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CÂMARA MUNICIPAL DE
LAGOA – AÇORES
ATA Nº 6/2013
DA REUNIÃO ORDINÁRIA REALIZADA NO DIA 22 MARÇO DE 2 013
(Contém 25 Folhas)
ESTIVERAM PRESENTES OS SEGUINTES MEMBROS:
PRESIDENTE – JOÃO ANTÓNIO FERREIRA PONTE
VEREADOR – FERNANDO JORGE VENTURA MONIZ
VEREADOR – RUI MANUEL MACIEL COSTA D’ OLIVEIRA RAMOS
VEREADOR – DURVAL CARLOS ALMEIDA FARIA
VEREADOR – MARCO PAULO DA SILVA TEIXEIRA
VEREADOR – JOSÉ FERNANDO MEDEIROS COSTA
VEREADOR – CARLOS AUGUSTO BORGES RODRIGUES FURTADO
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CÂMARA MUNICIPAL
DE
LAGOA – AÇORES
ATA Nº 6/2013
DA REUNIÃO ORDINÁRIA REALIZADA NO DIA 22 DE MARÇO D E 2013
Aos vinte e dois dias do mês de março do ano dois mil e treze, nesta Vila de Lagoa,
edifício dos Paços do Concelho e Sala de Reuniões, realizou-se a reunião ordinária da Câmara
Municipal, sob a Presidência do Exmo. Senhor João António Ferreira Ponte, na qualidade de
Presidente da Câmara Municipal, estando presentes os Exmos. Senhores Vereadores: Fernando
Jorge Ventura Moniz, Rui Manuel Maciel Costa D’ Oliveira Ramos, Durval Carlos Almeida Faria,
Marco Paulo da Silva Teixeira, José Fernando Medeiros Costa e Carlos Augusto Borges
Rodrigues Furtado.
E sendo a hora designada para o início dos trabalhos e verificando-se haver «quórum»
para funcionamento do executivo, tendo os membros presentes ocupado os seus lugares, o
Excelentíssimo Senhor Presidente declarou aberta a reunião, pelas 09:00 horas.
A reunião foi secretariada por Silvina Margarida Oliveira da Ponte Rocha, Coordenadora
Técnica, da Subunidade Orgânica de Expediente Geral, Contratação Pública e Assuntos
Comunitários.
ATA DA REUNIÃO ANTERIOR:
O Senhor Presidente da Câmara propôs à aprovação de todos os membros a ata da
reunião ordinária de 8 de março de 2013.
A Câmara tomou conhecimento e a ata da referida reunião foi aprovada, por unanimidade
e assinada pelo Senhor Presidente e pela Coordenadora Técnica da Subunidade Orgânica de
Expediente Geral, Contratação Pública e Assuntos Comunitários que secretariou a reunião.
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ALTERAÇÃO À AGENDA DE TRABALHOS:
O Senhor Presidente propôs à Câmara a alteração à Agenda de Trabalhos com a
introdução dos seguintes assuntos:
- Proposta – Desafetação de parcela de terreno na Canada das Canecas - Atalhada;
- Proposta – Proibição de circulação de trânsito automóvel na Rua de São José – Ribeira
Chã;
- 1.ª Revisão ao Orçamento e Grandes Opções do Plano para o ano financeiro de 2013;
- Proposta – Direito de Superfície a constituir sobre parte especificada do imóvel do
Campo de Jogos Municipal João Gualberto Borges Arruda às Portas da Lagoa SA.
A Câmara tomou conhecimento e deliberou, por unanimidade, concordar com a introdução
dos referidos assuntos.
ANTES DA ORDEM DO DIA:
PROJETO DO MERCADO MUNICIPAL NO CONCELHO:
O Senhor Vereador Carlos Augusto Furtado referiu que na informação referente à
atividade camarária está anunciada a criação de um Mercado Municipal na zona do Tecnoparque.
Assim e, atendendo ao facto de uma vez mais a notícia ter sido tornada pública sem que esse
órgão tivesse conhecimento prévio, gostaria de saber em que consistirá o referido projeto,
nomeadamente em que zona do Tecnoparque será instalado e o que se pretende promover.
Certamente haverão linhas mestras delineadas dado que a notícia já é do conhecimento público.
O Senhor Presidente esclareceu que se trata de um projeto que está pensado há já algum
tempo e com a tomada de posse da nova direcção do Nelag – Núcleo de Empresários da Lagoa
esta intenção voltou a ser abordada.
Adiantou que, neste momento, está a avançar o respetivo estudo prévio, o qual está a ser
desenvolvido internamente pelos serviços camarários. Trata-se de um pequeno mercado, que
deverá prever infraestruturas para a instalação de um talho e de uma peixaria, bem como, de um
espaço para a venda de produtos regionais, com o intuito de dotar a população de um espaço
para venda de produtos agrícolas frescos, à semelhança do que sucedia nos dois antigos
mercados do concelho, que se situavam nas freguesias de Água de Pau e Rosário.
Quanto à sua localização, a mesma ainda está em estudo, face ao desenvolvimento do
referido estudo prévio. No entanto adiantou que, em princípio, será instalado nos dois lotes que
ficam imediatamente à direita da rotunda existente junto aos apartamentos do Pombal. A
localização pensada deve-se ao facto da construção de um parque de estacionamento na cave
do edifício em construção, bem como, a localização junto ao núcleo residencial.
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O Senhor Vereador Rui Ramos questionou quem era o proprietário de um terreno
existente em frente à Fábrica do Álcool, sito à freguesia do Rosário, pois em seu entender seria
uma boa localização para a implantação do referido mercado municipal, tendo o Senhor
Presidente informado que o mesmo era propriedade do Governo Regional.
O Senhor Vereador Carlos Augusto Furtado questionou se os dois lotes em causa
destinados à implantação do Mercado Municipal não pertencem atualmente ao Nelag – Núcleo de
Empresários da Lagoa.
O Senhor Presidente esclareceu que foi celebrado em tempos um protocolo nesse
sentido, que caducou, passados alguns anos, dado que o mesmo previa um prazo para execução
de obras, que nunca chegaram a ser realizadas.
Os únicos lotes cedidos formalmente são os dos da Região Autónoma dos Açores, tendo
informando que o lote onde se encontra edificado o edifício do Expolab também não está
formalizado, no entanto já foram concretizadas as respetivas obras.
O Senhor Vereador Rui Ramos questionou ainda se o facto da empresa Portas da Lagoa
SA estar em dissolução, não influência esse processo.
O Senhor Presidente esclareceu que a referida empresa continua a desenvolver a sua
actividade normalmente. Entretanto o Tribunal de Contas devolveu o processo a solicitar alguns
esclarecimentos, os quais já foram prestados.
O Senhor Vereador Carlos Augusto Furtado referiu que, em sua opinião, construir um
Mercado Municipal num Parque Tecnológico será como dita o ditado português “Misturar alhos
com bogalhos”.
O Senhor Presidente esclareceu que o Tecnoparque é toda aquela infraestrutura, que
possui áreas para habitação, comércio e parque desportivo, não prevendo apenas áreas para
indústria. Acrescentou que o Parque Tecnológico está subscrito aos lotes do Governo Regional e
que no fundo o referido Mercado Municipal será uma zona destinada a comércio e não com o
conceito verdadeiro de um mercado agrícola.
O Senhor Vereador Carlos Augusto Furtado informou que em seu entender irá
desvirtualizar o objetivo inerente ao conceito da concepção do Tecnoparque. Em sua opinião,
existem outros locais no concelho mais adequados à construção daquela infraestrutura.
O Senhor Presidente acrescentou que também tem conhecimento de outros locais que se
adaptariam a esse fim, mas como nesse momento não existem recursos financeiros para a
aquisição de terrenos noutra zona, foi pensada a sua concretização nos lotes em causa.
A Câmara tomou conhecimento.
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ORDEM DO DIA:
GABINETE DA PRESIDÊNCIA:
PONTO N.º 1 – INFORMAÇÃO DO PRESIDENTE DA CÂMARA SO BRE A ATIVIDADE
EXERCIDA:
Pelo Senhor Presidente da Câmara foi apresentada a informação, sobre a atividade
desenvolvida que abaixo se transcreve:
GABINETE DE APOIO AO MUNÍCIPE ATENDEU 14800 UTENTES NUM ANO
O gabinete de apoio ao munícipe (GAM) da Câmara Municipal de Lagoa registou, no seu
primeiro ano de implementação, um total de 14.800 munícipes atendidos, um número que
revelou a grande adesão dos lagoenses para com este serviço camarário, cuja média diária foi
de 41 atendimentos.
O gabinete de apoio ao munícipe (GAM) da Câmara Municipal disponibiliza uma panóplia de
serviços, em articulação com as demais unidades orgânicas da Câmara Municipal e representa
uma mais-valia na qualidade do serviço prestado, bem como uma maior agilização e
simplificação de processos.
EXPOLAB NA REDE DE CENTROS DE CIÊNCIA VIVA
No dia 4 de março o presidente da Câmara Municipal de Lagoa esteve presente na tomada de
posse da Comissão de Acompanhamento Científico do Expolab, no âmbito do Protocolo que
consagrou a integração desta instituição na Rede de Centros de Ciência Viva.
Este foi um evento de primordial importância, não só para a promoção do conhecimento científico
e tecnológico a nível nacional e europeu, mas também porque colocará a Lagoa como centro
estratégico na promoção da cultura científica que se realiza na Região Autónoma dos Açores.
“REMINISCÊNCIAS” DE VERA CYMBRON EM EXPOSIÇÃO NA L AGOA
No dia 15 de março, o edifício dos Paços do Concelho acolheu a exposição de fotografia
“Reminiscências”, de Vera Cymbron.
Esta foi a segunda exposição desta lagoense, neste mesmo espaço, depois de, em 2010, ter
exposto “Pele de Alma”, uma exposição de pintura.
“Reminiscências” traduz-se num conjunto de 20 fotos com diversas temáticas, onde a artista
partilha momentos de luz e contraste captados com particular sensibilidade e onde está patente
uma diversidade de motivos inerentes à sua memória fotográfica, fruto da sua constante
deambulação e busca pela imagem esteticamente apelativa e poética.
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Esta iniciativa foi mais uma prova da criatividade que existe na juventude do concelho, tendo,
desde logo, merecido o apoio da edilidade que está sempre disponível para receber e apoiar os
artistas lagoenses.
BIBLIOTECA MUNICIPAL TOMAZ BORBA VIEIRA PROMOVEU SÁ BADO EM FAMÍLIA
No dia 9 de Março, a Biblioteca Municipal Tomaz Borba Vieira promoveu mais um sábado em
família.
Esta atividade gratuita foi dinamizada pelo serviço educativo da biblioteca e teve como
tema Biblioteca de Jardim, uma iniciativa realizada no jardim do Convento dos Franciscanos e
que deu as boas vindas à Primavera. Estórias com bichos, afetos, magia e natureza saíram dos
livros para encantar o imaginário dos mais novos e para cativar e incentivar a família a ser o
primeiro agente na promoção da leitura.
AUTARQUIA DA LAGOA E GOVERNO PROCURAM MEDIDAS DE IN TERVENÇÃO PARA
EVITAR CHEIAS
Na sequência das intempéries que assolaram algumas freguesias, nomeadamente, Água de Pau
e Santa Cruz, no passado dia 28 de fevereiro, o Presidente da Câmara Municipal de Lagoa e a
Diretora Regional dos Recursos Florestais visitaram o Caminho da Grota dos Cães, em Água de
Pau e a Chã da Macela, em Santa Cruz, que foram os locais mais atingidos pela forte
pluviosidade, no sentido de apurarem medidas de intervenção.
Da visita aos locais atingidos concluíram que será necessário proceder à limpeza das bacias de
retenção de água, proceder-se ao alargamento dos poços, bem como aumentar a dimensão das
bacias de retenção de água, para que se evitem situações como as verificadas no passado mês
de fevereiro.
CONFERÊNCIA “FRANCISCO CARREIRO DA COSTA: O HOMEM E A SUA OBRA” NO CINE
TEATRO LAGOENSE
No dia 18 de março, o Cine Teatro Lagoense Francisco d’ Amaral Almeida acolheu a conferência
“Francisco Carreiro da Costa: o Homem e a sua obra” proferida por Susana Goulart Costa.
Tratou-se da primeira conferência, de um ciclo de conferências sobre Francisco Carreiro da
Costa que irão decorrer nos próximos três meses, organizado pelo Instituto Cultural de Ponta
Delgada, com a colaboração da Câmara Municipal de Lagoa para assinalar o centenário do
nascimento desta idónea individualidade lagoense e açoriana.
CONVENTO DOS FRANCISCANOS VAI RECEBER MUSEU DO PRES ÉPIO
O Convento dos Franciscanos vai receber o Museu do Presépio e a Casa das Memórias. Dois
projetos que trarão uma nova dinâmica ao concelho e que salvaguardarão a memória daquele
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convento, através da instalação da Casa das Memórias e uma das mais peculiares tradições
lagoenses: os presépios.
A instalação do Museu do Presépio, no Convento dos Franciscanos será um projeto pioneiro na
Região Autónoma dos Açores e no país, através do qual se dará mais um passo não só no
enriquecimento daquele espaço, bem como no espólio de presépios, com mais de 3500 peças,
que se encontra na posse da autarquia. Este investimento rondará os 400 mil euros para a
autarquia, prevendo-se a sua inauguração para dezembro de 2015.
A Casa das Memórias tem a sua abertura prevista já para junho do corrente ano. Um
investimento autárquico, comparticipado pelo PRORURAL, com um custo estimado de 45 mil
euros. Este núcleo museológico ficará localizado na cave do Convento dos Franciscanos, onde
será explorado o conceito de memória num duplo sentido, por um lado a memória como
expressão da atividade cerebral humana e, por outro lado, como elemento de salvaguarda do
património lagoense. Retratará também a presença dos Franciscanos na Lagoa e os rastos de
memória que estes deixaram até aos dias de hoje, relatando, ainda, a evolução do Convento até
aos nossos dias.
Estes são dois projetos que transformarão o Convento dos Franciscanos num pólo dinâmico,
transmissor da identidade cultural lagoense, atraindo novos visitantes para o concelho.
LAGOA VAI AVANÇAR COM PROJETO DE MERCADO MUNICIPAL
A Câmara Municipal de Lagoa vai avançar com o projeto de construção de um mercado
municipal.
A construção de um Mercado Municipal no concelho será um grande estímulo comercial que
beneficiará produtores e comerciantes lagoenses que poderão colocar à venda os seus produtos
e permitirá uma maior promoção dos produtos produzidos ou confecionados no concelho.
O estudo prévio deste projeto será apresentado ainda no decorrer do ano 2013, prevendo-se
que a sua construção seja financiada pelos fundos comunitários do novo quadro financeiro de
apoio que se inicia em 2014.
DIA MUNDIAL DA POESIA COMEMORADO NA LAGOA
A Biblioteca Municipal Tomaz Borba Vieira vai assinalar o Dia Mundial da Poesia, com atividades
direcionadas para públicos diferenciados.
Deste modo, no dia 20 de março acolheu um espetáculo intitulado O poeta que ri!, com Filipe
Lopes, onde foi feita uma compilação de textos divertidos de autores nacionais e estrangeiros,
procurando que a poesia seja acessível, fresca e divertida. No dia 23 de março, a biblioteca
promoverá a atividade “Histórias em tempos de crise”, também com o autor Filipe Lopes, que
será dirigida a pais, educadores, professores, profissionais na área das bibliotecas e animadores
para estes aperfeiçoarem os seus conhecimentos na arte de contar histórias.
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A Biblioteca Municipal Tomaz Borba Vieira pretende assim promover a leitura numa panóplia de
atividades que promovam a educação e a cultura junto da comunidade lagoense.
APRESENTAÇÃO DO LIVRO “FLASHES, ROTEIROS E VIVÊNCIA S” NA LAGOA
A biblioteca municipal Tomaz Borba Vieira acolheu no dia 21 de março, a apresentação do livro
"Flashes, Roteiros e Vivências”, da autoria do Padre Weber Machado Pereira.
Um livro que reflete sobre vários casos sociais e experiências de vida do Padre Weber, que
sempre dedicou a sua vida em prol dos mais desprotegidos.
O livro "Flashes, Roteiros e Vivências" pretende ser um símbolo na comunidade humana e cristã
dos Açores onde padres, leigos e consagrados encontrarão um caminho aberto, em prol dos
irmãos pobres, marginalizados, esquecidos e não amados que precisam de quem os olhe com
amor, entrega e ajuda.
Este é mais um evento acolhido na Biblioteca Municipal Tomaz Borba Vieira que é um espaço
singular de cultura do concelho.
A Câmara tomou conhecimento.
UNIDADE ORGÂNICA DE ADMINISTRAÇÃO GERAL:
OBRAS PARTICULARES E LOTEAMENTOS:
PONTO N.º 2 – INFORMAÇÃO – DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA S:
Para efeitos do disposto no n.º 3 do artigo 65.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, foi
dado conhecimento à Câmara Municipal que no uso dos poderes que foram delegados no
Presidente da Câmara Municipal por deliberação camarária de 28 de outubro de 2009 e
subdelegadas pelo mesmo no Senhor Vereador Durval Carlos Almeida Faria, por despacho de
28 outubro de 2009, foram aprovados/deferidos os seguintes assuntos:
PROJECTOS DE ESPECIALIDADES
Processo de Obras n.º 65/2009 - Licenciamento para construção de edifício
multifamiliar/alteração ao projeto de arquitetura, sito na Rua Dr. José Pereira Botelho, 47, 47 A e
49 – Rosário - pertencente a Bruno & Fernando Moniz, Sociedade de Contabilidade, Lda -
Deferido em 11 de março de 2013;
ATRIBUIÇÃO DE NÚMERO POLÍCIA
Atribuído o número de polícia 47 (quarenta e sete), 47A (quarenta e sete A) e 49
(quarenta e nove) ao edifício destinado a comércio e habitação, sito na Rua Dr. José Pereira
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Botelho, freguesia do Rosário, deste concelho, pertencente a Bruno & Fernando Moniz - Deferido
em 05 de março de 2013;
Atribuído o número de polícia 34 (trinta e quatro) à moradia, sita na Rua do Emigrante
(lote 1), freguesia de Água Pau, deste concelho, pertencente a José Norberto Almeida - Deferido
em 07 de março de 2013.
A Câmara tomou conhecimento.
TESOURARIA:
PONTO N.º 3 - RESUMO DIÁRIO DE TESOURARIA:
Foi presente o resumo diário da tesouraria do dia 21 de março do ano em curso, cujo
saldo em Operações Orçamentais era € 697.330,06 (seiscentos e noventa e sete mil trezentos e
trinta euros e seis cêntimos).
A Câmara tomou conhecimento.
UNIDADE ORGÂNICA DE RECURSOS HUMANOS E TÉCNICOS:
CULTURA, EDUCAÇÃO E DESPORTO:
Por impedimento legal, na discussão e aprovação da proposta apresentada, o
Senhor Vereador Fernando Jorge Moniz ausentou-se da reunião, no ponto referente Grupo
de Cantares Tradicionais de Santa Cruz, de acordo c om o n.º 6 do artigo 90.º da Lei n.º
169/99, de 18 de setembro.
PONTO N.º 4 - PROPOSTA – ATRIBUIÇÃO DE APOIOS FINAN CEIROS A INSTITUIÇÕES DO
CONCELHO:
O Senhor Presidente apresentou a proposta de atribuição de apoios financeiros a
Instituições do Concelho, para o ano de 2013, cujo teor abaixo se transcreve:
“Considerando que, de acordo com o disposto na alínea b) do número 4 do artigo 64º da Lei nº
169/99, de 18 de setembro a Câmara Municipal pode conceder subsídios a atividades de
interesse municipal, de natureza social, cultural, desportiva, recreativa ou outra;
Considerando que, assumem especial importância todas as atividades que visem a ocupação útil
dos tempos livres das crianças e jovens do Concelho, o apoio social aos mais carenciados, a
prestação de cuidados aos mais idosos, a educação, a cultura, a formação cívica, a prática de
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hábitos de vida saudáveis e demais atividades que promovam o bem-estar e a qualidade de vida
da comunidade;
Considerando a importância das instituições locais que dinamizam todas essas áreas entendeu-
se, face às particulares dificuldades esperadas, manter em 2013 os valores dos apoios atribuídos
em 2012.
Assim, propõe-se a transferência dos seguintes subsídios:
- Sociedade Filarmónica Fraternidade Rural de Água de Pau - 1.600,00€;
- Grupo Musical “Nova Geração” – 1.000,00€;
- Grupo Musical “Novos Criativos” – 1.000,00€;
- Grupo de Cantares Tradicionais de Santa Cruz – 1.600,00€;
- Orfeão Nossa Senhora do Rosário – 2.000,00€;
- Grupo “Som do Vento” – 1.600,00€;
- Centro de Karaté de Lagoa – 2.720,00€;
- Clube de Pesca Desportiva de Lagoa - 1.000,00€
- Calag – Clube de Atletismo da Escola Preparatória da Lagoa - 1.530,00€
- Agrupamento de Escuteiros 1290 de Santa Cruz – 1.600,00€
- Agrupamento de Escuteiros nº 1333 da Ribeira Chã – 1.000,00€
- Agrupamento de Escuteiros nº 798 do Cabouco – 1.600,00€
- Lions Clube de Lagoa – 2.000,00€;
- Escola Secundária de Lagoa – 3.000,00€.”
Anexo à proposta foram presentes as minutas dos contratos-programa a celebrar com as
referidas Instituições.
A Câmara tomou conhecimento e deliberou por unanimidade dos membros presentes:
1.º Aprovar a atribuição dos apoios às Instituições do Concelho, para o ano de 2013, nos
montantes acima referidos;
2.º Dar conhecimento desta deliberação à Secção de Contabilidade e às referidas
instituições.
O Senhor Vereador Fernando Jorge Moniz regressou à sala, a fim de poder
continuar a participar na presente reunião.
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ASSUNTOS NÃO INCLUÍDOS NA AGENDA DE TRABALHOS:
PROPOSTA – DESAFETAÇÃO DE PARCELA DE TERRENO NA CAN ADA DAS CANECAS –
ATALHADA:
Pelo Senhor Presidente foi presente a proposta de desafetação de uma parcela de
terreno, do domínio público para o domínio privado do Município de Lagoa, sita à Canada das
Canecas, lugar da Atalhada, freguesia do Rosário, deste Concelho, que abaixo se transcreve:
“Considerando que:
- A parcela de terreno que se encontra ocupada por zonas verdes na Canada das Canecas, com
aproximadamente 148 m2, é uma porção de terreno que apresenta, atualmente, a configuração
de um triângulo, em resultado do alargamento da via pública na referida Canada e não tem
qualquer utilidade pública presente ou futura;
- A gestão daquela parcela de terreno constituiu um encargo financeiro para a Autarquia,
nomeadamente na parte da manutenção da via;
Proponho, ao abrigo do disposto na alínea f) do n.º 1, alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º e alínea b)
do n.º 4 do artigo 53.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, na sua atual redação, que se
delibere:
1- Aprovar a proposta e submeter à apreciação da Assembleia Municipal autorização da
desafetação da referida parcela do domínio público municipal para o afetar ao domínio privado do
Município, de modo a permitir a sua posterior alienação, da parcela de terreno com a área
aproximadamente de 148m2, sita à Canada das Canecas, lugar de Atalhada, freguesia do
Rosário, Concelho de Lagoa, que ficará a confrontar a Norte com Lina Maria Moniz Melo, a Sul
com Estrada Regional n.º 1-1.ª, a Nascente com Manuel Domingues Mendes Barbosa e a Poente
com Canada das Canecas, no valor de 12.000,00 € resultante da avaliação efetuada pela Srª
Engenheira Andreia Delfim;
2- Proceder à afixação de Edital nos locais do costume.”
O Senhor Presidente esclareceu que a parcela de terreno em causa é uma sobra de
terreno onde se encontrava edificada uma antiga moradia em ruínas que foi demolida para
permitir o alargamento ao acesso à Canada das Canecas. O proprietário do lote vizinho mostrou-
se interessado na sua aquisição, com o objetivo de implementar a construção de uma moradia
num terreno de maiores dimensões. Trata-se de um terreno que não tem qualquer interesse para
a autarquia, estando avaliado em 12.000,00€, valor que o interessado está disposto a pagar.
Acrescentou que se deve aproveitar a oportunidade dado que o valor está muito acima do
valor de mercado.
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O Senhor Vereador Carlos Augusto Furtado informou que é de aproveitar a oportunidade,
atendendo ao valor que o interessado está disposto a pagar pela referida parcela de terreno, pelo
que, irá votar favoravelmente a presente desafetação.
A Câmara tomou conhecimento e deliberou, por unanimidade,
1.º Concordar e submeter a presente proposta de desafetação da parcela de terreno do
domínio público para integrar o domínio privado do Município de Lagoa, com a área aproximada
de 148m2, sita à Canada das Canecas, lugar de Atalhada, freguesia do Rosário, Concelho de
Lagoa, que ficará a confrontar a Norte com Lina Maria Moniz Melo, a Sul com Estrada Regional
n.º 1-1.ª, a Nascente com Manuel Domingues Mendes Barbosa e a Poente com Canada dos
Canecos, nos termos da alínea a) do nº 6 do artigo 64º da Lei 169/99, de 18 de setembro, à
aprovação da Assembleia Municipal, conforme previsto na alínea b) do nº 4 do artigo 53º da
citada Lei, alterada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro;
2.º Encarregar os respectivos serviços de darem o devido andamento.
PROPOSTA – PROIBIÇÃO DE CIRCULAÇÃO DE TRÂNSITO AUTO MÓVEL NA RUA DE SÃO
JOSÉ – RIBEIRA CHÃ:
Pelo Senhor Presidente foi presente a proposta elaborada pelo Senhor Vereador Durval
Faria, que abaixo se transcreve:
“Na sequência das fortes intempéries que se têm vindo a verificar, nomeadamente a forte
pluviosidade que tem atingido os Açores, e que se prevê com continuidade nos próximos dias,
existiu uma derrocada no talude da Rua de S. José, na freguesia da Ribeira Chã.
Considerando o facto da Rua de S. José já ter sido considerada pelo Governo Regional dos
Açores como Zona de Risco face à perigosidade em que se encontram as moradias daquela rua,
e atendendo à recomendação do LREC – Laboratório Regional de Engenharia Civil, foi elaborado
Edital a proibir definitivamente a circulação de trânsito automóvel na Rua de São José, no troço
compreendido entre a Travessa de São José e a Rua Igreja.
No restante troço é permitida apenas a circulação a moradores com viaturas ligeiras.”
Sobre o assunto o Senhor Presidente esclareceu que foi entendido proceder à presente
proibição devido à ocorrência de nova derrocada no troço inicial da rua de São José, na freguesia
da Ribeira Chã.
O Senhor Vereador Carlos Augusto Furtado informou que inteirou-se da situação e ao que
se apercebeu é uma situação que já tinha merecido a concordância dos seus moradores,
nomeadamente interditar a circulação do trânsito aos transeuntes que não sejam moradores.
Na sua opinião, é uma situação desagradável, pois quem comprou e possui ali casa desde
longa data, possuía uma casa numa rua onde se circulava livremente, agora possuem uma casa
numa rua onde se circula de forma condicionada e “quiçá” qualquer dia possuirão uma casa onde
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não existe rua. No entanto, irá aprovar a presente alteração de trânsito, dado que os seus
moradores estão resignados com essa solução, que é a solução possível.
O Senhor Presidente esclareceu ainda que a presente alteração de trânsito não irá
prejudicar os moradores e é concretizada na defesa da segurança dos residentes.
A Câmara tomou conhecimento e deliberou por unanimidade ratificar a presente proposta
datada de 20 de março do corrente ano.
1.ª REVISÃO AO ORÇAMENTO E GRANDES OPÇÕES DO PLANO PARA O ANO
FINANCEIRO DE 2013:
O Senhor Presidente deu conhecimento à Câmara que se torna necessário proceder à 1.ª
Revisão ao Orçamento da Despesa do corrente ano, de acordo com o que preconiza o Decreto –
Lei n.º 54-A/99, de 22 de fevereiro, na sua atual redação, conforme proposta cuja teor abaixo se
transcreve:
“Torna-se necessário proceder a uma Revisão ao Orçamento e Grandes Opções do Plano do
corrente ano, de acordo com o que preconiza no Decreto-Lei n.º 54-A/99 de 22 de fevereiro, na
sua atual redação, de forma a corrigir os valores do orçamento inicial, atendendo à cessação do
contrato ARAAL, para a aquisição de 6 (seis) habitações, em situação de risco na Rua de S. José
e na Rua da Igreja, Freguesia de Ribeira Chã, no valor de 555.600,00 € (quinhentos e cinquenta
e cinco mil e seiscentos euros) estabelecido entre o Governo Regional dos Açores e esta
Autarquia, observando ao disposto na sua cláusula 8.ª, que refere que o contrato terá início no
dia imediato ao da sua publicação e termina a 31 de Dezembro de 2012”.
A Revisão ao Orçamento e Grandes Opções do Plano, apresenta uma diminuição às
importâncias do Orçamento inicial, quer na receita como na despesa, no montante de 555.600,00
€ (quinhentos e cinquenta e cinco mil e seiscentos euros).
O Orçamento atualmente em vigor, no valor de 13.600.000,00 € (treze milhões e seiscentos mil
euros) passa após esta revisão a ter um valor de 13.044.400,00 € (treze milhões quarenta e
quatro mil e quatrocentos euros).
Assim, e nos termos do Decreto-Lei n.º 54-A/99, de 22 de fevereiro, propõe-se a aprovação da
1.ª Revisão ao Orçamento e Grandes Opções do Plano, para o ano de 2013.”
O Senhor Presidente informou que a presente revisão orçamental prende-se com a
situação da rua de São José, na freguesia da Ribeira Chã, pois existia um contrato ARAAL,
assinado em 26 de abril de 2012 com o Governo Regional e que, apesar da insistência da
autarquia nunca chegou a ocorrer a transferência daquela verba, tendo o mesmo caducado em
31 de dezembro do ano findo.
Assim, e face à caducidade do contrato, já foi transmitido ao Governo Regional que a
Câmara Municipal da Lagoa não está disposta a continuar a liderar esse processo, pois não
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existem condições para o efeito, bem como, não assumirá eventuais responsabilidades civis e
criminais que possam eventualmente advir, caso ocorra algum problema de maior gravidade.
O Senhor Vereador Rui Ramos informou que têm uma proposta a apresentar, de modo a
dotar a autarquia de uma maior capacidade de pressão junto do Governo Regional na resolução
desse problema, nomeadamente a apresentação de um voto de protesto ao Governo Regional
pelo o facto de ter transferido a responsabilidade de iniciar o processo para a Câmara Municipal.
O Senhor Presidente referiu que percebe a intenção do voto de protesto, no entanto julga
que não fará sentido aprovar o mesmo, na medida em que, materialmente, competia à autarquia
iniciar o processo, pois de acordo com o clausulado no contrato ARAAL só seria transferida a
verba no valor de 555.600,00€ mediante a apresentação, por parte da Câmara Municipal, dos
respetivos justificativos. Ao ser aprovado o voto de protesto ao Governo Regional, o mesmo irá
afirmar que a Câmara Municipal é que não cumpriu com o referido contrato ARAAL, razão pela
qual nunca chegou a haver a transferência daquela verba.
Acrescentou ainda que, no passado dia 20 de março endereçou um ofício à Secretaria
Regional da Solidariedade Social, relatando todo o historial desse processo, cujo teor abaixo se
transcreve:
“1 - Desde 31 de dezembro de 2012 que se encontra cessado o Contrato ARAAL, celebrado a 26
de abril de 2012, entre o Governo Regional dos Açores e esta autarquia com vista à aquisição de
6 habitações em risco na Rua de S. José e Rua da Igreja, na freguesia da Ribeira Chã,
atendendo ao disposto na sua cláusula 8.ª, que refere que “o presente contrato terá início no dia
imediato ao da sua publicação e termina a 31 de dezembro de 2012”;
2- Desde os primeiros contactos estabelecidos com o Governo Regional dos Açores sobre o
problema em questão, já se passou mais de 1 década, sendo que foi em 2001 que o LREC, a
pedido deste Município, emitiu a sua primeira Nota Técnica (n.º 58/2001) sobre a estabilidade do
talude da Rua de S. José alertando para a perigosidade da zona a curto/médio prazo;
3- Em janeiro de 2007 a Direção Regional da Habitação elaborou um relatório com a identificação
das casas em risco, a sua caracterização e procedeu à respetiva avaliação, contudo só em 2010,
depois de uma reunião realizada a 27 fevereiro desse ano, na Terceira, à margem do Congresso
Regional do PS – Açores, com o Presidente da Câmara Municipal de Lagoa, a Secretária
Regional da Trabalho e Solidariedade Social e o Secretário Regional do Ambiente e do Mar, ficou
acordado solicitar novo parecer técnico ao LREC;
4- A segunda Nota Técnica do LREC (29/2010) sobre o talude na Rua de S. José foi apresentada
em abril de 2010 e face à insegurança e à dificuldade de execução de uma intervenção para
estabilização desse talude, o relatório recomendava a necessidade de realojamento das famílias
residentes no local, o que desencadeou, nesse mesmo mês, uma reunião, na qual participaram o
Diretor Regional da Habitação, Dr. Carlos Faias, e o Diretor Regional do Ordenamento do
Território e Recursos Hídricos, Prof. Dr. João Luís Gaspar, com todos os moradores envolvidos
15
de modo a explicar-lhes a perigosidade da situação e sensibilizá-los para o facto de terem de
abandonar as suas residências;
5- A 3 de dezembro de 2010, o Presidente da Câmara Municipal de Lagoa reuniu-se com o
Diretor Regional da Habitação e o Dr. Joaquim Lopes, Chefe de Divisão, ainda sobre este
assunto e ficou acordado a celebração de um contrato ARAAL entre a edilidade e o Governo
Regional com vista à aquisição de 6 fogos, no entanto, só a 27 de outubro de 2011 é que foi feita
a receção do Contrato ARAAL na Câmara Municipal de Lagoa para efeitos de assinatura, por
parte do Presidente da Câmara Municipal de Lagoa;
6 -Neste intervalo de tempo, mais concretamente a 31 de março de 2011, o Presidente da
Câmara Municipal de Lagoa reuniu individualmente com os proprietários ou inquilinos dos 6
fogos em causa, não tendo chegado a acordo com a maioria dos moradores, em relação ao valor
de compra, atendendo que o valor da avaliação não permitiria a esses agregados, na maioria
idosos, adquirir uma nova habitação;
7 - A data de envio à DROAP do contrato ARAAL, assinado por esta Autarquia, é a de 27 de
outubro de 2011, mas este só foi assinado pelo Vice-Presidente do Governo Regional dos Açores
na data de 26 de abril de 2012, tendo sido publicado na II Série do Jornal Oficial n.º 88 de 5 de
maio de 2012 e remetido a posteriori à Câmara Municipal de Lagoa a 8 de maio de 2012.
Assim:
Pese embora toda a vontade politica desta Câmara Municipal em ver resolvido esse problema,
de todos os esforços empreendidos para o efeito e do Contrato ARAAL estabelecido, o problema
subsiste na medida em que a Câmara Municipal de Lagoa não dispondo dos meios financeiros
necessários não conseguiu concretizar a compra das habitações, até porque não existiu qualquer
adiantamento das verbas por parte do Governo Regional dos Açores para o efeito, facto a que
acresce a impossibilidade legal criada pela Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso e a
Lei das Finanças Locais, de efetuarmos o adiantamento da verba em causa.
Considerando ainda, que a Câmara Municipal de Lagoa ficou com a responsabilidade legal e
politica de resolver a situação perante a população da Ribeira Chã, vimos comunicar a V. Exa.
que não estamos disponíveis para continuar a liderar este processo e a assumir as eventuais
responsabilidades civis e criminais que possam advir no caso de ocorrer algum problema de
maior gravidade, o que é expectável tendo em conta a derrocada do último fim-de-semana, que
coloca ainda em maior risco o local, cujas fotos enviamos em anexo.
Informamos ainda V. Exa. que daremos conhecimento do teor deste ofício à Direção Regional da
Organização e Administração Pública, ao Diretor Regional da Habitação e à Presidente da Junta
de Freguesia da Ribeira Chã.”
Conforme se pode constatar pelo teor do mesmo, existem hiatos de tempo muito grandes.
O facto de não estar disponível para liderar esse processo não lhe retira nenhuma
16
responsabilidade que possui no domínio da Protecção Civil, pois terá agora e mais do que nunca
o direito de reclamar e exigir ao Governo Regional a resolução do problema.
O Senhor Vereador Carlos Augusto Furtado questionou se o Senhor Presidente da
Câmara consegue afirmar em frente a um microfone, que não quer continuar a liderar esse
processo e que já não era um problema seu.
O Senhor Presidente informou que não tem problema em afirmá-lo, aliás o ofício em
questão refere exatamente essa afirmação.
O Senhor Vereador Carlos Augusto Furtado refere que o Partido Socialista é um partido
que diz ter muita sensibilidade social e acredita que o Senhor Presidente também a possua, mais
do que muito boa gente diz ter. Acrescentou que se estivesse no lugar do Presidente da Câmara
ficasse o que ficasse para trás esse problema seria resolvido, pois entende que o Senhor
Presidente tem que dar nota da vontade de resolver a situação, porque existem sempre
soluções.
O Senhor Presidente referiu que essa atitude não lhe retira a sensibilidade social nem a
capacidade de exigência, mas entende que é um problema que terá de ser resolvido pelo
Governo Regional. Entende que se trata de uma questão política, pois o Governo Regional nunca
teve vontade de resolver os problemas da freguesia da Ribeira Chã e esse caso em concreto é
mais um deles.
O Senhor Vereador Carlos Augusto Furtado informou que “braços de ferro” fazem-se com
outro tipo de situações e não com vidas humanas, pois entende que a situação da rua de São
José é como uma “bomba-relógio” em que a qualquer momento pode ocorrer nova derrocada,
tendo o Senhor Presidente informado que tem consciência da gravidade da situação mas terá
que ser o Governo Regional a resolvê-la.
O Senhor Vereador Carlos Augusto Furtado comentou que o Senhor Presidente é a
autoridade máxima da Proteção Civil, ao que o Senhor Presidente respondeu saber ser a
autoridade máxima nesse domínio, acrescentando que sem verbas não se conseguem resolver
problemas.
O Senhor Vereador Carlos Augusto Furtado referiu que no processo existe uma culpa que
não pertence ao Presidente da Câmara, uma vez que a autarquia dispõe de dois juristas e é
indefensável qualquer responsabilidade dos mesmos, pois o Senhor Presidente, provavelmente,
assinou o referido contrato de uma forma mais ou menos facilitada, não se tendo inteirado dos
pormenores e os mesmos juristas não lhe alertaram que o ónus estava do lado da autarquia.
Em caso de nova derrocada, o Governo Regional vai afirmar que a Câmara Municipal
teve quase seis meses para resolver o problema, porque já tinha sido assinado o contrato e não
deu início ao processo. Questionou qual foi a atividade da Câmara Municipal durante esses seis
meses que tenha manifestado interesse na resolução do problema.
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O Senhor Presidente da Câmara interveio e referiu que o princípio de um contrato ARAAL
é transferir uma responsabilidade que é do Governo Regional para os Municípios, bem como, a
transferência das respetivas comparticipações financeiras.
O Senhor Vereador Rui Ramos questionou se, normalmente, em outros contratos ARAAL,
a verba era transferida antes da autarquia apresentar os justificativos da despesa ou sempre foi
ocorreu após essa apresentação.
O Senhor Presidente da Câmara informou que é uma situação que depende, não
existindo sempre o mesmo procedimento e referiu a título exemplificativo o contrato com a
empresa Portas da Lagoa SA, em que, como havia disponibilidade financeira face ao
financiamento, primeiro foi efetuado o respetivo pagamento e depois ocorreu a transferência da
verba, o que foi feito quase de imediato. No entanto existem outras situações em que ocorre
antecipadamente a transferência das verbas.
O Senhor Vereador Carlos Augusto Furtado questionou qual foi o procedimento com o
contrato da obra de construção da sede do Clube Náutico, ao que o Senhor Presidente da
Câmara informou que a transferência ocorreu antes, quando o respetivo contrato possuía as
mesmas cláusulas que o contrato da rua de São José, na freguesia da Ribeira Chã.
O Senhor Vereador Rui Ramos referiu que, para a construção de uma sede houve
transferência antecipada da verba, porque motivo, que para uma situação mais grave não se
verificou o mesmo procedimento.
O Senhor Presidente da Câmara esclareceu que no caso da rua de São José o maior
entrave na resolução do problema prendeu-se com o facto da maior parte dos moradores não
quererem abandonar as suas moradias.
O Senhor Vereador Carlos Augusto Furtado referiu que quando o primeiro morador
abandonar a sua moradia, os restantes vão ponderar e certamente mudarão de atitude. Assim,
solicitou ao Senhor Presidente que proceda à aquisição de uma moradia, de modo a realojar a
família que está com mais vontade de abandonar a sua casa, pois essa atitude poderá,
eventualmente, provocar que os restantes moradores sigam o exemplo, ficando o problema
resolvido. Entende que o Senhor Presidente não deve ficar com um ónus desta ordem, pois trata-
se de uma situação gravíssima.
Acrescentou que a autarquia tem disponível uma verba de três milhões de euros,
referente à obra de construção do Tecnoparque e esse valor poderia ser utilizado para tentar
resolver situações desta natureza. O objeto social da empresa Portas da Lagoa SA prevê
também a compra, venda, arrendamento e construção prioritária no concelho e essa situação
será certamente uma construção prioritária, pois se assim não for mais nenhuma será.
O Senhor Presidente da Câmara comentou que tudo o que acontece no nosso concelho
não é da sua responsabilidade ou da Câmara Municipal. Neste caso em concreto não possui
competências para a resolução dessa situação, sendo assim, porque razão terá que assumir
18
uma responsabilidade que não lhe compete? O Município não possui meios financeiros para a
sua resolução, sendo que a solução passa por pressionar o Governo Regional. Obviamente que
está seriamente preocupado com a situação existente.
O Senhor Vereador Rui Ramos questionou o que a Câmara Municipal e a oposição
poderão fazer para tentar pressionar o Governo Regional, no sentido de resolver a situação em
causa. Poderão eventualmente tornar pública, através dos órgãos de comunicação social, o que,
provavelmente poderá levar à sua resolução ou ainda à apresentação de uma declaração de
voto.
O Senhor Vereador Carlos Augusto Furtado sugeriu que se proceda a nova reunião com
os moradores das seis habitações em perigo para explicar a gravidade da situação e tentar
resolver o problema de forma adulta.
O Senhor Presidente informou que nem ele nem a autarquia, independentemente das
consequências políticas e partidárias, estão disponíveis para continuar a liderar esse processo,
porque o Governo Regional não deu os meios necessários para a sua resolução. Está disponível
para proceder a novas reuniões com os moradores, mas não pretende ficar com a
responsabilidade política desse processo.
O Senhor Vereador Carlos Augusto Furtado comentou que entende que a
responsabilidade é do Governo Regional, mas também é do Senhor Presidente da Câmara, pois
não deu o devido seguimento ao processo. Compreende a situação e a sua teimosia, que o leva
a crer que será devido à falta de confiança nos membros do Partido Socialista ao nível da Região
Autónoma dos Açores. Também lhe leva a crer que, caso o Senhor Presidente consiga resolver o
problema, deve julgar que poderá nunca receber a transferência da verba por parte do Governo
Regional.
O Senhor Presidente esclareceu que essa questão não está em causa, simplesmente
devido à entrada em vigor da Lei dos Compromissos, a autarquia nunca irá conseguir arranjar os
meios financeiros necessários.
O Senhor Vereador Carlos Augusto Furtado questionou se a autarquia não dispõe, até ao
final do presente mandato, da verba de 20.000,00€ para tentar ultrapassar a situação, o que
demonstraria a boa vontade do Senhor Presidente em resolver o problema e assim livrar-se-ia de
qualquer responsabilidade. Deste modo, propôs que o Senhor Presidente procedesse ao envio
de um ofício aos moradores, alertando-os para a gravidade da situação, o que demonstraria a
sua preocupação pelo facto, informando ainda que a autarquia está disposta a pagar uma renda
mensal de cerca de 350,00€ até ao final deste mandato. Essa solução acarretaria um custo
financeiro para o Município, mas tirava ao Presidente da Câmara qualquer responsabilidade.
O Senhor Presidente informou que a proposta apresentada pelo Senhor Vereador era o
seu Plano B, o qual já foi equacionado. A presente proposta e, por experiência de outras
situações semelhantes, quando a autarquia retirar as famílias nunca mais irá deixar de pagar as
19
referidas rendas. Numa primeira fase está a aguardar pela atitude do Governo Regional e depois
vai deixar passar a época das chuvadas para se proceder a uma avaliação, com vista a verificar
se existe perigo de derrocada.
O Senhor Vereador Carlos Augusto Furtado referiu que, uma primeira fase poderá ser a
força da natureza e que, no seu entender, quando for enviada a primeira carta, alguns moradores
certamente irão dizer que não saem, mas salvaguardará o Senhor Presidente de qualquer
responsabilidade, para além de demonstrar a sua preocupação pela situação dos mesmos.
O Senhor Presidente da Câmara referiu que não pode ser acusado de não estar
preocupado com esta situação, pois mais do que ninguém está seriamente preocupado, uma vez
que fez de tudo para resolver o problema e continua a fazê-lo. A sua tomada de posição foi a
forma mais ajustada que encontrou para que o processo em causa avance.
O Senhor Vereador Carlos Augusto Furtado informou que não irá aprovar a presente
Revisão Orçamental porque a mesma traduz inércia por parte do Partido Socialista, quer por
parte desta Câmara Municipal quer do Governo Regional.
O Senhor Vereador Rui Ramos informou que também não aprova o documento, na
medida em que este montante é absolutamente necessário para resolver situações que põem em
risco bens e vidas humanas na rua de São José, na freguesia da Ribeira Chã.
Os Senhores Vereadores Rui Ramos e Carlos Augusto Furtado apresentaram a seguinte
declaração de voto:
“Considerando que a Segurança é um Direito inalienável, plenamente consagrado na
Constituição da República Portuguesa;
Considerando que o Governo Regional, tendo delegado à Câmara de Lagoa, através de um
contrato ARAAL, a responsabilidade da resolução do problema e que, terminado o prazo do
contrato, está pelo menos adiada a intenção de adquirir no imediato as habitações em risco na
Rua de São José na Ribeira Chã;
Considerando ainda que a Câmara Municipal de Lagoa não tem, atualmente, capacidade
financeira para resolver por si só o problema, que põe em risco habitações e vidas humanas;
Considerando que os esforços realizados pela Câmara Municipal de Lagoa junto ao Governo
Regional não surtiram, até ao presente, qualquer efeito visível na resolução do problema;
Apelamos por isso ao Governo Regional que tome medidas imediatas no sentido de melhorar o
sentimento de insegurança vivido pelos habitantes naquela zona de risco.”
A Câmara tomou conhecimento e deliberou por maioria, com dois votos contra dos
Senhores Vereadores Rui Ramos e Carlos Augusto Furtado:
1.º Concordar com a 1.ª Revisão ao Orçamento da Despesa do corrente ano, no
montante de € 555.600,00 (quinhentos e cinquenta e cinco mil e seiscentos euros);
20
2.º Submeter à Assembleia Municipal a 1.ª Revisão ao Orçamento da Despesa do
corrente ano, para aprovação, de acordo com o que preconiza a alínea b) do nº 2 do artigo 53.º
da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro;
3.º Rubricar todas as folhas, dispensando a sua transcrição em ata, de acordo com o
Decreto-Lei n.º 45 362 de 21 de novembro de 1963, com a nova redação dada ao artigo 5.º pelo
Decreto-Lei n.º 334/82, de 19 de agosto.
PROPOSTA – DIREITO DE SUPERFÍCIE A CONSTITUIR SOBRE PARTE ESPECIFICADA DO
IMÓVEL DO CAMPO DE JOGOS MUNICIPAL JOÃO GUALBERTO B ORGES ARRUDA ÀS
PORTAS DA LAGOA SA:
Pelo Senhor Presidente foi presente a proposta de Direito de Superfície a constituir sobre
parte especificada do imóvel do Campo de Jogos Municipal João Gualberto Borges Arruda às
Portas da Lagoa SA, que abaixo se transcreve:
“Considerando a retração económica ocorrida no país e que teve implicações diretas sobre os
Municípios, uma vez que se estão a ressentir das várias medidas de consolidação orçamental
implementadas através dos Planos de Estabilidade Económica e que resultaram na redução da
receita arrecadada.
Considerando a situação económico-financeira em que se encontra o Município de Lagoa face ao
que acima foi descrito e à profunda crise que se instalou no sector imobiliário e que originou uma
diminuição nas receitas correntes, por via da quebra na cobrança de IMI quer de taxas de
licenciamentos, a que se juntaram outros factores como a não transferência dos 5% referentes à
Participação Variável no IRS e que privaram o Município de Lagoa de importantes receitas e
agravaram a disponibilidade de tesouraria;
Considerando a entrada em vigor, em 2012 da Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso –
LCPA, lei esta que veio alterar todo o paradigma até então seguido, condicionando também a sua
atuação à disponibilidade de tesouraria em detrimento do orçamento aprovado;
Considerando a necessidade e urgência de intervenção no Campo Municipal João Gualberto
Borges Arruda, na freguesia de Nossa Senhora do Rosário, ao nível da construção de novos
balneários, que não apresentam as mínimas condições de segurança e higiene para os
desportivas que utilizam esta infraestrutura, ao que acresce estarem edificados em propriedade
não pertencente ao Município, sobre lotes pertencentes a terceiros que podem a todo tempo
reivindicar a sua propriedade em tribunal e obter ordem demolição da obra, para além de haver
um compromisso antigo do município de regularizar esta situação.
Considerando que o Município de Lagoa não tem disponibilidade orçamental para realizar as
obras em causa.
21
Considerando que, o Campo de Jogos Municipal João Gualberto Borges Arruda, sito à Rua dos
Combatentes, freguesia de Nossa Senhora do Rosário, pertence ao Município de Lagoa, com o
valor de registo no património de 47.357,56 € (quarenta e sete mil trezentos e cinquenta e sete
euros e cinquenta e seis cêntimos) inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 1842 e descrito
na Conservatória do Registo Predial de Lagoa – Açores sob o n.º 2672/Rosário;
Considerando ainda, que:
Por deliberação da Câmara Municipal de Lagoa de 11 de Abril de 2007, foi aprovada a
participação da EML – Empresa Municipal de Urbanização, Requalificação Urbana e Ambiental e
Habitação Social da Lagoa, EM, nas Portas da Lagoa – Sociedade de Desenvolvimento de
Lagoa, S.A. com o consórcio de empresas Somague – Ediçor S.A., Irmãos Cavaco S.A., Marques
S.A. e Eng. Luís Gomes S.A., em que a EML detém 49% do capital social, sendo os restantes
51% das mencionadas empresas;
As Portas da Lagoa – Sociedade de Desenvolvimento de Lagoa, S.A. têm por objecto promover a
construção, a gestão e a exploração de áreas, equipamentos e infra-estruturas de
desenvolvimento urbano e de construção prioritária no Concelho de Lagoa; Promover a compra e
venda e arrendamento de bens imobiliários, exploração de estabelecimentos hoteleiros com e
sem restaurantes, exploração de parques de campismo e outros locais de alojamento de curta
duração, gestão de actividades culturais e recreativas, gestão de salas de espectáculo, e
actividades conexas, gestão de parques de diversão e outras actividades de espectáculos, gestão
de instalações desportivas;
Considerando ser suficiente a cedência de parte especifica do imóvel em causa com a área de
1.980 m2, identificada na planta em anexa.
Considerando, por último, o interesse público da obra e o valor do prédio em causa e o disposto
nas alíneas f) e g) - que dispensa o procedimento de hasta pública -, do n.º 1 do artigo 64.º da Lei
n.º 169/99, de 18 de Setembro, e alínea a) do n.º 1 do artigo 29.º do Decreto-Lei n.º 794/76, de 5
de Novembro, proponho que a Câmara Municipal celebre um contrato de direito de superfície,
pelo prazo de 30 (trinta anos), sobre a referida parte especificada do prédio com as Portas da
Lagoa – Sociedade de Desenvolvimento de Lagoa, S.A. para esta proceder à edificação das
obras necessárias, concretamente, construção de balneários, do referido prédio urbano, nas
seguintes condições:
a) Findo o prazo estipulado, as construções e edificações a que a Sociedade Portas da Lagoa se
obriga a efectuar farão parte integrante do referido prédio;
b) Findo o prazo estipulado, as construções e edificações serão entregues à Câmara Municipal de
Lagoa em bom estado de conservação, não podendo a Sociedade Portas da Lagoa exigir, por
elas, qualquer indemnização, compensação ou pagamento, seja a que título for.”
22
O Senhor Presidente esclareceu que quando a autarquia procedeu à venda dos lotes do
Bairro de São José, dois deles nunca foram entregues com a área total, porque existiam
edificadas umas construções no Campo de Jogos Municipal João Gualberto Borges Arruda.
Os atuais balneários do Campo de Jogos Municipal não possuem as devidas condições,
sendo o objetivo proceder-se a uma construção minimalista, para criar as condições mínima, quer
para os escalões de formação, quer para as equipas que visitam o concelho. Atendendo que a
autarquia não dispõe de verbas para esse efeito, surgiu a ideia de efetuar uma cedência de direito
de superfície, à semelhança do que já sucedeu com o Santiago Futebol Clube.
O Senhor Vereador Carlos Augusto Furtado referiu como é possível na mesma reunião
serem presentes dois assuntos que mostram dualidade de critérios.
O Senhor Presidente da Câmara alegou que há necessidade de vedar as competências
do Município. O orçamento camarário não dispõe de verbas para resolver competências que não
são da autarquia. Apenas tem é a responsabilidade política para lutar por essas questões.
O Senhor Vereador Rui Ramos questionou quais são os montantes que estão envolvidos
com a referida construção.
O Senhor Presidente esclareceu que, neste momento, existe uma estimativa com uma
área de custo por m2. Estão em causa 300m2 com um custo de 650,00€ por m2, o que totaliza
em cerca de 200.000,00€.
O Senhor Vereador Rui Ramos referiu que estava prevista a construção de um Complexo
Desportivo no Tecnoparque, pelo que, questionou se a autarquia irá avançar com esse projeto.
O Senhor Presidente informou que, neste mandato, e seguramente no futuro próximo não
existirão condições financeiras para avançar com a referida construção. Enquanto não for paga a
dívida de modo a libertar mais a nossa situação financeira não irá avançar com o projeto. Para
além disso, neste momento o mesmo não se justifica, face aos cortes que o Governo Regional
tem implementado na área desporto. Com as atuais obras, o Clube Operário Desportivo ficará
com um campo pelo menos por mais dez anos, podendo eventualmente ser necessário a
colocação de um novo piso sintético.
O Senhor Vereador Rui Ramos informou que irá abster-se, baseado no facto de que
estava previsto, por um lado a construção de um complexo desportivo no Tecnoparque, para
além de que no próprio documento, não obstante as explicações do Senhor Presidente da
Câmara, não define claramente os montantes envolvidos nesta construção e por haver situações
mais prementes a resolver. Para além disso, a construção dos balneários pode adiar por mais
tempo a construção definitiva do complexo desportivo.
O Senhor Vereador Carlos Augusto Furtado informou que vota contra, considerando os
gravíssimos problemas de segurança de pessoas e bens no concelho e a resolução dos mesmos,
que ao que parece está condicionada aos meios financeiros. Acha desadequado investir o
23
montante proposto nestes balneários, deixando por resolver situações que merecem outra
atenção e celeridade.
A Câmara tomou conhecimento e deliberou por maioria, com a abstenção do Senhor
Vereador Rui Ramos e o voto contra do Senhor Vereador Carlos Augusto Furtado:
1.º Concordar e aprovar a proposta apresentada pelo Senhor Presidente de direito de
superfície a constituir sobre parte especificada do imóvel do Campo de Jogos Municipal João
Gualberto Borges Arruda, às Portas da Lagoa – Sociedade de Desenvolvimento de Lagoa, S.A.;
2.º Encarregar os respectivos serviços de darem o devido andamento.
PERÍODO DE INTERVENÇÃO ABERTO AO PÚBLICO:
Atendendo que foi a última reunião do mês, seguiu-se um período de intervenção aberto
ao público, estando presente o Senhor José Fernando Carneiro Sousa.
O Senhor José Fernando Sousa na sua intervenção referiu os seguintes assuntos:
- Foi debatida na presente reunião a situação de que poderá vir a cair o talude da rua de
São José, na freguesia da Ribeira Chã. A situação da garagem de armazenamento de garrafas
de gás, sita à Travessa Padre João Furtado Pacheco, freguesia de Nossa Senhora do Rosário é
idêntica, também não se sabe se vai ou não explodir;
- Gostaria de saber se uma casa devoluta é obrigada a pagar a taxa de recolha de lixo,
tendo o Senhor Presidente esclarecido que se a mesma possuir contador de água paga apenas a
taxa de disponibilidade no valor de 1,60€;
- A Travessa Padre João Furtado Pacheco, na freguesia do Rosário, foi pavimentada
precisamente há um mês e no asfalto em frente à sua moradia já existem marcas de garrafas de
gás, uma vez, que o carregamento/descarregamento das mesmas é sempre efetuado à sua
porta, quando existe um lugar de estacionamento para esse efeito;
- Relativamente à garagem de armazenamento de garrafas de gás, sita à Travessa Padre
João Furtado Pacheco, freguesia de Nossa Senhora do Rosário, referiu que a mesma não
cumpre a Portaria n.º 460/2001 de 2 de maio, dado que nas garagens só podem existir 4 garrafas
de gás cheias ou vazias e na garagem em causa existem 72 garrafas de 13Kg e 10 garrafas de
55Kg, quando no hipermercado Continente, situado no concelho existem apenas duas grades de
garrafas de gás. Achou interessante a sugestão do Senhor vereador Carlos Augusto Furtado de
ser instalado um armazém de garrafas de gás no Tecnoparque;
- Também gostaria de ser informado porque razão foram retirados os pilaretes do passeio
do lado sul junto à igreja de Nossa Senhora do Rosário, tendo o Senhor Vereador Carlos
Augusto Furtado esclarecido que no passado sábado ocorreu um acidente no local;
- Na última reunião pública foram abordadas as homenagens efetuadas por esta Câmara
Municipal. Em sua opinião devem ser homenageados cidadãos do concelho que tenham
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contribuído para o seu desenvolvimento. Consultou a lista que se encontra disponível no portal
da autarquia e pôde constatar alguns nomes que, no seu entender, não mereciam ter sido
homenageados;
- Na zona das Alminhas existe uma passadeira para travessia de peões que está
sinalizada no mesmo poste que a paragem de autocarros. Atendendo que não está devidamente
sinalizada, solicitou que se proceda à sua correta sinalização;
- Também na última reunião pública abordou a questão da moto quatro que está
estacionada há algum tempo na rua Dr. Herculano Amorim Ferreira, coberta com um
impermeável, sem que os serviços camarários tivessem tomado providências.
Sobre este assunto o Senhor Vereador Durval Faria interveio, esclarecendo que a
situação já está ultrapassada. O Serviço de Fiscalização desta autarquia tem passado pelo local
e registou fotograficamente que a mesma não se encontra sempre lá estacionada, pelo que não
é considerado estacionamento abusivo porque não ultrapassa o período de 30 dias consecutivos
de estacionamento. É uma situação difícil de controlar, mas o certo é que a mesma se encontra a
circular.
O Senhor José Fernando Carneiro referiu como é possível a mesma estar em circulação,
se colocou uma pedra junto à roda e a mesma ainda lá se encontra.
- Questionou ainda onde fica situada a Biblioteca Municipal, tendo o Senhor Presidente
informado que a mesma se situava no Convento dos Frades.
Sendo assim, questionou porque razão continua identificada na placa junto às antigas
instalações ao que o Senhor Presidente esclareceu que manteve a referida placa informativa
porque faz referência à ATL que continua lá a funcionar.
Para terminar a sua intervenção referiu que como cidadão gosta de fazer alertas para o
bem do concelho.
A Câmara tomou conhecimento.
DEPOIS DA ORDEM DO DIA:
REUNIÃO CAMARÁRIA – ALTERAÇÃO DE DATA:
O Senhor Presidente propôs alterar a data da próxima reunião camarária, agendada para
o dia 5 de abril, passando a mesma a realizar-se no dia 12 de abril, pelas 09:00 horas.
A Câmara tomou conhecimento e deliberou, por unanimidade:
1.º Concordar com a alteração da data da próxima reunião Camarária, agendada para o
dia 5 de abril, passando a mesma a realizar-se no dia 12 de abril, pelas 09:00 horas;
2.º Dar a necessária publicidade à presente deliberação por afixação de editais em
lugares de estilo
25
ENCERRAMENTO:
Todos os assuntos foram aprovados em minuta, para efeitos de execução imediata, de
acordo com o que dispõe o n.º 3 do artigo 92.º da Lei número 169/99, de 18 de setembro.
E não havendo mais nada a tratar e sendo 11:10 horas, foi pelo Senhor Presidente da
Câmara Municipal encerrada a presente reunião, da qual se lavrou a presente ata, que depois de
lida foi aprovada e assinada nos termos da Lei.
E eu, , Coordenadora Técnica, da Subunidade
Orgânica de Expediente Geral, Contratação Pública e Assuntos Comunitários, a subscrevo e
assino.
_______________________________________
JOÃO ANTÓNIO FERREIRA PONTE