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AULA 01 ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO PARA MPU – Teoria e Exercícios Professor: HENRIQUE CAMPOLINA Prof. Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá, Futuro Servidor Concursado do MPU! É com grande satisfação que o recebo para, juntos, percorremos todo conteúdo programático de nosso Curso sobre Ética no Serviço Público para o cargo de Técnico do MPU – Teoria e Exercícios. Lembrem-se, visando auxiliar a memorização do texto legal 1 , sempre que eu for transcrever um trecho de norma: Todos os artigos estarão negritados, neste tipo de formatação, visando facilitar suas localizações para leituras e consultas durante possíveis futuras revisões rápidas da matéria. Em virtude de tal formatação, eliminaremos, inclusive, as aspas que sinalizam a transcrição ipsis litteris 2 do texto. Quaisquer dúvidas sobre a matéria ou sobre algum exercício, cujas explicações e comentários não ficaram muito claros para você, não deixe de entrar no Fórum deste curso e inserir seu questionamento. Este é o local correto para os esclarecimentos de dúvidas e questões das matérias abordadas. 1 “Texto legal”: é uma expressão usualmente utilizada para referir-se a um texto extraído de alguma legislação (leis, decretos, portarias, medidas provisórias, etc.) 2 Ipsis litteris expressão latina que significa transcrição literal do texto, mesmas palavras e letras.

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Olá, Futuro Servidor Concursado do MPU!

É com grande satisfação que o recebo para, juntos, percorremos todo

conteúdo programático de nosso Curso sobre Ética no Serviço Público para

o cargo de Técnico do MPU – Teoria e Exercícios.

Lembrem-se, visando auxiliar a memorização do texto legal1, sempre que eu

for transcrever um trecho de norma:

Todos os artigos estarão negritados, neste tipo de formatação, visando facilitar suas localizações para leituras e consultas durante possíveis futuras revisões rápidas da matéria. Em virtude de tal formatação, eliminaremos, inclusive, as aspas que sinalizam a transcrição ipsis litteris2 do texto.

Quaisquer dúvidas sobre a matéria ou sobre algum exercício, cujas explicações

e comentários não ficaram muito claros para você, não deixe de entrar no

Fórum deste curso e inserir seu questionamento. Este é o local correto para os

esclarecimentos de dúvidas e questões das matérias abordadas. 1 “Texto legal”: é uma expressão usualmente utilizada para referir-se a um texto extraído de alguma legislação (leis, decretos, portarias, medidas provisórias, etc.) 2 Ipsis litteris expressão latina que significa transcrição literal do texto, mesmas palavras e letras.

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Vamos estudar nesta aula a parte teórica do Decreto nº 1.171/1994 – Código

de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.

Bom curso para todos nós !!!

Críticas e sugestões poderão ser enviadas para: [email protected]

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Abril/2013

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1. Ética no Serviço Público

1.1. Decreto nº 1.171/1994

O Decreto Federal nº 1.171, de 22 de junho de 1994, que “aprova o Código de

Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal”3, é

revestido das seguintes legalidades:

Art. 84 da CF/1988 – Competência Legislativa do Presidente da República: Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: [...] IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; [...] VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

Motivações/”Provocações” legais para edição da norma:

� Art. 37 da CF/1988 (A administração pública direta e indireta de qualquer

dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,

publicidade e eficiência e ...);

� Artigo 116 da Lei 8.112/90: Deveres dos Servidores Públicos Civis da União;

� Artigo 117 da Lei 8.112/90: Proibições aos Servidores Púb. Civis da União;

� Artigo 10 da Lei 8.429/92: Dos Atos de Improbidade Administrativa que

Causam Prejuízo ao Erário;

� Artigo 11 da Lei 8.429/92: Dos Atos de Improbidade Administrativa que

Atentam Contra os Princípios da Administração Pública;

� Artigo 12 da Lei 8.429/92: Das Penas

Os artigos do Decreto 1.171/1994 estão relacionados à técnica legislativa para

trazer, em seu Anexo I, o mencionado Código de Ética.

Confiram:

3 Ementa do Decreto nº 1.171/1994

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Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, que com este baixa. Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta implementarão, em sessenta dias, as providências necessárias à plena vigência do Código de Ética, inclusive mediante a Constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente. Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será comunicada à Secretaria da Administração Federal da Presidência da República, com a indicação dos respectivos membros titulares e suplentes. Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

O que devemos memorizar nestes dispositivos, é a destinação do Código de

Ética: os órgãos e entidades da Administração Pública Federal.

Assim como o Regime Jurídico Único contido na Lei nº 8.112/1990, o Código

de Ética promulgado com o Decreto 1.171/1994 destina-se aos Servidores

Públicos Civis do Poder Executivo Federal.

E percebam, ainda, que o Decreto determina que os órgãos e entidades da

Administração Pública Federal direta e indireta:

� Implementem, em 60 dias, as providências necessárias à plena vigência

do Código de Ética;

� Constituem suas respectivas Comissões de Ética, que deverão ser

integradas por 3 servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou

emprego permanente.

Antes de iniciarmos nossos estudos sobre ética, é importante trazermos alguns

conceitos de termos muito ligados e utilizados para tratar deste assunto.

Só para se ter uma ideia, a Seção I do Capítulo I do Código de Ética destina-se

às “Regras Deontológicas”.

Vamos trazer definições de alguns destes termos, utilizando o Dicionário Online

Michaelis4. Comecemos, é claro, com: 4 Fonte: www.michaelis.uol.com.br

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Ética:

1. Parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da

conduta humana. É ciência normativa que serve de base à filosofia prática.

2. Deontologia.

Mas o que é deontologia, que aparece no verbete de ‘Ética’. Vamos lá:

Deontologia:

Parte da Filosofia que trata dos princípios, fundamentos e sistemas de moral;

estudo dos deveres. (“Teoria dos Deveres”)

Deontologia Jurídica5:

Ciência que cuida dos deveres e dos direitos dos operadores do direito, bem

como de seus fundamentos éticos e legais. “Ciência dos Deveres”.

Moral:

Parte da Filosofia que trata dos atos humanos, dos bons costumes e dos

deveres do homem em sociedade e perante os de sua classe. 2. Relativo à

moralidade, aos bons costumes.

Moral pública:

Designativo dos preceitos gerais de moral que devem ser observados por todos

os membros da sociedade.

Ética social:

Parte prática da filosofia social, que indica as normas a que devem ajustar-se

as relações entre os diversos membros da sociedade.

Ética no Trabalho:

Conjunto de princípios morais que se devem observar no exercício de uma

profissão.

Podemos concluir, a partir destes conceitos que:

Ética no Serviço Público:

É a moral e os princípios ideais da conduta humana aplicados no ambiente das

repartições públicas.

5 Esta definição, ao contrário das demais, foi retirada do sítio do Wikipédia: pt.wikipedia.org

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1.2. Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder

Executivo Federal

Vocês verão que os regramentos aqui positivados estão relacionados com os

deveres e proibições referentes às condutas dos servidores públicos civis

federais, que também são encontrados no Regime Jurídico Único (Lei nº

8.112/1990).

Das Regras Deontológicas

I – A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.

Novos conceitos na norma, novas definições em nossa aula6:

Dignidade:

Modo de proceder que infunde respeito; elevação ou grandeza moral; honra;

respeitabilidade.

Decoro:

Dignidade moral, honradez, nobreza; respeito de si mesmo e dos outros;

acatamento, decência; conformidade do estilo com o assunto.

Zelo:

Desvelo, cuidado, diligência, vigilância.

Voltando ao inciso I, podemos notar que se trata, praticamente, de uma

premissão geral, uma vez que todo o presente Código de Ética está, de alguma

forma, embasado e fundamentado nas disposições ali colocadas.

Se resgatarmos as disposições do Regime Jurídico Único dos Servidores

Públicos Civis da União, Lei nº 8.112/1990, encontramos no primeiro inciso do

art. 116, que trata dos deveres do servidor:

6 Dicionário Online Michaelis

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Art. 116. São deveres do servidor: I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;

II – O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.

Percebam que os servidores, além de decidir, sob a ótica da ética, entre legal e

ilegal, justo e injusto, conveniente e inconveniente, oportuno e inoportuno,

deverão, sempre, direcionar suas decisões em prol da honestidade.

No final do inciso, o Código faz remissão à nossa Magna Carta e, por mais que

saibamos o conteúdo do famoso caput do art. 37, precisamos aproveitar o

momento para termos novo contato com o texto legal e refrescarmos a

memória com os conceitos dos princípios constitucionais ali presentes: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...] § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

Vamos passar agora à recapitulação dos princípios constituintes do famigerado

L.I.M.P.E (Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência):

� Princípio da Legalidade: Este outro princípio constitucional é uma

condição fundamental à estrutura do Estado de Direito, isto é, a

obrigatoriedade que a Administração Pública deve obedecer à Lei:

“ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão

em virtude de lei”7;

� Princípio da Impessoalidade: Este princípio, também constitucional,

exige que a Administração Pública deva proceder de maneira impessoal,

sem qualquer marca do administrador, pois seus atos são praticados pela

Administração a que ele pertence e não por ele próprio. Uma definição

7 Inciso II do artigo 5º da Constituição Federal de 1988

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simples e fácil de memorizar é trazida pela Profa. Cármen Lúcia Antunes

Rocha, confiram: “De um lado, o princípio da impessoalidade traz o

sentido de ausência do rosto do administrador; de outro, significa a

ausência de nome do administrado”8;

� Princípio da Moralidade: O princípio da moralidade está relacionado a

uma administração “honesta”, isto é, um gerenciamento do dinheiro e do

patrimônio públicos embasado nos valores éticos e morais da sociedade,

nos bons costumes, na equidade9 e na justiça;

� Princípio da Publicidade: O “P” do “LIMPE” obriga o agente público a

publicar seus atos, visando o conhecimento e controle por parte da

sociedade;

� Princípio da eficiência: Este princípio, que foi expressamente inserido

em nossa Lei Maior10 pela Emenda Constitucional nº 19/1998 (antes

desta emenda, o famoso “LIMPE” se resumia a “LIMP”), pode ser

abordado como o principal norteador das condutas dos agentes públicos

e vem sendo adotado para quebrar antigas e ineficazes rotinas e

infrutíferas burocracias dos diversos órgãos da Administração Pública

Brasileira. A sociedade exige eficiência da Administração, ou seja, exige

que seus atos sejam praticados com presteza, rendimento funcional e

perfeição.

III – A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.

Aqui o Código reveste o Princípio da Moralidade com a finalidade dos atos e da

conduta dos servidores que compõem a Administração Pública. Quem busca o

bem comum é a Administração Pública, por intermédio de seus agentes.

Percebam como o inciso forma um tripé, que possui em suas 3 pontas:

Princípios da Legalidade, da Moralidade e da Finalidade.

8 Rocha, Cármen Lúcia Antunes. O Princípio Constitucional da Igualdade. Belo Horizonte: Lê, 1991, p.85 9 Equidade: Justiça natural. Disposição para reconhecer imparcialmente o direito de cada qual. Igualdade, justiça, retidão. (fonte: Dicionário Online Michaelis UOL) 10 Lei Maior e Carta Magna são expressões utilizadas que se referem à Constituição Federal

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IV – A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como conseqüência, em fator de legalidade.

Reforçando o citado tripé, o inciso IV o utiliza para demonstrar aos servidores

públicos o dever que possuem na correta aplicação do orçamento público, por

meio de condutas morais, éticas, legais e honestas.

V – O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.

Costumo dizer que este inciso tem mais caráter motivacional do que

regulamentador. Mas, é claro, que deve ser observado pelos servidores

públicos.

VI – A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

Aqui o Código extrapola os limites físicos das repartições públicos e busca

mostrar aos servidores que, por mais que esteja vivendo em sua esfera

privada, sua conduta poderá influenciar e interferir, positiva ou negativamente,

seu conceito na esfera funcional.

VII – Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.

O inciso VII reforça a total abrangência do princípio constitucional da

publicidade, ressalvando, é claro, os casos onde tal divulgação dos atos da

administração poderão comprometer interesses estatais maiores (manutenção

da segurança nacional e eficácia das investigações policiais, dentre outros).

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Sabemos que não há necessidade de nenhuma norma infraconstitucional

reforçar o que nossa Lei Maior determina, mas neste ponto, o legislador quis

externar o revestimento de moralidade a tal publicidade, sob pena, na

omissão, de comprometimento ético dos atos praticados contra o bem comum.

VIII – Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.

Vejam quantas disposições foram compiladas neste inciso VIII:

� Direito à verdade assegurado a todos;

� Condutas proibidas ao servidor, relacionadas ao direito à verdade:

� Omitir a verdade,

� Falsear a verdade;

� Orientação visando banir os hábitos nocivos:

� Do erro,

� Da opressão e

� Da mentira.

Percebam, ainda, a importante do direito à verdade, que não pode ser

contrariado nem em favor de interesses da própria Administração Pública. É

claro, como não poderia deixar de ser, este dispositivo não é absoluto. Afinal,

acabamos de estudar casos onde deve haver um sigilo em prol de direitos

superiores, como, por exemplo, a segurança nacional.

Resgatando disposições da Lei 8.112/1990, também encontramos correlação

com este inciso:

Art. 116. São deveres do servidor: [...] V - atender com presteza: a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;

Por fim, o inciso faz menção à dignidade humana. Vamos, então, relembrar a

posição em nosso ordenamento jurídico deste importante elemento:

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Dignidade humana: Um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito

Brasileiro, conforme art. 1º de nossa CF/1988. Relembrem todo dispositivo

constitucional: Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. (grifos meus)

IX – A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los.

Podemos dizer que o inciso IX guarda correlação com o art. 116 VII da Lei

8.112/1990, confiram comigo:

Art. 116. São deveres do servidor: [...] VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;

E, por fim, gostaria que todos guardassem este “recado” trazido pelo inciso IX:

Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou

indiretamente significa causar-lhe dano moral.

X – Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.

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Novamente o Código “lembra” aos servidores a necessidade de atendimento

com presteza, devendo as decisões, soluções e providências, constantes em

suas competências, serem tomadas o mais célere possível.

O Código caracteriza outra situação de dano moral. Memorizem:

Atrasos na prestação dos serviços públicos, em qualquer

espécie (incluindo formação de longas filas), além de

caracterizarem atitudes contra a ética ou atos de

desumanidade, caracterizam grave dano moral a seus

usuários.

XI – O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública.

Olha o Código praticamente trazendo releitura de outro dispositivo da Lei

8.112/1990! Agora estamos falando, propriamente dito, do inciso IV, mas

podemos, também, correlacionarmos com o II e III. Vejam:

Art. 116. São deveres do servidor: [...] II - ser leal às instituições a que servir; III - observar as normas legais e regulamentares; IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;

Aqui, o Código caracteriza um dos tipos de culpa: a imprudência. Confiram:

IMPRUDÊNCIA NO DESEMPENHO DA FUNÇÃO

PÚBLICA

Repetidos erros, descaso e acúmulo de desvios podem

caracterizar, até mesmo, imprudência no desempenho da

função pública.

XII – Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.

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Ao estudarmos o citado Regime Jurídico Único, encontraremos nos artigos 116

e 117: Art. 116. São deveres do servidor: [...] X - ser assíduo e pontual ao serviço; Art. 117. Ao servidor é proibido: I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;

Além destes dever e proibição, o Código lembra o fator de desmoralização da

imagem da Administração Pública, tão desgastada ao longo da história

brasileira, decorrente, muitas vezes, de condutas aqui recriminadas (lembram

a figura da “cadeira do servidor público com um paletó”? E cadê o

funcionário?).

XIII – O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação.

O Código finaliza a seção “Das Regras Deontológicas” com um dispositivo

positivo, isto é, ao invés de dizer o que é vedado ou não recomendável, o

inciso XIII descreve a postura que o servidor público deve adotar no cotidiano

de suas funções.

Dos Principais Deveres do Servidor Público

XIV – São deveres fundamentais do servidor público:

Para tornar nossa aula mais dinâmica, evitando longas e extensas transcrições

de textos legais, vamos transcrever, num quadro-resumo, as alíneas deste

inciso XIV, que trazem os deveres fundamentais do servidor público, de forma

didática, visando facilitar a memorização de todos vocês.

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Em seguida, traremos as observações e comentários que julgamos pertinentes

a este dispositivo do Código de Ética:

PRINCIPAIS DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO

� Desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja titular;

� Exercer suas atribuições com: � Rapidez, � Perfeição e � Rendimento;

� Buscar resolver, prioritariamente, situações procrastinatórias11, principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso;

� Buscar evitar dano moral ao usuário;

� Ser probo12, reto13, leal e justo, demonstrando a integridade de seu caráter;

� Escolhendo, sempre, a melhor e a mais vantajosa opção p/ bem comum;

� Não retardar qualquer prestação de contas (condição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo);

� Tratar cuidadosamente os usuários dos serviços;

� Aperfeiçoar, sempre que possível, a comunicação e contato com o público;

� Saber que seu trabalho é regido por princípios éticos, que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos;

� Ser cortês;

� Ter urbanidade14;

� Ter disponibilidade;

� Ter atenção;

� Respeitar a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público;

� Evitar qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social (evitando, dessa forma, causar-lhes dano moral);

� Ter respeito à hierarquia;

� Representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal, sem qualquer temor;

11 Procrastinação: Ato ou efeito de procrastinar; adiamento, delonga, demora. 12 Probo: De caráter íntegro; honesto, justo, reto. Antônimo: ímprobo, desonesto. 13 Reto: Íntegro, imparcial, equânime (Homem reto); de acordo com a justiça. 14 Urbanidade: Qualidade do que é urbano; delicadeza, cortesia; civilidade, polidez. Antônimo: grosseria.

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PRINCIPAIS DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO

� Resistir a pressões de: � Superiores hierárquicos, � Contratantes, � Interessados e � Outras pessoas que visem obter quaisquer favores, benesses15 ou

vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;

� Zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança coletiva;

� Ser assíduo ao serviço;

� Ser frequente ao serviço;

� Ter consciência que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;

� Comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis;

� Manter limpo o local de trabalho;

� Manter em perfeita ordem o local de trabalho;

� Seguir métodos adequados de organização e distribuição do local de trabalho;

� Participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum;

� Apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função;

� Manter-se atualizado com instruções, normas de serviço e legislação pertinente ao órgão onde exerce suas funções;

� Cumprir suas tarefas conforme normas de serviço e instruções superiores, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem;

� Facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por quem de direito;

� Exercer suas atribuições c/estrita moderação as prerrogativas funcionais;

� Exercer suas atribuições conforme os legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos;

� Abster-se de exercer suas funções e autoridade com finalidade estranha ao interesse público;

� Não cometer qualquer violação expressa à lei;

� Divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento.

15 Benesse: Lucro que não depende de trabalho.

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Percebam que a grande maioria dos deveres, como não poderia deixar de ser,

encontra correlação com os regulamentados no artigo 116 da Lei nº

8.112/1990.

Precisamos que todos vocês memorizem tanto os deveres constantes neste

Código de Ética, quanto naquele Regime Jurídico Único, motivo de mais uma

transcrição literal e integral do texto legal.

Quero muito que todos vocês estejam afiados quanto aos deveres e proibições

dos servidores públicos civis da União (daqui a pouco traremos o art. 117):

Título IV - Do Regime Disciplinar Capítulo I - Dos Deveres

Art. 116. São deveres do servidor: I. exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; II. ser leal às instituições a que servir; III. observar as normas legais e regulamentares; IV. cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente

ilegais; V. atender com presteza:

a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;

b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;

c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. VI. levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo

ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apuração;

VII. zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;

VIII. guardar sigilo sobre assunto da repartição; IX. manter conduta compatível com a moralidade administrativa; X. ser assíduo e pontual ao serviço; XI. tratar com urbanidade as pessoas; XII. representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.

Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.

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Das Vedações ao Servidor Público

XV – E vedado ao servidor público;

Também quanto às vedações, usaremos a mesma fórmula do inciso anterior:

PRINCIPAIS VEDAÇÕES AO SERVIDOR PÚBLICO

� Usar o cargo ou função, para obter favorecimento, para si ou para outrem;

� Ainda visando tal favorecimento, utilizar-se de facilidades, amizades, tempo, posição e influências;

� Prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam;

� Ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;

� Usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material;

� Deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance para atendimento do seu mister16;

� Deixar de utilizar seu conhecimento para atendimento do seu mister;

� Permitir que um dos sentimentos ou causas abaixo listados interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores: � Perseguições, � Simpatias, � Antipatias, � Caprichos, � Paixões ou � Interesses de ordem pessoal, dentre outros;

� Pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim;

� Alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências;

� Iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos;

� Desviar servidor público para atendimento a interesse particular;

16 Mister: Emprego, ocupação; serviço, trabalho

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PRINCIPAIS VEDAÇÕES AO SERVIDOR PÚBLICO

� Retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público;

� Fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;

� Apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;

� Dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana;

� Exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso.

Alguns pontos merecem destaque nestas proibições:

� Não é por estar fora do serviço que o servidor público está totalmente

desvinculado ao seu Código de Ética. Comprovem isto na releitura da

proibição contida na alínea ‘n’ do inciso XV: n) Apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;

� Em outras oportunidades, na tipificação das proibições, o Código faz

questão de delimitar e separar, objetivamente, as esferas funcional e

privada. Isto ocorre, quando a finalidade dos atos visa algum ganho

particular do servidor ou de outrem. Confiram alguns exemplos desta

intenção do legislador: a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição

e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem;

f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores;

g) Pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim;

j) Desviar servidor público para atendimento a interesse particular; m) Fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito

interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;

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Conforme disse, favor percorrerem, atentamente, os incisos do art. 117 da Lei

8.112/1990 (Proibições), para novo contato com a norma, para constatação da

correlação entre o Regime Jurídico Único e o presente Código de Ética e para

memorização do texto legal:

Título IV - Do Regime Disciplinar Capítulo II - Das Proibições

Art. 117. Ao servidor é proibido: I. ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia

autorização do chefe imediato; II. retirar, sem prévia anuência da autoridade competente,

qualquer documento ou objeto da repartição; III. recusar fé a documentos públicos; IV. opor resistência injustificada ao andamento de documento e

processo ou execução de serviço; V. promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da

repartição; VI. cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos

previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;

VII. coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político;

VIII. manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;

IX. valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;

X. participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;

XI atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

XII. receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;

XIII. aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; XIV. praticar usura sob qualquer de suas formas; XV. proceder de forma desidiosa; XVI. utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em

serviços ou atividades particulares; XVII. cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que

ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; XVIII. exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o

exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; XIX. recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando

solicitado.

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DAS COMISSÕES DE ÉTICA17

XVI – Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura.

Vejam que este exigência normativa é destinada a órgãos e entidades da

Administração Pública Federal:

� Direta,

� Indireta autárquica e fundacional ou

� Qualquer que exerça atribuições delegadas pelo poder público;

Estes entes estatais deverão criar suas Comissões de Ética.

XVIII – À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor público.

As Comissões de Ética terão, entre outras, as seguintes atribuições, já

somadas com as disposições do inciso XVIII ao XVI, encontramos:

� Orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no

tratamento com as pessoas e com o patrimônio público,

� Conhecer concretamente de imputação ou de procedimento susceptível

de censura.

� Fornecer aos organismos encarregados da execução do quadro de

carreira dos servidores os registros sobre sua conduta ética.

Ao analisarmos o Decreto nº 6.029/2007, que “institui Sistema de Gestão da

Ética do Poder Executivo Federal, e dá outras providências”18, traremos outras

disposições acerca destas Comissões de Ética.

17 Os incisos XVII, XIX, XX, XXI, XXIII e XV encontram-se revogados pelo Decreto nº 6.029/2007 18 Ementa do Decreto Federal nº 6.029/2007

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Este Decreto revogou os incisos XVII, XIX, XX, XXI, XXIII e XXV deste Código

de Ética e estabeleceu a forma de composição e as atribuições das Comissões

de Ética.

XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

Censura:

A pena de Censura traz similaridade com a da Advertência, sendo que a

Censura pode ser verbal ou escrita e a segunda, na grande maioria das vezes,

deve ser formalmente registrada por escrito.

Podemos dizer que a censura é uma pena disciplinar, compreendida na

repreensão oficial da conduta do infrator.

XXIV – Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.

Por fim, o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder

Executivo Federal traz a definição de servidor público. Memorizem a extenção

desta definição:

SERVIDOR PÚBLICO PARA O CÓDIGO DE ÉTICA

Todo aquele que, por força de lei, contrato ou de

qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza

permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem

retribuição financeira, desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como

as autarquias, as fundações públicas, as entidades

paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de

economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o

interesse do Estado.

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1.3. Decreto nº 6.029/2007

Apesar de nosso edital não trazer, expressamente, este decreto, vamos trazer

todo o texto legal do Decreto, numa rápida releitura didática, com atenção

especial para os dispositivos que tratam das Comissões de Ética tratadas no

Decreto nº 1.171/1994, por entender que ajudarão em nossa

preparação.

Comecemos com o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal que

foi instituído por esta norma:

SISTEMA DE GESTÃO DA ÉTICA DO PODER EXECUTIVO FEDERAL

Instituição Decreto nº 6.029/2007

Finalidade Promover atividades que dispõem sobre a conduta ética no

âmbito do Executivo Federal

Competências

� Integrar os órgãos, programas e ações relacionadas com a

ética pública;

� Contribuir para a implementação de políticas públicas

tendo a transparência e o acesso à informação como

instrumentos fundamentais para o exercício de gestão da

ética pública;

� Promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a

compatibilização e interação de normas, procedimentos

técnicos e de gestão relativos à ética pública;

� Articular ações com vistas a estabelecer e efetivar

procedimentos de incentivo e incremento ao desempenho

institucional na gestão da ética pública do Estado

brasileiro.

Composição

� Comissão de Ética Pública – CEP (Decreto 26/05/99),

� Comissões de Ética (Decreto nº 1.171/1994) e

� Demais Comissões de Ética e equivalentes nas entidades

e órgãos do Poder Executivo Federal.

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COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA – CEP

Instituição Decreto de 26 de maio de 1999

Vínculo Vinculada ao Presidente da República,

Competências

� Proceder à revisão das normas que dispõem sobre conduta ética

na Administração Pública Federal;

� Elaborar e propor a instituição do Código de Conduta das

Autoridades, no âmbito do Poder Executivo Federal;

� Atuar como instância consultiva do Presidente da República (PR)

e Ministros de Estado em matéria de ética pública;

� Administrar a aplicação do Código de Conduta da Alta

Administração Federal, devendo:

� Submeter ao PR medidas para seu aprimoramento;

� Dirimir dúvidas a respeito de interpretação de suas normas,

deliberando sobre casos omissos;

� Apurar, mediante denúncia, ou de ofício, condutas em

desacordo com as normas nele previstas, quando praticadas

pelas autoridades a ele submetidas;

� Dirimir dúvidas de interpretação sobre as normas do Código de

Ética (Decreto no 1.171/1994);

� Coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema de Gestão da Ética

Pública do Poder Executivo Federal;

� Aprovar o seu regimento interno;

� Escolher o seu Presidente.

Composição

� 7 brasileiros (que preencham os requisitos de idoneidade

moral, reputação ilibada e notória experiência em

administração pública), sem remuneração;

� Designados pelo PR;

� Trabalhos desenvolvidos: prestação de relevante serviço

público;

� Presidente: voto de qualidade nas deliberações da

Comissão;

� Secretaria-Executiva: vinculada à Casa Civil da PR, à qual

competirá prestar o apoio técnico-administrativo aos

trabalhos da Comissão. Mandato dos

componentes � 3 anos não coincidentes, permitida uma única recondução.

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Vamos, agora, trazer os dispositivos deste Decreto que versam sobre as

Comissões de Ética tratadas no Decreto nº 1.171/1994:

COMISSÃO DE ÉTICA

Instituição Decreto nº 1.171/1994

Competências

� Atuar como instância consultiva de dirigentes e servidores no

âmbito de seu respectivo órgão ou entidade;

� Aplicar o Código de Ética (Decreto 1.171/1994), devendo:

� Submeter à Comissão de Ética Pública propostas para seu

aperfeiçoamento;

� Dirimir dúvidas a respeito da interpretação de suas normas e

deliberar sobre casos omissos;

� Apurar, mediante denúncia ou de ofício, conduta em

desacordo com as normas éticas pertinentes; e

� Recomendar, acompanhar e avaliar, no âmbito do órgão ou

entidade a que estiver vinculada, o desenvolvimento de ações

objetivando a disseminação, capacitação e treinamento sobre

as normas de ética e disciplina;

� Representar a respectiva entidade ou órgão na Rede de Ética do

Poder Executivo Federal (art. 9º);

� Supervisionar a observância do Código de Conduta da Alta

Administração Federal e comunicar à CEP situações que possam

configurar descumprimento de suas normas.

Composição

� 3 membros titulares e

� 3 suplentes

� Escolhidos entre servidores e empregados do seu quadro

permanente;

� Trabalhos desenvolvidos: prestação de relevante serviço público

e têm prioridade sobre as atribuições próprias dos cargos dos

seus membros;

� Designados pelo dirigente máximo da respectiva entidade/órgão.

� Secretaria-Executiva:

� Vinculada adm. à instância máxima da entidade ou órgão,

� Para cumprir plano de trabalho por ela aprovado,

� Para prover apoio técnico e material necessário ao

cumprimento das respectivas atribuições.

� Chefiadas por servidor ou empregado do quadro permanente

da entidade/órgão, ocupante de cargo de direção compatível

com sua estrutura, alocado sem aumento de despesas.

Mandatos dos

Componentes � 3 anos não coincidentes

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É dever do titular de entidade ou órgão da Administração Pública Federal,

direta e indireta:

� Assegurar as condições de trabalho para que as Comissões de Ética

cumpram suas funções;

� Conduzir em seu âmbito a avaliação da gestão da ética conforme

processo coordenado pela Comissão de Ética Pública.

Compete às instâncias superiores dos órgãos e entidades do Poder Executivo

Federal, abrangendo a administração direta e indireta:

� Observar e fazer observar as normas de ética e disciplina;

� Constituir Comissão de Ética;

� Garantir os recursos humanos, materiais e financeiros para que a

Comissão cumpra com suas atribuições; e

� Atender com prioridade às solicitações da CEP.

REDE DE ÉTICA DO PODER EXECUTIVO FEDERAL

Integrada pelos representantes das Comissões de Ética

(art. 2º), objetivando a promoção da cooperação técnica

e da avaliação em gestão da ética.

Reuniões:Sob coordenação da CEP, pelo menos 1 vez

por ano, em fórum específico, para avaliar o

programa e as ações para a promoção da

ética na administração pública.

Os trabalhos das Comissões de Ética devem ser desenvolvidos com celeridade

e observância dos princípios da:

� Proteção à honra da pessoa investigada;

� Proteção à imagem da pessoa investigada;

� Proteção à identidade do denunciante (mantida sob reserva, se este

assim o desejar);

� Independência dos seus membros na apuração dos fatos; e

� Imparcialidade dos seus membros na apuração dos fatos.

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PROVOCAÇÃO DA ATUAÇÃO DAS COMISSÕES

Qualquer cidadão, agente público, pessoa jurídica de

direito privado, associação ou entidade de classe poderá

provocar a atuação das Comissões de Ética, visando à

apuração de infração ética imputada a agente público,

órgão ou setor específico de ente estatal.

APURAÇÃO DE “ATOS AÉTICOS”

Forma Processo de apuração

Causa

Prática de ato em desrespeito ao preceituado no Código de

Conduta da Alta Administração Federal e no Código de Ética

(Decreto 1.171/94)

Instauração Provocação

De ofício

Denúncia fundamentada

Instaurador Comissões de Ética (art. 2º)

Princípios Respeitadas as garantias do contraditório e da ampla defesa.

Prerrogativas

da Comissão

� Poderão requisitar documentos que entenderem necessários

à instrução probatória;

� Poderão promover diligências;

� Poderão solicitar parecer de especialista.

Investigado

� Deverá ser notificado;

� Deverá se manifestar, por escrito, em até 10 dias;

� Poderá produzir prova documental necessária à sua defesa;

� Deverá ser novamente notificado para se manifestar, caso

sejam juntados aos autos, após sua manifestação inicial,

novos elementos de prova.

Tramitação

� Processo será mantido como “reservado” até sua conclusão;

� Após a deliberação da Comissão de Ética, os autos do

procedimento deixarão de ser reservados, observados os

casos de sigilo legal.

Decisão

� Proferida após concluída a instrução processual;

� Proferida pelas Comissões de Ética;

� Deverá ser conclusiva e fundamentada.

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Consequências referentes à conclusão de existência de falta ética previstas:

� Código de Conduta da Alta Administração Federal;

� Código de Ética (Decreto 1.171/1994).

Além destas providências, no que couber, as Comissões deverão:

� Encaminhar sugestão de exoneração de cargo ou função de confiança à

autoridade hierarquicamente superior ou devolução ao órgão de origem;

� Encaminhar para a CGU ou unidade específica do Sistema de Correição

do Poder Executivo Federal (Decreto 5.480/2005), para exame de

eventuais transgressões disciplinares; e

� Recomendar abertura de procedimento administrativo, se a gravidade da

conduta assim o exigir.

Procedimento ditado pelos princípios da ampla defesa e do

contraditório: A qualquer investigado é assegurado o direito de saber o que

lhe está sendo imputado, de conhecer o teor da acusação e de ter vista dos

autos, no recinto das Comissões de Ética, mesmo que ainda não tenha sido

notificada da existência do procedimento investigatório, incluindo a obtenção

de cópia dos autos e de certidão do seu teor.

Ato de posse, investidura em função pública ou celebração de contrato

de trabalho, dos agentes públicos: deverá ser acompanhado da prestação

de compromisso solene de acatamento e observância das regras estabelecidas

pelo Código de Conduta da Alta Administração Federal, pelo Código de Ética

Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal e pelo Código

de Ética do órgão ou entidade, conforme o caso.

POSSE EM CARGO/FUNÇÃO QUE SUBMETA A

AUTORIDADE ÀS NORMAS DO CCAAF19

Posse deverá ser precedida de consulta da autoridade à

CEP, acerca de situação que possa suscitar conflito de

interesses.

19 CCAAF: Código de Conduta da Alta Administração Federal

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Processo tem que ser decidido: As Comissões de Ética não poderão

escusar-se de proferir decisão sobre matéria de sua competência alegando

omissão dos respectivos Códigos.

Deverá, caso existente tal omissão, supri-la por analogia e invocação aos

princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Dúvidas das Comissões: poderão ser resolvidas através de consultas a:

� À área jurídica do próprio órgão ou entidade;

� À CEP, que deverá respondê-las sobre aspectos éticos. A CEP também

deverá responder a consultas de cidadãos e servidores que venham a ser

indicados para ocupar cargo ou função abrangida pelo CCAAF.

Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal darão tratamento

prioritário às solicitações de documentos necessários à instrução dos

procedimentos de investigação instaurados pelas Comissões de Ética .

Autoridades competentes não poderão alegar sigilo para deixar de prestar

informação solicitada pelas Comissões de Ética.

A infração de natureza ética cometida por membro de Comissões de Ética

(exceto da CEP) será apurada pela Comissão de Ética Pública.

As normas dos Códigos, aqui abordados, aplicam-se, no que couber, às

autoridades e agentes públicos neles referidos, mesmo quando em gozo de

licença.

----------------------- X -----------------------

Futuro Servidor Concursado do MPU,

Com esta base teórica, podemos nos aventurar a encarar um

“Simulado do Código de Ética”, que comporá nossa próxima Aula, que

estará disponível para todos vocês, juntamente com esta.

Gostaram da surpresa?

Abraços, bons estudos e mãos à obra!

Prof. Henrique Campolina

Abril/2013

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BIBLIOGRAFIA

ROCHA, Cármen Lúcia Antunes. O Princípio Constitucional da Igualdade. Belo

Horizonte: Lê, 1991.

Wikipédia – Enciclopédia Livre (www.wikipedia.com.br)

Dicionário Online Michaelis (www.michaelis.uol.com.br)