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Atualizações Trabalhistas e Previdenciárias 2012 Prof. Dr. Jose Alfredo do Prado Junior

Atualizações Trabalhistas e Previdenciárias 2012 · Aplica-se a regra prevista no “caput” do art. 132 do Código Civil de 2002 à contagem do prazo do aviso prévio, excluindo-se

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Atualizações Trabalhistas

e Previdenciárias

2012 Prof. Dr. Jose Alfredo do Prado Junior

2

ÍNDICE PAGINA

1 Aviso Prévio 3

2 Regulamentação da Profissão de Motoristas e Motoboys 7

3 EFD SOCIAL ( SPED SOCIAL) 10

4 Desoneração da Folha de Pagamento 20

3

MÓDULO I NOVAS REGRAS DO AVISO PRÉVIO

1) QUEM SERÁ O BENEFÍCIÁRIO COM A NOVA LEI?

A aprovação das alterações na lei do aviso prévio tem causado dúvidas e muita polêmica.

2) OBJETIVOS DA NOVA LEI

Reduzir a rotatividade de contração, Proporcionar maior estabilidade ao trabalhador.

3) IMPACTOS NEGATIVOS

Aumenta os custos tanto para a empresa quando vai demitir, Quanto para o funcionário quando vai pedir demissão,

4) CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTA - CLT

Na CLT o aviso prévio encontra-se previsto no artigo 487 da CLT, e não tratava da proporcionalidade, simplesmente determinando como 30 dias.

Art. 487

- Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:

II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa. Redação dada pela Lei nº 1.530, de 26.12.1951

§ 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço.

§ 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo.

5) CONSTITUIÇÃO DE 1988

Com a promulgação da Constituição Federal de 1998 aparece a figura da proporcionalidade, porém sua aplicação esta vincula a regulamentação através de lei.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;

6) PROJETO DE LEI - CONGRESSO NACIONAL

No Congresso Nacional, seguiu-se desde 1989 em tramitação pelo Senado Federal o projeto de Lei 89/1989, que depois passou a ser CD PL. 03941 / 1989 na Câmara dos Deputados, onde chegou a ser aprovado em 24/09/2011.

4

7) TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

Neste período em que vigorou a falta de regulamentação do legislativo, o TST vem publicando sumulas para ajudar nas decisões do judiciário sobre o assunto:

SÚMULA DO TST Nº 276 AVISO PRÉVIO. RENÚNCIA PELO EMPREGADO

O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego.

(Res. 9/1988, DJ 01.03.1988)

SÚMULA DO TST Nº 348 AVISO PRÉVIO. CONCESSÃO NA FLUÊNCIA DA GARANTIA DE EMPREGO. INVALIDADE

É inválida a concessão do aviso prévio na fluência da garantia de emprego, ante a incompatibilidade dos dois institutos. (Res. 58/1996, DJ 28.06.1996)

SÚMULA DO TST Nº 354 GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES - Revisão do Enunciado nº 290 - Res. 23/1988, DJ 24.03.1988

As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado. (Res. 71/1997, DJ 30.05.1997)

SÚMULA DO TST Nº 380 AVISO PRÉVIO. INÍCIO DA CONTAGEM. ART. 132 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 122 da SDI-1) - Res. 129/2005 - DJ 20.04.2005

Aplica-se a regra prevista no “caput” do art. 132 do Código Civil de 2002 à contagem do prazo do aviso prévio, excluindo-se o dia do começo e incluindo o do vencimento. (ex-OJ nº 122 - Inserida em 20.04.1998)

PROVISÓRIA. (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 34, 35, 86, 145 e 266 da SDI-1) - Res. 129/2005 - DJ 20.04.2005

I - É indispensável a comunicação, pela entidade sindical, ao empregador, na forma do § 5º do art. 543 da CLT. (ex-OJ nº 34 - Inserida em 29.04.1994)

II - O art. 522 da CLT, que limita a sete o número de dirigentes sindicais, foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. (ex-OJ nº 266 - Inserida em 27.09.2002)

III- O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. (ex-OJ nº 145 - Inserida em 27.11.1998)

IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. (ex-OJ nº 86 - Inserida em 28.04.1997)

V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. (ex-OJ nº 35 - Inserida em 14.03.1994)

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SÚMULA DO TST Nº 369 DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 34, 35, 86, 145 e 266 da SDI-1) - Res. 129/2005 - DJ 20.04.2005

I - É indispensável a comunicação, pela entidade sindical, ao empregador, na forma do § 5º do art. 543 da CLT. (ex-OJ nº 34 - Inserida em 29.04.1994)

II - O art. 522 da CLT, que limita a sete o número de dirigentes sindicais, foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. (ex-OJ nº 266 - Inserida em 27.09.2002)

III- O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. (ex-OJ nº 145 - Inserida em 27.11.1998)

IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. (ex-OJ nº 86 - Inserida em 28.04.1997)

V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. (ex-OJ nº 35 - Inserida em 14.03.1994)

8) SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Em virtude da falta de regulamentação por parte do legislativo, muitos recursos chegam ao Supremo Tribunal Federal, para que este regulamente a questão. Para cada Mandado de Injunção, o STF notifica ao legislativo para que regulamente o assunto, sob pena caso não o fizesse, este o faria.

MI 95 / RR - RORAIMA - MANDADO DE INJUNÇÃO Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO Relator(a) p/ Acórdão: Min. SEPÚLVEDA PERTENCE Julgamento: 07/10/1992 Órgão Julgador: Tribunal Pleno

Ementa - MANDADO DE INJUNÇÃO: AUSÊNCIA DE LEI REGULAMENTADORA DO DIREITO AO AVISO PREVIO PROPORCIONAL; ILEGITIMIDADE PASSIVA DO EMPREGADOR SUPRIDA PELA INTEGRAÇÃO AO PROCESSO DO CONGRESSO NACIONAL; MORA LEGISLATIVA: CRITÉRIO OBJETIVO DE SUA VERIFICAÇÃO: PROCEDENCIA, PARA, DECLARADA A MORA, NOTIFICAR O LEGISLADOR PARA QUE A SUPRA.

MI 369 / DF - DISTRITO FEDERAL - MANDADO DE INJUNÇÃO Relator(a): Min. NÉRI DA SILVEIRA Relator(a) p/ Acórdão: Min. FRANCISCO REZEK Julgamento: 19/08/1992 Órgão Julgador: Tribunal Pleno

Ementa MANDADO DE INJUNÇÃO. ARTIGO 7. - XXI DA CONSTITUIÇÃO. AVISO PREVIO PROPORCIONAL AO TEMPO DE SERVIÇO. SITUAÇÃO DE MORA DO LEGISLADOR ORDINÁRIO NA ATIVIDADE DE REGULAMENTAR O AVISO PREVIO, COMO PREVISTO NO ARTIGO 7. - XXI DA CONSTITUIÇÃO. FALTA DE PERSPECTIVA DE QUALQUER BENEFICIO AO PETICIONARIO, VISTO QUE DISPENSADO EM PERFEITA SINTONIA COM O DIREITO POSITIVO DA ÉPOCA - CIRCUNSTANCIA IMPEDITIVA DE DESDOBRAMENTOS, NO CASO CONCRETO, EM FAVOR DE IMPETRANTE. MANDADO DE INJUNÇÃO PARCIALMENTE DEFERIDO, COM O RECONHECIMENTO DA MORA DO CONGRESSO NACIONAL.

MI 278 / MG - MINAS GERAIS - MANDADO DE INJUNÇÃO Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO Relator(a) p/ Acórdão: Min. ELLEN GRACIE Julgamento: 03/10/2001 Órgão Julgador: Tribunal Pleno

EMENTA: Mandado de Injunção. Regulamentação do disposto no art. 7º, incisos I e XXI da Constituição Federal. Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa. Aviso prévio

6

proporcional ao tempo de serviço. Pedido não conhecido em relação ao art. 7º, I da CF, diante do que decidiu esta Corte no MI nº 114/SP. Pedido deferido em parte no que toca à regulamentação do art. 7º, XXI da CF, para declarar a mora do Congresso Nacional, que deverá ser comunicado para supri-la.

MI 695 / MA – MARANHÃO - MANDADO DE INJUNÇÃO Relator (a): Min. SEPÚLVEDA PERTENCE Julgamento: 01/03/2007 Órgão Julgador: Tribunal Pleno

EMENTA: Mandado de injunção: ausência de regulamentação do direito ao aviso prévio proporcional previsto no art. 7º, XXI, da Constituição da República. Mora legislativa: critério objetivo de sua verificação: procedência, para declarar a mora e comunicar a decisão ao Congresso Nacional para que a supra.

9) PUBLICAÇÃO DA NOVA LEI

Em 13.10.2011 foi publicado no Diário Oficial da União a Lei 12.506/2011, com a finalidade de regulamentar a legislação do aviso prévio, porém como pode ser observado abaixo, muito singela, interpretativa, e gerando margem a discussões sobe o assunto:

LEI Nº 12.506, DE 11 DE OUTUBRO DE 2011

(DOU de 13.10.2011)

Dispõe sobre o aviso prévio e dá outras providências.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa.

Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 11 de outubro de 2011; 190º da Independência e 123º da República.

DILMA ROUSSEFF

José Eduardo Cardozo Guido Mantega

Carlos Lupi Fernando Damata Pimentel

Miriam Belchior Garibaldi Alves Filho

Luis Inácio Lucena Adams

10 CALCULO DA PROPORCIONALIDADE

Conforme orientação do Ministério do Trabalho através da NOTA TÉCNICA Nº 184/2012/CGRT/SRT/MTE deverá aplicada a proporcionalidade conforme a tabela abaixo:

7

Tempo de Serviço (anos completos)

Aviso Prévio Proporcional ao Tempo de Serviço (n° de dias)

0 30

1 33

2 36

3 39

4 42

5 45

6 48

7 51

8 54

9 57

10 60

11 63

12 66

13 69

14 72

15 75

16 78

17 81

18 84

19 87

20 90

11 PEDIDO DE DEMISSÃO

As novas regras se aplicam também para o pedido de demissão, haja vista que o direito do empregador ao aviso-prévio está contido no Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Observa-se que, de acordo com o art. 487 da CLT, qualquer uma das partes, seja empregador ou empregado, que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato de trabalho deverá pré-avisar a outra.

Merece registro posicionamento em sentido contrário manifestado pelo Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá, que foi o relator do Projeto de Lei na Câmara dos Deputados.

12 DESCONTO DO AVISO

O direito de desconto permanece intocado. Não tendo sido dado o aviso, o empregador poderá descontar os salários correspondentes ao período, inclusive o proporcional ao tempo de serviço, do salário e das verbas rescisórias por ocasião do pagamento.

13 DISPENSA DO CUMPRIMENTO

Sendo o aviso dado pelo empregado, o empregador poderá dispensar o seu cumprimento, prática esta bastante comum. Caso o aviso tenha sido de iniciativa do empregador, a dispensa do cumprimento e do pagamento somente ocorrerão no caso de comprovação pelo empregado da obtenção de novo emprego. (Sumula 276 do TST )

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14 AVISO TRABALHADO

Não existe regulamentação sobre o assunto, devendo ser verificado o posicionamento do Ministério do Trabalho local. Porém observa-se que tanto os sindicatos como o MTE tem orientado no sentido de cumprimento 30 dias, e o restante seja indenizado

15 REDUÇÃO DO ARTIGO 488 DA CLT

Esta alternativa foi incluída na CLT pela Lei nº 7.093/83 e guarda proporcionalidade com o período de 30 (trinta) dias.

A nova lei silencia quanto ao aumento do período, assim, entendemos que a opção continua sendo de duas horas diárias ou sete dias corridos de trabalho

16 CLAUSULAS DE CONVENÇÃO COLETIVA

Regra mais benéfica aos empregados

Se a norma coletiva aplicável aos empregados de uma empresa garantir um aviso prévio especial, exemplo:

Aos empregados com 45 anos ou mais, um aviso prévio de 50 dias, acrescido de 1 dia para cada ano trabalhado.

Se esse empregado for dispensado ao final de dois anos, terá direito a 52 (50+2) dias de aviso prévio, enquanto que a nova lei lhe garantiria apenas 33 dias (30+3).

Outro exemplo:

Um empregado que ainda não tiver completado 45 anos de idade, mesmo tendo prestado 2 anos de serviços à mesma empresa, não é beneficiado com o aviso prévio previsto na norma coletiva, assim, usufruiria apenas de 30 dias. Para esse funcionário se aplicará a nova regra e o aviso prévio proporcional será de 33 dias.

17 EMPREGADOS DOMÉSTICOS

O direito ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço é extensivo aos domésticos, na forma da lei, conforme expressa disposição da Constituição Federal.

Os direitos dos empregados domésticos estão expressos na Lei nº 5.859/72 que não sofreu alteração.

Ocorre, entretanto, que a regulamentação do direito foi feita através de alteração do aviso prévio previsto na Consolidação das Leis do Trabalho, que não se aplica aos empregados domésticos. (art. 2º do Decreto nº 71.885/73)

18 PROJEÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

Com relação a outros aspectos práticos a serem observados, ela observa que o aviso prévio proporcional se sujeitará à projeção prevista no art. 487, §1º da CLT, para todos os fins:

Cômputo do tempo de serviço

Aplicação de reajustes salariais ocorridos ate a dispensa.

Multa artigo 9º da Lei 7.238/84

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13º salário

Férias proporcionais

19 ANOTAÇÃO NA CTPS

Devem ser observados os requisitos no artigo 17 da IN SIT 15/2010:

Art. 17. Quando o aviso prévio for indenizado, a data da saída a ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS deve ser:

I - na página relativa ao Contrato de Trabalho, a do último dia da data projetada para o aviso prévio indenizado; e

II - na página relativa às Anotações Gerais, a data do último dia efetivamente trabalhado.

Parágrafo único. No TRCT, a data de afastamento a ser consignada será a do último dia efetivamente trabalhado.

20 PRAZO PARA O PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS

O artigo 477 da CLT não foi alterado permanecendo os prazos atuais de pagamento:

Art. 477

É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja êle dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direto de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma emprêsa. Redação dada pela Lei nº 5.584, de 26.6.1970

§ 6º - O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos: Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989

a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou

b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento.

21 POSICIONAMENTOS DO MTE

21.1 Circular SRT 10/2011

Em 27/10/2011, para tentar pacificar um posicionamento perante as regionais do MTE, a Secretaria de Relações do Trabalho, emitiu uma circular, com as principais diretrizes a serem seguidas nas homologações:

1) a lei não poderá retroagir para alcançar a situação de aviso prévio já iniciado;

2) a proporcionalidade de que trata o parágrafo único do art. Io da norma sob comento aplica-se, exclusivamente, para os casos de rescisão do contrato de trabalho, sem justa causa, promovida pelo empregador;

3) o acréscimo de 3 (três) dias por ano de serviço prestado ao mesmo empregador, computar-se-á a partir do momento em que relação contratual complete dois anos;

4) a jornada reduzida ou a faculdade de ausência no trabalho, durante o aviso prévio, previstas no art. 488 da CLT, não foram alteradas pela nova lei;

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5) recaindo o término do aviso prévio proporcional nos trinta dias que antecedem a data base, faz jus o empregado despedido à indenização prevista na lei 7.238/84; e

6) as cláusulas pactuadas em acordo ou convenção coletiva que tratam do aviso prévio proporcional deverão ser observadas, desde que respeitada a proporcionalidade mínima prevista na Lei n° 12.506, de 2011.

Tempo de Serviço

Aviso Prévio

Ano Completo dias Até 02 30

2 33 3 36 4 39 5 42 6 45 7 48 8 51 9 54 10 57 11 60 12 63 13 66 14 69 15 72 16 75 17 78 18 81 19 84 20 87 21 90

1) a lei não poderá retroagir para alcançar a situação de aviso prévio já iniciado;

2) a proporcionalidade de que trata o parágrafo único do art. 1º da norma sob comento aplica-se, exclusivamente, para os casos de rescisão do contrato de trabalho, sem justa causa, promovida pelo empregador;

3) o acréscimo de 3 (três) dias por ano de serviço prestado ao mesmo empregador, computar-se-á a partir do momento em que relação contratual complete dois anos;

4) a jornada reduzida ou a faculdade de ausência no trabalho, durante o aviso prévio, previstas no art. 488 da CLT, não foram alteradas pela nova lei;

5) recaindo o término do aviso prévio proporcional nos trinta dias que antecedem a data base, faz jus o empregado despedido à indenização prevista na lei 7.238/84; e

6) as cláusulas pactuadas em acordo ou convenção coletiva que tratam do aviso prévio proporcional deverão ser observadas, desde que respeitada a proporcionalidade mínima prevista na Lei n° 12.506, de 2011.

11

21.2 NOTA TÉCNICA Nº 184/2012/CGRT/SRT/MTE

Com advento da Lei 12.506, de 11 de outubro de 2011, publicada no Diário Oficial da União de 13/10/2011, que trata do aviso prévio proporcional, esta Secretaria, diariamente é demandada a esclarecer quanto aos procedimentos a serem adotados pelos empregadores e empregados nas rescisões de contrato de trabalho.

Em princípio esta Secretária expediu o Memorando Circular n° 10 de 2011, com o fito de orientar as Superintendências quanto aos procedimentos a serem adotados pelos servidores das Relações do Trabalho que exercem atividades relativas à assistência a homologação das rescisões de contrato de trabalho. Entretanto, passados seis meses da publicação da lei, diversos estudos, debates e discussões foram realizados acerca do tema. Dessa forma, a Secretaria observou a necessidade de apresentar a presente nota técnica sobre o tema em questão, com os seguintes posicionamentos:

1) a lei não poderá retroagir para alcançar a situação de aviso prévio já iniciado;

2) a proporcionalidade de que trata o parágrafo único do art. 1º da norma sob comento aplica-se, exclusivamente, em benefício do empregado;

3) o acréscimo de 3 (três) dias por ano de serviço prestado ao mesmo empregador, computar-se-á a partir do momento em que a relação contratual supere um ano na mesma empresa;

4) a jornada reduzida ou a faculdade de ausência no trabalho, durante o aviso prévio, previstas no art. 488 da CLT, não foram alterados pela Lei 12.506/11;

5) A projeção do aviso prévio integra o tempo de serviço para todos os fins legais;

6) recaindo o término do aviso prévio proporcional nos trinta dias que antecedem a data base, faz jus o empregado despedido à indenização prevista na lei n° 7.238/84; e

7) as cláusulas pactuadas em acordo ou convenção coletiva que tratam do aviso prévio proporcional deverão ser observadas, desde que respeitada a proporcionalidade mínima prevista na Lei n° 12.506, de 2011.

Neste ponto específico, após diversas conversações, esta Secretaria modificou o entendimento anterior oferecido por ocasião da confecção do Memorando Circular n° 10 de 2011 (itens 5 e 6). Por isso, apresenta novo quadro demonstrativo, conforme abaixo:

Tempo de Serviço (anos completos)

Aviso Prévio Proporcional ao Tempo de Serviço (n° de dias)

0 30

1 33

2 36

3 39

4 42

5 45

6 48

7 51

8 54

9 57

10 60

11 63

12

12 66

13 69

14 72

15 75

16 78

17 81

18 84

19 87

20 90

MÓDULO II

REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE MOTORISTA E MOTOBOY

1.UMA NOVA PROFISSÃO?

Art. 1o É livre o exercício da profissão de motorista profissional, atendidas as condições e qualificações

profissionais estabelecidas nesta Lei.

Parágrafo único. Integram a categoria profissional de que trata esta Lei os motoristas profissionais de veículos automotores cuja condução exija formação profissional e que exerçam a atividade mediante vínculo empregatício, nas seguintes atividades ou categorias econômicas:

I - transporte rodoviário de passageiros;

II - transporte rodoviário de cargas;

III - (VETADO);

IV - (VETADO).

O art 1º possui uma redação um tanto redundante quando se refere ao “exercício da profissão de motorista profissional”. Bastaria se referir ao “exercício da profissão de motorista”, como inclusive consta na ementa da lei.

Estaria essa lei pretendendo regulamentar uma nova profissão? Aparentemente (e só aparentemente) sim, pois ela estabelece que o “exercício da profissão de motorista profissional”, deve atender às “condições e qualificações profissionais estabelecidas nesta Lei”. Não se trata então de se seguir uma possível legislação geral sobre a ocupação profissional de motoristas, mas o que estabelece “esta lei”. Seria de se esperar, assim, que seu corpo trouxesse uma regulamentação profissional, o que não existirá. Por isso só aparentemente ela teve essa intenção, ou seja, ela apenas possui essa proposta, mas não concretizada.

Na verdade, ela até chegou a dar meios passos nesse sentido, mas sofreu veto presidencial. Refiro-me à tentativa de criar uma categoria diferenciada, como veremos.

No parágrafo único do art. 1º da lei há referência à “categoria profissional”, como um gênero de motoristas profissionais, tendo como espécie os que possuem “formação profissional e que exerçam a atividade mediante vínculo empregatício”.

Motorista profissional empregado é um segmento que se distingue de outra espécie de motorista profissional, a dos autônomos, como grande parte dos taxistas que obtiveram recentemente

13

regulamentação nacional própria (Lei n. 12.468 de 26.08.2011). Mas a Lei ora comentada não está tratando de qualquer motorista empregado, e sim daquele que além de ser empregado possui formação profissional.

Ou seja, o parágrafo único trata dos motoristas que são empregados e que concomitantemente possuem formação profissional.

1.1 FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Não vamos aqui estudar o que seja empregado, pois foge ao objetivo deste curso, mas nos preocupa o que seja “formação profissional”. Não há clareza na Lei sobre essa formação.

No geral, uma formação profissional pode ser adquirida por meio de curso regular ou pelo exercício prático. Cada vez mais as sociedades exigem cursos de qualificação para conceituar uma ocupação profissional, embora nas atividades essencialmente manuais a expressão profissional ainda seja muito utilizada para contrapor aos menos experientes, como o ajudante.

A única exigência de curso para o motorista é a que trata da habilitação para dirigir, que é aberta a qualquer cidadão, seja ele profissional ou não. O Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503 de 23.09.1997), em seu art. 145, estabelece a exigência de o candidato que pretende habilitar-se nas categorias D e E ou que pretende conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de escolares, de emergência ou de produto perigoso, deverá preencher alguns requisitos, entre eles o de ser aprovado em curso especializado e em curso de treinamento de prática veicular em situação de risco, nos termos da normatização do CONTRAN.

A Lei que ora comentamos em seu art. 6º, incluiu um parágrafo único no art. 145 do Código de Transito para reafirmar que esta participação em curso independe de o candidato ter cometido alguma infração grave ou gravíssima ou ser reincidente em infrações médias durante os últimos doze meses (inciso III do mesmo artigo), que é outra condição para a habilitação ora tratada. Ou seja, a infração cometida pelo candidato não o impede de fazer o curso, embora ele tenha que esperar um ano para obter a habilitação.

Em outros termos, não é possível que a habilitação junto ao DETRAN seja uma formação profissional, pois ela não é “profissional” já que aberta a qualquer pessoa que preencha as condições, e com objetivo de uso não necessariamente profissional. Por outro lado, não vemos outro critério deixado pela Lei para considerar preenchida a condição pelo ângulo da “formação profissional”, ao lado da condição de empregado. A outra possibilidade é a de a formação profissional ser a prática, ou seja, adquirida pelo histórico individual de cada trabalhador que pode ser conferida por meio de sua carteira de trabalho, ou por meio de avaliações de colegas e de antigos empregadores. Aliás, esta ainda é a que nos parece mais consistente com a realidade da lei.

Por tais imprecisões da lei, vamos a partir de agora considerar apenas “motoristas empregados” que é o que realmente pretende a lei, já que os conceitos mais amplos de motorista profissional e de formação profissional, não passam de enfeites em seu texto.

O que ela atinge realmente são os motoristas empregados que possuem habilitação para movimentarem transportes rodoviários de cargas ou de passageiros, como constam nos incisos I e II do parágrafo único.

A presidente Dilma vetou os outros dois incisos

,III (transporte executado por motoristas como categoria diferenciada que, de modo geral, atuem nas diversas atividades ou categorias econômicas) e

IV (operadores de trator de roda, de esteira ou misto ou equipamento automotor e/ou destinado à movimentação de cargas que atuem nas diversas atividades ou categorias econômicas).

Razões do veto:

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“Da forma como redigida, a proposta causaria interferências na representação sindical de trabalhadores no exercício de atividades distintas daquelas que são objeto do Projeto de Lei.”

Por meio desses dois incisos vetados, vemos que a Lei tinha a intenção de realmente criar uma categoria diferenciada de empregados. Ou seja, ela tinha a pretensão de estender a profissão de motoristas para além do ramo de atividade de seus empregadores. Daí aquelas considerações da Lei de tratar do gênero e da espécie perderam o sentido, ficando ela destinada apenas aos motoristas empregados nos ramos já conhecidos de transporte de carga e de passageiros que, aliás, antigamente formavam um só sindicato de trabalhadores.

Não é preciso demonstrar que o ramo de transporte se tornou fundamental nas sociedades fordistas, e que o transporte coletivo é hoje considerado atividade essencial, inclusive pela Lei de Greve. A denominada categoria de rodoviários é, assim, composta pelos empregados de empresas de transporte coletivo, que inclui o motorista de que trata esta lei, o cobrador, o despachante, o fiscal, mecânicos, escriturários, etc. Porém, a lei só atinge o motorista.

O mesmo se diz em relação à categoria dos transportadores de cargas: a lei não inclui os chamados “ajudantes” que são os carregadores, nem os escriturários, apenas os motoristas. Para ser exato, o ajudante é citado na Lei para excluir direito seu, como veremos no comentário ao § 10 do Art. 235-E.

Provavelmente pela sua importância econômica, o projeto da lei procurou dar um tratamento diferenciado em termos sindicais, o que já ocorre levemente nas convenções coletivas, muito embora não apenas com os motoristas mas estes e os cobradores, quando tratam de jornada de 42 horas semanais. Mas prevaleceu o receio de se abrir uma nova exceção de categoria diferencia que pudesse abalar o atual sistema sindical brasileiro de seguir o ramo de atividade econômica do empregador. No fundo, esse enquadramento tradicional, surgido no Estado Novo quando a greve era proibida, facilita a negociação coletiva já que forma os pares, como numa dança de quadrilha. Já a categoria diferenciada age de forma mais autônoma, voltando-se para o fortalecimento de sua corporação.

2.DIREITOS DOS MOTORISTAS

Art. 2o São direitos dos motoristas profissionais, além daqueles previstos no Capítulo II do Título II e no

Capítulo II do Título VIII da Constituição Federal:

I - ter acesso gratuito a programas de formação e aperfeiçoamento profissional, em cooperação com o poder público;

II - contar, por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, com atendimento profilático, terapêutico e reabilitador, especialmente em relação às enfermidades que mais os acometam, consoante levantamento oficial, respeitado o disposto no art. 162 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n

o 5.452, de 1

o de maio de 1943;

III - não responder perante o empregador por prejuízo patrimonial decorrente da ação de terceiro, ressalvado o dolo ou a desídia do motorista, nesses casos mediante comprovação, no cumprimento de suas funções;

IV - receber proteção do Estado contra ações criminosas que lhes sejam dirigidas no efetivo exercício da profissão;

V - jornada de trabalho e tempo de direção controlados de maneira fidedigna pelo empregador, que poderá valer-se de anotação em diário de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externo, nos termos do § 3º do art. 74 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n

o 5.452, de

1o de maio de 1943, ou de meios eletrônicos idôneos instalados nos veículos, a critério do empregador.

Parágrafo único. Aos profissionais motoristas empregados referidos nesta Lei é assegurado o benefício de seguro obrigatório, custeado pelo empregador, destinado à cobertura dos riscos pessoais inerentes às suas atividades, no valor mínimo correspondente a 10 (dez) vezes o piso salarial de sua

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categoria ou em valor superior fixado em convenção ou acordo coletivo de trabalho.

Temos uma lei que trata de apenas um tipo de ocupação profissional, o de motorista e que são subdivididos em duas categorias sindicais:

Transporte de passageiros, e o

Transporte de cargos, com sindicatos distintos.

A Lei 12.619/12 trata dos direitos e deveres dos motoristas profissionais. Porém, houve uma separação entre direitos, que faz parte do art. 2º, e os deveres que foram incluídos na CLT. Ainda há os deveres incluídos no CTB.

Bem, considerando que a CLT é um instrumento normativo de maior acesso e uso, haverá certa dificuldade prática de o leitor fazer a conexão entres os direitos e os deveres.

Prevaleceu, provavelmente, a preocupação técnica em não incluir na parte da CLT que trata de duração do trabalho e condições de trabalho (capítulo I do Título III), temas considerados estranhos. Mas nem isso foi bem sucedido, pois o art. 2ª da Lei, que não foi incluído na CLT, também trata de duração do trabalho, motivo pelo qual trataremos do inciso V do art. 2º.

O art. 2º da Lei 12.619/12 trata, na verdade,

De direitos sociais (inciso I, II, IV e parágrafo único) e

De direitos contratuais (inciso III e V).

O caput do art. 2º cria novos direitos com ressalva expressa aos do Capítulo II do Título II, que trata da Duração do Trabalho, e os do “Capítulo II do Título VIII da Constituição Federal”. Acredito que a intenção do legislador foi a de dizer que a presente Lei, mesmo sendo especial não exclui qualquer outro previsto na CLT e na Constituição Federal.

2.1 FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL

O inciso I do art. 2º prevê

“acesso gratuito a programas de formação e aperfeiçoamento profissional, em cooperação com o poder público”.

Não fica claro se a obrigação é do empregador, embora isso deva ser interpretado como implícito. Por outro lado, é possível que tais cursos sejam promovidos por outros órgãos educacionais ou sindicais.

Também não constam na lei questões básicas de um curso, como a sua duração, o seu conteúdo, o nível dos docentes, enfim há infindáveis questões que exigem uma regulamentação.

Sempre que a Lei 12.619 trata de formação profissional é extremamente genérica, como já comentado por nós no art. 1º.

2.2 ATENDIMENTO MÉDICO

O inciso II garante assistência de “atendimento profilático, terapêutico e reabilitador, especialmente em relação às enfermidades que mais os acometam”, por meio do SUS.

Também há ressalva de que este direito não desobriga o empregador das regras da CLT, em especial o art. 162. O inciso II, é tema de direito previdenciário e sem dúvida deveria ser adaptado ao programa do SUS, especialmente na legislação afim. Ele fica, assim, um tanto deslocado, exigindo mesmo que ele

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sofra um aprofundamento regulamentar.

Art. 162 CLT - As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Parágrafo único - As normas a que se refere este artigo estabelecerão: (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

a) classificação das empresas segundo o número de empregados e a natureza do risco de suas atividades; (Incluída pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

b) o numero mínimo de profissionais especializados exigido de cada empresa, segundo o grupo em que se classifique na forma da alínea anterior; (Incluída pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

2.3 PROTEÇÃO CONTRA A CRIMINALIDADE

O inciso IV do art. 2º, garante “proteção do Estado contra ações criminosas que lhes sejam dirigidas no efetivo exercício da profissão”.

Estaria a Lei procurando criar um atendimento particular do Estado aos motoristas? Parece que não, o que torna a lei genérica ou até demagógica neste ponto. Só resta, assim, atribuirmos tal encargo às já existentes polícias civil e militar, ou até mesmo a assistência judiciária por meio de defensoria pública. Não haveria como criar um privilégio de atendimento a uma determinada categoria profissional.

Entretanto, é possível que o Estado realize campanhas no sentido de aumentar a proteção dos motoristas. Os noticiários informam que criminosos têm invadido ônibus para assaltar os passageiros e a féria. Chegou-se mesmo a ocorrer casos absurdos de incêndio de ônibus ainda com passageiros dentro, mas neste caso como forma de represália de traficantes contra os órgãos de segurança.

Quanto aos transportes de carga há o assalto da mercadoria. Vê-se logo que o problema não é apenas do “motorista profissional”, mas também, ou até principalmente, dos cobradores, dos ajudantes, e dos usuários de forma direta, e indiretamente dos empregadores em decorrência do prejuízo.

Acho que soa estranho este inciso como algo específico da categoria, pois a vítima não é exatamente ou somente o motorista profissional, muito embora não se exclua a sua proteção numa campanha de redução da criminalidade relacionada com o transporte coletivo e o de carga, aliás, com situações bem distintas.

2.4 SEGURO OBRIGATÓRIO

O parágrafo único do art. 2º garante aos profissionais motoristas o benefício de seguro obrigatório, custeado pelo empregador, destinado à cobertura dos riscos pessoais inerentes às suas atividades, no valor mínimo correspondente a 10 (dez) vezes o piso salarial de sua categoria ou em valor superior fixado em convenção ou acordo coletivo de trabalho.

Esse parágrafo, que poderia ser um inciso, é o que garante um direito social de forma mais precisa. Define que ele será custeado pelo empregador e estabelece inclusive um patamar mínimo.

Quanto ao sinistro, o texto não foi muito preciso, mas ao relacioná-lo com as atividades pessoais no exercício da atividade profissional, não é difícil situá-lo, já havendo no mercado seguros dessa natureza.

Certamente, o seguro deve incluir todos os infortúnios decorrentes de ações violentas, como:

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Acidentes de trânsito,

Assaltos,

Doenças profissionais físicas e mentais específicas da profissão.

Esse parágrafo, embora possa vir a sofrer regulamentação, é auto-aplicável. Ele possui todas as condições para ser exigido a partir da vigência da Lei. As possíveis dúvidas sobre certos sinistros também pode ser definido pelos costumes e a jurisprudência, por tratar-se de mera interpretação da lei e não criação de regra.

A ausência do seguro certamente implicará na condenação do empregador a pagar o valor mínimo previsto na Lei. A vinculação com o piso da categoria facilita a quantificação e sua atualização, porém, por outro ângulo, pode vir a ser um fator de redução do valor do próprio piso profissional, como vem ocorrendo com o salário mínimo em decorrência de sua vinculação com o benefício previdenciário. Mas há o espaço aberto para a negociação coletiva, o que pode atenuar esse efeito.

Algumas categorias já possuem esse tipo de obrigação securitária por meio de norma coletiva, e agora a lei a firma sua aplicação no caso dos motoristas, ficando a negociação para acerto de detalhes. Acredito que a negociação coletiva também deva estender, de alguma forma, o benefício aos cobradores no caso dos transportes coletivos e para os ajudantes, no caso dos transportes de carga.

3.DEVERES DOS MOTORISTAS – PREOCUPAÇÃO ÉTICA PROFISSIONAL

Deveres e responsabilidade do motorista profissional

Art. 3o O Capítulo I do Título III da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei

nº 5.452, de 1º de maio de 1943,passa a vigorar acrescido da seguinte Seção IV-A:

“TÍTULO III

...........................................................................................

CAPÍTULO I

...........................................................................................

Seção IV-A

Do Serviço do Motorista Profissional

Art. 235-A. Ao serviço executado por motorista profissional aplicam-se os preceitos especiais desta Seção.

Art. 235-B. São deveres do motorista profissional:

I - estar atento às condições de segurança do veículo;

II - conduzir o veículo com perícia, prudência, zelo e com observância aos princípios de direção defensiva;

III - respeitar a legislação de trânsito e, em especial, as normas relativas ao tempo de direção e

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de descanso;

IV - zelar pela carga transportada e pelo veículo;

V - colocar-se à disposição dos órgãos públicos de fiscalização na via pública;

VI - (VETADO);

VII - submeter-se a teste e a programa de controle de uso de droga e de bebida alcoólica, instituído pelo empregador, com ampla ciência do empregado.

Parágrafo único. A inobservância do disposto no inciso VI e a recusa do empregado em submeter-se ao teste e ao programa de controle de uso de droga e de bebida alcoólica previstos no inciso VII serão consideradas infração disciplinar, passível de penalização nos termos da lei.

O Art. 235-A inaugura na CLT uma nova seção (IV-A), “Do Serviço do Motorista Profissional”, no capítulo I (Disposições especiais dobre duração e condições de trabalho), do Título III (Das normas especiais de tutela do trabalho).

A tendência, até então, era a de ir suprimindo disposições profissionais do corpo da CLT, considerando a supressão da

Seção III, “Dos Músicos Profissionais”, com a Lei 3.857 de 11.12.1960 que regulamentou a profissão,

e

Seção VIII (Dos serviços de Estiva), com a Lei 8.630 de 25.2.1993 que modificou os serviços dos

portos.

Agora, desde o advento da CLT, foi incluída uma nova profissão ou novo serviço profissional em seu corpo. A expressão “serviço” é um tanto deslocada, pois se assim o fosse ele deveria estar vinculada com o consumidor dos serviços e não com o empregador, mas seguiu-se a mesma linha dos “serviços” ferroviários, “serviços” frigoríficos, “serviços” de estiva (revogado), diferentemente do bancário, do músico profissional (revogado), dos operadores cinematográficos, do jornalista profissional, dos professores, dos químicos.

Todavia, esta é uma questão menor que não nos deteremos.

3.1 DEVERES DOS MOTORISTAS

O art. 235-B estabelece os deveres do motorista.

O inciso I, trata do dever de ele estar atento às condições de segurança do veículo, o que é já é uma obrigação natural de qualquer motorista, mais ainda do profissional. Se por força dos costumes ou pela ética espontânea dos motoristas, esse dever já é exigido, agora mais ainda com a disposição legal.

3.1.1 SEGURANÇA DO VEÍCULO

A Lei destaca a segurança do “veículo”, mas a segurança também deve ser encarada como a do próprio motorista e auxiliar, e dos passageiros quando for o caso.

Porém, essa disposição legal pode ajudar e/ou dificultar a vida do condutor.

PONTO POSITIVO para o motorista é que se o veículo não estiver em condições perfeitas ele pode recusar a dirigi-lo. Sobrepõe-se a sua determinação subordinação, não podendo ela ser vista como insubordinação ou indisciplina, salvo se praticada sem justo motivo. Isso também se refere a problemas surgidos no curso da viagem.

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O motorista profissional, como o comandante da nave, é o encarregado do veículo, o que já era aceito pelos costumes e agora por força de lei. Mas é no início da viagem onde surgem os principais impasses, que é antes de ele assumir o comando do veículo e o seu superior pode querer obrigá-lo a dirigir mesmo sob a sua discordância. Aqui deve prevalecer a opinião do motorista. O justo motivo pode ser o mero indício. Um barulho estranho pode ser um justo motivo para não transportar passageiros. Não precisa ser comprovado que o defeito do veículo exista de fato, pois há aqueles indícios que dependem de especialidade e tempo para serem confirmados. Também nem todo defeito do veículo expõe a coletividade, mas isso nem sempre é possível de ser previsto. Assim, o critério de justo motivo deve ser o que um motorista médio deveria fazer para proteger o veículo, os usuários e sua própria integridade física.

O PONTO NEGATIVO desse dever é o de que aumenta a responsabilidade do motorista profissional, e o próprio empregador poderá atribuir a ele certa responsabilidade, embora - como veremos - a Lei procure atenuar esse impacto. Por esse ângulo é que seria proveitosa uma profissão diferenciada e regulamentada, com uma ética profissional que dê independência às decisões do motorista, protegendo-o contra as ordens dos empregadores mais interessados no lucro.

Os aeronautas possuem sua profissão regulamentada, porém as vítimas de trânsito terrestre são em índices bem superiores. Certamente se eles não tivessem a profissão regulamentada os acidentes aeroviários seriam bem maiores. Hoje em dia existe forte campanha contra os acidentes de trânsito relacionados com o uso de álcool e drogas, principalmente contra os condutores particulares, mas aos poucos ela chega à profissão dos motoristas que estão vinculados aos acidentes mais graves em decorrência do porte do veículo e por serem de transporte, seja de pessoas, seja de produtos químicos.

3.1.2 TESTE E PROGRAMA DE CONTROLE DO USO DE DROGA E ALCOOL

E aqui pulamos nossa análise para o inciso VII, que obriga o motorista a “submeter-se a teste e a programa de controle de uso de droga e de bebida alcoólica, instituído pelo empregador, com ampla ciência do empregado”.

A iniciativa é salutar, porém esse controle não deveria depender apenas do empregador, mas também de outros órgãos públicos e do próprio grupo profissional por meio de sua corporação.

O parágrafo único do art. 235-B estabelece a possibilidade de punição caso não ocorram os referidos testes e programas instituídos pelo empregador.

Ele não especifica se a pena é aplicada pelo empregador, embora essa deva ser uma conseqüência, já que se trata de falta disciplinar, prevista na CLT, que dá motivo à demissão justificada (art. 482 da CLT). A colocação da Lei neste ponto ainda é bem patronal, pois, como já dissemos poder-se-ia também criar uma autodisciplina profissional.

Trata-se de exigência de interesse público e coletivo, não de mero interesse econômico do empregador.

A sociologia das profissões considera muito importante para a conceituação da profissão a autonomia do grupo profissional, com a possibilidade de auto-regulamentação ética, autofiscalização e autopunição de seus pares, e isso depende de uma corporação profissional. É a autonomia necessária que desloca uma simples classificação de ocupação para o grupo profissional institucional.

No Brasil, a legislação de cunho predominantemente liberal vem criando uma “regulamentação profissional” desordenada por meio de leis isoladas, sem critérios objetivos. Algumas leis estão voltadas para empregados e outras para profissionais liberais, ou mesmo autônomos, e em alguns casos apenas para aumentar o recolhimento fiscal ou previdenciário, em outros casos para garantir reserva de mercado sem a devida justificativa social. Não é claro o que a sociedade brasileira entende como ocupação importante para ser regulamentada, lembrando que nem tudo deve ser regulamentado, mas aquilo que se define enquanto tal. Podemos até dizer que a regulamentação profissional numa sociedade possa ser uma exceção, mas desde que com critérios objetivos.

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O preceito constitucional é o de que “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer” (inciso XIII do art. 5º). Ou seja, o legislador deve se ater a regulamentar as atividades profissionais de maior interesse público. O mero tratamento dado pela lei à jornada de trabalho de algumas ocupações profissionais, não chega a ser considerado como regulamentação profissional, embora temos visto algumas confusões sobre o tema, principalmente em “tratados sobre profissões regulamentas”, ou listagem do Ministério do Trabalho e Emprego sobre o tema.

3.1.3 VIOLÊNCIA DO TRÂNSITO

A importância da ocupação profissional dos motoristas, não só dos profissionais, no cenário nacional decorre da própria sociedade fordista, em que a economia depende do setor automobilístico e o transporte público é abrangido fundamentalmente por veículos automotores, com estradas e ruas de asfalto. E hoje não é em decorrência da locomoção de pessoas e coisas, mas da própria violência que esse sistema automobilístico gera em termos de acidentes, sendo uma das maiores causas de mortalidade. Se nos maços de cigarros há o alerta de que seu uso mata, também os automóveis deveriam ter alerta semelhante, pois eles matam mais, ressaltando que a vítima no primeiro caso é quem consome o cigarro e no outro envolve terceiros. Porém, o governo nos últimos anos deu incentivos fiscais para aumentar a venda dos automóveis, o que é típico do produtivismo fordista que valoriza o lucro em detrimento da vida.

Os motoristas profissionais, empregados ou não, são os que ficam mais tempo no trânsito, utilizam os veículos de maior porte, e como tal possuem maior responsabilidade, podendo ser disciplinados e educados com maior rigor, servindo de exemplo aos demais.

Acredito que foi ensaiada a regulamentação de um grupo profissional, ou pelo menos a sua preocupação, ainda que de forma tímida. Talvez essa iniciativa não venha do próprio grupo ocupacional, o que seria importante no aspecto regulamentar, mas da própria sociedade que está cada vez mais preocupada com as mazelas do trânsito. Vemos a importância que o Código de Trânsito teve nas últimas décadas, e os motoristas profissionais não podem permanecer como meros responsáveis, mas também como agentes transformadores ao lado dos empresários e governo, pois são os que enfrentam o dia-a-dia do trânsito.

3.2 REGRAS ÉTICAS

Todos os outros incisos do art. 235-B (II a V) devem ser entendidos por este prima ético:

II - conduzir o veículo com perícia, prudência, zelo e com observância aos princípios de direção defensiva;

III - respeitar a legislação de trânsito e, em especial, as normas relativas ao tempo de direção e de descanso;

IV - zelar pela carga transportada e pelo veículo;

V - colocar-se à disposição dos órgãos públicos de fiscalização na via pública.

São obrigações que não podem ser encaradas apenas pelo ângulo contratual ou administrativo-penal, mas como um modo de ser de um grupo profissional.

Quase todos os incisos, por terem natureza ética profissional, não deveriam ficar apenas a cargo das punições do empregador, mas também de um órgão próprio, semelhante ao que acontece com os conselhos profissionais. Mas a lei não chegou a tanto, sequer conseguiu criar uma categoria profissional diferenciada, tendo em vista o veto presidencial já comentado.

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3.3 REGULAMENTO PATRONAL - VETADO

O inciso IV do art. 235-B, vetado, estabelecia: “cumprir regulamento patronal que discipline o tempo de direção e de descanso”.

Razões do veto:

“A proposta estabelece a possibilidade de o empregador criar deveres adicionais ao empregado por meio de regulamento, sendo que disposições sobre tempo de direção e descanso devem ser previstos em lei.”

Considerando que a Lei já procura detalhar regras sobre duração do trabalho, a possibilidade de se fazer referência a um regulamento empresarial, fez com que a presidenta por cautela vetasse essa disposição.

No entanto, não há norma que vete o empregador de regulamentar aquilo que não disponha contra lei, norma coletiva ou mesmo entendimento de autoridades competentes. Certamente prevaleceu a cautela. Porém, um regulamento não deve ser fruto apenas de empregador ou dos órgãos públicos, mas dos próprios profissionais como já defendido em linhas passadas.

4.DURAÇÃO DO TRABALHO – PREOCUPAÇÃO CONTRATUAL

A redação da Lei 12.619 não ajuda muito na classificação dos temas e beneficiários.

O tema da duração do trabalho é tratado na parte da Lei que altera a CLT, porém há dispositivos sobre controles de freqüência que estão fora (inciso V do art. 2º).

Quanto aos beneficiários, há três níveis de tratamento.

1. O dos motoristas profissionais em geral: art.2º que trata dos direitos, art. 235-B da CLT que trata dos deveres, art. 235-C que trata de jornada e o art. 235-D que trata de jornada de longa distância.

2. O dos motoristas profissionais de transporte de carga: art. 235-E

3. O dos motoristas profissionais e transporte de passageiros de transporte de longa distância (§12 do art. 235-E, combinando com o §6º do mesmo artigo).

Embora o art. 1º da Lei teve apresentado a distinção clássica entre motoristas de transporte de passageiros e de cargas, no conteúdo do texto não existe essa divisão.

Os motoristas profissionais de transporte de curta duração, mais conhecidos como “urbanos” ou de

“circulares” são abrangidos pelas regras gerais aplicados a todos.

Os motoristas profissionais de ônibus de passageiros “interestaduais” ou de longa distância possuem

algumas regras especiais.

O caput do art. 235-C se propõe a tratar da jornada de trabalho de todos os motoristas profissionais, porém os seus respectivos §§ 8º e 9º cuidam do tempo de espera que é específico do motorista de carga.

Por sua vez, o art. 235-E se propõe a cuidar dos motoristas de carga, como é expresso em seu caput, porém em §12º determina que o §6º, que trata de tempo de reserva, seja também aplicado ao transporte de passageiros de longa distância em regime de revezamento.

Seguiremos a ordem mais didática possível, porém ainda que preocupado em seguir a ordem do texto

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da Lei.

4.1. MOTORISTAS DE CARGA E DE PASSAGEIROS

4.1.1 CONTROLE DE HORÁRIOS

Até aqui faltou-nos analisar duas partes da Lei. Uma delas é a parte final do inciso III do art. 235-B que comentaremos mais adiante. A outra consta no art. 2º da Lei:

V - jornada de trabalho e tempo de direção controlados de maneira fidedigna pelo empregador, que poderá valer-se de anotação em diário de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externo, nos termos do§ 3º do art. 74 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n

o 5.452, de 1

o de

maio de 1943, ou de meios eletrônicos idôneos instalados nos veículos, a critério do empregador.

Aparentemente essa regra é redundante, pois o caput do art. 2º já determina a aplicação das demais disposições da CLT, não havendo necessidade de se referir diretamente ao §3º do art. 74. Todavia, esse tema é dos mais polêmicos na Justiça do Trabalho.

Transporte de carga

Em relação aos motoristas de transporte de carga existe a discussão se eles estão enquadrados no inciso I do art. 62 da CLT, que exclui os direitos relacionados com a duração do trabalho, àqueles

“empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados”.

Com a disposição do inciso V do art. 2º da Lei, resta claro que os motoristas rodoviários de transporte de carga, assim como seus ajudantes, possuem suas jornadas controladas, portanto fora do inciso I do art. 62 da CLT.

Entregadores – Setores distintos

Essa polêmica também inclui motoristas empregados que fazem entregas de produtos em supermercados e lojas, por meio de automóveis para reposição de mercadorias de pequeno porte. Estariam eles enquadrados na categoria de rodoviário de transporte de cargas? Pelo enquadramento sindical, não. Eles estão enquadrados nos respectivos ramos de atividades de seus empregadores, geralmente indústria ou comércio. Não são empregados de empresas rodoviárias.

Transporte de passageiros

Já os motoristas rodoviários de transporte de passageiros urbanos ou de circulares, possuem as denominadas “guias ministeriais” que têm a finalidade de marcar o horário das viagens, não incluindo todo o período que eles ficam à disposição do empregador, daí a polêmica, embora algumas empresas aleguem que elas incluem.

O nome “guia ministerial” decorre de sua função voltada para a exigência e fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego. Não é uma exigência específica da CLT ou de outra legislação do trabalho, e não deve ser confundida com a exigência sobre controle de jornada prevista no §2º do art. 74 da Consolidação:

“Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de repouso”.

A questão que sempre foi colocada na Justiça do Trabalho é se as guias ministeriais dispensam os controles formais de jornada de trabalho previsto no referido §2º do art. 74 da CLT, ou mesmo do §3º do

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art. 74 da CLT:

“Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados constará, explicitamente, de ficha ou papeleta em seu poder, sem prejuízo do que dispõe o § 1º deste artigo”.

Tanto o controle do §2º como o do §3º do art. 74 da CLT se referem à toda a jornada de trabalho, e não apenas o período de viagem do motorista (e do cobrador ou ajudante).

A Lei ao permitir o uso da “anotação em diário de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externo” não resolve totalmente a polêmica até então existente, mas dá a entender que esses instrumentos devam retratar toda a jornada de forma fidedigna, como consta expressamente na lei. Não se pode confundir jornada com viagem. Assim, seu uso está adstrito à anotação de todo o período que o motorista ficou à disposição do empregador e não apenas a viagem.

No contexto específico do inciso V do art. 2º da Lei ora comentado, devo destacar que a sua importância foi reduzida em decorrência do veto presidencial a dois dispositivos que se propunham a alterar o Código de Transito, mais especificamente criando um art. art. 67-B e um inciso XXIV do art. 230.

Remeto à parte final deste estudo no item “5.NORMAS DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (CTB)”, comentário art. 5º da Lei 12.619. Deixamos os textos vetados naquela parte para eles serem analisados dentro do contexto da própria lei, porém não podemos deixar de tecer alguns comentários desde logo. A razão do veto presidencial está relacionada justamente com a preocupação de tais instrumentos serem utilizados como prova o que, “não traz segurança ao motorista e dificulta a fiscalização.”

Isso traz à lume uma questão nem sempre observada. O uso de controles para servir prova numa lide entre empregado e empregador deve servir também para prova de norma de trânsito? Pode haver incompatibilidade de finalidade na criação de tais instrumentos, pois se a preocupação é a segurança do trânsito devem ser afastados os interesses econômicos, seja do empregador, seja do empregado. O documento pode ser prejudicado por tais interesses.

Todavia, nem tudo foi vetado. Foi aprovado um novo dispositivo no Código de Transito (art. 67-C), conforme art. 5º da Lei, que coloca o condutor do veículo como responsável por controlar o tempo da condução e, ainda, no parágrafo único, consta que e responderá pela não observância dos períodos de descanso previsto no próprio Código de Transito, semelhantes da CLT, ficando sujeito à penalidade (ver redação completa no final deste trabalho). Ou seja, se o empregado colocar nas papeletas a ausência de intervalos ou as horas extras que prestou pode ser multado pela lei de trânsito. A honestidade do profissional que estaria a seu favor pode se voltar contra ele.

Mais uma vez fica clara a necessidade de regulamentação autônoma dos profissionais. É questionável imputar ao motorista uma obrigação quando ele se encontra num grau absoluto de subordinação ao seu empregador. Para ele ser responsabilizado seria necessário que ele tivesse um mínimo de independência profissional, e isso só funciona se ele possuir uma corporação que lhe dê respaldo profissional, uma corporação que tenha a finalidade de prestar serviço público.

4.2 LIMITE DE JORNADA E INTERVALOS

Art. 235-C. A jornada diária de trabalho do motorista profissional será a estabelecida na Constituição Federal ou mediante instrumentos de acordos ou convenção coletiva de trabalho.

§ 1o Admite-se a prorrogação da jornada de trabalho por até 2 (duas) horas extraordinárias.

§ 2o Será considerado como trabalho efetivo o tempo que o motorista estiver à disposição do

empregador, excluídos os intervalos para refeição, repouso, espera e descanso.

§ 3o Será assegurado ao motorista profissional intervalo mínimo de 1 (uma) hora para refeição, além de

intervalo de repouso diário de 11 (onze) horas a cada 24 (vinte e quatro) horas e descanso semanal de

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35 (trinta e cinco) horas.

§ 4o As horas consideradas extraordinárias serão pagas com acréscimo estabelecido na Constituição

Federal ou mediante instrumentos de acordos ou convenção coletiva de trabalho.

§ 5o À hora de trabalho noturno aplica-se o disposto no art. 73 desta Consolidação.

§ 6o O excesso de horas de trabalho realizado em um dia poderá ser compensado, pela correspondente

diminuição em outro dia, se houver previsão em instrumentos de natureza coletiva, observadas as disposições previstas nesta Consolidação.

§ 7o (VETADO).

§ 8o São consideradas tempo de espera as horas que excederem à jornada normal de trabalho do

motorista de transporte rodoviário de cargas que ficar aguardando para carga ou descarga do veículo no embarcador ou destinatário ou para fiscalização da mercadoria transportada em barreiras fiscais ou alfandegárias, não sendo computadas como horas extraordinárias.

§ 9o As horas relativas ao período do tempo de espera serão indenizadas com base no salário-hora

normal acrescido de 30% (trinta por cento).

Novamente a Lei, ao criar uma seção própria dos motoristas rodoviários, repete direitos já existentes no corpo da Constituição Federal, o que já havia sido enunciado no caput do art. 2º. O §5º do art. 235-C reafirma o art. 73 da CLT.

Qual a finalidade de se repetir algumas regras específicas da CLT se a regra já se encontra dentro dela? Evitar ou criar dúvida? Ocorre que alguns em alguns parágrafos do art. 235-C foram introduzidos algumas novidades, e aí que exige a perspicácia do intérprete.

4.2.1 HORAS EXTRAS – LIMITE

O §1º do art. 235-C repete o que já consta no art. 59 da CLT, ao limitar em duas as horas suplementares. Não vejo novidade.

4.2.2 INTERVALO INTRAJORNADA

O § 2o do art. 235-C estabelece que é considerado como trabalho efetivo o tempo que o motorista

estiver à disposição do empregador. Essa expressão, “trabalho efetivo”, não é bem vinda ao Direito do Trabalho, pois ela não é sinônimo de jornada de trabalho, já que esta engloba todo o tempo à disposição do empregador, conforme art. 4º da CLT

“Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada”.

A Lei, no entanto utilizou a expressão trabalho efetivo para distingui-lo de trabalho de espera que será analisado mais adiante. É uma mera diferenciação de situação, que a Lei pretende gerar conseqüências jurídicas. Na verdade, a novidade trazida pela Lei está no trabalho de espera e não no trabalho efetivo.

No Direito do Trabalho há os intervalos obrigatórios que não são considerados como jornada, o que é bem claro no §2º do art. 71 da CLT

“Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho”.

Já os concedidos por liberalidade são contados como jornada, conforme Súmula 118 do TST:

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“Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário, se acrescidos ao final da jornada”.

Acredito que essa regra não foi atingida.

O §2º da Lei não considera trabalho efetivo, melhor dizendo como jornada,

Refeição,

Repouso,

Espera, e

Descanso.

As expressões descanso e repouso são conhecidos de nossa legislação sobre jornada de trabalho, porém refeição e espera já não são comuns.

A refeição é um mero fato, não sendo tratada como direito em face da jornada. O tempo de espera será tratado mais adiante pela Lei e é só para os motoristas de transporte de carga.

Jornada “duas pegadas”

Embora não seja intenção nossa destacar o que a Lei não tratou, não posso deixar de, neste ponto, ressaltar que ela não atacou o antigo problema das conhecidas jornadas chamadas de “duas pegadas”, em que o empregado assina um termo individual aceitando ter um intervalo intrajornada superior a duas horas, como permitido pela parte final do caput do art. 71 da CLT. Dessa forma o motorista urbano trabalha nos período de maior demanda de passageiros, no início e no final do dia, com um longo intervalo intrajornada.

4.2.3 TEMPO DE RESERVA

Embora o § 6º ora comentado esteja dentro do artigo 235-E que cuida dos rodoviários de carga, o §12 desse mesmo artigo estende sua regra ao transporte de passageiros de longa distância em regime de revezamento. Por isso, didaticamente o incluímos neste tópico geral dos motoristas profissionais, lembrando que a regra não inclui os motoristas de passageiros de curta distância (urbanos).

O §6º do art. 235-E da Lei trata de tempo de reserva, não podendo ser confundido com tempo de espera. Ele é aplicado apenas as motoristas de transporte de carga e em viagens de longa distância, como já estabelece o caput do artigo.

Ele ocorre quando há mais de um motorista no mesmo veículo e que, mesmo quando um deles já tiver sua jornada mínima esgotada, continua no veículo. No caso ele receberá remuneração de 30% da hora normal.

O parágrafo utiliza a expressão de “repouso no veículo”. Considerando que o motorista já cumpriu sua jornada normal, esse repouso na verdade é o intervalo interjornada. Ou seja, o empregado já cumpriu seu turno de “trabalho efetivo”, mas fica no local de trabalho por necessidade. É uma regra desvantajosa ao empregado, se considerarmos que está ainda está disposição do empregador. Ou, ainda, se até então ele vinha recebendo integralmente por este tempo de serviço na forma do art. 4º da CLT. Mas se compararmos com a situação semelhante do embarcado que nada recebe por ficar na embarcação após sua jornada, há um benefício.

O tempo de reserva é análogo à reserva do aeronauta ou da prontidão do ferroviário.

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A Lei do aeronauta trata da reserva que é uma espécie de prontidão, conforme art. 26 da Lei n. 7.183/84:

“reserva é o período de tempo em que o aeronauta permanece, por determinação do empregador, em local de trabalho à sua disposição”.

Como pode ser observado o aeronauta fica à disposição e como tal recebe normalmente seu salário.

Os ferroviários ficam em prontidão quando ficam “nas dependências da estrada, aguardando ordens”. Recebem 2/3 pelo tempo de prontidão. Sempre achei que esta regra era mais de proteção da empresa do que do ferroviário, pois é uma exceção do art. 4º da CLT para não pagar o salário integral.

O caso dos motoristas tem suas peculiaridades. Ele tecnicamente está em seu horário de descanso interjornada, mas fica no local de trabalho por necessidade ou por questões técnicas. Por isso, tem, também, semelhança com o embarcado, embora neste caso as instalações para o descanso sejam completamente diferentes. De fato, o motorista não consegue gozar o descanso preso num veículo em movimento. Pode até dormir por necessidade física, mas isso não é um descanso, pois não têm um mínimo de privacidade, tranqüilidade e liberdade de locomoção, fatores que podem ser encontrados numa embarcação.

Por fim, deve ser destacado que se trata de remuneração, e não de indenização como ocorre com o tempo de espera.

4.2.4 DESCANSO SEMANAL DE 35 HORAS E INTERVALO INTERJORNADA

O § 3o do art. 235-C assegura ao motorista profissional intervalo mínimo de uma hora para refeição, o

que já é estabelecido no art. 71 da CLT, além de intervalo de repouso diário de 11 horas a cada 24 horas, que também já é previsto no art. 66 da CLT. O §3º, no entanto traz uma novidade, do descanso semanal de 35 (trinta e cinco) horas. O art. 67 da CLT e a Lei 605/49 estabelecem descanso semanal de 24 horas.

Acredito que a intenção do legislador tenha sido a de garantir o efetivo gozo das 24h mais o das 11 horas do art. 66 da CLT.

Essa é uma preocupação da Súmula 110 do TST quando trata do regime de revezamento

“No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional”.

Adicional de horas extras e jornada noturna

O §4º do art. 235-C afirma que as horas extras serão pagas conforme Constituição Federal e normas coletivas, e o §5º remete a jornada noturna ao art. 73 da CLT, dispensando-nos de qualquer necessidade de comentário.

Compensação de jornada agora só com negociação coletiva

O § 6o do art. 235-C em parte repete o que já tratado no §2º do art. 59 da CLT, mas com a preocupação

de evitar a antiga discussão sobre a necessidade da negociação coletiva. O TST vinha entendendo que a compensação pode ser feita mediante acordo individual (Inciso I da Súmula 85 do TST). Mais recentemente inclui o inciso V nessa Súmula estabelecendo: “As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime compensatório na modalidade banco de horas, que somente pode ser instituído por negociação coletiva”. Embora o §2ª da CLT não faça distinção em mera compensação de jornada e banco de horas, o TST passou a fazer.

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A Lei segue esse entendimento mais recente do TST. Agora a CLT de forma expressa, pelo menos para os motoristas, avançou no sentido de vetar qualquer compensação (ou banco de horas) sem previsão em instrumento coletivo. A palavra “instrumento de natureza coletiva” não pode gerar interpretação extensiva, desde que haja participação do sindicato dos trabalhadores (inciso VI do art. 8º da CF).

Essa prevalência da norma coletiva também tinha o objetivo de criar cláusulas in pejus, conforme previsão do § 7º que foi vetado. Este estabelecia: “O intervalo interjornada poderá ser reduzido em até 2 (duas) horas, mediante previsão em convenção e acordo coletivo, desde que compensado no intervalo intra ou interjornada subsequente.” Razão do veto: “A proposta não esclarece se os intervalos que se pretende reduzir são aqueles previstos no contrato de trabalho ou aqueles previstos na própria Consolidação das Leis do Trabalho. Neste último caso, a redução traria impactos negativos à saúde do trabalhador.”

VIAGENS DE LONGA DISTÂNCIA PARA MOTORISTAS RODOVIÁRIOS DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS E DE CARGA

Art. 235-D. Nas viagens de longa distância, assim consideradas aquelas em que o motorista profissional permanece fora da base da empresa, matriz ou filial e de sua residência por mais de 24 (vinte e quatro) horas, serão observados:

I - intervalo mínimo de 30 (trinta) minutos para descanso a cada 4 (quatro) horas de tempo ininterrupto de direção, podendo ser fracionados o tempo de direção e o de intervalo de descanso, desde que não completadas as 4 (quatro) horas ininterruptas de direção;

II - intervalo mínimo de 1 (uma) hora para refeição, podendo coincidir ou não com o intervalo de descanso do inciso I;

III - repouso diário do motorista obrigatoriamente com o veículo estacionado, podendo ser feito em cabine leito do veículo ou em alojamento do empregador, do contratante do transporte, do embarcador ou do destinatário ou em hotel, ressalvada a hipótese da direção em dupla de motoristas prevista no § 6

o do art. 235-E.

O art. 235-D trata das viagens de longa distância, certamente aquelas em que o motorista utiliza rodovias federais. Além dos caminhoneiros, fazem uso dela os motoristas de transporte de passageiros de motorista de linhas interestaduais ou de ônibus de turismo.

É bom que fique claro que aqui a jornada de trabalho é a mesma, apenas o empregado fica fora da base do seu local de trabalho e sua residência por mais de 24h. Por isso o caput fala em viagem de longa distância. Neste caso, há um regime especial de intervalos.

Primeiro (inciso I), o intervalo de 30min de descanso a cada 4h de tempo ininterrupto de direção, ou seja, tempo efetivamente de direção, não contando se for, por exemplo, substituído por outro motorista, ou se houver parada do veículo. A norma permite o fracionamento do intervalo e do tempo de direção.

A lei nunca foi muito clara sobre a possibilidade de fracionamento de intervalos. Entendo que o intervalo para refeição (almoço ou jantar) não pode ser fracionado sob risco de não se consolidar a sua finalidade de descanso. No caso do inciso I, não se trata desse intervalo, mas dos periódicos. O fato de a lei ao criar essa exceção implicitamente estaria proibindo os fracionamentos dos intervalos para refeição, inclusive os do art. 71 da CLT. Todavia, a própria Lei ora em comento alterou o art. 71 da CLT, conforme art. 4ª que será comentado mais adiante. Mas essa modificação do art. 71 da CLT não tratará do caso das viagens de longa distância, não havendo, assim, contradição entre os dispositivos, por se tratar de casos diferentes.

A proibição do fracionamento é confirmada com a segunda regra do artigo ora comentado, quando o seu inciso II expressamente garante o intervalo de uma hora para refeição, neste caso, sem

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fracionamento. O mesmo se diz em relação ao intervalo interjornada, sendo que o inciso III chega a garantir algumas condições de trabalho: não é permitido o descanso enquanto o veículo esteja em andamento, ou seja, enquanto o veículo for dirigido por um colega da profissão. Porém, o próprio inciso III abre uma exceção, a prevista no §6º do art. 235-E, denominado tempo de reserva já analisado por nós. Esse é um caso em que a exceção é tão grande que torna a regra moribunda. Certamente o motorista não pode gozar seu repouso com o veículo em movimento, a não ser quando dirigido por outro. Talvez a regra só tenha eficácia quando um veículo é transportado por outro (“carro guincho” ou embarcação). Confesso aqui minha falta de conhecimento prático sobre o assunto.

ESCALA 12x36

Art. 235-F. Convenção e acordo coletivo poderão prever jornada especial de 12 (doze) horas de trabalho por 36 (trinta e seis) horas de descanso para o trabalho do motorista, em razão da especificidade do transporte, de sazonalidade ou de característica que o justifique.

O art. 235-F permite a possibilidade de fixação de escala de 12x36, desde que por meio de negociação coletiva e em casos excepcionais.

Essa regra foge àquela que estabelece o limite de duas horas diárias de jornada suplementar (§1º do art. 235-C e o já existente art. 59, ambos da CLT).

Embora ilegal esse tipo de escala venha sendo tolerado pela jurisprudência em decorrência de negociação coletiva, e da própria aceitação de muitos empregados, como os da área de vigilância e de hospitais, por possibilitá-los ter mais de um emprego e também reduzir gastos com transporte. Agora, a lei permite essa exceção, como já havia aberto antes para os bombeiros civis por meio da Lei n. 11.901 de 12.1.2009.

Todavia, além da exigência da negociação coletiva, há que se justificar o caso. A Lei 12.619 permite a negociação em razão da especificidade do transporte, de sazonalidade ou de característica que o justifique. Pode ser em decorrência do próprio veículo que exige reparos ou outro tipo de necessidade em decorrência da máquina. Pode ser em razão de mercadoria ou de passageiros, que não são permanentes, mas sazonais, como são os casos vinculados à safra. Por fim, a Lei se refere a outros casos que a escala de 12x36 pode ser justificada, deixando espaço para suposições. Entendo que esses demais casos devem ser justificados preferencialmente na própria norma coletiva. Porém, a ausência de justificativa pode tornar a cláusula coletiva nula, assim como também pode ter seus termos questionados judicialmente.

PROIBIÇÃO DE REMUNERAÇÃO POR META

Art. 235-G. É proibida a remuneração do motorista em função da distância percorrida, do tempo de viagem e/ou da natureza e quantidade de produtos transportados, inclusive mediante oferta de comissão ou qualquer outro tipo de vantagem, se essa remuneração ou comissionamento comprometer a segurança rodoviária ou da coletividade ou possibilitar violação das normas da presente legislação.

No art. 235-G o tema remuneração é tratado com a finalidade não de concessão, mas de proibição. Evita-se que certas remunerações de incentivo venham a comprometer a segurança rodoviária ou da coletividade. A intenção da regra é salutar, mas pode gerar muitas dúvidas.

A priori, podemos dizer que não teria sentido a lei proibir incentivos remuneratórios para aquilo que já é proibido, seja em termos de legislação trabalhista, seja em termos de normas de trânsito ou outra qualquer. A parte final do artigo é sutil quando afirma que não se pode remunerar a “possibilidade” de violação de normas.

Todavia, mesmo assim, a Lei proíbe incentivos remuneratórios que possam propiciar o excesso de jornada, de peso de carregamento, etc. É uma medida preventiva. Se for criado para o motorista uma vantagem, por exemplo, de entregar uma mercadoria em tantos dias, sob sistemas de prêmios de metas como ocorrem com vendedores, é possível que ele acabará por não cumprir as regras de intervalos, praticando infrações de trânsito.

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RESPONSABILIDADE DO MOTORISTA

E aqui passo a comentar também o Inciso III do art. 235-B que ficou para trás sem comentário. É dever do motorista:

“respeitar a legislação de trânsito e, em especial, as normas relativas ao tempo de direção e de descanso”.

Atividades em que a atitude do empregado pode prejudicar diretamente uma coletividade devem ter uma regulamentação própria, que exige deveres não só empregador, mas do empregado. São atividades que merecem maior atenção do legislador, no sentido de valorizar a profissão. O caso do motorista é um exemplo. Exigir dele o cumprimento não só do contrato mas da lei geral que protege o cidadão, é correto, mas com uma remuneração mensal adequada. Não aquela de incentivo, como bem tratado por esta lei, mas a remuneração contratual, com vantagens correspondentes à cobrança que é feita a ele pela sociedade, com direito de organização profissional adequada. Não se pode exigir do empregado um “plus social”, sem a devida contraprestação. Essa é uma discussão que a sociedade e em especial o legislador tem que avançar quando se trata de regulamentação profissional. O que justifica a organização profissional é o de que o profissional não deve ficar somente subordinado ao seu empregador, mas a obrigações éticas suscetíveis a punições corporativas.

LIMITES DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA

Art. 235-H. Outras condições específicas de trabalho do motorista profissional, desde que não prejudiciais à saúde e à segurança do trabalhador, incluindo jornadas especiais, remuneração, benefícios, atividades acessórias e demais elementos integrantes da relação de emprego, poderão ser previstas em convenções e acordos coletivos de trabalho, observadas as demais disposições desta Consolidação.”

O art. 235-H é um contrapeso ao que foi tratado no artigo anterior, pois reafirma o que inquestionável. Porém, há um detalhe, em princípio salutar, o de proibir clausula coletivas prejudiciais à saúde e à segurança do trabalhador. Aliás, essa regra deve ser estendida a qualquer categoria, mas encontra no caso dos motoristas um tema especial. Como veremos no comentário do artigo seguinte, esse preceito é quebrado no caso específico dos intervalos, que é um caso importante que o Judiciário vem discutindo há anos.

O TST por meio da SDI-1 criou a Orientação Jurisprudencial 342 em junho de 2004, de grande significado, quando considerou

“inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva”.

Todavia, essa OJ foi alterada em novembro de 2009, para incluir o inciso II, o qual criou uma exceção para os motoristas e cobradores de transporte público coletivo urbano, permitindo reduzir/fracionar intervalos por meio de negociação coletiva, desde que garantida a jornada de trabalho para sete horas diárias ou 42h semanais não prorrogadas.

Essa redução/supressão/fracionamento de intervalos muitas vezes é desconsiderada pela Justiça do Trabalho quando há prestação de horas extras, já que não cumprido o limite estabelecido na própria Orientação.

FRACIONAMENTO DOS INTERVALOS INTRAJORNADA

Art. 4o O art. 71 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º

de maio de 1943, passa a vigorar acrescido do seguinte § 5o:

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“Art. 71. ......................................................................

............................................................................................

§ 5o Os intervalos expressos no caput e no § 1

o poderão ser fracionados quando compreendidos

entre o término da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais do trabalho a que são submetidos estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a mesma remuneração e concedidos intervalos para descanso menores e fracionados ao final de cada viagem, não descontados da jornada.” (NR)

O art. 4º da Lei 12.619/12 altera a CLT num dispositivo não mais especial dos motoristas, pois inclui outros empregados, como cobradores, fiscais de campo e “afins nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros”.

Dando continuidade ao comentário do artigo anterior, parece-nos que agora, o preceito do inciso II da OJ 342 da SDI-1 do TST foi transportada para a CLT, porém de forma piorada ao trabalhador. Isso porque essa OJ vinculava o fracionamento dos intervalos à não prorrogação da jornada de 42 horas semanais, propiciando o deferimento dos intervalos ao empregados que prestavam horas extras. A Lei 12.619 não condiciona o fracionamento ou redução do intervalo ao cumprimento de qualquer jornada.

É provável, no entanto, que a Justiça do Trabalho venha manter o entendimento de que a redução/supressão/fracionamento do intervalo dependa da inexistência de horas extras. De fato, não tem sentido prejudicar os intervalos e ainda aumentá-la, o que demonstra finalidades incompatíveis.

4.2.MOTORISTAS DE CARGA

Viagens de longa distância apenas para motoristas rodoviário transporte de carga

Art. 235-E. Ao transporte rodoviário de cargas em longa distância, além do previsto no art. 235-D, serão aplicadas regras conforme a especificidade da operação de transporte realizada.

§ 1o Nas viagens com duração superior a 1 (uma) semana, o descanso semanal será de 36 (trinta

e seis) horas por semana trabalhada ou fração semanal trabalhada, e seu gozo ocorrerá no retorno do motorista à base (matriz ou filial) ou em seu domicílio, salvo se a empresa oferecer condições adequadas para o efetivo gozo do referido descanso.

§ 2o (VETADO).

§ 3o É permitido o fracionamento do descanso semanal em 30 (trinta) horas mais 6 (seis) horas a

serem cumpridas na mesma semana e em continuidade de um período de repouso diário.

§ 4o O motorista fora da base da empresa que ficar com o veículo parado por tempo superior à

jornada normal de trabalho fica dispensado do serviço, exceto se for exigida permanência junto ao veículo, hipótese em que o tempo excedente à jornada será considerado de espera.

§ 5o Nas viagens de longa distância e duração, nas operações de carga ou descarga e nas

fiscalizações em barreiras fiscais ou aduaneira de fronteira, o tempo parado que exceder a jornada normal será computado como tempo de espera e será indenizado na forma do § 9

o do art. 235-C.

§ 6o Nos casos em que o empregador adotar revezamento de motoristas trabalhando em dupla no

mesmo veículo, o tempo que exceder a jornada normal de trabalho em que o motorista estiver em repouso no veículo em movimento será considerado tempo de reserva e será remunerado na razão de

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30% (trinta por cento) da hora normal.

§ 7o É garantido ao motorista que trabalha em regime de revezamento repouso diário mínimo de 6

(seis) horas consecutivas fora do veículo em alojamento externo ou, se na cabine leito, com o veículo estacionado.

§ 8o (VETADO).

§ 9o Em caso de força maior, devidamente comprovado, a duração da jornada de trabalho do

motorista profissional poderá ser elevada pelo tempo necessário para sair da situação extraordinária e chegar a um local seguro ou ao seu destino.

§ 10. Não será considerado como jornada de trabalho nem ensejará o pagamento de qualquer remuneração o período em que o motorista ou o ajudante ficarem espontaneamente no veículo usufruindo do intervalo de repouso diário ou durante o gozo de seus intervalos intrajornadas.

§ 11. Nos casos em que o motorista tenha que acompanhar o veículo transportado por qualquer meio onde ele siga embarcado, e que a embarcação disponha de alojamento para gozo do intervalo de repouso diário previsto no § 3

o do art. 235-C, esse tempo não será considerado como jornada de

trabalho, a não ser o tempo restante, que será considerado de espera.

§ 12. Aplica-se o disposto no § 6o deste artigo ao transporte de passageiros de longa distância em

regime de revezamento.

O art. 235-E se propõe a ser continuação do anterior, que trata de viagem de longa distância, porém especificamente para o caso de transporte de carga, como consta no caput.

O legislador, realmente, procurou detalhar as regras da jornada num grau antes pouco visto em nossa legislação. Muito do que é tratado neste artigo já foi comentado no artigo anterior.

TEMPO DE ESPERA DOS MOTORISTAS DE TRANSPORTE DE CARGA

Alerto o leitor para ter o cuidado de não confundir as expressões tempo de espera e tempo de reserva, pois são coisas bem distintas.

Aqui invertemos a ordem de análise dos parágrafos por motivo didático. Os §§ 8º e 9º do art. 235-C tratam do tempo de espera, que são aplicáveis somente aos motoristas rodoviários de transporte de carga, como afirma a Lei.

É com eles que ocorrem as hipóteses definidas na Lei, de

“ficar aguardando para carga ou descarga do veículo no embarcador ou destinatário ou para fiscalização da mercadoria transportada em barreiras fiscais ou alfandegárias”.

Neste caso, expressamente, não há pagamento formal de horas extras, mas o pagamento de uma determinada quantia em dinheiro:

“as horas relativas ao período do tempo de espera serão indenizadas com base no salário-hora normal acrescido de 30% (trinta por cento)”.

É bom esclarecer que essa regra não tem nada a ver com sobreaviso, que ocorre quando o empregado recebe menos que um salário por ficar aguardando em algum local fixo e pré-determinado ser chamado para trabalhar, independentemente de vir a ser efetivamente convocado. Se for chamado, o tempo a partir de então passa a ser considerado como jornada comum (possivelmente como hora extra). O sobreaviso é uma situação menos gravosa que a jornada, pois o empregado só tem a obrigação de ficar

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em determinado lugar com um canal de contato aberto para poder ser chamado.

No tempo de espera o empregado já se encontra trabalhando e a espera ocorre durante imediatamente após esta, pois é uma extensão desta. A Lei claramente afirma que ela ocorre quando a jornada normal é excedida, embora não como “trabalho efetivo”.

Se o empregado ficar esperando o carregamento ou a fiscalização, durante sua jornada normal, ele receberá seu salário normal, porém quando estes fatos ocorrem após a jornada normal é que ocorrerá o chamado tempo de espera.

O motorista que aguarda no horário da sua jornada recebe seu salário normal correspondente ao tempo de espera, e mais um percentual de 30%, o que se deduz que é uma situação gravosa, diferentemente do sobreaviso. É, na verdade, uma situação mais próxima da hora extra, embora com um percentual inferior aos 50%.

Não resta dúvida que se trata, de fato, de hora extra, muito embora a Lei tenha criado subterfúgios para não a considerar como tal, procurando fugir à inconstitucionalidade, por pagar um percentual inferior aos 50% da Carta maior.

A Lei, preocupada com isso, expressamente afirma que o tempo de espera não é hora extra. E ainda, o considera como indenização, quando afirma que elas são “indenizadas”. Observa-se que a indenização é tanto do “salário normal” como do percentual de 30%. Ou seja, desconsiderou-se, então, até mesmo o salário normal do tempo de espera como indenização.

Isso poderá implicar em discussões não só entre as partes, mas também com interesses tributários, previdenciários, sobre pensões alimentícias, etc. Entre as partes provavelmente haverá discussão sobre os reflexos tradicionais, nas férias+1/3, gratificação natalina, FGTS, repouso e aviso prévio.

Pelo ângulo mais técnico, poderíamos indagar se o fato de o empregado estar esperando carregar o carro após sua jornada normal geraria uma indenização por parte de seu empregador. As indenizações trabalhistas são provenientes de ato ilícito ou de ato lícito. Provavelmente o empregador não estaria agindo de forma ilegal no tempo de espera. Quanto aos atos lícitos, temos aqueles casos do direito potestativo do empregador que causa dano ao empregado, e para tal a lei cria uma indenização. Caso mais típico é a própria demissão sem justa causa, que gera indenização. Poderia o tempo de espera ser considerado um dano ao empregado em decorrência de um ato legal do empregador? Ainda que se pudesse chegar a tal conclusão, na verdade o que ocorreria é que essa indenização estaria abaixo do percentual de horas extras que não são consideradas indenização, embora as horas extras também sejam, em grau pequeno, gravosas ao empregado a ponto de gerar o próprio percentual.

O legislador para evitar o não pagamento das horas extras quando o motorista se encontra esperando o carregamento ou fiscalização, além da jornada normal, dividiu os tempos de trabalho em efetivo e de espera, e criou uma “indenização” que é salário de fato. Resta saber se tal disposição será entendida como constitucional.

Por fim, o tempo de espera pode ter uma peculiaridade distinta de hora extra, pelo menos da hora extra “normal”, que deveria contrariamente à intenção da lei, gerar sim um percentual superior aos 50%. Enquanto a hora extra “normal”, a prevista no art. 59 da CLT, depende de acordo, o tempo de espera é um daqueles casos em que o empregado pode ser obrigado a estender sua jornada. O motorista não pode abandonar o veículo numa fiscalização ou em determinados descarregamentos. O art. 61 da CLT estabelece os casos em que o empregado é obrigado a prestar horas extras por necessidade imperiosa, quando, então o percentual era mais elevado (25% quando a CLT estabelecia 20% para os casos normais). Esse é um tema refletir.

Exemplos Práticos de Apuração de Jornada:

A) Motorista saiu da base às 05h00 e chegou ao cliente para carregar às 07h30; aguardou para carregar e saiu de lá às 10h00; parou as 12h00 para almoçar, seguiu viagem às 13h00; chegou ao destino às

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16h00; aguardou para descarregar e foi liberado às 18h30.

Apuração:

05h00 às 14h00 = jornada normal de 8 horas, descontada 1 hora de almoço;

14h00 às 16h00 = horas extras, remuneradas com adicional de 50%;

16h00 às 18h30 = tempo de espera, indenizado com adicional de 30%;

O motorista deverá descansar no mínimo 11 horas antes de retornar para base, ou seja, só poderá retornar no dia seguinte, devendo receber pernoite.

B) Motorista saiu da base às 06h00; fez uma pausa de 30 minutos às 9h30; seguiu viagem às 10h e parou para almoçar às 13h00; seguiu viagem às 14h00 e chegou ao cliente para carregar às 16h00; ficou em fila com o veículo, andando e parando até as 18h00; esperou o carregamento das 18h00 às 19h00.

Apuração:

06h00 às 15h30 = jornada normal de 8 horas, descontada 1 hora de almoço e 30 minutos de pausa;

15h30 às 18h00 = horas extras, remuneradas com adicional de 50%;

18h00 às 19h00 = tempo de espera, indenizado com adicional de 30%;

O motorista deverá descansar no mínimo 11 horas antes de seguir para descarregar, ou seja, só poderá seguir para descarregar no dia seguinte, devendo receber pernoite.

TEMPO DE ESPERA ESPECÍFICO

O §4º do art. 235-E aplica a regra já comentada do tempo de espera (§§ 8º e 9º do 235-C) em um caso específico, não apenas quando o veículo fica parado para fiscalização ou carregamento, e sim parado por qualquer motivo, fora da base da empresa e após a jornada normal do motorista. Porém, se o motorista tiver que ficar junto ao veículo o pagamento será de hora extra normal. Sobre o pagamento do período de esperar remeto o leitor ao comentário dos §§ 8º e 9º do art. 235-C.

Aqui é utilizada a expressão “fora da base da empresa”, muito embora o caput já trate de viagens de longa duração. Essas expressões acabam propiciando algumas reflexões, algumas até inúteis. Haveria algum caso em que este artigo estaria tratando de viagens dentro da base da empresa? Parece-nos que não, pois o caput trata de viagens de longa distância e não apenas longa duração. Trata-se aqui de um excesso de expressões para casos semelhantes, suscetíveis a confusão.

Já o §5º do art. 235-E trata do tempo de espera no caso de viagens de longa distância e duração, quando há espera para fiscalizações de fronteira e carregamentos. Nesta hipótese, a Lei exige que a viagem não apenas de longa distância, mas também de longa duração, assunto que comentados ao

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tratar do §1º.

INTERVALO INTERJORNADA MÍNIMO DE 6 HORAS COM O VEICULO PARADO – SUPRESSÃO DO TEMPO DE RESERVA

O § 7º ao art. 235-E garante o repouso diário mínimo de seis horas consecutivas fora do veículo em alojamento externo ou, se na cabine leito, com o veículo estacionado. Ou seja, deve ser garantido o repouso com o veículo parado em pelo menos seis horas consecutivas.

Essa regra também protege o empregador que não pagará os 30% da reserva em pelo menos seis horas do tempo de intrajornada, salvo se o empregado de fato não gozar às seis horas com o veículo parado.

Não se pode interpretar este artigo como estabelecendo intervalo mínimo de 6h, pois ele o é de 11h na forma do art. 66 da CLT.

Apenas é garantido parte do intervalo com o veículo parado. Isso, infelizmente para o trabalhador pressupõe dizer que o restante do intervalo possa ser no veículo em movimento. Mas, por outro lado, provavelmente ele receberá 30% de remuneração por se encontrar em reserva. Isso porque, salvo hipóteses extremas, ele se encaixará na hipótese do parágrafo anterior. As hipóteses improváveis seriam os casos de ele estar pegando carona, de o veículo estar embarcado. Mas sobre este último caso, ele poderá receber a indenização de 30% do tempo de espera, conforme §11 do art. 235-E que passamos a analisar.

VEICULO EMBARCADO – SUSPENSÃO DA JORNADA E TEMPO DE RESERVA

A Lei chega ao detalhe de estabelecer regras para o caso de o motorista acompanhar o veículo onde ele siga embarcado, o que só ocorre em casos de transporte de carga, permitindo dividir esse tempo entre suspensão do contrato ou tempo de espera, como se depreende do §11 do art. 235-E.

O contrato se encontrará suspenso se durante esse período a embarcação dispor de alojamento para o gozo dos intervalos de refeição, interjornada e repouso semanal. Caso contrário, é considerado como tempo de espera.

REPOUSO DE 36 HORAS – PARA MOTORISTAS DE CARGA EM VIAGENS COM DURAÇÃO SUPERIOR A UMA SEMANA

Enquanto o caput do artigo anterior (235-D) e o caput do presente artigo se referem às viagens de longa distância, o §1º do art. 235-E trata das viagens de longa duração. Certamente longa distância pressupõe longa duração, porém o contrário não tem o mesmo efeito, já que o veículo pode ficar circulando, embora fora da base da empresa. A propósito, “base da empresa” não é algo muito claro, porém deve corresponder ao domicílio. Essa distinção é importante porque o §5º que será analisado mais adiante exige as duas condições (longa duração e longa distância), para deferimento de tempo de espera.

O artigo anterior (235-D) tratava da viagem de longa distância como aquela acima de 24h fora da base, já o§1º do art. 235-E considerada as viagens de longa duração, aquelas acima de uma semana. Neste caso, o repouso semanal será de 36 horas. Ora, o motorista já tem direito ao repouso de 35 horas como comentado (§ 3

o do art. 235-C), sendo a lei agora é acrescido de uma hora. É certo que se há norma de

proteção para as viagens que durem mais de um dia, deveria haver algum reflexo no repouso quando ela se estender mais de uma semana, muito embora o benefício seja ínfimo (uma hora). Nada justifica que a regra seja aplicada apenas aos rodoviários de transporte de carga, muito embora seja bem mais difícil de ela ocorre no caso dos motoristas de passageiros.

Acúmulo de descanso semanal – vetado

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O § 2o do art, 235-E estabelecia:

“É permitido o acúmulo de descanso semanal, desde que não ultrapasse 108 (cento e oito) horas, devendo, pelo menos uma vez ao mês, coincidir com o domingo.”

Razão do veto:

“O acúmulo de descanso proposto viola o previsto no art. 7o, XV, da Constituição.”

108 horas corresponde a 4 dias e meio. Portanto, se não houvesse o veto o motoristas de carga poderia trabalhar um mês ininterrupto sem descanso.

Fracionamento do repouso do motorista de carga

Já o fracionamento do repouso foi permitido para os motoristas de carga, conforme §3º do art. 235-E. Se o descanso é de 36h, a Lei permite o seu fracionamento em até 30 horas, salvo as 6h que devem ser gozadas normalmente.

Pagamento por pernoite - vetado

O § 8º do art. 235-E, vetado, previa:

“é previsto o pagamento, em caráter indenizatório, de pernoite ao motorista fora da base da empresa, matriz ou filial, ou de sua residência, se não for disponibilizado dormitório pelo empregador, pelo embarcador ou pelo destinatário.”

Razões do veto:

“Ao conferir caráter indenizatório a valor que integra a remuneração do trabalhador, a proposta afasta a incidência de tributos e encargos, tais como o FGTS, sendo assim prejudicial tanto ao empregado, quanto ao Erário.”

É interessante observar que este dispositivo favorável ao empregado foi vetado em decorrência de ser considerada indenização, mas o mesmo fundamento do veto não serviu para o pagamento do tempo de espera, desfavorável ao trabalhador. Este caso, sim, poderíamos considerar o pagamento como indenização, pois ele não estaria sequer à disposição do empregador. Tratar-se-ia e um mero benefício sem natureza salarial.

Permanência no veículo em decorrência de força maior

O §9º do art. 235-E prevê a possibilidade de haver algum imprevisto durante a viagem que obrigue o motorista e estender sua jornada de trabalho. É uma situação óbvia que exige das partes a aplicação do bom senso, pois nenhum profissional largaria o veículo em condições inseguras. Aliás, isso já é uma obrigação do motorista prevista na própria Lei, no inciso IV do art. 235-B: “zelar pela carga transportada e pelo veículo”.

E é certo que o conceito de força maior sempre foi motivo de longa discussão doutrinária, mesmo estando no texto da CLT (art. 501) e, por isso, não enfrentaremos aqui com o escopo de poupar o leitor. Lembramos apenas que em muitas situações que justificaria a permanência do motorista junto ao veículo pode não ser consideradas tecnicamente como força maior. Mas também pode ser que a intenção do legislador tenha sido a de não pagar horas extras nestes casos, como comentaremos logo a seguir, aí sim a discussão técnica seria necessária.

Lembramos que a CLT já possui regra semelhante sobre força maior relacionada à jornada em seu art. 61, quando trata das horas extras unilaterais. O §2º do art. 61, em sua primeira parte, isenta o empregador de pagar o acréscimo da hora extra quando o prolongamento da jornada decorreu de força

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maior:

“Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora excedente não será inferior à da hora normal”.

Talvez o legislador atual tenha utilizado a expressão força maior com a intenção de não pagar hora extra, mas esse não nos parece o espírito da Lei. Seja porque a lei não faz essa remissão, seja porque a própria lei cria normas especiais de tempo de espera e de reserva.

No §9º do art. 235-E, ora comentado, a Lei tem por objetivo especificar um dever dos motoristas profissionais, que se enquadra no já referido inciso IV do art. 235-B da mesma Lei.

Permanência voluntária no caminhão – inclusão do ajudante

O §10 do art. art. 235-E não considera como jornada de trabalho o período em que o motorista e o ajudante, espontaneamente, ficam no veículo fora de seu horário de trabalho.

De plano, deve ser destacado que o ajudante passou a ser lembrado, embora para excluí-lo de direitos.

A finalidade da norma é a de evitar a provocação da hora extra por parte do empregado, ou de outros ganhos, em decorrência de uma permanência voluntária no veículo. Essa preocupação já ocorre em empresas, mas se tratando de um veículo na estrada a interferência do empregador é bem menor.

A hora extra depende de acordo entre as partes (art. 59 da CLT), salvo os casos excepcionais já comentados (art. 61 da CLT). Casos deste tipo, normalmente, levam o empregador a fazer com que o empregado cumpra de fato o seus intervalos, pois caso contrário o acordo pode ser considerado tácito. A norma tem o “sentido próprio”, muito embora não se possa aqui confundir com a situação de que o empregado tenha que descansar no veículo para tomar conta dele, pois nesta situação sequer há intervalo e sim jornada normal.

Não seria o tempo de espera porque não se trata de carregamento ou de fiscalização (§8º do art. 235-C), e nem seria reserva por não se tratar de veículo em movimento (§6º do art. 235-E). Pode parecer contraditório ganhar menos quando se descansa com o caso em movimento do que parado, porém se o empregado está vigiando o veículo ele está efetivamente trabalhando e correndo os riscos naturais decorrentes desta responsabilidade.

5.NORMAS DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (CTB)

Art. 5o A Lei n

o 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro, passa a vigorar

acrescida do seguinte Capítulo III-A:

“CAPÍTULO III-A

DA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORISTAS

PROFISSIONAIS

Art. 67-A. É vedado ao motorista profissional, no exercício de sua profissão e na condução de veículo mencionado no inciso II do art. 105 deste Código, dirigir por mais de 4 (quatro) horas ininterruptas.

§ 1o Será observado intervalo mínimo de 30 (trinta) minutos para descanso a cada 4 (quatro)

horas ininterruptas na condução de veículo referido no caput, sendo facultado o fracionamento do tempo de direção e do intervalo de descanso, desde que não completadas 4 (quatro) horas contínuas no exercício da condução.

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§ 2o Em situações excepcionais de inobservância justificada do tempo de direção estabelecido no

caput e desde que não comprometa a segurança rodoviária, o tempo de direção poderá ser prorrogado por até 1 (uma) hora, de modo a permitir que o condutor, o veículo e sua carga cheguem a lugar que ofereça a segurança e o atendimento demandados.

§ 3o O condutor é obrigado a, dentro do período de 24 (vinte e quatro) horas, observar um

intervalo de, no mínimo, 11 (onze) horas de descanso, podendo ser fracionado em 9 (nove) horas mais 2 (duas), no mesmo dia.

§ 4o Entende-se como tempo de direção ou de condução de veículo apenas o período em que o

condutor estiver efetivamente ao volante de um veículo em curso entre a origem e o seu destino, respeitado o disposto no § 1

o, sendo-lhe facultado descansar no interior do próprio veículo, desde que

este seja dotado de locais apropriados para a natureza e a duração do descanso exigido.

§ 5o O condutor somente iniciará viagem com duração maior que 1 (um) dia, isto é, 24 (vinte e

quatro) horas após o cumprimento integral do intervalo de descanso previsto no § 3o.

§ 6o Entende-se como início de viagem, para os fins do disposto no § 5

o, a partida do condutor

logo após o carregamento do veículo, considerando-se como continuação da viagem as partidas nos dias subsequentes até o destino.

§ 7o Nenhum transportador de cargas ou de passageiros, embarcador, consignatário de cargas,

operador de terminais de carga, operador de transporte multimodal de cargas ou agente de cargas permitirá ou ordenará a qualquer motorista a seu serviço, ainda que subcontratado, que conduza veículo referido no caput sem a observância do disposto no § 5

o.

§ 8o (VETADO).

Art 67-B. (VETADO).

Art. 67-C. O motorista profissional na condição de condutor é responsável por controlar o tempo de condução estipulado no art. 67-A, com vistas na sua estrita observância.

Parágrafo único. O condutor do veículo responderá pela não observância dos períodos de descanso estabelecidos no art. 67-A, ficando sujeito às penalidades daí decorrentes, previstas neste Código.

Art. 67-D. (VETADO).”

O art. 5º da Lei altera algumas disposições do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), criando os artigos de 67-A a 67-C, sendo que a proposta de art. 67-D foi vetada pela presidência.

Agora, na parte do CTB que dispõe da “segurança dos veículos”, mais especificamente sobre os equipamentos obrigatórios dos veículos, há regras relacionadas com a jornada de trabalho do motorista que conduz “veículos de transporte e de condução escolar, os de transporte de passageiros com mais de dez lugares e os de carga com peso bruto total superior a quatro mil, quinhentos e trinta e seis quilogramas, equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo”.

A regra, aqui, não é dirigida apenas aos motoristas profissionais, mas a quaisquer um, desde que esteja na referida situação. Algumas regras impostas no CTB são semelhantes àquelas dos motoristas profissionais. O §1º do art. 67-A do CTB repete a regra do inciso I do art. 235-D da CLT.

O recém-criado inciso XXII do art. 230 do CTB estabelece a punição para o caso de descumprimento. Poder-se-ia argumentar se não haveria bis in idem, já que uma infração do motorista profissional empregado poderia ser aplicada no âmbito trabalhista e administrativo. Acredito que não. Não vamos aqui tratar da antiga indagação se é o empregado ou o empregador que deve pagar a multa de trânsito,

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já que a lei não trata desta questão. Vamos nos ater apenas na infração em si.

Embora seja obrigação do motorista empregado, e de todo cidadão, não cometer uma infração de trânsito, a sua ocorrência não pode ser causa de pena disciplinar trabalhista por si só. Todos que dirigem veículos de forma ininterrupta podem cometer falhas e até sofrer multas de trânsito que não implica necessariamente em falta suscetível à penalidade trabalhista. Estas dependem que o ato seja doloso. Mesmo a negligência do empregado é encarada como um ato doloso para efeito de falta disciplinar trabalhista (art. 482 da CLT). A culpa no sentido civil pode ser aplicada nas relações de trabalho, mas não como falta disciplinar, e sim como responsabilidade do empregado suscetível a sofrer descontos (§1º do art. 462 da CLT). Pode-se discutir a possibilidade de o motorista indenizar o empregador em danos materiais causados em um acidente mas não ser demitido puramente pela infração de trânsito, embora um mesmo episódio pode gerar as duas coisas. Ou seja, a infração de trânsito não gera diretamente punição administrativa.

Pode, então, haver caso de o empregado ser multado e ao mesmo tempo punido pelo empregador, mas não como causa e efeito. A multa de trânsito tem um método de aplicação análoga a do direito penal, bastando o agente estar incurso no tipo gramatical da infração independentemente das circunstâncias externas. Já a punição trabalhista não é uniforme, até porque não tem por escopo resguardar interesse público, podendo haver renúncia por parte do empregador. Atos trabalhistas praticados de forma gramatical idêntica não possuem a mesma punição, pois se devem levar em conta o tempo de serviço, o grau de instrução do empregado e do empregador, ressaltando que a relação de trabalho possui continuidade e com bastante alteração.

Pelo ângulo da regra de trânsito, uma dificuldade que logo desponta é a de o poder de polícia do trânsito saber quanto tempo o motorista se encontra dirigindo, quantos intervalos gozou, etc. Provavelmente o fiscalizador deverá verificar os controles de jornada, agora não mais manuseado apenas pelo Ministério do Trabalho. Outros meios técnicos também podem retratar trajetos, como GPS e registros do próprio empregador ou do DETRAN.

Tal a dificuldade, que a proposta de incluir dois dispositivos no CTB foi vetada: o art. 67-B, com seu parágrafo, e o inciso XXIV do art. 230, ambos tratavam do controle de jornada. Vejamos suas respectivas redações e razões de veto:

“Art 67-B. O tempo de direção de que trata o art. 67-A será rigorosamente controlado pelo condutor do veículo, mediante anotação em diário de bordo ou por equipamento registrador, instalado no veículo conforme regulamentação do Contran ou de órgão com a delegada competência legal.

Parágrafo único. O equipamento de que trata este artigo deverá funcionar de forma independente de qualquer interferência do condutor”.

“XXIV do art. 230 - sem equipamento ou livro, papeleta ou ficha de trabalho externo de controle de tempo de direção previsto no art. 67-B, quando se tratar de veículo de transporte de carga ou de passageiros: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo para regularização.”

Razão dos vetos: “A proposta, ao introduzir a possibilidade de anotação em diário de bordo, permite que simples registros manuais sirvam de instrumento probatório, o que não traz segurança ao motorista e dificulta a fiscalização.”

Comentamos este veto na parte que tratamos dos controles de jornada, assim como o art. 67-C do CTB aprovado, demonstrando a incompatibilidade de os controles servirem ao mesmo tempo de prova trabalhista e de prova de trânsito.

O § 8º do art. 67-A do CTB inserido pelo art. 5º, e art. 310-A do CTB, inserido pelo art. 6º da Lei em comento também foram vetados. Eram redigidos da seguinte forma:

“§ 8o Respondem solidariamente com o transportador os agentes mencionados no § 7

o, com exceção

feita àqueles identificados como embarcadores e/ou passageiros, pelas obrigações civis, criminais e

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outras previstas em lei, decorrentes da inobservância dos horários de descanso previstos neste artigo”.

“Art. 310-A. Ordenar ou permitir o início de viagem de duração maior que 1 (um) dia, estando ciente de que o motorista não cumpriu o período de descanso diário, conforme previsto no § 3

o do art. 67-A. Pena

- detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.

Parágrafo único. Incorrerá na mesma pena aquele que, na condição de transportador de cargas, consignatário de cargas, operador de terminais de carga, operador de transporte multimodal de cargas ou agente de cargas, concorrer para a prática do delito.”

Razões dos vetos

“O dispositivo que insere o art. 310-A no Código de Trânsito Brasileiro estabelece tipo penal de forma imprecisa, tanto no que diz respeito à ação propriamente dita, quanto ao agente que a pratica, afrontando o art. 5

o, inciso XXXIX da Constituição. Por sua vez, ao estabelecer solidariedade na

responsabilidade criminal, a redação do § 8o do art. 67-A é contrária ao princípio da responsabilidade

pessoal, previsto no art. 5o, inciso XLV da Constituição.”

O art. 67-D também foi vetado. Ele dispunha:

“A guarda e a preservação das informações contidas no equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo são de responsabilidade do condutor até que o veículo seja entregue ao proprietário, ressalvada a hipótese de transporte de passageiros em viagens urbanas e semiurbanas em que a chave do equipamento estiver sob a guarda do empregador.”

Razões do veto:

“Ao prever guarda da chave do registrador por parte do empregador, a proposta dificulta a fiscalização no trânsito. Ademais, não resta claro que o proprietário deva manter registro das últimas 24 (vinte e quatro) horas.”

Art. 6o A Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro, passa a vigorar com

as seguintes alterações:

“Art. 145. ...................................................................

Parágrafo único. A participação em curso especializado previsto no inciso IV independe da observância do disposto no inciso III.” (NR) comentado

“Art. 230. ...................................................................

...........................................................................................

XXIII - em desacordo com as condições estabelecidas no art. 67-A, relativamente ao tempo de permanência do condutor ao volante e aos intervalos para descanso, quando se tratar de veículo de transporte de carga ou de passageiros:

Infração - grave;

Penalidade - multa;

Medida administrativa - retenção do veículo para cumprimento do tempo de descanso aplicável; comentado

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XXIV - (VETADO).” (NR) comentado

“Art. 259. ...................................................................

...........................................................................................

§ 3o (VETADO).” (NR)

“Art. 261. ...................................................................

...........................................................................................

§ 3o (VETADO).

§ 4o (VETADO).” (NR)

“Art. 310-A. (VETADO).” (comentado)

Tratamos do parágrafo único do art. 145 do CTB no comentário do art. 1º.

O inciso XXIII do art. 230 do CTB foi comentado por nós quando analisamos o art. 5º da Lei.

CONDIÇÕES SANITÁRIAS

Art. 9o As condições sanitárias e de conforto nos locais de espera dos motoristas de transporte de

cargas em pátios do transportador de carga, embarcador, consignatário de cargas, operador de terminais de carga, operador intermodal de cargas ou agente de cargas, aduanas, portos marítimos, fluviais e secos e locais para repouso e descanso, para os motoristas de transporte de passageiros em rodoviárias, pontos de parada, de apoio, alojamentos, refeitórios das empresas ou de terceiros terão que obedecer ao disposto nas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, dentre outras.

A parte final da Lei foi quase toda vetada, salvo o art. 9º. Perdeu-se uma boa oportunidade de, pelo menos, atribuir responsabilidades e punições para as condições degradantes que sofrem os motoristas, ainda mais com seus intervalos menores e fracionados. Mas não só para os motoristas a situação é insalubre, também é para os transeuntes que são obrigados sofrer com a falta de instalações sanitárias em pontos finais de ônibus, principalmente. A Lei comentada e agora o CTB remetem a regulamentação para o Ministério do Trabalho e Emprego, por meio de NR.

A Lei trata da questão como se já houvesse a regulamentação. Não existe NR específica, apenas genérica, como a de n. 24 que inclui instalações sanitárias para qualquer atividade. Essa NR foi feita baseada em sanitários em estabelecimentos, não em logradouros públicos, que é o caso.

O caso dos motoristas de transporte de passageiros urbanos é bem específico e mereceria uma norma própria. Espera-se que o Ministério do Trabalho e Emprego venha a agir neste sentido, assim como as prefeituras e outros órgãos como o Ministério Público, independentemente de responsabilizar o empregador por condições adequadas de trabalho.

6.DEMAIS VETOS

Além dos vetos já citados, ocorreram outros que ora registramos:

6.1 ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE DO CONDUTOR POR ATOS DE PASSAGEIROS - VETADO

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“Art. 259 do CTB ...................................................................

...........................................................................................

§ 3o (VETADO).”

Redação proposta:

“§ 3o Ao condutor identificado no ato da infração será atribuída pontuação pelas infrações de sua

responsabilidade, nos termos previstos no § 3o do art. 257, excetuando-se aquelas praticadas por

passageiro sob sua condução.”

Razões do veto:

“Ao excluir a responsabilidade de todos os motoristas pela conduta dos passageiros, o dispositivo torna impossível a imputação da infração a algum responsável. Em virtude disso, a proposta prejudica a aplicação de penalidades, afigurando-se contrária à intenção do Código de Trânsito Brasileiro e desestimulando o seu cumprimento, em especial quanto às normas de uso do cinto de segurança, assim comprometendo os esforços de melhoria da segurança no trânsito.”

6.2 PONTUAÇÃO DE MULTAS – VETADO POR ENTENDER O AMBIGUO CONCEITO DE “MOTORISTA NO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE PROFISSIONAL”

“Art. 261 do CTB. ...................................................................

...........................................................................................

§ 3o (VETADO).

§ 4o (VETADO).

Redação proposta

“§ 3o No caso de motorista no exercício da atividade profissional, a suspensão do direito de dirigir

somente será aplicada quando o infrator atingir a contagem de 30 (trinta) pontos”.

Redação proposta

“§ 4o Ao atingirem a contagem de 20 (vinte) pontos, os condutores de que trata o § 3

o deverão

submeter-se a curso de reciclagem, sem o qual a penalidade de suspensão do direito de dirigir será aplicada de imediato.”

Razões dos vetos:

“Os dispositivos não se limitam aos motoristas profissionais, objeto do Projeto de Lei, pois empregam o ambíguo conceito de ‘motorista no exercício de atividade profissional’. Ademais, ao elevar a quantidade de pontos necessária para aplicação da penalidade de suspensão do direito de dirigir, a proposta

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confere tratamento diferenciado a essa classe de motoristas, sendo que a segurança no trânsito exige a responsabilização igualitária a todos os usuários de veículos.”

Vemos que este dispositivo tinha relação com a proposta de criação de uma categoria diferenciada. O veto é coerente com a proposta de não se criar tal categoria, pois, caso contrário, o tratamento poderia ser diferenciado. Se fossemos imaginar uma profissão realmente regulamentada, não meda categoria diferenciada, a punição especial deveria ser aplicada por uma corporação dos próprios profissionais, ou seja, a diferenciação deveria ocorrer no âmbito profissional e não pelo DETRAN, este sim não deveria ter competência para punir profissionais, apenas motoristas no geral.

CONCESSÃO RODOVIÁRIA - Art. 7º, 8º e 10 da Lei 12.619 (vetados)

“Art. 7o O § 2

o do art. 34-A da Lei n

o 10.233, de 5 de junho de 2001, passa a vigorar acrescido do

seguinte inciso VI:

‘Art. 34-A. …………………………………….…………….

..........................................................………......................

§ 2o ..............................................................................

.............................................................................................

VI - nos casos de concessões de rodovias, a exigência da construção de locais seguros destinados a estacionamento de veículos e descanso para os motoristas, situados a intervalos menores que 200 (duzentos) quilômetros entre si, incluindo área isolada para os veículos que transportem produtos perigosos, e em consonância com o volume médio diário de tráfego na rodovia.’ (NR)”

“Art. 8o O art. 2

o da Lei n

o 11.079, de 30 de dezembro de 2004, passa a vigorar acrescido do

seguinte § 5o:

‘Art. 2o .........................................................................

.............................................................................................

§ 5o Não se aplicam as vedações previstas no § 4

o quando a celebração de contrato de parceria

público-privada tiver por objeto a construção ou a implantação de pontos de parada em rodovias sob administração direta da União, dos Estados ou do Distrito Federal, para o estacionamento de veículos e

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descanso dos motoristas, na forma prevista no inciso VI do § 2o do art. 34-A da Lei n

o 10.233, de 5 de

junho de 2001.’ (NR)”

“Art. 10. Os contratos de concessões de rodovias outorgadas anteriormente à entrada em vigor desta Lei deverão adequar-se às disposições contidas no inciso VI do § 2

o do art. 34-A da Lei n

o10.233,

de 5 de junho de 2001, no prazo de 1 (um) ano, inclusive em relação ao seu conseqüente reequilíbrio econômico-financeiro.”

Razões dos vetos :

“A proposta acarretaria novas obrigações aos concessionários de rodovias, o que poderia ensejar o reequilíbrio dos contratos e o conseqüente aumento de tarifas cobradas nos pedágios. Ademais, a utilização do regime de parecerias público-privadas deve se limitar a projetos que exijam recursos vultosos e contratos de longo prazo, os quais permitam a amortização dos valores investidos.

De forma equivocada ou acertada, o fato é que o veto procurou excluir qualquer obrigação por parte das concessionárias.

TRABALHADOR AVULSO NÃO PORTUÁRIO – VETADO

“Art. 11. Revoga-se o art. 3o da Lei n

o 12.023, de 27 de agosto de 2009.”

Razão do veto:

“A revogação do dispositivo poderia inibir a contratação com vínculo empregatício na movimentação de mercadorias, ocasionando informalidade no setor.”

A Lei 12.023 de 27.08.2009 trata dos trabalhadores avulso não portuários, que trabalham com carregamento de mercadorias em geral, mediante intermediação obrigatória do sindicato da categoria, por meio de Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho para execução das atividades. O art.3º tema seguinte redação: “As atividades de que trata esta Lei serão exercidas por trabalhadores com vínculo empregatício ou em regime de trabalho avulso nas empresas tomadoras do serviço”.

VIGÊNCIA DA LEI - VETADO

Art. 12. (VETADO). -

Redação proposta: “Art. 12. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, ressalvadas as disposições do art. 5

o, que entrarão em vigor após decorridos 180 (cento e oitenta) dias da data de sua

publicação oficial.”

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Razão do veto :

“O veto à cláusula de vigência se faz necessário para que se tenha prazo mínimo para avaliação dos efeitos e adaptação a todos os dispositivos da norma, conforme exigido pelo art. 8

o, caput, da Lei

Complementar no 95, de 26 de fevereiro de 1998, dando aos destinatários o prazo de que trata o art.

1o do Decreto-Lei n

o 4.657, de 4 de setembro de 1942 - Lei de Introdução às normas do Direito

Brasileiro.”

Rejeitou-se a aplicação imediata da lei. Aplica-se a regra do art. 1º da Lei de Introdução: “Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada”.

Se a Lei é de 30.04.1012, a sua vigência começará em 15.06.2012.

7 FISCALIZAÇÂO

O CONTRAN, através da Resolução 405 de 12/06/2012, estabeleceu os procedimentos para fiscalização do tempo de direção e descanso do motorista profissional na condução dos veículos de:

Transporte e de condução de escolares,

Transporte de passageiros com mais de 10 (dez lugares),e

De carga com peso bruto total superior a 4.536 (quatro mil e quinhentos e trinta e seis) quilogramas,

Para cumprimento do disposto no art. 67-A, incluído no Código de Transito Brasileiro – CTB, pela Lei n° 12.619, de 30 de abril de 2012.

7.1 PRINCIPAIS CONCEITOS

Para efeito da resolução acima mencionada, serão adotadas as seguintes definições:

Motorista profissional: condutor que exerce atividade remunerada ao veículo.

Tempo de direção: período em que o condutor estiver efetivamente ao volante de um veículo em movimento.

Intervalo de descanso: período de tempo em que o condutor estiver efetivamente cumprindo o descanso estabelecido nesta Resolução, comprovado por meio dos documentos previstos no art. 2º, não computadas as interrupções involuntárias, tais como as decorrentes de engarrafamentos, semáforo e sinalização de trânsito.

Ficha de trabalho do autônomo: ficha de controle do tempo de direção e do intervalo de descanso do motorista profissional autônomo, que deverá sempre acompanhá-lo no exercício de sua profissão.

7.2 TEMPO DE DIREÇÂO E INTERVALOS

A fiscalização do tempo de direção e do intervalo de descanso do motorista profissional dar-se-á por meio de:

I. Análise do disco ou fita diagrama do registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo ou de

outros meios eletrônicos idôneos instalados no veículo, na forma regulamentada pelo CONTRAN; ou

II. Verificação do diário de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externo, fornecida pelo empregador; ou

45

III. Verificação da ficha de trabalho do autônomo, conforme modelo abaixo:

Ficha de Trabalho do Autônomo

Motorista (Nome/CNH):

Nº Veículo Placa

Data saída

Hora saída

Km inicial Data chegada

Hora chegada

Km final Origem/Destino

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

10.

11.

12.

13.

14.

15.

Certificação INMETRO do Registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo:

Ocorrências/observações - espaço destinado à fiscalização

Observações Importantes

A fiscalização por meio dos documentos previstos nos incisos II e III somente será feita quando da

impossibilidade da comprovação por meio do disco ou fita diagrama do registrador instantâneo e

inalterável de velocidade e tempo do próprio veículo fiscalizado.

46

O motorista profissional autônomo deverá portar a ficha de trabalho das últimas 24 (vinte quatro)

horas.

Os documentos previstos nos incisos II e III deverão possuir espaço, no verso ou anverso, para que

o agente de trânsito possa registrar, no ato da fiscalização, seu nome e matrícula, data, hora e local

da fiscalização, e, quando for o caso, o número do auto de infração.

Para controle do tempo de direção e do intervalo de descanso, quando a fiscalização for efetuada

de acordo com o inciso I, deverá ser descontado da medição realizada o erro máximo admitido de 2

(dois) minutos a cada 24 (vinte e quatro) horas e 10 (dez) minutos a cada 7 (sete) dias.

Os documentos previstos nos incisos II e III servirão como autorização de transporte prevista no

artigo 8º da Lei Complementar nº. 121, de 9 de fevereiro de 2006, desde que contenham o

carimbo e assinatura do representante legal da empresa

7.3 CONDIÇÕES DE TRABALHO

O motorista profissional, no exercício de sua profissão e na condução de veículos mencionados no caput do art. 1º, fica submetido às seguintes condições, conforme determinação da Lei 12.619, de 2012.

I. Observar intervalo mínimo de 30 (trinta) minutos para descanso a cada 4 (quatro) horas ininterruptas na

condução de veículo;

II. Observar, dentro do período de 24 (vinte e quatro) horas, intervalo de, no mínimo, 11 (onze) horas de

descanso, podendo ser fracionado em 9 (nove) horas mais 2 (duas), no mesmo dia;

III. Somente iniciar viagem com duração maior que 24 (vinte e quatro) horas, após o cumprimento

integral do intervalo de descanso regulamentar previsto no inciso II;

IV. Comprovar, mediante os meios previstos no item 7.1, o tempo de descanso regulamentar.

O tempo de direção e o intervalo de descanso referidos no inciso I, desde que não completadas 4 (quatro) horas contínuas no exercício da condução, poderão ser fracionados, restringindo-se o fracionamento do intervalo de descanso a, no máximo, três períodos de 10 (dez) minutos.

Em relação ao transporte de passageiro de característica urbana, o fracionamento do intervalo de descanso poderá ser superior a três períodos, devendo ser observado o período mínimo de cinco minutos para cada intervalo.

Em situações excepcionais de inobservância justificada do tempo de direção referido no inciso I, desde que não comprometa a segurança rodoviária, o tempo de direção poderá ser prorrogado por até 1 (uma) hora, de modo a permitir que o condutor, o veículo e sua carga cheguem a lugar que ofereça a segurança e o atendimento demandados;

Entende-se como início da viagem, para fins de disposto no inciso III, a partida do condutor logo após o carregamento do veículo, considerando-se como continuação da viagem as partidas nos dias subsequentes até o destino.

O descanso de que tratam os incisos I e II deste artigo poderá ocorrer em cabine leito do veículo ou em poltrona correspondente ao serviço de leito, no caso de transporte de passageiros, devendo o descanso do inciso II ser realizado com o veículo estacionado, ressalvado no item abaixo.

§ 6º Para os motoristas que trabalhem em regime de revezamento, exige-se que, pelo menos 6 (horas) do período de descanso previsto no inciso II, o veículo esteja estacionado, nos termos dos §§ 6º e

47

7º art. 235-E da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT.

É responsabilidade do motorista profissional o controle do tempo de direção estipulado neste artigo.

Nenhum transportador de cargas ou de passageiros, embarcador, consignatário de cargas, operador de terminais de carga, operador de transporte multimodal de cargas ou agente de cargas permitirá ou ordenará a qualquer motorista a seu serviço, ainda que subcontratado, que conduza veículo sem observar as regras de tempo de direção e descanso contidos nesta resolução.

Compete ao órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via em que ocorrer a abordagem do veículo a fiscalização das condutas previstas nesta Resolução.

PENALIDADES

O descumprimento dos tempos de direção e descanso previstos nesta resolução sujeitará o infrator à aplicação das penalidades e medidas administrativas previstas no inciso XXIII art. 230 do CTB.

A medida administrativa de retenção do veículo será aplicada:

I. Por desrespeito pelo período de 30 minutos;

II. Por desrespeito pelo período de 11 horas.

No caso do inciso II, a retenção poderá ser realizada em depósito do órgão ou entidade de trânsito responsável pela fiscalização, com fundamento no § 4 do art. 270 do CTB.

Incide nas mesmas penas previstas o condutor que deixar de apresentar ao agente de trânsito qualquer um dos meios de prova para a fiscalização previstos na resolução.

DISPENSA DA RETENÇÃO

Não se aplicarão os procedimentos acima, caso se apresente outro condutor habilitado que tenha observado o tempo de direção e descanso para dar continuidade à viagem.

Caso haja local apropriado para descanso nas proximidades o agente de trânsito poderá liberar o veículo para cumprimento do intervalo de descanso nesse local, mediante recolhimento do CRLV (CLA), o qual será devolvido somente depois de decorrido o respectivo período de descanso.

A critério do agente, não se dará a retenção imediata de veículos de transporte coletivo de passageiros, carga perecível e produtos perigosos, nos termos do § 4º do art. 270 do CTB.

As exigências estabelecidas nesta Resolução, referentes ao transporte coletivo de passageiros não exclui outras definidas pelo poder concedente.

VIGÊNCIA

Até a entrada em vigor desta Resolução, os órgãos de trânsito com circunscrição sobre a via deverão orientar os condutores quanto aos requisitos nela contidos e implementar campanhas educativas regulares quanto ao tempo de direção e descanso

Esta Resolução entrará em vigor depois de decorridos 45 (quarenta e cinco) dias da data de sua publicação

48

De acordo com a regulamentação da Resolução CONTRAN 408/2012, o art. 8º da Resolução CONTRAN nº 405, de 12 de junho de 2012, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 8º Até onze de setembro de 2012, os órgãos de trânsito com circunscrição sobre a via deverão realizar somente fiscalização educativa quanto ao tempo de direção e descanso de que trata o artigo 67-A do CTB, acrescido pela lei nº 12.619/2012.”

8.CONCLUSÕES

A Lei 12.619 demonstra vigor legislativo em tratar de um único segmento trabalhista, o que já é uma tradição nacional, sem um correspondente repensar mais geral. A sua novidade provavelmente seja a de tratar ao mesmo tempo de temas trabalhistas e de trânsito de veículos, daí envolver a CLT e o CTB.

Essa junção de interesses fez com que se exigisse mais responsabilidade do motorista rodoviário, sem nenhuma contrapartida remuneratória. Mas entendemos que o problema não é só econômico, também é profissional. Se a sociedade define que determinado setor profissional é importante para a coletividade, deve procurar regulamentá-lo não só por meio de obrigações trabalhistas e administrativo-penais, mas por meio de ética profissional, o que depende de organização própria e autônoma dele. O próprio grupo profissional organizado deve atuar desde a formação educacional, até a elaboração das regras éticas, sua fiscalização e punição. Neste ponto, a lei, como ficou é nula. É verdade que o texto aprovado no Congresso expressava certa preocupação em criar uma categoria diferenciada, o que foi vetada. Mas mesmo sem o veto, o resultado ainda seria de desequilíbrio entre responsabilidade profissional e independência para se criar uma ética.

Por outro lado, a parte da Lei que extrapola a relação contratual trabalhista, a que envolve a segurança do trânsito, foi um pouco neutralizada pela própria possibilidade de se flexibilizar os horários de descansos, pelo menos no setor urbano.

O caso, por exemplo, do alcoolismo em serviço tem sido apontado por muitos como uma forma de o motorista aguentar dirigir sob longas jornadas sem o devido descanso. Assim, a flexibilização, mesmo por meio de negociação coletiva, não contribui muito para a eliminação do alcoolismo. Não se acaba com os efeitos sem atacar as causas. Aqui o interesse público e o das empresas não andaram bem afinados.

Os sindicatos de trabalhadores continuam sendo vistos com a função de agentes flexibilizantes, sendo colocados como co-responsáveis por prejuízos causados à saúde dos seus representados, muito embora possa gerar conquistas econômicas em troca. Isso coloca a Lei ora comentada com um fiapo que pode ser puxado desfazendo a textura de seu conjunto.

REGULAMENTAÇÃO DO MOTOBOY 12.009/2011

INTRODUÇÃO

A Lei nº 12.009/2009 regulamenta o exercício das atividades dos profissionais em transporte de passageiros, mototaxista, em serviço comunitário de rua e em entrega de mercadorias com o uso de motocicleta, motoboy. Neste módulo veremos as regras gerais para o exercício dessas atividades.

1. CONCEITOS

Mototaxista é o profissional que exerce atividade de transporte de passageiros em motocicletas.

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Motoboy é o trabalhador com atividade de transporte remunerado de mercadorias em motocicletas e motonetas; também chamado de serviço de moto-frete.

Profissional de serviço comunitário de rua é o trabalhador que efetua a ronda no perímetro contratado, de forma a acompanhar a movimentação dos moradores e qualquer anormalidade no local.

Art. 1º da Lei nº 12.009/2009

2. REQUISITOS PARA O EXERCÍCIO DAS ATIVIDADES

2.1. Mototaxista e Motoboy

Para o exercício das atividades de mototaxista e de motoboy, o trabalhador deverá comprovar:

a) ter completado 21 anos;

b) possuir habilitação por pelo menos dois anos na categoria;

c) ser aprovado em curso especializado, nos termos da regulamentação do CONTRAN;

d) estar vestido com colete de segurança dotado de dispositivos retrorrefletivos, nos termos da regulamentação do CONTRAN.

2.2. Profissional de Serviço Comunitário

O profissional de serviço comunitário de rua, além dos requisitos do subitem anterior, deverá apresentar, também, os seguintes documentos:

a) carteira de identidade;

b) título de eleitor;

c) cédula de identificação do contribuinte - CIC;

d) atestado de residência;

e) certidões negativas das varas criminais;

f) identificação da motocicleta utilizada em serviço.

Art. 2º da Lei nº 12.009/2009

3. ATIVIDADES EXERCIDAS PELOS MOTOTAXISTAS E PELOS MOTOBOYS

São atividades específicas dos mototaxistas e dos motoboys:

a) transporte de mercadorias de volume compatível com a capacidade do veículo;

b) transporte de passageiros.

Art. 3º da Lei nº 12.009/2009

4. REGRAS DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO PARA A CIRCULAÇÃO DE MOTOCICLETAS DESTINADAS AO TRANSPORTE DE MERCADORIAS

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As motocicletas e motonetas destinadas ao transporte remunerado de mercadorias, moto-frete, somente poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão responsável no estado e nas seguintes condições:

a) Registro como veículo da categoria de aluguel.

b) Instalação de protetor de motor, mata-cachorro, fixado no chassi do veículo, destinado a proteger o motor e a perna do condutor em caso de tombamento, nos termos de regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN.

c) Instalação de aparador de linha, antena corta-pipas, nos termos de regulamentação do CONTRAN.

d) Inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança.

b) Instalação de protetor de motor, mata-cachorro, fixado no chassi do veículo, destinado a proteger o motor e a perna do condutor em caso de tombamento, nos termos de regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN.

c) Instalação de aparador de linha, antena corta-pipas, nos termos de regulamentação do CONTRAN.

d) Inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança.

Art. 139-A, § 1, da Lei nº 9.503/1997

O transporte de água mineral e de gás de cozinha somente poderá ser realizado com o auxílio de side car, nos termos de regulamentação do CONTRAN.

Art. 139-A, § 2º, da Lei nº 9.503/1997

Além das disposições do Código de Trânsito Brasileiro, devem ser observadas as normas e os regulamentos municipal e estadual para as atividades de moto-frete.

Art. 139-B da Lei nº 9.503/1997

5. REGRAS DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO PARA A CONDUÇÃO DE MOTOCICLETA E MOTONETA

Fica sujeito a multa, suspensão do direito de dirigir e recolhimento do documento de habilitação o condutor que utilizar motocicleta, motoneta e ciclomotor nas condições abaixo:

a) Sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção e vestuário de acordo com as normas e especificações aprovadas pelo CONTRAN.

b) Transportar passageiro sem o capacete de segurança, na forma estabelecida na alínea anterior, ou fora do assento suplementar colocado atrás do condutor ou em carro lateral.

c) Fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma roda.

d) Com os faróis apagados.

e) Transportar criança menor de sete anos ou que não tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar de sua própria segurança;

As faltas abaixo são consideradas infrações graves e sujeitam o condutor a multa e apreensão do veículo para regularização:

51

a) Rebocar outro veículo.

b) Conduzir sem segurar o guidom com ambas as mãos; salvo, eventualmente, para indicação de manobras.

c) Transportar carga incompatível com suas especificações ou em desacordo com o CTB.

d) Efetuar transporte remunerado de mercadorias em desacordo com o previsto no CTB ou com as normas que regem a atividade profissional dos mototaxistas.

Art. 244 da Lei nº 9.503/1997

6. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA

A pessoa física ou jurídica que contratar como empregado ou firmar contrato de prestação continuada de serviços com condutor de moto-frete é responsável solidária por danos cíveis advindos do descumprimento das normas relativas ao exercício da profissão e de circulação de motocicletas e motonetas.

Art. 6º da Lei nº 12.009/2009

7. OBRIGAÇÕES DO CONTRATANTE DE MOTOBOY

O empregador ou contratante de motoboy será considerado infrator, em relação aos dispositivos da Lei nº 12.009/2009, quando:

a) empregar ou manter contrato de prestação continuada de serviço com condutor de moto-frete inabilitado legalmente;

b) fornecer ou admitir o uso de motocicleta ou motoneta para o transporte remunerado de mercadorias que esteja em desconformidade com as exigências legais.

Neste caso, o empregador ou contratante dos serviços de moto-frete estará sujeito a multas administrativas relativas à segurança do trabalho, conforme o artigo 201 da CLT e a Portaria MTE nº 290/1997.

Art. 7º da Lei nº 12.009/2009

8. VIGÊNCIA

A Lei nº 12.009/2009 vige desde 30.07.2009, data de sua publicação. Os condutores que atuam na prestação de serviços de moto-frete, assim como os veículos empregados nessa atividade, deverão adequar-se às exigências dessa lei em até 365 dias contados a partir da regulamentação, pelo CONTRAN, do disposto no artigo 139-A da Lei nº 9.503/1997 e do artigo 2º da Lei nº 12.009/2009.

Arts. 8º e 9º da Lei nº 12.009/2009

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MÓDULO III PROJETO FOLHA DE PAGAMENTO DIGITAL

(SPED SOCIAL)

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MÓDULO IV

DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO

1 INTRODUÇÂO

Com a finalidade de facilitar os nossos estudos, primeiramente cabe rever alguns conceitos básicos referentes à parte previdenciária, e fiscais.

1.1 RECOLHIMENTO DAS EMPRESAS EM GERAL

Em regra, as empresas possuem os seguintes encargos previdenciários (INSS patronal), incidentes sobre sua folha de pagamento:

a) 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa;

b) 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhes prestam serviços, para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2000;

c) para o financiamento da aposentadoria especial, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (GIIL-RAT, RAT ou SAT), sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos:

1% para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve;

2% para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio;

3% para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave;

d) recolhimento destinado para outras entidades (terceiros) - a alíquota será fixada de acordo com o enquadramento do Fundo de Previdência e Assistência Social (FPAS), que deverá ser realizado pela empresa levando em consideração sua atividade;

e) 15% (quinze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.

Fundamentação: arts. 22 e 30 da Lei nº 8.212/1991; art. 72, art. 109, anexo II da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, com redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.071/2010 e Instrução Normativa RFB nº 1.080/2010.

70

1.2 DEMAIS OBRIGAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

As empresas beneficiadas pela substituição previstas na Lei nº 12.546/2011 continuam sujeitas ao cumprimento demais obrigações previstas na legislação previdenciária.

Desse modo, a empresa sem prejuízo do cumprimento de outras obrigações acessórias previstas na legislação previdenciária, está obrigada a:

a) inscrever, no Regime Geral da Previdência Social (RGPS), os segurados empregados a seu serviço;

A inscrição do segurado empregado é efetuada diretamente na empresa, mediante preenchimento dos documentos que o habilitem ao exercício da atividade, formalizado pelo contrato de trabalho.

b) inscrever, quando pessoa jurídica, como contribuintes individuais no RGPS, a partir de 1º de abril de 2003, as pessoas físicas contratadas sem vínculo empregatício e os sócios cooperados, no caso de cooperativas de trabalho e de produção, se ainda não inscritos;

c) elaborar folha de pagamento mensal da remuneração paga, devida ou creditada a todos os segurados a seu serviço, de forma coletiva por estabelecimento, por obra de construção civil e por tomador de serviços, com a correspondente totalização e resumo geral, nela constando:

c.1) discriminados, o nome de cada segurado e respectivo cargo, função ou serviço prestado;

c.2) agrupados, por categoria, os segurados empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual;

c.3) identificados, os nomes das seguradas em gozo de salário-maternidade;

c.4) destacadas, as parcelas integrantes e as não integrantes da remuneração e os descontos legais;

c.5) indicado, o número de cotas de salário-família atribuídas a cada segurado empregado ou trabalhador avulso;

A empresa deve manter, em cada estabelecimento e obra de construção civil executada sob sua responsabilidade, uma cópia da respectiva folha de pagamento.

d) lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições sociais a cargo da empresa, as contribuições sociais previdenciárias descontadas dos segurados, as decorrentes de sub-rogação, as retenções e os totais recolhidos;

e) fornecer ao contribuinte individual que lhes presta serviços, comprovante do pagamento de remuneração, consignando a identificação completa da empresa, inclusive com o seu número no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), o número de inscrição do segurado no RGPS, o valor da remuneração paga, o desconto da contribuição efetuado e o compromisso de que a remuneração paga será informada na Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP) e a contribuição correspondente será recolhida;

f) prestar à Receita Federal do Brasil (RFB) todas as informações cadastrais, financeiras e contábeis de interesse dos mesmos, na forma por eles estabelecida, bem como os esclarecimentos necessários à fiscalização;

g) exibir à fiscalização da RFB, quando intimada para tal, todos os documentos e livros com as formalidades legais intrínsecas e extrínsecas, relacionados com as contribuições sociais;

h) informar mensalmente, em GFIP emitida por estabelecimento da empresa, com informações distintas por tomador de serviço e por obra de construção civil, os dados cadastrais, os fatos geradores, a base

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de cálculo e os valores devidos das contribuições sociais e outras informações de interesse da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), na forma estabelecida no Manual da GFIP;

i) matricular-se no cadastro do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados da data do início de suas atividades, quando não inscrita no CNPJ;

j) matricular no cadastro do INSS obra de construção civil executada sob sua responsabilidade, dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados do início da execução;

k) comunicar ao INSS o acidente de trabalho ocorrido com segurado empregado e trabalhador avulso, até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato;

l) elaborar e manter atualizado Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT) com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores;

m) elaborar e manter atualizado Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) abrangendo as atividades desenvolvidas por trabalhador exposto a agente nocivo existente no ambiente de trabalho e fornecer ao trabalhador, quando da rescisão do contrato de trabalho, cópia autêntica deste documento;

n) elaborar e manter atualizadas as seguintes demonstrações ambientais quando exigíveis em razão da atividade da empresa:

n.1) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), que visa à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, por meio da antecipação, do reconhecimento, da avaliação e do conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle, devendo ser elaborado e implementado pela empresa, por estabelecimento, nos termos da NR 9, do MTE;

n.2) Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), que deverá ser elaborado e implementado pela empresa ou pelo estabelecimento, a partir do PPRA, PGR e PCMAT, com o caráter de promover a prevenção, o rastreamento e o diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive aqueles de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou de danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores, nos termos da NR 7 do MTE.

Fundamentação: art. 9º, inciso V da Lei nº 12.546/2011; art. 47, "caput" e incisos I a IV do art. 291, ambos da Instrução Normativa RFB nº 971/2009; art. 32 da Lei nº 8.212/1991; art. 22 da Lei nº 8.213/1991 e capítulo I, item 5 do Manual da GFIP/SEFIP, para usuários da versão 8.4, aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 880/2008; Norma Regulamentadora nº 9; Norma Regulamentadora nº 7.

1.3 CONCEITOS FISCAIS

Apresentamos abaixo os principais conceitos fiscais vigentes:

1.3.1 RECEITA BRUTA Nos termos da Instrução Normativa SRF nº. 51/1978, a receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens como receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens, nas operações de conta própria, e o preço dos serviços prestados (artigo 12 do Decreto-lei nº 1.598, de 26 d e dezembro de 1977). 1.3.2 VENDAS CANCELADAS Consoante Instrução Normativa SRF nº. 51/1978, as vendas canceladas correspondem a anulação de valores registrados como receita bruta de vendas e serviços; eventuais perdas ou ganhos decorrentes de cancelamento de venda, ou de rescisão contratual, não devem afetar a receita líquida de vendas e serviços, mas serão computados nos resultados operacionais

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1.3.3 DESCONTOS INCONDICIONAIS CONCEDIDOS A Instrução Normativa SRF n.º 51/1978 preconiza que os descontos incondicionais são parcelas redutoras do preço de vendas, quando constarem da nota fiscal de venda dos bens ou da fatura de serviços e não dependerem de evento posterior à emissão desses documentos. 1.3.4 RECEITA LÍQUIDA A Instrução Normativa SRF n.º 51/1978 conceitua receita líquida de vendas e serviços como a receita bruta de vendas e serviços, diminuída (a) das vendas canceladas, (b) dos descontos e abatimentos concedidos incondicionalmente e (c) dos impostos incidentes sobre as vencidas.

2. DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO 2.1 O QUE É A DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO? A desoneração da folha de pagamento é constituída de duas medidas complementares.

Em primeiro lugar, o governo está eliminando a atual contribuição previdenciária (20%) sobre a folha e adotando uma nova contribuição previdenciária sobre a receita bruta das empresas (descontando as receitas de exportação), em consonância com o disposto nas diretrizes da Constituição Federal.

Em segundo lugar, essa mudança de base da contribuição também contempla uma redução da carga tributária dos setores beneficiados, porque a alíquota sobre a receita bruta foi fixada em um patamar inferior àquela alíquota que manteria inalterada a arrecadação – a chamada alíquota neutra.

Legislação • Constituição Federal – Art. 195, §§ 12 e 13 • Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991 – Art. 22, inciso I e III • Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011

2.2 QUAIS OS OBJETIVOS DA DESONERAÇÃO? São múltiplos os objetivos.

Ampliar a competitividade da indústria nacional, por meio da redução dos custos laborais, e estimula as exportações, isentando-as da contribuição previdenciária.

Estimular ainda mais a formalização do mercado de trabalho, uma vez que a contribuição previdenciária dependerá da receita e não mais da folha de salários.

Por fim, reduz as assimetrias na tributação entre o produto nacional e importado, impondo sobre este último um adicional sobre a alíquota de Cofins-Importação igual à alíquota sobre a receita bruta que a produção nacional pagará para a Previdência Social.

2.3 A DESONERAÇÃO ATINGE TODAS AS CONTRIBUIÇÕES SOBRE A FOLHA?

Não. A substituição da base folha pela base faturamento se aplica apenas à contribuição patronal paga pelas empresas, equivalente a 20% de suas folhas salariais. Todas as demais contribuições incidentes sobre a folha de pagamento permanecerão inalteradas, inclusive o FGTS e a contribuição dos próprios empregados para o Regime Geral da Previdência Social. Ou seja, se a empresa for abrangida pela mudança, ela continuará recolhendo:

A contribuição dos seus empregados, e

73

As outras contribuições sociais incidentes sobre a folha de pagamento (como seguro de acidente de trabalho, salário- educação, FGTS e sistema S) da mesma forma que hoje.

Apenas a parcela patronal deixará de ser calculada como proporção dos salários e passará a ser calculada como proporção da receita bruta.

2.4 QUAL SERÁ A ALIQUOTA SOBRE A RECEITA BRUTA QUE AS EMPRESAS ENQUADRADAS NA MEDIDA PROVISÓRIA PAGARÃO? Vai depender do setor em que a empresa atua ou o produto que produza. O governo decidiu adotar duas alíquotas diferentes: • 1,0 % para as empresas que produzem determinados produtos industriais (identificados pelo código da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – TIPI); e • 2,0% para as empresas do setor de serviços, como aquelas do ramo hoteleiro, de call center e design houses, e que prestam os serviços de tecnologia de informação e tecnologia de informação e comunicação.

SOLUÇÃO DE CONSULTA No- 48, DE 11 DE MAIO DE 2012 ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias EMENTA: CONTRIBUIÇÃO SUBSTITUTIVA DAS EMPRESAS QUE PRESTAM EXCLUSIVAMENTE SERVIÇOS

DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO. De 1º de dezembro de 2011 até 31 de julho de 2012, a contribuição das empresas que prestam exclusivamente os

serviços de TI e TIC referidos no § 4o do artigo 14 da Lei no 11.774/2008 será calculada sobre o valor da receita

bruta, observadas as exclusões legalmente permitidas, em substituição às contribuições patronais incidentes sobre

as remunerações pagas, devidas ou creditadas aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes

individuais, à alíquota de 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento). De 1º de agosto de 2012 até 31 de

dezembro de 2014 a novel contribuição será calculada mediante a aplicação da alíquota de 2% (dois por cento). CONTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E DE TECNOLOGIA DA

INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO QUE SE DEDIQUEM A OUTRAS ATIVIDADES. O cálculo da contribuição devida pelas empresas de TI e TIC que se dediquem a outras atividades, de 1º de abril até

31 de julho de 2012, deverá ser feito da seguinte forma: a) sobre a parcela da receita bruta correspondente aos serviços de TI e TIC, observadas as exclusões legalmente

permitidas, aplica-se a alíquota de 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento); b) calcula-se a contribuição patronal de 20% incidente sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas

aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais que prestarem serviços à empresa e

multiplica-se o valor apurado pelo percentual resultante da razão entre a receita bruta das atividades que não

sejam de TI e TIC e a receita bruta total; c) soma-se o valor resultante de "a" e "b". De 1º de agosto de 2012 até 31 de dezembro de 2014 substitui-se a

alíquota de 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) pela alíquota de 2% (dois por cento). EMPRESAS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO. REDUÇÃO DE ALÍQUOTAS E CUMPRIMENTO DE REQUISITOS. As empresas de TI e de TIC, dedicando-se ou não a outras atividades, não estão obrigadas, durante a vigência do

regime substitutivo, a atender ao disposto no § 9º do artigo 14 da Lei nº 11.774/2008, haja vista que, no período

mencionado, não farão jus as reduções previstas no caput do mesmo artigo. Esta conclusão não dispensa o

cumprimento de obrigações similares (ou idênticas) porventura existentes nas legislações trabalhistas e de

benefícios previdenciários, uma vez que à Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB não é dado se imiscuir em

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matérias de competências, respectivamente, do Ministério do Trabalho e do Instituto Nacional do Seguro Social -

INSS. DISPOSITIVOS LEGAIS: MP nº 540/2011, artigos 7º e 23, § 2º, Lei nº 12.546/2011, artigos 7º, §§ 1º e 3º e 52,

§§ 2º e 3º, MP nº 563/2012, artigo 45, Lei nº 11.774/2008, artigo 14, caput e §§ 4º e 9º e Lei nº 8.212/1991,

artigo 22, I e III. MÁRIO HERMES SOAERS CAMPOS 2.4.1 Exemplo da redução provocada pela MP 563/2012

Faturamento Mensal X Substituição Tributária

Faturamento 1,00% 1,5% 2,0% 2,5

100.000,00 1.000,00 1.500,00 2.000,00 2.500,00

200.000,00 2.000,00 3.000,00 4.000,00 5.000,00

500.000,00 5.000,00 7.500,00 10.000,00 12.500,00

1.000.000,00 10.000,00 15.000,00 20.000,00 25.000,00

2.5 O QUE MUDA NO RECOLHIMENTO DA NOVA CONTRIBUIÇÃO? A contribuição previdenciária das empresas sobre a folha é recolhida, em geral, via Guia da Previdência Social (GPS), juntamente com a contribuição do empregado, no código 2100. A contribuição sobre a receita bruta das empresas, que agora está sendo estendida para outros setores, é recolhida por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), com os seguintes códigos*: I – 2985: Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta – Serviços II – 2991: Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta – Indústria. * Fonte: Ato Declaratório Executivo da Receita Federal do Brasil nº 47 de 27/04/2012. 2.6 ESTA MUDANÇA DE BASE DE CONTRIBUIÇÃO É PARA TODAS AS EMPRESAS?

Não é para todas as empresas, apenas para aquelas que se enquadrarem nas atividades econômicas ou que fabricarem produtos industriais listados na Medida Provisória 563/2012 (DOU 04/04/2012), além daquelas já beneficiadas pela Lei nº 12.546/2011, que inaugurou a desoneração da folha. Nesses casos, a empresa obrigatoriamente terá de passar a pagar sua contribuição previdenciária sobre a receita bruta oriunda da venda daqueles produtos. 2.7 COMO A UNIÃO FARÁ A COMPENSAÇÃO PARA O FUNDO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL? A legislação estabelece que a União compensará o Fundo do Regime Geral de Previdência Social no valor correspondente à estimativa de renúncia previdenciária decorrente da desoneração, conforme previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal, de forma a não afetar a apuração do resultado financeiro do Regime Geral de Previdência Social.

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2.8 COMO TER CERTEZA DE QUE OS IMPACTOS FISCAIS E ECONÔMICOS ESPERADOS VÃO OCORRER NA PRÁTICA? Para avaliar os resultados econômicos e os impactos fiscais da medida, o governo está constituindo uma Comissão Tripartite que terá a participação de membros do governo, representantes de trabalhadores e dos empresários.

Folha de Pagamento

20% INSS

Faturamento 1,0% 1,5%

5.000,00 1.000,00 100.000,00 1.000,00 1.500,00

10.000,00 2.000,00 200.000,00 2.000,00 3.000,00

20.000.00 4.000,00 300.000,00 3.000,00 4.500,00

50.000,00 10.000,00 500.000,00 5.000,00 7.500,00

100.000,00 20.000,00 1.000.000,00 10.000,00 15.0000,00

3 RECOLHIMENTO LEI 12.546/2011

3.1 EMPRESAS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) E DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC)

De 1º de dezembro de 2011 até 31 de Julho de 2012, a contribuição devida pelas empresas que prestam exclusivamente os serviços de Tecnologia da Informação (TI) e de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC):

a) será de 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos;

b) em substituição ao INSS patronal de 20% (vinte por cento) incidente sobre a remuneração paga ao empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual.

Consideram-se serviços de TI e TIC (art. 14, § 4º e art. 52, § 3º da Lei nº 11.774/2008):

a) análise e desenvolvimento de sistemas;

b) programação;

c) processamento de dados e congêneres;

d) elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos;

e) licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;

f) assessoria e consultoria em informática;

g) suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados;

h) planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas.

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3.2 EXEMPLOS

3.2.1 Tecnologia da Informação (TI) e de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC)

Empresas que prestam exclusivamente serviços de Tecnologia da Informação (TI) e de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais, nos termos do caput do art. 7º da Lei nº 12.546/2011:

Receita Bruta da empresa - R$ 120.000,00

Deduzindo as vendas canceladas e os descontos incondicionais que recebeu a receita fica em R$ 100.000,00

R$ 100.000,00 x 2,5% = R$ 2.500,00

Recolhimento por DARF no código 2985 = Valor de R$ 2.500,00

Observação: Em SEFIP – Movimento da Empresa será informado o valor correspondente aos 20% da patronal da folha de pagamento no campo Compensação, para que seja recolhido somente a parte descontada dos sócios e empregados, RAT, Terceiros e Cooperativa se houver.

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3.2.2 Atividades Concomitantes - Tecnologia da Informação (TI) e de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC)

Para aquelas empresas de Tecnologia da Informação (TI) e de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) que se dediquem ao mesmo tempo a outras atividades, além das previstas na letra "a" do presente item, até 31 de dezembro de 2014:

Etapa 1)

Será de 2,5% sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em relação aos seguintes serviços:

Faturamento Total da Empresa - R$ 100.000,00

Faturamento referente às Atividades NÃO relacionadas - R$ 30.000,00

Faturamento referente às Atividades relacionadas - R$ 70.000,00

Valor da base de cálculo de INSS Total da Empresa (folha de pagamento) - R$ 10.000,00

R$ 70.000,00 (atividades relacionadas) X 2,5% = R$ 1.750,00

Etapa 2)

20% sobre a remuneração dos trabalhadores (empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais), reduzindo-se o valor da contribuição a recolher ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de atividades não relacionadas aos serviços mencionados na linha "a" e a receita bruta total.

- Cálculo de 20% sobre a Base de cálculo do INSS de todos os funcionários + Sócios e Autônomos da Empresa, aplicando a redução do percentual resultante da razão entre receita bruta de atividades NÃO relacionadas com a receita bruta total.

R$ 10.000,00 X 20% = R$ 2.000,00

Do resultado aplica-se a redução do percentual resultante da razão entre a receita bruta da atividade NÃO relacionada com a receita bruta total R$ 30.000,00 (atividades não relacionadas)/R$ 100.000,00 (faturamento total da empresa) = 0,3

R$ 2.000,00 X 0,3 = R$ 600,00

Recolhimento Patronal - R$ 600,00

Logo, a empresa recolherá em DARF no Código 2985 a desoneração da folha de pagamento: R$1.750,00

Informará a título de compensação em SEFIP (conforme demonstrado acima) o valor de R$ 1.400,00

Recolherá R$ 600,00 correspondente aos 20% de cota patronal em GPS 2100, juntamente com alíquota RAT, Outras Entidades e o INSS descontado dos empregados.

Fundamentação: art. 183 da Lei nº 6.404/1976; "caput" e § 4º do art. 7º e art. 9º, incisos I e II da Lei nº 12.546/2011; art. 14, § 4º e art. 52, § 3º da Lei nº 11.774/2008.

3.4 REPRESENTANTE, DISTRIBUIDOR OU REVENDEDOR DE PROGRAMAS DE COMPUTADOR – EMPRESAS NÃO ABRANGIDAS

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A substituição dos encargos patronais não se aplica às empresas que exerçam exclusivamente as atividades de representante, distribuidor ou revendedor de programas de computador.

Fundamentação: art. 7º, § 2º da Lei nº 12.546/2011.

3.5 OUTRAS ATIVIDADES

De 1.4.2012 até 31.07.2012, no caso de empresas de TI e de TIC que se dediquem a outras atividades, além das previstas no tópico III deste curso, o cálculo da contribuição obedecerá às seguintes regras:

a) será de 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em relação aos seguintes serviços:

- análise e desenvolvimento de sistemas;

- programação;

- processamento de dados e congêneres;

- elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos;

- licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;

- assessoria e consultoria em informática;

- suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados;

- planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas;

- serviços de call center;

b) 20% (vinte por cento) sobre a remuneração dos trabalhadores (empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais), reduzindo-se o valor da contribuição a recolher ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de atividades não relacionadas aos serviços mencionados na linha "a" e a receita bruta total.

Fundamentação: art. 22, inciso I e III da Lei nº 8.212/1991; art. 14, § 4º da Lei nº 11.774/2008; art. 7º, §§ 2º e 4º e art. 52 da Lei nº 12.546/2011.

3.6 APLICAÇÃO CONCOMITANTE DE BENEFÍCIOS - LEI nº 12.546/2011 e LEI nº 11.774/2008 - IMPOSSIBILIDADE

Durante a vigência Lei nº 12.546/2011, as empresas abrangidas de TI e TIC, não farão jus às reduções previstas no art. 14 da Lei nº 11.774/2008.

O referido artigo define que o INSS patronal de 20% (incidente sobre a remuneração paga aos empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais):

a) fica reduzido pela subtração de 1/10 (um décimo) do percentual correspondente à razão entre a receita bruta de venda de serviços para o mercado externo e a receita bruta total de vendas de bens e serviços;

b) após a exclusão dos impostos e contribuições incidentes sobre a venda.

Fundamentação: art. 7º, § 1º da Lei nº 12.546/2011; art. 14, "caput" da Lei nº 11.774/2008.

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3.7 FABRICANTES DE PRODUTOS CLASSIFICADOS NA TABELA DE INCIDÊNCIA DO IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (TIPI)

Os fabricantes dos produtos mencionados neste tópico fazem jus à substituição da contribuição previdenciária patronal (CPP), conforme é demonstrado a seguir.

3.7.1 – FABRICANTES DE VESTIÁRIOS E SEUS ACESSÓRIOS E SEUS ACESSÓRIOS, ARTIGOS TÊXTEIS, CALÇADOS, CHAPEUS E COUROS - De 1º.12.2011 até 31.07.2012

De 1º de dezembro de 2011 até 31 de julho de 2012, contribuirão sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, à alíquota de 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), em substituição à contribuição previdenciária patronal (CPP) de 20% (vinte por cento), as empresas que fabriquem os seguintes produtos:

Classificação na Tabela de Incidência do Imposto sobre produtos industrializados (TIPI)

Códigos Descrição

3926.20.00 Vestuário e seus acessórios (incluídas as luvas, mitenes e semelhantes).

40.15 Vestuário e seus acessórios (incluídas as luvas, mitenes e semelhantes), de borracha vulcanizada não endurecida, para quaisquer usos.

42.03 Vestuário e seus acessórios, de couro natural ou reconstituído.

43.03 Vestuário, seus acessórios e outros artefatos de peleteria (peles com pêlo).

4818.50.00 Vestuário e seus acessórios

63.01 Cobertores e mantas.

63.02 Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha.

63.03 Cortinados, cortinas, reposteiros e estores; sanefas e artigos semelhantes para camas

63.04

Outros artefatos para guarnição de interiores, exceto da posição 94.04

94.04 - Suportes elásticos para camas (somiês); colchões, edredões, almofadas, pufes, travesseiros e artigos semelhantes, equipados com molas ou guarnecidos interiormente de quaisquer matérias, compreendendo esses artigos de borracha ou de plásticos, alveolares, mesmo recobertos.

63.05 Sacos de quaisquer dimensões, para embalagem.

6812.91.00 Vestuário, acessórios de vestuário, calçados e chapéus

9404.90.00

Outros edredões, almofadas, pufes, travesseiros e artigos semelhantes, equipados com molas ou guarnecidos interiormente de quaisquer matérias, compreendendo esses artigos de borracha ou de plásticos, alveolares, mesmo recobertos.

61 Vestuário e seus acessórios, de malha

62 Vestuário e seus acessórios, exceto de malha

4202.11.00 Baús para viagem, malas e maletas, incluídas as de toucador e as maletas e pastas para documentos e de estudante, e artefatos semelhantes com a superfície exterior de couro natural ou reconstituído, ou de couro envernizado.

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4202.21.00 Bolsas, mesmo com tiracolo, incluídas as que não possuam alças, com a superfície exterior de couro natural ou reconstituído, ou de couro envernizado.

4202.31.00 Artigos do tipo dos normalmente levados nos bolsos ou em bolsas com a superfície exterior de couro natural ou reconstituído, ou de couro envernizado.

4202.91.00 Outros produtos, com a superfície exterior de couro natural ou reconstituído, ou de couro envernizado, não compreendidos nem especificados em outras subposições da posição 4202.

4205.00.00 Outras obras de couro natural ou reconstituído.

6309.00 Artefatos de matérias têxteis, calçados, chapéus e artefatos de uso semelhante, usados

64.01

Calçados impermeáveis de sola exterior e parte superior de borracha ou plásticos, em que a parte superior não tenha sido reunida à sola exterior por costura ou por meio de rebites, pregos, parafusos, saliências (espigões) ou dispositivos semelhantes, nem formada por diferentes partes reunidas pelos mesmos processos.

64.02 Outros calçados com sola exterior e parte superior de borracha ou plásticos.

64.03 Calçados com sola exterior de borracha, plásticos, couro natural ou reconstituído e parte superior de couro natural.

64.04 Calçados com sola exterior de borracha, plásticos, couro natural ou reconstituído e parte superior de matérias têxteis.

64.05 Outros calçados

64.06

Partes de calçados (incluídas as partes superiores, mesmo fixadas a solas que não sejam as solas exteriores); palmilhas amovíveis, reforços interiores e artefatos semelhantes, amovíveis; polainas, perneiras e artefatos semelhantes, e suas partes.

Fundamentação: art. 183 da Lei nº 6.404/1976; Decreto nº 6.006/2006; arts. 8º, 9º e 52 da Lei nº 12.546/2011.

Empresas Fabricantes de Produtos Classificados na Tipi (Art. 8º da Lei 12.546/2011)

Receita Bruta da empresa - R$ 120.000,00

Deduzindo as vendas canceladas e os descontos incondicionais que recebeu a receita fica em R$ 100.000,00

R$ 100.000,00 x 1,5% = R$ 1.500,00

Recolhimento por DARF no código 2991 = Valor de R$1.500,00

3.7.2 FABRICANTES DE COUROS, GRAMPOS, COLCHETES, ILHOSES, BOTÕES, BOLAS INFLÁVEIS, DENTRE OUTROS - De 1.4.2012 até 31.07.2012

De 1º de abril de 2012 até 31 de julho de 2012, contribuirão sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, à alíquota de 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), em substituição à contribuição previdenciária patronal (CPP) de 20% (vinte por cento), as empresas que fabriquem os produtos classificados na Tipi, a seguir:

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Classificação na Tabela de Incidência do Imposto sobre produtos industrializados (TIPI)

Códigos Descrição

41.04 Couros e peles curtidos ou "crust", de bovinos (incluídos os búfalos) ou de eqüídeos, depilados, mesmo divididos, mas não preparados de outro modo.

41.05 Peles curtidas ou "crust" de ovinos, depiladas, mesmo divididas, mas não preparadas de outro modo.

41.06 Couros e peles, depilados, de outros animais e peles de animais desprovidos de pelos, curtidos ou "crust", mesmo divididos, mas não preparados de outro modo.

41.07 Couros preparados após curtimenta ou após secagem e couros e peles apergaminhados, de bovinos (incluídos os búfalos) ou de eqüídeos, depilados, mesmo divididos, exceto os da posição 41.14.

41.14 Couros e peles acamurçados (incluída a camurça combinada); couros e peles envernizados ou revestidos; couros e peles metalizados.

8308.10.00 Grampos, colchetes e ilhoses

8308.20.00 Rebites tubulares ou de haste fendida

96.06.10.00 Botões de pressão e suas partes

9606.21.00 Botões de plásticos, não recobertos de matérias têxteis

9606.22.00 Botões de metais comuns, não recobertos de matérias têxteis.

9506.62.00 Bolas infláveis, exceto de golfe ou de tênis de mesa.

Fundamentação: art. 183 da Lei nº 6.404/1976; Decreto nº 6.006/2006; art. 8º, "caput" e art. 52, § 3º da Lei nº 12.546/2011.

3.7.3 – OUTRAS ATIVIDADES

No caso de empresas que se dediquem a outras atividades, além das previstas nos subtópicos 3.7.1 e 3.7.2 deste Roteiro, o cálculo da contribuição obedecerá:

a) a alíquota de 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), em substituição à contribuição previdenciária patronal de 20%, quanto à parcela da receita bruta correspondente aos produtos relacionados nos subtópicos 3.7.1 e 3.7.2 deste Roteiro;

b) a contribuição previdenciária patronal (CPP) de 20% (vinte por cento) sobre a remuneração paga aos empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais, reduzindo-se o valor da contribuição a recolher ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de atividades não relacionadas à fabricação dos produtos arrolados nos subtópicos 3.7.1 e 3.7.2 deste Roteiro e a receita bruta total.

No caso de empresas que concomitantemente desenvolvam atividades que estejam relacionadas com a Lei 12.546/2011, com outras não previstas, o cálculo da contribuição será procedido da seguinte forma:

Etapa 1)

Será de 1,5% sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em relação aos seguintes serviços:

a) Faturamento Total da Empresa no mês de Dezembro/2011 - R$ 100.000,00

b) Faturamento referente às Atividades NÃO relacionadas - R$ 30.000,00

c) Faturamento referente às Atividades relacionadas (a-b) - R$ 70.000,00

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Valor da base de cálculo de INSS Total da Empresa (folha de pagamento) R$ 10.000,00

Recolhimento do INSS - Patronal - 10.000,00 x 20%= R$ 2.000,00

1,5% sobre o valor do faturamento das atividades relacionadas na Lei nº 12.546/2011:

70.000,00 X 1,5% = R$ 1.050,00

Etapa 2)

Do resultado aplica-se a redução do percentual resultante da razão entre a receita bruta da atividade NÃO relacionada com a receita bruta total R$ 30.000,00 (atividades não relacionadas) / R$100.000,00 (faturamento total da empresa) = 0,3

R$ 2.000,00 X 0,3 = R$ 600,00

Recolhimento Patronal = R$ 600,00

Logo, a empresa recolherá em DARF no Código 2991a desoneração da folha de pagamento: R$ 1.050,00

Informará a título de compensação em SEFIP (conforme demonstrado acima) o valor de R$ 1.400,00

Recolherá R$ 600,00 correspondente aos 20% de cota patronal em GPS 2100, juntamente com alíquota RAT, Outras Entidades e o INSS descontado dos empregados.

Fundamentação: art. 22, incisos I e III da Lei nº 8.212/1991; art. 8º, parágrafo único da Lei nº 12.546/2011.

4 LEI 12.715/2012 ( CONVERSÃO DA MP 563/2012)

Lei nº 12.715, de 17 de setembro de 2012

Altera a alíquota das contribuições previdenciárias sobre a folha de salários devidas pelas

empresas que especifica;

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a

seguinte Lei:

Art. 55. A Lei no 12.546, de 14 de dezembro de 2011, passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 7o Até 31 de dezembro de 2014, contribuirão sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas

canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em substituição às contribuições previstas nos

incisos I e III do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, à alíquota de 2% (dois por cento):

I - as empresas que prestam os serviços referidos nos §§ 4o e 5o do art. 14 da Lei no 11.774, de 17 de

setembro de 2008;

II - as empresas do setor hoteleiro enquadradas na subclasse 5510-8/01 da Classificação Nacional de

84

Atividades Econômicas - CNAE 2.0;

III - as empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal,

intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional enquadradas nas

classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0.

.............................................................................................

§ 2o O disposto neste artigo não se aplica a empresas que exerçam as atividades de representante,

distribuidor ou revendedor de programas de computador, cuja receita bruta decorrente dessas

atividades seja igual ou superior a 95% (noventa e cinco por cento) da receita bruta total.

.............................................................................................

§ 6o No caso de contratação de empresas para a execução dos serviços referidos no caput, mediante

cessão de mão de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, a

empresa contratante deverá reter 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) do valor bruto da nota

fiscal ou fatura de prestação de serviços." (NR)

"Art. 8o Até 31 de dezembro de 2014, contribuirão sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas

canceladas e os descontos incondicionais concedidos, à alíquota de 1% (um por cento), em substituição

às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, as

empresas que fabricam os produtos classificados na Tipi, aprovada pelo Decreto no7.660, de 23 de

dezembro de 2011, nos códigos referidos no Anexo desta Lei.

I - (revogado);

II - (revogado);

III - (revogado);

IV - (revogado);

V - (revogado).

§ 1o O disposto no caput:

I - aplica-se apenas em relação aos produtos industrializados pela empresa;

II - não se aplica:

a) a empresas que se dediquem a outras atividades, além das previstas no caput, cuja receita bruta

decorrente dessas outras atividades seja igual ou superior a 95% (noventa e cinco por cento) da receita

bruta total; e

85

b) aos fabricantes de automóveis, comerciais leves (camionetas, picapes, utilitários, vans e furgões),

caminhões e chassis com motor para caminhões, chassis com motor para ônibus, caminhões-tratores,

tratores agrícolas e colheitadeiras agrícolas autopropelidas.

§ 2o Para efeito do inciso I do § 1o, devem ser considerados os conceitos de industrialização e de

industrialização por encomenda previstos na legislação do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.

§ 3o O disposto no caput também se aplica às empresas:

I - de manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correlatos;

II - de transporte aéreo de carga;

III - de transporte aéreo de passageiros regular;

IV - de transporte marítimo de carga na navegação de cabotagem;

V - de transporte marítimo de passageiros na navegação de cabotagem;

VI - de transporte marítimo de carga na navegação de longo curso;

VII - de transporte marítimo de passageiros na navegação de longo curso;

VIII - de transporte por navegação interior de carga;

IX - de transporte por navegação interior de passageiros em linhas regulares; e

X - de navegação de apoio marítimo e de apoio portuário.

§ 4o A partir de 1o de janeiro de 2013, ficam incluídos no Anexo referido no caput os produtos

classificados nos seguintes códigos da Tipi:

I - 9503.00.10, 9503.00.21, 9503.00.22, 9503.00.29, 9503.00.31, 9503.00.39, 9503.00.40, 9503.00.50,

9503.00.60, 9503.00.70, 9503.00.80, 9503.00.91, 9503.00.97, 9503.00.98, 9503.00.99;

II - (VETADO)." (NR)

"Art. 9o .........................................................................

.............................................................................................

VI - (VETADO).

§ 1o No caso de empresas que se dedicam a outras atividades além das previstas nos arts. 7o e 8o, até

86

31 de dezembro de 2014, o cálculo da contribuição obedecerá:

I - ao disposto no caput desses artigos quanto à parcela da receita bruta correspondente às atividades

neles referidas; e

II - ao disposto no art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, reduzindo-se o valor da contribuição a

recolher ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de atividades não relacionadas aos

serviços de que trata o caput do art. 7o ou à fabricação dos produtos de que trata o caput do art. 8o e a

receita bruta total, apuradas no mês.

§ 2o A compensação de que trata o inciso IV do caput será feita na forma regulamentada em ato

conjunto da Secretaria da Receita Federal do Brasil, Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da

Fazenda, Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e Ministério da Previdência Social, mediante

transferências do Orçamento Fiscal.

§ 3o Relativamente aos períodos anteriores à tributação da empresa nas formas instituídas pelos

arts. 7o e 8o desta Lei, mantém-se a incidência das contribuições previstas no art. 22 da Lei no8.212, de

24 de julho de 1991, aplicada de forma proporcional sobre o 13o (décimo terceiro) salário.

§ 4o Para fins de cálculo da razão a que se refere o inciso II do § 1o, aplicada ao 13o (décimo terceiro)

salário, será considerada a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao mês de

dezembro de cada ano-calendário.

§ 5o O disposto no § 1o aplica-se às empresas que se dediquem a outras atividades, além das previstas

nos arts. 7o e 8o, somente se a receita bruta decorrente de outras atividades for superior a 5% (cinco

por cento) da receita bruta total.

§ 6o Não ultrapassado o limite previsto no § 5o, a contribuição a que se refere o caput dos arts. 7o e 8o

será calculada sobre a receita bruta total auferida no mês.

§ 7o Para efeito da determinação da base de cálculo, podem ser excluídos da receita bruta:

I - as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos;

II - (VETADO);

III - o Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, se incluído na receita bruta; e

IV - o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços

de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, quando cobrado pelo vendedor

dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário.

§ 8o (VETADO)." (NR)

87

"Art. 10. .......................................................................

Parágrafo único. Os setores econômicos referidos nos arts. 7o e 8o serão representados na comissão

tripartite de que trata o caput." (NR)

"Art. 47. ........................................................................

§ 1o O disposto no caput deste artigo aplica-se também às aquisições de matérias-primas de origem

vegetal, de pessoa jurídica que exerça atividade agropecuária, de cooperativa de produção

agropecuária ou de cerealista que exerça cumulativamente as atividades de limpar, padronizar,

armazenar e comercializar a matéria-prima destinada à produção de biodiesel.

..................................................................................." (NR)

"Art. 47-A. Fica suspensa a incidência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins sobre as receitas

decorrentes da venda de matéria-prima in natura de origem vegetal, destinada à produção de biodiesel,

quando efetuada por pessoa jurídica ou cooperativa referida no § 1o do art. 47 desta Lei."

Art. 56. A Lei no 12.546, de 14 de dezembro de 2011, passa a vigorar acrescida do Anexo desta Lei.

Vigência

Art. 78. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos:

§ 2o Os arts. 53 a 56 entram em vigor no 1o (primeiro) dia do 4o (quarto) mês subsequente à data de

publicação da Medida Provisória no 563, de 3 de abril de 2012, produzindo efeitos a partir de sua

regulamentação, à exceção:

I - da nova redação dada ao § 15 e ao novo § 23 do art. 8o da Lei no 10.865, de 30 de abril de 2004,

que entram em vigor na data de publicação desta Lei;

II - do disposto no inciso III do caput do art. 7o e no § 3o do art. 8o da Lei no 12.546, de 14 de dezembro

de 2011, que entra em vigor em 1o de janeiro de 2013;

III - da contribuição sobre o valor da receita bruta relativa às empresas que fabricam os produtos

classificados nas posições 2515.11.00, 2515.12.10, 2516.11.00, 2516.12.00, 6801.00.00, 6802.10.00,

6802.21.00, 6802.23.00, 6802.29.00, 6802.91.00, 6802.92.00, 6802.93.10, 6802.93.90, 6802.99.90,

6803.00.00, 8473.30.99, 8504.90.10, 8518.90.90 e 8522.90.20 da Tipi, que entra em vigor no 1o

(primeiro) dia do 4o (quarto) mês subsequente à data de publicação desta Lei; e

IV - da contribuição sobre o valor da receita bruta relativa às empresas que fabricam os produtos

classificados nas posições 01.03, 02.06, 02.09, 05.04, 05.05, 05.07, 05.10, 05.11, 10.05, 11.06, 12.01,

12.08, 12.13, no Capítulo 15, no Capítulo 16, no Capítulo 19, nas posições 23.01, 23.04, 23.06, 2309.90,

30.02, 30.03, 30.04 da Tipi, que entra em vigor no 1o (primeiro) dia do 4o (quarto) mês subsequente à

88

data de publicação desta Lei.

Art. 79. Ficam revogados:

III - a partir do 1o (primeiro) dia do 4o (quarto) mês subsequente à data de publicação da Medida

Provisória no 563, de 3 de abril de 2012, ou da data da regulamentação referida no § 2o do art. 78 desta

Lei, o que ocorrer depois, os §§ 3o e 4o do art. 7o da Lei no 12.546, de 14 de dezembro de 2011;

IV - (VETADO).

Brasília, 17 de setembro de 2012; 191o da Independência e 124o da República.

DILMA ROUSSEFF

Alessandro de Oliveira Soares

Antonio de Aguiar Patriota

Nelson Henrique Barbosa Filho

Aloizio Mercadante

Alexandre Rocha Santos Padilha

Fernando Damata Pimentel

Edison Lobão

Paulo Bernardo Silva

Garibaldi Alves Filho

Marta Suplicy

Março Antonio Raupp

Luís Inácio Lucena Adams

Leônidas Cristino

89

Confira os setores que já substituíram a contribuição previdenciária

Setor Segmento Alíquota

(em %)

Indústria BK mecânico 1

Indústria Material elétrico 1

Indústria Couro e calçados 1

Indústria Auto-peças 1

Indústria Confecções 1

Indústria Têxtil 1

Indústria Plásticos 1

Indústria Móveis 1

Indústria Fabricação de aviões 1

Indústria Fabricação de navios 1

Indústria Fabricação de ônibus 1

Serviços Call Center 2

Serviços Design Houses 2

Serviços Hotéis 2

Serviços TI & TIC 2

90

5 NOVOS BENEFICIADOS PELA MEDIDA PROVISÓRIA 582/2012

A Medida Provisória nº 582/2012, publicada no dia 21.09.2012 no “Diário Oficial da União”, lista os 15

novos setores beneficiados pela desoneração da folha de pagamento.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia divulgado que 25 novos setores seriam contemplados

com a medida; 10 foram atendidos com a sanção da Medida Provisória nº 563 no início desta semana, e

ainda faltava a confirmação oficial dos outros 15 setores.

Um dos setores contemplados foi o grupo de aves e suínos, cujo benefício havia sido vetado na MP

563.

Com a MP 582, completa-se a lista de 40 setores beneficiados com a desoneração da contribuição

previdenciária de 20% sobre a folha de pagamento, que será substituída por uma alíquota de 1% a 2%

sobre o faturamento.

Segundo a Medida Provisória serão beneficiados os seguintes setores:

Aves e suínos (carnes e miudezas refrigeradas);

Os setores de pescado (peixes vivos, peixes frescos, refrigerados ou congelados);

Produtos de beleza ou de maquiagem;

Navalhas e aparelhos de barbear;

Equipamentos médicos e odontológicos;

Bicicletas;

Pneus e câmaras de ar;

Papel e celulose;

Vidros;

Fogões e refrigeradores;

Cerâmicas, tintas e vernizes;

Construção metálica;

Equipamento ferroviário;

Fabricação de ferramentas;

Fabricação de forjados de aço;

Parafusos, porcas, trefilados e instrumentos óticos.

A partir da mesma data (01.01.2013), deixarão de serem incluídas na desoneração da folha de

pagamento as empresas de materiais plásticos que fabricam garrafões, garrafas, frascos e artigos

semelhantes.

Confiram os 25 novos setores beneficiados pela desoneração da folha de pagamentos

a partir de 01.01.2013

91

Setor Segmento Alíquota

(em %)

Indústria Aves, suínos e derivados 1

Indústria Pescado 1

Indústria Pães e massas 1

Indústria Fármacos e medicamentos 1

Indústria Equipamentos médicos e

odontológicos*

1

Indústria Bicicletas 1

Indústria Pneus e câmaras de ar 1

Indústria Papel e celulose 1

Indústria Vidros 1

Indústria Fogões, refrigeradores e

lavadoras

1

Indústria Cerâmicas 1

Indústria Pedras e rochas ornamentais 1

Indústria Tintas e vernizes 1

Indústria Construção metálica 1

Indústria Equipamento ferroviário 1

Indústria Fabricação de ferramentas 1

Indústria Fabricação de forjados de aço 1

Indústria Parafusos, porcas e trefilados 1

Indústria Brinquedos 1

Indústria Instrumentos óticos 1

Serviços Suporte técnico informática 2

Serviços

Manutenção e reparação de

aviões

1

92

Transporte Transporte aéreo 1

Transporte Transporte marítimo, fluvial e

navegação de apoio

1

Transporte Transporte rodoviário coletivo 2

5 CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA PATRONAL (CPP) SOBRE O 13º SALÁRIO

5.1 SEFIP COMPETÊNCIA 13 – DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO – ANO 2011

A contribuição previdenciária a cargo da empresa, que esteja substituída por contribuição sobre o valor da receita bruta, não incidirá sobre o valor de 1/12 (um doze avos) do décimo terceiro salário de segurados empregados e trabalhadores avulsos referente à competência dezembro de 2011.

Em se tratando de empresas que se dediquem a outras atividades, além da fabricação dos produtos classificados nos códigos mencionados nos subtópicos 4.1 e 4.2, é necessário:

a) aplicar a alíquota de 20% (vinte por cento), sobre o valor de 1/12 (um doze avos) do 13º salário de segurados empregados e trabalhadores avulsos, referente à competência dezembro de 2011, reduzindo-se o valor da contribuição a recolher do percentual resultante da razão entre:

b.1) a receita bruta de atividades não relacionadas à fabricação dos produtos mencionados; e

b.2) a receita bruta total relativa ao mês de dezembro de 2011.

Sobre o saldo do valor do 13º terceiro salário relativo às competências anteriores a dezembro de 2011, incidirá a contribuição previdenciária patronal (CPP) de 20% (vinte por cento), sem considerar a receita bruta auferida pela empresa.

1) Exemplo:

Folha de pagamento com 2 empregados e 1 pró-labore:

Empregado 1: 13º de 6/12 sobre um salário de R$ 1.000,00 = R$ 500,00

Empregado 2: 13º de 12/12 sobre um salário de R$ 1.200,00 = R$ 1.200,00

Pró-labore: Sem 13º salário obviamente = R$ 0,00

Base de cálculo de INSS sobre o 13º salário = R$ 1.700,00

Expurga-se R$ 83,33 referente 1/12 do empregado 1 = R$ 83,33

Expurga-se R$ 100,00 referente 1/12 do empregado 2 = R$ 100,00

Base de cálculo líquida após o expurgo = R$ 1.516,67

93

20% de INSS patronal sobre a base líquida = R$ 303,33 (R$ 1.516,67 x 20%)

A GFIP 13 vai calcular 20% de INSS patronal = R$ 340,00 (R$ 1.700,00 x 20%)

Diferença a lançar no campo "compensação" = R$ 36,67 (R$ 340,00 – R$ 303,33)

Caso a empresa de TI/TIC tenha atividades mistas não abrangidas pela Lei, ela só vai entrar na nova modalidade em Abril/2012, conforme rege o artigo 52, §2º da Lei nº 12.546/2011.

2) Exemplo :

No caso de empresas de outras atividades abrangidas

Em caso de atividades abrangidas e não abrangidas pela Lei nº 12.546/2011, a diferença a lançar em compensações na GFIP será o percentual resultante da razão entre a receita bruta das atividades não abrangidas e a receita bruta total.

Receita bruta total Dezembro/2011 = R$ 100.000,00

Receita bruta atividade abrangida = R$ 40.000,00 (40% da Receita bruta total)

Receita bruta atividade não abrangida = R$ 60.000,00

Do resultado aplica-se a redução do percentual resultante da razão entre a receita bruta da atividade NÃO relacionada com a receita bruta total R$ 60.000,00 (atividades não relacionadas)/R$ 100.000,00 (faturamento total da empresa) = 0,6

Diferença do INSS patronal = R$ 36,67 (R$ 340,00 - R$ 303,33)

Diferença a lançar no campo "compensação" = R$ 14,66 (40% de R$ 36,67)

Fundamentação: art. 22, incisos I e III da Lei nº 8.212/1991; arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011; arts. 1º e 2º do Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 42/2011.

5.2 SEFIP COMPETÊNCIA 13 – DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO – ANO 2012

As empresas que gozam da substituição da contribuição previdenciária patronal (CPP) deverão lançar no SEFIP:

a) em relação ao 13º (décimo terceiro) salário declarado na competência 13 (treze):

a.1) no campo "Compensação" - a diferença entre o valor calculado pelo SEFIP e o valor apurado pela empresa.

Fundamentação: art. 6º Ato Declaratório Executivo COSAR nº 93/2011; arts. 1º e 2º do Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 42/2011.

6 RECOLHIMENTO POR MEIO DO DARF – CONTRIBUIÇÕES ABRANGIDAS PELA SUBSTITUIÇÃO

As empresas beneficiadas com a substituição da contribuição previdenciária patronal (CPP) deverão:

94

a) arrecadar as contribuições a seu cargo até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia;

b) utilizar o Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) com um dos seguintes códigos:

2985 - Contribuição previdenciária sobre receita bruta - Empresas prestadoras de serviços de tecnologia da informação - TI e tecnologia da informação e comunicação - TIC;

2991 - Contribuição previdenciária sobre receita bruta - Demais.

Atos específicos da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) disciplinarão a confissão do débito em Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), bem como a forma de declarar os fatos geradores das contribuições sobre a receita bruta.

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

02 PERÍODO DA APURAÇÃO

→ 00/00/0000

DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO DE RECEITAS FEDERAIS

03 NUMERO DO CPF OU CGC

→ 00.000.000/0000-00

DARF 04 CÓDIGO DA RECEITA

→ 2985 ou 2991

01) NOME/TELEFONE: Colocar o Nome e o Telefone do Contribuinte

05 NUMERO DE REFERENCIA

Veja no verso instruções para preenchimento

06 DATA DO VENCIMENTO

→ 00/00/0000

07 VALOR DO PRINCIPAL

→ 000,00

ATENÇÃO É vedado o recolhimento de tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal cuja o valor total seja inferior a R$ 10,00. Ocorrendo tal situação, adicione esse valor ao tributo/contribuição de mesmo código de períodos subseqüentes, ate que o total seja igual ou superior a R$ 10,00.

08 VALOR DA MULTA

→ 0,00

09 VALOR DOS JUROS E/OU ENCARGOS DL - 1.025/69

→ 0,00

10 VALOR TOTAL

→ 000,00

11 AUTENTICAÇÃO BANCARIA (SOMENTE NAS 1ª E 2ª VIAS)

95

Como preencher:

CAMPO 1 - NOME/TELEFONE - Colocar o nome e o telefone do contribuinte - Exemplo hipotético: MFB SISTEMAS LTDA

CAMPO 2 - PERÍODO DA APURAÇÃO - Colocar a data de ocorrência do fato gerador ou do encerramento do período - Exemplo hipotético: 31/12/2011

CAMPO 3 - NUMERO DO CPF OU CGC - Preencher com o número completo do CNPJ, no caso de pessoa jurídica - Exemplo hipotético: 00.000.000/0000-00

CAMPO 4 - CÓDIGO DA RECEITA - Colocar o código correspondente à espécie de receita que estiver sendo paga - Exemplo hipotético: 2985 ou 2991

CAMPO 06 - DATA DO VENCIMENTO - Colocar a data de vencimento fixado na legislação, mesmo no caso de pagamento antes ou após essa data - Exemplo hipotético: 20/01/2012

CAMPO 07 - VALOR DO PRINCIPAL - Colocar o valor do principal que está sendo recolhido - Exemplo hipotético: R$ 500,00

CAMPO 10 - VALOR TOTAL - Colocar o valor igual ao indicado no campo 07, se o recolhimento estiver sendo dentro do prazo indicado no campo 06; ou a soma dos valores indicados nos campos 07, 08 e 09 se o pagamento estiver sendo feito após esse prazo - Exemplo hipotético: R$ 500,00

Fundamentação: "caput" e alínea "b" do inciso I do art. 30 da Lei nº 8.212/1991; art. 9º, inciso III da Lei nº 12.546/2011; art. 1º do Ato Declaratório Executivo CODAC nº 86/2011; art. 5º do Ato Declaratório Executivo COSAR nº 93/2011.

6.1 PRAZO DO PAGAMENTO

As empresas beneficiadas com a substituição da contribuição previdenciária patronal (CPP) deverão arrecadar as contribuições a seu cargo até o dia 20 (vinte) do mês subseqüente ao da competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia.

Fundamentação: "caput" e alínea "b" do inciso I do art. 30 da Lei nº 8.212/1991; art. 9º, inciso III da Lei nº 12.546/2011.

6.2 RECOLHIMENTO EM ATRASO

Em caso de ultrapassar o prazo legal para o recolhimento da DARF, deverá ser gerada uma avulsa para o pagamento, aplicando-se os mesmos cálculos da Receita Federal.

7 RECOLHIMENTO POR MEIO DA GPS – CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS NÃO ABRANGIDAS PELA SUBSTITUIÇÃO

A empresa é obrigada:

a) a arrecadar a contribuição previdenciária do trabalhador a seu serviço, mediante desconto na remuneração paga, devida ou creditada a este segurado; e

b) recolher o produto arrecadado juntamente com as contribuições a seu cargo (não abrangidas pela substituição prevista na Lei 12.546/2011) até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia.

96

As contribuições sociais administradas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) destinadas à Previdência Social e as destinadas às outras entidades ou fundos deverão ser recolhidas por meio de Guia da Previdência Social (GPS), utilizando os códigos de receita constantes no Ato Declaratório Executivo CODAC nº 71/2011.

Fundamentação: "caput" e alínea "b" do inciso I do art. 30 da Lei nº 8.212/1991; art. 1º do Ato Declaratório Executivo CODAC nº 71/2011.

8. EMPRESAS OPTANTES PELO SIMPLES

As empresas optantes pelo Simples enquadradas nos Anexos I, II, III e V não estão sujeitas ao recolhimento da contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de pagamento de seus empregados, trabalhadores avulsos e demais contribuintes individuais a seu serviço através da GPS.

Desta forma, não será aplicado para elas à substituição prevista na Lei nº 12.546/2011.

Já, em relação às empresas optantes pelo Simples enquadradas ao Anexo IV, sujeitas ao recolhimento da contribuição previdenciária patronal de 20% através da GPS não foi estabelecido nenhum tratamento diferenciado. Assim, poderia ser aplicada a substituição.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 70, DE 27 DE JUNHO DE 2012

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias

EMENTA: CONTRIBUIÇÃO SUBSTITUTIVA. EMPRESAS OPTANTES PELO SIMPLES NACIONAL. NÃO APLICAÇÃO.

1. Às empresas optantes pelo Simples Nacional, cujos segmentos tenham sido contemplados pelo art. 7º da Medida Provisória nº 540, de 2011, e pelo art. 7º da Lei nº 12.546, de 2011, não se aplica o regime substitutivo de desoneração da folha de salários.

2. Havendo interesse da pessoa jurídica de recolher as contribuições na forma do regime substitutivo, ela deverá solicitar sua exclusão do Simples Nacional, considerando que não é possível a utilização de regime misto, com incidência, concomitante, da Lei Complementar nº 123, de 2006, e das normas que regulamento regime substitutivo de desoneração da folha de pagamento.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Constituição Federal de 1988, art. 195, § 13; Medida Provisória nº540, de 2011, art. 7º; Medida Provisória nº 563, de 2012, art. 45; Lei nº 12.546, de 2011, art. 7º; Lei nº 8.212, de 1991, art. 22, I e III; Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18; Resolução Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94, de 2011, art. 16.

MÁRIO HERMES SOARES CAMPOS

Chefe

9 EMPRESAS SEM MOVIMENTO

a) Paralisadas - Não teriam recolhimento da DARF por não ter faturamento, e a SEFIP seria entregue como ausência de fato gerador.

97

b) Distribuição de lucros dos sócios – não gera SEFIP mensal, porém terá o

recolhimento da DARF será obrigatório. 9.1 Pró-labore - Obrigatoriedade

A retirada de pró-labore não é uma obrigatoriedade legal, mas uma exigência administrativa da Previdência Social, pois há o posicionamento de que toda empresa deverá possuir um administrador, sendo que se este for um dos sócios, deverá possuir uma remuneração pelos serviços prestados, através do pró-labore.

Porém, se a empresa ainda não possui movimento, poderá alegar este fato para o não recolhimento temporariamente.

Fundamento legal: Arts. 9°, V, alínea "h" e 201, § 5.° do Decreto n.° 3.048/99 do INSS.

10 EMPRESAS SEM EMPREGADO Nesta situação, será recolhido o valore referente à retirada de pró-labore dos sócios na SEFIP, e o percentual do faturamento será recolhido no DARF. Exemplo:

a) Pro-Labore teto máximo – R$ 3.916,20 x 11% = R$ 430,78 b) Faturamento da empresa – R$ 500.000,00 x 1,5% = R$ 7.500,00

11 MATRIZ E FILIAL A legislação estabelece o termo "empresa" que se entende por todos os estabelecimentos (matriz e filiais), logo consideraria a receita bruta total somando-se matriz e filiais e calculando as atividades concomitantes, porém orienta-se uma consulta a Receita Federal.

Art. 7º Até 31 de dezembro de 2014, a contribuição devida pelas empresas que prestam exclusivamente os serviços de Tecnologia da Informação (TI) e de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), referidos no § 4º do art. 14 da Lei nº 11.774, de 17 de setembro de 2008, incidirá sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, à alíquota de 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento).

- Em caso de atividades distintas? O conceito trazido pela legislação federal, quando refere-se a receita bruta, vai observar a totalidade da empresa (soma matriz e filial). Sendo fácil visualização quando a matriz e filial realiza as mesmas atividades. A dificuldade será quando as atividades forem distintas, para aplicação da Lei nº 12.546/2011. Assim, sempre encaminhado para a Receita Federal do Brasil ser consultada.

SOLUÇÃO DE CONSULTA N o 38, DE 21 DE MAIO DE 2012 ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias

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EMENTA: Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB). O regime da chamada Contribuição Previdenciária Patronal substitutiva da folha de pagamento, instituído, na espécie, pelo art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011, alterado pela Medida Provisória nº 563, de 2012, é obrigatório para as empresas abrangidas por essas disposições legais, e os recolhimentos dos valores referentes à CPRB devem ser efetuados de forma centralizada pelo estabelecimento matriz, nos mesmos moldes das demais contribuições sociais incidentes sobre a receita bruta, de modo que a respectiva base de cálculo alcança, inclusive, portanto, a receita bruta auferida por filiais, ainda que, na hipótese, estas últimas exerçam, exclusivamente, atividade comercial. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 12.546, de 2011, arts, 7º a 10, com redação da Medida Provisória nº 563, de 2012; Instrução Normativa RFB nº 1.110, de 2010, art. 6º, inciso XII, § 11, alterada pela Instrução Normativa RFB nº 1.258, de 2012; Ato Declaratório Executivo Codac nº 93, de 2011, art. 5º, parágrafo único. ISABEL CRISTINA DE OLIVEIRA

DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO SOLUÇÃO DE CONSULTA No-45, DE 14 DE JUNHO DE 2012

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias EMENTA: Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB). Os recolhimentos dos valores pertinentes à chamada Contribuição Previdenciária Patronal substitutiva da Folha de Pagamentos, instituída, na espécie, pelo art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011, alterado pela Medida Provisória nº 563, de 2012, devem ser efetuados de forma centralizada pelo estabelecimento matriz, nos mesmos moldes das demais contribuições sociais incidentes sobre a receita bruta, de modo que, na respectiva base de cálculo, deve ser incluída, portanto, a receita bruta auferida por filiais, ainda que, na hipótese, estas últimas exerçam, exclusivamente, atividade comercial. Para os fins da citada CPRB, considera-se receita bruta o valor percebido na venda de bens e serviços nas operações em conta própria ou alheia, bem como o ingresso de qualquer outra natureza auferido pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou de sua classificação contábil, sendo irrelevante o tipo de atividade exercida pela empresa. Porém, não integram tal base de cálculo: a) as vendas canceladas; b) os descontos incondicionais concedidos; c) o valor do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI destacado em nota fiscal, e d) o valor do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS devido pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário, desde que destacado em documento fiscal. DISPOSITIVOS LEGAIS: Constituição Federal, art. 195, inciso I, alíneas "a" e "b", e §§ 12 e 13; Lei nº 12.546, de 2011, arts. 7º a 10, com redação da Medida Provisória nº 563, de 2012; Instrução Normativa RFB nº 1.110, de 2010, art. 6º, inciso XII, § 11, alterada pela Instrução Normativa RFB nº 1.258, de 2012; Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 42, de 2011; Ato Declaratório Executivo Codac nº 86, de 2011; Ato Declaratório Executivo Codac nº 93, de 2011, art. 5º, parágrafo único; Ato Declaratório Executivo Codac nº 47, de 2012. ISABEL CRISTINA DE OLIVEIRA GONZAGA

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Chefe

12 COMPENSAÇÃO DE RETENÇÕES PREVIDENCIÁRIAS NA DARF Ao que tange a retenção de INSS sobre a nota fiscal. Não há orientação para realizar a compensação em relação aos valores a serem pagos pelo DARF, pois muitos clientes tem questionado a respeito. NA SEFIP A princípio a compensação será realizada sobre os valores que compõe apenas o campo 6 da GPS. Que será no caso o valores descontado do empregado, observando a tabela do salário de contribuição e alíquota RAT. 13 OBRIGATORIEDADE DA ADESÃO.

Com o advento da Lei 12.546/2011 (Regulamentação da Medida Provisória 540/2011) o Governo Federal lançou o Plano Brasil Maior (PBM), composto de diversas medidas que pretendem promover o crescimento sustentável da economia brasileira, dentre as medidas adotadas tem-se a desoneração da folha de pagamento, tema do presente boletim.

Ressalta que a observância da Lei nº 12.546/2011, é obrigatória quando a empresa enquadra-se nos requisitos estabelecidos perante a Lei em comento, sendo que a Receita Federal do Brasil deverá ser consultada quando a empresa não visualizar o beneficio desoneração da folha de pagamento.

14. INFORMAÇÕES NA DCTF

Para informar na DCTF a contribuição previdenciária sobre a receita bruta (Códigos 2985 e 2991) deverá utilizar a versão 2.3.

Descrição dos Códigos:

Código 2991 - Contribuição Previdenciária sobre a receita bruta - Demais

Código 2985 - Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta - Empresas Prestadoras de Serviços de TI e TIC.

Para informar estas contribuições deverá utilizar a ficha "Contribuições Previdenciárias".

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14.1. CÓDIGO 2985

Após selecionar o código 2985 - Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta - Empresas Prestadoras de Serviços de TI e TIC, habilitará a ficha "Valor do Débito", o qual deverá informar o valor apurado da contribuição previdenciária no mês, calculado sobre a receita bruta.

26.1.1. Tela da Ficha "Valor do Débito" - Código 2985

Veja como fica o preenchimento da ficha "Valor do Débito":

101

14.1.2. Ficha "Pagamento com DARF" - Código 2985

Na ficha "Pagamento com DARF" deverá preencher os campos "Informações do DARF", o qual deverá copiar o DARF exatamente como foi recolhido.

No campo "Valor pago do Débito" deverá informar o mesmo valor declarado na ficha "Valor do Débito".

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14.2 CÓDIGO 2991

Ao cadastrar o "Código 2991 - Contribuição Previdenciária sobre a receita bruta - Demais", habilitará as fichas "Valor do Débito" e "Pagamento com DARF"

14.2.1. Ficha "Valor do débito" - Código 2991

Na ficha "Valor do Débito" deverá informar o valor apurado da contribuição previdenciária no mês, calculado sobre a receita bruta.

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14.2.2. Ficha "Pagamento com DARF" - Código 2991

Na ficha "Pagamento com DARF" deverá preencher os campos "Informações do DARF", o qual deverá copiar o DARF exatamente como foi recolhido.

No campo "Valor pago do Débito" deverá informar o mesmo valor declarado na ficha "Valor do Débito".

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15 EFD CONTRIBUIÇÔES Segue abaixo algumas orientações pertinentes a Escrituração Fiscal Digital da Contribuição

Previdenciária sobre a Receita Bruta, no caso das empresas elencadas nos arts. 7º e 8º da Lei

nº 12.546/2012.

Em relação aos campos pertinentes as contribuições previdenciárias, pertencentes ao "Bloco P" (conforme explicações abaixo)

INTRODUÇÃO

Com o advento da Instrução Normativa RFB nº 1.252, de 1 de março de 2012, tornou obrigatória a geração de arquivo da Escrituração Fiscal Digital das Contribuições, a partir do ano-calendário de 2012, não apenas para as pessoas jurídicas contribuintes do PIS/Pasep e da Cofins, mas também para os contribuintes da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (MP nº 540/2011), nos períodos abaixo:

IV - em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as atividades relacionadas nos arts. 7º e 8º da Medida Provisória nº 540, de 2 de agosto de 2011, convertida na Lei nº 12.546, de 2011;

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V - em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as atividades relacionadas nos §§ 3º e 4º do art. 7º e nos incisos III a V do caput do art. 8º da Lei nº12.546, de 2011.

PERIODICIDADE Os arquivos da EFD-Contribuições têm periodicidade mensal e devem apresentar informações relativas a um mês civil ou fração, ainda que as apurações das contribuições e créditos sejam efetuadas em períodos inferiores a um mês, como nos casos de abertura, sucessão e encerramento.

Portanto a data inicial constante do registro 0000 deve ser sempre o primeiro dia do mês ou outro, se for início das atividades, ou de qualquer outro evento que altere a forma e período de escrituração fiscal do estabelecimento. A data final constante do mesmo registro deve ser o último dia do mesmo mês informado na data inicial ou a data de encerramento das atividades ou de qualquer outro fato determinante para paralisação das atividades daquele estabelecimento.

MATRIZ E FILIAL (CENTRALIZAÇÃO)

O arquivo digital de escrituração da Contribuição para o PIS/Pasep, da Cofins e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta será gerado de forma centralizada pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica, em função do disposto no art. 15, da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, e submetido ao programa disponibilizado para validação de conteúdo, assinatura digital, transmissão e visualização.

EMPRESAS OBRIGADAS

Ficam obrigadas a adotar a EFD-Contribuições, nos termos do art. 2º do Decreto nº 6.022, de 2007, todas as pessoas jurídicas sujeitas à apuração das referidas contribuições sociais, incidentes sobre o faturamento e a receita, nos regimes não cumulativo e cumulativo, com base nos seguintes prazos de obrigatoriedade, definidos na Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012:

...

IV - em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as atividades relacionadas nos arts. 7º e 8º da Medida Provisória nº 540, de 2 de agosto de 2011, convertida na Lei nº 12.546, de 2011;

V - em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as atividades relacionadas nos §§ 3º e 4º do art. 7º e nos incisos III a V do caput do art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011.

PRAZO DE APRESENTAÇÃO

O arquivo digital conterá as informações referentes às operações praticadas e incorridas em

cada período de apuração mensal e será transmitido até o 10º(quinto) dia útil do 2º (segundo) mês subsequente ao mês de referência da escrituração digital.

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BLOCOS E REGISTROS

BLOCOS: Entre o registro inicial (registro 0000) e o registro final (9999), o arquivo digital é constituído de blocos, cada qual com um registro de abertura, com registros de dados e com um registro de encerramento, referindo-se cada um deles a um agrupamento de documentos e de outras informações econômico-fiscais ou contábeis. A apresentação de todos os blocos, na sequência, conforme Tabela Blocos abaixo (item 2.5.1 do Manual do Leiaute da EFD-Contribuições), é obrigatória, sendo que o registro de abertura do bloco indicará se haverá ou não informação.

Tabela de Blocos

Bloco Descrição

0 Abertura, Identificação e Referências

A Documentos Fiscais - Serviços (ISS)

C Documentos Fiscais I – Mercadorias (ICMS/IPI)

D Documentos Fiscais II – Serviços (ICMS)

F Demais Documentos e Operações

M Apuração da Contribuição e Crédito de PIS/PASEP e da COFINS

P Apuração da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta

1 Complemento da Escrituração – Controle de Saldos de Créditos e de Retenções, Operações Extemporâneas e Outras Informações

9 Controle e Encerramento do Arquivo Digital

BLOCO P: APURAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA

Conforme disposto nos art. 7º e 8º da Medida Provisória nº 540/2011, convertida na Lei nº 12.546/2011, as empresas que prestam serviços de tecnologia da informação (TI), de tecnologia da informação e comunicação (TIC), serviços de call center, bem como as empresas fabricantes de vestuário e seus acessórios, calçados, bolsas e outros produtos de couro curtido ou natural, etc., se sujeitam à apuração da Contribuição Previdenciária incidente sobre o valor da receita bruta mensal, cuja escrituração será efetuada no Bloco “P – Apuração da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta”, da EFD – Contribuições, conforme art. 4º da Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012.

A escrituração do Bloco “P” será específica para a apuração da Contribuição Previdenciária sobre Receita, efetuada pela pessoa jurídica de forma autônoma e independente da escrituração de apuração do PIS/Pasep e da Cofins, constante nos Blocos “A”, “C”, “D”, “F” e “M”. Trata-se de nova contribuição, exigível em relação aos fatos geradores a ocorrer a partir de março de 2012, não guardando a escrituração do Bloco “P” qualquer correlação ou vinculação com os registros informados nos referidos blocos.

Será acrescido no Bloco “0” o registro “0145 - Regime de Apuração da Contribuição Previdenciária Sobre a Receita Bruta” filho do registro “0140 -Tabela de Cadastro de

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Estabelecimento” que servirá como registro identificador de obrigatoriedade de escrituração do Bloco “P”, pelo correspondente estabelecimento da pessoa jurídica.

O bloco “P” só deve ser exigido na EFD-PIS/Cofins da pessoa jurídica, caso tenha sido

gerado no mínimo 01 (um) registro “0145”, indicando a sujeição da pessoa jurídica à nova contribuição, no período da escrituração. A inexistência de registro “0145” no Bloco “0”, deve dispensar a necessidade de gerar o Bloco “P”, inclusive em relação a registros de abertura e de encerramento deste.

Características da Escrituração do Bloco “P”:

A apuração da contribuição incidente sobre o valor da receita bruta, devida pelas pessoas jurídicas que desenvolvam atividades, produtos ou serviços relacionados na Tabela 5.1.1, com base nos novos registros do Bloco “P”, ocorrerá em relação aos estabelecimentos da pessoa jurídica que tenham escriturado o Registro “0145 – Regimes de Apuração da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta”.

Uma vez constando na escrituração o registro filho “0145”, será exigida do estabelecimento correspondente a escrituração do Bloco “P” contemplando, no mínimo, além dos registros de abertura (P001) e de encerramento (P990), os registros “P100 – Contribuição previdenciária sobre o valor da receita bruta” e “P200 - Consolidação da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta”. Não deve ser exigida a escrituração de registros do bloco “P” em relação aos estabelecimentos cadastrados em “0140” que não tenham escriturado o registro filho “0145”.

A escrituração do Bloco “P” não irá recuperar dados constantes nos registros dos Blocos “A”, “C”, “D” e “F”, muito menos irá repassar ou receber dados do Bloco “M”.

REGISTRO P001: ABERTURA DO BLOCO P

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig

01 REG Texto fixo contendo "P001" C 004* - S 02 IND_MOV Indicador de movimento:

0 - Bloco com dados informados; 1 - Bloco sem dados informados

C 001 - S

Observações: Nível hierárquico - 1 Ocorrência – um por arquivo

Campo 01 - Valor válido: [P001]

Campo 02 - Valores válidos: [0, 1] Validação: se o valor deste campo for igual a “1” (um), somente podem ser informados os registros de abertura e encerramento do bloco. Se o valor neste campo for igual a “0” (zero), deve ser informado pelo menos um registro além dos registros de abertura e encerramento do bloco. REGISTRO P010: IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

Este registro tem o objetivo de identificar o estabelecimento da pessoa jurídica a que se referem as operações informadas neste bloco. Só devem ser escriturados no Registro P010 os estabelecimentos que efetivamente tenham auferido receitas sujeitas à incidência da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta. O estabelecimento que não realizou operações passíveis de registro nesse bloco, no período da escrituração, não deve ser identificado no Registro P010. Para cada estabelecimento cadastrado em “P010”, deve ser informado nos registros de nível inferior (Registros Filho) as informações necessárias para a apuração da Contribuição Previdenciária sobre Receitas.

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Observações: Nível hierárquico - 2

Ocorrência – vários por arquivo

Campo 01 - Valor Válido: [P010];

Campo 02 - Preenchimento: informar o número do CNPJ do estabelecimento da pessoa jurídica a que se referem as operações passíveis de escrituração neste bloco. Validação: é conferido o dígito verificador (DV) do CNPJ informado. O estabelecimento informado neste registro deve está cadastrado no Registro 0140. REGISTRO P100: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA

Registro específico da escrituração da contribuição previdenciária incidente sobre o valor da receita bruta, prevista na legislação tributária, conforme a Tabela “5.1.1- Atividades, Produtos e Serviços Sujeitos à Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta”.

Poderão ser gerados um ou vários registros “P100” para o mesmo estabelecimento, de acordo com as chaves definidas para o registro. (Chaves: COD_ATIV_ECON + ALIQ_CONT + COD_CTA).

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig

01 REG Texto fixo contendo "P100" C 004* - S

02 DT_INI Data inicial a que a apuração se refere C 008* - S

03 DT_FIN Data final a que a apuração se refere C 008* - S

04 VL_REC_TOT_EST Valor da Receita Bruta Total do Estabelecimento no Período

N - 02 S

05 COD_ATIV_ECON Código indicador correspondente à atividade sujeita a incidência da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta, conforme Tabela 5.1.1.

C 008* - S

06 VL_REC_ATIV_ESTAB Valor da Receita Bruta do Estabelecimento, correspondente às atividades referidas no Campo 05 (COD_ATIV_ECON)

N - 02 S

07 VL_EXC Valor das Exclusões da Receita Bruta informada no Campo 06

N - 02 N

08 VL_BC_CONT Valor da Base de Cálculo da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta

(Campo 08 = Campo 06 – Campo 07)

N - 02 S

09 ALIQ_CONT Alíquota da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta

N 008 04 S

10 VL_CONT_APU Valor da Contribuição Previdenciária

Apurada sobre a Receita Bruta

N - 02 S

11 COD_CTA Código da conta analítica contábil referente à Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta

C 060 - N

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig

01 REG Texto fixo contendo “P010” C 004* - S 02 CNPJ Número de inscrição do estabelecimento no CNPJ. N 014* - S

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Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig

01 REG Texto fixo contendo "P100" C 004* - S

12 INFO_COMPL Informação complementar do registro C - - N

Observações: Deverá ser preenchido no mínimo 01 (um) registro para cada estabelecimento da pessoa jurídica que tenha auferido receita decorrente da venda de bens e serviços sujeitos à contribuição previdenciária incidente sobre a receita bruta.

Nível hierárquico - 3

Ocorrência – 1:N

Campo 01 - Valor Válido: [P100];

Campo 02 - Preenchimento: Informar a data inicial a que a apuração se refere.

Campo 03 - Preenchimento: Informar a data final a que a apuração se refere.

Campo 04 – Preenchimento: informar o valor da receita bruta total do estabelecimento, no período da escrituração, sujeitas ou não à incidência da Contribuição Previdenciária sobre a Receita..

Campo 05 - Preenchimento: Informar o código indicador correspondente à atividade sujeita a incidência da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta, conforme Tabela 5.1.1. O Campo “COD_ATIV_ECON” será sempre validado de acordo com os códigos definidos para a Tabela 5.1.1, cujo tamanho de cada código será fixo, com 08 (oito) caracteres.

Campo 06 – Preenchimento: informar o valor da receita bruta do estabelecimento, no período da escrituração, correspondente às atividades listadas nos art. 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011, sujeitas à incidência da Contribuição Previdenciária sobre a Receita.

O valor informado no Campo “06” (VL_REC_ATIV_ESTAB) deve ser MENOR ou IGUAL ao valor do Campo “04” (VL_REC_TOT_EST).

Campo 07 – Preenchimento: informar o valor das exclusões da receita bruta informada no Campo 06, eventualmente previstas em lei.

Campo 08 – Preenchimento: informar o valor da Base de Cálculo da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta

Campo 09 – Preenchimento: informar a alíquota correspondente à receita da atividade tributável. Validação: A alíquota a ser informada neste campo deve constar na Tabela 5.1.1

Campo 10 – Preenchimento: informar o valor da Contribuição Previdenciária Apurada sobre a Receita Bruta (Campo 08 x Campo 09).

Campo 11 – Preenchimento: Campo de preenchimento opcional, a informar o código da conta analítica contábil referente à Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta.

REGISTRO P110: COMPLEMENTO DA ESCRITURAÇÃO – DETALHAMENTO DA APURAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO

Registro de preenchimento opcional pela pessoa jurídica, tendo por objetivo detalhar de forma analítica as informações consolidadas constantes no Registro Pai (P100), com base em quaisquer dos critérios definidos a Tabela “5.1.2 – Códigos de Detalhamento da Apuração da Contribuição”.

A critério da Secretaria da Receita Federal do Brasil, poderá ser estabelecida a obrigatoriedade do registro em período futuro, por Ato Declaratório Executivo, para fins de detalhamento dos valores informados de forma consolidada no Registro P100.

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Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig

01 REG Texto fixo contendo "P110" C 004 - S 02 NUM_CAMPO Informar o número do campo do registro

“P100”, objeto de detalhamento neste registro.

C 002* - S

03 COD_DET Código do tipo de detalhamento, conforme Tabela 5.1.2

C 008* - N

04 DET_VALOR Valor detalhado referente ao campo 02 deste registro

N - 02 S

05 INF_COMPL Informação complementar do detalhamento.

C - - N

Observações: Nível hierárquico - 4 Ocorrência - 1:N

Campo 01 - Valor Válido: [P110];

Campo 02 - Preenchimento: Informar o número do campo do registro Pai “P100”, objeto de detalhamento neste registro.

Campo 03 - Preenchimento: Informar o código do tipo de detalhamento, conforme Tabela 5.1.2.

Campo 04 - Preenchimento: Informar o valor objeto de detalhamento. O somatório dos valores informados no Campo “04” (DET_VALOR) dos diversos registros “P110” não poderá ser MAIOR que o valor constante no Registro “P100”, a que se refere o Campo “02” do registro “P110”. REGISTRO P199: PROCESSO REFERENCIADO

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig

01 REG Texto fixo contendo "P199" C 004* - S

02 NUM_PROC Identificação do processo ou ato concessório

C 020 - S

03 IND_PROC Indicador da origem do processo: 1 - Justiça Federal; 3 – Secretaria da Receita Federal do Brasil 9 – Outros.

C 001* - S

Observações:

1. Registro específico para a pessoa jurídica informar a existência de processo administrativo ou judicial que autoriza a adoção de tratamento tributário, base de cálculo ou alíquota diversa da prevista na legislação. Trata-se de informação essencial a ser prestada na escrituração para a adequada validação da contribuição previdenciária.

2. Uma vez procedida à escrituração do Registro “P199”, deve a pessoa jurídica gerar os registros “1010” ou “1020” referentes ao detalhamento do processo judicial ou do processo administrativo, conforme o caso, que autoriza a adoção de procedimento especifico de apuração da contribuição previdenciária.

3. Devem ser relacionados todos os processos judiciais ou administrativos que fundamente ou autorize a adoção de procedimento especifico na apuração da contribuição previdenciária.

Nível hierárquico - 4 Ocorrência - 1:N

111

Campo 01 - Valor Válido: [P199]

Campo 02 - Preenchimento: informar o número do processo judicial ou do processo administrativo, conforme o caso, que autoriza a adoção de procedimento especifico de apuração da contribuição previdenciária sobre a receita bruta.

Campo 03 - Valores válidos: [1, 3, 9]

REGISTRO P200: CONSOLIDAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA

Registro de consolidação da contribuição previdenciária incidente sobre o valor da receita bruta, devida pela empresa no período, correspondente ao somatório da contribuição sobre a receita bruta mensal de cada estabelecimento, apurada no Registro “P100”.

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig

01 REG Texto fixo contendo "P200" C 004* - S

02 PER_REF Período de referencia da escrituração (MMAAAA)

N 006* - S

03 VL_TOT_CONT_APU Valor total apurado da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (Somatório do Campo 10 “VL_CONT_APU“, do Registro P100)

N - 02 S

04 VL_TOT_AJ_REDUC Valor total de “Ajustes de redução” (Registro P210, Campo 03, quando Campo 02 = “0”)

N - 02 N

05 VL_TOT_AJ_ACRES Valor total de “Ajustes de acréscimo” (Registro P210, Campo 03, quando Campo 02 = “1”)

N - 02 N

06 VL_TOT_CONT_DEV Valor total da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta a recolher (Campo 03 – Campo 04 + Campo 05)

N - 02 S

07 COD_REC Código de Receita referente à Contribuição Previdenciária, conforme informado em DCTF

C 006* - S

Observações: Registro de apuração centralizada da Contribuição Previdenciária sobre a receita bruta mensal.

Nível hierárquico - 2

Ocorrência – vários por arquivo Campo 01 - Valor Válido: [P200]

Campo 02 – Preenchimento: Informar o período de referência a que se refere a escrituração da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta. Exemplo: No caso de escrituração da Contribuição Previdenciária sobre a receita auferida no período de 1 a 31 de março de 2012, informar neste campo “032012”.

Campo 03 - Preenchimento: informar o valor total da contribuição previdenciária apurada no período, correspondendo à soma dos valores constantes no campo 10 (VL_CONT_APU) do(s) registro(s) P100.

Campo 04 - Preenchimento: informar o valor dos ajustes de redução da contribuição previdenciária apurada, correspondente ao somatório dos valores informados no Campo 03 do Registro P210, quando o Campo 02 deste registro foi igual a “0”.

112

Campo 05 - Preenchimento: informar o valor dos ajustes de acréscimo da contribuição previdenciária apurada, correspondente ao somatório dos valores informados no Campo 03 do Registro P210, quando o Campo 02 deste registro foi igual a “1”.

Campo 06 - Preenchimento: informar o valor total da contribuição previdenciária a recolher no período da escrituração, devendo o valor do campo ser igual a “VL_CONT_APUR” – “VL_TOT_AJUS_REDUC” + “VL_AJ_ACRES”.

Campo 07 - Preenchimento: informar o valor do código de receita correspondente, utilizado para identificar o débito na DCTF.

REGISTRO P210: AJUSTE DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA APURADA SOBRE A RECEITA BRUTA

Registro a ser preenchido caso a pessoa jurídica tenha de proceder a ajustes da contribuição apurada no período, decorrentes de ação judicial, de processo de consulta, da legislação tributária da contribuição, de estorno ou de outras situações.

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig

01 REG Texto fixo contendo "P210" C 004* - S 02 IND_AJ Indicador do tipo de ajuste:

0- Ajuste de redução; 1- Ajuste de acréscimo.

C 001* - S

03 VL_AJ Valor do ajuste N - 02 S 04 COD_AJ Código do ajuste, conforme a Tabela indicada no

item 4.3.8. C 002* S

05 NUM_DOC Número do processo, documento ou ato concessório ao qual o ajuste está vinculado, se houver.

C - - N

06 DESCR_AJ Descrição resumida do ajuste. C - - N 07 DT_REF Data de referência do ajuste (ddmmaaaa) N 008* - N Observações: Este registro será utilizado pela pessoa jurídica para detalhar as informações prestadas nos campos 04 e 05 do registro pai P200. Nível hierárquico - 3 Ocorrência – 1:N Campo 01 - Valor Válido: [P210]

Campo 02 - Valores Válidos: [0, 1]

Campo 03 - Preenchimento: informar o valor do ajuste de redução ou de acréscimo. A soma de todos os valores deste campo deve ser transportada para o campo 04 (VL_TOT_AJ_REDUC) ou campo 05 (VL_TOT_AJ_ACRES) do registro P200, de acordo com o indicador de ajuste (campo 02).

Campo 04 - Preenchimento: informar o código do ajuste, conforme Tabela 4.3.8 - “Tabela Código de Ajustes de Contribuição ou Créditos”, referenciada no Manual do Leiaute da EFD-PIS/Cofins e disponibilizada no Portal do SPED no sítio da RFB na Internet, no endereço <http://www.receita.fazenda.gov.br/sped.

Campo 05 - Preenchimento: informar, se for o caso, o número do processo, documento ou ato concessório ao qual o ajuste está vinculado.

No caso de ajuste que envolva grande quantidade de documentos, pode o registro ser escriturado consolidando as informações dos documentos, descrevendo no campo 06 (tipo de documento fiscal consolidado, quantidades de documentos, emitente/beneficiário, por exemplo).

Campo 06 - Preenchimento: informar a descrição resumida do ajuste que está sendo lançada no respectivo registro.

113

Campo 07 - Preenchimento: informar, se for o caso, a data de referência do ajuste, no formato “ddmmaaaa”, excluindo-se quaisquer caracteres de separação, tais como: “.”, “/”, “-”.

REGISTRO P990: ENCERRAMENTO DO BLOCO P

Este registro destina-se a identificar o encerramento do bloco P e informar a quantidade de linhas (registros) existentes no bloco.

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig 01 REG Texto fixo contendo "P990" C 004* - S 02 QTD_LIN_P Quantidade total de linhas do Bloco P N - - S Observações: Registro obrigatório, no caso do arquivo conter o Registro P001 Nível hierárquico - 1

Ocorrência – um por arquivo

Campo 01 - Valor Válido: [P990]

Campo 02 - Preenchimento: a quantidade de linhas a ser informada deve considerar também os próprios registros de abertura e encerramento do bloco. Validação: o número de linhas (registros) existentes no bloco P é igual ao valor informado no campo QTD_LIN_P (registro P990).

Tabela .1.1 – Código de Atividades, Produtos e Serviços Sujeitos à Contribuição Sobre a Receita Bruta - Atualizada em 27/06/2012

Código Descrição do Produto NCM Alíquotas

%

Início de Escrituração

Mês/Ano

Término de Escrituração

Mês/Ano

Pessoas Jurídicas

Prestadoras de Serviços

00000010 Exclusivamente de serviços de Tecnologia da Informação (TI)

- 2,5 01/12/2011 31/07/2012

00000011 Que se dedicam a serviços de Tecnologia da Informação (TI) e a outras atividades

- 2,5 01/04/2012 31/07/2012

00000020 Exclusivamente de serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC)

- 2,5 01/12/2011 31/07/2012

00000021 Que se dedicam a serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e a outras atividades

- 2,5 01/04/2012 31/07/2012

00000025 De TI e TIC referentes a: I - análise e desenvolvimento de sistemas; II - programação; III - processamento de dados e congêneres; IV - elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos; V - licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; VI - assessoria e consultoria em informática; VII - suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados; e VIII - planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas.

- 2,0 01/08/2012 31/12/2014

00000030 Serviços de call center - 2,5 01/04/2012 31/07/2012

114

00000030 Serviços de call center - 2,0 01/08/2012 31/12/2014

00000040 Do setor hoteleiro enquadradas na subclasse 5510-8/01 (Hotéis e Pousadas) da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0).

- 2,0 01/08/2012 31/12/2014

00000050 Exerçam atividades de concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados

- 2,0 01/08/2012 31/12/2014

Pessoas Jurídicas

Fabricantes

30059090 Outros (Curativos e ataduras para usos medicinais, cirúrgicos, dentários ou veterinários)

3005.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

38151210 Produtos diversos das industrias quimicas. Catalisadores em suporte - Em Colméia Cerâmica Ou Metálica Para Conversão Catalítica De Gases De Escape De Veículos

3815.12.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

38190000 Fluidos Para Freios Hidráulicos E Outros Líquidos Preparados Para Transmissões Hidráulicas, Não Contendo Óleos De Petróleo Nem De Minerais Betuminosos, Ou Contendo-Os Em Proporção Inferior A 70%, Em Peso.

3819.00.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

39150000 Desperdícios, Resíduos E Aparas, De Plásticos. 39.15 1,0 01/08/2012 31/12/2014

39160000 Monofilamentos Cuja Maior Dimensão Do Corte Transversal Seja Superior A 1Mm (Monofios), Varas, Bastões E Perfis, Mesmo Trabalhados À Superfície Mas Sem Qualquer Outro Trabalho, De Plásticos.

39.16 1,0 01/08/2012 31/12/2014

39170000 Tubos E Seus Acessórios (Por Exemplo, Juntas, Cotovelos, Flanges, Uniões), De Plásticos.

39.17 1,0 01/08/2012 31/12/2014

39180000 Revestimentos De Pavimentos (Pisos), De Plásticos, Mesmo Auto-Adesivos, Em Rolos Ou Em Forma De Ladrilhos Ou De Mosaicos; Revestimentos De Paredes Ou De Tetos, De Plásticos, Definidos Na Nota 9 Do Presente Capítulo.

39.18 1,0 01/08/2012 31/12/2014

39190000 Chapas, Folhas, Tiras, Fitas, Películas E Outras Formas Planas, Auto-Adesivas, De Plásticos, Mesmo Em Rolos.

39.19 1,0 01/08/2012 31/12/2014

39200000 Outras Chapas, Folhas, Películas, Tiras E Lâminas, De Plásticos Não Alveolares, Não Reforçadas, Não Estratificadas, Sem Suporte, Nem Associadas De Forma Semelhante A Outras Matérias.

39.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

39210000 Outras Chapas, Folhas, Películas, Tiras E Lâminas, De Plásticos.

39.21 1,0 01/08/2012 31/12/2014

39220000 Banheiras, Boxes Para Chuveiros, Pias, Lavatórios, Bidês, Sanitários E Seus Assentos E Tampas, Caixas De Descarga E Artigos Semelhantes Para Usos Sanitários Ou Higiênicos, De Plásticos.

39.22 1,0 01/08/2012 31/12/2014

39230000

Artigos De Transporte Ou De Embalagem, De Plásticos; Rolhas, Tampas, Cápsulas E Outros Dispositivos Para Fechar Recipientes, De Plásticos.

39.23

1,0

01/08/2012

31/12/2014

39240000 Serviços De Mesa E Outros Artigos De Uso Doméstico, De Higiene Ou De Toucador, De Plásticos.

39.24 1,0 01/08/2012 31/12/2014

39250000 Artefatos Para Apetrechamento De Construções, De Plásticos, Não Especificados Nem Compreendidos Em Outras Posições.

39.25 1,0 01/08/2012 31/12/2014

39260000 Outras Obras De Plásticos E Obras De Outras Matérias Das Posições 39.01 A 39.14.

39.26 1,0 01/08/2012 31/12/2014

39262000 Outras obras de plásticos - Vestuário e seus acessórios (incluindo as luvas, mitenes e semelhantes)

3926.20.00 1,5 01/12/2011 31/07/2012

40091100 --Sem Acessórios 4009.11.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

40091210 Com Uma Pressão De Ruptura Superior Ou Igual A 17,3Mpa

4009.12.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

40091290 Outros 4009.12.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

40093100 --Sem Acessórios 4009.31.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

40093210 Com Uma Pressão De Ruptura Superior Ou Igual A 17,3Mpa

4009.32.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

40093290 Outros 4009.32.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

40094210 Com Uma Pressão De Ruptura Superior Ou Igual A 17,3Mpa

4009.42.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

115

40094290 Outros 4009.42.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

40103100 --Correias De Transmissão Sem Fim, De Seção Trapezoidal, Estriadas, Com Uma Circunferência Externa Superior A 60Cm, Mas Não Superior A 180Cm

4010.31.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

40103200 --Correias De Transmissão Sem Fim, De Seção Trapezoidal, Não Estriadas, Com Uma Circunferência Externa Superior A 60Cm, Mas Não Superior A 180Cm

4010.32.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

40103300 --Correias De Transmissão Sem Fim, De Seção Trapezoidal, Estriadas, Com Uma Circunferência Externa Superior A 180Cm, Mas Não Superior A 240Cm

4010.33.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

40103400 Correias De Transmissão Sem Fim, De Seção Trapezoidal, Não Estriadas, Com Uma Circunferência Externa Superior A 180Cm, Mas Não Superior A 240Cm

4010.34.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

40103500 --Correias De Transmissão Sem Fim, Síncronas, Com Uma Circunferência Externa Superior A 60Cm, Mas Não Superior A 150Cm

4010.35.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

40103600 Correias De Transmissão Sem Fim, Síncronas, Com Uma Circunferência Externa Superior A 150Cm, Mas Não Superior A 198Cm

4010.36.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

40103900 Outras 4010.39.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

40150000 Vestuário e seus acessórios (incluindo as luvas, mitenes e semelhantes), de borracha vulcanizada não endurecida, para quaisquer usos.

Posição 40.15

1,5 01/12/2011 31/07/2012

40150000 Vestuário E Seus Acessórios (Incluídas As Luvas, Mitenes E Semelhantes), De Borracha Vulcanizada Não Endurecida, Para Quaisquer Usos.

40.15 1,0 01/08/2012 31/12/2014

40161010 Partes De Veículos Automóveis Ou Tratores E De Máquinas Ou Aparelhos, Não Domésticos, Dos Capítulos 84, 85 Ou 90

4016.10.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

40169100 Revestimentos Para Pavimentos (Pisos) E Capachos 4016.91.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

40169300 Juntas, Gaxetas E Semelhantes 4016.93.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

40169990 Outras 4016.99.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

41040000 Couros e peles curtidos ou crust, de bovinos (incluindo os búfalos) ou de equídeos, depilados, mesmo divididos, mas não preparados de outro modo.

Posição 41.04

1,5 01/04/2012 31/07/2012

41040000 Couros E Peles Curtidos Ou “Crust”, De Bovinos (Incluídos Os Búfalos) Ou De Eqüídeos, Depilados, Mesmo Divididos, Mas Não Preparados De Outro Modo.

41.04 1,0 01/08/2012 31/12/2014

41050000 Peles curtidas ou crust de ovinos, depiladas, mesmo divididas, mas não preparadas de outro modo.

Posição 41.05

1,5 01/04/2012 31/07/2012

41050000 Peles Curtidas Ou “Crust” De Ovinos, Depiladas, Mesmo Divididas, Mas Não Preparadas De Outro Modo.

41.05 1,0 01/08/2012 31/12/2014

41060000 Couros e peles, depilados, de outros animais e peles de animais desprovidos de pelos, curtidos ou crust, mesmo divididos, mas não preparados de outro modo.

Posição 41.06

1,5 01/04/2012 31/07/2012

41060000 Couros E Peles, Depilados, De Outros Animais E Peles De Animais Desprovidos De Pêlos, Curtidos Ou “Crust”, Mesmo Divididos, Mas Não Preparados De Outro Modo.

41.06 1,0 01/08/2012 31/12/2014

41070000 Couros preparados após curtimenta ou após secagem e couros e peles apergaminhados, de bovinos (incluindo os búfalos) ou de equídeos, depilados, mesmo divididos, exceto os da posição 41.14

Posição 41.07

1,5 01/04/2012 31/07/2012

41070000 Couros Preparados Após Curtimenta Ou Após Secagem E Couros E Peles Apergaminhados, De Bovinos (Incluídos Os Búfalos) Ou De Eqüídeos, Depilados, Mesmo Divididos, Exceto Os Da Posição 41.14.

41.07 1,0 01/08/2012 31/12/2014

41140000 Couros e peles acamurçados (incluindo a camurça combinada); couros e peles envernizados ou revestidos; couros e peles metalizados

Posição 41.14

1,5 01/04/2012 31/07/2012

41140000 Couros E Peles Acamurçados (Incluída A Camurça Combinada); Couros E Peles Envernizados Ou Revestidos; Couros E Peles Metalizados.

41.14 1,0 01/08/2012 31/12/2014

42021100 Baús para viagem, malas e maletas, incluindo as de toucador e as maletas e pastas de documentos e para estudantes e artefatos semelhantes, bolsas - Com a superfície exterior de couro natural ou reconstituído

4202.11.00 1,5 01/12/2011 31/07/2012

42021100 --Com A Superfície Exterior De Couro Natural Ou 4202.11.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

116

Reconstituído, Ou De Couro Envernizado

42021220 De Matérias Têxteis 4202.12.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

42022100 Bolsas, mesmo com tiracolo, incluindo as que não possuam alças - Com a superfície exterior de couro natural ou reconstituído

4202.21.00 1,5 01/12/2011 31/07/2012

42022100 --Com A Superfície Exterior De Couro Natural Ou Reconstituído, Ou De Couro Envernizado

4202.21.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

42022220 De Matérias Têxteis 4202.22.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

42023100 Artigos do tipo dos normalmente levados nos bolsos ou em bolsas - Com a superfície exterior de couro natural ou reconstituído

4202.31.00 1,5 01/12/2011 31/07/2012

42023100 --Com A Superfície Exterior De Couro Natural Ou Reconstituído, Ou De Couro Envernizado

4202.31.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

42023200 --Com A Superfície Exterior De Folhas De Plásticos Ou De Matérias Têxteis

4202.32.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

42029100 Baús para viagem, malas e maletas, incluindo as de toucador e as maletas e pastas de documentos e para estudantes e artefatos semelhantes - Com a superfície exterior de couro natural ou reconstituído

4202.91.00 1,5 01/12/2011 31/07/2012

42029100 --Com A Superfície Exterior De Couro Natural Ou Reconstituído, Ou De Couro Envernizado

4202.91.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

42029200 --Com A Superfície Exterior De Folhas De Plásticos Ou De Matérias Têxteis

4202.92.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

42030000 Vestuário e seus acessórios, de couro natural ou reconstituído.

Posição 42.03

1,5 01/12/2011 31/07/2012

42030000 Vestuário E Seus Acessórios, De Couro Natural Ou Reconstituído.

42.03 1,0 01/08/2012 31/12/2014

42050000 Outras obras de couro natural ou reconstituído 4205.00.00 1,5 01/12/2011 31/07/2012

42050000 Outras Obras De Couro Natural Ou Reconstituído. 4205.00.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

43030000 Vestuário, seus acessórios e outros artefatos de peles com pelo.

Posição 43.03

1,5 01/12/2011 31/07/2012

43030000 Vestuário, Seus Acessórios E Outros Artefatos De Peleteria (Peles Com Pêlo).

43.03 1,0 01/08/2012 31/12/2014

44219000 -Outras 4421.90.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

45049000 -Outras 4504.90.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

48185000 Vestuário e seus acessórios, de pasta de papel, papel, pasta (ouate) de celulose ou de mantas de fibras de celulose.

4818.50.00 1,5 01/12/2011 31/07/2012

48185000 -Vestuário E Seus Acessórios 4818.50.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

50040000 Fios De Seda (Exceto Fios De Desperdícios De Seda) Não Acondicionados Para Venda A Retalho.

5004.00.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

50050000 Fios De Desperdícios De Seda, Não Acondicionados Para Venda A Retalho.

5005.00.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

50060000 Fios De Seda Ou De Desperdícios De Seda, Acondicionados Para Venda A Retalho; Pêlo De Messina (Crina De Florença).

5006.00.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

50070000 Tecidos De Seda Ou De Desperdícios De Seda. 50.07 1,0 01/08/2012 31/12/2014

51040000 Fiapos De Lã Ou De Pêlos Finos Ou Grosseiros. 5104.00.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

51050000 Lã, Pêlos Finos Ou Grosseiros, Cardados Ou Penteados (Incluída A “Lã Penteada A Granel”).

51.05 1,0 01/08/2012 31/12/2014

51060000 Fios De Lã Cardada, Não Acondicionados Para Venda A Retalho.

51.06 1,0 01/08/2012 31/12/2014

51070000 Fios De Lã Penteada, Não Acondicionados Para Venda A Retalho.

51.07 1,0 01/08/2012 31/12/2014

51080000 Fios De Pêlos Finos, Cardados Ou Penteados, Não Acondicionados Para Venda A Retalho.

51.08 1,0 01/08/2012 31/12/2014

51090000 Fios De Lã Ou De Pêlos Finos, Acondicionados Para Venda A Retalho.

51.09 1,0 01/08/2012 31/12/2014

51100000 Fios De Pêlos Grosseiros Ou De Crina (Incluídos Os Fios De Crina Revestidos Por Enrolamento), Mesmo Acondicionados Para Venda A Retalho.

5110.00.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

51110000 Tecidos De Lã Cardada Ou De Pêlos Finos Cardados. 51.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

51120000 Tecidos De Lã Penteada Ou De Pêlos Finos Penteados. 51.12 1,0 01/08/2012 31/12/2014

117

51130000 Tecidos De Pêlos Grosseiros Ou De Crina. 5113.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

52030000 Algodão Cardado Ou Penteado. 5203.00.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

52040000 Linhas Para Costurar, De Algodão, Mesmo Acondicionadas Para Venda A Retalho.

52.04 1,0 01/08/2012 31/12/2014

52050000 Fios De Algodão (Exceto Linhas Para Costurar) Contendo Pelo Menos 85%, Em Peso, De Algodão, Não Acondicionados Para Venda A Retalho.

52.05 1,0 01/08/2012 31/12/2014

52060000 Fios De Algodão (Exceto Linhas Para Costurar) Contendo Menos De 85%, Em Peso, De Algodão, Não Acondicionados Para Venda A Retalho.

52.06 1,0 01/08/2012 31/12/2014

52070000 Fios De Algodão (Exceto Linhas Para Costurar) Acondicionados Para Venda A Retalho.

52.07 1,0 01/08/2012 31/12/2014

52080000 Tecidos De Algodão Contendo Pelo Menos 85%, Em Peso, De Algodão, Com Peso Não Superior A 200G/M².

52.08 1,0 01/08/2012 31/12/2014

52090000 Tecidos De Algodão Contendo Pelo Menos 85%, Em Peso, De Algodão, Com Peso Superior A 200G/M².

52.09 1,0 01/08/2012 31/12/2014

52100000 Tecidos De Algodão Contendo Menos De 85%, Em Peso, De Algodão, Combinados, Principal Ou Unicamente, Com Fibras Sintéticas Ou Artificiais, Com Peso Não Superior A 200G/M2.

52.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

52110000 Tecidos De Algodão Contendo Menos De 85%, Em Peso, De Algodão, Combinados, Principal Ou Unicamente, Com Fibras Sintéticas Ou Artificiais, Com Peso Superior A 200G/M2.

52.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

52120000 Outros Tecidos De Algodão. 52.12 1,0 01/08/2012 31/12/2014

53060000 Fios De Linho. 53.06 1,0 01/08/2012 31/12/2014

53070000 Fios De Juta Ou De Outras Fibras Têxteis Liberianas Da Posição 53.03.

53.07 1,0 01/08/2012 31/12/2014

53080000 Fios De Outras Fibras Têxteis Vegetais; Fios De Papel. 53.08 1,0 01/08/2012 31/12/2014

53090000 Tecidos De Linho. 53.09 1,0 01/08/2012 31/12/2014

53100000 Tecidos De Juta Ou De Outras Fibras Têxteis Liberianas Da Posição 53.03.

53.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

53110000 Tecidos De Outras Fibras Têxteis Vegetais; Tecidos De Fios De Papel.

5311.00.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

54000000 Filamentos Sintéticos Ou Artificiais Capítulo 54 1,0 01/08/2012 31/12/2014

55000000 Fibras Sintéticas Ou Artificiais, Descontínuas Capítulo 55 1,0 01/08/2012 31/12/2014

56000000 Pastas ("Ouates"), Feltros E Falsos Tecidos; Fios Especiais; Cordéis, Cordas E Cabos; Artigos De Cordoaria

Capítulo 56 1,0 01/08/2012 31/12/2014

57000000 Tapetes E Outros Revestimentos Para Pavimentos, De Matérias Têxteis

Capítulo 57 1,0 01/08/2012 31/12/2014

58000000 Tecidos Especiais; Tecidos Tufados; Rendas; Tapeçarias; Passamanarias; Bordados

Capítulo 58 1,0 01/08/2012 31/12/2014

59000000 Tecidos Impregnados, Revestidos, Recobertos Ou Estratificados; Artigos Para Usos Técnicos De Matérias Têxteis

Capítulo 59 1,0 01/08/2012 31/12/2014

60000000 Tecidos De Malha Capítulo 60 1,0 01/08/2012 31/12/2014

61000000 Vestuário e seus acessórios, de malha Capítulo 61 1,5 01/12/2011 31/07/2012

61000000 Vestuário E Seus Acessórios, De Malha Capítulo 61 1,0 01/08/2012 31/12/2014

62000000 Vestuário e seus acessórios, exceto de malha Capítulo 62 1,5 01/12/2011 31/07/2012

62000000 Vestuário E Seus Acessórios, Exceto De Malha Capítulo 62 1,0 01/08/2012 31/12/2014

63000000 Outros Artefatos Têxteis Confeccionados; Sortidos; Artefatos De Matérias Têxteis, Calçados, Chapéus E Artefatos De Uso Semelhante, Usados; Trapos

Capítulo 63 1,0 01/08/2012 31/12/2014

63010000 Cobertores e mantas Posição 63.01

1,5 01/12/2011 31/07/2012

63020000 Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha Posição 63.02

1,5 01/12/2011 31/07/2012

63030000 Cortinados, cortinas, reposteiros e estores; sanefas Posição 63.03

1,5 01/12/2011 31/07/2012

63040000 Outros artefatos para guarnição de interiores, exceto da posição 94.04.

Posição 63.04

1,5 01/12/2011 31/07/2012

118

63050000 Sacos de quaisquer dimensões, para embalagem Posição 63.05

1,5 01/12/2011 31/07/2012

63090000 Artefatos de matérias têxteis, calçados, chapéus e artefatos de uso semelhante, usados

6309.00 1,5 01/12/2011 31/07/2012

64000000 Calçados, Polainas E Artefatos Semelhantes, E Suas Partes

Capítulo 64 1,0 01/08/2012 31/12/2014

64010000 Calçados impermeáveis de sola exterior e parte superior de borracha ou plásticos, em que a parte superior não tenha sido reunida à sola exterior por costura ou por meio de rebites, pregos, parafusos, espigões ou dispositivos semelhantes, nem formada por diferentes partes reunidas pelos mesmos processos

64.01 1,5 01/12/2011 31/07/2012

64020000 Outros calçados com sola exterior e parte superior de borracha ou plásticos

64.02 1,5 01/12/2011 31/07/2012

64030000 Calçados com sola exterior de borracha, plásticos, couro natural ou reconstituído e parte superior de couro natural

64.03 1,5 01/12/2011 31/07/2012

64040000 Calçados com sola exterior de borracha, plásticos, couro natural ou reconstituído e parte superior de matérias têxteis

64.04 1,5 01/12/2011 31/07/2012

64050000 Outros calçados 64.05 1,5 01/12/2011 31/07/2012

64060000 Partes de calçados (incluindo as partes superiores, mesmo fixadas a solas que não sejam as solas exteriores); palmilhas amovíveis, reforços interiores e artefatos semelhantes, amovíveis; polainas, perneiras e artefatos semelhantes, e suas partes

64.06 1,5 01/12/2011 31/07/2012

65000000 Chapéus E Artefatos De Uso Semelhante, E Suas Partes Capítulo 65 (exceto código

6506.10.00)

1,0 01/08/2012 31/12/2014

68079000 -Outras 6807.90.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

68128000 -De Crocidolita 6812.80.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

68129010 Juntas E Outros Elementos Com Função Semelhante De Vedação

6812.90.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

68129100 Obras de amianto ou de carbonato de magnésio, ou dessas misturas - Vestuário, acessórios de vestuário, calçados e chapéus

6812.91.00 1,5 01/12/2011 31/07/2012

68129100 --Vestuário, Acessórios De Vestuário, Calçados E Chapéus

6812.91.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

68129910 Juntas E Outros Elementos Com Função Semelhante De Vedação

6812.99.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

68131010 Pastilhas 6813.10.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

68131090 Outras 6813.10.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

68132000 -Contendo Amianto 6813.20.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

68138110 Pastilhas 6813.81.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

68138190 Outras 6813.81.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

68138910 Disco De Fricção Para Embreagens 6813.89.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

68138990 Outras 6813.89.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

68139010 Disco De Fricção Para Embreagens 6813.90.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

68139090 Outras 6813.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

69091930 Colméia De Cerâmica À Base De Alumina (Al2O3), Sílica (Sio2) E Óxido De Magnésio (Mgo), De Depuradores Por Conversão Catalítica De Gases De Escape De Veículos

6909.19.30 1,0 01/08/2012 31/12/2014

70071100 --De Dimensões E Formatos Que Permitam A Sua Aplicação Em Automóveis, Veículos Aéreos, Barcos Ou Outros Veículos

7007.11.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

70072100 --De Dimensões E Formatos Que Permitam A Sua Aplicação Em Automóveis, Veículos Aéreos, Barcos Ou Outros Veículos

7007.21.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

70091000 -Espelhos Retrovisores Para Veículos 7009.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

73030000 Tubos E Perfis Ocos, De Ferro Fundido. 7303.00.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

119

73081000 -Pontes E Elementos De Pontes 7308.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

73082000 -Torres E Pórticos 7308.20.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

73084000 -Material Para Andaimes, Para Armações E Para Escoramentos

7308.40.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

73090010 Para Armazenamento De Grãos E Outras Matérias Sólidas

7309.00.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

73090090 Outros 7309.00.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

73101090 Outros 7310.10.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

73102910 Próprios Para Acondicionar Produtos Alimentícios 7310.29.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

73102990 Outros 7310.29.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

73110000 Recipientes Para Gases Comprimidos Ou Liquefeitos, De Ferro Fundido, Ferro Ou Aço.

7311.00.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

73151100 --Correntes De Rolos 7315.11.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

73151210 De Transmissão 7315.12.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

73151290 Outras 7315.12.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

73151900 --Partes 7315.19.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

73152000 -Correntes Antiderrapantes 7315.20.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

73158100 --Correntes De Elos Com Suporte 7315.81.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

73158200 --Outras Correntes, De Elos Soldados 7315.82.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

73158900 --Outras 7315.89.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

73159000 -Outras Partes 7315.90.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

73160000 Âncoras, Fateixas, E Suas Partes, De Ferro Fundido, Ferro Ou Aço.

7316.00.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

73201000 -Molas De Folhas E Suas Folhas 7320.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

73202010 Cilíndricas 7320.20.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

73202090 Outras 7320.20.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

73209000 -Outras 7320.90.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

73269090 Outras 7326.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

74199990 Outras 7419.99.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

76129090 Outros 7612.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

82054000 -Chaves De Fenda 8205.40.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

82073000 -Ferramentas De Embutir, De Estampar Ou De Puncionar 8207.30.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

83012000 -Fechaduras Dos Tipos Utilizados Em Veículos Automóveis

8301.20.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

83023000 -Outras Guarnições, Ferragens E Artigos Semelhantes, Para Veículos Automóveis

8302.30.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

83081000 Grampos, colchetes e ilhoses 8308.10.00 1,5 01/04/2012 31/07/2012

83081000 -Grampos, Colchetes E Ilhoses 8308.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

83082000 Rebites tubulares ou de haste fendida 8308.20.00 1,5 01/04/2012 31/07/2012

83082000 -Rebites Tubulares Ou De Haste Fendida 8308.20.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

83100000 Placas Indicadoras, Placas Sinalizadoras, Placas-Endereços E Placas Semelhantes, Números, Letras E Sinais Diversos, De Metais Comuns, Exceto Os Da Posição 94.05.

8310.00.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84011000 -Reatores Nucleares 8401.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84012000 -Máquinas E Aparelhos Para A Separação De Isótopos, E Suas Partes

8401.20.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84014000 -Partes De Reatores Nucleares 8401.40.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

120

84020000 Caldeiras De Vapor (Geradores De Vapor), Excluídas As Caldeiras Para Aquecimento Central Concebidas Para Produção De Água Quente E Vapor De Baixa Pressão; Caldeiras Denominadas "De Água Superaquecida”.

84.02 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84030000 Caldeiras Para Aquecimento Central, Exceto As Da Posição 84.02.

84.03 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84040000 Aparelhos Auxiliares Para Caldeiras Das Posições 84.02 Ou 84.03 (Por Exemplo, Economizadores, Superaquecedores, Aparelhos De Limpeza De Tubos Ou De Recuperação De Gás); Condensadores Para Máquinas A Vapor.

84.04 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84050000 Geradores De Gás De Ar (Gás Pobre) Ou De Gás De Água, Com Ou Sem Depuradores; Geradores De Acetileno E Geradores Semelhantes De Gás, Operados A Água, Com Ou Sem Depuradores.

84.05 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84060000 Turbinas A Vapor. 84.06 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84070000 Motores De Pistão, Alternativo Ou Rotativo, De Ignição Por Centelha (Motores De Explosão).

84.07 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84080000 Motores De Pistão, De Ignição Por Compressão (Motores Diesel Ou Semi-Diesel).

84.08 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84090000 Partes Reconhecíveis Como Exclusiva Ou Principalmente Destinadas Aos Motores Das Posições 84.07 Ou 84.08

84.09 (exceto código

8409.10.00)

1,0 01/08/2012 31/12/2014

84100000 Turbinas Hidráulicas, Rodas Hidráulicas, E Seus Reguladores.

84.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84110000 Turborreatores, Turbopropulsores E Outras Turbinas A Gás.

84.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84120000 Outros Motores E Máquinas Motrizes. 84.12 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84130000 Bombas Para Líquidos, Mesmo Com Dispositivo Medidor; Elevadores De Líquidos.

84.13 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84141000 -Bombas De Vácuo 8414.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84142000 -Bombas De Ar, De Mão Ou De Pé 8414.20.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84143011 Com Capacidade Inferior A 4.700 Frigorias/Hora 8414.30.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84143019 Outros 8414.30.19 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84143091 Com Capacidade Inferior Ou Igual A 16.000 Frigorias/Hora

8414.30.91 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84143099 Outros 8414.30.99 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84144010 De Deslocamento Alternativo 8414.40.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84144020 De Parafuso 8414.40.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84144090 Outros 8414.40.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84145910 Microventiladores Com Área De Carcaça Inferior A 90Cm² 8414.59.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84145990 Outros 8414.59.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84148011 Estacionários, De Pistão 8414.80.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84148012 De Parafuso 8414.80.12 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84148013 De Lóbulos Paralelos (Tipo "Roots") 8414.80.13 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84148019 Outros 8414.80.19 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84148021 Turboalimentadores De Ar, De Peso Inferior Ou Igual A 50Kg Para Motores Das Posições 84.07 Ou 84.08, Acionado Pelos Gases De Escapamento Dos Mesmos

8414.80.21 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84148022 Turboalimentadores De Ar, De Peso Superior A 50Kg Para Motores Das Posições 84.07 Ou 84.08, Acionados Pelos Gases De Escapamento Dos Mesmos

8414.80.22 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84148029 Outros 8414.80.29 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84148031 De Pistão 8414.80.31 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84148032 De Parafuso 8414.80.32 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84148033 Centrífugos, De Vazão Máxima Inferior A 22.000M3/H 8414.80.33 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84148038 Outros Compressores Centrífugos 8414.80.38 1,0 01/08/2012 31/12/2014

121

84148039 Outros 8414.80.39 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84148090 Outros 8414.80.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84149010 De Bombas 8414.90.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84149020 De Ventiladores Ou Coifas Aspirantes 8414.90.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84149031 Pistões Ou Êmbolos 8414.90.31 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84149032 Anéis De Segmento 8414.90.32 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84149033 Blocos De Cilindros, Cabeçotes E Cárteres 8414.90.33 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84149034 Válvulas 8414.90.34 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84149039 Outras 8414.90.39 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84151090 Outros 8415.10.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84152010 Com Capacidade Inferior Ou Igual A 30.000 Frigorias/Hora

8415.20.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84152090 Outros 8415.20.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84158110 Com Capacidade Inferior Ou Igual A 30.000 Frigorias/Hora

8415.81.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84158190 Outros 8415.81.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84158210 Com Capacidade Inferior Ou Igual A 30.000 Frigorias/Hora

8415.82.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84158290 Outros 8415.82.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84158300 --Sem Dispositivo De Refrigeração 8415.83.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84159000 -Partes 8415.90.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84160000 Queimadores Para Alimentação De Fornalhas De Combustíveis Líquidos, Combustíveis Sólidos Pulverizados Ou De Gás; Fornalhas Automáticas, Incluídos As Antefornalhas, Grelhas Mecânicas, Descarregadores Mecânicos De Cinzas E Dispositivos Semelhantes.

84.16 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84170000 Fornos Industriais Ou De Laboratório, Incluídos Os Incineradores, Não Elétricos.

84.17 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84185010 Congeladores ("Freezers") 8418.50.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84185090 Outros 8418.50.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84186100 --Bombas De Calor, Exceto As Máquinas E Aparelhos De Ar-Condicionado Da Posição 84.15

8418.61.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84186910 Máquinas Não Domésticas Para Preparação De Sorvetes 8418.69.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84186920 Resfriadores De Leite 8418.69.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84186931 De Água Ou Sucos 8418.69.31 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84186932 De Bebidas Carbonatadas 8418.69.32 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84186940 Grupos Frigoríficos De Compressão Para Refrigeração Ou Para Ar Condicionado, Com Capacidade Inferior Ou Igual A 30.000 Frigorias/Hora

8418.69.40 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84186991 Resfriadores De Água, De Absorção Por Brometo De Lítio 8418.69.91 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84186999 Outros 8418.69.99 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84189900 --Outras 8418.99.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84190000 Aparelhos E Dispositivos, Mesmo Aquecidos Eletricamente (Exceto Os Fornos E Outros Aparelhos Da Posição 85.14), Para Tratamento De Matérias Por Meio De Operações Que Impliquem Mudança De Temperatura, Tais Como Aquecimento, Cozimento, Torrefação, Destilação, Retificação, Esterilização, Pasteurização, Estufagem, Secagem, Evaporação, Vaporização, Condensação Ou Arrefecimento, Exceto Os De Uso Doméstico; Aquecedores De Água Não Elétricos, De Aquecimento Instantâneo Ou De Acumulação.

84.19 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84200000 Calandras E Laminadores, Exceto Os Destinados Ao Tratamento De Metais Ou Vidro, E Seus Cilindros.

84.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

122

84211110 Com Capacidade De Processamento De Leite Superior Ou Igual A 30.000 Litros Por Hora

8421.11.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84211190 Outras 8421.11.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84211290 Outros 8421.12.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84211910 Centrifugadores Para Laboratórios De Análises, Ensaios Ou Pesquisas Científicas

8421.19.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84211990 Outros 8421.19.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84212100 --Para Filtrar Ou Depurar Água 8421.21.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84212200 --Para Filtrar Ou Depurar Bebidas, Exceto Água 8421.22.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84212300 --Para Filtrar Óleos Minerais Nos Motores De Ignição Por Centelha Ou Por Compressão

8421.23.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84212920 Aparelho De Osmose Inversa 8421.29.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84212930 Filtros-Prensa 8421.29.30 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84212990 Outros 8421.29.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84213100 --Filtros De Entrada De Ar Para Motores De Ignição Por Centelha Ou Por Compressão

8421.31.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84213910 Filtros Eletrostáticos 8421.39.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84213920 Depuradores Por Conversão Catalítica De Gases De Escape De Veículos

8421.39.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84213930 Concentradores De Oxigênio Por Depuração Do Ar, Com Capacidade De Saída Inferior Ou Igual A 6 Litros Por Minuto

8421.39.30 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84213990 Outros 8421.39.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84219191 Tambores Rotativos Com Pratos Ou Discos Separadores, De Peso Superior A 300Kg

8421.91.91 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84219199 Outras 8421.91.99 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84219910 De Aparelhos Para Filtrar Ou Depurar Gases, Da Subposição 8421.39

8421.99.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84219920 Dos Tipos Utilizados Em Linhas De Sangue Para Hemodiálise

8421.99.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84219991 Cartuchos De Membrana De Aparelhos De Osmose Inversa

8421.99.91 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84219999 Outras 8421.99.99 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84220000 Máquinas De Lavar Louça; Máquinas E Aparelhos Para Limpar Ou Secar Garrafas Ou Outros Recipientes; Máquinas E Aparelhos Para Encher, Fechar, Arrolhar Ou Rotular Garrafas, Caixas, Latas, Sacos Ou Outros Recipientes; Máquinas E Aparelhos Para Capsular Garrafas, Vasos, Tubos E Recipientes Semelhantes; Outras Máquinas E Aparelhos Para Empacotar Ou Embalar Mercadorias (Incluídas As Máquinas E Aparelhos Para Embalar Com Película Termo-Retrátil); Máquinas E Aparelhos Para Gaseificar Bebidas

84.22 (exceto código

8422.11.10)

1,0 01/08/2012 31/12/2014

84230000 Aparelhos E Instrumentos De Pesagem, Incluídas As Básculas E Balanças Para Verificar Peças Usinadas (Fabricadas*), Excluídas As Balanças Sensíveis A Pesos Não Superiores A 5Cg; Pesos Para Quaisquer Balanças

84.23 (exceto código

8423.10.00)

1,0 01/08/2012 31/12/2014

84240000 Aparelhos Mecânicos (Mesmo Manuais) Para Projetar, Dispersar Ou Pulverizar Líquidos Ou Pós; Extintores, Mesmo Carregados; Pistolas Aerográficas E Aparelhos Semelhantes; Máquinas E Aparelhos De Jato De Areia, De Jato De Vapor E Aparelhos De Jato Semelhantes.

84.24 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84250000 Talhas, Cadernais E Moitões; Guinchos E Cabrestantes; Macacos.

84.25 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84260000 Cábreas; Guindastes, Incluídos Os De Cabo; Pontes Rolantes, Pórticos De Descarga Ou De Movimentação, Pontes-Guindastes, Carros-Pórticos E Carros-Guindastes.

84.26 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84270000 Empilhadeiras; Outros Veículos Para Movimentação De Carga E Semelhantes, Equipados Com Dispositivos De Elevação.

84.27 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84280000 Outras Máquinas E Aparelhos De Elevação, De Carga, De Descarga Ou De Movimentação (Por Exemplo, Elevadores, Escadas Rolantes, Transportadores, Teleféricos).

84.28 1,0 01/08/2012 31/12/2014

123

84290000 “Bulldozers”, “Angledozers”, Niveladores, Raspo-Transportadores (“Scrapers”), Pás Mecânicas, Escavadores, Carregadoras E Pás Carregadoras, Compactadores E Rolos Ou Cilindros Compressores, Autopropulsados.

84.29 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84300000 Outras Máquinas E Aparelhos De Terraplenagem, Nivelamento, Raspagem, Escavação, Compactação, Extração Ou Perfuração Da Terra, De Minerais Ou Minérios; Bate-Estacas E Arranca-Estacas; Limpa-Neves.

84.30 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84310000 Partes Reconhecíveis Como Exclusiva Ou Principalmente Destinadas Às Máquinas E Aparelhos Das Posições 84.25 A 84.30.

84.31 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84320000 Máquinas E Aparelhos De Uso Agrícola, Hortícola Ou Florestal, Para Preparação Ou Trabalho Do Solo Ou Para Cultura; Rolos Para Gramados, Ou Para Campos De Esporte.

84.32 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84330000 Máquinas E Aparelhos Para Colheita Ou Debulha De Produtos Agrícolas, Incluídas As Enfardadeiras De Palha Ou Forragem; Cortadores De Grama E Ceifeiras; Máquinas Para Limpar Ou Selecionar Ovos, Frutas Ou Outros Produtos Agrícolas, Exceto As Da Posição 84.37.

84.33 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84340000 Máquinas De Ordenhar E Máquinas E Aparelhos Para A Indústria De Lacticínios.

84.34 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84350000 Prensas, Esmagadores E Máquinas E Aparelhos Semelhantes, Para Fabricação De Vinho, Sidra, Sucos De Frutas Ou Bebidas Semelhantes.

84.35 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84360000 Outras Máquinas E Aparelhos Para Agricultura, Horticultura, Silvicultura, Avicultura Ou Apicultura, Incluídos Os Germinadores Equipados Com Dispositivos Mecânicos Ou Térmicos E As Chocadeiras E Criadeiras Para Avicultura.

84.36 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84370000 Máquinas Para Limpeza, Seleção Ou Peneiração De Grãos Ou De Produtos Hortícolas Secos; Máquinas E Aparelhos Para A Indústria De Moagem Ou Tratamento De Cereais Ou De Produtos Hortícolas Secos, Exceto Dos Tipos Utilizados Em Fazendas.

84.37 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84380000 Máquinas E Aparelhos Não Especificados Nem Compreendidos Em Outras Posições Do Presente Capítulo, Para Preparação Ou Fabricação Industrial De Alimentos Ou De Bebidas, Exceto As Máquinas E Aparelhos Para Extração Ou Preparação De Óleos Ou Gorduras Vegetais Fixos Ou De Óleos Ou Gorduras Animais.

84.38 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84390000 Máquinas E Aparelhos Para Fabricação De Pasta De Matérias Fibrosas Celulósicas Ou Para Fabricação Ou Acabamento De Papel Ou Cartão.

84.39 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84400000 Máquinas E Aparelhos Para Brochura Ou Encadernação, Incluídas As Máquinas De Costurar Cadernos.

84.40 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84410000 Outras Máquinas E Aparelhos Para O Trabalho Da Pasta De Papel, Do Papel Ou Cartão, Incluídas As Cortadeiras De Todos Os Tipos.

84.41 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84420000 Máquinas, Aparelhos E Equipamentos (Exceto As Máquinas-Ferramentas Das Posições 84.56 A 84.65), Para Preparação Ou Fabricação De Clichês, Blocos, Cilindros Ou Outros Elementos De Impressão; Clichês, Blocos, Cilindros Ou Outros Elementos De Impressão; Pedras Litográficas, Blocos, Placas E Cilindros, Preparados Para Impressão (Por Exemplo, Aplainados, Granulados Ou Polidos).

84.42 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84431110 Para Impressão Multicolor De Jornais, De Largura Superior Ou Igual A 900Mm, Com Unidades De Impressão Em Configuração Torre E Dispositivos Automáticos De Emendar Bobinas

8443.11.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84431190 Outros 8443.11.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84431200 --Máquinas E Aparelhos De Impressão, Por Ofsete, Dos Tipos Utilizados Em Escritórios, Alimentados Por Folhas De Formato Não Superior A 22Cm X 36Cm, Quando Não Dobradas

8443.12.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84431310 Para Impressão Multicolor De Recipientes De Matérias Plásticas, Cilíndricos, Cônicos Ou De Faces Planas

8443.13.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84431321 Com Velocidade De Impressão Superior Ou Igual A 12.000 Folhas Por Hora

8443.13.21 1,0 01/08/2012 31/12/2014

124

84431329 Outros 8443.13.29 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84431390 Outros 8443.13.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84431400 --Máquinas E Aparelhos De Impressão, Tipográficos, Alimentados Por Bobinas, Exceto Máquinas E Aparelhos Flexográficos

8443.14.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84431500 --Máquinas E Aparelhos De Impressão, Tipográficos, Não Alimentados Por Bobinas, Exceto Máquinas E Aparelhos Flexográficos

8443.15.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84431600 --Máquinas E Aparelhos De Impressão, Flexográficos 8443.16.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84431710 Rotativas Para Heliogravura 8443.17.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84431790 Outros 8443.17.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84431910 Para Serigrafia 8443.19.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84431990 Outros 8443.19.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84433910 Máquinas De Impressão Por Jato De Tinta 8443.39.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84433921 De Reprodução Da Imagem Do Original Sobre A Cópia Por Meio De Um Suporte Intermediário (Processo Indireto), Monocromáticas, Para Cópias De Superfície Inferior Ou Igual A 1M2, Com Velocidade Inferior A 100 Cópias Por Minuto

8443.39.21 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84433928 Outras, Por Processo Indireto 8443.39.28 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84433929 Outras 8443.39.29 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84433930 Outras Máquinas Copiadoras 8443.39.30 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84433990 Outros 8443.39.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84439110 Partes De Máquinas E Aparelhos Da Subposição 8443.12 8443.91.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84439191 Dobradoras 8443.91.91 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84439192 Numeradores Automáticos 8443.91.92 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84439199 Outros 8443.91.99 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84440000 Máquinas Para Extrudar, Estirar, Texturizar Ou Cortar Matérias Têxteis Sintéticas Ou Artificiais

84.44 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84450000 Máquinas Para Preparação De Matérias Têxteis; Máquinas Para Fiação, Dobragem Ou Torção, De Matérias Têxteis E Outras Máquinas E Aparelhos Para Fabricação De Fios Têxteis; Máquinas De Bobinar (Incluídas As Bobinadeiras De Trama) Ou De Dobar Matérias Têxteis E Máquinas Para Preparação De Fios Têxteis Para Sua Utilização Nas Máquinas Das Posições 84.46 Ou 84.47.

84.45 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84460000 Teares Para Tecidos. 84.46 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84470000 Teares Para Fabricar Malhas, Máquinas De Costura Por Entrelaçamento (“Couture-Tricotage”), Máquinas Para Fabricar Guipuras, Tules, Rendas, Bordados, Passamanarias, Galões Ou Redes; Máquinas Para Inserir Tufos.

84.47 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84480000 Máquinas E Aparelhos Auxiliares Para As Máquinas Das Posições 84.44, 84.45, 84.46 Ou 84.47 (Por Exemplo, Ratieras (Teares Maquinetas), Mecanismos “Jacquard”, Quebra-Urdiduras E Quebra-Tramas, Mecanismos Troca-Lançadeiras); Partes E Acessórios Reconhecíveis Como Exclusiva Ou Principalmente Destinados Às Máquinas Da Presente Posição Ou Das Posições 84.44, 84.45, 84.46 Ou 84.47 (Por Exemplo, Fusos, Aletas, Guarnições De Cardas, Pentes, Barras, Fieiras, Lançadeiras, Liços E Quadros De Liços, Agulhas, Platinas, Ganchos).

84.48 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84490000 Áquinas E Aparelhos Para Fabricação Ou Acabamento De Feltro Ou De Falsos Tecidos, Em Peça Ou Em Formas Determinadas, Incluídas As Máquinas E Aparelhos Para Fabricação De Chapéus De Feltro; Formas Para Chapelaria

84.49 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84502000 -Máquinas De Capacidade Superior A 10Kg, Em Peso De Roupa Seca

84.50.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

125

84510000 Máquinas E Aparelhos (Exceto As Máquinas Da Posição 84.50) Para Lavar, Limpar, Espremer, Secar, Passar, Prensar (Incluídas As Prensas Fixadoras), Branquear, Tingir, Para Apresto E Acabamento, Para Revestir Ou Impregnar Fios, Tecidos Ou Obras De Matérias Têxteis E Máquinas Para Revestir Tecidos-Base Ou Outros Suportes Utilizados Na Fabricação De Revestimentos Para Pavimentos, Tais Como Linóleo; Máquinas Para Enrolar, Desenrolar, Dobrar, Cortar Ou Dentear Tecidos

84.51 (exceto código

8451.21.00)

1,0 01/08/2012 31/12/2014

84520000 Máquinas De Costura, Exceto As De Costurar Cadernos Da Posição 84.40; Móveis, Bases E Tampas, Próprios Para Máquinas De Costura; Agulhas Para Máquinas De Costura

84.52 (exceto códigos

8452.90.20 e 8452.10.00)

1,0 01/08/2012 31/12/2014

84530000 Máquinas E Aparelhos Para Preparar, Curtir Ou Trabalhar Couros Ou Peles, Ou Para Fabricar Ou Consertar Calçados E Outras Obras De Couro Ou De Pele, Exceto Máquinas De Costura.

84.53 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84540000 Conversores, Cadinhos Ou Colheres De Fundição, Lingoteiras E Máquinas De Vazar (Moldar), Para Metalurgia, Aciaria Ou Fundição.

84.54 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84550000 Laminadores De Metais E Seus Cilindros. 84.55 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84560000 Máquinas-Ferramentas Que Trabalhem Por Eliminação De Qualquer Matéria, Operando Por “Laser” Ou Por Outro Feixe De Luz Ou De Fótons, Por Ultra-Som, Por Eletroerosão, Por Processos Eletroquímicos, Por Feixes De Elétrons, Por Feixes Iônicos Ou Por Jato De Plasma.

84.56 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84570000 Centros De Usinagem, Máquinas De Sistema Monostático (“Single Station”) E Máquinas De Estações Múltiplas, Para Trabalhar Metais.

84.57 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84580000 Tornos (Incluídos Os Centros De Torneamento) Para Metais.

84.58 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84590000 Máquinas-Ferramentas (Incluídas As Unidades Com Cabeça Deslizante) Para Furar, Mandrilar, Fresar Ou Roscar Interior E Exteriormente Metais, Por Eliminação De Matéria, Exceto Os Tornos (Incluídos Os Centros De Torneamento) Da Posição 84.58.

84.59 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84600000 Máquinas-Ferramentas Para Rebarbar, Afiar, Amolar, Retificar, Brunir, Polir Ou Realizar Outras Operações De Acabamento Em Metais Ou Ceramais (“Cermets”) Por Meio De Mós, De Abrasivos Ou De Produtos Polidores, Exceto As Máquinas De Cortar Ou Acabar Engrenagens Da Posição 84.61.

84.60 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84610000 Máquinas-Ferramentas Para Aplainar, Plainas-Limadoras, Máquinas-Ferramentas Para Escatelar, Brochar, Cortar Ou Acabar Engrenagens, Serrar, Seccionar E Outras Máquinas-Ferramentas Que Trabalhem Por Eliminação De Metal Ou De Ceramais (“Cermets”), Não Especificadas Nem Compreendidas Em Outras Posições.

84.61 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84620000 Máquinas-Ferramentas (Incluídas As Prensas) Para Forjar Ou Estampar, Martelos, Martelos-Pilões E Martinetes, Para Trabalhar Metais; Máquinas-Ferramentas (Incluídas As Prensas) Para Enrolar, Arquear, Dobrar, Endireitar, Aplanar, Cisalhar, Puncionar Ou Chanfrar Metais; Prensas Para Trabalhar Metais Ou Carbonetos Metálicos, Não Especificadas Acima.

84.62 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84630000 Outras Máquinas-Ferramentas Para Trabalhar Metais Ou Ceramais (“Cermets”), Que Trabalhem Sem Eliminação De Matéria.

84.63 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84640000 Máquinas-Ferramentas Para Trabalhar Pedra, Produtos Cerâmicos, Concreto, Fibrocimento Ou Matérias Minerais Semelhantes, Ou Para O Trabalho A Frio Do Vidro.

84.64 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84650000 Máquinas-Ferramentas (Incluídas As Máquinas Para Pregar, Grampear, Colar Ou Reunir Por Qualquer Outro Modo) Para Trabalhar Madeira, Cortiça, Osso, Borracha Endurecida, Plásticos Duros Ou Matérias Duras Semelhantes.

84.65 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84660000 Partes E Acessórios Reconhecíveis Como Exclusiva Ou Principalmente Destinados Às Máquinas Das Posições 84.56 A 84.65, Incluídos Os Porta-Peças E Porta-Ferramentas, As Fieiras De Abertura Automática, Os Dispositivos Divisores E Outros Dispositivos Especiais, Para Máquinas-Ferramentas; Porta-Ferramentas Para Ferramentas Manuais De Todos Os Tipos.

84.66 1,0 01/08/2012 31/12/2014

126

84671110 Furadeiras 8467.11.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84671190 Outras 8467.11.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84671900 --Outras 8467.19.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84672991 Cortadoras De Tecidos 8467.29.91 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84672993 Martelos 8467.29.93 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84678100 --Serras De Corrente 8467.81.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84678900 --Outras 8467.89.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84679100 --De Serras De Corrente 8467.91.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84679200 --De Ferramentas Pneumáticas 8467.92.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84679900 --Outras 8467.99.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84681000 -Maçaricos De Uso Manual 8468.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84682000 -Outras Máquinas E Aparelhos A Gás 8468.20.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84688010 Para Soldar Por Fricção 8468.80.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84688090 Outras 8468.80.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84689010 De Maçaricos De Uso Manual 8468.90.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84689020 De Máquinas E Aparelhos Para Soldar Por Fricção 8468.90.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84689090 Outras 8468.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84690010 Máquinas De Tratamento De Textos 8469.00.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84709010 Máquinas De Franquear Correspondência 8470.90.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84709090 Outras 8470.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84718000 -Outras Unidades De Máquinas Automáticas Para Processamento De Dados

8471.80.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84719019 Outros 8471.90.19 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84719090 Outros 8471.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84721000 -Duplicadores 8472.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84723090 Outras 8472.30.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84729010 Distribuidores (Dispensadores) Automáticos De Papel-Moeda, Incluídos Os Que Efetuam Outras Operações Bancárias

8472.90.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84729029 Outras 8472.90.29 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84729030 Máquinas Para Selecionar E Contar Moedas Ou Papel-Moeda

8472.90.30 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84729040 Máquinas Para Apontar Lápis, Perfuradores, Grampeadores E Desgrampeadores

8472.90.40 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84729091 Máquinas Para Imprimir Endereços Ou Para Estampar Placas De Endereços

8472.90.91 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84729099 Outros 8472.90.99 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84731010 De Máquinas Para Tratamento De Textos 8473.10.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84740000 Máquinas E Aparelhos Para Selecionar, Peneirar, Separar, Lavar, Esmagar, Moer, Misturar Ou Amassar Terras, Pedras, Minérios Ou Outras Substâncias Minerais Sólidas (Incluídos Os Pós E Pastas); Máquinas Para Aglomerar Ou Moldar Combustíveis Minerais Sólidos, Pastas Cerâmicas, Cimento, Gesso Ou Outras Matérias Minerais Em Pó Ou Em Pasta; Máquinas Para Fazer Moldes De Areia Para Fundição.

84.74 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84750000 Máquinas Para Montagem De Lâmpadas, Tubos Ou Válvulas, Elétricos Ou Eletrônicos, Ou De Lâmpadas De Luz Relâmpago (“Flash”), Que Tenham Invólucro De Vidro; Máquinas Para Fabricação Ou Trabalho A Quente Do Vidro Ou Das Suas Obras.

84.75 1,0 01/08/2012 31/12/2014

127

84760000 Máquinas Automáticas De Venda De Produtos (Por Exemplo, Selos, Cigarros, Alimentos Ou Bebidas), Incluídas As Máquinas De Trocar Dinheiro.

84.76 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84770000 Máquinas E Aparelhos Para Trabalhar Borracha Ou Plásticos Ou Para Fabricação De Produtos Dessas Matérias, Não Especificados Nem Compreendidos Em Outras Posições Deste Capítulo.

84.77 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84781010 Batedoras-Separadoras Automáticas De Talos E Folhas 8478.10.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84781090 Outros 8478.10.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84789000 -Partes 8478.90.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84790000 Máquinas E Aparelhos Mecânicos Com Função Própria, Não Especificados Nem Compreendidos Em Outras Posições Deste Capítulo.

84.79 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84800000 Caixas De Fundição; Placas De Fundo Para Moldes; Modelos Para Moldes; Moldes Para Metais (Exceto Lingoteiras), Carbonetos Metálicos, Vidro, Matérias Minerais, Borracha Ou Plásticos.

84.80 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84811000 -Válvulas Redutoras De Pressão 8481.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84812010 Rotativas, De Caixas De Direção Hidráulica 8481.20.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84812011 Com Pinhão 8481.20.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84812019 Outras 8481.20.19 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84812090 Outras 8481.20.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84813000 -Válvulas De Retenção 8481.30.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84814000 -Válvulas De Segurança Ou De Alívio 8481.40.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84818021 Válvulas De Expansão Termostáticas Ou Pressostáticas 8481.80.21 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84818029 Outros 8481.80.29 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84818039 Outros 8481.80.39 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84818092 Válvulas Solenóides 8481.80.92 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84818093 Válvulas Tipo Gaveta 8481.80.93 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84818094 Válvulas Tipo Globo 8481.80.94 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84818095 Válvulas Tipo Esfera 8481.80.95 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84818096 Válvulas Tipo Macho 8481.80.96 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84818097 Válvulas Tipo Borboleta 8481.80.97 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84818099 Outros 8481.80.99 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84819090 Outras 8481.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84823000 -Rolamentos De Roletes Em Forma De Tonel 8482.30.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84825090 Outros 8482.50.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84828000 -Outros, Incluídos Os Rolamentos Combinados 8482.80.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84829120 Roletes Cilíndricos 8482.91.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84829130 Roletes Cônicos 8482.91.30 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84829190 Outros 8482.91.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84829911 - 8482.99.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84829919 - 8482.99.19 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84830000 Árvores De Transmissão (Incluídas As Árvores De "Cames" E Virabrequins) E Manivelas; Mancais E "Bronzes"; Engrenagens E Rodas De Fricção; Eixos De Esferas Ou De Roletes; Redutores, Multiplicadores, Caixas De Transmissão E Variadores De Velocidade, Incluídos Os Conversores De Torque; Volantes E Polias, Incluídas As Polias Para Cadernais; Embreagens E Dispositivos De Acoplamento, Incluídas As Juntas De

84.83 1,0 01/08/2012 31/12/2014

128

Articulação.

84831010 Virabrequins 8483.10.1 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84840000 Juntas Metaloplásticas; Jogos Ou Sortidos De Juntas De Composições Diferentes, Apresentados Em Bolsas, Envelopes Ou Embalagens Semelhantes; Juntas De Vedação Mecânicas (Selos Mecânicos).

84.84 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84860000 Máquinas E Aparelhos Dos Tipos Utilizados Exclusiva Ou Principalmente Na Fabricação De "Esferas" “(Boules”) Ou De Plaquetas (“Wafers”), De Dispositivos Semicondutores, De Circuitos Integrados Eletrônicos Ou De Dispositivos De Visualização De Tela Plana; Máquinas E Aparelhos Especificados Na Nota 9 C) Do Presente Capítulo; Partes E Acessórios.

84.86 1,0 01/08/2012 31/12/2014

84870000 Partes De Máquinas Ou De Aparelhos, Não Especificadas Nem Compreendidas Em Outras Posições Do Presente Capítulo, Que Não Contenham Conexões Elétricas, Partes Isoladas Eletricamente, Bobinas, Contatos Nem Quaisquer Outros Elementos Com Características Elétricas.

84.87 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85010000 Motores E Geradores, Elétricos, Exceto Os Grupos Eletrogêneos.

85.01 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85020000 Grupos Eletrogêneos E Conversores Rotativos Elétricos. 85.02 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85030010 De Motores Ou Geradores Das Subposições 8501.10, 8501.20, 8501.31, 8501.32 Ou Do Item 8501.40.1

8503.00.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85030090 Outras 8503.00.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85042100 --De Potência Não Superior A 650Kva 8504.21.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85042200 --De Potência Superior A 650Kva Mas Não Superior A 10.000Kva

8504.22.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85042300 --De Potência Superior A 10.000Kva 8504.23.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85043111 Transformadores De Corrente 8504.31.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85043119 Outros 8504.31.19 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85043211 Para Freqüências Inferiores Ou Iguais A 60Hz 8504.32.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85043219 Outros 8504.32.19 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85043221 Para Freqüências Inferiores Ou Iguais A 60Hz 8504.32.21 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85043300 --De Potência Superior A 16Kva Mas Não Superior A 500Kva

8504.33.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85043400 --De Potência Superior A 500Kva 8504.34.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85044022 Eletrolíticos 8504.40.22 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85044030 Conversores De Corrente Contínua 8504.40.30 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85044050 Conversores Eletrônicos De Freqüência, Para Variação De Velocidade De Motores Elétricos

8504.40.50 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85044090 Outros 8504.40.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85051910 De Ferrita (Cerâmicos) 8505.19.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85052090 Outros 8505.20.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85059010 Eletroímãs 8505.90.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85059080 Outros 8505.90.80 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85059090 Partes 8505.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85071000 -De Chumbo, Do Tipo Utilizado Para O Arranque Dos Motores De Pistão

8507.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85071010 De Capacidade Inferior Ou Igual A 20Ah E Tensão Inferior Ou A Igual A 12V

8507.10.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85071090 Outros 8507.10.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85072010 De Peso Inferior Ou Igual A 1.000Kg 8507.20.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

129

85072090 Outros 8507.20.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85079010 Separadores 8507.90.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85079090 Outras 8507.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85086000 -Outros Aspiradores 8508.60.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85087000 -Partes 8508.70.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85110000 Aparelhos E Dispositivos Elétricos De Ignição Ou De Arranque Para Motores De Ignição Por Centelha (Faísca) Ou Por Compressão (Por Exemplo: Magnetos, Dínamos-Magnetos, Bobinas De Ignição, Velas De Ignição Ou De Aquecimento, Motores De Arranque); Geradores (Dínamos E Alternadores, Por Exemplo) E Conjuntores-Disjuntores Utilizados Com Estes Motores

85.11 (exceto código

8511.50.90)

1,0 01/08/2012 31/12/2014

85120000 Aparelhos Elétricos De Iluminação Ou De Sinalização (Exceto Os Da Posição 85.39), Limpadores De Pára-Brisas, Degeladores E Desembaçadores Elétricos, Dos Tipos Utilizados Em Ciclos E Automóveis

85.12 (exceto código

8512.10.00)

1,0 01/08/2012 31/12/2014

85130000 Lanternas Elétricas Portáteis Destinadas A Funcionar Por Meio De Sua Própria Fonte De Energia (Por Exemplo, De Pilhas, De Acumuladores, De Magnetos), Excluídos Os Aparelhos De Iluminação Da Posição 85.12.

85.13 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85141010 Industriais 8514.10.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85141090 Outros 8514.10.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85142011 Industriais 8514.20.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85142019 Outros 8514.20.19 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85142020 Por Perdas Dielétricas 8514.20.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85143011 Industriais 8514.30.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85143019 Outros 8514.30.19 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85143021 Industriais 8514.30.21 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85143029 Outros 8514.30.29 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85143090 Outros 8514.30.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85144000 -Outros Aparelhos Para Tratamento Térmico De Matérias Por Indução Ou Por Perdas Dielétricas

8514.40.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85149000 -Partes 8514.90.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85151100 --Ferros E Pistolas 8515.11.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85151900 --Outros 8515.19.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85152100 --Inteira Ou Parcialmente Automáticos 8515.21.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85152900 --Outros 8515.29.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85153110 Robôs Para Soldar, Por Arco, Em Atmosfera Inerte (Mig -“Metal Inert Gas”) Ou Atmosfera Ativa (Mag -“Metal Active Gas”), De Comando Numérico

8515.31.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85153190 Outros 8515.31.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85153900 --Outros 8515.39.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85158010 Para Soldar A "Laser" 8515.80.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85158090 Outros 8515.80.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85159000 -Partes 8515.90.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85161000 -Aquecedores Elétricos De Água, Incluídos Os De Imersão

8516.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85167100 --Aparelhos Para Preparação De Café Ou De Chá 8516.71.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85167920 Fritadoras 8516.79.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85167990 Outros 8516.79.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85168010 Para Aparelhos Da Presente Posição 8516.80.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

130

85169000 -Partes 8516.90.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85171891 Não Combinados Com Outros Aparelhos 8517.18.91 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85171899 Outros 8517.18.99 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85176130 De Telefonia Celular 8517.61.30 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85176212 Multiplexadores Por Divisão De Tempo, Digitais Síncronos, Com Velocidade De Transmissão Igual Ou Superior A 155Mbits/S

8517.62.12 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85176221 Centrais Automáticas Públicas, Para Comutação Eletrônica, Incluídas As De Trânsito

8517.62.21 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85176222 Centrais Automáticas Privadas, De Capacidade Inferior Ou Igual A 25 Ramais

8517.62.22 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85176223 Centrais Automáticas Privadas, De Capacidade Superior A 25 Ramais E Inferior Ou Igual A 200 Ramais

8517.62.23 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85176224 Centrais Automáticas Privadas, De Capacidade Superior A 200 Ramais

8517.62.24 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85176229 Outros 8517.62.29 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85176232 Outras Centrais Automáticas Para Comutação Por Pacote 8517.62.32 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85176239 Outros 8517.62.39 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85176241 Com Capacidade De Conexão Sem Fio 8517.62.41 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85176248 Outros, Com Velocidade De Interface Serial De Pelo Menos 4Mbits/S, Próprios Para Interconexão De Redes Locais Com Protocolos Distintos

8517.62.48 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85176251 Terminais Ou Repetidores Sobre Linhas Metálicas 8517.62.51 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85176254 Distribuidores De Conexões Para Redes ("Hubs") 8517.62.54 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85176255 Moduladores/Demoduladores (“Modems”) 8517.62.55 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85176259 Outros 8517.62.59 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85176262 De Tecnologia Celular 8517.62.62 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85176272 De Frequência Inferior A 15Ghz E De Taxa De Transmissão Inferior Ou Igual A 34Mbits/S, Exceto Os De Sistema Bidirecional De Radiomensagens De Taxa De Transmissão Inferior Ou Igual A 112Kbits/S

8517.62.72 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85176277 Outros, De Frequência Inferior A 15Ghz 8517.62.77 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85176278 De Freqüência Superior Ou Igual A 15Ghz, Mas Inferior Ou Igual A 23Ghz E Taxa De Transmissão Inferior Ou Igual A 8Mbit/S

8517.62.78 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85176279 Outros 8517.62.79 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85176294 Tradutores (Conversores) De Protocolos Para Interconexão De Redes (“Gateways”)

8517.62.94 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85176299 Outros 8517.62.99 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85176900 --Outros 8517.69.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85177010 Circuitos Impressos Com Componentes Elétricos Ou Eletrônicos, Montados

8517.70.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85182100 --Alto-Falante Único Montado No Seu Receptáculo 8518.21.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85182200 --Alto-Falantes Múltiplos Montados No Mesmo Receptáculo

8518.22.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85182990 Outros 8518.29.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85269200 --Aparelhos De Radiotelecomando 8526.92.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85272110 Com Toca-Fitas 8527.21.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85272190 Outros 8527.21.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85272900 --Outros 8527.29.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85272990 --Outros 8527.29.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85287111 Sem Saída De Radiofreqüência (Rf) Modulada Nos Canais 3 Ou 4, Com Saídas De Áudio Balanceadas Com Impedância De 600 Ohms, Próprio Para Montagem Em "Racks" E Com Saída De Vídeo Com Conector Bnc

8528.71.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

131

85299020 De Aparelhos Das Posições 85.27 Ou 85.28 8529.90.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85311090 Outros 8531.10.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85321000 -Condensadores Fixos Concebidos Para Linhas Elétricas De 50/60Hz E Capazes De Absorver Uma Potência Reativa Igual Ou Superior A 0,5Kvar (Condensadores De Potência)

8532.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85322990 Outros 8532.29.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85352100 --Para Tensão Inferior A 72,5Kv 8535.21.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85353017 Outros, Com Dispositivo De Acionamento Não Automático 8535.30.17 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85353018 Outros, Com Dispositivo De Acionamento Automático, Exceto Os De Contatos Imersos Em Meio Líquido

8535.30.18 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85353027 Outros, Com Dispositivo De Acionamento Não Automático 8535.30.27 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85353028 Outros, Com Dispositivo De Acionamento Automático, Exceto Os De Contatos Imersos Em Meio Líquido

8535.30.28 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85361000 -Fusíveis E Corta-Circuitos De Fusíveis 8536.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85362000 -Disjuntores 8536.20.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85363000 -Outros Aparelhos Para Proteção De Circuitos Elétricos 8536.30.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85364100 --Para Tensão Não Superior A 60V 8536.41.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85364900 --Outros 8536.49.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85365090 Outros 8536.50.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85366100 --Suportes Para Lâmpadas 8536.61.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85366910 Tomada Polarizada E Tomada Blindada 8536.69.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85366990 Outros 8536.69.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85369010 Conectores Para Cabos Planos Constituídos Por Condutores Paralelos Isolados Individualmente

8536.90.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85369040 Conectores Para Circuito Impresso 8536.90.40 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85369090 Outros 8536.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85371020 Controladores Programáveis 8537.10.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85371090 Outros 8537.10.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85372090 Outros 8537.20.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85381000 -Quadros, Painéis, Consoles, Cabinas, Armários E Outros Suportes, Da Posição 85.37, Desprovidos Dos Seus Aparelhos

8538.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85389090 Outras 8538.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85392910 Para Tensão Inferior Ou Igual A 15V 8539.29.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85392990 Outros 8539.29.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85408990 Outros 8540.89.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85410000 Diodos, Transistores E Dispositivos Semelhantes Semicondutores; Dispositivos Fotossensíveis Semicondutores, Incluídas As Células Fotovoltaicas, Mesmo Montadas Em Módulos Ou Em Painéis; Diodos Emissores De Luz; Cristais Piezelétricos Montados.

85.41 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85431000 -Aceleradores De Partículas 8543.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85432000 -Geradores De Sinais 8543.20.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85433000 -Máquinas E Aparelhos De Galvanoplastia, Eletrólise Ou Eletroforese

8543.30.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85437013 Para Distribuição De Sinais De Televisão 8543.70.13 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85437039 Outros 8543.70.39 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85437040 Transcodificadores Ou Conversores De Padrões De Televisão

8543.70.40 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85437099 Outros 8543.70.99 1,0 01/08/2012 31/12/2014

132

85439090 Outras 8543.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85443000 -Jogos De Fios Para Velas De Ignição E Outros Jogos De Fios Dos Tipos Utilizados Em Quaisquer Veículos

8544.30.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85444200 --Munidos De Peças De Conexão 8544.42.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85444900 --Outros 8544.49.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

85460000 Isoladores De Qualquer Matéria, Para Usos Elétricos 85.46 (exceto código

8546.10.00)

1,0 01/08/2012 31/12/2014

85470000 Peças Isolantes Inteiramente De Matérias Isolantes, Ou Com Simples Peças Metálicas De Montagem (Suportes Roscados, Por Exemplo) Incorporadas Na Massa, Para Máquinas, Aparelhos E Instalações Elétricas, Exceto Os Isoladores Da Posição 85.46; Tubos Isoladores E Suas Peças De Ligação, De Metais Comuns, Isolados Interiormente

85.47 (exceto código

8547.2010)

1,0 01/08/2012 31/12/2014

85489090 Outras 8548.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

86011000 -De Fonte Externa De Eletricidade 8601.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

86071919 Outros 8607.19.19 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87011000 -Motocultores 8701.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87012000 -Tratores Rodoviários Para Semi-Reboques 8701.20.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87013000 -Tratores De Lagartas 8701.30.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87019010 Tratores Especialmente Concebidos Para Arrastar Troncos ("Log Skidders")

8701.90.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87019090 Outros 8701.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87020000 Veículos Automóveis Para Transporte De 10 Pessoas Ou Mais, Incluindo O Motorista

87.02 (exceto código

8702.90.10)

1,0 01/08/2012 31/12/2014

87032290 Outros 8703.22.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87032390 Outros 8703.23.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87041010 Com Capacidade De Carga Superior Ou Igual A 85 Toneladas

8704.10.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87041090 Outros 8704.10.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87051010 Com Haste Telescópica De Altura Máxima Superior Ou Igual A 42M, Capacidade Máxima De Elevação Superior Ou Igual A 60 Toneladas, Segundo A Norma Din 15019, Parte 2, E Com 2 Ou Mais Eixos De Rodas Direcionáveis

8705.10.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87051090 Outros 8705.10.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87052000 -Torres ("Derricks") Automóveis, Para Sondagem Ou Perfuração

8705.20.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87053000 -Veículos De Combate A Incêndio 8705.30.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87054000 -Caminhões-Betoneiras 8705.40.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87059010 Caminhões Para A Determinação De Parâmetros Físicos Característicos (Perfilagem) De Poços Petrolíferos

8705.90.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87059090 Outros 8705.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87060020 Dos Veículos Das Subposições 8701.10, 8701.30, 8701.90 Ou 8704.10

8706.00.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87070000 Carroçarias Para Os Veículos Automóveis Das Posições 87.01 A 87.05, Incluídas As Cabinas.

87.07 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87071000 -Para Os Veículos Da Posição 87.03 8707.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87079010 Dos Veículos Das Subposições 8701.10, 8701.30, 8701.90 Ou 8704.10

8707.90.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87079090 Outras 8707.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87081000 -Pára-Choques E Suas Partes 8708.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87082100 --Cintos De Segurança 8708.21.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87082911 Pára-Lamas 8708.29.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

133

87082912 Grades De Radiadores 8708.29.12 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87082913 Portas 8708.29.13 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87082914 Painéis De Instrumentos 8708.29.14 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87082919 Outros 8708.29.19 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87082991 Pára-Lamas 8708.29.91 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87082992 Grades De Radiadores 8708.29.92 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87082993 Portas 8708.29.93 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87082994 Painéis De Instrumentos 8708.29.94 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87082995 Geradores De Gás Para Acionar Retratores De Cintos De Segurança

8708.29.95 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87082996 Bolsas Infláveis Para "Airbag" 8708.29.96 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87082999 Outros 8708.29.99 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87083011 Dos Veículos Das Subposições 8701.10, 8701.30, 8701.90 Ou 8704.10

8708.30.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87083019 Outras 8708.30.19 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87083090 Outros 8708.30.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87083110 Dos Veículos Das Subposições 8701.10, 8701.30, 8701.90 Ou 8704.10

8708.31.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87083190 Outros 8708.31.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87083900 --Outros 8708.39.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87084011 Servo-Assistidas, Próprias Para Torques De Entrada Superiores Ou Iguais A 750Nm

8708.40.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87084019 Outras 8708.40.19 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87084080 Outras Caixas De Marchas 8708.40.80 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87084090 Outras 8708.40.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87085011 Eixos Com Diferencial Com Capacidade De Suportar Cargas Superiores Ou Iguais A 14.000Kg, Redutores Planetários Nos Extremos E Dispositivo De Freio Incorporado, Do Tipo Dos Utilizados Em Veículos Da Subposição 8704.10

8708.50.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87085012 Eixos Não Motores 8708.50.12 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87085019 Outros 8708.50.19 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87085080 Outros 8708.50.80 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87085090 Outros 8708.50.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87085091 De Eixos Não Motores, Dos Veículos Das Subposições 8701.10, 8701.30, 8701.90 Ou 8704.10

8708.50.91 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87085099 Outras 8708.50.99 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87086010 Dos Veículos Das Subposições 8701.10, 8701.30, 8701.90 Ou 8704.10

8708.60.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87086090 Outros 8708.60.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87087010 De Eixos Propulsores Dos Veículos Das Subposições 8701.10, 8701.30, 8701.90 Ou 8704.10

8708.70.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87087090 Outros 8708.70.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87088000 -Sistemas De Suspensão E Suas Partes (Incluídos Os Amortecedores De Suspensão)

8708.80.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87089100 --Radiadores E Suas Partes 8708.91.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87089200 --Silenciosos E Tubos De Escape; Suas Partes 8708.92.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87089300 --Embreagens E Suas Partes 8708.93.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87089411 Volantes 8708.94.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87089412 Barras 8708.94.12 1,0 01/08/2012 31/12/2014

134

87089413 Caixas 8708.94.13 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87089481 Volantes 8708.94.81 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87089482 Barras 8708.94.82 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87089483 Caixas 8708.94.83 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87089490 Partes 8708.94.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87089491 Volantes 8708.94.91 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87089492 Barras 8708.94.92 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87089493 Caixas 8708.94.93 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87089510 Bolsas Infláveis De Segurança Com Sistema De Insuflação (“Airbags")

8708.95.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87089521 Bolsas Infláveis Para "Airbags" 8708.95.21 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87089522 Sistema De Insuflação 8708.95.22 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87089529 Outras 8708.95.29 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87089910 Dispositivos Para Comando De Acelerador, Freio, Embreagem, Direção Ou Caixa De Marchas Mesmo Os De Adaptação Dos Preexistentes, Do Tipo Dos Utilizados Por Pessoas Incapacitadas

8708.99.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87089990 Outros 8708.99.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87091100 --Elétricos 8709.11.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87091900 --Outros 8709.19.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87099000 -Partes 8709.90.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87100000 Veículos E Carros Blindados De Combate, Armados Ou Não, E Suas Partes.

8710.00.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87141000 Partes e acessórios de motocicletas (incluindo os ciclomotores)

8714.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87141900 --Outros 8714.19.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87149490 Outros 8714.94.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87149990 Outros 8714.99.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87162000 -Reboques E Semi-Reboques, Autocarregáveis Ou Autodescarregáveis, Para Usos Agrícolas

8716.20.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87163100 --Cisternas 8716.31.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

87163900 --Outros 8716.39.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

88020000 Outros Veículos Aéreos (Por Exemplo, Helicópteros, Aviões); Veículos Espaciais (Incluídos Os Satélites) E Seus Veículos De Lançamento, E Veículos Suborbitais.

88.02 1,0 01/08/2012 31/12/2014

88030000 Partes Dos Veículos E Aparelhos Das Posições 88.01 Ou 88.02.

88.03 1,0 01/08/2012 31/12/2014

88040000 Pára-Quedas (Incluídos Os Pára-Quedas Dirigíveis E Os Parapentes) E Os Pára-Quedas Giratórios ("Rotochutes"); Suas Partes E Acessórios.

8804.00.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

89000000 Embarcações E Estruturas Flutuantes Capítulo 89 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90058000 -Outros Instrumentos 9005.80.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90059090 Outros 9005.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90061010 Fotocompositoras A Laser Para Preparação De Clichês 9006.10.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90061090 Outras 9006.10.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90072090 Outros 9007.20.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90072091 Para Filmes De Largura Superior Ou Igual A 35Mm Mas Inferior Ou Igual A 70Mm

9007.20.91 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90072099 Outros 9007.20.99 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90079200 --De Projetores 9007.92.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90085000 Projetores E Aparelhos De Ampliação Ou De Redução 9008.50.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

135

90089000 -Partes E Acessórios 9008.90.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90101010 Cubas E Cubetas, De Operação Automática E Programáveis

9010.10.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90101020 Ampliadoras-Copiadoras Automáticas Para Papel Fotográfico, Com Capacidade Superior A 1.000 Cópias Por Hora

9010.10.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90101090 Outros 9010.10.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90109010 De Aparelhos Ou Material Da Subposição 9010.10 Ou Do Item 9010.50.10

9010.90.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90111000 -Microscópios Estereoscópicos 9011.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90118010 Binoculares De Platina Móvel 9011.80.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90118090 Outros 9011.80.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90119090 Outros 9011.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90131090 Outros 9013.10.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90151000 -Telêmetros 9015.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90152010 Com Sistema De Leitura Por Meio De Prisma Ou Micrômetro Óptico E Precisão De Leitura De 1 Segundo

9015.20.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90152090 Outros 9015.20.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90153000 -Níveis 9015.30.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90154000 -Instrumentos E Aparelhos De Fotogrametria 9015.40.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90158010 Molinetes Hidrométricos 9015.80.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90158090 Outros 9015.80.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90159010 De Instrumentos Ou Aparelhos Da Subposição 9015.40 9015.90.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90159090 Outros 9015.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90160010 Sensíveis A Pesos Não Superiores A 0,2Mg 9016.00.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90160090 Outras 9016.00.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90171010 Automáticas 9017.10.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90171090 Outras 9017.10.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90173010 Micrômetros 9017.30.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90173020 Paquímetros 9017.30.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90173090 Outros 9017.30.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90179010 De Mesas Ou Máquinas De Desenhar, Automáticas 9017.90.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90179090 Outros 9017.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90189091 Incubadoras Para Bebês 9018.90.91 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90191000 -Aparelhos De Mecanoterapia; Aparelhos De Massagem; Aparelhos De Psicotécnica

9019.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90221910 Espectrômetros Ou Espectrógrafos De Raios X 9022.19.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90221991 Dos Tipos Utilizados Para Inspeção De Bagagens, Com Túnel De Altura Inferior Ou Igual A 0,4M, Largura Inferior Ou Igual A 0,6M E Comprimento Inferior Ou Igual A 1,2M

9022.19.91 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90221999 Outros 9022.19.99 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90222910 Para Detecção Do Nível De Enchimento Ou Tampas Faltantes, Em Latas De Bebidas, Por Meio De Raios Gama

9022.29.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90222990 Outros 9022.29.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90241010 Para Ensaios De Tração Ou Compressão 9024.10.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90241020 Para Ensaios De Dureza 9024.10.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90241090 Outros 9024.10.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90248011 Automáticos, Para Fios 9024.80.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

136

90248019 Outros 9024.80.19 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90248021 Máquinas Para Ensaios De Pneumáticos 9024.80.21 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90248029 Outros 9024.80.29 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90248090 Outros 9024.80.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90249000 -Partes E Acessórios 9024.90.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90251190 Outros 9025.11.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90251910 Pirômetros Ópticos 9025.19.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90251990 Outros 9025.19.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90258000 -Outros Instrumentos 9025.80.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90259010 De Termômetros 9025.90.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90259090 Outros 9025.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90261019 Outros 9026.10.19 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90261021 De Metais, Mediante Correntes Parasitas 9026.10.21 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90261029 Outros 9026.10.29 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90262010 Manômetros 9026.20.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90262090 Outros 9026.20.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90268000 -Outros Instrumentos E Aparelhos 9026.80.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90269010 De Instrumentos E Aparelhos Para Medida Ou Controle Do Nível

9026.90.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90269020 De Manômetros 9026.90.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90269090 Outros 9026.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90271000 -Analisadores De Gases Ou De Fumaça 9027.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90272011 De Fase Gasosa 9027.20.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90272012 De Fase Líquida 9027.20.12 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90272019 Outros 9027.20.19 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90272021 Seqüenciadores Automáticos De Adn Mediante Eletroforese Capilar

9027.20.21 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90272029 Outros 9027.20.29 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90273011 De Emissão Atômica 9027.30.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90273019 Outros 9027.30.19 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90273020 Espectrofotômetros 9027.30.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90275010 Colorímetros 9027.50.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90275020 Fotômetros 9027.50.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90275030 Refratômetros 9027.50.30 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90275040 Sacarímetros 9027.50.40 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90275050 Citômetro De Fluxo 9027.50.50 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90275090 Outros 9027.50.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90278011 Calorímetros 9027.80.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90278012 Viscosímetros 9027.80.12 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90278013 Densitômetros 9027.80.13 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90278014 Aparelhos Medidores De Ph 9027.80.14 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90278020 Espectrômetros De Massa 9027.80.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90278030 Polarógrafos 9027.80.30 1,0 01/08/2012 31/12/2014

137

90278091 Exposímetros 9027.80.91 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90278099 Outros 9027.80.99 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90279010 Micrótomos 9027.90.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90279091 De Espectrômetros E Espectrógrafos, De Emissão Atômica

9027.90.91 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90279093 De Polarógrafos 9027.90.93 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90279099 Outros 9027.90.99 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90281011 Dos Tipos Utilizados Em Postos (Estações) De Serviço Ou Garagens

9028.10.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90281019 Outros 9028.10.19 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90281090 Outros 9028.10.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90282010 De Peso Inferior Ou Igual A 50Kg 9028.20.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90282020 De Peso Superior A 50Kg 9028.20.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90283011 Digitais 9028.30.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90283019 Outros 9028.30.19 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90283021 Digitais 9028.30.21 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90283029 Outros 9028.30.29 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90283031 Digitais 9028.30.31 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90283039 Outros 9028.30.39 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90283090 Outros 9028.30.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90289010 De Contadores De Eletricidade 9028.90.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90289090 Outros 9028.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90289090 Outros 9028.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90291010 Contadores De Voltas, Contadores De Produção Ou De Horas De Trabalho

9029.10.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90292010 Indicadores De Velocidade E Tacômetros 9029.20.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90299010 De Indicadores De Velocidade E Tacômetros 9029.90.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90303321 Do Tipo Dos Utilizados Em Veículos Automóveis 9030.33.21 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90303921 Do Tipo Dos Utilizados Em Veículos Automóveis 9030.39.21 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90303990 Outros 9030.39.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90304030 Analisadores Digitais De Transmissão 9030.40.30 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90304090 Outros 9030.40.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90308490 Outros 9030.84.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90308990 Outros 9030.89.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90309090 Outros 9030.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90311000 -Máquinas De Equilibrar Peças Mecânicas 9031.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90312010 Para Motores 9031.20.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90312090 Outros 9031.20.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90314100 --Para Controle De Discos ("Wafers") Ou De Dispositivos Semicondutores Ou Para Controle De Máscaras Ou Retículas Utilizadas Na Fabricação De Dispositivos Semicondutores

9031.41.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90314910 Para Medida De Parâmetros Dimensionais De Fibras De Celulose, Por Meio De Raios Laser

9031.49.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90314920 Para Medida Da Espessura De Pneumáticos De Veículos Automóveis, Por Meio De Raios Laser

9031.49.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90314990 Outros 9031.49.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

138

90318011 Dinamômetros 9031.80.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90318012 Rugosímetros 9031.80.12 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90318020 Máquinas Para Medição Tridimensional 9031.80.20 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90318030 Metros Padrões 9031.80.30 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90318040 Aparelhos Digitais, De Uso Em Veículos Automóveis, Para Medida E Indicação De Múltiplas Grandezas Tais Como: Velocidade Média, Consumos Instantâneo E Médio E Autonomia (Computador De Bordo)

9031.80.40 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90318050 Aparelhos Para Análise De Têxteis, Computadorizados 9031.80.50 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90318060 Células De Carga 9031.80.60 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90318091 Para Controle Dimensional De Pneumáticos, Em Condições De Carga

9031.80.91 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90318099 Outros 9031.80.99 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90319010 De Bancos De Ensaio 9031.90.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90319090 Outros 9031.90.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90321010 De Expansão De Fluidos 9032.10.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90321090 Outros 9032.10.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90322000 -Manostatos (Pressostatos) 9032.20.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90328100 --Hidráulicos Ou Pneumáticos 9032.81.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90328911 Eletrônicos 9032.89.11 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90328920 Controladores Eletrônicos Do Tipo Dos Utilizados Em Veículos Automóveis

9032.89.2 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90328980 Outros, Para Regulação Ou Controle De Grandezas Não Elétricas

9032.89.8 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90329010 Circuitos Impressos Com Componentes Elétricos Ou Eletrônicos, Montados

9032.90.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90329099 Outros 9032.90.99 1,0 01/08/2012 31/12/2014

90330000 Partes E Acessórios Não Especificados Nem Compreendidos Em Outras Posições Do Presente Capítulo, Para Máquinas, Aparelhos, Instrumentos Ou Artigos Do Capítulo 90.

9033.00.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

91040000 Relógios Para Painéis De Instrumentos E Relógios Semelhantes, Para Automóveis, Veículos Aéreos, Embarcações Ou Para Outros Veículos.

9104.00.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

91070010 Interruptores Horários 9107.00.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

91091000 Funcionando Eletricamente 9109.10.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

94012000 -Assentos Dos Tipos Utilizados Em Veículos Automóveis 9401.20.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

94013000 -Assentos Giratórios, De Altura Ajustável 9401.30 1,0 01/08/2012 31/12/2014

94014000 -Assentos Transformáveis Em Camas, Exceto Material De Acampamento Ou De Jardim

9401.40 1,0 01/08/2012 31/12/2014

94015000 -Assentos De Ratã, Vime, Bambu Ou Matérias Semelhantes:

9401.5 1,0 01/08/2012 31/12/2014

94016000 -Outros Assentos, Com Armação De Madeira: 9401.6 1,0 01/08/2012 31/12/2014

94017000 -Outros Assentos, Com Armação De Metal: 9401.7 1,0 01/08/2012 31/12/2014

94018000 -Outros Assentos 9401.80.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

94019000 -Partes 9401.90 1,0 01/08/2012 31/12/2014

94020000 Mobiliário Para Medicina, Cirurgia, Odontologia Ou Veterinária (Por Exemplo, Mesas De Operação, Mesas De Exames, Camas Dotadas De Mecanismos Para Usos Clínicos, Cadeiras De Dentista); Cadeiras Para Salões De Cabeleireiro E Cadeiras Semelhantes, Com Dispositivos De Orientação E De Elevação; Suas Partes.

94.02 1,0 01/08/2012 31/12/2014

94030000 Outros Móveis E Suas Partes. 94.03 1,0 01/08/2012 31/12/2014

94042000 -Colchões: 9404.2 1,0 01/08/2012 31/12/2014

139

94049000 Suportes para camas (somiês); colchões, edredões, almofadas, pufes, travesseiros e artigos semelhantes - Outros

9404.90.00 1,5 01/12/2011 31/07/2012

94049000 -Outros 9404.90.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

94051093 De Metais Comuns 9405.10.93 1,0 01/08/2012 31/12/2014

94051099 Outros 9405.10.99 1,0 01/08/2012 31/12/2014

94052000 -Abajures De Cabeceira, De Escritório E Lampadários De Interior, Elétricos

9405.20.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

94059100 --De Vidro 9405.91.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

94060010 Estufas 9406.00.10 1,0 01/08/2012 31/12/2014

94060092 Com Estrutura De Ferro Ou Aço E Paredes Exteriores Constituídas Essencialmente Dessas Matérias

9406.00.92 1,0 01/08/2012 31/12/2014

95066200 Bolas Infláveis 9506.62.00 1,5 01/04/2012 31/07/2012

95066200 --Infláveis 95.06.62.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

95069100 Artigos e equipamentos para cultura física, ginástica ou atletismo

9506.91.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

96060000 Botões, Incluídos Os De Pressão; Formas E Outras Partes, De Botões Ou De Botões De Pressão; Esboços De Botões.

96.06 1,0 01/08/2012 31/12/2014

96061000 Botões de pressão e suas partes 96.06.10.00 1,5 01/04/2012 31/07/2012

96062100 Botões de plásticos, não recobertos de matérias têxteis

9606.21.00 1,5 01/04/2012 31/07/2012

96062200 Botões de metais comuns, não recobertos de matérias têxteis

9606.22.00 1,5 01/04/2012 31/07/2012

96070000 Fechos Ecler e Suas Partes. 96.07 1,0 01/08/2012 31/12/2014

96138000 Outros isqueiros e acendedores 9613.80.00 1,0 01/08/2012 31/12/2014

99999999 Outras Atividades, Produtos e Serviços - 01/12/2011

Legislação de Referência:

1. Grupo - Pessoas Jurídicas Prestadoras de Serviços:

Códigos 00000010 e 00000020: Art. 7º da MP nº 540/2011, convertida na Lei nº 12.546/2011;

Códigos 00000011 e 00000021: Art. 7º, § 3º, da Lei nº 12.546/2011.

Código 00000030: Art. 7º, § 4º, da Lei nº 12.546/2011.

Código 00000025: Art.45 da Medida Provisória nº 563/2012

Código 00000040: Art.45 da Medida Provisória nº 563/2012

Código 00000050: Art.44 da Medida Provisória nº 563/2012

2. Grupo – Pessoas Jurídicas Fabricantes:

Códigos 3926.20.00, 40.15, 42.03, 43.03, 4818.50.00, 63.01 a 63.05, 6812.91.00, 9404.90.00 e nos Capítulos 61 e 62: Art. 8º da MP nº 540/2011, convertida na Lei nº 12.546/2011; Códigos 4202.11.00, 4202.21.00, 4202.31.00, 4202.91.00, 4205.00.00, 6309.00, 64.01 a 64.06: Art. 8º da MP nº 540/2011, convertida na Lei nº 12.546/2011;

Códigos 8308.10.00, 8308.20.00, 96.06.10.00, 9606.21.00 e 9606.22.00; Art. 8º, Inciso IV, da Lei nº 12.546/2011.

Códigos 8308.10.00, 8308.20.00, 96.06.10.00, 9606.21.00 e 9606.22.00: Art. 8º, Inciso IV, da Lei nº 12.546/2011.

Código 9506.62.00: Art. 8º, Inciso IV, da Lei nº 12.546/2011.

Demais Códigos: Art. 8º da Lei nº 12.546/2011, com a redação dada pelo art. 45 da Medida Provisória nº 563/2012

140

Tabela 5.1.2 – Código de Detalhamento:

Código Descrição

001 Detalhamento por documento fiscal

002 Detalhamento por item/produto/serviço

003 Detalhamento por NCM

004 Detalhamento por Cliente

999 Detalhamento por outros critérios

Maiores informações poderão ser obtidas em: http://www1.receita.fazenda.gov.br/sistemas/efd-pis-cofins/download/download.htm

PARTE PRÁTICA - DESONERAÇÃO

A) De acordo com as alterações da MP 563/2012, tendo uma empresa de TI, o faturamento bruto de R$ 250.000,00, e o valor dos descontos incondicionais de R$ 17.000,00, qual será o valor a ser recolhido na DARF 2985 por esta empresa?

B) Uma empresa de confecção enquadrada no artigo 8º da Lei 12.546/2011 teve uma receita bruta mensal de R$ 150.000,00 no mês de março de 2012, tendo neste período o valor de R$ 11.500,00 a título de devoluções. Sabendo-se que a folha de pagamento desta empresa encontra-se no valor de R$ 35.000,00, calcule de acordo com a MP 563/2012: - O valor da DARF 2991 a ser recolhido. - O valor a ser informado a titulo de compensação na SEFIP desta empresa.

C) Uma empresa de TI desenvolve software de segurança para empresas, bem como realiza a venda de câmeras de segurança. A receita bruta total da empresa é de R$ 320.000,00 no mês de maio/2012, e a venda de equipamentos corresponde a R$ 75.000,00. Considerando que o valor da folha de pagamento corresponde a R$ 53.000,00, calcule o valor da: - GPS 2100 - DARF 2985 - Compensação a ser informado em SEFIP

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D) Uma empresa do setor hoteleiro, que exerça atividade concomitante de restaurante, teve a receita bruta total de R$ 195.000,00, e o valor da atividade não relacionada de R$ 50.000,00. Considerando que o valor da folha de pagamento corresponde a R$ 47.000,00, calcule o valor da: - GPS 2100 - DARF 2991 - Compensação a ser informado em SEFIP

E) Uma empresa enquadrada no artigo 8º da Lei 12.546/2011, teve a receita bruta no valor de R$ 550.000,00, tendo os seguintes elementos redutores nesta competência:

150.000,00 – Receita de Exportação

20.000,00 – Descontos incondicionais

40.000,00 - Vendas canceladas

Considerando que o valor da folha de pagamento é de R$ 60.0000,00.

Calcule a

DARF 2991 –

Compensação da SEFIP –

Demonstrativo da Desoneração.

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PARTE PRÁTICA – 13º SALÁRIO

A) Uma empresa de TI necessita calcular o valor a titulo de compensação da substituição tributária da Lei 12.546/2011, referente ao 13º salário do ano de 2011, conforme os dados abaixo: Folha de pagamento com 2 empregados e 1 pró-labore: Empregado 1: 13º de 6/12 sobre um salário de R$ 2.000,00 = R$ 1.000,00 Empregado 2: 13º de 12/12 sobre um salário de R$ 2.000,00 = R$ 2.000,00 Pró-labore: Sem 13º salário obviamente = R$ 0,00

B) Empresa de confecções que teve atividade relacionada durante todo o ano de 2012, com uma folha de 13º salário no valor de R$ 16.270,00, qual será o valor a ser informado no campo compensações da SEFIP?