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1 UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIVERSIDADE ANHANGUERA CENTRO EDUCACIONAL A DISTÂNCIA POLO JARDIM-MS/ UNIDADE 1 CURSO SUPERIOR DE SERVIÇO SOCIAL PSICOLOGIA E SERVIÇO SOCIAL Nome do(s) Alunos (s) e RA(s) e E-mail(s). * RA 411095 - Fabiana da Costa Ribeiro Gonçalves- [email protected] * RA 430675 João Henrique Rios de Castilho- [email protected] *RA 426431 - Ivone Duarte Ferreira- [email protected] *RA 443460-Tânia Mirleyn Lopes Machado- [email protected] *RA 438742-Mainara Aliendre Garcia- [email protected] ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA Nome do tutor presencial: Mara Cristina Tibiriçá Monteiro. Nome do tutor à distância: Helenrose A.da S. Pedroso Coelho. Jardim MS, 03 de abril de 2014.

ATPS-Psicologia e Serviço Social-2014

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Curso Superior de Serviço Social

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  • 1 UNIVERSIDADE ANHANGUERA

    UNIVERSIDADE ANHANGUERA

    CENTRO EDUCACIONAL A DISTNCIA

    POLO JARDIM-MS/ UNIDADE 1

    CURSO SUPERIOR DE SERVIO SOCIAL

    PSICOLOGIA E SERVIO SOCIAL

    Nome do(s) Alunos (s) e RA(s) e E-mail(s).

    * RA 411095 - Fabiana da Costa Ribeiro Gonalves- [email protected]

    * RA 430675 Joo Henrique Rios de Castilho- [email protected]

    *RA 426431 - Ivone Duarte Ferreira- [email protected]

    *RA 443460-Tnia Mirleyn Lopes Machado- [email protected]

    *RA 438742-Mainara Aliendre Garcia- [email protected]

    ATIVIDADE PRTICA SUPERVISIONADA

    Nome do tutor presencial: Mara Cristina Tibiri Monteiro.

    Nome do tutor distncia: Helenrose A.da S. Pedroso Coelho.

    Jardim MS, 03 de abril de 2014.

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]

  • 2 UNIVERSIDADE ANHANGUERA

    TEXO: 01- HUMILHAO SOCIAL: UM PROBLEMA POLTICO EM

    PSICOLOGIA.

    Atravs da leitura entendemos que a humilhao social um caso particularmente

    doloroso de angstia: um afeto mrbido derivado da exposio do homem pobre a mensagens

    de inferioridade social. Mensagens que lhe so assiduamente dirigidas pelos outros e pela

    sociedade. Mensagens verbais e tambm mensagens mudas: so palavras ou so

    circunstncias pblicas que lhe parecem como o perptuo lembrete de que no esto em casa.

    A humilhao social um problema poltico e tambm psicolgico, pois os dois

    fatores contribuem para situaes de constrangimento que cidados trabalhadores passam em

    sua vida cotidiana.

    A sociedade se esfacela, dando espao para a ditadura do poder e o poder pblico

    no consegue dar conta de todas as situaes levando os indivduos a lutarem para garantir

    seus direitos essenciais com o poder privado, o que conduz ao poder do dinheiro.

    Com o capitalismo o tema desigualdade social se tornou na sociedade cada vez mais

    evidente e se sobrepe diante uma diviso de classes que se apresenta em forma de

    constrangimento e humilhao para os menos favorecidos. Essa desigualdade se manifesta

    nas mais diversas situaes do dia-a-dia de cada um. Uma humilhao que comea no fato de

    no se poder ter um teto para se morar e vai at a relao empregador e empregado que tem a

    submisso e a humilhao uma relao desigual e constrangedora. Este o regime capitalista

    adotado na maioria dos pases cujo principal objetivo o acumulo de bens atravs da

    desigualdade de classes onde o empregador detm o poder pela sua oferta de emprego e o

    pobre pela sua dependncia deste emprego se sujeita a angustia de ser explorado e humilhado.

    A humilhao Social produto da historia da desigualdade de classes. Numa

    sociedade capitalista, a desigualdade Social conseqncia dos interesses econmicos, onde

    tudo gira em torno do dinheiro. Isso corrompe relaes humanas tais como amor, carter e

    respeito.

    Esta humilhao no parte apenas dos mais favorecidos, vemos tambm em

    situaes cotidianas de pessoas que se envergonham quando entra em um restaurante mais

    requintado, pois julga suas vestimentas e educao se rebaixado ao ambiente, ou seja, as

    prprias pessoas j fixaram esta mentalidade de inferiorizaro e se deparam constantemente

    em situaes de humilhao, pois j se julgam inferiores.

    Ela , sem dvida, um fenmeno histrico. A humilhao crnica, longamente sofrida

    pelos pobres e seus ancestrais, efeito da desigualdade poltica, indica a excluso recorrente

    de uma classe inteira de homens para fora do direito a casa, direito ao trabalho e direito

  • 3 UNIVERSIDADE ANHANGUERA

    cidade. Mas tambm de dentro que, no humilhado, a humilhao vem atacar. A humilhao

    assume internamente, como um impulso angustiante, o corpo, o gesto, a imaginao e a voz

    do humilhado. A humilhao social fenmeno ao mesmo tempo poltico e psicolgico,

    caracteriza assiduamente a psicologia do oprimido: desencadeia afetos embriagantes ou

    paralisadores.

    Na realidade em que vivemos muito fcil perceber a grandeza da desigualdade, por

    todos os lados em que olhamos vemos a pobreza se alastrando em todos os pases. O que dizer

    de uma sociedade em que poucos tm quase tudo e muitos tem quase nada, isso acaba

    afetando e muito a sociedade de baixa renda, pois como se portar diante de uma situao em

    que para sobreviver com pouco tem que submeter-se a todos os tipos de humilhao. Esse tipo

    de situao acontece principalmente nos bairros pobres de grandes cidades, onde pessoas de

    pequenas cidades migram procura de trabalho.

    Entretanto, o texto fala da vida de pessoas que vivem em grandes cidades, que no

    campo pblico, normas privatizantes ganham o carter de hbito, a considerao da

    necessidade dos outros deve manter-se abaixo dos esquemas pecunirias. Como podemos

    observar os direitos humanos deixam de valer como o resultado de colaborao e tornam-se

    tarefa do individuo isolado.

    TEXTO: 02 - A DESIGUALDADE E A INVISIBILIDADE SOCIAL NA

    FORMAO DA SOCIEDADE BRASILEIRA.

    Invisibilidade pblica, ou seja, uma percepo humana totalmente prejudicada e

    condicionada diviso social do trabalho, onde enxerga-se somente a funo e no a pessoa.

    A invisibilidade afeta cada vez mais pessoas de baixa renda, com pouco grau de

    escolaridade. Isso se d devido ao fato de se tratar de profissionais que, de certa forma, so

    considerados de pouca significncia. Ledo engano. Os trabalhadores que sofrem tal tipo de

    preconceito prestam, em sua maioria, servios importantes para a sociedade. Nos Estados

    Unidos e outros pases desenvolvidos, os imigrantes tm papel importante; sem eles e sua

    mo de obra barata, a economia fica prejudicada. Afinal so eles os responsveis pelos

    servios de base. Porm, no tem valorizao alguma.

    De acordo com o texto analisado, ao longo dos ltimos anos, no Brasil, tem se

    ampliado de maneira importante tanto o debate sobre a desigualdade social e a pobreza quanto

    s polticas pblicas que buscam combater ou minimizar seus efeitos. A discusso acerca da

    magnitude de nossa desigualdade social passou a ter lugar corrente no debate pblico

    (parlamento, jornais e mdia em geral) e no debate acadmico (publicaes, grupos de

    pesquisa), num contexto em que diversas vises terico-conceituais sobre tais fenmenos

  • 4 UNIVERSIDADE ANHANGUERA

    sociais disputam espao explicativo. Alm disso, o combate pobreza e desigualdade social

    se tornou um dos mais relevantes temas de agenda do governo federal. A tal ponto que o

    debate sobre as alternativas de combate pobreza e de promoo do desenvolvimento social

    bem como a implementao efetiva de polticas pblicas nesta rea assumiram lugar de

    destaque, sem precedentes histricos reconhecveis, na agenda poltica e de polticas pblicas

    de nosso pas.

    Existem obviamente diversas alternativas explicativas para a produo e reproduo

    da desigualdade social e pobreza, a evoluo das polticas especficas de DSCP praticadas no

    Brasil, ao longo dos ltimos anos, e sua inter-relao com as alternativas conceituais e

    tericas a respeito da desigualdade social e sua naturalizao no Brasil.

    Tomando como referncia tais concepes, que envolvem um olhar diferenciado no

    tocante s origens e aos fundamentos sociais da nossa desigualdade, vrias so as questes

    que se apresentam. Que possveis contribuies esta nova perspectiva analtica pode trazer ao

    entendimento das polticas pblicas de DSCP no Brasil? Antes uma realidade carregada de

    pobreza e excluso social, quais so as condies necessrias efetiva superao da nossa

    imensa desigualdade? Qual o olhar possvel acerca das polticas pblicas na rea de DSCP

    j implementadas?

    Se a desigualdade, a humilhao e a invisibilidade pblica ainda permanecem como

    temas recorrentes nesta sociedade so porque h um interesse em torno da manuteno desse

    sistema. Um jogo de classes que retfica esta cegueira e tenta naturalizar este processo, mas

    como diz Jess Souza, esta desigualdade no pode ser naturalizada. necessrio apontar as

    dimenses histricas que favoreceram a formao destes fenmenos e tambm a sua

    permanncia.

    Na invisibilidade pblica, a comunicao entre as pessoas fica prejudicada, tendendo a

    forma de troca demasiado econmica. estabelecido entre os sujeitos da conversa um

    regime daquilo que consagra o que primordial numa economia capitalista: troca de

    mercadorias ou servios. Ela seria uma espcie de cegueira psicossocial, que elimina do

    campo de viso da maioria da populao aqueles que so condenados a exercer uma atividade

    subalterna, desqualificada, desumano e degradante o dia inteiro, s vezes uma vida inteira.

    No fenmeno da invisibilidade pblica est a reedificao. Somente pessoas j

    reduzidas e tidas como objetos podem parecer impotentes na capacidade de se fazerem

    interpelar como humanos e de interpelarem outros humanos como iguais.

  • 5 UNIVERSIDADE ANHANGUERA

    Uma das sadas a esta situao, destaca Fernando, seria num primeiro momento ter

    conscincia sobre a invisibilidade pblica. O segundo passo, ter um "olhar" mais atento

    queles que esto a nossa volta.

    SOFRIMENTO PSQUICO - HOMENS INVISVEIS: RELATOS DE UMA

    HUMILHAO SOCIAL.

    De acordo com a temtica em questo trata-se da desigualdade social, e ao longo de

    vrias dcadas vem sofrendo a populao, ocorrendo assim um fenmeno de desigualdade de

    classes pelo seu poder aquisitivo, assim quem tem mais capital e poder tem maior visibilidade

    e qualidade de vida em detrimentos de outras.

    Dando nfase a esse assunto, ns convivemos com vrias formas de humilhao social

    comeando com baixos salrios, falta de moradia digna, sade e educao. A misria e a

    desigualdade social marcam a histria e diversos fatores que determinam a condio social da

    maioria populao.

    De acordo com o autor Fernando Braga da costa em um trecho, o autor foi

    literalmente a campo e, por nove anos, trabalhou como gari na universidade de So Paulo, e

    desenvolveu um estudo sobre a invisibilidade pblica dos trabalhadores subalternos, e no 4

    capitulo da obra ele relata sua experincia como gari.

    Com o relato do professor pode-se observar o quanto populao e seus subempregos

    passam despercebidos pela sociedade de maior poder aquisitivo. Fernando Braga sentiu na

    pele toda humilhao vivida diariamente pelos os garis, como humilhao pblica,

    especialmente aquele ento designado como invisibilidade pblica (problema singular que

    produziu toda a investigao).

    Devido s humilhaes sociais sofridas, em geral fundadas sobre vnculos de

    mandonismo e subalternidade, prejudicando e at mesmo interrompendo o poder de

    comunicao que indispensvel aos seres humanos. Todos se calam, retrai-se. Habituados s

    conversas magras e sem sentido, devido as excluso de alguns, e porque no dizer, de muitos

    que se v melhor que o prximo. Acostumados discriminao eles acabam recusando a

    delicadeza, ou a qualquer tipo de ofensas, tornando a presena do outro incomoda.

    Na sociedade de classes, deslocar-se ao lado dos oprimidos o que possibilita

    enxergar o mundo de modo diferente. O que antes parecia bvio, agora parece no ter sentido,

    atravs dessas diferenas que nos deixa na dvida, de nossas convices. Mas ai que

    vemos que podemos dar e receber.

  • 6 UNIVERSIDADE ANHANGUERA

    O autor Fernando Braga relata a entrevista a dois colegas de trabalho: Nilce e Moiss,

    que deixaram bem claro que o ofcio de gari marcado pela a invisibilidade pblica - espcie

    de desaparecimento psicossocial de um homem no meio de outros homens. E o mais triste

    saber, que no apenas a profisso de gari que descriminada e invisvel para a sociedade,

    assim como: trabalhadores domsticos, serventes de obras, carroceiros, entre outros.

    So atividades reservadas a uma classe de homens proletariados; homens que se

    tornam historicamente condenados ao rebaixamento social e poltico.

    Moises deixa bem claro que se sente incomodado com a presena de pessoas no local

    de trabalho, no horrio de maior movimento ele evita estar por perto. Ele diz fica chato esse

    horrio l.

    J o socilogo Jess Souza visa aferir as diferenas de classe, gnero, cor e idade, onde

    os fatores so os principais problemas da sociedade. De acordo com levantamentos do autor,

    um tero dos brasileiros vive em condies precrias e excludas scio culturalmente. Para

    ele, o problema da ral a questo mais importante do Brasil moderno, onde este est

    associado a outros problemas como segurana pblica, trabalho informal, o racismo e o

    preconceito regional.

    TRABALHADORES QUE VIVENCIAM SOFRIMENTO PSQUICO E

    DESENVOLVE TRABALHO CONSIDERADO DESQUALIFICADO DEVIDO

    EXPOSIO A SITUAES DE HUMILHAO SOCIAL E INVISIBILIDADE

    PBLICA.

    Falaremos sobre o conceito de humilhao social e invisibilidade pblica e na

    identificao desses fenmenos na vida cotidiana. Dentro deste ensaio colocaremos a nossa

    viso acerca do sofrimento psquico enfrentado pelos sujeitos socialmente excludos

    principalmente trabalhadores que exercem um trabalho considerado desqualificado.

    Temas como a invisibilidade social, retratado neste trabalho, mostram que psiclogos

    e socilogos vm trabalhando sob o mesmo objeto de estudo e que no h mais temas que

    possam interessar apenas uma destas reas. Os modos de fazer pesquisa, os mtodos de

    investigao, tambm so utilizados da mesma forma, sem uma separao do que pode ser

    psicolgico ou sociolgico. Costa (2004), por exemplo, faz uso da etnografia, mtodo da

    antropologia, para se aproximar e estudar o cotidiano dos garis.

    Provavelmente a sociologia tenha servido mais psicologia nos ltimos anos. Para

    compreender a subjetividade e as relaes que o indivduo estabelece com o outro e com o

    mundo sua volta preciso contextualizar este indivduo, estar atento histria, ao passado,

  • 7 UNIVERSIDADE ANHANGUERA

    cultura na qual ele se insere e neste sentido, os mtodos sociolgicos tm muito mais a

    oferecer.

    Uma das categorias de trabalhadores que desenvolvem um trabalho considerado

    desqualificado o Catador de Material Reciclvel, ou o mais conhecido como: (Catador de

    Lixo) e ser analisado de acordo com os conceitos estudados nas etapas anteriores.

    Voc sabe para onde vai o lixo que voc joga fora? Aterros sanitrios e lixes

    certamente no so as nicas opes de destino, como mostra a dissertao de mestrado de

    Beatriz Magalhes, pesquisadora do Centro Internacional de Polticas para o Crescimento

    Inclusivo (IPC-IG), instituio vinculada ao Programa das Naes Unidas para o

    Desenvolvimento (PNUD).

    Liminaridade e excluso: catadores brasileiros e suas relaes com a sociedade

    brasileira traz a realidade de milhares de catadores de lixo e os desafios enfrentados por eles

    diariamente.

    Segundo a autora do estudo, as pessoas normalmente tm a sensao de que o lixo

    desaparece depois de ser jogado fora, o que no retrata a realidade. Magalhes destaca na

    pesquisa que, para os catadores, aquele material possui valor e que seu trabalho deveria ser

    mais bem reconhecido, j que se eles no levassem o lixo para a reciclagem, provavelmente

    ele iria parar em um aterro ou lixo, poluindo o meio ambiente.

    O estudo ainda ressalta que o trabalho dos catadores no s ajuda a preservar a

    natureza como tambm d uma funo ao lixo, j que o material recolhido volta para o

    processo produtivo.

    Apesar disso, Magalhes afirma que os catadores ainda se sentem excludos da

    sociedade, j que, como so pobres, no possuem acesso a diversos direitos e servios que

    pessoas com renda maior possuem.

    A autora fez entrevistas com diversos catadores em Belo Horizonte entre agosto de

    2010 e fevereiro de 2012 para descobrir o ponto de vista deles sobre o ciclo do lixo. Segundo

  • 8 UNIVERSIDADE ANHANGUERA

    ela, uma das frases mais interessantes que ouviu foi que o lixo apenas lixo nos olhos de

    quem o est jogando fora, mas que ele possui grande valor para aqueles que tiram dele o seu

    sustento.

    Hoje, depois dos programas do governo federal, do governo estadual, das instituies

    que apoiam os catadores, a gente comeou a ver a valorizao do nosso trabalho, ver o quanto

    o catador importante para o meio ambiente e para a sociedade em geral, disse a catadora

    Madalena.

    A definio de lixo por si s traz uma conotao pejorativa, observa a pesquisadora,

    acrescentando que essa mesma conotao usada para os prprios catadores. Porm, nas

    entrevistas foi fcil perceber a troca das palavras lixo por material reciclvel, mostrando

    que as pessoas no tem noo do quo til o lixo que elas jogam fora.

    No lixo, n?! No existe lixo. Eu falo que, se fosse lixo, eu no teria criado nove

    filhos e no estava a at hoje trabalhando, disse uma das catadoras, dona Geralda. Ento

    no lixo, matria que sai extrada da natureza e que as pessoas no do o destino correto

    para elas. Ns damos esse destino h muitos anos, sabemos como fazer isso, acrescentou. A

    pesquisa conclui que os catadores vm lutando para obter reconhecimento e direitos na

    sociedade brasileira, j que, ao contrrio do consumo, a reciclagem agrega valor aos resduos

    e ao ciclo do lixo.

    Por mais que as pessoas no valorizem nossos catadores de lixo so do lixo que eles

    tero o po de cada dia. Os catadores, em sua funo, sobrevivem a uma situao de

    desemprego ou subemprego, atuando ativamente na economia com toneladas de material

    reciclvel, participando economicamente na indstria da reciclagem. Contudo, apesar de

    importantes no mercado, so ignorados socialmente e desprovidos de seus direitos, j que a

    catao no se configura como trabalho reconhecido, impossibilitando, assim, o exerccio da

    cidadania. Muitas pessoas penso que os catadores de lixo so mendigos, ladres, drogados e

    etc.

  • 9 UNIVERSIDADE ANHANGUERA

    CONSIDERAES FINAIS:

    O presente estudo trouxe questionamentos e reflexes sobre as relaes entre vida

    poltica e vida particular, confrontando com a realidade social e sua complexidade.

    As leituras realizadas possibilitaram importantes reflexes acerca da histrica excluso

    das pessoas pobres na sociedade, assim como de seu sofrimento como sujeito dessa excluso.

    A pobreza gera excluso e marginalizao das pessoas na maioria dos pases do

    mundo, sendo esse um problema a ser mundialmente discutido e enfrentado. De fato, percebe-

    se que a classe pobre invisvel aos olhos dos poucos privilegiados; infelizmente o pobre

    considerado por muitos como ser inferior, fadado ao trabalho rduo e mal remunerado. As

    pessoas pobres em geral tm conhecimento da forma como so vistas pela sociedade, sentem-

    se humilhadas e geralmente possuem sentimento de menos valia. Muitas so invisveis aos

    olhos dos ricos. Aquilo que diz respeito aos pobres parece que no tem importncia e no

    interessa sociedade.

    Dentre as pessoas colocadas margem da sociedade, no se encontram somente os

    pobres. As pessoas com deficincia, aquelas excessivamente gordas ou magras, afro

    descendente, dentre tantas outras, tambm so sujeitos de grande excluso social. Tambm h

    excluso de gnero, manifesta pela inferiorizaro da mulher, por exemplo, nos postos de

    trabalho, onde ainda ganham salrios inferiores aos dos homens, mesmo desempenhando as

    mesmas funes.

    Neste contexto, a sociedade afasta-se da igualdade, que um princpio preconizado na

    Constituio brasileira. A desigualdade no pode continuar a ser vista como algo natural pelas

    pessoas. necessrio que as polticas pblicas combatam essa dura realidade, na construo

    de uma sociedade mais justa e igualitria, onde todos possam se sentir cidados e exercer seus

    direitos de forma plena.

  • 10 UNIVERSIDADE ANHANGUERA

    A humilhao para os pobres ou uma realidade em ato ou frequentemente sentida

    como uma realidade iminente, sempre a espreitar lhes, onde quer que estejam com quem quer

    que estejam. O sentimento de no possurem direitos, de parecerem desprezveis e

    repugnantes, torna-lhes compulsivo: movem-se e falam, quando falam, como seres que

    ningum v.

    O texto de Jos Moura Gonalves Filho retrata uma pratica bem cotidiana da nossa

    sociedade, a humilhao social corresponde a vrias fases da vida humana, das classes menos

    favorecida, expondo o ser humano a presses de varias formas, com palavras, gestos e ate o

    simples silencio ou o olhar nos faz voltar a regime de escravido da era moderna, onde

    estamos presos em ciclos eternos que no se rompe, a mensagem de inferioridade social so

    dirigidas a todo instante. Trazes-nos angustias e depresses profundas e feridas que no se

    fecham, so mensagens de inferioridade que nos faz pensar que a dignidade humana no tem

    valor, os princpios do ser esto esquecidos, diante de uma sociedade que trocou o seu bem

    estar social por desenvolvimento a qualquer custo, trazendo invases, rompendo culturas e

    causando seqelas irreversveis na nossa sociedade, onde o menos favorecidos pagam seus

    impostos, cumpre com o seu papel em sociedade, e as polticas publicas que esto para servi o

    cidado no chega como era pra ser, chegamos a pensar que somos inferiores, vivendo isolado

    e uma simples ao do governo em nosso bairro, pensamos que e um belo favor que o estado

    esta fazendo para ns, sairmos da escravido, mas a escravido permanece perpetuada em

    nos, este sentimento nos fez perder o direito de no ter direito algum.

    Temas como a invisibilidade social, retratado neste artigo, mostram que psiclogos e

    socilogos vm trabalhando sob o mesmo objeto de estudo e que no h mais temas que

    possam interessar apenas uma destas reas. Os modos de fazer pesquisa, os mtodos de

    investigao, tambm so utilizados da mesma forma, sem uma separao do que pode ser

    psicolgico ou sociolgico.

    Provavelmente a sociologia tenha servido mais psicologia nos ltimos anos. Para

    compreender a subjetividade e as relaes que o indivduo estabelece com o outro e com o

    mundo sua volta preciso contextualizar este indivduo, estar atento histria, ao passado,

    cultura na qual ele se insere e neste sentido, os mtodos sociolgicos tm muito mais a

    oferecer.

    Concluiu-se que desde a antiguidade, a desigualdade social tem aumentado. O

    proletariado antes de tudo um segmento da sociedade que precisa de condies no s

    fsicas e materiais, mas mental.

  • 11 UNIVERSIDADE ANHANGUERA

    Constatam que os indivduos destacados, no decorrer da leitura, sentem-se humilhados

    no sentido de que no tem condies as quais anteriormente ditas de um trabalho digno para

    que possam sentir-se vistos e aceitos de uma forma proveitosa em meio a outras classes.

    As polticas pblicas em si, no os favorecem com o suporte suficiente, com isso se

    sentem extremamente desqualificados, frustrados por no conseguirem o que almejam para

    uma vida pelo menos mais digna com relao a trabalho, sade, educao e segurana.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS:

    http://www.ip.usp.br/portal/index.php?option=com...id - acessado em 17-03-2014;

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    http://www.cidadessustentaveis.com.org - Reciclagem de Lixo acessadoem17-03-

    2014;

    http://www.correiodobrasil.com.br-desigualdade-social-no-brasil-acessadoem17-03-

    2014;

    COSTA; Fernando Braga da. Homens invisveis: relatos de uma humilhao

    social. So Paulo: Editora Globo, 2004.

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  • 12 UNIVERSIDADE ANHANGUERA

    SOUZA, Jess (Org). A invisibilidade da desigualdade brasileira. Belo

    Horizonte: UFMG, 2006.

    A desigualdade e a invisibilidade social na formao da sociedade brasileira --

    AVA DA SILVA CARVALHO CARNEIRO. PUBLICAO 27 A 29 DE MAIO DE 2009

    (V ENECULT - ENCONTRO DE ESTUDOS MULTIDISCIPLINARES EM CULTURA).

  • 13 UNIVERSIDADE ANHANGUERA