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ATA DA 2.614ª SESSÃO (ORDINÁRIA) Aos dezesseis dias do mês de maio de 2012, às 15h05min, no Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, realizou-se a 2.614ª sessão (ordinária) do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, sob a presidência do Conselheiro Edson Simões, presentes os Conselheiros Maurício Faria, Vice-Presidente, Eurípedes Sales e Yara Tacconi, o Secretário Geral Murilo Magalhães Castro, a Subsecretária Geral Roseli de Morais Chaves, o Procurador Chefe da Fazenda "ad hoc" Fábio Costa Couto Filho e a Procuradora Marcia Donatti Gubert. Ausente o Conselheiro Roberto Braguim, Corregedor, por motivo previamente justificado. A Presidência: "Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos." Dispensada a leitura e entregues cópias, previamente, aos Conselheiros, foram postas em discussão as atas das Sessões 2.612ª e 2.613ª (ordinárias), as quais foram aprovadas, assinadas e encaminhadas à publicação. Preliminarmente, a Corte registrou a presença em Plenário do Senhor Eduardo Augusto A. de Faria, Estagiário do Escritório Duarte, Garcia, Caselli, Guimarães e Terra Advogados. A seguir, o Conselheiro Presidente Edson Simões deu conhecimento ao Egrégio Plenário do Relatório Oficial de Atividades da Presidência, no período de 07 a 11 de maio de 2012: Dia 07, às 8 horas – O Presidente Edson Simões reuniu-se com o Secretário Geral, Murilo Magalhães; o Subsecretário de Fiscalização e Controle, Lívio Mário Fornazieri; a Assessora Jurídica Chefe do Controle Externo, Izabel Camargo; o Chefe do Núcleo de Tecnologia da Informação, Mário Augusto de Toledo Reis; o Subsecretário Administrativo, Cláudio Figo e o Chefe de Gabinete da Presidência, Miguel Kirsten, para reunião da Alta Direção. Às 10 horas – Recebeu a visita da Secretária municipal da Educação, Célia Regina Guidon Falótico, que veio acompanhada do Assessor Jurídico da Secretaria, Thiago Rossi, para tratar de assuntos relativos à Pasta. Na sequência, realizou reuniões com Assessores de várias áreas do Tribunal para discutir o planejamento dos trabalhos técnicos da semana. No período da tarde, analisou processos. Dia 08, às 8 horas – Reunião de pauta com os Assessores do seu Gabinete. Na sequência, assinou documentos. No período da tarde, realizou despachos administrativos. Dia 09 – No período da manhã, analisou processos e assinou documentos. Às 12h30min – Recebeu a visita do Secretário municipal de Transportes, Marcelo Branco, que veio se inteirar do andamento dos processos da sua Pasta. Às 14h30min – Presidiu a 2.612ª Sessão Plenária Ordinária. Na sequência, presidiu a 2.613ª Sessão Plenária Ordinária. Dia 10 – No período da manhã, realizou despachos administrativos. Às 12 horas – Recebeu a visita dos Professores e Cientistas da Universidade de São Paulo – USP, Shozo Motoyama, Marcelo Teixeira, Marcelo Barros e Francisco Queiroz. No período da tarde, analisou processos. Dia 11, às 8h45min – Realizou a abertura da homenagem prestada às servidoras do Tribunal em comemoração ao Dia das mães. Sobre evento foi publicado na intranet e internet do TCM, a seguinte matéria: Comemoração do Dia das Mães no Tribunal de Contas. Em comemoração ao Dia das Mães, a Presidência do TCM e a Associação dos Servidores do Tribunal de Contas do Município de São Paulo – Astcom ofereceram um café da manhã para as mães- servidoras do Tribunal. No final do evento, realizado na sexta-feira, 11/5, foram sorteados brindes às participantes. Para a abertura da homenagem, a Presidente da Astcom, Vera Regina Cândido Carrion, passou a palavra ao Presidente Edson Simões, que fez a saudação inicial às mães, ao lado do Secretário Geral Murilo Magalhães Castro. Em seu discurso, o Presidente Edson Simões prestigiou as mães presentes com citações de grandes personalidades históricas e contemporâneas. "Este ano eu vou levar em consideração a visão da literatura sobre as mães. Os textos que utilizarei foram escritos por intelectuais e até cientistas, tendo como tema a maternidade", disse o Presidente. A primeira citação lida foi de George Washington, que foi Presidente dos Estados Unidos e um dos principais personagens no processo de independência de seu país: "Deus não está em todas as partes ao mesmo

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ATA DA 2.614ª SESSÃO (ORDINÁRIA) Aos dezesseis dias do mês de maio de 2012, às 15h05min, no Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, realizou-se a 2.614ª sessão (ordinária) do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, sob a presidência do Conselheiro Edson Simões, presentes os Conselheiros Maurício Faria, Vice-Presidente, Eurípedes Sales e Yara Tacconi, o Secretário Geral Murilo Magalhães Castro, a Subsecretária Geral Roseli de Morais Chaves, o Procurador Chefe da Fazenda "ad hoc" Fábio Costa Couto Filho e a Procuradora Marcia Donatti Gubert. Ausente o Conselheiro Roberto Braguim, Corregedor, por motivo previamente justificado. A Presidência: "Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos." Dispensada a leitura e entregues cópias, previamente, aos Conselheiros, foram postas em discussão as atas das Sessões 2.612ª e 2.613ª (ordinárias), as quais foram aprovadas, assinadas e encaminhadas à publicação. Preliminarmente, a Corte registrou a presença em Plenário do Senhor Eduardo Augusto A. de Faria, Estagiário do Escritório Duarte, Garcia, Caselli, Guimarães e Terra Advogados. A seguir, o Conselheiro Presidente Edson Simões deu conhecimento ao Egrégio Plenário do Relatório Oficial de Atividades da Presidência, no período de 07 a 11 de maio de 2012: Dia 07, às 8 horas – O Presidente Edson Simões reuniu-se com o Secretário Geral, Murilo Magalhães; o Subsecretário de Fiscalização e Controle, Lívio Mário Fornazieri; a Assessora Jurídica Chefe do Controle Externo, Izabel Camargo; o Chefe do Núcleo de Tecnologia da Informação, Mário Augusto de Toledo Reis; o Subsecretário Administrativo, Cláudio Figo e o Chefe de Gabinete da Presidência, Miguel Kirsten, para reunião da Alta Direção. Às 10 horas – Recebeu a visita da Secretária municipal da Educação, Célia Regina Guidon Falótico, que veio acompanhada do Assessor Jurídico da Secretaria, Thiago Rossi, para tratar de assuntos relativos à Pasta. Na sequência, realizou reuniões com Assessores de várias áreas do Tribunal para discutir o planejamento dos trabalhos técnicos da semana. No período da tarde, analisou processos. Dia 08, às 8 horas – Reunião de pauta com os Assessores do seu Gabinete. Na sequência, assinou documentos. No período da tarde, realizou despachos administrativos. Dia 09 – No período da manhã, analisou processos e assinou documentos. Às 12h30min – Recebeu a visita do Secretário municipal de Transportes, Marcelo Branco, que veio se inteirar do andamento dos processos da sua Pasta. Às 14h30min – Presidiu a 2.612ª Sessão Plenária Ordinária. Na sequência, presidiu a 2.613ª Sessão Plenária Ordinária. Dia 10 – No período da manhã, realizou despachos administrativos. Às 12 horas – Recebeu a visita dos Professores e Cientistas da Universidade de São Paulo – USP, Shozo Motoyama, Marcelo Teixeira, Marcelo Barros e Francisco Queiroz. No período da tarde, analisou processos. Dia 11, às 8h45min – Realizou a abertura da homenagem prestada às servidoras do Tribunal em comemoração ao Dia das mães. Sobre evento foi publicado na intranet e internet do TCM, a seguinte matéria: Comemoração do Dia das Mães no Tribunal de Contas. Em comemoração ao Dia das Mães, a Presidência do TCM e a Associação dos Servidores do Tribunal de Contas do Município de São Paulo – Astcom ofereceram um café da manhã para as mães-servidoras do Tribunal. No final do evento, realizado na sexta-feira, 11/5, foram sorteados brindes às participantes. Para a abertura da homenagem, a Presidente da Astcom, Vera Regina Cândido Carrion, passou a palavra ao Presidente Edson Simões, que fez a saudação inicial às mães, ao lado do Secretário Geral Murilo Magalhães Castro. Em seu discurso, o Presidente Edson Simões prestigiou as mães presentes com citações de grandes personalidades históricas e contemporâneas. "Este ano eu vou levar em consideração a visão da literatura sobre as mães. Os textos que utilizarei foram escritos por intelectuais e até cientistas, tendo como tema a maternidade", disse o Presidente. A primeira citação lida foi de George Washington, que foi Presidente dos Estados Unidos e um dos principais personagens no processo de independência de seu país: "Deus não está em todas as partes ao mesmo

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tempo e por isso criou as mães. Uma mãe não é uma pessoa na qual possa se apoiar, senão uma pessoa que faz que não precise se apoiar em ninguém. Quando se é mãe, nunca se está sozinha em seus pensamentos. Uma mãe sempre deve pensar por dupla – uma vez por ela e outra por seu filho." Segundo o Presidente Edson Simões, "essa é a visão de um homem da área político-administrativa, sobre as mães". Simões discorreu sobre o pensamento de ilustres nomes acerca das Mães começando por um trecho de Casimiro de Abreu, do romantismo brasileiro, com o poema "Minha Mãe": "Da pátria formosa distante e saudoso, Chorando e gemendo meus cantos de dor, Eu guardo no peito a imagem querida, Do mais verdadeiro, do mais santo amor: -Minha Mãe! Nas horas caladas das noites de estio, Sentado sozinho, com a face na mão, Eu choro e soluço por quem me chamava; - Ó filho querido do meu coração! -Minha Mãe!" O Presidente do TCM seguiu com um trecho do poema "Ser Mãe" de Coelho Neto, um dos fundadores, juntamente com Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras: "Ser mãe é desdobrar fibra por fibra; O coração! Ser mãe é ter no alheio; Lábio, que suga, o pedestal do seio, Onde a vida, onde o amor cantando vibra. Ser mãe é ser um anjo que se libra, Sobre um berço dormido; é ser anseio, É ser temeridade, é ser receio, É ser força que os males equilibra!" O próximo autor citado por Edson Simões foi Carlos Drummond de Andrade, um dos maiores expoentes da poesia modernista no Brasil, com seu poema "Para Sempre": "Por que Deus permite que as mães vão-se embora? Mãe não tem limite, é tempo sem hora, luz que não apaga quando sopra o vento e chuva desaba, veludo escondido na pele enrugada, água pura, ar puro, puro pensamento. Morrer acontece com o que é breve e passa sem deixar vestígio. Mãe, na sua graça, é eternidade. Por que Deus se lembra - mistério profundo - de tirá-la um dia? Fosse eu Rei do Mundo, baixava uma lei: Mãe não morre nunca, mãe ficará sempre junto de seu filho e ele, velho embora, será pequenino feito grão de milho." Albert Einstein, um dos grandes físicos do século XX, foi citado pelo Presidente com o pensamento: "O homem somente compreenderá a natureza quando entender o que é Ser Mãe. O homem somente entenderá o que é ser Mãe quando deixar de ser homem". Em seguida, um trecho do texto intitulado "Mulheres" do jornalista, escritor e cronista brasileiro, Luiz Fernando Veríssimo, foi citado: "É a comunicação direta com Deus! Assim é muito fácil... As mulheres são mães! E preparam, literalmente, gente dentro de si. Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal? E não satisfeitas em ensinar a vida elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral. Fala-se em "praga de mãe", "amor de mãe", "coração de mãe"... Tudo isso é meio mágico... Talvez Ele tenha instalado o dispositivo "coração de mãe" nos "anjos da guarda" de Seus filhos (que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança)." A jornalista e escritora Danuza Leão também escreveu sobre as Mães: "Mães, geralmente é a vocês que cabe a educação dos filhos, sobretudo no capítulo modos à mesa, arrumação do quarto etc. Não sejam preguiçosas! É mais fácil fazer que ensinar. Mas tenham coragem, ensinem. E comecem cedo para que os bons hábitos se tornem uma segunda natureza e não um procedimento para se ter só na frente das visitas. Seja rigorosa! Eles vão te odiar às vezes. Você vai querer esganá-los frequentemente. Faz parte entre as pessoas que se amam. Mas um belo dia alguém vai dizer o quanto seu filho é educado, prestativo, gentil, querido. Você vai desmaiar de surpresa e felicidade." O Presidente apresentou o texto "Quero voltar a confiar" do cineasta, jornalista e escritor, Arnaldo Jabor: "Fui criado com princípios morais comuns: Quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos, eram autoridades dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos ou mais velhos, mais afeto. Inimaginável responder de forma mal educada aos mais velhos, professores ou autoridades… Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças da nossa rua, do bairro, ou da cidade… Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos, dos filmes de terror… Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos. Por tudo o que

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meus netos um dia enfrentarão. Pelo medo no olhar das crianças, dos jovens, dos velhos e dos adultos. Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem em tudo significa ser idiota. Pagar dívidas em dia é ser tonto… Anistia para corruptos e sonegadores… O que aconteceu conosco? Professores maltratados nas salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas. Que valores são esses? Automóveis que valem mais que abraços, filhas querendo uma cirurgia como presente por passar de ano. Celulares nas mochilas de crianças. O que vais querer em troca de um abraço? A diversão vale mais que um diploma. Uma tela gigante vale mais que uma boa conversa. Mais vale uma maquiagem que um sorvete. Mais vale parecer do que ser… Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo? Quero arrancar as grades da minha janela para poder tocar as flores! Quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas noites de verão! Quero a honestidade como motivo de orgulho. Quero a vergonha na cara e a solidariedade. Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olhar olho no olho. Quero a esperança, a alegria, a confiança! Quero calar a boca de quem diz: "temos que estar ao nível de…", ao falar de uma pessoa. Abaixo o "TER", viva o "SER". E viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como um céu de primavera, leve como a brisa da manhã! E definitivamente bela, como cada amanhecer. Quero ter de volta o meu mundo simples e comum. Onde existam amor, solidariedade e fraternidade como bases. Vamos voltar a ser "gente". Construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas. Utopia? Quem sabe?… Precisamos tentar… Quem sabe comecemos a caminhar transmitindo essa mensagem… Nossos filhos merecem e nossos netos certamente nos agradecerão!". Por último, o Presidente leu o artigo "Mães Más", escrito pelo psiquiatra Carlos Hecktheuer: "Um dia quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes: - Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão. - Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia. - Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: "Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar". - Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos. - Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos. - Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração". Encerrando, o Presidente Edson Simões parabenizou as mães e a Presidente da Associação dos Servidores do TCM, Vera Regina Camargo Cândido Carrion, pela iniciativa. Em seguida, a palavra foi passada para o Secretário Geral do TCM, Murilo Magalhães Castro. "É Dia das Mães, mas eu acho que há um pai que pode ser lembrado e honrado. Esse homem é o Presidente Edson Simões, que conjuga tudo o que disse neste momento, dirigindo esta Corte de Contas. Ele vive essas citações. Para ele não são palavras vãs, a verdade está nisso", ressaltou. O Secretário finalizou: "a homenagem hoje é para todas as mães. Cada um de nós sabe para onde vai o pensamento no momento em que essa palavra mágica é citada. Feliz Dia das Mães a todas vocês". Na sequência, o Coral dos Servidores do Tribunal de Contas do Município de São Paulo prestou sua homenagem às servidoras presentes. Em seguida, presidiu reuniões internas de praxe para tratar de assuntos de interesse administrativo. No período da tarde, avaliou os relatórios de atividades semanais enviados pelas áreas do Tribunal. Na sequência, o Conselheiro Presidente Edson Simões assim se pronunciou: "Este Presidente registra a movimentação de processos do Gabinete do Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria no mês de abril de 2012, indicando a entrada de 444 e a saída de 545 processos, entre os quais estão incluídos 34 julgamentos. A Secretaria

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Geral providenciará sua publicação na íntegra. Esta Presidência comunica que, visando a imediata aplicação e o estrito cumprimento da Lei Federal 12.527/11, em vigor a partir de hoje, 16 de maio, que dispõe sobre a garantia de acesso às informações dos órgãos públicos do país, já está disponível para consulta, no "site" desta Corte, na Internet, o Portal da Transparência TCMSP. A página criada concentrará todos os dados a serem divulgados por este Tribunal, de acordo com a nova legislação. É importante frisar que parte das informações já era disponibilizada por esta Corte, antes mesmo da entrada em vigor da referida lei. No entanto, em meios de divulgação distintos. Com a nova medida, elas foram agrupadas em um mesmo local e acrescidas de outros indicadores, de modo a facilitar o trabalho de pesquisa do interessado. Trago ao conhecimento e convido Vossas Excelências para participarem da solenidade de assinatura do Termo de Cooperação Técnica, firmado entre o Tribunal de Contas do Município de São Paulo e a Prefeitura da Estância de Atibaia, no próximo dia 22 de maio, terça-feira, às 14 horas, na Sala da Presidência, 1º andar. O referido convênio tem por finalidade capacitar os funcionários e servidores por meio da participação nos cursos ministrados pela Escola Superior de Gestão e Contas Públicas Conselheiro Eurípedes Sales. Com pesar, comunico o falecimento da Sra. Zinóvia Doncev Constantinov, mãe da servidora Marina Constantinov Piedade, lotada no Núcleo de Tecnologia da Informação, ocorrido no último dia 10 de maio. Participo, também, o falecimento do servidor aposentado Laerte Chiaratti. A Presidência, em nome do Colegiado e de todos os servidores desta Corte, enviou ofícios de condolências às famílias enlutadas." A seguir, o Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria assim se manifestou: "Senhor Presidente, eu tenho três assuntos nesta fase de Expediente. O primeiro diz respeito a esse informe que Vossa Excelência deu a respeito das medidas de aplicação da Lei de Acesso à Informação, que passa a vigorar a partir de hoje no país. Nós teremos, na próxima semana, uma reunião de trabalho da ATRICON, do Instituto Rui Barbosa, em que o objetivo é exatamente uma troca de informações e um debate a respeito de sugestões, recomendações aos Tribunais de Contas, exatamente visando uma unificação nacional de posturas e de procedimentos em relação à aplicação da lei. Eu, inclusive, estarei levando aos companheiros da ATRICON essa orientação, essa diretriz estabelecida pelo Senhor Presidente e certamente teremos lá, então, uma série de outras diretrizes, de outros Tribunais para esse encontro, essa reflexão e essas ideias que devem surgir do encontro. Então, posteriormente, no meu retorno, estarei informando a respeito do resultado dessa reunião. Outro assunto preliminar no âmbito, ainda, do expediente, é o seguinte: refere-se ao Memorando encaminhado por mim à Subsecretaria de Fiscalização e Controle, por meio do qual determinei que todos os Relatórios de Análise de Licitações e Contratos, da minha relatoria, contenham a comparação dos referenciais de preços constantes das bases de dados do CADTERC – Cadastro de Serviços Terceirizados do Estado de São Paulo, SICRO – Sistema de Custos Rodoviários do Governo Federal e SINAP – Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e Índices da Construção Civil, em relação aos preços definidos como valor estimado para a contratação e também em relação aos valores efetivamente contratados ou modificados e introduzidos por aditamento contratual. De acordo com essa determinação, como já mencionei, todos os processos de minha relatoria serão instruídos com informações que permitam o cotejo entre os preços praticados pela Administração e aqueles anotados nessas bases de dados, de forma a tornar mais consistente a Instrução Processual. Diante do exposto, sugiro ao Senhor Presidente que realize estudos no sentido de avaliar quanto a tornar esse procedimento um procedimento padrão para toda a atividade da Subsecretaria de Fiscalização e Controle. É o que apresento à apreciação de Vossas Excelências." Com a palavra, o Conselheiro Presidente Edson Simões assim se manifestou: "Encaminharei para o Senhor Secretário Geral tomar as providências e para os Senhores Conselheiros se manifestarem." Continuando, "o Conselheiro Maurício Faria –

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Relator deu conhecimento ao Egrégio Plenário da matéria constante do processo TC 1.762.11-62, apresentando o seguinte despacho: "Conforme documentos previamente encaminhados aos meus pares, submeto ao Egrégio Plenário a determinação de sustação da Concorrência Pública 001/2011-SMS.G, denominada PPP da saúde, divulgada pela Secretaria Municipal da Saúde, cuja abertura dos volumes das Garantias das Propostas e das Propostas Técnicas estava marcada para hoje, dia 16 de maio de 2012, com a finalidade de selecionar a melhor proposta para a celebração de contrato de concessão administrativa para a construção e modernização de Unidades Hospitalares e construção de Centros de Diagnósticos e prestação de serviços e utilidades não assistenciais pelo prazo de 15 (quinze) anos, contados a partir da data da assunção, admitida a sua eventual prorrogação ou extensão, e assim o faço em cumprimento ao disposto no Regimento Interno desta Corte de Contas, em especial nos artigos 31, inciso XVI e 101, § 1º, alínea "d". A decisão de suspensão foi respaldada nos relatórios técnicos elaborados pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle e teve como principais pontos os seguintes: o § 2º do artigo 10 da Lei Federal 11.079/04 determina que sempre que a assinatura do contrato ocorrer em exercício diverso daquele em que for publicado o edital, deverá ser precedida da atualização dos estudos e demonstrações a que se referem os incisos I a IV do "caput" do referido artigo, o que não foi providenciado pela Origem; o item 12.8.1.4. do Edital (modelo nº 11 do Anexo 2) exige que o licitante apresente declaração de instituição financeira acreditada, atestando a correção do modelo de negócios e assegurando a sua financiabilidade, o que não acarreta o consequente vínculo de responsabilidade, assim como transfere para agente financeiro privado a avaliação da consistência econômico-financeira da proposta, responsabilidade que, todavia, cabe ao Poder Público concedente. A Companhia São Paulo de Parcerias – SPP, que celebrou com a SMS o convênio 16/2010 para a concepção, estruturação, acompanhamento, desenvolvimento de normas e diretrizes do Projeto de Parceria Público Privadas, por meio do Ofício 269/11, encaminhado à Secretaria Municipal da Saúde, em 22 de setembro de 2011, e juntado às fls. 12.225/12.229 do Processo Administrativo 2011-0.016.361-6, consignava a necessidade de reformulação do edital, assinalando que "a SPP resolveu realizar a revisão conceitual, técnica e operacional dos estudos que lhe cabem por conta do Convênio 16/2010, e proceder aos ajustes nos parâmetros e nos respectivos textos de apoio aos números que foram então reajustados, fornecendo um novo conjunto de elementos – quantitativos e qualitativos – que estão resumidos no texto final do edital", reconhecendo, outrossim, o "longo tempo decorrido desde o término dos estudos que embasaram a formulação da PPP da Saúde – em outubro de 2010 – até o presente momento" (setembro de 2011), bem como, tendo em vista que, "...no prazo decorrido em questão, houve sensível alteração da conjuntura econômica do país e do resto do mundo", o que não foi considerado pela Origem. A esses fatores técnicos e jurídicos se soma uma situação de acentuada assimetria entre o cronograma político-administrativo do Município e o cronograma específico de gestão da PPP, cuja estrutura de gerenciamento se compõe basicamente de cargos em comissão, sujeitos aos efeitos de uma mudança do governo local, uma vez que inexiste, ainda, estrutura de Estado garantidora da continuidade na condução da Parceria. Diante do exposto, submeto a presente decisão de suspensão da Concorrência 001/2011, da Secretaria Municipal da Saúde, proferida nos autos do TC 1.762.11-22, ao referendo deste Colegiado." Afinal, o Egrégio Plenário, à unanimidade, referendou a medida determinada pelo Conselheiro Maurício Faria – Relator." (Certidão) Dando prosseguimento, o Conselheiro Presidente Edson Simões, a fim de que pudesse relatar os processos de sua pauta, solicitou ao Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria que assumisse a direção dos trabalhos. Prosseguindo, o Presidente em exercício concedeu a palavra ao Conselheiro Edson Simões, que passou a relatar os processos constantes de sua pauta, tendo como Revisor o Conselheiro Eurípedes Sales. – PROCESSOS RELATADOS

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PELO CONSELHEIRO PRESIDENTE EDSON SIMÕES (na qualidade de Relator) – a) Contratos: 1) TC 3.004.05-37 – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans e Consladel – Construtora e Laços Detetores e Eletrônica Ltda. – Concorrência 024/2003 – Contrato 2004/073 R$ 20.938.790,85 – Fornecimento, instalação e manutenção das Estações de Transferência do Sistema de Transporte Público Coletivo de São Paulo – Agrupamento II – Área 2 (Tramitam em conjunto os TCs 3.076.05-48, 3.077.05-00, 3.078.05-73, 3.151.05-61, 3.152.05-24, 3.153.05-97 e 3.154.05-50) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 3.076.05-48, 3.077.05-00, 3.078.05-73, 3.151.05-61, 3.152.05-24, 3.153.05-97 e 3.154.05-50, e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Edson Simões. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em não acolher a preliminar de ilegitimidade de parte arguida pelos Membros da Comissão de Licitação quanto pelo então Diretor de Relações Internas da São Paulo Transporte S.A. – SPTrans. Acordam, ademais, à unanimidade, em julgar irregular a Concorrência 024/2003, diante das razões a seguir transcritas: 1. o procedimento da licitação em pauta não observou todos os requisitos insculpidos no artigo 38, "caput", da Lei Federal 8.666/93 e no artigo 2º do Decreto Municipal 41.772/02, eis que restou desconsiderada a obrigatoriedade de se proceder à autuação do devido processo administrativo; 2. foi violado o § 5º, do artigo 30, da citada Lei Federal, ao ter a São Paulo Transporte S.A. – SPTrans incluído o subitem 5.5.2 do Edital da Concorrência a exigência de comprovação do fornecimento, instalação e manutenção, especificamente em: 1. equipamentos públicos em estrutura metálica do tipo estação de transferência ou abrigo, de passageiros de transporte coletivo (item 5.5.2.1); 2. comunicação visual em equipamentos públicos (item 5.5.2.2), em ambos os casos com a condição de que tais serviços tenham sido realizados junto ao sistema viário urbano. 3. a Concorrência 24/2003, patenteou outra irregularidade consistente na possibilidade de dupla contratação do objeto licitado, uma vez que a responsabilidade pelas estações de Transferência do Sistema de Transporte Público Coletivo de São Paulo está atribuída às empresas operadoras do sistema, conforme ficou estabelecido no Edital da Concorrência 012/2002 e na cláusula 3.13 do contrato de concessão. 4. restou configurada afronta ao parágrafo único do artigo 38 da Lei Federal 8.666/93, na medida em que não constou, quer na minuta do edital da concorrência, nem daquela do contrato, a aprovação pela assessoria jurídica da empresa SPTrans de seus termos. 5. não há como negar que o procedimento licitatório efetivado pelos agentes públicos deixou de observar os princípios inscritos no artigo 37 da Constituição Federal, da moralidade, da legalidade e da eficiência, aos quais se submetem à Administração Pública. Acordam, outrossim, à unanimidade, em considerar prejudicada a análise do Contrato 2004/073, em razão da perda de seu objeto, não gerando efeitos financeiros, pois foi rescindido sem que fosse emitida a Ordem de Início de Execução de Serviço. Acordam, ainda, à unanimidade, em conhecer do Termo de Rescisão Amigável 2008/A-008, datado de 03/3/2008. Acordam, também, à unanimidade, em aplicar, individualmente, aos agentes públicos identificados às folhas 393, 592, 593, 595, 596, 597, 605, 610, 611 e 615 dos presentes autos, responsáveis pelas infringências verificadas no procedimento licitatório, a multa no valor de R$ 512,28 (quinhentos e doze reais e vinte e oito centavos), nos termos do inciso II, do artigo 52, da Lei Municipal 9.167/80. Acordam, outrossim, à unanimidade, em determinar à SPTrans que adote as seguintes providências: 1. Apure a existência e respectivas responsabilidades por eventuais prejuízos causados ao erário em decorrência da licitação irregular e das contratações rescindidas; 2. Verifique se alguma das contratadas que, eventualmente tenha se considerado prejudicada em virtude da rescisão contratual unilateral, pleiteou ou está pleiteando ressarcimentos por danos causados, nos termos do § 2º do artigo 79 da Lei Federal 8.666/93 e na hipótese de configurados prejuízos e responsabilidades

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funcionais, adote as respectivas medidas administrativas, ou na via judicial, tendentes à reparação do montante dos danos causados aos cofres públicos. 3. Informe, em 60 (sessenta) dias, este Tribunal de Contas acerca das providências adotadas e os respectivos resultados. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar o envio de ofício acompanhado de cópia do presente acórdão: 1. ao Ministério Público do Estado de São Paulo, tendo em vista a instauração do Inquérito Civil 592/11, pela Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital e ao Departamento de Inquéritos e Polícia Judiciária, em atenção à solicitação encartada à folha 681 dos presentes autos; 2. ao Secretário Municipal de Transporte; 3. à São Paulo Transporte S.A. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar à Coordenadoria Processual desta Corte que cópia do presente acórdão seja trasladada para os autos do processo TC 3.496.03-71, que tem por objeto a análise do contrato do projeto arquitetônico das estações de transferência, cuja implantação foi a temática do processo ora julgado, ainda em fase de instrução, bem como o retorno dos autos à Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte para o acompanhamento das medidas ora determinadas. Relatório e voto englobados: v. TC 3.154.05-50. Participaram do julgamento os Conselheiros Eurípedes Sales – Revisor e Yara Tacconi. Ausente o Conselheiro Roberto Braguim, por motivo previamente justificado. Presente o Procurador Chefe da Fazenda "ad hoc" Fábio Costa Couto Filho. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 16 de maio de 2012. a) Maurício Faria – Vice-Presidente no exercício da Presidência – Edson Simões – Relator." 2) TC 3.076.05-48 – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans e Consladel – Construtora e Laços Detetores e Eletrônica Ltda. – Contrato 2004/074 R$ 12.296.550,93 – Fornecimento, instalação e manutenção das Estações de Transferência do Sistema de Transporte Público Coletivo de São Paulo – Agrupamento IV – Área 4 (Tramitam em conjunto os TCs 3.004.05-37, 3.077.05-00, 3.078.05-73, 3.151.05-61, 3.152.05-24, 3.153.05-97 e 3.154.05-50) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 3.004.05-37, 3.077.05-00, 3.078.05-73, 3.151.05-61, 3.152.05-24, 3.153.05-97 e 3.154.05-50, e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Edson Simões. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em considerar prejudicada a análise do Contrato 2004/074, em razão da perda de seu objeto, não gerando efeitos financeiros, pois foi rescindido sem que fosse emitida a Ordem de Início de Execução de Serviço. Acordam, ainda, à unanimidade, em conhecer do Termo de Rescisão Amigável 2008/A-009, datado de 03/3/2008. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar o retorno dos autos à Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte para o acompanhamento das medidas determinadas no âmbito do TC 3.004.05-37. Relatório e voto englobados: v. TC 3.154.05-50. Participaram do julgamento os Conselheiros Eurípedes Sales – Revisor e Yara Tacconi. Ausente o Conselheiro Roberto Braguim, por motivo previamente justificado. Presente o Procurador Chefe da Fazenda "ad hoc" Fábio Costa Couto Filho. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 16 de maio de 2012. a) Maurício Faria – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) Edson Simões – Relator." 3) TC 3.077.05-00 – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans e Consbem Construções e Comércio Ltda. – Contrato 2004/072 R$ 10.841.353,62 – Fornecimento, instalação e manutenção das Estações de Transferência do Sistema de Transporte Público Coletivo de São Paulo – Agrupamento I – Área 1 (Tramitam em conjunto os TCs 3.004.05-37, 3.076.05-48, 3.078.05-73, 3.151.05-61, 3.152.05-24, 3.153.05-97 e 3.154.05-50) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 3.004.05-37, 3.076.05-48, 3.078.05-73, 3.151.05-61, 3.152.05-24, 3.153.05-97 e 3.154.05-50, e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Edson Simões. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em considerar prejudicada a análise do Contrato 2004/072, em razão da perda de

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seu objeto, não gerando efeitos financeiros, pois foi rescindido sem que fosse emitida a Ordem de Início de Execução de Serviço. Acordam, ainda, à unanimidade, em conhecer do Termo de Rescisão Amigável 2008/A-007, datado de 28/02/2008. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar o retorno dos autos à Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte para o acompanhamento das medidas determinadas no âmbito do TC 3.004.05-37. Relatório e voto englobados: v. TC 3.154.05-50. Participaram do julgamento os Conselheiros Eurípedes Sales – Revisor e Yara Tacconi. Ausente o Conselheiro Roberto Braguim, por motivo previamente justificado. Presente o Procurador Chefe da Fazenda "ad hoc" Fábio Costa Couto Filho. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 16 de maio de 2012. a) Maurício Faria – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) Edson Simões – Relator." 4) TC 3.078.05-73 – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans e Projeção Engenharia Paulista de Obras Ltda. – Contrato 2004/071 R$ 8.086.008,88 – Fornecimento, instalação e manutenção das Estações de Transferência do Sistema de Transporte Público Coletivo de São Paulo – Agrupamento V – Área 5 (Tramitam em conjunto os TCs 3.004.05-37, 3.076.05-48, 3.077.05-00, 3.151.05-61, 3.152.05-24, 3.153.05-97 e 3.154.05-50) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 3.004.05-37, 3.076.05-48, 3.077.05-00, 3.151.05-61, 3.152.05-24, 3.153.05-97 e 3.154.05-50, e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Edson Simões. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em considerar prejudicada a análise do Contrato 2004/071, em razão da perda de seu objeto, não gerando efeitos financeiros, pois foi rescindido sem que fosse emitida a Ordem de Início de Execução de Serviço. Acordam, ainda, à unanimidade, em conhecer do Termo de Rescisão Amigável 2008/A-025, datado de 29/04/2008. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar o retorno dos autos à Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte para o acompanhamento das medidas determinadas no âmbito do TC 3.004.05-37. Relatório e voto englobados: v. TC 3.154.05-50. Participaram do julgamento os Conselheiros Eurípedes Sales – Revisor e Yara Tacconi. Ausente o Conselheiro Roberto Braguim, por motivo previamente justificado. Presente o Procurador Chefe da Fazenda "ad hoc" Fábio Costa Couto Filho. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 16 de maio de 2012. a) Maurício Faria – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) Edson Simões – Relator." 5) TC 3.151.05-61 – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans e Construbase Engenharia Ltda. – Contrato 2004/075 R$ 15.963.209,63 – Fornecimento, instalação e manutenção das Estações de Transferência do Sistema de Transporte Público Coletivo de São Paulo – Agrupamento VIII – Área 8 (Tramitam em conjunto os TCs 3.004.05-37, 3.076.05-48, 3.077.05-00, 3.078.05-73, 3.152.05-24, 3.153.05-97 e 3.154.05-50) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 3.004.05-37, 3.076.05-48, 3.077.05-00, 3.078.05-73, 3.152.05-24, 3.153.05-97 e 3.154.05-50, e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Edson Simões. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em considerar prejudicada a análise do Contrato 2004/075, em razão da perda de seu objeto, não gerando efeitos financeiros, pois foi rescindido sem que fosse emitida a Ordem de Início de Execução de Serviço. Acordam, ainda, à unanimidade, em conhecer do Termo de Rescisão Unilateral 2008/A-034, datado de 19/5/2008. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar o retorno dos autos à Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte para o acompanhamento das medidas determinadas no âmbito do TC 3.004.05-37. Relatório e voto englobados: v. TC 3.154.05-50. Participaram do julgamento os Conselheiros Eurípedes Sales – Revisor e Yara Tacconi. Ausente o Conselheiro Roberto Braguim, por motivo previamente justificado. Presente o Procurador Chefe da Fazenda "ad hoc" Fábio Costa Couto Filho. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 16 de maio de 2012. a) Maurício Faria – Vice-Presidente no exercício da

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Presidência; a) Edson Simões – Relator." 6) TC 3.152.05-24 – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans e Egypt Engenharia e Participações Ltda. – Contrato 2004/076 R$ 14.273.414,45 – Fornecimento, instalação e manutenção das Estações de Transferência do Sistema de Transporte Público Coletivo de São Paulo – Agrupamento VI – Área 6 (Tramitam em conjunto os TCs 3.004.05-37, 3.076.05-48, 3.077.05-00, 3.078.05-73, 3.151.05-61, 3.153.05-97 e 3.154.05-50) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 3.004.05-37, 3.076.05-48, 3.077.05-00, 3.078.05-73, 3.151.05-61, 3.153.05-97 e 3.154.05-50, e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Edson Simões. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em considerar prejudicada a análise do Contrato 2004/076, em razão da perda de seu objeto, não gerando efeitos financeiros, pois foi rescindido sem que fosse emitida a Ordem de Início de Execução de Serviço. Acordam, ainda, à unanimidade, em conhecer do Termo de Rescisão Amigável 2008/A-013, datado de 03/3/2008. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar o retorno dos autos à Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte para o acompanhamento das medidas determinadas no âmbito do TC 3.004.05-37. Relatório e voto englobados: v. TC 3.154.05-50. Participaram do julgamento os Conselheiros Eurípedes Sales – Revisor e Yara Tacconi. Ausente o Conselheiro Roberto Braguim, por motivo previamente justificado. Presente o Procurador Chefe da Fazenda "ad hoc" Fábio Costa Couto Filho. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 16 de maio de 2012. a) Maurício Faria – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) Edson Simões – Relator." 7) TC 3.153.05-97 – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans e Épura Engenharia e Construções Ltda. – Contrato 2004/077 R$ 12.436.381,97– Fornecimento, instalação e manutenção das Estações de Transferência do Sistema de Transporte Público Coletivo de São Paulo – Agrupamento VII – Área 7 (Tramitam em conjunto os TCs 3.004.05-37, 3.076.05-48, 3.077.05-00, 3.078.05-73, 3.151.05-61, 3.152.05-24 e 3.154.05-50) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 3.004.05-37, 3.076.05-48, 3.077.05-00, 3.078.05-73, 3.151.05-61, 3.152.05-24 e 3.154.05-50, e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Edson Simões. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em considerar prejudicada a análise do Contrato 2004/077, em razão da perda de seu objeto, não gerando efeitos financeiros, pois foi rescindido sem que fosse emitida a Ordem de Início de Execução de Serviço. Acordam, ainda, à unanimidade, em conhecer do Termo de Rescisão Unilateral 2008/A-035, datado de 19/5/2008. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar o retorno dos autos à Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte para o acompanhamento das medidas determinadas no âmbito do TC 3.004.05-37. Relatório e voto englobados: v. TC 3.154.05-50. Participaram do julgamento os Conselheiros Eurípedes Sales – Revisor e Yara Tacconi. Ausente o Conselheiro Roberto Braguim, por motivo previamente justificado. Presente o Procurador Chefe da Fazenda "ad hoc" Fábio Costa Couto Filho. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 16 de maio de 2012. a) Maurício Faria – Vice-Presidente no exercício da Presidência; Edson Simões – Relator." 8) TC 3.154.05-50 – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans e Projeção Engenharia Paulista de Obras Ltda. – Contrato 2004/078 R$ 8.843.536,15 – Fornecimento, instalação e manutenção das Estações de Transferência do Sistema de Transporte Público Coletivo de São Paulo – Agrupamento III – Área 3 (Tramitam em conjunto os TCs 3.004.05-37, 3.076.05-48, 3.077.05-00, 3.078.05-73, 3.151.05-61, 3.152.05-24 e 3.153.05-97) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 3.004.05-37, 3.076.05-48, 3.077.05-00, 3.078.05-73, 3.151.05-61, 3.152.05-24 e 3.153.05-97, e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Edson Simões. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em considerar prejudicada a análise do

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Contrato 2004/078, em razão da perda de seu objeto, não gerando efeitos financeiros, pois foi rescindido sem que fosse emitida a Ordem de Início de Execução de Serviço. Acordam, ainda, à unanimidade, em conhecer do Termo de Rescisão Amigável 2008/A-026, datado de 29/4/2008. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar o retorno dos autos à Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte para o acompanhamento das medidas determinadas no âmbito do TC 3.004.05-37. Relatório englobado: Cuidam-se dos Processos TCs 3.004/05-37, 3.076/05-48, 3.077/05-00, 3.078/05-73, 3.151/05-61, 3.152/05-24, 3.153/05-97 e 3.154/05-50, relatados englobadamente, que versam sobre contratos para o fornecimento, instalação e manutenção das estações de transferência do Sistema de Transporte Público Coletivo de São Paulo, celebrados pela São Paulo Transporte S.A. e decorrentes da Concorrência nº 24/2003, os quais foram todos celebrados em 29/04/2004 e não geraram despesas para os cofres públicos, pois, após intervenção deste Tribunal de Contas, constatou-se não ter havido a emissão das competentes Ordens de Início de Serviço, eis que de forma amigável foram rescindidos os Contratos 071, 072, 073, 074, 076 e 078 de 2004 e, de forma unilateral pela São Paulo Transporte S.A., os de nºs 075 e 077 de 2004 (folhas 498/524). O TC 3.004/05-37 trata da análise da licitação, na modalidade Concorrência nº 24/2003, tendo por escopo a contratação de empresa para a realização dos serviços supraindicados, tendo sido dividido o objeto em oito Agrupamentos, cada qual correspondente a uma Área, identificadas pelos números 01 a 08. O valor global estimado foi de R$ 112.742.316,57 (cento e doze milhões, setecentos e quarenta e dois mil, trezentos e dezesseis reais e cinquenta e sete centavos). No mesmo processo examina-se o Contrato nº 2004/73, formalizado com a empresa Consladel Construtora e Laços Detetores e Eletrônica Ltda., no valor de R$ 20.938.790,85 (vinte milhões, novecentos e trinta e oito mil, setecentos e noventa reais e oitenta e cinco centavos), para o Agrupamento II, tendo ocorrido sua rescisão mediante o Termo de Rescisão Amigável nº 2008/A-008, datado de 03/03/2008. Além do Ajuste acima citado, derivaram da referida Concorrência outros 07 (sete) contratos, analisados em processos próprios, igualmente em julgamento e assim identificados: 1 - TC 3.076/05-48 – que tem por objeto a análise do Contrato nº 2004/74, celebrado com Consladel Construtora e Laços Detetores e Eletrônica Ltda., no valor de R$ 12.296.550,93 (doze milhões, duzentos e noventa e seis mil, quinhentos e cinquenta reais e noventa e três centavos), para o Agrupamento IV, e ocorrido sua rescisão mediante o Termo de Rescisão Amigável nº 2008/A-009, datado de 03/03/2008; 2 - TC 3.077/05-00 – que tem por objeto a análise do Contrato nº 2004/72, formalizado com Consbem Construção e Comércio Ltda., pelo valor de R$ 10.841.353,62 (dez milhões, oitocentos e quarenta e um mil, trezentos e cinquenta e três reais e sessenta e dois centavos), para o Agrupamento I, tendo ocorrido seu distrato pelo Termo de Rescisão Amigável nº 2008/A-007, datado de 28/02/2008; 3 - TC 3.078/05-73 – que tem por objeto a análise do Contrato nº 2004/71, ajustado com Projeção Engenharia Paulista de Obras, pelo valor de R$ 8.086.008,88 (oito milhões, oitenta e seis mil, oito reais e oitenta e oito centavos), para o Agrupamento V, e ocorrido seu distrato pelo Termo de Rescisão Amigável nº 2008/A-025, datado de 29/04/2008; 4 - TC 3.151/05-61 – que tem por objeto a análise do Contrato nº 2004/75, celebrado com Construbase Engenharia Ltda., pelo valor de R$ 15.963.209,63 (quinze milhões, novecentos e sessenta e três mil, duzentos e nove reais e sessenta e três centavos), para o Agrupamento VIII, o qual foi rescindido pelo Termo de Rescisão Unilateral nº 2008/A-034, datado de 19/05/2008; 5 - TC 3.152/05-24 – que tem por objeto a análise do Contrato nº 2004/76, firmado com Egypt Engenharia e Participação Ltda., pelo valor de R$ 14.273.414,45 (quatorze milhões, duzentos e setenta e três mil, quatrocentos e quatorze reais e quarenta e cinco centavos), para o Agrupamento VI, e rescindido por meio do Termo de Rescisão Amigável nº 2008/A-013, datado de 03/03/2008; 6 - TC 3.153/05-97 – que tem por objeto a análise do Contrato nº

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2004/77, avençado com Épura Engenharia e Construção Ltda., pelo valor de R$ 12.436.381,97 (doze milhões, quatrocentos e trinta e seis mil, trezentos e oitenta e um reais e noventa e sete centavos), para o Agrupamento VII, tendo ocorrido sua rescisão por meio do Termo de Rescisão Unilateral nº 2008/A-035, datado de 19/05/2008; 7 - TC 3.154/05-50 – que tem por objeto a análise do Contrato nº 2004/78, formalizado com Projeção Engenharia Paulista de Obras Ltda., pelo valor de R$ 8.843.536,15 (oito milhões, oitocentos e quarenta e três mil, quinhentos e trinta e seis reais e quinze centavos), para o Agrupamento III, que foi rescindido pelo Termo de Rescisão Amigável nº 2008/A-026, datado de 29/04/2008. Os referidos Ajustes foram celebrados em 29/04/2004, pelo prazo de 24 (vinte e quatro) meses a contar da expedição das Ordens de Início de Serviços, as quais não foram emitidas para nenhum dos contratos, e acabaram rescindidas no ano de 2008, sem que houvesse ocorrido o início da execução dos serviços pactuados, motivo pelo qual a SPTrans não realizou qualquer pagamento às Contratadas. A Subsecretaria de Fiscalização e Controle, examinando o procedimento licitatório e os contratos supramencionados, concluiu que: 1 – A Concorrência é irregular, pelas seguintes razões: " - Não há autuação de Processo Administrativo para o presente certame, (infringindo o disposto no artigo 38, "caput"1, da Lei Federal nº 8.666/93). - Não foi observada a existência de planilha de orçamento contendo demonstrativo relativo à composição de preços unitários, (conforme exigência do artigo 7º, § 2º, inciso II2, da Lei Federal nº 8.666/93). - A Dispensa de Licitação que precedeu a elaboração do projeto executivo, no valor de R$ 867.982,00 (oitocentos e sessenta e sete mil e novecentos e oitenta e dois reais), data base abril/2003, relativo à contratação de empresa para fornecimento, instalação e manutenção das estações de Transferência do Sistema de Transporte Público Coletivo de São Paulo, foi por nós considerada irregular, devido a infringência ao artigo 38, "caput" da Lei Federal nº 8.666/93 e ao artigo 2º do Decreto Municipal nº 41.772/023; ao artigo 26° § único4, inciso III, da Lei Federal nº 8.666/93, ao artigo 265 da Lei Municipal nº 13.278/02 e ao artigo 2º, § 1º, e artigo 3º da Instrução nº 01/02 do TCM, conforme consta no TC n° 3.496.03-71. - A exigência de comprovação técnica em equipamentos públicos junto ao sistema viário urbano (subitem 5.5.2 do Edital) não é pertinente, contrariando o § 5°6

1 Art. 38 – O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente:

do artigo 30 da Lei Federal n° 8.666/93, e alterações. - A responsabilidade pelo investimento na aquisição, instalação e manutenção das estações de Transferência do Sistema de Transporte Público Coletivo de São Paulo deveria ser das empresas operadoras do Sistema, segundo o

2 Art. 7º - As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão ao disposto neste artigo e, em particular, à seguinte sequência: (...) § 2º - As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando: I – houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos interessados em participar do processo licitatório II – existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários; III – houver previsão dos recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem executados no exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma; 3 Art. 2º - O processo de licitação, devidamente autuado, deverá ser instruído, conforme o caso, com os elementos seguintes: 4 Art.26. Parágrafo único – O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos: I – caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, quando for o caso; II – razão da escolha do fornecedor ou executante; III – justificativa do preço; 5 Art. 26 – O termo de contrato e seus aditamentos deverão ser publicados, na íntegra ou em extrato, no Diário Oficial do Município, dentro de 20 (vinte) dias contados da sua assinatura. 6 Art. 30 – Parágrafo 5º - É vedda a exigência de comprovação de atividade ou de aptidão com limitações de tempo ou de época ou ainda em locais específicos, ou quaisquer outras não previstas nesta lei, que inibam a participação na licitação.

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estabelecido no item 3.137 da minuta do contrato, parte integrante do Edital de Licitação da Concorrência 012/2002. Dessa forma, a abertura do atual certame caracteriza uma dupla contratação. - A origem não demonstrou as vantagens advindas da inclusão dos serviços de limpeza dentro do objeto da contratação de empresa para fornecimento, instalação e manutenção das estações de Transferência do Sistema de Transporte Público." 2 – Os Contratos, ora apreciados, também foram considerados irregulares, pelos fundamentos assim expostos: " - A licitação precedente foi considerada irregular; - não há autuação do Processo Administrativo, infringindo o disposto no artigo 38, "caput", da Lei Federal nº 8.666/93, conforme já apontado na análise da licitação; - a previsão de recursos encontra-se sujeita a aprovação de Lei Orçamentária, conforme informado nas Requisições de Compras; e - a remessa de informações via SERI foi extemporânea, infringindo o § 1º do art. 2º das Instruções nº 01/02, aprovadas pela Resolução nº 05/02." (TC 3004/05-37 – fls. 358/367). A Assessoria Jurídica de Controle Externo, confirmando a informação da Auditoria de que a responsabilidade pelos serviços objeto da Concorrência nº 24/03, ora em análise, é das concessionárias de transporte coletivo, sugeriu para efeito de manifestação conclusiva a preliminar oitiva e esclarecimentos da São Paulo Transporte S.A., com vistas a esclarecer sobre eventual duplicidade do objeto contratado, em face do objeto da Concorrência 012/02 (TC 3.004.05-37 – fls. 384/389). A Origem e o Ordenador da Despesa8, chamados a apresentar suas razões sobre as irregularidades apontadas, arguiram, em síntese, que: - A autuação dos processos deu-se de acordo com as normas internas da empresa, que detém poder discricionário para tanto, embora tenha providenciado sua adequação ao disposto no artigo 38 da Lei Federal nº 8.666/93. Aduziram que, ainda que considerado erro formal, poderia ser o mesmo convalidado, sem prejuízo para a regularidade do certame. - O TC 3.496/03-719

7 Contrato 701/2003 - Área 1 (TC 5095/03-00 - fls. 12 e 33)

, no qual se analisa o contrato relativo ao projeto arquitetônico das Estações de Transferência, está pendente de julgamento, razão pela qual não se pode vincular a questão da suposta irregularidade apontada pelos técnicos desta Corte, ao presente feito, sob pena de serem feridas as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa. - A exigência de comprovação técnica em equipamentos públicos junto a vias públicas, não configura restrição quanto a locais e, por inexistir infringência ao § 5º do artigo 30 da Lei Federal nº 8.666/93, o Edital não sofreu qualquer impugnação, tampouco no correspondente ao subitem 5.5.2. - A licitação foi concebida com o intuito de vigorar no período de transição do antigo sistema de transporte coletivo da cidade para o Sistema Integrado de Transporte, com as concessionárias assumindo, gradativamente, a operação desse novo Sistema e, devido à implantação do Bilhete Único e à imposição do replanejamento das estações de transferência, não foram emitidas quaisquer Ordens de Início de Execução dos Serviços, não tendo havido, em consequência, dispêndios financeiros. - A inclusão dos serviços de manutenção e limpeza visou garantir o bom estado de conservação dos equipamentos, até o término do contrato. E que a planilha "Orçamento Detalhado" à época juntada, demonstra a compatibilidade dos preços adotados com os praticados no mercado. - A lei exige que haja previsão dos recursos e não sua disponibilidade para a instauração do certame, sendo certo que em 2005 foi aprovada

DOS TERMINAIS Item 3.13. A execução dos serviços relativos aos Terminais compreende: Estação de Transferência: manutenção, operação e fiscalização 8 Gerson Luis Bittencourt 9 TC 3.946/03-71 – Objeto: prestação de serviços de arquitetura e engenharia para desenvolvimento do conceito arquitetônico das estações de transferência destinadas ao sistema integrado de transporte coletivo urbano de passageiros do Município. Contrato com dispensa de Licitação 78/2003 – SPTrans e FDTE (Fundação para Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia. Valor: R$ 867.982,00 – Fase atual (02/05/2012) Gabinete Relator desde 08/10/2009.

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a Lei Orçamentária de 2004, estando na mesma confirmados os recursos nela indicados. - A extemporânea remessa das informações via SERI (Sistema Eletrônico de Remessa de Informações) é irregularidade meramente formal que pode ser relevada, de acordo com precedentes desta Corte de Contas (fls. 404/420 e 421/428). A Assessoria Jurídica de Controle Externo, entendendo que o objeto da licitação em análise possui intrínseca relação com os dos contratos de concessão de transporte coletivo de passageiros, oriundos da Concorrência nº 012/02/SMT, propôs nova oitiva da Origem, de modo a definir-se ou não a continuidade dos ajustes oriundos da Concorrência nº 24/2003, considerando-se estar finda a fase de transição, invocada pela São Paulo Transporte como fundamento para a abertura do certame em pauta (fls. 432/436). Em resposta, a SPTrans informou que estava providenciando a rescisão dos contratos em questão, eis que, "por razões de interesse público, quais sejam, a impossibilidade de manutenção desses ajustes que, ante às readequações que o Sistema (Sistema Integrado de Transporte) vem sofrendo, perderam seus objetos" (fls. 445/451). Em nova manifestação, a Área Jurídica entendeu que, embora as irregularidades apontadas pela Auditoria não tenham sido "afastadas pelas justificativas apresentadas nas defesas", é perfeitamente viável a rescisão unilateral do contrato diante da prevalência do interesse público, fazendo-se necessária manifestação da Origem a respeito da formalização das propaladas rescisões contratuais (fls. 455/461). A SPTrans trouxe aos autos os respectivos instrumentos de rescisão dos Ajustes, instruídos com cópia da Resolução da Diretoria nº 08/011 da SPTrans, datada de 16/01/08, autorizando a rescisão amigável dos Contratos nºs 071, 072, 073, 074, 076 e 078 de 2004 e a rescisão unilateral dos Contratos nºs 075 e 077 de 2004 (fls. 513/514) e (fls. 498/524). A Subsecretaria de Fiscalização e Controle procedeu à análise da documentação encartada aos autos a partir dos seus relatórios iniciais, à qual acrescentou a cópia do Termo de Rescisão Amigável nº 2008/A-008, formalizado em 03/03/2008, relativo ao Contrato nº 2004/073, concluindo que a licitação permanece irregular pelos seguintes fundamentos: a) falta de autuação de processo administrativo próprio para o certame em foco; b) que a exigência formulada pela licitante de comprovação técnica para execução de equipamentos públicos junto ao sistema viário urbano contraria o § 5º do artigo 30 da Lei Federal nº 8.666/93; c) que a realização da Concorrência nº 24/03 configura dupla contratação para o objeto licitado, uma vez que a responsabilidade pelos investimentos da aquisição, instalação e manutenção das estações de Transferência do Sistema de Transporte Público Coletivo de São Paulo está atribuída às empresas operadoras do sistema, de conformidade com o estabelecido no Edital da Concorrência 012/2002; e d) que a previsão de recursos para suportar as despesas se achava sujeita à aprovação de Lei Orçamentária e não havia anuência da Secretaria Municipal de Transportes para com as obrigações decorrentes da contratação, considerando que os recursos financeiros necessários para a cobertura das despesas da SPTrans são provenientes da aludida Pasta. No tocante ao presente processo, a Especializada anexou cópia do Instrumento de Rescisão Amigável do Contrato nº 2004/73 obtido em diligência na Origem, concluindo achar-se prejudicada sua respectiva análise (fls. 546/550). A Subsecretaria de Fiscalização e Controle, no respeitante aos demais TCs nºs 3.076/05-48, 3.077/05-00, 3.078/05-73, 3.151/05-61, 3.152/05-24, 3.153/05-97 e 3.154/05-50, ora relatados englobadamente, procedeu às juntadas das cópias dos respectivos Termos de Rescisão Contratual, afirmando acharem-se prejudicadas as análises dos Ajustes, uma vez que não foram emitidas Ordens de Início de Serviços, não se originando, consequentemente, nenhum dispêndio para os cofres públicos. A Assessoria Jurídica de Controle Externo, embora considerando irregulares o certame e todas as contratações derivadas da Concorrência nº 24/2003, entendeu restar prejudicada a análise dos referidos atos, eis que não produziram qualquer efeito financeiro, em decorrência das respectivas rescisões contratuais, e propôs, que a juízo superior, se prosseguisse no exame do procedimento licitatório, em face

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das conclusões apontadas pela Auditoria. Observou, quanto ao ressarcimento por eventuais prejuízos suportados pelos Contratados, que dos termos de rescisão amigável firmados ficou expressamente estipulada a quitação recíproca entre as partes e, quanto aos Termos de Rescisão Unilateral formalizados em relação aos Contratos nºs 2004/075 e 2004/077 (TCs nºs 3.151/05-61 e 3.153/05-97), que as empresas deixaram de se manifestar, ocorrendo, portanto, a preclusão, sugerindo ser obrigação da "área técnica avaliar, no momento oportuno, se a interessada solicitar, o quantum devido pela SPTrans", nos termos do § 2º, do artigo 7910, da Lei Federal nº 8.666/93 (fls. 553/556 e 586/587). Para o exercício do direito ao contraditório e à ampla defesa, foram intimados os Membros da Comissão de Licitação encarregados do julgamento da Concorrência nº 24/03, bem como os Diretores participantes da Reunião realizada em 16/09/03, que autorizaram a abertura do certame (fls. 588/589). Os integrantes da Comissão Licitante arguiram sua ilegitimidade de parte, sustentando que as irregularidades apontadas não decorreram da ação ou omissão do grupo de trabalho, que apenas cumpriu as diretrizes das Diretorias competentes e a legislação de regência. Apontaram, ainda, inocorrência de prejuízo ao erário no tocante aos atos praticados no exercício de suas funções. O Diretor responsável pela Área Operacional (Maurício Thesin) alegou a perda de objeto do processo, em decorrência da rescisão dos Contratos, enquanto o dirigente de Relações Internas da Origem (Uilson de Araújo Barbosa) argumentou que não participara "das reuniões de diretoria e de suas resoluções, não tendo interferência na contratação ou assinatura de quaisquer contrato ou serviços aprovados em Resolução de Diretoria" (fls. 627/659). Avaliando a argumentação apresentada pelos Interessados, a Auditoria concordou com o entendimento de ilegitimidade de parte dos membros da comissão licitante e, quanto às manifestações dos Diretores, a Especializada manteve sua conclusão acerca da irregularidade da concorrência e da perda dos objetos dos processos que tratam dos contratos, rescindidos anteriormente à emissão das competentes Ordens de Serviço (folhas 663/665). A Assessoria Jurídica, sobre as defesas oferecidas, assinalou que os defendentes não esclareceram as "irregularidades apontadas pela Auditoria no tangente à licitação", sustentando seu anterior entendimento quanto à irregularidade do procedimento licitatório em tela (fls. 668/671). A Procuradoria da Fazenda Municipal requereu o arquivamento dos processos em análise, argumentando que em decorrência dos atos praticados, "não houve nenhuma consequência prática", eis que foram rescindidas todas as Avenças (fls. 673/679). A Secretaria Geral, em relação à ilegitimidade de parte arguida pelos Interessados, considerou que as "impropriedades não decorreram da ação ou omissão de nenhum dos agentes envolvidos na licitação" e, quanto ao mérito, alinhando-se com as conclusões alcançadas pela Auditoria e pela Área Jurídica, opinou "pela irregularidade da licitação em exame e, no que diz respeito à análise dos ajustes dela decorrentes", entendeu ter restado a mesma prejudicada pela perda dos objetos dos TCs em exame, em face da rescisão de todos os contratos (fls. 689/693). É o relatório. Voto englobado: Cabe, inicialmente, decidir a questão prejudicial de ilegitimidade "ad causam" arguida tanto pelos Membros da Comissão de Licitação quanto pelo então Diretor de Relações Internas da Origem. O § 3º11

10 Artigo 79 – A rescisão do contrato poderá ser:

,

I – determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos casos enumerados nos incisos. I a XII e XVII do artigo anterior; II – amigável, por acordo entre as partes, reduzida a termo no processo da licitação, desde que haja conveniência para a Administração; III – judicial, nos termos da legislação; § 2º - Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a XVII do artigo anterior sem que haja culpa do contratado, será este ressarcido dos prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido, tendo ainda direito a: 11 Art. 51. § 3º - Os membros das comissões de licitação responderão solidariamente por todos os atos praticados pela comissão, salvo se posição individual divergente estiver devidamente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que tiver sido tomada a decisão.

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do artigo 51 da Lei Federal nº 8.666/93, ao dispor sobre a responsabilidade solidária dos membros da comissão licitante, apenas excetua a incidência de tal ônus, na hipótese da existência de disposição individual divergente devidamente fundamentada e registrada na ata lavrada na reunião em que tiver sido tomada a decisão. Na hipótese dos autos, não existe comprovação de qualquer entendimento divergente dos agentes responsáveis quanto à abertura da Concorrência nº 24/03, razão pela qual não colhe o argumento dos membros integrantes da Comissão de Licitação de que agiram em cumprimento à ordem superior. A respeito do assunto, Marçal Justen Filho, em seus "Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos12", assim se pronunciou: "Como a comissão delibera em conjunto, todos os seus integrantes têm o dever de cumprir a Lei e defender as funções atribuídas ao Estado. Mais ainda, cada membro da comissão tem o dever de opor-se à conduta dos demais integrantes, quando viciada. (...) Sempre que o membro da comissão discordar da conduta de seus pares, deverá expressamente manifestar sua posição. Isso servirá para impedir a responsabilização solidária do discordante. (...) Jurisprudência do TCU ‘12. No caso concreto, considerando que o posicionamento divergente da comissão de licitação, externado pelo seu presidente, está devidamente documentado, e que qualquer atitude posterior da comissão, ante a ordem direta da direção da empresa para a adoção das providências pertinentes ao prosseguimento dos certames licitatórios, poderia ser interpretada como insubordinação, entendo ser este o melhor encaminhamento a ser dado a questão.’ (Acórdão nº 1.780/2007, Plenário, rel. Min. Raimundo Carreiro)." Assim, a responsabilidade pelas condutas comissivas e omissivas dos membros da comissão de licitação, que resultarem em violação à lei de regência, tem natureza solidária, alcançando a todos os integrantes do grupo condutor do certame, em face da prevalência dos ditames legais sobre as normas administrativas internas e as ordens dos gestores do órgão. De acordo com o entendimento doutrinário acima exposto, também não há como se acolher a preliminar de ilegitimidade de parte do Diretor de Relações Internas (Uilson de Araújo Barbosa), visto que não consignou formalmente nenhuma divergência de entendimento ao ensejo da reunião de diretoria da qual participou, e na qual ficou decidida a abertura da licitação em análise. Diante do exposto, não acolho a preliminar de ilegitimidade de parte arguida pelos Interessados, passando ao exame do mérito da matéria em julgamento. Consoante bem analisou a Auditoria, o procedimento da licitação em pauta não observou todos os requisitos insculpidos no artigo 38, "caput", da Lei Federal nº 8.666/93 e no artigo 2º do Decreto Municipal nº 41.772/02, eis que restou desconsiderada a obrigatoriedade de se proceder à autuação do devido processo administrativo. Ao comentar a referida exigência legal e a sua importância para o procedimento licitatório, Marçal Justen Filho13

12 Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos – Dialética, 13ª edição – 2009 – São Paulo - p. 666

, na obra antes citada, escreve: "A autuação, o protocolo e a numeração destinam-se a assegurar a seriedade e confiabilidade da atividade administrativa. A documentação por escrito e a organização dos documentos em um único volume asseguram a fiscalização e o controle da legalidade do procedimento. Será assegurada a possibilidade de exame da evolução do procedimento. A Administração, os licitantes e, mesmo, outros cidadãos poderão verificar os eventos ocorridos, reconstruindo historicamente a evolução dos fatos. A qualquer tempo, poderá ser comprovada a ocorrência de vício ou de defeito (tais como descumprimento a determinações legais, a ofensa a regras do ato convocatório, etc.)." Portanto, não subsiste o argumento apresentado pela Origem, de que por ter natureza jurídica de empresa, estaria isenta do cumprimento do disposto no artigo

13 Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos – Dialética, 13ª edição – 2009 – São Paulo – p. 500

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3814 da Lei Federal citada, de vez que seu capital é majoritariamente público e, como tal deve submeter-se às normas e princípios que regem a administração pública direta e indireta, tal qual prescrito pelo parágrafo único15 do artigo 1º da mencionada Lei Federal nº 8.666/93. Também é indubitável que restou violado o § 5º do artigo 30 da citada Lei Federal, ao ter a Origem incluído o subitem 5.5.2 do Edital da Concorrência a exigência de comprovação do fornecimento, instalação e manutenção, especificamente em: 1) equipamentos públicos em estrutura metálica do tipo estação de transferência ou abrigo, de passageiros de transporte coletivo (item 5.5.2.1); e 2) comunicação visual em equipamentos públicos (item 5.5.2.2), em ambos os casos com a condição de que tais serviços tenham sido realizados junto ao sistema viário urbano. De acordo com o excerto do voto apresentado pelo Ministro (Substituto) do Tribunal de Contas da União, Marcos Bemquerer, são condenáveis e devem ser reprimidas exigências editalícias desarrazoadas, conforme a seguir transcrito: "É grave a irregularidade consistente na previsão em edital de licitação de obra pública de exigências excessivas ou descabidas, devendo a Administração justificar os critérios apresentados para fins de habilitação de licitantes, a título de demonstração de capacitação técnica e de aferição de qualificação econômico-financeira." (Acórdão nº 1.519/2006 – Plenário)16. Não descaracteriza o caráter abusivo das exigências constantes do subitem 5.5.2 do Edital da Concorrência em exame, o fato do certame não ter sofrido impugnação por parte dos interessados, conforme alegou a SPTrans, pois, consoante exposto, a mesma restringe o caráter competitivo do pleito, além de configurar violação ao princípio constitucional da igualdade, inscrito no artigo 3º17 da Lei Federal nº 8.666/93. Além das ilegalidades anteriormente citadas, a realização da Concorrência nº 24/2003, patenteou outra irregularidade consistente na possibilidade de dupla contratação do objeto licitado, uma vez que a responsabilidade pelas estações de Transferência do Sistema de Transporte Público Coletivo de São Paulo está atribuída às empresas operadoras do sistema, conforme ficou estabelecido no Edital da Concorrência 012/2002 e na cláusula 3.1318 do contrato de concessão. De fato, a Origem não negou a duplicidade de objetos em si, admitindo que a SPTrans assumiria a implantação dessas estações, que seria "executada durante o período de transição do antigo sistema de transporte da cidade para o Sistema Integrado de Transporte, com os concessionários assumindo, gradativamente, a operação desse novo Sistema" (fl.413 do TC 3.004/05-37), período esse em que estavam suspensas diversas cláusulas contratuais, inclusive a referida 3.13, conforme disposto na cláusula 19.1.2619

14 Art. 38 – O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente:

, não prevista na minuta de

15 Art. 1º - Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 16 Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos – Dialética, 13ª edição – 2009 – São Paulo - p. 434 17 Artigo 3º – A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. 18 Contrato 701/2003 – Área 1 (TC 5095/03-00 – fls. 12 e 33) DOS TERMINAIS Item 3.13. A execução dos serviços relativos aos Terminais compreende: Estação de Transferência: manutenção, operação e fiscalização 19 DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS Cláusula 19.1.26. Excepcionalmente e, apenas no período de transição, fica suspensa a aplicação das seguintes cláusulas e/ou itens do Contrato: Cláusula Terceira, tão somente com relação aos itens 3.1 a 3.11.1, inclusive e 3.13 a 3.13.4; Cláusula Quarta, apenas quanto aos itens 4.8 e 4.9; Cláusulas Sexta, Sétima em relação aos itens 7.1, 7.1.1, 7.1.2, 7.3, 7.4 e 7.6 e Oitava

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contrato, e inserta posteriormente a título de Disposições Transitórias nos contratos de concessão firmados. Considerando o reflexo dessas disposições transitórias no objeto da licitação em análise, cabe indagar-se: qual o motivo da suspensão da cláusula 3.13? Qual o tempo que perdurou essa transitoriedade prevista na cláusula 19.1.26? Houve redução no valor contratual pago aos concessionários de transporte público de passageiros, em razão dos investimentos que deixaram de fazer nesse período de transição? Reportando-se a elementos constantes de outros processos autuados neste Tribunal de Contas correlatos com a concessão de transporte público, são encontradas as seguintes informações: 1º - Nos anos de 2002 e 2003, quando da concessão dos aludidos serviços, as condições operacionais reais do Sistema de Transporte Coletivo eram discrepantes daquelas contidas no projeto operacional do sistema e da rede, descritas e detalhadas nos anexos do Edital da Concorrência nº 12 (TC 3.632/06-20). 2º - mesmo havendo redução temporária dos serviços pactuados na aludida cláusula 3.13 do contrato de concessão, o valor contratual não foi alterado (TC 5.095/03-00 – fl. 101); e 3º - o período de transição findou em 01/03/2005 (TC nº 5.099/03-52 fls. 408/409). Vale dizer, a Concorrência nº 24/2003, ora analisada, aberta em setembro de 2003, visava suprir deficiências estruturais e de grande magnitude registradas na Concorrência nº 12/2002, situação essa que levou à suspensão de cláusulas contratuais, ainda na fase de formalização dos contratos de concessão, desonerando-se os concessionários de diversos encargos, sem a correspondente redução do valor pactuado. Aludido descompasso demonstra a total ausência de planejamento da Administração Municipal, descompasso esse que se estendeu mesmo após a formalização dos contratos oriundos da Concorrência 24/2003, uma vez que, embora celebrados em 29/04/2004, não foram expedidas as respectivas ordens de início dos serviços, em razão de ulteriores alterações no sistema de transporte público de passageiros e na sua infraestrutura física, situação da qual redundou na imperiosa necessidade de rescisão dos Contratos firmados. Ou seja, quando da assinatura dos Ajustes, já se encontrava em andamento estudo de reformulação das estações de transferência, cuja concepção arquitetônica havia sido definida em projeto encomendado à Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia – FDTE, independente de procedimento licitatório e objeto do TC 3.496/03-71, o qual também se revelou superado pelos novos padrões operacionais do citado sistema de transporte coletivo. O que se verifica na espécie é uma sucessiva ocorrência de episódios de descaso dos agentes públicos com a legislação em vigor colocando em risco gastos com o dinheiro público, agravada com a falta de planejamento e de eficiência administrativa, diante da implantação de estações de transferência que, poucos meses após a licitação, mostraram-se defasadas diante do novo plano de reestruturação da rede integrada de transportes e, ainda assim, persistiu-se na celebração de Contratos de valores elevadíssimos, divorciados dos interesses públicos municipais, redundando na obrigação da Diretoria seguinte da empresa em formalizar as competentes rescisões contratuais. A desídia dos agentes públicos que levaram a termo a licitação e os Ajustes ora em análise ficou igualmente patenteada no precário tratamento adotado no tocante à previsão dos recursos financeiros para suporte das despesas. Ainda que, tecnicamente, tenha sido atendido pela Origem o requisito previsto no "caput" do artigo 38 da Lei Federal nº 8.666/93 – de indicação dos recursos para o atendimento da despesa licitada, é certo que conforme indicado nas Requisições de Compras anexadas às folhas 19, 22, 25 e 28 – constou que o cronograma de desembolso dos recursos dependeria da aprovação da Lei Orçamentária de 2004 e 2005, nos percentuais de 16,5% e 83,5%, respectivamente. Ademais, igualmente, não buscou a Origem lograr a indispensável anuência da Secretaria Municipal dos Transportes para a transferência dos respectivos recursos financeiros destinados à

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cobertura dos gastos, consoante apontou a Auditoria. É necessário consignar também, que restou configurada afronta ao parágrafo único do artigo 3820 da Lei Federal nº 8.666/93, na medida em que não constou, quer na minuta do edital da Concorrência, nem daquela do Contrato, a aprovação pela assessoria jurídica da empresa SPTrans de seus termos. Em decorrência do exposto, não há como negar que o procedimento licitatório efetivado pelos agentes públicos deixou de observar os princípios inscritos no artigo 3721 da Constituição Federal, da moralidade, da legalidade e da eficiência, aos quais se submete a Administração Pública. Diante do exposto, com amparo nas manifestações da Subsecretaria de Fiscalização e Controle, da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral, que incorporo às razões de decidir, naquilo que não conflite com tudo o que foi exposto, e que passam a integrar o presente voto, JULGO IRREGULAR a Concorrência nº 024/2003 e prejudicada a análise dos CONTRATOS nºs 071, 072, 073, 074, 075, 076, 077 e 078/2004, em razão da perda de seus respectivos objetos, não gerando efeitos financeiros, pois rescindidos sem que fossem emitidas as respectivas Ordens de Início de Execução dos Serviços. CONHEÇO dos Termos de Rescisão Amigável nºs 2008/A – 007; 008; 009; 013; 025 e 026 e dos Termos de Rescisão Unilateral nºs 2008/A-034 e 035. Em decorrência da violação aos dispositivos legais supra enunciados, APLICO, individualmente, aos agentes públicos, identificados às folhas 393, 592, 593, 595, 596, 597, 605, 610, 611 e 615 do TC 3004/05-37, responsáveis pelas infringências verificadas no procedimento licitatório, a MULTA de R$ 512,28 (quinhentos e doze reais e vinte e oito centavos), nos termos do inciso II do artigo 5222 da Lei Municipal número 9.167/80. Em consequência, DETERMINO à Origem que adote as seguintes providências: 1 – Apure a existência e respectivas responsabilidades por eventuais prejuízos causados ao erário em decorrência da licitação irregular e das contratações rescindidas; 2 – Verifique se alguma das Contratadas que, eventualmente tenha se considerado prejudicada em virtude da rescisão contratual unilateral, pleiteou ou está pleiteando ressarcimentos por danos causados, nos termos do § 2º do artigo 7923

20 Art. 38 – O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente:

da Lei Federal nº 8.666/93 e na hipótese de configurados prejuízos e responsabilidades funcionais, nos termos do disposto nos itens 1 e 2 acima, adote as respectivas medidas administrativas, ou na via judicial, tendentes à reparação do montante dos danos causados aos cofres públicos. 3 – Informe, em 60 (sessenta) dias, este Tribunal de Contas acerca das providências adotadas e os respectivos resultados. DETERMINO, ainda, a expedição de ofício encaminhando cópia do acórdão alcançado pelo Tribunal Pleno: 1 - Ao Ministério Público do Estado de São

VI – pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a licitação, dispensa ou inexigibilidade; Parágrafo único – As minutas dos editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da Administração. 21 Artigo 37 – A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 22 Art. 52 - As infrações à presente lei, segundo a sua gravidade, ensejarão as seguintes sanções: I - Advertência. II - Multa. 23 Artigo 79 – A rescisão do contrato poderá ser: I – determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos casos enumerados nos incisos I a XII e XVII do artigo anterior; II – amigável, por acordo entre as partes, reduzida a termo no processo da licitação, desde que haja conveniência para a Administração; III – judicial, nos termos da legislação; § 2º - Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a XVII do artigo anterior sem que haja culpa do contratado, será este ressarcido dos prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido, tendo ainda direito a:

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Paulo, tendo em vista a instauração do Inquérito Civil nº 592/11, pela Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital e ao Departamento de Inquéritos e Polícia Judiciária, em atenção à solicitação encartada à folha 681 dos autos do TC 3.004/05-37. 2 - Ao Secretário Municipal de Transporte. 3 - À São Paulo Transporte S.A. Por fim, proponho, que cópia do acórdão de inteiro teor a ser proferido pelo Plenário, seja trasladada para os autos do TC nº 3.496/03-71, que tem por objeto a análise do contrato do projeto arquitetônico das estações de transferência cuja implantação foi a temática dos processos ora julgados, ainda em fase de instrução. Após, retornem os autos à Subsecretaria de Fiscalização e Controle para o acompanhamento das medidas ora determinadas. Diretores da SPTrans (folha 582 verso – rol SFC): - Gerson Luiz Bittencourt (fl. 393). - José Evaldo Gonçalo (fl. 596). - Mauricio Thesin (fl. 597). - Eliel Rodrigues Marins (fl. 595). - Uilson de Araújo Barbosa (fl. 605). - Comissão de Licitação (folha 583- rol SFC). - Vera Lucia C. Caprioli Gutierrez (fl. 610). - Marcelo Casadei Abumussi (fl. 611). - Janaína Orbino Martins Ganância (fl. 593). - Cassiano Quevedo Rosas de Ávila (fl. 592). Participaram do julgamento os Conselheiros Eurípedes Sales – Revisor e Yara Tacconi. Ausente o Conselheiro Roberto Braguim, por motivo previamente justificado. Presente o Procurador Chefe da Fazenda "ad hoc" Fábio Costa Couto Filho. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 16 de maio de 2012. a) Maurício Faria – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) Edson Simões – Relator." Prosseguindo, o Presidente em exercício, Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria, devolveu a direção dos trabalhos ao Conselheiro Edson Simões. Reassumindo a direção dos trabalhos, o Conselheiro Presidente Edson Simões concedeu a palavra ao Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria para relatar os processos de sua pauta. – PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO VICE-PRESIDENTE MAURÍCIO FARIA – a) Recursos: 1) TC 3.768.01-08 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e de Celso Frateschi interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 01/4/2009 – Julgador Conselheiro Roberto Braguim – Secretaria Municipal da Cultura – SMC e Artlimp Serviços Ltda. – Serviços de limpeza, conservação e manutenção, a serem efetuadas nas dependências da Divisão de Iconografia e Museus e Casas Históricas, pertencentes ao Departamento do Patrimônio Histórico ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Conselheiro Maurício Faria – Relator, bem como pelos votos dos Conselheiros Yara Tacconi – Revisora, consoante declaração de voto apresentada, e Eurípedes Sales, em conhecer dos recursos interpostos, ante a presença dos requisitos de admissibilidade. Acordam, ademais, à unanimidade, quanto ao mérito, considerando que a penalidade imposta recaiu equivocadamente sobre agente que era estranho à produção dos atos examinados, em dar-lhes provimento parcial, a fim de que seja reformada a R. Decisão de Juízo Singular de 01/4/2009, para excluir a pena de multa aplicada, mantendo, contudo, os seus demais termos, pelos seus próprios fundamentos. Relatório: Trata-se, nesta fase processual, do exame dos recursos "ex officio" e dos recursos voluntários interpostos pelo Sr. Celso Frateschi (fls. 258/261) e pela Procuradoria da Fazenda Municipal (fls. 266/271), em face da R. Decisão de fls. 251/255, proferida em sede de Juízo Singular, que deixou de acolher o Termo Aditivo n° 62/2001 do Contrato emergencial n° 13/2001, celebrado entre a Secretaria Municipal da Cultura/Departamento do Patrimônio Histórico – DPH e a empresa Artlimp Serviços Ltda., objetivando a prorrogação do ajuste por mais 60 (sessenta) dias. Recorre o Sr. Celso Frateschi pleiteando a reforma da Decisão, em razão da ausência de prejuízo ao erário, bem como da sua boa fé ao longo da execução contratual. Invoca, ainda, o princípio da insignificância, com base em tese doutrinária que afirma restar caracterizada a insignificância quando os custos diretos e indiretos da

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recuperação da lesão se apresentem superiores aos do dano causado ao patrimônio da Administração. Requer, assim, seja declarado regular o Termo Aditivo n° 62/2001 e tornada insubsistente a pena que lhe foi aplicada. O recurso da Procuradoria da Fazenda Municipal argumenta não haver ocorrido repetição da falta na celebração do Termo Aditivo n° 62/2001, datado de 25 de setembro de 2001, pois nessa data ainda não havia decisão desta Corte, já que a Decisão de Juízo Singular foi proferida somente em 05 de fevereiro de 2003. Segundo a recorrente, tal fato evidencia a boa fé do agente responsável. Invoca, ademais, a prova produzida e os pareceres técnicos lançados nos autos, que sustentaram o entendimento pela regularidade do Contrato n° 13/2001, além de haver sido reconhecida a ausência de dolo ou má-fé na ocasião da sua análise e de militar a favor da Administração Pública o princípio da presunção de legalidade de seus atos, lembrando não se ter notícia, ademais, de que os preços contratados foram excessivos ou superfaturados. Argumenta, por fim, seja considerado o tempo decorrido, uma vez que o Contrato já produziu seus regulares efeitos, sendo, pois, impossível retornar ao "status quo ante". Por conseguinte, requer o conhecimento e provimento do recurso por ela interposto, para que, reformando-se a Decisão, seja declarada a regularidade formal do aditamento em exame e a insubsistência da pena de multa aplicada, ou, ao menos, para que sejam acolhidos os efeitos financeiros e patrimoniais do ajuste, em homenagem ao princípio da segurança jurídica. A Assessoria Jurídica de Controle Externo opinou pelo conhecimento dos recursos, diante da presença dos requisitos de admissibilidade. No mérito, concluiu pelo não provimento dos recursos, à míngua de argumentação apta a reformar a Decisão. Afirmou ser cediço nesta Corte de Contas o entendimento de que a ilegalidade da licitação e do contrato administrativo implica a irregularidade dos seus consectários, independentemente de possuírem ou não vícios intrínsecos, razão pela qual concluiu restar prejudicada a tese formulada no recurso do Sr. Celso Frateschi, de que os instrumentos não podem ser analisados de forma uníssona. A Procuradoria da Fazenda Municipal, reiterando as razões expostas por ocasião do recurso que interpôs em face do v. Acórdão, propugnou pelo conhecimento e provimento dos recursos, para reforma da Decisão, acolhendo-se o instrumento em exame, ou, ao menos, reconhecendo-se os efeitos financeiros dele decorrentes. A Secretaria Geral pronunciou-se pelo conhecimento dos recursos, entendendo preenchidos os requisitos legais e regimentais. No mérito, afirmou que não há como se adotar a tese dos recorrentes, no sentido de que o aditamento tem vida própria e independe do contrato que objetiva alterar, tendo em vista que a finalidade única do aditamento é alterar o contrato a que se vincula, constituindo, portanto, um complemento dele. Relativamente à sustentação recursal da Procuradoria da Fazenda Municipal, de não ter ocorrido repetição da irregularidade praticada pelo Secretário de Cultura da época, posicionou-se no sentido de assistir razão à recorrente, por entender que na época da celebração do aditivo, o titular da Pasta não podia ter conhecimento de que, no futuro, esta Corte julgaria irregular o contrato firmado por emergência, mormente porque a matéria é controvertida, como se verifica nos pareceres acostados aos autos. Concluiu, assim, pelo provimento parcial dos recursos interpostos, para o fim de ser tornada insubsistente a multa aplicada, mantendo-se, no mais, a Decisão recorrida, por seus próprios fundamentos. É o relatório. Voto: Conheço dos recursos interpostos, ante a presença de seus requisitos de admissibilidade. No mérito, reputo assistir razão ao Órgão Fazendário recorrente, no que concerne aos argumentos tecidos para demonstrar a não conformação com o dispositivo da Decisão que aplicou multa ao agente, e assim entendo por se tratar de Termo Aditivo firmado em data anterior à Decisão que julgou irregular e não acolheu o Contrato n° 13/2001, a evidenciar a ausência de má fé por parte do apenado e de prejuízo ao erário, o que, aliás, foi reconhecido pela própria Decisão recorrida. De fato, não se pode afirmar tenha o agente público atuado com dolo ou má-fé quando da lavratura do termo aditivo, uma vez que,

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naquela ocasião, ainda não havia sido julgado o contrato original, tendo sido, portanto, aditado contrato que, à época, presumia-se legal, sendo certo que, consoante lição de Marçal Justen Filho, "o ilícito [funcional] se consuma quando o sujeito tinha o dever de adotar certa conduta e deixa de fazê-lo, por culpa ou dolo".24

24 Curso de Direito Administrativo. São Paulo, Saraiva, 2005, p. 668.

A par disso, os presentes autos documentam a tomada de cautela pelo agente público, no sentido da realização de prévia coleta de preços e da contratação da empresa que apresentou o menor preço dentre as propostas obtidas, não se evidenciando prejuízo ao erário, até porque os preços iniciais não se alteraram em razão do aditamento, bem como não houve extrapolação do prazo máximo fixado pelo artigo 24, inciso IV, da Lei Federal n° 8.666/93. Cabe ainda registrar, por fim e por oportuno, que a multa aplicada ao recorrente demonstra-se duplamente indevida, considerando-se que a penalidade imposta recaiu equivocadamente sobre agente que era estranho à produção dos atos examinados, bastando conferir os documentos de fls. 184, 193/194 e 61 e 74/85 dos presentes autos para se constatar que tanto o ato de autorização da prorrogação como o Termo de Aditamento n° 62/2001, e bem assim os atos relativos ao Contrato n° 13/2001, foram produzidos por outros agentes à época responsáveis. Posto isto, conheço dos recursos e, no mérito, dou-lhes provimento parcial, a fim de que seja reformada a R. Decisão recorrida, dela sendo excluída a pena de multa aplicada, pelos motivos acima declinados, mantendo-se, contudo, os seus demais termos, pelos seus próprios fundamentos. Declaração de Voto proferida pela Conselheira Yara Tacconi: Voto com o Relator e, quero dar destaque para o aspecto de que a prorrogação do contrato foi autorizada por outro agente e o Termo Aditivo também, de forma que, embora o recorrente tenha deixado de alegar em sua defesa às fls. 229 a 231, que realmente não era responsável pelos atos ora em julgamento. Voto, então, com o relator no sentido de que torne-se insubsistente a multa. Participaram do julgamento os Conselheiros Yara Tacconi – Revisora e Eurípedes Sales. Ausente o Conselheiro Roberto Braguim, por motivo previamente justificado. Presente o Procurador Chefe da Fazenda "ad hoc" Fábio Costa Couto Filho. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 16 de maio de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Maurício Faria – Relator." 2) TC 2.794.08-59 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, de Gilberto Jorge, de Antonia Helena Maderic Riquino e de Francisco Carlos Rocca interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 01/6/2009 – Julgador Conselheiro Antonio Carlos Caruso – Secretaria Municipal da Saúde – SMS (Fundo Municipal da Saúde) – Sandra Maria Sabino Fonseca – Prestação de contas de adiantamento bancário – setembro/2006. Após o relato da matéria, "o Conselheiro Maurício Faria – Relator conheceu dos recursos "ex officio", por regimental, e voluntários interpostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, Gilberto Jorge, Antonia Helena Maderic Riquino e Francisco Carlos Rocca, por presentes os requisitos de admissibilidade, e, no mérito, em preliminar, quanto aos recursos apresentados pelos membros da Comissão Permanente de Controle de Adiantamento, que se insurgiram contra a responsabilização solidária pela Decisão recorrida, divergiu do entendimento fixado em sede de Juízo Singular, por não vislumbrar a existência de conduta omissiva relacionada à análise da prestação de contas encaminhada pela Servidora Sandra Maria Sabino Fonseca, mas sim, o regular exercício de sua atividade de controle interno, ainda que com interpretação diversa da legislação em exame, e, no mesmo sentido, deve ser entendida a solidariedade imposta à Secretária Municipal da Saúde – SMS, à época dos fatos, ainda que tenha deixado transcorrer "in albis" o prazo recursal, por entender que a responsabilidade pela utilização e prestação de contas de numerário recebido mediante adiantamento bancário é pessoal e exclusiva do servidor solicitante. Sua Excelência, ainda quanto ao mérito, negou provimento aos recursos "ex officio" e da PFM, mantendo a

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irregularidade da parcela de despesa impugnada no valor de R$ 528,76 (quinhentos e vinte e oito reais e setenta e seis centavos), a qual, em conformidade com o § 1º do artigo 1º da Instrução 03/2011, seria passível de aplicação de multa, e considerando a comprovação do recolhimento do valor originalmente glosado, aprovou a prestação de contas em exame e deu quitação à responsável, afastando a aplicação de eventual sanção de valor equivalente, mantendo-se, ainda, as determinações previstas na Decisão de Juízo Singular. Sua Excelência, ademais, no mérito, quanto aos recursos voluntários apresentados pelos Senhores Gilberto Jorge, Antonia Helena Maderic Riquino e Francisco Carlos Rocca, deu-lhes provimento integral, por entender incabível a imputação de responsabilidade solidária com fulcro no inciso II do artigo 180 da Lei Municipal 8.979/1979. Ainda, a Conselheira Yara Tacconi – Revisora, nos termos do voto apresentado em separado, conheceu dos recursos em julgamento, à exceção daquele interposto pela Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, tendo em vista ter ocorrido desistência de seu apelo, e, quanto ao mérito, deu provimento ao recurso "ex officio" e aos interpostos pelos Membros da Comissão Permanente de Controle de Adiantamentos para reformar parcialmente a R. Decisão de Juízo Singular de 01/6/2009, com o fito de tornar insubsistente a glosa alvitrada, por considerar equivocada a menção ao fato de que a despesa teria sido realizada em desacordo com o artigo 1º da Lei Municipal 10.513/1988, não tendo se configurado prejuízo ao erário, exigindo a aplicação das disposições da Instrução 03/2011 deste Tribunal. Sua Excelência, ainda, determinou a ciência da Servidora Sandra Maria Sabino Fonseca do quanto decidido pelo Egrégio Plenário, para que, querendo, adote as providências administrativas no sentido de solicitar a restituição do valor recolhido em razão da glosa imposta na R. Decisão de Juízo Singular. Ademais, o Conselheiro Eurípedes Sales, consoante notas taquigráficas insertas nos autos, conheceu dos recursos "ex officio" e voluntários, e, no mérito, negou provimento ao recurso "ex officio", e considerou prejudicada a análise dos apelos voluntários pela perda do objeto, em razão de a responsável pela prestação de contas ter recolhido corretamente o valor glosado, nos termos da Lei Municipal 13.275/2002, bem como quitou a Servidora Sandra Maria Sabino Fonseca. Afinal, que o Excelentíssimo Senhor Conselheiro Presidente Edson Simões, nos termos do artigo 172, inciso II, do Regimento Interno desta Corte, determinou que os autos lhe fossem conclusos, para proferir voto de desempate." (Certidão) b) Diversos: 3) TC 3.617.09-80 – Hospfar Indústria & Comércio de Produtos Hospitalares Ltda. – Secretaria Municipal da Saúde – SMS (Fundo Municipal de Saúde) – Representação em face do Pregão Eletrônico 216/2009, cujo objeto é o registro de preços de agentes anti-infecciosos de uso sistêmico em sistema fechado I para uso nas Unidades da SMS (Acomp. TC 1.500.10-03) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da representação, uma vez que se encontram atendidos os requisitos de admissibilidade previstos no Regimento Interno desta Corte, e, no mérito, em julgá-la procedente, por considerar que restou demonstrada a ocorrência, no transcurso do procedimento do Pregão Eletrônico 216/2009, relativamente ao item 4 do objeto licitado, prejuízo ao contraditório e ao exercício da defesa, além de descumprimento dos princípios basilares da licitação insculpidos no "caput" do artigo 3º da Lei Federal 8.666/93, observância do princípio constitucional da isonomia e seleção da proposta mais vantajosa para a Administração. Acordam, ademais, à unanimidade, em declarar nulo o Pregão Eletrônico 216/2009, diante das ilegalidades constatadas, cometidas nos atos do procedimento, bem como em manter a decisão de suspensão dos efeitos da Ata de Registro de Preços 227/2009, reconhecendo, contudo, os efeitos financeiros de eventuais ajustes dela decorrentes firmados antes da decisão. Acordam, também, à unanimidade, em determinar à Secretaria Municipal da Saúde – SMS, observado o disposto na legislação, que

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declare a invalidação do procedimento licitatório e, por decorrência, o ato dele originado, promovendo nova licitação, que deve ser amparada por pesquisa de preços atualizada, considerando a existência de preços menores do que os obtidos no pregão, conforme constatado no âmbito do processo TC 1.500.10-03 acompanhante. Acordam, ainda, à unanimidade, em aplicar à Senhora Pregoeira-Presidente, identificada nos autos, em virtude das irregularidades perpetradas, a multa pecuniária no valor de R$ 512,28 (quinhentos e doze reais e vinte e oito centavos), com fundamento nos artigos 19 e 52, inciso II, da Lei Municipal 9.167, de 03 de dezembro de 1980 e no Regimento Interno desta Corte, na conformidade da Portaria SG/GAB. 01/2012, de 12 de janeiro de 2012. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar o envio de cópia do presente Acórdão à representante e à representada, nos termos do artigo 58 do Regimento Interno desta Corte, bem como ao Ministério Público, em atenção ao solicitado nos autos. Acordam, afinal, à unanimidade, após os trâmites regimentais, em determinar o arquivamento dos autos. Relatório: Trata-se de examinar Representação formulada pela empresa Hospfar Indústria & Comércio de Produtos Hospitalares Ltda., em face dos atos praticados no Pregão Eletrônico nº 216/2009/SMS, promovido pela Secretaria Municipal da Saúde e destinado ao registro de preços de agentes anti-infecciosos de uso sistêmico em sistema fechado. Em seu arrazoado, a Representante alega a ocorrência de ilegalidade, por ofensa ao seu direito de defesa no curso do procedimento licitatório, informando haver proposto o menor preço para o medicamento licitado no item 4 do objeto do certame, tendo sido inabilitada sob o argumento de que o produto por ela ofertado se referia a sistema aberto. Aduz, ainda, que, tendo se manifestado imediatamente acerca da intenção de interpor recurso, esta prerrogativa recursal foi-lhe recusada pela Origem, sob o argumento de que, de acordo com a bula e o registro do medicamento enviados pela empresa em atendimento ao item 9.11 do edital, o produto em sua proposta se referia a medicamento em sistema aberto acompanhado de bolsa, não compatível com o sistema fechado, solicitado no Edital, concluindo, assim, ter a empresa cotado produto diverso às necessidades da SMS. Informa a Representante que, em seguida, interpôs recurso administrativo comprovando haver ofertado o produto de acordo com o estabelecido no Edital, mas que a Pregoeira, ao adentrar o mérito do referido recurso, modificou completamente os motivos da desclassificação da sua proposta, ao afirmar que esta não teria se dado em virtude de ser ou não produto em sistema fechado, mas, sim, sob o argumento de que se tratava de medicamento em frasco e não em frasco-ampola. Remetidos os autos à Subsecretaria de Fiscalização e Controle, esta procedeu à juntada de cópia da Ata de Registro de Preços nº 227/2009 e de documentos que demonstram a aquisição, pelo Hospital do Servidor Municipal, de 6.000 unidades do produto objeto da referida Ata, trazendo informações acerca dos atos praticados no certame licitatório. Conquanto tenha preopinado pela improcedência da representação, a SFC propôs fosse o assunto submetido à análise de um médico, com o propósito de avaliar se a desclassificação da Representante configurou excesso de formalismo, considerando a carta explicativa do Laboratório Merck Sharp Dhome, juntada sob fls. 87 a 92, documento que esclarece tratar-se de medicamento em frasco-ampola, conforme publicação da última Renovação de Registro de Medicamento Novo – Diário Oficial da União de 17 de agosto de 2009. Intimada para apresentação de justificativas, inclusive no que concerne à própria demonstração de que a discussão afeta à utilização de frasco-ampola do medicamento diz respeito obrigatoriamente à definição do sistema fechado, a Sra. Pregoeira-Presidente, em suas razões de defesa, e referindo-se aos argumentos anteriormente por ela utilizados no exame do recurso administrativo interposto pela empresa, sustentou a correção dos atos do procedimento licitatório, afirmando que a Hospfar foi inabilitada pela não comprovação, através da bula do produto apresentada, da correspondência entre o descritivo e o edital – medicamento na apresentação de frasco-

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ampola – e daquele efetivamente ofertado – na apresentação de frasco, acrescentando que o objeto da controvérsia, diversamente do que quer fazer a interessada, não se relaciona ao fato de sua proposta atender ou não à exigência editalícia de apresentação do produto em sistema fechado. Juntou à sua defesa cópia dos atos praticados a partir da sessão pública do Pregão Eletrônico (fls. 133/209). A fim de possibilitar o exame quanto à relevância dos fundamentos trazidos pela Representante, em confronto com as razões apresentadas pela Sra. Pregoeira, solicitou-se a assessoria técnica do médico responsável pela Unidade Técnica de Saúde desta Corte, com o objetivo de esclarecer: a) se o sistema fechado, de utilização endovenosa, é identificado pelo próprio medicamento em si ou pela via utilizada para sua administração (bolsa); b) se a forma de apresentação do medicamento – frasco, ou frasco-ampola – tem pertinência com o aludido sistema fechado. Em resposta, foi elucidado que: a) o sistema fechado refere-se ao sistema de infusão, ou seja, bolsa de solução parenteral e o equipo de infusão, para aplicação intravenosa, em sistema fechado; b) com relação à forma de apresentação do medicamento – frasco, ou frasco-ampola – e sua correlação com o sistema fechado, não haver qualquer pertinência, uma vez que tanto o medicamento na apresentação frasco como na forma frasco-ampola refere-se à solução que deverá ser transferida para a bolsa de diluente, do sistema fechado. Vieram aos autos os documentos de fls. 217/223, apresentados pela Representante, consistentes em fotos impressões relativas ao produto por ela ofertado, "Tienam 500", e ao da "ABL", detentora da Ata, junto com a bolsa soro de sistema fechado fabricado pela empresa Halex Star, objetivando comparação visual e constatação da ausência de diferença entre eles. À vista dos elementos constantes dos autos, determinei a imediata suspensão dos efeitos da Ata de Registro de Preços nº 227/2009, para fim de novas contratações, até decisão de mérito do presente feito (fls. 224/232). Referendada a decisão pelo Pleno, mediante voto de desempate proferido na 2.545ª Sessão Ordinária realizada em 23/03/2011 (fls. 258/259), foram os autos remetidos à Assessoria Jurídica de Controle Externo, que opinou pela admissibilidade da Representação e, no mérito, pela sua procedência. A Sra. Assessora Subchefe de Controle Externo, pronunciou-se no sentido de haver restado caracterizado o prejuízo ao contraditório e ao exercício da defesa de forma plena pela empresa licitante e ora Representante, considerando: a) que a empresa foi inabilitada sob o argumento de que o produto proposto se referia a medicamento em sistema aberto acompanhado de bolsa, não compatível com o sistema fechado, solicitado no Edital; b) que no julgamento do recurso administrativo interposto pela Representante, tendo em vista que a intenção de recorrer manifestada durante a sessão foi rejeitada pela Pregoeira, a Comissão de Licitação invocou argumento inovador para fundamentar a decisão da inabilitação da Representante, qual seja, de que a bula enviada referia-se à apresentação farmacêutica do medicamento em frasco, não comprovando a apresentação exigida no Edital, de frasco-ampola, sendo esta a razão da inabilitação da requerente no certame; c) que o recurso administrativo interposto pela empresa em face de sua inabilitação apenas cuidou de demonstrar que seu produto era compatível com o sistema fechado exigido pelo instrumento convocatório, sendo-lhe impossível defender-se da nova questão referente à apresentação do medicamento em frasco ou frasco-ampola, até porque este era um argumento que até então não existia. Acrescentou ainda que, à vista da manifestação técnica elaborada pelo Senhor Assessor Médico Chefe da Unidade Técnica de Saúde deste Tribunal, no sentido de ser compatível com o sistema fechado tanto o medicamento fornecido na forma de frasco como na forma de frasco-ampola, tal fato descaracterizaria o argumento lançado na Ata de Realização do Pregão Eletrônico como justificativa primeira para a inabilitação da Representante, e quanto à alegação da Origem de que o produto ofertado pela Representante não estava condizente com o Edital, pode-se inferir que tal produto não só era compatível com o sistema fechado como, também, apresentava-se na forma de frasco-ampola, nos

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termos exigidos no Edital. A Procuradoria da Fazenda Municipal entendeu correto o ato de inabilitação na licitação da empresa Representante, por não cumprimento do Edital. Encampando os argumentos trazidos pela Origem, requer seja recebida a Representação, sendo no mérito julgada improcedente. A Secretaria Geral opinou pelo conhecimento da Representação. No mérito, salientou que o próprio Edital previu o prazo para apresentação dos recursos em seu subitem 12.1, sendo que o ato de rejeição configurou o cerceamento ao princípio da ampla defesa. Reportando-se a dispositivos da legislação respeitante ao Pregão e ao sistema de registro de preços, bem como trazendo entendimentos da doutrina acerca desses temas, bem como do TCU, concluiu comungando do entendimento expressado pela AJCE no sentido da procedência da Representação. Por oportuno, consigno que, à vista do ingresso nos autos da empresa Antibióticos do Brasil Ltda. (fls. 269/271), vencedora do Pregão relativamente ao item 4 e detentora da Ata de Registro de Preços nº 227/2009, cuja petição pugna pela improcedência da Representação, ao tempo que alega que a Administração Municipal estaria adquirindo o referido medicamento por preço acima do preço por ela oferecido na referida licitação, determinei a abertura de procedimento específico com o objetivo de verificar se, no âmbito da Administração do Município, eventuais contratações do referido medicamento estariam sendo, desde a suspensão dos efeitos da ARP nº 227/2009, realizadas em patamares condizentes com os de mercado. Nesse sentido, os trabalhos de inspeção realizados pela Auditoria constam do TC 1.500.10-03, acompanhante. As conclusões alcançadas pela área auditora desta Corte no aludido TC revelam a inconsistência da afirmação acima, feita pela Antibióticos do Brasil Ltda. Com efeito, concluiu a Auditoria que: a) não houve aquisições diretas do referido medicamento pela Rede Hospitalar Municipal da SMS, no período seguinte à suspensão dos efeitos da ARP nº 227/2009; b) a Autarquia Hospitalar Municipal comprou o medicamento, na fase de suspensão dos efeitos da Ata, por meio de requisição decorrente de outro procedimento licitatório (Pregão Presencial nº 055/2010), ao preço unitário de R$ 18,50/frasco-ampola, inferior ao preço constante da ARP nº 227/2009, de R$ 21,50/frasco-ampola, e em patamares condizentes com os praticados no mercado; c) outras unidades da rede hospitalar municipal não compraram o medicamento desde a data de suspensão dos efeitos da Ata e estão utilizando outro medicamento como equivalente terapêutico, de menor preço unitário, mediante utilização da ARP nº 300/2009, vigente com preço registrado no valor de R$ 13,90/frasco-ampola. É o relatório. Voto: Conheço da Representação, uma vez que se encontram atendidos os requisitos de admissibilidade previstos no Regimento Interno desta Corte. Quanto ao mérito, e à vista dos elementos constantes dos autos, acompanho os pareceres exarados pela Assessoria Jurídica de Controle Externo e pela Secretaria Geral deste Tribunal, que adoto como razões de decidir, no sentido da procedência da Representação. De fato, restou demonstrada a ocorrência, no transcurso do procedimento do Pregão Eletrônico nº 216/2009/SMS, relativamente ao item 4 do objeto licitado, de prejuízo ao contraditório e ao exercício da defesa no procedimento licitatório, além de descumprimento dos princípios basilares da licitação insculpidos no "caput" do artigo 3º da Lei Federal nº 8.666/93 – observância do princípio constitucional da isonomia e seleção da proposta mais vantajosa para a Administração –, sendo tal fato constatado em três momentos distintos relativamente aos atos do certame: 1. a inusitada rejeição, por parte da Comissão de Licitação, das razões do recurso cuja intenção de interposição foi registrada pela licitante no decorrer da realização da sessão pública do Pregão. A Lei Federal nº 10.520, de 17 de junho de 2002, que disciplina o Pregão, dispõe, em seu artigo 4º, inciso XVIII, que "declarado o vencedor, qualquer licitante poderá manifestar imediata e convenientemente a intenção de recorrer, quando lhe será concedido o prazo de 03 (três) dias para apresentação das razões do recurso, ficando os demais licitantes desde logo intimados para apresentar contra-razões em igual número de

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dias, que começarão a correr do término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos autos". Já o Decreto Federal nº 5.450, de 31 de maio de 2005, que regulamenta o pregão na forma eletrônica, limitou-se a exigir que a manifestação da intenção de recorrer deva dar-se em campo próprio do sistema, sendo concedido o prazo de três dias para o licitante apresentar as razões de recurso, ficando os demais licitantes, desde logo, intimados para, querendo, apresentarem contra-razões em igual prazo, que começará a contar do término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos elementos indispensáveis à defesa dos seus interesses (artigo 26). 1. Conforme elementos constantes dos autos, em especial os atos de registro da sessão pública do Pregão, juntados tanto pela Representante como pela Sra. Pregoeira-Presidente (fls. 55/75 e 177/196), após a fase de lances, a Representante teve sua proposta recusada às 18:09:50h do dia 16 de setembro de 2009. A decisão de classificação e de habilitação da segunda colocada deu-se às 18:53:19h do mesmo dia. A comunicação da abertura de prazo para intenção de recurso já havia sido feita às 17:11:17h, e, às 20:21:21h, foi informado que o prazo final para registro de intenção de recursos seria até as 8:00h do dia seguinte, 17/9/2009. 2. Às 20:23:05h ainda do dia 16 de setembro, a Representante registrou a intenção de recurso e suas razões, tendo a rejeição ao recebimento ocorrido às 11:03:51h do dia seguinte, ou seja, 17 de setembro de 2009 (docs. fls. 177/196), mesmo horário do encerramento da sessão. Por conseguinte, os próprios registros comprovam, à toda evidência, que ocorreu ilegalidade no procedimento licitatório, por descumprimento da lei e do próprio Edital do Pregão, instrumento que, nos termos da Lei Federal nº 8.666/93, vincula aos seus termos tanto os licitantes como a Administração que licita. Anote-se que o despacho de não conhecimento do recurso administrativo e da adjudicação à empresa segunda colocada foi exarado em 1º de outubro de 2009 (fls. 104/105), tendo a Ata de Registro de Preços nº 227/2009 sido firmada em 16 de outubro de 2009 (fls. 111/112). 2. Não conhecimento do recurso administrativo sob a justificativa de não haver sido observada a forma prevista no Edital: sistema eletrônico, em formulário próprio. Releva destacar, num primeiro momento, o aspecto da tempestividade do recurso administrativo interposto pela Representante, considerando-se o prazo previsto no Edital, ou seja, de três dias úteis, bem como a forma de contagem de prazos estabelecida pelo artigo 110 da Lei Federal nº 8.666/93. Com efeito, tendo o dia 16/09/2009, data do registro da intenção de recorrer, recaído em uma quarta-feira daquele ano-calendário, o recurso administrativo foi recebido na Secretaria da Saúde em 21/09/2009, segunda-feira seguinte, conforme protocolo de recebimento manualmente registrado (fls. 197). É fato que o Edital do Pregão Eletrônico exigiu que os procedimentos para interposição de recursos, encaminhamento de memoriais e de eventuais contra-razões fossem realizados exclusivamente por sistema eletrônico e em formulário próprio. Contudo, tratava-se de recurso tempestivo e, ao mesmo tempo, interposto por quem havia proposto o menor preço numa licitação ordenada para formação de Ata de Registro de Preços em item cujo consumo médio mensal estimado alcança a quantidade de 5.752 bolsas, o que impõe cuidado redobrado no sentido de obtenção de proposta mais vantajosa para o interesse público almejado. Assim sendo, ao prestigiar exclusiva e simplesmente a forma, sem, inclusive, qualquer menção à acessibilidade do sistema eletrônico naquela fase do Pregão, a justificativa apresentada para o não conhecimento do recurso administrativo acabou por desconsiderar a supremacia dos princípios constitucionais da prévia e ampla defesa e do contraditório, tornando-se ilegal e arbitrário. Conforme adverte Marçal Justen Filho na obra citada, "A formalidade não se destina a constranger o exercício de garantias individuais adotadas para limitação do exercício das competências políticas e administrativas. Não apresenta a menor legitimidade constitucional a determinação de que o recurso deverá ser interposto através de formulários eletrônicos, cuja modelação ficaria a cargo da Administração Pública (...). O particular tem o dever de apresentar seu recurso por

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escrito. Até se pode admitir o dever de encaminhar o recurso através de recursos eletrônicos, inclusive por e-mail. Não se pode aceitar mais do que isso, sob pena de transformar-se a natureza do formalismo para prejudicar o administrado. A prevalência da tecnologia não autoriza o sacrifício da democracia" (p. 225/226). 3. Argumento inovador, na apreciação do recurso administrativo, para justificar a razão da inabilitação da licitante. Conforme bem sintetizado pela AJCE, a Representante, no recurso administrativo interposto em face de sua inabilitação, apenas demonstrou que seu produto era compatível com o sistema fechado exigido pelo instrumento convocatório, sendo impossível que a mesma pudesse se defender da nova questão referente à apresentação do medicamento em frasco ou em frasco-ampola, uma vez que esta questão até então inexistia. Quanto a esse específico aspecto, aliás efetivamente relevante para melhor entendimento da questão, destaco que restou tecnicamente demonstrado nos autos o fato de ser compatível com o sistema fechado tanto o medicamento fornecido na forma de frasco, como na forma de frasco-ampola, constatação que descaracteriza o argumento lançado na Ata de Realização do Pregão Eletrônico como justificativa primeira para a inabilitação da Representante. A manifestação técnica de fls. 214/216, do Sr. Médico Chefe da Unidade Técnica de Saúde deste Tribunal, lastreia-se nas Resoluções da ANVISA de nºs 45, de 12/03/2003, e 29, de 18/04/2007, que estabelecem, respectivamente, o "Regulamento Técnico de Boas Práticas de utilização das soluções parenterais em Serviços de Saúde" e as "Regras referentes ao registro e comercialização para a substituição do sistema infusão aberto para fechado em Soluções Parenterais de Grande Volume". Calcadas na Resolução RDC nº 45, as conclusões da referida área técnica foram no sentido de que "o sistema fechado refere-se ao sistema de infusão, ou seja, bolsa de solução parenteral e o equipo de infusão, para aplicação intravenosa, em sistema fechado", sendo considerado "sistema fechado de infusão a condição onde durante todo o preparo e administração da solução parenteral, não há o seu contato com o ambiente", e que, "com relação à forma de apresentação do medicamento – frasco ou frasco-ampola – e o sistema fechado, não há qualquer pertinência, uma vez que tanto o medicamento na apresentação frasco ou frasco-ampola refere-se à solução que deverá ser transferida para a bolsa de diluente, do sistema fechado". Por fim, acrescento que o Regulamento Técnico de Boas Práticas de Utilização de Soluções Parenterais em serviços de saúde, aprovado pela RDC nº 45, de 12 de março de 2003, da ANVISA, determinou sua aplicação a todos os estabelecimentos de saúde voltados à prática de utilização de soluções. Referida Resolução, em suas Disposições Transitórias, fixou, por seu turno, o prazo de sessenta meses (portanto até 12/03/2008) para a substituição do sistema de infusão aberto para o sistema fechado, o que suscita a total impropriedade e desatino, por quem quer que fosse, de propor produto dessa natureza em sistema aberto, em uma licitação que, levada a efeito em setembro de 2009, destinou-se ao registro de preço de produto em sistema fechado. Oportuno destacar, tendo em vista a petição de fls. 368 apresentada pela empresa Antibióticos do Brasil Ltda., que em momento algum suscitou-se, nos presentes autos, dúvida quanto à adequação ao Edital do medicamento por ela ofertado no Pregão, até porque se trata, este, de medicamento genérico nos termos da Lei Federal nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999, consoante especificado na bula que a referida peticionária fez juntar às fls. 369, e que tem por referência o medicamento Tienam, conforme consta do documento de fls. 370, também por ela apresentado, ou seja, trata-se de medicamento genérico cuja referência é o medicamento ofertado no Pregão pela empresa Representante. Aliás, parece-me que outro não poderia ser o entendimento, diante da definição estabelecida pela Lei Federal nº 9.787/99, segundo a qual medicamento genérico é o "medicamento similar a um produto de referência ou inovador, que se pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua

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eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB" (Denominação Comum Brasileira) "ou, na sua ausência, pela DCI" (Denominação Comum Internacional). Feitas essas considerações, e à vista dos elementos constantes dos autos, julgo procedente a Representação sob exame e nulo o Pregão Eletrônico nº 216/2009/SMS, diante das ilegalidades relatadas, cometidas nos atos do procedimento. Pelas razões já expostas nos autos, mantenho a decisão de suspensão dos efeitos da Ata de Registro de Preços nº 227/2009, reconhecendo, contudo, os efeitos financeiros de eventuais ajustes dela decorrentes firmados antes da decisão, determinando à Secretaria Municipal da Saúde, observado o disposto na legislação, que declare a invalidação do procedimento licitatório e, por decorrência, do ato dele decorrente, promovendo nova licitação, que deve ser amparada por pesquisa de preços atualizada, considerando a existência de preços menores do que os obtidos no Pregão, conforme constatado no âmbito do TC 1.500.10-03, acompanhante. Por fim, aplico à Sra. Pregoeira-Presidente, identificada nos autos, em virtude das irregularidades perpetradas, multa pecuniária no valor de R$ 512,28 (quinhentos e doze reais e vinte e oito centavos), com fundamento na Lei Municipal nº 9.167, de 3 de dezembro de 1980, artigos 19 e 52, II, e no Regimento Interno desta Corte, na conformidade da Portaria SG/GAB. 01/2012, de 12 de janeiro de 2012. Dê-se ciência da decisão à Representante e à Origem, encaminhe-se ofício ao Ministério Público, com cópia da decisão, em atenção ao solicitado nos autos. Após os trâmites regimentais, arquivem-se os autos. Participaram do julgamento os Conselheiros Yara Tacconi – Revisora e Eurípedes Sales. Ausente o Conselheiro Roberto Braguim, por motivo previamente justificado. Presente o Procurador Chefe da Fazenda "ad hoc" Fábio Costa Couto Filho. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 16 de maio de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Maurício Faria – Relator." c) Contratos: 4) TC 1.437.11-41 – Secretaria Municipal de Segurança Urbana – SMSU e Motorola Solutions – Indústria de Produtos de Banda Larga Móvel Ltda. – Acompanhamento – Execução do Contrato – Verificar se o Contrato 003/SMSU/2011, cujo objeto é a aquisição e instalação de equipamentos digitais de rádio comunicação fixos, móveis e portáteis, está sendo executado de acordo com as normas legais pertinentes e em conformidade com as cláusulas estabelecidas no ajuste ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em acolher o instrumento em exame por ter alcançado os objetivos previstos. Relatório: Trata o presente da análise da execução do Contrato 003/SMSU/2011 compreendendo o período de março a maio de 2011, celebrado entre a SMSU – Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Motorola Solutions – Indústria de Produtos de Banda Larga Móvel Ltda., cujo objeto contempla a aquisição de equipamentos digitais de rádio de comunicação fixos, móveis e portáteis. No relatório de acompanhamento de execução contratual, a Subsecretaria de Fiscalização e Controle concluiu: 1 – A contratação da Motorola Solutions – Indústria de Produtos de Banda Larga Móvel Ltda, no valor de R$16,1milhões, está sendo executada de acordo com o objetivo proposto. 2 – Os materiais recebidos e os correspondentes pagamentos, referentes ao período de março a maio de 2011, no valor de R$ 13.260.774,00, estão em conformidade com os termos do contrato e a documentação apresentada é regular. A AJCE entendeu que a execução alcançou os objetivos traçados, não havendo questionamentos de ordem jurídica. Por fim, a PFM requereu o acolhimento da execução contratual em exame. É o relatório. Voto: À vista das manifestações dos órgãos técnicos constantes dos autos, bem como do parecer da Procuradoria da Fazenda Municipal, os quais passam a fazer parte integrante de meu voto, ACOLHO o instrumento em exame por ter alcançado os objetivos previstos. Participaram do julgamento os Conselheiros Yara Tacconi – Revisora e Eurípedes Sales. Ausente o Conselheiro Roberto Braguim, por motivo

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previamente justificado. Presente o Procurador Chefe da Fazenda "ad hoc" Fábio Costa Couto Filho. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 16 de maio de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Maurício Faria – Relator." – PROCESSOS DO CONSELHEIRO EURÍPEDES SALES – Designado Revisor "ad hoc" o Conselheiro Maurício Faria. – a) Diversos: 1) TC 3.473.07-08 – Secretaria Municipal de Educação – SME – Acompanhamento – Verificar se os termos do Edital do Pregão 75/SME/2007, cujo objeto é a contratação de empresa para implantação e operação do sistema integrado de segurança patrimonial para as Unidades Educacionais da Rede Física, jurisdicionadas à Coordenadoria de Educação, estão de acordo com a legislação vigente (Tramita em conjunto com os TCs 3.526.07-64, 1.245.08-85 e 1.351.08-22) 2) TC 3.526.07-64 – Moacir Daniel – Secretaria Municipal de Educação – SME – Representação em face do Edital do Pregão 75/SME/2007, cujo objeto é a contratação de empresa para implantação e operação do sistema integrado de segurança patrimonial para as Unidades Educacionais da Rede Física, jurisdicionadas à Coordenadoria de Educação (Tramita em conjunto com os TCs 3.473.07-08, 1.245.08-85 e 1.351.08-22) 3) TC 1.245.08-85 – Ronda Empresa de Segurança e Vigilância Ltda. – Secretaria Municipal de Educação – SME – Representação em face do Edital do Pregão 75/SME/2007, cujo objeto é a contratação de empresa para implantação e operação do sistema integrado de segurança patrimonial para as Unidades Educacionais da Rede Física, jurisdicionadas à Coordenadoria de Educação (Tramita em conjunto com os TCs 3.473.07-08, 3.526.07-64 e 1.351.08-22) 4) TC 1.351.08-22 – Albatroz Segurança e Vigilância Ltda. – Secretaria Municipal de Educação – SME – Representação em face do Edital do Pregão 75/SME/2007, cujo objeto é a contratação de empresa para implantação e operação do sistema integrado de segurança patrimonial para as Unidades Educacionais da Rede Física, jurisdicionadas à Coordenadoria de Educação (Tramita em conjunto com os TCs 3.473.07-08, 3.526.07-64 e 1.245.08-85) 5) TC 1.483.00-06 – Recursos da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e de Maurício Thesin (São Paulo Transporte S.A. – SPTrans) interpostos contra o V. Acórdão de 21/08/2002 – Relator Conselheiro Edson Simões – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans e Consórcio Setepla – Logit – Serviços técnicos de desenvolvimento de estudos e projetos para implantação de sistema de média capacidade para o transporte público no Município de São Paulo (Acomp. TCs. 2.648.97-62 e 12.395.98-16) 6) TC 2.648.97-62 – Vereador Vicente Cândido (Câmara Municipal de São Paulo – CMSP) – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans – Representação em face do Edital da Concorrência 002/97, cujo objeto é a seleção de firma individual, sociedade ou consórcio para prestação de serviços de Desenvolvimento de Estudos e Projetos para implantação de Sistema de Média Capacidade para o Transporte Público do Município de São Paulo (Acomp. TCs. 12.395.98-16 e 1.483.00-06) 7) TC 12.395.98-16 – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans e Consórcio Setepla – Logit – Acompanhamento – Execução do Contrato – Verificar se o Contrato 97/048, cujo objeto é a seleção de firma individual, sociedade ou consórcio para prestação de serviços de Desenvolvimento de Estudos e Projetos para implantação de Sistema de Média Capacidade para o Transporte Público no Município de São Paulo, está sendo executado conforme determinado no V. Acórdão de 27/01/2000 (Acomp. TCs. 2.648.97-62 e 1.483.00-06). "O Conselheiro Eurípedes Sales – Relator requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso IV, do Regimento Interno desta Corte, a retirada de pauta dos citados processos, para melhores estudos, o que foi deferido." (Certidões) – PROCESSOS RELATADOS PELA CONSELHEIRA YARA TACCONI – A Conselheira Yara Tacconi pediu vênia para mudar a ordem do relato dos processos de sua pauta, em relação à constante na pauta publicada no DOC de 12/5/2012, pág. 98. Seguindo aquela pauta, Sua Excelência relatou os itens 2) TC 3.570.05-94, 8) TC 913.07-94, os TCs englobados 1) TC 786.08-50, 7) TC 834.07-10, 9) TC 1.627.08-81 e 10) TC 1.924.08-27 e, por fim, os TCs englobados 3) TC

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24.08-80, 4) TC 34.08-34, 5) 1.634.08-47 e 6) TC 2.143.09-21, que receberam, portanto, a seguinte ordenação: 1) TC 3.570.05-94 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e de Cláudia Maria Ribeiro Mussi Botelho interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 07/11/2008 – Julgador Conselheiro Maurício Faria – Autarquia Hospitalar Municipal – AHM – Cláudia Maria Ribeiro Mussi Botelho – Prestação de contas de adiantamento bancário – maio/2003 ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relatora a Conselheira Yara Tacconi. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto da Relatora, em conhecer do recurso "ex officio", por regimental, e dos apelos voluntários interpostos, por presentes os pressupostos de admissibilidade. Acordam, ademais, quanto ao mérito, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Yara Tacconi – Relatora e Eurípedes Sales, em considerar regular a despesa referente à aquisição de água mineral, bem como em manter a irregularidade da despesa suportada por nota de empenho complementar. Vencido, no mérito, o Conselheiro Maurício Faria – Revisor, que, consoante voto apresentado em separado, manteve a irregularidade da primeira despesa e considerou regular a segunda despesa. Acordam, ainda no mérito, por maioria, pelos mesmos votos, em negar provimento aos apelos voluntários, visto que intentam o reconhecimento da regularidade total das contas, o que não se pode acolher. Vencido, nesta parte do mérito, o Conselheiro Maurício Faria – Revisor, que lhes deu provimento parcial. Acordam, afinal, ainda no mérito, à unanimidade, em dar provimento ao recurso "ex officio" para reformar em parte a R. Decisão recorrida, com o fito de afastar a imputação de débito, nos termos do inciso III do artigo 1º da Instrução 03/2011 deste Tribunal, dando quitação à interessada. Relatório: Em julgamento o Recurso "ex officio", bem como os voluntários interpostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal e pela servidora Claudia Maria Ribeiro Mussi Botelho, contra a R. Decisão monocrática de fls. 41/43, que aprovou parcialmente a prestação para dar quitação no valor de R$ 2.067,89 (dois mil e sessenta e sete reais e oitenta e nove centavos) e glosou a importância de R$ 882,11 (oitocentos e oitenta e dois reais e onze centavos), em razão da violação das normas pertinentes ao regime de adiantamento. Fez, ainda, determinação aos responsáveis relativas às impropriedades não passíveis de glosa. Em seu apelo, o órgão fazendário sustentou que o caso merece ser observado sob o prisma mais abrangente, de sorte que seja verificada a efetiva utilização dos recursos públicos, em face da necessidade havida, ainda que em eventual desacordo com as normas de caráter técnico-contábil. Intimada, a responsável pelo adiantamento requereu o cancelamento da glosa e argumentou que a mercadoria foi adquirida em benefício da Administração, que o fornecedor recebeu seu crédito e que os objetivos foram atingidos, portanto, a imputação de débito ao titular da despesa, implica enriquecimento sem causa da Administração. A Coordenadoria III entendeu que os apelos não trouxeram elementos novos, pelo que se manifestou pela manutenção da R. Decisão recorrida. A Assessoria Jurídica de Controle Externo e a Secretaria Geral opinaram pelo conhecimento dos recursos interpostos e, no mérito, pelo não provimento dos mesmos, inclusive do recurso "ex officio", mantendo-se inalterada a Decisão recorrida, por seus próprios e jurídicos fundamentos. A Procuradoria da Fazenda Municipal requereu o recebimento e provimento dos recursos interpostos. É o relatório. Voto: A Decisão monocrática glosou parte das despesas por 02 (dois) motivos pontuais a seguir expostos: 1. Aquisição de água mineral, no valor de R$ 42,00 (quarenta e dois reais), por infringência ao artigo 1º da Lei Municipal nº 10.513/88 e Comunicado 13/91-CONT. Entendo que tais despesas se enquadram perfeitamente nos termos do artigo 2º da Lei 10.513/88, que dispõe expressamente ser o regime de adiantamento passível de utilização, quando for exigido pronto pagamento, para atender as de pequeno vulto, como nesta hipótese. Assim, não há que

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se articular irregularidades com fulcro no artigo 1º, da Lei 10.513/88, pois as mesmas foram realizadas segundo este e demais normativos que se aplicam à espécie. 2. Despesa suportada por Nota de Empenho Complementar, infringindo o art. 3º, inciso II, da Lei 10.513/88. Quanto a este aspecto, de fato, a servidora não respeitou o preceito transcrito e, por tal motivo, entendo válido o apontamento de irregularidade de despesa. Entretanto, mantendo a mesma linha decisória esposada no TC 2.812.08-39, cujas razões passam a integrar este voto, julgo não procedente o recolhimento das importâncias glosadas, uma vez que, os valores foram dispendidos pela Administração e recebidos pelos fornecedores dos bens e aproveitados pela Administração. Portanto, tratamos aqui, de atos praticados de maneira irregular, mas sem desvio do interesse público. Por todo o exposto, dou provimento ao recurso "ex officio" para reformar em parte a Decisão recorrida com o fito de, mesmo mantendo a irregularidade de parte da prestação de contas, afastar a imputação de débito, nos termos do inciso III, do art. 1º, da Instrução nº 03/2011, deste Tribunal dando quitação aos interessados. Nego provimento aos recursos voluntários, posto que intentam o reconhecimento da regularidade total das contas o que não se pode acolher. Voto em separado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: Conheço dos recursos em exame, diante da presença dos pressupostos de admissibilidade. Cuida o TC nº 3.570.05-94 do exame de duas irregularidades, a seguir elencadas. A primeira por ofensa ao artigo 1º da Lei Municipal nº 10.513/88 e ao Comunicado 13/91-CONT, pela aquisição de galões de água mineral, no valor de R$ 42,00, que, sendo material de uso contínuo, seria passível de ser adquirido pelo processo normal de aquisição. Nesse particular, embora seja mantido meu entendimento pela irregularidade do apontamento, pelos mesmos fundamentos, entendo que a Decisão neste item carece de parcial revisão, posto que a glosa imposta à época não mais se coaduna com as novas disposições instituídas neste Tribunal pela Instrução nº 03/2011. Por sua vez, a segunda irregularidade se deu por infringência ao artigo 3º, inciso II, da referida Lei Municipal nº 10.513/88, bem como ao artigo 19 do Decreto Municipal nº 40.533/01 (vigente à época dos fatos), pela realização de despesas, no montante de R$ 840,11, custeadas com recursos provenientes da suplementação da quantia inicialmente adiantada. O posterior Decreto nº 48.592/2007, acompanhando os termos da Lei 10.513/88, veda no inciso II, do artigo 18, a concessão de adiantamento para atender despesas maiores do que as quantias já adiantadas. Não obstante, o decreto regulamentador, de forma inovadora, passou a autorizar expressamente o ato de suplementação do adiantamento, conforme artigo 6º, desde que o mesmo seja realizado no período fixado para a realização da despesa. Além disso, deverá o ato de suplementação, de igual forma, ser formalizado dentro dos limites do valor já adiantado, de forma a conciliar o acréscimo ao disposto no inciso II, do referido artigo 18, do mesmo diploma. Desse modo, ainda que sem o amparo do atual Decreto, à época dos fatos, parece-nos que o caso em exame merece ter este apontamento relevado, adotando-se uma interpretação mais favorável, vez que a suplementação de adiantamento bancário sequer é vedada pela Lei 10.513/88, a qual apenas estabelece como limite, o valor das quantias adiantadas, cujo extrapolamento não ocorreu no caso concreto. Pelo exposto, voto pelo provimento parcial dos recursos: a) mantendo-se o entendimento pela irregularidade do ato, mas afastando a glosa imposta, por força da Instrução nº 03/11, no que tange à irregularidade da despesa vinculada à aquisição de material de uso contínuo; b) bem como reformando o entendimento anterior, para entender regulares as despesas custeadas com os recursos suplementados, pelos motivos citados, dando-se quitação integral ao responsável pelas contas apresentadas. Deixo de aplicar eventual penalidade, em caráter excepcional, na medida em que não seria aferível em sede recursal, pelo seu caráter inovador. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor e Eurípedes Sales. Ausente o Conselheiro Roberto Braguim, por motivo previamente justificado. Presente o Procurador

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Chefe da Fazenda "ad hoc" Fábio Costa Couto Filho. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 16 de maio de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Yara Tacconi – Relatora." 2) TC 913.07-94 – Recursos "ex officio" e da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 01/7/2008 – Julgador Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal de Educação – SME – Italo Del Monte – Prestação de contas de adiantamento bancário – novembro/2004 ACÓRDÃO: "Vistos, relatados, e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relatora a Conselheira Yara Tacconi. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto da Relatora, em conhecer do recurso "ex officio", por regimental, bem como da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, visto que os pressupostos de admissibilidade restaram preenchidos. Acordam, ademais, quanto ao mérito, à unanimidade, em dar provimento ao recurso "ex officio" para reformar, em parte, a R. Decisão de Juízo Singular de 01/7/2008 recorrida, com o fito de manter a irregularidade da prestação de contas, porém afastar a imputação de débito, nos termos do inciso III do artigo 1º da Instrução 03/2011, deste Tribunal, dando quitação ao interessado. Acordam, ainda no mérito, à unanimidade, em negar provimento ao recurso da PFM, visto que intenta o reconhecimento da regularidade total das contas o que não se pode acolher. Relatório: Em julgamento os Recursos "ex officio", bem como o voluntário interposto pela Procuradoria da Fazenda Municipal, contra a R. Decisão monocrática de fls. 24, que rejeitou integramente a prestação de contas em nome de Ítalo Del Monte, no valor de R$ 3.798.48 (três mil, setecentos e noventa e oito reais e quarenta e oito centavos), correspondente às despesas de diárias de viagem do Sr Jair Alves para participação no VIII Congresso Internacional das Cidades Educadoras, por terem sido efetuadas em período diferente ao fixado pelo adiantamento, enquadrando-se como glosa, nos termos do subitem 7.4.4 da Portaria SF nº 15/04. Fez, ainda, determinações aos responsáveis no sentido de obediência à legislação pertinente ao regime de adiantamento. Em seu apelo, o órgão fazendário sustentou que o caso merece ser observado sob o prisma mais abrangente, de sorte que seja verificada a efetiva utilização dos recursos públicos, em face da necessidade havida, ainda que em eventual desacordo com as normas de caráter técnico-contábil. A Coordenadoria III entendeu que não há nos apelos elementos novos capazes de alterar a decisão de Juízo Singular. A Assessoria Jurídica de Controle Externo e a Secretaria Geral opinaram pelo conhecimento dos recursos interpostos e, no mérito, pelo improvimento, mantendo-se inalterada a R. Decisão recorrida, por seus próprios e jurídicos fundamentos. A Procuradoria da Fazenda Municipal requereu o conhecimento e provimento dos apelos interpostos. É o relatório. Voto: Conheço do Recurso interposto pela Procuradoria da Fazenda Municipal, em razão de sua admissibilidade, bem como do "ex officio", por regimental. Quanto ao mérito, a glosa imposta pela Decisão Singular decorreu do fato de o interessado ter pago as despesas antes do recebimento do numerário, o que demonstra que o responsável não observou os termos da legislação regente da matéria, motivo pelo qual, entendo válido o apontamento de irregularidade da despesa. Entretanto, mantendo a mesma linha decisória devotos por mim antes proferidos, julgo não procedente o recolhimento da importância glosada, uma vez que os valores foram dispendidos pela Administração e recebidos pelos prestadores dos serviços sem causar qualquer prejuízo. Assim sendo, dou provimento ao recurso "ex officio" para reformar em parte a Decisão recorrida para manter a irregularidade da prestação de contas, afastando apenas a imputação de débito, nos termos do inciso III, do art. 1º, da Instrução nº 03/2011, deste Tribunal, dando quitação ao interessado. Nego provimento ao recurso do órgão fazendário, posto que intenta o reconhecimento da regularidade total das contas o que não se pode acolher. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor e Eurípedes Sales. Ausente o Conselheiro Roberto Braguim, por motivo previamente

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justificado. Presente o Procurador Chefe da Fazenda "ad hoc" Fábio Costa Couto Filho. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 16 de maio de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Yara Tacconi – Relatora." a) Recursos: 3) TC 786.08-50 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, da Secretaria do Governo Municipal – SGM e de Silvio José Vendramin Camargo interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 24/11/2008 – Julgador Conselheiro Maurício Faria – Secretaria do Governo Municipal – SGM – Silvio José Vendramin Camargo – Prestação de contas de adiantamento bancário – setembro/2005 ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 834.07-10, 1.627.08-81 e 1.924.08-27, e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relatora a Conselheira Yara Tacconi. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto da Relatora, em conhecer do recurso "ex officio", por regimental, e dos apelos voluntários interpostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e pela Secretaria do Governo Municipal – SGM, por presentes os pressupostos de admissibilidade. Acordam, ademais, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria – Revisor, consoante voto apresentado em separado, e Eurípedes Sales, em conhecer do recurso interposto pelo Senhor Silvio José Vendramin Camargo. Vencida, neste particular, a Conselheira Yara Tacconi – Relatora, que não conheceu do mesmo, por intempestivo. Acordam, também, quanto ao mérito, por maioria, pelos mesmos votos, por entender que a irregularidade da despesa não restou afastada pelas razões recursais, em dar provimento parcial aos recursos. Vencida, no mérito, a Conselheira Yara Tacconi – Relatora, que deu provimento aos recursos com o fito de considerar regular a prestação de contas em sua totalidade. Acordam, afinal, à unanimidade, em afastar a glosa fixada, à luz das novas disposições da Instrução 03/2011 desta Corte. Relatório e voto englobados: v. TC 1.924.08-27. Voto em separado englobado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: v. TC 1.924.08-27. Participaram do julgamento os Conselheiros Yara Tacconi – Relatora e Eurípedes Sales. Ausente o Conselheiro Roberto Braguim, por motivo previamente justificado. Presente o Procurador Chefe da Fazenda "ad hoc" Fábio Costa Couto Filho. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 16 de maio de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Maurício Faria – Conselheiro Revisor, prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." 4) TC 834.07-10 – Recursos "ex officio" e da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 14/4/2008 – Julgador Conselheiro Eurípedes Sales – Subprefeitura de Campo Limpo – Sérgio Martins Pinto – Prestação de contas de adiantamento bancário – setembro/2003 ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 786.08-50, 1.627.08-81 e 1.924.08-27, e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relatora a Conselheira Yara Tacconi. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto da Relatora, em conhecer do recurso "ex officio", por regimental, e do apelo voluntário interposto pela Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, por presentes os pressupostos de admissibilidade. Acordam, ademais, quanto ao mérito, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria – Revisor, consoante voto apresentado em separado, e Eurípedes Sales, por entender que a irregularidade da despesa não restou afastada pelas razões recursais, em dar provimento parcial aos recursos. Vencida, no mérito, a Conselheira Yara Tacconi – Relatora, que deu provimento aos recursos com o fito de considerar regular a prestação de contas em sua totalidade. Acordam, afinal, à unanimidade, em afastar a glosa fixada, à luz das novas disposições da Instrução 03/2011 desta Corte. Relatório e voto englobados: v. TC 1.924.08-27. Voto em separado englobado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: v. TC 1.924.08-27. Participaram do julgamento os Conselheiros Yara Tacconi – Relatora e

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Eurípedes Sales. Ausente o Conselheiro Roberto Braguim, por motivo previamente justificado. Presente o Procurador Chefe da Fazenda "ad hoc" Fábio Costa Couto Filho. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 16 de maio de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Maurício Faria – Conselheiro Revisor, prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." 5) TC 1.627.08-81 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e de Claudio Lins de Medeiros interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 25/11/2009 – Julgador Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação – SEME – Claudio Lins de Medeiros – Prestação de contas de adiantamento bancário – outubro/2005 ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 786.08-50, 834.07-10 e 1.924.08-27, e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relatora a Conselheira Yara Tacconi. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto da Relatora, em conhecer do recurso "ex officio", por regimental, e do apelo voluntário interposto pela Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, por presentes os pressupostos de admissibilidade. Acordam, ademais, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria – Revisor, consoante voto apresentado em separado, e Eurípedes Sales, em conhecer do recurso interposto pelo Senhor Claudio Lins de Medeiros. Vencida, neste particular, a Conselheira Yara Tacconi – Relatora, que não conheceu do mesmo, por intempestivo. Acordam, também, quanto ao mérito, por maioria, pelos mesmos votos, por entender que a irregularidade da despesa não restou afastada pelas razões recursais, em dar provimento parcial aos recursos. Vencida, no mérito, a Conselheira Yara Tacconi – Relatora, que deu provimento aos recursos com o fito de considerar regular a prestação de contas em sua totalidade. Acordam, afinal, à unanimidade, em afastar a glosa fixada, à luz das novas disposições da Instrução 03/2011 desta Corte. Relatório e voto englobados: v. TC 1.924.08-27. Voto em separado englobado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: v. TC 1.924.08-27. Participaram do julgamento os Conselheiros Yara Tacconi – Relatora e Eurípedes Sales. Ausente o Conselheiro Roberto Braguim, por motivo previamente justificado. Presente o Procurador Chefe da Fazenda "ad hoc" Fábio Costa Couto Filho. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 16 de maio de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Maurício Faria – Conselheiro Revisor, prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." 6) TC 1.924.08-27 – Recursos "ex officio" e da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 22/6/2009 – Julgador Conselheiro Roberto Braguim – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – SIURB e Felipe Macchiaverni – Prestação de contas de adiantamento bancário – fevereiro/2006 ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 786.08-50, 834.07-10 e 1.627.08-81, e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relatora a Conselheira Yara Tacconi. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto da Relatora, em conhecer do recurso "ex officio", por regimental, e do apelo voluntário interposto pela Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, por presentes os pressupostos de admissibilidade. Acordam, ademais, quanto ao mérito, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria – Revisor, consoante voto apresentado em separado, e Eurípedes Sales, por entender que a irregularidade da despesa não restou afastada pelas razões recursais, em dar provimento parcial aos recursos. Vencida, no mérito, a Conselheira Yara Tacconi – Relatora, que deu provimento aos recursos com o fito de considerar regular a prestação de contas em sua totalidade. Acordam, afinal, à unanimidade, em afastar a glosa fixada, à luz das novas disposições da Instrução 03/2011 desta Corte. Relatório englobado:

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Em julgamento os Recursos "ex officio", bem como os voluntários interpostos contra as R. Decisões monocráticas, que aprovaram parte das prestações de contas, dando a respectiva quitação, e glosaram os valores correspondentes às aquisições realizadas feitas com infringência ao art. 1º da Lei Municipal 10.513/88 e o Comunicado 13/91-CONT. Foram feitas, ainda, recomendações aos responsáveis pelo regime de adiantamento bancário. A Procuradoria da Fazenda Municipal recorreu das Decisões alegando que os bens foram adquiridos em benefício da Municipalidade, que não houve desvio de recursos públicos e nem favorecimento indevido por parte do próprio agente ou de terceiros e, requerendo, ao final, a regularidade das contas prestadas. No TC nº 786.08-50 a Pasta e o responsável pelo adiantamento interpuseram recursos alegando que as infringências são meramente formais, não tendo ocorrido nenhuma ilegalidade ou outro gravame que pudesse macular a lisura do gasto público e que as despesas foram realizadas no interesse da Unidade. A Coordenadoria III entendeu que os apelos não trouxeram elementos novos aos autos, pelo que se manifestou pela manutenção da R. Decisão recorrida. A Assessoria Jurídica de Controle Externo e a Secretaria Geral opinaram pelo não conhecimento dos apelos dos responsáveis pelos adiantamentos analisados nos TCs 786.08-50 e 1.627.08-81, por intempestivos. Quanto aos demais recursos apreciados, manifestaram-se pelo conhecimento e, no mérito, pelo improvimento de todos, inclusive, do reexame necessário. A Procuradoria da fazenda Municipal requereu o conhecimento e provimento dos apelos. É o relatório. Voto englobado: Na esteira dos pronunciamentos da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral, não conheço dos recursos interpostos pelos responsáveis pelos adiantamentos analisados nos TCs 786.08-50 e 1.627.08-81, por intempestivos. Conheço dos Recursos "ex officio", por regimental, e dos demais voluntários, posto que os requisitos de admissibilidade encontram-se preenchidos. No mérito observa-se que as Decisões Singulares consideraram irregulares parte das despesas, sob fundamento de que houve violação aos termos do artigo 1º, da Lei 10.513/88 e ao Comunicado 13/91-CONT. Conforme já sustentei em outros julgamentos, entendo que o objetivo da Lei 10.513/88 é simplificar o procedimento administrativo para realização de determinadas despesas, com o intuito de conferir agilidade e eficiência à Administração Pública diante da prática de atos administrativos igualmente simples, deixando ao gestor público a possibilidade de despender tempo e recursos com atos que envolvam objetos de maior relevância. Entenda-se que dessa forma, não se está afastando a legalidade nem a moralidade, mas apenas prestigiando a racionalidade, a praticidade. Entendo que as despesas examinadas se enquadram nos termos da Lei 10.513/88, artigo 2º, que dispõe expressamente que o regime de adiantamento poderá ser utilizado, quando for exigido pronto pagamento, para atender às despesas de pequeno vulto, como são as dos autos, logo, não há que se articular irregularidades com fulcro no artigo 1º, da Lei 10.513/88, pois as mesmas foram realizadas segundo este e demais normativos que se aplicam à espécie. Por todo o exposto, mantendo a mesma linha decisória de votos por mim proferidos, dou provimento aos recursos em julgamento, para reformar em parte as Decisões recorridas, com o fito de considerar regulares as prestações de contas em suas totalidades, por entender que não se aplica como fundamento o Comunicado 13/91-CONT e também por considerar equivocada a menção ao fato de que as despesas teriam sido realizadas em desacordo com o artigo 1º da Lei 10.513/88. Voto em separado englobado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: Conheço dos recursos em exame, diante da presença dos pressupostos de admissibilidade. Quanto ao mérito, dentre as regras estabelecidas para uso do regime de adiantamento, uma se apresenta fundamental e imprescindível, pois se refere à condição de excepcionalidade que deve revestir a despesa a ser realizada, ou seja, o gasto colimado deve exigir o seu pronto pagamento em virtude de fato superveniente que justifique, nos autos, a urgência da aquisição, de modo que não se possa aguardar os trâmites processuais normais

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para sua realização, sem ocasionar prejuízos às atividades da Unidade, ou ainda que, em face da natureza ou do valor do material ou serviço, não seja viável ou adequada sua obtenção pelo processo de licitação ou dispensa, quando assim justificadas nos autos. Desse modo, as prestações de contas analisadas nos processos ora em julgamento apresentaram, conforme apontado pelos técnicos, despesas com aquisição de materiais que, por não terem sido devidamente justificadas, deveriam submeter-se ao regime normal de aquisição. Diante do exposto, entendo que a irregularidade da despesa não restou afastada pelas razões recursais, mantendo-se a Decisão recorrida nesse particular. Não obstante, voto pelo provimento parcial dos recursos para, exclusivamente, afastar a glosa fixada, à luz das novas disposições da Instrução nº 03/2011, deixando de aplicar, em caráter excepcional, a competente penalidade, na medida em que não seria aferível em sede recursal, pelo seu caráter inovador. Participaram do julgamento os Conselheiros Yara Tacconi – Relatora e Eurípedes Sales. Ausente o Conselheiro Roberto Braguim, por motivo previamente justificado. Presente o Procurador Chefe da Fazenda "ad hoc" Fábio Costa Couto Filho. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 16 de maio de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Maurício Faria – Conselheiro Revisor, prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." 7) TC 24.08-80 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e de Adelaide Bidin Pavan interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 26/01/2009 – Julgador Conselheiro Roberto Braguim – Subprefeitura Jaçanã/Tremembé – Adelaide Bidin Pavan – Prestação de contas de adiantamento bancário – agosto/2004 ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 34.08-34, 1.634.08-47 e 2.143.09-21, e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relatora a Conselheira Yara Tacconi. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto da Relatora, em conhecer do recurso "ex officio", por regimental, e dos apelos voluntários interpostos, visto que os requisitos de admissibilidade encontram-se preenchidos. Acordam, ademais, quanto ao mérito, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria – Revisor, consoante voto apresentado em separado, e Eurípedes Sales, em manter a decisão pela irregularidade formal da despesa. Vencida, em parte, no mérito, a Conselheira Yara Tacconi – Relatora, que considerou o ato da servidora, não obstante viciado no procedimento formativo, convalidado pelo agente competente quando da aprovação da prestação de contas. Acordam, ainda no mérito, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Yara Tacconi – Relatora e Maurício Faria – Revisor, em dar provimento aos recursos com o fito de desobrigar a responsável do recolhimento ao erário da importância glosada. Vencido, em parte, no mérito, o Conselheiro Eurípedes Sales, que negou provimento aos recursos, sendo mantida a glosa. Relatório e voto englobados: v. TC 2.143.09-21. Voto em separado englobado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: v. TC 2.143.09-21. Participaram do julgamento os Conselheiros Yara Tacconi – Relatora e Eurípedes Sales. Ausente o Conselheiro Roberto Braguim, por motivo previamente justificado. Presente o Procurador Chefe da Fazenda "ad hoc" Fábio Costa Couto Filho. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 16 de maio de 2012. a) Edson Simões Presidente; a) Maurício Faria – Conselheiro Revisor, prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." 8) TC 34.08-34 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, de Valderez Cintra Pinto da Silva e da Secretaria Municipal de Educação – SME interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 12/8/2008 – Julgador Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal de Educação – SME – Valderez Cintra Pinto da Silva – Prestação de contas de adiantamento bancário – novembro/2005 ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 24.08-80, 1.634.08-47 e

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2.143.09-21, e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relatora a Conselheira Yara Tacconi. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto da Relatora, em conhecer do recurso "ex officio", por regimental, e dos apelos voluntários interpostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e pelo Senhor Valderez Cintra Pinto da Silva, visto que os requisitos de admissibilidade encontram-se preenchidos. Acordam, ademais, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria – Revisor, consoante voto apresentado em separado, e Eurípedes Sales, em conhecer do recurso interposto pela Secretaria Municipal de Educação – SME. Vencida, neste particular, a Conselheira Yara Tacconi – Relatora, que não conheceu do recurso interposto pelo Senhor Hideo Ayabe, visto que, sendo Assessor Técnico da SME, e não seu titular, não detém legitimidade para recorrer. Acordam, também, quanto ao mérito, por maioria, pelos mesmos votos, em manter a decisão pela irregularidade formal da despesa. Vencida, em parte, no mérito, a Conselheira Yara Tacconi – Relatora, que considerou o ato do servidor, não obstante viciado no procedimento formativo, convalidado pelo agente competente quando da aprovação da prestação de contas. Acordam, ainda no mérito, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Yara Tacconi – Relatora e Maurício Faria – Revisor, em dar provimento aos recursos com o fito de desobrigar o responsável do recolhimento ao erário da importância glosada. Vencido, em parte, no mérito, o Conselheiro Eurípedes Sales, que negou provimento aos recursos, sendo mantida a glosa. Relatório e voto englobados: v. TC 2.143.09-21. Voto em separado englobado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: v. TC 2.143.09-21. Participaram do julgamento os Conselheiros Yara Tacconi – Relatora e Eurípedes Sales. Ausente o Conselheiro Roberto Braguim, por motivo previamente justificado. Presente o Procurador Chefe da Fazenda "ad hoc" Fábio Costa Couto Filho. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 16 de maio de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Maurício Faria – Conselheiro Revisor, prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." 9) TC 1.634.08-47 – Recursos "ex officio" e de Márcia Sanae Kague Yonezawa interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 22/01/2009 – Julgador Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal de Educação – SME – Márcia Sanae Kague Yonezawa – Prestação de contas de adiantamento bancário – fevereiro/2006 ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 24.08-80, 34.08-34 e 2.143.09-21, e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relatora a Conselheira Yara Tacconi. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto da Relatora, em conhecer do recurso "ex officio", por regimental, e do apelo voluntário interposto, visto que os requisitos de admissibilidade encontram-se preenchidos. Acordam, ademais, quanto ao mérito, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria – Revisor, consoante voto apresentado em separado, e Eurípedes Sales, em manter a decisão pela irregularidade formal da despesa. Vencida, em parte, no mérito, a Conselheira Yara Tacconi – Relatora, que considerou o ato da servidora, não obstante viciado no procedimento formativo, convalidado pelo agente competente quando da aprovação da prestação de contas. Acordam, ainda no mérito, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Yara Tacconi – Relatora e Maurício Faria – Revisor, em dar provimento aos recursos com o fito de desobrigar a responsável do recolhimento ao erário da importância glosada. Vencido, em parte, no mérito, o Conselheiro Eurípedes Sales, que negou provimento aos recursos, sendo mantida a glosa. Relatório e voto englobados: v. TC 2.143.09-21. Voto em separado englobado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: v. TC 2.143.09-21. Participaram do julgamento os Conselheiros Yara Tacconi – Relatora e Eurípedes Sales. Ausente o Conselheiro Roberto Braguim, por motivo previamente justificado. Presente o Procurador Chefe da Fazenda "ad

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hoc" Fábio Costa Couto Filho. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 16 de maio de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Maurício Faria – Conselheiro Revisor, prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." 10) TC 2.143.09-21 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e da Secretaria Municipal de Educação – SME (Coordenadoria de Educação – Campo Limpo) interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 11/01/2010 – Julgador Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal de Educação – SME – Coordenadoria de Educação de Campo Limpo – Vanderlei Francisco de Oliveira – Prestação de contas de adiantamento bancário – maio/2006 ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 24.08-80, 34.08-34 e 1.634.08-47, e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relatora a Conselheira Yara Tacconi. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto da Relatora, em conhecer do recurso "ex officio", por regimental, e dos apelos voluntários interpostos, visto que os requisitos de admissibilidade encontram-se preenchidos. Acordam, ademais, quanto ao mérito, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria – Revisor, consoante voto apresentado em separado, e Eurípedes Sales, em manter a decisão pela irregularidade formal da despesa. Vencida, em parte, no mérito, a Conselheira Yara Tacconi – Relatora, que considerou o ato do servidor, não obstante viciado no procedimento formativo, convalidado pelo agente competente quando da aprovação da prestação de contas. Acordam, ainda no mérito, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Yara Tacconi – Relatora e Maurício Faria – Revisor, em dar provimento aos recursos com o fito de desobrigar o responsável do recolhimento ao erário da importância glosada. Vencido, em parte, no mérito, o Conselheiro Eurípedes Sales, que negou provimento aos recursos, sendo mantida a glosa. Relatório englobado: Em julgamento os Recursos "ex officio", bem como os voluntários interpostos contra as R. Decisões monocráticas, que aprovaram parte das prestações de contas, dando a respectiva quitação aos responsáveis e glosaram os valores correspondentes às despesas referentes às aquisições de bens considerados permanentes adquiridos sem autorização dos Titulares das Unidades Orçamentárias, e, também, em razão da ausência das notas de incorporação ao patrimônio municipal, contrariando o disposto no artigo 19, inciso I do Decreto nº 43.731/03 e do subitem 4.1, alínea "n" da Portaria SF nº15/04. Foram feitas, ainda, recomendações aos responsáveis pelo regime de adiantamento bancário. A exceção do TC 1.634.08-47 (item 5), a Procuradoria da Fazenda Municipal recorreu das decisões e sustentou que os bens foram adquiridos em benefício da Municipalidade, que não houve desvio de recursos públicos e nem favorecimento indevido por parte dos envolvidos. No TC 34.08-34 (item 4), o Assessor Técnico da Pasta, Sr. Hideo Ayabe, juntou a documentação de fls. 48/49, a qual foi analisada pela Assessoria Jurídica de Controle Externo e secretaria Geral como recurso, entendo-o intempestivo. No TC 2.143.09-21(item 6), o Sr Secretário interpôs recurso e sustentou que os bens em apreço (3 aparelhos telefônicos e um bloqueador digital) não podem ser considerados patrimônio permanente, posto que não possuem durabilidade superior a 2 (dois) anos. De conseguinte, tratando-se de materiais de consumo, descabida a necessidade de autorização do titular da Unidade Orçamentária e o preenchimento da Nota de Incorporação de Bens Patrimoniais. Os responsáveis pelos adiantamentos, em todos os TCs justificaram os gastos e defenderam que os bens se enquadram na categoria de consumo, portanto, não exigiam no momento de suas aquisições as autorizações dos titulares das Unidades Orçamentárias e nem precisariam ser incorporados ao patrimônio municipal. A responsável pelo adiantamento apreciado no TC 24.08-80 (item 3), como elemento novo, juntou aos autos declaração do Subprefeito do Jaçanã/Tremembé, à época do fato, autorizando a compra do bem objeto da glosa e solicitou o retorno do Processo Administrativo à Origem para adoção

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das providências no sentido de incorporação do bem. A Coordenadoria III, neste caso, considerou sanada a irregularidade em decorrência da ausência de autorização do titular. Nos demais processos, a equipe técnica entendeu que não foram acrescidos elementos novos capazes de alterar as R. Decisões recorridas. A Assessoria Jurídica de Controle Externo e a Secretaria Geral opinaram pelo conhecimento dos recursos, posto que atenderam os pressuposto de admissibilidade e, no mérito, pelo improvimento dos mesmos, inclusive do reexame necessário. A Procuradoria da Fazenda Municipal requereu o conhecimento e provimento dos apelos em julgamento. É o relatório. Voto englobado: Não conheço do recurso interposto por Hideo Ayabe no TC 34.08-34 , posto que, sendo Assessor Técnico da Secretaria Municipal de Educação e não seu titular não detém legitimidade para recorrer. Conheço dos Recursos "ex officio", por regimental, e dos voluntários, posto que os requisitos de admissibilidade encontram-se preenchidos. No que tange ao mérito, as glosas impostas pelas R. Decisões recorridas derivaram do fato dos interessados terem adquirido bens considerados permanentes sem autorização dos titulares das Unidades Orçamentárias respectivas, e, também, por ausência de nota de sua incorporação ao patrimônio municipal. Entendo, em casos desta natureza, que os atos dos servidores, inobstante viciados no procedimento formativo, foram convalidados pelos agentes competentes quando das aprovações das prestações de contas. Não é demasiado ressaltar que a ocorrência da convalidação em determinadas situações, como nos casos dos autos em que houve vício de competência, ganha especial relevo no Direito, por recompor a legalidade antes maculada e assim, salvaguardando o interesse público. Assim sendo, mantendo a mesma linha decisória de votos por mim proferidos, dou provimento aos recursos em julgamento para reformar em parte as Decisões recorridas, com o fito de desobrigar os responsáveis dos recolhimentos ao erário das importâncias glosadas. Voto em separado englobado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: Conheço dos recursos em exame, diante da presença dos pressupostos de admissibilidade. Quanto ao mérito, entendo que uma específica irregularidade apontada nos autos não restou afastada pelas razões recursais. As despesas em exame foram realizadas, efetivamente, para aquisição de bem permanente, conforme definição contida no artigo 1º do Decreto Municipal nº 45.858, de 28 de abril de 2005, razão pela qual a solicitação do registro contábil de incorporação do mesmo deveria ter sido formalizada, em cumprimento dos artigos 2º e 3º do mesmo diploma legal, atribuição esta de responsabilidade pessoal do servidor, nos termos previstos tanto nas Portarias SF 32/01 e 15/04 (então vigentes), quanto na Portaria atual de nº 26/08, sob pena de, com tal omissão, inviabilizar-se o controle sistemático dos bens patrimoniais móveis da Administração Municipal. Todavia, considerando as novas disposições introduzidas pela Resolução nº 04/11, tal impropriedade, apesar de infringir norma regulamentar, não seria passível de imputação de débito, razão pela qual voto pelo provimento parcial dos recursos em exame para o fim de, não obstante manter decisão pela irregularidade formal da despesa, afastar a imputação do débito ao responsável determinada em Juízo Singular, deixando de aplicar eventual penalidade, por descabida em sede recursal, frente ao seu caráter inovador. Participaram do julgamento os Conselheiros Yara Tacconi – Relatora e Eurípedes Sales. Ausente o Conselheiro Roberto Braguim, por motivo previamente justificado. Presente o Procurador Chefe da Fazenda "ad hoc" Fábio Costa Couto Filho. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 16 de maio de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Maurício Faria – Conselheiro Revisor, prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." Na sequência, a Presidência informou a transferência do julgamento dos processos constantes da pauta de reinclusão, para a próxima sessão plenária, tendo em vista a ausência do Conselheiro Roberto Braguim. Por derradeiro, o Presidente convocou os Senhores Conselheiros para a Sessão

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Ordinária 2.615ª, a se realizar no dia 23 de maio, quarta-feira, às 15 horas. Nada mais havendo a tratar, às 17 horas, o Presidente encerrou a sessão, da qual foi lavrada a presente ata, que vai subscrita por mim, MURILO MAGALHÃES CASTRO, __________________________, Secretário Geral, e assinada pelo Presidente, pelos Conselheiros, pelo Procurador Chefe da Fazenda "ad hoc" e pela Procuradora. São Paulo, 16 de maio de 2012.

_______________________________ EDSON SIMÕES

Presidente

________________________ __________________________ MAURÍCIO FARIA EURÍPEDES SALES Vice-Presidente Conselheiro

__________________________________ YARA TACCONI

Conselheira

__________________________________ FÁBIO COSTA COUTO FILHO Procurador Chefe da Fazenda

"ad hoc"

__________________________________ MARCIA DONATTI GUBERT

Procuradora da Fazenda

LSR/amc/mfc/mcam/smvo/mo ATA DA 2.614ª SESSÃO (ORDINÁRIA)