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1 2 Quase-falha Devoluções 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 Figura 1 Representação gráfica das quase-falhas e devoluções nos períodos pré e pós-implantação da prescrição informatizada. Impacto da implementação de sistema informatizado de prescrição em hospital pediátrico Autores: Vieira, C; Valete CO; Sgorlon G; Lopes DC; Dorneles I; Viana ME; Neto PT e Frota J. Instituição: Prontobaby – Hospital da Criança. Rio de Janeiro. Introdução: A informatização do prontuário médico é uma reali- dade. Representa um grande avanço para a minimização de erros decorrentes de prescrições mal realizadas. A implantação deste sis- tema é, então, reconhecida como uma estratégia de melhoria da se- gurança do doente. Neste sentido, deve ser acompanhada da análi- se do seu impacto sobre a assistência e da inclusão de controles ri- gorosos pelo sistema, que sejam capazes de evitar a ocorrência de erros. Sabe-se que a informatização reduz a ocorrência de falhas como os erros de registro e ilegibilidade; alguns estudos revelam aumento da detecção de quase-falhas e prevenção de erros, mas, infelizmente, ainda há poucos trabalhos na área pediátrica sobre este assunto. Métodos: Foi acompanhada a implantação da prescrição informa- tizada em hospital pediátrico de 115 leitos. Foram medidos, antes e depois desta, os registros de quase-falha, erro e devolução de me- dicações (dois trimestres consecutivos), de outubro de 2011 a março de 2012. Foram registrados também os motivos das quase- falhas e erros. O hospital possui sistema de manipulação unitário (Dose Unitária). Os resultados serão apresentados em gráficos. Resultados: No período analisado, antes da implantação da pres- crição informatizada, foram observadas 1.236 quase-falhas e 715 devoluções. Após a implantação do sistema, foram observadas 1.670 quase-falhas e 553 devoluções, uma redução de 22% (Gráfico 1). Não foram observados erros. A maior causa de quase-falha re- gistrada foi o uso de nome comercial do medicamento, em todos os setores do hospital. Outras causas mais frequentes foram: nome incompleto do paciente e rasuras. A maioria das quase-falhas após a implantação do sistema deveu-se ao aprazamento de medicações a critério médico, o que gerou manipulações. Conclusão: A implantação do sistema informatizado de prescri- ção ocasionou a redução do número de devoluções de medicações em hospital pediátrico embora não tenha ocasionado, em primeiro momento, redução significativa do número de quase-falhas. Este estudo possibilitou o aprimoramento do sistema, para redução das quase-falhas. Bibliografia: Freire CC et al. Análise da Prescrição Informatizada em Duas Clí- nicas de um Hospital Universitário. Med Rib Preto, 2004. 37: 91-6. Reis CC et al. Modelo de Implantação da Prescrição Informatizada de Terapia Nutricional em um Serviço de Nutrição Hospitalar. http://www.sbis.org.br/cbis9/arquivos/309.doc Pedreira ML, Peterlini MAS, Harada MJC. Tecnologia da Informa- ção e Prevenção de Erros de Medicação em Pediatria: Prescrição Informatizada, Código de Barras e Bombas de Infusão Inteligentes. Ver. Soc. Bras. Enferm. Ped., 2005. 5 (1): 55-61. Rua Adolfo Mota, 120 – Tijuca – Rio de Janeiro | www.prontobaby.com.br

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Figura 1Representação gráfica das quase-falhas e devoluções nos períodos

pré e pós-implantação da prescrição informatizada.

Impacto da implementação de sistema informatizado de prescrição em hospital pediátrico

Autores: Vieira, C; Valete CO; Sgorlon G; Lopes DC; Dorneles I; Viana ME; Neto PT e Frota J.

Instituição: Prontobaby – Hospital da Criança. Rio de Janeiro.

Introdução: A informatização do prontuário médico é uma reali-dade. Representa um grande avanço para a minimização de erros decorrentes de prescrições mal realizadas. A implantação deste sis-tema é, então, reconhecida como uma estratégia de melhoria da se-gurança do doente. Neste sentido, deve ser acompanhada da análi-se do seu impacto sobre a assistência e da inclusão de controles ri-gorosos pelo sistema, que sejam capazes de evitar a ocorrência de erros. Sabe-se que a informatização reduz a ocorrência de falhas como os erros de registro e ilegibilidade; alguns estudos revelam aumento da detecção de quase-falhas e prevenção de erros, mas, infelizmente, ainda há poucos trabalhos na área pediátrica sobre este assunto.

Métodos: Foi acompanhada a implantação da prescrição informa-tizada em hospital pediátrico de 115 leitos. Foram medidos, antes e depois desta, os registros de quase-falha, erro e devolução de me-dicações (dois trimestres consecutivos), de outubro de 2011 a março de 2012. Foram registrados também os motivos das quase-falhas e erros. O hospital possui sistema de manipulação unitário (Dose Unitária). Os resultados serão apresentados em gráficos.

Resultados: No período analisado, antes da implantação da pres-crição informatizada, foram observadas 1.236 quase-falhas e 715 devoluções. Após a implantação do sistema, foram observadas 1.670 quase-falhas e 553 devoluções, uma redução de 22% (Gráfico 1). Não foram observados erros. A maior causa de quase-falha re-gistrada foi o uso de nome comercial do medicamento, em todos os setores do hospital. Outras causas mais frequentes foram: nome incompleto do paciente e rasuras. A maioria das quase-falhas após a implantação do sistema deveu-se ao aprazamento de medicações a critério médico, o que gerou manipulações.

Conclusão: A implantação do sistema informatizado de prescri-ção ocasionou a redução do número de devoluções de medicações em hospital pediátrico embora não tenha ocasionado, em primeiro momento, redução significativa do número de quase-falhas. Este estudo possibilitou o aprimoramento do sistema, para redução das quase-falhas.

Bibliografia: • Freire CC et al. Análise da Prescrição Informatizada em Duas Clí-nicas de um Hospital Universitário. Med Rib Preto, 2004. 37: 91-6.• Reis CC et al. Modelo de Implantação da Prescrição Informatizada de Terapia Nutricional em um Serviço de Nutrição Hospitalar. http://www.sbis.org.br/cbis9/arquivos/309.doc• Pedreira ML, Peterlini MAS, Harada MJC. Tecnologia da Informa-ção e Prevenção de Erros de Medicação em Pediatria: Prescrição Informatizada, Código de Barras e Bombas de Infusão Inteligentes. Ver. Soc. Bras. Enferm. Ped., 2005. 5 (1): 55-61.

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Triagem nutricional em terapia intensiva pediátrica

Autores: Vivas M; Valete CO; Sgorlon G; Lopes DC; Viana ME; Arouca MC; Rosa K.

Instituição: Prontobaby – Hospital da Criança. Rio de Janeiro.

Introdução: A avaliação do estado nutricional estabelece as necessi-dades individuais de macro e micronutrientes. Sabe-se que o estado nutricional da criança influencia o seu desenvolvimento posterior e que prevalência da desnutrição em ambiente hospitalar pode chegar a 50%. As crianças internadas em unidades de terapia intensiva repre-sentam uma parcela representativa de risco de desnutrição, já na ad-missão. Além disso, o efeito prolongado do estresse metabólico du-rante a internação, aumenta o risco já pré-existente. A monitorização deste risco é importante para evitar prejuízos maiores ao crescimen-to e desenvolvimento da criança. A European Society for Parenteral and Enteral Nutrition (ESPEN), desde 2002, recomenda a utilização de instrumentos para o rastreamento.

Métodos: A análise do risco nutricional foi realizada por meio da aplicação de um protocolo pré-estabelecido nas primeiras 24 horas de internação, em duas UTIs pediátricas, no período de um mês. Os pacientes foram considerados de baixo médio ou alto risco. A pro-porção destes foi descrita.

Resultados: Foram analisadas 85 crianças (60% meninos). Foi obser-vado que de todas as internações, 6% eram de alto risco, 41% de médio risco e 53% de baixo risco, nas primeiras 24 horas de interna-ção (Gráfico 1).

Conclusões: A desnutrição ou o risco nutricional maior pode consti-tuir um fator de risco para a internação em UTI pediátrica. Além disso, esta desnutrição pode se agravar ao longo da internação. Quase metade das crianças encontrava-se nos grupos de médio e de alto risco nutricional, o que evidencia a importância do suporte nutricional intensivo durante a hospitalização.

Gráfico 1Distribuição de alto, médio e baixo risco na internação.

Bibliografia• Raslan M et al. Aplicabilidade dos métodos de triagem nutricio-nal no paciente hospitalizado. Ver. Nutr., vol. 21, número 5. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732008000500008  • Padilha P. Guideline da American Society for Parenteral and Ente-ral Nutrition. http://www.sbnperj.com.br/boletimTxt.aspx?Id=81• Prado RCG et al. Desnutrição e avaliação nutricional subjetiva em pediatria. Com Ciências Saúde. 2010; 21 (1): 61-70.

Baixo risco - 53%

Médio risco - 41%

Alto risco - 6%

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Oxigenação por membrana extracorpórea em crianças

Autores: Marcelino D, Dorneles I, Giro L, Mattos L, Nascimento AE, Ortiz CV, Viana ME, Sgorlon G, Lopes, DC.

Instituição: Prontobaby – Hospital da Criança. Rio de Janeiro.

Introdução: O suporte circulatório mecânico em crianças é al-tamente efetivo em pacientes com hipoxemia e falência circula-tória. O procedimento permite a recuperação da disfunção car-díaca e do insulto hipoxêmico. Trata-se de um sistema pulmão--coração artificial, que utiliza membranas oxigenadoras e tem complicações, entre estas, a intensa resposta inflamatória sistê-mica e alterações da hemostasia.

Objetivo: Relatar um caso de paciente submetido a ECMO no pós-operatório de cirurgia cardíaca.

Material e métodos: Relato de caso, com descrição da evolu-ção clínica e abordagem de paciente que necessitou de ECMO no pós-operatório de cirurgia cardíaca.

Resultados: LLS, feminino, três meses, internada no Prontoba-by – Hospital da Criança em junho de 2011, com diagnóstico de bronquiolite. Foi realizado ecocardiograma que evidenciou dre-nagem anômala total dos vasos pulmonares. Foi submetida a ci-rurgia cardíaca, porém, evoluiu com hipoxemia grave, não res-ponsiva à ventilação mecânica; instabilidade hemodinâmica; crises de hipertensão pulmonar de difícil reversão. Houve muita dificuldade de saída da sala operatória. Foi reinstalada, então, a ECMO e a ventilação de alta frequência, obtendo-se melhora da estabilidade cardiopulmonar e dos parâmetros gasométricos. Ficou três dias de ECMO. Após esse período, permaneceu em ventilação de alta frequência. Porém, evoluiu com insuficiência renal, sendo necessária a instalação de diálise peritoneal e CIVD, que resultaram posteriormente na falência de múltiplos órgãos e sistemas.

Conclusões: A utilização da ECMO deve ser incentivada em casos bem indicados, e todos os esforços devem ser envidados para a criação das condições necessárias à realização deste pro-cedimento.

Bibliografia:• Silveira FRMC et al. Alterações da hemostasia em crianças sub-metidas a cirurgia cardíaca com circulação extracorporea. Arq. Bras. Cardiol., 1998. 70 (1): 29-35.• Atik E. Caso 2/2011. Criança de 43 meses de idade, do sexo masculino, com comunicação interventricular múltipla e evolu-ção clínica desfavorável, logo prazo após correção anatômica. Arq. Bras. Cardiol. 2011; vol 96, n 2. http://dx.doi.org/10.1590/S0066-82X2011000200014

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Figura 1Paciente submetida a ECMO.

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Obstrução de via aérea por corpo estranho com escape aéreo

Autores: Neto S, Sousa FS, Ortiz CV, Viana ME, Sgorlon G, Oliveira LAF, Porto A, Lopes DC, Dorneles I, Cruz MG.

Instituição: Prontobaby – Hospital da Criança. Rio de Janeiro.

Introdução: A ocorrência de pneumotórax em crianças, de modo geral, está associada a algum evento prévio como ventilação mecânica, procedi-mentos invasivos ou cirúrgicos. A evolução do pneumotórax pode ser fatal, com enfisema mediastinal dissecante para a região cervical, levando à obstru-ção grave do hipofaringe. A aspiração de corpo estranho em crianças pode, em algumas circunstâncias, levar à obstrução da via aérea e ao consequente escape aéreo. Ocorre com maior frequencia em menores de três anos, em meninos, com hipotransparência a radiografia de tórax em mais da metade dos casos, e localização à direita em cerca da metade dos casos.

Objetivo: Descrever um caso de obstrução de via aérea por corpo estra-nho, diagnosticada posteriormente à internação bem como os cuidados da fisioterapia e cirurgia torácica.

Material e métodos: Relato de caso, com descrição dos eventos asso-ciados e exames realizados, de criança com pneumotórax e pneumome-diastino recorrentes, associados à aspiração de corpo estranho. Descrição da abordagem de fisioterapia necessária.

Resultados: TRSCC, feminino, dois anos, internada em novembro de 2010 com quadro respiratório. O R-X de tórax revelou escape aéreo e pneumonia bilateral, sendo necessária drenagem torácica. Realizada tomografia de tórax helicoidal em dezembro, cujo laudo evidenciou pneumatoceles, pneumotó-rax esquerdo pequeno, condensação do lobo inferior direito e lobo superior esquerdo, e atelectasias laminares em lobo inferior esquerdo. Durante o pe-ríodo que a paciente apresentava dreno torácico oscilante, foram mantidas as manobras reexpansivas de fisioterapia, porém, a partir do momento em que apareceram múltiplas pneumatoceles, fez-se necessária a suspensão da abor-dagem fisioterápica por precaução do rompimento destas. Foi realizada seg-mentectomia do lobo superior direito e fistulectomia pela cirurgia torácica (para tratamento de fístula broncopleural). Durante todo o período de in-ternação, a paciente permanecia com retenção de CO2 nas análises gasomé-tricas. Evoluiu de forma muito grave, com hipertensão pulmonar, usou óxido nítrico e hélio inalatório, ventilação de alta frequência e convencional. Mesmo após a melhora clínica, o padrão radiológico permanecia inalterado. A paciente teve alta da UTI para o “andar” e retornou alguns dias após, com

piora clínica. No exame histopatológico, descobriu-se que a criança havia broncoaspirado um fragmento plástico. A paciente evoluiu bem, sem outras complicações. Devido aos recorrentes pneumotórax espontâneos e às diver-sas pneumatoceles, ficaram suspensas, por alguns dias, as manobras de fisio-terapia, retomadas após a reavaliação da pneumologista e indicação da reex-pansão pulmonar. A paciente teve alta hospitalar em janeiro de 2011 com in-dicação de fisioterapia respiratória para melhorar a reexpansão pulmonar.

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Conclusão: A persistência de escape aéreo em paciente previamente saudável, mesmo após a drenagem, deve levantar a suspeita de mecanismo valvular subjacente.

Bibliografia:• Cassol V,PereiraAM, ZorzelaLM, BeckerMM, BarretoSS. Corpo estranho na via aérea de crianças. J. Pneumol. 2003; 29(3):139-44.3. • Lima JA, Fischer GB, Felicetti JC, Flores JA, Penna CN, Ludwig E. Aspira-ção de corpo estranho na árvore traqueobrônquica em crianças: avaliação de sequelas através de exame cintilográfico. J. Pneumol. 2000;26(1):20-4• Fraga AMA et al. Aspiração de corpo estranho em crianças: aspectos clini-cos, radiológicos e tratamento broncoscópico. J. Bras. Pneumol. 2008. 34 (2): 74-82.

Figura 1 – Hipotransparência em lobo superior direito (condensação).

Figura 2 – Tomografia de tórax com pneumatoceles e pneumotórax à direita.

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Autores: Silva ARA, Teixeira CH, Ortiz CV, Viana ME, Giro L, Pinheiro MG, Sgorlon G, Lopes DC, Dorneles I.

Instituição: Prontobaby – Hospital da Criança. Rio de Janeiro.

Mapeamento de indicadores em UTI pediátrica

Introdução: O uso indiscriminado de antibióticos de amplo es-pectro em unidades de tratamento intensivo pediátricas (UTIP) di-ficulta a terapêutica e facilita a emergência de cepas de bactérias multirresistentes.

Objetivo: Descrever a introdução de dois indicadores de proces-so em UTIP.

Material e métodos: Estudo descritivo de análise de processo. Foram desenvolvidos dois indicadores: 1) Taxa mensal de utilização inicial de antibiótico de amplo espectro (TUA) e 2) Taxa mensal de troca de antibiótico (TTA) em quatro UTIP de um hospital da cidade do Rio de Janeiro (período de acompanhamento: de junho a dezembro de 2011). Foram considerados antibióticos de amplo es-pectro: penicilinas de ação anti-pseudomonas, cefalosporinas de 3ª ou 4ª geração, carbapenêmicos, quinolonas e glicopeptídeos.

Resultados: As unidades apresentam o seguinte perfil: UTI PED 1 - pacientes críticos instáveis; UTI PED 2 - pacientes críticos está-veis; UTI PED 3 - pacientes críticos crônicos instáveis e UTI Neo - pacientes até 28 dias, na maioria com peso >2500g. As tabelas 1 e 2 mostram a taxa mensal de utilização inicial de antibiótico de amplo espectro (TUA) e taxa mensal de troca de antibiótico (TTA), respectivamente.

Conclusões: Houve correlação dos indicadores com o perfil de gravidade dos pacientes, porém, é necessário realizar esforços na tentativa de reduzir o número de esquemas antimicrobianos iniciais de amplo espectro. Ainda há necessidade de se adequar os indica-dores, excluindo as doenças que necessitam obrigatoriamente de antibioticoterapia de amplo espectro, como meningite, por exem-plo. O indicador pode ser uma ferramenta útil para os serviços de controle de infecção hospitalar.

Bibliografia:• National Healthcare Safety Network (NHSN) Report, data sum-mary for 2006 through 2007, issued November 2008. Am J Infect Control 2008;36:609-26. • Silva ARA, Viana ME, Sargentelli G. An Infection Control Program in a pediatric hospital in Brazil. 25 th International Congress of Pe-diatrics 2007. Abstract PP 0568.• Portaria nº2616 de 12 de maio de 1998. Regulamenta as ações de con-trole de infecção hospitalar no país. Ministério da Saúde, Brasil 1998.

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UTI NEOUTI PED 1UTI PED 2UTI PED 3

UTI NEOUTI PED 1UTI PED 2UTI PED 3

Tabela 1 – Taxa mensal de utilização inicial de antibiótico de amplo espectro (TUA).

Tabela 2 – Taxa mensal de troca de antibiótico (TTA).

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Insuficiência respiratória por pseudoaneurisma de carótida – relato de caso

Introdução: Pseudoaneurismas (ou falsos aneurismas) de carótida são raros. Os casos diagnosticados em geral têm associação com trauma prévio, o que, também, é raro na criança. Há associação descrita na litera-tura com infecção, abscesso local e pós-operatório de amigdalectomia. A mortalidade é elevada, mesmo com tratamento apropriado. Os pseudoa-neurismas são dilatações segmentares dos vasos caracterizada pela perda da continuidade das camadas da parede vascular. Ao contrário dos aneu-rismas verdadeiros, que apresentam todas as camadas anatômicas intac-tas, o falso aneurisma é composto principalmente por tecido cicatricial. Há descrição da possibilidade de formação de fístulas carotídeo caverno-sas, que resultam xoftalmia pulsátil, característica do quadro.

Tradicionalmente, o tratamento cirúrgico a céu aberto é a opção mais antiga de abordagem. O tratamento menos invasivo, com intervenção en-dovascular, tem sido utilizado com sucesso, mesmo em crianças.

Objetivo: Relatar um caso de malformação vascular em lactente, com diagnóstico inicial de bronquiolite e descrever o tratamento adotado, o que foi crucial para a sua sobrevida.

Material e métodos: Relato de caso de paciente com pseudoaneurisma de carótida.

Resultados: BPMA, masculino, eutrófico, seis meses, peso 7.700g, inter-nado em janeiro de 2011 com quadro de estridor respiratório e relato de hemorragia digestiva. Não havia história de trauma. O diagnóstico inicial foi de bronquiolite. Evoluiu com piora do quadro respiratório, sendo en-tubado sob anestesia, quando apresentou volumoso sangramento em via aérea. Durante o procedimento, foi necessária a realização de traqueos-tomia de urgência e hemostasia local. A tomografia computadorizada da região cervical revelou formação expansiva de margens bem definidas na altura da carótida esquerda com cerca de 25 x 18 mm e captação intensa do contraste. Massa com efeito compressivo na traqueia. Em avaliação vascular posterior, foi definido ser um pseudoaneurisma de carótida es-querda. Foi realizada a embolização da malformação vascular, com suces-

so. Foi submetido à ventilação mecânica prolongada, com parâmetros elevados; fez ventilação de alta frequência, com boa resposta. Obteve alta hospitalar em março de 2011.

Autores: Sousa FS, Pinho A, Ortiz CV, Viana ME, Melato F, Dorneles I, Sgorlon G, Lopes, DC.

Instituição: Prontobaby – Hospital da Criança. Rio de Janeiro.

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Figura 1 Tomografia computadorizada pré-operatória, coleção hipodensa irregular e multisseptada, envolvendo o triângulo cervical posterior.

Conclusões: Os problemas respiratórios mais comuns do lactente devem ser diferenciados dos problemas mais raros, porém, também ame-açadores da vida e que necessitam de intervenção específica. O tratamen-to endovascular do pseudoaneurisma de carótida em crianças é seguro.

Bibliografia:• Oliveira AF et al. Tratamento endovascular de pseudoaneurisma de ca-rótida interna em crianças. J. Vasc. Bras., vol 5, n 1, 2006. http://dx.doi.org/10.1590/S1677-54492006000100013. • Roelke et al. Tratamento endovascular de um caso raro de pseudoaneu-risma de carótida externa após amigdalectomia. J. Vasc. Bras. 2004; 3 (2):172-5.• Romanus et al. Pseudo aneurismas: relato de dois casos e revisão da li-teratura. Radiologia Brasileira, 2002. 35 (5): 303-6.• Chaves C. Dissecção da artéria carótida. Rev. Bras. De Cardiologia Inva-siva. 2008; 16 (3): 353-61

Page 7: Atenção Domiciliar

Redução da densidade de infecção hospitalar em UTI pediátrica

Introdução: As infecções hospitalares (IH) aumentam a morbi-dade e mortalidade de crianças internadas em unidades de tera-pia intensiva (UTI).

Objetivo: Relatar a densidade de infecções hospitalares em UTI pediátrica.

Material e métodos: Série histórica de casos de infecção hos-pitalar, entre maio de 2005 e dezembro de 2011.

Resultados: Foram tabuladas todas as IH ocorridas na UTI pediá-trica do Prontobaby. Foram cadastrados 17.818 pacientes-dia no período, totalizando 278 infecções hospitalares e densidade de inci-dência média de infecção hospitalar de 15,6 por 1000 pacientes-dia. A Tabela 1 mostra o número de pacientes-dia por ano, o número absoluto de infecções hospitalares e a densidade de incidência de in-fecções hospitalares na UTI pediátrica do Prontobaby. A Tabela 2 mostra a série histórica de infecções hospitalares na unidade. Du-rante os últimos três anos houve redução sucessiva no número ab-soluto de IH, mais notadamente em 2011, após introdução de medi-das específicas para a prevenção de pneumonias associadas à venti-lação mecânica. A comparação com as taxas de IH relatadas pelo sistema de vigilância NHSN mostrou resultados menores.

Conclusões: Houve redução progressiva das taxas de IH, mais notadamente no ano de 2011, principalmente às custas da intro-dução de um conjunto de medidas para prevenção de PAV.

Bibliografia:• National Healthcare Safety Network (NHSN) Report, data summary for 2006 through 2007, issued November 2008. Am J Infect Control 2008;36:609-26.

• Silva ARA, Viana ME, Sargentelli G. An Infection Control Pro-gram in a pediatric hospital in Brazil. 25 th International Con-gress of Pediatrics 2007. Abstract PP 0568. • Portaria nº2616 de 12 de maio de 1998. Regulamenta as ações de con-trole de infecção hospitalar no país. Ministério da Saúde, Brasil 1998.

Autores: Silva ARA, Teixeira CH, Ortiz CV, Viana ME, Schmidt ALP, Sgorlon G, Lopes, DC, Dorneles I.

Instituição: Prontobaby – Hospital da Criança. Rio de Janeiro.

Rua Adolfo Mota, 120 – Tijuca – Rio de Janeiro | www.prontobaby.com.br

Anos

2005200620072008200920102011

Pacientes-dia

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Nº de infecções hospitalares

25614738424025

Densidade de incidência de infecções hospitalares

(por 1000 pacientes-dia)

14,421,218,415,714,514,19,9

Tabela 1 – Número de infecções hospitalares, pacientes-dia e densidade de incidência de infecções hospitalares – UTI Pediátrica, Prontobaby 005-2011

Tabela 2 – Série histórica de infecções hospitalaresUTI Pediátrica, Prontobaby 2005-2011

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Tratamento de lesão cutânea após cirurgia cardíaca com vacuoterapia – abordagem sistematizada de enfermagem

Autores: Ortiz CV; Viana ME; Marcelino D; Mattos L; Sgorlon G; Lopes DC; Dorneles I; Cardoso AC; Nascimento AE.

Instituição: Prontobaby – Hospital da Criança. Rio de Janeiro.

Introdução: O tratamento com vacuoterapia em crianças tem pobre descri-ção na literatura. A vacuoterapia atua através da criação de pressão heterogê-nea na lesão cutânea, com o uso de curativos conectados a uma bomba de sucção, gerando diferentes gradientes de pressão, o que facilita a drenagem do fluido intersticial. Este mecanismo pode explicar também o aumento da perfusão nutritiva que ocorre com o uso da vacuoterapia. A principal indica-ção dessa técnica é a ferida aberta complexa e talvez a sua maior vantagem seja a realização à beira do leito. Este tratamento não substitui a necessidade de desbridamento de tecido necrótico. O tratamento é contraindicado em pacientes com malignidade na ferida e osteomielite não tratada. A vacuotera-pia também não deve ser utilizada sobre vaso sanguíneo exposto ou órgãos. Devem ser tomadas precauções em pacientes com sangramento ativo, difícil hemeostasia ou em uso de anticoagulante.Para o tratamento de lesões de origem diabética, já existe revisão sistemática que demonstra haver evidência consistente de benefícios com o uso deste tratamento.

Objetivo: Relatar a experiência de cuidados de enfermagem em caso de pós-operatório de cirurgia cardíaca complicado por lesão extensa pré-esternal.

Material e métodos: Relato de caso de lesão extensa após cirurgia cardíaca e os cuidados realizados pela equipe de curativos, com o auxílio da vacuotera-pia, num hospital privado infantil.

Resultados: RN de VGA, feminino, peso 3.220g, internada na UTI neonatal do Prontobaby – Hospital da Criança em março de 2011, com diagnóstico de Truncus arteriosus, para programação cirúrgica. A cirurgia foi realizada em 16/04/2011. Evoluiu no pós-operatório de forma muito grave, tendo sido reo-perada no dia seguinte devido à ruptura do tubo pulmonar. Evoluiu com insu-ficiência renal, necessitou de diálise peritoneal, drogas vasoativas e, por causa de deiscência da área cirúrgica, necessitou de desbridamento, reabertura e ressutura posterior. Fez reconstrução da parede torácica em maio de 2011. Para tratamento da lesão, foi implantado curativo VAC na porção do tecido exposto, para aumentar a velocidade de formação do tecido de granulação. Para tal, foi utilizada a esponja White Foam álcool polivinil coberta com selan-te Sensa Trac Pad e VAC Drape conectado a sistema de vácuo intermitente com pressão de 75mmHg, com boa evolução da ferida.

Conclusões: Estão surgindo novas opções de tratamento curativo para feridas pós-operatórias, com boa aplicabilidade no paciente pediátrico. O relato de ex-periências positivas auxilia a construção do conhecimento coletivo, contribuindo consideravelmente para a redução do tempo de cura de feridas complexas e, consequentemente, do tempo de internação.

Bibliografia:• Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 2007. vol.34 nº4 Rio de Janei-ro. July/Aug. • www.vacuoterapy.com.br; Sussman.C.Bates – Iensen, B.M...(2001). • Wound Care. A colaborative practice manual for Physical therapists and nurses. Maryland: Aspen Publications INC; Sheffield, P.J., Smith, APS, Fipe, C.(2004). Wound care practice Arizona: Best Publishing Company.• Herscovici et al. Vacuum assisted wound closure (VAC Therapy) for the management of patients with high energy soft tissue injuries. Journal of Or-thopaedic Trauma, 2003. 17 (10): 683-8.• Ubbink et al. Topical negative pressure for treating chronic wounds. Co-chrane Database Syst Rev. 2008 Jul 16;(3):CD001898. • Gupta et al. Differentiating Negative Pressure Wound Therapy Devices: An illustrative case series; 2011. Wounds, 19 (1): 1-9.

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Figura 1 Curativo exposto, na face anterior do esterno.

Figura 2 Curativo conectado ao sistema de vácuo.

Figura 3 Bomba utilizada para criar a pressão negativa.

Page 9: Atenção Domiciliar

Pneumonia como manifestação inicial de ADEM

Autores: Brochado MMS¹, Peixoto LCGA¹, Lima PCF¹, Rezende PP¹

Instituição: Prontobaby – Hospital da Criança. Rio de Janeiro.

Introdução: Introdução:A encefalomielite aguda dissemi-nada (ADEM)é uma doença desmielinizante rara que pode ser confundida com outras doenças similares. Este trabalho tem por objetivo relatar um caso compatível com ADEM internado em hospital pediátrico ressaltando a necessidade de mais estudos sobre a doença. Resultados: JSS, feminino, 15 anos, previamente hígida, diagnosticada com pneumonia evoluindo com parada respi-ratória após uso de medicação prescrita, permanecendo por dois dias em ventilação mecânica. Após extubação, paciente apresentou, em dez dias, turvação visual , dor ocular, afasia, hipertonia em dimídio esquerdo, agitação psicomotora, hi-pertonia em flexão de membros superiores e inferiores, dis-fagia, incapacidade de sustentar pescoço e deambular, consti-pação, retenção urinária e crises convulsivas focais em face. Neste período foram realizados tomografia de crânio, punção lombar com pesquisa para vírus (EBV,HSV, Arboví-rus e Enterovírus), eletroforese de imunoglobulinas e eletro-encefalograma sem alterações. Foi iniciado tratamento com aciclovir,baclofeno, fenitoína, carbamazepina e pulsoterapia com imunoglobulina em 3 ciclos com duração de 2, 3 e 3 dias respectivamente. Após dois dias em uso de anticonvulsivan-tes sem melhora, realizado novo eletroencefalograma evi-denciando foco epileptogênico bilateral e estudo de neuroi-magem que evidenciou sinais hiperintensos em T2 e FLAIR bilateralmente em núcleos da base com discreto realce pós contraste nos núcleos lenticulares.Paciente com pouca me-

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lhora sendo então feitas sete sessões de plasmaférese após as quais houve importante melhora clínica.

Conclusões: Trata-se de um possível caso de ADEM com várias manifestações clínicas e radiológicas clássicas compa-tíveis com a doença bem como alguns sintomas raros de uma doença de baixa incidência e compreensão.Este caso ilustra a necessidade de mais estudos sobre a doença e necessidade de excluir possíveis diagnósticos dife-renciais.

An Axial MRI of the brain (FLAIR image) in a child with acute dissemi-nated encephalopmyelitis (ADEM) demonstrates multifocal areas of hyperintensity in both cerebral hemispheres involving cortical gray matter, centrum semiovale, and deep gray nuclei. B) A saggital MRI of the spine (T2 image) in the same child demonstrates high signal intrin-sic to the spinal cord, consistent with longitudinally extensive trans-verse myelitis. (Courtesy of Tim Lotze, MD.)

¹ Residentes do segundo ano de Pediatria do Hospital Prontobaby