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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO ÓRGÃO ESPECIAL DO COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA 1 Ata da Reunião Ordinária do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça de 02.10.2017 No dia 2 (dois) do mês de outubro, do ano de 2017 (dois mil e dezessete), às 13 (treze) horas e 30 (trinta) minutos, no auditório Tilene Almeida de Morais, edifício Campos Salles, sede do Ministério Público do Estado de São Paulo, situado na rua Riachuelo, nº 115, nesta capital, sob a presidência do procurador-geral de Justiça, doutor Gianpaolo Poggio Smanio, reuniram-se os integrantes do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça, devidamente convocados pelo Aviso nº 458/17, registrando-se o comparecimento de 38 (trinta e oito) procuradores de Justiça, conforme lista de presença. Havendo quórum regimental, o presidente declarou instalada a reunião, submetendo, em seguida, à apreciação dos presentes, a ata dos trabalhos da reunião anterior, que foi aprovada. Na etapa de comunicações da presidência foram propostos pelo procurador-geral de Justiça e aprovados, pelo colegiado, votos de pesar pelos seguintes falecimentos: da senhora Apparecida Lopes Pires, mãe da doutora Suzerley do Nascimento Pires, procuradora de Justiça e sogra do doutor Armando Padilha Júnior, procurador de Justiça; do doutor Romeu Ricupero, desembargador do Tribunal de Justiça aposentado, irmão do doutor Renê Ricupero, desembargador do Tribunal de Justiça aposentado, cunhado da doutora Celina de Sampaio Góes, procuradora de Justiça, tio do doutor João Otávio Bernardes Ricupero, promotor de Justiça substituto; da senhora Ana Carmen Nogueira e Silva Pires, esposa do doutor Alex Facciolo Pires, promotor de Justiça; do senhor Gilberto João Borghi, pai da doutora Adriana Borghi Fernandes Monteiro, promotora de Justiça; da senhora Ana Maria Souza Pinto Frontini, esposa do doutor Paulo Salvador

Ata da Reunião Ordinária do Órgão Especial do Colégio de ... · ÓRGÃO ESPECIAL DO COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA 5 doutor Carlos Eduardo Fonseca da Matta apresentou seu

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO ÓRGÃO ESPECIAL DO COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA

1

Ata da Reunião Ordinária do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça

de 02.10.2017

No dia 2 (dois) do mês de outubro, do ano de 2017 (dois mil e dezessete),

às 13 (treze) horas e 30 (trinta) minutos, no auditório Tilene Almeida de

Morais, edifício Campos Salles, sede do Ministério Público do Estado de

São Paulo, situado na rua Riachuelo, nº 115, nesta capital, sob a presidência

do procurador-geral de Justiça, doutor Gianpaolo Poggio Smanio,

reuniram-se os integrantes do Órgão Especial do Colégio de Procuradores

de Justiça, devidamente convocados pelo Aviso nº 458/17, registrando-se o

comparecimento de 38 (trinta e oito) procuradores de Justiça, conforme

lista de presença. Havendo quórum regimental, o presidente declarou

instalada a reunião, submetendo, em seguida, à apreciação dos presentes, a

ata dos trabalhos da reunião anterior, que foi aprovada. Na etapa de

comunicações da presidência foram propostos pelo procurador-geral de

Justiça e aprovados, pelo colegiado, votos de pesar pelos seguintes

falecimentos: da senhora Apparecida Lopes Pires, mãe da doutora Suzerley

do Nascimento Pires, procuradora de Justiça e sogra do doutor Armando

Padilha Júnior, procurador de Justiça; do doutor Romeu Ricupero,

desembargador do Tribunal de Justiça aposentado, irmão do doutor Renê

Ricupero, desembargador do Tribunal de Justiça aposentado, cunhado da

doutora Celina de Sampaio Góes, procuradora de Justiça, tio do doutor

João Otávio Bernardes Ricupero, promotor de Justiça substituto; da

senhora Ana Carmen Nogueira e Silva Pires, esposa do doutor Alex

Facciolo Pires, promotor de Justiça; do senhor Gilberto João Borghi, pai da

doutora Adriana Borghi Fernandes Monteiro, promotora de Justiça; da

senhora Ana Maria Souza Pinto Frontini, esposa do doutor Paulo Salvador

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Frontini, ex-procurador-geral de Justiça, e tia da doutora Ana Beatriz

Pereira de Souza Frontini, promotora de Justiça; do doutor Antonio Chaves

Martins Fontes, delegado de Polícia aposentado, irmão do doutor Paulo

Álvaro Chaves Martins Fontes, procurador de Justiça aposentado e pai da

doutora Fernanda Martins Fontes Rossi, 7ª promotora de Justiça de Santo

André. Foi, também, aprovado, por unanimidade, voto de louvor ao doutor

Renato Nascimento Fabbrini, procurador de Justiça, recentemente

aposentado, pelos relevantes serviços prestados ao Ministério Público. No

prosseguimento dos trabalhos, houve deliberação do plenário com vistas a

compor a Comissão Eleitoral que atuará, nos termos dos atos normativos

próprios, nos pleitos já agendados para composição da Comissão

Processante Permanente, para eleição de 20 (vinte) membros do Órgão

Especial e de três dos membros desse mesmo colegiado para compor o

Conselho Superior do Ministério Público, ficando assim integrada: 1-

procurador-geral de Justiça; 2-secretário do Órgão Especial do Colégio de

Procuradores de Justiça; 3- doutor Fernando José Marques, decano do OE;

4-doutor Álvaro Augusto Fonseca de Arruda; 5- doutor Antonio Celso

Pares Vita. Na fase de comunicações dos membros do colegiado,

pronunciaram-se os ilustres procuradores de Justiça doutores Ana Maria

Napolitano de Godoy, Maria da Glória Villaça Borin Gavião de Almeida,

David Cury Junior, Sérgio Neves Coelho, Eder do Lago Mendes Ferreira,

Martha de Toledo Machado, Luiz Antonio Guimarães Marrey, João Alves

de Souza Campos, Dora Bussab, Pedro de Jesus Juliotti e o corregedor-

geral doutor Paulo Afonso Garrido de Paula. Pela doutora Maria da Glória

Villaça Borin Gavião de Almeida foi feita manifestação, cujo resumo, da

lavra da digna oradora, nos termos do artigo 12, § 5º, do corpo de normas

regimentais, segue transcrito: “Requeiro seja incluído na Ata da reunião do

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Órgão Especial de 02/10/2017, que na oportunidade da comunicação dos

integrantes, esta Procuradora, após pronunciamento da Dra. Ana Godoy a

respeito, também expôs a este Colegiado a situação por que atravessa a

Procuradoria Cível, que permaneceu durante o mês de setembro com

acúmulo de processos sem distribuição porque a Procuradoria-Geral deixou

de preencher todos os cargos, como determinado no Relatório do CNMP.

Ponderou existirem 11 afastamentos não eventuais dentre os 61 integrantes

da Procuradoria, o que impunha a designação de promotores com prejuízo,

uma vez que os designados sem prejuízo não solucionam o problema, como

claramente se identificou no último mês. Com a sugestão do Dr. David

Cury de que os feitos fossem distribuídos entre todos os Procuradores (ao

que não houve anuência do plenário), o nobre integrante se dispôs a receber

parte do acervo. Não tendo havido deliberação do Plenário a respeito do

encaminhamento proposto, foi requerido o envio de cópia da manifestação

escrita a todos os integrantes deste Órgão Especial para que ficassem

cientes da situação, tendo em vista o teor da cláusula 6.4 do Relatório da

Corregedoria Nacional do CNMP, que determina que “a designação de

Membros em substituição aos Procuradores deve guardar correlação com o

número de cargos a serem substituídos”. Pelo doutor Pedro de Jesus

Juliotti, foi “perguntado ao procurador-geral de Justiça qual a posição do

Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG) e a posição dele,

procurador-geral, a respeito da Resolução n. 181, do CNMP” (artigo 12, §

5º). Pelo doutor Sérgio Neves Coelho foi postulada inversão de pauta da

Ordem do Dia a fim de que a apreciação das matérias agendadas começasse

pelo protocolado número 111.485/17, em que figura como interessada a

Procuradoria-Geral de Justiça, constando como objeto a modificação do

Ato Normativo n. 412/2005-CPJ, de 24 de novembro de 2005, cujo

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conteúdo disciplina a organização, funcionamento e atribuições das

Procuradorias de Justiça. Tomando assento à mesa, o digno relator doutor

Edgard Moreira da Silva apresentou voto favorável à proposta feita pela

Procuradoria-Geral de Justiça, com alterações. Abertos os debates em torno

da matéria, manifestaram-se os doutores Antonio de Pádua Bertone Pereira,

Dora Bussab, Martha de Toledo Machado, Sérgio Neves Coelho, Luiz

Antonio Guimarães Marrey, Álvaro Augusto Fonseca de Arruda, Marcos

Hideki Ihara, Carlos Eduardo Fonseca da Matta, Fernando José Marques,

João Alves de Souza Campos, Paulo Afonso Garrido de Paula, Maria da

Glória Villaça Borin Gavião de Almeida e Walter Paulo Sabella. “Pelo

procurador de Justiça doutor Luiz Antonio Guimarães Marrey foi proposto

que o Órgão Especial deliberasse, de maneira liminar, quanto à equipe

especializada da Procuradoria Criminal para exercício nas sessões do

Tribunal de Justiça, a partir de hoje, 2 (dois) de outubro, tendo sido a

proposta aprovada por votação unânime, autorizando o funcionamento da

equipe de atuação perante as Câmaras do Tribunal de Justiça,

imediatamente, com suspensão da distribuição no dia da sessão” (resumo

do nobre orador, cf. dispõe o artigo 12, § 5º, do Regimento Interno). O

plenário fixou prazo que se estenderá até o dia 6 (seis) de outubro),

inclusive, para que os membros do Órgão Especial interessados em

apresentar emendas à proposta da Procuradoria Geral de Justiça enviem

suas proposições ao digno relator doutor Edgard Moreira da Silva que fará

a aglutinação das emendas, preparando o texto para apreciação em reunião

extraordinária. Tendo continuidade os trabalhos, foi posto em discussão o

protocolado número 119.417/16, figurando como interessada a Secretaria

Executiva do GAECO, contendo anteprojeto do novo Ato Normativo para

reorganização do aludido grupo. Assumindo lugar à mesa, o ilustre relator

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doutor Carlos Eduardo Fonseca da Matta apresentou seu voto. Seguiram-se,

nos debates, intervenções dos procuradores de Justiça Dora Bussab, autora

de voto em separado, Maria da Glória Villaça Borin Gavião de Almeida,

Mário Sarrubbo e Pedro de Jesus Juliotti. Ao cabo das discussões e

realizada a chamada nominal, o voto lançado pelo culto relator, com duas

alterações propostas pela digna procuradora doutora Dora Bussab, por ele

aceitas e incorporadas ao texto, foi objeto de aprovação por 29 (vinte e

nove) votantes, com apenas dois votos pela rejeição da proposta,

respectivamente dos doutores Pedro de Jesus Juliotti e Maria da Glória

Villaça Borin Gavião de Almeida. O texto do voto de relatoria com as

proposições acolhidas no curso dos trabalhos será objeto de subsequente

juntada aos autos do procedimento tão logo as inclusões sejam feitas pelo

doutor relator. Ainda quanto à votação do Ato do GAECO (protocolado n.

119.417/16, pela doutora Maria da Glória Villaça Borin Gavião de Almeida

foi aditado: “que apresentei voto por escrito, encaminhado a todos os

integrantes deste Colegiado, com as razões da discordância, inclusive no

que tange à contradição ao questionamento sobre a legalidade da Resolução

do CNMP 179/2017, que está sob análise por comissão constituída por este

Órgão Especial” (art. 12, § 5º, RI). Foram postos, subsequentemente, sob

apreciação, na ordem adiante explicitada, os protocolados da Comissão de

Assuntos Referentes às Promotorias de Justiça, cuidando da

nomenclaturação de cargos de promotor de Justiça: Pt. nº 159.777/15 -

Promotoria de Justiça Criminal de Piracicaba, tendo como objeto a

nomenclaturação de cargo de promotor de Justiça, sendo relator o doutor

Marcos Hideki Ihara, com voto-vista do doutor David Cury Junior; Pt. nº

177.909/14 - Promotoria de Justiça de Mirassol, tendo como objeto a

nomenclaturação de cargo de promotor de Justiça, sendo relator o doutor

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Marcos Hideki Ihara, com voto-vista do doutor David Cury Júnior; Pt. nº

88.480/14 - Promotoria de Justiça Cível de Santana, tendo como objeto a

nomenclaturação de cargos de promotor de Justiça, sendo relator o doutor

Marcos Hideki Ihara; Pt. nº 104.923/16 - Promotoria de Justiça da Infância

e Juventude da Capital - Setor de Conhecimento, tendo como objeto a

nomenclaturação de 6 (seis) cargos de promotor de Justiça, relator o doutor

Marcos Hideki Ihara; Pt. nº 70.401/17, interessada a Procuradoria-Geral de

Justiça, tendo como objeto a realização de estudos sobre a atuação do

Ministério Público perante as unidades do DECRIM instaladas no Estado

de São Paulo, bem como a nomenclaturação de cargos de promotor de

Justiça, sendo relator o doutor Rodrigo Canellas Dias. Os votos de relatoria

foram acolhidos, atribuindo-se 1(um) cargo a PJ Criminal de Piracicaba, 1

(um) cargo a PJ de Mirassol, 1 (um) cargo à PJ Cível de Santana, 6 (seis)

cargos) à PJ da Infância e da Juventude da Capital-Setor de Conhecimento

e 5 (cinco) cargos para atuação junto às unidades do DECRIM, registrando-

se, no que toca a esta última alocação de 5 (cinco) cargos, “ter sido

acolhido pelo Relator, Doutor Rodrigo Canellas Dias, voto escrito já

manifestado pelo Corregedor Geral do Ministério Público, Dr. Paulo

Afonso Garrido de Paula, que concordou com a criação dos cinco cargos

desde que fossem classificados em entrância intermediaria e

nomenclaturados como Promotores de Justiça Regionais Cumulativos ou

Gerais nas regiões respectivas (Bauru, Campinas, Presidente Prudente,

Ribeirão Preto e Sorocaba). Fazendo uso da palavra o Senhor Corregedor,

em síntese apertada, apontou o seguinte: (a) que a providência está em

consonância com a alteração introduzida pelo Lei Complementar à

Constituição Paulista nº 1.279, de 11/01/2016, que, alterando nossa lei

orgânica, especialmente introduzindo um novo § 7º ao artigo 47, permitiu

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base territorial do Promotor de Justiça diversa da circunscrita a uma

comarca, criando a figura dos regionais, gerais ou especiais, com atuação

compreensiva de um conjunto de municípios de uma mesma região; (b) que

os cargos de regionais gerais ou cumulativos, fixados em entrância

intermediária, permite aos colegas que façam sua carreira na região de

preferência, sem desatender ao interesse público na medida em que seriam

designados para atender as necessidades eventuais das comarcas da região,

podendo mesmo ser alocados “a partir de” nos casos de afastamentos

prolongados do titular; c) que atende à economicidade na medida em que

não gera diárias de deslocamento; (d) que permite aos regionais,

cumulativos ou especiais, residir em qualquer local da região, notadamente

na sede; (d) que atende à racionalidade, uma vez que eventual declaração

de inconstitucionalidade da norma que organizou os DECRIMs permitiria o

remanejamento dos promotores regionais gerais ou cumulativos para

qualquer cargo ou comarca da região com necessidade. A proposta foi

acolhida por unanimidade, restando decidido, nos termos do voto escrito do

Senhor Corregedor e do Eminente Relator pela nomenclaturação de cinco

(5) cargos de Promotor de Justiça Regional Geral ou Cumulativo, de

entrância intermediária, um para cada região indicada na proposta, a saber:

Bauru, Campinas, Presidente Prudente, Ribeirão Preto e Sorocaba” (trecho

entre aspas com redação oferecida pelo ilustre corregedor-geral do

Ministério Público, doutor Paulo Afonso Garrido de Paula, at. 12,

parágrafo 5º, do RI). Sobreveio, na ordem estabelecida para discussão das

matérias, a apreciação do protocolado número 99.381/15, interessada a

Promotoria de Justiça de Itapeva, dispondo sobre redivisão das atribuições

dos cargos de promotor de justiça, consignando-se que o voto proferido

pelo digno relator doutor Hamilton Alonso Júnior, favorável à

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homologação da partilha de atribuições proposta nos autos foi, também,

objeto de aprovação unânime. No âmbito dos temas da Comissão de

Assuntos Referentes a Promotorias de Justiça, remanesceu para discussão

em último lugar o protocolado número 103.700/15, da Promotoria de

Justiça Criminal de Marília, cuidando da nomenclaturação de um cargo de

promotor de Justiça. Relator o nobre procurador de Justiça doutor Mário

Antonio de Campos Tebet, seu voto foi favorável à alocação do aludido

cargo; proferiu voto em separado, juntado aos autos, também a favor da

criação do cargo, o ilustre procurador de Justiça doutor David Cury Júnior;

fez sustentação oral, da tribuna, favoravelmente à nomenclaturação

pretendida, cujo resumo vai adiante transcrito, o secretário Walter Paulo

Sabella, ressaltando-se haver se pronunciado, ainda, o nobre corregedor-

geral do Ministério Público, doutor Paulo Afonso Garrido de Paula. Após

as discussões, deliberou o plenário favoravelmente à criação de 1 (um

cargo) para a Promotoria de Justiça Criminal de Marília. Pelo secretário do

Órgão Especial, procurador de Justiça Walter Paulo Sabella, foi feito

pronunciamento cujo resumo segue transcrito: “Senhor Presidente! Senhor

Corregedor-geral! Senhor Relator! Prezados Membros deste colegiado!

Considero oportuno que meu voto, neste procedimento relativo à

Promotoria de Justiça de Marília, seja objeto de declaração. Com efeito,

como assinalou o doutor corregedor-geral do Ministério Público em recente

manifestação (fls. 128), no final de dezembro de 2015, postulei que os

pleitos de alocação de novos cargos tivessem deliberação precedida da

manifestação da e. Corregedoria-Geral. E assim agi preocupado com a

contínua hipertrofia de quadros do Ministério Público e com os

inconvenientes intuitivamente decorrentes dessa expansão. Desde então, ao

longo desses vinte meses, quase que invariavelmente, tenho acompanhado

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as posições da e. Corregedoria, ressalvadas algumas exceções, poucas.

Considero que a participação mais presente da CGMP, na deliberação desse

tema pelo Órgão Especial, tem sido de relevantíssima utilidade, cooperando

para direcionar soluções mais justas. Sem que minha visão das coisas tenha

sofrido mudança, ainda preocupado com a expansão de pessoal e

consequências orçamentárias, com pertinência à Promotoria de Marília,

posto-me, contudo, em ângulo diverso de análise, entendendo que a

sugestão de redistribuição dos serviços, como preconizou Sua Excelência o

doutor corregedor-geral, deve, a meu juízo, e com todo o respeito, ceder

lugar à efetiva alocação de um novo cargo. De fato, o voto do ilustre

relator, doutor Mário Antonio de Campos Tebet, sensibilizou-me para o

problema mariliense. Amparando seu voto favorável em argumentação

sólida, alinhou agudas comparações com Piracicaba, que também votamos

hoje, e com outras cidades como Araçatuba, São Carlos e Presidente

Prudente. Se tanto não bastasse, em seu voto, há dados estatísticos e

comparações destes entre as comarcas, inclusive Marília e Piracicaba,

evidenciando que, em alguns quesitos, os números relativos à Marília são

mais angustiantes. Algumas passagens do voto, expressas em linguagem

afirmativa e peremptória, calcada nos números trazidos para os autos, são

de inegável poder de convencimento. Quando diz, por exemplo, que ‘a

nomenclaturação do cargo de promotor de Justiça Criminal de Marília é

necessária, em que pese o diminuto número de cargos à disposição para

tanto, e já considerando a necessidade de se rever o crescimento da

carreira’. Em outro trecho, citando os indicadores de atuação de que nos

valemos em nossas deliberações, foi enfático ao afirmar que ‘nessa

classificação, Marília encontra-se, já há muito, no topo da prioridade

institucional’. Deixo de reproduzir números porque constam do voto

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enviado a todos os nobres integrantes do colegiado, mas transcrevo, por sua

força persuasiva um dos parágrafos escritos pelo douto relator: ‘Vale dizer,

dentre todas as Promotorias de Justiça criminais de entrância final do

Estado, Marília possui um dos maiores volumes de trabalho, ocupando

nível crítico (ressalto o adjetivo crítico) nos indicadores de atuação,

colocando a comarca em situação prioritária (ressalto novamente o

adjetivo, prioritária) para destinação dos recursos institucionais e, dentre

eles, um novo cargo de promotor de Justiça’. É bem verdade que não tive e

não tenho meias palavras quanto às minhas preocupações com o

crescimento do quadro, mas, como já pude ressalvar em ocasiões

anteriores, há um limite para atribuir a conta das não nomenclaturações aos

promotores de Justiça que se encontram no cumprimento das funções

institucionais. Afinal, as opções político-administrativas de modelo

organizatório não foram feitas pelos promotores, senão pelas sucessivas

administrações (e nesse rol me incluo), de longa data, muitas vezes

premidas por circunstâncias e ingerências fora de seu controle, como a

expansão de outras carreiras, de que é exemplo a da Magistratura.

Reconheço que a ruptura com um modelo sedimentado, porque de há muito

praticado, não se faz, de um lado, sem desgaste e, de outro, sem a abertura

de exceções, muito menos sem que tenhamos outro para adotar em

substituição. Talvez por se haver plasmado na minha pessoa a posição mais

abertamente refratária à expansão, promotores me procuram para dialogar.

Em face de tais considerações, declaro meu voto favorável à alocação do

cargo, nos termos do que concluiu o culto relator doutor Mario Antonio de

Campos Tebet. Quanto aos demais pleitos, das Promotorias de Piracicaba,

Mirassol, Cível de Santana, Infância e Juventude (Setor de Conhecimento)

e Setor de Execução perante as unidades do DECRIM, acompanho, em

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concordância com as manifestações lançadas pelo doutor corregedor-geral,

doutor Paulo Afonso Garrido de Paula, todos os dignos e dedicados

relatores doutores Marcos Hideki Ihara, Hamilton Alonso Junior e Rodrigo

Canellas Dias, cujos votos favoráveis às alocações de novos cargos acolho

e adoto” (resumo de manifestação do orador, nos termos do art. 12, § 5º, do

Regimento Interno). Ainda com referência ao protocolado número

103.700/15 (nomenclaturação de cargo para a Promotoria de Justiça de

Marília), ressalte-se haver se pronunciado o nobre “Corregedor Geral do

Ministério Público, Doutor Paulo Afonso Garrido de Paula, que

encaminhou voto desfavorável à criação do cargo de PJ Criminal de

Marilia, aduzindo, em apertado resumo, que (a) a criação é desnecessária

uma vez que o volume de trabalho é compatível com promotorias do

mesmo porte; (b) o argumento de excesso de serviço baseia-se em dados da

função da promotoria de execuções, onde não há reclamo da titular para sua

equação, de modo que o novo cargo não irá beneficiá-la; (c) que a

constatação da CGMP, através de visita de constatação, foi no sentido de

que a grande dificuldade em ralação ao excesso de serviço reside apenas na

Promotoria Cível, especialmente no cargo da Promotoria de Justiça da

Infância e da Juventude que, apesar do porte do município, sequer é

exclusiva; e (d) que era incabível a comparação com a Promotoria de

Justiça de Piracicaba, comarca com uma população muito maior e cujo

pedido atual de criação de cargo deriva da instalação de vara nova. Assim,

se pronunciou contrariamente à criação do pretendido cargo, com a

necessária proposta de redistribuição das funções a ser encaminhada pela

Procuradoria Geral. Após discussões, visando um entendimento de todos, e

com o assentimento da Corregedoria Geral, decidiu-se pela criação de mais

cargo na promotoria criminal, mas com a necessária redivisão das funções

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de modo a tornar exclusiva a atuação na área da infância e juventude”

(trecho acrescido de acordo com o artigo 12, 5º, do RI). Como derradeiro

item da pauta, foi apreciado o protocolado número 97.061/17, da Comissão

de Regimentos e Normas, figurando como interessado o doutor Márcio

Sérgio Christino, procurador de Justiça, formulando consulta quanto à

extensão da quarentena estabelecida no artigo 96-B, § 7º, da Lei

Complementar nº 734, de 26.11.1993, com atualização procedida pela Lei

Complementar nº 1278, de 2 de janeiro de 2016. Relator o doutor Edgard

Moreira da Silva, cujo voto, acolhido por unanimidade, tem o seguinte

resumo, lavrado pelo culto e zeloso relator: “Para fins institucionais e

funcionais, o Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça atua,

com todos os ônus, poderes e prerrogativas, como se fosse o próprio

Colégio de Procuradores de Justiça em relação às atribuições legais e seu

exercício na plenitude, com as ressalvas legais previstas pela necessidade

de participação de todos seus integrantes. Portanto, voto no sentido de que

o Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça constitui órgão da

Administração Superior do Ministério Público do Estado de São Paulo e a

vedação expressa no art. 96-B, § 7º, da Lei Complementar Estadual nº

734/93, se aplica à eleição de Procuradores de Justiça para composição

daquele Órgão Especial”. Quanto a este protocolado 97.061/2017, pela

doutora Maria da Glória Villaça Borin Gavião de Almeida, foi aditado o

seguinte: “Que apresentei voto por escrito, encaminhado a todos os

integrantes deste Colegiado, concordando com a conclusão de que o Órgão

Especial constitui órgão da Administração Superior, mas discordando da

quarentena. Feita a sugestão de encaminhamento de proposta legislativa

para suprimir a restrição aos integrantes da Comissão Processante, o

Colegiado decidiu encaminhar a sugestão ao nobre Relator para análise de

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possível encaminhamento” (art. 12, § 5º). Em face das horas adiantadas em

que corria a sessão, o doutor procurador-geral de Justiça houve por bem

determinar a retirada de pauta do protocolado nº 163.119/16, interessada a

Procuradoria-Geral da Justiça. Nada mais havendo a tratar, agradecendo a

todos, o procurador-geral de Justiça declarou encerrada a reunião,

convocando os presentes para a próxima sessão. Para constar, eu, Walter

Paulo Sabella, procurador de Justiça e secretário do Órgão Especial do

Colégio de Procuradores de Justiça, lavrei a presente ata que vai assinada

pelo senhor procurador-geral de Justiça, por mim, pelo decano e pelos

presidentes das comissões permanentes.

WALTER PAULO SABELLA

Secretário do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça.

GIANPAOLO POGGIO SMANIO

Procurador-Geral de Justiça.