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Audiência Pública do Processo de Licenciamento Ambiental
do Projeto do Cluster Termelétrico Linhares, realizada em
Linhares/ES., em 17 de março de 2011.
(Transcrição)
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Boa noite a
todos os presentes.
O Governo do Estado do Espírito Santo por meio da Secretaria Estadual
de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEAMA e do Instituto Estadual de Meio
Ambiente e Recursos Hídricos – IEMA, realiza a Audiência Pública do Processo
de Licenciamento Ambiental do Projeto do Cluster Termelétrico Linhares, no
município de Linhares – ES.
A Audiência Pública tem como finalidade a divulgação e a discussão de
projetos e atividades a serem implantados, seus impactos provocados e
alternativas minimizadoras, devendo também coletar opiniões e críticas para
fundamentar a tomada de decisão sobre o Licenciamento Ambiental.
Meu nome é Hebert Arruda Broedel, sou Coordenador de Avaliação de
Impactos Ambientais do IEMA e serei o Mediador desta Audiência Pública, como
suplente terei o Sr. Ulisses Louzada Mantovani, Analista de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos do IEMA; como secretário o Sr. Franz-Schubert Sathler Alves
Ambrósio e o sua suplente a Sra. Thaiana Balbino dos Santos.
O desenvolvimento da Audiência Pública terá a seguinte dinâmica:
composição da mesa; fala das autoridades presentes; fala do Representante da
empresa para apresentação do projeto; apresentação do IEMA; fala do
Representante da Empresa de Consultoria CTA, para apresentação dos estudos
ambientais; intervalo de 15 minutos; debate e encerramento.
Daremos início à leitura das regras para o bom andamento da Audiência
Pública, peço a gentileza que me acompanhem pelo folheto distribuído na
entrada.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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1. Todos os presentes deverão assinar a Lista de
Presença;
2. A duração da Audiência Pública poderá ser de 03
(três) horas, podendo ser prorrogada por até 30 (trinta) minutos,
conforme a quantidade de perguntas encaminhadas à mesa;
3. Os interessados em formular perguntas deverão
preencher o formulário entregue na chegada, incluindo o nome e
endereço para correspondência; sendo que as inscrições para as
perguntas escritas e orais serão encerradas após 30 (trinta)
minutos do início dos debates e deverão ser encaminhadas a
mesa;
4. As perguntas recebidas serão distribuídas aos
integrantes da mesa para respectivo pronunciamento;
5. Após todas as perguntas escritas encaminhadas à
mesa terem sido respondidas, será aberto espaço para os
esclarecimentos orais. Sendo que o Mediador cederá à palavra aos
inscritos para as perguntas orais conforme ordenação da inscrição.
Tais esclarecimentos somente serão efetuados se os mesmos
tratarem do empreendimento em discussão, não podendo haver
novos assuntos para debate;
6. Não haverá votação de mérito na Audiência Pública;
7. Para as perguntas orais, cada participante terá um
tempo de até 02 (dois) minutos para fazer a pergunta e, em
contrapartida, o componente da mesa a que se referir à pergunta
e/ou pergunta terá até 03 (três) minutos para responder;
8. O tempo de inscrição para intervenções orais será
encerrado após 30 (trinta) minutos do início das respostas às
perguntas escritas;
9. A Ata transcrita da Audiência Pública estará à
disposição na SEAMA/IEMA, na Gerência de Educação Ambiental,
devidamente anexada à lista de presença e das perguntas feitas
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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por escrito durante esta Audiência, após 10 (dez) dias úteis da
realização desta, contados a partir de hoje.
Passaremos à composição da Mesa. Convidamos o Representante da
Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEAMA e o
Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – IEMA, o Sr.
Fernando Aquinoga de Mello, Diretor Técnico, representando a empresa, o
Grupo Bertin Energia, o Sr. Roberto Ueno, Diretor de Projeto.
Aproveitamos para registrar a presença das seguintes autoridades: Sra.
Maria Paula Martins, Diretora Geral da ASPE – Agência Serviço Público de
Energia e o Sr. Eliezer Cunha, Assessor Especial Ministério Público do Espírito
Santo.
Concedo a palavra ao Sr. Fernando Aquinoga de Mello, Diretor Técnico
do IEMA para sua saudação inicial.
O SR. FERNANDO AQUINOGA DE MELLO – (IEMA) – Boa noite a
todos.
É com muita alegria que nos deslocamos da capital aqui novamente para
Linhares, para discutir um projeto que é de interesse da comunidade,
importante para subsidiar nossa análise do Órgão Ambiental, saber como a
sociedade está enxergando esse projeto, ter conhecimento dos possíveis
impactos que ele vai trazer e contribuir para o enriquecimento desse processo
de análise.
Tivemos já uma reunião que abordou parte desse empreendimento em
Povoação, no ano passado e agora dando continuidade ao processo de análise,
retomamos aqui para um aprofundamento um pouco maior.
Solicito que se aproveite bastante esse espaço, que se faça
questionamentos, que se dê contribuições. Nossa equipe está toda aqui hoje
reunida para recepcionar isso e considerar durante esse processo de análise
que já se iniciou e que não termina hoje, é parte, é mais uma etapa para
vencermos o aspecto do licenciamento ambiental.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Boa noite e um bom trabalho a todos.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Concedo a
palavra ao Sr. Roberto Ueno, Diretor de Projeto, representando a Bertin
Energia, para sua saudação inicial.
O SR. ROBERTO UENO – (BERTIN ENERGIA) - Boa noite a todos.
Meu nome é Roberto Ueno, sou Diretor do Projeto Cluster Termelétrica
Linhares.
Agradeço a presença de todos e registrar que para nós, do Grupo Bertin
da Bertin Energia é um evento hoje importante e uma oportunidade para
podermos estar explicando o investimento que estaremos realizando aqui no
município e, dar oportunidade de iniciar uma interação com os cidadãos aqui de
Linhares, principalmente aqueles mais próximos do nosso empreendimento.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Peço a
gentileza que se desfaça a Mesa, para darmos início as apresentações.
Aproveitamos para apresentar a Equipe de Analistas do IEMA
responsável pela análise do Processo de Licenciamento Ambiental do
Empreendimento, peço à gentileza que se levantem; Sr. Alex Barros Vieira,
Engenheiro de Meio Ambiente; Sra. Bárbara Thomazelli Marques de Oliveira,
Engenheira Química, Sra. Brígida Gusso Maioli, Engenheira de Meio Ambiente;
Sra. Catarina Dalvi Boina, Bióloga; Sr. Kennedy Gomes de Souza, Engenheiro
civil; Sra. Soraya Martins Malacarne, Geóloga.
Convidamos agora o Representante da Empresa, Sr. Roberto Ueno,
Diretor do Projeto para falar sobre o empreendimento e, na sequência o Sr.
Alessandro Trazzi, da Consultoria CTA para fazer a apresentação do Estudo
Ambiental.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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O SR. ROBERTO UENO – (BERTIN ENERGIA) – Farei uma pequena
introdução sobre o Grupo Bertin, que é o acionista proprietário do Cluster
Termelétrico.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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O Grupo Bertin é um grupo do interior do Estado de São Paulo,
originalmente nasceu como uma empresa focada no setor de processamento de
carnes, de frigoríficos e de uns anos para cá resolveu diversificar a sua
atividade, investindo em infraestrutura especificamente no setor de energia e
concessão de rodovias.
Hoje o Grupo é um dos principais investidores e agente do setor elétrico
brasileiro, como uma carteira de mais de 30 projetos de geração de energia.
A estratégia do Grupo é se tornar um dos principais agentes do setor e o
histórico no setor de energia se iniciou em meados de 2000, com a aquisição de
três Termelétricas prontas no nordeste e, em 2008 foi o grande passo do Grupo
no leilão de energia A-3, A-5, aonde adquiriu mais de 80% da carteira que hoje
o Grupo tem em investimentos para se realizar nos próximos dois anos.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Só para dar uma ideia, o Grupo hoje tem 25 Termoelétricas a óleo
combustível em operação e em construção; 07 Usinas Biomassa; 05 Usinas
Termoelétricas a gás natural, sendo que dessas 04 são objeto da Audiência
Pública de hoje, o Cluster Termelétrico e uma Usina carvão.
Em termos de energia, esses projetos juntos têm quase 8 GW de
potência instalada, seria mais ou menos metade de uma Itaipu Binacional.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Falando um pouco do nosso empreendimento, o Cluster Termelétrico
Linhares é uma denominação que demos, na verdade é um Complexo de 04
Usinas Termelétricas, uma é Cacimbaes, com capacidade instalada de 127 MW;
e as outras são Escolha, Joinville e João Neiva com 372 MW cada Usina,
totalizando 1.243 MW de capacidade instalada.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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A localização do Cluster será em Cacimbas, em frente ao Polo de Gás da
Petrobras, no Vale do Suruaca a 150 Km de Vitória.
Para posicionar o Cluster, estamos naquela circunferência amarela muito
próximo da Lagoa Zacarias, em frente à UTGC. Ao sul temos Povoação,
Degredo está mais ao norte, esse tracejado em verde é a rodovia de acesso a
Linhares e estamos a 150 km de distância de Vitória.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Dando mais um pouco de detalhe sobre as Termoelétricas
individualmente, o Cluster Termelétrico Linhares será implementado com
basicamente duas tecnologias, para a Usina menor de 127 MW estaremos
instalando motores a pistão para geração de energia, com prazo de início de
operação comercial – 01/01/2013.
As quatro Usinas utilizarão o gás natural como combustível, fornecidos
pela Petrobras e são Usinas que não estão programadas para gerar energia
100% do tempo. Temos uma expectativa baseado em alguns estudos
realizados por consultorias especializadas, de que a geração dessas Usinas em
média durante o período de vigência dos contratos de venda de energia, de
25% do tempo.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Aqui é um slide ilustrando o tipo de equipamento que vamos utilizar.
São 14 motores a pistão, queimando o gás natural e, a vantagem desse
equipamento, dessa tecnologia é o baixo consumo de água.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Para as outras três Usinas do Cluster Termelétrico Linhares, que são a
UTEs Escolha, Joinville e João Neiva estaremos utilizando tecnologia de turbinas
ciclo combinado, são equipamentos japoneses (Mitsubishi).
Cada Usina terá 327 MW de capacidade instalada, também fizeram parte
do leilão A-5 de 2008 e com o mesmo prazo de início de operação comercial em
janeiro de 2013. Também com a mesma expectativa de tempo de geração de
energia.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Aqui também são fotos ilustrativas do que serão essas três Usinas.
Cada uma dessas Usinas terá mais ou menos esse porte, a composição
para cada uma delas será uma turbina a gás, uma caldeira de recuperação de
calor e uma turbina a vapor.
A foto acima é da turbina a vapor. A grande vantagem desse
equipamento é que utilizamos gás com vapor, conseguimos uma melhor
eficiência, um menor consumo de gás consequentemente e um grau de
emissões muito menor que motoras, por isso que predominantemente Cluster
vai ter equipamentos ciclos combinados.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Aqui é uma ilustração bem resumida de como funciona a Usina ciclo
combinado, mas basicamente vamos utilizar o gás fornecido pela Petrobras
para fazer a turbina a gás funcionar. Aproveitar o vapor que ela produzir para
poder gerar energia através de uma turbina a vapor.
Obviamente, em mais detalhes toda a utilização da água, teremos dentro
do nosso Complexo uma Estação de Tratamento de água, uma Estação de
Tratamento de efluentes, enfim, basicamente essa caldeira vai funcionar como
uma chaleira, onde estaremos aproveitando o vapor juntamente com a energia
que for produzida da turbina a gás, que vai funcionar como uma boca de fogão,
só para fazer uma analogia.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Aqui é o desenho de como a Usina vai se posicionar no terreno. Temos
aproximadamente 100 hectares, essas áreas em verde são áreas em que
estamos mantendo a vegetação do local, na verdade a escolha da localização
das Usinas foi em função de ter um menor impacto possível na vegetação
nativa.
Essa área em amarelo é a área da Subestação, esses três quadradinhos
em cinza é a localização das turbinas ciclo combinado e mais a esquerda é a
localização dos motores, da Usina menor.
Essa área em laranja é área de canteiro de obra, onde basicamente
faremos toda a movimentação para a construção das Usinas e, em laranja mais
claro é o que chamamos de ponto de entrega, onde a Petrobras estará
entregando o gás, que é o combustível para essas Usinas.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Aqui um ilustrativo para poder dar ciência aos senhores de que também,
assim como a água, os efluentes, os esgotos da produção de energia serão
devidamente tratados.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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É bom ressaltar, nesses dias em que estamos vendo muitas notícias
sobre Usinas de energia, o combustível que estamos utilizando nessas nossas
Usinas é gás natural juntamente com vapor.
São equipamentos de alta tecnologia, em função disso também, tem
todo um procedimento de critérios e normas mundiais que esses fabricantes,
em específico, a Mitsubishi tem que seguir, então teremos todos os sistemas de
proteção necessários, que dão confiabilidade a operação dessa Usina.
O combustível que estamos utilizando é um combustível que para uma
Termelétrica, são os combustíveis de menor índice de emissões, de poluição.
Para nós é um privilégio, teremos um dos maiores complexos de usina a gás do
país.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Por consequência da tecnologia, de ter um alto grau de tecnologia,
obviamente conseguimos operar essas Usinas também utilizando essa
tecnologia disponível, então, esses equipamentos estarão sendo monitorados
através das nossas salas de controle.
E, também o próprio fabricante que vai estar nos dando uma assistência
na manutenção dos equipamentos, vai poder monitorar também e
eventualmente interferindo na operação da Usina, então, se por algum motivo
ocorrer algum problema, o próprio fabricante que seguramente vai ser o nosso
operador, se precisar, por exemplo, pode desligar o equipamento lá do Japão
ou dos Estados Unidos.
Essas Usinas estarão 24 horas por dia desligadas ou não, sendo
monitoradas.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Em relação à implantação, ao investimento que estamos realizando,
estimamos a contratação de cerca de 3.000 funcionários, no momento de pico
de obra no nosso terreno, teremos 2.500 pessoas aproximadamente.
E a nossa ideia é de estar absorvendo 60% dessa mão de obra com a
população local.
Na fase de operação, como já disse, como temos um alto nível de
automação, de tecnologia, estimamos ter em dois e três turnos cerca de 300
funcionários, lembrando que essas Usinas não estarão operando 365 dias por
ano. E também, obviamente, estaremos na busca de encontrar a mão de obra
local para a fase de operação da Usina.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Aqui temos o último slide, com a listagem dos cargos, das funções que
seguramente estaremos precisando na fase de obra da Usina.
O CTA – Serviços em Meio Ambiente Ltda. estará aprofundando a
apresentação na parte técnica e estará dando mais detalhe de toda a estrutura,
estratégia para estar identificando junto à comunidade toda essa mão de obra
capacitada que vamos precisar para a construção da Usina.
Quero agradecer novamente a atenção de todos.
Obrigado e boa noite.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Concedo a
palavra ao Sr. Alessandro Trazzi, da Empresa de Consultoria CTA – Serviços em
Meio Ambiente Ltda. para fazer a apresentação do Estudo Ambiental.
O SR.ALESSANDRO TRAZZI – (CTA) – Boa noite a todos.
Meu nome é Alessandro Trazzi, sou Biólogo e Mestre em Engenharia
Ambiental, Diretor Técnico do CTA – Serviços em Meio Ambiente, a empresa
contratada pela Bertin para elaborar o Estudo de Impacto Ambiental desse
empreendimento, denominado Cluster Termelétrica Linhares.
CTA é uma empresa capixaba, tem 18 anos de mercado e atuamos na
área de meio ambiente desde o ano 2000.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Inicialmente é importante frisar que o Estudo de Impacto Ambiental é
um estudo denso, complexo, ou seja, tem diversas pessoas envolvidas.
Estou representando aqui uma equipe, estou apresentando por meio de
uma equipe e aqui temos os principais coordenadores da equipe do CTA que
participaram do Estudo de Impacto.
Parte da equipe do CTA se encontra presente, os profissionais estão aqui
disponíveis para depois tirar dúvidas. Eu, na Coordenação; Professor Celso
Perota na Arqueologia; Sr. Diogo Poloni, Mestre em Engenharia Ambiental, na
parte de meio físico; Sr. Fabrício Fonseca, Mestre em Engenharia Ambiental, na
parte de coordenação; Sr. Luciano Alvarenga, Geólogo; Especialista Ambiental;
Sr. Luciano Vieira, Mestre em Biologia Animal, na parte de fauna; Professor
Marcelo Simonelli, Mestre em Botânica, na parte de vegetação; Professor
Maxsuel Pereira e Professor Marcus Nunes são Doutores na parte de qualidade
do ar e na parte de ruídos e o Sr. Sérgio Rodrigues, Biólogo; Especialista em
Educação Ambiental.Esses são coordenadores de área que foram importantes e
ainda, uma equipe de mais de 20 pessoas que participaram desse projeto.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Fazendo uma linha do tempo, é importante deixar claro que esse estudo,
apesar de mostrar que esse EIA/RIMA começou em setembro de 2010, os
estudos na área iniciaram um ano antes, em setembro/outubro de 2009 foi
feito um EIA/RIMA inicial e depois houve uma modificação do projeto.
Então, já estamos há mais de um ano estudando a área, conhecendo o
ambientem, conhecendo bem o local para dar mais embasamento no estudo,
com isso se ganha mais tempo e consegue ter um estudo mais aprofundado e
mais detalhado.
Esse período também foi importante porque houve diversas reuniões
com o Órgão Ambiental, então, foi possível dialogar com o Órgão Ambiental
colocando aquilo que entendíamos, o Órgão Ambiental colocando as
necessidades, as principais dúvidas e foi construindo um Estudo de Impacto
Ambiental. Isso foi importante nesse processo, obviamente, guardada a
competência de cada uma dessas partes.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Então, foi fechado um Termo de Referência em setembro, entre
novembro e dezembro houve a elaboração de um PCA específico para o
processo de terraplanagem. Depois entre setembro e dezembro, a elaboração
do EIA depois, entre setembro e dezembro, a elaboração do EIA/RIMA – Estudo
de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental em 2010.
Em 07 de dezembro foi feita uma reunião pública que contou com a
participação maciça da sociedade em Povoação, área diretamente afetada,
foram mais de 150 pessoas que participaram desse processo. Onde se discutiu
principalmente o processo de terraplanagem e já foi apresentado informação
sobre todo o empreendimento.
Em 23 de dezembro protocolamos o PCA – Plano de Controle Ambiental
no Órgão Ambiental, o PCA que subsidiou o licenciamento da terraplanagem.
Em 11 de janeiro foi protocolado esse EIA/RIMA, que é o documento que está
embasando esta Audiência Pública.
Em 09 de fevereiro, o Órgão Ambiental emitiu uma licença específica
para terraplanagem do empreendimento, as intervenções de terraplanagem.
Em 02 de março a equipe do CTA protocolou um Plano Básico Ambiental,
os Planos Ambientais para o Órgão Ambiental, ou seja, todo esse processo,
está Audiência Pública contempla os estudos apresentados no EIA/RIMA, mas
também informações que já vem sendo detalhadas no Plano Ambiental.
E culminamos agora, 17 de março com a realização desta Audiência
Pública.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Um estudo importante foi o das alternativas técnicas e locacionais.
Diferente do que normalmente acontece, o empreendedor mostrou para
o CTA algumas possibilidades de localização para colocar o empreendimento e
tivemos a possibilidade, a equipe técnica do CTA em discutir com o
empreendedor os melhores pontos e localizações do empreendimento.
Originalmente partes dessas Usinas não eram localizadas nem em Linhares, tem
Usina que seria em Cariacica, outra em João Neiva e foi direcionado para cá em
função de possibilidades ambientais e a viabilidade ambiental que foi observada
pela equipe, e a locação, a precisão do local de colocar as Usinas também foi
discutida observando os aspectos ambientais como ruído, como supressão de
vegetação, enfim, vários aspectos foram considerados.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Isso é muito positivo porque tivemos a possibilidade de intervir já no
planejamento do empreendimento, isso foi importante.
Critérios para localização na região proposta:
Proximidade do Gasoduto, que é do lado da UTGC – Unidade de
Tratamento de Gás de Cacimbas
Conformidade com o Plano Diretor Municipal (PDM), ou seja, o Plano
Municipal de Linhares prevê, possibilita Termelétrica na região.
Ausência de APPs – Área de Preservação Permanente e Zonas de
Amortecimento em áreas de conservação.
Ausência de áreas nas proximidades com conglomerados urbanos.
Crescimento Energético da Região.
Vias de acesso com boa infraestrutura.
Então, esses aspectos são importantes que fazem com que haja a
possibilidade da instalação do empreendimento naquele local.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Além disso, na fase inicial do projeto, que seria uma quantidade menor
de Usinas, seriam duas Usinas, a demanda hídrica era menor e pensou-se
inicialmente na possibilidade de se utilizar água do subsolo, água de poço e foi
feito esse estudo, entretanto, o estudo não trouxe segurança quanto à
disponibilidade de água e também a possibilidade de poder trazer impacto ou
conflito com outros usuários de água no local.
Isso foi colocado de forma bastante clara pelo Órgão Ambiental, com
uma grande preocupação do Órgão, essa é uma preocupação da equipe
também e, buscou-se outra alternativa de abastecimento de água para o
empreendimento.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Foi feito um estudo para busca de água, ou seja, para captação de água
diretamente do Rio Doce, que é o principal manancial de água na região.
Pensou-se em utilizar água de outros mananciais, mas esses mananciais não
teriam condições de abastecer a Termelétrica.
A demanda de água é significativa, são quase 1.500 m³/h de água, é
uma demanda grande, mas quando analisa a condição do Rio Doce, e foi feito
um processo de outorga do Rio Doce, isso é oficial, é um processo legal que foi
feito junto a Agência Nacional de Água (ANA), Órgão Governamental, para que
fosse possibilitado ao empreendimento captar água do Rio Doce, e a captação
de água naquele local é cem vezes menor do que poderia ser captado.
Então, é bastante tranquila a disponibilidade do Rio Doce para abastecer
o empreendimento, sem ter conflito de uso, conflito com qualquer outro
usuário. Esse foi um fator positivo.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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A partir disso, foi feito um estudo de como seria adutora de acesso entre
o empreendimento e o Rio Doce.
Foi feito um estudo de alternativa pensando em três traçados
prioritários, ou seja, qual aquele traçado que teria maior intervenção, menor
intervenção em áreas ambientalmente sensíveis, em alagados, em matas que
tivesse supressão de vegetação. E o traçado também de menor traçado.
Esse traçado a leste é o traçado que vem da região do Cluster até mais
ou menos 3km, 4km da sede de Povoação.
Então, esse traçado foi o considerado melhor ambientalmente para
instalação do Cluster e onde se detalhou mais os estudos.
Além de, se estudar mais a região do empreendimento, também a região
desse traçado.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Todos os estudos ambientais que foram feitos na parte de vegetação, de
fauna, de socioeconomia, do meio físico, tem que se delimitar, qual é a área do
seu estudo, qual é a região do seu estudo, se são 100m, 1 km, 5 km. Essa
delimitação foi feita e apresentada no estudo de impacto ambiental.
Chamo atenção para duas dessas áreas de estudo, que é o estudo da
Qualidade do Ar, aonde foi estabelecido uma Área de Influência Direta (AID),
de mais ou menos 7 km em relação à área do empreendimento diretamente,
das Usinas.
E uma área de influência indireta que é o modelo utilizado para fazer os
estudos de qualidade do ar. O critério que se adotou para estabelecer a área de
influência direta é a concentração de 1% do poluente que está sendo analisado,
ou seja, nesse ponto aqui a concentração chega a 1% do poluente, então,
nesse espaço é considerado área de influência direta. Esse é um critério
estabelecido pela equipe de estudo do impacto no licenciamento.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Outra área importante no licenciamento que chama a atenção é a Área
de Influência Socioeconômica, ligada à população.
Considerou-se como Área de Influência Direta (AID), essa região de
Povoação, mas todo o município de Linhares foi estudado por ser considerado
como Área de Influência Indireta (AII). Houve, então, o detalhamento do
município de Linhares.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
32
Diagnóstico Ambiental.
Vou fazer uma apresentação rápida, ou seja, os principais pontos do
Diagnóstico. O Estudo de Impacto Ambiental tem mais de 1.100 páginas; é
bastante complexo, e iremos apresentar os principais pontos.
Em relação aos Recursos Hídricos, em relação à Água, vamos dizer
assim.
Na região você tem o Rio Doce, ao sul da área, que é um importante
manancial, a 3 km do Cluster tem a Lagoa Zacarias e canais de drenagem do
DNOS antigo são os principais recursos.
Não tem corpo de água dentro da área do empreendimento e a área de
estudo contribui para a Bacia do Ipiranga. Essa região, a drenagem da Lagoa
Zacarias é por esse canal DNOS, que atinge um canal maior e isso será drenado
até o Rio Ipiranga. Isso não é drenado para o Rio Doce ao sul, tem uma
drenagem no sentido norte.
A vazão média do Rio Doce é mais de 2.200 vezes a vazão outorgada, ou
seja, a vazão média do Rio Doce é muito superior à vazão de uso de água.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
33
Aqui é uma foto bem interessante da região, as águas subterrâneas são
sub aflorantes, ou seja, a água subterrânea é muito próxima à superfície, o
lençol é raso. E, muitas vezes usado para abastecimento doméstico com poços
rasos e a dessedentação de gado.
Os senhores conhecem a região, cavando facilmente obtém-se água, é
uma característica marcante.
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Em relação à geologia, é uma região bastante arenosa e tem cordões
litorâneos, que são pequenos morros, de 5m, 4m, 2m com depressões, ou seja,
na parte clara é justamente a área onde tem mais arenoso e na parte escura é
onde tem os depósitos de áreas inundáveis, argilosos; com o tempo vai tendo
essas deposições.
Então, isso é bem característico da região e é uma condição que foi
observada no estudo de geologia.
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Na parte de geomorfologia, a principal situação é um relevo bastante
plano e tem uma leve inclinação para o mar, é uma característica e facilita a
atividade de terraplanagem, justamente em função de não ser tão morado, tão
desnivelado o terreno, pelo contrário, ali tem que fazer um aumento do greide,
aumentar em função da quantidade de água e possibilidade de inundação.
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Em relação à qualidade do ar da região é boa, foi feita uma análise e foi
considerada boa.
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Foram medidos os níveis de ruídos, tanto aqui na região do
empreendimento, que é essa área diretamente, nos limites do
empreendimento. Também próximo a UTGC em outros pontos, foi feita
também a medição lá captação de água no Rio Doce, que não está mostrando
aqui, mas foi feita essa medição e está no Estudo de Impacto.
Então, mostrou que dentro das condições predominantemente industriais
que é a condição ali, tem os resultados de medição apresentados todos abaixo
dos níveis de critério de avaliação para áreas predominantemente industriais de
70 dB e 60 dB, no caso período diurno e noturno respectivamente. Isso foi o
que apontou o diagnóstico.
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Iluminação artificial é uma preocupação da parte de biologia,
especialmente do Projeto TAMAR, devido o impacto em relação às tartarugas, a
iluminação é um fator de impacto.
No diagnóstico apresentado observamos que a principal fonte de luz na
região é a UTGC, que é uma fonte de iluminação. Tem também o próprio
distrito de Povoação que contribui com iluminação artificial local.
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Em relação ao Meio Biótico, a vegetação; na área do empreendimento
não são encontrados fragmentos florestais, ou seja, florestas. Isso não foi
observado na região. Mas apenas áreas abertas, ocupada principalmente por
pastagens e alguns pontos sujeitos a alagamento.
Essa é a principal característica da área em relação à vegetação. Existem
pequenos grupos de árvores, foi conversado com o próprio IDAF – Instituto de
Defesa Agropecuária e Florestal do ES, que fez vistoria da área e não há
problema em relação à possibilidade de retirada dessas árvores espassadas.
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Na área do entorno tem alguns fragmentos que também são bastantes
mexidos porque o uso por gado, mas mesmo assim esses fragmentos não serão
suprimidos, serão preservados.
Essa imagem é um aspecto de uma floresta que não é inundável, numa
área um pouco mais alta.
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Em relação aos Peixes na região, foi feito o levantamento. Existe um
total de 60 espécies de peixes no Rio Doce, como nas áreas próximas da
região. Nas imagens alguns exemplares de Lambari, Traíra e Cará.
O local tem alagados, tem regiões alagadiças, isso propicia a presença de
indivíduos, especialmente de anfíbios, sapos, rãs e pererecas.
Foram observados alguns indivíduos.
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Os répteis também são muito comuns, como os lagartos, algumas
cobras, em áreas mexidas, antropizadas.
Foram observados em 09 grupos de répteis na região.
Aves. Também foi feito o levantamento de quase 20% (vinte por cento)
do que poderia ser esperado de aves da mata atlântica, ali não chega a 20% do
total.
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E Mamíferos; foram observados 14 espécies de mamíferos, cachorro-do-
mato, morcegos e mão-pelada.
Nas imagens alguns exemplos de animais que são encontrados na
região, que é importante frisar que no levantamento feito de fauna, a principal
constatação é que os animais ali encontrados não são animais que estão em
extinção, ou seja, o local não é rico em fauna, justamente porque o ambiente
está bastante mexido, bastante antropizado.
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Foi feito também o levantamento das condições, principalmente de
Povoação e Linhares, das condições de infraestrutura, de saúde, de educação,
deposição de lixo, a questão do turismo também foi levantada na região.
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Foi feito um estudo arqueológico na região também. É uma região que
tem potencial arqueológico, essa região do Vale do Suruaca, mas não foram
observadas presença de sítios arqueológicos no local.
É uma área com potencial, mas em função de ser bastante mexida, até
ter sido feita extração de areia, ali não se espera que tenha achados
arqueológicos na região.
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Nós diagnosticamos a área, conhecemos bem a região. Conhecemos
bem depois o tipo de intervenção do empreendimento e aí começamos a
colocar quais são os impactos que serão observados.
Em cima desses impactos quais Medidas devem ser tomadas para esse
impacto não existir ou se existir, ele ser atenuado.
É isso que vamos apresentar agora, os Impactos e as Medidas.
Por exemplo, a questão da fauna; observamos uma situação e terá a
intervenção do empreendimento; qual é o impacto sobre a fauna que foi
observado e o que deve ser feito para reduzir esse impacto.
O primeiro impacto que chama a atenção; quando a equipe
começou, foi uma das primeiras preocupações da equipe, chama-se Alteração
da Qualidade do Ar, ou seja, é sabido que tem o uso de uma tecnologia que vai
verificar a emissão de gases, então, qual é o nível desse poluente, ou seja, qual
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é o impacto disso, e, além disso, no processo de instalação, no momento da
terraplanagem se observa muita emissão de poeira. Esses dois aspectos são os
principais fatores que causam problemas com relação à Alteração da Qualidade
do Ar. Tem as medidas mitigadoras que são colocadas, a umectação das vias,
utilização de britas nos acessos, manutenção preventiva de veículos. E aí, no
que diz respeito à qualidade do ar, para a operação do empreendimento, no
funcionamento da Usina, foi feito um estudo, uma modelagem para avaliar
como será a qualidade do ar, esse estudo mostrou uma condição que não
compromete a qualidade do ar; isso é importante de ser frisado, mas que ainda
será feito um monitoramento para avaliar se realmente essa qualidade do ar
está sendo comprometida ou não, se estiver, quais as medidas que devam ser
tomadas para atenuar e chegar dentro dos padrões aceitáveis.
Os estudos feitos, essa modelagem feita, não mostraram problemas com
a qualidade do ar.
Essa medidas todas, existem mais, são estruturadas no formato de um
programa. Então você tem um Programa de Controle de Poeira e o Programa
de Monitoramento de Emissão de Qualidade do Ar, são dois Programas que
serão colocados em prática para justamente esse impacto ser atenuado.
Os Programas são detalhados, não vou detalhar agora, mas todos eles
têm as linhas principais, as linhas orientativas, os Programas. Um exemplo é o
Programa de Emissão de Poeira, qual é o objetivo dele e ações que serão
feitas.
Para todos os Programas têm esse tipo de detalhamento.
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Outro impacto que é observado é o aumento dos níveis de ruídos e
vibrações, ou seja, o funcionamento das Usinas gerarão ruídos pelo
funcionamento de bombas, de máquinas.
Então, quais são as principais medidas que deverão ser feitas para
diminuir o ruído, tanto na fase de instalação, como na fase de operação do
empreendimento.
Medidas: Utilização de barreiras acústicas físicas e naturais; Implantar
plano de manutenção preventiva e corretiva de equipamentos e máquinas; ou
seja, o equipamento funcionando corretamente vai emitir menos barulho,
menos ruído; plano de movimentação de tráfego; o Órgão Ambiental exigiu um
plano de tráfego, foi elaborado e submetido à Prefeitura Municipal de Linhares
para aprovação desse plano.
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Tratamento acústico nas áreas ruidosas, os locais de maior quantidade
de ruídos, fazer um tratamento, fechar o local, colocar mecanismos para
atenuar o ruído.
Enclausuramento de equipamentos.
Foi feita também uma modelagem de como ficaria a região com o
funcionamento do empreendimento, isso também está no estudo e mostra
todas as medidas que devem ser feitas para a redução desse impacto.
Em cima disso tem um Programa de Monitoramento dos Níveis de
Ruídos, ou seja, vamos acompanhar como será o ruído para avaliar a tomada
de decisões, a necessidade de se fazer ou não intervenções.
E um Projeto de Cinturão Verde, que é uma barreira física natural que
será instalada, que atenua os ruídos na operação do empreendimento.
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Em relação a Recursos Hídricos e Solos, alteração da qualidade e da
quantidade de águas superficiais. Com o empreendimento poderá ter uma
alteração na qualidade e na quantidade.
Assoreamento dos corpos hídricos superficiais e o aumento da
disponibilidade hídrica, ou seja, vai ter alteração da qualidade da água, porque
vai ocorrer a captação de água no Rio Doce e terá lançamento de efluentes.
Esse lançamento de efluentes será feito no canal que drena da Lagoa Zacarias,
canal artificial, ou seja, vai lançar um efluente nesse canal que tem uma
qualidade de água atual.
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Foi estabelecido como medida a instalação de uma ETE – Estação de
Tratamento de Efluentes, para que a qualidade desse efluente saia numa
condição satisfatória.
Em relação à quantidade, estudos mostram que a região tem maior
carência de água, então, está aportando água, isso é um aspecto positivo. Tem
que ser avaliado até que ponto suporta o canal em relação à quantidade de
água.
Fornecimento de banheiros químicos é importante para evitar
lançamento de efluentes em área natural.
Evitar movimentação de solo durante os períodos chuvosos e tratamento
de disposição final adequada de efluentes e resíduos, ou seja, para evitar o
comprometimento da água e do solo, é fazer um belo trabalho em relação a
tratamento de efluente e tratamento do resíduo. Pegar o resíduo que foi
gerado, lixos gerados e colocar em locais corretos, ter o transporte adequado, a
destinação final adequada.
Para isso foram elaborados Programas que estão sendo submetidos a
aprovação do Órgão Ambiental, tanto para monitoramento de qualidade de
água, como também monitoramento do lençol freático.
Desde o início do trabalho foi colocada uma preocupação pelo IEMA, que
ali o lençol é muito raso e a possibilidade de contaminação da região, então,
esse foi um aspecto muito considerado no Estudo de Impacto Ambiental.
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Alterações das características físicas e químicas do solo e o
desencadeamento de processos erosivos.
Esse é um processo que pode acontecer com maior possibilidade na fase
de terraplanagem, na hora da movimentação de terra. Será feita uma
movimentação significativa de terra.
Então, existe a possibilidade de ter esses impactos.
As medidas serão: Tratamento e disposição final adequada dos efluentes
e resíduos gerados, isso já foi colocado.
Controle e proteção de taludes, ou seja, fazer taludes com ângulo
adequado para evitar erosão.
Pavimentação e proteção do solo.
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Construção de canaletas e dispositivos de drenagem.
Implantar estruturas para dissipação de energia das águas drenadas, ou
seja, são medidas de construção, de engenharia que devem ser colocadas em
prática pelo empreendimento.
Essas medidas são estruturadas em dois programas principais, o próprio
Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e o Programa de Controle e
Acompanhamento de Processos Erosivos. A questão de processos erosivos é
preocupante, a área tem alagado próximos, mais preservados, então, os
processos erosivos ali são preocupantes, por isso esse Programa deve ser
colocado em prática.
Temos trabalhado muito colocando para o empreendedor a necessidade
de que essas informações sejam muito trabalhas durante a obra, no processo
de contratação das empresas que vão executar a obra, que essas empresas
tenham acesso a esses Programas e, que no processo de contratação isso seja
motivo de cláusula contratual justamente para ser colocado em prática. Esse é
um fator importante para que isso aqui ocorra e tenha sustentabilidade o
empreendimento.
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Outro impacto em relação a Recursos Hídricos é a alteração morfológica
da paisagem e a intensificação da dinâmica superficial.
Tem o relevo atual, plano e vai alterar essa paisagem com a construção
da Usina, a mudança do nível do solo. Isso não tem como mitigar, não tem
como evitar esse impacto, pode atenuar no sentido de colocar o Cinturão verde,
abertura de acesso temporários e, aqueles que não forem ser mais utilizados,
retirá-los, tentar voltar o máximo possível a condição natural. São ações
importantes que têm que ser feitas.
Em relação ao escoamento superficial de água com a chuva, está sendo
feito o processo de sistema de drenagem, muito bem dimensionado para evitar
acúmulo e impactos decorrentes desse aumento do escoamento da água.
Tem um Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), que é
justamente o processo para recuperar as áreas que foram degradadas e
atenuar esse impacto. Também é um Programa que foi elaborado e submetido
ao Órgão Ambiental.
Em geral, esses Programas são avaliados pelo Órgão Ambiental e
constituem depois obrigações para o empreendedor colocar em prática durante
a instalação e operação, isso é importante deixar claro.
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Em relação à vegetação, a Flora, os impactos potenciais são: aumento
da pressão sobre a vegetação; perda e alteração de habitats e alteração
fisiológicas das espécies vegetais.
Apesar de ter uma vegetação não exuberante, a intervenção não é tão
significativa na vegetação, ainda assim foram estabelecidas medidas
importantes:
Fiscalização da obra, evitar que pessoas no empreendimento ou não,
acessem essas áreas e as comprometam.
Adoção de equipamentos de controle de poluição atmosférica.
Execução das obras de drenagem considerando variações dos corpos
d’água atingidos, ou seja, considerar os alagados existentes na região
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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especialmente e a regulagem periódica dos equipamentos e veículos. Com isso
atenua esses impactos.
Um Programa fundamental é o Programa de Educação Ambiental dos
Trabalhadores; que trabalha bastante com a conscientização da equipe que
está na obra e depois na operação.
Programa de Monitoramento da Vegetação nos ambientes naturais, ou
seja, estar lá acompanhando como está sendo o comportamento dessa
vegetação.
E o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas que já foi
mencionado anteriormente.
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Em relação à Fauna, no diagnóstico foi apresentado uma fauna que não
é exuberante, não é rica, mas mesmo assim avaliou-se a possibilidade desses
impactos; aumento da pressão sobre os recursos da fauna; afugentamento ou
atrair a fauna, espantar ou atrair a fauna e, atropelamento e aprisionamento
da fauna. São impactos que podem ocorrer.
As medidas são: novamente a fiscalização da obra; planejamento para
evitar ruídos, pode ser um impacto tanto para o ser humano, quanto para a
fauna.
Controlar acesso de pessoas, justamente para as pessoas credenciadas
pelo empreendimento, treinadas e capacitadas do ponto de vista ambiental.
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Orientação de funcionários.
As placas de sinalização em relação à velocidade. A velocidade além de
se ter cuidado em relação aos pedestres, aos habitantes, também a fauna com
excesso de velocidade pode trazer comprometimento, atropelamento de fauna.
Adotar precauções de deposição de materiais, de entulho que podem
atrair animais.
Nesse caso tem os Programas:
Programa de Educação Ambiental para Trabalhadores.
Plano de Tráfego.
Programa de resgate de fauna, ou seja, será durante a fase de
terraplanagem, terá uma equipe lá e para qualquer animal que observar,
resgatar esse animal e pô-lo em outro local com maior segurança.
Caso tenha uma animal debilitado será encaminhado para os institutos
específicos.
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Em relação à Socioeconomia, o Meio Antrópico, existem os seguintes
impactos: Geração de expectativas; geração de postos de trabalhos, essa
geração é importante, porque quando se começa a falar no empreendimento
começam surgir expectativas.
Então, a principal medida para reduzir as expectativas ou explicar o
empreendimento é fazer um Plano de Comunicação Social, ou seja, começar a
fazer a divulgação correta. Existe muita especulação de informação.
Então, se busca trazer informações oficiais do empreendedor e do
empreendimento para dar segurança a esse processo; a realização do Plano de
Comunicação.
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Imprimir Código de Conduta aos Trabalhadores, pois têm um
compromisso com o empreendimento e na relação com a sociedade local.
Priorizar a Contratação de Trabalhadores Locais.
Contratação via SINE, esse é outro ponto de extrema relevância e de
grande importância que a equipe do CTA teve na elaboração desse estudo e
compartilhou com a equipe do Órgão Ambiental, ou seja, contratação de mão
de obra, uso de mão de obra local, isso é um aspecto que é fundamental no
empreendimento, vai gerar emprego, mas tem que ser muito bem instruído,
bem feito para que possibilite que realmente os moradores locais tenham
priorização na sua contratação.
Não é possível obrigar a contratação de mão de obra local, mas é
possível se fazer medidas que possibilitem que os moradores locais tenham
melhor condição para participar do empreendimento.
A contratação via SINE. O SINE aqui de Linhares é extremamente
estruturado e será um ponto focal importante para o processo de contratação e
de desmobilização de mão de obra.
Tem infraestrutura para isso e já tem Know-how nesse trabalho. Então,
os Programas Ambientais previstos em relação à mão de obra serão feitos
bastante em parceria com o SINE local.
Os Programas são: Programa de Comunicação Social; Plano de Gestão
de Mão de Obra.
Estamos inovando o Estudo de Impacto, ele trouxe um programa
estruturado pensando na melhor forma de conduzir a questão da contratação e
priorização da mão de obra local. Então, chamamos esse Programa de Plano de
Gestão de Mão de obra.
Programa de Educação Ambiental, a geração de postos de trabalhos,
como foi colocado é um impacto positivo.
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Outro impacto positivo é o aumento na disponibilidade de energia
elétrica, ou seja, vai se colocar no sistema agora mais de 1 gigawatt (GW) de
energia.
Então, é importante o conhecimento e o esclarecimento da população
em relação a esse impacto, e aí é dentro do Programa de Comunicação Social,
que se consegue dar visibilidade a isso.
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Outro impacto nesse caso positivo é a geração de receita tributária,
geração de renda, ou seja, se está contratando mão de obra local, se está
contratando bens e serviços de empresas locais, está aumentado o dinamismo
da economia local, esse é um fator positivo e isso gera receita tributária, gera
ICMS, gera cota parte do município em relação a ICMS, são fatores que
aumentam a receita tanto do município e a receita local.
Como podemos fazer potencializar esse impacto?
Priorizar a compra de bens e serviços locais.
Priorizar a contratação de pessoal e de terceiros nas AID e AII do
empreendimento.
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Contribuir na qualificação do empresariado local, ou seja, envolver as
empresas locais e torna-las aptas a prestarem serviços para o empreendimento,
essa é uma forma importante, interessante.
O Plano de Gestão de Mão de obra considera esses aspectos e tem o
Programa de Monitoramento socioeconômico, que é o acompanhamento
constante do processo, saber se as medidas que foram colocadas estão
acontecendo. Esse Programa é de acompanhamento, se está funcionando
direito, se não estiver o que tem que ser feito para acertar.
Um impacto nesse caso negativo é o aumento de fluxo de veículos,
especialmente na terraplanagem, haverá um grande fluxo de veículos.
Como fazemos para reduzir esse impacto?
Monitoramento das ações do plano de tráfego, ou seja, foi elaborado
aquele Plano de tráfego que já foi colocado para os senhores.
Evitar formação de comboios de veículos e implantar sinalização.
E acho que, uma grande medida importante foi justamente o
planejamento para que se evite transitar em áreas com aglomerados urbanos e
que tenha escola, posto de saúde, enfim, evitando que haja impacto nessas
condições, e aí o Plano de tráfego é o programa desenvolvido.
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Foi uma passagem do Estudo de Impacto.
Farei a leitura da consideração final, a finalização do conteúdo do Estudo
de Impacto Ambiental elaborado pelo CTA.
Foram identificados 23 impactos ambientais: sendo 11 sobre o meio
físico, 06 sobre o meio biótico e 06 sobre o meio socioeconômico e cultural.
Os impactos negativos se concentram sobre o meio físico e biótico, sobre
os Recursos Hídricos, solo, fauna, flora, enquanto os positivos e positivos e
negativos, sobre o meio socioeconômico e cultural, é uma condição que foi
observada.
A locação do Cluster Termelétrico Linhares na área proposta foi
preponderante para a atenuação dos impactos ambientais sobre os meios físico
e biológico, intervindo, prioritariamente, sobre áreas bastante antropizadas
(pastagem), bem como o socioeconômico, pois mantém uma distância
considerável dos núcleos urbanos, reduzindo o conflito.
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A adoção das medidas mitigadoras propostas, juntamente com a
implantação dos programas ambientais, assegurarão a sustentabilidade
ambiental do empreendimento.
O empreendimento proposto trará grande benefício para o município,
Estado e país pela geração de emprego, renda e tributos, especialmente
ajudando no aumento da estabilidade elétrica no sistema de transmissão de
energia em geral e, em particular, da qualidade e confiabilidade do
fornecimento ao Estado do Espírito Santo, esse é o grande ganho do
empreendimento.
O balanço final entre os impactos benéficos e os adversos, considerando
a implantação dos programas ambientais resultam na viabilidade e
sustentabilidade socioambiental do empreendimento.
Então, a equipe do EIA se reuniu e chegou à conclusão da viabilidade do
empreendimento desde que sejam obedecidas a implantação daquelas medidas
e dos Programas Ambientais previstos.
Obrigado.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Obrigado, Sr.
Roberto Ueno e Sr. Alessandro Trazzi pelas apresentações.
Aproveito para registrar a presença do Sr. Lucas Scaramussa, Secretário
Municipal de Meio Ambiente de Linhares.
Enfatizamos a necessidade de se respeitar às regras estabelecidas, para
o bom andamento da Audiência Pública.
Informamos que as perguntas poderão ser formuladas de maneira
escrita ou oral.
Os interessados em formular perguntas escritas deverão preencher o
formulário que se encontra à disposição na plenária, incluindo o nome, o
endereço e a pergunta. Existe uma equipe de apoio que podem fornecer outros
formularios além do que foi entregue na entrada.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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As inscrições para as contribuições perguntas orais deverão também ser
feitas no formulário padrão, colocando o nome, o endereço e a seguir a palavra
“oral”.
As inscrições para as perguntas serão encerradas após 30 minutos do
início dos debates.
Passaremos agora para o intervalo de 15 minutos e retornaremos para o
debate.
Muito obrigado.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Vamos dar
início a segunda parte desta Audiência Pública.
Convidamos para compor a mesa o Sr. Fernando Aquinoga de Mello,
Diretor Técnico, Representante do IEMA; Representando a empresa o Sr.
Roberto Ueno e o Sr. Leonardo Rangel; Representando a Empresa de
Consultoria CTA, o Sr. Alessandro Trazzi e o Sr. Sérgio Rodrigues.
Informamos que ao terminar o tempo estabelecido de 30 minutos após o
início das discussões, novas perguntas não mais serão aceitas pela mesa.
Lembramos que outros assuntos que não dizem respeito ao
empreendimento não poderão ser questionados.
Daremos início à leitura das perguntas escritas.
Temos em mãos a pergunta do Sr. Délio Costa, Técnico em meio
ambiente, morador do Bairro Aviso. A pergunta é direcionada ao
empreendedor.
“Quais serão os números de vagas destinadas aos técnicos
de meio ambiente na cidade de Linhares com ou sem
experiência?”
Concedo a palavra ao Sr.Sérgio Rodrigues, da Empresa de Consultoria
CTA para que responda ao questionamento.
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O SR. SÉRGIO RODRIGUES – (CTA) – Sr. Délio, não tenho o número
aqui para te passar, relativo ao quantitativo de técnicos de meio ambiente que
serão contratados.
O que posso falar em relação a sua pergunta, é aquilo que o Sr.
Alessandro Trazzi já havia esclarecido na apresentação, vamos trabalhar no
processo de priorização de contratação de mão de obra local, então, com
certeza a pRioridade para contratação e, aí teremos váRios processos para
poder fazer essa priorização, será para o município de Linhares, inicialmente
Povoação e num segundo momento Linhares.
Então, quem for de Linhares terá muito mais acesso às vagas que serão
abertas do que quem está fora.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) - Temos em
mãos a pergunta do Sr. Antonio Jânio Pessoti, de Pontal do Ipiranga. A
pergunta é direcionada ao empreendedor.
“Qual a porcentagem de fornecimento de matéria prima,
para a construção da obra?”
Concedo a palavra ao Sr. Roberto Ueno, Diretor de Projeto, para
responder ao questionamento.
O SR. ROBERTO UENO – (BERTIN ENERGIA) – Sr. Antonio, na
verdade a grande parte do investimento que vamos fazer, são para aquisição
de equipamentos e eles são importados.
Mas para dar uma ideia, para ter uma referência, diria que, entre
aquisição de material e mão de obra local, equipamentos para execução serviço
civil, algo em torno de 20% do nosso investimento, só para dar uma ordem de
grandeza.
O total do nosso investimento previsto em torno de R$ 2.4 bilhões de
reais.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) - Temos em
mãos a pergunta da Sra. Angela M. Gomes Reis, da Associação de Moradores
de Povoação. A pergunta é direcionada ao Sr. Sérgio Rodrigues, da CTA.
“Quero que fale sobre os cadastros de Povoação,
empregos, área social, etc.“
Concedo a palavra ao Sr.Sérgio Rodrigues, da Empresa de Consultoria
CTA para que responda ao questionamento.
O SR. SÉRGIO RODRIGUES – (CTA) – Sra. Angela, conforme o Sr.
Alessandro colocou, a priorização da mão de obra acontece dando uma
importância maior a quem está mais próximo do empreendimento e, conforme
vamos afastando do empreendimento essa importância vai reduzindo.
Povoação especificamente, estamos dando uma atenção especial, já em
conversa com a Prefeitura, com o SINE iniciamos alguns acordos para
potencializar a participação de Povoação dentro desse processo de contratação
de mão de obra.
Posso citar, por exemplo, a possibilidade do destacamento de um
escritório temporário, uma semana, quinze dias, teremos que estudar isso mais
adiante, mas o escritório da Agência do SINE disponibilizar alguns funcionáRios
para o cadastramento do pessoal em Povoação, para facilitar o acesso do
pessoal de Povoação ao cadastramento do SINE.
Isso porque toda contratação feita pelo empreendimento será via SINE,
então, isso já facilita o processo.
No segundo momento da contratação propriamente dita, quando as
vagas forem publicadas, essas comunidades terão essa informação primeiro,
então, com uma antecedência maior, uma semana, Povoação estará sabendo
que essas vagas serão abertas no SINE de Linhares, para que possam se
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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preparar e vir a Linhares para fazer o cadastramento, buscando a carta de
encaminhamento ao emprego e posteRior seleção dentro do empreendimento.
Então, todo esse processo estamos fazendo de uma forma com que,
obedecendo esse critéRio de dar uma importância maior a quem está mais
próximo e, conforme vamos afastando vai diminuindo esse grau de importância.
Se comunico cinco dias antes Povoação, vou comunicar quatro dias Linhares e
assim por diante.
De forma que possamos ter esse processo.
Outra questão é aproximar da Associação de Moradores de Povoação e
fazer esse canal, de forma que a Associação seja um potencial comunicador
naquela região. Então, a Associação estará sabendo essas informações e
repassando para as pessoas de Povoação.
Do mais, seleção e os outros processos, vai entrar um pouco da
competência, da preparação de cada profissional para aquela vaga, mas saber
da vaga e poder participar desse processo de seleção já é uma forma de
pRiorização de contratação de mão de obra.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) - Temos em
mãos a pergunta da Sra. Mônica Silva de J. Pazinatto, de Pontal do Ipiranga. A
pergunta é direcionada ao responsável pela contratação de mão de obra.
“Foi colocado que a contratação de mão de obra será via
SINE, por que não via Associação de Moradores?”
Concedo a palavra ao Sr. Sérgio Rodrigues, da Empresa de Consultoria
CTA para que responda ao questionamento.
O SR. SÉRGIO RODRIGUES – (CTA) – Foi o que acabei de falar,
estamos buscando as Associações de Moradores para trabalhar junto nesse
processo de contratação.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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A contratação efetivamente não deve acontecer pela Associação, porque
temos um processo oficial dessa contratação que é sempre via SINE, Agência
do Trabalhador.
O SINE recebe os candidatos, faz todo o processo de cadastramento e
entrega esse candidato, encaminha ao empreendedor uma carta de
encaminhamento ao emprego, isso é um documento.
Esse documento vai nos auxiliar depois a fazer o monitoramento, saber
quantas pessoas da região foram encaminhadas a empresa, quantas dessas
pessoas foram efetivamente contratadas, para que possamos depois garantir a
priorização da contratação e, depois temos que voltar aqui e apresentar aos
senhores que isso realmente aconteceu.
Então, com esse caminho oficial via SINE, conseguimos toda essa
documentação desse processo e apresentarmos depois aos senhores os
resultados desse programa.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) - Temos em
mãos duas perguntas que dizem respeito ao mesmo assunto, a pergunta do Sr.
Manoel Jorge H. Gomes, da Associação de Moradores de Pontal do Ipiranga. A
pergunta é direcionada ao responsável pela contratação.
“Haverá capacitação para a mão de obra local?”
E a pergunta do Sr. Jailson Conceição de Almeida, de Povoação. A
pergunta é direcionada a Bertin Energia.
“A empresa detentora do empreendimento em conjunto
com as demais, oferecerá como medida atenuante de impactos,
cursos de qualificação para a população local?”
Concedo a palavra ao Sr. Sérgio Rodrigues, da Empresa de Consultoria
CTA para que responda aos questionamentos.
O SR. SÉRGIO RODRIGUES – (CTA) – Existe um programa de
capacitação de mão de obra.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Peço que coloquem o slide do histograma, do plano de gestão de mão de
obra. Tem várias perguntas falando da mesma coisa, de repente posso fazer
um resumo e facilitar um pouco essa resposta.
Elaboramos um Plano de Gestão de mão de obra que inclui quatro
programas; um Programa é o de mobilização de mão de obra; o outro
Programa é o de Priorização de contratação de mão de obra, o outro é de
capacitação de mão de obra e o outro no final da obra, a partir do momento
que forem sendo demitidos os trabalhadores, um Programa de desmobilização
de mão de obra.
O que se quer com tudo isso aqui?
Que atraiamos o menos possível de mão de obra de fora de Linhares, e,
para aqueles virão, aquela mão de obra que não existe aqui em Linhares, o
quantitativo não foi necessário para atender todas as vagas, que tenhamos
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uma garantia que esses voltarão para suas cidades de origem e não fiquem em
Linhares formando bolsões de pobreza, essa coisa que já conhecemos de
outros tempos.
Então, dentro do Programa de capacitação de mão de obra, temos vários
momentos, o primeiro deles, é identificar as oportunidades dentro da própria
obra, então, isso é uma coisa que estamos querendo propor, que é o seguinte:
a pessoa entra como servente, que é a mais baixa qualificação dentro de toda a
mão de obra da empresa, esse trabalhador entra na terraplanagem, essa
atividade vai durar 4 meses, durante 4 meses vai participar de um curso de
capacitação, para que no segundo momento da obra, no quinto mês, sexto mês
ao invés dele sair da empresa, ele continua na empresa sendo promovido
dentro desse fluxo, como ajudante, por exemplo. E depois tem outra
qualificação e ele se torna ajudante de marceneiro, então, essa pessoa pode
entrar na obra com servente e pode sair pronto como oficial como marceneiro,
mecânico, como diversas outras funções.
Essa é uma forma de direcionarmos as capacitações para a construção
civil, para o público que realmente quer trabalhar na construção civil e, também
paralelamente a isso está proposto, por exemplo, Povoação que não tem muito
o perfil direcionado a construção civil, tem um perfil forte relacionado a questão
do turismo e outras coisas, ter cursos de capacitações específicas para atender
principalmente Povoação, que é a área de influência direta desse
empreendimento.
É lógico, que vamos pegar alguns moradores da redondeza, de Degredo,
Pontal do Ipiranga, mas centralizando isso naquela região.
É importante destacar ainda que pretendemos fazer isso linkado com os
projetos que já tem na prefeitura. Hoje a prefeitura tem um processo de
capacitação bem elaborado, profissionais só voltados para a questão da
capacitação profissional, pensando nisso e junto com as comunidades, aí sim
vamos definir quais são os cursos melhores para atuarmos junto às
comunidades.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Obrigado, Sr.
Sérgio.
Temos em mãos a pergunta do Sr. Tiago de Lemos Silva, de Povoação. A
pergunta é direcionada a Bertin Energia.
“Será feita uma manutenção e melhoria na estrada
para amenizar e ajudar no desenvolvimento, não só econômico
como cultural para a comunidade?”
Concedo a palavra ao Sr. Roberto Ueno, Diretor de Projeto, para
responder ao questionamento.
O SR. ROBERTO UENO – (BERTIN ENERGIA) – Em relação à
manutenção da estrada até já discutimos isso na reunião pública. A grande
movimentação que teremos será agora no início com a terraplanagem.
O que foi proposto e negociado com o Órgão Ambiental foram medidas
para mitigar o impacto dessa movimentação. Qualquer outro investimento
relacionado ao projeto já estão vislumbrados nos programas que o Órgão
Ambiental está nos propondo a executar como medidas compensatórias.
O SR. SÉRGIO RODRIGUES – (CTA) – É exatamente isso. As
medidas que estão sendo propostas são referentes aos impactos do
empreendimento. Não está dizendo aqui que do ponto de vista da
responsabilidade social da empresa que outras coisas não aconteceram, mas
isso só com o tempo, mas dentro do processo de licenciamento ambiental,
todos os processos são relacionados aos impactos que o empreendimento
estará trazendo.
O SR. FERNANDO AQUINOGA DE MELLO – (IEMA) – Sr. Tiago, só
um esclarecimento adicional.
O que fazemos dentro do licenciamento é se comprovado a viabilidade
do projeto, estabelecemos as medidas que cabem ao empreendedor para
diminuir os impactos que ele causa.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Essas medidas têm que estar propocionais ao impacto que ele causa.
Então, temos que fazer uma separação clara da situação da estrada existente
hoje, que problemas que ela pode ter, a responsabilidade de manutenção
existente e aquilo que independe de um projeto que está vindo para a região, e
aquilo que é responsabilidade do Poder Público.
Quando percebemos o vínculo, ou seja, aquela estrutura passa a ser
fundamental para o empreendimento e ele vai trazer uma interferência a ponto
de ter a obrigação de fazer uma medida de reparação, de manutenção,
estabelecemos condicionantes. Quando a proporção do impacto não chega
nesse nível, não podemos imputar ao empreendedor que obrigatoriamente o
faça.
Mas de qualquer forma, dentro desse processo de análise e se for
comprovado a viabilidade, as licenças prévias e de instalação forem emitidas,
passamos a ter um constante monitoramento dessas intervenções através das
condicionantes que aplicamos e tem a condição de avaliar se aquilo que está
previsto está realmente acontecendo.
De qualquer forma, dentro desses canais de comunicação que podem ser
criados, esses pleitos se desvinculados, se confirmar a desvinculação do
projeto, temos a condição de enquanto Órgão público tentar criar canais de
comunicação com Órgãos do Estado e do município para fazer frentes a essas
demandas.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) –Temos em
mãos a pergunta do Sr. Jailson Conceição de Almeida, de Povoação. A pergunta
é direcionada a Bertin Energia.
“Terá incentivos direto para os pequenos empreendedores
da comunidade, para o desenvolvimento da mesma?”
Concedo a palavra ao Sr. Roberto Ueno, Diretor de Projeto, para
responder ao questionamento.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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O SR. ROBERTO UENO – (BERTIN ENERGIA) – Sr. Jailson, estava
até conversando com alguns pequenos empreendedores no intervalo.
O projeto apesar de ser muito grande terá várias fases e, esse início de
obra vai exigir uma movimentação menor. Então, obviamente, dentro do que
tivermos de pequenos empreendedores que casem com as necessidades que
tenha, como, por exemplo, o fornecimento de alimentação, estamos abertos
para conversar e analisar, obviamente, teremos uma quantidade muito grande
de funcionários, esse pequeno empreendedor terá que atender alguma das
nossas exigências.
Então, respondendo a pergunta, sim. Caso a caso estamos abertos a
conversar com todos, não só em relação a empregos diretos como também a
prestação de serviços.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Temos em
mãos a pergunta do Sr. Tiago de Lemos Silva, de Povoação. A pergunta é
direcionada a Bertin Energia.
“Quais os benefícios diretos apra a comunidade?”
Concedo a palavra ao Sr. Fernando Aquinoga de Mello, Diretor Técnico
do IEMA para responder ao questionamento.
O SR. FERNANDO AQUINOGA DE MELLO – (IEMA) – Sr. Tiago,
acabamos tratando desse tema nas respostas anteriores.
Sr. Tiago se encontra presente? (Pausa)
Está ausente.
Vamos considerar como já respondida.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Temos em
mãos a pergunta do Sr. Edivaldo Alves, de Santa Cruz.
“Qual benefício trará para a cidade e quando vai começar
a obra?”
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Concedo a palavra ao Sr. Roberto Ueno, Diretor de Projeto, para
responder ao questionamento.
O SR. ROBERTO UENO – (BERTIN ENERGIA) – O benefício é tudo
isso que estamos apresentando e discutindo com os senhores, questão de
investimento, de geração de empregos, todos os programas ambientais com
impacto socioeconômico que seremos obrigados a implementar, geração de
tributos para o Estado, para o município.
A expectativa para o começo das obras a partir de abril/maio, estamos
nesse processo de licenciamento. As obras só podem começar uma vez que
tenhamos as licenças ambientais emitidas pelo Órgão e, isso depende também
de um conjunto de informações finais que nós temos que entregar ao IEMA,
enfim, tem um processo final que temos que cumprir, então, a nossa
expectativa, respondendo a pergunta é começar as obras entre abril e maio.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Temos em
mãos a pergunta da Sra. Ruth Cristina, do IFES. A pergunta é direcionada ao
Sr. Alessandro Trazzi, do CTA.
“Qual (is) o (s) processo (s) de tratamento que vão ser
submetidos os efluentes antes de serem despejados no Rio?”
Concedo a palavra ao Sr. Alessandro Trazzi, do CTA para responder ao
questionamento.
O SR. ALESSANDRO TRAZZI – (CTA) – Sra. Ruth, o processo de
tratamento está sendo detalhado pela empresa de engenharia.
Vou passar a palavra ao Sr. Leonardo Rangel que é o responsável pela
empresa de engenharia na concepção do projeto.
O SR. LEONARDO RANGEL – Boa noite. Meu nome é Leonardo
Rangel, represento aqui a LEME Engenharia (Tractebel Engineering).
Vou tentar ser bem sucinto. O processo é bastante conhecido, bastante
utilizado na maioria das plantas termelétricas que têm instaladas no país,
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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então, é um processo de decantação, processo de controle de PH, de remoção
de produtos químicos indesejáveis que são limitados pelas normas ambientais
vigentes de serem emitidas ao meio ambiente.
Então, o efluente industrial que é lançado no meio ambiente será tratado
e estará dentro dos limites ambientais vigentes.
Serão removidas todas as impurezas que a legislação ambiental não
permite que sejam lançados. Na verdade o efluente será lançado dentro de um
padrão de qualidade que está determinado por uma norma, entendeu?
O processo é o seguinte, existem impurezas nesses efluentes, introduz
determinados produtos que serão capazes de remover essa impureza do
efluente, o sólido dissolvido entre outras coisas.
A SRA. ESTELLE BALLY – (BERTIN ENERGIA) – Boa noite. Meu
nome é Estelle Bally, sou responsável pela área ambiental da Bertin Energia.
Na verdade o processo de tratamento de efluentes parte de uma série de
equipamentos que vão filtrar o produto, vão remover primeiro os sólidos,
depois vão retirar os metais em suspensão e vão deixar a água com uma
qualidade aceitável, dentro do que a lei estabelece para pode lançar.
Parte dessa água, desse efluente pode ser reutilizado dentro da própria
obra, pode dar um destino para usar para sanitário, para fazer irrigação, para
fazer uma série de outros processos e pode lançá-lo, sempre dentro de uma
série de números para cada um dos metais, para cada um dos valores que a lei
estabelece. Existe uma Resolução específica do CONAMA para isso, é esse o
tipo de tratamento que vai ocorrer.
A SRA. PATRÍCIA TETZLAFF – Os resíduos que vão ser ali contidos,
depois de filtrados para que a água volte limpa para o seu afluente, esses
resíduos serão direcionados para onde?
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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A SRA. ESTELLE BALLY – (BERTIN ENERGIA) – O que a senhora
está falando não são os resíduos, está falando do que é retido dentro dos
filtros.
Dependendo do produto, cada tipo, lodo etc., tem um destino. É
exatamente em função da qualidade dele será destinado para uma empresa ou
para um local que possa receber esse tipo de produto, que esteja licenciado
pelo Órgão Ambiental Estadual.
A SRA. PATRÍCIA TETZLAFF – Aqui nas proximidades
desconhecemos. Isso tem que ser trabalhado direito, porque infelizmente já
assistimos na cidade situações, por exemplo, no interior do Farias que recebe
resíduos nocivos da Sucos Mais.
A SRA. ESTELLE BALLY – (BERTIN ENERGIA) – Sra. Patrícia, o que
acontece é que a empresa por lei e por exigência do Órgão Ambiental tem que
fazer um Plano de Gerenciamento de resíduos sólidos, dentro desse plano
temos que especificar para o Órgão Ambiental o que faz com tudo que gera de
resíduos não só esse lodo, todos os copos plásticos que são gerados na
empresa tem que ter um destino, todo o lixo orgânico tem que ter outro, todo o
esgoto sanitário tem que ter um tratamento e um destino, todo o resíduo de
óleo tem que ter outro destino.
Então, somos obrigados por lei a informar o Órgão Ambiental e depois
mostrar mapeamentos e comprovantes de destino para empresas que sejam
licenciadas, que tenham autorização para transportar e para armazenar ou
incinerar, etc. esse tipo de resíduo.
Por lei somos obrigados a ter essa transparência.
E o Órgão Ambiental fiscaliza isso de maneira bastante rígida.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Temos em
mãos a pergunta da Sra. Mara, do IFES. A pergunta é direcionada ao
empreendedor.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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“A instalação dessa energia terá algum efeito para o valor
da energia local?”
Concedo a palavra ao Sr. Roberto Ueno, Diretor de Projeto, para
responder ao questionamento.
O SR. ROBERTO UENO – (BERTIN ENERGIA) – Não. Quando
entramos no leilão, entramos oferecendo essa energia um valor determinado
em leilão, para uma série de distribuidoras de energias como, por exemplo, a
Escelsa.
Esse contrato que temos é um contrato de 15 anos e, quando estivermos
gerando energia, entregando essa energia virtualmente para mais de 30
distribuidoras do país.
Quer dizer que, essa energia não será fornecida especificamente para a
Escelsa a um preço específico, não terá esse impacto.
O SR. FERNANDO AQUINOGA DE MELLO – (IEMA) – Só
complementando a resposta.
Isso funciona da seguinte forma, o Poder Público tem obrigação de
fornecer energia para a população, a partir dessa obrigação estabelece que as
empresas passam a ter uma concessão para gerar e vender esse serviço, mas
quem regula o preço, quem faz toda a gestão da energia gerada é um Órgão
público federal.
Então, não cabe às empresas definirem valor de energia, a obrigação
dela é gerar energia de acordo com o contrato que está estabelecido, colocar
no sistema aí o Órgão que gerencia que esse sistema que é um Órgão público
federal é que vai estabelecer valor, vai estabelecer como essa energia será
distribuida.
Como funciona dessa maneira, não cabe a cada empreendimento
influenciar no valor.
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O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Temos em
mãos a pergunta da Sra. Mônica Pazinatto, de Pontal do Ipiranga. A pergunta é
direcionada ao responsável pelos projetos sociais.
“E o lado social, há algum projeto de educação ambiental
e projetos voltados para as comunidades locais (Pontal, Povoação,
Degredo)?”
Concedo a palavra ao Sr. Sérgio Rodrigues, da Empresa de Consultoria
CTA para que responda ao questionamento.
O SR. SÉRGIO RODRIGUES – (CTA) – Existem sim programas
voltados, principalmente atendendo aquele mesmo critéRio que falei antes, dar
importância maior para quem está próximo e menor para quem está mais
distante.
Existem programas já pensados, de Educucação Ambiental e de
Comunicação Social.
Buscamos atender, contemplar os diagnósticos que já vinham sendo
feitos junto a essas comunidades. Então, partimos do princípio de todos os
estudos que já foram feitos juntos as essas comunidades, que indicam diversas
demandas para os programas, principalmente de Educação Ambiental e
trabalhamos em cima dessas demandas, de forma que não precisasse voltar
novamente às comunidades fazendo as mesmas perguntas.
Estamos trabalhando com os diagnósticos, têm diagnósticos recentes
feitos nessas comunidades, principalmente Povoação, Degredo e Pontal do
Ipiranga; demos preferência aproveitando o que estava colocado nesses
diagnósticos para dar continuidade.
O segundo passo, após a aprovação dos estudos, desse programa,
depois dessa discussão toda com o Órgão Ambiental, voltamos às comunidades
para discutir a forma de implementação desses programas e, a partir daí a
execução deles.
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O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Temos em
mãos a pergunta do Sr. Claudiomar Bonjardim. A pergunta é direcionada a
empresa.
“Como será a contratação de trabalhadores?”
O Sr. Claudiomar se encontra presente?(Pausa)
Acredito que a resposta já tenha sido dada na explanação do Sr. Sérgio
Rodrigues.
O senhor está satisfeito ou gostaria que respondesse novamente?
(Pausa)
O SR. CLAUDIOMAR BONJARDIM – Quero saber onde vai ficar o
escritóRio para levar o currículo para poder trabalhar, estou parando precisando
trabalhar, não só eu, mas todos estão precisando.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) - Concedo a
palavra ao Sr. Sérgio Rodrigues, da Empresa de Consultoria CTA para que
responda ao questionamento.
O SR. SÉRGIO RODRIGUES – (CTA) – Como expliquei
anteRiormente, o processo de contratação atende um processo que já existe
oficialmente. Então, todos os currículos precisam ser encaminhados
diretamente ao SINE.
Tem que ir até o SINE fazer o cadastramento, preencher a ficha
colocando sua experiência, dados pessoais e isso fica no cadastro do SINE.
Na hora que surgir as vagas, serão comunicadas, o senhor então, se
dirije ao SINE para falar que tem interesse naquela determinada vaga e a partir
do processo de cadastramento o SINE faz a carta de encaminhamento ao
emprego do senhor para seleção, que é realizada pelas empresas.
O SR. CLAUDIOMAR BONJARDIM – Muito obrigado.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Temos em
mãos a pergunta do Sr. Jurandir Alves Pedroso, do Bairro Santa Cruz. A
pergunta é direcionada ao Sr. Alessandro Trazzi, do CTA.
“Será que esse projeto não vai ser igual a outros de
grandes empresas que se instalam no ES e, que não tem
compromisso com o grande impacto que destrói os valores
naturais e sustentáveis do nosso Estado? Bom se as comunidades
em geral participassem das aprovações desse projeto em geral.”
“O meio ambiente – IEMA tem que ser mais responsável
quando se trata de água e população, porque vemos um descaso
muito grande por parte do IEMA Estadual. Que não está nem aí
com os impactos que as grandes empresas vem destruindo os
bens naturais do nosso Estado. Que o ES nos ajude, o novo
Governador crie porjetos ambientais nas escolas e comunidades
em geral dos nossos 78 municípios desse Estado.”
Concedo a palavra ao Sr. Fernando Aquinoga de Mello, Diretor Técnico
do IEMA, para fazer algumas considerações.
O SR. FERNANDO AQUINOGA DE MELLO – (IEMA) – Sr. Jurandir
Alves, vou tratar essa sua colocação como uma denúncia formal.
Só gostaria que se o senhor tivesse uma pré-disposição e tentasse
especificar um pouco melhor, que problemas são esses que o senhor se refere,
que vamos enfrentá-los de frente, não tem qualquer diretriz do Órgão para
fazer vista grossa ou não, tratar as questões ambientais ocorridas no Estado.
Aqui no município ainda temos o apoio da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente, que está cada vez mais estruturada, que nos dá condição de muitas
vezes fazer um trabalho conjunto, ser os olhos do Órgão aqui nas
proximidades, e estamos à disposição para destrinchar um pouco mais e poder
dar a resposta que o senhor está buscando.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) - Concedo a
palavra ao Sr. Alessandro Trazzi, do CTA para responder ao questionamento.
O SR. ALESSANDRO TRAZZI – (CTA) – Em relação aos impactos de
outros empreendimentos prefiro não entrar em discussão quanto isso.
O estudo foi feito com base na condição local, no ambiente local
existente, e nas intervenções previstas.
No final da apresentação que foi feita, acho que deixamos claro que
enxergamos a possibilidade, a viabilidade do empreendimento, mas que é
fundamental que as medidas para reduzir o impacto, que esses programas que
foram colocados, por exemplo, o que será feito com o resíduo que será gerado,
Programa de gestão de resíduos sólidos, Programa de tratamento de efluentes,
Programa de geraçao de mão de obra, que esses programas sejam colocados
em prática, sejam fiscalizados para que tenha bons resultados.
Entao, acreditamos que o empreendimento tem viabilidade e que para
isso acontecer, têm que ser colocado em prática todas essas medidas e essas
informações que foram colocadas no estudo.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Temos em
mãos a pergunta da Sra. Lucimara Cassuol, do IFES.
“Quais serão os requisitos para a contratação de auxiliares
administrativos?”
Concedo a palavra ao Sr. Sérgio Rodrigues, da Empresa de Consultoria
CTA para que responda ao questionamento.
O SR. SÉRGIO RODRIGUES – (CTA) – Quando falamos de auxiliar
administrativo estamos falando de uma gama grande de profissionais, temos
que saber exatamente para qual função dentro das estabelecidas para o auxiliar
administrativo estamos nos referindo.
Em relação a isso pode ser, tempo de experiência, curso técnico na área,
enfim, precisamos entender um pouco melhor qual a especificidade. Está sendo
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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trabalhado o projeto de detalhamento desses profissionais que vão trabalhar na
fase de implantação do empreendimento e tão longo tenhamos essas
informações e as datas dessas contratações, isso será comunicado às
comunidades e, pelo própRio interesse do IFES, acho que uma aproximação do
IFES, da mesma forma que estamos fazendo com as comunidades pode ser
interessante.
Pelo interesse que está sendo colocado, acho que vale a pena termos
uma aproximação com a instituição para que possamos ter também essa
parceria do IFES dentro desse processo.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Informamos
que o prazo para inscrição de novas perguntas foi encerrado.
Concedo a palavra a Sra. Estelle Bally, da Bertin Energia.
A SRA. ESTELLE BALLY – (BERTIN ENERGIA) - Gostaria de
complementar um pouco a respeito de qualificação e requisitos para
contratação.
Na verdade para cada função que vamos ter na empresa, teremos uma
descrição de cargos que vai conter os requisitos que precisamos de educação,
de habilidade da pessoa, o tipo de experiência que se espera, o tipo de
capacitação que vai precisar dar para ela num treinamento inicial, o tipo de
capacitação que precisamos que ela já tenha tido, alguma formação, o tempo
de experiência.
Então, para cada tipo de cargo existe uma descrição e, existe também
uma relação de habilidades e coisas específicas que se precisa para aquele
cargo, então, isso vai haver para todos os cargos, não é só para auxiliar
administrativo como para todos, mas isso por ocasião da criação de cada cargo.
A cada cargo que for criado vai ter toda uma especificação do que será
requisitado.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Temos em
mãos a pergunta da Sra. Renata Gomes, de Povoação.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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“Em algum outro momento, esse projeto foi ou será
apresentado em linguagem mais acessível para que os moradores
possam compreender melhor?”
Vou ler também a pergunta do Sr. Jorge, IFES, porque trata do mesmo
assunto.
“Não foi elaborado um plano para apresentação à
população local (Povoação) com uma linguagem mais simples,
sem termos muito técnicos?”
Concedo a palavra ao Sr. Fernando Aquinoga de Mello, Diretor Técnico
do IEMA, para responder aos questionamentos.
O SR. FERNANDO AQUINOGA DE MELLO – (IEMA) – Sr. Jorge e
Sra. Renata, realmente o estudo de impacto ambiental é bem complexo e tem
essa característica porque subsidia uma decisão importante do Órgão
Ambiental, que tem profissionais, analistas com capacidade de analisar esses
dados bem profundos pela formação e capacitação de cada um.
Existe além do Estudo de Impacto Ambiental um RelatóRio de Impacto
Ambiental, conhecido como RIMA, que vem junto, ele é a tradução do estudo
numa linguagem mais acessível, que é exatamente para aquela pessoa que não
é formada numa área de meio ambiente consiga ler.
O RIMA está disponível no nosso site, se entrar no site do IEMA
www.iema.es.gov.br e também foi disponibilizado para o município, quem tiver
dificuldade de acesso a internet pode buscar no município.
De qualquer forma se tiver alguma questão específica, estamos aqui num
ambiente um pouco menos formal da apresentação, para tentar esclarecer o
máximo à comunidade, sabendo que isso é o começo de um processo, que foi
iniciado lá atrás, é a continuidade desse processo que prevê com a viabilidade
do projeto assumida, a emissão das licenças, um plano constante de
comunicação que vai mantendo as pessoas cientes das etapas que o projeto
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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está, já com uma proximidade maior que possibilita essa compreensão, esse
canal mais consiste de comunicação.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Temos em
mãos a pergunta do Sr. Sandro, de Linhares. A pergunta é direcionada aos
dirigentes.
“Começo do empreendimento, quanto tempo?”
Sr. Sandro, acredito que já tenha sido respondido com a previsão de
abril/maio.
Sr. Sandro encontra-se presente?(Pausa)
Está ausente. Daremos sequência.
Temos em mãos a pergunta do Sr. Délio Costa, do Bairro Aviso. A
pergunta é direcionada ao empreendedor.
“Quais são as empresas responsáveis pela obra tanto civil
quanto montagem?”
Concedo a palavra ao Sr. Roberto Ueno, Diretor de Projeto, para
responder ao questionamento.
O SR. ROBERTO UENO – (BERTIN ENERGIA) – Para execução da
terraplanagem estamos em processo de negociação e apresentação de
propostas; para montagem da Usina, como apresentamos, a empresa
contratada por nós é a Sumitomo, uma empresa japonesa com representação
aqui no Brasil, em alguns Estados e eles é que vão executar a montagem dos
equipamentos.
Já temos em nossa programação uma reunião com eles para poder estar
coordenando com eles, todo esse trabalho de seleção de mão de obra local,
aonde não só nós, no nosso escopo, onde diretamente vamos contratar, como
subcontratados da Sumitomo participarem desse projeto como um todo.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Temos em
mãos a pergunta da Sra. Patrícia Tetzlaff, Sociedade Civil, Delegada PGP. A
pergunta é direcionada ao empreendedor.
“No processo de captação, qual na prática será reduzido o
fluxo de vazão do Rio Doce, na área abrangente?”
Concedo a palavra ao Sr. Alessandro Trazzi, do CTA para responder ao
questionamento.
O SR. ALESSANDRO TRAZZI – (CTA) – Conforme apresentado, a
quantidade de água a ser utilizada para abastecimento do empreendimento é
muito baixa, então, não é significativa isso em relação à vazão do Rio Doce.
Isso não é um aspecto de grande significância, a retirada dessa água em
relação à vazão existene do Rio Doce, mesmo nas condições de menor vazão.
O SR. FERNANDO AQUINOGA DE MELLO – (IEMA) – Sr.
Alessandro, gostaria que esses números fossem colocados para tranquilizar. Se
não tiver aqui, peça para alguém buscar no EIA, qual é a quantidade de água
retirada e quanto representa isso da vazão do Rio. Acho que assim as pessoas
ficam mais tranquilas.
O SR. ALESSANDRO TRAZZI – (CTA) – A quantidade de água
retirada são 1.500m³/h, quando a Usina estiver funcionando, com a expectativa
em torno de 25 a 30% por ano de funcionamento da Usina.
E a vazão do Rio se não me engano são 3,6 milhões/m³/h, 2.200 vezes
maior a vazão do Rio do que será retirado de água.
Mais importante do que isso é o processo de outorga, para a Agência de
água liberar, autorizar o uso da água, faz uma análise considerando a pior
situação que é quando tem uma vazão mais reduzida e existem critéRios.
Sr. Fernando, não tenho esse número aqui.
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O SR. ALESSANDRO TRAZZI – (CTA) – Essa vazão possível de ser
outorgada é 167 m³/s, tenho que fazer o cálculo, não tenho de cabeça, mas o
que será utilizado é menor do que 100 vezes a quantidade possível de ser
outorgada.
Então, é pouco significativa a quantidade que será utilizada. Posso fazer
um cálculo aqui rápido para chegar a esse número.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Temos em
mãos a pergunta do Sr. Alexsandro Simões, de Linhares. A pergunta é
direcionada ao empreendedor.
“Qual a data de início e previsão de término da
terraplanagem, e qual a empresa que vai executar a obra?”
Concedo a palavra ao Sr. Roberto Ueno, Diretor de Projeto, para
responder ao questionamento.
O SR. ROBERTO UENO – (BERTIN ENERGIA) – O nosso projeto de
terraplanagem será executado em três etapas.
Como a área onde os equipamentos e a subestação serão instalados é
muito grande, em torno de 60 hectares, modulamos em três etapas.
A expectativa, é que a primeira etapa seja executada em 60 dias e a
última etapa em 120 dias.
O SR. ALESSANDRO TRAZZI – (CTA) – Sr. Hebert, só para
esclarecer.
A vazão outorgável é 167m³/s, a vazão que será utilizada é 0,5m³/s. É
330 vezes menor.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Temos em
mãos a pergunta do Sr. Simião Barbosa dos Santos, da Associação dos
Pescadores e Assemelhados de Povoação. A pergunta é direcionada ao Órgão
Ambiental.
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“Sendo captda a água do Rio Doce que já está muito
assoreado na época da seca, o leito do Rio se transforma em
praia. Como vai ficar a situação das pessoas que dependem dele?”
Concedo a palavra ao Sr. Fernando Aquinoga de Mello, Diretor Técnico
do IEMA, para responder ao questionamento.
O SR. FERNANDO AQUINOGA DE MELLO – (IEMA) – Deu para
perceber pela resposta anterior que o volume de água retirado é bem pequeno
perto da quantidade de água que tem no Rio.
Então, isso já é um referencial grande para enxergarmos qual é a
proporção desse possível impacto.
De qualquer forma alguém quer complementar alguma coisa? (Pausa)
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Temos em
mãos a pergunta do Sr. Antonio Pires, da Associação Boa Vista.
“Sou empresário na área de pintura predial. Qual a chance
que tenho de prestar serviço para a empresa?”
Concedo a palavra ao Sr. Roberto Ueno, Diretor de Projeto, para
responder ao questionamento.
O SR. ROBERTO UENO – (BERTIN ENERGIA) – Acho que voltamos
à questão do SINE.
Temos as informações de experiência, de currículo e no momento
oportuno estaremos sentando com o nosso Epcista, que é a empresa que vai
executar a construção, a montagem da maioria da obra para poder fazer o
recrutamento.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Temos em
mãos as perguntas da Sra. Vaudirene Grigoleto, de Pontal do Ipiranga. A
pergunta é direcionada a Bertin Energia.
“Quando iniciará a obra?”
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Essa pergunta já foi respondida. A segunda pergunta é:
“Pontal fica na mesma distância partindo do trevo para
Cacimbas, ou seja, 25km para Linhares e 25km para Pontal, já
que teremos acesso também com o asfalto, por que não dar
prioridade para nossa comunidade, já que temos uma ótima
estrutura para alojar a empresa?”
Concedo a palavra ao Sr. Roberto Ueno, Diretor de Projeto, para
responder ao questionamento.
O SR. ROBERTO UENO – (BERTIN ENERGIA) – Na verdade essa
decisão da localização levou em conta vários fatores como apresentamos aqui.
Então, não foi um motivo isolado que nos levou ao terreno onde hoje
pretendemos instalar a Usina.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Temos em
mãos a pergunta do Sr. Benedito Petrônio Lopes da Costa, Sociedade Civil,
Delegado PGP. A pergunta é direcionada ao representante administrativo.
“Qual o nível de participação da população Linharense
durante o andamento das obras?”
Concedo a palavra ao Sr. Fernando Aquinoga de Mello, Diretor Técnico
do IEMA, para responder aos questionamentos.
O SR. FERNANDO AQUINOGA DE MELLO – (IEMA) – Vamos definir
isso no licenciamento.
De qualquer forma já vem como proposta do empreendedor o
monitoramento socioeconômico, isso já prevê uma participação da sociedade,
ou seja, as ações que estão definidas em termos de diminuir os impactos, tanto
na parte de animal, planta, água, ar, também vamos monitorar os impactos que
o empreendimento pode trazer às pessoas.
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Isso é feito de forma sistemática e, é claro que dentro desse
monitoramento se prevê o contato para que as pessoas conheçam seus
resultados.
A forma com que a comunidade participará, será nesses fóruns de
monitoramento em que grupos são formados para que consigamos
compartilhar o andamento das obras e, das ações de mitigação com a
comunidade que está potencialmente afetada.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Temos em
mãos a pergunta do Sr. Onias Pereira de Jesus, de Povoação. A pergunta é
direcionada ao empreendedor.
“Por que as empresas não dão oportunidade ao primeiro
emprego?”
Concedo a palavra ao Sr. Sérgio Rodrigues, da Empresa de Consultoria
CTA para que responda ao questionamento.
O SR. SÉRGIO RODRIGUES – (CTA) – Como falei anteriormente,
estamos cumprindo um trâmite oficial.
Hoje temos um projeto que é direcionado ao primeiro emprego, então,
essas vagas também estarão dentro desse processo.
É lógico que qualificação, algumas exigências são necessidades de
algumas atribuições dentro da obra, não temos como abrir mão de experiência
em determinadas situações. Aonde isso pode acontecer, isso será feito dentro
das diretrizes até mesmo do primeiro emprego.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Temos em
mãos a pergunta do Sr. Fernando Alves, de Linhares. A pergunta é direcionada
ao empreendedor.
“Em relação ao Rio Doce, vem sofrendo por vários anos
com a poluição urbana de várias cidades, vai ter um investimento
de educação ambiental nessas cidades?”
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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O Sr. Fernando Alves encontra-se presente? (Pausa)
Acredito que a questão de educação ambiental tenha sido tratada ao
longo das discussões, mas de qualquer forma fica registrada a pergunta.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Temos em
mãos a pergunta do Sr. Reginaldo Costa Nunes, de Linhares. A pergunta é
direcionada ao empreendedor.
“Qual a data prevista para a obra?”
Esta pergunta também já foi respondida, a expectativa do empreendedor
é para abril/maio.
Temos em mãos a pergunta da Sra. Sidirlene, do IFES. A pergunta é
direcionada ao empreendedor.
“Qual vai ser o público alvo da energia gerada? Levando
em consideração a quantidade de energia gerada, isso significa
redução do preço da energia elétrica?”
Essa pergunta também já foi respondida.
Encerramos aqui as perguntas escritas e, considerando que temos um
tempo ainda dentro do prazo regulamentar.
Vamos abrir o espaço rapidamente para perguntas orais se houver
interesse do público.
Tivemos retorno do Sr. Alessandro Simões de que parte de sua pergunta
com relação a qual empresa que vai executar a obra de terraplanagem, não foi
respondida.
Concedo a palavra ao Sr. Roberto Ueno, Diretor de Projeto, para
responder ao questionamento.
O SR. ROBERTO UENO – (BERTIN ENERGIA) – Estamos em fase de
cotação, de concorrência e negociação. Não está definida a empresa ainda.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Abriremos
espaço para perguntas orais, peço a gentileza de quem quiser fazer que
aguarde o microfone e se identifique, por favor.
Concedo a palavra a Sra. Patrícia Tetzlaff para que faça o seu
questionamento oral.
A SRA. PATRÍCIA TETZLAFF – Meu nome é Patrícia Tetzlaff.
Em que momento em que se iniciam os fóruns comentados agora a
pouco, em que vai começar a participação da população dentro de todo o
processo, desde quando a estrutura começar a ser levantada? E através de que
Órgão? Dentro da Secretaria de meio ambiente?
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) - Concedo a
palavra ao Sr. Fernando Aquinoga de Mello, Diretor Técnico do IEMA, para
responder ao questionamento.
O SR. FERNANDO AQUINOGA DE MELLO – (IEMA) – O próximo
passo depois de recebermos todas as contribuições, fazer essa avaliação e
incorporar na análise, a equipe técnica elabora uma manifestação, um Parecer
sobre a viabilidade do projeto.
Esse Parecer é encaminhado para o Conselho de Meio Ambiente que
também tem representantes da sociedade, do Poder Público, das empresas que
se delibera, se vota a emissão da licença ou não.
Emite-se a Licença Prévia (LP), essa licença não tem o caráter de
permitir início de obra, mas já é uma sinalização de que o empreendimento é
viável e, que o empreendedor pode detalhar esses projetos todos que estão
apresentados para seguir para as Licenças seguintes.
Já na LP se estabelece uma série de condicionantes, que são as
obrigações do empreendedor. Nessas condicionantes já se estabelece os fóruns
de participação social.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Então, nessa etapa já começamos numa forma mais estruturada
trabalhar sistematicamente com a sociedade no processo.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Alguém mais
gostaria de fazer alguma pergunta? (Pausa)
Concedo a palavra a Sra. Vaudirene Grigoleto para que faça o seu
questionamento oral.
A SRA. VAUDIRENE GRIGOLETO – Meu nome é Vaudirene Grigoleto.
A pergunta que fiz não fiquei satisfeita com a resposta, porque talvez a
Bertin Energia não entendeu o que disse sobre Pontal do Ipiranga, me referi ao
alojamento e não a instalação da Termelétrica.
Considerando que temos uma comunidade estruturada, disse em termos
de alojar a empresa. Porque vocês sairão de Cacimbas e é a mesma
quilometragem para a cidade e, como vi que vão ter uma atenção com as
comunidades, quero deixar claro que a nossa comunidade tem uma estrutura
boa de pousadas, restaurantes, posto de gasolina, posto de saúde, então,
gostaria que a empresa também dispensasse essa atenção com Pontal, já que
está nessa região da instalação da empresa, considerando que teremos um
asfalto, um acesso que vai ficar de igual para igual com a cidade de Linhares.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) - Concedo a
palavra ao Sr. Roberto Ueno, Diretor de Projeto, para responder ao
questionamento.
O SR. ROBERTO UENO – (BERTIN ENERGIA) – Não tinha entendido
a pergunta.
Pela estimativa de funcionários que teremos, aproximadamente 3 mil,
com 2,5 mil no pico e pelo levantamento que fizemos próximo da localização da
nossa Usina, existe uma falta de alojamento.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Então, sem dúvida nenhuma, tendo capacidade de acomodação de
parte dessa equipe que teremos lá, seguramente estaremos buscando
alternativas em Pontal também.
A SRA. VAUDIRENE GRIGOLETO – Queria ressaltar que Pontal
começou a ter essa estrutura de alojamento por ocasião da construção do TNC,
que ficou a uma distância que é a caminho de Barra Nova.
Então, em Pontal está mais do que provado que tem uma estrutura para
receber, porque já recebeu e serviu a Petrobras com uma grande quantidade
de pessoas.
O SR. ROBERTO UENO – (BERTIN ENERGIA) – Está ótimo. Está
registrado.
Esse é um trabalho que começaremos a desenvolver em conjunto com
toda a nossa equipe e o nosso contratado, que é a Sumitomo para apresentar
todo esse trabalho que previamente estamos realizando com os senhores.
A SRA. VAUDIRENE GRIGOLETO – Obrigada.
O SR. FERNANDO AQUINOGA DE MELLO – (IEMA) – Só fazendo
um adendo.
Hoje de manhã estava no Órgão Ambiental tratando de um plano de
ocupação de hotel de um empreendimento no sul do Estado.
A diretriz é realmente aproveitar as estruturas existentes, mas isso
também tem que estar alinhado com uma série de preocupações que podem vir
com essa ocupação.
Então, a ideia é trabalhar isso principalmente junto dos municípios,
depois que passamos por uma fase de emissão de licença onde se detalha
exatamente quantas pessoas virão de fora onde vão ficar, se vai ser
alojamento, se vai ser hotel, onde esses hotéis estão, essas pousadas; se
houver essa ocupação vai ter algum prejuízo para quem está em volta ou para
o setor de turismo, então, fazemos uma avaliação mais detalhada, mas aí sim,
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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envolvendo o Poder local e os interessados para que isso seja realmente um
benefício, não só para o empresário, mas para quem está vivendo naquela
região.
Temos casos em que essa ocupação trouxe consequências ruins, até
algumas em que o empreendedor e, não estou dizendo com isso que vai
acontecer aqui, mas são experiências que nos levam a ter um cuidado na hora
de tratar a questão, por que muitas vezes se utiliza ao máximo a estrutura
existente e até ocupa o espaço daqueles clientes que vem em algumas épocas
de verão e acaba não tendo mais aquele serviço prestado, perde aquela
fidelidade do cliente e acaba a obra e, o cliente que vinha sempre não vem
mais e as pousadas acabam fechando porque não tem mais como se manter ao
longo do tempo.
São preocupações que nos levam a tratar com cuidado e nesse caso
envolvemos muito a municipalidade para olhar isso junto conosco.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Alguma outra
pergunta? (Pausa)
Concedo a palavra ao Sr. Jurandir Alves Pedroso, para fazer o seu
questionamento oral.
O SR. JURANDIR ALVES PEDROSO – Meu nome é Jurandir Alves
Pedroso, aqui também de Linhares, represento a região VI.
Gostaria de saber se os senhores já tem outra Termelétrica em
funcionamento aqui no Brasil?
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) - Concedo a
palavra ao Sr. Roberto Ueno, Diretor de Projeto, para responder ao
questionamento.
O SR. ROBERTO UENO – (BERTIN ENERGIA) – Temos.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Em funcionamento duas na Bahia, uma no Ceará, uma na Paraíba,
Termelétricas a óleo combustível; temos duas PCHs – Pequenas Centrais
Hidrelétricas em funcionamento no Centro Oeste.
O SR. JURANDIR ALVES PEDROSO – Era só essa informação que
gostaria de saber.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Alguém deseja
fazer alguma outra pergunta? (Pausa)
Concedo a palavra a Sra. Mônica Pazinatto, de Pontal para fazer o seu
questionamento oral.
A SRA. MÔNICA PAZINATTO – Perguntei a respeito dos Projetos
Sociais, os senhores falaram que têm esses projetos sociais voltados para as
comunidades, porém não especificaram quais são esses projetos e onde irão
atuar, se é com criança, se é nas escolas, se com adultos ou adolescentes.
E qual o objetivo desses projetos voltados para a obra dos senhores?
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) - Concedo a
palavra ao Sr. Fernando Aquinoga de Mello, Diretor Técnico do IEMA, para
responder ao questionamento.
O SR. FERNANDO AQUINOGA DE MELLO – (IEMA) – Isso funciona
da seguinte forma, nessa etapa quando é feito o estudo de impacto ambiental,
solicitamos do empreendedor que ele paralelamente faça uma avaliação da
percepção ambiental da comunidade, ou seja, como aquela sociedade enxerga
o meio ambiente.
Isso é utilizado como base para proposição de projetos alinhados com a
situação que aquela comunidade vive.
Esses projetos são detalhados em fases seguintes, então, hoje não se
tem nem definido que o empreendimento será implantado, estão esperando a
licença para se instalarem, então, não tem porque estar com esse projeto
detalhado nesse ponto que a senhora deseja, a ponto de saber o público alvo,
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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qual é o local que vai atuar, isso vem numa fase seguinte quando as licenças
são emitidas e a partir daí o empreendedor passa a detalhar essa informação.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) - Concedo a
palavra ao Sr. Lucas Scaramussa, Secretário de Meio Ambiente do município de
Linhares.
O SR. LUCAS SCARAMUSSA – (PML) – Boa noite. Sou Lucas
Scaramussa, Secretário de Meio Ambiente do município de Linhares.
É apenas uma colocação sobre um fato que foi falado.
Lembrei Sr. Fernando, que em determinado momento no passado,
quando se discutia num fórum internacional sobre desenvolvimento, os
americanos tentaram implantar uma política de crescimento zero, porque já
tinham devastado absolutamente tudo.
E um Cônsul brasileiro na época, foi o primeiro a falar, “nós preferimos
uma riqueza suja a uma pobreza limpa.”
Isso foi tão lamentável e tão ultrajante para nós que motivou na época a
criação da SEMA, motivou a necessidade de um Ministério de Meio Ambiente.
Acho que, mais importante hoje é que não precisamos de nenhuma gafe
dessa para associar desenvolvimento com qualificação e com responsabilidade.
Fico muito feliz porque nesta Audiência teve a CTA com seus biólogos
dedicados, sabemos a competência deles e vieram fazer essa exposição. Porque
quando se depara, como nós já nos deparamos com engenheiros apenas aqui,
sendo às vezes grosso com a comunidade e até ficamos revoltados com isso.
Quero apenas parabenizar nesse ponto e colocar que, a Presidente da
Associação de Povoação, estávamos conversando, já nos mobilizamos com isso,
tem um programa integrado de qualificação hoje o PIQ, ela já está em contato
com o programa, e, queremos ser um instrumento na verdade para fazer isso
acontecer, porque isso sempre ficou muito solto.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Então, que isso seja de fato um instrumento, que essa qualificação seja
apresentada como foi colocada, possamos ofertar isso o mais rápido possível e
de forma integrada com as outras Associações do Pontal e do Degredo
conseguir associar e realmente, não vou dizer trazer o currículo, mas quase
isso, porque sabemos quem precisa e quem é da comunidade realmente.
Apenas relacionado à questão do Rio Doce, observei que vários fizeram
colocações sobre isso; fui terça-feira em Governador Valadares num encontro
da Bacia Hidrográfica, onde ficou definido e dia 30 será a Assembléia geral, a
cobrança do uso do recurso hídrico e ser uma taxa a partir de Janeiro.
Então, certamente o empreendedor terá esse ônus e, é necessário como
é meu e de todos nós aqui, de contribuir por esse recurso hídrico a partir de
janeiro e isso certamente, creio em Deus que será usado em ações de
conservação dessa Bacia. O que já precisamos realmente e foi colocado há
muito tempo.
Hoje estava no IEMA, fui como representante do Comitê Centro Norte,
tive a graça de entrar agora como representante do Fórum de Comitês, acho
que estamos todos mobilizados para receber o empreendimento, mas também
para acreditar que vamos caminhar e tudo vai dar certo relacionado ao recurso
hídrico e a mão de obra.
O SR. FERNANDO AQUINOGA DE MELLO – (IEMA) – Sr. Lucas, que
esse empreendimento só seja um veículo para aproximar mais os Órgãos, para
conseguirmos trabalhar cada vez mais juntos e para que consigam mais do que
nós ser uma voz dessa comunidade, dentro dos aspectos ambientais, trazendo
a técnica para aprimorar o processo, para acompanhá-lo, fazendo com que o
nosso objetivo realmente seja atendido e esteja alinhado com a expectativa da
comunidade.
Obrigado.
A SRA. ESTELLE BALLY – (BERTIN ENERGIA) – Me permita só fazer
uma última consideração em cima disso.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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A empresa vai construir um empreendimento aqui no local, e esse
empreendimento é ambientalmente responsável e é socialmente responsável.
Quer se instalar aqui, mas é numa relação de ganho a ganho na
comunidade, não adianta tirar sem retornar e vamos viver aqui, quem vai
trabalhar lá dentro é a comunidade e, a relação de todo mundo, todos vão
comer ali, frequentarão o mesmo posto de gasolina, a relação é uma relação
sadia e saudável.
A empresa tem a responsabilidade sim, e não se isenta disso, é por isso
que a empresa está aqui publicamente, para conversar, esclarecer e para
atender a todas as exigências que o Órgão Ambiental vai fazer, exigências tanto
ambientais quanto sociais.
Então, estamos aqui, nos colocamos como responsáveis, assumimos essa
responsabilidade com o prazer que isso vai ter, numa relação saudável com
todo mundo.
Obrigada.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Considerando
o tempo já decorrido, queria que os que têm interesse em fazer perguntas
levantassem suas mãos para encerrarmos as inscrições de perguntas orais.
Já temos uma inscrição, alguém mais se interessa? (Pausa)
Não.
Teremos então, a última pergunta e passaremos para o encerramento
logo após.
Concedo a palavra a Sra. Marilene, do Grupo Ambientalista Natureza Cia,
para fazer o seu questionamento oral.
A SRA. MARILENE – Boa noite. Meu nome é Marilene, faço parte do
Grupo Ambientalista Natureza e Cia, uma ONG fundada em 1990 e trabalhamos
com Educação Ambiental junto às comunidades do município.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Não gostaríamos de fazer críticas, gostaríamos de fazer simplesmente
um lembrete aos senhores, porque sou pedagoga, faço parte do Conselho
Municipal de Educação e temos cobrado essa falta de integração entre a SEAMA
e entre a SEDU, entre os Órgãos.
Se um empreendimento será colocado no município, deveria ser bem
antes em parceria SEMMAM, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente com a
SEDU, ter um trabalho de integração para que as escolas do município,
principalmente as escolas da rede Estadual de ensino colocasse cursos
profissionalizantes na área dos empreendimentos, porque quando chega a
época de colocar os empregos, como há duas semanas teve uma Audiência
Pública que serão gerados no município 5 mil empregos, esses empregos serão
para quem?
Se as duas escolas estaduais do município ainda não tem curso de
preparação de mão de obra. Temos o IFES, que é o Instituto Federal de
Educação Tecnológica, os IFES do Espírito Santo.
O nosso IFES é o mais novo de todos os que foram implantados nessa
região, foi implantado recentemente, mas as escolas estaduais são antigas,
como o Colégio Estadual que tem 45 anos, a Escola do centro “Bartovino
Costa”, já deveria em parceria com a SEMMAM e a SEDU está trabalhando na
formação de mão de obra.
Porque todo empreendimento polui até a nossa atividade polui, nós
somos poluentes, tem que ter ônus e bônus, ativo e passivo, custo e benefício,
por enquanto a comunidade está ficando com o passivo ambiental, porque
temos uma grande expectativa de emprego, muita gente vindo para a cidade,
principalmente nós que moramos na região central, sofremos diretamente os
impactos sociais dos empreendimentos, não é pouca gente que está aqui.
Então, para nós é muito difícil nos convencermos que os
empreendimentos realmente trarão benefícios para a comunidade, porque
emprego diretamente para a população, formação de mão de obra não está
tendo.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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Já conversei com os diretores das escolas, não temos resposta nenhuma
se está tendo curso profissionalizante para os alunos da rede estadual, que é
competência do Governo do Estado à formação profissional do ensino médio, a
União é com a graduação e formação tecnológica. Agora, a responsabilidade da
formação de mão de obra de nível médio é do Governo do Estado.
O Governo do Estado não está vindo aqui e nem está dando curso
profissionalizante, para que os jovens de Linhares possam assumir esses
empregos. Não temos resultado disso, se estão sendo preparados.
Então, o que questionamos é o seguinte, vai ter impacto com 5 mil
empregos? Com as Termelétricas? Com todos os empreendimentos? Vai ter
impacto.
Aceitamos o impacto desde que gere emprego para a juventude e a
população estudantil do município de Linhares. Por enquanto não temos ciência
de que existe curso profissionalizante para formar mão de obra jovem para
ocupar esses empregos.
São bem vindos os empreendimentos desde que tenha retorno
educacional. Isso que estamos colocando para os senhores, já enviamos para o
Governador do Estado, pois está sendo feito o plano estratégico do Estado,
então, já colocamos para ele a falta de sintonia entre as Secretarias, uma fala
alho e a outra fala bugalho.
Queremos que os senhores sejam porta voz e façam com que a SEDU de
hoje em diante, antes de começar o empreendimento, três anos antes que é a
duração de um curso, comece a trabalhar na formação de mão de obra para
ocupar os cargos.
Só esse lembrete que gostaríamos de fazer, está aqui o nosso material,
pois já participamos de várias oficinas, o nosso endereço para entrarem em
contato conosco.
Boa noite e muito obrigada.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) - Concedo a
palavra ao Sr. Fernando Aquinoga de Mello, Diretor Técnico do IEMA, para fazer
algumas considerações.
O SR. FERNANDO AQUINOGA DE MELLO – (IEMA) – Sra. Marilene,
vejo com clareza o nível de percepção e capacidade de contribuição pela sua
fala e, realmente gostaríamos que isso viesse como uma contribuição efetiva,
num ambiente de construção dentro daquilo que temos a condição de dar
resposta.
Vou pegar seus contatos, teremos que trabalhar isso de uma forma mais
próxima, mas algum esclarecimento é necessário. Estamos com Governo novo,
fazendo seu planejamento estratégico, estabelecendo suas diretrizes e as
Secretarias voltadas para essa ação conjunta, para esse norte único que vai nos
direcionar.
Além da SEDU – Secretaria de Estado da Educação e da SEAMA –
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, que a senhora
mencionou tem a SETADES – Secretaria de Assistência Social e Direitos
Humanos, que também é um Órgão que cuida da questão do trabalho e renda,
que tem uma política voltada para capacitação que tem que estar envolvida
nessa discussão. Percebemos muito além desse empreendimento o momento
em que essa região está passando, de franco desenvolvimento que faz com que
as suas preocupações sejam muito pertinentes.
Então, quando nos coloca como porta voz, vou assumir essa demanda,
essa interlocução inicialmente para aprofundar essa nossa conversa e tratar
isso no âmbito Estadual, para que consigamos não olhar empreendimento por
empreendimento, porque dentro desse prazo às vezes necessário para
capacitar um profissional para trabalhar, nós nem conhecemos a demanda do
projeto. Se fossemos pensar a três anos atrás nem sabia que a Bertin Energia
iria querer se instalar no Espírito Santo, então, não dá para associarmos isso
com os empreendimentos, não sei quem vai querer vir para o Espírito Santo
daqui a três anos, mas independente disso sei que essa região passa por um
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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processo de crescimento, e isso é suficiente para dialogar a respeito desse
assunto.
É muito bem vinda a sua colocação, quero mais é aproveitar esse seu
conhecimento da região, para que consigamos achar os caminhos melhorando
esse cenário que a senhora colocou.
Obrigado.
O SR. MEDIADOR – (HEBERT ARRUDA BROEDEL) – Encerradas as
perguntas escritas e orais, passaremos para o encerramento da Audiência.
Serão recebidas manifestações adicionais por escrito sobre o
empreendimento no Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos -
IEMA, até o dia 31 de março de 2011, prazo final dos 10 dias úteis para
manifestações.
A Ata, Lista de Presença e perguntas realizadas na Audiência Pública,
estarão à disposição na Gerência de Educação Ambiental do Instituto Estadual
de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - IEMA, Rodovia BR-262, Km 0, Pátio
Porto Velho, Cariacica, ES; e também no site www.iema.es.gov.br a partir de 10
dias úteis após a realização desta Audiência Pública, ou seja, a partir do dia 31
de março de 2011.
Solicitamos a gentileza de cinco voluntários para assinarem a Ata.
Concedo a palavra ao Representante do IEMA, Sr. Fernando Aquinoga de
Mello, Diretor Técnico para encerramento da Audiência Pública.
Boa noite a todos.
O SR. ROBERTO UENO – (BERTIN ENERGIA) – Só queria em nome
da Bertin Energia agradecer a presença de todos, as autoridades presentes, em
especial o Governo do Estado através da ASPEN, da ADERES - Agência de
Desenvolvimento em Rede do Espírito Santo, do próprio IEMA, da diretoria, da
equipe técnica, da Prefeitura Municipal de Linhares que também está nos dando
apoio.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DO PROJETO DO CLUSTER TERMELÉTRICO LINHARES – 17/03/2011.
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E, qualquer dúvida, estamos com um escritório montado no centro de
Linhares acreditamos que ficaremos aqui nos próximos doze meses até que os
nossos prédios em Cacimbas estejam prontos.
Então, qualquer tipo de interlocução conosco, no folder deixamos nosso
e-mail, endereço, telefone.
Obrigado e boa noite.
O SR. FERNANDO AQUINOGA DE MELLO – (IEMA) – Agradecemos
a presença e participação de todos, foi um momento bastante rico que
pudemos perceber claramente quais são os pontos de preocupação dessa
comunidade, nos permite antecipar as ações e agir dentro do nosso âmbito de
atuação de forma preventiva.
Agradecemos mais uma vez a presença de todos e desejamos um bom
retorno a seus lares.
Boa noite e obrigado.