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Educativo Educativo ativo Projecto 2010/2015 Responsabilidade, Tolerância, Respeito e Dignidade. Redescobrir a essência dos valores fundamentais!

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EducativoEducativo

ativo Projecto2010/2015

Responsabilidade, Tolerância, Respeito e Dignidade.Redescobrir a essência dos valores fundamentais!

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Este Projecto Educativo é o resultado de um trabalho desenvolvido com a participação de diferentes membros da comunidade educativa da Escola Técnica Profissional da Moita, constituindo-se como um documento de orientação estratégica para os próximos anos.

O Plano anual de actividades, irá empreender os desígnios estratégicos definidos neste documento estruturante.

O Projecto Educativo é um documento dinâmico, pelo que, em consequência de conjunturas específicas, poderá sofrer alterações.

A avaliação da persecução dos desígnios deste Projecto Educativo, assim como a sua transposição para o Plano Anual de Actividades será realizada, trimestralmente, por uma equipa nomeada pelo Conselho Directivo, procurando envolver todas as partes interessadas.

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Preâmbulo

I - A nossa escola

Caracterização do meio envolvente

A Escola Técnica Profissional da Moita

Princípios e valores fundamentais

O Campus escolar

Serviços e Recursos Educativos

Oferta Educativa/Formativa

A comunidade educativa – Alunos, Professores, Formadores e outros colaboradores

Projectos em curso

II – O nosso desígnio

A nossa missão

Os resultados escolares

Avaliação dos novos desafios

Estratégia a prosseguir

Responsabilidade, Tolerância, Respeito e Dignidadea redescoberta dos valores fundamentais!

Eixos de Acção

1 – Organização e Processos de Gestão Estratégica

2 – Gestão da Actividade Pedagógica

3 – Gestão de Áreas e Actividades de Suporte

Objectivos Globais 2010/2015

Avaliação

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p05Índice

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Redescobrir o Ensino

As escolas, na sua essência, sempre foram os locais privilegiados para se cultivar o desenvolvimento das comuni-dades através da partilha do saber. Muitas foram, até hoje, as experiências realizadas no nosso sistema educativo.

Desde a Lei de Bases de 1986 que a diversidade da resposta e a definição dos modelos de organização escolar tem sofrido profundas e sistemáticas alterações, certamente sempre na perspectiva de construir uma escola melhor, mas sem a necessária maturidade temporal, fundamental para a consolidação dos seus projectos educa-tivos.

A grande missão da escola é simples: potenciar o desenvolvimento dos seus alunos, promovendo o seu desen-volvimento de competências pessoais, sociais e profissionais. A forma de cada escola atingir esta mesma missão varia em função de factores-chave nomeadamente o contexto social onde se insere, os recursos disponíveis e a definição de estratégias adequadas que conduzam a resultados.

Desta forma, o projecto educativo da Escola Técnica Profissional da Moita reveste-se de uma especial importância pela definição de uma estratégia comum que nos permitirá comparar resultados não apenas respeitantes a um ciclo, mas sim a três ciclos formativos, permitindo sempre uma alteração casuística dos eixos a prosseguir.

As escolas são sempre projectos inacabados, e a redescoberta diária de novas ferramentas pedagógicas que potenciem a transmissão do conhecimento, que semeiem a criatividade e empreendedorismo é uma condição essencial para construirmos a escola do futuro, uma escola mais aberta, uma escola de todos, dos jovens, das famílias, das comunidades, das empresas e das instituições locais.

Sempre tivemos essa ambição, mas hoje é possível termos uma escola de e para todos. O projecto educativo da Escola Técnica Profissional da Moita comporta duas grandes dimensões: a primeira visa aferir o trabalho já desenvolvido, cabendo à segunda dimensão a delineação de um conjunto de estratégias que nos permita empre-ender os grandes desígnios da nossa missão – o sucesso escolar!

Sentimos no seio da nossa comunidade educativa que a única forma que temos para redescobrirmos o ensino é primeiro redescobrirmos a importância e a essência de valores fundamentais como: Responsabilidade, Tole-rância, Respeito e Dignidade, de forma a conferirmos uma dimensão de maior nobreza a todas as interacções geradas no contexto da comunidade escolar.

As estratégias que iremos empreender com vista a restaurarmos os valores fundamentais anteriormente descri-tos, estão divididos por três eixos, a saber: Organização e Processos de Gestão Estratégica, Gestão da Actividade Pedagógica e Gestão de Áreas e Actividades de Suporte.

O Conselho Directivo

Moita, 7 de Janeiro de 2011

Preâmbulop

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Alexandre Oliveira

Helena Vieira

José Beiramar

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“O sistema educacional está doente. Ultrapasse o conteúdo programático. Peço aos mestres: encontrem espaço para humanizar o conhecimento, humanizar a sua história e estimular a arte da dúvida. Os vossos alunos não só darão um salto intelectual como terão vantagenscompetitivas. Quais?

Serão empreendedores, saberão fazer escolhas, correrão riscos para concretizar as suas metas, suportarão os Invernos da vida com dignidade.”

in Pais brilhantes, professores fascinantes – August Cury

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Caracterização do meio envolvente

O Concelho da Moita situa-se na NUT II da Região de Lisboa, pertence ao Distrito de Setúbal e confina a norte com o Concelho do Montijo, a Nascente e a Sul com o Concelho de Palmela e a Poente com o Concelho do Barreiro.Faz parte da área Metropolitana de Lisboa, situando-se a Sul do Rio Tejo.

O Concelho tem 55,4 Km2 e é composto por 6 freguesias: Alhos Vedros, Baixa da Banheira, Gaio-Rosário, Moita, Sarilhos Pequenos e Vale da Amoreira.

p13I - A nossa Escola

Ilustração 1 - Divisão por freguesias do concelho da Moita

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De acordo com dados do Anuário Estatístico da Região de Lisboa, editado pelo INE, a população residente do Concelho, em 2007 ascendia a 71 374 habitantes (ver Gráfico 2).

Em relação ao concelho da Moita, importa salientar com base nos dados recolhidos na Carta Educativa do Conce-lho da Moita, que a taxa de analfabetismo tem ainda valores muito elevados:

“No Concelho da Moita, a taxa de analfabetismo registou um decréscimo de cerca de 1% nos últimos dez anos. Em 2001, registou-se um valor de 7,9%, valor inferior aos 9% registado em 1991, mas ainda muito baixo para podermos considerar uma evolução satisfatória ao nível da erradicação do analfabetismo. Este decréscimo foi inferior ao de Portugal e ligeiramente superior ao valor registado na Península de Setúbal e em Lisboa”

Fonte: Carta Educativa do Concelho da Moita, 2009

Ainda em relação aos níveis de educação e escolarização do concelho da Moita, tal como refere o diagnóstico da Carta Educativa, as taxas de retenção e desistência são mais elevadas que os valores médios do País e da Penín-sula e aumentam à medida que se progride nos níveis mais elevados, ou seja 22% no 2º Ciclo e 22,6% no 3º Ciclo, como podemos comprovar pela análise do gráfico abaixo.

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Ilustração 2 - Evolução da população residente no concelho da Moita

Ilustração 3 - Taxa de Retençãoe Desistência no Ensino Básico 2005/2006

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Em relação ao ensino secundário, e com base nos dados obtidos no diagnóstico da Carta Educativa do nosso concelho, no ano lectivo 2003/2004, e no que se refere às taxas de repetência e desistência, estes indicadores atingem valores superiores a 50% no 12º ano, valores muito elevados e que se traduzem num elevado défice de qualificações da população residente no concelho da Moita.

Com base no gráfico seguinte (Fonte: INE 2007), verifica-se que a taxa de conclusão/transição, no ano lectivo 2005/2006 é inferior à média nacional e da península de Setúbal, exceptuando-se o caso dos cursos tecnológicos.

No diagnóstico da Carta Educativa do concelho da Moita, a taxa bruta de escolarização (relação percentual entre o número total de alunos matriculados num determinado ciclo de estudos (independentemente da idade) e a popu-lação residente em idade normal de frequência desse ciclo de estudos), conclui-se que ao nível do ensino básico a taxa bruta de escolarização é superior a 100 (112% para o 1º CEB e 104,80% para os 2º e 3º CEB), o que indica a existência de alunos matriculados fora da idade normal da frequência desse ciclo de estudos. No que se refere à taxa bruta de escolarização do ensino secundário verifica-se no concelho, um valor muito abaixo da taxa de referência (100) e muito abaixo dos valores da Península e do País (Ilustração 5).

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Ilustração 4 – Taxa de Transição/Conclusão no ensino secundário 2005/2006

Ilustração 5 - Taxa bruta de escolarização 2005/2006

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A Escola Técnica Profissional da Moita é um estabelecimento de ensino privado que integra a rede pública de oferta formativa do Ministério da Educação, desde o ano lectivo 2006/2007, ano que coincidiu com o início das actividades lectivas.

A Escola foi criada com um objectivo muito claro, apostar numa resposta educativa, até então inexistente no concelho, que permitisse ao concelho da Moita recuperar das elevadas taxas de abandono e retenção escolares, invertendo assim uma tendência que na última década se vinha a acentuar, em relação aos concelhos limítrofes, Barreiro e Montijo.

Desde os primeiros momentos que este projecto evidenciou a sua pertinência. A Escola apresentou uma elevada procura, tendo preenchido a totalidade das vagas que se propusera oferecer no seu primeiro ano de funcionamen-to.

As interacções que privilegiamos desde o primeiro momento, com as famílias, as empresas e instituições locais, permitiram-nos aferir que a escola tinha que diversificar e aumentar a sua oferta educativa, tendo a Escola a partir desse momento delineado uma estratégia que viesse a responder às verdadeiras necessidades educativas e formativas.

No ano 2008, por despacho da Agência Nacional para a Qualificação, a Escola Técnica Profissional da Moita abriu o seu Centro Novas Oportunidades, o que nos permitiu ter pela primeira vez uma resposta para uma necessidade da nossa população adulta do nosso concelho. Todo este processo de diversificação da oferta formativa foi sempre acompanhado pelo desenvolvimento de infra-estruturas que permitiram, de forma gradual e sustentada, respon-der às novas funcionalidades da Escola, sem que isso prejudicasse o ritmo normal dos cursos profissionais que estão no coração de toda a nossa actividade.

No ano 2009, e em parceria com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, abrimos um Gabinete de Inser-ção Profissional, que tem como grande objectivo a reintegração no mercado de trabalho de pessoas que benefi-ciam do subsídio de desemprego, com recurso à captação e colocação de ofertas de emprego, recurso a activida-des formativas que estimulem e facilitem a procura activa de emprego, fazendo ainda o Gabinete o acompanha-mento quinzenal a mais de 600 beneficiários do subsídio de desemprego. A integração deste Gabinete permitiu ainda à Escola o contacto com um público muito diverso permitindo-nos assim ter um conhecimento mais sólido das realidades do nosso concelho.

Em 2010, prosseguindo a estratégia de diversificação da oferta formativa, implementámos as Formações Modula-res Certificadas e o processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências Profissionais, a cerca de 40 profissões. Estas formações de curta duração, maioritariamente de 25 e 50 horas, permitem dar uma resposta em várias áreas de formação técnica e de componente base, o que traduz num leque diversificado de formações.

p17A Escola Técnica Profissional da Moita

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Ainda no ano 2010, em parceria com o Colégio Corte Real – Cooperativa de Solidariedade Social, C.R.L.,Agrupamento Vertical de Escolas José Afonso e Fragata do Tejo, a Escola Técnica Profissional da Moita oferece a todos

os alunos do 1.º ciclo do ensino básico destes agrupamentos as Actividades de Enriquecimento Curricular, através do ensino do Inglês, Actividade Física e Desportiva e da Expressão Musical.

De forma a criar condições para que as Actividades de Enriquecimento Curricular se desenvolvessem com os requisitos adequados, a nossa Escola abriu dois centros de formação profissional, um em Alhos Vedros e outro em Vila Rosa.

No ano 2010, iniciou-se ainda o Projecto Férias Temáticas, durante a interrupção lectiva do Natal, para crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 12 anos de idade.

Num curto espaço de tempo, a nossa Escola conseguiu, de forma sustentada, responder às necessidades que foi identificando, tornando-se esse aspecto propício à implementação de um ambiente dinâmico e favorável à mudança.

Hoje, a nossa Escola responde às necessidades de educação e formação de uma comunidade educati-va de mais de 2700 crianças, jovens e adultos, distribuídas pelas Actividades de Enriquecimento Cur-ricular, Cursos Profissionais de Nível Secundário de Educação, Reconhecimento e Validação de Com-petências Escolares e Profissionais e Formações Modulares Certificadas.

A Escola celebrou mais de 260 protocolos com empresas, instituições públicas e privadas, que além de orienta-rem a Escola nas opções a tomar no que se reporta à oferta formativa, participam de forma permanente em várias actividades desenvolvidas pela nossa Escola, destacando ainda o papel fundamental destas entidades no acolhi-mento dos jovens para a formação em contexto de trabalho.

De entre as parcerias desenvolvidas, realçam-se a Câmara Municipal da Moita, a Junta de Freguesia da Alhos Vedros, a Junta de Freguesia da Moita, a Junta de Freguesia da Vale da Amoreira, a Junta de Freguesia do Gaio-Rosário, a Junta de Freguesia de Sarilhos Pequenos e a Junta de Freguesia da Baixa da Banheira, Instituto Politécnico de Setúbal, Instituto de Emprego e Formação Profissional, Centro Hospital Barreiro-Montijo, E.P., Agrupamento de Saúde do Arco Ribeirinho Sul, GesEntrepreneur e Comimba, S.A. (empresa que produz o baca-lhau Ribeiralves).

O nosso Centro Novas Oportunidades foi ainda o fundador da rede de Centros Novas Oportunidades da Frente Ribeirinha do Tejo, que agrega hoje sete Centros Novas Oportunidades, reunindo mais de 6700 adultos inscritos.

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Competência

Factor sem o qual não podemos desempenhar a nossa actividade;

Dinamismo

A necessidade de estarmos sempre na vanguarda para respondermos aos constantes contextos de mudança da nossa sociedade;

Motivação

Fruto da paixão que temos pelo nosso trabalho;

Profissionalismo

Requisito dos nossos recursos humanos e referencial na formação dos nossos jovens e adultos.

Através destes quatro pilares, aplicamos estratégias que visam incutir um interesse pela aprendizagem nos jovens, privilegiando a aquisição de competências com recurso a actividades práticas. Recorremos à utilização permanente das novas tecnologias em sala de aula, com destaque para os quadros interactivos, contribuindo assim para o incremento da motivação dos alunos.

A Escola realiza ainda um conjunto, de diversificado de actividades, umas destinadas a determinados cursos profissionais, e outras que permitem o desenvolvimento de projectos de cooperação com vários cursos e turmas imprimindo, assim um dinamismo permanente que sentimos ser uma necessidade para os alunos.

Pretendemos desenvolver competências não só do saber-fazer, mas também do saber-ser e saber-estar, que os conduzirão a encarar o mundo do trabalho com profissionalismo, potenciando o sentido de responsabilidade dos jovens e da sua capacidade de iniciativa e autonomia.

A Escola faz um esforço permanente para criar um ambiente propício à aprendizagem, não só através dos recur-sos e condições físicas que o Campus da Escola oferece, mas também através de uma equipa pedagógica disponí-vel e dedicada sempre orientada para o sucesso dos alunos.

p19Princípios e Valores Fundamentais

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p20 Os professores e formadores da Escola Técnica Profissional da Moita encaram com empenho a tarefa para orien-

tar os jovens para o futuro, conseguindo melhorar a sua auto-estima e confiança, e levando-os gradualmente a mudar atitudes e corrigir posturas.

A empatia é estimulada e o civismo fomentado, incutindo-se valores como a Responsabilidade, a Tolerância, o Respeito e a Dignidade.

O Campus Escolar

O Campus da Escola Técnica Profissional da Moita, sito nos 4 Marcos, é composto por 5 edifícios autónomos, Edifício Centro Novas Oportunidades, Pavilhão Desportivo, Edifício Norte, Edifício Central e Edifício Sul.

Estes edifícios estão inseridos numa área de cerca de 10.000 m2, ocupando uma área coberta de 3600 m2, onde estão incluídos um Campo Polidesportivo e um Campo de Futebol de 7 com Relva Natural.

EDIFÍCIO CENTRO NOVAS OPORTUNIDADES

• Auditório Novas Oportunidades;

• 3 salas de formação;

• Sala da equipa técnico-pedagógica;

• Gabinete de Inserção Profissional;

• Recepção/Foyer;

• Instalações Sanitárias;

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p21EDIFÍCIO NORTE

• 10 Salas de Aula teóricas;

• Oficina Multiusos;

• Cozinha Experimental;

• Restaurante Pedagógico;

• Oficina d’Artes e Sala de Desenho Técnico;

• Laboratório de Informática;

• Espaço do Professor;

• Sala de Reuniões;

• Gabinete de Atendimento;

• Instalações Sanitárias (incluindo pessoas com mobilidade reduzida);

• Express Cafetaria;

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p22 EDIFÍCIO CENTRAL

• 3 Salas de aula teóricas;

• Laboratório de Informática/Sala Interactiva;

• Biblioteca/Mediateca;

• Serviços de Psicologia e Orientação Vocacional;

• Gabinete de Comunicação e Imagem;

• Loja de Conveniência – Papelaria/Reprografia;

• Secretaria;

• Núcleo de Apoio Informático;

• Serviços de Contabilidade e Gestão de Recursos Humanos;

• Gabinetes de Direcção;

• Refeitório/Polivalente;

• One Cafetaria;

• Cozinha;

• Vestiários;

• Instalações Sanitárias;

• Arrecadações.

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p23EDIFÍCIO SUL

• 8 Salas de Aula teóricas;

• Sala Experimental de Física e Química;

• Balneários;

• Instalações Sanitárias;

EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS

• Campo de Futebol de 7 Relvado Natural

Para a prática de futebol de 7.

• Campo Polidesportivo

Para a prática de futebol de 5, andebol, basquetebol, ténis, voleibol, patinagem e badminton.

• Pavilhão Desportivo

Para a prática de futebol de 5, andebol, basquetebol, ténis, voleibol, patinagem, bad mington, dança e ginástica.

ASSOCIAÇÃO DE ESTUDANTES

A Associação de Estudantes está integrada no Edifício do PavilhãoDesportivo mas apresenta um acesso independente e garante a existência de um espaço totalmente gerido pelos alunos.

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p24 CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE ALHOS VEDROS

• Recepção;

• 3 salas de formação teóricas;

• 1 sala de expressão plástica e actividade física;

• Arrecadações;

• Instalações Sanitárias.

CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE VILA ROSA

• Recepção;

• 2 salas de formação teóricas;

• Arrecadação;

• Instalações Sanitárias.

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Serviço de Psicologia e Orientação Vocacional

Os Serviços de Psicologia e Orientação (SPO) são unidades especializadas de apoio educativo com autonomia técnica e dever de confidencialidade. Asseguram, na prossecução das suas atribuições, o acompanhamento do aluno, individualmente ou em grupo, ao longo do processo educativo, bem como o apoio ao sistema de relações interpessoais, no interior da Escola e entre esta e a comunidade.

Na Escola Técnica Profissional da Moita, o SPO é assegurado por uma psicóloga, realçando-se o facto de ter um horário flexível, adaptado às necessidades dos alunos.

Para além do contacto directo dos alunos com o SPO, os Directores de Turma sinalizam também os casos que devem ser acompanhados pelo SPO.

No que se reporta à Orientação Vocacional, o SPO tem ainda um papel de relevo junto dos Directores de Turma e Coordenadores de Curso no processo de selecção dos alunos, assim como na construção de planos de desenvol-vimento pessoal.

Gabinete de Inserção Profissional

A Escola Técnica Profissional da Moita, em parceria com o Instituto de Emprego e Formação Profissional imple-mentou um Gabinete de Inserção Profissional (GIP).

Este Gabinete tem as seguintes atribuições:

- Informação profissional para jovens adultos e desempregados;

- Apoio na procura activa de emprego;

- Acompanhamento personalizado dos desempregados em fase de inserção ou em reinserção profissional;

- Divulgação de ofertas de emprego e actividades de colocação;

- Encaminhamento para ofertas de qualificação;

- Divulgação e encaminhamento para medidas de apoio ao emprego, qualificação e Empreendedorismo;

- Divulgação de programas comunitários que promovam a mobilidade no emprego e na formação profissional no espaço europeu;

- Motivação e apoio à participação em ocupações temporárias ou actividades em regime de voluntariado que facilitem a inserção no mercado de trabalho e controlo da apresentação periódica dos beneficiários das presta-ções de desemprego.

Este gabinete, que funciona em estreita ligação com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, é uma mais-valia para a Escola Técnica Profissional da Moita, pois permite responder às principais carências dos desempregados do concelho da Moita, assim como potenciar a integração dos jovens formados pela nossa Escola, no mercado de trabalho.

p25Serviços e Recursos Educativos

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p26 Gabinete de Saúde Escolar

• Educação para a Sexualidade

De acordo com a Lei 60/2009 de 6 de Agosto de 2009, a Escola implementou, no ano lectivo 2009/2010, o Projecto de Educação Sexual, com a carga horária de 12 horas por ano lectivo, distribuídas de forma equilibrada pelos diversos períodos do ano lectivo, sendo abordada não só nas aulas, mas também em palestras proferidas por especialistas da área.

O Projecto de Educação Sexual é trabalhado de forma transversal a várias disciplinas, desenvolvido em várias actividades de cada turma, sendo o objectivo a promoção de uma sexualidade responsável, prevenindo doenças sexualmente transmissíveis e gravidezes indesejadas.

• Educação para a Saúde

A Escola Técnica Profissional da Moita, através da promoção do Desporto Escolar, procura incentivar a prática do desporto no sentido de fomentar o bem-estar físico dos jovens, promover a saúde e os cuidados com o corpo e prevenir a obesidade.

Os projectos e actividades deste Gabinete estão incluídos no Plano Anual de Actividades, assim como nos eixos de execução deste Projecto Educativo.

Ao longo do ano são promovidas várias iniciativas de divulgação de hábitos de alimentação saudáveis e o Dia do Não Fumador.

É ainda de realçar que na elaboração das ementas semanais do refeitório procura-se promover uma alimentação equilibrada e saudável.

Apoio ao Estudo

Os objectivos do apoio ao estudo são: proporcionar condições para os alunos melhorarem as aprendizagens e consolidarem conhecimentos; esclarecer dúvidas sobre os conteúdos programáticos das disciplinas curriculares; Criar condições para o estudo e para realização de trabalhos. Com o apoio ao estudo fomenta-se a participação dos alunos na vida escolar, nomeadamente através de uma ocupação construtiva dos tempos livres.

Desde o presente ano lectivo que a Escola Técnica Profissional da Moita definiu um horário semanal para o funcionamento da sala de apoio ao estudo, com a participação de professores de diferentes áreas e disciplinas.

Plano Tecnológico da Educação

No âmbito do Plano Tecnológico da Educação (PTE), a Escola implementou a tecnologia dos quadros interactivos, com computador com ligação à internet em banda larga e vídeo-projector, tornando-se a única escola do distrito de Setúbal com 100% de cobertura em todas as salas de aula.

Os dois laboratórios de informática têm o rácio de 1 computador por aluno, sendo um dos laboratórios cumulati-vamente sala interactiva, com o uso do software NetOp, que permite a monitorização dos computadores dos alunos, bem como o envio de trabalho específico do professor para cada aluno.

Desde o ano lectivo 2009/2010 que foi também implementado o livro de ponto digital, com sumários digitais. Este software permite ainda a gestão do processo individual de cada aluno, possibilitando o registo de avaliações e faltas e a disponibilização de material de apoio às aulas.

Ainda integrado no Plano Tecnológico da Educação, foi implementado em 2008 o cartão electrónico do aluno, funcionando através da tecnologia RFID, armazenando todas as informações do aluno. O cartão vem substituir o dinheiro físico na Escola, sendo carregado em dois pontos – Kiosk e Papelaria, permitindo a utilização dos servi-ços do Bar, Refeitório, Papelaria/Reprografia.

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p27Associado ainda ao cartão está um portal online, que possibilita a marcação e cancelamento de refeições, bem

como a consulta de movimentos e saldos.

Desporto Escolar

O Desporto Escolar é uma área transversal da Educação com impacto em diversas áreas sociais.

É um instrumento essencial na promoção da saúde, na inclusão e integração social, na promoção do desporto e no combate ao insucesso e abandono escolar.

A missão do desporto escolar é contribuir para o combate ao insucesso e abandono escolar e promover a inclu-são, a aquisição de hábitos de vida saudável e a formação integral dos jovens em idade escolar, através da prática de actividades físicas e desportivas e proporcionar a todos os alunos acesso à prática de actividade física e desportiva como contributo essencial para a formação integral dos jovens e para o desenvolvimento desportivo nacional.

Através do Desporto Escolar pretende-se estimular a inovação, o trabalho de equipa, a motivação, a universalida-de e equidade, a comunicação e credibilidade, cumprimento e a excelência.

No Desporto Escolar temos promovido a prática de Futsal Masculino e Feminino para os alunos e aulas de Fitness e caminhadas para os docentes e restantes colaboradores.

Clube das Artes

O “Clube de Artes” pretende proporcionar a interacção e integração sociocultural entre os alunos das diferentes turmas da Escola (troca e partilha de ideias); dar a conhecer a Escola através de iniciativas quer na própria escola, quer no exterior; propiciar a exposição e divulgação de trabalhos realizados em diferentes disciplinas a toda a comunidade escolar (teatros, danças, máscaras, fantoches, etc.); promover o voluntariado como forma de inter-venção na comunidade envolvente; dinamizar workshops e palestras; entre outras actividades.

Com este projecto pretende-se despertar o interesse dos alunos pelas artes (dança e teatro) realçando a sua importância no desenvolvimento e formação social e pessoal dos indivíduos.

As artes oferecem aos jovens oportunidades únicas para compreenderem e criarem as suas identidades pessoais, estimulando os estudos interdisciplinares, a tomada de decisões participativa e motivam os jovens para uma aprendizagem activa, criativa e questionadora.

Mobilidade

Desde o ano 2006 que a Escola Técnica Profissional da Moita oferece o serviço de transporte desde o centro da Moita (com várias paragens pré-estabelecidas) até ao Campus Escolar, em função do horário de cada uma das turmas do ensino profissional.

Este serviço de transporte é assegurado, desde 2010, por dois autocarros, com capacidade total de transporte de 135 pessoas por cada volta.

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p28 Oferta Educativa/Formativa

Para as crianças:

• No âmbito das Actividades de Enriquecimento Curricular, dirigidas a crianças do 1.º ciclo do ensino básico:

1) O ensino da música;

2) A actividade física e desportiva;

3) O inglês.

• Organização de férias temáticas durante Natal, Páscoa e Verão, para crianças dos 5 aos 12 anos de idade, apresentando actividades diversificadas: atelier de cozinha, expressão plástica, râguebi, danças de salão, etc.;

Para os jovens;

• Cursos Profissionais de Nível Secundário de Educação, Nível IV da União Europeia:

1) Animador Sociocultural

2) Técnico de Contabilidade

3) Técnico de Secretariado

4) Técnico de Construção civil – variantes Medições/Orçamentos, Topografia, Desenho Construção Civil, Construção Civil;

5) Técnico de Higiene, Segurança do Trabalho e Ambiente;

6) Técnico de Energias Renováveis – variante sistemas solares;

7) Técnico de Design – variante Interiores/Exteriores;

8) Técnico de Apoio à Infância;

9) Técnico de Gestão;

10) Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade;

11) Técnico de Restauração – variante cozinha/pastelaria;

12) Técnico de Restauração – variante restaurante/bar;

13) Técnico de Turismo;

14) Técnico de Recepção;

15) Técnico de Transportes;

16) Técnico de Gestão do Ambiente;

17) Técnico de Recuperação do Património Edificado;

18) Técnico de Organização de Eventos.

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p29Encontram-se a aguardar autorização de funcionamento por parte do Ministério da Educação, os seguintes

cursos profissionais de nível IV:

• Técnico de Auxiliar de Saúde;

• Técnico de Instalações Eléctricas;

• Técnico de Jardinagem e Espaços Verdes;

A Escola prevê no decorrer do próximo ano lectivo, passar a incluir na sua oferta formativa, cursos de especializa-ção tecnológica de nível V, cursos que já estão reconhecidos pelo Instituto Politécnico de Setúbal, com equivalên-cias nas licenciaturas na área da informática. Estes cursos estão em fase de candidatura, necessitando de despa-cho de criação por parte do Ministério da Educação:

• Gestão de Redes e Sistemas Informáticos;

• Tecnologias e Programação de Sistemas de Informação;

• Desenvolvimento de Produtos Multimédia.

Para os adultos:

• Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências Escolares;

• Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências Profissionais;

• Formações Modulares Certificadas, nas seguintes áreas:

o Formação de base: TIC, CLC, CP, STC, CE, LC, MV;

o Formação da componente tecnológica: Contabilidade e Gestão; Secretariado e Trabalho Adminis-trativo; Segurança e Higiene no Trabalho; Serviços de Apoio a Crianças e Jovens; Hotelaria e Restauração.

Para as empresas e instituições:

• Formação Modular Certificada, nas áreas acima identificadas, de acordo com as necessidades das empre-sas e dos colaboradores.

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p30 A Comunidade Educativa – Alunos, Professores, Formadores

e outros colaboradores

ALUNOS/ADULTOS

Actividades de Enriquecimento Curricular - 820 crianças

Cursos Profissionais de nível secundário de educação – 402 jovens

Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências Escolares e Profissionais - 1337 adultos

Formações Modulares Certificadas – 287 adultos

Dos alunos dos cursos profissionais, 66% são provenientes do concelho da Moita e 34% entre os concelhos de Barreiro, Setúbal, Palmela e Montijo, conforme gráfico abaixo.

Em relação à distribuição de alunos por área de residência de freguesias do concelho da Moita, obtém-se a infor-mação que a maioria dos alunos reside nas freguesias de Moita (35%) e Alhos Vedros (33%).

Ilustração 6 - Gráfico de alunos por área de residência

Ilustração 7 - Distribuição de alunos residentes no concelho da Moita

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p31PROFESSORES/FORMADORES

Actividades de Enriquecimento Curricular - 30

Cursos Profissionais de nível secundário de educação – 46

Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências Escolares e Profissionais – 12

Formações Modulares Certificadas – 4

RESTANTES COLABORADORES

Secretariado e apoio administrativo - 6

Contabilidade – 3

Serviços de Apoio Escolar/Auxiliares - 13

Projectos em curso Programa de Educação em Empreendedorismo

Porque a Escola Técnica Profissional da Moita pretende fazer a diferença e inovar nos conteúdos e metodologias, iniciámos no ano 2008/2009, em parceria com a empresa GesEntrepreneur, um Programa de Educação em Empreendedorismo, uma vez que:

• Existe a necessidade de uma educação para o empreendedorismo;

• Existe a necessidade de incutir alguns valores e atitudes nos jovens da geração “playstation”, como o espírito de iniciativa, a capacidade de tomar decisões e de interagir com terceiros;

• Visa promover, através da aplicação de uma metodologia denominada learning by doing, uma cultura empreendedora de longo prazo nas camadas mais jovens;

• Baseia-se numa abordagem diferente do ensino tradicional, adaptada ao perfil das novas gerações.

Desde o ano lectivo 2009/2010, a Educação em Empreendedorismo integrou formação curricular obrigatória para todos os nossos alunos, através de uma ligação dos conteúdos ministrados na disciplina de Área de Integração e os conteúdos específicos da temática do Empreendedorismo.

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p32 Natal Solidário

Esta iniciativa teve início em 2008, no âmbito do Dia Internacional do Voluntariado.

Numa primeira fase, procedeu-se à elaboração de cartazes alusivos à campanha; à decoração das «caixas» utilizadas para a recolha dos livros, brinquedos e roupas; e à consequente exposição e divulgação deste material, em local apropriado e visível, à comunidade escolar. Após a campanha de recolha é seleccionada a instituição de cariz social que irá receber esta ajuda.

O culminar da actividade consiste na entrega de presentes por parte deste grupo de alunos voluntários, vestidos «a rigor» de Pai Natal, às crianças e jovens da instituição seleccionada, verificando-se um espírito de partilha único, muito enriquecedor para todos os elementos envolvidos.

O principal objectivo desta iniciativa «NATAL SOLIDÁRIO» é levar uma mensagem de esperança, partilha e alegria às crianças mais desfavorecidas do nosso concelho sendo este objectivo alcançado quando se vê os sorrisos das crianças e jovens da instituição no momento em que recebem e desembrulham os presentes.

É, ainda, de destacar o espírito de partilha e solidariedade demonstrado por toda a comunidade escolar no decor-rer da actividade, tanto na oferta de livros, brinquedos e roupa como na sua consequente entrega na instituição.

INCLUI – Formar para Incluir

No âmbito do nosso projecto de responsabilidade social, a Escola Técnica Profissional da Moita desenvolveu um programa de desenvolvimento das competências pessoais, sociais e profissionais, denominado INCLUI. O projecto INCLUI tem como grande missão o recurso a contextos formativos que potenciem a inclusão social em grupos socialmente desinseridos. Este projecto irá desenvolver-se numa zona que é considerada o maior bairro crítico do país - Vale da Amoreira, assim como nas freguesias limítrofes, a saber, Baixa da Banheira e Alhos Vedros (nomeadamente no Bairro Fonte da Prata).

Todo este projecto é dirigido de forma exclusiva a um conjunto de pessoas que se encontram em situação de precariedade social, nomeadamente desempregados de longa e muito longa duração, jovens em risco de abando-no escolar ou que já abandonaram o sistema educativo e beneficiários do rendimento social de inserção. Desta forma, todo o projecto prossegue fins que promovem a igualdade de oportunidades, contribuindo assim de forma decisiva para a promoção de uma sociedade mais coesa, justa e com melhores ferramentas para vencer os desa-fios.

INCLUIFORMAR PARA INCLUIR

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p33Escola Verde

Um dos grandes outputs gerados de forma negativa para o ambiente é o consumo de energia eléctrica. De forma a minimizarmos esse impacto implementámos um projecto de produção de energia com recurso exclusivo às energias renováveis, mais concretamente com recurso à energia solar foto voltaica, projecto esse que contempla três fases, pretendendo-se no final garantir cerca de 80% das nossas necessidades energéticas.

Este projecto está a ser desenvolvido pelas turmas do curso de Energias Renováveis. As turmas colaboram desde a fase de projecto até à fase de instalação.

Em Janeiro de 2010 iniciámos a produção de energia, através de contrato de micro geração com a EDP, garantido um preço fixo de 0,65€/kWh durante cinco anos. Até 2012 pretendemos ter concluído este projecto.

Ainda no âmbito da eficiência energética dos edifícios estamos a substituir, gradualmente o isolamento térmico e acústico dos edifícios, quer através da lã mineral nos tectos falsos assim como na colocação de caixilharia com ruptura térmica e vidro duplo que minimiza as perdas energéticas para o exterior.

Outro aspecto a realçar no que se reporta à minimização dos impactos ambientais é o sistema de gestão dos óleos usados no refeitório escolar, através de uma empresa especializada que permite a sua reutilização para outros fins, impedindo assim que estes contaminem os solos.

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p34

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A nossa missão

Desde o início que vimos na nossa missão a necessidade de promovermos o sucesso a vários níveis. O sucesso da nossa Escola através de bons índices escolares, através de uma constante aproximação e realização de parcerias com entidades de diversos níveis, empresas e instituições de cariz público e privado, garantido uma eficiente articulação entre os nossos jovens e o mercado de trabalho, mas também no modelo de gestão que permita aplicar de forma eficiente os recursos financeiros aproveitando ao máximo as sinergias existentes dentro da Escola e na comunidade envolvente.

Desta forma, reduzimos desperdícios e ineficiências, criando um espírito de missão de serviço público junto de todas as equipas directivas da Escola, gerando um verdadeiro valor acrescentado no serviço que prestamos à comunidade.

A Escola tem-se pautado por princípios de rigor e qualidade, pondo ênfase, por um lado na qualidade das condi-ções físicas do campus escolar, por outro lado apostando no fortalecimento das relações interpessoais e relacio-nais de toda a nossa comunidade, perseguindo assim o objectivo de humanização do ensino. Esta combinação de factores tem resultado em baixas taxas de abandono escolar, baixas taxas de retenção escolar e boas taxas de aproveitamento escolar.

A Escola é hoje uma referência para os nossos jovens, que aqui encontram um espaço agradável, apelativo e acolhedor onde todos se sentem bem na escola e onde as metodologias pedagógicas utilizadas são geradoras de motivação pela aprendizagem, pelo prazer da descoberta, o desejo do sucesso e o gosto pelo saber, tendo como missão potenciar o sucesso de cada aluno.

O trabalho desenvolvido diariamente na Escola Técnica Profissional da Moita tem como grande objectivo a prepa-ração dos jovens no plano pessoal, enquanto cidadãos, assim como a sua preparação profissional para ingresso no mercado de trabalho.

O nosso modelo pedagógico é centrado nos nossos jovens e adultos e constitui-se como uma aposta renovada nas pessoas, uma mensagem de esperança, confiança nas suas capacidades e competências para realizar projectos com sucesso.

p35II - O nosso desígnio

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p36 Os Resultados Escolares

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p38 Estratégia a prosseguir

Responsabilidade, Tolerância, Respeito e Dignidade – a redescoberta dos valores fundamentais!

A Declaração Universal dos Direitos do Homem considera que o reconhecimento da dignidade, inerente a todos os membros da família humana, constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo.

A nossa Escola ao adoptar a Dignidade como um dos 4 valores que nos guiam na acção, reconhece a importância da dignidade humana como um dos principais alicerces da nossa convivência com todos quantos constituem a nossa comunidade, apelando a uma prática diária do reconhecimento da Dignidade do outro como uma peça essencial para a convivência social na nossa Escola.

Também na Declaração Universal dos Direitos do Homem, o Artigo 26.º declara, na alínea 1, que toda a pessoa tem direito à educação e que o ensino técnico e profissional deve ser generalizado e o acesso aos estudos supe-riores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito. Na alínea 2, declara-se que a educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do homem e das liber-dades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todos os seres humanos.

A nossa Escola, ao apelar ao mérito dos nossos alunos, está a incutir na nossa comunidade o sentido de Respon-sabilidade como um dos nossos 4 valores essenciais, considerando que a Responsabilidade é a obrigação em responder, pelas suas próprias acções, pressupondo que as mesmas se apoiam em razões ou motivos que visam a Dignidade, a Tolerância e o Respeito. Os motivos das acções de um indivíduo responsável devem fazer sentido, sem causar transtornos ou danos ao resto da comunidade. Ser responsável é uma obrigação individual para uma vida saudável em sociedade. Por outro lado, a nossa comunidade ETPM assume a Responsabilidade Social, numa base voluntária, de contribuir para uma sociedade mais justa, mais transparente, mais responsável e ética nas suas relações com todos os actores sociais que constituem a nossa comunidade, promovendo a cidadania indivi-dual e colectiva, colaborando para a melhoria da auto-estima e apoiando todas as medidas que ajudem os alunos e colaboradores a se tornarem verdadeiros cidadãos, contribuindo, assim, para a promoção da cidadania na socie-dade e na comunidade.

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p38 Estratégia a prosseguir

Responsabilidade, Tolerância, Respeito e Dignidade – a redescoberta dos valores fundamentais!

A Declaração Universal dos Direitos do Homem considera que o reconhecimento da dignidade, inerente a todos os membros da família humana, constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo.

A nossa Escola ao adoptar a Dignidade como um dos 4 valores que nos guiam na acção, reconhece a importância da dignidade humana como um dos principais alicerces da nossa convivência com todos quantos constituem a nossa comunidade, apelando a uma prática diária do reconhecimento da Dignidade do outro como uma peça essencial para a convivência social na nossa Escola.

Também na Declaração Universal dos Direitos do Homem, o Artigo 26.º declara, na alínea 1, que toda a pessoa tem direito à educação e que o ensino técnico e profissional deve ser generalizado e o acesso aos estudos supe-riores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito. Na alínea 2, declara-se que a educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do homem e das liber-dades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todos os seres humanos.

A nossa Escola, ao apelar ao mérito dos nossos alunos, está a incutir na nossa comunidade o sentido de Respon-sabilidade como um dos nossos 4 valores essenciais, considerando que a Responsabilidade é a obrigação em responder, pelas suas próprias acções, pressupondo que as mesmas se apoiam em razões ou motivos que visam a Dignidade, a Tolerância e o Respeito. Os motivos das acções de um indivíduo responsável devem fazer sentido, sem causar transtornos ou danos ao resto da comunidade. Ser responsável é uma obrigação individual para uma vida saudável em sociedade. Por outro lado, a nossa comunidade ETPM assume a Responsabilidade Social, numa base voluntária, de contribuir para uma sociedade mais justa, mais transparente, mais responsável e ética nas suas relações com todos os actores sociais que constituem a nossa comunidade, promovendo a cidadania indivi-dual e colectiva, colaborando para a melhoria da auto-estima e apoiando todas as medidas que ajudem os alunos e colaboradores a se tornarem verdadeiros cidadãos, contribuindo, assim, para a promoção da cidadania na socie-dade e na comunidade.

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p39Para isso, a nossa Escola elege como um dos nossos 4 valores essenciais, o Respeito enquanto sentimento

positivo de estima por uma pessoa ou para com uma entidade (a Escola, a Entidade Promotora, o Corpo Docente, os Alunos, os Funcionários, etc.) mas essencialmente o Respeito pelas diferenças e o reconhecimento da dignida-de do Outro. O Respeito é, no mundo actual, um dos valores morais fundamentais, compartilhados por um maior número de sociedades e indivíduos. A nossa Escola valoriza, por isso, o Respeito Mútuo com um dever e obrigação que se impõe à conduta de todas as pessoas, seja no convívio familiar, seja nas relações de trabalho, seja no convívio escolar.

Finalmente, a Tolerância, valor que nos define como uma comunidade com a capacidade de aceitar, noutra pessoa ou grupo social, uma atitude diferente das que são a nossa norma ou a nossa capacidade para ter uma atitude compreensiva face a opiniões contrárias nas nossas, ou face a valores diferentes dos adoptados pelo nosso grupo. Para a nossa Escola, a Tolerância e o Respeito pelas diferenças são valores cruciais que alimentam as nossas relações face à diferença, alimentando a disposição para admitir nos outros uma maneira de ser e de agir distinta da nossa. A tolerância não é uma atitude de neutralidade ou indiferença, mas uma posição resultante de algo, que ganha significado quando se opõe ao seu limite. Na nossa Escola consideramos que o limite da Tolerân-cia é a nossa própria Dignidade e que o Respeito e consideração face às práticas dos outros, ainda que sejam diferentes das nossas, assentam no nosso sentido de Responsabilidade tendo sempre em vista sermos melhores cidadãos, mais justos e mais dignos.

EIXOS DE ACÇÃO E INICIATIVAS

1. Organização e Processos de Gestão Estratégica

1.1 Liderar e criar uma cultura de escola

1.1.1 O Presidente do Conselho Directivo como Líder

a) Estabelecimento de uma visão para a escola partilhada e inovadora

A liderança da Escola estabelece uma visão em consonância com as reais aspirações e necessidades da comunidade onde se insere, que é unificadora dos esforços de todos (professores, funcionários, alunos, pais e comunidade em geral).

b) Definição de um padrão comportamental e de valores assumido pela liderança da Escola

Tal como na relação pais-filhos, a relação escola-aluno pressupõe que aquela esteja revestida de autori- dade, e que garanta a definição clara de regras e limites para a relação pedagógica.

O Presidente do Conselho Directivo actuará nesta base particularmente nas situações em que, pela sua gravidade e importância, constituam um risco para o bom desempenho de alunos e professores, liderando pelo exemplo, de um modo justo e sem excepções: comunica a todos os elementos as regras e os padrões de comportamentos esperados pela escola; toma conhecimento das situações de conflito e intervém directamente, quando necessário na resolução de situações de conflitos.

c) Envolvimento directo do Director na formação e motivação dos professores

A formação e a motivação do corpo docente é um dos instrumentos fundamentais para disseminação da cultura e dos processos que se pretendem estabelecer.

Neste sentido, há uma participação activa da liderança da Escola, através da organização de um plano que corres-ponda à definição de prioridades das necessidades de formação identificadas; através de um envolvimento directo em acções de formação alinhadas com as necessidades mais específicas da Escola, constituindo uma oportunida-de de partilha e trabalho colaborativo, assim como de desejável proximidade e alinhamento de vontades.

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p40 d) Envolvimento e coordenação de esforços com entidades externas para o benefício da Escola

A liderança da escola assume também o papel de coordenação de esforços e contactos externos, alinhados com a visão estabelecida. Nesta área, inclui-se, por exemplo a angariação do financiamento e o estabelecimento de parcerias.

1.1.2 Uma cultura de escola identitária

a) Materialização dos valores da Escola em normas e procedimentos

Os valores que a Escola elege e que se pretende que marquem a sua cultura, têm de ser concretizados em regras e formas de funcionar que os reflictam e os tornem reais.

A cultura da Escola não se decreta, mas tem de ser construída, coerente e articuladamente, no quotidiano das actividades.

b) Aposta em áreas e valências que reforcem a cultura da Escola

A aposta em áreas de actuação distintivas é instrumento para fomentar o sentido de orgulho na escola. Pode concretizar-se em vários domínios: educação em empreendedorismo, clubes temáticos, desporto escolar, biblio-teca, etc., mas mais do que a sua concretização, é a consistência da estratégia educativa e pedagógica destas opções que é essencial para garantir a sua relevância.

A promoção destas áreas específicas, quer internamente quer externamente, constitui um meio privilegiado de comunicação dos valores e da visão da escola, e uma forma de reconhecimento para aqueles que nelas estão envolvidos.

c) Promoção da identidade da Escola no exterior

A participação em eventos externos e a promoção da Escola no exterior ajudam a congregar esforços e a criar o espírito de corpo da Escola para alunos, pais e professores.

Esta promoção da identidade da Escola passa pela realização de várias actividades desde a organização do dia aberto da Escola, à publicação de jornais e/ou revistas de distribuição alargada à comunidade local.

d) Promoção da motivação de docentes e não docentes

O nível de satisfação e motivação dos professores e funcionários é instrumental para a criação de uma cultura de escola, manifestando-se a múltiplos níveis: na qualidade do ensino, na estabilidade do corpo docente e não docente, na disponibilidade e forma de contacto com alunos e pais ou na pró-actividade no sentido da contribuição para a escola.

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p41 1.1.3 Promoção dos valores do mérito e da excelência

a) Utilização da auto-avaliação como forma de promover a excelência

As boas práticas identificadas utilizam a auto-avaliação e a análise comparativa como modo de detectar áreas a melhorar e como primeiro passo para conceber, desenvolver e monitorizar planos de melhoria dos pontos fracos e de acção sobre os pontos fortes que podem ainda ser superados.

b) Reconhecimento público da excelência de alunos e docentes

A concretização do mérito e da excelência, quer por via académica, quer por qualquer outra via, deve ser tornada visível à comunidade escolar preconizando um caminho ao alcance de todos, motivo de bom orgulho e incentivo. Neste sentido, iniciativas como os quadros de honra/mérito e as cerimónias de entrega de prémios são funda-mentais para a promoção destes valores.

1.2 Potenciar as estruturas e órgãos de gestão da Escola

1.2.1 O Conselho Directivo

a) Promoção de uma liderança de escola efectiva, envolvendo e co-responsabilizando outros membros da Escola

Delegação de competências noutros membros do corpo docente e não docente qualificados, no sentido de partilhar responsabilidades e aumentar a agilidade e eficácia nos procedimentos da Escola.

b) Abertura à comunidade escolar, desenvolvendo um relacionamento efectivo com todos os elementos da mesma

Os elementos do Conselho Directivo deverão estar acessíveis a toda a comunidade escolar – docentes, não docen-tes, alunos e pais, criando uma cultura de proximidade. Esta disponibilidade permite uma melhor comunicação e contribui para reforçar a harmonia na Escola.

c) Monitorização próxima do currículo escolar e do nível de satisfação da comunidade educativa

Como estrutura máxima da Escola, o Conselho Directivo monitoriza em proximidade factores como o clima da Escola, níveis de satisfação da comunidade educativa, imagem da Escola no exterior ou qualidade do ensino, garantido que estas são cumpridas num ambiente de proximidade.

1.2.2 O Conselho Pedagógico

a) Optimização do funcionamento das reuniões

As reuniões do Conselho Pedagógico são por norma de duração longa, dados os muitos temas que são tratados e o número elevado de intervenientes. Nestes termos, é de todo o interesse a promoção de procedimentos e estra-tégias para uma gestão eficaz desta reunião, quer ao nível preparatório, quer no decurso da mesma.

b) Definição de grupos de trabalho no Conselho Pedagógico

Para tratar alguns temas transversais ou pontuais à Escola, constituem-se grupos de trabalho compostos por membros do Conselho Pedagógico. Estas responsabilidades acrescem às correntes e significam uma verdadeira distribuição dos assuntos pelas pessoas-chave da Escola, agilizando a intervenção, aumentando a eficácia e promovendo a responsabilização e o trabalho cooperativo.

c) Promoção da participação pontual de outros membros da comunidade escolar no Conselho Pedagógico

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p42 Mantendo a constituição estabelecida por lei, fará sentido convidar outros membros da comunidade escolar

para a apresentação e discussão pontual de certos temas mais específicos no Conselho Pedagógico, e para os quais um discurso na primeira pessoa será mais transparente e enriquecedor.

1.2.3 O Conselho Consultivo

a) Consolidação do Conselho Consultivo

Diversificação e aumento dos elementos que compõem o Conselho Consultivo da escola, garantindo uma amostra significativa da comunidade envolvente da Escola.

1.2.4 Estruturas intermédias de gestão

1.2.4.1 Directores de turma

a) Director de Turma como o Director Pedagógico da turma

O Director de Turma é a figura responsável pela turma, do ponto de vista do bom funcionamento desta em várias dimensões: alunos, encarregados de educação e, também, professores em situações pontuais. Neste sentido, assume-se como um Director Pedagógico ao nível desta unidade de escola, e tem de garantir que esta se constitui como um grupo coeso, acompanhando os alunos, os professores do Conselho de Turma, informando os pais do percurso dos alunos e articulando acções com outros órgãos da Escola.

b) Co-responsabilização dos Directores de Turma pelos resultados da Escola

Enquanto órgão de gestão pedagógico intermédio, o Director de Turma tem uma dupla função: desempenho de papéis relacionados com a orientação educativa, centrando-se nos alunos e coordenação dos professores do Conselho de Turma. Daqui resulta que os Directores de Turma possuem uma relação privilegiada de contacto com os alunos, pais e professores, sendo co-responsabilizados pelos resultados escolares e pelo cumprimento dos objectivos da Escola.

1.2.3.2 Coordenadores de curso

a) Reflexão e desenvolvimento de estratégias de ensino dos conteúdos programáticos

Cabe aos Coordenadores de curso, no seu trabalho de preparação do ano lectivo, desenvolver uma reflexão e consequentes estratégias de ensino dos conteúdos programáticos atendendo ao perfil profissional dos cursos e aos alunos privilegiando a dinamização de actividades com um cariz altamente prático que estimulem e poten-ciem os níveis de motivação dos alunos

b) Promoção da articulação multidisciplinar

Existem muitos pontos de contacto nas diversas disciplinas, sendo que as mesmas sofrem alterações em função dos cursos específicos. Neste sentido, os Coordenadores de Curso têm um papel vital na articulação com os professores das diversas disciplinas, de forma a promover o trabalho-projecto multidisciplinar e o aproveitamento de sinergias e recursos existentes

c) Promoção da ligação às empresas e ao mundo do trabalho

Cabe ao Coordenadores de curso promover um conjunto de iniciativas que visem potenciar a aproximação da escola junto das empresas, facilitando assim a colocação dos alunos na Formação em Contexto de Trabalho e posteriormente na sua inserção no mercado de trabalho.

d) Garantir a adequação do plano curricular das disciplinas técnicas

As actuais dinâmicas no mundo, e naturalmente nas empresas, são um desafio que se coloca a todos os cursos profissionais. Caberá ao Coordenador de curso promover iniciativas periódicas com empresas da área de

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p43actividade do curso de forma a garantir a adequação da formação às verdadeiras necessidades das empresas e

instituições.

1.3 Optimizar os instrumentos de gestão estratégica da Escola

1.3.1 Plano Anual de Actividades

a) Definição clara dos objectivos e processos do Plano Anual de Actividades, de modo articulado com o projecto educativo

O Plano Anual de Actividades expressa as actividades a desenvolver com vista ao cumprimento dos objectivos definidos no projecto educativo de Escola, estando os objectivos e o planeamento dessa actividade definidos nesse documento. A sua lógica de construção é a de traduzir em iniciativas concretas os grandes objectivos definidos pela Escola, através do projecto educativo, para os vários anos lectivos.

Não deve ser um exercício de maximização de iniciativas, desgarradas e desarticuladas, sob pena de má utiliza-ção de recursos humanos e financeiros e pouco valor acrescido de aprendizagens para os alunos.

b) Inclusão no Plano Anual de Actividades de actividades abrangentes a toda a comunidade educativa

O Plano Anual de Actividades é um plano que inclui actividades afectas a toda a comunidade educativa e não só as actividades pedagógicas. O planeamento operacional abrange toda a Escola e, neste sentido, este instrumento de gestão abrange todas as actividades planeadas para o ano lectivo, desde as realizadas para os alunos até as reali-zadas para os serviços administrativos.

c) Integração e articulação do Plano Anual de Actividades e do Orçamento

As várias iniciativas inscritas no Plano Anual de Actividades, no seu processo de programação para o ano seguin-te, integram a cabimentação orçamental para cada iniciativa. Assim, a par da descrição da sua finalidade e objec-tivos, as actividades são acompanhadas de uma estimativa de custo e respectiva cabimentação orçamental e, quando aplicável, definidos os seus objectivos de angariação de receitas.

1.3.2 Regulamento Interno

a) Utilização do regulamento interno como instrumento de concretização de objectivos específicos definidos no projecto educativo

O regulamento interno reflecte o contexto da escola e implica ajustamentos sempre que a comunidade escolar o considere conveniente. Neste sentido, é utilizado como instrumento para a concretização de objectivos específicos definidos no projecto educativo de escola.

b) Divulgação e comunicação das regras da Escola

As atitudes e os comportamentos são fundamentais para o normal funcionamento das actividades escolares e para o clima da Escola. Neste sentido, a Escola divulga e comunica de um modo eficaz as regras pelas quais se rege, motivando e envolvendo os alunos no seu cumprimento.

1.3.3 Auto-avaliação, avaliação externa e autonomia

a) Definição e análise de indicadores claros e estabelecimento de mecanismos de acompanhamento dos mesmos

A definição clara de um número restrito de indicadores e de mecanismos de acompanhamento dos mesmos é um elemento de eficiência da Escola, uma vez que fornece respostas a questões importantes como as áreas fortes

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p44 e as áreas que necessitam de melhoria, podendo ser acompanhadas em termos evolutivos. A recolha só por si

não é suficiente, uma vez que é fundamental analisar e trabalhar a informação no sentido de perceber quais são as medidas que necessitam de ser implementadas e efectuar o acompanhamento das mesmas.

b) Acompanhamento de ex-alunos

A Escola desenvolve mecanismos de acompanhamento a ex-alunos no sentido de aferir o percurso e os resulta-dos obtidos pelos mesmos permitindo o desenvolvimento de um discurso motivacional, para a comunidade educa-tiva e a introdução de melhorias no sistema, pela identificação de falhas apontadas por esses alunos.

c) Estabelecimento de práticas de comparação construtiva e partilha de boas práticas com outras escolas

A constante procura de melhoria passa também por promover uma comparação construtiva com outras escolas, podendo esta implicar que se estabeleçam parcerias com outras escolas ou instituições no sentido de melhorar processos e de partilhar boas práticas.

d) Recurso à avaliação externa

A avaliação externa é um instrumento revelador da realidade da Escola, de um modo mais independente que, articulado com a cultura e os dispositivos de auto-avaliação, permite uma interpelação sistemática sobre a quali-dade das práticas e dos resultados, e o desenvolvimento da autonomia da Escola. Esta incidirá em temas como os resultados escolares, prestação dos serviços educativos, organização e gestão escolares, liderança, capacidade de auto-regulação e progresso da Escola.

2. Gestão da actividade pedagógica

2.1 Motivar os alunos para o sucesso escolar

2.1.1 Constituição de turmas

a) Estabelecimento de processos de recolha e partilha de informação para caracterização da população discente a agrupar em turmas

A recolha de informação dos alunos é essencial para uma boa caracterização da população escolar, contribuindo não só para a definição do contexto socioeconómico da Escola, mas também para uma informada constituição de turmas. Os dados recolhidos, no início e ao longo de cada ano, acompanham o aluno e seguem com ele em caso de mudança de Escola.

2.1.2 Elaboração de horários

a) Orientação para o combate ao absentismo e abandono escolar

Há turmas com necessidades específicas, para as quais poderá ser benéfico consagrar determinado horário, libertando espaço para outras actividades pedagógicas e actividades de cariz técnico-prático.

b) Inscrição no horário de todas as actividades da turma

O horário da turma, que é dado a conhecer a alunos e pais no início do ano lectivo, estruturará a vida do agregado familiar durante esse ano. Nesse sentido, será benéfico que os tempos previstos para eventuais actividades não lectivas estejam estabelecidos desde logo.

2.1.3 Integração de novos alunos na Escola

a) Definição e implementação de um processo de integração para os novos alunos

De modo a facilitar a integração dos novos alunos, é definido um processo abrangente, posto em prática no início do ano lectivo. Este inclui a organização de actividades de apresentação e boas-vindas à Escola, destinadas a

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p45alunos e pais, para além da partilha de informação sobre a Escola, designadamente objectivos, regras

e expectativas em relação a novos alunos e seus pais. A responsabilidade pelo processo de integração pertence ao Conselho Directivo da Escola, mas a sua implementação deve ser partilhada com toda a comunidade escolar.

b) Aproveitamento e estímulo das sinergias existentes com outras escolas para facilitar a integração futura dos alunos

O prosseguimento dos alunos para outras instituições de ensino é preparado no sentido de facilitar a sua integra-ção na nova escola. Assim, são desenvolvidas actividades entre as escolas da comunidade local, como o Dia de Portas Abertas ou a Feira das Profissões, no sentido de os alunos mais novos (e potenciais futuros alunos) visita-rem escolas do ciclo mais avançado. Daí resulta que os alunos encontrem um ambiente familiar na nova escola, suavizando a adaptação à nova fase escolar.

2.1.4 Acompanhamento regular de alunos

a) Promoção de mecanismos de auto-avaliação

No sentido de sensibilizar os alunos para as várias dimensões da avaliação, é-lhes proposta a realização de uma auto-avaliação no final de cada módulo. Procura-se assim estimular a capacidade de objectivar o seu esforço, trabalho e comportamento, bem como correlacioná-lo com os resultados obtidos. É uma forma de responsabilizar os alunos, bem como capacitá-los para a identificação das suas falhas e pontos a melhorar.

b) Instituição de mecanismos de dinamização do acompanhamento dos alunos com recurso a platafor mas informáticas

O acompanhamento regular dos alunos é reforçado com a instituição de mecanismos de dinamização utilizando plataformas informáticas. O acesso à área reservada no sítio da Escola possibilita aos alunos o esclarecimento de dúvidas com o professor sobre um determinado conteúdo e aceder a material de apoio e propostas de trabalhos.

2.1.5 Atribuição de prémios aos alunos

a) Instituição de quadros de excelência/mérito/honra

A instituição de quadros de excelência/mérito/honra visa premiar e reconhecer publicamente os alunos que se distinguem em três áreas: bom desempenho académico, o esforço e empenho demonstrado pelos alunos nas actividades escolares e o desenvolvimento integral do aluno manifestado nas suas atitudes e comportamentos.

b) Instituição de mecanismos de reconhecimento de desempenho de turma

A instituição de mecanismos de reconhecimento de desempenho de turma permite distinguir e premiar turmas que se destaquem segundo critérios definidos a priori como forma de incutir um espírito de concorrência saudá-vel entre as turmas. Reconhecer e premiar as acções meritórias, para além do desempenho académico, é uma forma de dar oportunidade a todos de se distinguirem. Este tipo de distinção estimula de forma positiva os alunos a auxiliarem-se mutuamente, fortalecendo o espírito de trabalho em equipa, no sentido de alcançar bons resulta-dos para a turma.

c) Organização de eventos formais para reconhecimento público e entrega de prémios

A organização de eventos formais é aproveitada para dar visibilidade ao talento e esforço dos alunos, quer pelo bom desempenho quer por comportamento meritórios noutras áreas.

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p46 2.1.6 Sinalização e acompanhamento de alunos com fraco desempenho

a) Instituição regular de aulas de apoio voluntárias

A instituição de aulas de apoio regulares visa a melhoria do desempenho do aluno. Esta prática permite reforçar os conteúdos leccionados, apoiando trabalhos individuais e de grupo.

b) Elaboração de planos de acção para a correcção de eventuais desvios detectados na análise de resulta dos obtidos em Conselho de Turma

Os resultados obtidos por turma e por aluno são discutidos em reunião de conselho de turma, de modo a proceder-se à análise e partilha de informação estatística relativa ao desempenho global e a perspectivar a evolu-ção no que se refere a uma série de indicadores, como as médias globais, médias por disciplina, rácio de aulas realizadas/aulas previstas, entre outros. Desta análise, e em função das conclusões, resulta o estabelecimento de um plano de acção específico para a correcção de eventuais desvios.

c) Utilização e aperfeiçoamento de apoios e planos de recuperação individualizados

Aos alunos com fraco desempenho são propostos planos de recuperação individualizados, procurando verificar que estratégias e actividades resultam melhor para cada aluno. A criação de um mecanismo “contratual” com o aluno e os pais responsabiliza todas as partes pelo processo de recuperação.

2.1.7 Sinalização e acompanhamento de alunos em risco de insucesso ou abandono escolar

a) Sensibilização de docentes e não docentes para a identificação de sinais de alerta

Toda a comunidade escolar é sensibilizada para a necessidade de identificação de alunos em situação de risco, particularmente o pessoa docente e não docente. Neste sentido, a Escola desenvolve mecanismos que permitem a identificação de sinais de alerta e uma rápida sinalização.

b) Definição de mecanismos para acompanhamento de alunos em risco de abandono

A Escola define mecanismos de acompanhamento para alunos em situação de risco de abandono, mecanismos estes adaptados à realidade em que se insere. Estas estratégias podem incluir o contacto entre o corpo docente e membros do agregado familiar do aluno, o encaminhamento para o SPO ou o contacto com a CPCJ.

c) Aposta na prevenção e identificação de potenciais situações de indisciplina

Uma boa forma de lidar com situações de indisciplina é a aposta na sua prevenção. Neste sentido, é boa prática investir em mecanismos de identificação e prevenção de potenciais situações de conflito através da comunicação clara aos alunos das regras e das normas de convivência; da coordenação de critérios de actuação dos professo-res na prevenção deste tipo de situações; na comunicação efectiva a todos os docentes e não docentes das regras e dos mecanismos de actuação, garantindo que estes são aplicados constantemente e sem excepção não justificá-vel.

d) Definição de mecanismos de resposta célere a situações de indisciplina

A Escola define mecanismos de resposta célere a situações de indisciplina escolar. A utilização de tarefas cívicas é uma boa prática nas situações de indisciplina, sendo uma forma construtiva de sensibilizar os alunos para a gravidade dos seus actos, ao mesmo tempo que contribuem positivamente para a comunidade escolar, tanto de forma informativa, como activa. Desta forma, os problemas de indisciplina são transformados em oportunidades de formação e aprendizagem.

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p47 2.1.8 Gestão de Conflitos

a) Intervenção determinante dos membros do Conselho Directivo na resolução de conflitos

Os membros do Conselho Directivo são vistos pelos alunos como figuras de respeito e autoridade. A exploração dessa circunstância na regulação da disciplina escolar pode, em muitos casos, ser uma boa prática. Neste caso, os alunos em situação de conflito são encaminhados para o Conselho Directivo, onde uma conversa assertiva com um dos membros pode ser suficiente para não serem necessárias outras medidas mais gravosas de sanção disci-plinar. Se for necessário, os pais também são convocados a estarem presentes.

2.1.9 Actividades extra-curriculares

a) Definição de actividade extra-curriculares tendo em atenção as valências do corpo docente e as características da escola

Cabe à Escola a escolha das actividades extra-curriculares a oferecer aos alunos, pelo que a definição das mesmas tem em conta vários factores: as competências específicas dos docentes; a envolvência e a realidade escolar e da comunidade; os gostos e as preferências dos alunos e pais.

b) Divulgação dos trabalhos realizados pelos alunos nas actividades extra-curriculares

A divulgação de trabalhos realizados é uma boa prática no sentido da partilha de informação e conhecimento, mas também de motivação e reforço positivo dos alunos. Assim, a Escola organiza actividades de divulgação, tanto na forma de mostra estática, como na forma de apresentações públicas.

c) Utilização do desporto escolar como instrumento de inclusão

O desporto escolar, encarado como mais uma vertente da formação global dos alunos, é também particularmente relevante como potenciador da geração do vínculo à Escola por alunos que não são facilmente cativáveis pela componente académica. O desporto escolar é uma prática que cria elos de ligação e de inclusão entre os alunos, podendo ser utilizado pela Escola como instrumento de ajuda para atingir os objectivos propostos.

2.2. Apoiar e entusiasmar os professores

2.2.1 Definição e acompanhamento de estratégias pedagógicas

a) Definição de um programa-base por disciplina e por turma

A partir do projecto curricular de turma, são definidos os programas individuais de cada disciplina são adaptados , bem como os materiais e instrumentos pedagógicos a partilhar entre professores. Tal pode implicar um conjunto diversificado de acções: elaboração e gestão participada dos programas disciplinares no contexto do projecto curricular de turma; desenvolvimento de planos de aula definidos com indicativos para todos os professores; recurso a estratégias com sucesso provado na Escola para leccionar uma dada matéria.

b) Instituição de processos de coordenação entre as disciplinas

A instituição de processos e tempos de coordenação entre as disciplinas garante a articulação no que respeita a conteúdos idênticos abordados em disciplinas diferentes ou conteúdos de uma disciplina que impliquem conheci-mentos prévios de outras.

c) Estabelecimento de processos de acompanhamento do cumprimento dos programas definidos

O ritmo e o cumprimento dos programas disciplinares são seguidos regularmente pelo Coordenador de Curso, através dos instrumentos de avaliação e da análise de parâmetros de controlo e factores de desvio. Esta prática pode ser complementada com instrumentos de avaliação padrão dentro do mesmo curso, no sentido de aferir de uma forma comparável os conhecimentos adquiridos pelos alunos em cada ano escolar.

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p48 d) Partilha de boas práticas entre disciplinas

É desejável que as boas práticas e actividades das várias disciplinas sejam partilhadas e coordenadas para que possam ter um maior impacto na qualidade do trabalho do docente. Nesse sentido, várias iniciativas poderão ser operacionalizadas: acompanhamento e comparação das várias práticas seguidas por cada disciplina; identificação e disseminação de boas práticas, padronizando processos a nível dos Coordenadores de Curso.

2.2.2 Acompanhamento de professores

2.2.2.1 Integração e acompanhamento de novos professores

a) Definição e adopção de um processo formal de integração de novos professores

Como parte essencial de qualquer processo de integração, os novos professores são devidamente apresentados ao pessoal docente e não docente da escola. Para cumprir este objectivo, poderá recorrer-se a uma série de iniciativas de boas-vindas que podem ir de uma simples reunião informal até à realização de eventos de introdu-ção à cultura da escola e processos.

b) Desenvolvimento de mecanismos de acompanhamento de professores em início de carreira

O desenvolvimento de medidas de acompanhamento para os professores menos experientes permite, como já referido, consolidar a formação dos professores em início de carreira e garantir a qualidade das aprendizagens, contribuindo para o desenvolvimento desta como uma comunidade aprendente. A tutoria, ou a mentoria, proces-sos em que os professores mais experientes acompanham outros professores menos experientes ou recém-qualificados, são exemplos de mecanismos de acompanhamento e configuram formas de entreajuda entre os professores, de partilha de experiências e de melhoria de práticas.

2.2.2.2 Acompanhamento do desempenho dos professores

a) Fixação de tempos para articulação

Uma boa prática no acompanhamento dos professores de cada curso é a definição de rotinas na organização e planeamento das actividades lectivas que permitam a preparação conjunta das aulas e instrumentos pedagógicos, originando partilha de informação e de conhecimentos, que por sua vez irão contribuir para uma homogeneidade entre as várias turmas.

b) Criação de processos de partilha de material pedagógico

Os materiais pedagógicos são partilhados por todos os professores da escola, sendo criados processos facilitado-res da partilha. Esta permite um melhor acompanhamento dos novos professores, ou de professores com neces-sidades de melhoria. Um recurso será a criação de uma plataforma Moodle que permitirá a criação de espaços de apoio a disciplinas, área de procedimentos e legislação, projectos e outras actividades da escola, que ficam dispo-níveis online para qualquer utilizador registado no sistema.

c) Aposta em formação interna

Outro dos pontos importantes no acompanhamento dos professores é a formação. A aposta na formação interna traduz-se numa melhoria de resultados mais significativa quando comparada com a formação externa. A forma-ção interna da escola está alinhada com os seus objectivos e necessidades e assenta nos conhecimentos do pessoal docente e não docente, originando uma partilha de informação dentro da escola. A identificação das opor-tunidades de melhoria de cada docente e não docente é realizada pelos coordenadores ou pelas chefias intermé-dias para o pessoal não docente, devendo ser dada adicionalmente a oportunidade a cada professor e funcionário de encontrar/sugerir áreas de melhoria profissional para si próprio.

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p49 d) Desmultiplicação da formação externa

A formação externa pode ser desmultiplicada em formação interna, sendo reformatada para as necessidades específicas da escola. Neste sentido, a prática de partilha dos conhecimentos obtidos em formação externa com os colegas, através de sessões formais de partilha de conhecimentos adquiridos, é incentivada no meio escolar.

e) Acompanhamento do desenvolvimento dos professores na sala de aula

Esta prática não é habitual em Portugal, mas tem sido utilizada noutros sistemas educativos de forma sistemática e com grande êxito. O acompanhamento dos professores em contexto de sala de aula tem por objectivo permitir que os docentes exponham as suas melhores práticas, aprendam com os pontos fortes e fracos uns dos outros e, desta forma, possam criar e disseminar práticas de excelência. Pressupõe a observação de aulas em grupo e também de aulas de demonstração. Estas práticas referidas são incentivadas por parte da direcção e coordenado-res, de modo a combater as dificuldades iniciais de implementação do processo.

2.2.2.3 Reconhecimento de professores de elevado desempenho

a) Desenvolvimento de mecanismos internos de estímulo ao desempenho de professores

São criados mecanismos internos de estímulo ao desempenho dos professores, de forma a promover a qualidade e a inovação nos métodos de ensino. O desenvolvimento destes mecanismos passa não só pela escola mas também por outras entidades.

b) Promoção da visibilidade e reconhecimento do bom desempenho de professores

O reconhecimento público de professores com desempenho excepcional é uma prática que promove a motivação dos professores, a visibilidade e o reconhecimento também da própria escola.

2.2.2.4 Acompanhamento e apoio a professores para melhoria de desempenho

a) Criação de mecanismos de sinalização de professores com necessidades de reforço de desempenho

A pronta sinalização de situações de necessidade de reforço de desempenho de professores permite uma rápida resposta à situação, de modo a que os alunos sejam o menos prejudicados possível. A sinalização é reportada pelo director de turma ou coordenador de curso, que desencadeia os mecanismos de desenvolvimento necessá-rios para esse docente. Neste ponto, é importante a análise frequente de indicadores-chave (como o resultado das turmas), que permitem analisar o desempenho de cada professor em cada turma, e sinalizar precocemente necessidades de melhoria de desempenho. A direcção deve de articular, com os directores de turma e coordena-dores, de forma a assegurar o efectivo desenvolvimento de mecanismos de intervenção.

b) Desenvolvimento de processos de tutoria para professores

No sentido de promover o desenvolvimento dos professores com dificuldades, é-lhes atribuído um tutor. Os tutores são criteriosamente seleccionados pelo Conselho Directivo e pelos coordenadores, sendo professores experientes, com capacidades demonstradas de boas técnicas de ensino e capazes de comunicar efectivamente o seu conhecimento e estratégias.

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p50 2.3. Mobilizar os pais e encarregados de educação

2.3.1 Envolvimento dos pais na escola

a) Promoção de uma relação de proximidade e continuidade com os encarregados de educação

É do interesse de toda a comunidade escolar que a relação pais/encarregados de educação-escola seja próxima. Neste sentido, é importante a promoção de uma relação de proximidade e de envolvimento dos pais com a escola.

b) Calendarização de reuniões com os pais

Para que os pais sintam explicitamente a importância de visitar a escola, conhecer o seu próprio projecto e os seus professores, e por uma questão prática de organização mútua, a escola fornece aos pais um calendário onde estão marcados os principais momentos de reunião para o ano lectivo, tal como a reunião de início de ano ou as reuniões de período lectivo. O Director de Turma dispõe de tempos para receber os encarregados de educação, que são dados a conhecer no início do ano lectivo. São, no entanto, tempos a considerar de forma flexível, uma vez que, para muitos pais, há condicionantes de horário de trabalho que não devem ser motivos para um “afastamen-to” da escola.

c) Envolvimento dos pais nas actividades da escola

Através da sua participação no Conselho Pedagógico, ou de relações próximas com o Director de Turma ou o Conselho Directivo, os pais poderão ser envolvidos na dinâmica de actividades da escola, quer pelo desafio à participação nessas actividades, quer na colaboração do desenvolvimento de algumas das actividades. Nesse sentido, são incentivadas práticas de acolhimento aos pais no início do ano lectivo, assim como a disponibilização de informação relativa aos principais instrumentos de gestão da Escola, ou outras actividades que possam ser desenvolvidas ao longo do ano e que envolvam os pais na Escola.

d) Colaboração dos pais no trabalho de acompanhamento dos alunos com dificuldades de aprendizagem

Pais e Escola devem funcionar em estreita parceria no que respeita à educação dos filhos. Particularmente relevante é o envolvimento dos pais nos programas de recuperação de alunos com dificuldades de aprendizagem, para que o trabalho iniciado na escola seja reforçado pelo trabalho de casa. Esta colaboração deve ser promovida pela Escola, através do Director de Turma e, se necessário, dos Serviços de Psicologia e Orientação Vocacional (SPO).

2.3.2 Educação do agregado familiar

a) Estabelecimento da visão da Escola como pólo de desenvolvimento alargado

O Projecto Educativo inclui uma visão mais alargada do seu campo de actuação, para além dos alunos em idade escolar. A integração na comunidade poderá levar a que seja necessário atender também à necessidade de esco-larização dos pais, pelo que Escola deve promover a divulgação da oferta formativa dirigida aos adultos.

b) Promoção de actividades formativas para os pais

Neste âmbito, incluem-se palestras promovidas pela Escola em temas identificados como relevantes para a comunidade de pais, como, por exemplo, palestras como contribuir para o sucesso escolar dos filhos.

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p512.4 Envolver o pessoal não docente

a) Promoção do pessoal não docente como educador

Os membros do pessoal não docente podem e devem assumir uma função educativa no contexto das suas tarefas de apoio e relação com os alunos fora da sala de aula, tanto em termos comportamentais como em termos de valores e convivência na sociedade. Esta promoção é essencial numa visão da Escola como um pólo educador e não só de ensino em sala de aula.

b) Instituição de uma política activa de gestão de recursos humanos a nível do pessoal não docente

O conhecimento aprofundado dos funcionários existentes na Escola, do seu nível de formação, competências demonstradas e ambição, pode permitir uma gestão mais eficiente, do ponto de vista da sua “rentabilização” para a Escola, da sua motivação e realização pessoal e até da forma como se podem melhorar as relações aluno-funcionário e professor-funcionário.

c) Utilização da formação como ferramenta de valorização

O pessoal não docente é incluído nos planos de formação da Escola, realizados a nível da própria Escola ou exter-namente, de acordo com as valências a desenvolver e em benefício da instituição de ensino, e dos próprios funcio-nários. O valor acrescentado que se retira da formação reverte para a concretização das finalidades do Projecto Educativo.

3. Gestão de áreas e actividades de suporte

3.1 Maximizar os recursos da Escola

3.1.1 Visão integrada da oferta formativa

a) Desenvolvimento de uma visão de escola comum, materializada em instrumentos de gestão estraté gicos com matriz partilhada

Uma boa prática a desenvolver enquanto Escola é a de promover uma visão comum e um Projecto Educativo parti-lhado. Esta matriz concretiza-se em vários documentos estratégicos/operacionais que possuem uma base comum e tem como consequências: um conhecimento abrangente e uma identificação com a escola, em toda a oferta formativa e por toda a comunidade educativa e uma melhor coordenação pedagógica.

b) Coordenação entre escolas e ciclos permitindo um percurso sequencial e articulado dos alunos

A gestão global da Escola promove uma articulação entre ciclos e escolas da nossa área geográfica, no sentido de garantir a continuidade pedagógica e a experiência de escola integrada aos seus alunos. Esta prática permite proporcionar um percurso sequencial e articulado dos alunos abrangidos, favorecendo a transição adequada entre níveis e ciclos de ensino.

c) Promoção da utilização partilhada de recursos

A partilha de recursos, quer se trate de recursos humanos quer de infra-estruturas, permite uma gestão mais eficiente e contribui para a criação de um espírito comum.

3.1.2 Dinamização dos espaços

a) Fomento junto dos alunos, professores, funcionários e pais de uma co-responsabilização pelo espaço da escola

A comunidade escolar é chamada a uma co-responsabilização pelos espaços da escola, quer sejam os espaços de aula, quer de lazer, no que se refere a questões de limpeza, de civismo, decorativas ou outras.

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p52 Neste sentido, a Escola aproveita sinergias possíveis entre as várias disciplinas/cursos e a gestão de espaços,

designadamente através da manutenção de alguns espaços e equipamentos feita pelos alunos.

b) Utilização dos espaços da escola para potenciar o projecto educativo

A educação do aluno, em sentido lato, não se confina apenas à sala de aula. Neste sentido, a escola pode poten-ciar o processo educativo fazendo uma utilização coordenada dos diferentes espaços para a aprendizagem e peda-gogia, em diferentes vertentes.

3.1.3 Gestão orçamental

3.1.3.1 Fontes de financiamento alternativas

a) Dinamização da venda de material escolar na Escola

A dinamização da venda de material escolar passa por aumentar a oferta da papelaria, produzindo material alusi-vo à escola.

b) Aluguer de espaços da Escola fora do horário lectivo

Os espaços da Escola podem ser rentabilizados, fora do horário escolar através do aluguer das infra-estruturas a terceiros. Esta prática permite dinamizar a Escola, tornando-a num espaço da comunidade, além de permitir a angariação de receitas extraordinárias.

c) Angariação de patrocínios/mecenas junto dos empresários da região

Para financiar algumas actividades, a Escola pode recorrer a empresas ou parceiros locais, próximos da escola, no sentido de procurar patrocínios ou mecenas. O patrocinador ou mecenas deve ser uma entidade idónea, cuja imagem obedece a valores compatíveis com o projecto da escola.

d) Diversificação de oferta formativa

Candidatura a projectos a fundos estruturais e comunitários, que permitam a diversificação da oferta formativa permitindo simultaneamente a maximização de sinergias e de recursos.

3.2 Reforçar a relação escola/comunidade

3.2.1 Promoção da participação dos pais e da comunidade

a) Potenciação e incentivo das associações de pais

A Escola deve fomentar o envolvimento dos pais na escola, através da constituição de uma associação de pais. As escolas beneficiam muito com o dinamismo da associação de pais, sobretudo se este ocorrer num espírito cola-borativo e alinhado com as preocupações da Escola.

3.2.1.2 Actividades de envolvimento da escola com pais/comunidade

a) Desenvolvimento do marketing da escola

A Escola investe no desenvolvimento de uma estratégia de marketing junto da comunidade, utilizando os instru-mentos que considera mais apropriados:

• Criação de um website da escola, actualizado periodicamente, em que é disponibilizada informação relevante da escola para os alunos, pais e professores e também de eventos da comunidade;

• Criação de folhetos sobre a escola;

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p53 • Dinamização de dias abertos da escola para a comunidade;

• Publicação periódica de jornais e revistas da escola, que abordam temas relevantes para toda a comuni dade escolar e que são fornecidos não só às famílias dos alunos mas também às empresas locais e à comunidade local.

b) Encorajamento da utilização das estruturas físicas da escola pela comunidade

A utilização das estruturas físicas da escola pela comunidade, fora dos horários escolares, é incentivada, consti-tuindo não só uma boa prática na gestão dos recursos disponíveis, mas também uma forma de criar oportunida-des de interacção com a comunidade.

c) Criação de projectos escolares com a intervenção da comunidade local

Uma boa prática no incentivo da relação escola/comunidade passa pela criação de projectos escolares que inter-venham na comunidade, incentivada através da definição de objectivos claros nesta área tanto no projecto educa-tivo como no plano anual de actividades. Estes projectos têm a colaboração dos docentes, funcionários, alunos e pais, mas também a participação de outros elementos exteriores à comunidade escolar, levando a uma experiên-cia de partilha entre a escola e a comunidade envolvente. Os objectivos propostos para este tipo de projectos advêm da identificação de oportunidades de melhoria ou lacunas na comunidade local. Os exemplos podem incluir palestras, acções ambientais, sessões de formação organizadas por pais ou outros elementos da comuni-dade educativa, aproveitando valências e recursos locais.

3.2.1.3 Fortalecimento da ligação às autarquias

a) Desenvolvimento de parcerias e projectos comuns entre autarquia e escola

As autarquias e as escolas possuem vários objectivos, comuns pelo que o desenvolvimento de parcerias entre estas entidades é uma prática incentivada. Estas parcerias podem passar por vários níveis, desde a definição de objectivos de comuns até à organização de actividades conjuntas ou a promoção da formação em contexto de trabalho.

3.2.1.4 Coordenação da escola com a rede social

a) Instituição de processos de sinalização de alunos em situação de risco

A escola institui processos de sinalização e de intervenção de alunos em situações de risco, que permitem uma rápida identificação e consequente intervenção.

Para tal, toda a comunidade escolar é sensibilizada e responsabilizada por esta sinalização, e os processos para a realizar funcionam ao longo de todo o ano, desde que as informações dos alunos são recolhidas no momento da matrícula até ao final do ano escolar.

b) Coordenação da sinalização e de intervenção entre escolas e redes sociais

Na gestão de situações de risco é importante que haja uma coordenação entre as escolas e as redes sociais, tanto a nível da sinalização como a nível da intervenção. Neste sentido, a escola desenvolve um bom relacionamento com as redes sociais locais, tanto a nível de projectos como de protocolos de colaboração. Os projectos e os proto-colos desenvolvidos têm em conta o contexto em que a escola se insere.

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p54 3.2.1.5 Desenvolvimento de parcerias com empresas

a) Criação de parcerias escola-empresa

É uma boa prática a partilha de competências entre as escolas e as empresas, envolvendo actores que estão frequentemente alheados do sistema educativo. Estas parcerias, que podem ser criadas pela escola, ou resultar da iniciativa das próprias empresas, estimulam a:

• Participação das empresas na gestão escolar, através da prestação de serviços de consultoria e gestão, nomeadamente:

i) Suporte ao planeamento e gestão

ii) Levantamento das necessidades

iii) Optimização e racionalização de infra-estruturas

• Organização de actividades extra-curriculares em parceria com a comunidade empresarial;

• Colocação dos alunos na formação em contexto de trabalho, em particular para os cursos profissionais;

• Colocação de alunos em estágios profissionais;

• Divulgação de ofertas de emprego no Gabinete de Inserção Profissional.

b) Angariação de fontes alternativas de financiamento através das empresas

Como modo de reforçar o orçamento disponível para a escola, é uma boa prática a angariação de fontes alternati-vas de financiamento através das empresas. Este financiamento pode ser obtido de várias formas:

• Permutas entre a escola e as empresas, em que a escola contribui com instalações ou prestação de serviços e a empresa com bens ou serviços;

• Patrocínios, em que a empresa financia alguma actividade da escola e, como contrapartida, é-lhe fornecido um espaço promocional determinado;

• Mecenato, em que há apoio directo da escola por empresas sem que seja esperado nada em troca.

A responsabilidade da angariação deverá ser considerada como responsabilidade conjunta da comunidade escolar e deve ser partilhada não só entre os membros do Conselho Directivo mas também os docentes, funcionários e pais.

3.2.1.6 Ligação ao ensino superior e a outras instituições de ensino

a) Estabelecimento de parcerias com instituições de ensino superior ou outras instituições de ensino

A Escola beneficiará de uma abertura ao estabelecimento de protocolos com instituições de ensino superior e politécnico, tanto pelo que os formandos e professores destas instituições podem trazer aos alunos em termos de novidade e desafio, como também pelo trabalho colaborativo com os docentes, que se pode configurar como “reciclador” de conteúdos e métodos.

b) Criação de programas conjuntos com universidades, para maximizar a probabilidade de acesso dos alunos ao ensino superior

Para melhor preparar os alunos que desejem prosseguir o seu percurso escolar para níveis de ensino superior, a escola tem interesse em perceber qual será a exigência em termos de competências que estes encontrarão na universidade ou no politécnico, nas quais deverá formar os seus alunos. Fará sentido analisar: as escolhas voca-cionais dos alunos; a articulação entre a sua oferta e a de outras escolas da mesma comunidade em termos de vias de ensino; as taxas de sucesso no acesso dos seus alunos.

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p55Desta análise, poderão surgir orientações práticas a incorporar na estruturação da oferta da escola.

3.2.1.7 Networking

a) Criação de uma cultura de transparência para o meio exterior

A criação de uma cultura de transparência para o meio exterior é um passo importante na relação entre a escola e a comunidade, promovendo a responsabilização da instituição escolar. Adicionalmente, promove uma imagem positiva da escola, potencia o interesse na mesma e abre o caminho para uma partilha eficaz dos conhecimentos de gestão gerados na escola e trazidos de fontes externas.

b) Promoção da partilha de boas práticas entre escolas

A escola age no sentido de promover uma partilha e aprendizagem de boas práticas entre escolas, tanto a nível nacional como internacional. Esta prática tem por objectivos incentivar a aprendizagem e a inovação a todos os níveis dentro da escola, através da exposição a novas ideias e experiências.

c) Promoção de actividades inter-escolas

A promoção de actividades inter-escolas estimula a partilha de pontos de vista e contextos diferentes, sendo uma experiência benéfica tanto para os alunos como para o corpo docente envolvido.

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p56 Objectivos Globais 2010-2015

1) Superação da taxa média de aproveitamento escolar a nível nacional;

2) Garantir níveis de empregabilidade e prosseguimento de estudos, por ciclo de formação, superiores a 75%;

3) Reduzir o absentismo escolar;

4) Reduzir a taxa de abandono escolar;

5) Garantir a estabilização do corpo docente;

6) Garantir que todos os colaboradores (docentes ou não docentes) frequentem pelo menos 50 horas de formação anuais;

7) Garantir o acompanhamento aos alunos que empreendam projectos de criação do próprio emprego;

8 )Garantir a diversificação de financiamento da escola;

9 )Aumentar o número de parcerias e protocolos com empresas e instituições, públicas e privadas;

10) Diversificação da oferta formativa.

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p57

Avaliação

Prática da Escola Plano de acção Controlo

Completa Em desenvolvimento

Insuficiente Melhorar Manter Reforçar Plano Anual

de Actividades Trimestral Semestral Anual

ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS DE GESTÃO ESTRATÉGICA

Liderar e criar uma cultura de escola

O Presidente do Conselho Directivo como Líder Estabelecimento de uma visão para a escola partilhada e inovadora

Definição de um padrão comportamental e de valores assumido pela liderança da Escola

Envolvimento directo do Presidente do Conselho Directivo na formação e motivação dos professores

Envolvimento e coordenação de esforços com entidades externas para o benefício da Escola

Uma cultura de escola identitária Materialização dos valores da Escola em normas e procedimentos

Aposta em áreas e valências que reforcem a cultura da Escola

Promoção da identidade da Escola no exterior Promoção da motivação de docentes e não docentes Promoção dos valores do mérito e da excelência Utilização da auto-avaliação como forma de promover a excelência

Reconhecimento público da excelência de alunos e docentes

Potenciar as estruturas e órgãos de gestão da Escola

O Conselho Directivo Promoção de uma liderança de escola efectiva, envolvendo e co-responsabilizando outros membros da Escola

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Prática da Escola Plano de acção Controlo

Completa Em desenvolvimento

Insuficiente Melhorar Manter Reforçar Plano Anual

de Actividades Trimestral Semestral Anual

Abertura à comunidade escolar, desenvolvendo um relacionamento efectivo com todos os elementos da mesma

Monitorização próxima do currículo escolar e do nível de satisfação da comunidade educativa

O Conselho Pedagógico Optimização do funcionamento das reuniões Definição de grupos de trabalho no Conselho Pedagógico

Promoção da participação pontual de outros membros da comunidade escolar no Conselho Pedagógico

O Conselho Consultivo Consolidação do Conselho Consultivo Estruturas intermédias de gestão Directores de turma Director de Turma como o Director Pedagógico da turma

Co-responsabilização dos Directores de Turma pelos resultados da Escola

Coordenadores de curso Reflexão e desenvolvimento de estratégias de ensino dos conteúdos programáticos

Promoção da articulação multidisciplinar Optimizar os instrumentos de gestão estratégica da Escola

Plano Anual de Actividades Definição clara dos objectivos e processos do Plano Anual de Actividades, de modo articulado com o projecto educativo

Inclusão no Plano Anual de Actividades de actividades abrangentes a toda a comunidade educativa

Integração e articulação do Plano Anual de Actividades e do Orçamento

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Prática da Escola Plano de acção Controlo

Completa Em desenvolvimento

Insuficiente Melhorar Manter Reforçar Plano Anual

de Actividades Trimestral Semestral Anual

Regulamento Interno Utilização do regulamento interno como instrumento de concretização de objectivos específicos definidos no projecto educativo

Divulgação e comunicação das regras da Escola Auto-avaliação, avaliação externa e autonomia Definição e análise de indicadores claros e estabelecimento de mecanismos de acompanhamento dos mesmos

Acompanhamento de ex-alunos Estabelecimento de práticas de comparação construtiva e partilha de boas práticas com outras escolas

Recurso à avaliação externa GESTÃO DA ACTIVIDADE PEDAGÓGICA

Motivar os alunos para o sucesso escolar Constituição de turmas Estabelecimento de processos de recolha e partilha de informação para caracterização da população discente a agrupar em turmas

Elaboração de horários Orientação para o combate ao absentismo e abandono escolar

Inscrição no horário de todas as actividades da turma Integração de novos alunos na Escola Definição e implementação de um processo de integração para os novos alunos

Aproveitamento e estímulo das sinergias existentes com outras escolas para facilitar a integração futura dos alunos

Acompanhamento regular de alunos Promoção de mecanismos de auto-avaliação

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Prática da Escola Plano de acção Controlo

Completa Em desenvolvimento

Insuficiente Melhorar Manter Reforçar Plano Anual

de Actividades Trimestral Semestral Anual

Instituição de mecanismos de dinamização do acompanhamento dos alunos com recurso a plataformas informáticas

Atribuição de prémios aos alunos Instituição de quadros de excelência/mérito/ honra Instituição de mecanismos de reconhecimento de desempenho de turma

Organização de eventos formais para reconhecimento público e entrega de prémios

Sinalização e acompanhamento de alunos com fraco desempenho

Instituição regular de aulas de apoio voluntárias Elaboração de planos de acção para a correcção de eventuais desvios detectados na análise de resultados obtidos em Conselho de Turma

Utilização e aperfeiçoamento de apoios e planos de recuperação individualizados

Sinalização e acompanhamento de alunos em risco de insucesso ou abandono escolar

Sensibilização de docentes e não docentes para a identificação de sinais de alerta

Definição de mecanismos para acompanhamento de alunos em risco de abandono

Aposta na prevenção e identificação de potenciais situações de indisciplina

Definição de mecanismos de resposta célere a situações de indisciplina

Gestão de Conflitos Intervenção determinante dos membros do Conselho Directivo na resolução de conflitos

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Prática da Escola Plano de acção Controlo

Completa Em desenvolvimento

Insuficiente Melhorar Manter Reforçar Plano Anual

de Actividades Trimestral Semestral Anual

Actividades extra-curriculares

Definição de actividade extra-curriculares tendo em atenção as valências do corpo docente e as características da escola

Divulgação dos trabalhos realizados pelos alunos nas actividades extra-curriculares

Utilização do desporto escolar como instrumento de inclusão

Apoiar e entusiasmar os professores Definição e acompanhamento de estratégias pedagógicas

Definição de um programa-base por disciplina e por turma

Instituição de processos de coordenação entre as disciplinas

Estabelecimento de processos de acompanhamento do cumprimento dos programas definidos

Partilha de boas práticas entre disciplinas Acompanhamento de professores Integração e acompanhamento de novos professores

Definição e adopção de um processo formal de integração de novos professores

Desenvolvimento de mecanismos de acompanhamento de professores em início de carreira

Acompanhamento do desempenho dos professores

Fixação de tempos para articulação Criação de processos de partilha de material pedagógico

Aposta em formação interna Desmultiplicação da formação externa Acompanhamento do desenvolvimento dos professores na sala de aula

Reconhecimento de professores de elevado desempenho

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Prática da Escola Plano de acção Controlo

Completa Em desenvolvimento

Insuficiente Melhorar Manter Reforçar Plano Anual

de Actividades Trimestral Semestral Anual

Desenvolvimento de mecanismos internos de estímulo ao desempenho de professores

Promoção da visibilidade e reconhecimento do bom desempenho de professores

Acompanhamento e apoio a professores para melhoria de desempenho

Criação de mecanismos de sinalização de professores com necessidades de reforço de desempenho

Desenvolvimento de processos de tutória para professores

Mobilizar os pais e encarregados de educação Envolvimento dos pais na escola Promoção de uma relação de proximidade e continuidade com os encarregados de educação

Calendarização de reuniões com os pais Envolvimento dos pais nas actividades da escola Colaboração dos pais no trabalho de acompanhamento dos alunos com dificuldades de aprendizagem

Educação do agregado familiar Estabelecimento da visão da Escola como pólo de desenvolvimento alargado

Promoção de actividades formativas para os pais Envolver o pessoal não docente Promoção do pessoal não docente como educador Instituição de uma política activa de gestão de recursos humanos a nível do pessoal não docente

Utilização da formação como ferramenta de valorização

GESTÃO DE ÁREAS E ACTIVIDADES DE SUPORTE

Maximizar os recursos da Escola Visão integrada da oferta formativa

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Prática da Escola Plano de acção Controlo

Completa Em desenvolvimento

Insuficiente Melhorar Manter Reforçar Plano Anual

de Actividades Trimestral Semestral Anual

Desenvolvimento de uma visão de escola comum, materializada em instrumentos de gestão estratégicos com matriz partilhada

Coordenação entre escolas e ciclos permitindo um percurso sequencia e articulado dos alunos

Promoção da utilização partilhada de recursos Dinamização dos espaços Fomento junto dos alunos, professores, funcionários e pais de uma co-responsabilização pelo espaço da escola

Utilização dos espaços da escola para potenciar o projecto educativo

Gestão orçamental Fontes de financiamento alternativas Dinamização da venda de material escolar na Escola Aluguer de espaços da Escola fora do horário lectivo Angariação de patrocínios/mecenas junto dos empresários da região

Diversificação de oferta formativa Reforçar a relação escola/comunidade Promoção da participação dos pais e da comunidade

Potenciação e incentivo das associações de pais Actividades de envolvimento da escola com pais/comunidade

Desenvolvimento do marketing da escola Encorajamento da utilização das estruturas físicas da escola pela comunidade

Criação de projectos escolares com a intervenção da comunidade local

Fortalecimento da ligação às autarquias Desenvolvimento de parcerias e projectos comuns entre autarquia e escola

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Prática da Escola Plano de acção Controlo

Completa Em desenvolvimento Insuficiente Melhorar Manter Reforçar

Plano Anual de Actividades Trimestral Semestral Anual

Coordenação da escola com a rede social Instituição de processos de sinalização de alunos em situação de risco

Coordenação da sinalização e de intervenção entre escolas e redes sociais

Desenvolvimento de parcerias com empresas Criação de parcerias escola-empresa Angariação de fontes alternativas de financiamento através das empresas

Ligação ao ensino superior e a outras instituições de ensino

Estabelecimento de parcerias com instituições de ensino superior ou outras instituições de ensino

Criação de programas conjuntos com universidades, para maximizar a probabilidade de acesso dos alunos ao ensino superior

Networking Criação de uma cultura de transparência para o meio exterior

Promoção da partilha de boas práticas entre escolas Promoção de actividades inter-escolas

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