AULA 01 - Antropologia Empresarial

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ESCOLA TCNICA JOS CSAR DE MESQUITA Mantenedora: Sindicato dos Metalrgicos de P. A - STIMMMEPA Reconhecimento: Portaria 06498 40/ 02/ 81 SE D. O 13/ 02/ 81 Av. do Forte, 77 Bairro Cristo Redentor Porto Alegre RS CEP 91.360-000 -Tel.(Fax) 3340.3110

Organizao e Normas I Antropologia Empresarial

Desde as pocas mais remotas, o homem buscou a sua sobrevivncia por intermdio da organizao de comunidades com o objetivo de conseguir maior eficincia e mximo bem-estar com o mnimo de esforo. Sendo assim podemos dizer que o homem um ser social que dificilmente consegue viver sozinho ou isolado, utilizando-se de sua inteligncia o grupo pode mais facilmente vencer os desafios da natureza e se desenvolver. A coordenao de ciclos produtivos, composta da organizao das etapas de trabalho e da atribuio de funes (diviso de trabalho) j era registrada nas antigas civilizaes. Na Idade Mdia existiram as associaes de classes profissionais que se desenvolveram em corporaes constitudas por artfices e mercadores. Os mercadores realizavam, basicamente, o controle sobre o mercado, o monoplio do comrcio, procediam impondo limites para os comerciantes estrangeiros e limitavam os preos das mercadorias. As corporaes de artfices eram formadas por profissionais de um mesmo ofcio (padeiros, teceles, sapateiros, entre outros) e estruturadas hierarquicamente (mestres, companheiros e aprendizes) obedecendo-se o critrio da experincia de cada um. Os mestres eram a nobreza e responsveis pelo ensinamento dos aprendizes. Os companheiros eram artfices j experientes que recebiam salrio, j os aprendizes trabalhavam seguindo as instrues dos mestres e no recebiam remunerao, apenas alojamento, alimentao e vesturio. A teoria econmica da ultima fase da Idade Mdia condenava qualquer ganho superior (somente os custos de matria-prima e mo-de-obra) e era orientada para o preo justo: a oferta de mercadorias e servios tinha por objetivo tornar a sociedade mais segura e confortvel, nenhum comerciante tinha o direito de vender uma mercadoria muito acima de seu valor e possuir uma quantidade de bens maior do que suas necessidades bsicas. A Revoluo Industrial foi, basicamente, constituda pela substituio das ferramentas pelas mquinas, da fora humana/animal pela fora motriz e pelo modo de produo artesanal pelo sistema industrial. A Revoluo Industrial teve incio na Inglaterra no sculo XVIII com a inveno da mquina a vapor, por James Watt, em 1776 provocando uma enorme industrializao estendida para a Europa e Estados Unidos. Tal revoluo dividida em duas etapas bem distintas: Aquela que vai de 1780 at 1860, denominada 1 Revoluo Industrial ou mesmo Revoluo do carvo e do ferro. Fatos relevantes deste perodo: Transformao de pequenas oficinas de artesanato em fbricas; Mecanizao da indstria e da agricultura; Transformao do antigo arteso domstico para operrio de fbrica e antiga oficina da lugar fbrica e usina;

Prof. Rodrigo Castro Organizao e Normas

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ESCOLA TCNICA JOS CSAR DE MESQUITA Mantenedora: Sindicato dos Metalrgicos de P. A - STIMMMEPA Reconhecimento: Portaria 06498 40/ 02/ 81 SE D. O 13/ 02/ 81 Av. do Forte, 77 Bairro Cristo Redentor Porto Alegre RS CEP 91.360-000 -Tel.(Fax) 3340.3110

Revoluo nos meios de transporte e comunicao: surgimento da navegao a vapor, locomotiva a vapor, telgrafo e telefone.

Compreende o perodo de 1860 at 1914, tambm chamada de 2 Revoluo Industrial ou Revoluo do ao, eletricidade e do petrleo. As mquinas automticas e a especializao dos operrios so marcantes neste perodo, assim como: Inveno do motor de combusto interna (Daimler, 1873); Intensificao nos meios de transporte: surgimento das estradas de ferro, o automvel, o avio e o rdio; Utilizao dos derivados de petrleo como fonte de energia; Surgimento de novas organizaes capitalistas (capitalismo financeiro).

As transformaes sociais e econmicas neste perodo foram intensas. As diversas conseqncias da Revoluo Industrial podem ser percebidas no desenvolvimento da produo em srie e na evidente diviso do trabalho. A produo deixou de ser realizada no interior das oficinas (trabalho artesanal) e foi levada para as grandes fbricas (por mquinas). Sendo assim, os ofcios tradicionais podiam ser substitudos por operrios (sem qualquer qualificao) utilizados em tarefas semi-automatizadas, repetitivas e com grande simplicidade de controle. Era a separao do capital/meios de produo (instalaes, mquinas e matria-prima) em relao ao trabalho: os trabalhadores (antigos artfices) se tornam assalariados dos capitalistas (donos do capital). Inicia-se a partir da o processo de alienao do trabalho. Realizando operaes parciais sucessivas, os trabalhadores desconheciam (ou ainda desconhecem) as demais operaes e o sistema produtivo como um todo, com isso, no h mais sensao de contribuir com o bem estar da sua comunidade. Por outro lado, os empresrios tinham como principal preocupao da poca os aspectos mecnicos das mquinas e tecnolgicos da produo, dando nfase exclusiva para a produtividade. Aps este perodo o mundo j no era mais o mesmo. Com o crescimento das organizaes, em tamanho e complexidade, a necessidade de uma Administrao Cientfica que fosse capaz de substituir a improvisao e o empirismo que provocava enormes perdas e desperdcios. Referncias Bibliogrficas: CHIAVENATO, Idalberto. Iniciao Administrao Geral. / Idalberto Chiavenato. 3. Ed. revisada e atualizada. Barueri: Manole, 2009. BONOME, Joo Batista Vieira. Princpios de Administrao. / Joo Batista Vieira Bonome. Curitiba: IESDE Brasil S.A. , 2009. HEMRITAS, Ademar Batista. Organizao e normas / Ademar Batista Hemritas. 7. Ed. So Paulo: Atlas, 1998.

Prof. Rodrigo Castro Organizao e Normas

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