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AUDIÊNCIA PÚBLICA LICENCIAMENTO AMBIENTAL DO COMPLEXO IMOBILIÁRIO HOTELEIRO ESPORTIVO Data: 05 de novembro de 2014 Horário: 19h 5 Local: Esporte Clube Secretário Estrada do Secretário, km 7,5 Secretário Petrópolis/RJ Sr. Maurício Couto César Júnior Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da Secretaria de Estado do Ambiente: Vamos dar início a Audiência Pública referente ao 10 licenciamento ambiental do empreendimento em nome de JCN Patrimonial. Meu nome é Maurício Couto, eu sou engenheiro civil e sanitarista da Secretaria de Estado do Ambiente e fui designado pela Comissão Estadual de Controle Ambiental, a CECA, para presidir os trabalhos dessa Audiência Pública. A mesa conta ainda com a presença do senhor Paulo Roberto que vai secretariar os 15 trabalhos da mesa, a doutora Letícia Rego da assessoria da Diretoria de Licenciamento do INEA e a doutora Denise Flores Coordenadora do Grupo de Trabalho responsável pela análise do Estudo de Impacto Ambiental. Essa Audiência Pública, lembrando a vocês, que ela não tem caráter decisório nem deliberativo, ou seja, não vai ser nessa Audiência Pública que nós estamos tendo aqui 20 que vai ser decida pela implantação ou não do empreendimento. A Audiência Pública ela tem um caráter instrutivo, ela faz parte do processo de licenciamento prévio do empreendimento e é nessa fase que o projeto é apresentado na comunidade a quem a empresa responsável pela elaboração do Estudo de Impacto Ambiental apresenta de forma reduzida, resumida o quê que o Estudo de Impacto 25 Ambiental identificou em termos de principais impactos, medidas mitigadoras e planos e programas. O INEA por sua vez apresenta um pequeno histórico do licenciamento do empreendimento. Essa é a primeira fase da Audiência Pública. 30 E depois nós teremos um pequeno intervalo. Vocês receberam na entrada um folheto explicativo e um formulário de perguntas. Vocês ao longo das apresentações, eu sugiro que vocês esperem as apresentações para que vocês possam ir formulando as perguntas porque possivelmente algumas das perguntas vão ser respondidas nas apresentações. 35

AUDIÊNCIA PÚBLICA LICENCIAMENTO AMBIENTAL DO … · do Ambiente e fui designado pela Comissão Estadual de Controle Ambiental, ... representante do município para fazer parte da

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AUDIÊNCIA PÚBLICA – LICENCIAMENTO AMBIENTAL DO COMPLEXO

IMOBILIÁRIO HOTELEIRO ESPORTIVO

Data: 05 de novembro de 2014

Horário: 19h 5

Local: Esporte Clube Secretário

Estrada do Secretário, km 7,5 – Secretário – Petrópolis/RJ

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Vamos dar início a Audiência Pública referente ao 10

licenciamento ambiental do empreendimento em nome de JCN Patrimonial.

Meu nome é Maurício Couto, eu sou engenheiro civil e sanitarista da Secretaria de Estado

do Ambiente e fui designado pela Comissão Estadual de Controle Ambiental, a CECA,

para presidir os trabalhos dessa Audiência Pública.

A mesa conta ainda com a presença do senhor Paulo Roberto que vai secretariar os 15

trabalhos da mesa, a doutora Letícia Rego da assessoria da Diretoria de Licenciamento

do INEA e a doutora Denise Flores Coordenadora do Grupo de Trabalho responsável pela

análise do Estudo de Impacto Ambiental.

Essa Audiência Pública, lembrando a vocês, que ela não tem caráter decisório nem

deliberativo, ou seja, não vai ser nessa Audiência Pública que nós estamos tendo aqui 20

que vai ser decida pela implantação ou não do empreendimento.

A Audiência Pública ela tem um caráter instrutivo, ela faz parte do processo de

licenciamento prévio do empreendimento e é nessa fase que o projeto é apresentado na

comunidade a quem a empresa responsável pela elaboração do Estudo de Impacto

Ambiental apresenta de forma reduzida, resumida o quê que o Estudo de Impacto 25

Ambiental identificou em termos de principais impactos, medidas mitigadoras e planos e

programas.

O INEA por sua vez apresenta um pequeno histórico do licenciamento do

empreendimento.

Essa é a primeira fase da Audiência Pública. 30

E depois nós teremos um pequeno intervalo.

Vocês receberam na entrada um folheto explicativo e um formulário de perguntas. Vocês

ao longo das apresentações, eu sugiro que vocês esperem as apresentações para que

vocês possam ir formulando as perguntas porque possivelmente algumas das perguntas

vão ser respondidas nas apresentações. 35

Então eu sugiro que vocês aguardem as apresentações porque ao final delas nós teremos

um intervalo onde as perguntas poderão ser encaminhadas a mesa, a menos quem já

tenha feito às perguntas pode levantar a mão que um dos atendentes ali do salão já

recolhe a pergunta e encaminha a mesa.

E após esse intervalo nós teremos então a segunda fase da Audiência Pública que é a 40

fase destinada a responder as perguntas encaminhadas por escrito primeiramente à mesa

e para finalizar quem tiver se inscrito para fazer o uso da palavra que nós vamos dividir o

tempo em função do número de inscritos.

Então a Audiência Pública é dividida nessas duas fases.

Nós temos na nossa mesa aqui que é a mesa do Estado e gostaríamos de convidar como 45

representante do município para fazer parte da Mesa Diretora, o Robson Cardinelli –

Secretário de Planejamento, por favor, e o Secretário de Meio Ambiente,

Desenvolvimento, o Almir Schmidt para nos acompanhar aqui na mesa.

Aproveitando também, convidamos se tiver algum representante do Ministério Público

Estadual ou do Ministério Público Federal que queiram fazer parte da mesa. 50

Bom, e chegando aqui na reunião considerem-se convidados.

A outra mesa é formada pelos componentes do projeto; os empreendedores, a equipe

responsável pelo Estudo de Impacto Ambiental e pelos empreendedores que estão

representados pelo senhor José Alfredo, Cláudio Neves, Carlos Abenza e Luiz Cláudio.

Pela equipe responsável pela elaboração do Estudo de Impacto Ambiental temos o 55

senhor Roberto Hortale, Júlio Marchiori, Priscila Cunha, Gustavo Pozzato, José Carlos

Marques, Verônica Ciscoto.

E ainda como outros representantes da Greenleaf é Paulo Azeredo, Flávio Piquet.

Temos também representantes da Ampla, o Sérgio Ricardo Carvalho.

Representantes da Águas do Imperador, o senhor Fabiano Sutter. 60

E os advogados da empresa, o Rodrigo Verdini, Leandro Vianna e José Carlos.

Muito bem, então em cumprimento da deliberação CECA número 5.723 que determinou a

convocação dessa Audiência Pública que no nosso caso é a segunda Audiência Pública

que nós tivemos a primeira realizada no dia 5 de fevereiro desse ano.

A convocação da Audiência Pública foi feita no Diário Oficial no dia 14 de outubro de 65

2014, além dos jornais de grande circulação.

Então antes de dar início aos trabalhos propriamente ditos, eu gostaria de convidar a

todos para ouvir o Hino Nacional.

(Execução do Hino Nacional)

Dando início aos trabalhos da Audiência Pública, a primeira fase é a fase destinada às 70

apresentações. Eu convido a doutora Denise Flores, Coordenadora do Grupo de Trabalho

do INEA responsável pela avaliação do Estudo de Impacto Ambiental que vai apresentar

de forma sucinta o histórico do licenciamento até o momento.

Doutora Denise.

Dra. Denise Flores Lima – Representante do INEA: Boa noite. 75

Bom, o objetivo da Audiência Pública é divulgar o Relatório de Impacto Ambiental e

informações sobre o projeto que serão prestadas daqui a pouco.

Também recolher opiniões, críticas e sugestões da população interessada de modo a

contribuir na decisão quanto ao licenciamento ambiental.

O presidente já disse que essa reunião não é uma reunião decisória, mas o INEA vai 80

ouvir, acolher as sugestões, críticas que forem pertinentes.

A licença prévia é a fase atual desse licenciamento e que se for concedida ela está

aprovando a localização e a concepção do empreendimento atestando a sua viabilidade

ambiental. E, caso a licença seja concedida, ela será emitida com vários condicionantes

que terão que ser atendidas pelo empreendedor para poder passar para a fase seguinte. 85

Bom, aqui está um pequeno histórico do processo de licenciamento. O requerimento da

licença prévia foi feito em 14 de dezembro de 2011 por meio do processo 07.512.045 em

2011.

Pelas características da atividade foi nomeado um grupo de trabalho pela Portaria INEA

Presidência número 305 em 2012 para os procedimentos de avaliação de impacto. 90

Em 24 de abril foi emitida a notificação para a apresentação do estudo e seu respectivo

relatório conforme Instrução Técnica específica número 07 de 2012.

A Instrução Técnica é elaborada pelo grupo de trabalho e ela serve para nortear os

estudos, ou seja, os estudos têm que apresentar no mínimo o que a Instrução Técnica

determina. 95

Em 11 de outubro de 2012 foi emitida notificação concedendo uma prorrogação de prazo

solicitada pelo empreendedor.

Em três de junho de 2013 emitida uma notificação para apresentação de informações

complementares.

E em sete de janeiro de 2014 emitida a notificação concedendo o Aceite dessa 100

complementação para fins de análise.

E essa complementação foi distribuída para todos os órgãos que haviam recebido o EIA

anteriormente.

Em 15 de janeiro de 2014 foi publicada no Diário Oficial do Rio de Janeiro a deliberação

da CECA autorizando a convocação para Audiência Pública que foi realizada no dia 5 de 105

fevereiro.

Bom, por solicitação dos participantes da audiência, dessa audiência de fevereiro e por

meio das manifestações que o INEA e a CECA receberam, foi determinado então que se

realizasse uma nova audiência que foi agendada para hoje.

O EIA/RIMA bem como sua complementação foram entregues nos seguintes órgãos: 110

Prefeitura Municipal de Petrópolis, Câmara Municipal de Petrópolis, Ministério Público

Federal, Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro, para o GAT, Assembleia

Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico –

IPHAN, IBAMA, ICMBIO, CECA, só.

Bom, a equipe técnica é composta de Luiz Heckmaier, Denise Flores Lima, Márcio Farah, 115

Mariana Ramos, Carolina Helena da Silva, Mauro Sérgio de Carvalho, Marco Antônio

Alves da Silva e Vlamir Fortes de Azevedo.

Bom, além das manifestações apresentadas nos debates hoje, nós vamos aguardar dez

dias, os próximos dez dias quando vocês deverão encaminhar ao INEA ou a CECA

sugestões, críticas, enfim, o que vocês acharem pertinente. 120

E, por favor, vocês podem ou protocolar na Central de Atendimento do INEA ou podem

também enviar por e-mail. Está na tela os endereços eletrônicos da CEAM que é a

Coordenação de Estudos Ambientais do INEA e para a CECA.

Muito obrigada.

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da 125

Secretaria de Estado do Ambiente: Obrigado doutora Denise pelos esclarecimentos,

pela apresentação do INEA.

Lembrando que estamos tendo uma tradução simultânea ali em Libras ao lado direito aqui

do palco, esquerdo para vocês.

E dando continuidade, eu gostaria de convidar agora o representante do empreendedor 130

para fazer a apresentação do projeto.

Cláudio Neves, por favor, que vai fazer a apresentação.

Sr. Cláudio Neves – Plarcon Engenharia: Boa noite a todos. Meu nome é Cláudio

Neves, vice-presidente da Plarcon.

Alguns de vocês me conhecem e alguns ainda de longa data já que a minha família está 135

na região há mais de sessenta anos. Por isso, posso dizer que conhecemos de perto a

história de Secretário. Acompanhamos todo o seu desenvolvimento que naquela época

não tinha telefone, luz ou asfalto.

Vamos apresentar o empreendimento que vai criar novas oportunidades de emprego e

melhorar a qualidade de vida dos moradores de Secretário e do seu entorno. 140

Para desenvolvermos esses projetos que estamos trabalhando há mais de quatro anos,

montamos uma equipe com arquitetos brasileiros, ingleses e vários técnicos de diversas

qualificações.

Na realização dos empreendimentos estão juntas a Plarcon e a João Fortes, empresas

com mais de cinquenta anos de experiência em desenvolvimento imobiliário. 145

Também está no projeto a IGRM uma empresa inglesa com experiência em

desenvolvimento e operações de hotéis e campos de golfe.

Estão aqui diretores, engenheiros e profissionais dessas empresas.

Também estão conosco técnicos especializados nas diversas áreas que poderão

responder as perguntas relacionadas ao projeto. 150

O projeto é um projeto imobiliário, hoteleiro e esportivo. Nós vamos fazer a apresentação.

Tem um capítulo de esclarecimentos para as dúvidas que ficaram e a conclusão.

Pode trocar.

Aqui é a área onde vai ser implantado o projeto, apenas para mostrar a predominância de

pasto em toda a área. A vila de Secretário está aqui. 155

Pode passar.

Isso aqui é a situação atual de uma fazenda que é o pasto e a floresta, repetindo aquilo

que foi mostrado anteriormente.

Passa.

Bom, agora a gente já tem todas as áreas: Fazenda Secretário, Aroeira, Água Santa, São 160

Carlos, São José e Maquiné.

Essas das fazendas aqui são contíguas; essa é a única separada.

Essas áreas todas somadas dão onze quilômetros quadrados, estão dentro do distrito de

Pedro do Rio que tem duzentos e dez quilômetros quadrados, portanto representa 5% do

distrito de Pedro do Rio. Secretário aqui. 165

Próximo.

Foi criado para essa área, uma área de especial interesse econômico que foi aprovada

pela COPERLUPOS, depois virou uma lei e essa lei determinou todos os parâmetros que

nós temos que usar neste projeto. E determinou também que fosse feito um Plano de

Ocupação. 170

Pode passar.

Isso aqui é uma ilustração de um Plano de Ocupação com todos os usos: matas, terrenos

a preservar, campo de golfe, unifamiliar, hotel, área residencial, área comercial e área de

habitação social.

Só para exemplificar, mata e aqui, por exemplo, área a preservar. E os demais a mesma 175

coisa.

Pode passar.

Isso é interessante. Depois que o Plano de Ocupação estiver implantado, nós teremos

43,4% de matas e terrenos a preservar, 20,9% área para golfe, 11% para os lotes

unifamiliares, 3,1% para os hotéis, 18,2% para os multifamiliares e 3% para a área 180

comercial e 0,4% para habitação social.

É importante ressaltar que não significa que 11% vai ser absolutamente construído para

lotes unifamiliares porque nesses onze, esse é o pedaço de terra reservado para lotes

unifamiliares. Aqui se aplica a lei para poder, e dentro da lei então você constrói. Então a

ocupação desses 11% é de 20%. 185

Podemos passar.

Eu vou demonstrar agora essa, o quê que as edificações nesse projeto realmente

ocupam.

Então lembra que o hotel tinha 3,1% da área com um todo, esses 3,1% estão

representados por esses polígonos. A soma desses polígonos todos dão 3,1% de terra. E 190

essa parte preta aqui é que são realmente as edificações. No caso do hotel, a lei

determina 20% de taxa de ocupação.

Portanto os hotéis, se forem feitos todos que estão projetados, eles vão ocupar 0,6% da

área como um todo.

Pode passar. 195

A mesma coisa se repete para o residencial multifamiliar que é condomínio de casa e

apartamento. Os polígonos é a parte interna é que são as construções e o residencial

unifamiliar que são lotes que serão vendidos para construção de casa. E aí a mesma

coisa: os polígonos dão os 11% e é a parte interna obedece à lei.

Pode passar. 200

Habitação social. Isso aqui será um condomínio que vai ser planejado para atender a

demanda dos empregados envolvidos no projeto. Então um condomínio feito para quem

trabalha no projeto.

Isso vai ter uma regra que se o sujeito sair do projeto, nós vamos, o condomínio recompra

a moradia. 205

A área comercial é a mesma situação. Polígono, internamente serão as edificações. É a

projeção das edificações. A área comercial contribuirá, por exemplo, com 0,6% de

ocupação na área toda.

Pode passar.

Aqui os campos de golfe que representam 20,9%. 210

O golfe é uma modalidade olímpica. Nesse empreendimento os campos serão públicos.

Estão projetados dois campos de dezoito buracos, um de nove e um da Academia de

Golfe com outro campo de nove.

Podemos passar.

Isso aqui é um resumo dos slides anteriores. Depois de tudo construído, a ocupação da 215

área ficará desta forma. A ocupação das edificações nesta área.

Pode passar.

O resumo é que nós vamos ter 90% de área não edificada e vamos ter uma área

edificada de aproximadamente 10%, um pouco inferior que 10%.

E importante ressaltar que todos, todos os pavimentos, todas as construções nesse 220

projeto não podem ultrapassar três pavimentos como determina a lei.

Pode passar.

Aqui a primeira área de intervenção. Secretário está aqui. A cinco quilômetros de

Secretário tem a Fazenda Aroeira que vai ser a primeira área de intervenção.

Essa primeira área de intervenção ela vai ser dividida em fases também. Então a Fase 1 225

dessa primeira área de intervenção é o hotel que vai estar aqui, um campo de golfe que é

esse e um condomínio residencial. Essa área está distante, como eu falei, cinco

quilômetros de Secretário.

Pode passar.

Aqui é o local onde vai ser feito o hotel cinco estrelas, uma área aproximadamente de 230

trinta mil metros quadrados com a vista de 360 graus e, de novo, três pavimentos no

máximo esse hotel.

Pode passar.

Agora nos esclarecimentos das dúvidas levantadas, eu vou chamar o Abenza.

Sr. Carlos Abenza – Plarcon Engenharia: Bom, boa noite a todos e todas. 235

Nós separamos aqui as principais dúvidas que surgiram na outra audiência e também até

em função do tempo que nós temos para apresentar, tem que ser rápido e como terão

depois a parte de perguntas e intervenções, a gente pode aprofundar mais com o apoio

inclusive de toda a área técnica que está aqui para cada um tema que seja levantado.

Como já disse a Denise, a etapa que nós estamos hoje que é a Audiência Pública, foi 240

precedida de todas as seis etapas anteriores para aprovação das leis, aprovação do

projeto, a entrega no INEA e hoje, depois de todo esse estudo feito, envolveu sete

equipes multidisciplinares e envolvendo cerca de quarenta profissionais durante dois anos

trabalhando na elaboração desse estudo de impacto.

Pode passar. 245

Depois da audiência ainda tem a parte toda de licença prévia com as condicionantes que

vão ser, fazer parte da licença prévia. Em cima delas é que vão ser desenvolvidos todos

os projetos de engenharia, os planos e programas que vão ser implantados.

Além disso, com o cumprimento dessas condicionantes e esses projetos prontos que vão

ser solicitadas as licenças de instalação e do, também junto ao município a parte do 250

requerimento, o alvará de obras.

Só depois de ter a licença de instalação do órgão ambiental e do alvará de obras

aprovados no município é que vão ser de fato iniciadas as obras da primeira fase.

Pode passar.

Uma das dúvidas levantadas, nós vamos citar algumas aqui. 255

Uma questão é o abastecimento de água. Deixar bem claro, nós separamos em dois tipos

de consumo de água aqui. Uma parte para consumo humano. A outra para irrigação de

campos de golfe, jardins e etc.

Para a água de consumo humano a concessionária Águas do Imperador é a

concessionária local responsável pelo abastecimento de água. 260

A DTA atesta a viabilidade técnica para o abastecimento de água de todo o

empreendimento. E o empreendimento vai participar financeiramente da expansão do

sistema de tratamento de água e da ampliação de rede de distribuição, ou seja, vai

atender diretamente ao condomínio e na verdade vai acabar favorecendo bastante

também a própria situação atual com o aumento do tratamento e o aumento da adução 265

também para a região.

Pode passar.

Com relação à irrigação dos campos de golfe, água que não é de consumo humano, será

feita toda com os recursos hídricos hoje disponíveis na propriedade, além de reuso da

água proveniente do esgoto tratado e da captação de água de chuva. 270

É importante também que a água das nascentes que estão dentro das propriedades

retornam ao lençol freático. Você faz a rega tanto dos jardins quanto dos campos e ela

pode retornar mantendo o ciclo da água.

E os lagos que são criados nos campos de golfe, tem a função de compor o campo

esportivo, a questão paisagística e também servem como reservatórios para reservação 275

de água de irrigação no momento que não está chovendo.

Pode passar.

Da mesma forma do consumo humano, também o tratamento dos efluentes. Todo o

esgoto produzido dentro do empreendimento será coletado e tratado, construído pelo

empreendedor e operado pela concessionária local. E o uso dos efluentes será aplicado 280

também na parte de irrigação.

Pode passar.

A coleta de lixo. A destinação final será feita pela COMDEP, que é a empresa municipal, e

será destinada num primeiro momento para o aterro controlado que está hoje sendo

utilizado e depois já quando for construído o aterro sanitário do Consórcio Serrana 2 em 285

Três Rios que vai atender todos os municípios aqui dessa região, será encaminhado para

lá.

Internamente ao empreendimento a coleta é responsabilidade do empreendimento. O

empreendimento vai fazer toda a coleta, coleta seletiva para poder encaminhar para a

COMDEP fazer a destinação final. 290

Com relação à energia elétrica, a energia será fornecida pela concessionária Ampla com

a participação financeira do empreendimento. Ela não vai interferir e dar qualquer prejuízo

ao suprimento atual de Secretário. Por quê? Vai ser feita uma subestação e uma

alimentação específica para aquela área lá.

Então não afetar em nenhum, em absolutamente nada o abastecimento de energia hoje 295

da região de Secretário.

Pode passar.

Aqui esse slide o objetivo dele é mostrar a evolução demográfica do empreendimento ao

longo da sua implantação.

Ele embora tenha uma área muito grande, a densidade demográfica é baixa e é 300

pulverizada e é definida por zoneamento onde é unifamiliar, onde é multifamiliar, onde é

comercial, onde é hotel.

Então vocês podem ver que no final de, dos primeiros cinco anos que é a primeira fase,

início da segunda, a população prevista é de cerca de oitocentas pessoas, um pouco mais

de oitocentas pessoas no empreendimento. 305

Depois de dez anos a ocupação passa a cerca de um pouco mais de dois mil e trezentas

pessoas. Em dezessete anos, quatro mil. E ao final do empreendimento todo cerca de dez

mil habitantes.

Pode ver que pela curva ela é uma curva razoavelmente suave que permite qualquer

acompanhamento de mudança na região. Então não é um impacto, não é aquela coisa 310

que vai construir tudo de uma vez só. Não é. É ao longo de bastante tempo.

Pode passar.

Bom, o sistema viário qual é o cenário que nós temos hoje?

Primeiro: a estrada de acesso a essa região, embora seja uma RJ, na verdade ela tem a

característica de via local. Ela é utilizada pelos moradores e veranistas conforme foi 315

avaliado na contagem veicular que foi realizada em campo aqui.

Hoje a RJ possui vários problemas que todos conhecemos que são gerados pelo

desrespeito a lei de trânsito, excesso de redutores de velocidade – os quebra-molas –

estacionamento irregular ao longo da via e principalmente no centro de Secretário.

Pode passar. 320

O estudo diagnosticou que existem quatro pontos principais, além dos quebra-molas

claro, que geram retenções no fluxo da via, que atrapalha o deslocamento: a ponte do

matadouro no Alto do Pegado, centro de Secretário, acesso a Estrada da Rocinha e o

acesso a Estrada de Avelar.

Pode passar. 325

A ponte do matadouro é aqui logo na entrada da estrada quando a gente sai da RJ, da BR

e entra aqui na Estrada de Secretário propriamente dita.

O segundo aqui é o centro de Secretário, o acesso a Estrada da Rocinha e o acesso a

Estrada de Avelar.

Pode passar. 330

Que soluções foram propostas no estudo?

No caso da ponte do matadouro, fiscalização do trecho para coibir estacionamento

irregular, complementação de sinalização e melhorar o giro de veículos nos dois sentidos

e ampliar a ponte, que eu vou mostrar agora.

Pode passar. 335

Vocês veem aqui um caminhão entrando, um carro aqui tem que esperar para passar.

Então esse giro nos dois sentidos ele é ruim. Então não é problema de, quer dizer, não é

um problema que se agravaria em curto prazo, mas é um problema que realmente tem

que ser enfrentado porque com o crescimento da região como um todo aquela curva é

bem apertada, é bem complicada. 340

E a ampliação da ponte, a ampliação desse tabuleiro para melhorar não só o fluxo de

veículos como também a segurança da população que passa de um lado para outro ali.

Pode passar.

O segundo ponto que a gente vai mostrar agora é o centro de Secretário e realmente hoje

existem vários problemas. 345

Então também tem a questão da fiscalização do trecho, complementação de sinalização

viária, aumento do número de vagas e abertura de um trecho em torno do centro de

Secretário, um binário que eu vou mostrar agora.

Pode passar.

Então é uma característica dali: estacionamento dos dois lados, você vê que complica a 350

pessoa a passar. Então só estacionar de um lado, proibir do outro, criar vagas de

estacionamento e poder aí sim fazer um ordenamento nessa via.

Pode passar.

Bom, esse aqui nós já discutimos e a Prefeitura sabe dos problemas, já esteve aqui, já fez

inclusive uma melhora na praça. 355

Nós tivemos aqui algumas vezes com a Secretaria de Planejamento, com a Diretoria de

Urbanismo, várias, algumas pessoas que estão aqui hoje, agora, participaram de

conversas com o pessoal da Prefeitura e surgiu essa proposta, esse projeto que é o

seguinte: a via hoje é mão dupla, direta, sem nenhum tipo de ordenamento.

Aqui, se criariam as vagas. Isso aqui é exemplificando. Áreas para baia para carga e 360

descarga de material e também ônibus, mais vagas de estacionamento.

Quem vem de Petrópolis segue por aqui porque manter esse sentido, que normalmente a

pessoa chega para poder se abastecer no mercado, no comércio local.

Quem vem de Fagundes, quem vem dessa outra parte, chegando aqui na entrada de

Secretário passaria por esse binário a ser criado aqui atrás. Tanto pode parar nessas 365

vagas e atravessar a praça como também pode retornar por aqui, por essa rótula, retornar

e aí acessar o centro de Secretário, o açougue, o mercado e qualquer comércio ali local.

Pode passar.

O terceiro ponto seria ali na Estrada da Rocinha que é uma coisa bem simples de

resolver. 370

Pode passar, eu vou mostrar.

Hoje é mão dupla na Estrada de Secretário e mão dupla na Estrada da Rocinha. Também

não é um problema de curto prazo, mas pode com o aumento de veículos, pode ser

necessário. E é uma solução simples que é a implantação de uma rótula para disciplinar

essa conversão de uma estrada para outra. 375

Pode passar.

Da mesma forma na Estrada de Avelar, aqui onde nós estamos agora, no clube. Então é

o acesso aqui.

Pode passar que eu vou mostrar.

É a mesma situação: mão dupla nos dois sentidos e também a criação de uma rótula 380

aqui.

Pode passar.

Quando foi elaborado o Estudo de Impacto, esta ponte era um ponto crítico, quer dizer,

era um dos pontos críticos também de retenção no caso de um aumento de fluxo de

veículos. 385

No caso esse problema não existe mais porque foi construída essa ponte aqui atrás que

já está construída, já está em funcionamento.

Pode passar.

Bom, durante a implantação do empreendimento, estou falando aqui do período de obras,

também é uma coisa para deixar, é importante isso aqui: os equipamentos eles vão 390

circular dentro do empreendimento; não tem bota-fora. A construção dos campos de golfe,

o corte de terreno, não há bota-fora. (...) até porque ficaria inviável a obra. Então tem o

corte e aterro é todo feito dentro do canteiro de obras.

O que vai acontecer é a circulação de caminhões para a questão de abastecimento da

obra, os insumos: cimento, material de construção, concreto e etc. 395

No estudo do sistema viário foram verificados os pontos de pico na região e vai se

priorizar que esse abastecimento das obras seja feito fora dos momentos de pico. Não

quer dizer que vai ser feito a noite ou fim de semana. Muito pelo contrário. Os momentos

de pico levantados foram: de manhã, em torno da hora do almoço e no final da tarde.

Então fora desses horários é que vai se priorizar esse transporte para minimizar o 400

impacto.

Outra coisa que é importante também: quando o crescimento maior de fluxo aqui é nos

fins de semana e nos feriados com a fluência do turismo, dos veranistas.

Nesse período não há entrega de material e se há é muito pequena. Então não há uma

superposição entre caminhões de serviço de abastecimento do empreendimento com a 405

frequência do veranista; o que facilita bastante o fluxo na via.

As vias hoje atendem diretamente a população há muitos anos e o que tem que fazer sim

é a manutenção dessas vias, a pavimentação onde não está feito e uma sinalização por

parte do Poder Público.

Pode passar. 410

Com relação à mão de obra, no período da implantação também, o histórico da João

Fortes ela já constrói aqui nessa região e tem um histórico de 2/3 da mão de obra é de

trabalhadores do local, que moram, que vão diariamente para casa.

Vai ser fornecido o transporte de chegada e saída da obra. O transbordo vai ser feito em

local que tenham linha de ônibus. No nosso aqui o Terminal de Itaipava que dali o 415

trabalhador ou trabalhadora pode se deslocar para qualquer ponto da cidade ou até de

município.

E o efetivo para vocês terem ideia, o efetivo dessa primeira fase que o Cláudio falou no

início será de cerca de duzentos e cinquenta trabalhadores. Quer dizer, é um contingente

que não é tão grande assim. E como a obra vai ser feita por fases esse efetivo deve se 420

manter nas fases seguintes. Então estamos trabalhando com um universo de cerca de

duzentos e cinquenta trabalhadores nos períodos de obra do empreendimento.

Pode passar.

E outra coisa que é importante: não haverá alojamento no canteiro de obra. Ninguém vai

dormir no canteiro de obra. Não tem isso. Não vai ninguém morar durante, no canteiro de 425

obras.

E quando eu falei antes, 2/3 dos trabalhadores são locais. Esse 1/3 restante normalmente

são as equipes técnicas, são as equipes de instalação, fundação, enfim, é um corpo mais

técnico que vai ter que ser hospedado nas regiões onde vai ter oferta de hospedagem; em

outros distritos de Petrópolis ou até em outros municípios, vão procurar local para essa 430

hospedagem. Ok?

Pode passar.

Bom, durante a operação a previsão é que vão ser criados empregos para atender os

hotéis, campos de golfe e condomínios.

Para vocês terem ideia a previsão no caso para o hotel da primeira fase, a previsão de 435

geração de cento e quarenta empregos.

Pode passar.

Esse empreendimento, a característica dele como o Cláudio falou, está sempre entrosado

com a comunidade, a ideia é se trabalhar na capacitação e formação da mão de obra

local. 440

E com isso então, o empreendedor vai coordenar convênio com as instituições de

formação profissional. O sistema é: SEBRAI, SENAI, SESC, já conversamos com o

pessoal também do CEFET, talvez da UCP, algum curso, alguma coisa, que possam

promover cursos ao longo da obra.

Enquanto vai se construindo, as pessoas vão se capacitando, se habilitando para 445

trabalhar não só no empreendimento, podendo trabalhar até em outros locais fora daqui

seja, fora do empreendimento, Secretário, Itaipava, alguma coisa assim nessas profissões

que são geradas principalmente no ramo hoteleiro.

Também dentro da obra os trabalhadores terão a oportunidade de aprender e qualificar

melhor. Pode aprender a profissão de carpinteiro, pedreiro e com isso ser aproveitado nas 450

etapas seguintes do empreendimento.

Segue.

Com relação aos campos de golfe, também uma dúvida que foi levantada com a questão

de adubos e defensivos agrícolas.

A parte de adubo, alimentação da planta está prevista a utilização apenas de produtos 455

naturais.

Com relação ao controle de pragas, também serão feitos com produtos naturais ou

biológicos e manual aproveitando a característica climática da região e o uso de um

manejo adequado.

E a utilização de grama que seja mais resistente a pragas e doenças e com menor 460

exigência hídrica, que necessite de menos água para sua sobrevivência.

Pode ir.

Se for levantar a questão de preservação permanente, o estudo levanta todas as áreas de

APP’s – Áreas de Preservação Permanentes. Todas serão preservadas ou recuperadas.

Não haverá, até porque não pode, é proibido, não haverá nenhuma impermeabilização ou 465

construção em Áreas de Proteção Permanente.

Pode seguir.

Bom, concluindo aqui, nas obras executadas pela João Fortes eles tem já de tradição a

utilização de programas de prevenção de doenças como DSTA’s, tabagismo, álcool e

programas de qualidade de vida e convívio social, convívio do trabalhador dentro do 470

canteiro com seu colega de trabalho e com o entorno também da comunidade.

As obras contam com uma equipe de segurança do trabalho formada por engenheiro,

técnico de segurança, médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e tem o seu plano de

contingência caso aconteça um acidente mais grave.

Isso é para mostrar que também a execução das obras não traz nenhum peso, não onera 475

em nada o sistema hoje existente aqui do Programa de Saúde da Família, por exemplo,

nessa região.

E embora seja de responsabilidade do Poder Público haverá parceria da comunidade com

os governos seja municipal ou estadual através do vários programas que vão ser

implantados principalmente o Programa de Cooperação as Políticas Públicas. 480

Um até já deu cria que é a própria ideia do projeto aqui da Praça de Secretário. Então na

prática até já começou isso.

Então o empreendimento com a presença de hotéis e novos moradores na verdade vai

dar mais musculatura e poder inclusive ajudar a forçar tanto a comunidade como cobrar

do Poder Público também aquilo que é de competência no caso saúde e segurança que 485

foi levantado na outra reunião.

Bom, queria concluir aqui e passar a palavra para o Cláudio, por favor.

Sr. Cláudio Neves – Plarcon Engenharia: Bom, a conclusão pessoal desse

empreendimento é que conforme foi apresentado o projeto terá uma ocupação efetiva das

edificações menor do que 10%. 490

Ele tem que manter o ar bucólico de Secretário e tem que preservar as características

dessa região. Isso aqui é fundamental para o projeto. Não há condição de não se manter

o ar bucólico de Secretário nem preservar as características dessa região.

Além disso, ele vai promover o desenvolvimento planejado, ordenado e sustentável de

uma área respeitável – 5% do distrito de Pedro do Rio. E ajudará a reduzir o êxodo da 495

população jovem qualificando e criando novas perspectivas com melhores oportunidades

de trabalho e renda para todos esses jovens que moram aqui em Secretário.

Obrigado.

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Obrigado. Alô. 500

Obrigado Cláudio, Abenza pela apresentação.

Eu gostaria de convidar agora para fazer a apresentação a equipe responsável pela

elaboração do Estudo de Impacto Ambiental. Não sei se é o Roberto Hortale que vai

começar falando.

Doutor Roberto, por favor. 505

Sr. Roberto Henrique Hortale – Sócio/Gerente e Engenheiro Civil M.R.H. Engenharia

Ambiental: Bom, muito boa noite. Meu nome é Roberto Henrique Hortale, eu aqui estou

representando toda a equipe de técnicos de diversas especialidades entre geologia,

engenharia desde a parte florestal, engenharia de recursos hídricos, técnicos, biólogos,

sociólogos, advogados de especialidades de meio ambiente, enfim, é uma equipe, nós 510

tivemos aproximadamente quarenta pessoas e um prazo de dois anos de trabalho. Quer

dizer, é um trabalho de bastante profundidade, ok, então para atender exatamente o que

o INEA solicitou.

Próximo, por favor.

Bom, nesse primeiro slide eu tento mostrar aqui uma itemização do conteúdo que o 515

trabalho teve necessidade de abranger considerando toda a Instrução Técnica que o

INEA nos solicitou.

Então aqui eu apresento de forma resumida o objetivo do trabalho. Nós vamos falar cada

um desses itens.

A descrição do empreendimento, a legislação ambiental pertinente, o seu diagnóstico 520

ambiental que eu considero uma das partes mais importantes do nosso trabalho, defender

principalmente a área de influência do empreendimento com esse diagnóstico, a

avaliação dos impactos, o estudo e definição das medidas mitigadoras, planos e

programas de gestão ambiental, o prognóstico, considerações e conclusão.

Próximo. 525

Bom, o primeiro objetivo, o principal foco nosso é atender a legislação ambiental que foi

expressa através de uma notificação que foi nos entregue uma Instrução Técnica e

atendemos literalmente, tá certo, esse atendimento como já foi explicado pela

representante do INEA que foi aceito esse trabalho, para atender todo o conceito do

licenciamento prévio que nós estamos enfrentando. 530

Próximo.

Nesse segundo quadro nós temos aí uma imagem bastante recente da situação da

fazenda que já foi até comentada pelo empreendedor onde tem na sua maioria a

pastagem bastante extensa.

E temos, eu vou mostrar aqui para vocês, alguns fragmentos, tá certo, de vegetação que 535

serão preservados e num determinado momento do trabalho, recuperados.

Próximo.

Bom, esse próximo slide na verdade é um Plano de Ocupação que foi apresentado pelo

empreendedor e o pessoal que tem aí, se não tiver (...), tem as manchas verdes aqui que

são toda a questão de mata. 540

Nós temos o terreno a preservar que é essa parte mais, mais clarinha, temos os campos

de golfe, enfim, aí tem toda a itemização que vai ser feita pela ocupação proposta pelo

processo aí do empreendedor.

Próximo.

Bom, essa etapa a gente considera, que a gente começa a falar nessa descrição no 545

empreendimento, que é a etapa de implantação.

Nessa etapa de implantação o empreendedor nos apresentou um prazo bastante

expressivo em termos de tempo porque trinta e oito anos é a previsão dele da sua

implantação, facilita para a equipe até que avaliou todo o trabalho e vocês vão ter a

oportunidade com dois colegas aqui que vão me dar continuidade, de entender que esse 550

tempo é muito importante para harmonizar a questão do desenvolvimento com a questão

ambiental.

Próximo, por favor.

Bom, aí temos como solicitação da Instrução Técnica, que defender a questão da

localidade da proposta apresentada. 555

Então essa proposta ela tem como característica principal a disponibilidade de uma área

de uma extensão bastante significativa. Não poderia ser uma área pequena.

Segundo, ela teria que ter uma área com uma pastagem também relevante.

Terceiro, ela teria que ter pouca ocupação e apresentando algumas pequenas áreas de

vegetação preservada. 560

Próximo.

Dando continuidade a Instrução Técnica, nós tivemos que estudar as alternativas

locacionais em todo o município de Petrópolis.

Petrópolis hoje nós temos, são cinco distritos sendo que o primeiro e o segundo distrito

que todo mundo aqui que tem alguma familiaridade com Petrópolis sabe que o primeiro e 565

o segundo a gente não teve nem condição de estudar porque são áreas que já estão

densamente ocupadas e nós não íamos nem ter como pensar num terreno semelhante ao

que está sendo proposto nesse processo do licenciamento.

Então partimos...

Próximo, por favor. 570

No próximo slide, que agora está aparecendo, que descobrimos uma área em Itaipava, tá

certo, onde nós temos esse contorno aqui, uma área muito semelhante à proposta pelo

empreendedor.

Então vocês tem aqui uma vegetação razoavelmente protegida e com uma certa

exuberância, tem uma declividade, quer dizer, a topografia é muito semelhante à 575

apresentada.

Próximo, por favor.

E aqui a gente faz uma pequena descrição de forma resumida, que região foi essa. É a

região de Santa Mônica.

Eu já comentei sobre a similaridade com a de Secretário, o relevo da região, o tamanho 580

da sua área. Sendo que por a área ter ainda uma forte expressão de vegetação, a sua

supressão ia ser de certa forma também relevante.

Próximo slide.

Aí tentamos pegar uma segunda alternativa porque o que foi pedido pela própria Instrução

Técnica que seria uma outra região que também próxima aqui nosso que seria no distrito 585

de Posse.

Uma região que é um pouco menos ocupada densamente, que hoje essa Posse ela está

ocupada por sítios, pequenas culturas, monoculturas e também alguns loteamentos.

E aí no próximo slide, por favor, a gente localizou essa área no Brejal. Então o Brejal

também tem uma superfície bastante semelhante ao do projeto proposto, mas também 590

tendo uma necessidade de supressão porque é uma área ainda até que tem uma

preservação maior.

O relevo também contribuiu para essa escolha da segunda alternativa.

O próximo.

Aí tivemos que entrar um pouco mais de profundidade numa alternativa locacional. 595

Alternativa locacional é onde o empreendedor quando tiver autorização para iniciar as

suas obras ele vai ter que privilegiar materiais que mantenham a sua sustentabilidade

ambiental.

Então aí nós tivemos algumas sugestões que são pisos permeáveis nas áreas,

principalmente nas áreas comuns, ventilações naturais, aproveitamento de água para 600

irrigação de áreas verdes, reuso de efluente de origem sanitária, principalmente para

utilização em paisagismo e gramas de campos de golfe.

Próximo.

Aí então entramos na área da legislação ambiental que eu procuro só fazer um resumo

porque esse é um capítulo, se alguém tiver a oportunidade de ver nós temos um EIA e um 605

RIMA aqui, ele tem talvez mais de quinze páginas.

Mas a gente contemplou toda a legislação ambiental sob o ponto de vista federal,

estadual e municipal e não adianta a gente detalhar. Esse é um trabalho que foi inclusive

com ajuda aí da nossa equipe aí principalmente de legislação de advogados ambientais.

O próximo. 610

Bom, esse item que eu considero um dos itens mais importantes do trabalho, é que a

gente começou então a conhecer através do Diagnóstico Ambiental os três meios que

foram solicitados: o meio físico, o meio biótico e o meio socioeconômico.

No meio físico a gente fez o estudo geológico e geofísico, a parte de hidrologia da área,

dos aspectos climáticos da região. 615

No meio biótico foi estudada a fauna e a flora da região.

E no meio socioeconômico, os estudos demográficos, processo de economia, ocupação,

cultura, infraestrutura social, arqueologia e patrimônio histórico.

Próximo.

Bom, o Diagnóstico Ambiental a gente tem sempre que delimitar as áreas que vão ser 620

definidas para esse projeto.

Então nós temos três definições já consagradas que é a ADA que é a área diretamente

afetada, área de influência direta e a área de influência indireta, ok?

No próximo.

Bom, a ADA, tá certo, como o nome diz área diretamente afetada, nós até fomos um 625

pouco mais restritivos. Nós consideramos, tá certo, para essa definição todas as

fazendas, as seis fazendas já citadas aqui anteriormente.

O próximo.

Bom, para a área de influência direta tanto o meio físico quanto no meio biótico, então nós

pegamos na verdade a mesma definição nós consideramos o divisor de águas ou a 630

cumeeira da bacia hidrográfica aonde se encontra o empreendimento tanto no meio físico

quanto o meio biótico, ok?

Então na verdade para a gente até ficou mais fácil definir os limites da propriedade. Então

nós fomos mais abrangentes. Pegamos os limites da propriedade, de todas as fazendas,

ok? 635

No próximo.

Bom, por favor, voltar um, pode recuar aí. Desculpe aí.

Isso. O meio físico e o meio biótico a gente já definiu.

O próximo slide.

No meio físico tivemos que definir a área de influência indireta. 640

Então a área de influência direta a gente já definiu.

E na área de influência indireta definimos no meio físico, aqui tem as vertentes, o divisor

de águas. Então a partir desse momento na bacia hidrográfica onde se encontra o

empreendimento, ficou definida a área de influência indireta.

Isso para o meio físico. 645

O próximo slide.

No meio biótico nós definimos, aqui é o limite da área de influência indireta, esse miolo é

o direta, definimos aqui como parte da bacia hidrográfica o Rio Fagundes localizado em

Petrópolis e Paraíba do Sul onde tem como seus afluentes principais o Rio Piteiras, Rio

Pardo, Maria Comprida e outros de pequena monta aqui. 650

Próximo slide.

Bom, aí chegamos aqui a definição da área de influência direta e a área de influência

indireta do meio socioeconômico.

Na área de influência direta nós pegamos o primeiro distrito de Itaipava, o distrito de

Pedro do Rio e o distrito de Sardoal com o nosso município de Paraíba do Sul. 655

Ara a definição da área de influência indireta pegamos o município de Petrópolis, Areal e

Paraíba do Sul.

Próximo.

Bom, dentro do estudo do meio físico, ok, nós estudamos principalmente o vale do Rio da

Maria Comprida, ok? E durante esse estudo a gente teve a oportunidade de avaliar as 660

questões geológicas, geomorfológicas, geofísicas, climáticas e hídricas.

E esses estudos confirmaram a existência de pequenas áreas em duas propriedades –

Maquiné e Secretário, em que essa ocupação não é recomendada.

Próximo slide.

Bom, também identificamos pequenas voçoroca com baixo processo de erosão ativa com 665

sua incidência.

E procuramos também avaliar a ocorrência de alagamentos ou encharcamentos com

possíveis chances de ter inundação que estão sempre localizados no entorno desse canal

de drenagem fluvial do rio Maria Comprida.

Próximo. 670

Bom, a partir daqui nós vamos continuar, como eu falei do meio físico, tem o meio biótico

que o nosso engenheiro florestal vai poder apresentar aqui. O Júlio, por favor.

Sr. Júlio Marchiori – Engenheiro Florestal M.R.H. Engenharia Ambiental: Boa noite a

todos. Meu nome é Júlio Marchiori, sou engenheiro florestal, responsável técnico pelo

levantamento da vegetação e vou estar apresentando aqui o resultado do levantamento 675

da fauna e flora da região.

Bom, quanto à fauna nós identificamos duzentas e noventa e quatro espécies sendo

cento e noventa e seis de aves, cinquenta e cinco de mamíferos, dezesseis anfíbios,

dezesseis de répteis e doze de peixes.

O método utilizado para o levantamento foi visualização, indícios, a bioacústica, 680

entrevistas e registros fotográficos.

Aqui está exemplo da fauna presente na região: temos a coruja, o jambotina, teiú,

cascudo.

Próximo, por favor.

Além disso, foi verificado indício da fauna ameaçada de extinção que foi identificado o 685

lobo-guará, o sagui-da-serra-escuro, o choca-da-mata e o arapaçu-de-garganta-branca.

Próximo.

Quanto à flora, a vegetação foi dividida em seis tipologias. A gente tem as áreas de

pastagem, as áreas brejosas, os agrupamentos arbóreos, arborização paisagística,

fragmentos em estágio inicial e médio de regeneração. 690

Próximo.

Bom, aqui está a definição de cada área.

As áreas de pastagem elas correspondem a aproximadamente 70% das fazendas. E a

forrageira predominantemente daquela região é a braquiária. Podendo ocorrer algumas

touceiras de bambu e algumas árvores isoladas que até o gado utiliza como abrigo de sol. 695

Temos as áreas brejosas que são as áreas encharcadas onde as principais espécies é o

lírio-do-brejo e a taboa.

Próximo.

Bom, os agrupamentos arbóreos nada mais é do que pequenos grupos de vegetação

distribuídos de forma aleatória em toda a fazenda, podendo ocorrer espécies nativas ou 700

exóticas.

Como exemplo: plantio de eucalipto, pinus e alguns fragmentos de timbó – essa espécie a

gente vai falar um pouco mais a frente.

Nós temos a arborização paisagística nada mais é do que os jardins da fazenda. São

espécies utilizadas para embelezar, a beleza cênica das fazendas. 705

Próximo.

Bom, nós temos os fragmentos em estágio inicial de regeneração. São as vegetações,

são os grupamentos de árvores que são nativos e tem uma fisionomia herbácea,

arbustiva. Ela são menores, elas são mais raleadas no ambiente. São aquelas chamadas

capoeiras, aquelas vegetações que estão em estágio inicial, aquelas que estão iniciando. 710

Elas precisam de mais sol. Elas são mais dispersas na vegetação. Tem uma diversidade

mais baixa.

Já o fragmento em estágio médio de regeneração é aquela famosa matinha que a gente

vê um pouquinho mais fechada, aquela ocupação de espécies mais adensadas. São

aquelas de portes maiores, um pouco mais altas, fechando um dossel um pouco mais 715

alto, aquelas mais grossas, árvores mais grossas.

E aparecendo algumas espécies de sombras típicas desse tipo de vegetação.

Próximo.

Bom, dentro dessa vegetação a gente pôde identificar algumas espécies relevantes

naquela área. 720

A gente pôde identificar o timbó que de certa forma a gente pode dizer que foi, é um

impacto um pouco negativo. Em algumas regiões ele é considerado como uma espécie

invasora, uma praga de pasto. Mas por quê? Ela se desenvolve muito rapidamente, ela

tem um caráter agressivo, ela dispersa muita semente e acaba ocupando uma área

degradada. A gente pode até chamá-la de uma espécie bioindicadora de terreno 725

degradado.

Se fosse só no pasto, tudo bem. Só que ela começa a invadir os fragmentos de vegetação

nativa.

Ela vai invadindo uma área com uma maior diversidade de espécies e passa a dominar

aquela área. 730

Então a gente teve um interesse nela para poder observar se ela não vai afetar os

fragmentos existentes.

Também foram definidas algumas espécies com uma beleza cênica. Temos um jequitibá

com mais de quarenta metros de altura e mais de seis metros de circunferência.

Então é uma espécie linda que ela tem que ser mantida, tem que ser preservada. 735

Próximo.

Além dela a gente também tem um pau-d’alho. O sistema radicular dele abraçou uma

rocha de tal forma que ela teve um interesse paisagístico, um interesse cênico que deve

ser preservada. É uma espécie que dá prazer da gente observar.

Então ela foi identificada como uma espécie de interesse cênico. 740

Além disso, a gente teve as espécies ameaçadas de. Foram observados o pinheiro-do-

paraná e o samabaia-açu.

Todas essas espécies por lei elas devem ser preservadas.

Próximo.

Bom, aqui está um quadro síntese, uma síntese da vegetação levantada em hectares. 745

Bom, fica nítida a quantidade de pastagem, como que ela á superior a qualquer outro tipo

de vegetação. Duzentos hectares, setenta e sete hectares. Então elas predominam na

região.

As áreas brejosas elas ocorrem tanto na Fazenda Aroeira, São Carlos – um pouco mais

de quatro hectares. 750

Os agrupamentos arbóreos eles tem maior expressividade na Fazenda Água Santa.

A arborização paisagística na Fazenda Aroeira que é a principal sede das fazendas.

O fragmento em estágio inicial tendo maior representatividade na Fazenda Secretário,

com pouco mais de dez hectares.

Os fragmentos em estágio médio teve uma expressividade maior na Fazenda São José 755

com quase cento e vinte hectares de vegetação em estágio médio.

E um fragmento em transição de inicial a médio que foi observado na Fazenda Secretário,

um pouco menos de trinta hectares.

Próximo.

Bom, possibilidade de supressão de vegetação. 760

Bom, como nem toda área que está definida para ocupação, não necessariamente ela vai

ser suprimida de vegetação.

Então a concepção do projeto teve as suas características sustentáveis. Já inicialmente

foram definidas as áreas de matas mais densas e elas vão ser preservadas, como já foi

apresentado pelo empreendedor. 765

A supressão ela poderá ocorrer em sua quase totalidade em áreas de pastagem – a gente

está falando de braquiária e bambus e algumas espécies isoladas.

Todas as espécies arbóreas nas listas de espécies vulneráveis ou ameaçadas elas vão

ser preservadas. Como também as espécies de interesse cênico – o pau-d’alho, o

jequitibá eles também serão preservados. 770

De acordo com o Plano de Ocupação e o Mapa de Vegetação os possíveis locais de

supressão não apresentam nenhum tipo de vegetação impeditiva de seu manejo.

Próximo.

Essa aqui é uma síntese da possibilidade, essa aqui é a área máxima possível a ser

suprimida, caso seja, mas esse é o máximo. Portanto não necessariamente ela vai ser 775

toda suprimida.

Então nós temos a vegetação em estágio inicial, arborização paisagística que são os

jardins e o agrupamento arbóreo que são os eucaliptos, os pinus e o timbó.

Então a maior expressividade da vegetação em estágio inicial está na Fazenda Aroeira co

menos de quatro hectares, arborização paisagística também em torno de três hectares e 780

de agrupamento arbóreo com 2,5 hectares aproximadamente.

Próximo.

Bom, agora eu vou estar passando para a Priscila que vai dar continuidade.

Sra. Priscila Cunha – Bióloga M.R.H. Engenharia Ambiental: Boa noite. Meu nome é

Priscila, eu sou bióloga e fiz parte também desse, do Estudo de Impacto Ambiental desse 785

empreendimento.

A gente vai falar então agora do meio socioeconômico, que como o Roberto já identificou,

a área de influência indireta, ou seja, as áreas que indiretamente vão sofrer influência

desse empreendimento. Seria o município de Petrópolis, o município de Areal e de

Paraíba do Sul. 790

Bom, o município de Petrópolis é, ele já apresenta bastante, uma, uma área urbana bem

desenvolvida e, mas apresenta também ainda algumas áreas de florestas.

O município de Areal apresenta áreas de pastagens e florestas ainda, e Paraíba do Sul,

apesar de ter uma área urbana bastante desenvolvida, também apresenta ainda áreas de

pastagens e alguns fragmentos de, florestais. 795

Próximo.

O município de Petrópolis, dos três da área de influência indireta, é o maior, com

setecentos e noventa e cinco quilômetros quadrados, e apresenta características bastante

fortes relacionadas ao turismo, ao veraneio com ênfase em hotelaria, gastronomia, na

formação dos condomínios. 800

Próximo.

O município de Areal ele possui um único distrito sede, que é Areal, e tem uma área total

de cento e dez quilômetros quadrados, enquanto que Paraíba do Sul apresenta uma área

de quinhentos e oitenta quilômetros quadrados aproximadamente.

Próximo. 805

Aí entrando na área de influência direta do meio socioeconômico, que seria então o

distrito de, distritos de Pedro do Rio e Itaipava, em Petrópolis, e a Vila de Sardoal em

Paraíba do Sul.

Foi observado nesse estudo que o distrito de Pedro do Rio ele apresentou, ao longo de

dez anos, uma estrutura bastante regular quanto à população, a estrutura etária da, a 810

estrutura dessa população.

Houve um aumento da população que passa a residir nas áreas urbanas, então as

pessoas estão saindo da área rural, indo para a área urbana, mas essa, essa população

apresentou um crescimento bastante lento.

E foi observada ainda uma menor proporção de pessoas nas idades mais jovens, ou seja, 815

você tem um menor número, desculpa, um maior número de crianças e idosos, e um

menor número de jovens, ou seja, daquela população que está buscando trabalho.

Provavelmente isso vai acontecer porque essa população ta saindo de Pedro do Rio para

buscar trabalho fora do distrito.

Próximo. 820

O distrito de Itaipava, ele apresenta uma situação de domicílio semelhante a Pedro do

Rio, as pessoas saindo da área rural, indo para a área urbana, mas vale ressaltar que

Itaipava já está muito mais próxima do bônus demográfico, e o que vem a ser isso?

A população está chegando numa idade produtiva, aí você tem um menor número de

crianças e idosos, e um maior número de jovens, daquela população que está 825

trabalhando ou está buscando mercado de trabalho.

Próximo.

Em Werneck, que é um distrito de Paraíba do Sul, foi observado no Censo de 2000 uma

estrutura etária bastante jovem. Já no Censo de 2010, ele mostrou uma estrutura

bastante irregular, possivelmente porque essa população jovem está saindo também em 830

busca de trabalho, e aí a gente tem novamente esse processo de emigração.

Próximo.

Bom, com exceção de Secretário e Anápolis que são um pouco mais urbanizadas do que

as demais vilas e povoados dessa área de influência, que são rurais, mas elas também

apresentam, Secretário e Anápolis, apresentam um tipo, algum certo tipo já de, de serviço 835

público ainda que seja básico, apresenta comércio, e isso traz com ela uma tendência

forte à chegada de novos empreendimentos.

Por isso, Secretário e Anápolis são caracterizadas como áreas rururbanas, então elas não

são áreas rurais, não são áreas urbanas, são caracterizadas como áreas rururbanas.

Próximo. 840

A instrução técnica que foi fornecida pelo INEA para a nossa equipe, fez com que a gente

levantasse várias informações sobre a área de influência, e dentre elas algumas são

destacadas aqui que seria a taxa de nascimento, natalidade e mortalidade da população,

grau de escolaridade, se tem ensino fundamental, médio, graduação, taxa de emprego e

desemprego, indicador de saúde, e aí entra número de hospitais, especialidades médicas, 845

números de leitos de hospitais.

Infraestrutura dos municípios: se ele apresenta uma praça pública, por exemplo.

Atividades culturais, se tem museu, cinema, teatro. Mercado de trabalho.

Organizações sociais, se a população, se aqui existe na região Associação de Moradores,

ONG’s. Se existe preocupação ambiental e como ocorre essa preocupação ambiental. E a 850

expectativa da população em relação a esse empreendimento.

Próximo.

Bom, pra ser feito um diagnóstico ambiental da, da área de influência, é necessário que a

equipe analise quais são os possíveis impactos que esse empreendimento, quando chega

aqui, pode gerar. 855

E aí tem impactos positivos e impactos negativos. Para algumas pessoas, às vezes é

difícil identificar o que seria um impacto positivo, por exemplo. A partir do momento que

ele chega aqui e eu apresento oferta de trabalho, é um impacto positivo.

Então a gente identifica os impactos positivos e negativos e aí para os impactos positivos,

são implantadas medidas potencializadoras para você melhorar, para você potencializar 860

aquele impacto.

E para o impacto negativo, você implanta medidas mitigadoras para mitigar ou para evitar

que aquele impacto aconteça.

E para garantir que essas medidas funcionem, são programados então, são

implementados programas para garantir que essas medidas vão funcionar, para mitigar 865

ou potencializar aquele impacto que foi identificado.

Próximo.

E aí a gente entra então na fase, aqui nessa tabelinha de impactos que no folder de vocês

está aqui também, aqui são listados alguns dos impactos que foram identificados no

estudo, e aí na fase de instalação, ou seja, na fase de obra desse empreendimento, 870

alguns impactos negativos são esses aqui:

Contaminação das águas superficiais dos córregos, das nascentes, das águas

subterrâneas, que seria o lençol freático, e do solo.

Para mitigar esse impacto, ou para evitar esse impacto, devem ser instalados sistemas de

tratamento, deve haver uma coleta seletiva, e deve dar uma destinação final adequada a 875

todo esse resíduo, lembrando que isso é na fase de obra ainda.

Assoreamento de corpos d’água. Durante a movimentação de terra, pode acontecer de

todo aquele material cair no rio, no córrego, e aquilo acabar assoreando algum, algum rio.

Para evitar que isso aconteça, devem ser instaladas caixas de drenagem, com as

respectivas caixas de, de sedimentação, e vale lembrar que o material vai ser todo 880

reutilizado internamente, não vai haver bota fora.

Um outro impacto negativo seria a criação de expectativas em relação ao

empreendimento. Então quando o empreendimento chega numa, numa região, a

população acaba tendo expectativas em relação a ele.

E para evitar, ou para mitigar isso pelo menos, serão elaborados Programas de 885

Comunicação Social para que haja então uma interação maior entre essa população e o

empreendimento.

Alteração do fluxo de veículos. Então você vai ter uma alteração, um aumento do fluxo de

veículos nessa região. Então para mitigar isso serão optados horários alternativos para

que os caminhões possam circular, assim, a maior parte da circulação vai ser interna, 890

dentro das fazendas.

Vai haver manutenção da via, já que esses caminhões vão ter que circular, e umectação,

então para que não seja, para que não haja um aumento da poeira, essa via vai ser

umidificada para que então isso seja evitado.

Vai haver ainda uma maior sinalização já que hoje ainda é precária, e fiscalização 895

também dessas vias.

Próximo.

Ainda na fase de obras, e levantando aqui os impactos negativos, tem também a dispensa

desses funcionários, ou seja, já que esse empreendimento ele tem aproximadamente

trinta e oito anos para ficar pronto, e ele vai ser feito em mais ou menos cinco etapas, 900

acabando uma etapa os funcionários poderiam ser mandados embora.

Para evitar isso, esses funcionários vão ser reaproveitados nas demais etapas desse

empreendimento e ele também pode ser aproveitado na construtora. A construtora pode

levar esse, esse trabalhador para uma outra construção dela.

Um outro impacto seria alteração de habitat. Então hoje a maior parte foi falada pelo Júlio 905

que é de pastagem, mas tem uma fauna associada àquela pastagem, principalmente

aves, por exemplo. E a partir do momento que você chega ali fazendo obra, você

descaracteriza aquele habitat e você afugenta aquele animal que estava ali já adaptado

àquela, àquela situação.

Então para mitigar isso, vai haver preservação das áreas de APP que é Área de 910

Preservação Permanente que, por exemplo, você tem hoje rios, rios correndo dentro

dessas fazendas que não, que já estão completamente descaracterizados, não tem

vegetação no entorno, no entorno.

Então vai haver o reflorestamento dessas áreas no entorno dos rios, vai haver

preservação dessas APP’s e não vai haver nenhum tipo de construção nessas áreas, no 915

entorno dessas, dentro dessas APP’s.

Tem ainda o outro impacto que seria supressão de vegetação, retirada de vegetação.

Como o Júlio falou, vai ser evitada ao máximo justamente por ser um projeto sustentável,

mas quando isso acontecer vai haver o reflorestamento, vão ser plantadas novas árvores

para compensar aquelas que foram retiradas. 920

Próximo.

E os impactos positivos, vai haver estabilização da erosão que são essas voçorocas que

hoje existem dentro do, das fazendas, vai haver um projeto de drenagem para conter

essas, essa erosão.

E tem ainda aqui um outro impacto positivo que seria o aumento da oferta de emprego, 925

então o empreendimento vai oferecer emprego para essa população, mas ele também

tem que capacitar para atender essa demanda.

Um outro impacto positivo seria o crescimento econômico. O empreendimento chegando,

você aumenta a arrecadação de tributos e desenvolve também o comércio local.

E novamente aparece aqui a interação com a comunidade. E aí a medida de potencializar 930

isso seria através de campanhas educativas, treinamentos, educação ambiental.

Próximo.

Já na fase de operação, ou seja, quando o campo de golfe estiver funcionando, os hotéis

estiverem funcionando, alguns impactos negativos identificados foram contaminação,

aparece aqui novamente, a contaminação dos córregos, do lençol freático e do solo, e 935

para evitar que isso aconteça, vai ser construído um sistema de tratamento, os efluentes

que forem tratados serão reutilizado, reutilizados para irrigação de jardins e também para

os campos de golfe, vai continuar havendo coleta seletiva, vai ser dada uma destinação

final adequada para esse, para esse resíduo, e vai ser evitado também o uso de

agrotóxico, para que evite então esse, esse tipo de contaminação. 940

Impermeabilização do solo. Toda vez que você constrói então um hotel, ou uma

residência, você está impermeabilizando aquele solo que antes era, ou tinha grama, ou

tinha algum tipo de vegetação nele.

Para mitigar isso, nas áreas edificadas, será realizada a captação de água de chuva. E

nos acessos, nas vias internas, e nos estacionamentos, vai ser dada preferência aos 945

pisos permeáveis para que então a água continue percolando.

Próximo.

Tem aí novamente a criação de expectativas, mesmo depois que ele estiver operando há

também aquela expectativa da população se esse empreendimento vai dar certo, se não

vai. Então com isso são implantados Programas de Comunicação Social para que 950

continue a, continue havendo essa interação.

E tem aqui alteração do fluxo de veículos, você aumenta o fluxo de veículos como o

Abenza até já mostrou num graficozinho. E aí qual seria a medida para você mitigar esse,

esse fluxo, esse aumento do fluxo de veículos?

Vai haver manutenção das vias, o empreendimento vai apoiar as intervenções nos pontos 955

hoje que são críticos, que já foram levantados através de programas de cooperação às

políticas públicas, que é o que ele já começou a fazer.

Ele vai no governo, ele vai no DR, e busca um incentivo para que seja feito, para que

sejam feitas obras, seja feito algum tipo de melhoramento nessas vias.

Próximo. 960

E aí temos os impactos positivos dentro da fase de operação. Aumento da oferta de

emprego, e aí aqui essa capacitação vai ser já para, para o ramo da hotelaria, jardinagem.

Crescimento econômico, porque você vai estar gerando oportunidades de emprego,

criando novos negócios, gerando tributos.

O município de Petrópolis vai ser incluído no destino de golfe e você tem ainda também 965

um aumento no número de leitos de hotel não só no município de Petrópolis, mas também

no Estado do Rio.

Você tem ainda um aumento da diversidade da fauna e da flora local. Você aumenta

então o número de animais e de vegetação a partir do momento que você vai estar

reflorestando áreas que hoje se encontram degradadas. 970

Próximo.

E aí foi pedido para a gente para que a gente identificasse os impactos cumulativos e

sinérgicos. E o que vem, o que vem a ser isso? Impacto cumulativo é aquele que ele já

aconteceu ou está acontecendo e com a chegada do empreendimento, ele pode ser

acumulado, vamos dizer assim. 975

Então você tem, por exemplo, hoje no centro de Secretário já existe um problema do fluxo

de veículos, de trânsito, de todo aquele, aquela problemática que vocês conhecem.

Então o empreendimento chegando, você tem novamente mais um aumento de veículos.

E isso vai ser, esse exemplo também pode ser dado para a geração de resíduos que já

existe hoje e o empreendimento vai aumentar aquilo e a geração de efluentes sanitários. 980

Já o impacto sinérgico, ele para ficar mais simples de entender, seria o seguinte. Você

tem um impacto A, ele se soma a um impacto B, e ele começa a gerar um terceiro

impacto.

Próximo.

Que seria, por exemplo, aqui. Você tem o aumento de veículos e você tem o aumento da 985

população, ainda que de veranistas ou turistas. Isso pode acarretar um aumento no

número de acidentes.

Eu estou falando sempre pode porque o impacto ele não, toda vez que eu falo de um

impacto aqui, não quer dizer que ele vai acontecer, é um impacto possível, e por isso a

gente implanta as medidas e os programas para evitar ou mitigar aquele acontecimento. 990

E aí um outro exemplo de impacto sinérgico seria então a retirada de vegetação e o

aumento do ruído por conta da obra pode levar a um afugentamento momentâneo

daquela fauna.

Próximo.

E aí então são implantados programas de gestão ambiental que vão respeitar cada um 995

daqueles impactos que foram identificados.

Próximo.

Aí nós temos aqui um, por exemplo, de controle da qualidade físico-química e biológica da

água dos córregos. Então vai haver um monitoramento da água desses córregos para que

seja evitada então a contaminação desses corpos hídricos. 1000

Próximo.

Um outro exemplo seria a qualidade ambiental da recomposição vegetal. Então assim,

você faz o reflorestamento daquela área, vai lá, planta algumas mudas e você não

esquece aquela muda lá e vai embora.

Você, durante um certo período de tempo, você tem que fazer o acompanhamento 1005

daquela muda, ver se não está dando praga para ela morrer, se morrer você tem que

substituir aquela, aquela muda que foi plantada.

Então tem todo um acompanhamento e um monitoramento daquelas mudas que, que

foram replantadas, ou quer dizer, plantadas.

Próximo. 1010

E aí aqui são listados alguns dos programas de gestão:

Saúde e Segurança do Trabalhador.

Controle de Vetores para evitar proliferação de pragas.

Coleta Seletiva de Lixo e Reciclagem.

Educação Ambiental, Comunicação Social, Capacitação de Mão de Obra. 1015

No folder de vocês, se eu não me engano, estão todos os, os programas que tem

aproximadamente vinte e um, aqui a gente só listou alguns.

Próximo.

E aí foi pedido que a gente desse um prognóstico com o empreendimento, ou seja, o quê

que vai acontecer se esse empreendimento se implanta realmente? Então as áreas que 1020

hoje são degradadas serão preservadas e revitalizadas e vai haver também um

desenvolvimento socioeconômico dessa região.

Próximo.

E se ele não se implantar? Ele vai permanecer na situação atual, hoje encontram-se,

como a gente falou sobre as voçorocas, muitas áreas de erosão, os, as áreas de APP dos 1025

cursos hídricos completamente descaracterizadas, vai receber poucos investimentos,

perdendo oportunidades de melhorar tanto a economia quanto a infraestrutura local.

Próximo.

E aqui algumas considerações para o complexo imobiliário-hoteleiro-esportivo:

Seria que essa, ele é uma alternativa adequada às necessidades impostas para o 1030

desenvolvimento não só da região serrana, da região serrana, mas também para o

município de Petrópolis.

Ele se constitui uma alternativa adequada à vocação turística.

Se enquadra nos planos e legislações tanto municipais, quanto estaduais e

federais no que se refere a empreendimento de médio impacto. 1035

Próximo.

Contribui de forma ambientalmente correta para ocupação dessa área.

Os impactos negativos eles são mitigáveis e monitoráveis.

E alguns positivos que valem ser lembrados, seria a ocupação ambientalmente

sustentável dessa área e o desenvolvimento socioeconômico dessa região. 1040

Próximo.

Concluindo:

Ele vai obedecer aos parâmetros de uso e ocupação do solo que são previstos na

legislação municipal aqui de Petrópolis.

Ele foi baseado em criteriosos, em modernos critérios de desenvolvimento 1045

ambiental sustentáveis.

Foi projetado a partir de um minucioso diagnóstico da sua área de influência, foi

estudada toda a área de influência tanto para os meios físico, biótico,

socioeconômico como a gente já falou.

Os impactos ambientais, como eu já falei, foram identificados. 1050

As medidas mitigadoras propostas, elas atenuam os impactos negativos.

Os programas ambientais, eles são adequados à realidade tanto ecológica quanto

social dessa região.

E com isso foi, foi concluído então que esse empreendimento ele é ambientalmente

viável. 1055

Obrigada.

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Obrigado ao doutor Roberto Hortale, ao Júlio e à

Priscila pelas apresentações.

Agora seguindo o rito da Resolução CONEMA 035, nós vamos fazer um pequeno 1060

intervalo para que vocês possam acabar de formular as perguntas e assim que acabar

podem encaminhando à mesa.

No final do intervalo então nós vamos passar para a segunda fase da Audiência Pública

que é a fase destinada às respostas, às perguntas encaminhadas à mesa.

Então, quinze minutos, por favor, vocês tem para formular as perguntas. 1065

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Bom senhoras e senhores, vamos retomar os

trabalhos da Audiência Pública. Nós recebemos quatro, três perguntas por escrito e uma

quarta que solicita o uso da palavra.

Eu gostaria de saber se tem mais alguém formulando pergunta, que nós aguardaremos. 1070

Vamos aguardar que estão retornando à, aos lugares para darmos continuidade na

audiência.

Eu convidaria os representantes da mesa, o empreendedor também que ocupassem seus

lugares, bem como a representante do INEA doutora Denise.

Bom, não tem mais ninguém formulando pergunta, nós vamos encerrar o prazo para 1075

inscrições, encerrado o prazo, nós não aceitaremos perguntas para serem respondidas

agora, mas poderão ser encaminhadas ao INEA e à CECA até dez dias após a Audiência

Pública, ou seja, até o dia quinze.

(Conversa ao fundo)

Bom senhoras e senhores, então retomando aqui a audiência, passando para a segunda 1080

fase, a fase relativa a responder os questionamentos que foram encaminhados. Nós

recebemos algumas perguntas aqui no final, então nós estamos com quatro perguntas por

escrito e três inscrições para fazer o uso da palavra.

Conforme o rito da Resolução CONEMA 035 de 2011, vamos iniciar pelas perguntas que

foram encaminhadas à mesa por escrito. 1085

A primeira pergunta é do Luís, endereço está aqui Pedra Roxa, e ele gostaria de saber:

- Na apresentação, há previsão de duzentos e cinquenta pessoas durante as obras,

nenhuma morando na obra. Isso poderá incentivar parte dessa mão de obra a buscar

ocupação irregular na região, pois o tempo de deslocamento é alto para várias, várias

cidades. Várias localidades, desculpa. Sendo a maior delas transportada pela construtora, 1090

isso equivalerá a cerca de oito ônibus por dia (ele está considerando se fossem

transportadas pela construtora). Não era o caso de prover alojamento para parte da mão

de obra, evitando a ocupação irregular?

Por favor, alguém da, da empresa.

Sr. Rodrigo Macedo – Plarcon Engenharia: Boa noite, meu nome é Rodrigo Macedo. 1095

Em relação à sua pergunta, a previsão é que a gente tenha um terço de fora de

secretário, de colaboradores de fora de secretário.

A expectativa é colocar um ônibus que transporte cinquenta colaboradores, então, ou

seja, nós estamos falando na faixa de quatro, cinco ônibus para transportar os duzentos e

cinquenta colaboradores, entretanto, a expectativa é que a gente traga um terço apenas 1100

de fora, dois terços da região, fazendo um transbordo de todos os colaboradores de fora

na rodoviária aqui de Itaipava.

E em relação à favelização, dentro do nosso terreno nós não permitiremos. E tudo que

seja identificado por nós, nós iremos denunciar imediatamente.

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da 1105

Secretaria de Estado do Ambiente: Luís, cadê o Luís, está presente? Está aí. Luís, está

respondida então a sua pergunta.

A Lílian, da, do Condomínio Mata Nova, ela gostaria que a empresa Águas do Imperador

se pronunciasse sobre a capacidade hídrica para sustentação da demanda de água

requerida para o empreendimento. 1110

Depois ela faz uma pergunta para a Ampla, também que presta serviço deficitário,

atendendo, de forma deficitária no atendimento, se pronunciasse sobre a sua capacidade

de prover energia elétrica para um empreendimento desse porte.

E por último, ela gostaria que a Secretaria de Obras, não sei se no caso será Obras ou

Planejamento, se pronunciasse sobre a intenção e a capacidade de promover as obras 1115

viárias necessárias para implantação do empreendimento.

Então começaríamos primeiro pela, pela empresa Águas do Imperador, se tiver alguém

que possa responder. Tá, por favor.

Sr. Fabiano Sutter – Representante Águas do Imperador: Boa noite, meu nome é

Fabiano Sutter, eu sou coordenador operacional da empresa Águas do Imperador. 1120

Em relação à pergunta sobre demanda, hoje nós já atendemos Secretário e a nossa

outorga já apresenta uma folga na sua capacidade. Então com certeza os estudos, as, os

escalonamentos de outorga já foram realizados e nós conseguiremos atender o

empreendimento e Secretário sem prejuízo ao abastecimento.

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da 1125

Secretaria de Estado do Ambiente: Lílian, por favor, Lílian, no microfone.

(Pergunta feita sem o uso do microfone)

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Lílian, por favor, aqui no microfone porque está

sendo gravado e todas as manifestações são transcritas e fazem parte dos autos do 1130

processo.

Sra. Lílian – Participante: Boa noite. Meu nome é Lílian, eu sou lá do Condomínio Mata

Nova, eu soube que em Secretário faltou água durante esse verão, especialmente

durante o Carnaval quando a capacidade da cidade foi muito aumentada, a população da

cidade foi muito aumentada. 1135

Eu queria saber mais especificamente que outorga é essa, da onde que ela vem, quais

são os rios e mais especificamente do que só uma, uma, uma consideração geral, por

favor. Obrigada.

Sr. Fabiano Sutter – Representante Águas do Imperador: Você sabe quais os dias de

Carnaval faltou, não? Você sabe precisar quais os dias de Carnaval faltou 1140

abastecimento?

(Fala sem o uso do microfone)

Sr. Fabiano Sutter – Representante Águas do Imperador: Bom, enfim, em relação à

outorga, hoje nós estamos com uma capacidade outorgada junto ao INEA de cinco litros

por segundo, e hoje nós atendemos seiscentas ligações já com uma folga. 1145

A capacidade que foi apresentada na declaração de possibilidade de abastecimento ela já

foi escalonada, nós vamos pedir uma nova outorga quando na ocasião que isso for

necessário, e vamos aumentar.

Hoje o manancial ele opera com folga já no momento, e com os dados do projeto nós

vamos conseguir ainda deixar o manancial com folga. 1150

(Pergunta feita sem o uso do microfone)

Sr. Fabiano Sutter – Representante Águas do Imperador: Maria Comprida.

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Tá ok. A segunda pergunta da Lílian era em relação

à Ampla sobre os serviços deficitários e se terá condições para atender a um 1155

empreendimento desse porte.

Sr. Sérgio Carvalho – Representante AMPLA: Boa noite a todos. Meu nome é Sérgio

Carvalho, sou responsável técnico da Ampla na região serrana.

Bom, temos aí duas respostas. A primeira questão é que para atender um

empreendimento desse nível, obviamente a gente faz uma análise de planejamento, de 1160

engenharia, do tipo de conexão.

Um empreendimento desse porte normalmente não é ligado a uma linha convencional de

distribuição, e os contatos já foram iniciados com a empresa do, do empreendimento junto

à nossa concessionária, e a probabilidade, a condição que está sendo estudada é uma

conexão através da nossa linha de transmissão. 1165

A região de Secretário nós temos dois, nós temos quatro circuitos em duas torres de

transmissão que cortam parte do terreno e a ideia inicial seria o suprimento por uma

dessas linhas.

Obviamente que isso é uma análise preliminar, o estudo foi, está sendo entregue pela

empresa, analisado pela nossa área de planejamento e os trâmites darão segmento. 1170

Então o suprimento de energia será dessa forma e tudo caminha para isso.

Quanto ao suprimento da região de Secretário, sobre o comentário, a linha que atende a

região aqui, ela vem da subestação de Itaipava, é uma das maiores linhas da nossa

região, ela tem mais ou menos cento e vinte e quatro quilômetros de comprimento, é uma

linha que já sofreu investimento, quem é morador do passado lembra que os condutores 1175

da linha, principalmente da Estrada de Secretário eram condutores nus, hoje são

condutores semi-isolados.

Obviamente que aqui também a gente tem muito impacto pela questão sinuosa da

estrada, abalroamento em poste, queda de árvores, a questão ambiental também na

limitação da poda de árvore, mas a gente tem um plano de manutenção e tem um plano 1180

de investimento que está sendo aplicado em toda a região de Petrópolis através até das

nossas reuniões trimestrais que nós apresentamos junto da Prefeitura e ao órgão da

FIRJAN.

Muito bem, então seria dessa forma e em questão ao empreendimento seria esse o

comentário a ser feito. 1185

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Lílian. E a terceira seria relativa à Prefeitura, é em

relação às intervenções, intenção e capacidade de promover as obras viárias necessárias

para implantação do empreendimento.

Sr. Robson Cardinelli – Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico 1190

de Petrópolis/RJ: Bem, boa noite a todos. Eu sou Robson Cardinelli, secretário de

Planejamento e Desenvolvimento Econômico, esse assunto é afeto à secretaria.

Antes de mais nada, eu queria colocar que nós estamos agora numa fase de elaboração

do Plano Municipal de Mobilidade Urbana. Estamos concluindo um Termo de Referência

para elaboração do plano. 1195

E dentro do Plano de Mobilidade Urbana, nós vamos também tratar deste assunto

relacionado não só aqui a, ao Secretário, mas também a todo o município. Então isso vai

ser detalhado no Plano de Mobilidade Urbana.

Mas não podemos esquecer que o acesso aqui a Secretário é uma rodovia estadual, uma

RJ, então também temos aí a interferência do, do Governo de Estado. 1200

Com relação aqui ao quê que nós já estamos prevendo, vocês viram na apresentação,

nós temos um problema bem intenso de trânsito. Aqui no centro de Secretário, esse é o

problema hoje já existente, nota-se que não temos ainda o empreendimento acontecendo,

mas já é um problema.

Nós já tínhamos identificado esse problema, nós já, nós tínhamos trabalhado o 1205

desenvolvimento de um projeto que foi brevemente aqui apresentado para tentar

amenizar o problema do trânsito aqui no centro de Secretário com aquela proposta de

criar um binário com a praça ali da, a pracinha hoje existente, acreditando que para um

primeiro momento a gente consegue equacionar essa questão do, do trânsito aqui no

centro de Secretário, criando vagas para estacionamento, que hoje o estacionamento é 1210

feito ao longo da via de forma irregular.

Então acreditamos que com a implantação desse projeto e evidentemente também com

um serviço mais eficaz de fiscalização para evitar que as pessoas parem de forma

irregular, e passando a parar nas vagas que serão criadas com o desenvolvimento desse

projeto, a gente consegue amenizar bastante esse, essa, essa, esse efeito aí negativo na 1215

mobilidade hoje aqui no centro de Secretário.

Agora, para o futuro vamos estar estudando uma maneira muito mais abrangente, muito

mais a fundo no Plano de Mobilidade Urbana a questão da mobilidade urbana, a questão

viária aqui para Secretário.

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da 1220

Secretaria de Estado do Ambiente: Obrigado Robson. Quem pergunta agora é a Beatriz

Gusmão, ela faz perguntas também bastante semelhantes.

Primeiro em relação ao abastecimento de água, é bastante parecida com que foi feita a

pergunta anterior, eu não sei se essa parte já está atendida, Beatriz, e fala também em

relação à preocupação dela que foi apresentado pelo projeto que haveria captação de 1225

água de chuva e que esse ano não teve praticamente, o índice pluviométrico foi

baixíssimo, não teve chuva que pudesse produzir um volume significativo para ser

utilizado.

Essa em relação à água. Depois você faz uma pergunta para a Prefeitura...

(Fala sem o uso do microfone) 1230

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Então, por favor.

(Pergunta feita sem o uso do microfone)

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Sim. Você quer ler aqui só a parte que você 1235

escreveu? A primeira que é da água.

(Pergunta feita sem o uso do microfone)

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Mais perto, por favor, do microfone.

Sr. Fabiano Sutter – Representante Águas do Imperador: Se nós já temos o 1240

consumo...

(Pergunta feita sem o uso do microfone)

Sra. Beatriz Gusmão – Participante: Na verdade nós temos um problema não só aqui

como no Rio e em São Paulo, que queria saber se não há captação de chuva para água

de reuso para, então esse consumo provavelmente vai aumentar. 1245

Então assim, você está dizendo que a captação é de Maria Comprida, os condomínios

estão todos sem água. Então no Carnaval, você perguntou, a minha vizinha teve que

comprar um caminhão pipa, na minha rua...

Sr. Fabiano Sutter – Representante Águas do Imperador: Mas eu recebi...

Sra. Beatriz Gusmão – Participante: Porque não tinha água na casa dela, no Carnaval. 1250

Sr. Fabiano Sutter – Representante Águas do Imperador: Mas é, mas é cliente?

Sra. Beatriz Gusmão – Participante: Cliente da Águas do Imperador como eu sou.

Sr. Fabiano Sutter – Representante Águas do Imperador: Essa questão do, do

manancial, do, da questão da falta de água durante o Carnaval, eu vou até confirmar com

a operação, mas quanto à outorga, pode ficar tranquila que nós temos... 1255

Sra. Beatriz Gusmão – Participante: Não, não estou. Não estou tranquila.

Sr. Fabiano Sutter – Representante Águas do Imperador: Porque veja bem, só para

explicar, hoje em Petrópolis nós operamos com cinco anéis. O que seriam esses anéis?

Anéis é quando você transporta água de um manancial para o outro.

Hoje você consegue, por exemplo, abastecer Corrêas com a água do Centro. Eu sei que 1260

muitas vezes falando assim é complicado entender, mas a água ela vem bombeada e a

água chega. Hoje você tem anel Pedro do Rio e Secretário. Então nada impede que você

possa fazer o transporte de água de um outro manancial para esse. Estou dizendo que é

um plano B.

Quanto à sua pergunta de demanda, nós fizemos os cálculos, a DPA foi entregue com o 1265

escalonamento de outorga. O gráfico que o Abenza mostrou na apresentação dele, que é

justamente a questão da população, eu tenho a demanda no empreendimento e a

demanda fora do empreendimento. Então não haverá falta de abastecimento com relação

à questão da outorga, falta do manancial.

Sra. Beatriz Gusmão – Participante: Como é que vocês calculam esse consumo de 1270

água diária? Como é que vocês calculam?

Sr. Fabiano Sutter – Representante Águas do Imperador: É a engenharia. Então você

tem lá...

Sra. Beatriz Gusmão – Participante: Eu sei que é a engenharia, mas qual é o consumo?

Sr. Fabiano Sutter – Representante Águas do Imperador: Você tem o seguinte, 1275

primeiro, você faz um estudo do teu manancial em período de estiagem, em período de

cheia. Fizemos esse estudo.

Depois você tem cálculos onde você tem a vazão máxima diária e a vazão mínima. Você

tem cálculo, por exemplo, de vazão noturna e vazão diária, horários que você tem maior

consumo. E você tem a população flutuante e população fixa. 1280

Diante disso, você realiza os cálculos e você tem metro cúbico/dia ou litros por segundo.

Com, você, só há a necessidade de você entrar com o pedido ao INEA e outorgar a

vazão, existe um limite máximo de outorga para o manancial.

Então quem vai deferir ou não o pedido cabe à análise do, do INEA, obviamente sendo

fomentado por documentos de pessoas da área, da área de engenharia, da área sanitária, 1285

enfim.

Sra. Beatriz Gusmão – Participante: Sim, mas quando a gente pede uma DPA no Rio,

eu, eu sei porque eu sou arquiteta, e a, eles tem, a gente, existe um instalador hidráulico,

ele tem como calcular um consumo de água diário do empreendimento que a gente vai

fazer. 1290

E em função disso, a CEDAE no Rio nos obriga a fazer uma reservação de água de cinco

dias...

Sr. Fabiano Sutter – Representante Águas do Imperador: A reservação...

Sra. Beatriz Gusmão – Participante: Hoje em dia no Rio são cinco dias, que é ilegal, (...)

mas são cinco dias, então eu queria saber se vocês tem esse número de consumo de 1295

água diário...

Sr. Fabiano Sutter – Representante Águas do Imperador: Temos.

Sra. Beatriz Gusmão – Participante: E que foi, eu queria saber qual é.

Sr. Fabiano Sutter – Representante Águas do Imperador: Em Secretário?

Sra. Beatriz Gusmão – Participante: Para esse empreendimento. 1300

Sr. Fabiano Sutter – Representante Águas do Imperador: Para o empreendimento?

Sra. Beatriz Gusmão – Participante: Para esse empreendimento.

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Beatriz, pode me dar a pergunta aqui para eu já

preparar a segunda, a sua da Prefeitura? 1305

Sr. Fabiano Sutter – Representante Águas do Imperador: Na primeira, etapa, 0.43

litros por segundo, na segunda etapa no ano cinco...

Sra. Beatriz Gusmão – Participante: Eu queria anotar isso, como é que eu faço? Peraí,

eu precisava anotar isso.

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da 1310

Secretaria de Estado do Ambiente: É porque essa pergunta tem que ficar no processo.

Sra. Beatriz Gusmão – Participante: Você me empresta a caneta, por favor?

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Pode repetir, por favor?

Sr. Fabiano Sutter – Representante Águas do Imperador: É, esse, esse 1315

escalonamento de, de vazão é que consta na DPA, então não é novidade. Eu só tenho o

cálculo aberto, então você tem 0.43 no primeiro, na primeira etapa no ano três, segunda

etapa ano cinco 2.71, terceira ano dez 7.46, quarta 13.98 e na quinta você tem 32.

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Beatriz, a gente pode encaminhar isso para você 1320

depois mais detalhadamente, tá? Depois a gente cobra isso do, do empreendedor e ele

diretamente da AMPLA e a gente vai encaminhar isso para você.

Em relação à Prefeitura, também você fala sobre o sistema viário, e como o

empreendimento, e a outra, isso em relação ao sistema viário eu acho que o secretário

prestou os esclarecimentos. 1325

Sra. Beatriz Gusmão – Participante: É, eu assim, prazo, prazo não existe para isso,

vocês estão estudando, não é isso? Existe algum prazo para, para vocês completarem

esse sistema viário aqui para a gente? Existe esse prazo ou não?

Sr. Robson Cardinelli – Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico

de Petrópolis/RJ: Veja só, esse problema mais pontual que é o que, do centro de 1330

Secretário, você viu ali o, o, no slide que tem o projeto já previsto para intervenção, a

nossa intenção é fazer ele praticamente já no primeiro semestre do ano que vem.

Essa questão da intervenção aqui nesse centro aqui do, do, de Secretário. O restante

também estamos analisando aqueles que foram, foram apontados ali. Um outro ponto que

é lá no iniciozinho, lá no, no, no matadouro, nós estamos estudando uma, uma, uma, uma 1335

proposta de intervenção para ali.

O restante ao longo de toda a estrada, conforme eu falei é uma RJ, isso a gente envolve

uma, uma, uma negociação, uma conversa com o Governo do Estado que é uma, é uma

rodovia estadual, está certo?

Então te respondendo, essa intervenção aqui no centro a gente pretende fazer já no ano 1340

que vem, a questão lá do matadouro nós estamos estudando, porque ali tem um

problema complicado ali de uma construção que invadiram inclusive uma margem, nós

temos que ver como é que nós vamos tratar essa questão, mas vai ser o segundo ponto

de intervenção pontual que a gente vai estar tratando logo em seguida.

E a questão mais de longo prazo depende mais do Governo do Estado também, mas tudo 1345

isso Secretário de uma maneira geral vai estar contemplada dentro do Plano Municipal de

Mobilidade Urbana que está sendo desenvolvido, tá, nós estamos trabalhando nele.

Ok? Te respondi?

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Obrigado Robson. A outra preocupação da Beatriz 1350

era em relação ao prazo do empreendimento que é de trinta e oito anos e fala que se a

LP pode ser dada para esse tempo todo, se ela tem validade.

A licença prévia ela pode ter validade de até três anos e ela tem que ser renovada. E o

quê que acontece? É feito então um pedido de renovação, como é que funciona? Por

exemplo, um empreendimento desse porte ele obtém uma licença prévia, se for o caso, a 1355

partir de todo o trâmite do licenciamento, e essa licença prévia vai dar, vamos dizer assim,

o direito dele de só desenvolver os projetos executivos.

Ele não tem direito a mexer um, mexer com uma pá no local do empreendimento, só de

desenvolver os projetos. A partir do desenvolvimento dos projetos, não obrigatoriamente

ele precisa apresentar todos juntos, até porque eles explicaram que o licenciamento vai 1360

ser em fases.

Então digamos que a primeira fase seja feita um requerimento de licença de instalação.

Essa licença que daria, se obtida, daria à empresa a prerrogativa de começar as obras.

No requerimento dessas licenças de instalação, são pedidos mais em detalhes ainda em

nível já de projeto executivo. 1365

E isso, ou seja, ela pode tirar uma licença de instalação para a primeira fase e a licença

prévia referente aos outros empreendimentos, ela pode ser renovada. Cada vez que ela é

renovada, é feita uma nova avaliação, é pedido um diagnóstico ambiental novo, da área,

para saber se é compatível ou não manter aquelas condicionantes e as exigências que

podem vir a ser formuladas. 1370

Então quanto à sua preocupação, você pode ficar tranquila que a LP não vai valer por

trinta e oito anos, ela vai ter que ser atualizada exatamente a cada três anos e no caso

das licenças de instalação, eles tem que apresentar o projeto num nível de detalhamento

muito maior para ser analisado.

As outras perguntas que a Beatriz fez foram em relação, primeiro uma queixa em relação 1375

à primeira Audiência Pública que você não obteve as respostas que você fez no dia e que

depois encaminhou por escrito e o representante da Prefeitura não conseguiu responder.

(Fala sem o uso do microfone)

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Microfone Beatriz, por favor. 1380

Sra. Beatriz Gusmão – Participante: É que me solicitaram para fazer um

encaminhamento por email ao INEA e à CECA que eles me responderiam. Não obtive

resposta. Eu entreguei, mandei nos dez dias, no prazo de dez dias e não obtive resposta

dos meus questionamentos.

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da 1385

Secretaria de Estado do Ambiente: Tá, isso aí que nós vamos verificar aqui nos autos

do processo...

Sra. Beatriz Gusmão – Participante: Tá.

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Mas de qualquer forma se você quiser aproveitar o 1390

momento que você vai ter mais dez dias, mas de qualquer forma o Paulo que é o nosso

representante aqui que faz a parte administrativa vai levantar isso, esses

questionamentos.

O outro ponto é em relação à reserva florestal, o percentual, que nessa região é

obrigatório um proprietário que seja deixado, a legislação já diz isso, de no mínimo 20% 1395

da área total como reserva legal.

Eu acho que o empreendedor pode se manifestar em relação à área que está sendo

deixada, em relação à reserva legal, porque trata-se de cinco fazendas, e pelo Código

Florestal, tanto o antigo quanto o atual, você tem a área. Por favor.

Sr. Júlio Marchiori – Engenheiro Florestal M.R.H. Engenharia Ambiental: Sim, bom, 1400

como a gente pode observar, dá mais de 20% de reserva. Dá bem mais, você vai ter em

torno de 40% de área a ser preservada...

Sra. Beatriz Gusmão – Participante: Não, mas pastagem não, eu quero saber de

reserva florestal.

Sr. Júlio Marchiori – Engenheiro Florestal M.R.H. Engenharia Ambiental: Não, não, 1405

de reserva mesmo, área de reserva florestal. Tem mais de 20% de vegetação preservada,

mata, só, só de mata são 27%. Só mata.

Sra. Beatriz Gusmão – Participante: Ok. Tá ok. Então está ok.

Sr. Júlio Marchiori – Engenheiro Florestal M.R.H. Engenharia Ambiental: Então dá

mais de 20% de reserva... 1410

Sra. Beatriz Gusmão – Participante: Tá ok, está respondido.

Sr. Júlio Marchiori – Engenheiro Florestal M.R.H. Engenharia Ambiental: Além das

áreas a preservar e a serem recuperadas.

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Só a título de esclarecimento, quando do 1415

requerimento da licença de instalação, para que ela seja expedida, ele tem que

obrigatoriamente apresentar já o gravame de reserva dessa área legal, que é analisado

por um outro setor do INEA, que aprova a localização ou não.

E por último é uma preocupação em relação à mudança climática essa parte seca, essa

época seca que nós estamos passando e se o EIA/RIMA não teria que ser revisto em 1420

função dessa situação aqui atípica dessa seca.

E se...

Sra. Beatriz Gusmão – Participante: Que incluindo as queimadas que nós tivemos

agora.

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da 1425

Secretaria de Estado do Ambiente: Incluindo as queimadas, se o que foi, o

levantamento feito no Estudo de Impacto Ambiental, se necessitaria de uma atualização

em função dessa, desse cenário atual que nós estamos vivendo.

Qual a avaliação aí do, do pessoal? Porque a princípio como é feito em cima de dados

históricos, em cima de tempos de recorrência, mas eu gostaria se alguém pudesse só 1430

pronunciar em termos do que foi utilizado para fazer essa avaliação.

Sr. Carlos Abenza – Plarcon Engenharia: É, olha só, no Aquemar aconteceu agora.

Então a gente não tem, não tem, não tem como levantar. O estudo foi feito em cima da,

do meio biótico, do meio físico, e tal. Você está preocupada com a questão da água, a

cadência de água da chuva. 1435

Sra. Beatriz Gusmão – Participante: Não, não, eu estou falando o seguinte, depois

dessas queimadas, os bichos todos, está aparecendo na minha casa assim uma porção...

Sr. Carlos Abenza – Plarcon Engenharia: Na área das fazendas não houve, não houve

incidência.

Sra. Beatriz Gusmão – Participante: Não houve incidência? 1440

Sr. Carlos Abenza – Plarcon Engenharia: Não. Teve incidência de queimada lá? Muito

pouco, muito pouco. Se teve foi muito pouco, muito pontual. Então, e como está dizendo,

no momento da LI, no momento da LI, você vai ter que apresentar os projetos, e aí você

pode avaliar até daqui, pode acontecer alguma coisa amanhã ou depois de amanhã, os

riscos avaliados foram os riscos geológicos, geofísicos, isso foi levantado. 1445

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Tá ok. Obrigado então Abenza pelos

esclarecimentos.

Sr. Carlos Abenza – Plarcon Engenharia: Qualquer mudança que aconteça pode ser

analisada a qualquer momento. 1450

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Tá ok. Obrigado Beatriz então pela colocação.

O Guilherme também encaminhou a pergunta, mais uma preocupação. Ele pergunta se

os órgãos públicos, no caso as concessionárias também, estão conscientes do que tem

que ser feito? 1455

Eu acredito que sim, em função do que, da explanação feita pela AMPLA, da Prefeitura e

da própria Águas do Imperador.

E a outra pergunta é qual a previsão para conclusão da infraestrutura urbana, eu acho

que o secretário, que o Robson aqui já prestou os esclarecimentos.

Bom, agora vamos passar para os inscritos para fazer o uso da palavra. Eu gostaria de 1460

convidar a Vera, por favor.

Vera, toma aqui para você... Não precisa? Tá, a gente só em função de tempo, a gente

vai limitar primeiro em três minutos. É melhor pegar o móvel.

Sra. Vera – Participante: Tá.

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da 1465

Secretaria de Estado do Ambiente: Tá Vera, inicialmente três minutos por causa de

réplica, de tréplica.

Sra. Vera – Participante: Tá, eu vou ser rápida, porque são várias. Uma das perguntas é

em relação às áreas de APP. Uma das áreas de APP são as áreas de margens de rio. A

Fazenda Secretário tem um rio passando dentro do campo de golfe. Como é que vocês 1470

vão preservar essa área fazendo a recuperação da mata ciliar dentro de um campo de

golfe?

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Eu acho que a gente pode ir fazendo a pergunta e

respondendo, fica mais dinâmico. Vamos. 1475

Sra. Vera – Participante: Entendeu? Quer que eu repita, não? Eu quero saber a

recuperação da faixa marginal do rio dentro do campo de golfe da Fazenda Secretário.

Sr. Carlos Abenza – Plarcon Engenharia: É como estão falando aqui, agora o estudo foi

feito, levantou-se as áreas, nós temos que aguardar agora, as condicionantes vão ser

implantadas, qual vai ser essa faixa de demarcação, que tipo de recuperação. 1480

Também tem uma, uma rede toda de eletricidade passando ali. Então diante das

condicionantes, nós vamos fazer a alocação do campo, se ele é viável ou se ele não é

viável. O fato de apresentar não quer dizer que nós somos obrigados, o INEA vai dizer o

quê que nós podemos e como podemos fazer o empreendimento aqui no local.

Sra. Vera – Participante: O campo de golfe... 1485

Sr. Carlos Abenza – Plarcon Engenharia: Então aguardamos, aguardamos... O campo

de golfe ou qualquer outro...

Sra. Vera – Participante: Pode ser... Não, o campo de golfe então pode ser relocado

porque ele está com um rio todo passando no meio dele?

Sr. Carlos Abenza – Plarcon Engenharia: Se o INEA nos exigir uma recuperação 1490

ambiental na margem que impeça a prática do esporte, com certeza, vai ser enfim dada

uma outra destinação, não só para isso como qualquer outra coisa.

A gente não pode fazer nada sem ter primeiro a posição do que é permitido e como é

permitido fazer a intervenção.

Sra. Vera – Participante: Tá, uma outra relação é em relação aos corredores ecológicos, 1495

essa pergunta foi feita na primeira audiência e eu não vi nenhuma citação aqui de o quê

que vai ser feito em relação à solicitação do BRAT, da, da, dos corredores ecológicos e a

preservação dos mananciais também que eu não vejo quase nada sendo dito.

Sr. Júlio Marchiori – Engenheiro Florestal M.R.H. Engenharia Ambiental: Com

relação aos corredores ecológicos, já foram definidos os principais fragmentos da área e 1500

dentro das medidas mitigadoras, já está, já está prevista a recuperação de algumas

áreas.

E essas áreas vão ser, vão ser definidas baseando no corredor ecológico, ou seja, se tem

um impacto em local que a medida vai ser a recuperação, essa recuperação vai ser

destinada a essas áreas para facilitar o aumento e o desenvolvimento desses corredores. 1505

Alguns pontos já foram identificados para fazer esses corredores, e então de acordo com

a necessidade, a gente vai aplicar essa recuperação em cima dos corredores.

Sra. Vera – Participante: Se tiver, como ele foi dito, se pode ser que sejam mudados

desenhos em função desses corredores estarem, por exemplo, se tiver algum campo de

golfe no meio de um desenho desse? 1510

Sr. Júlio Marchiori – Engenheiro Florestal M.R.H. Engenharia Ambiental: Sim, sim,

lógico, se, se houver essa necessidade, há como realocar.

Sra. Vera – Participante: Tá, uma, uma outra que eu não sei se seria com eles...

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Faltou os mananciais... 1515

Sra. Vera – Participante: É, a parte que simplesmente em função da falta de água que

existe hoje, como é que pode ser liberado um empreendimento com mais de 20% dele ser

áreas de campo de golfe com gramas que vão necessitar de uma quantidade imensa de

água.

Isso não seria uma coisa absurda de ser aprovada nos dias de hoje? Não sei quem é que 1520

me responde.

Sr. Paulo Antônio Azeredo – Engenheiro Agrônomo: Eu, eu, eu sou Paulo Antônio

Azeredo, sou engenheiro agrônomo, trinta e cinco anos trabalhando com gramado

esportivo, campos de golfe já fiz mais de trinta. Eu só quero deixar claro que em campos

de golfe não existe essa demanda diária que você possa imaginar. 1525

Um campo de golfe, para você ter uma ideia, não sei se você conhece golfe, você sabe o

quê que é um green, um tee, um ferro, e o campo de golfe tem uma área gramada em

torno de trezentos e cinquenta mil metros quadrados.

Dessa área, a única área que precisa de água diariamente representa 5% da área, que

equivale a quinze, a vinte mil metros, tá, que são os greens, onde é a área mais 1530

importante do golfe.

Que aí você, ali tem que irrigar todo dia, então é 5% da área, então falando em vinte mil

metros, é uma área muito pequena em relação ao universo que é de gramado, que, que

também não é uma coisa em relação a toda a área da fazenda.

Tá, eu, eu construí um campo de golfe aqui há vinte anos atrás no (...), não sei se você 1535

conhece, aqui atrás, eu imagino que normalmente as pessoas conheçam. Ele esta lá, os

greens molhando, ele está há dois meses sem molhar com essa seca, a grama não

morre, ela fica amarela, tá certo? Mas o jogo continua e joga.

Então isso nada, você não vai ter uma demanda de muitos litros por dia para o campo de

golfe, salvo parece 5% da área, o resto você pode escalonar, e é lógico que no inverno 1540

mais, mais água e no verão chovendo, você irriga menos.

Sra. Vera – Participante: Na audiência passada, eu não lembro o número, mas

trouxeram um número monstruoso de água que era necessário, eu não sei...

Sr. Paulo Antônio Azeredo – Engenheiro Agrônomo: É, talvez...

Sra. Vera – Participante: Dar esse montante... 1545

Sr. Paulo Antônio Azeredo – Engenheiro Agrônomo: Talvez eu não estivesse naquele

momento, infelizmente...

Sra. Vera – Participante: Não, não estava...

Sr. Paulo Antônio Azeredo – Engenheiro Agrônomo: Eu não estava presente, mas até

me chamaram aqui por causa disso, e eu posso te garantir que o campo de golfe não, não 1550

tem essa demanda de água toda e até mesmo porque se precisar ficar um mês sem

molhar, ele fica e o jogo continua, tá bom?

Sra. Vera – Participante: Uma, uma outra pergunta é batendo mais ou menos com o que

já foi dito, se refere à AMPLA, se refere à Águas do Imperador, e à AMPLA tanto com

água como esgoto. 1555

Não existe esgoto na área de Secretário. O condomínio vai ter esgoto. A água, a AMPLA,

a Águas do Imperador não abastece Secretário inteiro, Fagundes não tem água, é água

de poço, os condomínios lá de cima não tem água, é água de poço, então não tem água

para Secretário inteiro.

E a AMPLA volta e meia não pode ter uma chuva que a gente fica sem luz, então também 1560

não temos uma condição de luz excelente.

Como o empreendimento pode ter garantia de que vai ter água, esgoto e luz e o resto de

Secretário não vai ter a mesma garantia de ter água, esgoto e luz?

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Bom, se vocês quiserem responder aí parcialmente, 1565

primeiro a Águas do Imperador. Você já fez o esclarecimento, mas é bom reforçar aqui

para a Vera.

Sr. Fabiano Sutter – Representante Águas do Imperador: A primeira pergunta se

refere à questão do abastecimento como um todo em Secretário.

Sra. Vera – Participante: Água e esgoto para vocês, água e esgoto. 1570

Sr. Fabiano Sutter – Representante Águas do Imperador: Em relação à água, eu não

sei te dizer agora dentro do, do, do Plano Diretor da, da empresa, quais as fases de

abastecimento.

Em relação ao empreendimento, o que a gente tem que deixar claro, que em função dele

não haverá prejuízo quanto ao abastecimento. 1575

Sra. Vera – Participante: Tá, mas hoje não tem água para Fagundes, não tem água para

os condomínios. Como é que vai ter água para o empreendimento e vai continuar

Fagundes e os condomínios sem água da Águas do Imperador?

Sr. Fabiano Sutter – Representante Águas do Imperador: Mas é como eu estou te

dizendo, não tenho os dados agora em mãos em relação aos outros, às outras, aos outros 1580

locais. Entre eles Fagundes, em relação às outras regiões...

Sra. Vera – Participante: Esgoto ninguém tem.

Sr. Fabiano Sutter – Representante Águas do Imperador: Em relação a esgoto, nós

teremos o tratamento na unidade, questão de tratamento hoje uma técnica muito

consagrada, questão de lodo ativado, em modulares, em unidades modulares que são 1585

colocadas em função da demanda, quinze, vinte, vinte e cinco litros por segundo.

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Tá ok, obrigado.

Sr. Carlos Abenza – Plarcon Engenharia: Deixa eu só, deixa eu só completar, dentro do

empreendimento a Águas do Imperador não vai construir, quem vai construir é o 1590

empreendimento...

Sra. Vera – Participante: Não, eu sei...

Sr. Carlos Abenza – Plarcon Engenharia: O empreendimento vai construir, vai

construir...

Sra. Vera – Participante: Vai ter que sair do empreendimento para ser, para ser levada... 1595

Sr. Carlos Abenza – Plarcon Engenharia: Não, a Águas do Imperador não tem condição

de atender, de fazer isso. Ele obriga que o empreendimento faça toda a rede para que ele

possa operar. É diferente numa rede pública qualquer.

Sra. Vera – Participante: A rede até o destino final?

Sr. Carlos Abenza – Plarcon Engenharia: Mas vamos ser obrigados... Ahn? 1600

Sra. Vera – Participante: Até o destino final?

Sr. Carlos Abenza – Plarcon Engenharia: Até o destino final...

Sra. Vera – Participante: Vocês é que vão executar tudo?

Sr. Carlos Abenza – Plarcon Engenharia: Inclusive as estações de tratamento, que a

gente está falando, nós vamos fazer de acordo com o projeto, o projeto que vai ser 1605

aprovado pela concessionária.

E aí nos vamos, nós somos obrigados a bancar a construção que vai virar inclusive

pública. A construtora vai fazer, eles vão operar, e é uma concessionária pública. Ao fim

da concessão, todo investimento de concessionária pública ela passa para o poder

público que pode operar diretamente ou fazer uma nova concessão. 1610

Então isso é o que vai ser feito tá? E a adução para chegar a água lá vai também

beneficiar quem tiver no meio do caminho, vai aumentar, vai aumentar a vazão, vai com

isso diminuir as perdas, vai aumentar o volume de água para quem está no meio do

caminho, desde a captação até a entrada das fazendas, todo mundo vai ser beneficiado,

quem estiver nesse caminho. E nós é que vamos ter que bancar isso. 1615

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Obrigado Abenza. Acho que foi importante esse

esclarecimento de que compete à empresa a execução de toda a obra de infraestrutura, e

no caso, conforme projeto a ser aprovado pela, pela Águas do Imperador, e só na parte

da operação que eles entrariam, é isso? 1620

Então só para finalizar agora, o pessoal da AMPLA para responder essa pergunta da Vera

também, essa manifestação.

Sr. Sérgio Carvalho – Representante AMPLA: Bom, como eu mencionei, o

empreendimento ele, a apresentação do projeto, avaliação e aprovação vai ser, é similar

ao que acontece com qualquer outra concessionária. 1625

E como eu expliquei, a conexão do empreendimento desse tipo de porte, desse, desse

porte ele não se dá em rede de distribuição convencional.

Em relação, ou seja, então não haverá interferência do empreendimento em relação aos

outros locais...

Sra. Vera – Participante: Não, eu não falei da interferência, eu falei do empreendimento 1630

ter luz de melhor qualidade que o resto de Secretário.

Sr. Sérgio Carvalho – Representante AMPLA: É, veja bem, a questão de ter melhor

qualidade é em função do tipo de conexão que se faz. Havendo uma conexão numa linha

de transmissão, obviamente que as interferências são de muito menos adversas.

Então são torres maiores, altura condutor-solo muito maior, existe faixa de servidão em 1635

que nós mantemos a limpeza dessa faixa de transmissão, coisas do gênero.

Muito bem, em relação à região de Secretário, as áreas residenciais, e etc, nós somos

conhecedores da, da, bem da região. A gente sabe que as interferências aqui na região

por questões de queda de árvore, queimada como ocorreu agora, tivemos quedas de

muitos postes, a questão de abalroamento em poste como eu já sinalizei, e até os 1640

critérios ambientais porque a gente não pode, a AMPLA enquanto concessionária ela não

faz supressão, ela faz poda.

A gente tem um plano de manutenção e um plano de investimento anual, então a gente

está mantendo isso como foi feito ao longo de toda Estrada de Secretário, tanto que eu,

eu sinalizei que os condutores, se a gente for observar, da Subestação de Itaipava até 1645

aqui ao final, todo condutor na linha principal já é isolado, e assim semi-isolado, assim

como algumas vicinais.

Então a gente continua com um plano de investimento ligado à rede de residencial, a rede

de distribuição convencional que nós já temos.

Como eu sinalizei, temos essas questões que vamos buscando através da engenharia, 1650

utilização de tecnologia para minimizar isso através de equipamentos telecomandados,

por exemplo, e que a gente tem um plano de investimento previsto para 2015.

Mas isso não está vinculado ao empreendimento, isso tem que deixar claro, isso é dentro

do plano de investimento da concessionária regulada quanto aos aspectos de distribuição

de energia. A conexão com o empreendimento é uma outra questão. 1655

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Tá ok, obrigado Sérgio pelos esclarecimentos.

Sra. Vera – Participante: Só uma, só uma finalização.

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Por favor. 1660

Sra. Vera – Participante: Tá, isso é, seria mais, assim, não é bem uma pergunta, é uma

citação. Quando termina a conclusão do trabalho, o empreendedor indica que se não for

aprovado o, esse empreendimento, as áreas vão ficar degradadas, as voçorocas vão

continuar, e a degradação do ambiente. Isso não existe, porque se a legislação fosse

aplicada, as voçorocas, as áreas de margem de rio, de nascentes, teriam que estar 1665

obrigatoriamente recuperadas e o código aplicado.

Então isso não é uma determinação, porque se um empreendimento não acontecer, a

área vai se deteriorar porque não vai, porque a legislação vai ser aplicada.

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Tá ok Vera, obrigado, fica registrado essa 1670

manifestação em relação à conclusão, quanto a não implantação do empreendimento.

A Elizabete Pinto quer fazer o uso da palavra também e ela fala sobre a capacitação

profissional para os jovens de Secretário e o que será oferecido como e a contrapartida

para melhorias às escolas.

Elizabete, por favor. 1675

Sra. Elizabete Pinto – Participante: Bem, eu acho que todos nós aqui temos uma série

de expectativas com relação a esse projeto, mesmo porque, como já foi dito aqui, a gente

vê que o serviço, que o, o problema é a prestação de serviço público: é água, é luz, é lixo,

que tudo isso funciona de forma muito precária.

Mas eu queria, não sei se ingenuamente, ou o quê, eu gostaria de saber se, se esse 1680

empreendimento pode oferecer alguma coisa já para Secretário.

Nós temos escolas em estado precário de funcionamento, que eu acho que o, o

empreendimento podia de uma forma simpática oferecer a melhoria de escolas em

Secretário.

Segundo. A capacitação profissional dos nossos jovens. Nós vemos muitos jovens aqui 1685

em Secretário realmente sem expectativa de vida. Quando eles chegam com catorze

anos a gente vê eles aí pelas esquinas e, enfim, o sistema é esse que poderia nos ser

muito útil, só funciona em Petrópolis, então torna impraticável eles irem para Petrópolis

todo dia ou o que for.

Então nós gostaríamos de saber se o empreendimento pode oferecer contrapartida real 1690

para Secretário a curto prazo com a melhoria das escolas e trazendo a capacitação

profissional para Secretário, dirigida aos nossos jovens e muitos adultos que gostariam de

aprender uma profissão.

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: É, Elizabete, antes da empresa responder, na 1695

verdade você está fazendo um apelo em termos de aplicações e medidas socioambientais

no caso das escolas.

O quê que acontece? O licenciamento de empreendimentos desse porte, você existe,

existe a lei de Sistema Nacional de Unidades de Conservação que prevê que 0,5% do

valor desse empreendimento ele tem que ser destinado à compensação ambiental. 1700

Infelizmente dentro desse trabalho do que diz o SNUC, que é o Sistema Nacional de

Unidades de Conservação, esse valor ele não pode ser, ele só pode ser aplicado em

unidades de conservação, unidades de conservação de proteção integral.

O que o INEA e a CECA tem feito são, normalmente funciona isso como um apelo que

você faz, só que o INEA e a CECA eles tem como também exigir uma contrapartida 1705

socioambiental em função das características do local onde o empreendimento vai ser

implantado.

Então só antes que a empresa responda se ela já vai propor alguma coisa, fica registrada

a sua manifestação aqui que vai ser considerada pelo grupo de trabalho do INEA em

relação a pleitear e determinar que alguma verba seja destinada a esse tipo de aplicação 1710

e nesses investimentos que você está falando.

Mas acho que a empresa pode se pronunciar quanto a isso.

Sr. Carlos Abenza – Plarcon Engenharia: Olha só, com certeza a gente reitera isso

mesmo, os investimentos vão, vão, esse empreendimento com certeza vai ter a exigência

de contrapartida socioambiental e óbvio que vai ser utilizada prioritariamente nessas 1715

áreas.

A própria fazenda inclusive já houve a doação de uma área para escola que, que, e aí a

construção da escola que está aqui na Estrada da Rocinha, e a professora está até aqui,

foi construída pela, pela, pelos proprietários da fazenda.

E com relação ao sistema S que você estava falando, é claro que a gente quer, a ideia é 1720

proporcionar essa, essa capacitação aqui, claro.

Por isso que eu até falei na minha fala, a ideia é se fazer um, um espaço físico onde

possam vir os, os instrutores, faz a capacitação aqui, não necessariamente você vai

capacitar só aqueles que vão, vai capacitar uma turma de trinta garçons, por exemplo,

não necessariamente os trinta vão trabalhar nesse hotel, eles podem trabalhar em outros 1725

lugares, vai, vai capacitar para trabalhar inclusive fora de, do hotel, vai poder trabalhar em

outros locais.

Então a ideia é fazer exatamente isso, é criar um espaço físico onde possa se trabalhar

na capacitação, que pode ser aí sim também várias parcerias com a prefeitura para outros

projetos, não só de capacitação de mão de obra, educação, cultura, arte, e outras coisas 1730

qualquer. Vai ser um espaço de uso público.

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Tá ok, muito obrigado pela participação. Beatriz, só

fazendo uma correção Beatriz, alô, é em relação ao prazo de validade da licença prévia,

fui corrigido aqui pela colega, que ela lembrou que saiu uma legislação nova do SLAM, 1735

que é o Sistema de Licenciamento Ambiental, a Lei 44820, que ela prevê até quatro anos

o prazo de validade da licença prévia. Antes eram três, agora quatro.

Bom, o último inscrito é o Carlos Mariz, ele quer também fazer o uso da palavra, não

adiantou, por favor, Carlos.

Sr. Carlos Mariz – Participante: Bom, boa noite, meu nome é Carlos Mariz, eu faço parte 1740

do Petrópolis Convention Bureau, e nós do Petrópolis Convention Bureau estamos

almejando que esse empreendimento traga um movimento turístico para a região.

Petrópolis, como todos nós sabemos, é uma cidade realmente turística e um

empreendimento como esse de golfe, que da grandiosidade do projeto que é e que

poderá trazer eventos de campeonatos de golfe aqui para a região, eu estou, eu 1745

particularmente, representando o Convention, estamos olhando nesse lado de turismo, tá,

e logicamente eu estou já há vinte anos em Itaipava.

Quando eu vim para Itaipava, Itaipava não tinha praticamente nada, eu fui o primeiro, eu

sou hoteleiro, o primeiro hotel na região, então quer dizer, que hoje nós temos uma

infinidade de hotéis, vários empreendimentos, cresceu muito Itaipava, e isso daí que eu 1750

almejo, que Secretário chegue a Itaipava, quer dizer, eu acho que a tendência é como no

Rio de Janeiro, tem Copacabana, Ipanema, Leblon, Barra, está Recreio e daqui a pouco

está Santa Cruz e não sei o quê.

Eu acho que a ideia daqui da região é a mesma, é Petrópolis primeiro distrito, vem para

os outros distritos, Itaipava, vem Corrêas, Nogueira, Corrêas já teve isso uma época, 1755

Nogueira teve sua época, hoje é Petrópolis, e por que não amanhã Secretário ser uma

Itaipava que é falada, que é comentada como um local de, de turismo, e nós temos, além

disso, o turismo, além do turismo de turista mesmo, que ocupa a rede hoteleira, tem o

turismo de final de semana, o turismo de compras.

Enfim, eu acho que é válido para todos nós. Muito obrigado. 1760

(Palmas)

Sr. Maurício Couto César Júnior – Engenheiro Civil e Sanitarista e Representante da

Secretaria de Estado do Ambiente: Bom, obrigado Carlos pela manifestação. É,

gostaria de informar então que todas as perguntas foram encaminhadas à mesa foram

respondidas, nós ainda aguardaremos pelo prazo de dez dias as manifestações que 1765

podem ser encaminhadas à CECA na Avenida Venezuela, número cento e dez no quinto

andar, ou ao INEA na Rua Sacadura Cabral, número cento e três na central de

atendimento esse endereço, temos endereço eletrônico também, eles estão citados no

folheto atrás.

Eu queria agradecer a participação de todos e declarar encerrada a Audiência Pública. 1770

Muito obrigado e boa noite a todos.

(Palmas)