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ATIVIDADES PARA FIXAÇÃO - TIPOS DE DISCURSO Releia estes dois trechos do conto “Ao apagar das luzes”, de Lya Luft: Trecho 1 Sentaram-se à mesa, depois de trocarem os cumprimentos habituais, as brincadeiras de sempre, os elogios forçados: - Cada vez mais jovem, mãe! - Pai, cada vez mais forte, heim? - Filha, você emagreceu! - Você foi elogiado pelo patrão, filho! Trecho 2 Ao sabor da comida misturava-se o ressaibo dos rancores secretos crescendo como ervas malignas cobrindo as almas. O pai me batia mina mãe não me entendia, meu filho estava bêbado na sua formatura e eu me sacrifiquei tanto por ele, a mãe enxotou meu namorado por implicar demais com ele, nunca entendi o que minha filha afinal quer da vida, a mãe sempre preferiu a outra, o pai é um medíocre, a mãe uma atrasada... 1. No primeiro trecho, nota-se a presença de mais de um discurso: o do narrador e o das personagens. As falas das personagens são reproduzidas fielmente. a. Que tipo de discurso foi empregado na fala das personagens? b. Que sinal de pontuação foi usado antes das falas das personagens? c. Passe para o discurso indireto a frase “Cada vez mais jovem, mãe!”, fazendo as adaptações necessárias. 2. No segundo trecho, também se nota a presença de mais de um discurso: o do narrador e o das personagens. a. Identifique nesse trecho a frase do narrador. b. Identifique as frases que podem ser atribuídas aos pais e as que podem se atribuídas aos filhos. c. Há algum sinal de pontuação antes das falas das personagens?

Atividades Para Fixação

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ATIVIDADES PARA FIXAÇÃO - TIPOS DE DISCURSO

Releia estes dois trechos do conto “Ao apagar das luzes”, de Lya Luft:

Trecho 1

Sentaram-se à mesa, depois de trocarem os cumprimentos habituais, as brincadeiras de sempre, os elogios forçados:- Cada vez mais jovem, mãe!- Pai, cada vez mais forte, heim?- Filha, você emagreceu!- Você foi elogiado pelo patrão, filho!

Trecho 2

Ao sabor da comida misturava-se o ressaibo dos rancores secretos crescendo como ervas malignas cobrindo as almas. O pai me batia mina mãe não me entendia, meu filho estava bêbado na sua formatura e eu me sacrifiquei tanto por ele, a mãe enxotou meu namorado por implicar demais com ele, nunca entendi o que minha filha afinal quer da vida, a mãe sempre preferiu a outra, o pai é um medíocre, a mãe uma atrasada...

1. No primeiro trecho, nota-se a presença de mais de um discurso: o do narrador e o das personagens. As falas das personagens são reproduzidas fielmente.

a. Que tipo de discurso foi empregado na fala das personagens?

b. Que sinal de pontuação foi usado antes das falas das personagens?

c. Passe para o discurso indireto a frase “Cada vez mais jovem, mãe!”, fazendo as adaptações necessárias.

2. No segundo trecho, também se nota a presença de mais de um discurso: o do narrador e o das personagens.

a. Identifique nesse trecho a frase do narrador.

b. Identifique as frases que podem ser atribuídas aos pais e as que podem se atribuídas aos filhos.

c. Há algum sinal de pontuação antes das falas das personagens?

d. As falas das personagens são introduzidas pela conjunção que ou se ou por verbos de elocução?

e. A escolha de um ou outro tipo de discurso nos textos narrativos está vinculada ao sentido que se pretende construir. Que efeito de sentido é criado pela mistura de discursos nesse momento do texto?

3. No segundo trecho, o discurso do narrador funde-se com o discurso das personagens. Entre um discurso e outro não há as conjunções que e se nem a presença de verbos de elocução. Além disso, nas falas das personagens mantêm-se os tempos verbais e os pronomes em 3ª pessoa, isto é, como aparecem no discurso indireto. Quando isso ocorre, temos o discurso indireto livre.No segundo trecho do conto “Ao apagar das luzes”, o discurso indireto livre está presente em quais frases?

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4. Transforme o texto abaixo em um discurso indireto.

Esta casa é a única coisa que eu tenho, respondeu o pobre homem.

5. Passe para o discurso indireto:a)  "Os alunos estão interessados na competição do Mangahigh”, disse a professora ao coordenador.b)  "Como você conseguiu ficar assim?” – perguntou Claudinei.

6. "A fúria de Alexandre chegara ao auge, e ele disse que arrombaria a porta, que jamais o prenderiam ali." (A ARMADILHA, Murilo Rubião).Assinalar a opção que indica a melhor alteração do discurso indireto do texto em direto: a) - Arrombarei a porta, jamais me prenderão aqui. b) - Arrombaria a porta, jamais me prenderiam aqui. c) - Arrombarei a porta se me prenderem aqui.

7. Leia a tirinha de Hagar:

Reescreva o primeiro quadrinho da tirinha utilizando o discurso indireto. Para tal, imagine que há, na cena, um narrador que utiliza verbos dicendi e faça as  modificações estruturais  necessárias.

Leia a tirinha abaixo.

8. Assinale a alternativa que apresenta a correta transposição da fala de Hagar para o discurso indireto e a adequada conexão de sentido entre as duas frases. a) Hagar disse que não queria brigar porque era do tipo quieto e sensível. b) Hagar disse que, embora fosse do tipo quieto e sensível, não queria brigar. c) Hagar disse que era do tipo quieto e sensível, mas não queria brigar.

Texto: ─ O senhor não tem medo de nada, presidente? ─ Nada. ─ Nem barata? Pausa de segundos ─ Digo a verdade, ou minto para parecer mais humano? [...] Não. Melhor ser curto e sincero. ─ Nem barata.

(Veríssimo, L.F. Ortopterofobia. In: COMÉDIA DA VIDA PÚBLICA. Porto Alegre: L&PM, 1995. p.237).

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9. Assinale a alternativa que melhor reproduz a primeira fala do diálogo. a) Alguém perguntou se o presidente não tinha medo de barata. b) Alguém perguntou se o senhor não tinha medo de nada, presidente. c) Perguntaram ao presidente se o senhor não tinha medo de barata. d) Perguntaram a alguém se o senhor, presidente, não tinha medo de nada. e) Alguém perguntou ao presidente se ele não tinha medo de nada.

10. Identifique o discurso utilizado em cada enunciado como direto ou indireto:a) O vendedor informou:- Eu garanto a marca deste produto. _________________________________b) O vendedor informou que garantia a marca daquele produto. ____________________________c) A patroa disse-lhe que não queria aquela funcionária em sua casa. _________________________d) Não quero aquela funcionária aqui na minha empresa – disse a patroa. ______________________e) Faça-me um favor: compre os ingressos – pediu-lhe o amigo. _____________________

 11. Sublinhe os verbos dicendi que aparecem na anedota a seguir.

O pai estava passeando com o filhinho. A certa altura, o garoto perguntou:- Pai, o que é eletricidade? - Bem, não sei ao certo - respondeu o pai. - Tudo o que sei é que é algo que faz as coisas funcionarem.Mais adiante, o menino fez outra pergunta. - Pai, como é que a gasolina faz os motores funcionarem? - Não sei, filho. Não entendo nada de motores. Depois de curto intervalo, o garoto questionou: - Pai, por que o asfalto brilha como se estivesse molhado nos dias de calor? - Não sei, não entendo de pavimentação, respondeu o pai calmamente. Outras perguntas se seguiram, com quase os mesmos resultados. Por fim, o garoto disse: - Pai, acho que você se aborrece quando faço todas essas perguntas. - Claro que não, filho. De que outra forma você aprenderia alguma coisa?

Texto

Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade. Está com quarenta, quarenta e poucos. De repente dá com ele mesmo chutando uma bola perto de um banco onde está a sua babá fazendo tricô. Não tem a menor dúvida de que é ele mesmo. Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquela cena. Um dia ele estava jogando bola no parque quando de repente aproximou-se um homem e… O homem aproxima-se dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos seus olhos. Seus olhos se enchem de lágrimas.

Sente uma coisa no peito. Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo. Como eu era inocente. Como os meus olhos eram limpos. O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente. Depois sai caminhando, chorando, sem olhar para trás. O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta. Também se reconheceu. E fica pensando, aborrecido: quando eu tiver quarenta, quarenta e poucos anos, como eu vou ser sentimental!

(Luis Fernando Verissimo, Comédias para se ler na escola)

12. O discurso indireto livre é empregado na seguinte passagem:a) Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo.b) Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquelacena.c) Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade.d) O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente.e) O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta.

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Leia o seguinte texto:Um músico ambulante toca sua sanfoninha no viaduto do Chá, em São Paulo.Chega o “rapa” e o interrompe:— Você tem licença?— Não, senhor.— Então me acompanhe.— Sim, senhor. E que música o senhor vai cantar?

13. Reescreva o diálogo que compõe o texto, usando o discurso indireto. Comece com:O fiscal do “rapa” perguntou ao músico...

Observe este anúncio, com foto que retrata um depósito de lixo.

14. Passe para o discurso indireto a frase “Filho, um dia isso tudo será seu”.

15. Leia o texto abaixo para responder o que se pede:

RIVALIDADE ARGENTINA Estavam certa vez, o americano, o argentino e o brasileiro, na China, bebendo umas e outras em praça pública, coisa que é proibida nesse país. Foram presos e levados ao juiz. O juiz condenou que cada um levaria 20 chibatadas. Como era transição entre o ano do galo e o tigre, tinham direito, isso todos os prisioneiros, a um pedido, desde que não fosse escapar da punição. O juiz falou: "Americano, vocês são um povinho de merda, metidos a besta, prepotentes, acham que são os donos do mundo, mas mesmo assim lhe concedo o pedido, pode pedir". O americano fala: "Amarrem um travesseiro nas minhas costas". Lá pela décima chibatada, o travesseiro rompe e ele acaba levando mais 10 chibatadas no couro limpo. Para o argentino o juiz disse "Argentino, vocês sim são um povo de merda mesmo, cheio de marra, êta gente chata, como vocês nunca vi, mas vou ter de lhe conceder o pedido". "Amarrem 2 travesseiros nas minhas costas". Diz o argentino. Depois da 15ª os travesseiros não aguentam a força dos golpes ele e acaba levando 5 chibatadas sem qualquer proteção. Chega a vez do brasileiro. Diz o juiz “vocês são um povo exemplar, povo sofrido, vive na miséria, trabalha e mesmo assim mantém o bom-humor, ao invés de um pedido, vou quebrar o protocolo e lhe favorecer dois pedidos. Pode pedir.” O brasileiro fala: "Não quero levar 20 chibatadas e sim 200". O juiz se espantou, mas tudo bem, o cara era brasileiro. E pergunta: "Qual é o 2º pedido?" "Amarrem o argentino nas minhas costas."

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a)    Que tipo de texto é esse que acabamos de ler? E gênero?b)    Sobre o que ele trata?c)    Quantas vozes aparecem neste texto?d)    Qual tipo de discurso autor do texto usou para representar as falas dos personagens?e)    Quais sinais de pontuação foram usados para indicar esse tipo de discurso?f)     Passe agora cada fala dos prisioneiros para o discurso INDIRETO.·         O americano fala: "Amarrem um travesseiro nas minhas costas".·         "Amarrem 2 travesseiros nas minhas costas". Diz o argentino.·         O brasileiro fala: "Não quero levar 20 chibatadas e sim 200". “Amarrem o argentino nas minhas

costas."

    Veja esta tirinha abaixo. Os personagens estão falando no discurso direto, mas como você pode ver, só em usar a imagem não tem precisão de fazer uso daquela pontuação e uso de verbos que indicam que uma pessoa vai falar.

16. Reescreva este diálogo em seu caderno, lembrando que não terá a imagem, então você deverá representar a fala das personagens usando os verbos que indicam inícios de falas e os sinais de pontuação mais apropriados

17- Identifique o foco narrativo dos trechos abaixo.

a) Nos fundos da minha casa havia um riozinho. Meu pai costumava improvisar um barco feito com uma bóia de câmara de ar com uma bacia de alumínio dentro , no qual me colocava junto com meus amigos para passear pelas águas mansas do riacho. De vez em quando, fazíamos piquenique no areião e ficávamos horas nos divertindo à beira do Jaú, ouvindo o barulho das águas limpas correndo na cachoeira.

b) Muitas vezes não recebi pessoalmente do Papai-Noel o que havia pedido e ao acordar, na manhã do Natal, era a maior alegria ao ver o meu presente e o do meu irmão colocados ao lado de nosso melhor par de sapatos, sob a árvore.

c) A viagem foi maravilhosa, tudo saiu como ele havia sonhado. O vôo valeu mais que várias aulas de Geografia e ele achou Bariloche era muito mais bonito do que as fotos das revistas; as paisagens, a cidade, as confeitarias... A noite se arrumou, colocou o seu blaser de lã, suas luvas de antílope e foi exatamente aí que aconteceu o inesperado.

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