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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI DEPARTAMENTO DE QUÍMICA BIOLÓGICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOPROSPECÇÃO MOLECULAR MESTRADO ACADÊMICO EM BIOPROSPECÇÃO MOLECULAR GERLÂNIA DE OLIVEIRA LEITE ATIVIDADES ANTIINFLAMATÓRIA TÓPICA E ANTINOCICEPTIVA VISCERAL DO ÓLEO ESSENCIAL DO CAULE DE Vanillosmopsis arborea BAKER E DO SEU PRINCIPAL CONSTITUINTE, (-)-α- BISABOLOL CRATO 2011

ATIVIDADES ANTIINFLAMATÓRIA TÓPICA E ANTINOCICEPTIVA ...mbm.urca.br/pdf/dissertacoes/Gerlânia de Oliveira Leite.pdf · Ana Paula Saraiva de Sousa CRB- 3/1000 Leite, Gerlânia de

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI DEPARTAMENTO DE QUÍMICA BIOLÓGICA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOPROSPECÇÃO MOLECULAR MESTRADO ACADÊMICO EM BIOPROSPECÇÃO MOLECULAR

GERLÂNIA DE OLIVEIRA LEITE

ATIVIDADES ANTIINFLAMATÓRIA TÓPICA E ANTINOCICEPTIVA VISCERAL DO ÓLEO ESSENCIAL DO CAULE DE Vanillosmopsis arborea BAKER E DO SEU PRINCIPAL CONSTITUINTE, (-)-α-

BISABOLOL

CRATO 2011

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GERLÂNIA DE OLIVEIRA LEITE

ATIVIDADES ANTIINFLAMATÓRIA TÓPICA E ANTINOCICEPTIVA VISCERAL DO ÓLEO ESSENCIAL DO CAULE DE Vanillosmopsis arborea BAKER E DO SEU PRINCIPAL CONSTITUINTE, (-)-α-

BISABOLOL

Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Bioprospecção Molecular da Universidade Regional do Cariri como requisito parcial para obtenção de título de mestre em Bioprospecção Molecular (Área de concentração: Bioprospecção de Produtos Naturais). Orientadora: Profª. Drª. Adriana Rolim Campos Barros Co-Orientador: Prof. Dr. José Galberto Martins da Costa

CRATO 2011

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Ana Paula Saraiva de Sousa CRB- 3/1000

Leite, Gerlânia de Oliveira. L533 Atividades antiinflamatória tópica e antinociceptiva visceral do óleo essencial do caule de vanillosmopsis arborea Baker e do seu principal constituinte, (-)-α-bisabolol/ Gerlânia de Oliveira Leite. - Crato-CE, 2011. 112p.; il.

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Mestrado em

Bioprospecção Molecular da Universidade Regional do Cariri – URCA

Orientadora: Profª. Drª. Adriana Rolim Campos Barros Co-Orientador: Prof. Dr. José Galberto Martins da Costa

1. Vanillosmopsis arborea Baker, propriedades antiinflamatórias 2. (-)-α-bisabolol, óleo essencial do caule. 3. nocicepção visceral. I. Título.

CDD: 615.323

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GERLÂNIA DE OLIVEIRA LEITE

ATIVIDADES ANTIINFLAMATÓRIA TÓPICA E ANTINOCICEPTIVA VISCERAL DO ÓLEO ESSENCIAL DO CAULE DE Vanillosmopsis arborea BAKER E DO SEU PRINCIPAL CONSTITUINTE, (-)-α-

BISABOLOL

Dissertação submetida à Coordenação do Programa de Pós-Graduação Stricto

Sensu em Bioprospecção Molecular da Universidade Regional do Cariri – URCA,

como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Bioprospecção

Molecular. Área de Concentração: Bioprospecção Molecular. Linha de Pesquisa:

Bioprospecção de Produtos Naturais.

Aprovada em 14/03/11.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________

Prof. Drª. Adriana Rolim Campos Barros

Universidade de Fortaleza

____________________________________________________

Prof. Dr. Henrique Douglas Melo Coutinho

Universidade Regional do Cariri

____________________________________________________

Prof. Dr. Roberto César Pereira Lima Júnior

Universidade Federal do Ceará

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iv

AGRADECIMENTOS

A Deus, dono de todo conhecimento e sabedoria, por conceder essa conquista,

por estender suas mãos nos momentos de desânimo e por me apresentar a

pessoas tão especiais e auxiliadoras no decorrer do mestrado.

Aos pais, Lourival Leite (in memorian) e Gesilda, pois sempre encontrei apoio e

proteção nos momentos que eu mais precisei. Pelos momentos de

confraternização familiar que adoçam nossas vidas e fortificam nossos laços.

Aos meus irmãos Gervânia, Geane, Gehilde e Lourival Filho pelo apoio

incondicional e incentivo no decorrer deste curso.

A grande amiga e orientadora Adriana Rolim Campos Barros, pelo respeito,

instrução, paciência e confiança na minha capacidade e no meu trabalho. Você

foi imprescindível na minha formação. Por sua culpa, vislumbrei um ideal na

área científica.

Ao Prof. e co-orientador Dr. José Galberto Martins da Costa pelo fornecimento

e análise do óleo essencial do caule da Vanillomopsis arborea utilizado nas

pesquisas, pela amizade e colaboração no trabalho.

Ao Prof. Dr. Irwin Rose Alencar de Menezes e a Profª. Drª. Marta Regina

Kerntopf Mendonça pelo incentivo e apoio na realização do trabalho.

Ao Prof. Dr. João Batista Teixeira da Rocha, pelo suporte experimental e pelo

companheirismo no tempo em que passei em Santa Maria.

Aos colegas do grupo de pesquisa em Farmacologia e Química Molecular:

Alaiane Abreu, Andreza Guedes, Daniele Oliveira, Heloísa Souza, Kleber

Dackson, Laura Hévila, Mariana Andrade, Norma Fernandes, Paula Denise,

Renata Sampaio e Romagna Castro, Rogério Aquino, pela disponibilidade nos

testes e pela amizade conquistada e os quais, junto com as “Crises”,

participaram diretamente ou indiretamente neste trabalho e, além disso,

proporcionaram momentos memoráveis.

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v

Aos colegas do grupo de pesquisa em Bioquímica Toxicológica: Albys

“Cubana”, Alessandra, Alessandro, Bruna, Carol, Clea, Cris, Daia, Daniel,

Diones, Emmilly, Fernanda, Jessie, Jefferson, Mohammad Ibrahim, Nilda,

Pablo, Romaina, Rose, Rodrigo, Silvio, Syed Mubasher, Tade, Tiago, Thais,

Waseem pela amizade conquistada e por proporcionarem momentos

memoráveis. Pelo grande acolhimento em Santa Maria.

Aos amigos Magaly, Milena, Aldeni, Janiele, Jussara e Glauberto pelo incentivo

e apoio durante toda a minha caminhada.

A todos os bolsistas do Laboratório de Pesquisa de Produtos Naturais que de

alguma forma colaboraram para a realização deste trabalho.

Aos meus colegas de mestrado pela convivência, paciência, ensinamentos,

reflexões, estudos e que participaram de vários momentos importantes que

superamos com determinação.

À Profª. Drª. Glauce Socorro de Barros Viana da Faculdade de Medicina do

Juazeiro pelo fornecimento dos animais.

Aos funcionários-amigos Silvânia, Luiz, Marcos, Fernando, Lenira, que são

exemplos de pessoas com uma forma toda especial de ser e incentivar.

À coordenação do Curso de Pós-Graduação em Bioprospecção Molecular e

aos professores responsáveis pela minha formação.

À secretaria Andercieli pela atenção e gentileza com que sempre me atendeu

quaisquer que fossem minhas necessidades em relação à pós-graduação.

A todos que, direta ou indiretamente, contribuíram de maneira significativa para

a concretização desse estudo, meus sinceros agradecimentos.

Por fim, agradeço ao CNPq, FUNCAP e CAPES pelo apoio financeiro.

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vi

“Se eu pudesse deixar algum presente à você, deixaria aceso o sentimento de

amar a vida dos seres humanos.

A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo a fora.

Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem.

A capacidade de escolher novos rumos.

Deixaria para você, se pudesse o respeito àquilo que é indispensável.

Além do pão, o trabalho.

Além do trabalho, a ação.

E, quando tudo mais faltasse, um segredo: o de buscar no interior de si

mesmo a

resposta e a força para encontrar a saída.”

Mahatma Gandhi

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vii

RESUMO

Vanillosmopsis arborea Baker é uma Asteraceae de reconhecido valor econômico que possui propriedades antiinflamatórias, provenientes do sesquiterpeno (-)-α-bisabolol (BISA), presente em teores elevados no óleo essencial de sua madeira (OEVA). O BISA é um álcool sesquiterpeno muito utilizado numa grande variedade de produtos dermatológicos. Este estudo teve como objetivo identificar o efeito antiedematogênico local e antinociceptivo visceral do OEVA e BISA, além do possível mecanismo de ação antinociceptivo. O efeito antiinflamatório local do OEVA e BISA foi avaliado através dos modelos de edema de orelha induzido por óleo de Croton, ácido araquidônico, histamina, capsaicina e fenol em camundongos. O efeito antinociceptivo visceral foi detectado através da observação de comportamentos relacionados à nocicepção visceral nos modelos de nocicepção induzida por ácido acético, ciclofosfamida, capsaicina, formalina e óleo de mostarda. O OEVA e BISA apresentaram atividade antiinflamatória nos modelos de edema de orelha induzido por óleo de Croton, ácido araquidônico e fenol, no entanto não foram eficazes nos modelos de histamina e capsaicina. Estes resultados sugerem que o OEVA e BISA demonstram comportamento semelhante a drogas que reduzem a produção de metabólitos do ácido araquidônico. O OEVA e o BISA apresentaram atividade antinociceptiva visceral de forma não dose-dependente em todos os modelos testados. O estudo do mecanismo de ação demonstrou que o efeito do OEVA foi resistente a todos os antagonistas utilizados. No entanto, em relação ao BISA verificou-se que o vermelho de rutênio (antagonista dos receptores TRPV1), Naloxona (antagonista opióide), L-NAME (inibidor da óxido nítrico sintase) e ondansentrona (antagonista dos receptores 5-HT3) potencializaram o efeito antinociceptivo do sesquiterpeno, indicando que estas vias podem contribuir para o efeito antinociceptivo do BISA. A atividade locomotora não foi alterada pelo pré-tratamento com OEVA 200 mg/kg e BISA 50 mg/Kg, sugerindo que o efeito antinociceptivo não está relacionado a um efeito relaxamento muscular. Em conjunto os dados nos mostram uma atividade antiinflamatória tópica e antinociceptiva visceral do OEVA e BISA. Contudo, o mecanismo de ação pelo qual OEVA e BISA exercem a atividade antinociceptiva visceral não foi determinado.

Palavras-chave: Vanillosmopsis arborea, (-)-α-bisabolol, edema de orelha, nocicepção visceral.

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viii

ABSTRACT

Vanillosmopsis arborea Baker is a Asteraceae of recognized economic value that has antiinflammatory properties related to the sesquiterpene (-)-α-bisabolol (BISA), that is present in high levels in the bark essential oil (EOVA). BISA is a sesquiterpene alcohol widely used in a variety of skin care products. This study aimed to evaluate the topical antiinflammatory and visceral antinociceptive effects of EOVA and BISA, and to establish the probably mechanism of antinociceptive action. The topical antiinflammatory effect of EOVA and BISA was evaluated using mouse models of ear edema induced by croton oil, arachidonic acid, histamine, capsaicin and phenol. The visceral antinociceptive effect was observed through the visceral nociception-related behaviors in models of acetic acid-, cyclophosphamide-, capsaicin-, formalin- and mustard oil-induced visceral nociception. EOVA and BISA presented antiinflammatory activity in croton oil, arachidonic acid and phenol models of ear edema. However, EOVA and BISA were not able to inhibit the ear edema induced by histamine and capsaicin . These results suggest that the EOVA and BISA possess activity similar to drugs that decrease arachidonic acid metabolites. EOVA and BISA presented a dose-indepedent visceral antinociceptive effect in all models tested. The antinociceptive effect of EOVA was resistant to all the antagonists used. However, ruthenium red (TRPV1 antagonist), naloxone (opioid antagonist), L-NAME (nitric oxide synthase inhibitor) and ondansetron (5-HT3 antagonist) potentiated the antinociceptive effect of BISA, indicating that these pathways may contribute to its antinociceptive effect. The locomotor activity was not altered by EOVA 200 mg/kg and BISA 50 mg/kg pretreatments, therefore, eliminating a nonspecific muscle relaxation effect of EOVA and BISA at the doses used. Taken together, the data show a topical antiinflammatory and visceral antinociceptive EOVA and BISA. However, their precise antinociceptive mechanism of action have not been determined.

Key-words: Vanillosmopsis arborea, (-)-α-bisabolol, ear edema, visceral

nociception

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AA – ácido araquidônico

AINEs – antinflamatórios não esteróides

AMPc – adenosina 3’, 5’ – monofosfato cíclica

ANOVA – Analysis of Variance (Análise de variância, inglês)

BISA – (-)-α-bisabolol

C3a, C3b e C5a – proteínas do sistema complemento

Ca2+ - cátion cálcio bivalente

CAP – capsaicina

CEUA – Comissão de Ética em Uso de Animais

CGRP – peptídeo relacionado ao gene da calcitonina

COX – ciclooxigenase

E.P.M. – erro padrão da média.

DEX – dexametasona

DCA – Dermatite de Contato Alérgica

DCI – Dermatite de Contato Irritativa

EIM – efeito inibitório médio da inflamação

et al. – e outros; e colaboradores (latim, abrev. de et allii)

GPMc – adenosina 3’, 5’ – monofosfato cíclica

g – grama(s)

h – hora(s)

5-HT – serotonina

IgE – Imunoglobulina E

IL-1 α– interleucina-1-alfa

IND – indometacina

i.p. – via intraperitoneal

iNOS – óxido nítrico sintetase induzível

K+ATP – canais de potássio ATP-dependentes

L-NAME – N-nitro-L-arginina metil ester

LOX – lipoxigenase

5-LOX – 5-lipoxigenase

LTC4 – leucotrieno C4

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x

LTD4 – leucotrieno D4

MAPK – proteína quinase ativada por mitógeno

mg – miligrama(s)

mg/kg – miligramas de concentração da solução por quilograma de massa

corpórea do animal

min – minuto(s)

n – número da amostra

NaCl – cloreto de sódio

NO – óxido nítrico

OC – óleo de Croton

OEVA – Óleo essencial do caule da Vanillomopsis arborea

PAF – fator de ativação plaquetária

PE – percentual de edema

PGs – prostaglandinas

PGE2 – prostaglandinas E2

PKC – proteína quinase C

PLA2 – fosfolipase A2

ROS – reative oxygen species (espécie reativa de oxigênio, inglês)

SNC – Sistema Nervoso Central

SP – Substância P

TRPV1 – Transient receptor potential vanilloide 1

TPA – 12-o-tetracanoilforbol-13-acetato

TNFα – tumor necrosis factor – alpha (fator de necrose tumoral-alfa, inglês)

v.o. – via oral

VR1 – Receptores Vanilóides do tipo 1

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LISTA DE SÍMBOLOS

α Receptor alfa-adrenérgico

± Mais ou menos

< Menor que

> Maior que

p – significância estatística (erro)

® - marca registrada

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xii

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01 Representação esquemática dos mecanismos da dor 21

Figura 02 Vanillosmopsis arborea Baker (A) e estrutura química do (-)-α-bisabolol (B)................................................................

25

Figura 03 Efeito tópico do OEVA e BISA sobre o edema de orelha induzido pela aplicação única de óleo de Croton (OC) em camundongos.....................................................................

37

Figura 04 Curva tempo-resposta do efeito do OEVA e BISA sobre o edema de orelha induzido pela aplicação múltipla de OC em camundongos...............................................................

39

Figura 05 Efeito tópico do OEVA e BISA sobre o edema de orelha induzido pela aplicação múltipla de óleo de Croton (OC) em camundongos.

40

Figura 06 Efeito tópico do OEVA e BISA sobre o edema de orelha induzido por ácido araquidônico (AA) em camundongos.

41

Figura 07 Efeito tópico do OEVA e BISA sobre o edema de orelha induzido por capsaicina em camundongos.

42

Figura 08 Efeito tópico do OEVA e BISA sobre o edema de orelha induzido por histamina em camundongos.

43

Figura 09 Efeito tópico do OEVA e BISA sobre o edema de orelha induzido por fenol em camundongos.

44

Figura 10 Efeito antinociceptivo do OEVA e BISA no modelo de nocicepção visceral induzida por ácido acético em camundongos. 45

Figura 11 Efeito antinociceptivo do OEVA e BISA no modelo de nocicepção visceral induzida por ciclofosfamida em camundongos.

46

Figura 12 Efeito antinociceptivo do OEVA e BISA no modelo de nocicepção visceral induzida por capsaicina em camundongos. 47

Figura 13 Efeito antinociceptivo do OEVA e BISA no modelo de nocicepção visceral induzida por formalina em camundongos.

48

Figura 14 Efeito antinociceptivo do OEVA e BISA no modelo de nocicepção visceral induzida por óleo de mostarda em camundongos. 49

Figura 15 Efeito da Naloxona, L-NAME, Ioimbina, Glibenclamida, Ondasentrona e Vermelho de Rutênio no efeito antinociceptivo visceral. 50

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xiii

Figura 16 Estudo do envolvimento do sistema opióide no mecanismo de ação antinociceptivo visceral do OEVA e BISA. 51

Figura 17 Estudo do envolvimento do óxido nítrico no mecanismo de ação antinociceptivo visceral do OEVA e BISA.

52

Figura 18 Estudo do envolvimento dos receptores noradrenérgicos α2 no mecanismo de ação antinociceptivo visceral do OEVA e BISA.

53

Figura 19 Estudo do envolvimento dos canais de K+ATP no

mecanismo de ação antinociceptivo visceral do OEVA e BISA.

54

Figura 20 Estudo do envolvimento dos receptores serotoninérgicos no mecanismo de ação antinociceptivo visceral do OEVA e BISA.

55

Figura 21 Estudo do envolvimento dos receptores TRPV1 no mecanismo de ação antinociceptivo visceral do OEVA e BISA.

56

Figura 22 Efeito do OEVA e BISA sobre a atividade motora espontânea de camundongos no teste do campo aberto.

57

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xiv

SUMÁRIO

RESUMO vii

ABSTRACT viii

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ix

LISTA DE SÍMBOLOS xi LISTA DE ILUSTRAÇÕES xii 1. INTRODUÇÃO 16 1.1 Doenças inflamatórias cutâneas 16 1.1.1 Dermatite 16 1.1.1.1. Dermatites de contato 17 1.1.1.1.1 Dermatite de contato irritativa 17 1.1.1.1.2. Dermatite de contato alérgica 18 1.2. Nocicepção 19 1.2.1. Definição de dor 19 1.2.2. Classificação do tipo de dor 20 1.2.3. Mecanismos da dor 20 1.2.4. Dor visceral 21 1.3. Vanillosmopsis arborea Baker 24 1.4. (-)-α-bisabolol 26 2. OBJETIVOS 27 2.1. Objetivo geral 27 2.2. Objetivos específicos 27 3. MATERIAIS E MÉTODOS 28 3.1. Materiais utilizados 28 3.1.1. Drogas, reagentes e soluções 28 3.1.2. Material permanente e equipamentos utilizados 29 3.2. Animais 29 3.3. Obtenção do óleo essencial e (-)-α-bisabolol 29 3.4. Avaliação da atividade antiinflamatória tópica 30 3.4.1. Edema de orelha induzido pela aplicação única de óleo de

Croton 30

3.4.2. Quantificação do edema e do efeito inibitório médio 31 3.4.3. Edema de orelha induzido pela aplicação múltipla de óleo de

Croton 31

3.4.4. Edema de orelha induzido por ácido araquidônico 31 3.4.5. Edema de orelha induzido por capsaicina 32 3.4.6. Edema de orelha induzido pela injeção subcutânea de

histamina 32

3.4.7. Edema de orelha induzido por fenol 33

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xv

3.5. Estudo da atividade antinociceptiva visceral 33 3.5.1. Nocicepção visceral induzida por ácido acético 33 3.5.2. Nocicepção visceral induzida por ciclofosfamida 33 3.5.3. Nocicepção visceral induzida por capsaicina 34 3.5.4. Nocicepção visceral induzida por formalina 35 3.5.5. Nocicepção visceral induzida por óleo de mostarda 35 3.5.6. Teste do campo aberto 36 3.6. Análise Estatística 36 4. RESULTADOS 37 4.1. Avaliação da atividade antiinflamatória tópica através de

modelos de edema de orelha induzido por agentes irritantes em camundongos

37

4.1.1. Edema de orelha induzido pela aplicação única de óleo de Croton

37

4.1.2. Edema de orelha induzido pela aplicação múltipla de óleo de Croton

38

4.1.3. Edema de orelha induzido por ácido araquidônico 39 4.1.4. Edema de orelha induzido por capsaicina 41 4.1.5. Edema de orelha induzido pela injeção subcutânea de

histamina 42

4.1.6. Edema de orelha induzido por fenol 43 4.2. Estudo da atividade antinociceptiva visceral 44 4.2.1. Nocicepção visceral induzida por ácido acético 44 4.2.2. Nocicepção visceral induzida por ciclofosfamida 45 4.2.3. Nocicepção visceral induzida por capsaicina 47 4.2.4. Nocicepção visceral induzida por formalina 48 4.2.5. Nocicepção visceral induzida por óleo de mostarda 49 4.2.5.1 Efeito da Naloxona, L-NAME, Ioimbina, Glibenclamida,

Ondasentrona e Vermelho de Rutênio 50

4.2.5.2. Estudo do envolvimento do sistema opióide 51 4.2.5.3. Estudo do envolvimento do óxido nítrico 52 4.2.5.4. Estudo do envolvimento dos receptores noradrenérgicos α2 53 4.2.5.5. Estudo do envolvimento dos canais K+

ATP 54 4.2.5.6. Estudo do envolvimento dos receptores serotoninérgicos 5-HT3 55 4.2.5.7. Estudo do envolvimento dos receptores TRPV1 56 4.2.6. Teste do campo aberto 57 5. DISCUSSÂO 58 6. CONCLUSÕES 72 7. BIBLIOGRAFIA 74 APÊNDICE 85

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16

1. INTRODUÇÃO

1.1. Doenças inflamatórias cutâneas

As doenças dermatológicas que têm em sua etiologia componentes

inflamatórios e/ou imunológicos, nas quais incluem as dermatites, eczemas e

psoríase, caracterizam - se por envolver componentes emocionais, nos quais

promovem recidivas ou exacerbação das lesões e alterações cutâneas que

conferem um aspecto desagradável à pele e que necessitam de tratamento

prolongado. As doenças inflamatórias da pele como dermatites e psoríase tem

prevalência dessas doenças duplicadas nos últimos 10 a 15 anos (RUSSEL-JONES

et al., 2005; LJUBOJEVIC et al., 2002). Os mecanismos envolvidos na patogênese

das doenças inflamatórias cutâneas podem ser distintos, sendo algumas doenças

iniciadas por um processo alérgico ou irritativo. Assim, as doenças inflamatórias

cutâneas não envolvem necessariamente o mesmo perfil e, conseqüentemente o

mesmo tipo de tratamento (FIRESTEIN, 2004; LEUNG et al., 2004).

1.1.1. Dermatite

As dermatites são dermatoses inflamatórias mediadas por fatores

imunológicos locais ou sistêmicos, embora as causas de muitas delas continuem

desconhecidas. Geralmente, as lesões agudas continuam por alguns dias a

semanas e se caracterizam por inflamação, edema e, em algumas, lesão

epidérmica, vascular ou subcutânea. Por outro lado, as lesões crônicas persistem

por meses a anos e, freqüentemente, exibem componentes significativos de

crescimento epidérmico alterado (atrofia ou hiperplasia) ou fibrose dérmica

(MURPHY; MIHM Jr., 2000).

Como exemplos das dermatoses mais encontradas no contexto da lesão

aguda tem-se a úrticaria, a dermatite eczematosa aguda (que inclui a dermatite de

contato, a dermatite atópica, dermatite eczematosa relacionada a drogas, erupção

fotoeczematosa e dermatite irritante primária) e o eritema multiforme. Como

exemplos de dermatoses crônicas, podem-se citar a psoríase, o líquen plano e o

lúpus eritematoso (MURPHY; MIHM Jr., 2000).

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17

1.1.1.1. Dermatites de contato

A dermatite de contato é uma desordem caracterizada por inflamação e

prurido na pele (BÁNVÖLGYI et al., 2005). A dermatite de contato é dividida em dois

tipos distintos:

• dermatite de contato irritativa: resultantes de dano direto à pele, produtos químicos

e/ou irritantes físicos (por exemplo, eczema da mão pelo excesso de exposição aos

sabões e detergentes).

• dermatite de contato alérgica: é uma dermatite imunomediada, tipo IV

caracterizada por uma reação de hipersensibilidade a um alérgeno específico (por

exemplo, eczema do couro cabeludo e da face por tintura de cabelo, eczema do pé

por calçado de couro) (STONE, 2005; ENGLISH, 2004).

A maioria dos agentes freqüentemente causadores de dermatite de contato

são produtos químicos de borracha e materiais (14,1% dos casos relatados por

dermatologistas); sabões e produtos de limpeza (12,7%); níquel (11,9%); trabalhos

úmidos (11,1%); equipamentos de proteção individual (6,2%); produtos petrolíferos

(6,3%); óleos de corte e refrigerantes (5,6%); epóxi e outras resinas (6,1%). De

1608 casos de câncer de pele estimados, 4% foram atribuídos à radiação

ultravioleta. Casos de urticária de contato são atribuídos ao látex que atingiu o pico

em 1996, com uma redução dos casos desde aquela época (CHERRY el al., 2000).

1.1.1.1.1. Dermatite de contato irritativa

A dermatite de contato irritativa (DCI) é uma resposta da pele a uma

variedade de estímulos externos que induzem a liberação de citocinas pró-

inflamatórias a partir de células da pele (principalmente queratinócitos), em resposta

a estímulos químicos sem, no entanto promover a produção de anticorpos

específicos. As lesões levam a perda da integridade da pele e podem permitir

absorção das proteínas e sensibilização posterior. Este tipo de dermatite

proporciona as mesmas características morfológicas de outras dermatites, com

menos vesículas e, mais infiltrado neutrofílico (SMITH et al., 2002).

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As três principais alterações fisiopatológicas observadas são rompimento da

barreira da pele, mudanças epidérmicas celulares e liberação de citocinas (SMITH et

al., 2002).

A DCI pode ser causada por fatores internos e externos. Os fatores externos

são as características da molécula causadora, o tempo de exposição, o efeito

cumulativo com outro irritante e as condições ambientais. E as características

internas dizem respeito à susceptibilidade individual dos pacientes, como raça,

idade, sexo, e história prévia de dermatite (LEVIN; MAIBACH, 2002).

1.1.1.1.2. Dermatite de contato alérgica

A dermatite de contato alérgica (DCA) é um problema comum de saúde

ocupacional e ambiental. Em comum com outras formas de alergia a doença evolui

em duas fases: uma fase inicial em que a sensibilização é adquirida, seguido mais

tarde (após exposição subseqüente à mesma substância química alergênica) pela

indução da reação cutânea inflamatória. Essa hipersensibilidade de contato, é uma

desordem da pele dependente de células T com a cinética de uma resposta de

hipersensibilidade do tipo tardia (KIMBER et al., 2002).

Os antígenos sensibilizantes, também conhecidos como haptenos, são

moléculas instáveis, de baixo peso molecular que não são imunogênicas e ligam - se

as proteínas da epiderme do hospedeiro. Os haptenos potentes induzem uma

irritação cutânea dose-dependente que é independente de sua antigenicidade

(BELSITO, 2000; SMITH et al., 2002).

Muitas substâncias químicas podem causar DCA, incluindo substâncias

químicas da resina epoxy, acrilatos, produtos químicos de borracha, emulsionantes

e certos corantes. Destes, a maior parte das DCAs que ocorrem resultam da

exposição ocupacional. Entretanto, a exposição não ocupacional, por exemplo, a

alérgenos em cosméticos, em vestuário e calçado, em medicamentos e nas plantas,

representa causa importante da DCA (KIMBER et al., 2002).

A seguir, evidenciam-se os principais aspectos clínicos que diferenciam os

tipos de dermatite de contato em irritativa e alérgica (ELIAS et al.,1998).

Dermatite de contato irritativa (DCI) – Ressecamento da pele na área de

contato e descamação com ou sem eritema. Pode evoluir com fissuras e

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sangramentos. É importante lembrar que o processo irritativo irá depender do agente

causador.

Dermatite de contato alérgica (DCA) – Presença de eritema, edema e

vesiculação. Ao se cronificar, verifica-se a presença de crostas serosas podendo

ocorrer infecção secundária e, às vezes, liquenificação.

O screening de compostos com propriedades anti-inflamatórias é possível

graças a uma infinidade de técnicas in vitro (cultura de células e dosagem de

mediadores inflamatórios; inibição de enzimas) e in vivo (indução de inflamação por

substâncias denominadas agentes flogísticos ou irritantes em modelos animais

variados), amplamente utilizados na pesquisa pré-clínica. O modelo in vivo de

edema de orelha é amplamente utilizado para demonstrar a atividade tópica de

substâncias bioativas em inflamações cutâneas (BLAZSÓ; GÁBOR, 1995; GÁBOR,

2000). Esse modelo caracteriza - se por demonstrar resultados rápidos, simplicidade

da técnica, reprodutibilidade e baixas possibilidades de erros quando bem aplicado,

além de ser um modelo que minimiza uso de animais e de substâncias (GÁBOR,

2000).

Os agentes flogísticos ativam quimicamente um processo inflamatório.

Diferentes substâncias com esse potencial podem ativar vias diversas da cascata

inflamatória, desencadeando os sinais característicos como edema, aumento de

permeabilidade, vasodilatação, eritema. Por ativar vias diversas, a aplicação de

diferentes agentes flogísticos (óleo de Croton, ácido araquidônico, capsaicina, fenol

e histamina) é justificada por seus mecanismos específicos, já conhecidos, na

indução do processo inflamatório, cujos resultados obtidos podem sugerir um

provável mecanismo da ação antiinflamatória da substância em estudo (GÁBOR,

2000).

1.2. Nocicepção

1.2.1. Definição de dor

Dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a uma

lesão tissular potencial ou real ou mesmo a nenhuma lesão, embora ainda assim

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descrita com termos sugestivos de que o dano tecidual tivesse de fato ocorrido

(IASP, 1979).

A dor é uma das grandes preocupações da humanidade. Desde os

primórdios do ser humano, conforme sugerem alguns registros gráficos da pré-

história, o homem sempre procurou esclarecer as razões que justificassem a

ocorrência de dor e os procedimentos destinados para seu controle.

Estudos demonstram que a dor afeta os mais variados domínios da

qualidade de vida humana, primariamente físicos e emocionais. O efeito depende da

extensão, duração, intensidade, significando que a dor, bem como a doença

relacionada, são características individuais (NIV; KREITLER, 2001).

1.2.2. Classificação do tipo de dor

A dor pode ser classificada temporalmente em dois grandes grupos: dor

aguda (estímulo nociceptivo dando origem a uma sensação intensa e desagradável)

e dor crônica (dor que ultrapassa em duração a lesão tecidual precipitante) (RANG

et al., 2007).

A dor pode ser classificada quanto a sua fisiopatologia em (PORTENOY,

2007):

Nociceptiva: se os mecanismos de sustentação da dor envolvem lesão

tecidual e pode envolver tanto estruturas somáticas como viscerais. Esta

última sendo referida em outros locais, sendo pouco localizada;

Neuropática: é resultante do processamento somatossensorial anormal ao

nível periférico ou central, como, por exemplo, a dor do membro fantasma e

neuralgia pós-herpética;

Psicogênica: quando existe uma dor persistente com evidências de distúrbios

psicológicos sem evidência de uma desordem que poderia causar dor.

1.2.3. Mecanismos da dor

Dor é uma sensação que compreende três mecanismos básicos:

Transdução, que é a ativação dos nociceptores por transformação de um estímulo

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nóxico – mecânico, térmico e químico – em potencial de ação; Transmissão, que é o

conjunto de vias que permitem que o impulso nervoso, gerado ao nível de

nociceptor, seja conduzido para o SNC; e Modulação, vias responsáveis pela

supressão da dor ativadas pelas próprias vias nociceptivas (PORTO, 2004).

Figura 01 – Representação esquemática dos mecanismos da dor

(http://www.dol.inf.br/Html/compreendendoDor.html.)

1.2.4. Dor visceral

A dor visceral é causada por alterações internas de órgãos ocos e cápsulas

de vísceras sólidas, tais como o estômago, rim, bexiga, vesícula biliar, cápsula

hepática, e intestinos, entre outros. Os principais fatores que estimulam as fibras

nociceptivas viscerais são: estiramento (tensão) na parede muscular das vísceras

ocas e capsulas das vísceras sólidas (anormalidades motoras intestinais que geram

pressões intraluminais exageradas são causas comuns), processo inflamatório

(colites, pancreatites, entre outras), isquemia e neoplasias (KRAYCHETE;

GUIMARÃES, 2003).

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A dor visceral é uma das mais comuns formas de dor produzidas por um

estado patológico (angina, cólica, dispepsia, dismenorréia, etc).

A dor visceral resulta da ativação de fibras sensoriais aferentes que inervam

órgãos internos e é descrito em termos de cinco características clinicas

(GIAMBERARDINO, 1999):

1) Não tem origem em todos os órgãos viscerais (órgãos sólidos como fígado e

parênquima pulmonar não são sensíveis a dor);

2) Nem sempre está relacionada a uma lesão, e sim às propriedades funcionais

e não-estruturais da dor visceral (um estímulo de baixo limiar pode provocar

ativação de neurônios aferentes da víscera, como a pressão gasosa

intraluminal);

3) É referida em outras partes do corpo, o que pode ser explicado pela

convergência central das vias viscerais e somáticas ao se conectarem no

corno dorsal da medula espinhal;

4) É difusa e pouco localizada como conseqüência da baixa densidade de

terminais aferentes periféricos, compensados pela divergência central das

vias aferentes;

5) É geralmente acompanhada por acentuados reflexos motores e autonômicos,

o que é conhecido como reação do sistema de alerta.

Diversos estímulos têm sido empregados no estudo da dor visceral e podem

ser categorizadas em quatro grupos (NESS, 1999):

Estímulos elétricos: onde eletrodos são implantados nos neurônios que

inervam as estruturas viscerais e a estimulação elétrica reproduz estados de

dor em humanos, porém a falta de especificidade restringe seu uso;

Estímulos mecânicos: onde a distensão de órgãos ocos usando fluidos ou

corpos estranhos permitem a fácil quantificação e controle de estímulo,

estando relacionados a estímulos naturais. Como exemplos, citam-se a

distensão do sistema biliar e cálculos renais artificiais;

Isquemia: produzida pela oclusão da vasculatura, o que produz estímulos

mecânicos, como a oclusão da artéria coronária, sendo dependente de

circulação colateral e da atividade metabólica do órgão selecionado;

Estímulos químicos: têm sido aplicados topicamente, por via endovenosa ou

por vias fisiológicas, como a administração sistêmica de ciclofosfamida na

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indução de cistite hemorrágica e a administração intracolônica de óleo de

mostarda.

Estes estímulos, quando aplicados a espécie de camundongos transgênicos

“Knock-out”, ou mutantes (que têm alterações no comportamento nociceptivo devido

à destruição de genes específicos codificadores de receptores, neurotransmissores

ou de moléculas de segundo mensageiros) têm sido descritos como uma potencial

ferramenta para a investigação molecular do processo nociceptivo (CAO et al., 1998;

SIMONINI et al., 1998). A baixa densidade de inervação do tecido visceral reduz o

potencial para mecanismos compensatórios, o que torna válido o uso destes animais

(LAIRD, 1999).

As terminações nervosas de neurônios aferentes que percebem a sensação

dolorosa são chamadas “nociceptores”. Os neurônios aferentes nociceptivos podem

ser de dois tipos diferentes, um que possui condução lenta com axônios

amielinizados (fibra C) e outro com axônios mielinizados (fibras Aδ). Os corpos

destes neurônios nociceptivos aferentes somáticos e viscerais encontram-se

localizados no glângio da raiz dorsal da medula. Os estímulos nociceptivos são

propagados através destas fibras primárias para neurônios no corno dorsal da

medula espinhal. Após a integração na medula espinhal, a informação nociceptiva é

transmitida a estruturas talâmicas antes de atingir o córtex. Cada um destes níveis

centrais possui mecanismos modulatórios.

Os receptores mecânicos ou mecanorreceptores existentes na musculatura

lisa de todas as vísceras ocas são do tipo Aδ e C, e respondem a estímulos

mecânicos leves, tensão aplicada ao peritônio, contração e distensão da

musculatura lisa (KRAYCHETE; GUIMARÃES, 2003).

Na presença de inflamação, os nociceptores adquirem novas características

ficando “sensibilizados”. Eles começam a disparar estímulos espontaneamente e

seu limiar de ativação fica reduzido. Esta sensibilização pode ser produzida por:

alterações físicas como pressão decorrente da formação de edema; alterações

químicas como a síntese/liberação de prostaglandinas, 5-HT, bradicinina e

aminoácidos excitatórios, e pela participação de citocinas (RANG et al., 2007;

AKBAR et al., 2009).

As estimulações viscerais, tais como hipóxia e inflamação tecidual, resultam

em sensibilização de receptores de alto limiar e de nociceptores “silenciosos”

previamente não-responsivos os quais perfazem 40% a 45% da inervação visceral

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aferente do cólon. Estes nociceptores estão envolvidos na percepção da dor visceral

crônica. A sensibilização desses receptores persiste mesmo após a cessação do

estimulo nociceptivo, traduzida por alterações das funções motora e sensitiva

(hiperalgesia visceral) (BRIDGES et al., 2001; CERVEJO, 2000; RANG et al., 2007).

Embora o mecanismo de sensibilização visceral central não seja totalmente

conhecido, acredita-se que alguns mediadores como a substância P, peptídeo

relacionado ao gene da calcitonina, aspartato, glutamato, neurocininas,

somatostatina, e peptídeo intestinal vasoativo estejam envolvidos no

desenvolvimento e manutenção da sensibilização central induzida pela inflamação.

A ação destes neuromediadores em receptores específicos ativa segundos

mensageiros para a abertura de canais de cálcio e o influxo celular desse íon.

Ocorre então produção de outros mediadores (como NO e metabólitos do ácido

araquidônico) que provavelmente alteram a transmissão do potencial de ação e

ultra-estrutura dos nervos e suas sinapses, e causam sensibilização medular e

fenômeno de wind up (aumento da duração da resposta de certos neurônios)

(BRIDGES et al., 2001; AKBAR et al., 2009; GOLD; GEBHART, 2010; RANG et al.,

2007).

1.3. Vanillosmopsis arborea Baker

O gênero Vanillosmopsis é representado por sete espécies nativas do Brasil,

algumas delas de valor econômico devido ao teor de óleo, que é muito similar ao

óleo de camomila. (MATOS et al., 1988).

A chapada do Araripe destaca-se no Nordeste brasileiro pela sua

geomorfologia e geologia e estende-se nos limites de Pernambuco ao Ceará. A

biodiversidade da chapada com suas riquezas naturais atrai uma intensa atividade

antrópica que resulta em degradação e risco de extinção. Entre elas, podemos citar

a espécie Vanillosmopsis arborea Baker, uma Asteraceae de reconhecido valor

econômico que possui propriedades antiinflamatórias, provenientes do

sesquiterpeno α-bisabolol, presente em teores elevados no óleo essencial de sua

madeira (Figura 02). Trata-se de uma madeira de boa qualidade, muito resistente às

intempéries e com alto teor de óleo essencial, atributo que promove sua queima

provocando chama intensa, justificando o nome popular “Candeeiro” (CAVALCANTI;

NUNES, 2002). Na cultura popular são atribuídas ao Candeeiro propriedades

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repelentes contra mosquitos (FURTADO et al., 2005). Devido o α-bisabolol ter

propriedades antiinflamatórias, recentemente nosso grupo estudou o potencial

gastroprotetor do óleo essencial do caule de Vanillosmopsis arborea (LEITE et al.,

2009).

Existem poucos estudos sobre os efeitos farmacológicos do óleo essencial

do caule de V. arborea. A pesquisa bibliográfica revela estudos mostrando atividade

antiinflamatória (MENEZES et al., 1990), larvicida (FURTADO et al., 2005), atividade

gastroprotetora (LEITE et al., 2009), atividade bacteriostática, potencial antioxidante,

antiinflamatória, analgésica, ansiolítica, sedativa, depressora do Sistema Nervoso

Central, hipnótica (SANTOS, 2009) e antimicrobiana (SANTOS et al., 2010).

Recentemente, resultados mostraram que a potencialidade do óleo essencial

do caule de V. arborea (OEVA) pode estar relacionado ao alto teor de (-)-α-bisabolol,

uma vez que os estudos químicos mostraram que o OEVA contém 80,43% de (-)-α-

bisabolol (SANTOS et al., 2010).

A análise química do óleo essencial do caule demonstrou a presença de

estragol, p-elemeno, metil-eugenol, p-cubebeno, p-himachaleno, p-maalieno, 6-

guaieno, p-bisaboleno, elemicino, a-cadinol e α-bisabolol – (principal constituinte)

(MATOS et al., 1988).

Fonte: Laboratório de Pesquisa de Produtos Naturais - URCA

Figura 02 – Vanillosmopsis arborea Baker (A) e estrutura química do (-)-α-bisabolol (B).

A

B

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1.4. (-)-α-bisabolol

O (-)-α-bisabolol é um terpenóide insaturado e hidroxilado, com 1677

citações, sendo que destas, 459 correspondem a patentes de vários países do

mundo. Seu uso principal é em produtos dermatológicos, pois além de apresentar

atividades antimicrobiana, antifúngica e antiinflamatória, possui também baixa

toxicidade (LIMA et al., 2006). É um álcool sesquiterpeno encontrado no óleo de

camomila e outras plantas e tem sido utilizado numa grande variedade de produtos

dermatológicos (GOMES-CARNEIRO et al., 2005). O alto teor de (-)-α-bisabolol no

óleo essencial de V. arborea torna este óleo um possível sucessor ao óleo de

Matricaria chamomila L (CAVALCANTI et al., 2002).

(-)-α-Bisabolol é um álcool sesquiterpeno monocíclico que foi isolado pela

primeira vez em 1951 por Isaac e colaboradores de flores de camomila (Matricaria

chamomilla, Asteraceae). Desde então, tem sido demonstrado que o α-bisabolol

pode existir em quatro estereoisômeros possíveis. O (-)-α-bisabolol tem sido

amplamente utilizado como ingrediente em formulações dermatológicas e

cosméticas, tais como cremes pós-barba, loções de corpo-e-mão, desodorantes,

batons, cuidados com o sol e depois do sol, produtos de cuidados com o bebê e

cremes esporte. A mais importante atividade biológica do (-)-α-bisabolol são

atividades antiinflamatória, antiirritante, antimicrobiana e propriedades não-alergicas.

(KAMATOU;VILJOEN, 2010).

Os estudos mostram que o (-)-α-bisabolol apresenta atividade

mutagênica/antimutagênica (GOMES-CARNEIRO et al., 2005), inibição do sistema

P450 humano (GANZERA et al., 2006), induz apoptose em células de glioma, em

células endoteliais, em células tumorais, em células HepG2 via Fas e mitocondrial

envolvendo p53 e NFkB, permeabilidade mitocondrial induz apoptose (CAVALIERI et

al., 2004; DARRA et al., 2008; CAVALIERI et al., 2009; CHEN et al., 2010;

MAGNELLI et al., 2010), cicatrizante (VILLEGAS et al., 2001), proteção à toxicidade

gástrica induzida por ácido acetilsalicílico (TORRADO et al., 1995), antioxidante

(BRAGA et al., 2009), antiulcerogênico (BEZERRA et al., 2009; ROCHA et al., 2010),

clareamento da pele (LEE et al., 2010), antinociceptiva periférica, antiinflamatória

com suas ações sobre a serotonia, efeito gastroprotetor evidenciando por suas

ações antioxidantes (ROCHA, 2009), atividade antitumoral (SILVA et al., 2010),

indução a tumores mamários (COSTARELLI et al., 2010) e leishmanicida

(MORALES-YUSTE et al., 2010).

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2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo geral

Verificar o efeito antiinflamatório tópico e antinociceptivo visceral do óleo

essencial do caule da Vanillosmopsis arborea Baker (OEVA) e (-)-α-bisabolol (BISA)

em modelos experimentais.

2.2. Objetivos específicos

Avaliar a atividade antiinflamatória do OEVA e BISA por via tópica utilizando os

modelos de edema de orelha induzido por óleo de Croton (modelo agudo e crônico),

ácido araquidônico, capsaicina, fenol e histamina;

Estabelecer a eficácia do OEVA e BISA nos modelos de nocicepção visceral

induzida por ácido acético, ciclofosfamida, capsaicina, formalina e óleo de mostarda;

Avaliar a participação dos sistemas opióde, nitrérgico, noradrenérgico,

setotoninérgico, vanilóide e dos canais K+ATP no efeito antinociceptivo visceral do

OEVA e BISA.

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3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. Materiais utilizados

3.1.1. Drogas, reagentes e soluções

As substâncias utilizadas nos ensaios encontram-se relacionadas, com suas

respectivas procedências:

SUBSTÂNCIA ORIGEM

Acetona P.A. Dinâmica, Brasil

Ácido acético P.A. Fluka, Alemanha

Ácido araquidônico Sigma, USA

(α) – bisabolol Sigma-Aldrich, USA

Capsaicina Sigma, USA

Ciclofosfamida Asta Médica, Brasil

Cloridrato de cetamina 10% (Cetamin®)

Syntec, Brasil

Cloridrato de xilazina 2% (Xilazin®)

Syntec, Brasil

Dexametasona (Decadron®) Ache, Brasil

Etanol P.A. Dinâmica, Brasil

Éter etílico Dinâmica, Brasil

Fenol 99% Sigma-Aldrich, USA

Formol Fluka, Alemanha

Glibenclamida Sigma, USA

Histamina Sigma, USA

Indometacina (Indocid®) Merck Sharp & Dohme, Brasil

Ioimbina Sigma, USA

Morfina Cristália, Brasil

Naloxona Sigma, USA

N-nitro-L-arginina-metilester (L-NAME)

Sigma, USA

Óleo de Croton Sigma, USA

Óleo de Mostarda Ride-de-Haen, Alemanha

Ondasentrona FARMACE, Brasil

Vaselina AVD, Brasil

Vermelho de Rutênio Aldrich, USA

Solução fisiológica NaCl 0,9% FARMACE, Brasil

Tween 80 Sigma-Aldrich, USA

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3.1.2. Material permanente e equipamentos utilizados

Balança analítica de precisão (Metler Toledo AB204)

Cronômetros digitais (LivStar)

Cânulas de gavagem para camundongos

Materiais de biossegurança

Material cirúrgico

Paquímetro digital (Jomarca, Ref. Nº 205509)

Perfurador de couro (circunferência de 6 mm Ø)

Pipetas automáticas (Maxipette)

Campo aberto (LFQM-CE)

Seringas estéreis (1 mL, 3 mL e 5 mL)

Tubos Eppendorffs

Vidrarias em geral

3.2. Animais

Foram utilizados camundongos Swiss, machos e fêmeas (20-30g), oriundos

da Universidade Regional do Cariri e Faculdade de Medicina de Juazeiro. Os

animais foram acondicionados em gaiolas apropriadas e mantidos sob temperatura

média de 26oC, em ciclos claro/escuro de 12/12 horas, recebendo ração padrão e

água à vontade. Todos os protocolos seguiram estritamente as normas

internacionais de cuidados com animais de laboratório. O projeto foi submetido e

aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Universidade de

Fortaleza - UNIFOR, com parecer nº 006/2009.

3.3. Obtenção do óleo essencial e (-)-α-bisabolol

O óleo essencial do caule de V. arborea (OEVA) foi fornecido pelo professor

José Galberto Martins da Costa, da Universidade Regional do Cariri. O (-)-α-

bisabolol foi obtido da SIGMA- Aldrich, St. Louis, Estados Unidos.

Os componentes químicos identificados no óleo essencial foram: propanoato

de etila (5,87%), etanoato de propila (9,00%), o-metil-eugenol (2,39%), óxido-

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bisabolol (2,31%) e α-bisabolol (80,43%), totalizando 100% na identificação do óleo

essencial.

O OEVA foi diluído em água destilada e Tween 80 3% para gerar as doses

de 100, 200 e 400 mg/kg. O (-)-α-bisabolol foi diluído em água destilada e Tween 80

3% para gerar as doses de 50, 100 e 200 mg/kg. Como o OEVA foi diliuído em

acetona para gerar as doses de 50 e 100 mg/mL e o (-)-α-bisabolol foi diliuído em

acetona para gerar as doses de 35 e 70 mg/mL.

3.4. Avaliação da atividade antiinflamatória tópica

O modelo in vivo de edema de orelha é amplamente utilizado para

demonstrar a atividade tópica de substâncias bioativas em inflamações cutâneas

(BLAZSÓ; GÁBOR, 1995; GÁBOR, 2000).

3.4.1. Edema de orelha induzido pela aplicação única de óleo de Croton

O óleo de Croton é um agente flogístico que possui como constituintes

químicos ésteres de forbol, sendo o TPA (ácido 13-acetato de 12-o-tetracanoilforbol)

o agente com potencial irritante. Sua aplicação estimula a liberação de vários

mediadores da inflamação, como as aminas vasoativas e derivados do ácido

araquidônico (LAPA, 2003). Esse modelo também é bem representativo de

dermatites como a psoríase (GABOR, 2000).

Para avaliar a atividade tópica por tratamento agudo do OEVA e BISA neste

modelo, grupos (n=7) de animais tiveram suas orelhas direitas tratadas,

topicamente, com 20 μL de salina, dexametasona 4 mg/mL (0,08 mg/orelha), OEVA

em acetona nas concentrações 50 e 100 mg/mL (1 e 2 mg/orelha, respectivamente)

ou BISA em acetona nas concentrações 35 e 70 mg/mL (0,7 e 1,4 mg/oelha),

esperando 1 h para absorção. Em seguida, 20 μL de óleo de Croton 5% (v/v) em

acetona foram aplicados topicamente na orelha direita e 20 μL do veículo acetona na

orelha esquerda. Após 6 horas, os animais foram sacrificados por deslocamento

cervical e discos de 6 mm de diâmetro foram obtidos das orelhas através de um

punch (perfurador de couro metálico) para avaliação do edema, conforme item 3.4.2.

(TUBARO et al., 1985).

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3.4.2. Quantificação do edema e do efeito inibitório médio

Para quantificar o percentual de inflamação em cada animal analisado,

foram obtidos discos de 6 mm de diâmetro: um da orelha direita (tratada com o

agente flogístico) e outro da orelha esquerda (tratada com veículo do agente

flogístico). Em seguida, cada disco obtido teve sua massa mensurada com a

utilização de balança analítica (Metler Toledo AB204). O edema de orelha, expresso

em percentual de aumento da massa da orelha, foi calculado diminuindo a massa da

orelha direta pela massa da orelha esquerda.

3.4.3. Edema de orelha induzido pela aplicação múltipla de óleo de Croton

No intuito de avaliar o efeito antiinflamatório do OEVA e BISA em um

processo inflamatório crônico, já estabelecido, foi utilizado um modelo com a

aplicação múltipla do óleo de Croton. O processo inflamatório crônico foi induzido

pela aplicação de 20 μL de óleo de Croton 5% (v/v) em acetona em dias alternados,

durante 9 dias, em camundongos (n = 7/grupo). O OEVA em acetona nas

concentrações 50 e 100 mg/mL (1 e 2 mg/orelha, respectivamente) ou BISA em

acetona nas concentrações 35 e 70 mg/mL (0,7 e 1,4 mg/oelha) e a dexametasona 4

mg/mL (0,08 mg/orelha, controle positivo), foram aplicados por via tópica durante 4

dias (2 vezes ao dia) a partir do 5º dia do experimento, sendo o edema avaliado

diariamente através de medição da espessura das orelhas. No 9° dia do

experimento, os animais foram sacrificados e círculos de 6 mm de tecido das orelhas

foram coletados para avaliação do edema (STANLEY et al., 1991).

3.4.4. Edema de orelha induzido por ácido araquidônico

O ácido araquidônico é um ácido graxo importante na produção de

eicosanóides mediadores da inflamação (prostaglandinas, tromboxanos e

leucotrienos). Drogas, como os AINEs (antiinflamatórios não-esteroidais) ou

inibidoras da 5-lipoxigenase (5-LOX), demonstram redução significativa no

percentual de inflamação induzido por este agente. Para avaliar a atividade tópica do

OEVA e BISA neste modelo, as orelhas direitas dos animais (n = 7 / grupo) foram

tratadas, topicamente, com 20 μL de solução salina (controle negativo),

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indometacina 100 mg/mL (controle positivo), OEVA 50 e 100 mg/mL ou BISA 35 e

70 mg/mL, esperando 15 minutos para absorção. Em seguida, 20 μL de ácido

araquidônico 0,1 mg/μL diluído em acetona foram aplicados na orelha direita e 20 μL

do veículo acetona foram aplicados na orelha esquerda. Após 1 hora, os animais

foram sacrificados por deslocamento cervical e discos de 6 mm de diâmetro foram

obtidos das orelhas para avaliação do edema, conforme item 3.4.2. (YOUNG et al,

1984; CRUMMEY et al, 1987).

3.4.5. Edema de orelha induzido por capsaicina

A capsaicina (uma substância ativa da pimenta vermelha, Capsicum ssp),

quando aplicada topicamente, induz a liberação de vários mediadores pró-

inflamatórios neurogênicos, que promovem vasodilatação e eritema como resposta

imediata, seguido da formação de edema (HOLZER, 1991).

Na avaliação da atividade tópica do OEVA e BISA nesse modelo, as orelhas

direitas de animais (n = 7/grupo) foram tratadas, topicamente, com 20 μL de salina,

dexametasona 4 mg/mL, OEVA (50 e 100 mg/mL) ou BISA (35 e 70 mg/mL),

esperando 15 minutos para absorção. Em seguida, 20 μL de capsaicina 0,01 mg/μL

diluída em acetona foram aplicadas na orelha direita e 20 μL do veículo acetona

foram aplicadas na orelha esquerda. Após 30 minutos (pico máximo de formação de

edema), os animais foram sacrificados por deslocamento cervical e discos de 6 mm

de diâmetro foram obtidos das orelhas para avaliação do edema, conforme item

3.4.2. (GÁBOR; RAZGA,1992).

3.4.6. Edema de orelha induzido pela injeção subcutânea de histamina

Este modelo visa a avaliação do efeito do OEVA e BISA na reação de

hipersensibilidade imediata. Inicialmente, os animais (n = 7/grupo) foram

anestesiados com cloridrato de cetamina 10 mg/kg, i.p. e cloridato de xilazina 10

mg/kg, i.p. Em seguida, os animais foram pré-tratados topicamente com 20 μL de

salina, dexametasona 4 mg/mL, OEVA (50 e 100 mg/mL) ou BISA (35 e 70 mg/mL).

Após 30 minutos, administrou-se um volume de 5 μL de uma solução de histamina

(100 mg/mL de salina), intradermicamente, na região ventral da orelha direita dos

camundongos com o auxílio de uma agulha hipodérmica 29 G, enquanto que a

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orelha esquerda recebeu o mesmo volume de salina, também intradermicamente.

Após 2 horas, os animais foram sacrificados por deslocamento cervical e para

posterior avaliação do edema a partir das massas dos discos obtidos, conforme item

3.4.2. (BRAND et al, 2002).

3.4.7. Edema de orelha induzido por fenol

O fenol é um irritante cuja aplicação tópica desencadeia uma inflamação

semelhante à dermatite de contato irritativa. (LIM et al., 2004).

Nessa avaliação, as orelhas direitas de animais (n = 7/grupo) foram pré-

tratadas, topicamente, com 20 μL de solução salina, dexametasona 4 mg/mL, OEVA

(50 e 100 mg/mL) ou BISA (35 e 70 mg/mL), esperando 15 minutos para absorção.

Em seguida, 20 μL de fenol 10% (v/v) diluído em acetona foram aplicados na orelha

direita e 20 μL do veículo acetona foram aplicados na orelha esquerda. Após 1 hora,

os animais foram sacrificados por deslocamento cervical e discos de 6 mm de

diâmetro das orelhas foram obtidos para análise do edema conforme item 3.4.2.

(GÁBOR, 2000).

3.5. Estudo da atividade antinociceptiva visceral

3.5.1. Nocicepção visceral induzida por ácido acético

Os animais foram divididos em grupos de 8 animais e tratados com o veículo

(10mL/Kg; v.o.), OEVA (100, 200 ou 400 mg/kg, v.o.) ou BISA (50, 100 ou 200

mg/kg, v.o.) 1h antes de receberem uma injeção intraperitoneal de ácido acético

0,6% (10 mL/kg). Os comportamentos relacionados à nocicepção visceral foram

observados (lamber o abdômen, piloereção, arrastar o abdômen contra o solo,

contorção e retração abdominais) por um período de 20 min começados a contar 10

min após a administração do ácido acético. (KOSTER et al., 1959)

3.5.2. Nocicepção visceral induzida por ciclofosfamida

Os animais foram divididos em grupos de 8 animais e tratados com o veículo

(10mL/Kg; v.o.), OEVA (100, 200 ou 400 mg/kg, v.o.) ou BISA (50, 100 ou 200

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mg/kg, v.o.) 1h antes da injeção de Ciclofosfamida (400 mg/kg, i.p.). Imediatamente

após a injeção de Ciclofosfamida, os animais foram observados por 4h quanto ao

tempo total (em minutos) da expressão dos seguintes comportamentos relacionados

à nocicepção visceral: lamber o abdômen, piloereção, arrastar o abdômen contra o

solo, contorção e retração abdominais (OLIVAR; LAIRD, 1999). Os animais foram

colocados individualmente em caixas plásticas e observadas em 8 intervalos de 30

min, para o registro de crises transitórias, em minutos. Um grupo controle normal,

que recebeu apenas salina por via intraperitoneal, foi incluído no estudo. Além do

tempo de crises, a cada intervalo de 30 min os animais foram observados por 2 min

para que fosse aferido um escore ao seu comportamento de acordo com a seguinte

escala: 0 = comportamento normal, 1 = piloereção fraca, 2 = piloereção forte, 3 =

respiração forçada e arrastar o abdômen, 4 = lambedura do abdômen, 5 = contração

e retração abdominal. Quando observados mais de um destes comportamentos

durante o período de 2 min de observação, foi registrado o somatório dos pontos

correspondentes a cada um dos comportamentos.

3.5.3. Nocicepção visceral induzida por capsaicina

Os animais foram divididos em grupos de 8 animais e tratados com veículo

(10mL/Kg; v.o.), OEVA (100, 200 ou 400 mg/kg, v.o.) ou BISA (50, 100 ou 200

mg/kg, v.o.) 1h antes de receberem uma aplicação intracolônica de Capsaicina

(0,3%, 50 µl) através de uma fina cânula com ponta arredondada (1mm de

diâmetro). Foram introduzidos 4 cm de comprimento da cânula pela via intracolônica

para administração da Capsaicina. Foi utilizada vaselina sólida na região perianal

para evitar estimulação local pela administração. Imediatamente após a

administração da Capsaicina, foi registrado, durante 30 minutos, o número de

comportamentos nociceptivos dos animais relacionados com a nocicepção visceral

(LAIRD et al, 2001): lamber o abdômen, piloereção, arrastar o abdômen contra o

solo, contorção e retração abdominais. Um grupo controle normal, que recebeu

apenas salina por via intracolônica, foi incluído no estudo.

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3.5.4. Nocicepção visceral induzida por formalina

Os animais foram divididos em grupos de 8 animais e tratados com veículo

(10mL/Kg; v.o.), OEVA (100, 200 ou 400 mg/kg, v.o.) ou BISA (50, 100 ou 200

mg/kg, v.o.) 1h antes de receberem uma aplicação intracolônica de Formalina (10%,

10 µl) através de uma fina cânula com ponta arredondada (1mm de diâmetro).

Foram introduzidos 4 cm de comprimento da cânula pela via intracolônica para

administração da Formalina. Foi utilizada vaselina sólida na região perianal para

evitar estimulação local pela administração. As respostas comportamentais foram

analisadas durante 1h. Cada animal foi colocado em uma caixa de acrílico 20 min

antes do início do teste. Durante uma hora, os diversos comportamentos

relacionados à dor foram classificados por ordem de intensidade (MIAMPAMBA et

al., 1994): (1) lambida e grooming (L), (2) tropeços (H), (3) alongamento e contração

do corpo inteiro (C). A resposta nociceptiva (S) foi então calculada, utilizando a

fórmula: S = 1L + 2 H + 3 C. Um grupo controle normal, que recebeu apenas salina

por via intracolônica, foi incluído no estudo.

3.5.5. Nocicepção visceral induzida por óleo de mostarda

Os animais foram divididos em grupos de 8 animais e tratados com veículo

(10mL/Kg; v.o.), OEVA (100, 200 ou 400 mg/kg, v.o.) ou BISA (50, 100 ou 200

mg/kg, v.o.) 1h antes de receberem uma aplicação intracolônica de Óleo de

Mostarda (0,75% em salina 0,9%; 50µL/animal) através de uma fina cânula com

ponta arredondada (1mm de diâmetro). Foram introduzidos 4 cm de comprimento da

cânula pela via intracolônica para administração do Óleo de Mostarda. Foi utilizada

vaselina sólida na região perianal para evitar estimulação local pela administração.

O número total de comportamentos relacionados à dor (lamber o abdômen,

piloereção, arrastar o abdômen contra o solo, contorção e retração abdominais)

foram contados por 20 min, imediatamente após a instilação do Óleo de Mostarda

(LAIRD et al., 2001). Um grupo controle normal, que recebeu apenas salina por via

intracolônica, foi incluído no estudo.

Com o propósito de investigar um possível envolvimento dos receptores

opiódes, do óxido nítrico, receptores noradrenergico α2, canais K+ATP, receptores

serotoninérgicos 5-HT3 e receptores TRPV1 na atividade antinociceptiva visceral do

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OEVA e BISA, este modelo experimental foi utilizado em outras ocasiões.

Primeiramente, os animais divididos em grupos (n=8), foram tratados com veículo

(10mL/Kg; v.o.), OEVA (200 mg/kg, v.o.), BISA (50 mg/kg, v.o.), Naloxona (2 mg/kg,

i.p.), L-NAME (20 mg/kg, i.p.), Ioimbina (2 mg/kg; i.p.), Glibenclamida (5 mg/kg, i.p.),

Ondasentrona (0,5 mg/kg; i.p.), Vermelho de Rutênio (3 mg/kg, s.c.) 1h ou 30 min

antes da administração do Óleo de Mostarda (0,75% em salina 0,9%; 50µL/animal).

O envolvimento dos receptores foi avaliado pela administração de antagonistas 30

min antes da administração do OEVA ou BISA. Após 1 h, os animais receberam o

Óleo de Mostarda, como descrito anteriormente.

3.5.6. Teste do campo aberto

A capacidade motora dos animais foi verificada por meio de um campo

aberto quadrangular confeccionado em acrílico com 30 cm de lado, tendo em sua

base 9 quadrados iguais de 10 cm de lado. Os animais foram separados em grupos

de 8 animais e tratados com veículo (10mL/Kg; v.o.), OEVA (200 mg/kg, v.o.) ou

BISA (50 mg/kg, v.o.). Uma hora após o tratamento, todos os animais foram levados

individualmente ao campo aberto, ambientados por 1 min e, em seguida, observados

por 4 min, quanto ao número de campos explorados (CAPAZ et al., 1981).

3.6. Análise Estatística

A análise estatística foi realizada com auxílio do programa Graph Pad Prism

5.0. (USA). Os resultados foram expressos em média ± erro padrão da média

(e.p.m.). A comparação entre as médias foi realizada utilizando-se análise de

variância (ANOVA) seguida pelo teste de Student Newman Keul, teste de ANOVA de

duas vias seguido do Teste de Bonferroni e Teste T não-pareado para dados

paramétricos. As diferenças foram consideradas estatisticamente significativas

quando p < 0,05.

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4. RESULTADOS

4.1. Avaliação da atividade antiinflamatória tópica através de modelos de

edema de orelha induzido por agentes irritantes em camundongos

4.1.1. Edema de orelha induzido pela aplicação única de óleo de Croton

O OEVA na concentração de 50 mg/mL aplicado por via tópica demonstrou

redução no edema de orelha após 6 horas em contato com óleo de Croton,

comparada com o grupo controle veículo (edema: 10,09 ± 0,33 mg). A

dexametasona aplicada topicamente, também demonstrou redução significativa

comparada com o controle veículo, (3,73 ± 1,05 (mg) versus 14,19 ± 1,12 (mg) do

grupo oc, p < 0,001). (Figura 03 e Apêndice 01). O BISA, na concentração de 35

mg/mL reduziu a inflamação tópica expressa pelos animais (9,75 ± 1,29 (mg))

quando comparado ao grupo controle veículo (14,19 ± 1,12 (mg)). (Figura 03 e

Apêndice 02).

Figura 03 – Efeito tópico do OEVA e BISA sobre o edema de orelha induzido pela aplicação única de óleo de Croton (OC) em camundongos. Os animais foram pré-tratados com solução salina (controle veículo); Dexametasona 4 mg/mL (controle positivo), OEVA 50, 100 mg/mL ou BISA 35, 70 mg/mL e após 1 h, receberam topicamente solução de óleo de Croton 5% (v/v) em acetona. O efeito antiedematogênico das substâncias foi analisado através do edema calculado a partir das massas de discos de 6 mm de diâmetro obtidos das orelhas após 6 horas de aplicação do óleo de Croton. Cada grupo representa a média de 7 animais e as barras verticais o E.P.M. As médias foram comparadas com o grupo controle veículo e foram consideradas significativamente diferentes para cp < 0,05; bp < 0,01 e ap < 0,001 comparadas ao controle veículo; Análise estatística: ANOVA de uma via seguido do teste de Student-Newmann- Keuls).

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4.1.2. Edema de orelha induzido pela aplicação múltipla de óleo de Croton

A aplicação do OEVA (50 mg/mL), (2 vezes a o dia, 4 dias) após 96 horas do

início do ensaio e em um processo inflamatório já estabelecido, demonstrou redução

significativa, comparado ao grupo veículo (20 μL/orelha, no mesmo período de

tratamento) após 24 (p < 0,001), 48 (p < 0,001), 72 (p < 0,001) e 96 horas (p <

0,001) do início do tratamento (correspondendo aos tempos 120, 144, 168 e 192

horas após a primeira aplicação de óleo de Croton). A dexametasona (4 mg/ mL,

mesmo período de tratamento) foi efetiva em reduzir significativamente o edema

estabelecido após 24, 48, 72 e 96 horas (p < 0,001) do início do tratamento

(correspondendo aos tempos 120, 144, 168 e 192 horas após a primeira aplicação

de óleo de Croton) (Figura 04), sendo comparado pela avaliação do percentual de

edema – PE e efeito inibitório médio da inflamação - EIM no último dia do

experimento (Figura 05 e Apêndice 03). A aplicação do BISA (35 mg/mL), reduziu

significativamente nos tempos 120 e 192 após a primeira aplicação de óleo de

Croton. A dexametasona (4 mg/mL) foi efetiva em reduzir significativamente nos

tempos 120, 168 e 192 horas após a primeira aplicação de óleo de Croton. (Figura

04), sendo comparado pela avaliação do PE e EIM no último dia do experimento

(Figura 05 e Apêndice 04).

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Figura 04 - Curva tempo-resposta do efeito do OEVA e BISA sobre o edema de orelha induzido pela aplicação múltipla de OC em camundongos. O experimento foi conduzido em 9 dias. Os animais receberam OEVA e BISA em acetona na orelha direita em dias alternados e veículo acetona na orelha esquerda. A espessura da orelha desafiada com o agente flogístico foi mensurada com paquímetro digital antes da aplicação do tratamento, quatro horas após a primeira aplicação do OC (fase aguda) e nos tempos 24, 48, 72, 96, 120, 144, 168 e 192 horas após a primeira aplicação do OC. No 5º dia do experimento (96 horas após a primeira aplicação de OC), a orelha dos animais recebeu veículo salina (controle negativo), dexametasona (DEX), OEVA e BISA (20 μL, 2 vezes ao dia), prosseguindo o tratamento durante os 3 dias posteriores (setas apontam os dias em que houve tratamento). O efeito antiedematogênico das substâncias foi analisado através da variação da espessura da orelha, calculado pela diferença entre a espessura final e a inicial. Os pontos representam a média de 7 animais e as barras verticais o E.P.M. As médias foram comparadas com o grupo controle negativo e foram consideradas significativamente diferentes para p < 0,05 (bp < 0,05; ap < 0,001; comparadas ao controle veículo, ANOVA de duas vias seguido do Teste de Bonferroni).

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Figura 05 – Efeito tópico do OEVA e BISA sobre o edema de orelha induzido pela aplicação múltipla de óleo de Croton (OC) em camundongos. A aplicação de OC foi conduzida em dias alternados, durante 9 dias. No 5º, 6º, 7º e 8º dias do experimento, a orelha dos animais recebeu salina (controle veículo), dexametasona (DEX), OEVA e BISA (20 μL, 2 vezes ao dia). O efeito antiedematogênico das substâncias foi analisado através do edema calculado a partir das massas de discos de 6 mm de diâmetro obtidos das orelhas após 192 horas da primeira aplicação do OC. Cada grupo representa a média de 7 animais e as barras verticais o E.P.M. As médias foram comparadas com o grupo controle veículo e foram consideradas significativamente diferentes para p < 0,05 (bp < 0,05; ap < 0,01; comparadas ao controle veículo. Análise estatística: ANOVA de uma via seguida do teste de Student-Newmann-Keuls).

4.1.3. Edema de orelha induzido por ácido araquidônico

O OEVA nas concentrações de 50 e 100 mg/mL aplicado por via tópica

demonstraram redução significativa no edema de orelha após 1 hora em contato

com ácido araquidônico, comparada com o grupo controle veículo (edema: 3,86 ±

0,73; 6,38 ± 0,71 mg, respectivamente). A indometacina aplicada topicamente,

também demonstrou redução significativa comparada com o controle veículo, (9,81 ±

1,45 (mg) versus 2,37 ± 0,65 (mg), p < 0,001). (Figura 06 e Apêndice 05). O BISA

também reduziu de forma significativa nas concentrações de 35 e 70 mg/mL e

Indometacina (100 mg/mL) a inflamação tópica expressas pelos animais (4,89 ±

0,97; 4,53 ± 0,99; 2,37 ± 0,65 mg, respectivamente) quando comparados ao grupo

controle veículo (9,81 ± 1,45 (mg)). (Figura 06 e Apêndice 06).

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Figura 06 – Efeito tópico do OEVA e BISA sobre o edema de orelha induzido por ácido araquidônico (AA) em camundongos. Os animais foram pré-tratados com solução salina (controle veículo); Indometacina 100 mg/mL (controle positivo), OEVA 50, 100 mg/mL ou BISA 35, 70 mg/mL. Após 15 minutos, receberam topicamente ácido araquidônico (AA) 0,1 μg/mL em acetona. O efeito antiedematogênico das substâncias foi analisado através do edema calculado a partir das massas de discos de 6 mm de diâmetro obtidos das orelhas após 1 hora de aplicação do AA. Cada grupo representa a média de 7 animais e as barras verticais o E.P.M. As médias foram comparadas com o grupo controle veículo e foram consideradas significativamente diferentes para p < 0,05 (cp < 0,05; bp < 0,01 e ap < 0,001 comparadas ao controle veículo. Análise estatística: ANOVA de uma via seguido do teste de Student-Newmann-Keuls).

4.1.4. Edema de orelha induzido por capsaicina

O OEVA e BISA aplicados por via tópica não demonstraram redução

significativa no edema de orelha após 30 minutos da aplicação tópica de capsaicina,

comparada com o grupo tratado com solução salina (controle veículo). O grupo

tratado com dexametasona não demonstrou redução significativa comparada com o

controle veículo (Figura 07, Apêndice 07 e Apêndice 08).

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Figura 07 – Efeito tópico do OEVA e BISA sobre o edema de orelha induzido por capsaicina em camundongos. Os animais foram pré-tratados com solução salina (controle veículo); Dexametasona 4 mg/mL (controle positivo), OEVA 50, 100 mg/mL ou BISA 35, 70 mg/mL. Após 15 minutos, receberam topicamente capsaicina 0,01 μg/mL em etanol 90%. O efeito antiedematogênico das substâncias foi analisado através do edema calculado a partir das massas de discos de 6 mm de diâmetro obtidos das orelhas após 30 minutos de aplicação da capsaicina. Cada grupo representa a média de 7 animais e as barras verticais o E.P.M. As médias foram comparadas com o grupo controle veículo (salina) e foram consideradas significativamente diferentes para p < 0,05 (Análise estatística: ANOVA de uma via seguido do teste de Student-Newmann-Keuls).

4.1.5. Edema de orelha induzido por histamina

O OEVA e BISA aplicado por via tópica não demonstraram redução

significativa no edema de orelha após 2 horas da aplicação intradérmica de solução

de histamina, comparada com o grupo tratado com solução salina (controle veículo).

No caso do OEVA, o grupo tratado com dexametasona demonstrou redução

significativa comparada com o controle veículo. (Figura 08, Apêndice 09 e Apêndice

10).

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Figura 08 – Efeito tópico do OEVA e BISA sobre o edema de orelha induzido por histamina em camundongos. Os animais, previamente anestesiados, foram pré-tratados com solução salina (controle veículo); Dexametasona 4 mg/mL (controle positivo), OEVA 50, 100 mg/mL ou BISA 35, 70 mg/mL. Após 15 minutos, receberam intradermicamente na orelha direita uma injeção de 5 μL de solução de histamina 100 mg/mL. O efeito antiedematogênico das substâncias foi analisado através do edema calculado a partir das massas de discos de 6 mm de diâmetro obtidos das orelhas após 2 horas de aplicação da histamina. Cada grupo representa a média de 7 animais e as barras verticais o E.P.M. As médias foram comparadas com o grupo controle veículo e foram consideradas significativamente diferentes para p < 0,05 (ap < 0,01 comparadas ao controle veículo. Análise estatística: ANOVA seguida do teste de Student-Newmann-Keuls).

4.1.6. Edema de orelha induzido por fenol

O OEVA nas concentrações de 50 e 100 mg/mL aplicado por via tópica

demonstraram redução significativa no edema de orelha após 1 hora da aplicação

tópica de fenol 10% em acetona, comparada com o grupo tratado com salina

(controle negativo), com edema de 11,86 ± 3,45; 6,60 ± 1,96 mg, respectivamente.

O grupo tratado com dexametasona também demonstrou redução significativa (EIM

de 9,38 ± 2,56 (mg)) comparada com o controle negativo (Figura 09 e Apêndice 11).

O BISA também reduziu de forma significativa nas concentrações de 35 e 70 mg/mL

e Dexametasona (4 mg/mL) a inflamação tópica expressas pelos animais (9,84 ±

1,67; 7,60 ± 2,15; 9,38 ± 2,56 mg, respectivamente) quando comparados ao grupo

controle veículo (24,78 ± 5,61) (Figura 09 e Apêndice 12).

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Figura 09 – Efeito tópico do OEVA e BISA sobre o edema de orelha induzido por fenol em camundongos. Os animais foram pré-tratados com solução salina (controle veículo); Dexametasona 4 mg/mL (controle positivo), OEVA 50, 100 mg/mL ou BISA 35, 70 mg/mL. Após 15 minutos, receberam topicamente 20 μL de fenol 10% (v/v) em acetona. O efeito antiedematogênico das substâncias foi analisado através do percentual de edema calculado a partir das massas de discos de 6 mm de diâmetro obtidos das orelhas após 1 hora de aplicação do fenol. Cada grupo representa a média de 7 animais e as barras verticais o E.P.M. As médias foram comparadas com o grupo controle negativo (salina) e foram consideradas significativamente diferentes para p < 0,05 (bp < 0,05; ap < 0,01 comparadas ao controle veículo. Análise estatística: ANOVA seguida do teste de Student-Newmann-Keuls).

4.2. Estudo da atividade antinociceptiva visceral

4.2.1. Nocicepção visceral induzida por ácido acético

O OEVA nas concentrações de 100, 200 e 400 mg/Kg reduziram

significativamente (p < 0,01) o número de comportamentos de nocicepção visceral

expressos pelos animais (20,25 ± 2,17; 18,25 ± 6,08; 18,63 ± 3,86, respectivamente)

quando comparados ao grupo controle veículo (46,63 ± 7,96) (Figura 10 e Apêndice

13). O BISA também reduziu de forma significativa nas concentrações de 50, 100 e

200 mg/Kg o número de comportamentos de nocicepção visceral expressos pelos

animais (10,50 ± 2,94; 8,50 ± 3,20; 8,43 ± 2,57, respectivamente) quando

comparados ao grupo controle veículo (48,63 ± 10,81) (Figura 10 e Apêndice 14).

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Figura 10 – Efeito antinociceptivo do OEVA e BISA no modelo de nocicepção visceral induzida por ácido acético em camundongos. Veículo (10mL/Kg; v.o.), OEVA (100, 200 ou 400 mg/kg, v.o.) ou BISA (50, 100 ou 200 mg/Kg, v.o.) 1 h antes de receberem uma injeção intraperitoneal de ácido acético 0,6% (10 mL/kg). Os valores representam a média ± E.M.P. do númerro de comportamentos de nocicepção visceral exibidas pelos animais durante 20 min, começados a contar 10 min após a injeção de ácido acético 0,6% (10mL/Kg). Foram utilizados 8 animais por grupo. bp < 0,01; ap < 0,001; vs controle veículo (ANOVA e Teste de Student Newman Keul).

4.2.2. Nocicepção visceral induzida por ciclofosfamida

No modelo de nocicepção visceral induzida por ciclofosfamida, houve uma

elevação significante (p < 0,001) no tempo de crises transitórias do grupo controle

veículo (27,82 ± 0,77 min), quando este valor foi comparado ao grupo controle

normal (10,89 ± 1,48 min) (Figura 11). O OEVA nas concentrações de 200 e 400

mg/Kg foi capaz de reduzir de forma significativa o tempo de crises para (18,02 ±

1,11; 23,78 ± 0,70, respectivamente) (Figura 11 e Apêndice 15). O BISA também

reduziu de forma significativa nas concentrações de 100 e 200 mg/Kg (p < 0,001) o

tempo de crises para (20,73 ± 1,06; 18,90 ± 1,60, respectivamente) quando

comparados ao grupo controle veículo (29,42 ± 0,44) (Figura 11 e Apêndice 16).

Quanto aos escores para comportamento nociceptivo, registrados a cada 30

min durante um período de 2 min de observação, o grupo controle veículo mostrou

uma elevação significante em relação ao grupo controle normal. O OEVA nas

concentrações de 200 e 400 mg/Kg reduziu significativamente os escores (39,00 ±

2,46; 50,00 ± 2,42, respectivamente) em relação ao grupo controle veículo (Figura

11 e Apêndice 17). O BISA também reduziu de forma significativa nas

concentrações de 50, 100 e 200 mg/Kg, (p < 0,001) os escores (52,17 ± 2,60; 30,33

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± 1,15; 25,50 ± 3,01, respectivamente) quando comparados ao grupo controle

veículo (68,83 ± 2,92) (Figura 11 e Apêndice 18).

Figura 11 – Efeito antinociceptivo do OEVA e BISA no modelo de nocicepção visceral induzida por ciclofosfamida em camundongos. Veículo (10mL/Kg; v.o.), OEVA (100, 200 ou 400 mg/kg, v.o.) ou BISA (50, 100 ou 200 mg/Kg, v.o.) 1 h antes da injeção de Ciclofosfamida (400 mg/kg, i.p.). Os animais foram observados por 4 h quanto ao tempo total (em minutos) da expressão dos comportamentos relacionados à nocicepção visceral. Além do tempo de crises, a cada intervalo de 30 min os animais foram observados por 2 min para que fosse aferido um escore ao seu comportamento. Os valores representam a media ± E.M.P. o tempo de crises transitórias ou os escores do número de comportamentos de nocicepção visceral exibidas pelos animais. Foram utilizados 8 animais por grupo. bp<0,001 vs controle normal; cp<0,05; ap<0,001 vs controle veículo (ANOVA e Teste de Student Newman Keul).

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4.2.3. Nocicepção visceral induzida por capsaicina

A administração da Capsaicina (0,3%, 50 µl) por via intracolônica elevou de

forma significativa (p < 0,001) o número de comportamentos relacionados à

nocicepção visceral no grupo controle veículo (37,25 ± 5,97), em relação ao grupo

controle normal (10,25 ± 6,21) (Figura 12). O OEVA reduziu a freqüência destes

comportamentos expressos pelos animais de forma significativa nas concentrações

de 100, 200 e 400 mg/Kg (5,75 ± 2,02; 9,25 ± 2,24; 5,88 ± 2,24, respectivamente)

quando comparadas ao grupo controle veículo (37,25 ± 5,97) (Figura 12 e Apêndice

19). O BISA também reduziu de forma significativa nas concentrações de 100 e 200

mg/Kg (p < 0,01) o número de comportamentos de nocicepção visceral expressos

pelos animais (31,00 ± 13,11; 15,33 ± 10,82, respectivamente) quando comparados

ao grupo controle veículo (84,38 ± 12,99 ) (Figura 12 e Apêndice 20).

Figura 12 - Efeito antinociceptivo do OEVA e BISA no modelo de nocicepção visceral induzida por capsaicina em camundongos. Veículo (10mL/Kg; v.o.), OEVA (100, 200 ou 400 mg/kg, v.o.) ou BISA (50, 100 ou 200 mg/kg, v.o.) 1 h antes de receberem uma aplicação intracolônica de Capsaicina (0,3%, 50 µl). Imediatamente após a administração da Capsaicina, foi registrado, durante 30 minutos, o número de comportamentos nociceptivos dos animais relacionados com a nocicepção visceral: lamber o abdômen, piloereção, arrastar o abdômen contra o solo, contorção e retração abdominais. Um grupo controle normal, que recebeu apenas salina por via intracolônica, foi incluído no estudo. Foram utilizados 8 animais por grupo. bp<0,001; cp<0,01; vs controle normal; dp<0,01; ap<0,001 vs controle veículo (ANOVA e Teste de Student Newman Keul)

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4.2.4. Nocicepção visceral induzida por Formalina

A administração da Formalina por via intracolônica elevou de forma

significativa (p < 0,001) o número de comportamentos relacionados à nocicepção

visceral no grupo controle veículo (98,00 ± 16,65), quando este valor foi comparado

ao registrado o grupo controle normal (22,63 ± 5,86) (Figura 13). O OEVA reduziu a

freqüência destes comportamentos de forma significativa nas concentrações de 100,

200 e 400 mg/Kg expressos pelos animais (20,00 ± 5,80; 33,75 ± 8,68; 28,57 ± 5,32,

respectivamente) quando comparados ao grupo controle veículo (98,00 ± 16,65)

(Figura 13 e Apêndice 21). O BISA também reduziu de forma significativa nas

concentrações de 50, 100 e 200 mg/Kg o número de comportamentos de

nocicepção visceral expressos pelos animais (103,0 ± 16,21; 140,4 ± 25,51; 75,13 ±

13,44, respectivamente) quando comparados ao grupo controle veículo (344,6 ±

50,21) (Figura 13 e Apêndice 22).

Figura 13 - Efeito antinociceptivo do OEVA e BISA no modelo de nocicepção visceral induzida por formalina em camundongos. Veículo (10mL/Kg; v.o.), OEVA (100, 200 ou 400 mg/kg, v.o.) ou BISA (50, 100 ou 200 mg/Kg, v.o.) 1h antes de receberem uma aplicação intracolônica de Formalina (10%, 10 µl). As respostas comportamentais foram analisadas durante 1 h. Cada animal foi colocado em uma caixa de acrílico 20 min antes do início do teste. Durante uma hora, o animal apresentou diversos comportamentos relacionados à nocicepção classificados por ordem de intensidade: (1) lambida e grooming (L), (2) tropeços (H), (3) alongamento e contração do corpo inteiro (C). A resposta nociceptiva (S) foi então calculada, utilizando a fórmula: S = 1L + 2H + 3C. Um grupo controle normal, que recebeu apenas salina por via intracolônica, foi incluído no estudo. Foram utilizados 8 animais por grupo. bp<0,001; cp<0,01; vs controle normal; ap<0,001 vs controle veículo (ANOVA e Teste de Student Newman Keul)

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4.2.5. Nocicepção visceral induzida por Óleo de Mostarda

O OEVA nas concentrações de 100, 200 ou 400 mg/kg, atuaram reduzindo o

número total de comportamentos de nocicepção visceral expressos pelos animais

(10,71 ± 1,48; 6,13 ± 1,16; 4,20 ± 1,46, respectivamente) de forma significativa

(p<0,001), comparados ao grupo controle do óleo de mostarda (45,00 ± 11,02). Este

induziu nocicepção visceral caracterizada pela diferença estatística observada

(p<0,001) entre este grupo normal (4,29 ± 1,09), que recebeu somente salina por via

intracolônica (Figura 14 e Apêndice 23). O BISA também reduziu significativamente

nas concentrações de 50, 100 e 200 mg/Kg, o número de comportamentos de

nocicepção visceral expressos pelos animais (21,67 ± 7,99; 33,83 ± 10,28; 27,17 ±

11,05, respectivamente) quando comparados ao grupo controle veículo (107,8 ±

25,01) (Figura 14 e Apêndice 24).

Figura 14 - Efeito antinociceptivo do OEVA e BISA no modelo de nocicepção visceral induzida por óleo de mostarda em camundongos. Veículo (10mL/Kg; v.o.), OEVA (100, 200 ou 400 mg/kg, v.o.), ou BISA (50, 100 ou 200 mg/Kg, v.o.) 1 h antes de receberem uma aplicação intracolônica de Óleo de Mostarda (0,75% em salina 0,9%; 50µL/animal). O número total de comportamentos relacionados à nocicepção (lamber o abdômen, piloereção, arrastar o abdômen contra o solo, contorção e retração abdominais) foram contados por 20 min, imediatamente após a instilação do Óleo de Mostarda. Um grupo controle normal, que recebeu apenas salina por via intracolônica, foi incluído no estudo. Foram utilizados 8 animais por grupo. bp<0,001; vs controle normal; ap<0,001 vs controle veículo (ANOVA e Teste de Student Newman Keul)

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4.2.5.1. Efeito da Naloxona, L-NAME, Ioimbina, Glibenclamida, Ondasentrona e

Vermelho de Rutênio

O tratamento dos animais com Ioimbina (2 mg/Kg, i.p.) e Naloxona (1 mg/Kg,

i.p.) promoveu uma inibição significativa (p<0,05 e p<0,001) do número de

comportamentos de dor expressos (22,88 + 3,53; 2,63 + 0,46) quando comparados

ao grupo controle veículo (44,17 + 5,59) (Figura 15 e Apêndice 25).

1-Normal 2-Veículo 3-Ioimbina 2mg/kg 4-Ondasentrona 0,5mg/kg 5-L-NAME 20mg/kg 6-Glibenclamida 5mg/kg 7- Vermelho de Rutênio 3mg/kg 8-Naloxona 1mg/kg

Figura 15 – Efeito da Naloxona, L-NAME, Ioimbina, Glibenclamida, Ondasentrona e Vermelho de Rutênio no efeito antinociceptivo visceral. Veículo (Tween 80 a 3% em água destilada, 10mL/Kg; v.o.), Naloxona (1 mg/kg, i.p.), L-NAME (20 mg/Kg, i.p.), Ioimbina (2 mg/Kg, i.p.), Glibenclamida (5 mg/kg, i.p.), Ondasentrona (0,5 mg/kg; i.p.), Vermelho de Rutênio (3 mg/kg, s.c.) 30 min antes da administração do Óleo de Mostarda (0,75% em salina 0,9%; 50µL/animal). Os valores representam a média ± E.M.P. do número de comportamentos de nocicepção visceral exibidas pelos animais. Foram utilizados 8 animais por grupo. bp<0,05; ap<0,01; vs controle normal; dp<0,05; cp<0,001 vs controle veículo (ANOVA e Teste de Student Newman Keul)

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4.2.5.2. Estudo do envolvimento do sistema opióide

O tratamento dos animais com OEVA (200 mg/Kg, v.o.) promoveu uma

inibição significativa (p<0,001) do número de comportamentos nociceptivos

expressos (3,75 + 1,52) quando comparados ao grupo controle veículo (32,38 +

3,09). O pré-tratamento com Naloxona (1 mg/Kg, i.p.) não conseguiu reverter a

inibição dos comportamentos nociceptivos do OEVA (Figura 16 e Apêndice 26). O

tratamento dos animais com BISA (50 mg/Kg, v.o.) promoveu uma inibição

significativa (p<0,05) do número de comportamentos nociceptivos expressos (115,7

± 25,33) quando comparados ao grupo controle veículo (181,9 ± 24,07). O pré-

tratamento com Naloxona (1 mg/Kg, i.p.) não conseguiu reverter a inibição dos

comportamentos nociceptivos do BISA. (Figura 16 e Apêndice 27).

Figura 16 - Estudo do envolvimento do sistema opióide no efeito antinociceptivo visceral do OEVA e BISA. Veículo (Tween 80 a 3% em água destilada, 10mL/Kg; v.o.), OEVA (200 mg/kg, v.o.) ou BISA (50 mg/kg, v.o.) 1 h ou 30 min antes da administração do Óleo de Mostarda (0,75% em salina 0,9%; 50µL/animal). O envolvimento do sistema opióide foi avaliado pela administração de Naloxona 30 min antes da administração do OEVA. Após 1 h, os animais receberam o Óleo de Mostarda. Os valores representam a média ± E.M.P. do número de comportamentos de nocicepção visceral exibidas pelos animais. Foram utilizados 8 animais por grupo. cp<0,01; bp<0,001 vs controle normal; dp<0,05; ap<0,001 vs controle veículo (ANOVA e Teste de Student Newman Keul)

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4.2.5.3. Estudo do envolvimento do óxido nítrico

O tratamento dos animais com OEVA (200 mg/Kg, v.o.) promoveu uma

inibição significativa do número de comportamentos nociceptivos expressos (10,50 ±

3,86) quando comparados ao grupo controle veículo (45,38 ± 5,73). O pré-

tratamento com L-NAME (20 mg/Kg, i.p.) não conseguiu reverter a inibição dos

comportamentos nociceptivos do OEVA. (Figura 17 e Apêndice 28). No tratamento

dos animais com BISA (50 mg/Kg, v.o.) ocorreu uma inibição significativa (p<0,05)

do número de comportamentos de dor expressos (115,7 ± 25,33) quando

comparados ao grupo controle veículo (181,9 ± 24,07). O pré-tratamento com

L-NAME (20 mg/Kg, i.p.) não conseguiu reverter a inibição dos comportamentos

nociceptivos do BISA. (Figura 17 e Apêndice 29).

Figura 17 - Estudo do envolvimento do óxido nítrico no efeito antinociceptivo visceral do OEVA e BISA. Veículo (Tween 80 a 3% em água destilada, 10mL/Kg; v.o.), OEVA (200 mg/kg, v.o.), BISA (50 mg/kg, v.o.) 1 h antes da administração do Óleo de Mostarda (0,75% em salina 0,9%; 50µL/animal). O envolvimento do óxido nítrico foi avaliado pela administração de L-NAME 30 min antes da administração do OEVA. Após 1 h, os animais receberam o Óleo de Mostarda. Os valores representam a média ± E.M.P. do número de comportamentos nociceptivos exibidos pelos animais. Foram utilizados 8 animais por grupo. ep<0,05 vs Bisa 50mg/kg; cp<0,01; bp<0,001 vs controle normal; dp<0,05; ap<0,001 vs controle veículo (ANOVA e Teste de Student Newman Keul)

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4.2.5.4. Estudo do envolvimento dos receptores noradrenérgicos α2

O tratamento dos animais com OEVA (200 mg/Kg, v.o.) promoveu uma

inibição significativa (p<0,001) do número de comportamentos nociceptivos

expressos (2,50 ± 1,09) quando comparados ao grupo controle veículo (28,50 ±

4,00). O pré-tratamento com Ioimbina (2 mg/Kg, i.p.) não conseguiu reverter a

inibição dos comportamentos nociceptivos do OEVA. (Figura 18 e Apêndice 30). No

tratamento dos animais com BISA (50 mg/Kg, v.o.) ocorreu uma inibição significativa

(p<0,001) do número de comportamentos nociceptivos expressos (1,29 ± 0,75)

quando comparados ao grupo controle veículo (28,50 ± 4,00). O pré-tratamento com

Ioimbina (2 mg/Kg, i.p.) não conseguiu reverter a inibição dos comportamentos

nociceptivos do BISA. (Figura 18 e Apêndice 31).

Figura 18 - Estudo do envolvimento dos receptores noradrenérgicos α2 no efeito antinociceptivo visceral do OEVA e BISA. Veículo (Tween 80 a 3% em água destilada, 10mL/Kg; v.o.), OEVA (200 mg/kg, v.o.), BISA (50 mg/kg, v.o.) 1 h antes da administração do Óleo de Mostarda (0,75% em salina 0,9%; 50µL/animal). O envolvimento do óxido nítrico foi avaliado pela administração de Ioimbina 30 min antes da administração do OEVA. Após 1 h, os animais receberam o Óleo de Mostarda. Os valores representam a média ± E.M.P. do número de comportamentos nociceptivos visceral exibidos pelos animais. Foram utilizados 8 animais por grupo. bp<0,001 vs controle normal; ap<0,001 vs controle veículo (ANOVA e Teste de Student Newman Keul)

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4.2.5.5. Estudo do envolvimento dos canais K+ATP

O tratamento dos animais com OEVA (200 mg/Kg, v.o.) promoveu uma

inibição não significativa do número de comportamentos nociceptivos expressos

(10,50 ± 3,86) quando comparados ao grupo controle veículo (45,38 ± 5,73). O pré-

tratamento com Glibenclamida (5 mg/kg, i.p.) não conseguiu reverter a inibição dos

comportamentos nociceptivos do OEVA. (Figura 19 e Apêndice 32). No tratamento

dos animais com BISA (50mg/Kg, v.o.) ocorreu uma inibição significativa (p<0,05) do

número de comportamentos nociceptivos expressos (115,7 ± 25,33) quando

comparados ao grupo controle veículo (181,9 ± 24,07). O pré-tratamento com

Glibenclamida (5 mg/kg, i.p.) não conseguiu reverter a inibição dos comportamentos

nociceptivos do BISA. (Figura 19 e Apêndice 33).

Figura 19 - Estudo do envolvimento dos canais de K+ATP no efeito

antinociceptivo visceral do OEVA e BISA. Veículo (Tween 80 a 3% em água destilada, 10mL/Kg; v.o.), OEVA (200 mg/kg, v.o.), BISA (50 mg/kg, v.o.) 1 h antes da administração do Óleo de Mostarda (0,75% em salina 0,9%; 50µL/animal). O envolvimento dos K+

ATP foi avaliado pela administração de Glibenclamida 30 min antes da administração do OEVA. Após 1 h, os animais receberam o Óleo de Mostarda. Os valores representam a média ± E.M.P. do número de comportamentos nociceptivos visceral exibidos pelos animais. Foram utilizados 8 animais por grupo. cp<0,01; bp<0,001 vs controle normal; dp<0,05; ap<0,001 vs controle veículo (ANOVA e Teste de Student Newman Keul)

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4.2.5.6. Estudo do envolvimento dos receptores serotoninérgicos 5-HT3

O tratamento dos animais com OEVA (200 mg/Kg, v.o.) promoveu uma

inibição significativa (p<0,001) do número de comportamentos nociceptivos

expressos (10,50 + 3,86) quando comparados ao grupo controle veículo (45,38 +

5,73). O pré-tratamento com Ondasentrona (0,5 mg/kg; i.p.) não conseguiu reverter

a inibição dos comportamentos nociceptivos do OEVA (Figura 20 e Apêndice 34). No

tratamento dos animais com BISA (50 mg/Kg, v.o.) promoveu uma inibição

significativa (p<0,05) do número de comportamentos nocicepção expressos (115,7 ±

25,33) quando comparados ao grupo controle veículo (181,9 ± 24,07). O pré-

tratamento com Ondasentrona (0,5 mg/kg; i.p.) não conseguiu reverter a inibição dos

comportamentos nociceptivos do BISA. (Figura 20 e Apêndice 35).

Figura 20 – Estudo do envolvimento dos receptores serotoninérgicos no efeito antinociceptivo visceral do OEVA e BISA. Veículo (Tween 80 a 3% em água destilada, 10mL/Kg; v.o.), OEVA (200 mg/kg, v.o.), BISA (50 mg/kg; v.o.) 1 h antes da administração do Óleo de Mostarda (0,75% em salina 0,9%; 50µL/animal). O envolvimento dos receptores serotoninérgicos foi avaliado pela administração de Ondasentrona 30 min antes da administração do OEVA. Após 1 h, os animais receberam o Óleo de Mostarda. Os valores representam a média ± E.M.P. do número de comportamentos nociceptivo visceral exibidas pelos animais. Foram utilizados 8 animais por grupo. cp<0,01; bp<0,001 vs controle normal; dp<0,05; ap<0,001 vs controle veículo (ANOVA e Teste de Student Newman Keul)

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4.2.5.7. Estudo do envolvimento dos receptores TRPV1

O tratamento dos animais com OEVA (200 mg/Kg, v.o.) promoveu uma

inibição significativa (p<0,001) do número de comportamentos nociceptivo expressos

(7,38 + 1,59) quando comparados ao grupo controle veículo (26,00 + 2,94). O pré-

tratamento com Vermelho de Rutênio (3 mg/kg, s.c.) não conseguiu reverter a

inibição dos comportamentos nociceptivos do OEVA (Figura 21 e Apêndice 36). No

tratamento dos animais com BISA (50mg/Kg, v.o.) promoveu uma inibição

significativa (p<0,05) do número de comportamentos nociceptivo expressos (115,7 ±

25,33) quando comparados ao grupo controle veículo (181,9 ± 24,07). O pré-

tratamento com Vermelho de Rutênio (3 mg/kg, s.c.) não conseguiu reverter a

inibição dos comportamentos nociceptivos do BISA. (Figura 21 e Apêndice 37).

Figura 21 – Estudo do envolvimento dos receptores TRPV1 no efeito antinociceptivo visceral do OEVA e BISA. Veículo (Tween 80 a 3% em água destilada, 10mL/Kg; v.o.), OEVA (200 mg/kg, v.o.), OEVA (50 mg/kg, v.o.) 1 h antes da administração do Óleo de Mostarda (0,75% em salina 0,9%; 50µL/animal). O envolvimento dos receptores TRPV1 foi avaliado pela administração do Vermelho de Rutênio antes da administração do OEVA. Após 1 h, os animais receberam o Óleo de Mostarda. Os valores representam a média ± E.M.P. do número de comportamentos nociceptivo visceral exibidos pelos animais. Foram utilizados 8 animais por grupo. cp<0,01; bp<0,001 vs controle normal; ep<0,01; dp<0,05; ap<0,001 vs controle veículo (ANOVA e Teste de Student Newman Keul)

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4.2.6. Teste do campo aberto

No teste de campo aberto, o OEVA, na dose de 200 mg/Kg não alterou de

forma significativa o número de secções transpassadas pelos animais (33,67 ± 5,46),

quando este valor foi comparado ao grupo controle veículo (55,25 ± 6,41). (Figura 22

e Apêndice 38). A figura 22 mostra que o bisabolol, na dose de 50 mg/kg, não

interfere com a locomoção espontânea dos animais, quando comprada ao grupo

controle veículo (13,57 ± 3,22; 23,50 ± 5,05, respectivamente). (Figura 22 e

Apêndice 39)

Figura 22. Efeito do OEVA e BISA sobre a atividade motora espontânea de camundongos no teste do campo aberto. Veículo (Tween 80 a 3% em água destilada, 10mL/Kg; v.o.), OEVA (200 mg/kg, v.o.), BISA (50 mg/kg, v.o.) 1 h após o tratamento todos os animais foram levados individualmente ao campo aberto e, após 1 min de ambientalização, observados durante 4 min, sendo registrado o número de secções transpassadas pelos animais. Os valores representam a média ± E.M.P. do número de secções transpassadas pelos animais durante o período de observação. Foram utilizados 8 animais por grupo (Teste T não-pareado).

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5. DISCUSSÃO

No Brasil, especialmente no Nordeste, o uso de plantas medicinais e

preparações caseiras assume importância fundamental no tratamento de patologias

que afetam as populações de baixa renda, tendo em vista a deficiência de

assistência médica, a influência da transmissão oral dos hábitos culturais e a

disponibilidade da flora (MATOS, 1989). Tendo em vista o uso popular das plantas

medicinais, foi investigado no presente estudo, o efeito antiinflamatório tópico e

antinociceptivo visceral do óleo essencial do caule da Vanillosmopsis arborea Baker

e de seu principal constituinte o (-)-α-bisabolol.

O potencial antiinflamatório tópico do OEVA e do BISA foi determinado com

a aplicação do modelo de edema de orelha induzido por vários agentes irritantes

(GÁBOR, 2000). Esses testes tendem a verificar o potencial antiedematogênico de

substâncias aplicadas por via tópica. Além de verificar possíveis propriedades

terapêuticas de substâncias no tratamento de inflamações cutâneas agudas, esses

modelos fornecem indícios de propriedades importantes, como a absorção e a

provável ação local da substância em estudo, devido a sua aplicação direta no foco

inflamatório (VANE, 2000).

Justifica-se a utilização de diferentes agentes irritantes (óleo de Croton,

capsaicina, AA, histamina, fenol) devido ao seu mecanismo de ação edematogênica

distintos, simulando afecções cutâneas características ou sugerindo o possível

mecanismo de ação antiedematogênica da substância em estudo (BLAZSÓ;

GÁBOR, 1995). Com o propósito de investigar uma possível atividade

antinociceptiva do OEVA e do BISA na nocicepção visceral que justificasse mais

fortemente a utilização terapêutica do mesmo, foram testados cinco modelos de

nocicepção visceral: ácido acético, ciclofosfamida, capsaicina, formalina e óleo de

mostarda.

O óleo de Croton, extraído da planta Croton tiglum, tem como princípios

irritantes ésteres de forbol, destacando-se como majoritário o 13-acetato de 12-

otetracanoilforbol (TPA, do inglês 12-o-tetracanoilphorbol-13-acetate) que é um

modelo empregado para avaliar a resposta inflamatória, uma vez que esse agente

flogístico induz inflamação cutânea e hiperproliferação celular em animais,

semelhantes a diversas doenças de pele como, por exemplo, a psoríase (GÁBOR,

2000).

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Estudos afirmam que a inflamação aguda induzida pela aplicação tópica de

TPA ocorre devido ao aumento da permeabilidade vascular e vasodilatação,

resultando em migração de leucócitos polimorfonucleares (principalmente

neutrófilos), liberação de histamina e serotonina e moderada síntese de

eicosanoides (6-ceto-PGF1α, PGE2 e LTB4) (PUNGERÓ et al., 1998; BADILLA et

al., 2007).

O mecanismo pelo qual o TPA exerce seu efeito é decorrente da ativação da

proteína quinase C (PKC), bem como da ativação seqüencial de outros grupos

enzimáticos, como as proteínas quinases ativadas por mitógenos (MAPK) e a

fosfolipase A2 (PLA2), que induz a liberação de Fator de Ativação Plaquetária (PAF)

e Àcido Araquidônico (AA) que, consequentemente, desencadeia a produção de

eicosanoides inflamatórios via enzimas ciclooxigenase (COX) e lipoxigenase (LOX)

(FERRANDIZ et al., 1996; WANG et al., 2001; MURAKAWA et al., 2006). O TPA

também parece induzir a expressão de citocinas pró-inflamatórias em queratinócitos

da pele, desencadeando o processo inflamatório (WILMER et al.,1994; REDONDO

et al., 1997).

O edema de orelha induzido por óleo de Croton é um modelo bem

estabelecido para a investigação dos efeitos de compostos antiinflamatórios

esteroidais e não esteroidais (TOWBIN et al., 1995). Fármacos inibidores da COX e

5-LOX, antagonistas de leucotrienos (LTB4), inibidores seletivos de iNOS e

corticosteróides podem demonstrar ação tópica, com redução significativa do edema

em modelos animais de inflamação cutânea induzida por óleo de Croton ou TPA

(MURAKAWA et al., 2006; MEDEIROS et al., 2009).

A aplicação tópica do OEVA e BISA inibiu o edema de orelha, induzido pelo

óleo de Croton bem como o glicocorticóide utilizado como controle positivo

(dexametasona). Estes dados sugerem, em parte, que o tratamento poderia estar

interferindo na expressão de citocinas pró-inflamatórias, como o TNF-α, inibindo a

síntese ou atividade da COX-2 e conseqüentemente a inibição da síntese/liberação

de prostaglandinas (PGs) ou ainda estar agindo diretamente na via da COX-2 e LOX

(BOLLER, 2007).

Enquanto uma aplicação única de óleo de Croton fornece dados quanto à

atividade antiedematogênica de uma substância num processo inflamatório agudo, a

aplicação múltipla de óleo de Croton, em dias alternados, avalia a atividade

antiedematogênica num processo inflamatório já estabelecido, com características

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semelhantes a uma inflamação crônica. A aplicação múltipla de óleo de Croton

promove uma reação inflamatória persistente acompanhada do aumento da massa

das orelhas, intensa migração de neutrófilos, macrófagos e linfócitos T (CD4+ e

CD8+) e hiperproliferação epidérmica (acantose), demonstrando características

encontradas em algumas doenças inflamatórias crônicas da pele (STANLEY et

al.,1991). Corticosteróides e inibidores da LOX demonstram atividade nesse modelo,

enquanto os inibidores da COX e anti-histamínicos demonstram pouco ou nenhum

efeito (GREEN; SHUSTER, 1987). Por isso, esse modelo demonstra ação de

fármacos que influenciam a liberação de leucotrienos (STANLEY et al., 1991). O

OEVA 50 mg/mL foi capaz de inibir significativamente o efeito edematogênico da

aplicação múltipla de óleo de Croton na orelha de camundongos após 48 horas do

início do tratamento enquanto o OEVA 100 mg/mL inibiu significativamente apenas

após 96 horas do início do tratamento. O BISA 35 mg/mL inibiu significativamente o

efeito edematogênico da aplicação múltipla de óleo de Croton na orelha de

camundongos após 48 horas do início do tratamento.

Para auxiliar na investigação sobre o mecanismo pelo qual o OEVA e BISA

promovem seu efeito antiinflamatório tópico, foram utilizados outros agentes

flogísticos que desencadeiam processos inflamatórios agudos por mecanismos

distintos, como o ácido araquidônico, capsaicina, histamina e fenol.

O ácido araquidônico (AA) e seus metabólitos estão associados a uma

grande gama de doenças inflamatórias cutâneas como dermatite atópica e psoríase.

Young et al. (1984) observaram, pela primeira vez, que a aplicação tópica de ácido

araquidônico foi capaz de provocar uma intensa resposta inflamatória. A

vasodilatação e a hiperemia provocadas pelo AA foram observadas após 5 minutos,

enquanto o edema pôde ser visualizado após 15 minutos com pico máximo de 60

minutos, coincidindo com extravasamento de proteínas e leucócitos.

Os principais produtos metabólicos do AA que estão envolvidos com

processos inflamatórios são a prostaglandina (PGE2) e os leucotrienos C4 e D4

(LTC4/LTD4) (CHANG et al., 1986). A PGE2 é um potente vasodilatador e atua de

modo sinérgico com outros vasodilatadores inflamatórios, como a histamina e a

bradicinina. A PGE2 intensifica a formação de edema e a infiltração de leucócitos,

pelo aumento do fluxo sanguíneo no sítio inflamatório (LEE et al., 2003). Sanches e

Moreno (1999) mostraram que a aplicação tópica do AA ou PGE2 induz um aumento

da expressão de COX-2. Em adição a esses resultados, Fischer (2002) mostrou que

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o tratamento de queratinócitos com PGs, aumenta a expressão das duas isoformas

de COX através de vias de sinalização de AMPc. Os leucotrienos, produtos da

lipooxigenase (LOX), também participam do processo inflamatório causando

extravasamento vênular, mudanças no fluxo sangüíneo e eritema. Estudos

realizados por Crummey et al. (1987) demonstraram que inibidores da LOX foram

capazes de reverter o edema de orelha induzido pelo ácido araquidônico.

Vale ressaltar que há metabólitos do AA também responsáveis por

degranulação dos mastócitos, liberando histamina: isso significa afirmar que o

modelo de edema induzido por AA não é específico para identificar compostos que

inibem exclusivamente a COX ou LOX, pois antagonistas da histamina e

antioxidantes também são capazes de reduzir o edema induzido por AA (YOUNG et

al, 1984; CRUMMEY et al, 1987; BLASZÓ; GÁBOR, 1995).

De acordo com os resultados obtidos, assim como no modelo do óleo de

Croton, o OEVA e BISA inibiram a resposta inflamatória produzida pelo ácido

araquidônico de forma semelhante à indometacina (inibidor da atividade da enzima

COX). Esses dados sustentam os resultados obtidos no modelo do edema de orelha

induzido pelo óleo de Croton, sugerindo que o tratamento parece interferir na

biossíntese dos eicosanóides, pela inibição da COX ou ainda na biossíntese dos

leucotrienos, pela inibição da LOX.

A capsaicina (8-metil-N-vanilil-6-nonenamida) é um alcaloide irritante

presente em plantas do gênero Capsicum (pimentas) e é responsável pelo sabor

picante dos frutos dessas espécies. Quando em contato com a pele, a capsaicina

exerce efeito imediato sobre um alvo específico, os receptores vaniloides TRPV1,

também localizados em fibras aferentes primárias do tipo C e parte das fibras do tipo

Aδ, que produz resposta rápida através da liberação de neuropeptídeos, como o

peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP), substância P (SP),

taquicininas e as monoaminas como a histamina e a serotonina (GÁBOR; RAZGA,

1992; INOUE et al., 1993; 1995), que aumentam a resposta inflamatória neurogênica

imediata, caracterizada por vasodilatação das arteríolas, aumento do fluxo

sanguíneo e conseqüente extravasamento plasmático e sensibilização a dor

(GÁBOR, 2000).

O OEVA e BISA não demonstraram redução significativa do edema de

orelha induzido por capsaicina, sugerindo não influenciar as vias inflamatórias

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ativadas pela capsaicina, como a ativação dos receptores vanilóides ou da própria

capsaicina.

A histamina causa vasodilatação e um aumento na permeabilidade vascular,

promovendo uma resposta edematogênica em poucos minutos (BRAND et al.,

2002). Além dessas ações, a histamina ainda estimula fibras nervosas sensitivas

através de mecanismos H1-dependentes que resulta em prurido. Uma das principais

funções fisiopatológicas da histamina é a sua ação como mediador das reações de

hipersensibilidade do tipo I, como a urticária (RANG et al., 2007; BRAND et al.,

2002).

A histamina é uma amina vasoativa liberada por mastócitios ativados pelas

proteínas do complemento C3a e C5a, por leucócitos, por IgE, sendo responsável

pelo aumento da permeabilidade vascular e ação vasodilatadora (RANG et al., 2007;

KINDT et al., 2008). Anti-histamínicos e corticosteróides apresentam redução do

edema induzida por histamina.

De acordo com o presente estudo, o OEVA e BISA não foram capazes de

reduzir significativamente o edema induzido por histamina, comparada ao controle

negativo salina. Este dado sugere não haver envolvimento do OEVA e BISA em vias

relacionadas com a histamina, acreditando-se não haver envolvimento do OEVA e

BISA na inibição do efeito da histamina produzida na ação edematogênica induzida

por AA, e sim na influência da produção de eicosanoides inflamatórios.

O edema de orelha induzido por fenol é um bom modelo para simular uma

dermatite de contato. Quando há o contato do fenol com a pele, os queratinócitos

produzem mediadores químicos importantes na irritação primária de contato,

incluindo citocinas associadas a propriedades pró-inflamatórias, tais como IL-1α,

TNF-α e IL-8 (LIM et al., 2004). Essas citocinas pró-inflamatórias são produzidas por

um mecanismo diferente das vias dependentes da PKC (como ocorre na inflamação

induzida por óleo de Croton). É provável que a irritação cutânea seja desencadeada

pela ruptura da membrana plasmática dos queratinócitos, e de outros mediadores

inflamatórios como os metabólitos do AA e de espécies reativas de oxigênio (ROS),

estes últimos também formados devido ao estresse oxidativo (WILMER et al., 1994;

MURRAY et al., 2007).

O OEVA e BISA reduziram de maneira significativa o edema induzido por

fenol quando comparado com o grupo controle. Esse dado também sugere a

possível utilização do tratamento em dermatites de contato irritativas. O BISA tem

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atividade antiinflamatória devido à inibição da síntese de leucotrienos. (KAMATOU et

al., 2010)

De acordo com os modelos de edema de orelha induzidos por óleo de

Croton, AA, capsaicina, histamina e fenol, observa-se que o OEVA e BISA

demonstraram comportamento semelhante a fármacos que reduzem a produção de

metabólitos do AA. Sugere-se, portanto, que a ação antiedematogênica esteja ligada

a fatores que modifiquem a produção de eicosanoides inflamatórios, podendo sua

ação estar relacionada à inibição das enzimas COX e LOX e a produção de

eicosanoides antiinflamatórios (PGE2, lipoxinas ou outros). Dando continuidade aos

nossos estudos, vários modelos de nocicepção visceral podem ser utilizados para

avaliar a atividade antinociceptiva visceral.

O modelo de nocicepção visceral mais comumente utilizado em

camundongos é o teste de contorções abdominais. Este teste envolve a injeção

intraperitoneal de substâncias químicas, como o ácido acético. O efeito

antinociceptivo do OEVA e BISA já tinha sido demonstrado neste modelo

experimental e também no modelo de dor induzida pela administração intraplantar

de formalina.

Em animais, muitas substâncias algogênicas, como o ácido acético,

ciclofosfamida, capsaicina, formalina e óleo de mostarda, quando aplicadas a

estruturas viscerais induzem a expressão de comportamentos relacionados à dor

envolvendo fibras aferentes sensíveis à capsaicina. (JORDT et al., 2004;

KOBAYASHI, 2003; MAGGI et al., 1992).

Essas substâncias algogênicas induzem dor, bem como uma reação

inflamatória, quando fibras aferentes viscerais são sensibilizadas ou neurônios

centrais sofrem uma mudança em sua excitabilidade (sensibilidade central) após

persistente ativação visceral (GEBHART, 1995).

Tem sido bem estabelecido que muitas substâncias algogênicas induzem

comportamentos nociceptivos relacionados à dor em roedores após a aplicação

intraperitoneal ou intracolônica, e vários trabalhos revelam que compostos naturais,

como os terpenóides, cetonas insaturadas dialdeídos e fenólicos pode suprimir

esses comportamentos. (OLIVEIRA et al., 2005)

Desconforto e dor são as principais sensações expressas pelas vísceras e

ambas aumentam em freqüência e intensidade em pacientes com uma desordem

funcional. Nociceptores viscerais sensibilizados podem contribuir para estas

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sensações alteradas e poucas são as drogas disponíveis para o tratamento da dor

de origem visceral (LIMA JÚNIOR, 2005).

O OEVA e BISA, nas doses utilizadas, reduziram significativamente o

número de comportamentos nociceptivos induzidos por ácido acético em relação ao

grupo tratado com veículo, confirmando assim sua atividade antinociceptiva. Embora

a inibição das contorções abdominais induzidas por ácido acético represente uma

antinocicepção periférica (WEI et al., 1986), o modelo não possui especificidade,

desde que uma diversidade de compostos farmacológicos, como antidepressivos

tricícliclos (TAKAHASHI; PAZ, 1987), anti-histaminicos (YEH, 1986) e anti-

depressivos (PETTIBONE; MUELLER, 1981) inibem as contorções abdominais

induzidas por ácido acético e mostram uma antinocicepção que pode ser

questionada. Estes resultados estão de acordo com o trabalho realizado por

SANTOS, 2009 e ROCHA, 2009.

A ciclofosfamida é um agente antitumoral utilizado no tratamento

quimioterápico do câncer e a cistite é um de seus efeitos colaterais importantes. A

ciclofosfamida por si é inerte, porém, após a ativação metabólica no fígado, são

geradas acroleína e mostarda fosfamida que parecem ser responsáveis pelos efeitos

tóxicos e citostáticos, respectivamente (FRAISER; KEHRER, 1993).

Desde a introdução da ciclofosfamida como agente terapêutico em 1958, a

cistite hemorrágica tem sido reconhecida como uma complicação que limita sua

utilização (PHILIPS et al., 1961). Essa patologia é resultado do acúmulo na bexiga

do produto tóxico do metabolismo microssomal hepático da ciclofosfamida,

acroleina, responsável pela urotoxicidade (COX, 1979).

Estudos demonstram que mediadores inflamatórios endógenos como o fator

de ativação plaquetária (PAF), fator de necrose tumoral (TNF) e interleucina 1(IL-1)

estão envolvidos na cistite pelo fato de aumentarem a produção do óxido nítrico, um

radical livre orgânico, no tecido alvo (GOMES et al., 1995; LIMA, 1994; OTER et al.,

2004).

A liberação da substância P de neurônios aferentes primários atua

perifericamente estimulando a síntese local do óxido nítrico, o que promove um

incremento no dano tecidual na bexiga, precipitando a instalação do processo

inflamatório e dor, característicos nesta patologia (ALFIERI et al., 2001).

O OEVA, (200 mg/Kg e 400 mg/Kg) e BISA (100 mg/Kg e 200 mg/Kg) foram

capazes de reduzir de forma significativa o tempo de crises transitórias quando

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comparado com o grupo controle veículo, assim como reduziu de forma significativa

os escores para comportamento nociceptivo em relação ao grupo citado.

Os receptores sensíveis à capsaicina, receptores vanilóides do tipo 1 (VR1),

encontram-se em neurônios sensoriais. Esta substância tem sido bastante utilizada

em estudos envolvendo dor por agir especificamente nas fibras primárias aferentes

dos tipos C e Aδ. Quando ativados estes neurônios evocam a sensação de dor em

queimação e liberam neuropeptídeos que induzem a inflamação neurogênica

(HOLZER, 1991).

Outro modelo de nocicepção visceral foi proposto, utilizando a administração

intracolônica de capsaicina, sem o uso de anestesia (LAIRD et al., 2001). Neste

modelo o pré-tratamento com OEVA, nas doses testadas, reduziu significativamente

a expressão de comportamentos nociceptivos relacionados à dor visceral em relação

ao grupo controle veículo. Tais resultados apontam para uma atividade

antinociceptiva visceral do OEVA. O BISA, nas doses de 100 mg/kg e 200 mg/Kg

reduziu o comportamento nociceptivo em relação ao grupo controle veículo. Como o

OEVA e BISA não conseguiram inibir o edema de orelha induzido por capsaicina,

podemos excluir uma relação direta da ativação de receptores TRPV1 pelo

tratamento. A atividade antinociceptiva visceral do OEVA e BISA pode estar

relacionada à inibição de sensibilização dos neurônios aferentes primários terminais

por prostaglandinas (LEITE el at., 2011).

O modelo de dor visceral da formalina assemelha-se a uma dor provocada

pela administração intracolônica de outras substâncias, tais como óleo de mostarda

e capsaicina (LAIRD et al., 2001). Sabetkasaie et al., 2004 forneceram evidências de

que a instilação intracolônica de formalina através do ânus evoca comportamentos

diferenciados, que refletem a dor visceral. Neste modelo de nocicepção visceral

induzida por formalina, o pré-tratamento com OEVA e BISA, nas doses testadas,

reduziu significativamente a expressão de comportamentos nociceptivos em relação

ao grupo controle veículo. Tais resultados apontam para uma atividade

antinociceptiva visceral do OEVA e BISA.

O óleo de mostarda é um potente ativador neuronal que promove alodinia

(resposta aumentada a estímulos não-nóxicos) e hiperalgesia (sensibilidade

aumentada a estímulos nóxicos) em poucos minutos após aplicação (nocicepção

neurogênica). Além disso, ele é capaz de induzir uma colite aguda e transitória

(nocicepção não-neurogênica).

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O Alil-isotiocianato é o maior constituinte do óleo de mostarda, sendo

postulada uma ação sobre receptores da capsaicina TRPV1, além de desenvolver

lesão tecidual direta com produção de mediadores inflamatórios, como a bradicinina

e prostaglandinas. Muito se questiona quanto ao real mecanismo pró-nociceptivo

desta substância uma vez que camundongos “knock-out” para o receptor TRPV1

possuem sensibilidade para o óleo de mostarda, sugerindo que a capsaicina, um

reconhecido agonista destes receptores, e os isotiocinatos possuem mecanismos

moleculares diferentes. Contudo, respostas inflamatórias induzidas por esses

agentes irritantes relevam uma dessensibilização cruzada, sugerindo uma

convergência entre as vias de sinalização celular (CATERINA et al., 2000).

Mais recentemente, um estudo realizado por Bautista et al. (2006), sugeriu a

ligação do óleo de mostarda com um receptor específico, denominado TRPA1.

Utilizando camundongos “knockout” para esse tipo de receptor, mostrou-se que o

TRPA1 é um importante receptor, no qual irritantes e agentes algésicos endógenos

se ligam despolarizando nociceptores para causar a dor inflamatória.

No modelo do óleo de mostarda, o OEVA e BISA reduziram

significativamente o tempo de crises transitórias quando comparado com o grupo

controle veículo. As vísceras expressam uma vasta gama de receptores de

membrana (incluindo receptores vanilóides, TRPV1) para estímulos químicos, que

estão envolvidos na sinalização sensorial desde a periferia até o sistema nervoso

central (WOOD, 2004).

Os resultados de nocicepção são inibidos, mas o efeito mais pronunciado

ocorre sobre o ácido araquidônico, formalina, óleo de mostarda. E o efeito sobre a

ciclofosfamida e capsaicina é parcial. Este efeito antinociceptivo pode estar

relacionado ao alto teor de (-)-α-bisabolol encontrado no OEVA, uma vez

que Alves et al. (2010) relatou que o (-)-α-bisabolol é capaz de reduzir a

excitabilidade neuronal de uma forma dependente da concentração e tem atividade

nociceptiva visceral (LEITE et al., 2011). Confirmando os dados do (-)-α-bisabolol.

O estudo do mecanismo de ação do OEVA releva que aparentemente não

existe o envolvimento do sistema opióide na ação antinociceptiva. A naxolona, um

antagonista não seletivo do receptor opióde, não conseguiu reverter

significativamente o efeito antinociceptivo do tratamento, caracterizando que pode

não existir participação deste sistema na modulação inibitória da dor visceral. Mas o

BISA em combinação com a naloxona potencializam a atividade nociceptiva. Estas

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observações sugerem que o BISA não age como agonista do receptor opióde, mas

pode eventualmente induzir uma influência modulatória sobre receptores opiódes.

O óxido nítrico (NO) é um gás, de secreção parácrina, cuja ação se

restringe às proximidades do local onde foi produzido. Vários anos foram

necessários para identificar sua ação, já que ele é rapidamente degradado. Nos

tecidos, ele é sintetizado pela ação da enzima óxido nítrico sintase sobre o

aminoácido L - arginina. O NO se difunde para as células-alvo onde ele ativa a forma

citosólica da guanilil ciclase e promove a formação do segundo mensageiro GMPc.

(SILVERTHORN, 2003).

O NO é responsável pela ativação da guanilato ciclase solúvel e aumento da

GMPc intracelular, podendo então modular uma série de funções fisiológicas.

Também está envolvido na nocicepção central e periférica, agindo como pró-

nociceptivo, bem como um agente antinociceptivo. Diversos estudos têm

evidenciado alguma participação do NO durante a transmissão nociceptiva

prolongada, notadamente medular, sugerindo importante papel do NO na dor

(DICKENSON, 1995). Entretanto, o mecanismo exato pelo qual o óxido nítrico

exerce esse duplo efeito ainda é incerto (MACHELSKA et al., 1997; ZAKARIA et al.,

2005).

O NO no cérebro atua como neurotransmissor e neuromodulador. Nos vasos

sanguíneos, é produzido pelas células endoteliais. Ele então se difunde para as

células da musculatura lisa adjacente promovendo o seu relaxamento e por

conseqüência a dilatação do vaso sangüíneo. (SILVERTHORN, 2003)

Estudos recentes mostraram que o NO estimula a síntese de

prostaglandinas inflamatórias ao ativar a isoforma II da ciclooxigenase (COX-2). Por

conseguinte, a inibição da via do óxido nítrico pode exercer um efeito benéfico sobre

doenças inflamatórias. Os estudos que utilizam inibidores da COX-2 mostraram a

necessidade do óxido nítrico para a manutenção da expressão do gene da COX-2.

(KATZUNG, 2005).

O efeito antinociceptivo do OEVA não foi bloqueado na presença de L-

NAME, um inibidor da síntese do NO, sugerindo que o efeito nociceptivo parece não

estar relacionado do NO. Confome (LEITE el at., 2009), que o efeito gastroprotetor

não se relaciona com a via do NO. Mas o BISA em combinação com L-NAME

mostrou um efeito antinociceptivo mais pronuncciado. Estas observações sugerem

que o BISA pode eventualmente induzir uma influência modulatória sobre a via

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nitrérgica. O L-NAME utilizado na gastroproteção não se relaciona com a via do

óxido nítrico (ROCHA et al., 2009).

A ativação dos receptores α2 por vias descendentes noradrenérgicas exerce

um efeito regulador inibitório importante na modulação da dor aguda e a hiperalgesia

inflamatória, possuindo um papel essencial não somente na dor de origem somática,

mas também na de origem visceral (MANSIKKA et al., 2004), atuando via proteína Gi

na inibição da enzima adenilato ciclase para aumentar o efluxo celular de K+ e

suprimir as correntes de Ca+2, o que impede a continuidade da liberação de

substância P e glutamato pelos terminais nervosos (MILLAN, 2002).

Para avaliação do estudo do envolvimento dos receptores noradrenérgicos

α2, o efeito inibitório do OEVA sobre o comportamento dos animais não foi revertido

pela ioimbina, sugerindo a não participação dos receptores α2 em seu mecanismo de

ação. Contrariando (LEITE el at., 2009), que o efeito gastroprotetor possivelmente se

relaciona com os receptores α2. A ioimbina não poderia reverter a antinocicepção

produzida pela BISA, sugerindo que α2-adrenérgicos não desempenham qualquer

papel. O agonista dos receptores adrenérgicos α2 tem sido mostrado para induzir

efeito antinociceptivo no modelo experimental de colite induzida por formalina em

ratos e reduzir a hipersensibilidade visceral em ambientes clínicos (MIAMPAMBA et

al., 1992; BLACKSHAW e GEBHART, 2002).

Os canais K+ATP depentes demonstraram ter um envolvimento nos processos

de dor. A ativação desses canais levam a uma hiperpolarização celular, diminuindo

os níveis de Ca2+ intracelular e reduzindo a liberação de neurotransmissores, desse

modo levando à antinocicepção (ASSANO et al., 2000; OCANA et al., 2004).

Dependendo da localização, esses canais podem agir direta ou indiretamente nos

sinais de transmissão de dor. Atualmente, vários anestésicos usados clinicamente

agem por interagir com canais de potássio. Alguns produtos naturais também

possuem essa mesma ação (McCURDY; SCULLY, 2005).

Os canais de K+ATP - dependentes (K+

ATP) pertencem a uma grande família

de proteínas de membrana. Estes canais regulados por ligantes são definidos tendo

por base a sua sensibilidade ao ATP intracelular, que inibe sua atividade.

(SILVERTHORN, 2003).

As sulfoniluréias exercem a sua principal ação sobre as células β,

estimulando a secreção de insulina, reduzindo, assim, o nível plasmático de glicose.

Existem receptores de alta afinidade das sulfoniluréias nos canais de K+ATP na

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membrana plasmática das células β e a ligação de várias sulfoniluréias acompanha

sua potência na estimulação da liberação de insulina. O fármaco reduz a

permeabilidade das células β ao K+ ao bloquear os canais de K+ATP, causando

despolarização, entrada de Ca2+ e secreção de insulina (KATZUNG, 2005). O influxo

de Ca2+ pode ser o suficiente para causar degeneração das terminações nervosas,

que leva dias ou semanas para se recuperar (RANG, 2007).

O efeito antinociceptivo do OEVA e BISA não foi bloqueado de forma

significativa na presença de glibenclamida (5 mg/kg i.p.), um bloqueador dos canais

de potássio ATP - dependentes (K+ATP). Mostrando que possivelmente o efeito

nociceptivo não é dependente desta via. Confome (LEITE el at., 2009 e ROCHA et

al., 2009), que o efeito gastroprotetor não se relaciona com o bloqueador dos canais

de potássio ATP - dependentes (K+ATP).

A serotonina estimula as terminações nervosas sensitivas nociceptivas

(mediadoras da dor) um efeito mediado principalmente pelos receptores 5-HT3. A

ondansetrona – antagonistas de receptores 5-HT3, é utilizada como antieméticos,

particularmente para controlar náuseas e vômitos graves que ocorrem com muitas

formas de quimioterapia do câncer. Os receptores serotonérgicos 5-HT3 estão

presentes na periferia dos terminais nervosos vagais e no nível central da zona

quimiorreceptora disparadora da área postrema. (RANG, 2007).

O efeito antinociceptivo do OEVA não foi bloqueado de forma significativa na

presença de Ondasentrona. Mostrando que possivelmente o efeito antinociceptivo

não seja dependente desta via. Mas o BISA em combinação com a Ondasentrona

mostrou um efeito antinociceptivo mais pronunciado, sugerindo que o BISA pode

atuar modulando esta via.

O receptor da capsaicina (TRPV1) está presente tanto nos sistema nervoso

central (no corno dorsal da medula espinhal) como periférico, nos terminais dos

neurônios sensoriais aferentes exercendo funções integrativas de estímulos

químicos e físicos relacionados à dor. O receptor TRPV1 foi caracterizado como um

canal iônico não seletivo, que não discrimina cátions mono ou bivalentes, exercendo

uma notável preferência pelos últimos, principalmente Ca2+ (TOMINAGA et al.,

1998).

Esses neurônios aferentes primários sensíveis à capsaicina estão envolvidos

não somente com a percepção da dor de origem somática e visceral, mas também

possuem funções efetoras sensoriais, onde promovem a liberação dos estoques

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neuronais de neuropeptídios, substância P e CGRP (peptídeo relacionado ao gene

da calcitonina), através de um mecanismo dependente de Ca2+ pela ativação do VR1

(LIDDLE; NATHAN, 2004).

O vermelho de rutênio, um antagonista não-competitivo do receptor TRPV1

que atua mediante bloqueio do influxo de Ca2+ através do canal associado ao

receptor, inibe a atividade excitatória mediada pela capsaicina, além de inibir a

liberação dos estoques intracelulares de Ca2+ por bloquear receptores de rianodina

(SZALLASI; BLUMBERG, 1999).

Para avaliação do envolvimento do receptor TRPV1, como parte do

mecanismo de ação do OEVA e BISA no modelo de dor visceral induzida por óleo

de mostarda, utiliza-se o vermelho de rutênio. O efeito antinociceptivo do OEVA não

foi bloqueado de forma significativa na presença de vermelho de rutênio (3 mg/kg,

s.c.). Mostrando que possivelmente o efeito nociceptivo não seja dependente desta

via. No entanto, quando os animais foram pré-tratados com BISA e vermelho de

rutênio, em combinação, houve potencialização do efeito antinociceptor do BISA.

Estas observações sugerem que possívelmente o BISA induz uma influência

modulatória sobre receptores vanilóides.

O bloqueio de ação de uma via inibitória, como a opióide, por exemplo,

poderia estar causando uma potencialização da transmissão da via nociceptiva,

como abertura de canais seletivos para sódio e cálcio. Isso poderia contribuir para o

aumento do potencial inibitório de um inibidor seletivo, como possivelmente o BISA

e, caso esse possua predileção por canais iônicos. Não diria nem inibidor, pois

antagonistas possuem afinidade pelo sítio receptor tanto na forma ativa, como na

forma inativa. Eles se ligam no sítio receptor e evitam que o agonista se ligue.

Chamaria de um potencial efeito agonista inverso, o qual tem afinidade pelo estado

inativo do receptor (canal). Seria o provável mecanismo de ação do BISA. Esse

fenômeno não acontece com o OEVA, pois neste caso, temos uma mistura de

constituintes, o que leva a uma inespecificidade de ação, mesmo que o BISA esteja

presente em concentração majoritária.

A dor relacionada aos testes comportamentais utilizados para selecionar

agentes potencialmente antinociceptivos pode ter algumas limitações. Por exemplo,

não está claro qual extensão de sedação ou alterações nas funções motoras podem

influenciar o resultado deste teste. Agonistas da adenosina, por exemplo, que

produzem efeitos comportamentais, como uma inibição da atividade locomotora,

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demonstraram efeito antinociceptivo (KARLSTEN et al., 1992). Estudos sugerem

que a sedação do sistema nervoso central e o efeito músculo-relaxante não-

específico podem reduzir a resposta de coordenação motora (SOJA et al., 2002).

No presente estudo, o OEVA e BISA, não demonstraram diminuir a

movimentação espontânea dos animais no teste de campo aberto. Essas

observações sugerem que o OEVA e BISA não possuem ação depressora sobre o

SNC, ação esta que poderia influenciar o efeito antinociceptivo.

Evidências in vivo nos mostram que OEVA e BISA são agentes

antiinflamatórios tópicos eficazes em modelos experimentais de dermatite aguda e

crônica sugerem que isso pode servir como uma fonte para o desenvolvimento de

drogas eficazes em dermatoses inflamatórias, como dermatite atópica ou de contato

e psoríase. Além disso, inibem nocicepção visceral induzida por diversos agentes,

cujo mecanismo de ação necessita de mais estudos para ser elucidado.

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6. CONCLUSÕES

O OEVA e BISA possuem efeito antiinflamatório agudo e crônico quando

administrado topicamente em camundongos no modelo de edema induzido

por óleo de Croton;

A redução do edema induzido por ácido araquidônico sugere a diminuição

dos efeitos de metabólitos inflamatórios do AA, podendo sua ação estar

ligada à inibição de COX e LOX ou receptores de prostaglandinas e/ou à

produção de eicosanóides antiinflamatórios;

O OEVA e BISA não foram capazes de reduzir o edema induzido pela

capsaicina nem pela histamina, sugerindo que o tratamento não inibe a

liberação de mediadores vasoativos como CGRP, substancia P, taquicininas,

histamina e serotonina;

A aplicação de OEVA e BISA em dermatites de contato irritativas

demonstraram ser eficaz pela redução de edema induzido por fenol;

O OEVA e BISA revelaram uma atividade antinociceptiva nos modelos de dor

visceral induzida por ácido acético, ciclofosfamida, capsaicina, formalina e

óleo de mostarda;

O estudo do mecanismo de ação antinociceptivo induzido por óleo de

mostarda do OEVA sugere que não há envolvimento dos sistemas opióide e

adrenérgico, dos receptores α2, 5-HT3, dos canais K+ATP, do óxido nítrico,

sobre os receptores TRPV1;

O estudo do mecanismo de ação antinociceptivo induzido por óleo de

mostarda do BISA nos sistemas opióide e do óxido nítrico, 5-HT3, sobre os

receptores TRPV1 potencializaram a ação, podendo eventualmente induzir

uma influência modulatória. A inibição é inespecífica e o BISA pode ser

possivelmente um agonista inverso;

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A atividade locomotora não foi alterada pelo pré-tratamento com OEVA ou

BISA, sugerindo que o efeito antinociceptivo não está relacionado a um efeito

relaxamento muscular.

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APÊNDICE

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Apêndice 01. Efeito do OEVA sobre o edema induzido pela aplicação única de óleo de cróton (OC) em camundongos Swiss

Grupo Dose (mg/mL) Edema (mg)

Veículo - 14,19 ± 1,12

Dexametasona 4 3,73 ± 1,05a

OEVA 50 10,09 ± 0,33b

OEVA 100 11,77 ± 0,96

Valores expressos em média + E.P.M. (bp<0,01; ap<0,001 vs controle); (ANOVA e

Teste de Student-Newman-Keul).

Apêndice 02. Efeito do BISA sobre o edema induzido pela aplicação única de óleo

de cróton (OC) em camundongos Swiss

Grupo Dose (mg/mL) Edema (mg)

Veículo - 14,19 ± 1,12

Dexametasona 4 3,73 ± 1,05a

BISA 35 9,75 ± 1,29c

BISA 70 12,72 ± 0,85

Valores expressos em média + E.P.M. (cp<0,05; ap<0,001 vs controle); (ANOVA e

Teste de Student-Newman-Keul).

Apêndice 03. Efeito do OEVA sobre o edema induzido pela aplicação múltipla de

óleo de cróton (OC) em camundongos Swiss

Grupo Dose (mg/mL) Edema (mg)

Veículo - 11,62 ± 1,92

Dexametasona 4 3,92 ± 0,33b

OEVA 50 8,38 ± 1,47

OEVA 100 15,02 ± 2,69

Valores expressos em média + E.P.M. (bp<0,05 vs controle); (ANOVA e Teste de

Student-Newman-Keul).

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Apêndice 04. Efeito do BISA sobre o edema induzido pela aplicação múltipla de

óleo de cróton (OC) em camundongos Swiss

Grupo Dose (mg/mL) Edema (mg)

Veículo - 13,74 ± 1,01

Dexametasona 4 5,23 ± 1,81a

BISA 35 10,93 ± 1,11

BISA 70 12,88 ± 1,33

Valores expressos em média + E.P.M. (ap<0,01 vs controle); (ANOVA e Teste de

Student-Newman-Keul).

Apêndice 05. Efeito do OEVA sobre o edema induzido pela aplicação de ácido

araquidônico (AA) em camundongos Swiss

Grupo Dose (mg/mL) Edema (mg)

Veículo - 9,81 ± 1,45

Indometacina 100 2,37 ± 0,65a

OEVA 50 3,86 ± 0,73a

OEVA 100 6,38 ± 0,71c

Valores expressos em média + E.P.M. (cp<0,05; ap<0,001 vs controle); (ANOVA e

Teste de Student-Newman-Keul).

Apêndice 06. Efeito do BISA sobre o edema induzido pela aplicação de ácido

araquidônico (AA) em camundongos Swiss

Grupo Dose (mg/mL) Edema (mg)

Veículo - 9,81 ± 1,45

Indometacina 100 2,37 ± 0,65a

BISA 35 4,89 ± 0,97b

BISA 70 4,53 ± 0,99b

Valores expressos em média + E.P.M. (bp<0,01; ap<0,001 vs controle); (ANOVA e

Teste de Student-Newman-Keul).

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Apêndice 07. Efeito do OEVA sobre o edema induzido pela aplicação da Capsaicina

(CAP) em camundongos Swiss

Grupo Dose (mg/mL) Edema (mg)

Veículo - 3,84 ± 0,55

Dexametasona 4 2,84 ± 0,44

OEVA 50 3,57 ± 0,86

OEVA 100 3,46 ± 0,69

Valores expressos em média + E.P.M. (ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

Apêndice 08. Efeito do BISA sobre o edema induzido pela aplicação da Capsaicina

(CAP) em camundongos Swiss

Grupo Dose (mg/mL) Edema (mg)

Veículo - 3,84 ± 0,55

Dexametasona 4 2,84 ± 0,44

BISA 35 3,87 ± 0,44

BISA 70 2,55 ± 0,74

Valores expressos em média + E.P.M. (ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

Apêndice 09. Efeito do OEVA sobre o edema induzido pela aplicação intradérmica

de histamina em camundongos Swiss

Grupo Dose (mg/mL) Edema (mg)

Veículo - 4,78 ± 0,56

Dexametasona 4 2,84 ± 0,26a

OEVA 50 4,56 ± 0,33

OEVA 100 3,77 ± 0,25

Valores expressos em média + E.P.M. (ap<0,01 vs controle); (ANOVA e Teste de

Student-Newman-Keul).

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Apêndice 10. Efeito do BISA sobre o edema induzido pela aplicação intradérmica de

histamina em camundongos Swiss

Grupo Dose (mg/mL) Edema (mg)

Veículo - 3,25 ± 0,53

Dexametasona 4 1,55 ± 0,36

BISA 35 1,84 ± 0,45

BISA 70 1,72 ± 0,46

Valores expressos em média + E.P.M. (ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

Apêndice 11. Efeito do OEVA sobre o edema induzido pela aplicação de fenol em

camundongos Swiss

Grupo Dose (mg/mL) Edema (mg)

Veículo - 24,78 ± 5,61

Dexametasona 4 9,38 ± 2,56b

OEVA 50 11,86 ± 3,45b

OEVA 100 6,60 ± 1,96b

Valores expressos em média + E.P.M. (bp<0,05 vs controle); (ANOVA e Teste de

Student-Newman-Keul).

Apêndice 12. Efeito do BISA sobre o edema induzido pela aplicação de fenol em

camundongos Swiss

Grupo Dose (mg/mL) Edema (mg)

Veículo - 24,78 ± 5,61

Dexametasona 4 9,38 ± 2,56a

BISA 35 9,84 ± 1,67 a

BISA 70 7,60 ± 2,15 a

Valores expressos em média + E.P.M. (ap<0,01 vs controle); (ANOVA e Teste de

Student-Newman-Keul).

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90

Apêndice 13. Efeito do OEVA sobre nocicepção visceral induzida por ácido acético

Grupo Dose (mg/Kg) Número de

Comportamento de

dor/min

Veículo - 46,63 ± 7,96

OEVA 100, v.o.

200, v.o.

400, v.o.

20,25 ± 2,17b

18,25 ± 6,08 b

18,63 ± 3,86 b

Valores expressos em média + E.P.M. (bp<0,01 vs controle); (ANOVA e Teste de

Student-Newman-Keul).

Apêndice 14. Efeito do BISA sobre nocicepção visceral induzidas por ácido acético

Grupo Dose (mg/Kg) Número de

Comportamento de

dor/min

Veículo - 48,63 ± 10,81

BISA 50, v.o.

100, v.o.

200, v.o.

10,50 ± 2,94a

8,50 ± 3,20a

8,43 ± 2,57a

Valores expressos em média + E.P.M. (ap<0,001 vs controle); (ANOVA e Teste de

Student-Newman-Keul).

Apêndice 15. Efeito do OEVA sobre o tempo de crises transitórias no teste de

nocicepção visceral induzida por ciclofosfamida

Grupo Dose (mg/Kg) Tempo de crises

transitórias (min)

Normal - 10,89 ± 1,48

Veículo - 27,82 ± 0,77b

OEVA 100, v.o.

200, v.o.

400, v.o.

25,03 ± 1,10b

18,02 ± 1,11ª,b

23,78 ± 0,70b,c

Valores expressos em média + E.P.M. (bp<0,05 vs normal; cp<0,05; ap<0,001 vs

controle); (ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

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91

Apêndice 16. Efeito do BISA sobre o tempo de crises transitórias no teste de

nocicepção visceral induzida por ciclofosfamida

Grupo Dose (mg/Kg) Tempo de crises

transitórias (min)

Normal - 17,68 ± 2,17

Veículo - 29,42 ± 0,44b

BISA 50, v.o.

100, v.o.

200, v.o.

30,19 ± 0,97b

20,73 ± 1,06a

18,90 ± 1,60a

Valores expressos em média + E.P.M. (bp<0,05 vs normal; ap<0,001 vs controle);

(ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

Apêndice 17. Efeito do OEVA sobre o escore de comportamento nociceptivo no

teste de nocicepção visceral induzida por ciclofosfamida

Grupo Dose (mg/Kg) Número de

Comportamento de

dor/escore

Normal - 22,20 ± 4,93

Veículo - 60,43 ± 0,87b

OEVA 100, v.o.

200, v.o.

400, v.o.

53,80 ± 1,96b

39,00 ± 2,46ª,b

50,00 ± 2,42b,c

Valores expressos em média + E.P.M..(bp<0,05 vs normal; cp<0,05; ap<0,001 vs

controle); (ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

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Apêndice 18. Efeito do BISA sobre o escore de comportamento nociceptivo no teste

de nocicepção visceral induzida por ciclofosfamida

Grupo Dose (mg/Kg) Número de

Comportamento de

dor/escores

Normal - 26,83 ± 4,56

Veículo - 68,83 ± 2,92b

BISA 50, v.o.

100, v.o.

200, v.o.

52,17 ± 2,60ª,b

30,33 ± 1,15a

25,50 ± 3,01a

Valores expressos em média + E.P.M. (bp<0,05 vs normal; ap<0,001 vs controle);

(ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

Apêndice 19. Efeito do OEVA sobre nocicepção visceral induzida por capsaicina

Grupo Dose (mg/Kg) Número de

Comportamento de

dor/30min

Normal - 10,25 ± 6,21

Veículo - 37,25 ± 5,97b

OEVA 100, v.o.

200, v.o.

400, v.o.

5,75 ± 2,02a

9,25 ± 2,24a

5,88 ± 2,24a

Valores expressos em média + E.P.M. (bp<0,001 vs normal; ap<0,001 vs controle);

(ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

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93

Apêndice 20. Efeito do BISA sobre nocicepção visceral induzida por capsaicina

Grupo Dose (mg/Kg) Número de

Comportamento de

dor/30min

Normal - 10,25 ± 6,21

Veículo - 84,38 ± 12,99c

BISA 50, v.o.

100, v.o.

200, v.o.

87,00 ± 19,30c

31,00 ± 13,11d

15,33 ± 10,82d

Valores expressos em média + E.P.M. (cp<0,01 vs normal; dp<0,01 vs controle);

(ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

Apêndice 21. Efeito do OEVA sobre nocicepção visceral induzida por formalina

Grupo Dose (mg/Kg) Número de

Comportamento de

dor/60min

Normal - 22,63 ± 5,86

Veículo - 98,00 ± 16,65b

OEVA 100, v.o.

200, v.o.

400, v.o.

20,00 ± 5,80a

33,75 ± 8,68a

28,57 ± 5,32a

Valores expressos em média + E.P.M. (bp<0,001 vs normal; ap<0,001 vs controle);

(ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

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94

Apêndice 22. Efeito do BISA sobre nocicepção visceral induzida por formalina

Grupo Dose (mg/Kg) Número de

Comportamento de

dor/60min

Normal - 198,6 ± 47,87

Veículo - 344,6 ± 50,21c

BISA 50, v.o.

100, v.o.

200, v.o.

103,0 ± 16,21a

140,4 ± 25,51a

75,13 ± 13,44a

Valores expressos em média + E.P.M. (cp<0,01 vs normal; ap<0,001 vs controle);

(ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

Apêndice 23. Efeito do OEVA sobre nocicepção visceral induzida por Óleo de

Mostarda

Grupo Dose (mg/Kg) Número de

Comportamento de

dor/20min

Normal - 4,29 ± 1,09

Veículo - 45,00 ± 11,02b

OEVA 100, v.o.

200, v.o.

400, v.o.

10,71 ± 1,48a

6,13 ± 1,16a

4,20 ± 1,46a

Valores expressos em média + E.P.M. (bp<0,001 vs normal; ap<0,001 vs controle);

(ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

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Apêndice 24. Efeito do BISA sobre nocicepção visceral induzida por Óleo de

Mostarda

Grupo Dose (mg/Kg) Número de

Comportamento de

dor/20min

Normal - 21,57 ± 7,13

Veículo - 107,8 ± 25,01b

BISA 50, v.o.

100, v.o.

200, v.o.

21,67 ± 7,99a

33,83 ± 10,28a

27,17 ± 11,05a

Valores expressos em média + E.P.M. (bp<0,001 vs normal; ap<0,001 vs controle);

(ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

Apêndice 25. Efeito da Naloxona, L-NAME, Ioimbina, Glibenclamida, Ondasentrona

e Vermelho de Rutênio no modelo de nocicepção visceral induzida por Óleo de

Mostarda

Grupo Dose (mg/Kg) Número de

Comportamento de

dor/20min

Normal - 18,14 ± 3,44

Veículo - 44,17 ± 5,59b

Ioimbina 2, i.p. 22,88 ± 3,53d

Ondasentrona 0,5, i.p. 44,75 ± 5,8a

L-NAME 20, i.p. 27,13 ± 3,74

Glibenclamida 5, i.p. 40,88 ± 8,39b

Vermelho de Rutênio 3, s.c. 29,25 ± 4,98

Naloxona 1, i.p. 2,63 ± 0,46b,c

Valores expressos em média + E.P.M. (bp<0,05; ap<0,01 vs normal; dp<0,05;

cp<0,001 vs controle veículo); (ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

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Apêndice 26. Efeito da Naxolona sobre a antinocicepção do OEVA no modelo de

nocicepção visceral induzida por Óleo de Mostarda

Grupo Dose (mg/Kg) Número de

Comportamento de

dor/20min

Normal - 5,00 ± 0,33

Veículo - 32,38 ±3,09b

OEVA 200, v.o. 3,75 ± 1,52ª

OEVA + Na 200, v.o. + 2, i.p. 5,00 ± 0,96a

Valores expressos em média + E.P.M. (bp<0,001 vs normal; ap<0,001 vs controle);

(ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

Apêndice 27. Efeito da Naxolona sobre a antinocicepção do BISA no modelo de

nocicepção visceral induzida por Óleo de Mostarda

Grupo Dose (mg/Kg) Número de

Comportamento de

dor/20min

Normal - 88,25 ± 18,59

Veículo - 181,9 ± 24,07c

BISA 50, v.o. 115,7 ± 25,33d

BISA + Na 50, v.o. + 2, i.p. 54,25 ± 11,83a

Valores expressos em média + E.P.M. (cp<0,01 vs normal; dp<0,05; ap<0,001 vs

controle); (ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

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Apêndice 28. Efeito do L-NAME sobre a antinocicepção do OEVA no modelo de

nocicepção visceral induzida por Óleo de Mostarda

Grupo Dose (mg/Kg) Número de

Comportamento de

dor/20min

Normal - 3,88 ± 1,22

Veículo - 45,38 ± 5,73b

OEVA 200, v.o. 10,50 ± 3,86a

OEVA + L-NAME 200, v.o. + 2, i.p. 8,13 ± 2,36a

Valores expressos em média + E.P.M. (bp<0,001 vs normal; ap<0,001 vs controle);

(ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

Apêndice 29. Efeito do L-NAME sobre a antinocicepção do BISA no modelo de

nocicepção visceral induzida por Óleo de Mostarda

Grupo Dose (mg/Kg) Número de

Comportamento de

dor/20min

Normal - 88,25 ± 18,59

Veículo - 181,9 ± 24,07c

BISA 50, v.o. 115,7 ± 25,33d

BISA + L-NAME 50, v.o. + 20, i.p. 31,25 ± 8,64ª,e

Valores expressos em média + E.P.M. (cp<0,01 vs controle normal; ep<0,05 vs BISA;

dp<0,05; ap<0,001 vs controle); (ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

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Apêndice 30. Efeito da Ioimbina sobre a antinocicepção do OEVA no modelo de

nocicepção visceral induzida por Óleo de Mostarda

Grupo Dose (mg/Kg) Número de

Comportamento de

dor/20min

Normal - 4,25 ± 1,77

Veículo - 28,50 ± 4,00b

OEVA 200, v.o. 2,50 ± 1,09a

OEVA + Ioimbina 200, v.o. + 2, i.p. 3,75 ± 1,37a

Valores expressos em média + E.P.M. (bp<0,001 vs normal; ap<0,001 vs controle);

(ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

Apêndice 31. Efeito da Ioimbina sobre a antinocicepção do BISA no modelo de

nocicepção visceral induzida por Óleo de Mostarda

Grupo Dose (mg/Kg) Número de

Comportamento de

dor/20min

Normal - 4,25 ± 1,77

Veículo - 28,50 ± 4,00b

BISA 50, v.o. 1,29 ± 0,75a

BISA + Ioimbina 50, v.o. + 2, i.p. 5,75 ± 1,77a

Valores expressos em média + E.P.M. (bp<0,001 vs normal; ap<0,001 vs controle);

(ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

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Apêndice 32. Efeito da Glibenclamida sobre a antinocicepção do OEVA no modelo

de nocicepção visceral induzida por Óleo de Mostarda

Grupo Dose (mg/Kg) Número de

Comportamento de

dor/20min

Normal - 3,88 ± 1,22

Veículo - 45,38 ± 5,73b

OEVA 200, v.o. 10,50 ± 3,86a

OEVA + Glibenclamida 200, v.o. + 5, i.p. 9,88 ± 2,33a

Valores expressos em média + E.P.M. (bp<0,001 vs normal; ap<0,001 vs controle);

(ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

Apêndice 33. Efeito da Glibenclamida sobre a antinocicepção do BISA no modelo

de nocicepção visceral induzida por Óleo de Mostarda

Grupo Dose (mg/Kg) Número de

Comportamento de

dor/20min

Normal - 88,25 ± 18,59

Veículo - 181,9 ± 24,07c

BISA 50, v.o. 115,7 ± 25,33d

BISA + Glibenclamida 200, v.o. + 5, i.p. 86,57 ± 15,61d

Valores expressos em média + E.P.M. (dp<0,05; cp<0,01 vs controle); (ANOVA e

Teste de Student-Newman-Keul).

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Apêndice 34. Efeito da Ondasentrona sobre a antinocicepção do OEVA no modelo

de nocicepção visceral induzida por Óleo de Mostarda

Grupo Dose (mg/Kg) Número de

Comportamento de

dor/20min

Normal - 3,88 ± 1,22

Veículo - 45,38 ± 5,73b

OEVA 200, v.o. 10,50 ± 3,86a

OEVA + Ondasentrona 200, v.o. + 0,5, i.p. 5,38 ± 1,50a

Valores expressos em média + E.P.M. (bp<0,001 vs normal; ap<0,001 vs controle);

(ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

Apêndice 35. Efeito da Ondasentrona sobre a antinocicepção do BISA no modelo

de nocicepção visceral induzida por Óleo de Mostarda

Grupo Dose (mg/Kg) Número de

Comportamento de

dor/20min

Normal - 88,25 ± 18,59

Veículo - 181,9 ± 24,07c

BISA 50, v.o. 115,7 ± 25,33d

BISA + Ondasentrona 50, v.o. + 0,5, i.p. 57,13 ± 11,07a

Valores expressos em média + E.P.M. (cp<0,01 vs normal; dp<0,05; ap<0,001 vs

controle); (ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

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Apêndice 36. Efeito do Vermelho de Rutênio sobre a antinocicepção do OEVA no

modelo de nocicepção visceral induzida por Óleo de Mostarda

Grupo Dose (mg/Kg) Número de

Comportamento de

dor/20min

Normal - 9,50 ± 3,82

Veículo - 26,00 ± 2,40b

OEVA 200, v.o. 7,38 ± 1,59a

OEVA + Vermelho de Rutênio 200, v.o. + 3, s.c. 5,38 ± 1,10a

Valores expressos em média + E.P.M. (bp<0,001 vs normal; ap<0,001 vs controle);

(ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

Apêndice 37. Efeito do Vermelho de Rutênio sobre a antinocicepção do BISA no

modelo de nocicepção visceral induzida por Óleo de Mostarda

Grupo Dose (mg/Kg) Número de

Comportamento de

dor/20min

Normal - 88,25 ± 18,59

Veículo - 181,9 ± 24,07c

BISA 50, v.o. 115,7 ± 25,33d

BISA + Vermelho de Rutênio 50, v.o. + 3, s.c. 61,71 ± 8,41e

Valores expressos em média + E.P.M. (cp<0,01 vs normal; dp<0,05; ep<0,01 vs

controle); (ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

Apêndice 38. Efeito do OEVA sobre teste de campo aberto em camundongos

Grupo Dose (mg/Kg) Número de Campos

explorados/4min

Veículo - 55,25 ± 6,41

OEVA 200, v.o. 33,67 ± 5,46

Valores expressos em média + E.P.M. (ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

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Apêndice 39. Efeito do BISA sobre teste de campo aberto em camundongos

Grupo Dose (mg/Kg) Número de Campos

explorados/4min

Veículo - 23,50 ± 5,05

BISA 50, v.o. 13,57 ± 3,22

Valores expressos em média + E.P.M. (ANOVA e Teste de Student-Newman-Keul).

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PUBLICAÇÕES

Artigos Publicados:

LEITE, G.O.; LEITE, L.H.I.; SAMPAIO, R.S.; ARARUNA, M.K.A.; MENEZES, I.R.A.;

COSTA, J.G.M.; CAMPOS, A.R. (−)-α-Bisabolol attenuates visceral nociception

and inflammation in mice. Fitoterapia, v. 82, p. 208 – 211, 2011.

LEITE, G.O.; SAMPAIO, R.S.; LEITE, L.H.I.; MENEZES, I.R.A.; COSTA, J.G.M.;

CAMPOS, A.R. Attenuation of visceral pain in mice by the essential oil from

Vanillosmopsis arborea bark. Revista Brasileira de DOR, 2011.

Apresentações de trabalhos em congressos:

1. LEITE, G.O.; SAMPAIO, R.S.; LEITE, L.H.I.; MENEZES, I.R.A.; COSTA,

J.G.M.; CAMPOS, A.R. EFEITO ANTINOCICEPTIVO VISCERAL DO ÓLEO

ESSENCIAL DE vanillosmopsis arborea NO MODELO DE DOR VISCERAL

INDUZIDA POR FORMALINA. X Encontro de Pós-Graduação e Pesquisa -

UNIFOR, Fortaleza, 2010.

2. LEITE, G.O.; SAMPAIO, R.S.; LEITE, L.H.I.; MENEZES, I.R.A.; COSTA,

J.G.M.; CAMPOS, A.R. O ÓLEO ESSENCIAL DO CAULE DE

VANILLOSMOPSIS ARBOREA ATENUA A DOR VISCERAL EM

CAMUNDONGOS. 9º Congresso Brasileiro de DOR, Fortaleza, 2010.

3. LEITE, G.O.; SAMPAIO, R.S.; LEITE, L.H.I.; MENEZES, I.R.A.; COSTA,

J.G.M.; CAMPOS, A.R. O BISABOLOL DIMINUI A DOR VISCERAL EM

CAMUNDONGOS. 9º Congresso Brasileiro de DOR, Fortaleza, 2010.

4. LEITE, G.O.; ARARUNA, M.K.A.; SARAIVA, R.A.; MENEZES, I.R.A.; COSTA,

J.G.M.; CAMPOS, A.R. EFEITO ANTIINFLAMATÒRIO DO ALFA-BISABOLOL

EM MODELOS DE INFLAMAÇÂO CUTÂNEA EM CAMUNDONGOS. 62/ª

Reunião Anual da SBPC, Natal, 2010.

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104

5. LEITE, G.O.; ARARUNA, M.K.A.; SARAIVA, R.A.; MENEZES, I.R.A.; COSTA,

J.G.M.; CAMPOS, A.R. TOPICAL ANTIINFLAMMATORY EFFECT OF

VANILLOSMOPSIS ARBOREA BARK ESSENTIAL OIL IN MICE. V Simpósio

Iberoamericano de Plantas Medicinais, Itajaí, 2010.