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Atualização da Política Nacional de
Alimentação e Nutrição (PNAN)
Cenário Epidemiológico da Nutrição no Brasil
A transição nutricional no Brasil
Inquéritos nacionais: décadas 70, 80, 90 e nos anos mais
recentes.
↓ DESNUTRIÇÃO
↑ EXCESSO DE PESO
13,4
7,3
2,5
6,87,4
1,6
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Déficit de altura para a idade
Excesso de peso Déficit de peso para a idade
1996
2006
Estado Nutricional de crianças brasileiras menores de cinco anos– Evolução PNDS 1996, 2006
Aumento da obesidade e do excesso de peso
Crianças de 5 a 9 anos
Adultos
Adolescentes
47,2
38,542,7
11,4 11,4 11,4
52,1
44,348,1
14,4 15,5 15
masculino feminino total masculino feminino total
excesso de peso obesidade
2006 2007 2008 2009 2010
Evolução da prevalência de adultos (18 ou mais anos de idade)com excesso de peso e obesidade, Vigitel 2006 a 2010.
Excesso de peso: aumento populacional médio de 1,08% ao anoObesidade: aumento populacional médio de 0,72% ao ano
Prevalências de excesso de peso e obesidade em beneficiários do Programa Bolsa Família (Brasil - Sisvan, 2010)
16,218,1
23,5
27,2
17,3
45,0
8,19,5 9,9
13,0
4,0
15,7
Meninas Meninos Meninas Meninos Feminino Feminino
Menores de 5 anos 5 a 9 anos Adolescentes Adultos
Excesso de peso Obesidade
Carências nutricionais
I
Tendências de consumo alimentar: redução no consumo de alimentos básicos e maior participação de alimentos ultra processados.
Participação relativa de alimentos e grupos de alimentos no total de calorias da aquisição alimentar domiciliar. POF 2002-3 e 2008-9
POF 2008-09 – consumo alimentar individual:
- Consumo excessivo de gorduras saturadas, sódio e açúcar (em grande parte de
alimentos processados): reforço à pauta de reformulação de alimentos com o setorprodutivo.
- O consumo alimentar no Brasil combina uma dieta tradicional brasileira a base de arroz e feijão com um grande número de alimentos com baixo teor de nutrientes e alto teor calórico (processados) e ricos em sódio.
- Inadequação no consumo de micronutrientes: reversível mediante o aumento noconsumo de alimentos básicos, produzidos localmente.
- A população de mais baixa renda e rural consomem mais os itens alimentaresconsiderados saudáveis como feijão, preparações a base de feijão, milho e preparações abase de milho, a exceção dos leites e derivados e frutas e hortaliças – na medida queaumenta a renda o padrão de alimentação se desloca para os processados.
Desafio: manutenção da dieta tradicional e deter/ diminuir o consumo de alimentos processados (deslocando o consumo para os grãos integrais, frutas e
hortaliças, oleaginosas e pescados)
Baixa prevalência de aleitamento materno
Interpretação dos indicadores de aleitamento materno segundo parâmetros da OMS, 2008
INDICADORES CONDIÇÃO PARÂMETROS
Amamentadas na primeira hora de
vidaBOA 50-89%
Aleitamento Materno Exclusivo até os seis meses
RUIM 12-49%
Duração do aleitamento
maternoMUITO RUIM 0 – 17 MESES
FONTE: II PESQUISA DE PREVALÊNCIA DO ALEITAENTO MATERNO, 2008
Amamunic: A mediana de AME no Brasil é de 54 dias e a mediana do
aleitamento materno total, que deveria ser de 24 meses, foi 11,2. Atualmente a
prevalência de AME em menores de 6 meses é de 41% .
Práticas alimentares de crianças menores de 2 anos de idadeFonte: Sisvan Web (2010)
69%
77%
59%
68%
34%30%
25%
15%
74%
82%80% 81%
36%
47%49%
21%
73%
82%84% 83%
38%
54%
59%
25%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
6-11m 12-17m 18-23m
* - No dia anterior ao atendimento
** - No mês anterior ao atendimento
O cenário político e institucional:
Saúde/SUS e SAN
Plano Nacional de
Saúde
INTRASETORIALIDADE INTERSETORIALIDADE
Política Nacional de Alimentação e Nutrição
(PNAN)
Revisão da PNAN
PNAN – DESAFIOS ATUAIS
No contexto do setor saúde:
• Inserção da agenda da política em todos os níveis de complexidade do SUS
• Gestão da área técnica de A.N. nos níveis estadual e municipal
• Garantia da operacionalização das diretrizes da PNAN nos três níveis do SUS
• Capacitação de recursos humanos
No contexto intersetorial:
• Ampliar diálogo, pactuação e integração entre os diferentes setores governamentais e da sociedade em torno do processo de implementação da PNAN
• Consolidar a PNAN como expressão do setor saúde no campo da segurança alimentar e nutricional
Revisão da PNAN – em parceria com CIAN/CNS: 2010
Realização de 26 Seminários Estaduais + 1 Seminário Nacional de Alimentação e Nutrição no SUS
Revisão da PNAN – em 2011
- Alinhamento da PNAN às diretrizes da Rede de Atenção à Saúde e a nova PNAB - Plano de Enfrentamento das DCNT- Brasil sem Miséria
-Pactuada e aprovada na 9ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite - CIT em 27 de outubro de 2011
Melhora das condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a
promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a
prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição.
PROPÓSITO:
PRINCÍPIOS: reafirma todos
os princípios do SUS
ALIMENTAÇÃO COMO ELEMENTO DE HUMANIZAÇÃO DAS PRÁTICAS DE SAÚDE
RESPEITO Á DIVERSIDADE E À CULTURA ALIMENTAR
FORTALECIMENTO DA AUTONOMIA DOS INDIVÍDUOS
DETERMINAÇÃOSOCIAL E A NATUREZA INTERDISCIPLINAR E INTERSETORIAL DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL COM SOBERANIA
1. Organização da Atenção Nutricional;
2. Promoção da Alimentação Adequada e Saudável;
3. Vigilância Alimentar e Nutricional;
4. Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição;
5. Participação e Controle Social;
6. Qualificação da Força de Trabalho;
7. Controle e Regulação dos Alimentos;
8. Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição;
9. Cooperação e articulação para a Segurança Alimentar e Nutricional.
DIRETRIZES:
1.Organização da Atenção Nutricional
2.Promoção da Alimentação Adequada e
Saudável
3.Vigilância Alimentar e Nutricional
4.Gestão das Ações de
Alimentação e Nutrição
5.Participação e Controle
Social 6.Qualificação da Força de
Trabalho
7.Pesquisa, Inovação e
Conhecimento em Alimentação e
Nutrição
8.Controle e Regulação dos
Alimentos
9. Cooperação e Articulação para Segurança Alimentar e Nutricional
Atenção nutricional
Compreende os cuidados relativos à alimentação e nutrição voltados a promoção e proteção da saúde,
prevenção, diagnóstico e tratamento de agravos, que devem estar associados às demais ações de atenção à
saúde do SUS, para indivíduos, famílias e comunidades, contribuindo para a conformação de uma rede
integrada, resolutiva e humanizada de cuidados.
Atenção Básica como coordenadora do cuidado e ordenadora da Rede de Atenção à Saúde
Prioridades da Atenção Nutricional
Insegurança
Alimentar e
Nutricional
no Brasil
Obesidade
DCNT
relacionadas
à alimentação
e nutrição
Desnutrição
Carências
nutricionais
específicas
Organização da Atenção Nutricional
Indivíduo
Comunidadefamília
Promoção e proteção da saúde
Prevenção, diagnóstico e tratamento de
agravos
Ações de Vigilância
Ações de atenção nutricional
integradas às RAS do SUS
Promoção da Alimentação Adequada e Saudável
Políticas públicas
saudáveis
Criação de ambientes favoráveis à saúde
Reforço da ação
comunitária
Desenvolvimento de habilidades pessoais através de processos
participativos e permanentes
Reorientação dos serviços
na perspectiva
de promoção da saúde
Vigilância Alimentar e Nutricional
SISVAN
Integração de informações derivadas de
Sistemas de Informações em Saúde;
Inquéritos Populacionais;
Chamadas nutricionais;
Produção científica
Vigilância nos Serviços de Saúde
Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição
“Cabe aos gestores do SUS, nas esfera
federal, estadual, do Distrito federal e
Municipal, promover a implementação da PNAN por
meio da viabilização de parcerias e da articulação
Institucional necessária para fortalecer a convergência
desta com os planos de Saúde e de Segurança
Alimentar e Nutricional.
Participação e Controle Social
• O debate sobre a PNAN e suas ações nosdiversos fóruns deliberativos e consultivos,congressos, seminários e outros, criamcondições para a reafirmação de seu projetosocial e político.
Conselhos Conferências de Saúde
Espaços privilegiados para discussão das
ações de alimentação e nutrição no SUS
Qualificação da Força de Trabalho
Qualificação da força de trabalho para gestão e
atenção nutricional
Valorização dos
profissionais de saúde
Implantação de carreiras que
associem desenvolvimento do
trabalhador com qualificação
dos serviços ofertados ao
usuário
Qualificação dos
vínculos de trabalho
Garantia dos direitos
trabalhistas e
previdenciários
Estímulo e viabilização
da formação da
educação permanente
Qualificação dos
gestores e
trabalhadores de
saúde
Controle e Regulação dos Alimentos
• A PNAN e o Sistema Nacional de VigilânciaSanitária – SNVS se convergem na finalidadede promover e proteger a saúde da populaçãona perspectiva do direito humano àalimentação, por meio da normatização e docontrole sanitário da produção,comercialização e distribuição de alimentos.
Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição
Conhecimento e apoio à pesquisa, à inovação e à tecnologia no campo da alimentação e
nutrição em saúde coletiva
Geração de evidências e Instrumentos necessários para a implementação da PNAN
Cooperação e articulação para a Segurança Alimentar e Nutricional
A garantia de SAN para apopulação, assim como a garantia dodireito à saúde, não dependeexclusivamente do setor saúde, mas estetem papel essencial no processo dearticulação intersetorial
• Deverão ser destacadas ações direcionadas:
(i) à melhoria da saúde e nutrição das famílias beneficiárias de programas de transferência de renda - acesso aos serviços de saúde;
(ii) à interlocução com os setores responsáveis pela produção agrícola, distribuição, abastecimento e comércio local de alimentos visando o aumento do acesso a alimentos saudáveis;
(iii) à promoção da alimentação adequada e saudável em ambientes institucionais;
(iv) à articulação com as redes de educação e sócio - assistencial para a promoção da educação alimentar e nutricional;
(v) à articulação com a vigilância sanitária para a regulação da qualidade dos alimentos processados e o apoio à produção de alimentos advinda da agricultura familiar, dos assentamentos da reforma agrária e de comunidades tradicionais, integradas à dinâmica da produção de alimentos do país.
Cooperação e articulação para a Segurança Alimentar e Nutricional
RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS
• Responsabilidades do Ministério da Saúde
• Responsabilidades das Secretarias Estaduais de Saúde e do Distrito Federal
• Responsabilidades das Secretarias Municipais de Saúde e do Distrito Federal
Nova PNAN
Pactuação de plano de ação para
implementação da PNAN, de forma
contínua e articulada com o Plano
Nacional de Saúde e o Plano
Nacional de SAN e os instrumentos
de planejamento e pactuação do
SUS
Conjunto de portarias
necessárias
GESTÃO TRIPARTITE:
PPA 2012-2015
Página da CGAN:
http://nutricao.saude.gov.br/publi
cacoes.php
Biblioteca da Redenutri:
http://ecos-redenutri.bvs.br/tiki-
list_file_gallery.php
Patricia Constante JaimeCoordenação Geral de Alimentação e Nutrição - CGANDepartamento de Atenção Básica - DAB / SASMinistério da Saúde - MSSAF Sul, Quadra 2, Lote 5/6, Edifício Premium - Torre II, Auditório, Sala 8 70070 - 600 - Brasília-DFE-mail: [email protected] (61) 3306-8004