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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE PRÁTICAS EDUCACIONAIS E CURRÍCULO CURSO DE PEDAGOGIA DISCENTE: NAIDE CRISTINA LIMA DA SILVA ATRELANDO A MATEMÁTICA COM A LITERATURA INFANTIL. NATAL, RN 2016

ATRELANDO A MATEMÁTICA COM A LITERATURA INFANTIL. · lado no decorrer de todo o processo da graduação. RESUMO ... projeto, pois as mesmas já conseguem compreender a importância

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE PRÁTICAS EDUCACIONAIS E CURRÍCULO

CURSO DE PEDAGOGIA DISCENTE: NAIDE CRISTINA LIMA DA SILVA

ATRELANDO A MATEMÁTICA COM A LITERATURA INFANTIL.

NATAL, RN 2016

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NAIDE CRISTINA LIMA DA SILVA

ATRELANDO A MATEMÁTICA COM A LITERATURA INFANTIL.

Relato de Experiência apresentado ao Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, como requisito parcial à obtenção do Grau de Licenciado em Pedagogia. Orientadora: Drª. Maria Da Paz Siqueira de Oliveira.

NATAL, RN

2016

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NAIDE CRISTINA LIMA DA SILVA

ATRELANDO A MATEMÁTICA COM A LITERATURA INFANTIL.

Relato de Experiência apresentado ao Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, como requisito parcial à obtenção do Grau de Licenciado em Pedagogia.

Aprovada em: ___/___/ 2016.

Professora Drª. Maria Da Paz Siqueira de Oliveira -UFRN

Professor Dr. Francisco Vitorino de Andrade Júnior - UFRN

_______________________________________________________________

Professora Drª.Lúcia de Fátima da Cunha UNIFACEX – Natal-RN

NATAL, RN

2016

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pela força e coragem que me deu

durante toda essa longa caminhada.

À minha família, por sempre ter permanecido do meu lado.

Aos meus avós pelo seu cuidado е dedicação que sempre me

deram.

Dedico esta, bem como as minhas demais conquistas, aos meus

amados avós e a minha tia Rosa que sempre estiveram ao meu

lado no decorrer de todo o processo da graduação.

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RESUMO

O referido trabalho “Atrelando a matemática com a literatura infantil”, tem como intuito explanar sobre algumas vivências desenvolvidas no Centro Municipal de Educação Infantil Professora Antônia Fernanda Jalles, com a turma do nível III, crianças de aproximadamente entre 3 a 4 anos. Turma está que atuei como bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID-UFRN) no subprojeto de Pedagogia. O presente trabalho objetivou suscitar ainda mais o gosto das crianças pela literatura, aguçando essas ações através de jogos matemáticos que intercalam todo o imaginário proposto pela literatura infantil. Sabemos sobre a importância da leitura desde a mais tenra idade e de toda arte que esta proporciona como também, entende-se por necessário que as crianças tenham essa interdisciplinaridade entre os campos de conhecimentos. Tal proposta vem de encontro ao que explana Cláudia Inês (2012) no que se refere ao lúdico na aprendizagem e de jogos como subsídios para as atividades intelectuais indispensáveis para a aprendizagem das crianças. Ancorando-se em: BRENELLI (1996), RCNEI (1998), ZABALA (1998), entre outros, este trabalho foi estruturado. Alguns resultados obtidos é a percepção do crescimento da criança de forma integral no desenvolvimento do projeto, pois as mesmas já conseguem compreender a importância da leitura, bem como do. Desta forma, reconhecimento numérico e noções matemáticas basilares essa prática de ensino só propiciou cada vez mais um enxergar diferenciado sobre a docência e sua conjectura, possibilitando uma vivência e um compartilhamento sobre essa prática de ensino. Palavras chaves: ludicidade, criança e jogo.

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SUMÁRIO

1-INTRODUÇÃO ................................................................................................ 7

2- CENÁRIO DE ATUAÇÃO .......................................................................... 10

3- A PRÁTICA, PASSO A PASSO... .............................................................. 10

4- CONSTRUINDO UM GRÁFICO DE HISTÓRIAS: QUAL SERÁ A VENCEDORA? ................................................................................................. 15

5- O RATINHO, O MORANGO VERMELHO MADURO E O GRANDE URSO ESFOMEADO. ................................................................................................. 17

6- ATIVIDADE 1: JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO: QUANTOS OVINHOS DE OURO A GALINHA DO GIGANTE COLOCOU? VAMOS DESCOBRIR... ....... 21

7- ATIVIDADE 2: JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO: QUAL ALTURA O GIGANTE TEM? ................................................................................................................ 23

8- MAIS ATIVIDADES... ................................................................................. 27

8.1- GIZ NO CHÃO, BRINCADEIRA EM AÇÃO. ........................................... 27

8.2- OS DINOSSAUROS, DINOS.................................................................. 29

9- AVALIAÇÃO .............................................................................................. 31

10- APENAS O COMEÇO... ......................................................................... 33

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 35

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1- INTRODUÇÃO

A formação inicial de um profissional para docência faz parte de

qualquer processo de graduação, são os primeiros passos a serem dados para

o prosseguimento dessa carreira. E para que esta etapa seja estruturada

firmemente com valores qualitativamente postos, é necessário que esse

licenciando tenha a possibilidade de uma formação pairada em discursos

éticos, dialéticos, que incitem a investigação e proporcionem a ser um

profissional pesquisador. Para que perceba que não se deve findar a jornada

na primeira casa conquistada, a sua graduação, antes deve refletir e caminhar

para um estudo contínuo e formativo para a vida.

Esta visão de formação inicial está em sintonia com o que afirma

Gomes; Santos apud Imbernón (2006, p.66):

A formação inicial deve dotar de uma bagagem sólida nos âmbitos científico, cultural, contextual, psicopedagógico e pessoal que deve capacitar o futuro professor ou professora a assumir a tarefa educativa em toda sua complexidade, atuando reflexivamente com a flexibilidade e o rigor necessários, isto é, apoiando suas ações em uma fundamentação válida para evitar cair no paradoxo de ensinar a não ensinar.

Entende-se que é de fundamental importância a formação inicial bem

fundamentada, regada de princípios não meramente científicos e teóricos, mas

de visão prática e concreta a sua ordem de desenvolvimento.

Para se ter uma boa formação como professor , deve-se além dos

aportes teóricos ter conhecimentos práticos desse campo de atuação,

chamado escola. Desta forma uma boa iniciação na docência é de suma

importância para quem deseja ser educador.

Mediante isso, objetivando a demonstração da importância na formação

inicial de futuros docentes é que venho por meio deste relato de experiência,

expor minha prática enquanto bolsista do Programa Institucional de Bolsa a

Iniciação a Docência (PIBID), instituído pelo Ministério da Educação e

gerenciado pela CAPES. O programa está vinculado a UFRN, com o

subprojeto de Pedagogia.

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O referido programa tem como objetivo, proporcionar aos alunos de

licenciatura uma vivência do “chão” da escola, um entendimento muito maior do

que a pura teoria poderia proporcionar. Possibilitando com que o discente

tenha contato com a realidade da educação da rede pública de ensino.

O Programa contempla todas as áreas de ensino, Educação Infantil,

Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Possibilitando

para o discente contato com todas as experiências encontradas fora dos muros

da Universidade. Além desta primordial experiência, o discente pode, de fato,

“viver a docência”, pois o programa permite essa troca de vivência entre

professores que já estão no quadro educacional e Licenciando, estabelecendo

desta forma, uma troca de experiências para melhor fomentação da prática

docente.

No trabalho a seguir, irei demonstrar intervenções didáticas feitas no

Centro Municipal de Educação Infantil Professora Antônia Fernanda Jalles,

intervenções estas com cunho metodológico voltado para a literatura e a

matemática. Estruturei e organizei tais explanações em 5 vivências

metodológicas. Porém, vale apenas observar a concepção de ensino que está

sendo estruturada para essas crianças da pré-escola, agora não são mais

meros recipientes ou sujeitos alocados em espaços ociosos, são hoje sujeitos

ativo e agentes de seu percurso educacional.

A concepção de educação vem sendo construída à medida que a

concepção de criança foi se modificando historicamente. Por volta do século

XVIII, á função social da escola era extremamente de caráter assistencialista,

era de um espaço designado apenas para alocação de crianças, não existindo

cunho educacional nenhum. No entanto, a partir do momento em que a criança

passa a ser percebida como um sujeito ativo e detentor de voz na produção de

seu conhecimento e que possui “uma natureza singular, que as caracteriza

como seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio”

(BRASIL, 1998), “surge” a necessidade de repensar essa educação

promovendo situações que permitam o desenvolvimento integral da criança.

Nessa perspectiva, educar passa assumir outro aspecto e os Centros de

Educação Infantil passam a se prepararem para oferecer condições de

aprendizagem que possibilitem um desenvolvimento afetivo, cognitivo, físico e

social, aspectos que comtemplem a criança com um todo, para que assim

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possa atender essa realidade que se apresenta. Para crescer e aprender, a

criança precisa conhecer concretamente os conteúdos abordados com elas

através de experiências significativas.

A etapa da educação infantil é uma fase de descobertas, que

possibilitará passos mais firmes da criança no decorrer do processo e

desenvolvimento das etapas seguintes de aprendizagem. Sabendo disto, é de

suma importância que elas vivenciem experiências que possibilitem o aumento

de suas potencialidades de aprendizagens. Compreende-se que o ensino da

Matemática na Educação Infantil é de suma importância para as crianças, pois

os conceitos que serão construídos nessa fase de escolarização servirão como

base para construção de outros mais complexos em períodos posteriores.

Assim sendo, o objetivo deste trabalho é relatar algumas experiências

interventivas no Programa do PIBID, com o subprojeto de Pedagogia na

educação infantil atrelando conhecimentos basilares matemáticos a literatura

infantil.

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2- CENÁRIO DE ATUAÇÃO

Pretendo abordar nesse relato de experiência minha vivência como

bolsista do PIBID/CAPES, no subprojeto de Pedagogia, no Centro Municipal de

Educação Infantil Professora Antônia Fernanda Jalles, com a supervisão de

Carol Tavares da silva Monte, Danielle Christine de Andrade Queiroz cunha,

Joraida Freitas santos Felinto e Maria de Fatima Oliveira Araújo, como

supervisoras do projeto então desenvolvido com a turma de nível III, da

Educação Infantil, com crianças de 3 a 4 anos, com a colaboração de a

professora titular da sala de aula em questão. O centro Infantil está localizado

no Satélite, Natal/RN.

3- A PRÁTICA, PASSO A PASSO...

A partir das observações realizadas em sala de aula, a fim de

compreender como se estabelecia sua organização, foi consentido dois dias

para observação da turma ao qual ficaríamos todo o ano letivo. Com essa

observação pude perceber toda rotina da sala do nível III-A, com crianças entre

três a quatro anos, turma a qual fiquei todo o ano letivo de 2015 com o

desenvolvimento do projeto: Atrelando a Literatura a matemática, que tinha

como objetivo despertar o conhecimento basilar dos aspectos matemáticos

atrelando a uma forma lúdica e literária as crianças.

No período das observações, esses dois dias, pude perceber e está de

forma mais próxima das crianças nos momentos de brincadeiras e

conversações informais, delas com outras crianças. Pude de forma singela ir

analisando alguns conhecimentos basilares que elas já detinham acerca da

temática que vinha se apresentando no decorrer das atividades da docente

titular da sala de aula, tema esse que se configurava ainda mais forte a cada

intervenção didática feita pela docente, a matemática despertava a curiosidade

das crianças em descobrir e criar possibilidades, hipóteses acerca dos

problemas lançados a eles.

Ficou bastante visível em pequenos jogos que eles brincavam

aleatoriamente nas horas de lazer, observando um grupo de crianças

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brincando com um jogo geométrico de blocos, problematizei a eles sobre que

figuras geométricas eles estavam brincando, por conseguinte lancei o seguinte

desafio, temos na mesa vários bloquinhos, porém temos que separar eles por

formas, será que conseguimos? Todos agitados foram logo dizendo um sim

bem grande e pedindo para que a brincadeira começasse logo.

GRAVURA 1: Crianças empilhando blocos geométricos a partir de problematizações

acerca de: cores, formas e por fim, contagem da quantidade.

Fonte: Arquivo particular da autora (Março, 2015).

Percebeu-se, que as crianças no decorrer de cada problematização iam

se instigando muito mais e querendo terminar mais rápido cada

problematização que era lançada para elas. Esse simples jogo, que para

muitos pode ser considerado besteira, mas para um olhar atento pode ser

configurado muito rico, trabalhou com as crianças de forma basilar alguns

conhecimentos de raciocínio lógico e dedutivo, seriação, classificação de

formas, semelhanças e diferenças e percepção. E bem como explicita Bertoso

apud Piaget (1967): O jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou

brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico,

cognitivo, afetivo e moral.

Desta forma, entendendo que o jogo vai muito além da esfera do “passar

o tempo ocioso” é um elemento, uma ferramenta fortíssima para a construção e

assimilação do conhecimento. Possibilitando um enxergar ainda maior acerca

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de suas potencialidades frente aos conteúdos dispostos, para que assim se

possa fomentar uma de fato aprendizagem significativa para esse educando.

Quando se fala em aprendizagem significativa, deve se ter na mente que

está não acontece em caráter estático de aprendizagem, mas que se

desenvolve em movimento dinâmico, exigindo que ações de ensino se

direcionem para que esse “tecer” de fato se estruture.

Ainda em processo de observação com a referida turminha, pude

observar um grupinho brincando de jogo da memória, porém brincavam

lançando as cartinhas, desta forma, chamaram algumas crianças que queriam

brincar e lancei a seguinte questão: todas as cartas são iguais? Quantos pares

têm nesse jogo? Vamos jogar?

GRAVURA 2: Crianças utilizando o jogo da memória com o intuito de seriação de pares

e contagem.

Fonte: Arquivo particular da autora (Março, 2015).

A criança em questão que estava brincando era Maria Clara, quando foi

questionada sobre essas problematizações ela foi rapidamente juntando os

pares e falando que esse era igual aquele, que esse não era tão parecido,

então não poderia ser par desse. No final do jogo, ela arrumou as peças que

estavam sem par e as que estavam com pares. Pedi para que ela contasse

quantos fichedos tinham pares. Ela me respondeu que 5 estavam com pares e

4 se pares. Ela disse: “perdeu os outros tudinho tia, foi bem os meninos...”.

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A autora Brenelli apud Moura (1990) trás, explicando sobre os jogos que:

A perspectiva do jogo na educação matemática não significa ser a

“matemática transmitida de brincadeira”, mas a “brincadeira que evolui até o

conteúdo sistematizado”.

Entendesse desta forma que a grande questão da aprendizagem por

meios de jogos é justamente, esse enxergar sensível sobre o material,

vislumbrando todas as suas conjecturas que podem permitir ser acoplados

para esse processo de ensino e aprendizagem. Proporcionando ao alunado

uma inteira participação e envolvimento na prática em questão e entre os

sujeitos envolvidos.

Enxergando bem além do simples objeto concreto visível aos olhos, mas

permitindo um olhar mais sensível e profundo ao material então manipulado

pelas crianças, tecendo uma observação acerca de suas potencialidades

metodológicas.

Confesso que no começo das observações fiquei bem confusa para qual

rumo seguir para a formatação do projeto que chamasse a atenção das

crianças. Mas, nada que um conversa com a professora titular da sala de aula

não tenha sanado todas as dúvidas que por ventura surgiram em meio às

observações. Foi exposto a docente todas as indagações e por fim surgiu o

eixo que conduziria o projeto, tal eixo corresponde à matemática, por

conseguinte percebemos a possibilidade de atrela-la à literatura infantil como

fonte propulsora de maior enriquecimento no ensino aprendizagem das

crianças.

Projeto este que atrelou não somente a matemática como vimos

anteriormente, mas atrelou algumas historias que as crianças tanto gostavam.

Desta maneira, foi desenvolvido esse “atrelamento” por ser entendido que o

contato com os livros desde cedo é de suma importância para o melhor

desenvolvimento dessa criança, para um despertar sobre a leitura de mundo

mais a frente e esse ler não se restringindo apenas a questão literária, mas se

ampliando para a leitura dos números, formas, espaços, tempo e diversas

outras conjecturas que a matemática proporciona ao individuo.

Entendo que a escola é um espaço em que deve ser proporcionado esse

jogo de atrelamentos, pois bem sabemos que nenhum conhecimento se

configura dissociado em vida real, todos trabalham de formas indissociáveis e

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por ser fomentando assim, é que a escola assim como bem diz Fortuna (2012

p. 28) em seu livro Pedagogia do Brincar:

A escola é um lugar de brincar se o professor consegue conciliar o objetivo pedagógico com os desejos do aluno. Para isso é necessário encontrar o equilíbrio sempre móvel entre o cumprimento de suas funções pedagógicas- ensinar conteúdos e habilidades, ensinar a aprender- e psicológicas- contribuir para o desenvolvimento da subjetividade, para a construção do ser humano autônomo e criativo [...].

Desta forma, assim como ficou evidente na citação, uma escola que

permite o pleno exercício de aulas lúdicas é aquela que não coloca conteúdo

em detrimento de brincadeira, percebe que ambos não estão indissociadas,

mas que ambos trabalham juntos e que podem propor avanços bem mais

significativos se forem postos juntos.

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4- CONSTRUINDO UM GRÁFICO DE HISTÓRIAS: QUAL

SERÁ A VENCEDORA?

Acabando os dois dias de observações coma turma, foi feita a primeira

intervenção com cunho diagnóstico para saber por qual historia seria

começado os trabalhos.

Sendo assim, seguimos a rotina diária já bem conhecida pelas crianças,

fazendo o acolhimento de entrada, em seguida encaminhando-as ao desjejum

e depois a rodinha. Neste momento da rodinha, foi desenvolvido uma atividade

de investigação acerca de quais historinhas as crianças mais gostavam, depois

de vários nomes, percebemos que 3 delas mais se destacavam, são elas: “O

Ratinho”, “ Chapeuzinho Vermelho” e “João e Maria”.

Gravura 3: Crianças contando quantos quadrados tinham em cada coluna, para descobrir qual

coluna era a maior e menor do gráfico.

Fonte: Arquivo particular da autora (Março, 2015).

Possibilitamos uma votação no quadro branco com as crianças para

saber qual historinha elas preferiam mais, a vencedora foi a historinha do

“Ratinho” com 9 votos.

Em seguida, confeccionamos um gráfico com essas respostas das

crianças, trabalhando: quantidade, cores, maior e menor. A partir dos votos

confeccionados por quadradinhos de papeis e colocado por eles no cartaz,

formando aos poucos um grande gráfico das respectivas opiniões e gosto das

crianças a respeito das historias já bem trabalhada com eles. Após isso, foi

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chamada a turma para frente e foi pedido para que observasse a contagem de

cada papelzinho, desenvolvendo desta forma a quantificação e deixando clara

a correspondência de que cada papel se convertia a um voto feito por eles.

Por conseguinte, exploramos com as crianças a questão das cores e

qual coluna se configurava maior ou menor, como também, o porquê dessa

discrepância. Elas iam se indagando e visualizando as colunas, iam

construindo, concatenando as ideias previas a respeito das problemáticas

lançadas por mim e a professora e por fim verbalizavam as suas opiniões, suas

hipóteses que por muitas vezes eram bem confusas, mas como bem diz

Navarro (2009) apud Vygotsky, quando se fomenta sobre a Zona

Desenvolvimento Proximal, essas ideias confusas ou “meio que bagunçadas”

são indícios de equilíbrios futuros, de melhor desenvolvimento cognitivo e de

potencialidades que devem ser auxiliadas para que mais tarde possa florescer

mais forte.

Mediante isso, as crianças necessitam de auxilio para essa construção,

para mais tarde essas “muletas” não mais existam com tanta frequência. Desta

forma é notório a importância de um professor nessa base dando suporte para

que essas crianças possam dá esses saltos qualitativos na aprendizagem e

não simplesmente quantitativos de conteúdos disposto a elas.

Em meio a todas as intervenções necessárias para a construção do

gráfico e indagação das crianças, perguntamos a elas, autores do trabalho, se

poderíamos expor suas produções no pátio da escola para que todos

pudessem comtemplar o que haviam feito. Elas ficaram bastante animadas e

concordaram sem pensar muito, deram um grito animado que nos alegrou por

ter sentido que não somente “cumprimos” uma tarefa, mas que fizemos um

trabalho conjunto e prazeroso com os protagonistas daquele plano fomentando

anteriormente e desenvolvido.

Podemos perceber que, como explica Fonseca e Megid apud Lorenzato

(2002, p. 94):

A correspondência é um processo mental fundamental para a construção dos conceitos de número e das quatro operações, Grande parte das dificuldades que as crianças apresentam, na aprendizagem inicial da aritmética deve-se ao fato de elas não terem compreendido o processo de correspondência em toda sua abrangência.

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E tal abrangência se estende ao “como estou fazendo”, pois a

construção mental do conceito numérico e matemático vai muito além do que

simplesmente propor atividades com o eixo correspondendo a essa temática,

antes deve se pensar no sujeito, esse o mais importante, que está por trás de

seu planejamento. Deve-se pensar no como vou colocar tal atividade para que

possa despertar nessa criança as suas melhores potencialidades a respeito

desse conteúdo, porém abarcando para essa construção uma forma prazerosa,

afetiva e lúdica, pois sem esses pilares nenhum método de ensino se estrutura

e dará reposta positiva ao seu alunado.

Elas devem ser trabalhadas tendo em vista esses conceitos, uma vez

que vivem nesse universo e desde muito cedo são postas a essas

aprendizagens e por conseguintes vão configurando e “tecendo” novos e mais

complexos caminhos. Tendo como referência essa base construída desde na

mais tenra idade, cria competências e habilidades embutidas no seu

pensamento logico-matemático.

Por fim, com tal atividade explanada anteriormente sobre o gráfico de

historias, foi possível perceber que de forma basilar as crianças vão

entendendo essa correspondência, no que tange a avaliação e observação do

gráfico. Podemos entender que essa atividade teve enorme significado para

aprendizagem de conceitos basilares matemáticos, que as crianças já

possuíam.

5- O RATINHO, O MORANGO VERMELHO MADURO E O

GRANDE URSO ESFOMEADO.

A história: “O ratinho, o morango vermelho maduro e o grande urso

esfomeado”, de Don e Audrey Wood, ilustrada por Don Wood (2012). Vem

retratando a saga de um ratinho que tenta de todas as formas esconder o seu

grande morango de um possível urso esfomeado que estava passando pela

floresta

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GRAVURA 4: Aluno vendado para identificação dos materiais da história, seriação e

classificação dos mesmos.

Fonte: Arquivo particular da autora (Abril, 2015).

O ratinho se disfarça com o morango, cobre-o com um lençol, faz escolta

e enterra. Porém no fim, tem uma grande ideia, corta o morango em duas

partes e divide com o narrador, por conseguinte come a outra parte. Desta

forma o grande urso esfomeado nunca pegará esse morango.

Chegando à turma, reunimos as crianças em um grande círculo em que

no centro dele existia uma caixa amarela, as crianças ficaram bastante

curiosas para descobrir o que havia nessa caixa. Conversamos que o momento

da história seria feito de uma forma bem diferente. Eles teriam que descobrir

que história seria a partir dos elementos que iam retirando da caixa. Desta

forma íamos incitando ainda mais a curiosidade dos mesmos e proporcionando

uma quebra de leitura enfadonha, (re) inventando o momento de deleite da

contação.

Desta forma, intitulamos a essa caixa o nome de “caixa de sensações”

com diversos elementos da historinha dentro da caixa, exemplo: chave,

cadeado, colher, morango, ratinho e óculos. Utilizamos também uma figura de

um morango grande, dividido ao meio, justamente para trabalharmos a questão

do entender o que é “metade”. Vendamos as crianças e umas por vez

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puderam participar e colaborar com a construção de qual historinha seria

contada naquela manhã.

As crianças antes mesmo da retirada dos objetos da caixa iam

construindo hipóteses sobre quais elementos seriam e a validação ou não do

pensamento que antes tinham sobre o que poderia compor a caixa, incitava-as

a querem descobrir e brincar muito mais, desta maneira foi desenvolvido com

todas as crianças essa descoberta dos elementos que comporia a historia que

seria trabalhada com eles.

Quando chegou ao grande morango, ele ainda estava inteiro, foi

perguntado à turma os seus conhecimentos prévios sobre o que seria o termo

inteiro, para melhor facilitar a compreensão dessa terminologia, pegamos o

“grande morango maduro” e perguntamos o que aconteceu com o morango do

ratinho quando ele dividiu, eles afirmaram que o ratinho ficou com dois pedaços

do morango, colocando essa fala, entrelaçamos com o eixo da quantificação do

termo metade e inteiro, perguntando qual número corresponderia a cada

terminologia. Eles responderam e fizeram a escrita do numeral no quadro de

cada problemática.

Assim como bem fomenta Silva (2012, p. 39) com o seu artigo sobre a

Literatura infantil e a formação de conceitos matemáticos em crianças

pequenas:

Dessa forma, mais precisamente na função pedagógica, o ensino de Matemática associado à Literatura Infantil, possibilita ao professor criar, em sua prática, situações na sala de aula que encorajem os alunos a compreenderem o que estão estudando, familiarizando-os com a linguagem matemática contida nos textos de literatura infantil, possibilitando ao aluno a capacidade de estabelecer relações cognitivas entre a linguagem materna, conceitos da vida real e a linguagem da matemática formal.

O atrelamento da matemática com a literatura infantil possibilita essa

mudança de fontes didáticas, propiciando ao educando uma melhor aquisição

de conhecimentos desta área matemática. Pois, a literatura infantil explorada

metodologicamente neste campo de resoluções de problemas, é uma

ferramenta riquíssima. Entendendo que os livros infantis estimulam a

capacidade dos sujeitos em interpretar situações diversas, na criatividade, no

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dialogo, na criticidade e na própria percepção do seu espaço e de suas

possibilidades. Essa conjectura de atrelar a literatura infantil a conceitos

matemáticos propicia um momento de multiplicidade de significações, como

bem explicita Smole (1996, p.74):

Essa conexão da matemática com a literatura infantil propicia um momento para aprender novos conceitos ou utilizar os já aprendidos. Mais que isso, apresenta um contexto que, por trazer uma multiplicidade de significações, evidencia a leitura e o conhecimento de mundo de cada leitor, suas experiências, suas perspectivas, suas preferências pessoais e sua capacidade de articular informações presentes no texto, com outros não presentes.

Desta forma, oportuniza aos educandos habilidades tanto de incentivo a

leitura como ao trabalho entrelaçado da matemática, enriquecendo ainda mais

o leque de possibilidades de significações na aprendizagem.

O foco desta aula foi amparado justamente nessa percepção de sentindo

e compreensão do termo metade, logo que as crianças retiravam os elementos

da caixa auxiliávamos na fixação dos menos no quadro e pedimos para que as

crianças nos auxiliassem para a escrita de cada um dos objetos retirados,

assim, uma atividade de seriação e classificação dos objetos, e como também

de sensações de texturas.

Fizemos essa atividade como uma forma de chamar ainda mais a

atenção das crianças em uma pré-leitura da história. Foram perguntadas as

crianças que historinha continha todos esses elementos, foram levantadas

várias hipóteses para confirmação ou não e depois dessa etapa, fizemos a

leitura da historia do ratinho e por fim todos fizeram a representação do

personagem que mais gostaram em uma folha de ofício.

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6- ATIVIDADE 1: JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO: QUANTOS

OVINHOS DE OURO A GALINHA DO GIGANTE

COLOCOU? VAMOS DESCOBRIR...

GRAVURA 5: Jogo da galinha dos vos de ouro, a criança jogou o dado, identificou o numeral e

pegou a quantidade dos ovos que corresponderia ao o número identificado.

Fonte: Arquivo particular da autora (Abril, 2015).

Com a leitura da história de João e o pé de feijão, que se remete a um

pequeno garoto que vivia com sua mãe em uma pequena e humilde casinha no

campo, em que seus únicos bens era uma vaquinha magrinha e algumas

meda.

Certa vez, a mãe de João pediu para que seu filho fosse trocar a

vaquinha por alguns alimentos e chegando na cidadezinha, João encontra um

homem que az a seguinte troca:

-Homem: troco meus feijões mágicos por sua vaca.

João deslumbrado com a possibilidade de ter em suas mãos feijões

mágicos decidiu trocar e aceitar o acordo.

-João: Aceito sua oferta.

O pequeno garoto chega a casa e mostra a sua mãe, porém ela fica

furiosa e joga os feijões pela janela.

Logo a noitinha, o menino vê um grande pé de feijão e resolve subir, chegando

no alto, vê uma castelo e entra para conhecer. Percebe que esse castelo é de

um gigante e que ele tem uma galinha que coloca ovos de ouro.

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O garoto então resolve pegar a galinha do gigante e saí correndo para

descer do pé de feijão, porém o que ele não sabia era que o gigante acordaria

e correria atrás dele. João chegando a sua casa trata logo de corta o pé de

feijão e assim impede que o gigante recupere a galinha dos ovos de ouro.

Desta forma, João consegue ajudar a sua mãe e todos vivem felizes para

sempre.

A história foi contada com a utilização de fantoches para melhor ludicitar

a narrativa disposta para eles. Foi confeccionado um painel com vários

numerais. Pegamos da historia o elemento da galinha que colocava os ovos de

ouro já então citados, como atividade os alunos deveriam jogar o dado e

identificar o numeral que caía, por conseguinte pegar a quantidade ovos de

ouro correspondente ao numeral e colocar no mural móvel, observando a

quantificação de ovos e seu ordenamento.

O RCNEI (1998, p. 213), em seu eixo sobre a matemática com as

crianças de 0 á 3 anos vem trazendo aspectos que devem ser postos em nosso

leque de concatenação de intervenções didáticas pedagógicas. Vejamos:

Diversas ações intervêm na construção dos conhecimentos matemáticos, como

recitara seu modo à sequência numérica, fazer comparações entre quantidades

e entre notações numéricas [...].

Em detrimento a idade das crianças analisada que correspondem a 3

anos, podemos destacar que correspondências simples, porém trabalhadas

qualitativamente, inferem a um desenvolvimento maior nas potencialidades que

se apresentam e que irão ser construídas no decorrer do trabalho pedagógico.

Desta forma, trabalhamos com a literatura conteúdos matemáticos de:

quantificação, sequência de números (0, 1, 2, 3, 4, 5 e 6) e identificação dos

mesmos. O Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (1998, p. 222)

em seu volume 3 a respeito da leitura dos numerais:

Ler os números, compará-los e ordená-los são procedimentos indispensáveis para a compreensão do significado da notação numérica. Ao se deparar com números em diferentes contextos, a criança é desafiada a aprender, a desenvolver o seu próprio pensamento e a produzir conhecimentos a respeito.

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Tais explorações são de suma importância para a compreensão e

assimilação das notações numéricas, pois é a partir dessas estratégias

diversificada que se orquestrará melhor a assimilação do conteúdo então

disposto.

7- ATIVIDADE 2: JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO: QUAL ALTURA O

GIGANTE TEM?

GRAVURA 6: Crianças comparando a altura do gigante e levando o gigante para a

diretora visualizar o trabalho.

Fonte: Arquivo particular da autora (Maio, 2015).

Intitulamos essa intervenção como: A descoberta da medição do

gigante. Nesta intervenção, fomentamos acerca da história do João e o pé de

feijão e focamos no gigante que no castelo vivia. Chamamos o Senhor Gilberto,

vigia da escola, para chegar à sala de aula e encarar como se ele fosse o

próprio gigante da historinha. Assim que o Gilberto entrou na sala de aula

encenando ser o gigante, as crianças ficaram extremamente alegres, eufóricas

e adoraram a brincadeira introdutória do nosso trabalho a ser desenvolvido.

Logo depois da encenação, o bolsista Allysonn se deitou em algumas folhas de

papel madeira e foi solicitado para as crianças que elas desenhassem o

contorno do corpo dele, pois construiríamos o nosso gigante, o gigante da sala

de aula.

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Gravura 7: Jonathan indagando que o gigante é muito alto, mais alto que ele.

Fonte: Arquivo particular da autora (Maio, 2015).

Depois que as crianças contornaram o bolsista Allysonn, levantamos o

cartaz e pedimos que as crianças observassem o desenho e foram incitadas as

seguintes perguntas: será que ele é grande? Quanto será que ele tem de

altura? Logo depois as crianças discorreram sobre suas hipóteses de quão alto

era o gigante, que ele era tão grande que batia no céu. Em um segundo

momento, possibilitamos uma medição do gigante com material não

convencional, utilizamos lã, por conseguinte pegamos o comprimento que deu

e comparamos com as crianças, perguntando quem era maior, menor e como

poderíamos aferir nossa grande dúvida, como saber a altura do gigante.

Então, depois de muita conversa trouxemos uma trena e perguntamos

para as crianças que instrumento era aquele, elas não reconheciam a primeiro

momento, porém depois de um tempo uma criança conseguiu identificar e

gritar: “é um negócio que mede coisas”, Assim bem disse a criança, e falamos

para todos depois o nome do instrumento que fez a medição da altura. Essa é

a trena, e como bem falou o nosso amigo, ela serve para medir as coisas.

Desta forma em outro momento, medimos o gigante com a trena e

comparamos com a altura de uma criança da turma, registramos no quadro o

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numeral que se deu em cada medição e perguntamos: qual o maior? Por

conseguinte deixamos que as crianças explorassem o gigante da sala, um

grupo levou o gigante para mostrar a diretora, eles estavam extasiado com

aquele boneco tão grande que haviam construído. As crianças adoraram a

atividade, foi bem divertida e prazerosa.

Em detrimento a essa perspectiva de medição de grandezas com a

utilização de materiais não convencionais e convencionais, assim como foi

trabalhado com o fio de lã e a trena, Pires (2008) em seu artigo na revista Nova

Escola, fomentou sobre como medir tudo o que há. Sendo indagada sobre a

importância das práticas serem desenvolvidas com as crianças, explica em sua

resposta os motivos:

Usando unidades informais, os estudantes perceberão que medir é comparar grandezas. Porém, com atividades bem elaboradas, eles notarão também que o uso social exige que haja uma padronização. É também uma possibilidade de identificar as propriedades de objetos que possam ser medidos, escolher instrumentos e unidades e estabelecer comparações entre elas.

Entendesse desta maneira que é de suma importância desenvolver

trabalhos com as crianças sobre as grandezas e medidas, porém não somente

dispor um conteúdo à frente para eles, mas propor situações diferenciadas,

com materiais não convencionais, despertando o senso critico e reflexivo sobre

as diversas hipóteses que se amparam em seu campo imagético.

No RCNEI (1998, p. 226), existe um bloco que se fala sobre o trabalho

com esse conteúdo de grandezas e medidas e sobre essa pratica ele fomenta:

As medidas estão presentes em grande parte das atividades cotidianas e as crianças, desde muito cedo, têm contato com certos aspectos das medidas. O fato de que as coisas têm tamanhos, pesos, volumes, temperatura diferente e que tais diferenças frequentemente são assinaladas pelos outros (está longe, está perto, é mais baixo, é mais alto, mais velho, mais novo, pesa meio quilo, mede dois metros, a velocidade é de oitenta quilômetros por hora etc.) permite que as crianças informalmente estabeleçam esse contato, fazendo comparações de tamanhos, estabelecendo relações, construindo algumas representações nesse campo, atribuindo significado e fazendo uso das expressões que costumam ouvir. Esses conhecimentos e experiências adquiridos no âmbito da convivência social favorecem à proposição de situações que despertem a curiosidade e interesse das crianças para continuar conhecendo sobre as medidas.

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Desta forma, o docente deve desenvolver essas práticas para que

possibilite ao seu educando mais essa vivência do seu real, para ampliar,

aprofundar e construir novos conhecimentos, pois estas atividades são

situações que desde muito cedo as crianças vivenciam em seu dia a dia, porém

passam por elas com pouca importância de entender. O desenvolvimento

destas capacidades só contribuirá ainda mais para o desenvolvimento desses

educando.

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8- MAIS ATIVIDADES...

8.1- GIZ NO CHÃO, BRINCADEIRA EM AÇÃO.

Em todos os nossos momentos de rodinha com as crianças utilizamos

de jogos matemáticos para melhor desenvolvimento e assimilação dessa

prática. Fazemos joguinhos com tampas de garrafas e giz.

Gravura 8: Aluno respondendo ao professor a qual circulo correspondia maior número

de objetos.

Fonte: Arquivo particular da autora (Junho, 2015).

Desenhamos no chão da sala dois grandes círculos e colocamos

diferentes as quantidades de tampas dentro deles. Pedimos para que as

crianças observassem e falassem em qual dos círculos tinha maior número de

peças de madeira e quantos cada um detinha. Algumas crianças ainda não

conseguiam se expressar muito bem quando mediante a problemática, porém

elas foram auxiliadas pelos próprios alunos que já estavam bem avançados e

que poderiam dar esse suporte para eles.

Essa brincadeira foi interessante, pois teve a possibilidade de trabalho

com soma, quando percebemos que as crianças já tinham entendido a

mecânica da brincadeira no chão, resolvemos mudar e propor novos desafios

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para os pequenos. Na mesma base de circulo e com objetos de madeira

iriamos trocando e aumentando a dificuldade do jogo da seguinte forma.

Colocávamos alguns objetos e trabalhávamos também a questão do

próprio lógico matemático, no que se tange a falar quando pedíamos as

crianças para observarem em os dois círculos e identificarem se ambos estão

iguais, e se não estiverem como faríamos para que isso fosse corrigido. E

assim eles faziam, em algumas vezes deixávamos de propósito em um dos

círculos duas peças de madeira a mais do que estava no circulo anterior e

como eles identificavam, perguntávamos como poderíamos solucionar.

Tínhamos algumas crianças que já de automático respondiam que era só

colocar duas peças, porém existiam crianças que precisavam de um tempo

bem maior para poder entender essa inferência.

E nesta simples atividade, trabalhamos desde seriação, quantificação,

dedução, como chegamos a trabalhar também sequencias lógicas de

organização e de forma basilar somas. As crianças adoraram esses jogos, pois

as desafiavam sempre ao novo, o interessante foi à percepção delas em

decorrência dos desafios que sempre íamos aumentando, conforme elas já não

sentiam mais interesse em determinada sequência mudávamos e construímos

com esses mesmo materiais outra perspectiva de jogo.

Nesta perspectiva Alves e Bianchin (2010, p.289) trazem um

pensamento bastante importante, ao que se entende sobre o jogo e sua função

impulsionadora no ensino aprendizagem desses educandos, destacando que:

Isso acontece porque a criança, em início de desenvolvimento, vive em um meio ambiente em constante mudança e com uma imensa quantidade de objetos que ela não conhece e domina. É nesse contexto que o jogo ganha um espaço como ferramenta ideal da aprendizagem, na medida em que propõe estímulo ao interesse do aluno. O jogo ajuda-o a construir suas novas descobertas, desenvolve e enriquece sua personalidade e simboliza um instrumento pedagógico que leva o professor à condição de condutor, estimulador e avaliador da aprendizagem.

Sendo assim, entende-se o jogo como um propulsor das potencialidades

e capacidades dos educandos, ferramenta esta que deve está impreterivelmente na prática pedagógica.

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8.2- OS DINOSSAUROS, DINOS.

Em outro momento de intervenção, explanamos sobre os dinossauros,

contamos com as crianças uma historinha sobre os dinos. Para a rodinha

nesse dia, trouxemos vários dinossauros com texturas diferentes e foi passado

para que cada um pudesse sentir as texturas e estrutura dos dinossauros.

Deixamos as crianças explorarem o material e falarem os seus

conhecimentos prévios acerca do mundo dos dinossauros. Falamos sobre

alguns dinossauros nesse dia na rodinha e explanamos acerca de algumas

duvidas que as crianças tenham sobre o mundo dos Dinos. Depois, cada um foi

construir seus próprios dinossauros e saíram uns mais lindos do que os outros.

GRAVURA 9: Contagem dos alimentos que o “Dino” tinha comido e representação

espontânea na mão da quantidade.

Fonte: Arquivo particular da autora (Junho, 2015).

Construímos com as crianças dois dinossauros iguais e colamos no

quadro, a turma deu o nome dos dinos, eles se chamam: João e Júnior e foram

junto conosco construindo uma historinha e atrelando a matemática, no qual

teríamos que descobrir as diferenças e semelhanças de João para júnior,

conforme íamos dando de comer a eles, a comida neste caso seria as

tampinhas de garrafas. Em outro momento descobrimos o total que os dois

comeram e representamos o numeral com a mão. E assim foram

desenvolvidas intervenções que possibilitaram o reconhecimento numérico, e

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proporcionaram o raciocínio lógico matemático das crianças em decorrência

dos problemas que eram postos no discorrer da contação da história.

Em outro dia, conversamos com as crianças sobre o habitat dos

dinossauros e como eles viviam, passamos um filme intitulado como, de

criança para criança, no qual eram construídos por desenhos de crianças

retratando o habitat, os dinossauros e sendo contato pela voz de uma criança a

historinha do nascimento de um dinossauro.

Em outro momento, construímos com as crianças uma maquete com um

vulcão feito pelas crianças e com desenhos ao seu redor retratando a

vegetação e alimentação dos dinossauros no tempo passado.

Ao final de nossas intervenções propusemos uma culminância com a

exposição dos materiais feitos durante o ano com as crianças, a qual foi aberta

para a visitação de toda a comunidade escolar.

Todas as nossas intervenções foram pautadas em princípios totalmente

construtivistas em que sempre tínhamos cuidado em ouvir e construir com as

crianças novos conhecimentos. Entendemos que a Educação Infantil tem que

ser regada de ludicidade e de uma diversidade de formas concretas para o

estabelecimento significativo da aprendizagem. Possibilitando a elas, esse

direito de ser agente de seu processo e desenvolvimento de ensino e

aprendizagem. Entendendo que a sala de aula deve ser um ambiente antes de

tudo estimulador e propulsor desse desenvolvimento integral da criança.

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9- AVALIAÇÃO

Quando se pensa em avaliação se tem na ideia aquele velho

pensamento de que o único alvo da avaliação são os alunos, até um tempo

atrás até poderia se delimitar a forma de avaliar com essa finalidade, porém

hoje o leque acerca dessa perspectiva é tecido bem mais amplamente.

Vários estudos foram feitos sobre essa conjectura avaliativa, com o

passar do tempo e de imersões reflexivas foi percebido que a avaliação não se

limita apenas aos resultados obtidos pelo aluno, mas ela tem sua extensão

também para o docente, pais e a comunidade escolar como um todo.

Entendo desta forma que, o campo avaliativo é muito maior do que antes

se enxergava. Os progressos coletivos e individuais também competem a

resultados de ordem avaliativa.

Deste modo, é possível encontrar definições de avaliação bastante diferentes e, em muitos casos, bastante ambíguas, cujos sujeitos e objetos de estudo aparecem de maneira confusa e indeterminadas. Em alguns casos o sujeito da avaliação é o aluno, em outros é o grupo/classe, ou inclusive o professor ou professora, ou a equipe docente. Quanto ao objeto da avaliação, às vezes é o processo de aprendizagem seguido pelo aluno ou os resultados obtidos, enquanto que outras vezes se desloca para a própria intervenção do professor. (ZABALA, 1998, p.195)

Nossa tradição avaliadora tem restringindo exclusivamente nos

resultados alcançados pelos alunos, esquecendo-se totalmente de todo o

trajeto e percurso avaliativo.

O processo e desenvolvimento do ensino/aprendizagem e competências

será melhormente alcançado na observação sistemática de cada sujeito em

realização de suas atividades e tarefas. Entendo desta forma, que cada sujeito

na sala de aula é um ser com suas potencialidades subjetivas, sendo assim

compete ao docente um olhar mais sensível em meio a essa imensidão de

subjetividade e competências de cada indivíduo esperando ser aflorados. Vale

observar que assim como bem disse Zabala (1998, p.197), o objetivo do ensino

não centra sua atenção em certos parâmetros finalistas para todos, mas nas

possibilidades pessoais de cada um dos alunos.

Entende-se desta forma que o objetivo fundamental da avaliação é

conhecer para ajudar. Conhecer os processos que competem ao

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desenvolvimento do aprendizado de cada indivíduo é de suma importância

para essa conjectura avaliativa. Sabendo que:

Temos que avaliar os processos que cada aluno segue, a fim de obter o máximo rendimento de suas possibilidades. Assim, ao longo da escolarização lhe proporcionaremos as informações que, sem negar sua situação quanto a certos objetivos gerais, o ajudem a progredir. (ZABALA, 1998, p.195)

É possibilitar cada vez mais nas intervenções trabalhos voltado para as

potencialidades de cada educando, pois somente assim é estruturado um

trabalho com significado para esses sujeitos ativos e ator de seu percurso

educacional.

Desta forma, todas as intervenções foram inteiramente voltadas em

cunhos avaliativos em ordem processual e continuo no ensino e aprendizagem

das referidas crianças, pois bem sabemos que a realidade educacional da

educação infantil é totalmente diferente e desta forma, a forma avaliativa

também deve seguir por esse caminho. Avaliar nessa etapa compete que o

profissional seja sensível ao ponto de enxergar a partir de gestos, brincadeiras

e conversas informais como esse aluno aprende e o que motiva ele a essa

aprendizagem.

Em nossas intervenções o momento da avaliação era no decorrer da

atividade e dos questionamentos que se configuravam no desenrolar da aula.

Avaliávamos não somente a questão da compreensão do conteúdo, mas

também o todo da criança, sua postura, seus anseios para com o assunto e

seu envolvimento nas atividades. Ficava-se atento a cada questionamento e

concatenação de ideias que se estabeleciam nas crianças mediante a

apresentação de cada assunto novo.

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10- APENAS O COMEÇO...

No decorrer do desenvolvimento deste trabalho pude compreender mais

detalhadamente o processo de profissionalização docente ocorrido no decorrer

de minha formação inicial. Bem sabemos que a formação inicial é a primeira

etapa do processo de profissionalização da classe dos professores, é neste

momento que devem ser adquiridos conhecimentos de cunhos teóricos e

práticos, adotando uma abordagem reflexiva a cerca da realidade educacional.

A formação no curso de Pedagogia contribui para que esse graduando

tenha em todo o seu processo uma base triangular entre teoria e prática,

ambas devem ser postas de forma indissociáveis. Já o PIBID/Pedagogia, tem

sua objetividade na tarefa de aproximar ainda mais o educando com a

realidade da educação básica, subsidiando sua formação com realidades e

vivências concretas para o seu currículo pessoal enquanto futuro docente.

O Programa PIBID propicia uma oportunidade única de se inventar, criar

estratégias, metodologias, técnicas e práticas docentes inovadoras e

interdisciplinares no contexto educacional buscando sempre a superação de

possíveis problemas identificados no desenvolvimento do ensino e

aprendizagem dos alunados.

Desenvolvi este trabalho objetivando possibilitar um maior

reconhecimento das noções matemáticas basilares para as crianças do nível 3

da Educação Infantil, desenvolvendo um trabalho atrelado ao gosto pela

literatura infantil e subsidiado pelas noções matemáticas. Os resultados das

ações desenvolvidas foram surpreendentes, visto que, percebe-se o

crescimento das crianças de forma integral. As mesmas já conseguem

compreender a importância e funcionalidade da leitura, bem como do

reconhecimento numérico e noções matemáticas basilares, alto/ baixo,

grande/pequeno, quantificação, sequência numérica, questões de espaço e

formas, semelhanças e diferenças entre outros conhecimentos do campo da

matemática. Fazendo também, correlações matemáticas basilares de forma

autônoma.

Para mim enquanto bolsista desse Programa de Iniciação a Docência, o

PIBID me possibilitou um maior “amadurecimento” enquanto licenciando para

com a profissão docente na realidade escolar. Preparando-me para o meu

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futuro campo de atuação, estabelecendo desta forma uma formação docente

que deve ser equiparada a um circulo sem fim e sem começo, no qual o

docente deve assumir esse compromisso de sempre está em busca de

informações e conhecimentos novos, estabelecendo assim uma educação

continua.

Sendo assim, com a realização deste trabalho, pude vislumbrar mesmo

que basilarmente do fazer profissional do pedagogo, de alguns princípios

metodológicos, dos quais o professor enquanto mediador recorre para atender

às necessidades dos seus educandos, bem como, contribuir com o processo

de formação acadêmica, estando em contato e se fundamentando através de

diretrizes que norteiam a prática pedagógica. Nesse sentido, todo o percurso

de elaboração e execução deste projeto me proporcionou uma visão

diferenciada frente aos processos que norteiam a prática docente. Nessa

perspectiva, refletir sobre o que avaliar no momento de planejar, considerando

o que o aluno aprende e como aprende, levando em consideração o ritmo de

cada educando na fomentação do desenvolvimento do ensino e aprendizagem.

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REFERÊNCIAS

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SMOLE. Kátia C.S. A Matemática na Educação Infantil: A Teoria das Inteligências Múltiplas na Prática Escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. ZABALA. Antoni. A prática educativa: com o ensinar / Antoni Zabala ; trad. Ernani F. da F. Rosa - Porto Alegre : ArtMed , 1998.