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Direito Constitucional - TJPI Aula 2- TG dos Direitos Fundamentais e direitos e Deveres Individuais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 1 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Fala pessoal, tudo certo com vocês? Hoje vamos começar a adentrar nos assuntos que considero mais importantes em qualquer concurso: os direitos fundamentais, gênero que engloba 5 espécies: os direitos individuais, os sociais, os da nacionalidade, os políticos e os dos partidos políticos. Antes de dissecarmos e analisarmos todas as células de cada uma dessas espécies nesse nosso “laboratório”, veremos agora uma teoria geral desse gênero “direitos fundamentais”. Preparados? Então vamos ao trabalho! Teoria Geral dos Direitos e Garantias Fundamentais: Mas qual a diferença entre direitos e garantias? Diz-se que direito é uma faculdade de agir, exercer, fazer ou deixar de fazer algo, ou até mesmo possuir, trata-se de uma liberdade positiva. As garantias não se referem às ações ou “posses”, mas sim às proteções que as pessoas possuem frente ao Estado ou mesmo frente às demais pessoas, de modo que possam proteger seus direitos, ou até mesmo os meios para reivindicar tais direitos. Por isso, diz-se que as garantias são proteções para que se possa exercer um direito 1 . José Afonso da Silva faz o delineamento da diferença com uma frase exaustivamente usada pelas bancas de concurso: "Em suma (...) os direitos são bens e vantagens conferidos pela norma, enquanto as garantias são os meios destinados a fazer valer esses direitos, são instrumentos pelos quais se asseguram o exercício e o gozo daqueles bens e vantagens" 2 . 1. (FCC/ Analista Judiciário- TRE-RR/ 2015) São consideradas garantias fundamentais, dentre outras, (A) os direitos à igualdade, à fraternidade e a dignidade da pessoa humana. (B) a vedação da pena de morte, o direito de petição e à liberdade. (C) os direitos à vida, à saúde e à segurança. 1 CRUZ, Vítor. Vou Ter que Estudar Direito Constitucional! E Agora? São Paulo: Método. 2011. Pg. 30. 2 Silva, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros. pg. 412. Aula 2

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Aula 00 – Aula Demonstrativa

Fala pessoal, tudo certo com vocês? Hoje vamos começar a adentrar nos assuntos que considero mais importantes em qualquer concurso:

os direitos fundamentais, gênero que engloba 5 espécies: os direitos individuais, os sociais, os da nacionalidade, os políticos e os dos

partidos políticos.

Antes de dissecarmos e analisarmos todas as células de cada uma

dessas espécies nesse nosso “laboratório”, veremos agora uma teoria

geral desse gênero “direitos fundamentais”.

Preparados? Então vamos ao trabalho!

Teoria Geral dos Direitos e Garantias Fundamentais:

Mas qual a diferença entre direitos e garantias?

Diz-se que direito é uma faculdade de agir, exercer, fazer ou

deixar de fazer algo, ou até mesmo possuir, trata-se de uma liberdade positiva.

As garantias não se referem às ações ou “posses”, mas sim às proteções que as pessoas possuem frente ao Estado ou

mesmo frente às demais pessoas, de modo que possam proteger seus direitos, ou até mesmo os meios para reivindicar tais

direitos. Por isso, diz-se que as garantias são proteções para que se possa exercer um direito1.

José Afonso da Silva faz o delineamento da diferença com uma frase

exaustivamente usada pelas bancas de concurso: "Em suma (...) os direitos são bens e vantagens conferidos pela norma, enquanto as

garantias são os meios destinados a fazer valer esses direitos, são instrumentos pelos quais se asseguram o exercício e o gozo

daqueles bens e vantagens"2.

1. (FCC/ Analista Judiciário- TRE-RR/ 2015) São consideradas garantias fundamentais, dentre outras,

(A) os direitos à igualdade, à fraternidade e a dignidade da pessoa humana.

(B) a vedação da pena de morte, o direito de petição e à liberdade.

(C) os direitos à vida, à saúde e à segurança.

1 CRUZ, Vítor. Vou Ter que Estudar Direito Constitucional! E Agora? São Paulo: Método. 2011. Pg. 30.

2 Silva, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros. pg. 412.

Aula 2

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(D) a inafastabilidade da jurisdição, o devido processo legal e o mandado de segurança.

(E) a ação popular, o direito à crítica e a vedação de retrocesso.

Comentários:

Tá aí uma bela questão sobre a diferença entre direito e garantia... veja que somente na opção D há exemplos de garantias, meio de

acesso a um direito fim, ou seja, a inafastabilidade da jurisdição, o devido processo legal e o mandado de segurança são meios para se

alcançar direitos.

Gabarito: Letra D.

2. (CESPE/Analista Processual - MPU/2010) Considerando

que os direitos sejam bens e vantagens prescritos no texto

constitucional e as garantias sejam os instrumentos que asseguram o exercício de tais direitos, a garantia do contraditório e da ampla

defesa ocorre nos processos judiciais de natureza criminal de forma exclusiva.

Comentários:

A consideração inicial da questão está correta: direitos são bens e

vantagens prescritos no texto constitucional e as garantias são os instrumentos que asseguram o exercício de tais direitos, é isso que

importa neste momento. A questão erra ao dizer que a garantia do contraditório e da ampla defesa ocorre nos processos judiciais de

natureza criminal de forma exclusiva. Veremos que o contraditório e a ampla defesa (CF, art. 5º, LV) são garantias asseguradas em

qualquer processo judicial ou administrativo.

Gabarito: Errado.

3. (CESPE/Contador-AGU/2010) Embora se saliente, nasgarantias fundamentais, o caráter instrumental de proteção a

direitos, tais garantias também são direitos, pois se revelam na faculdade dos cidadãos de exigir dos poderes públicos a proteção de

outros direitos, ou no reconhecimento dos meios processuais adequados a essa finalidade.

Comentários:

É isso aí... Essa é uma questão doutrinária. Nos mostra o papel das

garantias constitucionais: “exigir dos poderes públicos a proteção de outros direitos (... e) reconhecimento dos meios processuais

adequados a essa finalidade”.

Gabarito: Correto.

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Qual o campo de abrangência da expressão "Direitos e Garantias Fundamentais?

A Constituição Federal de 1988 estabeleceu cinco espécies de direitos e garantias fundamentais:

1ª - direitos e deveres individuais e coletivos (CF, art. 5º);

2ª - direitos sociais (CF, art. 6º ao 11);

3ª - direitos de nacionalidade (CF, art. 12 e 13);

4ª - direitos políticos (CF, art. 14 a 16); e

5ª - direitos relativos à existência e funcionamento dos partidospolíticos (CF, art. 17).

Importante ainda é salientar que esses direitos e garantias não se

constituem em uma relação fechada, exaustiva, mas sim em um

rol exemplificativo, aberto para novas conquistas e reconhecimentos futuros. Vejamos:

Art. 5º, § 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e

dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja

parte.

A doutrina faz a seguinte classificação:

Direitos Formalmente Fundamentais São todos Direitos

Fundamentais que se encontram arrolados do art. 5º ao art. 17 da Constituição. A Constituição expressamente estabeleceu tais

direitos sob o título de “Direitos Fundamentais”.

Direitos Materialmente Fundamentais São os Direitos que,

independentemente de onde estão elencados, possuem conteúdo de direito fundamental, protegendo os particulares contra o arbítrio

do Estado. Exemplo: as limitações ao poder de tributar do art. 150 da Constituição.

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Pessoal, guarde essa dica pois isso é bem fácil... Sempre que estiver na dúvida entre “formal x material”,

lembre-se que “formal” é tudo aquilo que tem “aparência”, “jeito”, “forma” de alguma coisa! “Material” seria tudo aqui que tem

“matéria”, “teor”, “conteúdo” inerente a alguma coisa...

4. (CESPE/ AJAJ- Oficial Avaliador- TRT-17/ 2013) As

normas definidoras dos direitos individuais são especificamente determinadas em números fechados e não admitem interpretação

extensiva ou ampliativa. Comentários:

Errado, o rol de direitos e garantias é aberto, e admitem

interpretação extensiva ampliativa. Lembrando ainda que o art. 5º §

2º, os direitos e garantias expressos na Constituição não excluem

os outros que decorrerem do regime e dos princípios por ela

adotados, ou dos tratados internacionais em que a República

Federativa do Brasil seja parte.

Gabarito: Errado.

5. (FCC/DPE-SP/2007 - Adaptada) A Constituição Federalcompreende os direitos fundamentais como sendo os direitos

individuais e os direitos coletivos previstos no artigo 5o, excluindo dessa categoria os direitos sociais e os direitos políticos.

Comentários:

Não só os direitos sociais e os políticos, mas também os direitos da nacionalidade e o do funcionamento e existência dos partidos políticos

podem ser elencados como direitos fundamentais segundo a CF/88.

Gabarito: Errado.

6. (CESPE/TJAA-STM/2011) Os direitos e as garantias expressos

na Constituição Federal de 1988 (CF) excluem outros de caráter constitucional decorrentes do regime e dos princípios por ela

adotados, uma vez que a enumeração constante no artigo 5.º da CF é taxativa.

Comentários:

Não, trata-se de um rol aberto, não taxativo, já que segundo o art.

5º §2º, eles não excluem outros direitos e garantias decorrentes dos

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regimes e princípios adotados pela constituição ou decorrentes de tratados internacionais em que o Brasil seja parte.

Gabarito: Errado.

A doutrina costuma salientar que:

embora "direitos humanos" e "direitos fundamentais" sejam termos comumente utilizados como sinônimos, a distinção ocorre pelo fato de

que o termo "direitos humanos" é de aspecto universal, supranacional, enquanto "direitos fundamentais" são aqueles direitos

do ser humano que foram efetivamente reconhecidos e positivados na Constituição de um determinado Estado.

A doutrina também costuma elencar como características destes direitos:

historicidade e mutabilidade - São históricos porque queforam conquistados ao longo dos tempos. Esse caráter histórico

também remete a uma idéia cíclica de nascimento, modificaçãoe desaparecimento, o que nos impede de considerar tais

direitos como imutáveis.

inalienabilidade - pois são intransferíveis e inegociáveis;

imprescritibilidade - podem ser invocados

independentemente de lapso temporal, eles não prescrevemcom o tempo;

irrenunciabilidade - podem até não estar sendo exercidos,mas não poderão ser renunciados;

universalidade - são aplicáveis a todos, sem distinção.

relatividade ou limitabilidade - Os direitos fundamentais não

são absolutos, são relativos, pois existem limites ao seuexercício. Este limite pode ser de ordem constitucional

(decretação de Estado de Sítio ou de Defesa) ou encontrar-seno dever de respeitar o direito da outra pessoa.

indivisibilidade, concorrência e complementaridade - Osdireitos fundamentais formam um conjunto que deve ser

garantido como um todo, e não de forma parcial. Um direitonão excluiu o outro, eles são complementares, se somam,

concorrendo para dotar o indivíduo da ampla proteção;

Interdependência - Pode ser empregada em dois sentidos:

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1º - Em um primeiro momento levaria à noção de indivisibilidade, já que a garantia de um direito fundamental

dependeria da garantia conjunta de outro direito fundamental (exemplo: não se pode querer garantir os direitos sociais, sem

garantir os direitos econômicos);

2º - Em uma segunda acepção também é lembrada como a

relação que deve existir entre as normas (sejam elas constitucionais ou infraconstitucionais) e os direitos

fundamentais, de forma que as primeiras (normas constitucionais e infraconstitucionais) devem traçar os

caminhos para que efetivamente se concretizem tais direitos.

7. (FCC/TCE-MG/2007 - Adaptada) Os direitos fundamentais

são absolutos, não sendo suscetíveis de limitação no seu exercício.

Comentários:

Eles são relativos e não absolutos.

Gabarito: Errado.

8. (ESAF/ATRFB/2012) Os direitos fundamentais se revestem

de caráter absoluto, não se admitindo, portanto, qualquer restrição.

Comentários:

Nenhum direito fundamental é absoluto, devendo o seu exercício ser harmonizado com diversos aspectos condicionadores, como, por

exemplo, em face dos direitos fundamentais de outras pessoas.

Gabarito: Errado.

9. (ESAF/Analista Administrativo- DNIT/2013) Os direitos

fundamentais não têm caráter absoluto e, por isso, não podem ser

utilizados para justificar atividades ilícitas ou afastar as penalidades delas decorrentes.

Comentários:

Os direitos fundamentais não são absolutos, são relativos, pois

existem limites ao seu exercício. Esse limite pode ser de ordem constitucional (decretação de Estado de Sítio ou de Defesa) ou

quando em colisão com os direitos de outro particular. Além disso, é pacífico no Supremo que nenhum direito fundamental pode ser

utilizado para acobertar atividades ilícitas, motivo pelo qual o STF considerou lícita a instalação de escutas ambientais em período

noturno em escritório de advocacia que estava servindo de reduto para práticas criminosas.

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Gabarito: Correto.

10. (ESAF/ATRFB/2012) O estatuto constitucional das liberdadespúblicas, ao delinear o regime jurídico a que estas estão sujeitas,

permite que sobre elas incidam limitações de ordem jurídica, destinadas, de um lado, a proteger a integridade do interesse social

e, de outro, a assegurar a coexistência harmoniosa das liberdades, pois nenhum direito ou garantia pode ser exercido em detrimento da

ordem pública ou com desrespeito aos direitos e garantias de terceiros.

Comentários:

Correto. O item reafirma a relatividade dos direitos fundamentais, ao

passo que expõe que nenhum direito fundamental é absoluto,

devendo o seu exercício ser harmonizado com diversos aspectos condicionadores, como, por exemplo, em face dos direitos

fundamentais de outras pessoas.

É importante salientar que estes

direitos não se restringem a particulares, podendo, alguns, ser garantidos também a pessoas jurídicas, até mesmo de direito

público, como, por exemplo, o direito de propriedade.

É importante que citemos ainda que

a pessoa jurídica faz jus inclusive ao direito à honra, ou seja, à sua reputação, bom nome... Na jurisprudência do STJ -

Súmula nº 227: “A pessoa jurídica pode sofrer dano moral”.

11. (FCC/APOFP-SEFAZ-SP/2010 - Adaptada) As pessoas

jurídicas, por serem distintas das pessoas físicas, têm direito a indenização por danos materiais, mas não por danos morais.

Comentários:

Como vimos, diversos direitos são extensíveis às pessoas jurídicas:

pessoa jurídica faz jus a sigilo bancário, sigilo fiscal, direito de propriedade... até mesmo o direito à honra.

Gabarito: Errado.

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Historicamente, estes direitos se constituem em uma conquista de uma proteção do cidadão em face

do poder autoritário do Estado (daí serem classificado como elementos limitativos da Constituição). Porém, atualmente, já se

vislumbra o uso de tais direitos nas relações entre os próprios

particulares, no que chamamos de eficácia horizontal dos direitos fundamentais. Desta forma, temos:

Eficácia vertical Proteção do particular em face do Estado.

Eficácia horizontal Proteção do particular em face de outro

particular.

12. (CESPE/ Superior- TCE-ES/ 2013) A jurisprudência doSupremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que os direitos e

garantias fundamentais se aplicam apenas às relações entre o particular e o Poder Público, e são inaplicáveis às relações privadas.

Comentários:

Errado, o STF já reconhece a eficácia de tais direitos nas relações

entre os próprios particulares, no que chamamos de eficácia

horizontal dos direitos fundamentais.

Gabarito: Errado.

13. (ESAF/Analista Administrativo- DNIT/2013) A eficácia

horizontal dos direitos fundamentais pressupõe plena incidência desses direitos nas relações entre particulares.

Comentários:

Correto, tal ideia rompe com o paradigma de que os direitos

fundamentais somente tem eficácia nas relações entre particular e Estado, considerando que o STF vem reiteradamente reconhecendo

sua eficácia perante particulares (eficácia horizontal, privada ou

externa), como por exemplo, as célebres decisões nos casos da Air France, reconhecendo a discriminação de empregado brasileiro em

relação ao francês na empresa, que mesmo realizando atividades idênticas tinham os salários diferentes, determinando assim a

observância do princípio da isonomia (RE 161.243-6) e no RE 201.819 — exclusão de membro de sociedade sem a possibilidade de

sua defesa — violação do devido processo legal, contraditório e ampla defesa.

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É comum que a doutrina classifique os direitos fundamentais em dimensões, principalmente em 1ª, 2ª e 3ª

dimensões (antes o termo usado era gerações, mas atualmente o uso deste termo é repudiado pelo fato de induzir ao pensamento de que

uma geração acabaria por substituir a outra - o que é incorreto - e,

ainda, que os direitos foram conquistados exatamente na ordem exposta, o que não é exatamente verdade em muitos países).

É importante que revisemos aqui um pouco da "evolução do Estado"

para entendermos melhor a questão dos direitos fundamentais:

"Junto com o constitucionalismo temos a evolução do conceito de

Estado. Com a Revolução Francesa e pela Independência dos Estados Unidos temos o início do Estado Liberal, já que se asseguraram as

liberdades individuais, que vieram a ser chamadas de "direitos de primeira geração". Segundo os conceitos do liberalismo, o homem é

naturalmente livre, então, buscou-se limitar o poder de atuação dos Estados para dotar de maior força a autonomia privada e deixar o

Estado apenas como força de harmonização e consecução dos direitos.

Na Constituição mexicana de 1917 e na de Weimar (Alemanha) em

1919, que nascem logo após a 1ª Guerra Mundial, temos um estilo de Constituição que prega não mais os direitos individuais em sentido

estrito, mas uma visão mais ampla, do indivíduo em sociedade. Não podemos associá-la, do ponto de vista histórico, ao conceito de

“constituição liberal” expresso pela Revolução Francesa. Ela vai além do “Estado liberal”. A Constituição Mexicana de 1917 passa a trazer

em seu texto mais do que simples liberdades (direitos de 1ª geração - liberdades individuais - direitos políticos e civis). Ela traz os direitos

econômicos, culturais e sociais (direitos de segunda geração - relacionados à igualdade), surgindo então o conceito de “Estado

Social”. Desta forma, possui como característica a mudança da concepçào de constituição sintética para uma constituição analítica,

mais extensa, capaz de melhor conter os abusos da discricionariedade. Aumenta assim a intervenção do Estado na ordem

econômica e social, dizendo-se que a democracia liberal-econômica

passa a ser substituída pela democracia social.

Esse estado social é superado com o fim da 2ª Guerra Mundial, temos

então o surgimento do Estado Democrático de Direito marcado pelas iniciativas relacionadas à solidariedade e aos direitos coletivos".

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Grosso modo, podemos fazer uma correlação de que forma esses direitos foram surgindo e a fase pela qual o mundo passava.

Fase Marco Mundial

Dimensão dos

direitos

Direitos Marco no Brasil

Estado

Liberal

Revolução

Francesa e Independê

ncia dos

EUA

1ª Liberdade:

Direitos civis e políticos

Incipiente

na CF/1824 e

fortalecido

na CF/1891

Estado

Social

Pós 1ª

Guerra Mundial -

Constituição Mexicana

(1917) e Weimar

(1919).

2ª Igualdade:

Direitos Sociais, Econômicos e

Culturais.

CF/1934

Estado Democrático

Pós 2ª Guerra

Mundial.

3ª Solidariedade (fraternidade):

Direitos coletivos e difusos.

CF/1988

Pulo do Gato:

As dimensões estão na ordem do lema da RevoluçãoFrancesa: liberdade, igualdade, e fraternidade.

Os direitos Políticos são os de Primeira dimensão.

Os direitos Sociais, Econômicos e Culturais (SEC - Lembre-

se de "second") são os de segunda dimensão.

Os direitos de “Todos” (difusos e coletivos) – seriam os de

Terceira dimensão.

A primeira dimensão dos direitos são as chamadas liberdades negativas, clássicas ou formais, pois foram as primeiras conquistas de

libertação do povo em face do Estado. Eram protetoras. Eram formais

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pois via o homem como um ser genérico, abstrato, todos iguais, mas sem enxergar as verdadeiras diferenças materiais (econômica,

cultural...) entre as pessoas.

A segunda dimensão reflete a busca da igualdade material, é

também o que se chama das liberdades positivas, pois pressupõem não só uma proteção individual em face do Estado, mas uma efetiva

ação estatal para que se concretizassem a igualdade econômica, social e cultural.

A terceira dimensão enxerga o homem em sociedade. Desta forma, se preocupa com os direitos coletivos (pertencentes a um grupo

determinado de pessoas) e os direitos difusos (pertencentes a uma coletividade indeterminada). São exemplos destes direitos o direito à

paz, ao meio ambiente equilibrado, ao progresso e desenvolvimento,

o direito de propriedade ao patrimônio comum da humanidade, odireito de comunicação, entre outros.

Nesta 3ª dimensão podemos incluir ainda o que se chama de "direitos republicanos". Estes seriam os direitos do cidadão pensando no

patrimônio público comum (res publica - coisa pública). Assim, o cidadão age ativamente para defender as instituições da sociedade

reprimindo danos ao meio ambiente, ao patrimônio histórico-cultural, praticas de corrupção, nepotismo, e imoralidades administrativas. O

principal instrumento deste exercício é a ação popular que veremos à frente.

Questões sobre dimensões/gerações dos direitos:

14. (FCC/Analista TRF 4ª/2010) São direitos fundamentaisclassificados como de segunda geração

a) os direitos econômicos e culturais.

b) os direitos de solidariedade e os direitos difusos.

c) as liberdades públicas.

d) os direitos e garantias individuais clássicos.

e) o direito do consumidor e o direito ao meio ambiente equilibrado.

Comentários:

Olha o macete: Segunda dimensão é o "SECond" - sociais,

econômicos e culturais.

Gabarito: Letra A.

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15. (FCC/Procurador-PGE-SP/2009 - Adaptada) Liberdade,Igualdade e Fraternidade, ideais da Revolução Francesa, podem ser

relacionados, respectivamente, com os direitos humanos de primeira, segunda e terceira gerações.

Comentários:

É isso aí...

Gabarito: Correto.

16. (FCC/Procurador-PGE-SP/200 - Adaptada) O direito à pazinclui-se entre os direitos humanos de segunda geração.

Comentários:

Não não... direito à paz não é de segunda geração não, é um direito

da sociedade, um direito difuso, seria de terceira dimensão.

Gabarito: Errado.

17. (FCC/Procurador-PGE-SP/2009 - Adaptada) Os direitoshumanos de primeira geração foram construídos, em oposição ao

absolutismo, como liberdades negativas; os de segunda geração exigem ações destinadas a dar efetividade à autonomia dos

indivíduos, o que autoriza relacioná-los com o conceito de liberdade positiva e com a igualdade.

Comentários:

Exatamente.

Gabarito: Correto.

18. (FCC/DPE-SP/2007 - Adaptada) Os direitos republicanostêm surgido na doutrina como uma nova categoria onde o cidadão

passa a pensar no interesse público explicitamente para fazer frente à

ofensa à coisa pública, como o nepotismo, a corrupção, bem como às políticas de Estado que, a pretexto de se caracterizarem como

públicas, na verdade podem atender a interesses particulares indefensáveis.

Comentários:

Isso aí, tratam-se de direitos de terceira dimensão. O homem

pensando em sociedade e agindo contra as políticas chamadas de "patrimonialistas".

Gabarito: Correto.

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19. (CESPE/AJAA-TJAL/2012) São direitos de quarta geração odireito à democracia, o direito à informação e o direito ao pluralismo.

Comentários:

O CESPE, nesta questão, segue a doutrina do professor Paulo

Bonavides que apresenta a 4ª dimensão dos direitos como sendo aqueles que se vinculam à idéia de democracia, especialmente a

democracia direta, incluindo o direito à informação e o direito ao pluralismo. Esta dimensão foi alcançada através da universalização

dos direitos promovida pela globalização.

Gabarito: Correto.

20. (ESAF/Analista Administrativo- DNIT/2013) Os direitos

fundamentais de primeira geração são titularizados pelos indivíduos

em oposição ao Estado, sendo eles, entre outros, o direito à vida, à liberdade e à propriedade.

Comentários:

Correto. Os direitos de primeira dimensão ou geração compreendem

as liberdades clássicas, negativas ou formais, são aqueles direitos individuais civis e políticos que se consubstanciam em uma abstenção

do Estado em interferir na esfera privada.

Gabarito: Correto.

DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AOS DIREITOS

FUNDAMENTAIS EM GERAL:

O art. 5º da Constituição nos traz 4 parágrafos com disposições

aplicáveis aos direitos fundamentais. Sabemos, pelo §2º deste art. 5º, que os direitos e garantias expressos na Constituição não

excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela

adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. Agora vamos estudar os outros 3

parágrafos:

Sobre as normas dos direitos e garantias fundamentais:

Art. 5º § 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias

fundamentais têm aplicação imediata.

Este dispositivo mostra a preocupação com a efetividade dos direitos e garantias fundamentais. O que ele quer dizer na verdade, Vítor?

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Quer dizer que "em regra" devemos aplicar imediatamente todos dos direitos e garantias, não ficando parados, sentados, dormindo,

esperando que venha uma lei para regulamentá-los.

Pode haver regulamentação legal? Sim, mas esta não é essencial

para a sua efetividade quando for possível aplicar desde logo o direito.

Isso não quer dizer que as normas ali sejam todas de eficácia plena. Na verdade, trata-se apenas um apelo para que se busque

efetivamente aplicá-las e assim não sejam frustrados os anseios da sociedade.

21. (FCC/Técnico-TRE-PI/2009) As normas definidoras dos

direitos e garantias fundamentais não têm aplicação imediata,

submetendo- se à regulamentação legislativa.

Comentários:

Isso contraria o disposto no art. 5º, §1º da Constituição.

Gabarito: Errado.

22. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) As normas definidoras dos

direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

Comentários:

É a literalidade da Constituição Federal em seu art. 5º §1º. Ressalta-

se, porém, que esta disposição é somente um apelo para que o Poder Público busque efetivamente concretizar tais normas. Não podemos

dizer que pela simples previsão de que elas tenham aplicação imediata, algumas normas venham a ser efetivamente passíveis de

aplicação, nem que tais normas constituam, em sua totalidade, normas de eficácia plena.

Gabarito: Correto.

23. (CESPE/PM-DF/2010) Segundo a CF, as normas constitucionais que prescrevem direitos e garantias fundamentais

têm eficácia contida e dependem de regulamentação.

Comentários:

Segundo a Constituição (CF, art. 5º, §1º) elas têm aplicação imediata refletindo-se num apelo para que se busque efetivamente

aplicá-las e assim não sejam frustrados os anseios da sociedade.

Gabarito: Errado.

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Tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos:

§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos

humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos

votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela EC 45/04)

A EC 45/04 abriu a possibilidade de ampliar a relação dos direitos

fundamentais de status constitucional através da aprovação de tratados internacionais pelo mesmo rito de emendas constitucionais.

Vamos entender melhor isso:

A regra é que os tratados internacionais são equivalentes às

leis ordinárias.

A exceção é essa acima - eles vão estar equiparados àsEmendas Constitucionais caso cumpram estes requisitos

acima, ou seja, versem sobre direitos humanos e o decretolegislativo relativo a ele seja aprovado pelo mesmo rito

exigido para as emendas à Constituição.

Ainda que não aprovados pelo rito das Emendas, se versarem

sobre direitos humanos, o STF entende que possuem“supralegalidade” podendo revogar leis anteriores e devendo

ser observados pelas leis futuras. É assim, por exemplo, quevigora em nosso ordenamento o "Pacto de San Jose da Costa

Rica" - status acima das leis e abaixo da Constituição.

Lembrando que (CF, art. 49, I e 84, VII) cabe ao Congresso

Nacional – por meio de Decreto Legislativo – resolverdefinitivamente sobre tratados internacionais (seja sobre

direitos humanos ou não), referendando-os e, após isso, estes

passarão a integrar o ordenamento jurídico nacional entrandoem vigor após a edição de um decreto presidencial.

Esquematizando, um tratado pode adquirir 3 status

hierárquicos:

1- Regra: Status de lei ordinária. Caso seja um tratado que não

verse sobre direitos humanos.

2- Exceção 1: Status Supralegal. Caso seja um tratado sobre

direitos humanos não votado pelo rito de emendas constitucionais, mas pelo rito ordinário;

3- Exceção 2: Status constitucional. Caso seja um tratado sobre direitos humanos votado pelo rito de emendas constitucionais (3/5

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dos votos, em 2 turnos de votação em cada Casa). Essa possibilidade só passou a existir com a EC 45/04.

Mais observações:

Com base neste parágrafo, vigora com força de EmendaConstitucional o Decreto Legislativo nº 186/08 que ratificou o

texto da convenção sobre os direitos das pessoas comdeficiência e de seu protocolo facultativo, assinados em Nova

Iorque, em 30 de março de 2007.

Não precisa necessariamente ser direito individual, perceba que

a norma fala direitos humanos.

Segundo o STF, como os tratados internacionais são

equiparados às leis ordinárias, não podem versar matéria

sob reserva constitucional de lei complementar, pois emtal situação, a própria Carta Política subordina o tratamento

legislativo de determinado tema ao exclusivo domínio nor-mativo da Lei Complementar.

24. (FCC/Técnico Judiciário – Área Administrativa/2012) Os

tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois

turnos, por dois quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

Comentários:

Para que alcancem esse status precisam de 3/5 dos votos e não 2/5.

Gabarito: Errado.

25. (ESAF/Procurador PGFN/2012) Sobre a relação entre

direitos expressos na Constituição de 1988 e tratados internacionais, especialmente à luz da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é

incorreto afirmar que:

a) as normas de direitos humanos contidas em convenções

internacionais pactuadas no âmbito da Organização das Nações

Unidas, mesmo que a República Federativa do Brasil delas não seja

parte, se incorporam ao direito pátrio de forma equivalente às

emendas constitucionais.

b) os direitos e garantias expressos na Constituição não excluem

outros decorrentes dos tratados internacionais em que a República

Federativa do Brasil seja parte.

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c) da disposição contida no § 2o do art. 5o da Constituição nãoresulta que os direitos e garantias decorrentes dos tratados

internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte ostentem o nível hierárquico de norma constitucional.

d) da disposição contida no § 3o do art. 5o da Constituição,decorrente da Emenda Constitucional n. 45 de 2004, resulta que as

normas de direitos humanos contidas em convenções internacionais de que a República Federativa do Brasil seja parte, quando aprovadas

pelo Congresso Nacional na forma ali disposta, sejam formalmente equivalentes àquelas decorrentes de emendas constitucionais.

e) especialmente da disposição contida no § 2o do art. 5o daConstituição resulta que as normas de direitos humanos contidas em

convenções internacionais de que a República Federativa do Brasil

seja parte, mesmo quando não aprovadas pelo Congresso Nacional na forma disposta no § 3o do mesmo dispositivo, tenham status de

normas jurídicas supralegais.

Comentários:

a) Errado, se o Brasil não fizer parte da convenção, não seincorporarão ao nosso direito.

b) Correto. É o que diz o § 2º do Art. 5º da CF-88, vejamos: “Osdireitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros

decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja

parte”.

c) Correto. Veja que a questão fala que não serão de nível hierárquico

de norma constitucional. Para que tais direitos sejam elevados à status constitucional é necessário o quórum de aprovação de emenda

à Constituição, aprovada em cada Casa do Congresso Nacional, em

dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros

d) Correto, este é o teor do art. 5º, § 3º.

e) Correto. Este é o entendimento atual do Supremo, que decidiu ostratados sobre direitos humanos, ainda que não aprovados pelo rito

das emendas constitucionais, se versarem sobre direitos humanos, o atual entendimento da corte é que tais tratados teriam status de

“supralegalidade”, podendo revogar leis anteriores e devendo ser observados pelas leis futuras. É assim, por exemplo, que vigora em

nosso ordenamento o "Pacto de San Jose da Costa Rica" status acima das leis e abaixo da Constituição.

Gabarito: Letra A.

Tribunal Penal Internacional:

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§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal PenalInternacional a cuja criação tenha manifestado adesão.

(Incluído pela EC 45/04)

Outra inovação da EC 45/04. Esse dispositivo tem sido cobrado

apenas literalmente nos concursos, independente do nível.

26. (FCC/Analista - TJ-PI/2009) O Brasil se submete àjurisdição do Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha

manifestado adesão.

Comentários:

Isso aí. Literalidade do art. 5º §4º da Constituição.

Gabarito: Correto

27. (CESPE/Técnico-TRT 17ª/2009) O Brasil se submeterá àjurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação manifestar

adesão.

Comentários:

Literalidade do art. 5º §4º da Constituição. Essa foi uma inovação trazida pela EC 45/04.

Gabarito: Correto.

Direitos e Deveres Individuais e Coletivos:

Esses direitos estão presentes no art. 5º da Constituição Federal.

A Constituição dá o nome de "Direitos e Deveres", porém, não há "deveres individuais" propriamente ditos expressos no texto, os

deveres são, na verdade, o de respeitar o direito do outro.

Também não há segregação expressa daqueles que seriam direitos

individuais e os que seriam direitos coletivos.

Os direitos individuais são uma cláusula pétrea de nossa Constituição (CF, art. 60 §4º) – isso

quer dizer que não podem ser abolidos ou ter a sua eficácia reduzida por uma emenda constitucional. Eles são “de pedra”, permanentes,

uma modificação poderá fortalecê-los, mas nunca enfraquecê-los.

Sabemos que a relação não é exaustiva, pois por força do § 2º do

art. 5º, não se excluem outros direitos decorrentes dos regimes e

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princípios adotados pela Constituição ou decorrentes de tratados internacionais em que o Brasil seja parte. Assim, existem diversos

outros direitos individuais e coletivos também protegidos como cláusula pétrea, espalhados ao longo do texto constitucional, como,

por exemplo, as limitações ao poder de tributar do art. 150.

Caput do art. 5º:

Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer

natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à

liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

Doutrina:

Segundo o prof. Manuel Gonçalves Ferreira Filho, o critério usado

para classificar os direitos do art. 5º (direitos e deveres individuais e coletivos) foi o critério do objeto imediato do direito assegurado3.

Isso quer dizer que eles foram divididos em 5 “objetos imediatos”: vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade. Assim, os

diversos incisos presentes no art. 5º são usados para definir direitos e garantias que, não obstante tenham um fim traçado na norma,

possuem como “objeto imediato” o alcance do direito à vida, da liberdade, da igualdade, da segurança ou da propriedade.

Podemos assim agrupar cada um dos incisos de acordo com o seu objeto imediato. Ex.:

Direitos cujo objeto imediato é a “liberdade” - Direito de locomoção (CF, art. 5º, XV e LXVIII), Liberdade de pensamento e

religião (CF, art. 5º, IV, VI, VII, VIII, IX), liberdade de reunião (CF,

art. 5º, XVI), etc.

Jurisprudência:

- Segundo o Supremo, as pesquisas com células-tronco embrionárias

não violam o direito à vida ou o princípio da dignidade da pessoa

humana4.

- No mesmo julgado, que se referia proteção do direito à vida, e a

constitucionalidade da lei de Biossegurança (Lei 11.105/2005), o STF

entendeu que a Constituição Federal, quando se refere à “dignidade

3 Manuel Gonçalves Ferreira Filho apud José Afonso da Silva, Curso de Direito Constitucional Positivo (33ª Ed.), pg. 194. 4 ADI 3.510, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 28 e 29-5-08, Plenário, Informativo 508

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da pessoa humana” e à proteção dos direitos e garantias individuais

não se estaria se referindo a todo e qualquer estágio da vida

humana, mas da vida que já é própria de uma concreta

pessoa, porque nativiva, e que a inviolabilidade de que trata o art.

5º diria respeito exclusivamente a um indivíduo já personalizado5.

28. (FCC/AJ-Arquivologia-TRT-19/2011) A Constituição Federal, ao classificar os direitos enunciados no artigo 5º, quando

assegura a inviolabilidade do direito à vida, à dignidade, à liberdade,

à segurança e à propriedade, adota o critério do

a) perigo subjetivo do direito assegurado.

b) objeto imediato do direito assegurado.

c) alcance relativo do direito assegurado.

d) plano mediato do direito assegurado.

e) alcance subjetivo do direito assegurado.

Comentário:

O critério foi o do objeto imediato do direito assegurado.

Eles foram divididos em 5 “objetos imediatos”: vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade. Assim, os diversos incisos

presentes no art. 5º são usados para definir direitos e garantias que, não obstante tenham um fim traçado na norma, possuem como

“objeto imediato” o alcance do direito à vida, da liberdade, da igualdade, da segurança ou da propriedade.

Gabarito: Letra B.

Extensão da expressão “residentes País” do art. 5º:

Embora a literalidade do caput expresse o termo “residente”, o STF promoveu uma mutação constitucional,

ampliando o escopo desses direitos. O Supremo decidiu que deve ser entendido como todo estrangeiro que estiver em território brasileiro e

sob as leis brasileiras, mesmo que em trânsito. Assim o estrangeiro

em trânsito estará amparado pelos direitos individuais, e poderá inclusive fazer uso de “remédios constitucionais” como habeas corpus

e mandado de segurança. Ressalva-se que o estrangeiro não poderá

5 ADI 3.510, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 28 e 29-5-08, Plenário, Informativo 508

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fazer uso de todos os direitos, pois alguns são privativos de brasileiros como, por exemplo, o uso da ação popular.

Vale dizer que esta extensão não deve ser entendida como apenas aos direitos individuais, mas todos os direitos fundamentais, na

medida em que forem possíveis de serem aplicados.

29. (FCC/Analista TRF 4ª/2010) A inviolabilidade do direito àvida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade são

garantias previstas na Constituição Federal:

a) aos brasileiros, não estendidas às pessoas jurídicas.

b) aos brasileiros natos, apenas.

c) aos brasileiros natos e aos estrangeiros com residência fixa no

País.

d) aos brasileiros, natos ou naturalizados.

e) aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País.

Comentários:

A resposta dada foi a letra “E”, mas atenção: esses direitos são

assegurados aos brasileiros e estrangeiros sob leis brasileiros, pessoas físicas e, em alguns casos, pessoas jurídicas. O estrangeiro

também não precisa ter residência fixa, basta estar sob as leis brasileiras.

Gabarito: Letra E.

30. (CESPE/AJAJ-TRE-MS/2013) O estrangeiro residente noBrasil, por não ser cidadão brasileiro, não possui o direito de votar e

de impetrar habeas corpus.

Comentários:

Embora realmente o estrangeiro não tenha direito a voto, pois é ato

privativo de brasileiros (natos ou naturalizados), no que tange à impetração de habeas corpus não é possível negar tal direito aos

estrangeiros, visto ser pacífico no STF que o estrangeiro, ainda que em mero trânsito em território brasileiro, faz jus aos direitos

fundamentais expressos na Magna Carta, com exceção apenas daqueles privativos de brasileiros tal como o de impetrar ação

popular e votar.

Gabarito: Errado.

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31. (ESAF/ATRFB/2012) O súdito estrangeiro, mesmo aquelesem domicílio no Brasil, tem direito a todas as prerrogativas básicas

que lhe assegurem a preservação da liberdade e a observância, pelo Poder Público, da cláusula constitucional do devido processo legal.

Comentários:

Correto. Embora a literalidade do caput do art. 5º expresse o termo

“residente”, o STF decidiu que deve ser entendido como todo estrangeiro que estiver em território brasileiro e sob as leis

brasileiras, mesmo que em trânsito. Perfeito o item.

Gabarito: Correto.

32. (ESAF/AFC-CGU/2012) A Constituição assegura aos

brasileiros e aos estrangeiros residentes no país, em igualdade de

condições, os direitos e garantias individuais tais como: a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança

e à propriedade, mas aos estrangeiros não se estende os direitos sociais destinados aos brasileiros.

Comentários:

Segundo o STF, o estrangeiro, que estiver sob as leis brasileiras,

ainda que em mero trânsito pelo país, teria os mesmos direitos,

garantias e deveres individuais que os brasileiros possuem, salvo aqueles direitos que a Constituição reserva somente a brasileiros,

como o caso da impetração de ação popular, e esta extensão não deve ser entendida como apenas aos direitos individuais, mas todos

os direitos fundamentais, na medida em que forem possíveis de serem aplicados.

Assim, erra a questão ao dizer que os direitos sociais não podem ser aplicados aos estrangeiros.

Gabarito: Errado.

Igualdade (ou Isonomia):

Art. 5º, I - homens e mulheres são iguais em direitos e

obrigações, nos termos desta Constituição;

O caput também faz menção a este princípio, quando diz: todos

são iguais perante a lei.

Este princípio pode ser entendido como: “a lei não pode fazer distinção, deve tratar de forma igual os iguais e de forma desigual os

desiguais na medida de suas desigualdades”. Desta forma, temos dois diferentes tipos de isonomia:

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Isonomia formal Todos poderão igualmente buscar os direitos expressos na lei.

Isonomia material

É a igualdade real, vai além da

igualdade formal. A busca da igualdade material acontece

quando são tratadas desigualmente as pessoas que

estejam em situações desiguais. Geralmente usada para favorecer

alguns grupos que estejam em posição de desvantagem.

Obviamente ela só será válida se for pautada em um motivo lógico

e justificável. Ex. Destinação de vagas especiais para deficientes

físicos em concursos públicos.

Discriminação Reversa - A isonomia material acaba gerando uma

discussão sobre a chamada "discriminação reversa". Este tema foi muito debatido no caso de cotas raciais em faculdades públicas. A

adoção do sistema de cotas iria, para alguns, gerar uma “discriminação reversa” na medida que uma ação estatal com

objetivo de ajudar uma parcela da população a alcançar a isonomia material acabaria por gerar um preterimento de uma outra parcela,

que seria, assim, prejudicada.

A doutrina também costuma diferenciar outras duas formas de

isonomia (ambas comportadas pela Constituição):

Igualdade perante a lei

Com a lei já elaborada, esta igualdade direciona o aplicador

da lei para que a aplique sem fazer distinções (isonomia

formal).

Igualdade na lei

É o princípio que direciona o

legislador a não fazer distinções

entre as pessoas no momento de se elaborar uma lei.

Jurisprudência:

STF - Súmula nº 339 - Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem

função legislativa, aumentar vencimentos dos servidores públicos sob fundamento de isonomia.

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Não afronta o princípio da isonomia a adoção de critérios distintos para a promoção de integrantes do corpo feminino e masculino da

Aeronáutica6.

33. (FCC/ Técnico Judiciário- CNMP/ 2015) É assegurada naConstituição Federal a seguinte garantia fundamental: Homens e

mulheres são absolutamente iguais em direitos e obrigações.

Comentários:

Errado, fique atento, a Constituição não fala que são absolutamente

iguais, o que diz é que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição, de forma que a CF pode

estabelecer diferenciações, como o faz por exemplo em relação ao período de contribuição para aposentadoria.

Gabarito: Errado.

34. (CESPE/Analista-EBC/2011) O Poder Judiciário não pode,

sob a alegação do direito a isonomia, estender a determinada

categoria de servidores públicos vantagens concedidas a outras por

lei.

Comentários:

É pacífico na jurisprudência do Supremo a impossibilidade do Poder Judiciário atuar como legislador positivo, ou seja, basear-se na

isonomia para estender a categorias não contempladas benefícios que deveriam ser veiculados por lei. Assim, nos termos da Súmula

339 do STF - Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos dos servidores públicos sob

fundamento de isonomia.

Gabarito: Correto.

35. (ESAF/ATRFB/2012) Segundo a jurisprudência do Supremo

Tribunal Federal, o foro especial para a mulher nas ações de separação judicial e de conversão da separação judicial em divórcio

ofende o princípio da isonomia entre homens e mulheres ou da

igualdade entre os cônjuges.

Comentários:

6 AI 443.315-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 16.02.07 e RE 316.882-AgR, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 30.09.05

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Trata-se de uma busca pela igualdade material (tratar desigualmente os desiguais para igualar condições).

Gabarito: Errado.

36. (ESAF/ATRFB/2012) A jurisprudência do Supremo TribunalFederal firmou entendimento no sentido de que afronta o princípio da

isonomia a adoção de critérios distintos para a promoção de integrantes do corpo feminino e masculino da Aeronáutica.

Comentários:

A jurisprudência do Supremo está firmada no sentido oposto, já

tendo se manifestado sobre o tema em diversas oportunidades. (AI 443.315-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 16.02.07 e RE

316.882-AgR, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 30.09.05).

Gabarito: Errado.

37. (ESAF/ATRFB/2012) O princípio da isonomia, que se revestede autoaplicabilidade, não é suscetível de regulamentação ou de

complementação normativa. Esse princípio deve ser considerado sob duplo aspecto: (i) o da igualdade na lei; e (ii) o da igualdade perante

a lei.

Comentários:

O princípio da isonomia é autoaplicável e pode ser entendido como: “a lei não pode fazer distinção, deve tratar de forma igual os iguais e

de forma desigual os desiguais na medida de suas desigualdades”. Desta forma, temos dois diferentes tipos de isonomia: Isonomia

formal- Todos poderão igualmente buscar os direitos expressos na lei. Isonomia material - É a igualdade real, vai além da igualdade

formal. A busca da igualdade material acontece quando são tratadas

desigualmente as pessoas que estejam em situações desiguais. Geralmente usada para favorecer alguns grupos que estejam em

posição de desvantagem. Obviamente ela só será válida se for pautada em um motivo lógico e justificável. Ex. Destinação de vagas

especiais para deficientes físicos em concursos públicos.

A doutrina também costuma diferenciar outras duas formas de

isonomia (ambas comportadas pela Constituição) e que foram cobradas na prova: Igualdade perante a lei - Com a lei já

elaborada, esta igualdade direciona o aplicador da lei para que a aplique sem fazer distinções (isonomia formal). Igualdade na lei - É

o princípio que direciona o legislador a não fazer distinções entre aspessoas no momento de se elaborar uma lei.

Gabarito: Correto.

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Liberdade (legalidade na visão do cidadão):

Art. 5º, II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de

fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

Doutrinariamente, chama-se de "liberdade" (uma de suas faces) o

princípio que está expresso no art. 5º, II, já que somente a lei (legítima) pode obrigar que alguém faça ou deixe de fazer algo contra

sua vontade.

Este princípio também é conhecido como a faceta da legalidade para

o cidadão, isso porque a legalidade pode ser entendida de 2 formas:

Para o cidadão - O particular pode fazer tudo aquilo que a lei

não proíba;

Para o administrador público - O administrador público só

pode fazer aquilo que a lei autorize ou permita.

Doutrina:

Cabe-nos agora, expor uma outra discussão doutrinária relevante para concursos: a diferenciação dos termos "legalidade" e "reserva

legal" (reserva de lei). Embora, não seja pacífico tal distinção, muitos juristas (inclusive o próprio STF7) consideram importante diferenciar

tais institutos:

1- Reserva legal - É um termo mais específico. Ocorre quando a

Constituição estabelece um comando, mas faz uma "reserva" para que uma lei (necessariamente uma lei formal - emanada pelo Poder

Legislativo - ou então, uma lei delegada ou medida provisória) estabeleça algumas situações. Ex. Art. 5º, XIII – É livre o exercício de

qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Veja que a Constituição garantiu

uma liberdade, porém, reservou à lei, e somente à lei (formal), a

possibilidade de estabelecer restrições à norma. Esta reserva feita à lei, pode ocorrer de duas formas:

Reserva legal absoluta - Quando será a própria lei que iráatender o mandamento. Ex. Os casos constitucionais que

venham com as expressões "a lei estabelecerá", "a lei regulará", " a lei disporá"... veja que é a própria lei, diretamente, que

atenderá o comando constitucional;

Reserva legal relativa - Quando não é a lei que irá,

diretamente, atender ao comando constitucional, mas estabelecerá os limites, ou os termos, dentro dos quais um ato

infralegal irá atuar. Ex. Os casos constitucionais que venham com as expressões "nos termos da lei", "na forma da lei", "nos

7 HC 85.060, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 23-9-2008, Primeira Turma, DJE de 13-2-2009.

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limites estabelecidos pela lei"... veja que não será a lei que atenderá ao comando, porém, esta estará traçando os limites

para tal.

2- Legalidade - É um termo mais genérico, também conhecido

como "reserva da norma". Grosso modo, a legalidade (reserva de norma) pode ser atendida tanto com o uso de leis formais, quanto

pelo uso de atos infralegais emanados nos limites da lei. Legalidade, então, seria simplesmente "andar dentro dos limites traçados pelo

Legislador". Seja com o uso direto de uma lei, seja o uso de um ato, nos limites da lei, ambos conseguiriam perfeitamente cumprir o

comando da "legalidade".

Jurisprudência:

O STF tem entendido que o princípio da legalidade expresso no art. 5º, II da Constituição seria meramente uma "reserva de norma", ou

seja, uma legalidade ampla e não uma reserva de lei (formal) em sentido estrito8. Assim, tal dispositivo poderia ser cumprido tanto

através de uma lei formal como também por outros atos expressa ou implicitamente autorizados por ela.

38. (CESPE/TFCE-TCU/2012) Quando se afirma que a

regulamentação de determinadas matérias há de se fazer necessariamente por lei formal, há referência expressa ao princípio da legalidade lato sensu.

Comentários:

Quando se diz "necessariamente por lei formal" estamos falando sobre a

legalidade em sentido "estrito" (stricto sensu) e não sobre a legalidade em

sentido amplo (lato sensu), que seria atendida tanto com o uso de leis formais, quanto pelo uso de atos infralegais emanados nos limites da

lei.

Gabarito: Errado.

Nas palavras do Supremo: ninguém é obrigado a cumprir ordem ilegal, ou a ela se submeter, ainda que

emanada de autoridade judicial. É dever da cidadania opor-se à

ordem ilegal; caso contrário, nega-se o Estado de Direito9.

8 HC 85.060, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 23-9-2008, Primeira Turma, DJE de 13-2-2009. 9 HC 73.454, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 22-4-96, 2ª Turma, DJ de 7-6-96

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Desdobramento da dignidade da pessoa humana:

Art. 5º, III - ninguém será submetido a tortura nem a

tratamento desumano ou degradante;

Súmula Vinculante nº 11 → Só é lícito

o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio defuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte

do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou

da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

39. (CESPE/AJAA-TJES/2011) O princípio da dignidade da

pessoa humana possui um caráter absoluto, sendo um princípio

primordial presente na Constituição Federal de 1988.

Comentários:

A dignidade da pessoa humana é um princípio fundamental de nosso ordenamento. Este princípio, bem como qualquer outro direito

fundamental previsto na Constituição não pode ser considerado absoluto. A característica da “relatividade” é inerente a eles, pois

ainda que aparentem ser absolutos, eles poderão, diante de um caso concreto, colidir com outros direitos fundamentais, e assim serem

relativizados.

Gabarito: Errado.

Manifestação do pensamento:

Art. 5º, IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

Obviamente, a manifestação do pensamento não é absoluta, deve-se

respeitar os outros princípios, como a intimidade, privacidade etc.

Segundo o STF, não é possível a utilização da denúncia anônima

como ato formal de instauração do procedimento investigatório, quando isoladamente consideradas, já que as peças futuras não

poderiam, em regra, ser incorporadas formalmente ao processo. Nada impede, porém, que o Poder Público seja provocado pela

delação anônima e, com isso, adote medidas informais para que se

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apure a possível ocorrência da ilicitude penal10. E ratifica:não serve à persecução criminal notícia de prática criminosa sem identificação da

autoria, consideradas a vedação constitucional do anonimato e a necessidade de haver parâmetros próprios à responsabilidade, nos

campos cível e penal, de quem a implemente11.

O STF também decidiu, sobre a manifestação do pensamento, que a

defesa da legalização das drogas em espaços públicos constitui exercício legítimo do direito à livre manifestação do pensamento,

sendo, portanto, permitida pelo ordenamento jurídico pátrio12.

40. (FCC/ Técnico Judiciário- CNMP/ 2015) É assegurada naConstituição Federal a seguinte garantia fundamental: É livre a

manifestação do pensamento, inclusive pelo anonimato.

Comentários:

A manifestação de pensamento é livre, sendo VEDADO o anonimato.

Gabarito: Errado.

41. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) É livre a manifestação dopensamento, permitido o anonimato.

Comentários:

A Constituição veda o uso do anonimato através do disposto em seu

art. 5º, IV.

Gabarito: Errado.

42. (CESPE/DPU - Agente Adm./2010) A CF prevê o direito à

livre manifestação de pensamento, preservando também o anonimato.

Comentários:

A Constituição não preserva o anonimato. Pelo contrário, o repudia (CF, art. 5º, IV).

Gabarito: Errado.

43. (CESPE/AJAJ - STM/2011) Com fundamento no dispositivoconstitucional que assegura a liberdade de manifestação de

10 Inq 1.957, Rel. Min. Carlos Velloso, voto do Min. Celso de Mello, julgamento em 11-5-05, Plenário, DJ de 11-11-05. 11 STF, o HC 84827 / TO , em 2007. 12 ADPF 187/DF, rel. Min. Celso de Mello, 15.6.2011.

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pensamento e veda o anonimato, o Supremo Tribunal Federal (STF) entende que os escritos anônimos não podem justificar, por si só,

desde que isoladamente considerados, a imediata instauração de procedimento investigatório.

Comentários:

Tipo de questão que o CESPE usa muito: jurisprudências recentes e

relevantes. Segundo o STF, não é possível a utilização da denúncia anônima como ato formal de instauração do procedimento

investigatório, quando isoladamente consideradas.

Gabarito: Correto.

44. (CESPE/AUFCE-TCU/2011) Se indícios da prática de ilícito

penal por determinada pessoa constarem de escritos anônimos, a

peça apócrifa, por si só, em regra, não será suficiente para a instauração de procedimento investigatório, haja vista a vedação ao

anonimato prevista na CF.

Comentários:

Apócrifo significa "origem desconhecida", "sem assinatura". Assim, não se pode usar escritos cuja origem incerta (anônima) para

instaurar processo. Decidiu então o STF, em 2007, no HC 84827/ TO Não serve à persecução criminal notícia de prática criminosa sem

identificação da autoria, consideradas a vedação constitucional do anonimato e a necessidade de haver parâmetros próprios à

responsabilidade, nos campos cível e penal, de quem a implemente.

Gabarito: Correto.

45. (ESAF/ Analista de Finanças- STN/ 2013) É livre a

manifestação de pensamento, permitindo-se inclusive o anonimato.

Comentários:

Errado, contraria o preceito do inciso IV - é livre a manifestação do

pensamento, sendo vedado o anonimato; do art. 5º da Constituição,

confira: IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o

anonimato.

Gabarito: Errado.

46. (ESAF/ATRFB/2012) É livre a manifestação do pensamento,sendo permitido o anonimato.

Comentários:

O art. 5º, IV veda o anonimato na manifestação de pensamento.

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Gabarito: Errado.

47. (ESAF/ATRFB/2012) A defesa da legalização das drogas emespaços públicos não constitui exercício legítimo do direito à livre

manifestação do pensamento, sendo, portanto, vedada pelo ordenamento jurídico pátrio.

Comentários:

No julgamento da ADPF 187/DF (rel. Min. Celso de Mello, 15.6.2011)

o Supremo entendeu que tal manifestação não contraria oordenamento jurídico, assim, a defesa da legalização das drogas em

espaços públicos constitui exercício legítimo do direito à livre manifestação do pensamento.

Gabarito: Errado.

48. (ESAF/ATRFB/2012) O exercício concreto da liberdade de

expressão assegura ao jornalista o direito de expender críticas a qualquer pessoa, ainda que em tom áspero, contundente, sarcástico,

irônico ou irreverente, especialmente contra as autoridades e aparelhos de Estado. No entanto, deve responder penal e civilmente

pelos abusos que cometer, e sujeitar-se ao direito de resposta previsto no texto constitucional.

Comentários:

Item chega a ser engraçado, pois falou várias coisas que levavam a

pensar no "abuso do direito" e depois o item realmente afirmou isso - ele pode, mas deve responder pelos abusos! Está correto o item.

Gabarito: Correto.

Direito de resposta e inviolabilidade de honra, imagem e vida

privada:

Art. 5º, V - é assegurado o direito de resposta, proporcional

ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;

Pois é, vimos que todo mundo tem a liberdade de se manifestar... Obviamente essa liberdade não é absoluta e se abusar do direito,

vem esse dispositivo aqui! O ofendido tem direitos de resposta, ainda podendo cumular uma forma tríplice de indenização pela ofensa:

material, moral e imagem.

Isso porque temos o seguinte dispositivo:

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Art. 5º, X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a

indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

Embora seja assegurado o direito de

resposta, não se pode, nesta, violar a intimidade, a vida privada e a

honra do agressor. Exemplo: A mulher não pode vingar-se do namorado, que publicou fotos suas desrespeitosas na internet,

fazendo o mesmo com as dele, alegando direito de resposta.

Princípio da exclusividade:

É de se destacar que a intimidade e a vida privada são regidas

“princípio da exclusividade”. Isso significa que cada pessoa deve ter garantido o seu direito ao acesso de seus dados e a sua vida

particular de forma exclusiva, sem que tenha ingerências externas ou tenha essa sua exclusividade devassada. Diante disso, decorrem

aqueles diversos sigilos: bancário, fiscal, telefônico...

Honra x imagem:

Intimidade e vida privada são conceitos de fácil visualização. Porém, é necessário que façamos aqui uma distinção dos conceitos de honra

e imagem, para fins dessa proteção:

honra - aspecto interno, reputação do indivíduo, bom nome.

Imagem - aspecto externo, exposição de sua figura.

Desta forma, vemos que honra e imagem são coisas dissociadas. No

entendimento do STF, se alguém fizer uso indevido da imagem de alguém, a simples exposição desta imagem já gera o direito de

indenizar, ainda que isso não tenha gerado nenhuma ofensa à sua reputação.

Ainda nos cabe diferenciar a questão dos danos:

Dano material - Quando existe ofensa, direta ou indireta (lucros

cessantes), ao patrimônio das pessoas físicas ou jurídicas.

Dano moral - Quando existe ofensa à algo interno, subjetivo.

Conceito amplo que abrange ofensa à reputação de alguém, ou

quando se refere ao fato de ter provocado violação ao lado emocional, psíquico, mental da pessoa.

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Dano à imagem - Segundo o art. 20 do Código Civil, são aqueles que denigrem, através da exposição indevida, não autorizada ou

reprovável, a imagem das pessoas físicas, ou seja , a publicação de seus escritos, a transmissão de sua palavra, ou a utilização

não autorizada de sua imagem, bem como, a utilização indevida do conjunto de elementos como marca, logotipo ou insígnia, entre

outros, das pessoas jurídicas.

Lembrando ainda que: STJ - súmula - 227 → a pessoa jurídica

pode sofrer dano moral.

Jurisprudência relevante:

Segundo o STF: a divulgação dos vencimentos brutos de servidores,

com seus respectivos nomes e matrículas funcionais, a ser realizada oficialmente – em portal de transparência -, constituiria interesse

coletivo, sem implicar violação à intimidade e à segurança deles, não se podendo fazer divulgação de outros dados pessoais como endereço

residencial, CPF e RG de cada um13.

49. (FCC/TJ Segurança - TRT 1ª/2011) A inviolabilidade dosigilo de dados complementa a previsão ao direito à intimidade e à

vida privada, sendo ambas as previsões regidas pelo princípio da

a) igualdade.

b) eficiência.

c) impessoalidade.

d) exclusividade.

e) reserva legal.

Comentário:

O princípio que rege a intimidade e a privacidade é notadamente o “princípio da exclusividade”. Ou seja, a pessoa em questão deve ter

garantido o seu direito ao acesso de seus dados e da sua vida de forma exclusiva, sem que tenha ingerências externas ou tenha essa

sua exclusividade devassada.

Gabarito: Letra D.

13 Informativo – 630 - SS 3902 Segundo AgR/SP, rel. Min. Ayres Britto, 9.6.2011.

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50. (FCC/APOFP-SEFAZ-SP/2010) No que se refere à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem

das pessoas é certo que:

a) a dor sofrida com a perda de ente familiar não é indenizável por

danos morais, porque esta se restringe aos casos de violação à honra e à imagem.

b) a indenização, na hipótese de violação da honra e da intimidade,não responde cumulativamente por danos morais e materiais.

c) a condenação por danos morais face à divulgação indevida deimagem, exige a ocorrência de ofensa à reputação da pessoa.

d) o Estado também responde por atos ofensivos (morais) praticados pelos agentes públicos no exercício de suas funções.

e) as pessoas jurídicas, por serem distintas das pessoas físicas, têm

direito a indenização por danos materiais, mas não por danos morais.

Comentários:

Letra A - Errado. As dores sofridas em aspectos não patrimoniais, causadas por outrem, são indenizáveis por danos morais.

Letra B - Errado. Nada impede a cumulação de indenizações, caso seja comprovado o dano. A cumulação é admitida

constitucionalmente.

Letra C - Errado. A imagem é dissociada da honra, logo,

independentemente de haver dano à honra, é indenizável a exposição indevida ou reprovável da imagem.

Letra D - Correto. A conduta do agente público é imputável ao Estado, se este está agindo no exercício de suas funções, já que o

agente é o responsável por manifestar a vontade estatal.

Letra E - Errado. Pessoas Jurídicas podem sofrer danos morais (STJ,

súmula 227), bem como materiais e à imagem.

Gabarito: Letra D.

51. (CESPE/ Auditor – SEFAZ-ES/ 2013) A CF assegura aliberdade de manifestação de pensamento, sem excluir a

responsabilidade pelos danos materiais e morais decorrentes do seu exercício e sem afastar o direito de resposta para rebater qualquer

tipo de ofensa, e não apenas aquelas configuradoras de ilícitos penais.

Comentários:

Correto, conforme disposto no art. 5º, V da CF, que prevê direito de

resposta no caso de violação dos direitos patrimoniais e da

personalidade.

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Gabarito: Correto.

Sigilo bancário e fiscal:

Segundo o STF, o art. 5º, X, que vimos anteriormente, também é o

respaldo constitucional para o sigilo bancário e fiscal das pessoas. Pois a intimidade e a vida privada são regidas “princípio da

exclusividade”. A pessoa deve ter o direito exclusivo ao acesso de seus dados e a sua vida particular.

Estes sigilos só podem ser relativizados, com a devida fundamentação, por:

decisão judicial;

CPI - somente pelo voto da maioria da comissão e por decisão

fundamentada, não pode estar apoiada em fatos genéricos;

Ministério Público - muito excepcionalmente. Somentequando estiver tratando de aplicação das verbas públicas

devido ao princípio da publicidade.

Obs.:

A LC 105/01 fornece respaldo para que a quebra do sigilo bancário seja feita por autoridade fiscal. Porém, embora exista essa previsão

legal, ela é alvo de muitas críticas, inclusive a posição atual do STF14 indica que seria inconstitucional, já que o sigilo possui um pilar na

própria Constituição Federal, não podendo ser relativizado por leis infraconstitucionais - sejam elas ordinárias ou complementares -.

Assim, somente as autoridades judiciais - e a CPI, que possui os mesmo poderes investigativos daquelas (CF, art. 58 §3º) - é que

poderiam relativizar estes sigilos.

No entanto, até o momento, ainda não houve decisão do STF neste

sentido que se revista de caráter vinculante, já que a decisão do STF

se deu em sede de recurso extraordinário e não em uma ação direta.

Lembramos ainda que a quebra por parte do Ministério Público é

muito excepcional, somente podendo ser feita no caso citado anteriormente. Assim, a quebra de sigilos, em regra, só pode ser

feita por Juiz e CPI.

52. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O TCU, no exercício desua missão constitucional de auxiliar o Congresso Nacional no

controle externo, tem competência para determinar a quebra de sigilo bancário dos responsáveis por dinheiros e bens públicos.

14 RE 389.808/PR - 15-12-2010

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Comentários:

Nas palavras do Supremo, O TCU não possui poderes para determinar

a quebra do sigilo bancário de dados. O legislador conferiu esses poderes ao Poder Judiciário, ao Poder Legislativo Federal, bem como

às Comissões Parlamentares de Inquérito, após prévia aprovação do pedido pelo Plenário da Câmara dos Deputados, do Senado Federal

ou do plenário de suas respectivas comissões parlamentares de inquérito.

Gabarito: Errado.

53. (CESPE/TCE-AC/2009) Os tribunais de contas não podemdeterminar a quebra de sigilo bancário de administrador público

investigado por superfaturamento de preço praticado em licitação, no

âmbito do controle externo realizado.

Comentários:

Os tribunais de contas não tem competência para quebra de sigilos.

Gabarito: Correto.

Liberdade de crença religiosa e filosófica

O Brasil é um país laico, não possui uma religião oficial, embora proteja a liberdade de crença como uma das faces da não

discriminação.

Art. 5º, VI - é inviolável a liberdade de consciência e de

crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais

de culto e a suas liturgias; (Entenda-se por liturgias: celebrações, rituais...)

Art. 5º, VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação

de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;

54. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) É vedada a assistência religiosa

nas entidades militares de internação coletiva, salvo nas civis.

Comentários:

A assistência religiosa é assegurada nas entidades de internação coletiva, sejam elas civis ou militares (CF, art. 5º, VII).

Gabarito: Errado.

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55. (CESPE/Assistente – CNPq/2011) Ao assegurar a liberdadede consciência e crença, a CF reafirmou ser o Brasil um país laico,

apesar de admitir a prestação de assistência religiosa nas entidades civis de internação coletiva.

Comentários:

Exatamente, sabemos que o Brasil é um país laico, ou leigo, que é

aquele país que não possui religião oficial, não impõe nenhuma religião. Porém, o Brasil adota a proteção às religiões, seus cultos e

liturgias, como uma de suas bases, de forma a impedir a não discriminação e favorecendo uma pluralidade de opiniões e etc..

A Constituição prevê como uma das faces dessa “proteção religiosa” a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de

internação coletiva (CF, art. 5º, VII).

Gabarito: Correto.

Imperativo de Consciência

Art. 5º, VIII - ninguém será privado de direitos por motivo

de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a

todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

O imperativo de consciência pode ser alegado, por exemplo, em tempo de paz, no caso do serviço militar obrigatório, mas não poderá

a pessoa recusar-se a cumprir a prestação alternativa imposta, conforme dispõe o art. 143, § 1º.

Art.15, IV → No caso de recusa de se cumprir obrigação legal a todos

imposta ou prestação alternativa, ensejará a suspensão dos direitos políticos do cidadão.

56. (FCC/TCE-SP/2011) Por força de previsão expressa no

Código de Processo Penal (CPP), o serviço do júri é obrigatório, sujeitando-se ao alistamento os cidadãos maiores de 18 anos de

notória idoneidade. O artigo 438 do mesmo diploma legal, a seu turno, estabelece que "a recusa ao serviço do júri fundada em

convicção religiosa, filosófica ou política importará no dever de prestar serviço alternativo, sob pena de suspensão dos direitos

políticos, enquanto não prestar o serviço imposto". A previsão contida

no artigo 438 do CPP é

a) compatível com a Constituição da República.

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b) parcialmente compatível com a Constituição da República, no quese refere à possibilidade de exercício de objeção de consciência, que

somente se admite por motivo de convicção filosófica ou política.

c) incompatível com a Constituição da República, que considera o júri

um órgão que emite decisões soberanas, sendo por essa razão vedada a recusa ao serviço.

d) incompatível com a Constituição da República, que não admite asuspensão de direitos políticos nessa hipótese.

e) incompatível com a Constituição da República, que não admite apossibilidade de recusa ao cumprimento de obrigação legal a todos

imposta.

Comentário:

É perfeitamente compatível coma Constituição, pois conjuga dois

dispositivos presentes no seu texto:

CF, Art. 5º, VIII - ninguém será privado de direitos por motivo

de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e

recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

CF, Art.15, IV - No caso de recusa de se cumprir obrigação legal a

todos imposta ou prestação alternativa, ensejará a suspensão dos direitos políticos do cidadão.

Gabarito: Letra A.

57. (CESPE/AJAJ-TRE-MS/2013) A objeção de consciência é

protegida constitucionalmente, podendo o cidadão invocá-la para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e para se recusar a

cumprir prestação alternativa fixada em lei.

Comentários:

A Constituição em seu art. 5º, inciso VIII, prevê que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção

filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir

prestação alternativa, fixada em lei, veja que a Constituição respeita os imperativos de consciência, no entanto, não se utilizada

com o fim de permitir que alguém se exima de obrigação e nem admite a recusa de prestação alternativa.

Gabarito: Errado.

58. (CESPE/Analista – CNPq/2011) Pessoa que se exima de

obrigação legal a todos imposta por motivo de crença religiosa deve

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sofrer as consequências legais por seu ato, já que o Brasil é um país laico.

Comentários:

O Brasil é um país laico, ou leigo, que é aquele país que não possui

religião oficial, não impõe nenhuma religião. Porém, o Brasil adota a proteção às religiões, seus cultos e liturgias, como uma de suas

bases, de forma a impedir a não discriminação e favorecendo uma pluralidade de opiniões e etc.

Assim, o Brasil admite (expressamente na CF, art. 5º, VIII) que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de

convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação

alternativa, fixada em lei.

Ou seja, ela pode invocar a sua crença para eximir-se de obrigação, e ainda assim não sofrerá consequências. Essa punição só ocorrerá

caso haja uma prestação alternativa fixada em lei que também seja objeto de recusa por parte da pessoa.

Gabarito: Errado

Liberdade de pensamento e a censura

Art. 5º, IX - é livre a expressão da atividade intelectual,

artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

Art. 220 →A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a

informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto na CF.

Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituirembaraço à plena liberdade de informação jornalística em

qualquer veículo de comunicação social.

É vedada toda e qualquer censura de natureza política,

ideológica e artística.

A publicação de veículo impresso de comunicação

independe de licença de autoridade.

59. (FCC/Técnico-TRT 16ª/2009) A expressão da atividade

científica depende de censura ou licença.

Comentários:

Errado. No Brasil, temos a liberdade de expressão, independente de censura ou licença (CF, art. 5º, IX). E ainda é reforçada pelo art.

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220: é vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.

Gabarito: Errado.

60. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A CF assegura a liberdade deexpressão, apesar de possibilitar, expressamente, sua limitação por

meio da edição de leis ordinárias destinadas à proteção da juventude.

Comentários:

Nenhuma lei poderá restringir a liberdade de expressão, esta deve observar apenas as restrições de ordem constitucional.

Professor, mas que doidera! Quer dizer então a liberdade de expressão está acima da proteção à Juventude? De forma alguma!

Aí que entra saber fazer concurso. Veja o que a questão afirma:

"apesar de possibilitar, expressamente...".

A Constituição faz isso expressamente? Não.

A liberdade de expressão deve estar contida pelos outros direitos e interesses individuais e coletivos, porém, esta avaliação é feita no

caso concreto.

Gabarito: Errado.

61. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Conforme entendimento

do STF, a atual CF recepcionou o dispositivo da Lei de Imprensa que estabelece limitação quanto à indenização devida pela empresa

jornalística, a título de dano moral, na hipótese de publicação de notícia inverídica, ofensiva à boa fama da vítima.

Comentários:

O STF decidiu em 2009, através do julgamento de uma ADPF que a

lei de imprensa não estaria recepcionada pelo atual ordenamento

jurídico, estando revogada.

Gabarito: Errado.

Inviolabilidade de domicílio:

Art. 5º, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador,

salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação

Esquematizando este inciso, vemos que, o domicílio não possui uma inviolabilidade absoluta, poderá alguém adentrar no recinto se:

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Tiver o consentimento do morador;

Ainda que sem o consentimento do morador, se o motivo

for:

Flagrante delito;

Desastre;

Prestar Socorro;

Ordem judicial, mas neste caso, somente durante o dia.

Expressão "durante o dia":

Baseado na doutrina constitucionalista, entendemos que a expressão "durante o dia" significa o lapso temporal que vai da aurora ao

crepúsculo, sem determinação de horário fixo, devido às peculiaridades do Brasil (horário de verão e etc.), ou seja, "durante o

dia" é o período em que a terra está sendo iluminada pelo sol.

Algumas questões de concurso insistem em "fixar horários", quando

isso acontecer, o candidato deverá utilizar o período das 6h às 18h como o período referente ao dia, embora não achemos que seja o

correto.

Termo "casa":

“Casa”, segundo o STF, tem sentido amplo, aplica-se ao escritório, consultório etc. (qualquer recinto privado não aberto ao público).

Porém, nenhum direito fundamental é absoluto, desta forma, o STF decidiu pela não ilicitude das provas obtidas com violação noturna de

escritório de advogados para que fossem instalados equipamentos de

escuta ambiental, já que os próprios advogados estavam praticando atividades ilícitas em seu interior. Assim, a inviolabilidade profissional

do advogado, bem como do seu escritório, serve para resguardar o seu cliente para que não se frustre a ampla defesa, mas, se o

investigado é o próprio advogado, ele não poderá invocar a inviolabilidade profissional ou de seu escritório, já que a Constituição

não fornece guarida para a prática de crimes no interior de recinto15.

15 Inq 2.424, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 19 e 20-11-08, Plenário, Informativo 529.

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A prisão de traficante, em sua residência, durante o período noturno, não constitui prova ilícita, já que se trata de crime permanente16

62. (CESPE/Analista – CNPq/2011) Entre as possibilidades de

violação de domicílio, inclui-se a realizada em horário noturno e autorizada por ordem judicial.

Comentário:

A violação autorizada por ordem judicial só pode correr durante o dia.

Já que segundo a CF, art. 5º, XI, só se pode entrar na casa de alguém, se:

Tiver o consentimento do morador;

Ainda que sem o consentimento do morador, se o motivo

for:

Flagrante delito;

Desastre;

Prestar Socorro;

Ordem judicial, mas neste caso, somente durante o dia.

Gabarito: Errado.

63. (CESPE/Analista-EBC/2011) Uma comissão parlamentar deinquérito pode determinar a violação de, por exemplo, domicílio para

a realização da busca e apreensão de computador que possua dados a respeito da matéria investigada.

Comentários:

Embora a Comissão Parlamentar de Inquérito possua poderes de

"investigação" próprios de autoridades judiciais, o STF entende que não poderá tal comissão determinar a violação de domicílio para a

realização da busca e apreensão, já que a Constituição atribuiu tal

poder somente às autoridades judiciais, expressamente, e, vale lembrar, somente durante o período diurno ( CF, art. 5º, XI).

Gabarito: Errado.

64. (CESPE/MMA/2009) Se um indivíduo, ao se desentender com

sua mulher, desferir contra ela inúmeros golpes, agredindo-a fisicamente, causando lesões graves, as autoridades policiais,

considerando tratar-se de flagrante delito, poderão penetrar na casa

16 HC 84.772, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 19-10-04, 2ª Turma, DJ de 12-11-04.

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desse indivíduo, ainda que à noite e sem determinação judicial, e prendê-lo.

Comentários:

Como se trata de flagrante delito, não necessita de exigência de ser

apenas durante o dia.

Gabarito: Correto.

65. (CESPE/PGE-AL/2009 - Adaptada) O conceito normativo de

casa é abrangente; assim, qualquer compartimento privado onde alguém exerce profissão ou atividade está protegido pela

inviolabilidade do domicílio. Apesar disso, há a possibilidade de se instalar escuta ambiental em escritório de advocacia que seja

utilizado como reduto para a prática de crimes.

Comentários:

Esse é o entendimento do STF, o conceito amplo do termo "casa" e a

possibilidade da instalação da escuta no caso de prática de crimes.

Gabarito: Correto.

66. (CESPE/Auditor-TCU/2009) O cumprimento de mandado de

busca e apreensão, expedido pela autoridade judicial competente, poderá ocorrer a qualquer horário do dia, inclusive durante o período

noturno, mesmo que não haja o consentimento do morador, tendo em vista que a CF estabelece algumas exceções ao princípio da

inviolabilidade domiciliar, as quais se incluem as determinações do Poder Judiciário.

Comentários:

Segundo a Constituição em seu art. 5º, XI, a casa do indivíduo

(sentido amplo: moradia, escritório, consultório e etc.) é asilo

inviolável e ninguém pode entrar na mesma, a não ser que:

Tenha o consentimento do morador; ou

Em caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro; ou

Se o Juiz determinar, mas neste caso só poderá entrar

durante o dia.

Gabarito: Errado.

67. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Suponha

que, por determinação judicial, tenha sido instalada escuta ambiental no escritório de advocacia de Pedro, para apurar a sua participação

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em fatos criminosos apontados em ação penal. Nessa situação hipotética, se essa escuta foi instalada no turno da noite, quando

vazio estava o escritório em tela, eventual prova obtida nessa diligência será ilícita, por violação ao domicílio, ainda que preenchidos

todos os demais requisitos legais.

Comentários:

Embora “casa” tenha sentido amplo, segundo o STF, em se tratando de escritório, consultório e etc., não se pode invocar a inviolabilidade

para se proteger de ilícitos praticados em seu interior, assim, em decisão não pacífica, porém definitiva, o STF decidiu pela

possibilidade da instalação de escuta ambiental em um escritório de advogados, afirmando não se sujeitar aos mesmos limites da busca

domiciliar, podendo por ordem judicial ser instalada inclusive durante

a noite.

Gabarito: Errado.

O texto a seguir deverá ser utilizado para as próximas 5

questões.

Antônio, governador de determinado estado, visando impedir um comício marcado para o dia seguinte em praça pública,

determinou ao comando da polícia militar a prisão de João, organizador do comício. Além disso, o governador Antônio

baixou um decreto determinando que todos os que comparecessem ao comício fossem presos. O governador

fundamentou sua decisão na necessidade de preservar a ordem pública e no fato de não ter sido solicitada autorização

para a realização do evento. Foi assegurado a João o direito a

um advogado e a um telefonema. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta tendo em vista os direitos

e garantias fundamentais previstos na CF.

68. (CESPE/TCE-AC/2009) A prisão de João, em tese, foi legal,visto que devidamente fundamentada e decidida pela autoridade

competente.

Comentários:

A prisão feriu diversos princípios constitucionais, principalmente o art. 5º LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o

devido processo legal.

Gabarito: Errado.

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69. (CESPE/TCE-AC/2009) João poderá impetrar, por meio deseu advogado, mandado de segurança visando questionar a

legalidade de sua prisão e garantir o seu direito de ir e vir.

Comentários:

Neste caso o remédio a ser usado seria o habeas corpus, excluindo-se assim a possibilidade de se impetrar mandado de segurança, já que

este não pode ser utilizado quando for cabível habeas corpus ou habeas data.

Gabarito: Errado.

70. (CESPE/TCE-AC/2009) João deveria ter solicitado autorização prévia para a realização do comício, não sendo suficiente

o simples aviso prévio à autoridade competente.

Comentários:

Não precisa pedir autorização, basta simples aviso, nos termos da CF

em seu art. 5º XVI.

Gabarito: Errado.

71. (CESPE/TCE-AC/2009) A prisão de João e o local onde foi

recolhido deveriam ter sido comunicados imediatamente ao juiz competente e a sua família.

Comentários:

O art. 5º LXII da Constituição ordena que a prisão de qualquer

pessoa e o local onde se encontre deverão ser comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa

por ele indicada;

Gabarito: Correto.

72. (CESPE/TCE-AC/2009) João só poderia ter sido preso em suaresidência, no período da noite, por decisão judicial.

Comentários:

Para ser preso à noite, só em caso de flagrante delito. Se por ordem

judicial, a prisão só pode ocorrer durante o dia, nos termos do art. 5º XI.

Gabarito: Errado.

73. (CESPE/TRT-17ª/2009) Caso um escritório de advocaciaseja invadido, durante a noite, por policiais, para nele se instalar

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escutas ambientais, ordenadas pela justiça, já que o advogado que ali trabalha estaria envolvido em organização criminosa, a prova obtida

será ilícita, já que a referida diligência não foi feita durante o dia.

Comentários:

Nenhum direito fundamental e absoluto, desta forma, o STF decidiu pela não ilicitude das provas obtidas com violação noturna de

escritório de advogados para que fossem instalados equipamentos de escuta ambiental, já que os próprios advogados estavam praticando

atividades ilícitas em seu interior. Desta forma, a inviolabilidade profissional do advogado, bem como do seu escritório, serve para

resguardar o seu cliente para que não se frustre a ampla defesa,mas, se o investigado é o próprio advogado, ele não poderá invocar a

inviolabilidade profissional ou de seu escritório, já que a Constituição

não fornece guarida para a pratica de crimes no interior de recinto.

Gabarito: Errado.

74. (ESAF/ATRFB/2012) Ressalvadas as situações excepcionais

taxativamente previstas no texto constitucional, nenhum agente público, ainda que vinculado à administração tributária do Estado,

poderá, contra a vontade de quem de direito, ingressar, durante o dia, sem mandado judicial, em espaço privado não aberto ao público,

onde alguém exerce sua atividade profissional, sob pena de a prova resultante da diligência de busca e apreensão assim executada

reputar-se inadmissível.

Comentários:

Correto. Trata-se do conceito amplo do termo “casa” para fins da proteção prevista na Constituição Federal. Qualquer espaço privado

não aberto ao público só poderá ser violado contra a vontade da

pessoa nos casos de flagrante delito, desastre, para prestar socorro, ou durante o dia por ordem judicial. A Jurisprudência do STF não

admite a possibilidade de violação por nenhum outro agente público, ainda que vinculado à administração tributária do Estado, fora destes

casos.

75. (ESAF/ATRFB/2012) O sigilo profissional constitucionalmentedeterminado exclui a possibilidade de cumprimento de mandado de

busca e apreensão em escritório de advocacia.

Comentários:

Errado. Nenhum direito fundamental é absoluto. Os escritórios de advocacia, embora sejam realmente protegidos pela inviolabilidade

de domicílio prevista na Constituição, podem ser violados para

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cumprimento de mandados judiciais, desde que durante o dia. Além disso, em caso de suspeita de ilícitos, o Supremo já decidiu até que

seria possível a instalação de escutas ambientais durante à noite (Inq. 2.424, rel Min. César Peluso).

76. (ESAF/ Ministério da Integração Nacional/2012) a casa

do indivíduo, enquanto seu domicílio, é violável durante a noite mediante ordem judicial

Comentários:

O erro está em afirmar que mediante ordem judicial é possível invadir

o domicílio do cidadão à noite. Segundo o art. 5º, XI, por ordemjudicial somente autoriza a violação do domicílio no período diurno

Gabarito: Errado

77. (ESAF/ Ministério da Integração Nacional/2012) a casa

do indivíduo, enquanto seu domicílio, é violável, porém somente durante o dia, em caso de flagrante delito ou desastre.

Comentários:

A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo

penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro a qualquer hora do dia ou

da noite. Lembre-se que mediante ordem judicial, somente de dia.

Gabarito: Errado.

Inviolabilidades de comunicações:

Art. 5º, XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações

telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas

hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;

A literalidade deste dispositivo deve ser muito bem observada, pois

nos traz 2 coisas muito cobradas em concursos:

1º - Dos três sigilos ali previstos (correspondência e comunicações

telegráficas, sigilo de dados e comunicações telefônicas) só o último deles é que permite relativização por ordem judicial: o sigilo

telefônico.

2º - Ainda que permitida a quebra do sigilo telefônico por ordem

judicial, isso não é ilimitado, deve atender a dois requisitos:

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- ser feita na forma que a lei estabelecer;

- ter como finalidade investigação criminal ou instrução processual

penal.

Assim, não será permitida a quebra para instaurações de processos

cíveis sem consequências criminais.

Jurisprudência:

É relevante observar que é necessária a edição de lei pararegulamentar a interceptação telefônica. Esta lei foi criada

somente em 1996 (Lei nº 9.296/96), antes disso o STFentendia que nem por ordem judicial poderia se afastar este

sigilo, já que estava pendente de regulamentação.

Embora a literalidade da Constituição refira-se expressamente à

possibilidade de relativização apenas das comunicações

telefônicas, o STF já decidiu que as outras inviolabilidades(correspondência, dados e telegráficas) também poderão ser

afastadas, já que nenhum direito fundamental é absoluto e nãopode ser invocado para acobertar ilícitos. Destarte, estas

inviolabilidades poderão ser quebradas quando se abordar outrointeresse de igual ou maior relevância. Por exemplo: É

perfeitamente lícito que uma carta enviada a um presidiárioseja aberta para coibir a prática de certas condutas, já que a

disciplina prisional e a segurança são interesses mais fortes doque a privacidade da comunicação do preso. Essas hipóteses já

foram cobradas em concurso do CESPE e ESAF.

78. (FCC/Analista - TRT-18ª/2008 - adaptada) É inviolável osigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados

e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem

judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal (Certo ou

Errado).

Comentários:

Os tipos de comunicação previstos no enunciado são comunicações onde há um destinatário específico, ou seja, só este destinatário está

autorizado pelo emissor da mensagem a tomar conhecimento do conteúdo da mensagem. O único caso em que a Constituição permite

a relativização, é no caso das comunicações telefônicas, quando poderá o juiz permitir o acesso ao conteúdo da mensagem, mas

somente:

Na forma da lei; e

o Para fins de investigação criminal;

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o Para fins de instrução processual penal.

Gabarito: Correto.

79. (CESPE/Analista-EBC/2011) É permitida a violação decorrespondência de presidiário em face de suspeita de rebelião.

Comentários:

Segundo o STF nenhum direito fundamental pode ser respaldo para a

prática de atos ilícitos, assim, ainda que aparentemente absolutos, eles poderão ser relativizados diante do caso concreto. Desta forma,

é aceito a quebra de sigilo de correspondências, por exemplo, no caso de disciplina prisional, onde a autoridade fica licitamente autorizada a

devassar o sigilo da comunicação feita ao preso para fins de manutenção da ordem e de interesses coletivos.

Gabarito: Correto.

80. (CESPE/Técnico-TCU/2009) Admite-se a quebra do sigilo

das comunicações telefônicas, por decisão judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer, para fins de investigação criminal ou

administrativa.

Comentários:

Segundo a Constituição (CF, art. 5º, XII), a interceptação só poderá ocorrer, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer (Lei

9.296/1996), e com o objetivo de:

investigação criminal; ou

instrução processual penal.

Gabarito: Errado.

81. (ESAF/ATRFB/2012) Os dados obtidos em interceptação de

comunicações telefônicas, judicialmente autorizadas para produção

de prova em investigação criminal ou em instrução processual penal, não podem ser usados em procedimento administrativo disciplinar

instaurado contra a mesma pessoa investigada, haja vista que prevalece no texto constitucional o regime da independência das

instâncias.

Comentários:

A licitude ou ilicitude das provas obtidas em interceptação telefônica deve ser apurada no momento da obtenção da prova. Se a prova foi

obtida de forma regular, com autorização judicial, trata-se de prova válida, seja em processo criminal, ou em um decorrente processo

administrativo.

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Gabarito: Errado.

82. (ESAF/MDIC - Analista de Comércio Exterior/2012) ainterceptação telefônica tem exceção criada pela Constituição para a

violação das comunicações telefônicas, quais sejam, ordem judicial, finalidade de investigação criminal e instrução processual penal ou

nas hipóteses e na forma que a lei complementar estabelecer.

Comentários:

Contraria o art. 5º, XII que não prevê extensão das hipóteses por lei

complementar. Observe o teor do art. 5º, XII “é inviolável o sigilo da

correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial,

nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de

investigação criminal ou instrução processual penal”.

Gabarito: Errado.

Provas ilícitas

Art. 5º, LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

Daqui, decorre o princípio dos “frutos da árvore envenenada” (fruits of the poisoned tree), o qual diz que a admissão no processo de uma

prova ilícita, irá contaminar, tornando igualmente nulo, todos os atos processuais que decorrerem dela.

Vamos fazer uma relação do inciso XII da Constituição (inviolabilidade das comunicações) com as provas ilícitas:

Quando alguém se manifesta através de um telefone, suas palavras tem destinatário certo: o outro interlocutor, não podendo ser, sem a

sua autorização, interceptadas e usadas contra ele. Estamos diante

de uma conversa telefônica, privada, protegida pelos princípios constitucionais da intimidade, privacidade e etc.

A gravação de conversa telefônica pode

ocorrer de 3 diferentes modos:

1- Interceptação telefônica:

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Alguém vai “interceptar” essa conversa, obtendo os dados de forma que nenhum deles saiba:

A interceptação é ilícita, não pode ser aproveitada em processo, a

não ser que aconteça com respeito à Constituição (CF, art. 5º, XII), ou seja:

Seja nos termos da lei (lei 9.296/96);

Seja autorizada por uma autoridade judicial

Seja usada para investigação criminal ou instrução de

processos penais (não pode ser investigação ou processoscíveis e administrativos)

2- Escuta telefônica:

Alguém vai “escutar” essa conversa, mas um dos interlocutores sabe que tem alguém na escuta, vamos supor que o interlocutor “A” seja

quem saiba.

3- Gravação telefônica (gravação clandestina):

Neste caso não há uma terceira pessoa. Um dos interlocutores é que

grava a conversa sem o outro saber.

Interlocutor

B

Conversa Telefônica

Interlocutor

A

Interlocutor

B

Conversa Telefônica

Interlocutor

A

Interlocutor

B

Conversa Telefônica

Interlocutor

A

“Gravador”

"

“Interceptador” – sem

consentimento de A e B

“Escutador”

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O inciso XII da Constituição, que fornece a inviolabilidade das comunicações está protegendo a conversa telefônica de ser

interceptada, não está falando da “escuta” nem da “gravação clandestina”, assim, somente a interceptação é que precisa seguir os

requisitos constitucionais para ser considerada válida. O STF já decidiu a respeito, veja:

Para o STF, é lícita a gravação de conversa telefônica feita porum dos interlocutores, ou com sua autorização, sem ciência do

outro, quando há investida criminosa deste último17 (não háinterceptação telefônica quando a conversa é gravada por um

dos interlocutores, ainda que com a ajuda de um repórter18).

Também é lícita a utilização de conversa telefônica feita por

terceiros com autorização de um dos interlocutores sem o

conhecimento do outro, quando há, para essa utilização,excludente da antijuridicidade19 (no caso, legitima defesa).

Observação: Se uma conversa foi gravada com a devida autorização judicial ou nos outros casos acima (escuta ou gravação clandestina),

a sua interceptação é lícita, válida no processo, e o seu conteúdo pode ser usado para fins penais. Assim, ainda que acidentalmente

se descubra outra informação ou outro crime cometido, diverso daquele que tentava se descobrir, continua sendo

lícito o uso deste conteúdo, pois a interceptação (quebra do direito de intimidade da pessoa) foi feita regularmente.

Esses termos “escuta”, “gravação”,

“interceptação” são muitas vezes trocados em concursos. Ao resolver

uma questão, fique atento não nessas formalidades de nomenclatura, mas sim no fundamento da questão:

Exemplo: Ministério público pode determinar “escuta” telefônica? Não! Isso será, na verdade, uma interceptação ilícita, pois só o Juiz

pode determinar que se faça uma gravação que independa da ciência dos interlocutores.

83. (CESPE/ Analista- Câm. Deputados/ 2014) Interceptações

telefônicas — comumente chamadas de grampos — e gravações

ambientais realizadas por autoridade policial, sem autorização

17 HC 75.338, Rel. Min. Nelson Jobim, julgamento em 11-3-98, Plenário, DJ de 25-9-98. 18 RE 453.562-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 23-9-08. 19 HC 74.678, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 10-6-97, 1ª Turma, DJ de 15-8-97.

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judicial, ainda que em situações emergenciais, constituem violações aos princípios estruturantes do estado democrático de direito e da

dignidade da pessoa humana.

Comentários:

Correto, interceptação e escuta ambiental somente mediante autorização judicial.

Gabarito: Certo.

84. (ESAF/ATRFB/2012) A gravação de conversa telefônica feitapor um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, é considerada

prova ilícita.

Comentários:

O Supremo já tem o entendimento consolidado da licitude acerca de

gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, ou com sua autorização, sem ciência do outro, quando há investida

criminosa deste último.

Gabarito: Errado.

Liberdade profissional:

XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei

estabelecer;

Este inciso é muito cobrado, não pelo seu conteúdo em si, mas, por

ser um bom exemplo de “norma de eficácia contida”.

Jurisprudência:

O Supremo decidiu pela inconstitucionalidade da exigência dodiploma de jornalismo e da obrigatoriedade de registro

profissional para exercer a profissão de jornalista20.

O STF também entendeu pela inconstitucionalidade daexigência legal de inscrição na ordem dos músicos do Brasil e

de pagamento de anuidade, para efeito de atuação profissionaldo músico, e a fundamentação foi a de que a música é uma

forma de manifestação artística, estando protegida pelagarantia da liberdade de expressão21.

20 (RE) 511961 21 RE 635023 ED / DF - DISTRITO FEDERAL

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85. (ESAF/Técnico Administrativo-DNIT/2013) é livre oexercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as

qualificações profissionais que a lei estabelecer.

Comentários:

Expõe a literalidade prevista no art. 5º, XIII da Constituição, que prever ser livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão,

atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.

Gabarito: Correto.

86. (ESAF/ATRFB/2012) O Supremo Tribunal Federal reconheceu

a necessidade do diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista.

Comentários:

O Supremo, no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 511961, discutiu a constitucionalidade da exigência do diploma de jornalismo

e a obrigatoriedade de registro profissional para exercer a profissão de jornalista. Por maioria votou pela inconstitucionalidade do

dispositivo do DL 972.

Gabarito: Errado.

87. (ESAF/ATRFB/2012) A atividade de músico deve ser

condicionada ao cumprimento de condições legais para o seu exercício, não sendo cabível a alegação de que, por ser manifestação

artística, estaria protegida pela garantia da liberdade de expressão.

Comentários:

O Supremo, no julgamento do RE 635023 ED / DF - DISTRITO FEDERAL, entendeu pela inconstitucionalidade da exigência legal de

inscrição na ordem dos músicos do brasil e de pagamento de

anuidade, para efeito de atuação profissional do músico, e a fundamentação foi justamente esta apresentada no item, ou seja, a

música é uma forma de manifestação artística, estando protegida pela garantia da liberdade de expressão.

Gabarito: Errado.

Informação e publicidade:

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e

resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;

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Este princípio não vai de encontro à vedação do anonimato visto anteriormente, apenas se resguarda a origem e a forma que tal

pessoa, não anônima, conseguiu a informação.

No inciso XXXIII percebe-se que em órgãos públicos também se

assegura a todos informações de interesse particular, coletivo ou geral, a não ser que essas informações sejam de sigilo imprescindível

à preservação da segurança da sociedade e do estado.

CF, art. 37, § 1º → A publicidade de atos, programas, obras, serviços

e campanhas dos órgãos públicos, terão caráter educativo,

informativo ou de orientação social, não podendo constar nomes, símbolos, ou imagens que caracterizem promoção pessoal de

autoridades ou servidores.

CF, art. 93, IX → Todos os julgamentos dos órgãos do Poder

Judiciário serão públicos, e todas as decisões serão fundamentadas, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em

determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou

somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público

à informação.

No inciso LX vemos outra face desse direito e sua relativização → Os

atos processuais também são públicos, mas caso seja necessário preservar a intimidade ou interesse social, a lei poderá restringir sua

publicidade.

88. (FCC/Técnico- TRT 15ª/2009) É assegurado, em qualquer

hipótese, o acesso à informação e a sua fonte.

Comentários:

Segundo o art. 5º, XIV da Constituição, embora seja assegurado a todos o acesso à informação, é resguardado o sigilo da fonte, quando

necessário ao exercício profissional.

Gabarito: Errado.

89. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Ao tratar dos direitos e

garantias fundamentais, a CF dispõe expressamente que é

assegurado a todos o acesso à informação, vedado o sigilo da fonte, mesmo quando necessário ao exercício profissional.

Comentários:

A Constituição é clara ao estabelecer em seu art. 5º, XIV que é

assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional.

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Gabarito: Errado.

Direito de ir e vir

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de

paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

A não observância desse direito enseja a ação de Habeas Corpus (remédio constitucional que será visto à frente), e note que este

direito protege não só as pessoas, mas também seus bens, desde que se cumpram as exigências da lei e estejamos em tempo de paz.

CF, art. 49, II e 84, XXII → Forças estrangeiras não estão amparadas

por este direito, somente podendo transitar no território nacional ou nele permanecer, ainda que temporariamente, se permitido pelo

Presidente da República, nos casos previstos em LC, ou fora destes casos, se autorizado pelo CN.

90. (CESGRANRIO/Técnico de Defesa Aérea - MD/2006) A

inviolabilidade do direito à liberdade abrange a livre locomoção no território nacional em tempo de paz e constitui direito fundamental

previsto na Constituição Federal integrante do grupo de direitos:

a) políticos.

b) sociais.

c) solidários.

d) individuais.

e) à nacionalidade.

Comentários:

Questão simples. Para resolvê-la bastasva que o candidato soubesse que tal direito encontra-se no art. 5º da Constituição, artigo este que

dispõe sobre os direitos e deveres individuais e coletivos.

A não observância desse direito enseja a ação de Habeas Corpus, e

protege não só as pessoas, mas também seus bens, desde que se cumpram as exigências da lei e estejamos em tempo de paz.

CF, art. 49, II e 84, XXII → Forças estrangeiras não estão amparadas

por este direito, somente podendo transitar no território nacional ou nele permanecer, ainda que temporariamente, se permitido pelo

Presidente da República, nos casos previstos em LC, ou fora destes casos, se autorizado pelo CN.

Gabarito: Letra D.

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Direito de reunião:

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em

locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião

anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

Inciso muito cobrado em provas. Deve-se atentar aos seguintes requisitos:

seja pacificamente;

sem armas;

não frustre outra reunião anteriormente convocada para olocal;

avise a autoridade competente.

Veja que dispensa autorização, basta simples aviso;

Doutrinariamente, entende-se que este direito também tutela o

direito individual de não ser obrigado a reunir-se contra a própria vontade.

91. (FCC/Analista - TRT-18ª/2008) Todos podem reunir-se

pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra

reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.

Comentários:

Trata-se da literalidade do direito de reunião, expresso no art. 5º,

XVI da Constituição. Perceba que dispensa autorização, basta simples aviso. Importante salientar também que doutrinariamente, entende-

se que esse direito também tutela o direito individual de não ser

obrigado a reunir-se contra a própria vontade.

Gabarito: Correto.

92. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) Todos podem reunir-sepacificamente, sem armas, em qualquer local, independentemente de

autorização ou de prévio aviso à autoridade competente.

Comentários:

Trata-se do direito de reunião, expresso no art. 5º, XVI da Constituição. Perceba que dispensa autorização, porém não dispensa

o prévio aviso, daí estar errada.

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Gabarito: Errado.

93. (FCC/Técnico - TRE-SE/2008) Todos podem reunir-sepacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, mediante

prévia autorização do Poder Público.

Comentários:

Novamente a banca cobrou do direito de reunião, expresso no art. 5º,

XVI da Constituição. Para o exercício deste direito dispensa-se autorização, basta o prévio aviso, daí estar errada.

Gabarito: Errado.

94. (FCC/AJAA - TRT 3ª/2009) No que diz respeito à liberdadede reunião, é certo que:

a) o instrumento jurídico adequado para a tutela da liberdade de reunião, caso ocorra lesão ou ameaça de lesão, ocasionada por

ilegalidade ou arbitrariedade, é o habeas corpus.

b) essa liberdade, desde que atendendo aos requisitos de praxe, não

está sujeita a qualquer suspensão por conta de circunstâncias excepcionais como no estado de defesa.

c) o prévio aviso à autoridade para realizar uma reunião limita-se, tão-somente, a impedir que se frustre outra reunião anteriormente

convocada para o mesmo local.

d) na hipótese de algum dos manifestantes, isoladamente, estiverportando arma de fogo, o fato não autoriza a dissolução da reunião

pelo Poder Público.

e) a autoridade pública dispõe de competência e discricionariedade

para decidir pela conveniência, ou não, da realização da reunião.

Comentários:

Letra A - Errado. Habeas corpus é remédio que garante a liberdade de locomoção. Ou seja, usa-se habeas corpus quando alguém está

sendo privado de seu direito de "ir e vir". O direito de reunião não se confunde com direito de "ir e vir". Trata-se de um direito que a

pessoa possui de se concentrar em local determinado, juntamente com outras pessoas. Caso sejam cumpridas as exigências

constitucionais, a ofensa a este direito deverá ser tutelada por meio de Mandado de Segurança e não habeas corpus.

Letra B - Errado. A Constutição admite a restrição destas liberdades

em se tratando de Estado de Sítio ou Estado de Defesa (CF, art. 136 e 139).

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Letra C - Errado. Precisa-se avisar a autoridade, para que esta garanta as condições de segurança e manutenção da ordem pública,

necessárias ao evento.

Letra D - Correto. Para que a coletividade de pessoas possam se

reunir, deve-se observar os seguintes requisitos constitucionais:

- seja pacificamente;

- sem armas;

- não frustre outra reunião anteriormente convocada para o local;

- avise a autoridade competente.

O uso isolado de arma por uma única pessoa, com desconhecimento

da coletividade, não pode ser motivo para a dissolução da reunião. Caberá às autoridades tomar as providências cabíveis contra ela, sem

que o direito coletivo fique prejudicado pela infração individual.

Letra E - Errado. A autoridade deve receber apenas o aviso que ocorrerá uma reunião em certo local. Não cabe a ela autorizar ou

desautorizar o exercício deste direito. O exercício do direito de reunião só poderá ser legalmente frustrado caso não sejam

observadas as exigências constitucionais.

Gabarito: Letra D.

95. (ESAF/Técnico Administrativo-DNIT/ 2013) havendo

prévio aviso à autoridade competente e desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, todos podem

reunir-se pacificamente em locais abertos, sem armas, independentemente de autorização.

Comentários:

Trata-se da previsão do direito constitucional de reunião previsto no

5º, XVI da Constituição Federal.

Gabarito: Correto.

96. (ESAF/ Ministério da Integração Nacional/2012) o direitode reunião pacífica não contempla, sem prévia anuência expressa da

autoridade pública de trânsito, a realização de manifestação coletiva, com objetivo de protesto contra a carga tributária, em via pública de

circulação automobilística.

Comentários:

O texto constitucional não traz tal restrição, é possível a reunião em qualquer espaço público, desde que previamente comunicada às

autoridades competentes.

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Gabarito: Errado.

Direito de associação:

XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos,

vedada a de caráter paramilitar;

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de

cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão

judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a

permanecer associado;

XXI - as entidades associativas, quando expressamente

autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

Temos que gravar que:

1. É livre a associação somente para fins LÍCITOS, sendo vedada aparamilitar;

2. É vedada a interferência estatal em seu funcionamento e nemmesmo precisa-se de autorização para criá-las;

3. Ninguém pode ser compelido a associar-se ou permanecerassociado;

4. Paralisação compulsória (independente da vontade dos sócios)das atividades:

Para que tenham suas atividades SUSPENSAS Só por decisãojudicial ("simples")

Para serem DISSOLVIDAS Só por decisão judicial

TRANSITADA EM JULGADO

5. Podem, desde que EXPRESSAMENTE autorizadas, representar seus

associados:

Judicialmente; ou

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Extrajudicialmente.

Caráter paramilitar:

Organizações paramilitares são agrupamentos ilícitos de pessoas. São

entidades que se “espelham” em princípios das forças armadas para atuarem em fins distintos do interesse público. Exemplos dessas

associações são as milícias, as “FARC” colombianas, entre outros.

A Constituição, tanto no art. 42 ao dispor sobre os “militares do

Estado” (polícia militar e corpo de bombeiros), quanto no art. 142 ao falar das “forças armadas”, dispõe que os miliares são organizados

pelos princípios da hierarquia e disciplina.

Assim, podemos concluir que seria caracterizada como paramilitar

qualquer aquela não fosse constituída pelo Poder Público e que,

organizada sob os princípios da hierarquia e disciplina, fizesse uso de armas para o alcance de interesses próprios.

97. (FCC/AJ Arquivologia - TRT 1ª/2011) João, Carlos, Tício,

Libero e Tibério se uniram e fundaram uma associação de vigilantes de bairro, todos armados e uniformizados, sob a alegação que não

treinavam com finalidade bélica. Porém, para se afastar de forma absoluta o caráter paramilitar dessa associação não poderão estar

presentes os seguintes requisitos:

a) Tempo e princípio da impessoalidade.

b) Tempo e lugar.

c) Pluralidade de participantes e lugar.

d) Lugar e princípio da eficiência.

e) Organização hierárquica e princípio da obediência.

Comentário:

Seria caracterizada como paramilitar qualquer aquela não fosse constituída pelo Poder Público e que, organizada sob os princípios da

hierarquia e disciplina, fizesse uso de armas para o alcance de interesses próprios.

Gabarito: Letra E.

98. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) Todos deverão ser compelidos aassociar-se ou a permanecer associado a sindicato na vigência do

contrato de trabalho.

Comentários:

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Ninguém pode ser compelido a associar-se ou permanecer associado.

Gabarito: Errado.

99. (FCC/AJAJ-TRT-23ª/2011) As associações

a) poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisãoadministrativa de autoridade competente, desde que tenha sido

exercido o direito de defesa.

b) não poderão ser compulsoriamente dissolvidas em nenhuma

hipótese tratando-se de garantia constitucional indisponível.

c) só poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão judicial

que haja transitado em julgado.

d) só poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão judicial

não sendo o trânsito em julgado requisito indispensável para a sua

dissolução.

e) poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão

administrativa desde que proferida em segunda instância por órgão colegiado.

Comentário:

Temos que fixar:

Para que tenham suas atividades SUSPENSAS Só pordecisão judicial ("simples")

Para serem DISSOLVIDAS Só por decisão judicial

TRANSITADA EM JULGADO

Gabarito: Letra C.

100. (CESPE/TJAA-CNJ/2013) Considere que determinada

associação seja ré em ação judicial que pleiteie a suspensão de suas atividades. Nessa situação hipotética, caso o juiz competente julgue

procedente o pleito, será necessário aguardar o trânsito em julgado da decisão judicial para que a referida associação tenha suas

atividades suspensas.

Comentários:

O item erra ao afirmar que a suspensão das atividades de uma associação é necessário o trânsito em julgado da decisão, o que

contraria o disposto no art. 5º, XIX- “as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas

por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em

julgado”. Veja que somente para a dissolução a sentença precisa transitar em julgado.

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Gabarito: Errado.

101. (ESAF/ATRFB/2012) As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por

decisão do Ministro da Justiça.

Comentários:

Errado. Contraria o disposto no Art. 5º, XIX, que assim dispõe: as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas

atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado. Ministro da Justiça não profere decisão

judicial.

Gabarito: Errado.

102. (ESAF/ATRFB/2012) Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado, salvo quando houver

previsão específica em lei.

Comentários:

Errado. Segundo a Constituição, em seu art. 5º, XX, ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado.

Gabarito: Errado.

103. (ESAF/Técnico Administrativo-DNIT/2013) As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades

suspensas por decisão final em processo administrativo no qual tenham sido garantidos o contraditório e a ampla defesa.

Comentários:

Errado. Decisão em processo administrativo não pode nem suspender

o funcionamento nem dissolver associação, já que segundo o art. 5º,

XIX da Constituição, as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial,

exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado.

Gabarito: Errado.

Regime Constitucional do Direito de Propriedade

Garantia e relativização:

XXII - é garantido o direito de propriedade;

XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

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Veja que estamos diante de uma norma de eficácia contida. Garante-se o direito de propriedade e logo abaixo se cria uma condição, o

atendimento da função social. Mas o que é isso?

Segundo a própria constituição (CF, art. 182 e 186), a função social é

cumprida, em se tratando de:

propriedade urbana: quando atende às exigências

fundamentais de ordenação da cidade expressas no planodiretor. (Plano Diretor é o instrumento aprovado pela

Câmara Municipal que serve para nortear o desenvolvimentoe a expansão urbana, e é obrigatório se o município tiver

mais de 20 mil habitantes)

propriedade rural: quando atende, simultaneamente,

segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei,

aos seguintes requisitos:

aproveitamento racional e adequado;

utilização adequada dos recursos naturais disponíveise preservação do meio ambiente;

observância das disposições que regulam as relaçõesde trabalho;

exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.

Desapropriação Ordinária de Imóvel Urbano:

Art. 5º, XIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por

interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

Requisição administrativa da propriedade:

Art. 5º, XXV - no caso de iminente perigo público, a

autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior,

se houver dano;

A indenização será ulterior, após o ato, e só se houver dano à

propriedade.

Não se trata de forma de desapropriação, pois diferentemente do que

ocorre nesta, na requisição, o dono da propriedade não perde sua titularidade, mas, apenas fornece a mesma à autoridade competente

para que use temporariamente o imóvel no caso de perigo público iminente.

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Pequena propriedade rural:

Art. 5º, XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida

em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua

atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

Esquema sobre a pequena propriedade rural:

Se trabalhada pela família → Não pode ser objeto de

penhora para o pagamento de débitos decorrentes de sua

atividade produtiva

Se o proprietário não possuir outra:

CF, art. 153, § 4º → Será imune ao Imposto

Territorial Rural (ITR);

CF, art. 185, I → Não poderá ser desapropriada para

fins de reforma agrária (extensível à médiapropriedade).

Note que é errado falar, simplesmente, que "a pequena e a média propriedade rural não podem ser objeto de desapropriação para fim

de reforma agrária", pois isso só será efetivamente garantido caso o proprietário não possua outra.

1– CF, art. 5º, XXIV

Se houver: necessidade ou utilidade → pública; ou

interesse → social.

Necessita ainda de uma lei para estabelecer o procedimento

de desapropriação.

Indenização:

justa;

prévia; e

em dinheiro.

Essa é a desapropriação ordinária.

O Poder competente será o Executivo de qualquer esfera depoder.

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É bom prestar atenção na literalidade: por "interesse social"e lembrar-se que a indenização precisa conter esses três

requisitos: ser justa, prévia e em dinheiro, senão padeceráde vício de inconstitucionalidade.

Desapropriação por interesse social: ocorre para trazermelhorias às classes mais pobres, como dar assentamento a

pessoas.

Necessidade pública: A desapropriação é imprescindível para

alcançar o interesse público.

Utilidade pública: Não é imprescindível, mas, será vantajosa

para se alcançar o interesse público.

Imissão provisória na posse ou imissão prévia na posse: O

ente expropriante toma antecipadamente a posse do bem,

com a condição de que haja urgência (que não poderá serrenovada) e pagamento de quantia arbitrada pelo juiz. Essa

quantia refere-se a um depósito apenas provisório, nãoimportando no pagamento definitivo e justo visto acima,

conforme jurisprudência do STF.

2– CF, art. 182, § 4

No caso de solo urbano não edificado ou subutilizado.

Competente: poder municipal.

Precisa de lei específica municipal nos termos de lei federal.

A área deve estar incluída no Plano Diretor.

A desapropriação é o último remédio após o Município

promover:

parcelamento ou edificação compulsórios do terreno;

IPTU progressivo no tempo até alcançar certo limite

estabelecido na lei.

Indenização:

mediante títulos da divida pública com prazo de resgatede até 10 anos.

a emissão dos títulos deve ser previamente aprovadapelo Senado Federal;

as parcelas devem ser anuais, iguais e sucessivas.

Essa é a desapropriação extraordinária de imóvel urbano.

A regra acima é apenas para o imóvel não edificado ousubutilizado, regra geral: As desapropriações de imóveis

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urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.

3– CF, art. 184

Para fins de reforma agrária:

competente: União;

também é por interesse social;

somente se aplica ao imóvel que não estiver cumprindo

sua função social.

Indenização:

justa;

prévia;

em títulos da dívida agrária resgatáveis em até 20

anos;

se houver benfeitorias úteis ou necessárias, estas

devem ser indenizadas em dinheiro;

o resgate dos títulos é a partir do segundo ano de sua

emissão.

Essa é a desapropriação extraordinária de imóvel rural.

As operações de transferência de imóveis que sãodesapropriados para fins de reforma agrária são imunes a

quaisquer impostos (não abrange todos os tributos, apenasos impostos, que são uma das espécies do gênero tributo),

sejam eles federais, estaduais ou municipais – trata-se deuma imunidade constitucional – CF, art. 184, § 5º.

4– CF, art. 243

A Emenda Constitucional nº 81, de 2014 acrescentou uma nova hipótese de expropriação, agora, além da cultura de psicotrópicas, a exploração de trabalho escravo também é

hipótese de perda da propriedade. Confira a nova redação do art. 243:

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Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas

psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de

habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que

couber, o disposto no art. 5º.

Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico

apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e

reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei.

Se houver cultivo ilegal de plantas psicotrópicas, ou exploração de

trabalho escravo, haverá expropriação imediata sem direito a qualquer indenização;

Finalidade: As “glebas” serão especificadamente destinadas ao assentamento de colonos para que cultivem produtos

alimentícios ou medicamentosos.

Essa desapropriação é chamada por alguns de confisco e

é regulada pela Lei nº 8.257/91.

Para que ocorra a expropriação, o cultivo deve ser ilegal,

ou seja, não estar autorizado pelo órgão competente doMinistério da Saúde, e não atendendo exclusivamente a

finalidades terapêuticas e científicas.

Art. 243, parágrafo único → Qualquer bem de valor

econômico que seja apreendido em decorrência do

tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins serárevertido para tratamento e recuperação de viciados e

para custeio das atividades de fiscalização, controle,prevenção e repressão ao tráfico.

Segundo o STF, toda a gleba deverá ser expropriada enão apenas a parte que era usada para o plantio22.

Observações Gerais:

Vimos que tanto na desapropriação ordinária quanto na extraordinária precisamos de lei que regulamente a execução. A

competência para legislar sobre desapropriação é privativa da

União. Somente uma lei federal poderá regulamentar o procedimento de desapropriação ordinária ou servir de base para a

22 RE 543974/MG - 2009

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lei específica municipal na desapropriação extraordinária de imóvel urbano.

Dica:

Não confunda essa competência privativa para legislar sobre

desapropriação com a competência para promover a desapropriação. Para promovê-la, como visto acima poderá

caber:

à União, Estado/DF ou Mun. → na desapropriação

ordinária;

ao Município → na desapropriação extraordinária de imóvel

urbano;

à União → na desapropriação extraordinária de imóvel

rural.

104. (FCC/AJAA-TRE-AP/2011) Ulisses foi obrigado a desocupar sua residência porque o Corpo de Bombeiros a requisitou para

acessar e apagar um incêndio no imóvel dos fundos que se alastrava com rapidez e tomava enormes proporções, e que poderia queimar o

referido imóvel, aniquilar todo o restante do quarteirão, causar a morte de um grupo indeterminado de pessoas e danos à comunidade.

Porém, os bombeiros no manuseio das mangueiras de água danificaram todos os móveis e eletrodomésticos que se encontravam

no interior do imóvel. Segundo a Constituição Federal, ao Ulisses

a) está assegurada indenização ulterior de todos os danos causados

pelo Corpo de Bombeiros no combate ao incêndio.

b) não está assegurada indenização ulterior em hipótese alguma,posto que o caso se tratava de iminente perigo público.

c) está assegurada indenização dos danos, limitada de até vintesalários mínimos.

d) está assegurada indenização dos danos, limitada de até quarentasalários mínimos.

e) não está assegurada indenização, posto que o caso se tratava deforça maior, salvo se Ulisses provar que a requisição de sua casa era

dispensável ao combate do incêndio.

Comentário:

A questão facilita a vida do candidato, veja que ela usa a expressão: "o Corpo de Bombeiros a requisitou". Lembraram? Ahhhh... trata-se

da requisição administrativa.

CF, art. 5º, XXV - no caso de iminente perigo público, a

autoridade competente poderá usar de propriedade particular,

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assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

Veja então que a indenização será ulterior, após o ato, e só se houver dano à propriedade.

Como sabemos, não se trata de forma de desapropriação, pois diferentemente do que ocorre nesta, na requisição, o dono da

propriedade não perde sua titularidade, mas, apenas fornece a mesma à autoridade competente para que use temporariamente o

imóvel no caso de perigo público iminente.

Gabarito: Letra A.

105. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) No caso de

iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de

propriedade particular, vedada ao proprietário indenização ulterior na ocorrência de dano.

Comentários:

Trata-se do instituto da requisição administrativa. Essa requisição é

feita por autoridades públicas em caso de iminente perigo público e se houver dano à propriedade, haverá ulterior indenização. A questão

erra ao dizer que não haverá indenização (CF, art. 5º, XXV).

Gabarito: Errado.

106. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) a pequena

propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos

decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.

Comentários:

Teor do art. 5º, XXVI: Como vimos, a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não

será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o

seu desenvolvimento;

Gabarito: Correto.

107. (CESPE/Especialista Reg.-ANAC/2012) Apesar de a

propriedade ser protegida pela CF, admite-se o uso pela administração pública de propriedade particular em caso de iminente

perigo público.

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Comentários:

A questão é bem simples e cobrou do candidato apenas saber que a

Constituição permite a “requisição administrativa” da propriedade, a qual poderá acontecer em caso de iminente perigo público, e só

haverá indenização posteriormente, caso haja dano à propriedade requisitada.

Gabarito: Correto.

108. (CESPE/AJEP-TJES/2011) A requisição, como forma de intervenção pública no direito de propriedade que se dá em razão de

iminente perigo público, não configura forma de autoexecução administrativa na medida em que pressupõe autorização do Poder

Judiciário.

Comentários:

A requisição administrativa ocorre nos termos do art. 5º, XXV,

quando a Constituição autoriza que, no caso de iminente perigo público, a autoridade competente use a propriedade particular,

assegurando ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.

Ora, estamos diante de um iminente perigo público, e a autoridade

administrativa terá que pedir autorização ao Judiciário??? Não há lógica nenhuma nisso. A autoridade possui esse poder de forma

autoexecutável.

Gabarito: Errado.

109. (CESPE/Escrivão - PC-ES/2011) A propriedade poderá ser

desapropriada por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mas sempre mediante justa e prévia indenização em dinheiro.

Comentários:

A questão erra pelo fato de que a Constituição prevê outros modos de indenização para a desapropriação por interesse social. Embora

quando ocorra necessidade ou utilidade pública, ou interesse social, em regra o proprietário seja indenizado de forma prévia e em

dinheiro, a Constituição estabelece no seu art. 184 a desapropriação para reforma agrária, que também se caracteriza como "interesse

social" e a sua indenização se dá mediante títulos da dívida agrária.

Gabarito: Errado.

110. (CESPE/Técnico Administrativo - PREVIC/2011) De

acordo com a CF, com o objetivo de fomentar a produção e a renda, a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que

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trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de qualquer tipo de débito adquirido.

Comentários:

Ela não está imune de penhora a qualquer tipo de débito. Apenas os

débitos decorrentes da sua atividade produtiva (CF, art. 5º, XXVI).

Gabarito: Errado.

111. (CESPE/Analista-EBC/2011) Será garantida indenização por

benfeitorias necessárias nos casos de desapropriação de fazenda que sedie cultura de plantas psicotrópicas.

Comentários:

Segundo o art. 243 da Constituição, se houver cultivo ilegal de

plantas psicotrópicas, haverá expropriação imediata sem direito a

qualquer indenização.

Gabarito: Errado.

112. (ESAF/ Procurador PGFN/2012) Sobre o regime

constitucional da propriedade, é incorreto afirmar:

a) que, no bojo dos direitos fundamentais contemplados na

Constituição Federal de 1988, é, concomitantemente, garantido o direito de propriedade e exigido que a propriedade atenda à sua

função social.

b) que a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por

utilidade pública, mediante justa e prévia indenização em dinheiro ou bens da União.

c) que, no caso de iminente perigo público, a autoridade competentepoderá usar de propriedade privada independentemente de prévia

disciplina legal ou ato de desapropriação, assegurado ao proprietário

apenas indenização ulterior se houver dano.

d) que no contexto da política de desenvolvimento urbano, o poder

público municipal pode, nos termos de lei específica local e observados os termos de lei federal, exigir do proprietário de área

incluída no plano diretor que promova o seu adequado aproveitamento sob pena, como medida derradeira, de sua

desapropriação mediante justa e prévia indenização com pagamento em títulos da dívida pública.

e) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde quetrabalhada pela família, é insusceptível tanto de penhora para o

pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva quanto, desde que seu proprietário não possua outra, de desapropriação para

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fins de reforma agrária.

Comentários:

a) Correto, por várias vezes a Constituição vincula o direito deliberdade a sua função social, desdobrando o art. 5º, XXIII, que

dispõe que a propriedade atenderá a sua função social.

b) O erro está em afirmar que a indenização decorrente de

desapropriação por utilidade pública poderá ser paga por meio de bens da União, considerando que só há previsão para pagamento

em dinheiro.

c) É o que está previsto no art. 5º, XXV. Item correto.

d) Correto, é o disposto no art. 182, §4º.

e) É o previsto no Art. 5, XXVI da CF-88

Gabarito: Letra B

Direito autoral:

Art. 5º, XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras,

transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

É um privilégio vitalício e ainda vai poder ser transmitido aos

herdeiros, mas só pelo tempo que a lei fixar. Após esse tempo cairá

no domínio público.

113. (FCC/TJAA-TRE-PE/2011) No tocante aos Direitos e Garantias Fundamentais, ao autor

a) compete o exercício solidário do direito de utilização de sua obracom a sociedade face o interesse público que se sobrepõe ao privado,

independentemente de prazo.

b) compete o exercício solidário do direito de publicação de sua obra

com a sociedade face o interesse público, independentemente de prazo.

c) pertence o direito exclusivo de publicação de sua obra,intransmissível aos herdeiros.

d) pertence o direito exclusivo de utilização de sua obra,intransmissível aos herdeiros.

e) pertence o direito exclusivo de reprodução de sua obra,

transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar.

Comentários:

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A questão se limitou a cobrar a literalidade do art. 5º, XXVII da Constituição: aos autores pertence o direito exclusivo de utilização,

publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar.

Gabarito: Letra E.

114. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário

para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos

distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País.

Comentários:

Teor do art. 5º, XXIX - veja que o direito de propriedade industrial é temporário, enquanto o direito autoral é vitalício e ainda pode ser

transferido aos herdeiros pelo tempo em que a lei fixar.

Gabarito: Correto.

Direito de imagem e de fiscalização:

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:

a) a proteção às participações individuais em obras coletivas

e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;

b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores,

aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;

Propriedade Industrial

XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais

privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas,

aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico

e econômico do País;

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Perceba que, diferentemente do direito autoral, a propriedade industrial é um privilégio temporário:

Direito autoral - Privilégio vitalício e ainda transmissível aosherdeiros;

X

Direito de propriedade industrial - Privilégio temporário.

115. (CESPE/Assistente – CNPq/2011) A CF garante o direito de propriedade intelectual e assegura aos autores de inventos industriais

privilégio permanente para a sua utilização, além de proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de

empresas e outros signos distintivos, considerando o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do Brasil.

Comentários:

A propriedade industrial, diferentemente do “direito autoral”, é um

privilégio temporário, e não um privilégio permanente.

A propriedade industrial, as famosas “patentes”, possuem um prazo

definido em lei (9279/96) para serem utilizadas (15 ou 20 anos, caso a caso).

Gabarito: Errado.

116. (ESAF/ Analista de Finanças- STN/ 2013) A lei assegurará

aos autores de invento industriais privilégio permanente para sua utilização.

Comentários:

O erro está em afirma que o privilégio será permanente, haja vista

que este será temporário, reveja o que diz a Constituição: Art. 5º,

XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio

temporário para sua utilização, bem como proteção às criações

industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a

outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o

desenvolvimento tecnológico e econômico do País;

Gabarito: Errado.

Herança

XXX - é garantido o direito de herança;

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XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou

dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";

Facilitando: "de cujus" é o falecido. Assim, quando algum estrangeiro falecer deixando bens situados no Brasil, esta sucessão de bens

(recebimento da herança) será regulada pela lei brasileira de forma a beneficiar o cônjuge ou seus filhos brasileiros, a não ser que a lei do

país do falecido seja ainda mais favorável a estes.

117. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira

em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não

lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.

Comentários:

Teor do art. 5º, XXXI: "a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou

dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"

Gabarito: Correto.

Defesa do consumidor

XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do

consumidor;

ADCT, art. 48 → A CF ordenou que o congresso elaborasse o Código

de Defesa do Consumidor dentro de 120 dias após a promulgação da

Constituição.

Além do CDC, outras leis se enquadram na defesa ao consumidor,

como, por exemplo, o Estatuto do Torcedor e lei de infrações à ordem econômica.

Uffaaa...

Terminamos... por hoje... na aula que vem temos mais direitos e deveres individuais e coletivos.

Um abraço e bons estudos.

Vítor Cruz e Rodrigo Duarte.

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LISTA DAS QUESTÕES DA AULA:

1. (FCC/ Analista Judiciário- TRE-RR/ 2015) São consideradas

garantias fundamentais, dentre outras,

(A) os direitos à igualdade, à fraternidade e a dignidade da pessoa

humana.

(B) a vedação da pena de morte, o direito de petição e à liberdade.

(C) os direitos à vida, à saúde e à segurança.

(D) a inafastabilidade da jurisdição, o devido processo legal e o

mandado de segurança.

(E) a ação popular, o direito à crítica e a vedação de retrocesso.

2. (CESPE/Analista Processual - MPU/2010) Considerandoque os direitos sejam bens e vantagens prescritos no texto

constitucional e as garantias sejam os instrumentos que asseguram o

exercício de tais direitos, a garantia do contraditório e da ampla defesa ocorre nos processos judiciais de natureza criminal de forma

exclusiva.

3. (CESPE/Contador-AGU/2010) Embora se saliente, nas

garantias fundamentais, o caráter instrumental de proteção a direitos, tais garantias também são direitos, pois se revelam na

faculdade dos cidadãos de exigir dos poderes públicos a proteção de outros direitos, ou no reconhecimento dos meios processuais

adequados a essa finalidade.

4. (CESPE/ AJAJ- Oficial Avaliador- TRT-17/ 2013) As

normas definidoras dos direitos individuais são especificamente determinadas em números fechados e não admitem interpretação

extensiva ou ampliativa. 5. (FCC/DPE-SP/2007 - Adaptada) A Constituição Federal

compreende os direitos fundamentais como sendo os direitos

individuais e os direitos coletivos previstos no artigo 5o, excluindo dessa categoria os direitos sociais e os direitos políticos.

6. (CESPE/TJAA-STM/2011) Os direitos e as garantias expressosna Constituição Federal de 1988 (CF) excluem outros de caráter

constitucional decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, uma vez que a enumeração constante no artigo 5.º da CF é

taxativa.

7. (FCC/TCE-MG/2007 - Adaptada) Os direitos fundamentais

são absolutos, não sendo suscetíveis de limitação no seu exercício.

8. (ESAF/ATRFB/2012) Os direitos fundamentais se revestem

de caráter absoluto, não se admitindo, portanto, qualquer restrição.

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9. (ESAF/Analista Administrativo- DNIT/2013) Os direitosfundamentais não têm caráter absoluto e, por isso, não podem ser

utilizados para justificar atividades ilícitas ou afastar as penalidades delas decorrentes.

10. (ESAF/ATRFB/2012) O estatuto constitucional das liberdadespúblicas, ao delinear o regime jurídico a que estas estão sujeitas,

permite que sobre elas incidam limitações de ordem jurídica, destinadas, de um lado, a proteger a integridade do interesse social

e, de outro, a assegurar a coexistência harmoniosa das liberdades, pois nenhum direito ou garantia pode ser exercido em detrimento da

ordem pública ou com desrespeito aos direitos e garantias de terceiros.

11. (FCC/APOFP-SEFAZ-SP/2010 - Adaptada) As pessoas

jurídicas, por serem distintas das pessoas físicas, têm direito a indenização por danos materiais, mas não por danos morais.

12. (CESPE/ Superior- TCE-ES/ 2013) A jurisprudência doSupremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que os direitos e

garantias fundamentais se aplicam apenas às relações entre o particular e o Poder Público, e são inaplicáveis às relações privadas.

13. (ESAF/Analista Administrativo- DNIT/2013) A eficáciahorizontal dos direitos fundamentais pressupõe plena incidência

desses direitos nas relações entre particulares.

14. (FCC/Analista TRF 4ª/2010) São direitos fundamentais

classificados como de segunda geração

a) os direitos econômicos e culturais.

b) os direitos de solidariedade e os direitos difusos.

c) as liberdades públicas.

d) os direitos e garantias individuais clássicos.

e) o direito do consumidor e o direito ao meio ambiente equilibrado.

15. (FCC/Procurador-PGE-SP/2009 - Adaptada) Liberdade,

Igualdade e Fraternidade, ideais da Revolução Francesa, podem ser relacionados, respectivamente, com os direitos humanos de primeira,

segunda e terceira gerações.

16. (FCC/Procurador-PGE-SP/200 - Adaptada) O direito à paz

inclui-se entre os direitos humanos de segunda geração.

17. (FCC/Procurador-PGE-SP/2009 - Adaptada) Os direitos

humanos de primeira geração foram construídos, em oposição ao absolutismo, como liberdades negativas; os de segunda geração

exigem ações destinadas a dar efetividade à autonomia dos indivíduos, o que autoriza relacioná-los com o conceito de liberdade

positiva e com a igualdade.

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18. (FCC/DPE-SP/2007 - Adaptada) Os direitos republicanostêm surgido na doutrina como uma nova categoria onde o cidadão

passa a pensar no interesse público explicitamente para fazer frente à ofensa à coisa pública, como o nepotismo, a corrupção, bem como às

políticas de Estado que, a pretexto de se caracterizarem como públicas, na verdade podem atender a interesses particulares

indefensáveis.

19. (CESPE/AJAA-TJAL/2012) São direitos de quarta geração o

direito à democracia, o direito à informação e o direito ao pluralismo.

20. (ESAF/Analista Administrativo- DNIT/2013) Os direitos

fundamentais de primeira geração são titularizados pelos indivíduos em oposição ao Estado, sendo eles, entre outros, o direito à vida, à

liberdade e à propriedade.

21. (FCC/Técnico-TRE-PI/2009) As normas definidoras dosdireitos e garantias fundamentais não têm aplicação imediata,

submetendo- se à regulamentação legislativa.

22. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) As normas definidoras dos

direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

23. (CESPE/PM-DF/2010) Segundo a CF, as normas

constitucionais que prescrevem direitos e garantias fundamentais têm eficácia contida e dependem de regulamentação.

24. (FCC/Técnico Judiciário – Área Administrativa/2012) Ostratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que

forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por dois quintos dos votos dos respectivos membros, serão

equivalentes às emendas constitucionais.

25. (ESAF/Procurador PGFN/2012) Sobre a relação entre

direitos expressos na Constituição de 1988 e tratados internacionais,

especialmente à luz da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é incorreto afirmar que:

a) as normas de direitos humanos contidas em convenções

internacionais pactuadas no âmbito da Organização das Nações

Unidas, mesmo que a República Federativa do Brasil delas não seja

parte, se incorporam ao direito pátrio de forma equivalente às

emendas constitucionais.

b) os direitos e garantias expressos na Constituição não excluem

outros decorrentes dos tratados internacionais em que a República

Federativa do Brasil seja parte.

c) da disposição contida no § 2o do art. 5o da Constituição não

resulta que os direitos e garantias decorrentes dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte

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ostentem o nível hierárquico de norma constitucional.

d) da disposição contida no § 3o do art. 5o da Constituição,

decorrente da Emenda Constitucional n. 45 de 2004, resulta que as normas de direitos humanos contidas em convenções internacionais

de que a República Federativa do Brasil seja parte, quando aprovadas pelo Congresso Nacional na forma ali disposta, sejam formalmente

equivalentes àquelas decorrentes de emendas constitucionais.

e) especialmente da disposição contida no § 2o do art. 5o da

Constituição resulta que as normas de direitos humanos contidas em convenções internacionais de que a República Federativa do Brasil

seja parte, mesmo quando não aprovadas pelo Congresso Nacional na forma disposta no § 3o do mesmo dispositivo, tenham status de

normas jurídicas supralegais.

26. (FCC/Analista - TJ-PI/2009) O Brasil se submete àjurisdição do Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha

manifestado adesão.

27. (CESPE/Técnico-TRT 17ª/2009) O Brasil se submeterá à

jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação manifestar adesão.

28. (FCC/AJ-Arquivologia-TRT-19/2011) A Constituição Federal, ao classificar os direitos enunciados no artigo 5º, quando

assegura a inviolabilidade do direito à vida, à dignidade, à liberdade, à segurança e à propriedade, adota o critério do

a) perigo subjetivo do direito assegurado.

b) objeto imediato do direito assegurado.

c) alcance relativo do direito assegurado.

d) plano mediato do direito assegurado.

e) alcance subjetivo do direito assegurado.

29. (FCC/Analista TRF 4ª/2010) A inviolabilidade do direito àvida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade são

garantias previstas na Constituição Federal:

a) aos brasileiros, não estendidas às pessoas jurídicas.

b) aos brasileiros natos, apenas.

c) aos brasileiros natos e aos estrangeiros com residência fixa no

País.

d) aos brasileiros, natos ou naturalizados.

e) aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País.

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30. (CESPE/AJAJ-TRE-MS/2013) O estrangeiro residente noBrasil, por não ser cidadão brasileiro, não possui o direito de votar e

de impetrar habeas corpus.

31. (ESAF/ATRFB/2012) O súdito estrangeiro, mesmo aquele

sem domicílio no Brasil, tem direito a todas as prerrogativas básicas que lhe assegurem a preservação da liberdade e a observância, pelo

Poder Público, da cláusula constitucional do devido processo legal.

32. (ESAF/AFC-CGU/2012) A Constituição assegura aos

brasileiros e aos estrangeiros residentes no país, em igualdade de condições, os direitos e garantias individuais tais como: a

inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, mas aos estrangeiros não se estende os direitos

sociais destinados aos brasileiros.

33. (FCC/ Técnico Judiciário- CNMP/ 2015) É assegurada naConstituição Federal a seguinte garantia fundamental: Homens e

mulheres são absolutamente iguais em direitos e obrigações.

34. (CESPE/Analista-EBC/2011) O Poder Judiciário não pode,

sob a alegação do direito a isonomia, estender a determinada

categoria de servidores públicos vantagens concedidas a outras por

lei.

35. (ESAF/ATRFB/2012) Segundo a jurisprudência do Supremo

Tribunal Federal, o foro especial para a mulher nas ações de separação judicial e de conversão da separação judicial em divórcio

ofende o princípio da isonomia entre homens e mulheres ou da igualdade entre os cônjuges.

36. (ESAF/ATRFB/2012) A jurisprudência do Supremo TribunalFederal firmou entendimento no sentido de que afronta o princípio da

isonomia a adoção de critérios distintos para a promoção de integrantes do corpo feminino e masculino da Aeronáutica.

37. (ESAF/ATRFB/2012) O princípio da isonomia, que se reveste

de autoaplicabilidade, não é suscetível de regulamentação ou de complementação normativa. Esse princípio deve ser considerado sob

duplo aspecto: (i) o da igualdade na lei; e (ii) o da igualdade perante a lei.

38. (CESPE/TFCE-TCU/2012) Quando se afirma que a

regulamentação de determinadas matérias há de se fazer necessariamente

por lei formal, há referência expressa ao princípio da legalidade lato sensu.

39. (CESPE/AJAA-TJES/2011) O princípio da dignidade da

pessoa humana possui um caráter absoluto, sendo um princípio primordial presente na Constituição Federal de 1988.

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40. (FCC/ Técnico Judiciário- CNMP/ 2015) É assegurada naConstituição Federal a seguinte garantia fundamental: É livre a

manifestação do pensamento, inclusive pelo anonimato.

41. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) É livre a manifestação do

pensamento, permitido o anonimato.

42. (CESPE/DPU - Agente Adm./2010) A CF prevê o direito à

livre manifestação de pensamento, preservando também o anonimato.

43. (CESPE/AJAJ - STM/2011) Com fundamento no dispositivoconstitucional que assegura a liberdade de manifestação de

pensamento e veda o anonimato, o Supremo Tribunal Federal (STF) entende que os escritos anônimos não podem justificar, por si só,

desde que isoladamente considerados, a imediata instauração de

procedimento investigatório.

44. (CESPE/AUFCE-TCU/2011) Se indícios da prática de ilícito

penal por determinada pessoa constarem de escritos anônimos, a peça apócrifa, por si só, em regra, não será suficiente para a

instauração de procedimento investigatório, haja vista a vedação ao anonimato prevista na CF.

45. (ESAF/ Analista de Finanças- STN/ 2013) É livre amanifestação de pensamento, permitindo-se inclusive o anonimato.

46. (ESAF/ATRFB/2012) É livre a manifestação do pensamento,sendo permitido o anonimato.

47. (ESAF/ATRFB/2012) A defesa da legalização das drogas emespaços públicos não constitui exercício legítimo do direito à livre

manifestação do pensamento, sendo, portanto, vedada pelo ordenamento jurídico pátrio.

48. (ESAF/ATRFB/2012) O exercício concreto da liberdade de

expressão assegura ao jornalista o direito de expender críticas a qualquer pessoa, ainda que em tom áspero, contundente, sarcástico,

irônico ou irreverente, especialmente contra as autoridades e aparelhos de Estado. No entanto, deve responder penal e civilmente

pelos abusos que cometer, e sujeitar-se ao direito de resposta previsto no texto constitucional.

49. (FCC/TJ Segurança - TRT 1ª/2011) A inviolabilidade dosigilo de dados complementa a previsão ao direito à intimidade e à

vida privada, sendo ambas as previsões regidas pelo princípio da

a) igualdade.

b) eficiência.

c) impessoalidade.

d) exclusividade.

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e) reserva legal.

50. (FCC/APOFP-SEFAZ-SP/2010) No que se refere à

inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas é certo que:

a) a dor sofrida com a perda de ente familiar não é indenizável pordanos morais, porque esta se restringe aos casos de violação à honra

e à imagem.

b) a indenização, na hipótese de violação da honra e da intimidade,

não responde cumulativamente por danos morais e materiais.

c) a condenação por danos morais face à divulgação indevida de

imagem, exige a ocorrência de ofensa à reputação da pessoa.

d) o Estado também responde por atos ofensivos (morais) praticados

pelos agentes públicos no exercício de suas funções.

e) as pessoas jurídicas, por serem distintas das pessoas físicas, têmdireito a indenização por danos materiais, mas não por danos morais.

51. (CESPE/ Auditor – SEFAZ-ES/ 2013) A CF assegura aliberdade de manifestação de pensamento, sem excluir a

responsabilidade pelos danos materiais e morais decorrentes do seu exercício e sem afastar o direito de resposta para rebater qualquer

tipo de ofensa, e não apenas aquelas configuradoras de ilícitos penais.

52. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O TCU, no exercício desua missão constitucional de auxiliar o Congresso Nacional no

controle externo, tem competência para determinar a quebra de sigilo bancário dos responsáveis por dinheiros e bens públicos.

53. (CESPE/TCE-AC/2009) Os tribunais de contas não podemdeterminar a quebra de sigilo bancário de administrador público

investigado por superfaturamento de preço praticado em licitação, no

âmbito do controle externo realizado.

54. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) É vedada a assistência religiosa

nas entidades militares de internação coletiva, salvo nas civis.

55. (CESPE/Assistente – CNPq/2011) Ao assegurar a liberdade

de consciência e crença, a CF reafirmou ser o Brasil um país laico, apesar de admitir a prestação de assistência religiosa nas entidades

civis de internação coletiva.

56. (FCC/TCE-SP/2011) Por força de previsão expressa no

Código de Processo Penal (CPP), o serviço do júri é obrigatório, sujeitando-se ao alistamento os cidadãos maiores de 18 anos de

notória idoneidade. O artigo 438 do mesmo diploma legal, a seu turno, estabelece que "a recusa ao serviço do júri fundada em

convicção religiosa, filosófica ou política importará no dever de

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prestar serviço alternativo, sob pena de suspensão dos direitos políticos, enquanto não prestar o serviço imposto". A previsão contida

no artigo 438 do CPP é

a) compatível com a Constituição da República.

b) parcialmente compatível com a Constituição da República, no quese refere à possibilidade de exercício de objeção de consciência, que

somente se admite por motivo de convicção filosófica ou política.

c) incompatível com a Constituição da República, que considera o júri

um órgão que emite decisões soberanas, sendo por essa razão vedada a recusa ao serviço.

d) incompatível com a Constituição da República, que não admite asuspensão de direitos políticos nessa hipótese.

e) incompatível com a Constituição da República, que não admite a

possibilidade de recusa ao cumprimento de obrigação legal a todos imposta.

57. (CESPE/AJAJ-TRE-MS/2013) A objeção de consciência éprotegida constitucionalmente, podendo o cidadão invocá-la para

eximir-se de obrigação legal a todos imposta e para se recusar a cumprir prestação alternativa fixada em lei.

58. (CESPE/Analista – CNPq/2011) Pessoa que se exima deobrigação legal a todos imposta por motivo de crença religiosa deve

sofrer as consequências legais por seu ato, já que o Brasil é um país laico.

59. (FCC/Técnico-TRT 16ª/2009) A expressão da atividadecientífica depende de censura ou licença.

60. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A CF assegura a liberdade deexpressão, apesar de possibilitar, expressamente, sua limitação por

meio da edição de leis ordinárias destinadas à proteção da juventude.

61. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Conforme entendimentodo STF, a atual CF recepcionou o dispositivo da Lei de Imprensa que

estabelece limitação quanto à indenização devida pela empresa jornalística, a título de dano moral, na hipótese de publicação de

notícia inverídica, ofensiva à boa fama da vítima.

62. (CESPE/Analista – CNPq/2011) Entre as possibilidades de

violação de domicílio, inclui-se a realizada em horário noturno e autorizada por ordem judicial.

63. (CESPE/Analista-EBC/2011) Uma comissão parlamentar deinquérito pode determinar a violação de, por exemplo, domicílio para

a realização da busca e apreensão de computador que possua dados a respeito da matéria investigada.

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64. (CESPE/MMA/2009) Se um indivíduo, ao se desentender comsua mulher, desferir contra ela inúmeros golpes, agredindo-a

fisicamente, causando lesões graves, as autoridades policiais, considerando tratar-se de flagrante delito, poderão penetrar na casa

desse indivíduo, ainda que à noite e sem determinação judicial, e prendê-lo.

65. (CESPE/PGE-AL/2009 - Adaptada) O conceito normativo decasa é abrangente; assim, qualquer compartimento privado onde

alguém exerce profissão ou atividade está protegido pela inviolabilidade do domicílio. Apesar disso, há a possibilidade de se

instalar escuta ambiental em escritório de advocacia que seja utilizado como reduto para a prática de crimes.

66. (CESPE/Auditor-TCU/2009) O cumprimento de mandado de

busca e apreensão, expedido pela autoridade judicial competente, poderá ocorrer a qualquer horário do dia, inclusive durante o período

noturno, mesmo que não haja o consentimento do morador, tendo em vista que a CF estabelece algumas exceções ao princípio da

inviolabilidade domiciliar, as quais se incluem as determinações do Poder Judiciário.

67. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Suponhaque, por determinação judicial, tenha sido instalada escuta ambiental

no escritório de advocacia de Pedro, para apurar a sua participação em fatos criminosos apontados em ação penal. Nessa situação

hipotética, se essa escuta foi instalada no turno da noite, quando vazio estava o escritório em tela, eventual prova obtida nessa

diligência será ilícita, por violação ao domicílio, ainda que preenchidos todos os demais requisitos legais.

68. (CESPE/TCE-AC/2009) A prisão de João, em tese, foi legal,

visto que devidamente fundamentada e decidida pela autoridade competente.

69. (CESPE/TCE-AC/2009) João poderá impetrar, por meio deseu advogado, mandado de segurança visando questionar a

legalidade de sua prisão e garantir o seu direito de ir e vir.

70. (CESPE/TCE-AC/2009) João deveria ter solicitado

autorização prévia para a realização do comício, não sendo suficiente o simples aviso prévio à autoridade competente.

71. (CESPE/TCE-AC/2009) A prisão de João e o local onde foirecolhido deveriam ter sido comunicados imediatamente ao juiz

competente e a sua família.

72. (CESPE/TCE-AC/2009) João só poderia ter sido preso em sua

residência, no período da noite, por decisão judicial.

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73. (CESPE/TRT-17ª/2009) Caso um escritório de advocaciaseja invadido, durante a noite, por policiais, para nele se instalar

escutas ambientais, ordenadas pela justiça, já que o advogado que ali trabalha estaria envolvido em organização criminosa, a prova obtida

será ilícita, já que a referida diligência não foi feita durante o dia.

74. (ESAF/ATRFB/2012) Ressalvadas as situações excepcionais

taxativamente previstas no texto constitucional, nenhum agente público, ainda que vinculado à administração tributária do Estado,

poderá, contra a vontade de quem de direito, ingressar, durante o dia, sem mandado judicial, em espaço privado não aberto ao público,

onde alguém exerce sua atividade profissional, sob pena de a prova resultante da diligência de busca e apreensão assim executada

reputar-se inadmissível.

75. (ESAF/ATRFB/2012) O sigilo profissional constitucionalmentedeterminado exclui a possibilidade de cumprimento de mandado de

busca e apreensão em escritório de advocacia.

76. (ESAF/ Ministério da Integração Nacional/2012) a casa

do indivíduo, enquanto seu domicílio, é violável durante a noite mediante ordem judicial

77. (ESAF/ Ministério da Integração Nacional/2012) a casado indivíduo, enquanto seu domicílio, é violável, porém somente

durante o dia, em caso de flagrante delito ou desastre.

78. (FCC/Analista - TRT-18ª/2008 - adaptada) É inviolável o

sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem

judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal (Certo ou

Errado).

79. (CESPE/Analista-EBC/2011) É permitida a violação decorrespondência de presidiário em face de suspeita de rebelião.

80. (CESPE/Técnico-TCU/2009) Admite-se a quebra do sigilodas comunicações telefônicas, por decisão judicial, nas hipóteses e na

forma que a lei estabelecer, para fins de investigação criminal ou administrativa.

81. (ESAF/ATRFB/2012) Os dados obtidos em interceptação decomunicações telefônicas, judicialmente autorizadas para produção

de prova em investigação criminal ou em instrução processual penal, não podem ser usados em procedimento administrativo disciplinar

instaurado contra a mesma pessoa investigada, haja vista que prevalece no texto constitucional o regime da independência das

instâncias.

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82. (ESAF/MDIC - Analista de Comércio Exterior/2012) ainterceptação telefônica tem exceção criada pela Constituição para a

violação das comunicações telefônicas, quais sejam, ordem judicial, finalidade de investigação criminal e instrução processual penal ou

nas hipóteses e na forma que a lei complementar estabelecer.

83. (CESPE/ Analista- Câm. Deputados/ 2014) Interceptações

telefônicas — comumente chamadas de grampos — e gravações ambientais realizadas por autoridade policial, sem autorização

judicial, ainda que em situações emergenciais, constituem violações aos princípios estruturantes do estado democrático de direito e da

dignidade da pessoa humana.

84. (ESAF/ATRFB/2012) A gravação de conversa telefônica feita

por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, é considerada

prova ilícita.

85. (ESAF/Técnico Administrativo-DNIT/2013) é livre o

exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.

86. (ESAF/ATRFB/2012) O Supremo Tribunal Federal reconheceua necessidade do diploma de curso superior para o exercício da

profissão de jornalista.

87. (ESAF/ATRFB/2012) A atividade de músico deve ser

condicionada ao cumprimento de condições legais para o seu exercício, não sendo cabível a alegação de que, por ser manifestação

artística, estaria protegida pela garantia da liberdade de expressão.

88. (FCC/Técnico- TRT 15ª/2009) É assegurado, em qualquer

hipótese, o acesso à informação e a sua fonte.

89. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Ao tratar dos direitos e

garantias fundamentais, a CF dispõe expressamente que é

assegurado a todos o acesso à informação, vedado o sigilo da fonte, mesmo quando necessário ao exercício profissional.

90. (CESGRANRIO/Técnico de Defesa Aérea - MD/2006) Ainviolabilidade do direito à liberdade abrange a livre locomoção no

território nacional em tempo de paz e constitui direito fundamental previsto na Constituição Federal integrante do grupo de direitos:

a) políticos.

b) sociais.

c) solidários.

d) individuais.

e) à nacionalidade.

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91. (FCC/Analista - TRT-18ª/2008) Todos podem reunir-sepacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,

independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas

exigido prévio aviso à autoridade competente.

92. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) Todos podem reunir-se

pacificamente, sem armas, em qualquer local, independentemente de autorização ou de prévio aviso à autoridade competente.

93. (FCC/Técnico - TRE-SE/2008) Todos podem reunir-sepacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, mediante

prévia autorização do Poder Público.

94. (FCC/AJAA - TRT 3ª/2009) No que diz respeito à liberdade

de reunião, é certo que:

a) o instrumento jurídico adequado para a tutela da liberdade de reunião, caso ocorra lesão ou ameaça de lesão, ocasionada por

ilegalidade ou arbitrariedade, é o habeas corpus.

b) essa liberdade, desde que atendendo aos requisitos de praxe, não

está sujeita a qualquer suspensão por conta de circunstâncias excepcionais como no estado de defesa.

c) o prévio aviso à autoridade para realizar uma reunião limita-se, tão-somente, a impedir que se frustre outra reunião anteriormente

convocada para o mesmo local.

d) na hipótese de algum dos manifestantes, isoladamente, estiver

portando arma de fogo, o fato não autoriza a dissolução da reunião pelo Poder Público.

e) a autoridade pública dispõe de competência e discricionariedadepara decidir pela conveniência, ou não, da realização da reunião.

95. (ESAF/Técnico Administrativo-DNIT/ 2013) havendo

prévio aviso à autoridade competente e desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, todos podem

reunir-se pacificamente em locais abertos, sem armas, independentemente de autorização.

96. (ESAF/ Ministério da Integração Nacional/2012) o direitode reunião pacífica não contempla, sem prévia anuência expressa da

autoridade pública de trânsito, a realização de manifestação coletiva, com objetivo de protesto contra a carga tributária, em via pública de

circulação automobilística.

97. (FCC/AJ Arquivologia - TRT 1ª/2011) João, Carlos, Tício,

Libero e Tibério se uniram e fundaram uma associação de vigilantes de bairro, todos armados e uniformizados, sob a alegação que não

treinavam com finalidade bélica. Porém, para se afastar de forma

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absoluta o caráter paramilitar dessa associação não poderão estar presentes os seguintes requisitos:

a) Tempo e princípio da impessoalidade.

b) Tempo e lugar.

c) Pluralidade de participantes e lugar.

d) Lugar e princípio da eficiência.

e) Organização hierárquica e princípio da obediência.

98. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) Todos deverão ser compelidos a

associar-se ou a permanecer associado a sindicato na vigência do contrato de trabalho.

99. (FCC/AJAJ-TRT-23ª/2011) As associações

a) poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão

administrativa de autoridade competente, desde que tenha sido

exercido o direito de defesa.

b) não poderão ser compulsoriamente dissolvidas em nenhuma

hipótese tratando-se de garantia constitucional indisponível.

c) só poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão judicial

que haja transitado em julgado.

d) só poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão judicial

não sendo o trânsito em julgado requisito indispensável para a sua dissolução.

e) poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisãoadministrativa desde que proferida em segunda instância por órgão

colegiado.

100. (CESPE/TJAA-CNJ/2013) Considere que determinada

associação seja ré em ação judicial que pleiteie a suspensão de suas atividades. Nessa situação hipotética, caso o juiz competente julgue

procedente o pleito, será necessário aguardar o trânsito em julgado

da decisão judicial para que a referida associação tenha suas atividades suspensas.

101. (ESAF/ATRFB/2012) As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por

decisão do Ministro da Justiça.

102. (ESAF/ATRFB/2012) Ninguém poderá ser compelido a

associar-se ou a permanecer associado, salvo quando houver previsão específica em lei.

103. (ESAF/Técnico Administrativo-DNIT/2013) As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades

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suspensas por decisão final em processo administrativo no qual tenham sido garantidos o contraditório e a ampla defesa.

104. (FCC/AJAA-TRE-AP/2011) Ulisses foi obrigado a desocupar sua residência porque o Corpo de Bombeiros a requisitou para

acessar e apagar um incêndio no imóvel dos fundos que se alastrava com rapidez e tomava enormes proporções, e que poderia queimar o

referido imóvel, aniquilar todo o restante do quarteirão, causar a morte de um grupo indeterminado de pessoas e danos à comunidade.

Porém, os bombeiros no manuseio das mangueiras de água danificaram todos os móveis e eletrodomésticos que se encontravam

no interior do imóvel. Segundo a Constituição Federal, ao Ulisses

a) está assegurada indenização ulterior de todos os danos causados

pelo Corpo de Bombeiros no combate ao incêndio.

b) não está assegurada indenização ulterior em hipótese alguma,posto que o caso se tratava de iminente perigo público.

c) está assegurada indenização dos danos, limitada de até vintesalários mínimos.

d) está assegurada indenização dos danos, limitada de até quarentasalários mínimos.

e) não está assegurada indenização, posto que o caso se tratava deforça maior, salvo se Ulisses provar que a requisição de sua casa era

dispensável ao combate do incêndio.

105. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) No caso de

iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, vedada ao proprietário indenização ulterior na

ocorrência de dano.

106. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) a pequena

propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela

família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios

de financiar o seu desenvolvimento.

107. (CESPE/Especialista Reg.-ANAC/2012) Apesar de a

propriedade ser protegida pela CF, admite-se o uso pela administração pública de propriedade particular em caso de iminente

perigo público.

108. (CESPE/AJEP-TJES/2011) A requisição, como forma de

intervenção pública no direito de propriedade que se dá em razão de iminente perigo público, não configura forma de autoexecução

administrativa na medida em que pressupõe autorização do Poder Judiciário.

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109. (CESPE/Escrivão - PC-ES/2011) A propriedade poderá ser desapropriada por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse

social, mas sempre mediante justa e prévia indenização em dinheiro.

110. (CESPE/Técnico Administrativo - PREVIC/2011) De

acordo com a CF, com o objetivo de fomentar a produção e a renda, a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que

trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de qualquer tipo de débito adquirido.

111. (CESPE/Analista-EBC/2011) Será garantida indenização por benfeitorias necessárias nos casos de desapropriação de fazenda que

sedie cultura de plantas psicotrópicas.

112. (ESAF/ Procurador PGFN/2012) Sobre o regime

constitucional da propriedade, é incorreto afirmar:

a) que, no bojo dos direitos fundamentais contemplados naConstituição Federal de 1988, é, concomitantemente, garantido o

direito de propriedade e exigido que a propriedade atenda à sua função social.

b) que a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação porutilidade pública, mediante justa e prévia indenização em dinheiro ou

bens da União.

c) que, no caso de iminente perigo público, a autoridade competente

poderá usar de propriedade privada independentemente de prévia disciplina legal ou ato de desapropriação, assegurado ao proprietário

apenas indenização ulterior se houver dano.

d) que no contexto da política de desenvolvimento urbano, o poder

público municipal pode, nos termos de lei específica local e observados os termos de lei federal, exigir do proprietário de área

incluída no plano diretor que promova o seu adequado

aproveitamento sob pena, como medida derradeira, de sua desapropriação mediante justa e prévia indenização com pagamento

em títulos da dívida pública.

e) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que

trabalhada pela família, é insusceptível tanto de penhora para o pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva quanto,

desde que seu proprietário não possua outra, de desapropriação para fins de reforma agrária.

113. (FCC/TJAA-TRE-PE/2011) No tocante aos Direitos e Garantias Fundamentais, ao autor

a) compete o exercício solidário do direito de utilização de sua obracom a sociedade face o interesse público que se sobrepõe ao privado,

independentemente de prazo.

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b) compete o exercício solidário do direito de publicação de sua obracom a sociedade face o interesse público, independentemente de

prazo.

c) pertence o direito exclusivo de publicação de sua obra,

intransmissível aos herdeiros.

d) pertence o direito exclusivo de utilização de sua obra,

intransmissível aos herdeiros.

e) pertence o direito exclusivo de reprodução de sua obra,

transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar.

114. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) a lei

assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à

propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos

distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País.

115. (CESPE/Assistente – CNPq/2011) A CF garante o direito de propriedade intelectual e assegura aos autores de inventos industriais

privilégio permanente para a sua utilização, além de proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de

empresas e outros signos distintivos, considerando o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do Brasil.

116. (ESAF/ Analista de Finanças- STN/ 2013) A lei assegurará aos autores de invento industriais privilégio permanente para sua

utilização. 117. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) a sucessão de

bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não

lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.

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GABARITO:

1 D 25 A 49 D 73 Errado 97 E

2 Errado 26 Correto 50 D 74 Correto 98 Errado

3 Correto 27 Correto 51 Correto 75 Errado 99 C

4 Errado 28 B 52 Errado 76 Errado 100 Errado

5 Errado 29 E 53 Correto 77 Errado 101 Errado

6 Errado 30 Errado 54 Errado 78 Correto 102 Errado

7 Errado 31 Correto 55 Correto 79 Correto 103 Errado

8 Errado 32 Errado 56 A 80 Errado 104 A

9 Correto 33 Errado 57 Errado 81 Errado 105 Errado

10 Correto 34 Correto 58 Errado 82 Errado 106 Correto

11 Errado 35 Errado 59 Errado 83 Certo 107 Correto

12 Errado 36 Errado 60 Errado 84 Errado 108 Errado

13 Correto 37 Correto 61 Errado 85 Correto 109 Errado

14 A 38 Errado 62 Errado 86 Errado 110 Errado

15 Correto 39 Errado 63 Errado 87 Errado 111 Errado

16 Errado 40 Errado 64 Correto 88 Errado 112 B

17 Correto 41 Errado 65 Correto 89 Errado 113 E

18 Correto 42 Errado 66 Errado 90 D 114 Correto

19 Correto 43 Correto 67 Errado 91 Correto 115 Errado

20 Correto 44 Correto 68 Errado 92 Errado 116 Errado

21 Errado 45 Errado 69 Errado 93 Errado 117 Correto

22 Correto 46 Errado 70 Errado 94 D

23 Errado 47 Errado 71 Correto 95 Correto

24 Errado 48 Correto 72 Errado 96 Errado