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E. E. GUIOMAR DE FREITAS COSTA . 3° BIMESTRE – Nº 17 Professor: Vilmar de Freitas. Disciplina: Geografia. Turma: Colegial. GEOGRAFIA INDÚSTRIAL A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE INDUSTRIAL O espaço geográfico contemporâneo é resultado, em boa medida, das transformações promovidas pela Revolução Industrial. As atividades industriais que ocorrem no interior das fábricas desdobram-se posteriormente em outras atividades, como o transporte, a comercialização e a propaganda dos produtos. A industrialização proporcionou: Grandes transformações urbanas, com a multiplicidade de serviços que caracterizam a cidade atualmente e o desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação que interligam todo o espaço mundial; O aumento da produção agrícola, graças à mecanização das atividades de criação, plantio e colheita e ao uso de insumos de origem industrial; A estrutura de novos modos de vida, hábitos de consumo e profissões e uma outra organização da sociedade. Classificação da atividade industrial A indústria moderna surgiu com a produção fabril inaugurada pela Revolução Industrial, com o uso de máquinas e a divisão do trabalho. Nos dias atuais, a atividade industrial utiliza tecnologias cada vez mais sofisticadas, como robôs e equipamentos de alta precisão. As indústrias podem ser classificadas em indústrias extrativas (extração de recursos naturais de origens diversas, principalmente de minerais) e de transformação (produção de bens a partir da transformação de matérias-primas). De acordo com a finalidade dos bens produzidos, as indústrias de transformação podem ser divididas em: Indústrias de bens de produção – produzem matérias-primas, como alumínio (metalúrgica), aço (siderúrgica), cimento e derivados de petróleo (petroquímica), que serão utilizadas por outras indústrias na fabricação de produtos; Indústrias de bens de capital – produzem máquinas, peças e equipamentos para outras indústrias; Indústrias de bens de consumo – produzem mercadorias para consumo direto. Podem ser duráveis (móveis, aparelhos

ATIVIDADES 2° COLEGIAL

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Atividades de geografia ara os alunos do 2º colegial.

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E. E. GUIOMAR DE FREITAS COSTA . 3° BIMESTRE – Nº 17

Professor: Vilmar de Freitas. Disciplina:

Geografia. Turma: 2° Colegial.GEOGRAFIA INDÚSTRIAL

A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE INDUSTRIALO espaço geográfico contemporâneo é resultado, em boa medida, das transformações

promovidas pela Revolução Industrial. As atividades industriais que ocorrem no interior das fábricas desdobram-se posteriormente em outras atividades, como o transporte, a comercialização e a propaganda dos produtos.

A industrialização proporcionou: Grandes transformações urbanas, com a multiplicidade de serviços que caracterizam a

cidade atualmente e o desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação que interligam todo o espaço mundial;

O aumento da produção agrícola, graças à mecanização das atividades de criação, plantio e colheita e ao uso de insumos de origem industrial;

A estrutura de novos modos de vida, hábitos de consumo e profissões e uma outra organização da sociedade.

Classificação da atividade industrialA indústria moderna surgiu com a produção fabril inaugurada pela Revolução Industrial, com o

uso de máquinas e a divisão do trabalho. Nos dias atuais, a atividade industrial utiliza tecnologias cada vez mais sofisticadas, como robôs e equipamentos de alta precisão.

As indústrias podem ser classificadas em indústrias extrativas (extração de recursos naturais de origens diversas, principalmente de minerais) e de transformação (produção de bens a partir da transformação de matérias-primas). De acordo com a finalidade dos bens produzidos, as indústrias de transformação podem ser divididas em:

Indústrias de bens de produção – produzem matérias-primas, como alumínio (metalúrgica), aço (siderúrgica), cimento e derivados de petróleo (petroquímica), que serão utilizadas por outras indústrias na fabricação de produtos;

Indústrias de bens de capital – produzem máquinas, peças e equipamentos para outras indústrias;

Indústrias de bens de consumo – produzem mercadorias para consumo direto. Podem ser duráveis (móveis, aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos, automóveis, computadores) e não duráveis (alimentos, bebidas, medicamentos, cosméticos, vestuário, calçados).

As atividades industriais podem ainda ser classificadas de acordo com o setor de atuação. Exemplos:

Indústria da construção civil – construção de edifícios, usinas para produção de energia, pontes etc.;

Indústria da construção naval – produção de navios; Indústria aeronáutica – construção de aviões; Indústria bélica – produção de armamentos, tanques, navios e aviões de guerra.

01. Cite os exemplos da indústria de bens de consumo (ou leve):__________________________________________________________________________________________02. O setor industrial é um importante elemento da economia de vários países, principalmente das nações mais desenvolvidas. Como se caracteriza esse setor? Dê exemplos:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________03. A indústria de bens de consumo fabrica produtos que são consumidos pela população em geral, sendo ramificada em dois seguimentos. Aponte as principais características da:a) Indústria de bens duráveis:__________________________________________________________________________________________b) Indústria de bens não duráveis: __________________________________________________________________________________________

E. E. GUIOMAR DE FREITAS COSTA . 3° BIMESTRE – Nº 18

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Professor: Vilmar de Freitas. Disciplina:

Geografia. Turma: 2° Colegial.A PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIALUma das mais profundas transformações espaciais já ocorridas deu-se com a introdução da

indústria moderna na Inglaterra, que marcou o início do capitalismo industrial. A industrialização não provocou mudanças apenas na forma de produção, mas também reorganizou o espaço geográfico, modificou as relações territoriais, sociais e políticas. As regiões industriais atraíram mão de obra, as cidades ampliaram-se física e demograficamente e tornaram-se centros econômicos muito importantes.

Com a invenção da máquina a vapor, em 1769, e sua incorporação às fiações e tecelagens, a produção industrial ganhou impulso. Os trabalhadores foram concentrados num mesmo local de produção – a fábrica -, e consolidou-se a relação de trabalho assalariado. O navio e a locomotiva a vapor revolucionaram os meios de transporte e contribuíram para a expansão das atividades industriais e dos mercados para seus produtos.

A industrialização ampliou a divisão do trabalho dentro da unidade de produção (a fábrica) e no interior da sociedade de cada país. Ao mesmo tempo, estabeleceu a Divisão Internacional do Trabalho entre os países industriais e as regiões fornecedoras de produtos agrícolas e minerais.

Com a Revolução Industrial, o capitalismo avançou de modo expressivo. As alterações introduzidas no processo produtivo refletiram-se na organização da sociedade, nas relações entre regiões distantes, entre o campo e a cidade e na acelerada urbanização. Com o capitalismo industrial, o papel econômico e político das cidades tornaram-se mais evidente.

Ao mesmo tempo, a Revolução Industrial promoveu uma Revolução Agrícola, com a produção de novos instrumentos para a atividade agrícola, a modificação do sistema de propriedade e a organização do trabalho no campo. As mudanças na agricultura estenderam-se por toda a Europa. Porém, do mesmo modo que ampliaram a produtividade da terra, expulsaram grande quantidade de pessoas das áreas rurais. Essa população dirigiu-se para as áreas urbanas, tornando-se mão de obra abundante e barata para os novos estabelecimentos industriais.

Os que permaneceram no campo passaram a produzir bens para o abastecimento das cidades ou matérias-primas para as indústrias. O trabalho agrário, cada vez mais especializado e menos direcionado à subsistência, obrigava o agricultor a adquirir no mercado os produtos necessários ao consumo. Outra situação criada pela Revolução Industrial foi à intensificação do intercâmbio comercial. Estradas foram construídas e ampliadas para facilitar o transporte de mercadorias e de passageiros, os cursos de rios navegáveis foram ligados por canais e, a partir do século XIX, um novo meio revolucionou o sistema de transportes: a ferrovia. A invenção da locomotiva a vapor, na Grã-Bretanha, estava associada à necessidade de transportar grandes quantidades de matéria-prima, como o carvão mineral.

O crescimento da produção industrial na Inglaterra e a necessidade de ampliar o mercado para além das próprias fronteiras deram origem ao liberalismo econômico. Essa teoria considerava nociva a intervenção do Estado na economia e defendia a livre concorrência entre as empresas e os países. Naquele momento, as ideias liberais interessavam principalmente à Inglaterra, que não encontrava concorrente diante de seu nível de desenvolvimento técnico e a sua grande capacidade de transporte, propiciada por sua imensa frota naval.Responda:01. A Revolução Industrial teve início na Inglaterra em meados do século XVIII. O que explica o pioneirismo inglês na Revolução Industrial?__________________________________________________________________________________________02. Quais os dois tipos de transportes que foram fundamentais para a Revolução Industrial?__________________________________________________________________________________________03. Aponte uma das principais invenções que foi fundamental para a Revolução Industrial?__________________________________________________________________________________________04. Sobre a Revolução Industrial preencha a ficha a seguir:a) Onde começou: (__________). b) Ramo da produção em que a mecanização teve início: (_______________). c) Sistema econômico que inaugurou: (________________________). d) classes sociais surgidas com a industrialização: (__________________________________________________________________________).

E. E. GUIOMAR DE FREITAS COSTA . 3° BIMESTRE – Nº 19

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Geografia. Turma: 2° Colegial.A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIALDurante a Primeira Revolução Industrial, as fábricas foram instaladas próximo às minas de

carvão. No final do século XIX, o uso da eletricidade e do petróleo como fontes de energia, a maior extensão das vias de circulação, a velocidade das ferrovias e a evolução e ampliação dos sistemas de transporte possibilitaram a instalação de indústrias em locais mais distantes das fontes de energia e de matéria-prima.

A Segunda Revolução Industrial caracterizou-se por transformações quantitativas e qualitativas. A eletricidade e o petróleo ampliaram a capacidade de produção de energia e acrescentaram novas possibilidades à tecnologia de produção, criando condições para o desenvolvimento de produtos e invenções, como o motor a combustão. Surgiram as grandes siderúrgicas e metalúrgicas e a indústria química e automobilística. A marinha mercante multiplicou sua frota em diversos países europeus, nos Estados Unidos e no Japão. As ferrovias se expandiram por todo o mundo, como meio de transporte e atividade empresarial.

A indústria inglesa mantinha, em grande parte, os equipamentos e maquinários tradicionais. Já os novos países que se industrializavam na Europa (como a Alemanha) e em outras regiões do mundo (como os Estados Unidos e o Japão) incorporavam as tecnologias que surgiam e instalavam suas indústrias em consonância com as novas infraestruturas de transporte e energia, tornando-se, nesse sentido, mais competitivos.

O capitalismo monopolistaNa segunda etapa da Revolução Industrial, a expansão da industrialização para diversos países e

a aplicação de novas tecnologias à produção e ao transporte modificaram profundamente a orientação liberal, característica da primeira fase da Revolução.

Os novos setores industriais que dominaram o cenário econômico da Segunda Revolução Industrial dependiam de investimentos maiores do que os realizados até então, o que tornou necessária a união de vários empreendedores. À época, boa parte das indústrias passou a contar com a participação do capital bancário e financeiro.

No final do século XIX, a fusão entre o capital industrial e o financeiro e a união de indústrias levou ao aparecimento de gigantescas empresas de alta tecnologia para a época, originando os oligopólios e os monopólios. As pequenas empresas, que não acompanharam a nova tendência do desenvolvimento econômico capitalista, faliram ou foram absorvidas pelas grandes.RESPONDA:01. O que caracterizou a Segunda Revolução Industrial, ocorrida nas últimas décadas do século XIX?__________________________________________________________________________________________02. A segunda revolução industrial se caracterizou, dentre outros motivos, pelo desenvolvimento de novas ferramentas, fontes de energia e setores industriais, surgidos principalmente a partir da segunda metade do século XIX. Cite as inovações da segunda revolução industrial.________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________03. A Primeira Revolução Industrial se desenvolveu principalmente na Inglaterra a partir do século XVIII. Entretanto, a partir do século XIX, a industrialização se expandiu para outros locais que somados aos novos desenvolvimentos tecnológicos caracterizaram a chamada Segunda Revolução Industrial. Quais são os outros países que se industrializaram durante a Segunda Revolução Industrial, no século XIX?__________________________________________________________________________________________

E. E. GUIOMAR DE FREITAS COSTA . 3° BIMESTRE – Nº 20

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Geografia. Turma: 2° Colegial.A TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIALA Terceira Revolução Industrial – ou revolução técnico-científica – começou a tomar forma no

final da Segunda Guerra Mundial, mas seus efeitos têm se manifestado em todo o mundo, de forma mais intensa, nas últimas três décadas. Repercutem no conjunto das atividades econômicas, nas relações sociais e nas relações da sociedade como a natureza.

Seus efeitos particulares na atividade industrial estão relacionados ao: Avanço nos sistemas de telecomunicações e transportes; Desenvolvimento e utilização da informática (equipamentos e programas) e forte

integração desta com as telecomunicações – telemática; Desenvolvimento da microeletrônica e da robótica.

O desenvolvimento científico e tecnológico é convertido em novos produtos e em redução de custos de produção, tornando as empresas mais competitivas. As grandes corporações multinacionais possuem seus próprios centros de pesquisas, e os investimentos em pesquisa científica aplicada à produção, ou seja, em ciência e tecnologia (C&T), têm crescido a cada ano, com o objetivo também de aprimorar a atividade produtiva.

O Estado, por meio de universidades e de instituições de pesquisa, também estimula o desenvolvimento tecnológico, preparando novos profissionais e capacitando-os para a pesquisa, assim como para o desenvolvimento de tecnologias.

Com a revolução técnico-científica, é cada vez mais curto o tempo entre determinada inovação tecnológica e sua difusão na forma de mercadorias ou serviços. Alguns produtos industriais, classificados em princípio como bens de consumo duráveis (especialmente os ligados aos setores de ponta, como a microeletrônica e a informática), são cada vez mais descartáveis, tornando-se obsoletos pela rapidez com que são desenvolvidas novas tecnologias.

No contexto de rápido desenvolvimento da telemática, baseado nos avanços das telecomunicações e da informática e na forte integração entre esses setores, surgiram os teleportos, também conhecidos por cibercidades. Um teleporto é basicamente constituído por um conjunto de edificações equipadas com modernos sistemas de telecomunicação e de informática – conexões à rede mundial de computadores servidas em banda larga, sinais de satélites de comunicação, redes de cabos de fibra ópticas e outros recursos – que possibilitam grande tráfego de informações a um custo reduzido para as empresas.

Desse modo, empresas de diferentes setores – de telefonia e telecomunicação, bancos, seguradoras, produtoras de software, editoras, entre outras -, que necessitam de conexões amplas, rápidas e eficazes, instalam-se em teleportos. Empresas transnacionais estadunidenses e europeias utilizam os teleportos para conectar-se como seus escritórios espalhados pelo mundo.

Há teleportos em todos os países desenvolvidos e em diversos perfiféricos e semi-periféricos, como Argentina, Brasil, Venezuela, Paquistão e Filipinas.

Terceira Revolução Industrial e trabalhoA Terceira Revolução Industrial, ao transformar a economia, transformou também o mundo do

trabalho. Em comparação com a produção industrial e agrícola, as atividades de serviço e comércio têm aumentado de modo significativo desde a década de 1950. Nos países desenvolvidos, esses setores chegam a empregar mais de 60% da mão de obra.

A quantidade de fábricas existentes numa região não é mais um indicador de desenvolvimento econômico, pois os países desenvolvidos têm se dedicado prioritariamente às atividades de administração e ao desenvolvimento de novos produtos. Nesses países, apenas as indústrias que envolvem tecnologia avançada (caso dos softwares, da biotecnologia e da tecnologia médica), e que, portanto, dependem das pesquisas e da qualificação dos trabalhadores, expandiram suas atividades. Uma boa parte dos outros setores industriais foi deslocada para países subdesenvolvidos.

A revolução técnico-científica, ao mesmo tempo em que gera riqueza e amplia as taxas de lucros, contribui num primeiro momento pelo desemprego de milhões de pessoas em todo o mundo, pois elevou a produção de mercadorias e serviços com o emprego de menor número de trabalhadores.

E. E. GUIOMAR DE FREITAS COSTA . 3° BIMESTRE – Nº 20

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Geografia. Turma: 2° Colegial.TECNOLOGIAS DE PROCESSO DE PRODUÇÃOA Primeira Revolução Industrial marcou o surgimento da fábrica, que reuniu todos os

trabalhadores, antes dispersos, dentro de uma única unidade de produção controlada pelo empresário industrial. As máquinas tornaram-se elemento fundamental do sistema produtivo, e os trabalhadores contratados por um salário previamente estipulado.

A elevação da produtividade, porém, não depende apenas das máquinas, mas também das tecnologias de processo. Foi o que demonstraram os Estados Unidos, no início do século XX, em plena Segunda Revolução Industrial, com a introdução de novas formas de organização do trabalho e técnicas de produção industrial, que possibilitaram a racionalização extrema do processo de trabalho no interior da fábrica: o taylorismo e o fordismo.

Taylorismo e fordismoO taylorismo, idealizado pelo engenheiro estadunidense Frederick Winslow Taylor (1856-1915),

partia da concepção de que o trabalho fabril era um conjunto de tarefas totalmente independentes umas das outras e que não exigia conhecimento de todo o processo produtivo era uma atribuição exclusiva do gerente, que deveria determinar e fiscalizar cada etapa da tarefa a ser feita no menor intervalo de tempo e sem perda de qualidade. O objetivo principal era o aumento da produtividade. Para isso, era necessário controlar todo o processo produtivo, dos movimentos dos operários e das máquinas e a correta utilização das ferramentas até o fluxo das matérias-primas, peças e produtos acabados.

O fordismo foi implantado pelo empresário estadunidense Henry Ford (1863-1947) no processo de produção de automóveis, no início do século XX. O modelo de produção fordista associava a linha de montagem às técnicas de organização do taylorismo. No processo de produção fordista, a mercadorias (no caso, o automóvel), em processo de montagem, deslocava-se no interior da fábrica para a realização de cada etapa de produção. O trabalhador, especializado em sua tarefa, cumpria-a num tempo predeterminado; o automóvel continuava a se deslocar até a instalação da última peça e do acabamento final.

Revolução IndustrialA primeira etapa da Revolução IndustrialEntre 1760 a 1860, a Revolução Industrial ficou limitada, primeiramente, à Inglaterra. Houve o

aparecimento de indústrias de tecidos de algodão com o uso do tear mecânico. Nessa época, o aprimoramento das máquinas a vapor contribuiu para a continuação da Revolução.

A segunda etapa da Revolução IndustrialA segunda etapa ocorreu no período de 1860 a 1900. Ao contrário da primeira fase, países como

Estados Unidos da América, Alemanha, França, Rússia e Itália também se industrializaram. O emprego do aço, a utilização da energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção do motor a explosão e o desenvolvimento de produtos químicos foram as principais inovações desse período.

A terceira etapa da Revolução IndustrialAlguns historiadores têm considerado os avanços tecnológicos do século 20 e 21 como a terceira

etapa da Revolução Industrial. O computador, o fax, a engenharia genética, o celular são algumas das inovações dessa época.

Quanto à dinâmica da Revolução Industrial, julgue os itens a seguir em (V) para os VERDADEIROS e (F) para os FALSOS.(V) (F) O capital acumulado com a exploração das colônias americanas foi fundamental para que a Inglaterra promovesse a primeira Revolução Industrial.(V) (F) A Revolução Industrial foi também uma evolução energética. A descoberta de novas fontes de energia impulsionou e revolucionou a produção fabril.(V) (F) Com o advento da terceira Revolução Industrial, a exploração da mão de obra chega ao fim. O desenvolvimento tecnológico atual exige trabalhadores qualificados e bem remunerados.(V) (F) A terceira Revolução representa o momento de eliminação das barreiras tecnológicas entre os países. Eles se tornam equânimes, independentes do seu posicionamento geográfico.(V) (F) O Brasil, em função do seu posicionamento na divisão internacional do trabalho, participou ativamente da dinâmica das três revoluções.

E. E. GUIOMAR DE FREITAS COSTA . 3° BIMESTRE – Nº 21

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Professor: Vilmar de Freitas. Disciplina:

Geografia. Turma: 2° Colegial.Toyotismo: a produção just-in-time No Japão, país com território pequeno, dependente da impostação de matérias-primas e com

pouco espaço para estocar seus produtos, foi estruturado um novo sistema de organização da produção.Esse sistema organizacional ficou conhecido pelo nome de just-in-time (literalmente, “tempo

exato”) e foi implementado pela primeira vez em meados do século XX, na fábrica de motores da Toyota. Depois, seria incorporado pelas principais indústrias do mundo.

No interior da fábrica, as diferentes etapas de produção, desde a entrada das matérias-primas até a saída do produto, são realizadas de forma combinada entre fornecedores, produtores e compradores. A matéria-prima que entra na fábrica corresponde exatamente à quantidade de mercadorias que será produzida, o que é feito dentro de um prazo estipulado e de acordo com o pedido dos compradores. Além da eficiência, com controle de qualidade total dos produtos, o sistema just-in-time permite diminuir o custo de estocagem e garantir os lucros dos empresários.

O trabalho especializado e rotineiro da linha de montagem do sistema fordista foi substituído por um sistema flexível, em que o trabalhador pode ser deslocado para realizar diferentes funções, de acordo com as necessidades da produção de cada momento.

No novo sistema, a modificação e a atualização dos modelos de mercadorias podem ser feitas a partir de pequenas mudanças nos equipamentos da fábrica, utilizando-se os intensivamente utilizados nesse sistema, viabilizam as frequentes mudanças. A flexibilidade industrial ganhou importância, num mundo em que a evolução tecnológica possibilita a constante criação de produtos e sucessivas modificações.

É preciso ressaltar que a difusão do toyotismo articulou de modo sincronizado o fluxo de mercadorias entre os fornecedores de peças e componentes e os fabricantes do produto final, inclusive em escala global.

Com o toyotismo, o processo de formação de rede de empresas intensificou-se. O agrupamento de fornecedores que subcontratam outras empresas agiliza a produção, reduz custos e aumenta a produtividade. Contudo, pode levar à precarização do trabalho nas empresas subcontratadas. De acordo com o sociólogo Ricardo Antunes, especialista em sociologia do trabalho, enquanto os trabalhadores da Toyota realizam jornada de 2.300 horas por ano, os operários das subcontratadas trabalham cerca de 2.800 horas por ano.

Na própria empresa principal, o toyotismo, além de ter contribuído para a redução do número de trabalhadores, fez com que aumentasse o número de horas extras, a contratação de trabalhadores temporários e a terceirização de diversas etapas do processo produtivo, dentro e fora dessa empresa.

01. Complete as lacunas do texto:(técnicas de venda, toyotismo, volvismo, modos de produção, fordismo, sistemas econômicos,

taylorismo, toyotismo)_________________são estratégias desenvolvidas para conduzir o comportamento da indústria, visando maximizar os lucros e melhorar o desempenho da atividade industrial na economia. O ________________ consolidou-se no Japão após a Segunda Guerra Mundial e, depois, difundiu-se em todo mundo, tendo como papel a substituição do ___________________ e a realização do trabalho compulsório e repetitivo pela adequação da produção conforme a demanda e a flexibilização das funções do trabalhador.

02. Explique o que significa a expressão just in time no contexto da produção econômica e aponte as suas características.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

E. E. GUIOMAR DE FREITAS COSTA . 3° BIMESTRE – TRABALHO – VALOR 5,0

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Professor: Vilmar de Freitas. Disciplina:

Geografia. Turma: 2° Colegial.01. Observe a imagem e o texto a seguir.

“Tempos modernos, filme de 1936, cuja temática ultrapassa a tragédia da existência individual e coloca

em cena o conflito entre o homem e o taylorismo.”Considerando a imagem e o fragmento,a) Indique duas características do taylorismo;__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________b) Explique o novo tipo de conflito sugerido no texto.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________02. Analise a tirinha Ao lado:Nela, evidencia-se que a introdução da cronometragem no interior da produção vai se tornar um ponto de atrito constante entre a direção e os operários e suas organizações.Esse princípio foi introduzido na organização do trabalho pelo paradigma de qual sistema de produção: (______________________)

“Em 1905, a Ford tinha 33 fábricas nos Estados Unidos e 19 no estrangeiro. Todas produziam o mesmo carro negro, o Ford ‘T’ –

o carro de ‘todo o mundo’ –, fabricando quinze milhões de exemplares de maneira Padronizada”.

“A Nissan inventa o automóvel à la carte” “O sistema [...] já está operando em todas as concessionárias da Nissan desde agosto de 1991. [...] é um sistema de informação de ponta que coordena

a produção e a venda, e [...] que permite dar ao cliente o prazo exato. [...] a fabricação se aproxima de uma produção segundo a

demanda”.

Andy Warhol (1928-1987) é um artista conhecido por criações que abordaram valores da sociedade de consumo; em especial, o uso e o abuso da repetição. Esses traços estão presentes, por exemplo,

na obra que retrata as latas de sopa Campbell’s, de 1962.03. Qual o modelo de desenvolvimento do capitalismo e o elemento da organização da produção industrial representados neste trabalho de Warhol?_______________________________________________________

04. Os dois fragmentos de texto acima exemplificam as transformações dos métodos de produção e de trabalho, com consequentes mudanças na forma de consumo da população mundial. Eles falam respectivamente de qual método de produção e qual modelo de trabalho?__________________________________________________________________________________________