Atividades criativas de mobilização pela paz · Ney Wendell é natural de Valente-BA, formado em Transpersonal Life Coaching (Nexus Institute), mestre e doutor em artes cênicas

Atividades criativas de mobilização

pela paz

Ney Wendell

Atividades criativas de mobilização

pela paz

Atividades criativas de mobilização pela paz

Ney Wendell

© Copyright 2014, Ney Wendell.

Edição e DiagramaçãoFabricio Carvalho

RevisãoSolange Fichman

ColaboraçãoMaria Isabel

1ª edição

1ª impressão

2014

Esta obra é distribuída gratuitamente, reservando-se os direitos au- torais de Ney Wendell através do Movimento Navegue no Bem.

[email protected]

WENDELL, Ney. Atividades criativas de mobilização pela paz. Salvador: Movimento Navegue no Bem,

2014.

www.naveguenobem.wordpress.com

Ney Wendell é natural de Valente-BA, formado em Transpersonal Life Coaching (Nexus Institute), mestre e doutor em artes cênicas pela UFBA, arteterapeuta, arteeducador, gestor de projetos sociais e culturais. Desenvolve várias formações em artes e educação em

valores humanos.

Agradecimentos

Aos amigos protetores Luiz Sérgio e Bezerra de Menezes.

Agradecemos aos companheiros que fazem parte da história do Movimento Navegue no Bem: Maria Isabel, Tâmires Pascoal, Liz Porto, Nathan Menezes, Luiz Meireles, Heron Silva, Alê Carvalho, Rômulo Souza, Jéssica Iatarelli, Diego Barreto, Allan Barbosa, Iuri Sérgio, Luciana Borges (e sua família Julia, Clara e Lázaro), Aulus Teixeira, Pedro Picanço, Taís Lopes, Marina Martins, Otávio B. Machado, Gledson Barreto, Marquito, Ricardo Carvalho, Natalia Brandão e todos os outros colaboradores.

À Casa de Oração Bezerra de Menezes.

Aos mobilizadores pela paz em vários lugares do mundo.

• Convite à mobilização pela paz______________________6

• Ondas de paz____________________________________8

• Mobilizar com criatividade_________________________11

• A força do grupo ________________________________14

• Atividades______________________________________16

• Elementos da mobilização pela paz__________________46

• Estamos juntos com o mundo______________________49

Índice Atividades criativas de mobilização pela paz

Convite à mobilização pela paz.

Capitulo 1

Convite à mobilização pela paz Como desenvolver atividades criativas para mobilizar as pessoas pela paz na nossa comunidade? Foi a partir desta questão que resolvi es-crever este livro com 60 atividades de mobilização pela paz que podem ser aplicadas em diferentes tipos de grupos. Convido a todos à sua leitura para que juntos possamos trilhar este percurso de ação pela paz, incenti-vando os diversos grupos no entorno a fazer o mesmo. O começo da paz parte de mim e espero que se espalhe para os outros ao meu redor. É simples: junte seu grupo e vá para as ruas de uma forma lúdica para sensibilizar as pessoas à reflexão para que possam agir pela paz.

Cada atividade proposta pode ser modificada e recriada pelos grupos que irão realizá-la com a devida amorosidade. O objetivo maior é de fazer ecoar a paz em seus bairros e cidades, pensando num coletivo que mobi-lize outros coletivos do bem. Vamos nos unir pela paz, agora! Somos uma pedra de paz no meio do lago. Eu reverbero e nós reverbera-mos juntos as energias de paz.

7Atividades criativas de mobilização pela paz | Convite à mobilização pela paz

Ondas de paz.

Capitulo 2

Ondas de paz

As ações que fazemos em grupo em um local podem se espalhar como ondas de paz para vários outros locais. É a reverberação das atitudes de paz que parte de nós e segue para outro e para o mundo.É o sentido que acreditamos que traz as ideias de mobilização pela paz que irão ressoar em cada bairro. Há um poder natural do ser humano em difundir palavras, atitudes e sentimentos que geram paz. São gestos que trazem o imenso potencial de cada indivíduo de agir pelo bem. É preciso despertar esta natureza pacífica que transforma a vida das pessoas e de comunidades com resultados benéficos.

O coração das pessoas necessita acordar o seu poder de emitir a paz de todo seu ser para o mundo. É por isso que podemos utilizar a criatividade para entrar nos corações através da ludicidade que sensibiliza e das artes que tocam a alma. É criar uma forma de mobilizar que encante e incentive as pessoas à prática de sua função humana de pacificar.

O lago está aí precisando destas pedras luminosas de paz para espalhar ondas que façam vibrar o coração em bem-estar. Para refletir sobre esse lago, podemos pensar em pontos que se iniciam e se propagam para a mobilização pela paz. São eles:

Nosso grupo: é no coletivo em que participamos, que as nossas atitudes de paz começam a reverberar. Cada participante do grupo já começou antes a estabelecer um estado consciente de agir pelo bem no mundo. Agora é no grupo, na relação com as pessoas que colocamos em prática nossos valores de humanização e nossos gestos de amorosidade. Para que o grupo consiga mobilizar a comunidade, é necessário que o estado de paz esteja já instalado no coletivo. É mostrar e incentivar no bairro aquilo que já é exemplo no grupo: viver em paz.

9Atividades criativas de mobilização pela paz | Ondas de paz

Nossos vizinhos: a primeira área que devemos pensar para mobilizar pela paz é no entorno. Ao redor da instituição que o grupo integra, se encontra o público em potencial para se mobilizar. Muitas vezes, decidimos agir longe de nossas instituições, enquanto ao nosso lado existe uma imensa demanda de ações pela paz. É por isso que devem ser incluídos os vizinhos como moradores que serão mobilizados para atuarem como pacificadores em seus lares e no seu bairro.

Rua: quando se pensa em mobilização da comunidade, a rua é um elemento concreto e real para espalhar as ações. Depois dos vizinhos mais próximos, saímos para pensar na rua inteira como público a ser atendido pelo grupo. É ver a rua como um conjunto completo de moradores e de vida cotidiana que abrirá espaços ricos de mobilização pela paz.

Bairro: neste livro, temos um limite claro das ações de mobilização que é o bairro. Determinamos o bairro, pois a partir daí há uma demanda diferente para se pensar, por exemplo, como uma cidade ou um estado. Mobilizar um bairro exige dedicação e empenho do grupo para usar as atividades com a devida criatividade. O bairro é um campo de ação fértil para iniciar o exercício cotidiano da paz e gerar resultados concretos para o bem-estar coletivo.

10Atividades criativas de mobilização pela paz | Ondas de paz

Mobilizar com Criatividade.

Capitulo 3

Mobilizar com criatividade Existem diferentes formas de mobilizar uma comunidade. Neste livro, escolhemos trabalhar com atividades criativas que tragam a ludici-dade e a arte para gerar a paz no bairro. O que chamamos aqui de cria-tividade tem completa relação com a produção estética do grupo e a sua capacidade de difundir a paz através de diversos elementos artísticos.

Dessa forma, existem atividades descritas que utilizam a dança, o teatro, a música, as artes visuais e a multiplicidade da performance para falar da paz. É o grupo se abrir para compor uma mobilização que seja sensibili-zadora pelo o que ela traz de original e de lúdico. Seguem três elementos criativos que estão presentes na maioria das ativ-idades. São eles:

Imagens marcantes: a população local deve ser influenciada a gravar uma imagem que fique marcada no seu pensamento e emoção e que reverbere a paz. São formas de mobilização que trazem elementos marcantes que estão expressos no corpo, objetos visuais, formas de deslocamento, cantos etc.. Essas imagens marcantes sobre a paz ficam como reflexão para cada pessoa que irá vivenciá-las. Com isso, uma atividade criativa pode levar a pessoa a continuar com elemento de paz em sua mente e coração para poder se transformar em ações positivas na vida.

Ações que reverberam: as atividades são feitas para gerar reflexões, influir as pessoas para que possam ter novas atitudes e pensar na paz para si, o outro e o mundo. Essas reflexões ficarão reverberando na vida cotidiana. Por consequência, as atividades são pensadas para influenciar as pessoas através de sugestões de atitudes, palavras, imagens ou sentimentos que irão aos poucos se concretizar. No momento da atividade, o foco deve ser a reverberação que vai ecoar na vida, mesmo sem as pessoas terem muita

12Atividades criativas de mobilização pela paz | Mobilizar com criatividade

consciência do que se passa racionalmente. É o lado sensível da criativ-idade que toca o coração e influencia o pensamento através da sutileza artística utilizada.

Provocação do sentir: quando se usam atividades mais lúdicas e criativas, a pessoa acaba sendo provocada através de várias sensações diferentes. O racional é algumas vezes colocado de lado para entrar em cena uma entrega e uma disposição para se sentir o que está sendo mostrado. Esta sensação física ou psíquica se transforma em reflexão que poderá gerar novas atitudes pacíficas no cotidiano. O objetivo é despertar o sentir at-ravés de um envolvimento mais poético para com a vida. Esta poesia tem relação com o lado afetivo, cuidadoso e amoroso das pessoas. É a provo-cação do lado sensível do ser humano que o leva a se reconectar com sua natureza pacífica.

13Atividades criativas de mobilização pela paz | Mobilizar com criatividade

A força do grupo.

Capitulo 4

A força do grupo Um grupo que luta pela paz é capaz de mudar a realidade social de um bairro. Sua força mobilizadora pode levar as pessoas a uma mudança de atitudes e à construção de uma convivência pacífica. É fundamental que a crença do poder mobilizador esteja impregnada no coração e na mente dos participantes. É este o motor gerador ao se acreditar em um bairro de paz, ao se ter esperanças de que as pessoas ajam com amorosi-dade umas com as outras e ao se manter com a coragem de ir para as ruas difundir ações pacíficas. Algumas das maneiras de incentivar essa força do grupo passam por ati-tudes como:

Criar coletivamente: cada participante deve ter sua atuação ativa na con-cepção, execução e avaliação das atividades. É fundamental perceber quais habilidades e talentos de cada um para que seja usado em prol do sucesso dos trabalhos idealizados. O coletivo se estabelece com o direito de expor as ideias; de decidir junto; do tempo destinado para falar e ouvir; da celebração pelos sucessos alcançados e da beleza de cada pessoa sendo valorizada.

Agir com harmonia: o grupo deve ser um exemplo de convivência em paz. Para isso, é necessário saber lidar com os conflitos de uma forma harmo-niosa em que o respeito e o amor entre todos devem basear o diálogo. Dessa forma, é primordial estabelecer momentos de partilha em rodas em que os participantes falem e escutem com o devido tempo bem or-ganizado. O grupo possui uma ética, uma diretriz de luta pela paz e um interesse coletivo de fazer o bem. Quando alguém discordar ou for contra os anseios do grupo, deverá haver um diálogo direto e claro, mas com amorosidade com aquela pessoa. Um membro do grupo não tem o direito de destruir o que coletivo vem se esforçando para construir. É algo óbvio, mas que deve ser vivido com tolerância e carinho, pois são seres humanos que se uniram por algo em comum: a paz.

15Atividades criativas de mobilização pela paz | A força do grupo

AtividadesCapitulo 5

Atividades

1. Caminhada cantante

Marca-se uma data para realizar uma caminhada com as pessoas cantando pela paz num determinado percurso. É importante definir os horários do início e do final e os respectivos locais e ruas que serão per-corridos. No dia do evento, definem-se 30 minutos para ensaiar no máxi-mo 3 ou 4 músicas que as pessoas irão cantar durante a caminhada. Como exemplo, as músicas podem ser: « Paz pela Paz » de Nando Cordel, « A paz » de Gilberto Gil, « Soldado da Paz » de Cidade Negra, entre tantas outras músicas populares que possam ser cantadas facilmente por todos. Se houver músicos no grupo, eles podem fazer acompanhamentos de vi-olão e percussões para incentivar mais ainda os participantes. Os organi-zadores podem distribuir as músicas em um papel para aqueles que não sabem as letras e também pode haver uma mensagem de paz que será entregue à população local. É fundamental concentrar todos no início em uma roda para criar um ambiente de harmonia e ao final para os devidos agradecimentos e avaliações.

2. Símbolos de paz nas ruas

O Grupo pode criar um símbolo com algum material que será colocado em árvores, casas, janelas, postes etc.. Esse símbolo pode ser um laço branco, um coração de papel, um pássaro de origami, entre tantas possibilidades. No símbolo, colocam-se algumas das frases como: “Cul-tivemos mais paz”; “A paz começa em mim”; “Eu quero paz”; “Seja a paz” etc.. Marca-se com o grupo para confeccionar os símbolos e depois sair no mesmo dia ou em outro momento para distribuí-los pelas ruas. Escol-he-se uma área específica para isso. Ao final, concentra-se o grupo para perguntar sobre o significado desta ação para as pessoas em geral.

17Atividades criativas de mobilização pela paz | Atividades

3. Flores de paz

Define-se uma data para uma mobilização pela paz com a dis-tribuição de flores para os moradores do entorno da instituição. Essas flores podem ser reais, de papel ou de plástico. O importante é a intenção e o desejo de paz no momento de entregá-las às pessoas. Marca-se uma data com o início da preparação dos materiais e da definição dos deslo-camentos. Organizam-se as equipes para saírem pelas ruas do bairro e entregarem as flores nas casas com algo a dizer para os moradores como: “Desejamos muita paz para você”; “Que a paz faça parte da sua vida”; “Esta flor simboliza a paz em seu lar”, entre tantos outros dizeres. Ao fi-nal, faz-se um momento de avaliação e uma reflexão sobre como foi a recepção das pessoas.

4. Mensagens pacificadoras

Esta atividade é feita em dois momentos. O primeiro é a confecção de mensagens criativas de paz e o segundo, a sua distribuição. Para a con-fecção das mensagens, podem-se usar papéis e materiais de desenhos e cada um confecciona uma quantidade (10 a 15) de papéis em formatos e letras criativas com mensagens de paz. Depois das mensagens prontas, o grupo sai pelas ruas do bairro, entregando para as pessoas com desejo de muita paz. É fundamental valorizar este trabalho artesanal de construir cada mensagem com a escrita e os desenhos para mostrar o empenho de cada um em espalhar a paz. Quando retornar para a instituição, o grupo dialoga sobre como se sentiu entregando algo positivo para o próximo.


5. Teatro de imagem nas ruas

O teatro imagem consiste em uma ou várias cenas que são feitas em formato de foto com todos os personagens congelados em uma deter-minada atitude. Por exemplo, um grupo feliz se abraçando; uma pessoa ajudando outra; um agredindo o outro com alguém pedindo paz com um cartaz, etc.. Existem milhares de cenas possíveis com o tema da paz. Para esta atividade, o grupo deverá definir as cenas de teatro imagem e depois ensaiar coletivamente ou em equipes. Depois de prontos, definem-se os lugares em que essas cenas serão apresentadas nas ruas. Podem-se repetir várias cenas em lugares diferentes. Havendo necessidade, o grupo tam-bém usará cartazes para explicar ou questionar as pessoas sobre a paz. Depois de finalizar as apresentações, o grupo conversa sobre o sentimen-to de fazer algo para ajudar as pessoas a pensarem sobre a paz e como foram as reações dos outros.

6. Janelas com mensagens boas

As janelas simbolizam a abertura, a esperança, a liberdade do horizonte etc.. A ideia é construir mensagens em cartazes bonitos e bem elaborados para serem colocados nas janelas dos vizinhos. Pode-se usar papel, mas também materiais como tecidos, plásticos, entre outros para confeccionar as mensagens. Cada pessoa do grupo pode ficar responsável por confeccionar uma quantidade de 5 a 10 cartazes criativos. No dia da distribuição, o grupo pode apenas pregar os cartazes com uma fita adesiva simples pelas janelas do bairro. Coloca-se o cartaz na frente ou no lado, dependendo da mensagem escrita. Por exemplo, alguém pode fazer um cartaz com uma seta dizendo: “Aqui a paz pode entrar!” Também existem outros exemplos como um cartaz em forma de círculo escrito: “Alvo da paz”; um olho com a frase: “Eu vejo a paz em você” etc.. É a criatividade para fazer o bairro pensar a paz. No final da distribuição, o grupo reflete sobre o que estava escrito nas mensagens e no trabalho que foi feito.


7. Contornando o corpo e criando cenas

O organizador da atividade leva grandes pedaços de papel para a turma. Explica que serão desenhadas cenas de paz nesses papéis, utilizan-do o contorno dos corpos. Dividem-se as equipes. Dois ou mais membros da equipe deverão se posicionar em uma cena, deitando-se sobre o papel no chão. Outro membro faz um contorno dos corpos que retrate a cena (um abraço, um encontro, uma imagem abstrata, uma ajuda etc.). A par-tir do contorno feito, a equipe deverá cortá-lo e pintá-lo de forma criati-va. Com o desenho pronto, escreve-se uma mensagem de paz em algum lugar. Escolhem-se com o grupo endereços no bairro em que poderão ser pregados esses desenhos dos corpos de paz. Depois de pregados, o grupo dialoga sobre como foi desenvolver o trabalho em equipe e desenhar algo sobre a paz, usando o corpo.

8. Círculos de vibração pela paz

Divide-se o grupo em pequenas equipes que irão se deslocar por quatro ou cincos pontos diferentes do bairro. Em cada um desses pontos, a equipe faz um círculo, fecha os olhos e com a respiração calma cada um fala algo que deseja de paz para aquelas pessoas ao redor. É importante imaginar que o grupo emite energias para as casas e os moradores do en-torno. Faz isso em um ponto e caminha para um novo espaço, repetindo o mesmo exercício de vibração. Depois de ter ido pelos pontos, o grupo faz uma grande roda à frente da instituição e agora todos vibram juntos pela paz com algumas pessoas falando mensagens positivas. Avalia-se numa partilha grupal as sensações e a força de emanar energias de paz.


9. Visita dos mensageiros do bem

O grupo define algumas casas de pessoas do bairro que necessi-tam de uma visita cheia de alegria e energias de paz. Prepara-se o grupo com um ensaio de uma música e a leitura de uma poesia. Pode-se escol-her dividir o grupo em equipes. A ideia é que as pessoas do bairro sejam visitadas e na ocasião o grupo cante e declame uma poesia para os seus moradores. Depois se abraçam, desejando muita paz. Deslocam-se pelas outras casas escolhidas, fazendo a mesma coisa. Ao retornar para a insti-tuição, conversa-se sobre como foi para cada um a visita às pessoas.

10. Marcha da união faz a paz

A proposta é que o grupo possa andar pelo bairro de mãos dadas, com uma frase de papel colada na camisa: “A união faz a paz”. O grupo vai andar, mudando aos poucos a forma de estar juntos. No momento 1, os membros andam de mãos dadas em uma grande linha humana; no momento 2, andam em duplas ou trios abraçados; no momento 3, andam em fila com as mãos no ombro do outro. Vão aos poucos mudando a for-ma de andar e fazendo as pessoas refletirem sobre esta marcha que pede união. Retornam para a instituição e falam sobre o que aprenderam com a atividade.


11. Cantadores da paz nas ruas

A ideia é que o grupo ensaie apenas uma música que fale da paz em formato de coral para se apresentar em locais públicos do bairro. No dia marcado, o grupo irá escolher 4 ou 5 lugares diferentes para apre-sentar a música. O grupo chega ao local, coloca-se em formato de coral e canta. Por exemplo: numa esquina, em frente de um mercado movimen-tado, no meio de uma praça, entre outros endereços. Depois que o grupo cantar, dirige-se para outro local. Se houver interesse do grupo, ao final de cada apresentação todos leem juntos uma mensagem pela paz. Logo após, o grupo avalia como foi a experiência de se apresentar pela paz nas ruas.

12. Poetas pacificadores nas ruas

Para esta atividade, será necessário escolher ou escrever poesias que falem da paz. Com essas poesias em mãos, o grupo ensaia algumas vezes as formas de declamá-las com criatividade. A proposta é que apre-sente as declamações em lugares específicos do bairro como ruas, praças, pontos de ônibus ou quaisquer ambientes públicos. Chega ao lugar e começa a declamação em grupo. Havendo necessidade, o grupo será di-vidido em equipes que ensaiarão suas poesias e depois se apresentarão. Logo após a atividade realizada, o grupo faz uma reflexão sobre como é levar palavras positivas para as pessoas nas ruas.


13. Varal da paz

Nos pontos de ônibus ou lugares de muito movimento de pessoas, pode-se criar um varal temporário com frases ou textos que incentivem a paz. O grupo organiza o varal com os textos que deverão ser posicio-nados de forma criativa e que chamem a atenção das pessoas. Pensando em ocupar vários lugares diferentes, o grupo poderá escolher construir dois ou três varais que serão colocados por equipes distintas. A ideia é que esse varal passe uma ou duas horas no local definido, deixando as pessoas apreciarem e vivenciarem as mensagens nele expostas. Ao final, avalia-se coletivamente como foi a construção e a vivência das pessoas com os varais.

14. Pássaros da paz

Primeiramente, o grupo constrói diversos pássaros coloridos e escreve neles a frase: “Voa paz em você”. No segundo momento, o grupo escolhe pendurar esses pássaros em algumas árvores do bairro. É impor-tante colocar de uma forma que as pessoas vejam e que chame a atenção para que todos leiam. Avaliam juntos sobre como foi a preparação e a colocação dos pássaros.


15. Barracas da pacificação

Serão organizadas três barracas diferentes com objetivo de falar da paz. A primeira será a barraca da “paz interior”; a segunda da “paz na família” e a terceira da “paz nas ruas”. O grupo será dividido em três equipes que se responsabilizarão por cada uma das barracas. A proposta é criar uma barraca com mensagens, objetos e uma decoração criativa que leve as pessoas a refletirem sobre a paz. Em um dia, confeccionam-se os elementos dessas barracas e no outro momento são montadas em lugares de grande movimento no bairro durante uma, duas horas ou mais. Os membros da equipe ficam na barraca e conversam com as pessoas que a visitam. Depois de realizada a exposição das três barracas, o grupo dialo-ga sobre a reação das pessoas.

16. Fanzine com notícias de paz

Mostra-se ao grupo exemplos de fanzines (jornais artesanais) di-sponíveis na internet e explica que todos irão criar um com mensagens e notícias de paz. Decide-se coletivamente o título e quais os itens que terão no fanzine e as responsabilidades de cada um ou de cada equipe. Disponibilizam-se materiais para a confecção. É feita a colagem final com as notícias, imagens e depois se tira uma grande quantidade de cópias. O grupo marca um momento e sai para distribuir o fanzine para os mora-dores locais, falando alguma mensagem de paz. Depois da distribuição, o grupo avalia como foi a experiência de criar e entregar as notícias de paz.


17. Símbolos humanos

O grupo é desafiado a criar ideias de movimentos corporais que mostrem símbolos de paz. A ideia é que esses movimentos sejam feitos em frente a algum muro para que as pessoas que passem vejam e per-cebam algo que fala de paz. Como exemplo, o grupo escolhe: coração, estrela com as mãos, grande flor, união com os braços etc.. A proposta é criar um símbolo humano que fale de paz, usando o corpo com criativi-dade. Nas camisas dos participantes, pode haver uma frase ou a palavra paz escrita. O grupo mostra o que desenvolveu em alguns muros próxi-mos onde circulam muitas pessoas. Depois conversam sobre o que apren-deram com este trabalho coletivo.

18. Missionários do bem

Como primeiro passo, o grupo arrecada dinheiro que será usa-do para impressão de diversos cartazes coloridos com imagens de mis-sionários. Serão cartazes com Gandhi, Madre Teresa de Calcutá, Irmã Dulce, Jesus, Luther King, John Lennon etc.. É escolher seres humanos que lutaram pela paz no mundo. No cartaz, pode-se colocar a frase: “Eu construí a paz e você?”. Com os cartazes impressos, o grupo divide-se em equipes que saem para andar pela comunidade e colocá-los em mercados, bares, escolas, farmácias etc.. Pede-se a autorização das pessoas para pre-gar os cartazes e deixar a mensagem lá. Ao final, todos falam sobre como é mostrar exemplos de missionários para os outros.


19. Mãos que falam

Cada participante escreve a palavra paz bem legível em suas mãos. A proposta é que o grupo saia e que todos andem pelas ruas movimenta-das, e com um sinal de alguém apitando, parem e abram as mãos para as pessoas verem a palavra paz. Andam, param e abrem as mãos na frente de um ônibus, de um mercado, de um semáforo etc.. A proposta é fazer isso em silêncio com muita concentração para a população refletir sobre a palavra escrita na mão e o que isso simboliza. Após o grupo conversa sobre a reação das pessoas e o que ele fez como ação do bem.

20. Invasão do branco

O grupo marca um dia para todos virem vestidos de branco com bandeiras brancas para o encontro. Essas bandeiras podem ser confec-cionadas com varas e tecidos. Ainda assim, podem existir bolas brancas penduradas no corpo. A ideia é andar como se fosse uma invasão da cor branca que simboliza a união das cores e a paz. No rosto de todos os participantes, escreve-se a palavra paz. Usa-se tinta guache branca para isso. Escolhem-se as ruas por onde irão andar até o retorno. Marcham em silêncio, sorrindo e apenas mostrando a força do branco e o desejo de paz para todos ao redor. Quando retornarem à instituição, dialogam sobre como se sentiram fazendo esta atividade.


21. Quebra-cabeça de cartazes

A proposta é construir cartazes que juntos formem uma frase como um quebra-cabeça. O grupo decide quais frases irão construir e as equipes que farão os cartazes. Eles deverão mostrar esses cartazes em locais de grande movimentação de gente. Chegam, param e armam as diversas frases que foram confeccionadas. Antes de saírem, podem ter ensaiado como chegar ao local, se misturar e depois se juntar, mostran-do a frase. Fazem as apresentações algumas vezes e em locais diferentes. Avaliam ao final como se sentiram, ajudando as pessoas a refletirem sobre a paz.

22. Placas criativas

A ideia é que o grupo crie placas que incentivem ações de paz, inspirando-se nas placas de trânsito. Essas placas poderão ser colocadas em locais estratégicos de circulação no bairro. É necessário usar a criativi-dade e pensar como poderia ser uma placa que fizesse as pessoas pararem e refletirem; que estimulasse todos a ações como respirar lentamente ou contar até a três para ficarem calmos; que motivasse as pessoas a terem atitudes gentis, entre tantos exemplos. O objetivo é recriar as placas con-hecidas do trânsito com a nova temática da paz. O grupo usará diversos tipos de materiais para a confecção e que apresentem resultados criativos para chamar a atenção. Após a colocação das placas, escolhe-se conversar sobre o que cada uma das que foram criadas trouxe de aprendizagem.


23. Chaves para abrir o coração

O grupo é convidado a confeccionar dezenas de chaves com papel e escrever nelas: “Para abrir o seu coração cheio de paz”. Essas chaves serão coloridas, com o tamanho normal e com uma fita para segurá-las. Elas deverão ser colocadas nas portas da vizinhança da instituição. O gru-po escolhe uma data para colocá-las e a forma que serão distribuídas nas casas por cada rua. Logo após a distribuição das chaves, o grupo dialoga sobre o que ele espera que as pessoas façam com esta ação pela paz.

24. Cartas para a paz no lar

Serão distribuídas cartas que falam da paz debaixo das portas dos moradores do bairro. Cada participante do grupo é convidado a escrever cinco cartas que serão dirigidas “aos moradores deste lar” e que irão traz-er um texto de desejos para a paz, a alegria, a harmonia, a tranquilidade e o amor no lar. Organiza-se um momento para escrever e preparar o enve-lope como se fosse uma carta comum. No lugar do remetente, coloca-se “paz no lar” ou outro termo com o mesmo sentido. Define-se uma data para distribuir as cartas e depois de entregues avaliam-se os aprendizados com a temática da paz na família.

25. Aviso nos postes

A proposta é criar placas de avisos em formatos criativos com a frase: “Aqui neste bairro, nós convivemos em paz”. Essas placas serão colocadas em diversos postes da comunidade. Elas poderão ser produz-idas com diversos tipos de materiais que sejam simples e de fácil manip-ulação pelo grupo. Distribuem-se as placas e depois conversam sobre a importância de afirmar a paz no bairro.


26. Painel coletivo da paz

Organiza-se uma estrutura com um painel em branco para ser colocado em algum lugar público. Esse painel servirá para as pessoas do bairro desenharem ou escreverem algo sobre a paz no bairro. O título do painel pode ser: “Deixe aqui o seu desejo de paz para seu bairro”. Existem outras possibilidades de temas e títulos, mas o foco é o convite para as pessoas refletirem através do painel. O grupo ficará presente no local do painel para deixar também seus desejos e convidar os moradores para participarem. Depois de um tempo e com o painel preenchido, o grupo avalia como foi a atividade e os aprendizados com tudo que foi produzido pela população.

27. Frase na janela

O grupo produz diversos quadrados de tecidos brancos com a palavra “paz” escrita. Esses tecidos serão entregues aos próprios partic-ipantes do grupo e aos vizinhos da instituição para que eles coloquem em suas janelas. Para que isso aconteça, será definida uma data para que todos façam a mesma coisa. O aviso da data será entregue com os tecidos pintados para as pessoas, incentivando-as a participar. Pode-se criar um título para esta ação como uma campanha ou movimento pela paz no bairro. Depois da data marcada, o grupo avalia como foi a repercussão e o que a ação trouxe de bom para as pessoas.


28. Estátuas vivas de paz

As estátuas vivas são pessoas que se colocam em uma posição e ficam paradas um tempo, interpretando um personagem. A proposta é o que grupo crie as ideias dessas estátuas e decida quem irá fazer cada uma. A posição corporal com um personagem específico deve chamar a atenção das pessoas e falar do tema paz. Os participantes também prepa-ram uma placa que será colocada ao lado da estátua com alguma frase. Escolhe-se uma rua de movimento e um horário específico para fazer isso. Pode-se repetir a apresentação das estátuas em outras ruas. Após a ação desenvolvida, os participantes dialogam sobre o que sentiram e como foi chamar a atenção das pessoas para um tema tão importante.

29. Aplaudir os pacificadores

O grupo é convidado a criar um cartão com criatividade e que nele tenha escrito: “Parabéns! Você é um pacificador”. “Você é um exem-plo de paz no bairro”. Depois dos cartões prontos, o grupo sairá pelas ruas e escolherá algumas pessoas para doar esse cartão. No momento que a pessoa recebe, todos aplaudem com entusiasmo. Fazem isso com algumas pessoas. Ao final, conversam sobre o que aprenderam com a reação das pessoas e o que guardarão de aprendizagem para sua vida pessoal.


30. Mantra com movimentos

No primeiro momento, o grupo irá escolher e ensaiar um mantra que fale da paz e que tenha movimentos. Todos aprendem a cantar e a repetir esses movimentos. No segundo momento, eles escolhem algumas ruas para caminharem e fazerem o que ensaiaram. A proposta é ir andan-do, cantando e fazendo os movimentos. Após a realização da apresen-tação nas ruas, dialogam sobre o que esta ação trouxe de positivo para o bairro e para cada um que participou.

31. Pontos de respiração

O grupo sairá pelas ruas para desenhar nas calçadas um círculo com a seguinte frase no meio: “Pare aqui e inspire e expire três vezes, fa-lando paz”. A ideia é que sejam pontos em que as pessoas possam parar e respirar, sentindo paz. Os participantes desenham vários círculos em algumas ruas do bairro. Para estimular as pessoas a fazê-lo, o grupo pode fazer o exercício nos pontos criados. Depois de finalizarem a colocação desses círculos, os integrantes falam sobre o que aprenderam com esta atividade.


32. Caminho de paz

Escolhe-se uma praça e cria-se uma instalação artística de um caminho. Nesse caminho, o grupo colocará placas para as pessoas realiza-rem algumas atitudes quando forem passando pela trilha. São propostas de ações espalhadas pelo caminho como: respire calmamente; coloque sua mão no coração e sinta o seu batimento; abrace a si mesmo e diga mentalmente: “Eu quero paz em minha vida”; feche os olhos e ouça esta música calma durante 20 segundos (deve ter um equipamento sonoro). São diversas possibilidades de criar um caminho que deixe a pessoa pas-sar e sentir-se mais em paz ao final. Produz-se toda a estrutura que será montada na praça, permitindo que as pessoas passem durante todo o dia ou mais. O grupo ficará presente com revezamento de equipes, incen-tivando as pessoas e cuidando da manutenção do caminho. Em outro dia, marca-se uma avaliação para refletir sobre a reação das pessoas que passaram pelo caminho.

33. Distribuição de mensagens no comércio

Esta atividade é dividida em duas fases. Na primeira, o grupo es-colhe ou cria pequenas mensagens de incentivo à paz no bairro. São men-sagens que possuem uma informação direta e que apelam para as pessoas terem atitudes de paz. Organizam-se estes textos em diversos tipos de panfletos que serão fotocopiados em grandes quantidades e entregues aos comerciantes do bairro. Na segunda fase, os comerciantes entregam essas mensagens em um dia ou semana definidos pelo grupo. Pode-se pensar em um nome para a distribuição como campanha, dia, semana da paz etc.. Após a conclusão dos trabalhos, o grupo avalia o processo e os seus ensinamentos.


34. Apenas uma atitude de paz

O grupo conversa com os diretores das escolas do bairro para or-ganizar um dia em que os alunos irão realizar apenas uma atitude de paz. Nesse dia marcado, o grupo passará de sala em sala e vai pedir aos alunos que quando chegarem a casa, abracem as pessoas e digam: “Muita paz para você”. É incentivar e mobilizar para que todos realizem este desa-fio de um dia e apenas uma atitude. Divide-se o grupo em equipes para participarem das duas idas às escolas. Uma para pedir a autorização à diretoria e a outra para passar por todas as salas. Depois das atividades realizadas, o grupo fala sobre o que aprendeu com esta experiência.

35. Perguntas no meio fio

Listam-se diversos tipos de perguntas que levam as pessoas à re-flexão e a agir pela paz. Escolhem-se entre cinco a dez perguntas mais interessantes. Organiza-se com o grupo para que as escreva em alguns dos meios-fios das ruas do bairro. Pode-se usar tinta e pincel pequeno para escrever as frases. Existem possibilidades de perguntas como: “Você já abraçou alguém hoje?” “É importante sorrir para as pessoas?” “Você já ajudou alguém hoje?” “É bom respirar calmamente?” A proposta é que o grupo invente as perguntas, seguindo o foco de mobilizar para a ação pacífica. Para a finalização, o grupo conversa sobre o que cada frase e a forma como foi colocada lhe trouxeram de reflexão.


36. Cartão de mão em mão

Cada participante do grupo vai criar um cartão criativo e que con-vide as pessoas para atitudes de paz. A diferença é que esse cartão deverá ser escrito aos poucos. Ele será entregue a alguém e esta pessoa colocará mais uma frase nele e passará adiante. Abaixo do cartão, deve ter este avi-so: “Escreva uma frase pela paz e passe este cartão para uma nova pessoa”. Com os cartões prontos, cada um escolhe alguém no bairro e entrega o cartão. Avaliam-se os aprendizados com esta atividade.

37. Dia de dizer: “muita paz para você”

Será organizada uma data para que todos no bairro saibam que é o dia de dizer para as pessoas nas ruas e em casa: “Muita paz para você”. O grupo pode espalhar cartazes, faixas, avisos nas redes sociais e outras formas de comunicação. No dia marcado, os próprios membros do grupo deverão ser o exemplo para os outros, lembrando aos moradores que é este o dia e o que fazer. Após essa data, os participantes falam sobre como se sentiram e o que aprenderam com as reações das pessoas.


38. Corredor da paz

O grupo sairá junto pelas ruas e se posicionará em formato de corredor humano em alguns pontos do bairro. A ideia é que as pessoas passem por dentro desse corredor e os participantes do grupo lhes digam: “Muita paz para você”; “Seja muito feliz”; “Tenha um dia de paz”, entre outros dizeres. Os participantes podem estar todos com uma camisa de cor única ou com camisas com frases de paz. Faz-se algumas vezes em uma rua e depois se desloca para outras. Ao final, o grupo faz uma reflex-ão sobre a suas atitudes e as das pessoas que passaram pelo corredor.

39. Sementes de flores

Primeiramente, o grupo aglomera uma grande quantidade de se-mentes de flores. Depois organiza pequenas quantidades em saquinhos com os dizeres: “Sementes de paz no lar”. Define-se um momento e o grupo circula pelo bairro, entregando aos moradores. É importante expli-car que são sementes de flores e que eles estão desejando que a paz possa florir na casa. Após a entrega, avaliam como foi este processo.

40. Atitudes para paz no trabalho

Serão colocados grandes cartazes com atitudes de paz no trabalho em diversos pontos de ônibus do bairro. O grupo cria esses cartazes, es-colhendo coletivamente frases que tragam exemplos de atitude pela paz como: “Diga bom dia aos seus colegas”; “Fale durante o dia muita paz para você”; “Escute mais o outro”; “Escolha alguém para ajudar hoje no seu trabalho”. São diferentes exemplos que o grupo ficará livre para re-fletir e criar. Com os cartazes prontos, o grupo se desloca para as ruas, pregando-os nos diversos pontos de ônibus. Para encerrar, fala sobre o que aprendeu com essas frases para sua vida pessoal.


41. Cantando no ônibus

Ensaiam-se duas ou três músicas que serão cantadas dentro do ônibus comum do bairro. O grupo se divide em equipes que pegam um ônibus até um determinado ponto e depois voltam. Nos trajetos feitos, os membros vão cantar as músicas, acompanhados ou não de um instru-mento. O importante é que as pessoas sintam e reflitam sobre as letras das músicas de paz. Quando retornarem, falam sobre como foi a experiência de cada equipe e os aprendizados pessoais.

42. Meditação na praça

Define-se uma praça do bairro, um horário e uma data para o grupo convidar as pessoas para uma meditação para a paz. Comunica-se nos mais diversos meios, usando diversas formas de atrair as pessoas para o evento. No dia da meditação, pode-se convidar alguém para guiar este momento ou mesmo um dos participantes poderá fazer isso. É impor-tante começar com exercícios de relaxamento e respiração para depois seguir para uma meditação. Usa-se um equipamento de som para tocar uma música calma na meditação. Para finalizar, pede-se que as pessoas se confraternizem, desejando muita paz ao outro. Em outro momento, o grupo avalia a atividade, buscando compreender a importância de even-tos como esses para a comunidade.


43. Mostrando o outro no espelho

Cada membro do grupo utilizará um pequeno espelho que terá a seguinte frase escrita: “A paz começa em você”. A proposta é que o grupo ande pelas ruas em equipes e mostre esse espelho para as pessoas nas ruas. É importante chegar e pedir licença para mostrar algo e depois virar o espelho. O grupo pode estar identificado com uma camisa de cor única ou com um crachá. As equipes andam por determinadas ruas movimen-tadas e depois retornam para a instituição. Refletem ao final sobre o que a experiência trouxe de ensinamento.

44. O triste e o ajudante

O grupo será dividido em dois. Uma parte representará perso-nagens tristes e a outra parte, personagens ajudantes. A ideia é que os tristes fiquem sentados e cabisbaixos e outros ajudantes venham para lhe dar carinho. Fazem isso algumas vezes na sala, lembrando que a sequên-cia é: os tristes chegam com as cadeiras e sentam; os ajudantes chegam para dar carinho; e, no final, os tristes levantam e se abraçam com os ajudantes. Depois de ensaiado, eles irão fazer o mesmo em passeios de algumas ruas movimentadas. Chegam e repetem a mesma cena, indo depois para outro local. Enquanto a cena acontece, um participante fica segurando um cartaz com a seguinte frase: “Ajudar o outro é construir a paz.” Depois das apresentações, voltam para a intuição e dialogam sobre o processo realizado.


45. Frases no sinal de trânsito

Escolhem-se frases que falem de paz e que possam sensibilizar rapidamente as pessoas. Depois das frases escolhidas, o grupo divide-se em equipes. Cada equipe gravará a frase e escolherá uma forma de apre-sentá-la criativamente. A proposta é apresentar essas frases nos sinais de trânsito fechados, dirigindo-se às pessoas na rua e no trânsito. Cada equi-pe apresenta algumas vezes em um semáforo e depois segue para outro lugar. Não havendo semáforo, definem-se pontos de movimentação de gente. É importante ser uma apresentação de frase criativa e que chame a atenção. Depois das equipes se apresentarem, o grupo conversa sobre os resultados da atividade.

46. Setas da paz

O grupo criará setas de papel para serem colocadas em frente às portas dos vizinhos no chão. Cada seta terá a frase: “Eu levo a paz para onde for”. Pode-se pensar em outras frases que tragam o sentido da ação da paz para a vida das pessoas no momento que saem de casa. É pensado um momento para criar as setas e outro para colocá-las nos passeios em frente às portas. É algo que vai durar um ou dois dias, mas que levará as pessoas a refletirem. Logo após, os participantes avaliam o processo de confecção e a entrega das setas.


47. Siga o caminho da paz

Cada participante do grupo criará uma grande seta e escreverá nela a frase: “Siga o caminho da paz”. Depois que as setas estiverem pron-tas, o grupo se dividirá em equipes que seguirão para algumas esquinas do bairro. Escolhem-se esquinas de grande movimentação de pessoas. Quando chegarem lá, os participantes devem apontar as setas para as pes-soas que passam. É apenas criar um momento lúdico para os moradores lerem e pensarem sobre essa seta. As equipes poderão escolher outras esquinas e repetirem o mesmo processo. Ao final, dialogam sobre o que esta experiência trouxe de ensinamento.

48. Clowns da paz

O grupo assiste experiências dos trabalhos de Clowns que são feitos em hospitais e aprendem algumas formas de levar a alegria para os outros. Em outro momento, os participantes construirão diversos sorrisos grandes, recortados em papéis que serão entregues às pessoas nas ruas. Marca-se um horário para que todos usem branco e um nariz de palhaço. A proposta é que neste momento o grupo saia pelas ruas e entregue os sorrisos para os moradores do bairro. É importante fazer algumas brin-cadeiras com as pessoas para atrair o riso com a cautela necessária. En-trega-se também o riso de papel e fala-se para a pessoa: “Sorrir traz a paz para você e para o mundo”. É um incentivo ao sorrir e à alegria. Quando acabarem a circulação pelas ruas, avaliam toda a riqueza da atividade.


49. Stand 1 minuto de paz

A ideia é montar um ambiente em uma praça ou num largo que seja um espaço para a pessoa sentar e se sentir em paz. É um stand com cadeira, som calmo, plantas, flores, cheiro bom, frases positivas etc.. Usa-se a criatividade para pensar em um stand que fique um dia em um lugar e que o grupo se divida em equipes para cuidá-lo. Os participantes podem convidar os transeuntes, trazendo-os para viver apenas um minuto de paz. Nesse stand, pode se pensar em algumas pessoas do grupo que pos-sam massagear o ombro da pessoa, orientando-a a respirar e relaxar, além de falar frases positivas para ela. É um ambiente interativo e atraente para fazer com que as pessoas entrem num clima de paz. Após a realização deste pequeno evento, os participantes falam sobre o que aprenderam no atendimento aos outros.

50. Placas nos jardins

É importante criar uma relação de amor e cuidado dos moradores com os jardins do bairro. A partir disso, o grupo criará diversas placas com pedaços de madeira ou plástico pintados. Nessas placas, serão colo-cadas frases que convidam as pessoas a refletirem sobre a paz, observan-do a natureza. São exemplos como: “Cuidar das flores é também cuidar da paz em nosso bairro”; “A beleza deste jardim traz paz para todos”; “Aproveite este jardim e respire a paz que ele traz” etc.. O grupo pode se dividir em equipes e espalhar as placas pelos diversos jardins e canteiros do bairro. Ao final, falam sobre o que esta atitude lhes ensinou para a vida pessoal.


51. Empilhando caixas pela paz

O grupo recolhe diversas caixas com tamanhos diferentes. Pin-ta-as com cores diferentes e escrevem nelas frases de paz e união como: “A paz é uma ação coletiva”; “Trabalhar unido gera paz”; “Ajudar ao outro é uma atitude pela paz”, entre tantas outras. Depois das caixas prontas, o grupo ensaia diversas formas de empilhá-las, agindo coletivamente como: passando de um para o outro; dois pegando a caixa juntos; um abraçando o outro pela ajuda. É como uma cena teatral de mutirão coletivo com as caixas. Feita a preparação, o grupo se deslocará para alguns lugares no bairro e fará essa mesma cena. Chega e repete as ações de construção coletiva com as caixas. A ideia é que as pessoas passem e vejam a cena e leiam as frases para refletir. Em alguns momentos, pode-se também con-vidar os transeuntes para participar da construção. Fazem em um lugar e depois seguem para outro ponto no bairro. Após as realizações das cenas teatrais, o grupo dialoga sobre a reação das pessoas e os ensinamentos que esta atividade lhe proporcionou.

52. Casinha de paz com guarda-chuvas

Cada participante trará para a atividade um guarda-chuva que ele enfeitará com tiras coloridas de papel ao redor. O guarda-chuva ficará transformado pelos papéis que podem ser todos de uma cor para o grupo ou de cores diferentes. A proposta é que o guarda-chuva seja uma casinha de paz para as pessoas que serão convidadas a entrar debaixo dele. Neste momento, o participante do grupo falará mensagens de paz para a pessoa que ele convidar para ficar debaixo. O grupo sai pelas ruas com os guar-da-chuvas e escolhe algum lugar movimentado para parar e abordar as pessoas. Segue depois para outros lugares na comunidade. O importante é manter a curiosidade e a participação da população para ouvir men-sagens de paz de uma forma lúdica e diferente. Depois da ação realizada, o grupo avalia os resultados.


53. Grande frase com todos

O grupo mostrará nas ruas uma grande frase sobre a paz, usando as letras nas camisas. Ele elege uma frase sobre paz que tenha um im-pacto e gere uma reflexão rápida para as pessoas. Essa frase deve conter o número de letras iguais aos dos participantes para poder ser montada. Podem-se escrever as letras nas camisas ou colocá-las em um papel. O grupo sai por alguns pontos no bairro. Chega e monta a palavra, seguindo depois para outro lugar. Ao final, fala o que a atividade lhe ensinou sobre a reflexão pela paz.

54. Pequenos cartazes com atitudes

Cada participante construirá cinco pequenos cartazes sobre ati-tudes de paz. Esses cartazes serão mostrados para outra pessoa na se-quência de 1 a 5. Os cartazes terão as seguintes frases em suas sequências:

1) Pare, inspire e expire calmamente; 2) Continue inspirando e expirando calmamente; 3) Coloque as duas mãos no coração e solte 3 vezes o ar, fa-lando paz; 4) Deixe as mãos no coração e deseje, mentalmente, paz para sua família; 5) Obrigado(a) e muita paz para você. Os cartazes poderão ser escritos pelos participantes ou poderão ser utilizadas cópias de outros já impressos. Com os cartazes em mãos, os participantes ensaiam em du-pla como mostrar os cartazes e como fazer as ações. Depois decidem sair em grande grupo ou em equipes pelas ruas do bairro, parando em frente a alguns moradores e mostrando os cartazes para cada um. Evita-se falar, pois a comunicação se dá pelos cartazes. Após mostrarem os cartazes du-rante um tempo, eles retornam e conversam sobre como foi a participação dos moradores e o que eles aprenderam com tudo isso.


55. Pequenos círculos cantantes

O grupo ensaia o mantra: “Nós somos seres de luz, de amor e paz” de Nando Cordel (disponível na internet). Esse mantra será cantado em equipe de quatro pessoas que farão um círculo ao redor de um morador. Ensaiam primeiramente a música e depois saem em equipes pelas ruas, utilizando alguma camisa ou crachá de identificação. Pedem licença às pessoas e falam que têm um presente para ela. Fazem o círculo ao redor desta pessoa e começam a cantar no máximo um minuto. Depois a equipe segue para cercar outro morador e cantar. Faz-se isso durante um tempo e retorna-se para avaliar como todos se sentiram com a atividade.

56. Falar a palavra calma cinco vezes

Uma possibilidade de campanha, entre tantas outras ideias que podem existir, é lançar um desafio para os moradores do bairro. O desafio é falar a palavra “calma” cinco vezes quando precisar, estiver nervoso ou numa situação difícil. Nessa campanha, as mãos e os dedos podem ser utilizados para lembrar-se de contar até cinco, falando calma. Para lançar a campanha, o grupo pode sair pelas ruas, usando uma luva de plástico em uma das mãos. Anda e para em frente a um aglomerado de pessoas e fala em conjunto cinco vezes, usando a luva para contar. Distribui-se também um panfleto que solicite às pessoas para fazerem isso a partir de agora. Depois do lançamento nas ruas, os participantes trazem para o grupo suas observações sobre o processo.


57. Dia de não brigar

A proposta é lançar um desafio para a comunidade que é de não brigar em um dia específico. O grupo escolhe e lança uma data com 10 dias de antecedência, usando cartazes, faixas e outros meios de comuni-cação. Pode-se pensar num dia em que o grupo saia pelas casas e entreg-ue os panfletos, pedindo que todos contribuam e espalhem a notícia. Os participantes podem escolher uma imagem comunicativa para marcar a campanha. Fazendo-se isto em um ano, pode-se pensar em repetir em um próximo semestre ou anualmente. Após a data marcada, o grupo aval-ia os aprendizados com a experiência desenvolvida.

58. Água que acalma

O grupo vai criar um stand criativo, lúdico e participativo para as pessoas passarem e receberem um copo de “água da paz”. Pode-se es-crever no copo: “água da paz”. No momento que as pessoas receberem a água, os participantes dizem que elas deverão bebê-la em pequenos goles. A cada gole, a pessoa deve falar “paz”. É importante criar um ambiente bonito e com música calma, escolhendo um lugar de muita movimen-tação no bairro. A proposta é fazer as pessoas pararem e pensarem na paz ludicamente. Em outro momento, o grupo dialoga sobre o que esta ação trouxe de ensinamentos.


59. Rua do viver em paz

Primeiramente, escolhe-se uma pequena rua em que os partici-pantes do grupo vão pensar formas de espalhar nela a cor azul. A ideia é propagar a cor azul com tecidos em árvores, postes e outros locais. Existe também a possibilidade de pintar os meios-fios e outros locais. Antes de colocar cada elemento, é importante conversar com os moradores, di-zendo que é uma atividade para difundir a paz nos lares. No início e no final da rua, coloca-se uma faixa dizendo: “Rua do viver em paz: deixe que o azul da paz entre em seu lar”. Esta transformação pode durar um dia ou uma semana. É mais um passo para trazer a reflexão sobre a paz para dentro dos lares. Pode-se repetir este mesmo banho de azul em outra localidade. Ao final, o grupo traz suas observações sobre o processo.

60. Quadro de si mesmo

Os participantes criam uma armação grande de um quadro com papelão e pinta-a de branco. Ao redor da armação, escreve-se a frase: “A paz começa em mim”. A proposta é que cada um coloque essa armação na frente de seu rosto e crie uma foto de si mesmo em paz. Ensaia-se andar, parar e posicionar o quadro em frente a si mesmo e em posições sempre diferentes. O grupo andará junto por algumas ruas. Em determi-nados locais, os participantes param e se espalham pelas frentes das casas, comércios etc.. Eles ficam parados em posições e com o quadro voltado para si. É um tempo curto de exposição e depois seguem para outro local. Após a atividade, conversam sobre o que aprenderam ao mostrar que a paz começa em si mesmo.


Elementos da mobilização pela paz.

Capitulo 6

Elementos da mobilização pela paz

• Para mobilizar as pessoas pela paz, é importante compreender que o estado de paz começa em si mesmo. É o retorno para si na compreensão de como pensar, sentir e agir pela construção de paz em sua vida. Nós somos exemplos de pacificadores no momento que incentivamos o outro a agir pela paz.

• Na mobilização, existe uma sequência de início, meio e fim da ação proposta. A sequência deve nortear a execução qualificada de cada ativi-dade, pois manterá o grupo concentrado e atento ao que se quer e ao que se vai fazer realmente.

• Ir para as ruas, é saber que os imprevistos podem acontecer o tempo todo. Desta forma, o grupo deve manter-se coeso em suas ideias e in-teresses para poder lidar com cautela com cada situação emergente que aconteça. Dependendo do imprevisto, a inclusão criativa de cada fato novo e positivo é algo salutar para a atividade. Para isso, os participantes devem manter suas atitudes de flexibilidade, humildade e perseverança para agir em prol do melhor para as pessoas que são atingidas pela ativ-idade.

• As atividades aqui propostas são apenas pistas do que pode ser criado e recriado pelo grupo. As ideias virão à mente no momento que se ler a descrição das atividades. Essas ideias são fundamentais para poder con-textualizar as propostas à realidade local.

• O retorno do sucesso não se encontra no aplauso da população para com a atividade. O foco do êxito desejado está: na reverberação das ações na vida das pessoas; na tomada de consciência de cada um sobre a paz e nas novas atitudes pacificadores que acontecerão na vida. É ter a certeza interna que o trabalho foi feito e que algo foi tocado e transformado na comunidade.

47Atividades criativas de mobilização pela paz | Elementos da mobilização pela paz

• O grupo tem uma abertura para integrar a participação de novas pes-soas na realização das atividades. Os moradores podem se interessar e se envolver no desenvolvimento da ação, exigindo que o grupo seja flexível e disponível para receber a ajuda.

• No desenvolvimento de cada atividade, pode-se pensar na busca de pes-soas ou instituições que irão apoiar com recursos humanos, materiais ou financeiros. É uma forma também de incentivar estes apoiadores a lutar-em pela paz no bairro.

• Para executar com qualidade as atividades, é necessário haver disciplina nos horários, na organização dos materiais e na sequência estruturada. Esta disciplina possibilita que o grupo consiga cumprir os objetivos da atividade dentro daquilo que foi pensado. Isso contribui para o sucesso do trabalho e o estímulo para se fazer novas atividades pela paz.

• O grupo pode repetir uma atividade algumas vezes ou realizar difer-entes tipos de ações. É importante manter a chama acesa da paz na co-munidade. Para isso, é necessário o comprometimento do grupo em fazer uma ou mais atividades com a devida dedicação.

• A antecedência na programação das atividades garante o sucesso da mo-bilização pela paz num bairro. É algo que facilita a preparação e o envolvi-mento de todos para executar com segurança o que foi proposto.

• A força da palavra PAZ deve estar em todas as atividades. É preciso cuidar da reverberação positiva e ativa dessa palavra relacionada ao bem-estar humano de uma comunidade. Existem diversos problemas e situações graves em cada bairro, mas o nosso foco é reverberar a paz pela beleza em palavra e em atitude concreta de amorosidade.

48Atividades criativas de mobilização pela paz | Elementos da mobilização pela paz

Estamos juntos com o mundo.

Capitulo 7

Estamos juntos com o mundo

O que cada grupo fará em sua rua ou bairro está em conexão di-reta com as diversas atividades que estão sendo realizadas pelo mundo. É um ressentir da necessidade de mobilizar as pessoas pela paz em vários lugares diferentes como algo que resgata a natureza pacífica do ser huma-no. Esta força para realizar a atividade com segurança e amor vem de uma demanda maior que aglomera milhares de grupos pelo mundo que lutam pela paz.

É uma sensação de estarmos juntos com outros pacificadores numa con-exão sutil. Faz parte de uma vontade que vem lá de dentro e nos pede: “Vamos mobilizar pela paz!” “É hora de agir!“Esta ligação com outros grupos é fundamental para manter a força do grupo que tem participantes unidos pelo mesmo interesse de ver a paz se concretizar no bairro.

Uma ligação firme e bela nos vincula uns ao outros para despertar os corações para agir pelo bem de si mesmo, do outro e do mundo. Há uma vontade que faz vibrar nosso ser em um apelo forte que diz: “É preciso viver em paz”. É o que mais precisamos hoje quando estamos em família, no trabalho, nas ruas, nas escolas, nas praças e em tantos outros locais.

Confirma-se um convite que reverbere no mundo para inspirar e expirar, acalmando nosso ser para ressentir um chamado do viver em paz. O es-tado pacífico é natural em nós. Estão inerentes as atitudes vivas de amar cuidando do outro; de agir com palavras de carinho; de conviver com respeito ao outro e de ter esperança em viver num mundo pacífico.

Tenhamos certeza de que nosso trabalho vai reverberar com as ondas de paz que se espalham e se encontram com outras ondas em bairros, cidades e países diferentes. Nós estamos juntos.

50Atividades criativas de mobilização pela paz | Estamos juntos com o mundo

Eis o convite: Mobilize-se!Maria Isabel

Movimento Navegue no Bem Dentre tantas guerras, violência, desentendimentos, ira e tristeza, procuramos a Paz como antídoto para essas chagas do mundo. Buscamos a PAZ para as relações entre as nações, para dentro da comunidade e para as nossas relações pessoais. Mas não há como oferecer algo que não se cativa, que não se tem e que, muitas vezes, nem paramos para pensar o que significa, pronunciando-o da boca pra fora.

É preciso primeiramente sanar nossas guerras internas. Parar de violentar o nosso ser. Entender quem somos e sobre nossos limites. Aprender a controlar a ira. Driblar a tristeza.

Segundo Chico Xavier, “a paz em nós não resulta de circunstâncias externas e, sim, da nossa tranquilidade de consciência no dever cumprido.” Portanto, a paz é o resultado de uma conquista primeiramente interna de cada individuo. E é ele quem dá paz ao mundo através de atitudes corretas.

A paz é um estado de espírito. Está em nós. E mais que buscá-la, é necessário segui-la.

Nando Cordel nos diz: “A paz do mundo começa em mim”. E, portanto, fazê-la presente no coração, na mente e nas atitudes, é o início. Expandi-la para o grupo, para a comunidade é uma tarefa de cada habitante do planeta.

Assumamos então nossa parcela de responsabilidade pela paz mundial. Que ela faça morada em nós e sejamos a força que leva essa onda PAZ adiante.

Eis o convite: Mobilize-se! Traga a paz para a sua rua, seu bairro, sua comunidade. Desperte as pessoas em seu entorno para seguir a paz. Inspire-se, para inspirar outras pessoas. Vamos construir um mundo de paz.

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Atividades criativas de mobilização pela paz · Ney Wendell é natural de Valente-BA, formado em Transpersonal Life Coaching (Nexus Institute), mestre e doutor em artes cênicas