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ATA DA ASSEMBLEIA GERAL DE 14.04.2015 Ata da Assembleia Geral dos estudantes da FDRP, convocada pelo CAAJA, Centro Acadêmico Antônio Junqueira de Azevedo, da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto, FDRP- USP. A Assembleia teve início às 12 horas e término às 13 horas e 23 minutos do dia 14 de abril de 2014, realizada no Anfiteatro, da própria faculdade, em Ribeirão PretoSP. Foi presidida e secretariada por membros da atual diretoria do CAAJA da Gestão Polifonia. Presentes: Ao todo, estavam presentes 61 (sessenta e um) alunos e alunas devidamente matriculados na FDRP como consta na lista de controle da Assembleia, que pode ser consultada em caso de pedidos para qualquer membro da atual gestão. PAUTA: 1. Deliberação* do posicionamento dos alunos a respeito dos seguintes assuntos: Paralisação Nacional do dia 15/04 e PL 4330/2004 - Regulamentação da Terceirização (caso do restaurante universitário da USP-RP) 2. Aprovação e definição de possíveis alterações da nota produzida por alunos a respeito da Emenda Constitucional (PEC) nº 171 - Redução da Maioridade Penal 3. Repasse e discussão a respeito do assunto: Permanência estudantil - extinção de vagas nas creches da USP (creche Carochinha) * as deliberações estão destacadas nesta Ata. ATA: 1. PRIMEIRO BLOCO: Paralisação Nacional do dia 15/04 e PL 4330/2004 - Regulamentação da Terceirização Para além das votações a respeito dos possíveis posicionamento do Centro Acadêmico a respeito dos assuntos do primeiro bloco, abriu-se previamente inscrições

Ata Assembleia Geral

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Ata da Assembleia Geral realizada no dia 14 de abril pela Gestão Polifonia.

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Page 1: Ata Assembleia Geral

ATA DA ASSEMBLEIA GERAL DE 14.04.2015

Ata da Assembleia Geral dos estudantes da FDRP, convocada pelo CAAJA, Centro

Acadêmico Antônio Junqueira de Azevedo, da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto,

FDRP- USP.

A Assembleia teve início às 12 horas e término às 13 horas e 23 minutos do dia 14

de abril de 2014, realizada no Anfiteatro, da própria faculdade, em Ribeirão Preto–SP. Foi

presidida e secretariada por membros da atual diretoria do CAAJA da Gestão Polifonia.

Presentes:

Ao todo, estavam presentes 61 (sessenta e um) alunos e alunas devidamente

matriculados na FDRP – como consta na lista de controle da Assembleia, que pode ser

consultada em caso de pedidos para qualquer membro da atual gestão.

PAUTA:

1. Deliberação* do posicionamento dos alunos a respeito dos seguintes

assuntos: Paralisação Nacional do dia 15/04 e PL 4330/2004 - Regulamentação

da Terceirização (caso do restaurante universitário da USP-RP)

2. Aprovação e definição de possíveis alterações da nota produzida por alunos

a respeito da Emenda Constitucional (PEC) nº 171 - Redução da Maioridade

Penal

3. Repasse e discussão a respeito do assunto: Permanência estudantil -

extinção de vagas nas creches da USP (creche Carochinha)

* as deliberações estão destacadas nesta Ata.

ATA:

1. PRIMEIRO BLOCO: Paralisação Nacional do dia 15/04 e PL 4330/2004 -

Regulamentação da Terceirização

Para além das votações a respeito dos possíveis posicionamento do Centro

Acadêmico a respeito dos assuntos do primeiro bloco, abriu-se previamente inscrições

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para fala dos presentes.

Ian Aurichio faz a fala inicial deste bloco, posicionando-se contrário à PEC 4330

com base no fato de que tal projeto ameaçaria os direitos trabalhistas já consagrados.

Cita que, por levantamento feito pelo DIEESE (em parceria com a CUT) 26% do mercado

formal é composto por terceirizados – porcentagem que, provavelmente, não reflete a

realidade visto que grande parte dos terceirizados se encontram na informalidade,

segundo o mesmo – além de exercerem maior carga horária de trabalho e com maior

risco de acidentes de trabalho. Seguindo, coloca que o texto não assegura a filiação dos

terceirizados ao Sindicato da classe; criando, por consequente, problemáticas no âmbito

da integração dos trabalhadores (haveria uma disputa de interesses diversos pela classe

trabalhadora). Como sugestão para a formatação de uma possível nota/posicionamento

do Centro Acadêmico, cita a questão da responsabilidade subsidiaria em detrimento da

responsabilidade solidária. Acredita que seria interessante desenvolver outras ações em

relação ao tema para além de posicionamentos institucionais.

Daniel Alves pontua que o Plano de Demissão Voluntária sobrecarregou o trabalho

dos servidores que continuaram em seus cargos em toda a USP, dando ênfase ao

impacto do PIDV no contexto do R.U. da USP-RP; cita que uma decisão unilateral tomada

pela Prefeitura do Campus para contornar essa “situação” será o oferecimento de marmita

durante o período noturno. Entretanto, a licitação para a contratação de uma empresa

responsável pela confecção das marmitas foi impugnada em um primeiro momento. Com

relação à terceirização, entende que no âmbito dos direitos trabalhistas, estabilidade de

carreira, harmonia entre os trabalhadores, as perdas são inúmeras. Coloca, também, que

o SINTUSP decidiu manter a paralisação de hoje (14) em mais um dia em sinal de apoio à

nacional do dia 15 de maio.

Cristiano Castro, em relação ao PL 4330, pontua que o mais importante seria trazer

o projeto para a nossa realidade, isto é, como este afetaria os funcionários da nossa

faculdade/universidade – tendo em vista que a abrangência de posicionamentos do

Centro Acadêmico é restrita ao contexto local, em casos de não articulação com outros

CAs. Nesse sentido, mantê-lo (o PL citado) no nosso contexto visaria dar coerência ao

posicionamento institucional emitido. Para a construção da nota, sugere introduzir com o

contexto nacional e dar ênfase ao contexto interno da USP-RP.

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Victor Sadano concorda com a fala do Cristiano, pontua que deveríamos (Centro

Acadêmico) nos posicionar contra a terceirização, usando como base de sua

argumentação os altos índices de acidentes dos terceirizados; e colocando que, muitas

vezes, o trabalho terceirizado se caracteriza por regimes análogos à escravidão no

sentido da perda de direitos trabalhistas e da dignidade humana. Sobre a paralisação

nacional do dia 15 de maio, acredita que deveríamos dar coro a esta no sentido de dar,

dessa forma, visibilidade para a sociedade civil sobre a mesma e pressionar, enquanto

alunos e alunos de uma instituição renomada no cenário nacional, pela não aprovação

desse PL.

O apoio do corpo discente da FDRP à paralisação nacional de 15 de maio foi

aprovado por unanimidade, assim como o posicionamento contrário à PL 4330/2004.

Cristiano Castro pontua que é contrário a aderência efetiva à paralisação nacional

visto que isto implicaria em uma série de problemática, elucidando-as por meio de

exemplos, desde as possíveis perseguições e retaliações aos envolvidos (tendo em vista

que a abrangência desta Assembleia não comporta a totalidade dos demais alunos) até

as questões legais e jurídicas por trás do impedimento ao acesso à faculdade e uso de

seu espaço pelos demais funcionários, professores e alunos.

Julia Leite pontua que seria a favor da aderência à paralisação, entretanto, por

questão de tempo, visando que se daria amanhã (15), coloca que no contexto da FDRP

seria inviável, tanto pelo histórico de apatia quanto pela questão de organização (o tempo

seria um obstáculo).

Cinthia Catoia também seria favorável à paralisação estudantil, porém, pontua que

além da problemática da organização, perder-se-ia um tempo importantíssimo de

conscientização e informação para os demais alunos da FDRP, no sentido de que as

discussões a respeito da paralisação nacional foram incipientes até o presente momento

e a imposição de uma paralisação estudantil generalizada implicaria no afastamento de

possíveis apoiadores pela questão do desconhecimento já citado, para tal, sugere que o

CAAJA deveria organizar falas nas salas e outras ações de cunho informativo.

Daniel Alves pontua que os funcionários da FDRP ainda não possuem posição

formada em relação à paralisação nacional de 15 de maio. Acredita que se trata de um

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momento histórico; a aprovação de terceirização das atividades fins no âmbito público e

privado; e, nesse contexto, é importante que nós, enquanto alunos de uma faculdade

pública de Direito, nos posicionemos, sendo assim, coloca que aderir à paralisação seria

o mínimo esperado.

Poliana Kamalu pontua que existe uma outra forma de paralisação, tendo em vista

todas as problemáticas citadas, principalmente pelos encaminhamentos feitos pelos

presentes, isto é, coloca que o CAAJA poderia desenvolver atividades que ocupassem

todo o período da manhã do dia 15, de cunho informativos e desenvolver debates a

respeito das questões atreladas à paralisação nacional, demandaria, porém, a aderência

dos alunos para tal e o possível diálogo com os professores a fim da liberação dos alunos

para tais atividades.

Julia Leite concorda com o encaminhamento feito pela Poliana, pontuando que

cada aluno tem que entender a sua própria situação nesse momento, já que tal liberação

por parte dos docentes não deveria ser esperada.

Houve, portanto, uma alteração deliberada pelos presentes na pauta que seria

votada nesse bloco, isto é, ao invés de votarmos a aderência efetiva à paralisação

nacional do dia 15 de maio, foi votado se o Centro Acadêmico deveria realizar

atividades no período da manhã do dia 15 em sinal de apoio e de aderência à

paralisação nacional do dia 15 de maio, além do fechamento da sala da instituição

durante todo o dia, entretanto, sem prejudicar o andamento das aulas e demais

atividades realizadas na FDRP.

Sendo assim, votamos: 54 pessoas foram favoráveis a ações do CAAJA no dia 15 de

maio, 7 votos contrários e 6 abstenções.

2. SEGUNDO BLOCO: Emenda Constitucional (PEC) nº 171 - Redução da Maioridade

Penal

Nesse bloco, houve a leitura da nota produzida por alunos e alunas da FDRP, e,

sem seguida, foi aberto para fala interessados em propor alterações e sugestões ao texto

produzido, como solicitado pelos Representantes Discentes da Congregação, Vinícius

Drago e Jesus Pacheco Simões que têm interesse de levar tal documento ao âmbito da

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Congregação a fim de que, caso aprovado, torne-se o posicionamento oficial da FDRP a

respeito da PEC 171.

Yan Funck pontua que deva haver uma correção no dado apresentado no trecho

“Segundo a pesquisa “Participação, Democracia e Racismo?”, do Instituto de Pesquisa

Econômica Aplicada – IPEA, a cada dois assassinatos no país, dois vitimam negros. Isso

demonstra que os negros possuem chance 3,7 vezes maior de serem assassinados em

relação aos brancos.”. Tendo em vista que a construção desse trecho mostra-se

incoerente. Pontua também que deva haver uma ênfase maior à questão da

constitucionalidade da PEC, assim como em relação à questão da perda de direitos

humanos e da dignidade humana – em decorrência da atual situação do sistema prisional

brasileiro.

Cinthia Catoia pontua que é necessário a supressão de determinados termos

intimamente ligados ao contexto juridico a fim de possibilidar uma maior abrangência da

nota e entendimento da mesma por parte dos diversos setores da sociedade civil –

principalmente, no caso deste documento se tornar o posicionamento oficial da Faculdade.

Porém, coloca que gostaria de ter mais tempo para reler o documento e propor outras

alterações.

Os presentes deliberaram, portanto, que deveria ser votado a possibilidade do

Centro Acadêmico subscrever o documento final, após as devidas alterações,

porém seguindo os prínpios da nota apresentada nessa Assembleia (isto é, posição

contrária à Emenda Constitucional nº 171).

Sendo assim, votamos: 25 votos a favor, nenhum voto contra e apenas 2

abstenções.

3. TERCEIRO BLOCO: Permanência Estudantil - extinção de vagas nas creches da

USP (creche Carochinha)

Nesse bloco, houve fala dos membros do CAAJA que basearam-se em um convite

ao ato em defesa da Creche Carochinha contrário à redução de vagas. Foi colocado que

essa decisão vem de encontro com a sucessiva perda de direitos estudantis – que afetam

diretamente a permanência, principalmente das mulheres – no contexto de crise

financeira da USP. Deliberou-se unanimemente o fechamento da sala do CAAJA

durante o período do Ato além do apoio formal do Centro Acadêmico ao mesmo.

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Nesses termos, certifico e dou fé da legitimidade do presente documento,

Poliana Kamalu

Presidente do CAAJA

Gestão 2014-2015