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Atv Ava Em Grupo
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Componentes do Grupo:
Carlle Suyane Soares Penha (RA 221108198)
Jéssica Aparecida Ribeiro (RA 411101484)
Maida Giovana Martins (RA 411103238)
Marcileia de Lima (RA 413109348)
Silvia da Silva Vieira (RA 411102005)
Thais Garbosa Simão (RA 411105864)
Atividade em Grupo
É Possível Ensinar uma Criança a Desenhar?
O desenhar traz uma experiência maravilhosa. Desde os primórdios, nas
pinturas rupestres, o simbolismo já estava presente por meio dos desenhos,
das danças e dos movimentos culturais que existiam naquele meio que foram
pictografados nas paredes das cavernas. No período pré-histórico, suas
histórias eram recontadas através do desenho, que retratavam seus modos
sociais, suas representações, o que fazia parte da suas alimentações e dos
cuidados.
É desenhando que as primeiras vontades estão expressas na folha e
nas cores escolhidas. Por isso, o desenho é uma das maiores expressões que
uma criança pode ter. Nele, a criança coloca suas ideias, expressões e formas
de pensamento. Segundo Vygotsky (1990), para que a criança se expresse, é
preciso que ela disponha de vários elementos, ou seja, de diversos materiais
de experimentação.
Desenhar exige contato constante com diversos ambientes e épocas
para se ampliar conhecimento e o olhar, desenhar é registrar. As crianças
gostam desenhar, fazem traços de acordo com sua imaginação, adoram riscar,
passar palitos na terra do jardim, desenhar na areia da praia, as paredes de
casa, entre outros. O desenho é maneira de propagar o que estão sentindo e
pensando. O desenho é o inicio de uma construção, de caminhos que podem
revelar sentimentos, emoções.
O ensinar envolve técnica, diretrizes, caminhos pelos quais deve-se
seguir para chegar onde se deseja, minando muitas vezes com a
espontaneidade da arte do desenhar. O desenho é uma forma de arte, de
expressão daquilo que se sente, daquilo que se vê. E para crianças, o desenho
é, por muitas vezes, sua primeira manifestação expressa a respeito de como
ela se enxerga e como enxerga aos outros no mundo em que vive, “porque o
desenho é para a criança uma linguagem como o gesto ou a fala” (MOREIRA,
2005).
Segundo Streinberg (apud LOWENFELD, 1977, p.128),
"Aprender a desenhar, desenhando. Embora essa afirmação possa parecer destituída de significado, ela é muito verdadeira: a ação de desenhar é que é a escola do desenho. O mesmo vale para as outras atividades artísticas: aprende-se a pintar, pintando; aprende-se a esculpir, esculpindo: aprende-se a escrever, escrevendo, e assim por diante."
Portanto, compreende-se que não é necessário treino ou exercício para
que a criança aprenda a desenhar, pois ela se expressa e se desenvolve
naturalmente desenhando. É importante que a criança se sinta segura e livre
para expressar-se em seus desenhos. A criança se desenvolve e se organiza
de acordo com o contexto em que está inserida, e vai ser através dos primeiros
rabiscos que seus sentimentos serão expostos.
Além disso, a criança aprende a desenhar sozinha a partir de suas
próprias experiências e convívio com outras crianças, pois mesmo antes de
participar do cotidiano escolar a criança já leva consigo suas ideias, vontades e
sua característica própria de traçar que demonstram em seus primeiros
rabiscos e garatujas. A partir do desenho de uma criança o professor pode
conhecer mais sobre quem o fez, sua personalidade, seus sentimentos, suas
dificuldades de aprendizado, além ajudar a diagnosticar dificuldades de
aprendizagem, traumas, etc.
Cabe ao professor ter a sensibilidade de identificar e interpretar as
dificuldades e as evoluções de seu aluno a partir do desenho, pois é uma das
maneiras de entender como a criança está lidando com os estímulos e
desvendar o que pode não estar coerente com uma infância saudável e feliz.
Também cabe ao professor a responsabilidade de favorecer o
desenvolvimento do desenho infantil das seguintes formas: incentivando,
dialogando sobre o desenho com a criança e estimulando a criatividade a partir
do faz-de-conta. Além disso, é fundamental que o professor quebre a barreira
entre o desenho/arte e as demais disciplinas e conteúdos trabalhados em sala.
O desenho não pode ser apenas uma ferramenta das aulas de arte.
REFERÊNCIAS:
LOWENFELD, V. BRITTAIN, W. L. Desenvolvimento da capacidade criadora.
Traduzido por Álvaro Cabral. São Paulo: Mestre Jou, 1977. p. 128.
MOREIRA, A. A. A O Espaço do Desenho: a educação do educador. 10ª Ed,
Loyola. São Paulo, 2005.
VYGOTSKY, L. S. La imaginación y el arte en la infancia. 2 ª ed. Madrid:
Ediciones. AKAL S. A , 1990.