre 300

e 100'000 AU do Sol, repositório de

cometas de longo período.

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CDentre os maiores objetos transnetunianos os mais famosos são:

Éris Sedna Plutão

Objetos Transnetunianos

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Cinturão de Kuiper

Sua existência foi sugerida por Gerald Kuiper, onde cometas de curto período

coincidiam com as órbitas dos planetas em uma região plana, após a órbita de

Netuno (distância entre 30 a 100 AU do Sol).

Estima-se que este Cinturão tenha mais de 6 milhões de objetos transnetunianos.

Os corpos ali encontrados são comumente chamados de KBO’s (Kuiper belt object).

1 AU equivale a 149 597 871 Km

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Plutão

“Deus do Submundo”.

Descoberto em 1930 por Clyde

Tombaugh na procura por um nono

planeta.

Localiza-se no cinturão de Kuiper e é o

maior membro do grupo.

Composto principalmente de rocha

(60%) e gelo (40%).

Possui 5 satélites naturais: Caronte, Nix,

Hidra, P4 e P5 (nomes provisórios).

Semi-maior eixo da órbita: 39.5 AU.

Período orbital: 246 anos terrestres.

Período rotacional: 6.4 dias terrestres.

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CPlutão tem muitas propriedades não muito típicas

para um planeta:

• Órbita muito mais inclinada, 17°com a eclíptica,

que a dos outros planetas e que cruza a órbita

de Netuno, em ressonância 3:2 com o período

orbital de Netuno.

• Raio e massa baixos de 0.18 RTerra e 0.002 MTerra

• Composição química similar a TNOs e a Tritão,

mas não aos planetas.

Em 2005 foi descoberto um TNO maior que Plutão,

Éris.

Plutão

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CEm 2006, a União Astronômica Internacional (IAU) estabeleceu 3 critérios para

planetas:

1. Orbitar uma estrela, i. e. o Sol.

2. Massa grande o suficiente para ter forma esférica pela gravitação própria.

3. Ter vazia a vizinhança da órbita.

Plutão não satisfaz o critério 3.

Reclassificado junto com Éris para planeta anão, ou plutóide ou objeto

transnetuniano (ou do Cinturão de Kuiper).

Plutinos são TNOs em ressonância 3:2 com Netuno.(a cada duas voltas em torno do Sol, Netuno faz 3)

Plutão

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Planeta anão localizado nos confins do sistema solar, com período orbital de cerca

de 560 anos. Acredita-se ser o maior planeta anão no sistema solar de acordo com

alguns cientistas (cerca de 2320 km).

Éris

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CÉ o planeta anão mais distante conhecido no sistema solar (3 vezes mais longe que

Netuno).

Possui um dos maiores períodos orbitais conhecidos, aproxima-se de 11.400 anos e um

periélio de cerca de 76 AU que é o maior periélio conhecido no sistema solar.

Existem evidências de uma pequena lua orbitando-o.

Periélio: ponto mais próximo do Sol.

Sedna

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Sedna

A órbita de Sedna comparada

com as órbitas de Júpiter,

Saturno, Urano, Netuno, e

Plutão.

Cometas

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C

Pequenos TNOs compostos por gelo (água,

metano, amônia e dióxido de carbono),

poeira, às vezes material orgânico e/ou um

núcleo rochoso.

“Bolas de gelo sujo”, que se aventuram no

Sistema Solar interior.

Apresentam caudas de até 1 AU de

comprimento quando passam pelo Sistema

Solar interior.

Cometas

Quando o cometa se aproxima do Sol (< 5

AU), o gelo sublima, formando um coma de

gás evaporado e poeira em torno do

núcleo sólido.

Ainda se forma um halo de hidrogênio em

torno do coma.

O gás é parcialmente ionizado pela

radiação solar.

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Cometas

A pressão da radiação do vento solar

empurra a poeira para longe do Sol,

formando a cauda de poeira.

O vento solar e o campo magnético do Sol

empurram o gás ionizado para longe,

formando a cauda de íons.

A(s) cauda(s) está(o) sempre voltada(s) para

o lado contrário do Sol.

Quando o cometa sai da vizinhança do Sol, a

cauda some (mas o cometa não, e pode

voltar algum dia).

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Cometas

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CHá cometas periódicos:

• de curto período (< 200 anos)

como Halley, que volta cada

76 anos, vindos do Cinturão

de Kuiper.

• de longo período (> 200 anos,

até mais de 1 milhão de

anos), vindos da Nuvem de

Oort. Há teorias, de que estes

são defeletidos rumo Sol por

estrelas passando perto do

limite do Sistema Solar.

E não-periódicos, indo para fora

do Sistema Solar.

Cometas

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CNo passado, cometas colidiram frequentemente com planetas, luas e asteroides.

Panspermia: A detecção de moléculas orgânicas nos cometas levou a especulações

de que cometas ou meteoritos podem ter trazidos os elementos precursores da vida

ou mesmo os primeiros elementos vivos para a Terra.

Cometas

Hale-Bopp: 19 meses de visibilidade (recorde) a partir de 23/07/1995, muito brilhante

por ser grande, só volta em 2400 anos.

Swift-Tuttle: passou em 1862 e 1992, deixa uma trilha de detritos que causa a chuva de

meteoros das Perseidas. Já foi suspeito de poder se chocar com a Terra algum dia.

Ressonância de 1:11 de Júpiter.

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Cometas: mais conhecidos

Hale-Bopp Swift-Tuttle

Hyakutake: passou perto da Terra em 1996 e tinha uma

das caudas mais compridas já observadas. Não volta

por pelo menos 14 000 anos.

Halley: Cometa periódico com período de 76 anos,

seus detritos causam a chuva de meteoros das

Orionidas. Volta em 2061.

Shoemaker-Levy 9 é conhecido por ter se chocado

com Júpiter, o que forneceu informações sobre a

composição do planeta gigante .

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Cometas: mais conhecidos

Hyakutake

Halley Shoemaker-Levy 9

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A NASA lançou uma espaçonave na

Missão Stardust com o objetivo coletar

pedaços do cometa utilizando um gel para

“grudar” as partículas do cometa Wild-2 na

nave, e depois as partículas eram enviadas

de volta para a Terra.

Missão Stardust

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Missão Rosetta +Philae

Rosetta é uma sonda espacial construída e

lançada pela Agência Espacial

Europeia (ESA) com a missão de encontrar-se

no espaço e fazer um estudo detalhado

do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko,

que viaja entre as órbitas da Terra e

de Júpiter.

Philae é uma sonda robótica pousadora que

integra a sonda espacial Rosetta, construída

para fazer o primeiro pouso controlado no

núcleo de um cometa do Sistema Solar,

o 67P.

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Missão Rosetta + Philae

Nome: Menção à Pedra de Rosetta, fragmento do Egito Antigo com inscritos que

ajudaram a compreender os hieróglifos.

Peso: 3 mil kg (o módulo Philae pesa 100 kg).

Custo da missão: R$ 4,45 bilhões.

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Philae

APXS: Detecta partículas alfa e raio-

X que produzem informação primária

da superfície do cometa.

CIVA: Grupo de sete câmeras idênticas

construídas para fazer imagens

panorâmicas da superfície acopladas

a um microscópio e a

um espectrômetro infravermelho.

ROLIS: É uma câmera para obter

imagens de alta resolução durante a

descida da sonda e imagens

panorâmicas das áreas de coleta dos

outros equipamentos.

CONSERT: Equipamento usado para

propagação de ondas

eletromagnéticas para determinar a

estrutura interna do cometa.

Transporta dez instrumentos científicos:

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CCOSAC: analisar amostras de solo e

determinar o conteúdo de componentes

voláteis.

MÓDULOS PTOLEMY: Mede

a proporção de isótopos de elementos

voláteis principais no núcleo do cometa.

MUPUS: Mede a densidade e as

propriedades mecânicas e termais da

superfície do cometa.

ROMAP: Magnetrômetro e sensor

de plasma para estudar o núcleo

magnético do cometa e suas interações

com o vento solar.

SD2: Subsistema para perfuração, coleta

e distribuição de amostras.

SESAME: Equipamento com três

instrumentos para estudar as

propriedades das camadas externas do

cometa.

Philae

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Origem e evolução do Sistema Solar

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Hipótese Nebular

Proposto já por René Descartes (1596-1650),

Immanuel Kant (1724-1804) e o Marquês de

Laplace (1749-1827): O Sol e os planetas se

formaram simultaneamente da mesma nuvem

de material, a Nébula Solar.

Este material continha 2 % de elementos mais

pesados que H e He, formadas por estrelas

que precediam o Sol.

Origem e evolução do Sistema Solar

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Colapso gravitacional da nébula solar

(uns 4.6 bio. anos atrás)

A nébula solar adquire um momento

angular. Isso explica porque (quase)

tudo no Sistema Solar gira no mesmo

sentido.

Calor gerado no interior forma um

proto-Sol, que corresponde a 99% da

massa da nebulosa.

Origem e evolução do Sistema Solar

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Por forças de coesão, a poeira da nébula começa a formar planetesimais

de até 1 km.

Na parte interior do disco:

Temperaturas altas, só material rochoso conseguiu condensar. Por isso,foram formados poucos planitesimais e estes eram telúricos.

Não conseguiram atrair e acumular atmosferas (estas foram formadas

depois, talvez por vulcanismo, ou trazidas por planetesimais/cometas/

asteroides).

Planetas rochosos.

Neste período também ocorreram as colisões que resultaram na Luaterrestre e nas inclinações dos eixos rotacionais dos planetas.

Origem e evolução do Sistema Solar

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CNa parte exterior do disco:

Temperaturas baixas, material rochoso e gelos podiam condensar. Devido

a abundância de materiais, muitos planetesimais foram formados,

compostos de materiais rochosos e gelosos.

Conseguiram atrair e acumular atmosferas (gigantes gelosos) ou até

atmosferas massivas (gigantes gasosos).

Em torno dos planetas gigantes: formação de algumas das luas demaneira similar à forma que os planetas em torno do Sol se formaram, i. e.

as Luas Galileanas de Júpiter.

Como o disco era mais denso na região de Júpiter, foi este gigante queacabou acumulando a maior massa.

A formação de Júpiter + luas deve ter levado ~1 mio. anos.

Origem e evolução do Sistema Solar

Os corpos menores se formaram em duas regiões:

Região onde os planetesimais rochosos não conseguiram formar um planeta grande,

só corpos menores (Cinturão de Asteroides). => Explica as posições dos vários tipos de

asteroides.

Mais para o exterior do que os planetas gigantes: densidade menor, plenetesimais

gelosos também só conseguiram formar corpos menores (Cinturão de Kuiper).

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Origem e evolução do Sistema Solar

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Por interações com o disco de acreção e

com os planetesimais, Júpiter migrou mais

para dentro, enquanto Saturno, Urano e

Netuno migraram mais pro exterior do disco.

No caminho, os planetas gigantes

capturaram alguns planetesimais, e

defletiram outros, para dentro ou para fora

do disco.

Disco de acreção: estrutura formada por materiais difusos em movimento orbital ao redor de um corpo central.

Origem e evolução do Sistema Solar

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Os planetesimais capturados pelos planetas se tornaram luas menores.

Os defletidos para dentro caíram em cima dos planetas e luas recém-formadas,

causando crateras de impacto. Isso continua em escala menor até hoje e deve ter

sido particularmente intenso há 700 milhões de anos após a formação do Sistema

Solar, quando Júpiter e Saturno passaram por uma ressonância de 1:2, contribuindo

para a época do bombardeamento pesado.

Origem e evolução do Sistema Solar

Os defletidos para fora formaram a

Nuvem de Oort, ou foram expelidos do

Sistema Solar.

No caminho pra fora, Netuno ainda

capturou alguns objetos da Cinturão de

Kuiper em ressonâncias orbitais 3:2, os

plutinos atuais.

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Origem e evolução do Sistema Solar

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https://www.youtube.com/watch?v=b_m9SfTliOo

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- Vídeo de 9s da sonda Dawn da NASA mostrando a superfície de Ceres:

http://www.nasa.gov/press/2015/march/nasa-spacecraft-nears-historic-dwarf-

planet-arrival

- Imagem do polo norte de Ceres: http://www.astropt.org/2015/04/16/dawn-

observa-o-polo-norte-de-ceres/

Ceres

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Cometa 67P

- Detecção de nitrogênio molecular na cauda do cometa:

http://www.astropt.org/2015/03/22/rosetta-faz-primeira-deteccao-de-nitrogenio-

molecular-num-cometa/

- Não foi detectado magnetismo nele e que isso pode nos levar aos primórdios do

Sistema Solar:

http://www.publico.pt/ciencia/noticia/cometa-67p-nao-tem-magnetismo-e-isso-

levanos-ate-aos-primordios-do-sistema-solar-1692411

- Pouso do robô no cometa:

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/11/141112_pouso_robo_cometa_rb

- Documentário NatGeo - https://www.youtube.com/watch?v=TYFH1qa88xI

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- Pesquisadores brasileiros do observatório SONEAR encontraram um novo

cometa o C/2015 F4 (JACQUES):

http://blog.cienctec.com.br/imagens/o-cometa-c2015-f4-jacques-o-mais-novo-

cometa-brasileiro-parabens-a-todos-do-sonear/

- Plutão e Caronte a cores:

http://www.astropt.org/2015/04/16/plutao-e-caronte-a-cores/

Mais notícias:

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CPróxima Aula 16/05:

Sistema Solar - Sol

Slides de apoio: Professor Pieter e Victória.