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II ENCONTRO INTERNACIONAL DE JOVENS INVESTIGADORES Atas

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IIENCONTROINTERNACIONALDE

JOVENSINVESTIGADORESAtas

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FICHA TÉCNICA

Título: Atas do II Encontro Internacional de Jovens Investigadores - JOIN 2017

Organizadores: Jorge Ávila de Lima, Pedro Francisco González, Maria da

Graça Câmara Batista, Antonio Onofre Costa Miranda Soares, Áurea Sandra

Toledo de Sousa e Osvaldo Dias Lopes da Silva

Edição: Universidade dos Açores, Ponta Delgada, 2018

ISBN: 978-989-8870-11-7

ã Universidade dos Açores, 2018

Rua da Mãe de Deus, 9500-801 PONTA DELGADA, Portugal

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JOIN 2017

II ENCONTRO INTERNACIONAL DE JOVENS INVESTIGADORES

ATAS

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JOIN 2017

Atas do II Encontro Internacional de Jovens Investigadores, realizado nos dias

19 e 20 de abril de 2017, no campus de Ponta Delgada da Universidade dos

Açores, na Ilha de São Miguel, Açores, Portugal.

COMISSÃO ORGANIZADORA

Pedro Francisco González (Coordenador) – Universidade dos Açores, NICA

Maria da Graça Câmara Batista – Universidade dos Açores, CEEAplA – FEG

Mário Gouveia (estudante da licenciatura em Sociologia)

Jorge Ávila de Lima – Universidade dos Açores, CICS.NOVA.UAc/CICS.UAc

Antonio Onofre Costa Miranda Soares – Universidade dos Açores, BGA-ce3c

Áurea Sandra Toledo de Sousa – Universidade dos Açores, CEEAplA – FEG

Osvaldo Dias Lopes da Silva – Universidade dos Açores,

CICS.NOVA.UAc/CICS.UAc

Isabel Raposo do Vale (estudante da licenciatura em Educação Básica)

COMISSÃO CIENTÍFICA Jorge Ávila de Lima (Coordenador) – Universidade dos Açores,

CICS.NOVA.UAc/CICS.UAc

Pedro Francisco González (Coordenador) – Universidade dos Açores, NICA

Maria da Graça Câmara Batista – Universidade dos Açores, CEEAplA – FEG

Suzana Nunes Caldeira – Universidade dos Açores, CICS.NOVA.UAc/CICS.UAc

Antonio Onofre Costa Miranda Soares – Universidade dos Açores, BGA-ce3c

Áurea Sandra Toledo de Sousa – Universidade dos Açores, CEEAplA – FEG

Osvaldo Dias Lopes da Silva – Universidade dos Açores,

CICS.NOVA.UAc/CICS.UAc

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O livro de coro MM 382 do Arquivo Capitular da Sé de Angra: uma análise litúrgico-musical

Luís Henriques CESEM/Universidade de Évora

Resumo O MM 382 é um pequeno livro de cantochão, actualmente conservado no fundo

musical do Arquivo Capitular da Sé de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira,

Portugal. Trata-se de um livro de coro, possivelmente copiado nas últimas

décadas do século XVIII, que contém o cantochão do Ofício e Missa para as

festas da Conversão de Santo Agostinho, São Simão de Rojas e a Trasladação

da Santa Casa de Loreto. É comum aparecerem manuscritos deste tipo ao longo

do século XVIII, constituindo adições de novas festas aos Graduais e

Antifonários impressos em Itália, seguindo as várias reformas do Rito Romano,

que por essa altura já circulavam em largo número. Porém, a realização destes

livros pode ainda reflectir uma identidade litúrgica local, sobretudo aquela

relacionada com as instituições religiosas a que se destinavam e as suas

necessidades em termos de livros litúrgicos. Este parece ser o caso do MM 382

que, apesar de se encontrar depositado na Sé de Angra, aponta para que não

tenha sido realizado nesta instituição, tendo origem no convento agostiniano de

Nossa Senhora da Graça de Angra. A liturgia da Ordem dos Eremitas de Santo

Agostinho (assim como as restantes ordens) encontra-se praticamente diluída

no Rito Romano no final do século XVIII por via das sucessivas reformas,

constituindo tarefa difícil a identificação deste tipo de colecções. Este estudo,

através de uma análise litúrgico-musical ao conteúdo do MM 382, localiza-o no

seu contexto de utilização e coloca várias hipóteses quanto à sua possível

origem no convento Graciano de Angra.

Palavras-chave: Cantochão; Sé de Angra; ofício, Missa; estudo de fontes

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Entre 2011 e 2012 foi realizado o catálogo musicológico do fundo musical

do Arquivo Capitular da Sé de Angra, num total de 415 manuscritos e seis

impressos musicais, contendo obras desde o início do século XVII aos primeiros

anos do século XX. Entre estes manuscritos encontram-se 30 manuscritos de

cantochão, copiados entre a segunda metade do século XVIII e o final do século

XIX, dos quais 25 livros de coro possuem sinais de terem sido bastante utilizados

na estante da Sé. Durante o período de catalogação – circunscrito a 11 meses –

não foi possível realizar um estudo litúrgico-musical dos manuscritos de forma a

aprofundar a sua relação e enquadramento na prática musical da Sé de Angra

(Henriques, 2012). O livro de coro P-AHc MM 382 (Portugal, Angra do Heroísmo,

Catedral, MM 382), que pertence a esta colecção de manuscritos, encontra-se

nesta situação.

Assim, no seguimento da análise paleográfica do manuscrito, verificou-se

que o livro terá sido copiado na segunda metade do século XVIII, possivelmente

nas duas últimas décadas de setecentos. Apesar de estar completo, tendo sido

copiados os textos litúrgicos e musicais, foram deixadas nos fólios as linhas da

grelha de alinhamento dos vários elementos copiados; correspondendo ao

alinhamento do texto litúrgico, assim como das linhas para a passagem do

rastrum de forma a criar um tetragrama que posteriormente iria receber o texto

musical. A ausência de letras iniciais ou iluminuras decoradas reforça a ideia de

que se tratava, primeiro que tudo, de um livro para o uso quotidiano da

comunidade religiosa para a qual foi copiado, servindo unicamente como suporte

e arquivo do cantochão, excluindo-se assim a ideia de que o livro tivesse

simultaneamente um carácter mais contemplativo, que seria justificado através

de uma decoração mais rica de letras iniciais e outros elementos.

O livro desperta imediatamente a atenção para a organização do seu

conteúdo que, embora pouco usual, representa uma prática relativamente

comum para a época, mais concretamente, o século XVIII. A importância deste

pequeno volume de cantochão reside no facto de ser um produto local, isto é, foi

copiado para servir a actividade litúrgico-musical de determinada igreja que, à

partida, seria a Sé de Angra (local onde se encontra actualmente depositado),

constituindo assim um reflexo das necessidades litúrgicas da catedral angrense

no século XVIII. Por outro lado, a prática de copiar livros com a inclusão de festas

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avulsas era bastante comum na época devido às sucessivas reformas litúrgicas

e, no caso específico do MM 382, resultando da introdução de novas festas no

calendário do Santoral ao longo dos séculos XVII e XVIII no seguimento da

profunda reforma litúrgico-musical decorrente do Concílio de Trento (Hiley, 2009,

pp. 208-212).

Um aspecto particularmente associado a este tipo de livros é a inclusão

da música para todos os momentos litúrgico-musicais de uma determinada

festividade, no caso presente, festas de adição recente ao calendário litúrgico.

Isto significa que no MM 382 foi copiada a música constante no Antifonário

(contendo as rubricas musicais para os ofícios diários), assim como do Gradual

(contendo as rubricas musicais para a Missa) para festas recentes do calendário

litúrgico. Todavia, a estrutura musical de cada uma das festas presentes no MM

382 não é idêntica, como mais adiante se verá, correspondendo a necessidades

litúrgico-musicais específicas.

Em termos do seu conteúdo, o livro de coro MM 382 inclui o cantochão

para três festas do ciclo do Santoral. O livro inicia com a festa da Conversão de

Santo Agostinho (celebrada a 5 de Maio), seguindo-se a festa de São Simão de

Rojas (celebrada a 28 de Setembro), fechando com a da Trasladação da Santa

Casa de Loreto (celebrada a 10 de Dezembro). Para a festa da Conversão de

Santo Agostinho, foi copiado o cantochão para o ofício de Vésperas composto

de 5 antífonas, hino, responsório e antífona ad Magnificat; para o ofício de

Laudes, com o hino e antífona ad Benedictus; seguidos pelo próprio para a

Missa, composto pelo introitus, graduale para o tempo pascal ou fora do tempo

pascal, alleluia, offertorium e communio. Para a festa de S. Simão de Rojas,

encontra-se apenas um hino destinado ao ofício de Vésperas e Matinas. No caso

da festa da Trasladação da Santa Casa de Loreto, aparecem no manuscrito as

5 antífonas para o ofício de Vésperas, indicação do hino (Ave maris stella) e a

antífona ad Magnificat; para o ofício de Laudes surge a indicação do hino e a

antífona ad Benedictus. Estão ainda presentes os responsórios breves para os

ofícios de Prima e Terça. Tal como acontece na festa da Conversão de Santo

Agostinho, segue-se também o próprio da Missa, composto pelo introitus,

graduale, alleluia, offertorium e communio. Após esta secção surgem os

responsórios breves para os ofícios de Terça e Nona, seguidos pela antífona ad

Magnificat para o ofício de Segundas Vésperas. O próprio da Missa surge entre

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os ofícios de Terça e Sexta uma vez que a Missa celebrada na hora de Terça

era a mais importante do dia litúrgico, constituindo assim a missa de celebração

da respectiva festa.

O conteúdo do MM 382 foi confrontado com outros livros litúrgico-musicais

conservados no Fundo Musical do Arquivo Capitular da Sé de Angra,

nomeadamente o Gradual Santoral MM 394, que inclui o cantochão do próprio

para as missas do calendário do santoral em uso na catedral durante a segunda

metade do século XVIII. As três datas que podem ser encontradas no MM 382

aparecem no MM 394 associadas a outras festividades. Desta forma, para o dia

5 de Maio, o MM 394 indica a festa de S. Pio V, introduzida no calendário do

santoral em 1713, e não a festa da Conversão de Santo Agostinho. Esta festa

de S. Pio V é precedida pela festa de Santa Mónica, a 4 de Maio, seguindo-se a

6 de Maio a festa de São João na Porta Latina. A comemoração desta festa de

Santo Agostinho sugere que o MM 382 pertence a um rito diferente daquele em

uso na Sé de Angra (Rito Romano) no final do século XVIII.

No caso da festa de São Simão de Rojas, que contém apenas um hino

que serviria tanto para o ofício de Vésperas como para o de Matinas, não foi

encontrada qualquer referência a esta festa nos livros da Sé de Angra. Também

não se conseguiu determinar quaisquer referências ao texto do hino, estando

ainda por esclarecer a sua proveniência. Este santo, de origem espanhola, era

particularmente celebrado pela Ordem dos Trinitários (que não teve

representação nos Açores através da fundação de comunidades religiosas), a

cuja ordem pertencia. O facto de não constar no calendário do Santoral Romano

remete para uma celebração local que não terá sido iniciada antes de 19 de

Março de 1766, data em que foi beatificado pelo Papa Clemente XIII. Este factor

terá contribuído para uma circulação bastante circunscrita da liturgia musical nos

livros de coro, o que, talvez, esteja na origem da presença deste hino no MM

382. Relativamente ao texto musical, verifica-se tratar-se da mesma melodia que

aparece atribuída ao hino de Vésperas para a festa da Conversão de Santo

Agostinho. A reutilização das melodias de hinos e a sua adaptação a textos

diferentes é um indicador de que se está na presença de uma prática local e não

algo que seria disseminado pelas comunidades religiosas do arquipélago.

Porém, dada a escassez de tempo e a vastidão do tema, este não poderá ser

tratado mais aprofundadamente neste estudo.

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Tal como acontece com a festa da Conversão de Santo Agostinho,

também a festa da Trasladação da Santa Casa de Loreto não surge no Gradual

MM 394. A data de 8 de Dezembro encontra-se ocupada neste livro de coro com

a festa da Imaculada Conceição, saltando para o dia 11 de Dezembro, data em

que se celebra a festa de São Dâmaso.

Após a confrontação do conteúdo do MM 382 com o dos restantes livros

em uso na Sé de Angra no final do século XVIII, poderá colocar-se em dúvida

que a sua cópia tenha sido realizada para o serviço litúrgico da Catedral, assim

como questionar a sua proveniência, abrindo o campo das hipóteses de uma

origem alheia à Catedral angrense. Por norma, os livros de coro copiados para

a Sé de Angra abrem com a marca de posse “Pertence à Sé de Angra”, o que

não é o caso do MM 382. Após uma consulta exaustiva dos livros litúrgico-

musicais das várias Ordens Religiosas, chegou-se à conclusão de que aquela

mais aproximada e que incluía duas das festas presentes no MM 382 é a Ordem

dos Frades Eremitas Descalços de Santo Agostinho.

O rito seguido por esta Ordem está muito próximo do Rito Romano

reformado no século XVIII. Todavia, o calendário do Santoral, como seria de

esperar, inclui festas de Santos particulares da ordem agostiniana. É este o caso

da festa da Conversão de Santo Agostinho, que é celebrada pelos agostinhos

precisamente a 5 de Maio. O ciclo do Santoral é geralmente um dos meios mais

eficazes para a datação e identificação da filiação de um manuscrito de

cantochão e, assim, a localização desta festa num antifonário impresso em Viena

no ano de 1742 (Psalterio-Antiphonale) permitiu localizar igualmente a música

para o ofício da festa da Trasladação da Santa Casa de Loreto (Psalterio-

Antiphonale, 1742, p. 179). No caso do hino de Vésperas para a festa de São

Simão de Rojas, esta rubrica não foi encontrada no antifonário de 1742 o que,

como anteriormente mencionado, deve-se muito possivelmente à reutilização do

hino de Vésperas para a festa da Conversão de Santo Agostinho para um

contexto local. Em termos da colocação do texto musical, encontram-se

semelhanças entre o antifonário impresso e o MM 382, com a colocação do

mesmo texto musical para cada um dos tetragramas, assim como uma cópia

exacta dos neumas associados a determinada sílaba textual.

Após o estudo comparativo que sugere uma filiação agostiniana do MM

382, é necessário também um estudo contextual de enquadramento deste livro

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de coro no âmbito das comunidades agostinianas do arquipélago. Dos três

conventos desta ordem que existiram nos Açores, dois foram fundados na ilha

Terceira – em Angra e na Praia – sendo o de Angra aquele que manteve uma

actividade regular com força suficiente que lhe permitisse ter um scriptorium em

condições de realizar a cópia de livros deste tipo, assim como aquele mais

próximo e cuja história parece apontar para transferência do livro de coro para a

Sé de Angra (possivelmente junto com outros volumes) por altura da sua

extinção no início do século XIX.

A primeira iniciativa no sentido da fundação do convento de Nossa

Senhora da Graça de Angra terá ocorrido em Abril de 1584, altura em que terão

sido enviados para Angra quatro ou cinco religiosos agostinianos para iniciarem

a fundação de um convento nesta cidade. Aí fundaram um convento junto a São

Lázaro, onde mais tarde foi fundado o mosteiro de Nossa Senhora da Conceição

(Monte Alverne, III, 1962, p. 102). Esta iniciativa esteve a cargo de António

Varejão que, enriquecendo, adquiriu foros em Angra que permitiram o sustento

do convento. Para esta cidade vieram o pregador fr. Pedro da Graça, o corista

fr. Domingos e o irmão fr. Pedro da Ressurreição (Cordeiro, 1717, p. 289).

Apesar da fraca implantação dos agostinhos nas ilhas (com apenas três

conventos), este convento de Angra parece ter mantido grande riqueza de

doações, assim como um elevado prestígio intelectual, uma das qualidades

pelas quais era conhecida esta Ordem e que levou o povo angrense a utilizar a

expressão “ir a Roma” ao referir-se aos ofícios e sermões celebrados neste

convento. Chegou o mesmo a ter tantos religiosos que de lá partiu uma

comunidade para fundar um convento em Ponta Delgada (Cordeiro, 1717, pp.

288-289). Porém, em 1829 foi aquartelado no convento o Batalhão de Caçadores

n.º 2, no decurso da Guerra Civil portuguesa. Terá sido muito provavelmente por

esse ano que o MM 382 foi transferido para a Sé, possivelmente junto com outros

livros e alfaias litúrgicas. Tal como aconteceu com os livros de coro dos

conventos franciscanos, em que muitos dos que pertenceram a conventos desta

ordem foram reaproveitados para uso das igrejas seculares, aparecendo hoje

nos arquivos das mesmas, a proximidade do conteúdo dos livros de coro

agostinianos com o Rito Romano possibilitou uma fácil reutilização após a

extinção das Ordens Religiosas em 1832, facilitando assim a sua transferência

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340

para a Catedral da cidade, explicando pois a sua existência no fundo musical do

seu Arquivo Capitular.

Desta forma e embora encontrando-se o presente estudo ainda numa fase

inicial, o livro de coro MM 382 aponta para uma filiação agostiniana, podendo

explicar-se a sua presença no fundo musical do Arquivo Capitular da Sé de

Angra enquanto consequência da extinção do convento de Nossa Senhora da

Graça de Angra, instituição à qual terá pertencido. Porém, a confusão gerada

após o decreto de extinção das Ordens Religiosas, e a consequente venda dos

seus bens (geralmente com inventários realizados muito superficialmente) não

permite até ao momento retirar conclusões muito aprofundadas acerca deste e

outros livros de cantochão, contribuindo também para esta dificuldade a

uniformização litúrgica destas ordens no século XVIII. Todavia, pode-se apontar

com relativa certeza que o livro terá sido copiado no final do século XVIII como

resultado da possível adição de novas festas ao calendário do Santoral

agostiniano e a necessidade do cantochão para estas festas, tanto para o Ofício

como para a Missa, no âmbito do uso litúrgico-musical da comunidade angrense.

A presença de música para a festa da Conversão de Santo Agostinho, celebrada

pela Ordem agostiniana, identifica-o como tendo pertencido a um convento desta

Ordem, apontando assim como origem o Convento de Nossa Senhora da Graça

de Angra, sendo reutilizado posteriormente em virtude da proximidade do Rito

Agostiniano com as reformas do Rito Romano.

Referências bibliográficas

Cordeiro, A. (1717). Historia Insulana das ilhas a Portugal sugeytas no Oceano

Occidental. Lisboa Ocidental: Na Officina de Antonio Pedrozo Galram.

Henriques, L. (2012). Arquivo Capitular da Sé de Angra: Catálogo do Fundo

Musical. Angra do Heroísmo: Sé de Angra.

Hiley, D. (2009). Gregorian chant. Cambridge: Cambridge University Press.

Monte Alverne, A. de (1962). Crónicas da Província de S. João Evangelista das

Ilhas dos Açores. Ponta Delgada: Instituto Cultural de Ponta Delgada.

Psalterio-Antiphonale (1742). Psalterio-Antiphonale Romanum de Tempore, &

Sanctis juxta normam breviarii ex decreto sacro-sancti Concilii Tridentini…

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341

ac Proprio Ordinis Fratrum Eremitarum Discalceatorum S. P. Augustini.

Viena: Typis. Joannis Ignatii Heyinor.