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Solidariedade 4 – Dezembro 2016 - 1 -
EDITORIAL
O GRD1º de Maio foi fundado com o propósito único de servir a população de Tires.
Nos primeiros tempos oferecer divertimento foi a preocupação predominante. O
ensino da Música e a iniciação na Arte Dramática ajudaram na valorização cultural. À
Solidariedade do Grupo se devem ainda ações de beneficência na ajuda de camaradas
carenciados que, por razões de saúde, se viam privados dos seus magros vencimentos.
O GRD1º de Maio, à data presente, continua ao serviço da mesma comunidade.
Atividades recreativas, desportivas e culturais dão resposta às mais variadas
necessidades desta população em todas as suas camadas etárias. Poderá dizer-se que
o Grupo fornece, a seguir à família e à escola, o melhor contributo à formação cultural
dos seus jovens praticantes.
O GRD1º de Maio continuará a servir Tires e as suas gentes no futuro. Desenvolver e
melhorar as atividades existentes, implementar e potenciar novas atividades de
interesse comum é o desígnio que a todos deve unir.
2016 está prestes a encerrar e o balanço de toda a atividade desta Coletividade durante
o ano é altamente positivo. O melhor de sempre no que diz respeito ao número de
Solidariedade 4 – Dezembro 2016 - 2 -
atividades desenvolvidas, o melhor de sempre no número de praticantes, o melhor de
sempre no número total de pessoas envolvidas.
Mas, nem todo o pretendido foi alcançado, nem todo o conseguido foi perfeito.
Queremos fazer mais e melhor. Para que isso possa acontecer é indispensável a
colaboração de todos: sócios e seus familiares, praticantes e/ou seus pais, amigos ou
simpatizantes.
A secção de comunicação do GRD1º de Maio veio colocar à disposição de todos este
seu Boletim Informativo, o seu site (www.grd1maio.com) e, também agora, a sua
página no facebook (www.facebook.com/grd1maio.tires/), não só para que a
informação circule, mas para que a opinião se mostre, o debate se fassa e a evolução
aconteça.
Com a tua colaboração e apoio o GRD1º de Maio servir-te-á melhor!
Para todos um feliz Natal e um Ano de 2017 acima das melhores perspetivas.
Saudações Associativas
Carlos Albano
NOTA: Para fazer face aos custos de edição e a partir da presente número o
“SOLIDARIEDADE” passa a contar com o apoio de algumas sociedades comercias,
publicando-lhes, em troca, os respetivos anúncios publicitários.
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Solidariedade 4 – Dezembro 2016 - 3 -
HISTÓRIA DO GRUPO MUSICAL E DRAMÁTICO 1º DE MAIO DE TIRES
2 – DE 1919 A 1939 - PRIMEIROS 20 ANOS DE EXISTÊNCIA (cont.)
II - A PRIMEIRA SEDE
Ao Grupo recentemente constituído faltava o espaço, uma sede, para aí concentrar e
desenvolver toda a sua atividade. Como solução recorrem ao aluguer de um barracão,
que anteriormente fora local de alojamento de almocreves. Só com o grande empenho
e trabalho voluntário de todos foi possível adequá-lo para seu salão de festas.
O dito espaço situava-se a Nascente do atual Pavilhão Serafim Tomé dos Santos,
sobranceiro ao mesmo, no interior dum pátio que, mais tarde, ficou conhecido pelo
“Pátio do Lenine”, por aí ter nascido e vivido Lenine Antunes Flôr, filho de Francisco
Antunes Flôr, um dos camaradas que se associou a esta Coletividade ainda no primeiro
ano de existência desta, e neto de Joana Maria Sabido, a senhoria, proprietária do
barracão arrendado.
Croqui, facultado por Raúl
Moreira Sabido, sócio dos
mais antigos do GRD 1º de
Maio ainda vivo, com a
planta do referido pátio
onde se inseriam o Salão de
Festas e o Bufete da
Coletividade.
A renda paga no referido aluguer foi inicialmente de 1$50 por mês, valor que duplicou,
para 3$00 por mês, a partir do dia 1 de Abril de 1922 por exigência da senhoria, facto
bastante contestado e discutido pelo Grupo. O aumento foi aceite em Assembleia Geral
realizada em 19 de Março de 1922 com o compromisso da senhoria, assumido por
assinatura da respetiva ata, de não voltar a aumentar a renda nem a ordenar o despejo
num prazo de 10 anos. Aos pagamentos da renda seriam ainda descontados os valores
gastos nas reparações da casa.
Solidariedade 4 – Dezembro 2016 - 4 -
No entanto no final de 1930, por decisão da Direção em funções, retificada pela
Assembleia Geral de 8 de Dezembro de 1930, é aceite o aumento de renda para 50$00
mensais. À data decorriam obras de melhoramento que proporcionariam o forro
interior e a construção de um guarda-vento à entrada do Salão de Festas. Por
curiosidade anota-se que o guarda-vento serviria para vedar o acesso visual ao interior
no decorrer dos bailes: – “quem quiser gozar terá de pagar”, é dito na Assembleia.
Ao longo dos anos as condições degradam-se e a hipótese de avançar para a construção
de uma sede em edifício próprio começa a ser equacionada. O assunto é discutido com
grande entusiasmo e determinação na AG de 14 de Março de 1936 acabando por sair
nomeada uma comissão pró-sede que ficará composta pelos membros da Direção –
Francisco Damásio José (Presidente), Francisco Vicente Costa (Secretário) e Francisco
Assis Mafra (Tesoureiro) - e pelos camaradas Artur dos Santos, Manuel Moreira,
Heliodoro Moreira Sabido e Domingos dos Mártires Luiz.
Depois, já em 1939, é decidido adquirir um
terreno onde possa ser construída a tão
desejada nova sede. Na Assembleia Geral
de 14 de Janeiro é resolvido, por
unanimidade dos 41 sócios presentes,
adquirir ao Sr. Francisco Luiz Faneca pela
importância de 400$00 um lote de terreno
com 800 m2, delegando-se nos vogais de
Direção entretanto eleitos, Domingos dos
Mártires e Domingos José Paulino, a
competência de outorgarem na respetiva
escritura.
Logo depois, os 61 sócios presentes na
Assembleia Geral de 1 de Abril do mesmo
ano, deixam registados em ata os seus
reconhecidos agradecimentos ao Exm.º Sr.
Solidariedade 4 – Dezembro 2016 - 5 -
Administrador do Concelho, pela promessa
do envolvimento camarário na construção, e
ao Sr. Gerónimo de Oliveira, Construtor Civil
autor do projeto, que oferece,
graciosamente, a sua responsabilidade
profissional para a execução da obra. É
nomeado um Conselho Técnico para
coordenação dos trabalhos que se compõe
pelos camaradas: Eugénio Francisco,
Domingos dos Mártires, Manuel Moreira e
José da Silva. A escritura de compra do
terreno far-se-á agora pela área de 930 m2, e
não os 800 m2 que foram considerados
insuficientes, mas pelo mesmo valor de
400$00.
Carlos Albano
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UMA FOTO COM HISTÓRIA
A 31 de Maio de 1959 duas coletividades vizinhas: - O Grupo Recreativo e Dramático
1º de Maio de Tires (naquela altura Grupo Musical e Dramático 1º de Maio da
Solidariedade Operária de Tires) e a Estudantina Recreativa de São Domingos de Rana
– decidem por cobro a um corte de relações que já durava havia alguns anos. De Tires
sai uma comitiva e de S. Domingos de Rana sai outra. Caminham em sentidos opostos
até se encontrarem para
uma festa conjunta. São
porta-estandartes as
quatro jovens da foto,
duas de cada lado. Pelo
GRD1º de Maio
reconhecem-se
Benvinda Xavier (ao
centro entre os
estandartes) e Adília
Silva (a mais à
esquerda).
Carlos Albano
Solidariedade 4 – Dezembro 2016 - 6 -
A ENTREVISTA
Ginástica Acrobática – ACROGYM/ Prof. Alexandre Barreto
Um grupo de Ginástica Acrobática que Gosta do que faz!
Valorizamos o verdadeiro significado da palavra:
A mizade
T rabalho
L utadores
E mpenhados
T écnica
A mor pelo que faz
para nós as medalhas são secundárias!
Foi este o mote para entrevistarmos a equipa técnica da modalidade de Ginástica do
GRD 1º Maio.
- Quem são os responsáveis por esta modalidade?
ACRO-Somos uma equipa constituída por 5 professores: Alexandre Barreto, Mariana
Constantino, Ricardo Barreto, Nádia Pinto e Joana Magalhães.
- Há quantos anos desenvolvem a modalidade no GRD1ºMaio?
ALEX-Estou há 27 anos no clube, no entanto, houve alturas em que só existiu uma
classe. Hoje em dia existem várias classes:
Acrobática » classe de representação, A, B e Formativa.
Trampolins » formativa e representação;
Ginástica Geral » babys , bâmbis, Infantil e iniciados
Lazer e condição física » classes senhoras A e B.
Temos atletas dos 2 aos 80 anos. Temos uma atleta que está connosco há 26 anos, a
Silvina Silva.
Para além destas atividades fazemos férias desportivas e festas de aniversário.
- Quais são as caraterísticas que um bom atleta deve ter?
ACRO- Assiduidade, compromisso, dedicação, espírito e trabalho de equipa são
fundamentais para nos tornarmos bons naquilo que fazemos, e é isso que pretendemos
transmitir aos nossos atletas.
Solidariedade 4 – Dezembro 2016 - 7 -
- Como é estruturado o vosso trabalho perante as várias faixas etárias?
ACRO-O nosso trabalho parte da motivação e dos objetivos específicos definidos para
cada atleta, os mais velhos funcionam com um plano de treino que vai de encontro
aquilo que foi definido e do trabalho para as representações da própria classe.
Os mais novos têm uma atividade orientada de acordo com as suas espectativas e
interesses, sempre reforçando e valorizando o seu trabalho, muitas vezes convidamos
os pais a fazerem parte da atividade.
- Sendo uma modalidade com um grande nº de atletas, porque é que não participam
em competições?
ALEX-Há muitos anos, participei em competições como atleta e mais tarde como júri, o
que aprendi é que o nível pedido aos atletas é para além daquilo que é normal para a
sua idade, existe um desenvolvimento demasiado precoce.
O meu objetivo enquanto técnico é preservar o desenvolvimento normal do atleta a
longo prazo para que possa desenvolver esta atividade durante longos anos.
Exemplo disso é que tentamos liderar pelo exemplo, participando e treinando com os
atletas, mostrando que não há idade para a modalidade. Tentamos que cada atleta veja
esta atividade como uma valorização pessoal e como uma forma de estar perante a
vida.
Para além da parte física, existe uma preocupação com a sociedade, é por isso que
desenvolvemos em cada ano uma campanha de solidariedade, envolvendo atletas, pais
e a comunidade. Este ano estamos a recolher tampinhas.
- O GRD 1º Maio está a apostar na comunicação através do Boletim Bimensal, da
página na internet e da página do facebook, em que ponto é que esta comunicação
poderá ser útil para a vossa modalidade?
ACRO- Penso que tanto para nós, como para as outras modalidades é uma forma de
chegar às pessoas que nos conhecem e àquelas que ainda não nos conhecem. É uma
forma de ajuda na divulgação do trabalho que desenvolvemos ao longo do ano. Mostra
uma coletividade viva e ativa.
- Estamos a chegar ao Natal, não querem aproveitem para pedir ao Pai Natal
(coletividade) o que vos faz falta?
ACRO- Temos noção que a coletividade tem ajudado no que é possível, este ano foram
adquiridos praticáveis novos e apoios de madeira. Neste momento uns fatos de treino
no sapatinho seriam bastante úteis.
Marisa Gonçalves
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SABORES DO TEMPO
Perde-se no tempo a origem dos Bolos de Natal de Tires. Desde os tempos dos nossos
avós e bisavós, aproximando-se o Natal, os fornos do pão eram aproveitados para cozer
os Bolos de Natal, receita que passou de geração em geração. Os Bolos de Natal
marcavam a época e a sua confecção era um motivo de convívio e alegria. As senhoras
juntavam-se na casa de quem tinha forno e entre bolinhas e carapetas, histórias e
risadas, as fornadas iam surgindo, uma após a outra. Cada família possuía a sua receita,
uma massa feita de farinha, açúcar, sumo de laranja, chá de limão e o seu ingrediente
especial, que era amassada pelo homem de modo a envolvê-la e trabalhá-la bem, massa
essa que descansava de um dia para o outro, num ambiente quente. Na casa dos meus
avós o alguidar ficava ao fundo da cama, pois era o local mais quente.Com o passar dos
anos, e apesar dos fornos de lenha serem cada vez menos, ainda há algumas famílias
que continuam a tradição, envolvendo os mais novos.
Marisa Gonçalves
Solidariedade 4 – Dezembro 2016 - 9 -
FADO NO GRD1º de MAIO
Sábado 26 de Novembro, no GRD1º de Maio o fado
aconteceu. João Loy, o ator/fadista grande amigo
desta casa, fez-se acompanhar de um elenco de
grande qualidade, do qual faziam parte, para além
do próprio, Alice Nunes, Liliana Martinho e João
Guiomar, excelentemente acompanhados por Luís
Ribeiro na guitarra e Jaime Martins na viola.
Intervieram também as "vozes da casa", de José
Maria e José Filipe Martinho, que foram capazes de
se apresentar ao nível do ambiente gerado. O
espetáculo produzido merecia, sem dúvida, uma
sala bem mais composta de público. O mau tempo
e a concorrência de eventos semelhantes nas
imediações impediu que isso acontecesse, o que foi
pena.
Carlos Albano
Solidariedade 4 – Dezembro 2016 - 10 -
SUBBUTEO ou FUTEBOL DE MESA
Esta é, por certo, a modalidade do GRD1º de Maio menos conhecida dos seus associados
mas, ao mesmo tempo, a mais premiada de todas, quer a nível nacional como
internacionalmente. Ricardo Pavão, o atual responsável pela secção, faz-nos a sua
apresentação:
I – A Secção no GRD1º de Maio
A Secção foi criada em 2012 pelo então responsável Paulo Elias. A primeira época oficial que contou com a participação do GRD1ºMaio Tires foi então 2012/2013.
Do primeiro plantel faziam parte os seguintes jogadores: Paulo Elias, Ricardo Pavão, Afonso Pereira, Hugo Carvalho, Miguel Amaro e Gil Afonso.
No ano de estreia fomos Campeões Nacionais e Vencedores da Taça de Portugal.
Atualmente o plantel é composto pelos seguintes atletas:
Ricardo Pavão Manuel Santos Afonso Pereira Ioannis Kakavas (atleta de nacionalidade Grega) Luis Abreu Bruno Valente Miguel Amaro Paulo Elias
Palmarés da Equipa:
Tri Campeão Nacional (2013, 2015 e 2016). Em 2014 não houve prova. Vencedor da Taça de Portugal em 2013 e 2015. Vencedor do V Open Internacional de Lisboa 2016
Participações a nível internacional:
Open Internacional de Estepa em Espanha. Major de Mons na Bélgica. Liga dos Campeões Europeus em Roma. Grand Prix de Gibraltar.
Já tivemos uma reportagem do jornal Record no nosso clube, que ainda continua online, em:
http://www.record.xl.pt/especial/detalhe/subbuteo-na-ponta-dos-dedos 812379.html
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SUBBUTEO (cont.)
II – A participação na Liga dos Campeões Europeus
No fim-de-semana de 29 e 30 de Outubro a modalidade de Subbuteo do GRD1º de Maio
esteve em Roma a participar, pela primeira vez, na Liga dos Campeões de Futebol de
Mesa.
No primeiro dia, jogamos a fase de grupos, mas não conseguimos alcançar a fase
seguinte, passando para a Liga Europa, como acontece no Futebol.
Na Liga Europa conseguimos, na fase de grupos, a qualificação para a fase a eliminar,
tendo sido eliminados nos Quartos-de-final.
Após a eliminação, jogamos o Playoff para a definição dos lugares na classificação e
obtivemos o 5º lugar.
Para uma primeira participação, um 5º lugar na Liga Europa acaba por ser uma boa
classificação.
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EVENTOS PROGRAMADOS PARA AS NOSSA INSTALAÇÕES
(ATÉ AO FINAL DO ANO)
08 Dez./ 16.00 h - Festa de Natal da Catequese da Paróquia de Tires
Salão de Festas do Edifício Sede
10 Dez./ 09.30 h – II OPEN NACIONAL de TIRES – Futebol de Mesa
Organização da Secção de Subbuteo do GRD1ºMaio
Salão de Festas do Edifício Sede
11 Dez./16.00 h – ESPETÁCULO DE BALLET - “Os Grandes Bailados”
Salão de Festas do Edifício Sede
16 Dez./ 16.00 h - Festa de Natal do Centro Comunitário de Tires
Salão de Festas do Edifício Sede
17 Dez./ 10.00 h - Festa de Natal da Escola Horizonte
Salão de Festas do Edifício Sede
- Festa de Natal da Escola 31 de Janeiro
Pavilhão Serafim Tomé dos Santos
18 Dez./ 16.00 h - Festa de Natal do GRD1º de Maio – Mini-Circo
p/ crianças, filhas de sócios e colaboradores e praticantes
Salão de Festas do Edifício Sede
31 Dez./ 21.30 h - Festa de Passagem de Ano
organização dos Reguilas F. C.
Salão de Festas do Edifício Sede